entrevista whitestudio

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Output Estúdio do mês 016_ 017 Julho/Agosto_2011 computerarts.com.pt Texto: Filipe Gil Fotografia: Mariana Paramês White Studio White Studio é a nova designação do atelier de Eduardo Aires. A mudança de nome foi, segundo o designer, uma questão de identidade e sobretudo de conceito depois de décadas a atuar em nome próprio. Em conversa com a Computer Arts o designer explicou a metodologia do “seu” espaço branco e o que pensa do papel do designer num país em crise económica. Racionalidade inquieta

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Entrevista para a Computer Arts Portugal

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Page 1: Entrevista WhiteStudio

OutputEstúdio do mês016_017 Julho/Agosto_2011

computerarts.com.pt

Texto: Filipe Gil

Fotografia: Mariana Paramês

White Studio

White Studio é a nova designação do atelier de Eduardo Aires. A mudança de nome foi, segundo o designer, uma questão de identidade e sobretudo de conceito depois de décadas a atuar em nome próprio. Em conversa com a Computer Arts o designer explicou a metodologia do “seu” espaço branco e o que pensa do papel do designer num país em crise económica.

Racionalidade inquieta

Page 2: Entrevista WhiteStudio

Julho/Agosto_2011computerarts.com.pt

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Computer Arts Portugal (CA): No site do White Studio indicam que o vosso processo criativo foca-se no essencial, no conceito, fazendo com que cada projeto seja único. Tendo em conta esta afirmação, como é a vossa metodologia?Eduardo Aires (EA): A nossa metodologia não tem nada de científico, mas, ao mesmo tempo, segue algum trilho científico. Ou seja, quando nos deparamos com um projeto no atelier este diferencia-se de outro pela procura de um conceito estruturante, e por isso se tornam diferenciados. Diria, numa amostra tosca, se tivéssemos dois programas de encomendas de duas fábricas de pregos, no final do projeto teríamos duas respostas diferentes, isto porque os programas de encomenda seriam diferentes e os processos seriam também diferentes, o único ponto de contacto seria o produto em si. A nossa metodologia assenta um pouco nisso, trata-se de não perder o foco no conceito. E os trabalhos são egoisticamente centrados em mim. Faço a minha pesquisa, nos livros, nas minhas viagens, na minha cultura de imagem, etc., em conjunto com o resto das pessoas envolvidas e que estão no estúdio comigo. Esta é um pouco a nossa metodologia. Assenta também numa prática de tentativa erro, até mesmo com o próprio cliente, num processo muito ligado à negociação, o que é muito importante. E nesse aspeto o “QI” do cliente é fundamental. Quando lidamos com clientes inteligentes as negociações são frutíferas e dão resultados fantásticos, quando lidamos com clientes menos capazes, os resultados são menos

assertivos. Isto aliado a uma questão fundamental: confiança. Nesta área é das mais complexas que há, pois podemos ter um excelente portefólio, mas enquanto os clientes não tiverem um nível de confiança connosco temos que o demonstrar nessa relação.

CA:Têm uma relação duradoura com a maioria dos vossos clientes?EA: Essa é uma das nossas particularidades. Trabalho em design há 30 anos e temos relações de décadas com alguns dos nossos clientes. Quer enquanto consultores, quer ao nível de prestadores de serviços ao nível de projetos. Claro que também temos alguns clientes esporádicos, muito concentrados no tempo, mas temos clientes que trabalham connosco há mais de dez anos.

CA: Ou seja, essa ligação “inteligente” é facilitada por uma ligação que se prolonga  no tempo?EA: Sim, e sabe porquê? Porque existe um sentido de comunidade feito pela parceira. Quando comungamos e partilhamos, funcionamos como parceiros e acrescentamos valor. É por isso que estas relações se vão sedimentando.

CA: Falando agora do White Studio, como e quando surgiu?EA: O White Studio é um nome que surge recentemente e tem variadíssimas influências. Comecei há vinte e tal anos com um atelier com muita gente depois reduzi e passei vários anos a trabalhar só com uma pessoa. Esse estúdio chamava-se

Eduardo Aires Design. A partir do momento em que voltei a colaborar com mais pessoas, sendo que atualmente somos uma pequena equipa de quatro pessoas (três designers e uma arquiteta), entendi que não havia razão para o atelier continuar a ter o meu nome, e como sempre gostei de design de interiores e sempre me fascinou ter um espaço integralmente branco, e como estarmos agora a trabalhar num espaço completamente branco, decidi dar o nome de White Studio a algo que durante muitos anos se chamou Eduardo Aires Design. O design deve ter uma função inócua, ou seja, não se deve sobrepor à vontade do cliente e metaforicamente sempre pensei que a componente cromática era atribuída pelos projetos e pelos diversos clientes. Não é muito original mas é neutro quanto baste para permitir colagens a várias áreas.

CA: E o atelier presta serviços de design e de consultoria, têm mais áreas em que atuam?EA: Fruto da minha formação académica, sou professor na Faculdade de Belas-artes da Universidade do Porto e sou o primeiro Doutorado em design da Universidade do Porto, a minha formação académica comungava com a arquitetura, escultura, pintura e design. Tive muitos professores arquitetos, por isso existiu sempre um transvasamento de interesses que me contaminou desde muito cedo e justifica aquilo que hoje temos no atelier, que é: consultoria em design, design estratégico, consultoria em termos de comunicação operacional e de projetos; sendo que este

ano consolidámos uma área pela qual tenho uma grande paixão que é o interior design. Isso leva-nos, por exemplo, a assumir projetos intitulados de design global, que vão desde a comunicação bidimensional ao interior design. Nesta equação há um dado importante a referir, não somos muitos nem quero que sejamos muitos, sobretudo porque gosto de estar dentro dos projetos e de lhes dar um cunho pessoal CA: E trabalham em parceria com outros ateliers ou outras empresas para complementarem e darem resposta a problemas que se vão colocando pelos vossos clientes?EA: Não trabalhamos com outros ateliers, mas trabalhamos com outras áreas operacionais, fotografia, edição de conteúdos, documentalistas, etc.

CA: Tendo em conta a sua experiência e tendo em conta o paradigma económico que vivemos, o que lhe parece melhor: ter um atelier com muita gente ou ter um atelier pequeno e que recorre a terceiros para trabalhos complementares?EA: Assim, de imediato, acho que é preferível não correr riscos. Mas respondo-lhe com uma analogia, não sou apologista do casamento, mas não condeno quem se casa ou queira casar. Não vou indicar que, à partida, uma fórmula de 60 pessoas dentro de quatro paredes funciona melhor que a fórmula de ter apenas duas ou três, mas por experiência própria posso dizer que gerir 20 pessoas é muito complexo.

Fiz uma cura de emagrecimento com a equipa do atelier em boa hora e tenho este modelo há 15 anos. Acredito em equipas pequenas, mais concentradas, e onde existe uma corresponsabilidade pela passagem de informação. Estamos numa fase de mudança de paradigma em Portugal, estamos num momento charneira, e nada como uma equipa pequena para nos adaptarmos ao momento que estamos a passar. Confesso que se tivesse uma estrutura de 50 pessoas atualmente estaria desesperado. E existe uma particularidade importante de referir no White Studio, se me ligar eu atendo, se a administração da Gulbenkian me ligar eu também atendo, e isso tem vantagens. Não há secretárias nem accounts pelo meio, e nos tempos que vivemos o acesso direto é um privilégio.

CA: São vocês designers, criativos, que têm a relação com o cliente. Ou seja vocês não têm accounts no White Studio. Quem faz o contacto com o cliente?EA: Sou eu a 100%. Sou eu que estou nas reuniões e… sabe, ao fim de trinta anos de atividade, a astúcia e a sagacidade agudiza-se e percebemos claramente se o cliente gosta de azul, de formas redondas ou forma quadradas, e onde pretende chegar. Chamo a isso “mesas de negociações” e há uma enorme vantagem em estar centralizado. Claro que não estou em todas as reuniões, mas basicamente a responsabilidade dessas reuniões passa sempre por mim.

CA:Ou seja, é a prova que a negociação não prejudica a criação?!. Porque há

essa ideia sobretudo entre os estudantes e os criativos recém-chegados ao mercado...EA: São muito poucos os casos em que um finalista ou um estudante consegue ter consciência dos trilhos da parte de negócio e da parte criativa. Tendem a confundir e a atrapalhar o processo, levando-os a tomar posições dogmáticas o que leva, geralmente,  a maus resultados. Aconselho sempre os estudantes e os jovens designers, no caso de terem possibilidade económica, a viajarem e irem trabalhar para o Japão para terem um choque de contra cultura e viverem num paradigma diferente daquilo que vivemos em Portugal. E depois do Japão, digo-lhes para irem para a América do Sul, para o Brasil, e depois sim, rumem a uma sociedade mais consolidada, como o Canadá, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra. Assim, ficam com uma perceção sobre o seu próprio momento e o seu estado, dando-lhes uma visão mais afastada da realidade para os ajudarem a tomar opções. Os estudantes e finalistas devem fazer um trabalho que chamo de “tempo de tropa”. Eu nunca fui o produto que sou hoje, isto é a acumulação de espessuras, como a casca de cebola.

CA: E, porque nem todos têm possibilidades económicas para tal, é possível ter esse “tempo de tropa” sem sair de Portugal?EA: É possível. Repare, licenciei-me em 1980 e naquela altura a sensibilidade para o design estava a dar os primeiros passos em Portugal. Isso não quer dizer que Portugal esteja agora numa época

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03 “4 Castas”RótuloEsporão

02 “2003 Ano Europeu das pessoascom deficiências”SelosCTT

01 “Private Selection 2007”Rótulo + PackagingEsporão

04 “A Ciência terá limites?”Design EditorialFundação Calouste Gulbenkian

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madura, ainda há muito para fazer e não estamos sequer numa altura de saturação. Acho que, por exemplo, e tenho vivido essa problemática de perto, na arquitetura sim está num estado de saturação tal que a situação é um pouco dramática. Para a área de design, em Portugal, há muito nicho de mercado. É lógico, e vou dizer quase uma atrocidade, mas fazer folhetos para o Continente pode ser um ato de design, é lógico que é diferente de fazer o catálogo de arte para a Fundação Calouste Gulbenkian, mas os princípios operacionais do design estão lá. Há muito trabalho a fazer. Não tenho uma visão pessimista e não quero passar uma mensagem miserabilista e dizer que estamos no país errado, aliás, estamos na altura certa para apostar no design. Tenho de apelar ao empreendedorismo, à capacidade que o design tem de se refundar e temos de pensar em nichos de mercado, acho que isso é fundamental. A sociedade portuguesa, e os designers em especial, ainda estão ligados à saia da mãe. Temos de perder esse medo, por isso digo para verem outras culturas. Sou diretor de mestrado em Portugal, mas nos Estados Unidos os meus colegas diretores de mestrados privilegiam todas as saídas de projeto que visam o negócio, o lucro, etc. Nós, em Portugal, somos muito académicos, pedagógicos e científicos, o que também é útil. Penso que há que apostar nos nichos de mercado e trabalhar numa série de áreas no design que estão ainda por explorar. E os designers têm de pensar numa forma de se afirmarem, se tiverem à espera de um atelier para os contratar...é quase uma subsídio dependência.

CA: É diretor de mestrado na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto,

como alguém ligado ao ensino, como o avalia, qual o estado do ensino do design em Portugal?EA: Pode ficar com a sensação que está a entrevistar o indivíduo errado na época errada, mas o fato é estou no terceiro ano de edição do mestrado e tenho cerca de 45 indivíduos pré inscritos, desde o Gana ao Chile ao Brasil, Espanha, Venezuela e Portugal. E é a primeira fase,de três, de inscrição. Posso dizer que os nossos estudantes de Erasmus são, lá fora, indivíduos de sucesso. E digo isto com conhecimento de causa, os meus colegas no estrangeiro escrevem-me a perguntar se não podem ter acesso aos estudantes novamente para lhes pedir para regressar. E os próprios alunos dizem que quando vão para outras faculdades que o nível de ensino em Portugal é bom. É claro que não é o paraíso, sobretudo porque não temos meios financeiros para sermos maiores, e isso reduz, obviamente, as nossas capacidades tecnológicas e de suporte, mas em termos de know-how estamos perfeitamente ao nível do que melhor se pratica. É lógico que não posso comparar com determinados cursos como o Royal College of Arts de Londres que tem um património científico consolidado, ou com uma Parsons School, em Nova Iorque, não podemos comparar os mercados que são completamente diferentes. Mas tenho que dar o testemunho que o ensino em Portugal está bem e temos novas gerações fantásticas.

CA: Fazendo um paralelismo com a arquitetura, temos arquitetos de nível e reconhecimento mundial, no entanto o edificado em Portugal deixa muito a desejar. Em relação ao design, e apesar da nossa qualidade de design em

Portugal, dos bons designers das várias gerações, não há também uma falha desse design extrapolar para o resto da sociedade?EA: Concordo consigo, mas é algo que vai demorar umas gerações. No caso da arquitetura é mais grave porque não se vai agora demolir os milhões de metros cúbicos construídos por esse Portugal fora que apetece implodir para refazer. Com o design é mais fácil, é mais descartável. É uma questão que vai demorar gerações e há muito, muito trabalho para fazer. E vivemos num país, e isto tem de ser dito, onde não damos mérito ao mérito. Isto vai-se alterando à medida que a sociedade se vai tornando mais exigente e culta.

CA: Ainda há a ideia que o design é elitista?EA: Sim, há muito gente que pensa assim. Diria que idilicamente em todas as organizações públicas, o que é impossível, devia existir a participação do design para corrigir que há de muitas coisas mal feitas. Por exemplo, gosto muito da área de vinhos, é um grande investimento fazer vinho, comprar garrafas, etc., mas a roupagem é, muitas vezes, atribuída à sobrinha ou à prima que tem jeito para o desenho..., isso contribui para essa ideia de que o design é ainda fraco, o que é verdade. E isso leva à sensação que o trabalho é feito de elites para elites. Só que é um erro, porque devemos atuar a todos os níveis.

CA: E considera que existe uma escola ou um design tipicamente português?EA: Acho que essas questões só se conseguem definir olhando para trás. Hoje consigo dizer que houve um estilo

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tradicional suíço porque tenho um distanciamento de décadas para poder observar isso. Em Portugal era mais fácil apontar essa questão nos anos sessenta, com o Sebastião Rodrigues, porque havia uma espécie e uma referência que nos levava a um estilo e uma catalogação. Acho que ainda estamos numa fase muito embrionária, deixámos de ter o fascínio pela questão operacional e passámos a refletir sobre o que fazemos. Não importa não só o que fazemos mas também como fazemos e para quem fazemos. Estamos a entrar numa fase em que o design tem uma responsabilidade social, o que já existe há muito tempo nos Estados Unidos da América, onde, por exemplo, há um grande apelo para o trabalho pro bono. Em Portugal começa-se agora a fazer isso, refletindo o estado do design em Portugal. Ou seja, é muito cedo para dizermos que há um estilo, uma onda, uma tendência.

CA: Falando um pouco da White Studio, e fazendo uma pergunta um pouco provocatória, o vosso trabalho é mais institucional do que experimental. Concorda?EA: Sim, concordo. É legítimo de quem vê poder opinar. Dentro dessa legitimidade tenho que admitir que olhando o nosso portefólio se possa dizer que somos muito institucionais. Eu diria que é por aparência e é por sermos contaminados pelo trabalho que fazemos com instituições de caráter institucional. Quem conviver um pouco com o nosso atelier, dirá que temos um trabalho de caráter experimental. Diria mesmo que nas nossas respostas está, por vezes, encapotado esse experimentalismo, agora, não temos é uma característica muito pictórica com a plasticidade dos elementos, acho que sou muito mais cerebral na procura de soluções, pela montagem de cenários, pela fotografia, etc. Dou-lhe um exemplo, fiz uns rótulos de vinho para o Esporão Monocastas em que andei a recolher terra pela herdade, fotografar parras de uvas, fiz raio-x às folhas, etc. Houve um trabalho experimental que o rótulo não consegue revelar.

CA: E o que lhe dá mais prazer de criar?EA: Como disse anteriormente, sou muito inquieto e não consigo indicar quais os trabalhos que me deram mais prazer. Posso dizer, olhando para trás, que o trabalho mais importante que fiz foi a reformulação gráfica da Fundação Calouste Gulbenkian e algumas conferências para essa instituição, tal como a reformulação de todo o sistema de  embalagens, sacos e tudo que tinha relação com o exterior. Outro trabalho onde fui muito feliz, em 1996/97, foi no Jornal de Leiria, no interior do país e sem meios. E, atualmente, tudo o que faço para o Esporão tem sido muito gratificante. Não quer dizer com isto que não existem trabalhos menores que sejam igualmente importantes. 

CA: Quando cria, quais são as suas referências?EA: Digo aos meus alunos que quando se sentirem perdidos encostem-se a um referente durante algum tempo, para depois, quando adquirirem a maturidade, o libertarem passando a constituir eles próprios as referência. Sinceramente não lhe consigo dizer quais os meus referentes..., tal como não lhe consigo dizer qual o melhor vinho ou qual a melhor música. A minha referência, e pensando na sua questão, diria que tenho uma base, sobre o ponto de vista do racional que é capaz de estar naquilo que é chamado de design suíço ou escola suíça ou o estilo internacional. Porque gosto de resolver as questões com a razão, mas atribuir-lhe sentimento. Diria que tenho as bases daquilo que me ensinaram, de ter tido professores arquitetos, mas diria também que procuro sempre um grande distanciamento em relação a essa neutralidade e àquilo que a escola suíça me dá. Contudo, não vivo obcecado nem com designers suíços nem com essa questão. É curioso que no meu processo começo tudo pelo desenho, não escrevo, desenho. Ou seja, há aqui um processo contraditório, apesar de dizer que gosto de usar uma

certa razão começo através de uma certa poética da imagem, tentando perceber o conjunto para, às tantas, ser a razão a arrumar a casa toda e a dar um certo sentido. Agora, por exemplo, ando apaixonado pelo design que se faz na Austrália. Têm força, são vigorosos e despojados e não acusam insularidade, são vibrantes. Nomes como os de Vincent Frost, ou os Parallax Design são referências que gosto e que às tantas me influenciam.

CA: E que novos projetos têm em curso? EA: Somos os designers globais do novo hotel Rocão Alila, no Alentejo, e estamos a fazer desde design de comunicação até ao interior design. É um projeto a três anos que nos está a dar um enorme prazer. E a curto prazo vou lançar uma marca, a “Bitri” no mercado internacional. São produtos que se irão situar no bidimensional como no tridimensional. Não estou a pensar só no mercado nacional porque da mesma forma que recomendo aos outros, também penso como posso melhorar o meu desempenho e melhorar o reconhecimento do meu país na minha área. Como designers podemos contribuir para que o nosso próprio desempenho seja visto como um desempenho essencial.

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02 “Art Deco - Colecção Berardo”Design EditorialSerralves

01 “Magistra”Rótulo + PackagingEsporão