ensino mÉdio e formaÇÃo humana integral etapa i – caderno i prof. rajane g. weber
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MEDIO 2º Encontro UFJF com Orientadores de Estudo. ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL Etapa I – Caderno I Prof. Rajane G. Weber. Reinventando o Ensino Médio - REM. Objetivos: - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MEDIO
2º Encontro UFJF com Orientadores de Estudo
ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
Etapa I – Caderno I
Prof. Rajane G. Weber
Reinventando o Ensino Médio - REMObjetivos:
• Contribuir para a ressignificação da escola pública e do ensino médio;
• Desenvolver novas competências e habilidades que favoreçam o ingresso dos alunos no mundo do trabalho;
• Preparar para o prosseguimento dos estudos.
Características:• Percursos curriculares
alternativos; • Flexibilidade; • Uso das novas tecnologias de
ensino/aprendizagem;• Áreas de Empregabilidade; • Atividades interdisciplinares e
instrumentos formativos extra escolares.
ÁREAS DE EMPREGABILIDADE: TURISMO; COMUNICAÇÃO APLICADA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Caderno I: Ensino Médio e formação humana integralRomper com a dualidade
Aulas avulsascomo as aulas
régias do tempo da colônia.
Criação do Colégio Pedro II(Ens. Elementar e
Secundário ), ao cargo da Corôa, para formar as elites nacionais, os altos quadros políticos, administrativos e
intelectuais do país.Referência para os Liceus.
Como era no IMPÉRIO ?
Elitista e Propedêutico
Ato Adicional de 1834: Ensino Elemetar, Secundário e Superior.
1879- Leôncio Carvalho:Ensino sem fiscalização do Estado, Laicismo, Escolas Normais e Positivismo
Como era na Primeira
República?
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Formador Regional - SRE/Ubá
Constituição de 1891: descentralização do
ensino=União responsável pelo
secundário e superior e os estados pelo Fundamental e
Profissional.
O Estado não garantia a escolarização: com
condições – ens. Privadosem condições- ensino
público
ESCOLANOVISMO (DÉC 20/30)
Ed. Obrigatória, Pública, Gratuita, Laica, Dever do Estado (Manifesto Pioneiros)
O manifesto educacionalFernando Azevedo: o
liberal elitistaAnísio Teixeira: o liberal
igualitarista
abolição do sistema dual de ensino
elitistas= militância católica conservadora
Como era um pouco antes do Estado Novo Getulista ?
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Formador Regional - SRE/Ubá
Primeiro Ministro da Educação do Governo Vargas.O Ensino secundário é o mais importante ramo do sistema educacional.Reforça as barreiras entre diferentes tipos de ensino pós-primário: além das escolas secundárias, as profissionais e magistério primário, não articulados nem com o secundário nem com superior.O Exame de Admissão ao Ginásio reforça o caráter propedêutico e seletista.O curso secundário não oferecia certificação.Programas e métodos expedidos pelo Ministério da Educação e revistos a cada três anos.União Escola- Igreja: ensino religioso no currículo.
Religião-Pátri
a-
Família.
A passagem dos concluintes do curso básico profissional para o 2º ciclo do ramo
secundário era proibida.
Com a queda de Getúlio a nova Lei Orgânica traz inovações... Mas...
Concluindo... A pretensão do concluinte de um curso técnico de cursar uma faculdade era também desestimulada pela exigência de vinculação entre a especialidade técnica adquirida e a pretendida no curso superior.Ramos profissionalizantes se voltavam a formação da força de trabalho para os diferentes setores da economia.
l - SRE/Ubá
Gustavo Capanema – Lei Orgânica do Ensino Secundário: ginásio(4 anos) e segundo ciclo(3 anos colegial)
Em síntese... Durante toda a primeira república...
Houve uma nítida separação entre o ensino popular, constituído pelas escolas primárias, pelo ensino normal e pelo profissional, e a educação das elites, com as melhores escolas primárias, os ginásios e as escolas superiores.
Neste contexto é criado,ainda em 1915, o primeiro EXAME VESTIBULAR... Para garantir eficiência na seletividade de candidatos ao ensino superior...
Atenção! Vocês se lembram ? Quem tinha direito de acesso a este grau de
formação ? Quem podia seguir o caminho indicado pela seta?
Resumo de Como era no Estado Novo Getulista
De 1920 a 1930, assistimos a expansão do setor privado que intensificaria na década de 1940. Dados de 1939: de 629 estabelecimentos, 530 eram particulares. Mas
EXAME DE ADMISSÃO COM
ACESSO RESTRITO !Limitado número de estabelecimentos
públicos secundários, conforme a Constituição de 1934.
Possibilidade de cursos
profissionalizantes. Os cursos
técnicos: para formação de
força-de-trabalho.
Universidade
Apenas o curso secundário preparava para o vestibular e, sem o certificado deste, nenhum estudante poderia candidatar-se.
Como era no Estado Novo Getulista ?
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Formador Regional - SRE/Ubá
“A finalidade exclusiva do ensino secundário não é a de ser a
matrícula nos cursos superiores, e sim, a formação do homem
para todos os setores da atividade
nacional...”(ROMANELLI,1978,p.135)
Mão-de-obra para trabalhar na indústria e no comércio.
Como era no período da Ditadura Militar?
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Formador Regional - SRE/Ubá
O governo militar, por meio da Lei nº 5.692/71 que introduziu formalmente a mudança, ficando a obrigatoriedade do ensino de oito anos.
Aglutina ensino primário e o primeiro ciclo do ensino secundário: o ginásio; o 2º ciclo do ensino médio=secundário com técnico.A DISTINÇÃO AGORA É CURRICULAR NO 2ª GRAU.Estabelece equivalência do curso técnico ao secundário.
ATÉ AQUI: ensino secundário e outros ramos do ensino médio, paralelos sujeitos à jurisdição de diferentes órgãos.AGORA: Abre possibilidade de alunos do curso profissional se transferirem para o secundário.Faculta aos diplomados no segundo ciclo direito de de se candidatarem ao superior.
Como era no período da Ditadura Militar?
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Formador Regional - SRE/Ubá
•No IBGE – 1970 – o Brasil contava 93 milhões de habitantes. 15,9
milhões matriculados no 1º grau e 1,1 milhão no 2º grau. •Em 1980, 3 milhões de matrículas eram contadas no 2º grau.
Deste lado, uma minoria que tinha acesso-permanência na escola.
Deste lado, uma grande maioria
excluída, ausente dos
bancos escolares.
Dados da exclusão!
O empobrecimento dos currículos com a retirada dos conteúdos de formação geral imprescindíveis à compreensão crítica da realidade social.
Da redemocratização até o período atual
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Formador Regional - SRE/Ubá
VIVA A CONSTITUIÇÃO DE 1988: Gratuidade do Ens. Público,Educação para todos, Ensino Fund. Obrigatório,
Valorização do prof. educação
EDUCAÇÃO: DIREITO INALIENÁVEL DO CIDADÃO!!!
SURGE A EDUCAÇÃO BÁSICA: EDUCAÇÃO
INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
LDBN
A educação que queremos para o Brasil:
FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
Educação integrada ou unitária: para compreensão da vida social, da evolução
técnico-científica, da história e da dinâmica do trabalho
Os movimentos sociais e os fóruns em defesa da escola pública reivindicaram: Decreto nº 5.154/04 no Governo
Lula.- Reintegra o ensino técnico ao
ensino médio.- São contemplados FUNDEB.
- É instituído o decreto nº5.840 de 13 de julho de 2006, que
estabelece em âmbito federal o PROGRAMA NACIONAL DE
INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM A EDUCAÇÃO BÁSICA NA
MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS = PROEJA, PROEJA FIC, e
PROEJA INDÍGENA.
Paulo Freire agradece!!!
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO MÉDIO
Sistematiza as principais conquistas democráticas dos movimentos
sociais organizados.
Programa Brasil Profissionalizado
Programa do Governo Federal que visa fortalecer as redes estaduais de educação profissional e tecnológica.
Criado em 2007, o programa veio possibilitar a modernização e a expansão das redes públicas de ensino médio interligada à educação profissional: uma das METAS DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO-PDE.
A distribuição do ensino médioRegularNormal/Magistério
(aproveitamento de estudos – 18 meses)
Integrada à Educação Profissional (cursos técnicos)
EJA
DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIOTABELA 1 – Comparação de matrículas por modalidade de
Ensino Médio – Brasil, 2011 e 2012
Modalidades de Ensino MédioMatrículas / Ano
2011 2012 Diferença2011-2012
Variação2011-2012
Ensino Médio 8.400.689 8.376.852 - 23.837 - 0,3
Ensino Médio Regular 7.978.224 7.944.741 -33.483 - 0,4
Ensino Médio Normal / Magistério
164.752 133.566 -31.186 - 18,9
Ensino Médio Integrado² 257.713 298.545 40.832 15,8
Ensino Médio EJA 1.322.422 1.309.871 -12.551 - 0,95
*Ensino Médio Integrado EJA 41.971 35.993 -5.978 - 1,4
Ensino Médio TOTAL 9.763.102 9.739.716 - 23.386 - 0,24
FONTE: Adaptado do Censo Escolar 2011-2012
DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIO
Você observou a redução de matrícula de 2011 para 2012?
Você sabia que de 4 alunos matriculados no ensino médio, 1 não tem sucesso em ser aprovado para série seguinte?
Observamos também a queda de matrículas de concluintes do patamar de 1.750.662 (2006) para 1.388.852 em 2010.
*REM...
DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIOJOVENS DE 15 E 17 anos matriculados no Ensino
Médio (taxa líquida)
37,9% dos jovens na faixa etária de 18-24 anos
com 11 anos de escolaridadeDe 1991 a 2010, passou de
17,3% para 32,7%, atingindo 44,2% em 2004 e chegando a
50,9% em 2009.Parte da outra metade (34,3%) estão no ensino
fundamental.
(PNAD-IBGE-2010).
INDICADOR INTERNACIONAL DA
EFICÁCIA DE UM SISTEMA
EDUCACIONAL
DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIOQUASE METADE DOS
JOVENS DE 18 a 24 ANOSApenas trabalham! 15%
só estudam
Outros 15,5% estudam e trabalham, o que levam
(por contingência, NÃO por escolha) ao
ensino noturno e ao abandono precoce.
DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIOUma alteração desse quadro deveria ser
a expressão de mudanças estruturais mais substantivas que atenuem as profundas desigualdades sociais.
Neste contexto a quem interessa pensar um sistema educacional voltado exclusivamente para os adolescentes e jovens que só estudam?
Rumo ao ensino médio de qualidade social: diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio, o direito à
educação e a formação humana integral As DCNEM (Brasil,2012)
sinalizam para um caminho distinto do atual. “ O Ensino Médio é um direito social de cada pessoa, e dever do Estado na sua oferta pública e gratuita a todos” (Art. 3º) e que “[...] em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se [...] (Art.5º)” na “Formação integral do estudante”
(Art. 5º Inciso I).
O GRANDE DESAFIO DO
ENSINO MÉDIO:• Direito igualitário
• Forma pública• Qualidade social
referenciada• Responsabilização
do Estado.
FORMAÇÃO HUMANA INTEGRALOs aspectos científicos e tecnológicos (intelectuais e
cognitivos), humanísticos (dimensões existenciais, morais e espirituais) e culturais devem estar incorporados e
integrados.
“Não sois máquina! Homens é que sois!”
Tal formação não pode centrar-se exclusivamente (fim ao dualismo):
AMBAS MUTILADORAS DAS DIMENSÕES HUMANAS !
Nos conteúdos voltados para o acesso no ensino superior: VESTIBULAR
ou ENEM.
Formação instrumental
(mão-de-obra) para o mercado de trabalho.
Superar as “expectativas de aprendizagem”
Individualismo e
exacerbação do foco nosresultados !
O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO:
Romper com a divisão social do trabalho: uma maioria trabalha para enriquecer poucos.
O sentido de trabalho como
tripallium: trabalho escravo, trabalho
servil...
O sentido de trabalho como
labor: trabalho que dignifica a
condição humana. Trabalho amoroso.
O Sentido ontológico.
Outros desafios às Políticas Públicas de Ensino Médio
Uma política pública redistributiva e emancipatória seria aquela capaz de retirar do mercado de trabalho, formal e informal, todas as crianças e jovens até a idade legal de conclusão do ensino médio, o que pressupõe o desenvolvimento de iniciativas que combinem medidas na área da educação e da formação profissional e o acesso a programas de transferência de renda aos jovens em situação de vulnerabilidade e risco social, conforme reivindicação de movimentos sociais e insistente recomendação de especialistas, com ensaios bem ou mal sucedidos do governo atual (MORAES, 2006).
Projeto de lei nº 8.035/2010 – PNEapresentada pelo governo ao Congresso Nacional META 3
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar até 2020 a taxa líquida de matrículas no
ensino médio para 85%. META 10 Oferecer o mínimo de 25% das
vagas de EJA, na formação integrada à educação profissional, nos anos finais do ensino fundamental, bem como no ensino médio.
META 4Universalizar para o população de 4 a 17 anos o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
META 6Oferecer Educação em Tempo Integral em 50% das escolas públicas e educação básica.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O ENSINO MÉDIO
REDUÇÃO DE MATRÍCULAS NA REDE
PRIVADA27% em 1991 para 11,8% em 2010
Tarefa do Estado
A escola privada reduziu de modo expressivo sua
participação percentual e absoluta neste nível da
educação básica.
Ampliar a oferta pública de Ensino Médio de qualidade, gratuito, pedagogicamente
integrado ao seu caráter formativo em termos de
cultura, trabalho, ciência e tecnologia.
Isto passa pela valorização dos professores e servidores da
Escola. Manutenção e promoção de equipamentos escolares e construção de novas escolas.
Nas DCNEMs vemos, na formação integral do estudante, o trabalho como princípio educativo, a pesquisa como fundamento pedagógico e a integração entre educação e as dimensões do trabalho-ciência- tecnologia e cultura, como base da proposta de desenvolvimento curricular.
Refletir a PROPOSTA DE FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL.
Como desenvolver estudos que fundamentem estas práticas pedagógicas e possam ser materializadas?
Reflexão e açãoQuais são os desafios para o Ensino Médio na realidade brasileira HOJE?Como chegar à universalização do Ensino Médio?
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