entrevista eepp iv
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EntrevistaEscola Municipal Almirante Newton Braga de Faria
Parte IEntrevista
com a Diretora Maria
de Fátima
O ano de 2012 obteve o menor índice de abandono escolar. O que você como
diretora acha que ocorreu?
“Acredito que tenha sido a grande quantidade de conflitos que ocorreram na comunidade e a carência social. Alguns não têm apoio das famílias para permanecer na escola e precisam trabalhar. Não conseguem conciliar o trabalho com a escola.”
O 6° anos do Ensino Fundamental possui, nos últimos 3 anos, o maior índice de reprovação. A
que se deve essa alta porcentagem?
“As crianças estão chegando semi analfabetas de outras escolas e deixam de ter 4 matérias e passam a ter 8, isso é um grande desafio e muitos deles não conseguem administrar esse avanço, por isso acabam reprovando.”
A escola possui 2 projetos de grande porte: Nenhum Jovem a
Menos (NJM) e o Projeto Acelera, da Fundação Ayrton Senna. Com que finalidade esses projetos foram
implantados na escola?
“Esses projetos foram implantado aqui para que se diminuísse o alto índice de reprovação escolar e fazer com que os alunos “atrasados” se recuperem, como se fosse um supletivo. Logo, quando estiverem nas turmas regulares, estarão na idade certa na série correspondente.”
Quais aspectos positivos os projetos citados na questão anterior trazem para a escola?
“O seu material pedagógico compacto e essencial ajuda no desenvolvimento educacional da escola e dos alunos, transformando a aprendizagem em um prazer, não uma obrigação.”
Parte II
Entrevista com a aluna Ana Carolina, repetente pela 3ª vez do 6º ano
do Ensino Fundamental
Com todos esses projetos que a escola fornece, o que você acha que pode ter causado a sua
reprovação?
“Eu acho que eu não presto muito atenção nas aulas, porque acho todas chatas. E esses projetos às vezes cansam a gente, e eu acabo faltando aula. Acho que a minha reprovação é por causa disso.”
Por que você não se empenha em estar mais na escola, participando dos projetos e tentando
melhorar?
“Porque ninguém gosta de mim, nem aqui na escola, nem na minha casa. Minha mãe e minha irmã me fazem trabalhar e ficam com o dinheiro só pra elas, e aqui só sabem brigar comigo, então eu não ligo em vir pra cá pra estudar.”
Se você pudesse mudar algumas coisas na sua vida, o que você mudaria?
“Eu queria ter uma outra família, pra me ajudar na escola e queria que os professores me tratassem bem. Queria também não repetir mais de ano, porque é ruim ver seus colegas passando e você ficando pra trás. Queria ganhar dinheiro também, par poder comprar minhas coisas.”
ReflexãoNessa entrevista, podemos perceber
a importância que o ambiente extra- escolar possui na vida do discente. Toda e qualquer dificuldade que exista com o aluno fora da escola, pode afetá-lo dentro da mesma, causando, muitas vezes, o abandono escolar e a reprovação.
A família e a escola são responsáveis pelo desenvolvimento do aluno, não deixando que o mesmo esteja a mercê da
sorte, sem saber se irá se sair bem ou não a escola.A classe dominante sempre é a que predomina nas escolas, e por isso, sabemos que os alunos mais carentes sentem mais dificuldades de acompanhar os conteúdos e acabam tendo um fracasso escolar que desmotiva a continuidade dos estudos.Portanto, cabe a escola e a família, trabalhar esta problemática e tentar incluir o discente nos conteúdos escolares.
Alunas
Larissa Santos da Cruz;Viviane Lais Resende Stoffel.
Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Universidade do Estado do Rio de Janeiro