entrevista milton santos

8/2/2019 Entrevista Milton Santos

http://slidepdf.com/reader/full/entrevista-milton-santos 1/23

{) ,id lQ ~ o

como ·.solu~io

C:ARLOS 'PLAS,T I INQl

~ lJ e s e m . n L [~ . c \l ' : (" ':I . F C1"

all"lanta~ -

~~o.-ie~~.e,rg

IM, ILTO'N SANTD'

E nrt r :13;V; ! istacem

um des ,exp.Qientes do

pensame;~t,o IIvrej ,ieq~ra~Q

le ·W -Jrof~s~Qlrd : ~ U SR



entrevista

a ge6grafo , Jl.filtull S an tos, profes'stJt

d a. V SP ~e um dos tl.lais impcreanees

repres1entantes do pcnsanl,~n to livre e

,0dg inal da academia b easile ira. N ascido

n o in te rlO 'l' da Bahia, em t 92,6. Milron

Sanro. ternou-se coahecide primeim

no exterior antes de ganhar notoJied:ll-

de ne Brasil, Nesta longa erevcladora

eutrevista, 0 rrofcs~o[ falade suns

ideias. da SU!'I traj,(!toria] cia SUa infind.a.

cia sua con(H~,io de cidadio negro no

B ra sil E "m iad a insen;;io total da. geogra~

n a n a!; d en cJ gg s oc ials , fa la d e r es is te rr-

cia, d I : ' : if: IJg ajam en to , do po der des

pobres, E da csperan~'l t.:ID rda\ao is

novas formss de o~_niza~i.o qu ,e c .s :r ilo

ocoreendo esu rcgi6es do p~ls que ja

:ilao espcram 3, so]u~o, viinda t de e im a ..

: i \ITasquando fala U.lS ~ovens . de nos

dcl.N~ u rn ,, ·i go ro so s op ro d e o rim ism o,

~lho qJ/t mlnel1 /;(}Uvt .tUlJ.Q(lie n a

h i I t ' O r i a n f l ' I J l I 1 ! l ( m i d a d e ta o pr1)pk ia ' it

r t" a li Zf l( ii o d e It'JtNI .rorluladfJ htllJU11lft

i j u a l i f : t i i e ' ; a e f tl iY r .: , ~

M ilton Santos

Tem os tudo para constru irum a nova sociedade J



DV • /1ll,e.Wt{jla r I#lM ciincitl qm m'~ori-

g 4'!1 m rN os .wi / ikJH! ! : h i !o ,< :a tmmwte llf!/tl dhlti l ' f d e

(1!(~tmo ';,ra J{t:r/aIIfal" Ill. Frspfftirtl da c()1/(Jl f i i~

I 'd d o ( P ' t J J ' opf.rspl"1ir~1 r io h/llll{m;f(l'f(~fI. C r ) 1 } J o S~

d im essa ptzs:r4_gmt, IWiD "r ;; ,: q t f l' D ' !i ( ' • e 0 Sf'; e 0

flll'lhf)r M"(!l}1p1o di. ; . .ro• {1 ( l , fo ! ! l ¥ ! . l ia i fWJ /JUff'NtlJf:Nio

( lu t ! p a r i: e qjudm' lin 1"I!£()Nqnist(l d 'i d do tia nio (

MHton Santos - Eu creio IIue as cienci-

1l S podem scrvir para mdo, Nolo ha uma ex-

clusividade do ponte de '-]St, '1 ctico de uma

disdp]inll. F . verdadeque as.cieneias criadas

Il!CI rim do secu lo passado tive rsm um pape]

forte ria prodtl~?i() de U 1 . ' l 1 Q . serie de "ismos",

C ; ' I , gcogmfia fa..:P;'lrtC disro, () europismo

C 1 1 . geopolit.ica tellil rela<;iio, de urn lado, com

as guerras, porq ue levararn o s palses euro -

peus a se prepara r para urns no ....a gucna.

Do ponto de vm ta da geografia, apa.rcceu na

Alemanha e na Franca esra buses de legi-

dma~a.o da eonquista e da dnmjn1L~ii.o. EIl-

do, a geog~a fia ram bern se pre~tol a. esse

papel de ius!jf1c:~u:0 imperiallsmo,

D V - b J d n s h ' i l ? o s lJJdjMS lJil1lSdi i T t , 1 tl i a 0 1 M i s -

e l a ,d o !!i(ljNlt nm a d r f o I " J l l a p i o da p e r/ pe tt it ", -

e s -

t ti o e lm / n it /OJ 1/(1 E m : o p t t . " Nile i? '

Milton Santos - ,xat~meru:co

D V - E II /r l( J, d q ,omJ tu lI ( ) r e s l ( ) ' d o ! J, l o b o e l o r -

Jltlll1 tJ rr/(lfiio rUIN' as P O l l f) J ' e ; o . p rf :s s l io r ia J 't r i ta

~/(t'(jPtiit l ~ nil ;; d e <jNro f ! !ogmjic{w}'I ! IJh, d~gpJN'(}$

a J ! i m " (1)I'ftfc<•.f lWUI c o u m w { i i o {

MUt-oo Santo~ - ,i\ cal'tQgratifL e uma re-

prescntacao, , .mao luI.a possibilidade de

Ulna e sc olh a, N urn liveinhe meu 0 .ilnSU'3dOI

pbs 0mundo de ,eabe:9a para baixo, sugerir»

do que era 0- Sui ~luCestava em cima, E 0

editor, sem desejas pc rtu(bar, desobedecer a

sugestao do arquitetn que bolou ';I, ideia, pos

a.,fep,[eSenm~Qo ccstumeira. Porque a carto-

grafl~ tern CSS:I ideia de criar lUU cos rume,

urn habito de viverquetern conseqdencias

politicas, Mas a . ~ogt:'lfia. eu creio, quando

de cide sc inserir nas cie ncias so cials ple na-mente, passa ~ ser conduzida pela idei:l de:

his r oria e pela ideia de rotalidad c. i\{ ela

podc ser outra coisa, ,) geografo passa a rer

uma ,,"[SaO mai5 abraogenote do mundo e pas-

sa a ter :< I palavra pOfyue e . pm ai ( ' ]UC as coi-

MIS comecam e terrni nam,

A cartog rcifla t e m e s s a idiia d e criar 1 4 m

, c o s t u n t t l , U H l b a b , £ ( o d e v £ v e r q R l e ' t e m c o n s , e q i i e n -

c i a s p o l i t i c a s . A g e o g r a f i a ) e s , c r e Z : o ,q . u a n d o

decide se in se rir nas dencias soaa is p lenamen te"

passa a ser cO 'ndu~dapela idJia de h i s / a r i a

ep ela id eia d e totalid ad e

BV - i s s » Illt! l em lm ) lt o p d »J r i} 'o c O ll t a to J a

ptl/rwm (MI a Sfograjit l , l jJle fb i , (1111'nl .H~rtoI!J!.-

de Elf,j/d'U do C i m l i ( l , fjlltHldo ~k totJ'Ie'f tJ 1 1 d e u r e -

1 " ' 1 " a g et Jg r ajia d o Tt'rl~. fiji {1prbmira 1''eZ1 ! . J I 1 qi{i!

(UI mf tid «)lIfo d e q!ff t'J g M i g r a f i a i1111/(1p o i : . y i i l ) .

Dl 'poif f l m d D O f fP .:1 1J Ii.t'r()!~nh l lem lmd dessa J , J J t J -

m tl (lp rw IJ iio t la g e o g n r j i a .

D V . 0' sr:j n / o t ! d o Itl'l'itrilio c o J J J ( )a!()I~ eOf/If)

C(JJICf iJO: 0..

Milton Sant,os' :u podetia encrar na

questiiu por dois nivcis, Primeiro, M que ter

uma vontade do discu rso e h:ii que saber que

, e atril.ves do dise urso q ue a genre torna 0

crabalho ace ssfvel. 0 trabalhoi ntelecrual e

feieo em dais pedalfos urn e a pesquisa pm-

priamenre dlta, 0- ourro e 0 diSC1!lfSO. qu~r

dizer, a busca das palavras. N a o sei se e 0

easo de voces, mas, fin meu casu, sair pm:

,ex,empi .odo pals, c omo fa co r elj gio sa rn cm e

de tempos em tempos, e cssa busca ds pa-lavfa. Essa busca cia palavra tambern pode

SCt obtida pela Ieitura de fiiosofo~ quaisque»

q ue seiam. Nan predsa ser ma:l:'l{i , t = l l , nao. A

genre I e . sdapta na pesquiaa, faz a leitura de

f iI (i ~ o fo s c a f s e re aba sc cc c p ar a !;SS!l busesde palavras nll.mcdida em que I e nOl;oes de



justi.:;;n 'e'ln greg;o, ernlanm, como os P M ( < J i -

:n~li$t$pretendem d . . . : ~igt!mn m~JI\dm.ser, A

d ife J.'cn >t;~ ,e q uc a s p als vra s pa~3 tl~· psicana-

]is~s ~a,Q' in~c :l:lig:h ~ds ~pl:'I1:a:s P;'I];";l[eles , E . pOl'

sCiUisigu'n i " . (Rs o , s . . ) ( ) S ~Id~gmfo~ao m als

modesros, buseam palavrss tlUCrms'sll:m~er

cli~M denrro de urn unibus~,UJ]quc~.

o h 0 1 n '{ !m s e r e l a c i o n a . C O t l f

UlfllJ Sl)tiBdtld~c b e i a d e espIJfo), m a 'S n c w

C l J 1 n ' a nahJ reza

DI('·f! ~S!tJ 1J1IIlSI'3c d O 9mo t lmbi iW!e.? Como

issa nJftC1'fm (1M wJ .?pdz t f.Rn .~ro ,Vq f i( t1 E;.:iitelJl

I I l11iJa: ;wruml l l .$?'

'MJ i l .l rO !W ] , Sa:fih')\~ - Scm I es.sa 9~1alio do

mdo am bieete •.. I s 8 0 e ;!lp.e J):a: sum ;!. t " . i 1 ! ~ m f o , -

l~ .Eu. !11flperg tnntD se e la ch~ ~ pl~,nclt:!~ir

,CO]!] ceiros 011 se pi'·l·H,lu?:ape:nfl~ 0 discursc

idcoi6gic:o. Sec Ullla VCI·tlft']C ou uma n::u;;i;J,

vetdade, Nesse senddo, olio creio I~uen.

q,;u::~~Q do meilOfllnb]cm:e ~enb~c lQn r r tb1 ., l( -

do [CaIR1!ente pat~ f 1 l. .: cr a v a n \ i< lli: 0 ccnheei-

mrnto do mundo, pOI'quee urn ttammen,tQ

mmm fOfltt: de Luna pa1;dalkl ade, 0 rndu

am bie nrc ncn'l ch eg~ A seli umn su breta-

l.i da dr :. Nu rerdMi'I.d:f!,. eum rratamento limi-

t IDIt ivn da tJ m;:srri io dO ' 1 : 1 O e i o , d.omdo ambierr ..

[ , e . , di~mo~. 0 q u ~ h~ e U!'ll;,li l'maneirl\ de se

rn1;u;jonO!lr com 'ild.alnada rHLt,I.I~'(!Zll.Pcn(iuc

n ao ,~ ar( !ia'il;\'iu r eal m en re dohOt:l'll(';!l1

C'rnnnaturcxa. I sao . f f : urn ~quf l "Oc.o . '0 h~m!:ni}.se

r :c:dadm:l:i QO le B l 1l 1" l: E I~ nde,~dc chei'a de esp:a-

~o. mas na o con1 a narureza, P:()nr"l~nfi() M

cliruel'i{:~. do hom em com . lIitgn q ue Ji 1 ~o tern

fin~ }j: dn de e om o a !]'(lbrre~a. l\ n:'lh.lIre:'l';'lniio

tcrllfinalidacl.e. eli;l nao bM S t ; :~l n ,; \da, O~Ju;c

f az s en ti do , 1J0 nOSSi(;) ~ o torno, ~ .q ue h< ium il

p re s!o!n .r;!1 .. n m a aa , ~ in .d:\ q U~ e~tl l, . pres.er :u; :I .

.PO!)::';:'!:l?llxeceri mpc r.cep'~i"C'l. :En~ii.oj' ()en f09 ue d~Im elo am bienre IE : cqyivOCildo.

:i nelush~c pOl' iSS'~l.L\~o eseou dizeJldo ~ue

na o b : ' l ja ge.nm.~9!ut:prucu17: : . tuutm coisa, l \ i f u : : :

n e s re p : !lt tic u Jf fii[ , c :r c: :: ioq ue : e s te k lm g o parcll·

res e feiro pela C'l1iO.rn.lUfore;:l q~1C e dad!!. a

esse paEfimetl:o (l.el l1'u~dt)am bieure tcrI a q,ue

see £Cvl!.:lto COil'] .r.lIipidez,pll.l'a restabelecer a

H l: st( kj a, Como e q ue se p:roduz es so:~el l ia~i io

entre 0 honlem e fI cham.~da flatU I . ' e z a ? No

.t':lO$~OrelTl:pl~ a R~rUl.-;;r.-aacabcu, E nos 1['1S]$-

t imos em f ll i~ar n j j, [)il:nlfe:l.~.A dJ].~,c;:u's:sioes-

Sw. t f i i ' r . . r o r

d l) 111.1S E

.•~rn/~i j)TJifr~m r f t , j

t 'FR} I'p m JW t J . "t !t m f J t 1 I

lS/llt

P : i T m l l r ! i # t i J , ~ . , m & m

<,plVjww d lr UF I (j .



se desgaste de U111 rneio que , e resulranre de

uma f(Wi'irhlde produzir, de urna forma de

usar 0 planeta, (llll£ e a V]sao purnrnenr~ eco-

Jogica"indiuz a urna prcmissa 'que conduz 0

desenvolvirnento de forma cada vez mais

equie ocada. E e es,$,a a I "azao pda 'qual os

estudcs do rneio ambiente sao os estudos

rnais financiadcs no mundo, Os flnaneia-

menros s6 "ao hoje palm squilo que nao rem

interesse, < 1UC na~ permi teque 0 mundo seja

viseo, 'Pur(Itie o Pl'()CCS50 de glob:al.iza~~o nin

e r es ulta do d o a ca so ,.e r es ulta do de ' 1,l1l1 pla-

ne] amento cxtre mamenee bem-feiro,

DV - U ! lla c o/m en ra SIlO t{'J1l1 o G ilb cr tl ) G i/"

!1{J : t i te d e l r 1I(t irllemet, JIW!rt tcda flJ)l~ lIOfiio d e

d in il( ); ! b tIJ JN 1 1 l0 S f j / 1 e ' e¢ettlt'JdtJrj~1 (i lJltnlaft() W'( l /

p e r t l e 0t i u J : l l l l u i i o do s r ii n i t o S " do J U M l e '' '. COfll() l

i .r M J ? P o r - q u e I} l ! , r t m d e i l S J m r o d o peNs!~lQenl(: l s o b r e

d i r e i t o J blll}J(Jllf)S m : e u te J o i 11 0 s ( m l id o d e dtlJp/jat

( ) ( fh tc e . £ t. o /M r o d ir e ii r x i m N J O m i r os e s r x i e i . r , p a r d IW I

«I..flPO ' (1'1"11l4N JUS /a ll/ fl lte e sl a , es p r. .t aiC it lm iz o {i io .

Milt,on Santo's - Para comerar, gostaria

de dizer que estou conscienre dos enorrnes

esforljos sobre 0plano irueruaeional, vamos

dizcr nlundia]" porque a palavra inremacio-

nal me parccc rambem, diflcil, especielizada

<;:0£ no sentido de criar ulna elka que s,c tor-

ne passivel de eficficia a t l " \ 1 ! V C S do d i r e i r o in-

temacional, 0problema c gue a 's ofensas a

uma ctica desejavel envolvcm uma parte

enorme d~ hum anidade e ill I~sru.dessss ofen-

sas e muito grande, A malor parte das cam-

panhas sobre direitos hurnanosrcduz alguns

i'~ens cia lista. Segundo: os su] ei fHS dcssas

ofensas, os objetos dessas ofens as sao sujei-

eos diminuidos poor elas, aqueles l1ue s a O .

Hd e s o rm e s e s jO ' f ' f O S 1 1 0 s e n t i d 'o d e m a r ' u m a

ltica que se t o m e p a s s i o e l de e f i c d c i a atravis do

direito in temaaonai: ,0 problema l qu ,e as,qfonsasa , u m a ltica d e J f ! i d v e l , e n v o / v e m uma

p 'a rte eno rm .e da ht tmanidade e a lista dessas

ufinsas emuito grande

ob [e[Q de espctaculal"~za'iao. Jsso scmpt"c

tocado par uma mfdia, como a internaeional

e como a que nos temos, que C I l] :: ! U 1 1 1 cerro

senrimento de selidariedsde em rehu;iio

J ( jj 'l ln l is k l, r d it o l' {l til!

( . . u l t r n l J D d o j f f f J l ! 1 1

t i t ; ! rJ r - . ' J f i l

H i J : l I J r i ( J d D T $ ((!{)r(/tJrtNb,. d o

P 'w . .. .. ll" tb G . h l M i f{ /E £ W

dolBASE,

COrtrr imMw Jp ' ! ! \ " l i t l r o

E t f iN n i t : J . 1 d ~ Itlo d t J i 1 l 1 ' r i r o

. I t t E J i f i ' J r ' : a , \ l i J d t : l " 1 l l 1 :



A u n . i . v c r s i -

d a d e lent

dificuldadcs

e : m f H i : l f a O da

c r e s e e n t «

dependentia,

d e Utll l a d o ) ,

dOI fundoJ de

p e s q u i s - a ; 8 : J

de ·oamJ c . s :ac t lNt(,u,(/j,

q ue d ita , O J

assuntos

l:Jua.m~ rsto, us direiros do . hcrnem C{JrI[JI1U·

am tendn cl:itkLllda.des.. Mas CUUIlU t : : tJi.u: 1 : 1 . : 1

fiu;o fundoJ'w r a lei? Quern fa>': unciorls:r a

1~]..au os ESbtdos, n.indn hoie, '~~,o e 0nu 1]-

du, ,muml (1.,0 rem fun;:t pam irnper nor-

n:U'lfidl: cuo",en it:a.d~.Nus vnball10si id·{:ja

dcE~tadf]. t\ gJnib$ll~7-afii,n 'I. ' ::l i uhrigm: de

nove, r.:QUI rnui ta fOl·1I,ja.a 9uc n gE:n(.~ l·c:\"c

em conta a esis tCfld'a dos Es eados, Que : ; . n o

• _ . _ I I ~

us urucos c:.apa;r.cs uC excrcer a acao no sen-

,tiJct~:)e: ar np 'linr o s dirtdros dn. homem, De

'ral rnanei 1 m '9ue 0 Esrado f:l:!:is~o bojc p;ua

as g ' [ (l I' :u . l' !; 7~cmprcsas e p .,U ll, ;'I info:nTIac;~o,

1 ; J 1 . t 1 ; n il jo ' s : av assirn ro o absolutes na t ; 1 . 1 1 : i 101"-

t ; i1. Ncm [) dinhciro ncm a in fo rma,;i( J te ri -

Ill ']:] , . for~a que te:rn.em pafsescnmn u Un,·

sil, sent que 0Estado dccidisl'll· lhm. d r a

m5io forte.

DV -A (I i l i ( ' ( 1 lJllt' fI sr : jat Ii tiCtldf!IH41 kt~d

1~/!1((,rlo FiU«iHfJlfo et.p(jJ.llolJdtta, PI)I' "fill''"' lado.

ti sr:. f i l / f 1 ' na qur!.liil) d f l l~lolIl1Ji~/{ti(},E .G ) ' l Jl r. r III"

IfJrrI prJ{/ l ' r l t lmQr fIJJ' qjm/I IJol" r l d { l o (Jll i! d dTlll[tw:/it1

k' ' l i ' d fltll IItll }1 ' IJ( t .uo t l r ' 1.#1:d i / 'J ' ( r i~~ f.f1'runid

D V _ .A . ~ J( J I) .( r1 i: :'( l( ' t i ( ),(llIlt/lIil:.t mllS rpmi-

,f() p lw! (Ma (l pelft i r ti t . t IM, ", p s ; , t . r i / l l i dm t r : . ! . ,t"tI'lrJ

rldo! f f, f j)rtllhlft;O o r : fJOlf(JJ IrrriMria.f. Qill' / l a o S f

r.rjrrrlll Ilfftis(uia!l:lrlllE (U) 'krnwo, 110(1 IJ{), tlfJ I t I -

eel : ~Ui~s fjlrt Ie ' prodm{!JiJ, iflll'fV t1 Pd.I "! ;; - d il aJJ. ·

JtJ1riiOIna t.tf trtl !lllilliilli. I A flmcfjt(J.l~ l ' iJf itJ d t

.!{fl irimi«ifJr/r (jltr,!im J,( tfJllstnlil ldu IIpartir da,~

fllmli:(fl{iiiJ p ' f c flliltl aflfet! Ii rXdl i:1 il fJ, ii tfMi,gltdftfutl~

Nt'... I uo i I rmlJ pr;sJilJiJ;r lnd~ IJII lIJilaj i. lJJ/(l l it i i

Milton Satlll.tiOS -'11 primeira pc:rgum3.

cu ctcio no SJeguintt : : a gc'ot'!: faIn muiee ne

munde, maseu acheque l'JJQdn'h, camlnhos,

V c c p de par ir de LimnI;oisa que nfuJ ,c -xi~ -

EC'.que ,C o u mundo, tal como I t: Q ]'<filii ll'lA:tm

atual, Elee: peodum e e dhi . lddo. F.eSiiC eli-

rIgir. t . ]UI : dh: rcspeieo a velocidade. Ii CQm-

peclth>idadc~ ()U se ja, ao coni unro de i d e i i l . ' 5

que sao i dc o Jo¢ca s, d ig a n'J Jo s a s sim . c que

regem 0 r nundo , esse mundo que pmduz

urn sis rem a descredenciado •\ ourra forma

de : faZier:l gldb:llizn~a()ic a partir do s paises,

E . par :l~ss ll l que iies tamos m~j,ch~nch Por-

(~U~0 p~riodo hist6rico atu a ~ e sti m o rre n-do, "sse pc io .ao da glObruli:za¢o estli mor-

tendo, Ent-?iu u t~UC nos vamos tl;:T e umaoutta ~1(Jhal iz:u;iin prudu;.! id:t tl parti rdos

ocf'ri '£6rios,. de sues eulruras, das <\;pjr(I~l\l;'s

,iu (]ue C;ldos Lesss cb IIJ.i:I(~ll:I ont,e:I'D:'i(no d . e -

bate de hU1<;amc:nt(} cia re visra, e m dCZCDl-

btu) d~ povo. E ,t~UL:e u p ' 1 'e f c Tir ja , ChamaI .' de

pcbre s, pllr'q uc sao o s q _\.I.et~:m fgl~a real

ho j ,.do po nto d E ' vista daeris r lv ida tlc . e nao

n o s . n n rn a , hac~sa!'l dUml !;:01Sa1l.Qu~r diaer,

apostnrl1o que, aparentemcnte, ",indan.~()

e xis re , A p ar t: r rr em e ru c, p or q ue ,e$'raI110S em ,

um mundo onde a ideolugiil cornanda e

()nde as . i d e : i f l ' s t~brk2dus pDd~m lmpor essa

idc\l,lo~. HitUll1:t enorme fur~:l'lde dif~l!!':lio,

gmc;as < it to das as forma de : l1:Ionopolin q ue

edam as , r . ;"HmJ'Rsln:ao e ? Pu'~qucUit~dos

grandes d ramas do , rnu ndo nmal ~,ao'C~SC$

moncpclins da ,difiu:!;lU. t\s c :d itm :: a' S_ u rn ."



<,hlz]ano mundotodo _ deeidern 0 quevsi

serpublieado e 0quen ito v'Sii~.e:!:'.Ea[ a geo-

t e d : es embo ca [ ,HI. u ni ve ts ki'i! de . A universida-

de tern dificuldades em .ftln~.o cia crescen-

re dependencia, de urn lado, dos fundus de

pesquisa, e. de outro, da m£dia, que d]ta. os

aesuntes, incl1i.ulwcos assantos ern cienciassoeiais, E(l~ao. ~. uaiversidade setmna

repetitiv .....WIU0!!1[lj)a decotJ.'"cnda de ~ua

pt6pt i-a mecanic:a , 0ptocesso de c re sc imen-

to das pessoa~ H4 uma 5>Cp~Iac;~o crescen-

te entre os cr~egcvemam a universidade e

osoutrcs, Qucr dizer > ,race tam o$clIrw]a.s.

da universidade, os correroreaos decanos,

que sao um gr !11.poque PlrOCIl til. $C repredn-

~ir a qualquer cusro, E 0 reseo da universi-d~dc,. ql!l(:, quaoto mais afast<lJa di:st(l, me-

lhor, 1\1J1Lsrnm'bcm pjor , po['(]ue prn$S:l a na n

r.~~r:mct1:rsospara p'l'odm:i r on difuflilu1( Q qlle

pcnsa. Mas na universidade M~,e p(;Lgn, Ina]

OU bern, mas page, P;iN!!·er u ma a tiv id ad e

pelrrn:;'l.I1C:11Le, c V()O~ tcnta compl ldh i lh :>! : . 0

scsreato de sua famji ia com a vonrade de

catiitc~t.0 gue nem $:c;:mpte e possi"et As

vezes, essa ]fttuno~america.n~zas:ao~ CSSi' IJ

:< Irgen~~n. iz : l91 ioda nniVCfsidadc brasileira,

'i!uc~]n.da · e . urnoasis, passa aSCI uma arne-

ms:a,inclasive a p1(odu!~·aou~te~.c:ctu~1 inde-

pendente ..Porqne a maior parte das PCS$O-

as paSS!I! a ter OS nlhos nos centratns, Com• "1 • ~I-~~~~~~ _

os recursos perrnne-se cucuiar C evna-se

prGduz~r. PQ.~quevoce , c ir cu lando , n a . Q p:!."e~

e lsa prod: t l~~ i t>a tern a sua r e ;p u t ~ u ; ;, ,> 1 . 0 ~ S 5 . C ; ; c "g u -

rada, Eswtl. vendo a universidsde como urnsistema jambem. As. ~m<:~.~ocs1U! )C nticas,

digamos assim, aeabarn sendo depnmidas,

p eb d.as e p osr as Hl'I. sombre ..

DV- .B "Jllito di/kil p am os aitm .()'!..Hd re -

!isti,.da tlJm t : tt u : . ..

M:mOfi S O lI m Q S ' - Os estudantes s a o f~i-

res um ~ouJC Oa nossa l m i l g e t : b : ' J i .

D V - 1 5 #l:tl d ~ . , f : { 1 f t r ! jxtderprrHit:rzirJ.p'{){/(fr

ll; l4 M te r a l t i C o 1 J (J a digl/it lade. T m h o a lmpresslio d e

qtJe a t {1r~b:a fHm nO (:xtur icl1 i os prir.;li~ ih t d~-

r o t J J J a p ( ) ; J i i b i l i d . ( j J ~ ti t i J t ( t ~ p e I U J t J l t i t 1 . COlJJO fli e s s «

r I o / e t a ? COt.l /O ( r ) l l ; I t n t i t ( essa t r q J . , t r i n a de btldl lct.tuJj

bta.tildto f J l . 1 C 6 N a p o t i : e J t i o d i' ze r a s t oi st J: S 'l .w je s O m

de :puu .i er d e m ho wd}:tJp~<]lN!Jla para puqJr isar?

MiltlOfl San~os ~Em 1964 eu tinha car-

reira local, regional, ] 1 . 1 1 . Bahia, onde era ad-

V1ogado . Fiz direiro, pretendia s er p ro fe ss or

de reoria do Estado, mas descobri r:apida-

mente que J. eadeita esrava reservads panl.

um meniao. filho de mn professor; que ti-

nha nesse memento [6 lIn05...Dcscobr. i que

eu nnnca poderia ser professor na Babia,

D¢poi$,con;1o eu naG qu(::fia. $(O!: ' fundon9:I'io)

o gO, \ ''e~ ; oado t me 0fe t" e'c ,e n u in empl'e g o.

mas reeusei PQ~ue os p'wfesso'[esexplic>l-

vam que era ruirn ser bU]f·ocmm.Enlio" des

me deram essa idwa da libeedade da facul-

dade de direito, E 'il:l~ ja havendo ensinado

ge~)go;a f i a . d~!.ld(;0$ 15 aDOS de idade, quan~

40 ccm ecci a ensinar panl. pm:lcr me ve:sth:

e f:requentiilf u rna ra:culd:uie de ge:nte bem

A s v e Z e J , B S S t J l a t i no -ammcan i za f i i o )

e s s a a r g e n . t : in i z : a f i i o da . u n i v e r s i d a d e b r a s - i i e i r a )

q ue alnd a l um ,( )d s i~ .pa ssa a ser .1 Ima

a m e : C J f t l , . £ n c lu s i v Y J d p r : o , d u f 0 1 J i n t e i e : c t u a d

i n d e p e . n d e n t e

veseida, me enrreguei inteiramenre a geogra~

f1a. E q uand o s1 l1 rg iu "O Artalisw", urn ~o r-

nal que funciol:l.3U como urn pfln.ido, passel

' O ' l . ser 0 tedaror principal e, com i$~50.Qbtuve

~~_ns pontO's politioos de algu:ma lmpnrtin-

cia. 0 presidenre J .anio QDadrosqne me

desculpe, £ui rep[esentante dele no estado

da Bil:t~.ill.A mioha sorte fo i qU( naofiquei

mll ifO t~ l1 r J.p o em nenhu I ' l"l pos·tO pol£ dc o.. E

ac.eltO'lv<'l, .]:t,~n;$na polltica com a oondipio

explici ta de. q ue me deixas sem sair a.lgu:!1!S

mC$~S p ata (O>S.I;:[ldall :11 ;0esrrange iro, 1 D e ~iI: ]gu-

rna fo rma en estava num jor[!l.~]q ue criav a



oond~;'i'ocs de prestigio" com umacerta inde-

pend~nda. em. relwc;:iDflos partidos, 0 jorn;!], .

de faro, em um partido, Com isso, a geogra-

fln e uf: a: da. r lI.aB ca bia, q u e e ra l'nuito V]nCll-

lada com oten:'it6rio. COH:10 a genre nan ti-

nha nem miquinfl, de calculsr, muiro mencs

ccmputadores, asestatisdcas a gen;tt; as V]-

via, Agora na u c mais pcsslvel, as estadsti-

cas hoi e slio abst:Ja~ocs, Isso nos per mitiu,

a fiOS da nlinhagel1t~iio, eer uma sensjbilida-

deem rel!l.o;i'ioao eerrireno que criava uma

cn:,il]hi h c l n . d e , . lsso Il'JiC deu, no meu estado,

um cereo prl;:.s'tigio vinita do rra balho lm e-

lecrual. Fui sec: re tnE]O de ES~lIcloC de plane-

VOte lod e essoaar a . i d e i a

d e s i s t r 3 m : a a i d i i a , d e , c s t r u t u r o ) ,

in c iu ir a 1lflfao de femIa,

.E . : JC vo,cejun'ta a tudo isso nao smapiiada;

mas um a carrada de e x i s t e 1 7 c i a l i r m o )

a / C ; o n s e g u e t ime}, ' h u m a n i d a d e n o s e u

p r o c e s s o . d e p e n s a r

j amentn e co n&m :i oQ , a pCS~ f de ser ge6grufo.

N a fac~Jdade de direim~a:mhem se esmda

economia, ftl~a:s,no g~isiot;'lm bern. sc estu-

ail /v,", cJConomJa pelitica, o~.)1~ig!lto~iall'lente.E .

quando ehegou 1 .964. ·euern um homem re-

gional, e quase nseional na minha 1rea, qw~

nrioUi:'!Iha"jsibilidade,linrerOildOPlIl ~ote:~des . t e : l : ' eaeional. POKJue eu chego na Fm:~a e

n:1io sei sc, devldo ~. rninha origem como-

vente, pilSSO a ser UIn exeluldo queassu:me

sua exclnsao, Eiuao. ria Franca, depois de

dar aula um ano ou dois, en, que ern um se-

g l,l: id or: q !J llis eq u e to ta l d ag eo gra fia fra nc e-

S,fI~comecei a . me per.gun tar: mas seraque

lsso responde, ajuda < ' l . cn.tender? E e isso

que me levou depois :10 marxismo, 0 m-ar-

xissno cltegou para m:imap6s urn processo

lenro, amadnreeide, Isso me permire hoje

nao ser aquele matxis ra,

.DV- QJlfll mal'xisia?'

M~ltlorn S hU 'H O !!: - 0 araal?

.D V· N ao ,. c qlle k (jo e .lJ egm .e d q j N J i s : , .

M H ~ o l'f J J S < 1J :n tG : S ~ E :L \ : : i ! :UIIUI m i s t u r a d e

m~w:seriaflism.o e felizmeare, de sartrismo, de

e xiste ncialis mo , q u e e 0 qU l ef io o .u , .A minha

posJ.~ao arual econsiderada, pur cio.l~ga$

anglo-saxsos, estrututa-existenc ialisea, Eu

achcq ue 0 estru turalismo, desde que seja

ajudad.o pela hist:6rb,tcrn, . ! T I l l ] i to a con~d~

buir, E s , s< l . i J d k i :a de sistema, cple a geme je-

gou f(.lt-.l, Porq ue a gent,e diz:ia; issc e

neopcsitivisme, ni'io se fala de sistema, 0.

q ~H~C uma bebagem, Voce pede associae a

idcb. de s is .te ma ~..id eia d e e str utu ra , in clu ir

fl no~ao de [;ClllpO. E se voce juntaa rudo

is so n a o uma pimlci1 ! i ; mas ml'!llIc;anada. de

existencialismc, at e onse gu cem a humafJik la-

de n, o $,(:1,1 p 'r oc c;s so d e pensar,

DW - 0~J~ .€J/a'WI/,1 'IfIFf'{lJl(o't "0moio d e 6'8;

Mil ton Sanllos - Estaea,

DV - 13 j e i .ml J.Q(ltxiJt(l?

Mi ltiOn Sa l) l. tQ$~ Nii.o. eu mio ern marxis-

ta" P i : ; ; : om livre durante esse periodo qlle

aeho quee .0 <]ue esta me servindo pan fa-

zerrodcs os OuI:I'Oc~-Pm,"'lII;u~a! utn ruomen-

1) 0 de explos3iO, eu mio pocl i f l sair ~eu esrava

ern Bordeaux, Nio havia skin prornovide

sinda pnraIPads, E n;lmbem n 1\0 bavia di-

nheiro pam pcgat um ~tem" Ai fiqllld em

c~Sa e pc~~ pdl)lcira vez lig;uci.II

tdev]sa,o.F'orqucj como born inreleerual afrancesado,

nao po dia! o]har relevisao, Era urn absurdo

urn. ineelecrual fazcr isso, Mas al olhei ate-

levh1toe vieram aq Uti l ]a,5 i ; d c J a s nos meus

bouJes" E tudo quceu fiz ate hoie ern ter-

mas de id.eias creioquesain desse lU' I j ,ITO. 0

livre S~ dHlm:l «MDRV» 0 uab~]ho

oiJ\iDNM)} de um geografo no Tereeiro

Mundo., Era urn manifesto contra 0 depar-

tamenm, a universidadc onde eu esrudava



m deparramenrc atrasado, e sontinna sen-

o na Franca, POf(;P]C era sede da crnpn,"$a

A p t . u m e l . : t : a cadeira dil geogl;'9.fia

D V - G m 'l o Ii ( ;} " lt c /J e g p .u r i a UJ~ J : f ( ) C t ! } : } : t r o ?

D 'V - E : . d e p l f i s a a "1 tmz/ inia.

MUto.n. Santos .. E : ! 1 1 esta \ ' < ' 1 ensinando na

lumbia University c; ' fu~ eonvidado pRfR

u dar a erlar uma faculdade ua B ia U :il.

DV - }\I[a s e e :r so . .c fJ e g at f '$ {J Co/tij}jbia?

Milton Santo s " N .1 0 sci multo hem,

unca se sabe exaramente pfH' que. -,I'a a

c rtu ra ., h av is tm llJ iI. er ta ( :': 19 1 1 1 1.inteieeruais

que poderiam pon",: ! :' as ideias ci a

rilarecal, Em em. Colum bia que esra va

Zb]gniew) Brzezinski. Columbia tmha a

de rehor-a do mundo, 'Voces sa-

em (1ue h~ univessidades queehboraHl

m a ideia de m nndo , E a g lobllliz fl~ §.o e pro-

uto de aignnl.as. universidades americanas,

om ajuda de u[liver5:icldos de ontros p~fses,

kM ia de g ~o b.aljz a~ a.o re su lra do rrab! li] ho

tclcctu al m ui to s.e :< ~o ,A b J] ate nd nioexi:s~

p es ad o, n ~( ,),

D V . S & t i1 J h n a q t id a ! tpklts de e s i m t f , g i r J J '. . .

M H l S o o S a n;tiO 's - A h , Si'l~,e : : - ; : ; 1 i t o . E u re -

ho medo de vo ltar a ]dC:.iada o()nspim9,ao.

v e rd <'ld c, s e rn c on s p ln lJ ; i'io n iu reeia 113 . "

E a primeiea ve:zque 1l1ma.

ivisao d e r rab alh o e orgm1 i . : :adaa priori,

lane] ada. A prod u~riio da glo baliza~aoc

ro dnro de um pr.o icto ,

DV . Nhti~ '. c 4geNIe jmu(3r ( J . u i m , a p r o p n o

i. E l , i j ' 1500, l J d Illil pnWlmtllro do

t i o e . h J tl1l1f1 C(}lJql'fism d o t l l t i ' R d f ) .

M:iltJo,t:l. S a n t l O · s - Mas f a 1 r1 1 J 'i ra m a s condi-

es tecnicas C J ! t 1 C permltiram .."

D V · } v I a s a g e o t, r ' . f 1 ji { ; , s e &1( bill! m / ( m t / o Sqt!

i !WI prf)dt( t: ()~ .!tiff) iMwl tfl.. !Of/to d~

E I!~MpN )d n to b ~I/ J; (J !l o.

lMlh:Qllll Santos - Sen"J: [ 're q~e v e uma po~nes eta IJ1 'O p5 e ide .ias q t ie sio di fLLnd~d1LS;, e

'~

1------~-----------.~-r_~

que: permi t e l l 1 J . 1 1 J ~ i i o . A poUdcQ U r n b~:m ,~

is-50.E a~ < L gt;lopoHtica anres ciea 0 n::aba]ho

dos esrarlsricos e dos mercadores, hoje fi -

nancistas, ilao · e ? E s6 qll1enaohaeia ascon-

d!i'foes pal'll uma conquista g l < ) o l , j l [ do mun-

do. Inclusive, abase do imperialisn'lo e a l'laO

Vaces sabem que bd universidades

que elaboram um a id iia de m un,do..

E.aglo.ba.lizafilo I e produto d e aig umas

u niversidad es am ericanas, com qju tla d e

un iv er sitano 's de ou trospais es

l 'lQ !noge : r. lc iz i l~o . Vo c e pede te r um im perio

multo na fu;:nte dos ontras do ponro de vis-

W tecno]6gjco, financeiro ecomercia], cq m;

eonvive rom. os outrosimpcrios, 0Imperio

Arneric...no (:o primeiroque decide sozinho

se vaj eomaadar 0 mundo, Isso resulta de

condi9oes hisrork:il:S novas,

DV· · fiS/OII t /# tnwdo r J O / l a r Pdl'lJ a . tr q i et 6 ri a

d o p r q f i ;m J ' .

Mihan S!amos - Da fo~a. da realid ...de

e u fll] p a t a l\HT ( lVhssrI .ch! ! lse ' t ts Insdtu re of

Tcchno~ogy. em, Boston), Que eem bi seu

eharme earabem,

D 'V - 1 : 1 anr.m(.} 'ac:iaf

Mn~o!l!I.S:'l11l!W S ~ M~lS ~r~mb~mphno-

craeia, porque a genre se acostuma ill ver 0

ml[lndo academico a paui. ciaEuropa, E os

americanos se consideram como 0 hlga~

proprio pan ser cadinho, 0 professor visi-

tfln~epede flcar pOl: 6 meses OUpOl: urn aao,

En.quanm 1:$:; '0 se satisfaaem a]gunsestu:dan-

~C$, aig~n$ grupos,

.VI" ~ O . . r o p r i o ( N ( } . c t m ) CJMJ J J ! f i : J ' . d : c . M . l T

1 / i l o im m t i d a d o mm p a r a folat (.lll H u r v ( . u i , qm

i d o I fe J d f ).E k e J)lcNl i t f (J .(l/i t ( )~u it&lJfl j i{ 1 fW ( ;j l JJ (J io

'lIte Jpar te d o ld ~ f C ! g f( j,



D 'V - E les pred. td ; } } de leperpn to .

Million S<'in~os - Isso, Mas 0MIT e ou-

tra his'ulria. Que! dizer, eu havia side cha-

made paraensinsr realmente porque eu ti-

nha urn contrato com um~ universidsde do

Canada. Porquceu sabia que nio podia fi -

car na Franea, comecava a se:!:urn pais ex-

rremamente eomercianre e quando eu vi que

e p1 'op .r io Celso Fursado comecava a ter di-

ficu1dacl.e pam renovsr 0 se u contrato, coi-

sa,SObl"(l a qual de ainda llio falnu; en come-

cei 1 1 . Fens~r. Doh meses aneeseu descobrl

que . nao tinha iugar.por(lll.e as 1lentalj:o!::s de

politics mrernacional denrro da minha dis-

cipuna desaconselhavam, Quem. me cOI1'iri-

dou, rompeu 0com ire. ">Ii rive que ir pam

q[umlquer lugar, Como eu tinha estc eonvite

anterior do ilII'lIT, al eu fui, como pesquisa-

dor, vlvil9: l im. ano, vivendo com U S s 460

por mes e dar eu fui para 0Canada, Toron-

to, cnsinei urn ano c as panas se fechararn,

Arlligos da OEA me arranjaram empl'cgo

e m L im a o nde fiq u~ ~se is dias, fu i co ntra ts-

do peta University College de Londres, cioh:'l

um contrnto. M1'ls,chegil!lldo la, n,ao pude

enconsrar casa pam menu" porquc as casas

onde eu queria morar os plOpde'l:~idos nio

querlam muim, Isto foi em 73, e eomo a di-

r~ilio dauniv{lrsj,dade Rio qu,is me ajudar na

busca da casa, it l'a:tiQ ersrncisrno, n,~o?Dai

decldi que nao podisficar onde eu dcveria

ficar urn ana. Demoeei 3 JH ! na S n ov e dias,

Dal fui pal"a a Venezuela, pam onde eu ]a

==r= que na()tinJia empl'ego. E ai oo]eg!ls

de Columbiaque ja ha iam tentsdo me no-

mear e (i.~Oconseguiram, obtiveram a mmha

nomeaeao,

IlIg 4r, n iio / : t ( l w ' t J !o!JtfJo pOtqltt os l'mfI'S(}'S Jt I:mtf·

t i p J I ( ( ; 1 I ' " 1 : ( J 1 ! J r e ' as ,Ptt!OtlS Je re.lmiJSefll 011 alg,1l"~l

IJ'lP'. Sta r p o p l l l a ( o Q J u ttfu d isp tnat rom IJi"lite

til t,~/( dar etil . lro;iio; S P I l d e e ide%gitll A i d t o ! Q -

g ia d ep en de 'm;itiJdl1f(Jg/(Hmr(Jfi~ .Nii{) e? Nilo

IMUi~ lt e / e J , i s i i o .

DV. E o f V fim os fhf,gar na USp, nii:(1 l?

Milton Santos ~ r,·fas a miuha muUu,:I'

engravidou de rneu segundo filho, q l .l le f4 ;:z

:Igora. 20a.oos.

Diy - 0N. !t!CtJS()1l IUl Fmnfa? '

Milto:n : S ,a n tio IS • Casado? t Eu bnha. co-

nhecido minn,a mulher na Frans:a,. (:la. em

pobre, til pa vtlr daJ ela me aeompan h;j P0ir

rodos esses psfses, Eu tinha cuero filho que

viv:ia.nil Bahia junto com ;:I mae dele, Be me

encontrou em eodos esses paises, era de

quenll me leva\AA os discos ... Em funs:av da

ldeologia dele do memento (rises). Pob.

So baian'o meSmO j em vez de t er jijho

e m P a r i s osN.o v a I o r q u e q u e r f e r n a B a b i a :

E ,que ter j ilha n o Brasil e catissimo.

Na Ftan;a nao s epaganada

DV -Q IN I 1 p O t : t 1 e ra tff.J'I!l?

Mih:on S a ht,o lS - Era epoc:a d~s gu,ndes

migIa,~ijes forcadas, Tr~s qilufos c i a ! popu-

La~ao foram 0 brigados 3.mndar de lugar,

ny·A idiill i(jllf'

oJptljmlu;Oes!!J1Jdol!WjJ

de

bern. Eu me recordo, Isro e anedetico, ii

rninha mulher engm\·ida e a mi nha deeisao

eque 0mho tinha que nasccr na Bahia"

D 'V · B aitm (l I burm' igfud

Mit~on Santos ~ Eai me ehconteci em

Pads com. oatusl presidcnre cia R.epu b]ka.

S6 ] ; ) ' ' ' ' 1 > 1 1 1 0 mesmo, ern vez de ref filhoem

Paris au . ova Iorquequer ter na Bahla, E

qtlC fer fllho no llrnsil€: carissimc ~ a Fran-

s : : a I'j,i\ose p~ nada.Voce are reee be dinhei-

r o o Se \'oc(~ tern multo rneni no voce passfi 0

rest-a. ds vida reeebendo, (Rises) Mas 0

balano aqui decidiu que 0rnenino ia nascer

nil 'Bahia c fo i 0que sconteceu, E ii i eu me

..



dei conta de que esta va corn 50 sno s e se

fosse para a igeria tinhaque ficar vados

anos, eriar uma faculdade, faze-]a, viver, E iii

:tpareceu urn conviee para it pliltn 0 Rio

Gnul;~k do S ui" para node niicJofui, purq ue

achava que eu tin h a que poder circular scm

depender do empregador, 0 que C funds-

menral, E 0 Rio Grande do Sul, flea longe

do Brasil, nao e ? (FUses) E al fui obrigado :it

nan acelter, E emSao Paulo, i'l minha ami-

ga, Ma :r ]; '1 .Adelia de SOU2-':l~ me ofN,el3~u uma

consultoriae arraniou uma segunda consul-

coria que per miriu tltnt:' Inc ~nstalasse em Sao

Pau:io. Dai eu bati ''':ldas vezes nas porras da

SP, 'l!3r1asvezcs, Eli,s portas fechadas, E os

meus cok:ga$ do Rio me chamarnm e eu es-

tive aqui, Peeo desculpas, m,IS eu queria 0

rnelhor, E 0melhor achoque em, :I L SP.

DV - E oj porlid/Nifl dr /ml fOllfUf'Sf).

Mihan Santos - Nila, este concurso re-

sulra da. dec isi'io prev ia de me acolher, N au

YOLl me vangloriar do 'CO'OCu!.'so. nao, 1lou-

V~ uma decisao, 0 colegss velh os fonun

embora e os colega::;mais novos dccidiram

me acolhcr, E des 1 r~'P8ir: ' l r : : l i rn o caminho

P:U11 rnim. 1 \ Ic fizersm contrarar pro fessor

corn < ". promessa de que 0 concurso. scoria

aberro,

DV - Votl a r l M q f f f' ig iJg rq /o P{)J'lHQi",i'll/ti-

tle ()ff Ii m; "16 lde P(J I' q IJ I' ; ) , 7 t 'O , W ' r ! . / o ?

Milton Saneos - Acho que sou geografo

pOl' causa da ideia de movlm ento, 0 movi ~

mento real SCI11[u·e; me ebamou a at tm,9ao.

DV -0Sj~aJ " I/lf/ilo titJ /XJsi{oo i()l i t, in~l, ilJ-

depeodente. IIMS o sr: aia IfJlJtJ r e d e de ' SHffeJtt(J((W

d e o .m i gW ' .

Milton Santos - Mas nan somes urn

grupo.. sabe .: ssta e a. gtrlodc difeeenea, Ami~

gos vod tern,UltUI meia duz.ia, com os quais

nao concorda semprce des miOocoucordam

com voce. 1l"bu;nao creio que a dignidadeseia propriedade de uma rdeologla, .J aFran-

p" 0 maior apoio que ri:ven.fic) el"a genre de

,esqnt::J:"da,'eN do ourro 1000 , i l \' le davam urn

apoio estremamente forte. n o sci se aeon-

receua mesma cnisa com, 00 Celso (Furtado),

Mas aeonreccu 1880, Os apoics que eu rive

1'liio creio q ue a .d ig n'id ad e seja propriedade

de ,uma it ie 'o log ia .Na F r a n { a , o ma io r

apoio que title nao era genic de esqaerda,

era d o os tro lado

$io muieo mais difusos do que organisados.

DV - .or;: se "~lflil(10 ja/o d l! sr r lI!11 exrJlf-

ide (]lfe {(UlIlllr (I HU' c ( m d ( c i o , EU( io a p . e r g m r ! t : t

isobtt ()fato d e ser /till i lJ le i, ct ll (1 / l lt g J"O e s ob rr tI

exprr iCf ! ( ia do t'atisll.RJ ..0 rmisl/lo lrllt'ifm! 11(1sp a

l r t§ fMn"I? .0 sr:. .m jmf fI/gll lII tpirofi itJ de Hlcisllro!

MU to n S amos - Acho C ] uC 'h r i. uma in-

cOi'porar;:iio desta ii~~siiopOl-que " " U c e desco-

bre qUI':, !lao importa qual seja 0 seu succs-

SOo,YOCe n a 0 .pod e Set recon heeido como

igual. E a minha experiencia C o 0rneu cori-

d iano, C uma I11U tilas:fiu.A pesar da nororie-

dade qw; acab ei obrendo isso nan dim]oui a

senslbtlidade. P01I'{~l.lot: h a nma arirude objcti-

,<I em rda~iio aos negros, A primei ra 11 tiru-

de e t t U C , a pil!la"l~ eu nno sci como seni,

nail' ,e - be m desprezo, e lima consideracso

DV - i\';'J Bahia II afi tmle i r l t f i r r l ! l J l f . 0 1 I C f ! J ~ ( J

JW Bahia # a.uilll.,. m'JJ't1,'(}j~a < I f a/tit'r:(:

MHton San'to.s - Mas cu DaO considero

que 0 negro del Xf;; de ser alrivo er n outros

esrados ..

D 'V · M a s a 1!lt10l!ircl d e Se c ( J / f J C t l rso I IJ lmdo. . .

fiil! t lt /)O .(j#(f se r buid110 NO O i JelJl (f)f luqi i i { lci(Js.

Milton S antos - Muieo obdgado. (Ri-

sos.) Ceeio quee a coisa do lugar, ourrs vez,

E a coisa da s.ubjetjlvidade. Creio que a sub-

jerividade, hoje, rem a vermuiro com. os lu-

,~'1Ll:e:S.



l

. .s"e'Ill

'0'

DiV· 0 a m v i e # f t/ . " . bam deseebriodo, E chega a era, cia ~I?l·e.s~

Milton Saot{ls . 01lmbieme, para falar sao pe la filu sic-a. pda arte, Que) digamos

cstapalavra infame, Item que ver.; las tarn- assim ,e uma a i l s 11'!lnifestiii,~()es,das contra-

bern na B ahia oraeismo f()~ elaborado du- d i~ oe s d a rflcn kll.

DV -QIlfr a i z e r , Ii (JI/tm'a '1(J13(1/)i(7 i qm! I

A ti 0 comefO' dos asos 60 havia ,um a

pos sibiiidade de !ransito J nao

p e r m a n e n t e , mas de quando em quando,

entre as c lasses soaais

raere quatro scculus. Ao mcsmo tempo 'ql.lC

a ideia de cl,ljtur~J e isto e a grande diferen-

s:a,com os outros esrados, avancou fin sccu-

lo, enquanto 0 S ld e (1 'udcste do Brnsjl j 9 .

es ravarn den tro do comporramento

lndusrrialisea, A fhin io Courinho, da Acadc-

rnia de Letrss, dizia [lUI; aBahiae uma ilha.

'Iodos os baianos qu,(! 'v:inh,l:m par::lci que-

nsm triunfar no l'tiu. mes jam hi., faziam fes-

ta, mas !lOS dcram a ilha porquc a gentc

clhava pan (IRio como urn.g rand e ine ele c-

mal c tudo 0 rnais, mas I[) comporramen to

era muiro ilheus ..Tanto que Ap!. ' igama, um

g ;eni ru ~i 't e: ci .i o d a Bahi a, e .0 g eni.o d a ~Iha.E

cu creio que i580 per mitiu esse espas;o pda

cultura, ,Acha que isto tern um papel muito

forte . .E quandochcga a .indliis t l. 'i i l eJa n~ i .ose

mlstura rcalmeuee com. essas raizes profun-

das, Entao haessa aparencia de rolersncia,

passa-se ~ mao pcla cabeca, 0que acabeu

exasperando, depois quando hi0desco-

!lm1rUmtodas elasses... porqucate 0 comeeo

dos anos 60 ha,da urna possibilidade de tran-

site, nio perrnaneete, mas doequando em

quando, entreas classes socials. Voce via 0

OUUO. voce podia conversar com Ii familia

do seu coJega q ue 'era illho de banq ueiro , de

grande s herdeiros e de grandcs nomes, Isso

acabcu Hoj e V O c e rem na Bahia os rkol$ de

urn Iado, os pobees do outre, A forma dac id ad e a ju da. n es se sentido. E as pc'ssoo.s aca-

I

tI Ir i lu:h8iraj lliifJ t?

Milton Saneos ~ E sim. Eu n~o : $ 1 1beria

explicar dead ficsmenre, Esrou dando aqui

mais urns irnplFeSs,ii(>de tim sujeiroq uc V1;1~

[ou rouim e que psssou a ver de ums cerra

formaa realidade da sua S~nte.

DV - Pm .,., q i l e a cul lm"l1 re ii g ios lJ de o t / , g e t ! ) '

1Jegra h~l!e11 m p t . l P e J ImJif(j gramlr na . & / ; 1 ( 1 , Na

t : - " ' P 1 i ) J o o fJltl!itdl (! qff D rJ { ' - ' P l o s ; ; ; ) mlterior t/fJJ

.mtigps 1,€lJt:lIJOS bOl 'ia eoee :. .iio C(JJll a 'Jlles/io rdi=

lio ftl.E ,,; q ffr ()1ttt'O e.G/adodo Brosi l (1 t.lIi!m71 re -

l i g i O J d , t ie o ! ' i g e l l ./ 1 I e g ro , N I II e s t e akemce p c p l d a r ?

MUtOH S anto~ - Popular. lP o.rq uc as

classes medias negra$ rdu, rinhsm rnaior

conrato com. isso, A o contl'ario, lsso era es-

condido.

D Y - E m ' p r r ; i b k J o " iUt:iflSiw s a d i c t l t l . a d e 4 0 . . ,

Mihon Sa.fitos .. Ah, isso e ousra coisa,

Voce rem uma p!."Oib~~ao. "'[as, pm outre

lad e, n as classe s m ed ias, ne gras e sta b ele cidas,

easo da minha. familia, hR\da um silencio em

relayio ...

DV - A las b m J i t l m u sbJtretisl1/0 d ~ fd f ( }t ai a-

l i c - i s . m o d I t w u g e m d a s ,~mldm~·ai..

MUco:n Santos - Mas 'quem guardava

eram os pobres, 0 povo" !lao entm,OiS n o s , da

classe media, TiI]\rez dai venha a for~a.po.r-

que a classe media nan rem fo1''fa, Endo a

fbf '- ;<l vern de baixo. e os glla:rdioes de SSa

colsa eram os pobres, 'Fles naD tinbam dis-

curso, execto cste,

D 'V - N ii'o ,tt (btl/jNtra, j JOr ,t 'xe IJ ,p lo , a ml fnJ 'a

d o Babia ((Jilt el elilfum d e M trtOS G em i!, rm d e ( )

jjl(gJ"O l i t / o w< (01.11 (j/lrQ. i· 00 t i e - i x ( } .N 1l'(flJ)1IJ71' JMsli-

g ) o e st a , (' ff ltm 'l l. S ( ) arle~ S t 1 t iS W !{ !!" n tu nt 3 ~ kl PO

de t /~1 ! Isg ;'uuw Jf Aki)miinbf4 qJl(' n lio a a ita vtl r eI"

11~2/1J, Jj'tlJJ e ra a ( t ! 1 to I M l o J brtJJ1&'OJ. N l o J i l i m - i t o

d iftr ente. A 'B/1 ._ /; }iaem u ma ex pJ()siiQ d e pilJtll'f{/;,



tie i l lmr/il iI( ' t i l : expn ! :r ti o I lm / fI J ' g . r t U 1 t l e .

DV ~ E f,}.Jilf] bifll l1di1?

Miton $an:w:s - M.eu~ pais, eram pm fe~~

sores de pd.lJl ~:rio.como meus ·nvos mater-

nos, que eram professores dipk)mli.do~~an-

h:~ cia Abnlkao. Mt.1.1 Il:Vil pe !: tcnc :e :l l : 10 Ci-

do Op~dri.r""'9~tl:llr.n epredeeesser do sin-

dicato. 0 ('net!av6 . p 4 1 terno ...-

DW • C id ~ O p (!~ "if~ io .1"(ImaiM/leo;:

MUto ;n Santos. -( :~ t6Ho(J5 .C:ul )ncos r ; ; : n 1 i

I Q 1 L J I L r f i . coisa, que!' d h : t : : : : I : , . ism ii ~;n iS :5~" f3~iam

mup~'~ P:l1:·l1 Q~,pobees, (R : iS ( )~ . )

Dlif. 0 Bl~1. f i li I s f ( t - - 0Cid~ np .r : r4 l"ia lb il i -

YN{f ) ~kt .{gt~l t lCoM/ i t a .

M i l~~ fi S ant!O s - O s: rneus ~.,,-O sp a t J e n l i O S

~------4--. t!~ru1"l ~gri.cuhnI1e.s. u rbano s, j)J·in lm .~vn ven-

d.i:l "Cl:dU1;ft de pc no chit). na eidade. E do

~.:Idocia t1"l~rlh.: ;'iII 'Ii. ' lae em ouua coisa, ~cn~c

com ¥omfld~ deser fin)],q~e tQC: ! f \ ! t 1 . piaI'm...

l ' ir:Jh:il q~le eer pi.ano, .~Lell bisavo l~,n'i.maes-

[:[0, amig:t l d.o Rui Barbosa. E e unascl ai ,

fil.l1u de p~of'!:.S:$oresde l?d~nirfo. que cram

bl.m::lildc~m.~SIlio etam pobrcs •.DW - lim f i l l " Ilyt.tl;l" . r i l l n~lbi(l?

Mil~on, Scam~)l}s~Ell nase ~ l1I,r~interior,

M 1 '..~ '". . Btl , t l Z S ' a ? J O

era maest ro ,

a m i g o d o

Ru£ Barb()~

sa. E B U

naS(,j a;

j i l n o de

proftsiores

d e p , r i m a r i o ,

Q t 4 l J ' ernm

hU J 1 J i l d e s

m as , n i l o

erampobres

..vV'.~ ProftfirJrrs prbll.a1'iO:f ;j~Jlti ep f l t d ~l~J;;

FitJifldS q l r o ' lilfhalll tn~tf&io e hlSI1"llyiio.

MU~oli ' !l ,S a m 'll" l§ , ~ Eu f:d'm f i . . ! : i (I . eseola j~S~

tud ei ern ! ; .~sn Cl1;rm.i.f .I .d (1 pr.il::naritl cm~i'IS

aaos, ,Meu pili me el1s.i:r.um. me fe~ apl'cl:l!Cl(;j"

em C ; I - l j . ' 0 1 ! .fr:ancb, ilgchm ~'11 S boss Inru:ldr:ns.•

qlle e:ram i1cdi~pt:t1s;h!'ds. entia, S abe r & l: l1 dar

OOITI uma senhoea n,lW a, saber guenao se

'~ oc a n a s p e S ,S O l" l.s .U ! ! V0Ce n:n.qlile Us; ! : . as

palnvl:lls, oao 11£ m:io~. Enci i .o,. tude i:;:~~) eu

~['lrendi, be rn , t: esqueei, (]~j$os)

D V - M a f (p ud ~m ~c r idad l f l

Mibn:ll Santos ~Meu:s pais fo:mm pllr~

dl"'~~$:ascldades, paPIn zona do ,eaCI[U, no

~IJ~ dn Ihlbia, e c l a ; i m iC m llnd ar aJlll par a ( ) g i.-

p:~lsio.ondeHqllei interne, TaJ~"Czdai venha

.iI u'sPQs~a iI S,U~p~.~"Illilta·sabre ~.50Hda(1.Eu

rIve desdecedo estn o : : x p C : l : i e r u : . i a de~c;r l i d o

uma educa~~ono seio darnr-mlia. 0 quenao

impedia ~ ~(] ;nvive[ l !ci i l , ,cam a s meninas, [ ;I,fio

Dl"- !\Tiff) pJ"CC/':r ll1kJ de ~~refocraU l iisfJ.

M il:to n S a]]llhQ s - Isso havill. Voce va i dj-

% t : : : ! : 9 1 1 1 c e d a n cg ;L 1 u] dc , m as nlJ lo e i;$~o,n~(l.

(Ris:o~.)Edacon di~~o humana, i\1~U fj.

qud dez, anes, praticam!enre vivendo neste

cu]egio ....

DV - Do!: 10 (JW 1 , 8 ? ~ l ~u - lo l f' sd~ i ,; :(1fttirn

});....#Q «J''\f.l:(f.

Milli~i[!Santos .~.E ecmeeei 1 ' 1 , easinae li i

de~u.to, t'fH!i-..~rr,U). DepoJ:se'l! c i nha ameli

qU~t~0 ~ ! C l ? : l , m . d o . .

DV'- BftJ f r f{ f, io$( ) o m/ lg if ) (

Miltl(llfll Santlos - Naa; nag, Ern. L1lrlCQ'·

Itgio~e1'go.



Milton Santos - Em urn ,colegio para fi -

lhos dcespanhois e iudcus, De modo que

nos dnhamos u rna boa l'n!5tura, d iversas

classes rnedi~s. Classe media. nao religiosaJ,

Nao cram nem os iesuItas, nem os maristas,au h a v ia a pretensiio, .. }\ d]re~a.o c ia csco-

la era cheia de livres pensaelores .. ,

DV - J d k ' a dO i " ?

Milton Santos, - Ern Salvador. E dai il f f l-

c uld ad e d e d i,r e~ to ,eli! precedida de umacoi-

sa 'que voce's ralvez m.nlC<l tenham ouvido fa ~

1ar. que , e 0chamado eurso pre-ju .. idico ..

C ada vagal'd e p r o g r : e : f S O t i c n i C l ) , na medida em '

q t t . e c - a d a v t : l g a d e d e s e n v Q l v i m . e ·n to v e m

acompanhada t«uma c on cen tra flio d o p o der

econlJm.ico, ampfia es e x c l u s o e s .

E ssas ex clu s:oes eram atenu ad as ate

reClfntemente p o r um a certa i d e o l o g i a

,ig ualz'taris ta q ue a global izaf i iosuprime

D 'W - P J ~ u p e i i i l f t i c " ( l , .

,MHton Sanws - () nde a genIC fa,zia to-

das as discipiinas socials, tinha polfrica :>0-

eiolo g i a, psk;olog;b, que era dada pOl l ' um

g rande professor. A [e hnjc eu p,c:nSo que

'quen. esruda psieologia naopredsa faaer

psicanalise, Puis a discurso vOe(; aprende nog1n:lsio.. (Rises)

D JiT - No! l 't ido ! t emos ltIll(}p.(JfJP.gml pnil(i-

pa/fJltl1le t!:llll"'ea cdq!millria ('jll./,'(JJlil1d~.d e algllfm

( fm l~ 'i f1 "mf ioJ Id e c i ! i p o l l l e J l t e . 110 !Ja f Ivit /m ..Q lfell l ]oi

e s s « p u x r m p a r a ,0 s r o o ?

Milton Santos - Bcm, na Bahiaera obn-

gatodawentc influenciado par Rui Barbosa

e C a str o A J :,r es . (R i so s.) M as no gin~s.io t ive

alguns professcees exrrernemenre insti-

~flt:eS. 0 ptOfCS$Ol de l',lol'tugues.t.lnc cria-

Vii as frasc$ no quadro-negro pam nos ensi-

nar sintaxe, p O l E exernplo, Era especialmen-

re filosof co . 0 pm f e S S O r de hi~t6ria> que

dava llul"ils muite ri~as.Ev±dc;nte que a his-

t6ri~ era a h.ist6da da Europa. tho ,que

existia lim clirna no ginasjo, na Bahia nesse

rnornenro, onde havia uma encrrnc prc{)cu-

p:a~() com 0burnanismo. Acho que foi, tal-

VC7. isso, mareante, Josue de Castro me im-

pressionou No segundo ano CU ii aquele li-

,\,',(0 dele ehamado "Geografia da fom e" , U rn

livro que de fez: para 0ginb.lo ..Todo 0de-

bate arual da g(::ografia c 5 1 a ali nesee livre, 0

qlle em uma forma de ver a hisroria, a his-

to,ria vista como reco flS t fU<; ;' i,Q . do plancm.

Acho que reve um papel muito forte.

DV - Isso I l I l l o I fJ '{){f-1J(I te r m n ito ; d u d e p e -

' lowe?

Milton, Santos - Desde cedo, Os poems

ingicse'S, a lit,erntura inglesa, urn pnuquinho

dos POI'tugueses. Acho tlue eo momcnto de

Je1·'.ADS 1 S anos :11\'OCC c lu . : .1 , 'a ~ . faculdade

e vai podcr k'i" coisas prccisas,

DV· E o s / m r S 'i /r i r os (

Milton San tos - Os brasilei ros cram

pessoas simples, como J 05,6 de Aienear, Ma-

ehado de A~si$.

DI7 6A f11!lldd[OOmire 0 'llie () s r: f ll/r m a n-

t e s s ob r r tt .fr!, ':rt.a(tro, o r t / d i H lO , e amlO isso e r o / l l i f f

mJNn soC£ed tlile lWno (I ImlSileim e que Se (");.pl'ilfle

oM (IIi d i r 4 s ( i o de t e n i l t i l i o , . dasses e m F aJ , «J1110 ;

f:ista pe/a GUlg rofia ? "s lO ltfalallt/o lltl Jup in ex-

p t r i i m : i a d o SJ~ . & r ; m o ~legi"O e g e o g r t i f o .

M ilton S amos - E 'it1C eu £laO trato des-

e a questao;nao c mcu terrene.

.DV· 0 $1: fe z 111lJ(lp'fllt'ilrg COlli (j tiJlllo '}<tr

' f : x : - c / u s i J e ; 1 o d d g / o f J v a i i , ( l l { J o : p o b , . ~ e N e g r o ' S ' ' ' .

Milton Santos - Cada ~ragade pmgres-

so recnieo, nil.medida ern que cada vaga de

descovolvjrl1cnto vern aeompanhada por uma

ooncen~o d o. p ode r e co ne mico , am plla as



exclu soes ..E:ssas exclusdes eram atcnuadas

ate reeeneemcnre p011"ulna cerra idc().logia

igual.i,m:ristl'lque a g1obaJ iz l l. ;an suprime , S C 1 :

superior 0'\1 inferior e pn)pdo do prece $SO

g1obalizadQr. Endio, no caso dos ('legros, eles

sao mais desarnparados agora do que eram

antes e do que serao num futuro proximo.

Essa e rninha rese, Quer dizer, se 0 Brasil

voltar ~ crescer mcsmo de forma mais

distributiva a situa~o dos prems vai ficar

rerrivel, R possivelque chegue a cx~Jlo5iio

que 0 Celso Furtado, conversando com~~i()

ClU Paris, imagina\"a. Nilo chegou ainda, vai

chcgaf,c.rcio euquando .0 Braail river 1.1lU

cresclmcnro distributive. E os ncgros na:o

",aD poder particiPaJ[ porque no Brasil rudo

depende de urn IXH'l1 eelefone, An~ panl, tell

um medico, Ninguem vai ao medico sem

pedi r ao prime, ii . tia, ao compadre que reco-

meade. Eu com UID ano, corn rninha posi~o

lUI f~cukbdc, nfin d;ioha um bom relefonc, "

J,.

tern a t:ldLlcas:ao, que comeca a SCI" C 1 1 , prnprm

olio 19mdjtfl1ria.Ta, vamos borar 0 negro na

escois porqq:u:~al rnclhorar ..Ora; ,'oct: remdiversas escolas cos negros vau as escolas

'1!'li(~ nao perrnitcm uma inelusso cabal, com-

plexa, completamen te aceici vel no mundo

novo que est".ase crlando, Adm que 0Brasll

atual C terrfve] pam os negros, 0Brasil

distributive, que voccsesrso (]lI.en~l1do cons-

n:ui'r, ~nl pior. Pelomcnos doponto de , · i s . m .

imediato, f\ rnenos que haja revolra, "ltle es-

pero que v:isc dar.

D V · 0 , I I : t lM i a pol i t ka d e aft/D o f i 1 " l I l a / i P t l ?

Mil~on $,antIos - A qucsdo oiio c por ai.

() debate e outro, 0 qu,e e que 0Brasil quer

fazer pelos seus negros? 0 CJjIlf;': elequer fa-

zer pclos seu s indios a gente ja sabe, nao e?

Agar,,> pelos neg.ros a ge-nte nao sabe,

DV· A g mte nil0 f in-Ymca.

Milton Santos - Que e isso, meninal

DV· 1"w .tJHfl i tn g r nle t .p ~ ea rg ll Jh tu ia q u e s os

Et.~' Jl'od !tty j~n!lflrii()bfdlISi~'e 1!tIi r/aUt! bai-

> ' ' l I S . EJJ J Bos/ {m , b ' ( ) ( . e t'tli t is ila ,. a p r r i f t r i l l e itt a.tp nro{iio o M fn trr jw brilj'.: lJt'J!,I'OJ, ja1t"Jaic(wf,!Seru

tm l I M l a Y ) , neg_n ) ' f alllf!li(amM,. pO h r l ! . f d e ' O , . { ( Q ' m ir -

II lHtfeStlj• e ill o atr « O J ' irlalJdeYf II(W II' /lli~rltmuJJ

({)!II (If fJlJJelimuoJ Jlt,gro!. O s tIllltfi;;mu~s mgi'OJ t//io

If mi.rllmllu row ostINRlicmO!. ElI j lm , IlIeJlilo na

A cbo qu e 0 Brasi la t t la l i terrise!

para os n.egros-,0 Br.asil.distributivo,

q u e v o c e .s estdo q u e r e n d o c o n s t r u i r , s e r a

pior: A menas que haja reoalia;

qu e' e.p ero q ue . v a se dar

d m 'S l ! p o o r ! " [wi tOll e s s e ''optlrlbrid' $ . O ( ' i ( l l ;

Coisa qm no J 3 : f ' f . l S i i mit }' 111m .V( . I f f lw i ( t:1JJ 1It#(/

It/reAl, /Dab II/HlJdo (ojJI:i,'(', .B em . e ss es Sol i l lr , !l I'

11I1'1I1o!fiNe (.ISPI!S!Ot{S' .aprufIJl t<1Jl Imi'a lllo!fror (IS

d ile rm r as em f!' a:tjui eM . - 1 . _ . ( j o m , rMS d~mr'$ btl; '

xes, niW se ~i i$i(), se t ' r I fMM t(}mtj/J{!uti(l. l ' : ' u e l CON -

l ' izim:i(l If (Iii P O l ' /tIl/a 1 0 1 M d r ( b l l s t ' i i l J . i a 011p.or-

(jar I"/'(Ib}).mtl' nas dasses IHdis baixas #tIC existe

m i la d i .s : c r i it li u t l [ i il J IUdjQl", roll iO ;u's elites; 0(JIlt

II sr : m:ha?

Mnton Santos - Bem, eu nao sou urn

especialista nesta qucstiio, Entao a rninha

resposta e de alguemque naotcmcompe-

' benci tlpa rl l f a- la r. Ail ' ld~ nno csrou toealmenre

cerro de ,queUITIlIj hom au OUUiI 0110 se digs:

"A.h!: Voce, 0negro, ..", Acho que isso exis-

te tam hem nas classes baixas. A questiilo da

d!is~in)ao.

DV - ~dln a o femus mil p m ' f ) fora no s u~r:i).j. DV - 1 \ / ( 1 ' > J'e (riel lIW/J()Il(() toNiO lIJJl tenito-

N O s SOfl/o.s " 7 , / - 0 . 5 ; no , flaO s e ( ri a?

Mihon Santos ~0. ,que?Nos somos ne- MHtlo!n San~os - Se cria junw com 0 eer-gros? rir6rio.



.\.-~-+---{

.D V - P0 1 ¥ jm ( ) sr : i l l l d g / m " J t p te a s ai s« c e u J t i ·

IIha p m " d (1 p io r e 1 1 . i i op a rd IIINo plmibilidatfe til'

ftlslitJ?

Mj!to'lll San.t.O$ - Talvez chegue i ' i . fusio,

si'll. Mas ~stou fabtndo do processo.

D V- .N l~JJ ql l l1,p o r t ') o .' c m p l o .. a gmtt ' tma q ue

f ezer b q j e jnlf'« anteei/NI" 0 flllllllibii?

MiltOn Santcs ..Eu 3C l10 que 1 'o .5S0 dar

as ideias, as Meias sao portadoras, elas WD-

dezem, St: a geme comeca a & 1 3 1 1 " a gt:nw &1

as , p~U.H3S. M as sobrerudo partir do Brasil.

Essa tend.cncia arual c ia A f r i . · c a . do Sl.Il,parece

q ~!Crem : a t e urns expcdL~O atnerk:ltna qllC

vcio convidar wdo· mundo para ir pa:rn :)

A f 1 f i c a . do S u i. do s E U A . H It.: ! me con tac-

raram ram bem para. fazcr paT te do comiti. E

eu pedi meios para conhecer, pois ell nao

conhec;o os rnovimenrcs negros e sou, de

eerta forma, distante deies, Eu disse, arc-ito,

mas. \ rOC£:8 me aiudam como, no scnrido de

uma ~u;iopolirica.

DV - 0 l J f I t ! drs qllf1ifllU{"

Mihon Sant(H' - Hies quercrn fazer li-

VIOS. E sugcrh· ,cm np3rac;8c$ com o Brasil,

os Esrados Unido5, 3 . A frica do SuI. R uido

o m a i s , 0pilIimctl'o rem '1lH:~CI 0 B r n . s : i L

Acno que esse enfoque eomparstivo e urns

diversao polit.icamentc elaborada.

D V - ill! fld aru /o Irm po Jf(jltin /;o de t1Hltutf), a 11 ' .

j a l l ) 1 1 ( )I re a l H J i ' ( ) 1 i - t ( / ( J d e : .M fora · dJ tg (} .r tann! .d e , c v £ -

l f l r d O B . r os il . _ Q m t l# i t) < i1t le · c .b e g p n n o 1 3 r t l s i / ?

Mil~Ofi SaJn~os - Eu renho a impressiio

que r e m side no mesmo mome:ntuq I!lC um

grupo de jovens dentro do B rasil come~ou

a renovar a googl"afia.

D'J' - Mudtm do de' a!JIJiU()~UJ' IIOvastPll.cit~

J'ao /otaJn:Wlte' Eltados Utl.idoi. 0 t p t t i!$ll . s i g ) l i -

fita pdTaR (Uknre t la gel l le? A infl llbui£1 (II it l lml

( Jim p (m iMl ida r ie !? C f) ",O () sr : p l tl ilif/ffintia

IlloruJal1HJtnleawerk41ui t tjlU! ;' lIpa't '/w isfo ten,

part} 0fiifltYO Uti rtCOl1.Jtn t f i ioda (Ii/flirt} Iml1i1ti-

rtlj lJtJ ii/fia tit povo b ra : si lt ir o?

Milton Santos. • Eu vejo com apreensao ..

Vo.Udar a.minha gcografia, A geogrilfianas-.

ce sob I I i n s p i .r : 'l u ; ;i io utilitari s ta . . I ID S Estados

Unidos. Endio ela se divide e se r n z a p i l . 1 c t i t :

de necessidades do mercado, neccssidadespdlti.cas.

DV - G eog nylo lfI'Velllt1, IHais €llillJilli:sll"ll(tlO,

'''ais. ..

Mihon Santos ~. pliC3<;i io irnediata, res-

posta imediara, E desprezo por uma visao

t ot al lz . :a nt e. que c cbdo t pe la histbria, pelo pre-

o Brasi l iumpa i s jad4 a ce ita a influlnciacom facil idade. Nos acabamos no s e : x : j J ' r im f i 1 i d o

c o . J ' l t Omandam q u e a g e n t e s a e x p r i m a .

o q ue cOl1stituiuma mut#afoO 1 J o / u n t t i : r i a ,

q ue y,ed tJZ a jilrfa da nossa e:>.jJ,r,essao

C O f J J O p o o o

sente se rCllilizllndo. ~ isso ganha: major pe·so

com a gJobal:iza~o. A prcscns:a forte da fi-

1050fii3economica na f ilosofil l polit ica, gm-

·~asaosamcricanos, e que perturb a todo 0

p en sam cn to s oc ial, p (Trq[ ! .l e se poe cnrno een-

tro da eiabora~a() da icJeja de nntigil~d.ade. 0

Brasil. e um p il iis fi 1.c iljaceita a in:Auencii lcom

& Lei.1d:adc. N 6s acsbsmo s nos e;(pl:'i m ind e

como mandarn que a genre sc esprima. A

gente escrevia Como. os fnioceses, agot-a a

genre redige como os americsnos. 0 ·qllle

co nsnm i um a m ut: iil.~ ~o vob,l]ltaria, Gl ue r e -

dnz 3. forca da nossa expressdo como povo.

DV - O S'r , f a ia Co n I ! lm i in t Ji olt JlI:i a da i f i fm'.

!lldfilo (Ollt()rm;uarreinUlll!llto do clJl t l tJ' '( I. DdfMr 'o

1/.OIar 11(1mlitlersidade, lJt1 pt'Odltf-JO jf lte.lec-tJlule Ud

( . ( J p a r i t l n d e til! I)p o w wl/,ir...

Milton Santos - De baixo pam cima ..

DV - I1 S 00 s~,ajf)/J sabre 0Bahi d, q ll tlmf tJ fao



!.aiM a i l ' n tl ig io s id (1t le~ da cn ltmw ..Que 1 1 1 1 I J rd{Jde

m :r .0 P O W ) , e niio a dasu mid / t i , 0 g u a rd ii i p . . •

Mj1~Ofi Seneos - S o qu·ca ammpo~o.gia

nos ensinou g.ue: OS P obres vivern da mao

] > : a t l 1 ill boca, san imooiatisra$.

flV -.1 O s t 0 j Jo tV , p r n ' l u l ! te ft l Um {l e xp re .s -

sPoqm! {} 4:1: ,unbOlt, d t < qual gpsto ' !!luit(J, qlJC I f a

Jtlhdoria tltl e./co,ste:r: E lJOIIlWHO tef!!fUJ o $1: fold

da 1 1 l l t l l r a l i d a t l r tlli d e s i g l l , a M a d e . " [t t l / o s o j lWJ.ptl-

radexo b r J } j i l l tm:SS(Jl l te. Porgue o pm 'O ta m bim

f t l a l e l' ir : ll i :( ,t J e s s a d ( 'J i .g l i a /d o d e , Elf q .u u it < '1 m : (J .fF"

lalaslt IW/ POff(() f()jm iJ1(J. CDmo i l}l'lt iss»pode-

r i a toiltdlmirparn a def1l t . l iurnl iZt1{ l i l 'J d o d e - l i g l J a I -

dade?

Milt(l'fi San.tos,·- Vamos disringuir os po-

bres dos rniserdvcis, Os misers veis rem di-

ficuldade pam descolar uropcnsamento.

Pm:q ,uc de -- sv ilVem no limite extrcrno da vida

b io lo g ic », i \1 a s 05 pobres des, s il o, c omo nos,

sensiveis ao ron sumo. Quando eu digo as-

sim c ia 11 impressjlo de que esrouachando

que 0 po bre n a o e subordinado ao mundo

do eonsumo, Tarnbem c . S o que de tell'!maier faciLidade de desco brir isso. 0 CRSO

do Brasil~ ate reeentemente, cada vez que a

classe m~-d]acstavs apertada, vinha uma :50-

JuC;io. , urna nor ma, um ieirinho ql,,IiI;!evol vi a

a cia a possibilidade de consume ..Agora . e

guc comecam a ser negados a classe media,

esses achegos.essaremstalaciio 'flo rnundo

doconsumo, Acho 'lue 0mundo do consu-

mo e ambivaJent-e. As pcssoas acabam por

descobri r, En'tiiioesta .col lsci€lncia que Vil l i sex

cri<ldil lentamenre, a cia escassez , q u.e nio t:

sl5.te:rnica mase £ol'temen1)C;scntida, vai tee

urn [Jape! mais forte, e al C 'U entro com a

minha precensaoinuelect.ual. po~qu.e 0 inte-

leetual sistemati:za, oferece essa sistematiza-

. c ; : a o . pela boca dos slndicaros, des partidos,

se fossem serios, da impr,eosa _ que,.de urn!!

m an e ira ou de outra, acaba Mondo sensivel ill

j'ss,o.E ai entra um pouco o que voces t;:.':)tiiio

clramando de mi.nha nomriedade,

DV - 0' . $ 1 : p m p ' o e (. 1 lilieMude t2fmluta d o in-

Idetf/f(lI . IIu tlabof'a;ilo t/os sem a m ( .e . i t o ! r :o v r e o

m !w d o, .m bre 6/ $ : o d e d a d ( f . No mtl'lrtW, () s r: n iio

admit f ! para :r i 1!leS l t lO a iJ iia d t l im ( u rg < J ja D t eli t( ).

ESJd t ) i s { l { ) , d i g l ' J l I I O S , plgtUflka d l l t l l ivMade

pclll()llte~ e ctJJJlpal inl (0111llMNiI J()ded~lde t(}j}}O a

O S ' m i s e r t ! i v e i s t Im d ijicu ldade p . a t ' a ~ d e sc o l a r u m

pensam ento: Mas os pobres efes s i l o , como n o s ) .

s e n s i u e i s a o con'Jumo

.r lOS'$t1.• o ud .e 1M (,m in cia d e idd - i t i . f que prus~7m alt~

ra r tt e$lrati fk t l f l io sDciat cmilll:ia de II/O!i'Jlellt(}S

' 1 f (e pam:I I } ) 11.lIIdnJ" .i'~s;eqmlllftJ sOiei .0 il l/eleet,,-

al l1iio hUll UWpflptl jimJ.alJlflltlll?

Milton Santos - Acho esM' I pe1',!;,rtlnt3 ex-

eelcntc, Agora; essa falta de engajamento

rlao ex isteo I\cl1o que sou plensmente

cnga.j ado ..Mas pemo que ni.o renho q~lees~

tar nos partidos nem fUI port'fll da fibriC,;a!;

onde estaria pcrdendo tempo. A pmdu~lio

de ideias e mo leota. lim. processo. tao dolo-

rose, .{:precise ser especlalisea nisto,

DV - E utW fii a .g'o ra .

MHt'O'n Santos - Emoo , meu papel nao

e ser de urn partido. I urn partido eu desa-

pareceria, po.rque seria rapidarnenre eonvi-

dado pam ser assessor, que .~a coisa mais

pcltka pant m~i:ar um suieito, Ou mesrno

ministrc, e r u mesmo voc.i fica morro. pOt=

que voce tem que: publicamemc.renegar 0

q u e p cn sa ,

DV - EI1!lYPllJ,mto e hiD d.f.

MUtOll Sanws ~ E Ol! l~ : !. "ac :O iS3 .Eu s ei

que no Brasil hi .muirn.resis t en .c i~ ~ isso, 0

Sartre, eoda vcz que em chamsdo, quando

·ernnecesadrio, esta va : I a . En SOil negro, es-

rou pronto, aida Ve2 qU(;l () movimento ne-

gm chamar, a falar as pouca~ coisas que

posso pensarcomo cidadiio. Mas nao Sou



, espec ia li sEH na cail iSa neg-tao Eu f iz gcog r at 1 .1

C I e nn·a.\ob.:deis 'qUI.; t e a h o qu e d a r ~ lU i l' lh ' i' I

oonnibuir ; iQ.

D V - 0 11'. J i l l a IlfJ fali't.l tI.~l I '{}~' idad~Uti ( ] r l , I -

dmda . " . ,I t .l h~ .frio l l t-t o ,ermIn/r io. . P I : ~ Y i S l J i d e - f l iGi l

ll 1 k k tl lt ti li s. fom I lo J /m r ti tl Q !, p ~ f lrmu f( ).

. ,Milton S3DtOS - r\cho C,Juee issc. pe-

qUi;looessenumerv, rem gcn[{~d'c$lconhetid:a,

muir.:l, gct'Wt nnva, [':If)J;"i;.]ue'0 prt:lce$;lJOtlc GJ·

nhecer t, Oo:tfU rIO : 1 3 n 1 s i l c rnuirn eompl ieade,

DV. 1- ] 11 Imb-aIJN l il t t jlf P' uJ ;( ) rtgniria. 7 " ' 1 ( g J , .

I JMS p e .m ' 1 t1 : t d o mO I ., j" I- tld o SER I· /e r ro Sal} t fblUilddo.t

/ J t ! j " t ; hlt il lsil-r (J tiMIfirknd~ Car ! '~ if l11 peH. f i ta ;

Uilporu.dlJtit NO 1~rt1l.ii d l' 2 '0 flU{)S #/nis: A 10'1'I'll liN

P"'Wl'~t(}.r~ J"Jlo.m;mt~'por se r iptt/«tlldl df piliO,

t}ilS"'flEJrllir 1I11l'pm((l (I1(J l i n g f l a g ( ! l J l dOl ~lt{' ~st{jo

it.tlpolili~V1 , h c / t J J m J l 1 o ti ,al'tl lf4o p ~ r a i r s o ) [l.ilQ J~-

r io t tmJ.bi tIJ i t( lptJ1". ff ln le .

Mil.ton Sanws - E.s.tou de ilco:r-oo, pm;.

q ue essa eXI!'C:f!l~aO J,!:t:l:ll 09. po 1icictlc um

herror, 1\.[M :I. gerltie rem 9ue dizcI' tambem

que eles nio silo polhi.cos. que n~( faze.m

politica ..Aeho qw,; qtJ~m f:1Z polfrit:3no Bra-

sil hoie sji() as J";ftilldcs ,emp.fl'::SRS e a popu.,

b~iiu pobre,

D'Y- 0 p(jar,. / 0 ( # 1 . per t - ' < l I l I lP / I i ; , 9" i r -n j u

ilM (inddr) fO lI OS r .' N" lr tJ ,r lrmv ,j , leI/I lj/t(' JO f i ( ! 1 ' as (fJj-

sa s, f Jm ': i" '/ ~ f1!!r(~.Q UdD' /§ mlJd "r l$' !N'rAXih/ll,j' I t ' I e i ( i i l ! . S .

1"(1/l f :TDl I {f()tl qm'Jffm,

M.i1ton S-aIU:OS - Qu.ando VoCe t oms ;1

pt'efeitunl d.e Siio Pauio" voce "!Ii di' er: ahl.

fo i a Erundina!. mas faz urna po lJr 'tC 3

nOt)l.ib~~'lI.I.

D'V - Do pfM!fr ' l l i ,

~~o.n ,Sanoo,S - ~.fui."del 9IJJC 0pQ.s,~lV"CI.

dmm r-n en te ·a[udando cerm essas ro,isi'l:ll da s

o pC :l'a~ oe s cru zadas q ue '[eiT! a :qu: i talnbem.

Q uem puder pagni[' fic a rom Uln peda~u C Ia



eidade.como 86 a cidade naG £0$$1: uma uni - airnpr,essilio que sim, porque esm. vingando,

dade, Q~er dize.,seci qm:~nao I"J OU~l:a ~Q~ [Ie? E ele estaentranda nos pmg:mmas de

iu9io? ESSfl faha de imagina9ao dM es<qlll!er~ ensino, voces qeiseram me ouvir ...

das, 0discurso, inclusi ve, da maim parte da

genre l urn discurso extremamenre attasada,

DV ~0 lCf.fozpaleslrtU it semhtir; :{) t ,gJfolmel1-

tepam mila p!atii lJ in t t rJ I ida, 1~an3qat! f)1(frop l i o

hi/to o it'. 1]P!lnr i(J d e jf//ftr?

M i: rn J tlJ lnS a n to s - f'r]meim. os [oveus, Per -

C J j U J f ; l os itdl!:ll~ocsa genw denuncia, Os [evens

porq UC rL minh a . l: in gua .g cm . e " de uma ,forma

ou de ourra, >lbStracL N~o qu.eF diser que os

pebres nao ~ c ; j am c;;:a p<l~esde ; 'Ib$tra~;<io~.as

essa absttil~30 se esprime pot pa laVL%ls , gue

s.ao cat 'regl ldas de sigpjfic~ii.o. Entio c;u fa9D

esse esfor~o mas nao ereio que censigs iruei-

ramcnte, F.( ; ' l l idcme qu.e publicocomo esse

q ue [IF ]in .i o ( de A r ru da Sal. 'npaio) e 0Joao

Pedro) Sredi le me efereeeram ...

D V - J t i o ' tmtmJbati.'Ons?

MUt.(l:n Santos - Trczenres sujeitos qne

v ieram do B easil hnciro.-,lUilS (;I pr6p.do m o-

vimeneo sent-terra eem uma 1u'J)egimenta<c;iio,

Precisa de palavras de ordera, que sao um

ob:;,cicu~o a escura dns demais,

DV ~ E n/ill) 0 Sr . f a /apo .fMC ! pm :a esse fp o d e

pliUiro?

.M.ihon Saneos - Porq ue nao e 0 meu

circuito,nito c ? Eu 0alcanco arraves da re-

v is ta d e~e 5> ll ur ;:me busca, arraves dos esru-

dentes que s~o en~l~dos".

DV- .E (.Ii asr: 18m q ue : IIf;(Jr / .( /11(1 l iugttafjJ!ll

mmOa 'p te {I s s : e!lav.a l l . t a l l d : a ,

MHlJon Sa'mQ.~· Essa ,I:inguagem eu ee-

nhoque r m z e . . : J l l . pam. ~ uruvers. ida :d .e tamb6n.

.DV" C{ljjJtu/i {i ()lW!:r f a /t i t ' I h l d to so s s: C O I /J f)

lJllie 1~!i.tti:NdatlO C{IWPO dq lmJj;atll~Nto.

Mn~onSantos - Tc;:mquc encoatrar Q

d iSCl;U:$O eficaz. poeque nioadbnta s6 faze:! :

a . pe8ql.n3~.

DV - 0 sr : e l J(( : Il il rOI f :?

A cho qu e Q U G l 1 l f a z p a l i t i ' c a

no Brasil ho /e s a o asg rand es em p ru af

e £ 1 p oP '1 4 la p 1 0 Jabre.

A , m a i o r p . a r te .da esqserda

tem um dis.curso

ex trem am em e aira sad o

DV - A :rNaair ; .tall/bill) iIItt/ito d ~p id a d e'

J a t: g , i W , . e t o vetIl to m tljJja J J a t ' H r a i i e i a d e t j H e J b { , / s ~

t¥mte ied!(/oMj)(.1rql1t' dd tI tmpnm,i io de flTle' .uilo

wm d t) m#1Jf I" ( Z er tdb !t kQ~ I!I(U (jilt' im!/{1 for lJ , f l( .

taf(jo o r i & i t la l i r s im : a . E ![JotJ v t ' r t l > l d q Jt d 'e ,p i , ' d Q . j -

I t! .lu au tw q l~ ea .a(atfemia impae?

M i l~ O ' n . Sa . t iJ :~ (I l$ · -EC j l ,; H : ;. .. .l Ib ; ): s e n d o u m a

discussso entre ecuceitos. E o essencialfrequenremenre nao a:parece. E ' : 1 I f~)1~ad,08

sujeitoscitados, 0 a :rg li .lmenm de autoridade,

que C . s,empre andpidao, nao a

DV - 0 $1 : . elM lJ.eltd" (2!/1r(J lttl! t ipo d e il1 di~

lJ tlfiio o w Ilifo? 0' sr: folrm Qrlltlll eJ 'uabami fma r os

C() ll cdJo i t u t rawt/ ir ( lS d e pe .US{ . If ' o . B m $ : i l . P a r O l . ~

p ~ s a r fJg"(Jsil .(ilj) ~ ( !i lm r J f .( )/ ta t i o p ' t1 t 'a 0 BfO.! i i,

it'Jj_l i l : l f l t i i 1 r d a s de p$IU(»1tmt(f~d~.fot'tl.0 sr. atba

q u e hojt(1ffJ

J ' I J r g i l u i o #Ill jNlI.s(JHlC!lW w i t a d o / J t J n Jp e J J . t m ' 0 B r a .t i l c o m o o D ar ry' R ib eir o P t l l S t l t ! t l OJ I

($ MN/e11tia iI) tMtrdr io?

Milton S:'lIlll10S - N a o e abandonar, ',roce

tern quc ]er .

D l V - Pal . .. .f o z . e r a n . a l i " t : : . .

M ihon S a:ntiQ s - i\go:ril, ern p~:rt"'> nos

lemos errsdo, Fm:quca gent.e n a o ] e nunea

e qUJevem da.indift~ nern da Africa, nem cia

Asia. Entno a Europa ... 0 que s.aOQiS pobres,

0<\ Europa? Ou mesmo n os E s.t;! do :s Uni-

d o!!? E nt..ao a no s-sa episremologia de , cienci~



as sociais, (luanda a genre imlta a .. umpa,

como a genre sem pre fez , a genre esta exclu -

indo os pob res, Aparccem depois, como

channlly no bolo. U rn dos problemas do PT

e que e . a uni ca o :r -g an i: ": il ~i 'i o de c la ss c media

com 0 chantilly dos pobres, NC)5 esceevemos

corn ·clcgincia imporrada c nao com uma

Um dos problefltas do P T , que

e a uni ta org anizafiio d e c lasse med ia

c om o , c :b a n ti l / : J ld o s pobres.

Nos exre temos

com e t e g a n , c i a importada

forma elegante de dizcr as coisas : it moda

brasileira, Ai V("Jcc nan p u b lie s fo ra. Porque

pam pr[lbHCli[ foea rem que ~er ~ H - : l I L H . : k l 'r!l,r.:gffiin-

cia, P ri rnei ro fNl:l1CeSil, ho] c anglo-saxii A

sobrevivencia ua universidade exige esra

!Illbservieneia ..

Milton Saneoe - Subserviencia mesma ..

\aCe po e no seu curelculo '<fu.icirado ran-

cas vczes". lsso n~o qU le r dizer nada, A ci-

tn~~() e urn exerclcio politico, Adt:t i f i :ao · e

cada vez rnais u rn C'x,cl'cicio da poliriea e nao

da. jnt.elib~oda-0 q ue a gente dC'Il€: descobrie

sa o f o rma s i nr e rmed ii ri :a :. ;. A fo rma pum da

oposi~i'io 1 1 essa maneira e suicida, Tem que

tell 70 a.l105 para f~ze~]a,nao e ? lPotquc, se-

nio,. voce fica eseceado. E nesse senrido qU l e

eu ache q ue a univeE 'sio ·ade tern. q ue pas.sar

por lima re·"o]u~~(l.

D'V. Dijkil' d t om /I! e/n l ' t . lll ,pbJ 'tjU, ' os U·

ttldl1lJI{~J;•

MUto·n Santos = .os coirados .., Nos os

POI ' t : 'K e ! 1 l j J /o . :e m r d a f i i o (1(1 P T . . a c h o q .u t . a g p it e

labe !!IlIito·POJl«Jdb fjitt elfei partidM fi~''llll1lo!!l

o·prxler kX d l ~U ) t . e n i t& r i o bra!ikiro 1 1M ultl 'moJ tfJ'''-

PO!; FtJIf~Jpe.rqm':$t llalla tti1lutdfr. l\hlo qmf elf ~-

f ! j i 1 t i i ! . c on l( : w d o d e q u e o ( fke t If J twm m ) P" f I f ( ) q l 1 £

o sr: t!M ajJontalldo.. M .o!, gm te'/"Of l a ' Y l i s , Dd

I ) l l f i t a s .C!NSOS q m : lIaO f l r t l H 1 tlf lfl l ir .. d a s t li J . l d o . 'P e l t• .

sa r qli8 0 Estado podl! te r Ill" !tOIlOMp t " 1 . Uu,! a

id iia d c P Ot/o btotiltiro !Iio teN/ qlle pUIJOl" pe/o

kiNa de e11CoJl/rC.f m/tm'ai :r. N o s SOIlJa! f iJJ1(. l gJ"(JIJ~

d e miSlto'll, oro (J jroJ'Ilrirtl i e n i t o r i a l (I 1l(tf.i(m(J~

(Wa il'lt~rlmciO·'f(,l1. Tf.: 'MOS 'llll! tOl!fiJear mais () rUJ.f-

f f ) p r . I I . f l$0'1 setu p r o t e . s t i ' l J flX;( .fis t iN r:1f I'SO d o qUi! 0

?ot 'V J " f ! ( J l i m f o a i d e t a q!(Q b'e"; d e / o J 't "l . .

D'V - O il oJlfiJ,,;km do e t u - l a p t a l l d a

DV- 01 1 critmdo.Qlltl ' i tl 'lIlt 0 sr : jn!£lsse 11111

pOI!l:O !oill'( iS1(I, Sea gmt~ Pt. ! !P mi la f ras« SPdI'O-

da ~ (1 g;81Ite pod t fer a Mila de 1(11/(1tissintia pron-

f a i o d e : r r . o b l i r .

MH.ton San.t·os- Eu vou dizer que sou

oumlstal

D'V .Q#c bolll!

M]It ,on Santos - E a razao esseneial de

mcu orirnismo e 0.jueesra sc passando noslugares q ue nos 0:10 ccnhecemos ..Primeiro,

pmque somas Jevados a . estudar lugares se-

g}iildo uma ~l'iU"emo1ogi!l que nao & adequa-

da in:la~ic:bde. a . descoberra , G c M a o '" gente

re:pete as mesmas buscas. Mas os lugares co-

meeam a fazer C O ]S O IS diferenees, Saiu recen-

temcnte no 'Jornaj do . Brasil" urn artigo

bern interessante onde urn suieieo mostrava

q uees t a havendo fmma.s de o rg a ni Z a4 ): 3o

quamo .a saude , per exemplo , .que sao ino-

va90eS.

D V. C ()ud i{ ieJ rf ' ,gitUloi.sqm r ri o ifJ01.wtiw,!,

gdnptadal a !"itlm{oo.

Milton Sansos . A situa~o de distribui-

t;i(} de .rCCUISOS publicos esra criando em al-

desmanchamos, olio ~? guns lugeres uma efen"e:scenda e vai levar,

DV • A .s it/lid S .ta b e / a /M r a d a s , e-/tl:fsJQ ere ioeu, a p ro duc; ii o d e u rns nO '\ I'3f ed e rr l~ a .( ).

Ht(lpropriadas, f ) (} tt a lN • • • At idii(JJ'1f{)rj fb,; pd/da, Que vai ser p:dmciro de lugsres e posrcdos-

rlio idfirll.de lIma lpMtl . Pr -obk l# (J: f de ltma ipOUl. mente vai ser 0 1 federac;ao brasileira renova-



dfll,POI,'que O'S h.lga,'es [ l a o podem responder

its dcman.d~ls das l? '0pu]3!~oes Joca!]S" Emilio,

canhestrsmente, des \'io bu s- cando snl ut ,; oe 5 .

M; ' I scomo nD S n ,a a c st emos ptCp l ll 'a .do s pa ra

tl . :nbaLh~u·na questio do ] ug ar , a p r6 p'lh i ge-

ografia esrfi engatinha:nd.o nis~o, e a ciencia

poHtk:fi e i1]r.!da"em boa p<'l:.tr;:,Ot n~l:Isdca,

C o m o na S de n . dm s . p o I r 6 C i ll l l" d~ s e w rn ,~

des colada das situil~oe8 concreras, Entao

nos, estamos adiaado esse eonheeunento do

lugar. , E poraf qll:e a gente vai rcf!lzcr 0ca-

minho, Quando 0 Bras~l" mais oPefu" mai5

~,Argen~ina>!nais a Costa do Marfuu sere-

censer ulrem na base dessasexperieacias,

dessa efervescencia do lugar, · e , que nosva-

mos fa'i':cr :aglob.dii':~~io.

DV - 1~m(llgmupel l f~,d() rQs; (l rJr.ai{)rlMlrn au·

t r o p ' r Jl o % , p s , qttt (l1ftfat!! d i z e : l u i o qtte Ifm df ! !dobrn-

:mm t( ) . fa gl() jJ:t t ! i~f ii() . , it t j lle/ ;.l ' fJ .datrw/kif'll, l e t ' l l -

ria do ,wrgiflle1lto d e t r ib tM . 1NJwM trilVl! qt.te ultra-

/'fIHcdl1l j r a l : l t d n u " Elttii'Cl 1>' l iK i p t ) .d e - t e .. r 1#) B r t l $ i t

rI~" Prmlfr l,. N'IJJrJiief/INt tliiw q ue igm na () E s : t a o b ,

iglUJj',1 e,U :aSfirm teiM J .e 'ltte "e ' am.lftl tl (rl l tlJJ1.a

t r i b . o tJflN)1JWllaj ftilapvrpmtlnS d q oF f lpn as INo,is

d i w r ' S { J s ; 1 3 p o , u ! i l t l e ss « J"t!Jt(J.r;jN¢1ll0?

Mil ton S;ilutos ~ 0 iareleerealismo cria

]mag~n$" Nan h a Iimin; para a cdas:iio de

imil :gens, Agp~> eu ere io q ue a proxi m idade

tern um papel, Eacho que esse e 0 papel

c en tra l O a.muda t ! i9 i1 . po.rqnc e a p a rr rir d a pro-

ximidade que '!;focec:.:]:). umnovo ente. QUC'f

diser, quan~o mais diferen te, melhoe, :E

qllanto mais difereate odebare, ainda q,ues ilc nc ios o, m a is r i.c f),M '< i:S g U !e nao Vll~ : J f . I1 ' : c ;c d . • .

" ' : .m!ldw pdQ podee da ~Eo~rnet. 1 3 urn equl-

voco, Enrno IIgenre volta a qnestri.o do lugar.

Esesbem que : l i , gente se ccmeniqne com

oetros pela Intetmet,C muito agmdavcl NJio

CU$UI. nadam:z,cr: um e·m~iloom.e9"odocon)

meu ca:l'ocole;ga e aeabando com. um multo

" J i m l e j ( 1 : £ e s j e f ' ( J j /OWif B a S p n p , ia r .fldtnrd;~. s o c ! ! !

p e-n ier usa S Ua &rJls:mirlfiaprojlllllln d e tj.Nf!.bm~!N.J

i o m J i Z t J I ; / o elH .lImn Il'1l/i&, e m m i l a t i t / t u ra , e1/i tttit

paLs . A I/ a! oi l g k d N i l i t ! 1 f . i i t ) ~ o ibw rd o> a (Qm m fJ o J l : m r

!Hu is o t i! J Ji it tl , takez o fo re ; t i h o je aberl ' lm:t e ( (1 f i ti iJ :

de wJ}Jlmit:of,iio t}fit permit .a tJ l 0 t01Jstm,tiJo (!a id m·

t i j i u l f i J ( j a / J ' d r - f l r d e onh"llf r i f e r ~ w . c i ( J i s .

Miho~ SOfi~O$. - Ache que .~.pro,dm.ida~

de, a ooopresen~,. que e ulna c'xprcssao que

' ! ,-"aces S 1 1 I m mu ir o n ae r sr rop el cg ia , r e m . um

papcl, po.rque s , a o astrocas derodo o tipo

e inclusive as S lmbolicas, mas rambel'll as

trocaseesultantes do pl'Ocesso de prod~t;§JO.

A si ' tuaf i io de distribuzjao de recsrso:

p u . b l i c o s uta criando em alguns lugares

u m : a e j e r v B s c e n c ia eva! levat; creio eu,

if p rod ufao d e u ma nov afed erafii()

a. r (, lo fl !nh, ,~dmcnto das d if -e ren'Yfl s, que a d is -

cin.cb. l Ipo ' lga, B a f hi n ...p·do a s r r f bos , r o m s

a ~m1st.[u'i'~U na o vem cia S~l1'Jjilhude"

nIT·Qne :da (mlir It.1ltPflft«J 1 1 / ( / . 1 . 5 ~f)br$(/.q / i . , . .

nJa; i io d~ql(f: q~/~m fa z a s g ym /d e s p olflitlM S flO of

grljjlde!elJ!.pI7!f,61~,. ,

MihQn S <1JrH OS - Veja como e qUle 0 ter-

ritor.io se O1'gllfl]Z:l hoje, 0 'Brasil. e lS50. E

aqui vo ce tern ll~g:ll:eseieitos pelaegrandes

em:pte$:1 :S .S 6 q ue 0 tc:tdt6:do c u rn s is tema .

Chega uraa grande elnpresa para se instal.ar,

el a rcdaJl'l1l3.das o on. di ~ 5e 5 . Depois q~K: I a s e

instala, ela instala a sua t: lica. A ctica(lO'Lem~

pre-sa qucconwml na () ~ugar, porg,lI l!e ela 'fi~

ernp1'eg9.tcmum p 1 t l p e J nos gastos pubiioos,

Wn] : u r n papel na eduCfi~o que e eferecida,

Enta~ essa e:mpres~ rem nm ecmando sobre

a v]da social, cia toma o!ugar do Bseado, E

afctuosamenre. S6qll!e n~o e i . S S e I q ue v ai... 05 polftlcos pcn~am~u(,; fil~em PQlftica, . russ

D'W'. 1(J1wZQ

i :JJkrr -J. f tmttIl~1J'(fproruSf)

iq :ue quem esta fi lZ !e nd o p oli ei ca e er rito eia l e s oc ia lM ( t t I l J t i l r : a &o.tu#'Il;iW d ' l t IlOlW'> w m t i dt M l e s Oil d e ~saoasempresa,s. E . a polftica obr.iga. a uma

Hlli/tiplod" MtfjtMutl~sqltf uUrnp.a$f.dtJJ, Ptf)!Nlli;d. coneroversia, par mlnima que scja,M com-



pr om i ss os , ,. pao. pia, qudja,gudl 0... S e n~o

quiser vnu-me embora,

DY - T e : m d jikm tro pia em pn sm ia / ."E s td 1JtI

motta.

Mll ton. SaJfi tos ~ :130m, .0 q!J;e!lcOIuece

em urn lu gm : te rn impliCft~,aQ sobre oresto,

E.mio acaba 0 territorio sendo go:verlfl.ado

de maneiea ocga. QUr;':lI dizer, sobre a vida de

OSflOS'SOS dias s a o iguais).p o r : q u e a g ente

iem 0 cbeque osro; tent a eaedente, o c : a r t i l o de

crid.ito, quefaz com que a gente tenha um a'

v idap ,aret id 'a ...

um pal's co mo 0 Brasil 0 gQvemo mio eeu;

comande, nao hit goveruo, nao hi urna

governabilidade a partir disco.EnOs s e g ! J i i m

rnos, t]ucr d]zc[} as classes rncdkts G ; :!IS dM~

S c ; - S PGde :~o$as ~ p e : n a 5 acompanhamos, Os

pobres nao po dem aecm panhar, nem pre ci-

sam, porque naotem clnprego. Bles vivem

do charaado setor lnformalj• vivem de expe.

dienres, S6 qlcl1eeles C{):['Iver:sllm cou·e ~ ~.""C

n o t > nao. Eles negod<lm todos os dias, 0,$

po o . le s . Peeque ~da. difl e diferenee do ou-

1m 0 potencial de dcscoberra e enorrne pM

isso , pO fq ue nem urn dia e 19ual ao outro,

Os nOS50S dias s~o jguais" po rq ue a genre

tem 0cheque ouro, rem Q exeedente, 0car-

ti'iode cl'edito,. que fa~ comqille 11.eol:.c:ire-

fib....uma 'rida parcc ida .,

MUton Sai:ntos- Umacerts esta bilidade,

Paracada urn. E e isso que me parece S,Cr

promls $'C)t,. porquc nosv-anlo$ ter a~ian1j;a

entre os fonllul~do:res que es·rno na classe

mecli~ e os excluidos. Endio, nesse semido,

" a poHtk ;a G f ei ts ! p el as empl:esas. PO'f cima, e

pelos pcbres, POf b ~ix o. As en1presascon-

qu.isblm uma boo pllrte dos inteleeruais, Fal-

ra que os pobres eonquistem mais inrelectu-

ais, S o que nii.o pode ser s6 os pobres, "Iuer

dize:l : ', naiO di P:Jif it ser oo j ulador do s pobres,

Tern que ver 0oonjunw da socisdade, pur-

que senao ml0 se vc~m os pob[\~$ ...

DV .. U J l l p e d ; : r } O de Il!lN~ 1J:Jf1U(2gmJpm rl asjo -

(-'err,.,A H!I!/$t(1 lIP.i . c / ) , e g rw pm '4 0.1p r o j e : ; : r o r : e f , pnl'a

o p r ri r i fl te il' rJ . E tflm&im JNN'(,I Of jWeJl!.

Mj]~QUSat1·to,s- Aeho que 11iUnCa hon ..

ve uma fase na historia da humanidaeletso

propscia : a rC1l1i:zllt;aa de um a socledade bu-

ITIa.naigua.lidirifi ¢ fdiz, Nun,~ houve. t\cho

que emtodo s es tempos a gente es.pe:rou

p o! ' ] S S o. Temos eudc 1 1 : 1 para eonsrru ir um a

nova sociedsde.

DV ~ Com ofozuf

MH~on $an.t'Qs .. Achoque ~ pardr da

produ~iiio de i d e i " J ! . s portadoeas, suscetiveis de

explicat;;:ao geral, que sejam sistemicas, que

permirsm veras coisas, Voce pode ver um

Olmo : si : ;; . tema d~k.Mia~~ QLU'I[lW mai.s a [u -

venrude fa. cln~m;ada a pe nsa1 :' 0 mundo

CQ!UOllm todo, 1 1 . per uma visao da h ist6fi~

e a . reeonheces Como e 0 mundostual, me-

l bOI '. . A ideiaque eu quem desenvo l ver C

sobre as te,cnicas da ~nft)rrnil.~a().A

t~c..no!ogiil mala a t6;ft~C'1LPo"que 0homen'lJ

rorna- se desnecessarie dealguma forma,

Entia nle temtecnica, Perque a r~§cn~Ole:;t

,·da'iao do homern com 0enromo, Ate:cni-

ca d s info rm a'Y aio rese au ra 0flrres.aolde al-

gnma maaeira. A atividade . que melhor utl-

liz:€! 1 1 tecnica da. in f O l ' m a ~ a Q C a a v i a t ; ; 1 i . o . E

r an ro 'd a ton-e com o do ~vjao as SO ]U90e ' $

Sao indueidas ali, no mernenro oponufio,.

pO!' homens, As aond]9QeS his;u)ll'k:l'IS:;'Ituais,

asg ri lnde .: $ ~m .p l; e$a$ , a iM] ; l, .de p r f)dothdd i l~

d~. de vrdoddi lde,. dcco: ff lp m[h ivk~>1:de >6qUit;:

impede essa udlh::a~i:liO eorreta das eeenicas

de inform:u;;~o, par e ; l1 . q u a J u -m ) , . M : ll s a p o p u -

~a.1j;iiola desccbrlo q ue e la 09)0 muda com

veloeidade, nao

eisso?

D V - 0 s r : l . t I . / e " S l l t o U!J i o t i m i # ' t J , I1 .aO i?



D W ' ~ . a tjlJ~ (1'$m~~i9 J e J q . ' N ( I . a p r o p a g n .

f iD ' .du!tt lf id i /~as,: t fJc:t ld{1 L,(!{1.!li1i~d{flt.iI: O!jQ ~

~J ~J. fi io . (. dd .a~~ mn ii pmiiJb!~.t.fcQl idWfQgiQS,~P ~ J

s rm .t(tifiU • t:0 fl:M 1I J f . , € '1J lec : tM tM11.i~(). E 0' s r: di~

ta,,,blm qM~ tJ trc(I:J~mi(l nil!) tmz m : m i d t 1 J e t . P ~r

I ! J I J ~ 'Jt~(}projJkit) (Jg/l ., ' (dJ1~SJlJ' j} l f! l~#1 ' {no?Btri

~Q hom d~mInt" .aNl!! t J : £ iiii(tl( llI/fU frNlI()?

.Ml:W.fII SalJl:UOS - ~ ~Ul1a .buses, C I impor-

mole ~ que hili urna busca, Os jcv!!ns estl1g

:~~quio.s ,os de o uv ie , E '1 I1v eu cl.i ze Jt u_ma e ei -

:$~: 1 1. minha ag~nd:il.e,sdchd;a de cm'l1:pro~

nussosPll:(aO

1;'IDoque; veai,

DV·· P a T a j a / m pat~jom/1f

M:i] )wn. S~Hli!:)IS~Jov,efi!l~menos io",en~

M~s! oob re l :nd~io 'l 'ehS " E des p1l:ssam po.r

dm.. dO: : i$ 't : ll t; ,P ' l1ofcssores.E1es press ionam

0$ 'PIofe:s:scn't:!$, N i 1 o , falil:n:do d.o meu exem-

p lc p~ :S $ Q a.] .m as ~ lsso g; [I . eaCOnI ;eC :ej pres-

StOfHIn1J0 dk eto .r da escola, d / > J ( fac!.dcbdie: etc..

Fre:ss.ao. Hti, uma coisa nov~ s!,ullindQ d. E

t s i ' o 1 1 e : ; : : i a J a : p ; , viii l n U : s i c a p O . J ? i : l i I i t I . V ia . m d o

isse,Es~a p~od!1ct;a,o,da pol£d~;I ,~ t :l ita io ta da

p o l i f r t n a . Q u e e Gil. e J \ . 1 : a r i - s aMonte, ~ Chko.

~ Ca e rs no , C ~11ho .n Nas>cimenl'O 'i~.ep'l)odu~

"l.'1;,tfi.amlt1;i.tl)" 0 q1ll!t e cunoso e ~.ue ~.cUlL

c ! l ~ 1 ! e pwdu~id<l! nosiug~$, J\cl' lO 'Cj ; l le issCi

c q ue C :. ir: op otta nre , E ss a re la~aC! l4 : l : Ie se m o o

eris entre ,e1l!Jwl:!ile fugal'"

D 'V - Milito o f t ri g p W o .

Mr~,to.nS a [! ; t . o s -

EswoctimiStas? ( R J , s c s . . )

. ] \ 1 ( 1 1 : 8 .na.o f o] o c im i sm , o p O ' ! : «J : romiCr lCi~ . V I U ?

. R i o · d e Jdmiro , ,ilqpflfj,'() d ~ 19f1l

FOro$': w~eft~~

entrevista milton santos

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