ensino fundamental e médio - notícias · 8.5. ensino religioso ... e atender as necessidades...

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1 Colégio Estadual D. Pedro I Ensino Fundamental e Médio 2011 Rua Emílio Lack,459 Colônia Vitória Entre Rios Guarapuava PR CEP 85.139-400 Fone/Fax ( 0**42 ) 3625-1438 E-mail: [email protected]

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1

Colégio Estadual D. Pedro I

Ensino Fundamental e Médio

2011

Rua Emílio Lack,459

Colônia Vitória – Entre Rios – Guarapuava – PR

CEP 85.139-400 Fone/Fax ( 0**42 ) 3625-1438

E-mail: [email protected]

2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................... 4 1. Introdução...................................................................................................................... 5

2. Identificação da Instituição Escolar............................................................................ 7

2.1. Aspectos Históricos da Escola......................................................................................... 7

3. Diagnóstico ..................................................................................................................... 9

3.1. Atos de autorização, reconhecimento, renovação e aprovação de

regimento: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

10

3.2. Oferta de Cursos e Turmas............................................................................................. 10

3.3. Distribuição de Turmas.............................................................................................. 11

3.4. Horário de Funcionamento ........................................................................................... 11

3.5. Espaço Físico ................................................................................................................ 11

3.6. Comunidade Escolar ...................................................................................................... 13

3.7. Recursos Humanos.......................................................................................................... 16

3.7.1. Capacitação e Habilitação Docente e vínculos funcionais....................................... 16

3.7.2. Capacitação e Habilitação dos Funcionários, Equipe Pedagógica e Administrativa 19

3.8. Possibilidades e avanços da prática pedagógica e Formação Continuada........... 20

3.9. Projeto Contra Turno ..................................................................................................... 22

3.10. Alguns problemas encontrados na escola.................................................. 22

3.11. Desempenho do Colégio em 2010........................................................... 24

3.12. Coleta de dados......................................................................................... 24

3.13. Objetivo Geral........................................................................................... 25

3.14. Objetivos específicos................................................................................. 25

4. Fundamentação.............................................................................................................. 27

4.1. Concepções e princípios da educação.............................................................................. 27

4.2. Concepção de Infância e Adolescência .......................................................................... 30

4.3. Concepção de Alfabetização e Letramento .................................................................... 43

4.4. Princípios da Gestão Democrática.................................................................................. 46

4.5. Filosofia ......................................................................................................................... 48

4.6. Função Social da Escola ................................................................................................ 50

4.7. Avaliação ....................................................................................................................... 51

4.8. Currículo ........................................................................................................................ 53

4.9. Hora-Atividade ............................................................................................................. 56

4.10. O Colégio e a Comunidade................................................................................ 57

4.11. Oferta do Ensino de Filosofia................................................................... 57

4.12. Oferta do Ensino de Língua Estrangeira................................................... 57

5. Proposições de Ações ..................................................................................................... 58

5.1. Avaliação:............................................................................................................................. 58

5.2. Recuperação:....................................................................................................................... 59

5.3. Avaliação do Projeto Político Pedagógico:....................................................................... 60

5.4. CELEM:............................................................................................................................... 61

5.5. Sala de Apoio:....................................................................................................................... 62

5.6. Sala de Recurso:.................................................................................................................... 63

5.7. Estágio obrigatório e Não Obrigatório:................................................................................. 68

5.8. Conselho de Classe:.............................................................................................................. 73

5.8.1. Algumas atribuições do Conselho de Classe:.................................................................... 73

5.8.2 Conselho de Classe e suas três dimensões: ......................................................................... 74

5.9. Problemas mais graves e linhas de ação................................................................................ 76

5.10. Formação Continuada ......................................................................................................... 76

6. Regime de Funcionamento ........................................................................................... 77

6.1. Calendário Escolar ......................................................................................................... 77

6.2. Matriz Curricular .......................................................................................................... 77

6.2.1. Matriz Curricular do Ensino Fundamental............................................................. 77

3

6.2.2. Matriz Curricular do Ensino Médio .......................................................................... 78

7. Referencias: .................................................................................................................. 80

8. Proposta Pedagógica Curricular................................................................................ 81

8.1. Arte.................................................................................................................................... 83

8.2. Biologia............................................................................................................................. 101

8.3. Ciências..................................................................................................... ........... .......... 112

8.4. Educação Física.............................................................................. ................................. 125

8.5. Ensino Religioso............................................................................ ........... ........... .......... 138

8.6. Filosofia.................................................................................................................. ........... 144

8.7. Física.............................................................................................. ........... ........... .......... 157

8.8. Geografia........................................................................................... ........... ........... ....... 169

8.9.História............................................................................................ ........... ...................... 179

8.10. L.E.Inglês.................................................................................... ................................... 195

8.11.Matemática.................................................................................... ........... ........... .......... 202

8.12. Português....................................................................................... ........... ..................... 217

8.13. Química......................................................................................... ................................. 250

8.14. Sociologia...................................................................................... ................................. 265

8.15 CELEM............................................................................................................................. 279

8.16 SAA Sala de Apoio a Aprendizagem.............................................................................. 287

9. Projetos................................................................................................................................ 294

10. Plano de Ação......................................................................................................... 301

11. Anexos................................................................................................................. 307

4

APRESENTAÇÃO

O Colégio Estadual D. Pedro I, Ensino Fundamental e Médio,

elabora seu Projeto Polí t ico Pedagógico de maneira participativa,

comprometendo-se com todas as propostas aqui colocadas, conforme a

LDB 9394/96, baseados nos artigos 13 e 14 do Estatuto da Criança e

do Adolescente – ECA, Regimento Escolar e Regimento Interno,

Estatuto da APMF, Estatuto do Conselho Escolar, Declaração dos

Direitos Humanos, Constituição Federal de 1988 e Polít ica Inclusiva do

Estado do Paraná.

Para que este trabalho se concretize depositamos toda nossa

confiança no educador que tem o papel fundamental no processo

ensino aprendizagem. Contamos também com a participação dos pais e

responsáveis através de estudos em grupos, palestras, pesquisas de

campo e encontros com alunos, para discussão sobre a importância do

Projeto Polít ico e Pedagógico e coleta de suges tões. Todas as

propostas aqui contidas estão fundamentadas na legislação vigente.

Acreditamos que teremos sucesso em nossa caminhada e

desejamos que o resultado de todo o esforço seja um compromisso por

parte de todos os que se empenharam para que houvesse melhor

qualidade de ensino, despertando no aluno o gosto do saber e sua

efetiva participação na vida em sociedade como cidadão.

5

1. Introdução:

A história como o tempo de possibilidade pressupõe a capacidade do ser

humano de observar, de conhecer, de comparar, de avaliar, de decidir, de

romper, de ser responsável. De ser ético, assim como de transgredir a própria

ética. Não é possível educar para a democracia, para a liberdade, para a

responsabilidade ética na perspectiva de uma concepção determinista da

história. Paulo Freire – 1997, p. 126.

O Projeto Polít ico Pedagógico está amparado legalmente na Lei

de Diretr izes e Bases da Educação Nacional LDB 9394/96, Art. 8º,

Parágrafo 2, a qual regulamenta que ―os sistemas de ensino terão

l iberdade de organização nos termos desta lei‖, de forma, permit indo as

escolas autonomia pedagógica e administrativa, buscando sempre a

ref lexão colet iva, o respeito e a autocrít ica, descentral izando assim o

poder, possibil itando comunicação dialógica e, portan to, respeitando e

articulando as prát icas emancipatórias.

A proposta ainda permite uma construção colet iva de avaliação

contínua dos processos de organização do trabalho pedagógico e da

aprendizagem. A avaliação, tanto no geral quanto no caso específ ico

da aprendizagem, não possui uma f inalidade em si, ela subsidia um

curso de ação que visa contribuir para um resultado previamente

definido.

De acordo com o Conselho Estadual de Educação, a proposta

pedagógica é compreendida como um processo em permanente

construção pelo coletivo da escola, independente da gestão vigente.

A proposta deve ref letir a escola em sua totalidade,

caracterizando o meio em que se dá o fazer pedagógico, contemplando

os fundamentos teórico-metodológicos, objetivos, t ipo de organização ,

modo de implementação e avaliação. Trata -se de um importante

caminho para a construção da identidade e autonomia do colégio, nele

se encontra ainda, a missão, a f i losofia e os fundamentos nos quais

devem se apoiar os educadores, tanto em sua prática peda gógica como

6

na sua relação interpessoal com toda a comunidade educativa,

garantindo a qualidade de ensino.

O projeto educativo desafia todos a realizar e projetar uma

educação que contemple formação de cidadãos part icipativos, criativos,

crít icos, conscientes de suas responsabil idades e de seus direitos, em

que ciência e cultura se unam numa síntese harmoniosa a serviço da

vida.

A proposta pedagógica deste estabelecimento não se configura

em um f im, porém é entendida como um ponto de partida para

constante ref lexão e construção por todos os envolvidos no processo

educacional.

Nossa proposta está art iculada com as Diretr izes Curriculares da

Educação do Campo, onde estão inseridas demandas da sociedade

civil e preocupações governamentais com a educação do cam po, bem

como o acúmulo de experiências expressas em documentos produzidos

coletivamente.

Segundo o Artigo 2º das Diretrizes Operacionais para a Educação

Básica nas escolas do Campo:

A identidade da escola do campo é definida pela sua

vinculação às questões inerente a sua realidade, ancorando-se na

sua temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na

memória colet iva que sinaliza futuros, na rede de Ciência e

Tecnologia disponível na Sociedade e nos Movimentos Sociais em

defesa de projetos que associem as soluções por essas questões

à qualidade social da vida colet iva no país (apud MEC, 2020,

p.370)

Reconhecendo as especif icidades do campo, com respeito a

diversidade sociocultural, nossa escola vem paulatinamente buscando

meios para adequarmos a essas especif icidades, através da adaptação

na nossa forma de organização, bem como quanto ao funcionamento e

atendimento em geral, no que depende de todos os agentes, docentes,

equipe pedagógica, direção, funcionários e órgão competentes que nos

dão os subsídios para que a educação do campo possa acontecer

efetivamente.

7

2. Identificação da Instituição Escolar:

Colégio: Colégio Estadual Dom Pedro I – Ensino

Fundamental e Médio

Endereço: Rua Emílio Lack, 459

Bairro: Colônia Vitória – Entre Rios

Município: Guarapuava

E-mail: [email protected]

Telefone: (42) 3625 1438

Entidade

Mantenedora:

Secretaria de Estado de Educação

NRE: Guarapuava - Paraná

Dependência

Administrativa:

Pública – Estadual

Localização: ( x ) Campo ( ) Cidade

2.1 . Aspectos Históricos da Escola:

O Colégio Estadual D. Pedro I, surgiu da necessidade de

continuidade de estudos dos jovens de Entre Rios, que concluíam o 1º

Grau na Escola Municipal Francisco Peixoto Lacerda Werneck e não

tinham onde fazer o 2º Grau, pois a única escola em Entre Rios com

esta modalidade de ensino, era o Colégio Imperatriz D. Leopoldina,

escola particular e diurna.

Sendo esses jovens oriundos de famíl ias menos privi legiadas,

onde a necessidade de trabalhar acontecia muito cedo, ansiavam pela

criação de um colégio noturno, onde pudessem continuar seus estudos

e atender as necessidades famil iares de subsistência.

A solicitação foi entregue ao Sr. Cândido Pacheco Bastos, então

Deputado Estadual, durante um comício polít ico em Entre Rios, o qual

levou a reivindicação a Secretária de Educação do Estado do Paraná,

Sra. Gilda Poli Rocha Loures, que acatando a solicitação, autorizou -o a

8

criação do colégio de 2º Grau noturno em Entre Rios, sendo este

denominado Colégio Estadual D. Pedro I.

No dia 17 de fevereiro de 1989, iniciou as atividades pedagógicas

do Colégio Estadual D. Pedro I, nas dependências do prédio da

Associação de Educação Agrícola Entre Rios, cedido pela Cooperativa

Agrária Entre Rios, com a seguinte equipe:

Diretora: Telma Eliza Abib Leh

Secretária: Terezinha Gabriela de Córdova Rezende

Professores:

Português: Mauro Leopoldo Mattes

Matemática: Rita Maria Wolbert

Física: Valério Tomasell i

Química: Brigit Tereza Leh Weckl

Biologia: Elisete Emiko Obara Michelc

História: Madalena Remlinger

Geograf ia: Raynold José Jaerger

Educação Física: Clara Mil la Fassbinder

Em 13 de dezembro de 1989, foi Autorizada a Implantação

Simultânea das quatro últ imas séries do 1º Grau, no período noturno,

pela Resolução 3486/89, passando o nome do colégio para: Colégio

Estadual D. Pedro I – Ensino de 1º e 2º Graus. O Reconhecimento do

Estabelecimento de Ensino e o Reconhecimento do 1º Grau Noturno foi

regulamentado pela Resolução nº 2435/91 de 18 de julho de 1991.

A Resolução nº 2761/92 de 18 de agosto de 1992, Reconhece o

Curso de 2º Grau Noturno do Colégio Estadual D. Pedro I, ainda em

tempo, antes de formarmos a 1ª turma de 2º Grau.

No dia 12 de novembro de 1992, atendendo às exigências do

Estatuto, foi criado o Conselho Escolar do Colégio Estadual D. Pedro I

e no dia 27 de novembro, foi dado posse aos Membros do 1º Conselho

Escolar do Colégio Estadual D. Pedro I.

Logo após, atendendo pedidos da comunidade, foi sol icitada a

estadualização do ensino de 5ª a 8ª séries do 1º Grau, da Escola

Municipal Francisco Peixoto Lacerda Werneck, para o Colégio Estadual

D. Pedro I, o qual foi autorizado a iniciar suas at ividades pedagógicas

9

também durante o dia, pela Resolução nº 1260/94 de 04 de março de

1994.

No dia 24 de outubro de 1995, em Assembléia Geral, na Igreja

São José Operário, foi fundada a Associação de Pais e Mestres do

Colégio Estadual D. Pedro I, eleita sua 1ª Diretoria assim como o

Conselho Fiscal. Também foi aprovado o Estatuto da APM.

No dia 3 de abri l de 1996, o Sr. Jaime Lerner, Governador do

Paraná, lançou a pedra fundamental da construção do Colégio Estadual

D. Pedro I em terreno desapropriado pela Prefeitura Municipal de

Guarapuava da Cooperativa Agrária Mista Entre Rios e doado ao

Estado do Paraná para a construção do Colégio.

No dia 15 de setembro de 1997, em cerimônia simples, com as

presenças do então Vice-Prefeito de Guarapuava, Sr.Karl Mathias Leh,

do Chefe do Núcleo Regional de Educação Sr. Bernardo Barczak, dos

representantes da APM, alunos e professores e com as bênçãos do

Pároco Padre José, of icialmente foi entregue as chaves do novo prédio

do colégio a Sra. Telma Eliza Abib Leh, Diretora do Colégio.

Finalmente o Colégio Estadual D. Pedro I desenvolvia suas atividades

pedagógicas em prédio próprio, construído e equipado pelo Governo do

Estado do Paraná.

Baseado nas necessidades dos nossos educandos a part ir do ano de

2010, nossa escola passa a ser denominada escola do campo.

3. Diagnóstico:

O Colégio Estadual D. Pedro I – Ensino Fundamental e

Médio situado na Rua Emílio Lack 459, CEP: 85.139.400, em Colô nia

Vitória, Distrito de Entre Rios, Município de Guarapuava; Fone/FAX:

(0**42) 3625-1438, e-mail: [email protected]. Entidade

mantenedora: Governo do Estado do Paraná, conforme a Res. nº

1260/94 de 04/03/1994, sendo autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª

série do Ensino Fundamental.

10

A part ir do ano 2000, o Colégio Estadual Dom Pedro I funciona

em três turnos, oferecendo o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série, bem

como o Ensino Médio.

3.1. Atos de autorização, reconhecimento, renovação e

aprovação de regimento:

Autorização de funcionamento: 01/09/1989 – (Resol. Aut.

2333/89)

Reconhecimento: 16/09/1992 – Parecer 0123/1992 – CEE

Autorização de funcionamento da sala de Recurso: 08/ -7/2009 –

Parecer 1574/09 – CEF.

Reconhecimento do Estabelecimento: 18/07/1991 – Parecer

0030/1191 – DEPG.

Aprovação Regimento Escolar: 28/06/1995 – Parecer 19.

Aprovação Regimento Escolar: 18/12/2007 – Parecer 018/07.

Renovação reconhecimento Ensino Médio: 01/03/2007 – Parecer:

590/2007.

Renovação reconhecimento Ensino Fundamental 5/8: 01/03/2007

– Parecer 589/2007.

Atualmente a escola tem 29 turmas, aproximadamente 1.100

alunos, 49 professores, 06 pedagogas, 18 agentes educacionais (06

assistentes administrat ivos, 01 secretário, 10 auxil iares de serviços

gerais e 01 agente em execução), 01 diretor e 01 diretor auxil iar.

3.2. Oferta de Cursos e Turmas:

O Colégio Estadual Dom Pedro I oferece Ensino Fundamental de

5ª a 8ª Série nos períodos matutino, vespert ino e noturno. Atualmente

o Colégio atende a 06 turmas de 5ª série (sendo 01 p ela manhã e as

demais a tarde), 05 turmas de 6ª série (sendo 01 pela manhã e as

demais a tarde), 04 turmas de 7ª série (02 pela manhã, 01 a tarde e 01

a noite) e 05 de 8ª série (sendo 02 pela manhã, 01 a tarde e 02 a

11

noite); e Ensino Médio, sendo 04 turmas de 1ª série (02 de manhã e 02

a noite), 03 turmas de 2ª série (01 de manhã e 02 a noite) e 03

turmas de 3ª série (01 de manhã e 02 a noite).

3.3. Distribuição das turmas:

Manhã – 06 turmas de Ensino Fundamental e 4 turmas de Ensino

Médio

01 Sala de Apoio de Língua Portuguesa e 01 de Matemática

01 Sala de Recursos

Tarde – 11 turmas de Ensino Fundamental

Noite – 02 turmas de Ensino Fundamental e 06 turmas de Ensino

Médio. Neste período, o Colégio cede algumas salas para o

funcionamento do CEEBJA e 01 sala para o CELEM.

3.4. Horário de funcionamento:

o Manhã das 7h e 30 min. às 11h e 50 min.

o Tarde das 13h às 17h e 20 min.

o Noite das 19h às 23h e 10 min.

No diurno as aulas são de 50 minutos.

No noturno as três primeiras aulas são de 50 minuto s e as duas

últ imas de 45 minutos.

3.5. Espaço Físico:

Os espaços disponíveis da escola estão distr ibuídos de maneira a

contemplar os estudantes visando um melhor rendimento.

O Colégio possui prédio próprio e está situado num terreno cuja

área mede 7.079,50 metros quadrados com 1.695,57 metros quadrados,

de construção em alvenaria, e contendo:

- 12 salas de aula;

- 02 laboratórios (ciências e informática);

- 01 bibl ioteca;

- 01 cozinha;

- 01 ginásio de esportes;

12

- 04 mesas de ping-pong f ixas (de concreto);

- 06 mesas de xadrez com bancos (de concreto);

- 01 pátio com calçamento;

- 01 saguão coberto;

- 02 banheiros femininos;

- 02 banheiros masculinos;

- 02 banheiros para professores e funcionários administrat ivos;

- 01 banheiro para funcionários – serviços gerais;

- 01 banheiro adaptado para portadores de necessidades

especiais;

- 01 sala de professores;

- 01 sala de direção;

- 01 secretaria;

- 01 sala para equipe pedagógica;

- 01 sala de almoxarifado;

- 02 dispensas (01 para al imentos, 01 para materiais de l impeza);

- 01 casa para inspetor.

- 12 Tvs pendrive

Ginásio de Esportes: As aulas de Educação Física são ministradas no

Ginásio, onde o horário é distr ibuído de forma que atenda a todas as

turmas.

Laboratório de Ciências: No laboratório de Ciências, Química, Física

e Biologia os alunos têm oportunidade de realizar diversas experiências

contextualizando os conteúdos vistos em sala de aula.

Laboratório de Informática: Este laboratório é usado como apoio

pedagógico. Reativado no ano de 2006.

Biblioteca: A bibl ioteca destina-se aos alunos, professores, equipe

pedagógica, membros da diretoria, funcionários do Colégio e

integrantes da comunidade. Aos integrantes da comunidade somente

será permitido o acesso à biblioteca para consulta no lugar.

Para atender os alunos do ensino fundamental de 09 anos o colégi o

adiquiriu duas bibl iotecas com livros específ icos para esta idade, com

13

obras importantes tais como: Ruth Rocha, Monteiro Lobato, Machado

de Assis entre outros.

Horário de funcionamento: 7:30 às 11:30; 13:00 às 16:50; 19:00 às

22:30.

Videoteca: O uso da Videoteca destina-se aos professores, equipe

pedagógica e alunos. Fazem parte do acervo da videoteca: f itas

didáticas da TV escola e outras, como f i lmes, palestras e

documentários, totalizando 200 f itas. A organização da videoteca ainda

está em andamento, ou seja, estão sendo catalogadas. As f itas são

previamente selecionadas e assistidas pelos professores para serem

util izadas como subsídio em sala de aula, enriquecendo os conteúdos

com levantamento de novos questionamentos e debates que contribuem

para melhorar o rendimento e assimilação, pois proporciona uma

aprendizagem diversif icada e dinâmica.

TVs Pendrive: uma em cada sala de aula para uso do professor como

recurso didático/pedagógico.

3.6. Comunidade escolar:

Os alunos do Colégio Estadual Dom Pedro - EFM, residem em localidades

adjacentes como: Colônia Cachoeira, Colônia Socorro, Colônia Jordãozinho, Colônia

Samambaia, Taguá, Fazenda Curucaca, Fazenda Fruteira, Fazenda Esteche,

Fazenda Capão Bonito, Vila Machado, São José, São Sebastião, Fazenda Santa

Izulina, Fazenda Boa Sorte, Casa Nova, Tikamori, Fazenda Cupim, Águas Belas,

Olho d’água, Lontrão, Engenho, Mãe Admirável, Fazenda Joseph Pertch, Leônidas

Chaves, Serra, Vila Palmas, Chácara do Vilmar, Fazenda Madeirit, Chapada do

Jordão, Confinamento Agrária, Reflorestamento Agrária, Raia Velha, Águas

Brancas, Pinhãzinho, Assentamento Paiol de Telha, Granja Masteke, Usina Velha,

Lagoa do Jacaré, Sítio Santa Rita, Três Pinheiros, Fazenda Taguá I e II, Fazenda

Cambará, Taguazinho, Fazenda Newton Schneider e Fazenda Roberto Utre.

Constituem corpo discente heterogêneo, com predominância da classe trabalhadora.

O transporte escolar é uma das característ icas marcantes no

colégio, sendo ele o meio de transporte mais comum util izado pelos

alunos. Entretanto esse recurso não funciona da melhor forma.

Segundo Howaiss (2005):

14

―acess ib i l idade é a fac i l idade de acesso. Porém chegar à

escola do campo é um desaf io para os estudantes, dev ido as

d if iculdades ocorrentes pela dis tânc ia, fa lta de transportes, estradas

precár ias, entre outros fatores.”

Dessa forma nas escolas rurais, há a necessidade de além de

garantir as vagas, garantir o transporte das crianças e adolescentes.

Em nosso Colégio vários problemas são enfrentados no dia a dia

com relação ao transporte, tais como:

Número elevado de faltas do transporte em dias letivos

(principalmente no início do ano);

Falta de manutenção nos carros e estradas;

Falta de preparação de alguns motoristas para transportar

os alunos (relação motorista x aluno, motorista x escola).

Em 2011 o ano letivo teve início no dia 08 de fevereiro, entretanto

o transporte escolar começou a circular somente no dia 28 de fevereiro,

ou seja, diariamente 498 alunos faltavam, tendo seus direitos de

acesso e permanecia violados.

De acordo com Egami etal (2008, p.3) quanto maiores são as

barreiras f ísicas e mais baixas a situação f inanceira do aluno, maior é

a dependência do transporte para chegar à escola. O não fornecimento

de um meio de transporte pode acarretar no não comparecimento do

professor e de muitos estudantes as aulas.

Isso tem ocorrido freqüentemente no Colégio Dom Pedro I, os

alunos por diversas vezes percorrem quilômetros, saem de casa de

madrugada, tomam chuva para chegar ao ponto em que o transporte

passa e tem que voltar para casa porque o ônibus não passou.

Dessa forma se compararmos a qualidade do ensino ofertado nas

escolas urbanas com a oferecida nas escolas do campo, percebemos

que há uma grande diferença, uma vez que as urbanas não necessitam

do transporte escolar.

Ressaltamos ainda que devido os alunos acordarem muito cedo

para pegar o transporte, eles chegam na escola com fome. Desta forma

acreditamos ser necessário que a instituição oferte o café da manhã

para estes alunos.

15

A escola está paulatinamente se organizando para ofertar da

melhor maneira possível a educação do Campo conforme prevê as

DCEs, entretanto precisamos também do apoio dos órgãos competentes

no que se refere ao transporte e merenda escolar.

A maioria dos alunos convive, predominantemente com suas

famílias, em residências próprias de estrutura humildes.

A escolaridade dos pais e mães destes alunos é em sua maioria

de 1ª a 4ª Séries do Ensino Fundamental Incompletas, sendo que o

número de moradores em cada residência está situado entre 3 e 13.

O trabalho formal, ou seja, com registro em carteira é mínimo e a

renda familiar majoritária é de 1 (um) salário mínimo, sendo que

algumas famíl ias recebem benefícios do Governo Federal e Estadual

tais como: Bolsa Família, P.E.T.I. - Programa de Erradicação do

Trabalho Infanti l, Luz Fraterna e Leite da Crianças.

As opções de lazer mais comuns são a televisão, além de

freqüentarem ginásios de esporte, praças e parques. Devido as

condições econômicas, as opções de lazer se tornam restritas.

A maioria das residências dos alunos possui, água encanada,

energia elétr ica e banheiro interno, contudo temos alunos que não

possuem luz elétr ica, água ou banheiro dentro de casa.

O meio de transporte mais comum é o Transporte Escolar. A

rel igião predominante é a católica, entretanto alguns alunos são

Protestantes, Testemunha de Jeová, da Igreja Evangélica Nazareno de

Colônia Vitória entre outras rel igiões evangélicas.

A assistência a saúde util izada com maior freqüência é a pública

na forma do Posto de Saúde Municipal.

Encontramos nas famíl ias dos alunos um número signif icativo de

alcoólatras, explicando assim o problema entre alunos de alcoolismo.

A prática da liberdade só encontrará adequada expressão numa

pedagogia em que o oprimido tenha condições de, reflexivamente,

descobrir-se e conquistar-se como sujeito de sua própria destinação

histórica. (FREIRE, Paulo; 1987 – p. 9)

16

Em nossa escola atualmente encontra -se um aluno com

Deficiência na área Intelectual e os demais possuem Transtornos

Funcionais Específ icos apresentando paralelo as necessidades

especiais, dif iculdades de aprendizagem. Para atendimento a estes

alunos o Colégio oferece a Sala de Recurso para auxil iá -los em suas

limitações.

3.7. Recursos Humanos

3.7.1. Capacitação, Habilitação Docente e vínculos funcionais:

Contamos hoje com os seguintes professores:

Adelita Nichele: professora: formada em de Geograf ia, pós

graduada em geografia;

Adenilson Ferreira: professor, formado em geografia, pos

graduado em

Adriano Luiz Dos Santos: formado no curso de Filosofia;

Alexandre Vicentin: professor, graduado em Física;

Augusta Shirley Brasil da Silva : formada nos cursos de História

e Pedagogia, pós-graduada em Supervisão Escolar;

Beatriz Simão Biato: professora, formado em Letras,

especialista em

Célia Izabel Lipphaus: professora, formada em letras l iteratura;

Chirle Aparecida Musial : formada no curso de Letras Anglo e

Serviço Social e pós-graduada em Educação Especial;

Crist ina Guerra Daniel: professora, formada em Educação

Física, pós graduada em Gestão Escolar;

Daniela Monzilo Gonçalves: formada em Letras/Espanhol;

Daniela Ribas: professora, foramda em Letras, português e

espanhol, pós graduada em;

Denise Rickli: professora, formada em Biologia;

Diana Mariano Costa: formada no curso de Letras: Português -

Inglês e pós-graduada em Orientação/Supervisão e Gestão

Escolar;

Dione Ferraz Rocha: formado em Letras Português/Inglês

17

Eliane do Carmo Marconato: formada no curso de Matemática e

pós-graduada em Gestão Escolar;

Eliton Leite da Silva: professor, formada em Letras Portugueês

Espanhol, pós gradudado em

Elizandra Nichele: professora, formada em Letras, Português

Espanhos, pós graduada em Educação de Jovens e Adultos;

Everton Luis Caldas: professor, formado em Educação Física,

pós gradudado em

Jane Alesia Bonamigo Karkle : formada no curso de Ciências

Biológicas e pós-graduada em Ciências;

Gisele Adriana Menzel : formada no curso de Matemática e pós-

graduada em Ensino da Matemática;

Graciele Schaber: professora sala de recurso, formada em

pedagogia, pós graduada em Educação Especial;

Hildair Kramer Hanysz: formada no curso de Letras e pós-

graduada em Gestão Escolar;

Iara Aparecida Fernandes: professora, formada em Letras

Literatura, pós graduada em

Inês Margarete Daczkowski Araujo: Professora, foramda em

História, pós graduada em História;

Josiane Magali Gabriel da Silva: professora, formada em

História, pós graduada em Psicopedagogia;

Jose Amilton da Silva Carraro, professor, formado em Filosofia,

pós graduado em História do Brasil e Pedagogia para o Ensino

Religioso;

Joseane Terezinha Padilha de Lara: professora formada em

matemática, pós graduada em

Kátia Ferreira Rickl i Si lvério : formada no curso de Matemática e

pós-graduada na área de Matemática;

Lucia Maria Coimbra Maia Campos: formada no curso de

História e pós-graduada na área de Filosofia;

Luciana Maria Gauer do Nascimento: professora, formada em

Letras Literatura, pós graduada em Arte e Educação e Literatura

e Contemporaneidade;

18

Lucimara Aparecida Carraro da Silva: professora, formada em

Letras, Português/Literatura, pós graduada em Psicopedagogia;

Luiza Ferreira Caldas: formada no curso de Geografia e Estudos

Sociais, pós graduada em Pedagogia para o Ensino Religioso e

Supervisão Escolar;

Marcio Luiz Ramos: professor, formado em Arte -Educação;

Raynold José Jaerger: formado no curso de Geografia e pós-

graduado em Análise Ambiental;

Ronald Bochnia Stadler: professor, formado em Geografia;

Rodrigo Penteado: Professor, formado em geografia;

Rogério Segatti : formado no curso de Química;

Roosevelt Marques: formado em Educação Física;

Rosana Garcia: formada no curso de História;

Rose Mari Ramos: formada no curso de Arte-Educação;

Sergio Leocádio Miranda: professor, formado em Educação

Física, pós graduado em;

Solange Lodi Rissini : formada em Matemática e pós-graduada

no Ensino da Matemática;

Solange Aparecida Dal Pozzo: formada no curso de Ciências

Biológicas, Pedagogia e pós-graduada em Supervisão Escolar;

Tanane Rosa Ferrão: professora, formada em Matemática, pós

graduada em;

Tereza Stel dos Santos: professora, formada em Letras Inglês,

pós graduada em Produção de Texto;

Terezinha Aparecida Moraes: professora, formda em

Matemática e pós graduada em Matemática;

Will ian Bento Barbosa: professor, formado em Filosofia;

Sempre que surgem oportunidades, os professores participam de

encontros, seminários, cursos de capacitação, mantendo assim seu

compromisso com a educação e elevando sua competência prof issional

a f im de garantir a efetiva realização do processo ensino -

aprendizagem.

19

3.7.2. Capacitação e Habilitação dos Funcionários , Equipe

Pedagógica e Administrativa:

Ana Lina Rodrigues: Auxiliar de Serviços Gerais, Ensino Médio

completo;

Cezar Henrique Max: Agente Educacional II, formado em

Matemática, pós graduado em;

Cleumaris Ramos: Secretária Escolar, Ensino Médio;

Eloina dos Santos Batista de Lima: Auxil iar de Serviços Gerais,

Ensino Médio Incompleto;

Gécie de Fátima Estacheski : Agente Educacional II, Ensino

Médio;

Helena Machado dos Santos: Agente Educacional II , formada

em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) com pós -graduação

em Manejo Sustentável do Meio-Ambiente;

Izabel Bonfim da Silva: Agente Educacional II, formada em

Ciências Biológicas (Complementação em Biologia);

Joraci Ribeiro Barbosa dos Santos : Agente Educacional I,

Ensino Médio completo;

Josias Correia de Lima: Auxiliar de Serviços Gerais, formado no

ensino médio;

Karina Cristina da Silva: Professora Pedagoga, pós graduada

em gestão escolar, atualmente cursando especial ização em

Educação do Campo;

Lidia Tomporovzki Lopes: Apoio Técnico Administrat ivo,

formada em Secretariado Executivo Tril íngue;

Luiz Carlos de Siqueira: Agente Educacional I, Ensino Médio

completo;

Luiz Carlos Camargo: vice diretor, formado no curso de Letras

Anglo e pós-graduado em Administração, Supervisão e

Orientação Educacional;

Maria Carolina Ribeiro Aguera: Pedagoga, f ormada em

Psicopedagogia, especialista em Educação Infantil, pós

graduada em Gestão escolar e Psicopedagogia clínica e

inst itucional;

20

Maria Madalena Bartiechen: Agente Educacional I , Ensino

Médio completo;

Maria Salete Renilce Levinski Pulga: Pedagoga, formada em

pedagogia e pós graduada em supervisão escolar e

psicopedagogia Institucional e clínica;

Neusa Maria da Silva: Agente Educacional II, Cursando o curso

de História;

Nilza Alves da Silva : Agente Educacional I, Ensino Médio

completo;

Priscyla Kunzendorff da Penha Lindner: Pedagoga, formada em

pedagogia, pós graduada em Pscicopedagogia clínica e

inst itucional e em Educação Especial;

Robson Barbosa dos Santos: Agente Educacional I I, formado

em Administração;

Sandro Soares Gonçalves: Agente Educacional I I , Ensino

Superior: Secretariado Executivo Tri l íngue (cursando);

Telma Eliza Abib Leh: Professora Pedagoga, formada em

Pedagogia;

Terezinha dos Santos: Auxil iar de Serviços Gerais, Ensino

Médio Incompleto (cursando);

Terezinha Eloina Garcia dos Santos : Auxi liar de Serviços

Gerais, Ensino Médio Incompleto (cursando);

Viviani Guiné: Diretora, formada em Pedagogia com pós-

graduação em Educação;

Viviane Pinho Dangui Silvestri: Pedagoga, formada em

pedagogia, pós graduada em Gestão Qualidade na Educação.

3.8. Possibilidades de avanços da prática pedagógica e

Formação Continuada

O Colégio dom Pedro I busca em primeiro lugar oportunizar aos

funcionários, docentes, equipe pedagógica, direção, alunos e

21

comunidade escolar um ambiente saudável, onde a comunicação, a

harmonia e a interação façam parte do dia a dia da escola.

Concomitante com o trabalho desenvolvido em sala de aula,

oferecemos aos alunos alguns incentivos para promover o avanço dos

estudos de nossos educandos:

Estudos para as provas do PAC Unicentro com simulação das

provas;

Estudo para as provas do ENEM com simulação das provas;

Mural informativo para estudos direcionados para o vestibular;

Estudos e simulado direcionado para a Prova Brasil;

Projeto contra-turno com estudos para reclassif icação de série ;

Projeto contraturno de Capoeira;

Sala de apoio e sala de recurso para os alunos com necessida des

especiais;

Entre outros. Os incentivos para promover o avanço dos

educandos se dará paulatinamente, mediante as dif iculades de

cada momento.

Para os professores, equipe pedagógica e funcionários nos

organizamos de forma que possamos atendê-los suprindo assim suas

necessidades. A cada ano que passa com os avanços e modif icações

pedagógicas, o colégio necessita cada vez mais promover estudos

que busquem subsidiar a pratica pedagógica, entretanto nem tudo que

desejamos se realiza, pois para que está prática aconteça

dependemos de tempo, e são poucos os dias que o calendário escolar

dispõe para tal estudo. Desta forma buscamos nos organizar dentro de

nossas possibi l idades a formação continuada para nossa equipe. Nos

organizamos da seguinte forma:

Cursos de formação continuada para os professores, ofertada

pela SEED, bem como pela organização pedagógica da escola

nos encontros pedagógicos previstos no ca lendário escolar;

Acessoria individual para a prática docente durante as horas

atividades;

22

A formação continuada aos professores com objetivo de promover

e assegurar os estudos aos alunos do ensino fundamental de 09

anos, atendendendo assim suas especif icidades se dará da

seguinte forma:

o textos informativos;

o durante a hora-atividade com acompanhamento da equipe

pedagógica para subsidia -los no atendimento especif ico dos

alunos do ensino fundamental de 09 anos;

o Orientação ao professor em buscar por si só cur sos,

of icinas, palestras, entre outros para enriquecer sua

formação.

O papel da escola hoje, além de contribuir para a construção do

conhecimento científ ico, propiciando meios de acesso a tal

conhecimento, é o de propiciar ações para efetivação dos dire itos

sociais, trabalhando a elaboração crít ica e ref lexiva do educando.

3.9. Projetos de Contraturno

Atualmente em contraturno a escola oferece:

Sala de Apoio;

Sala de recurso;

Aulas para reclassif icação;

Aulas de capoeira;

Aulas de espanhol.

3.10. Alguns problemas encontrados na escola:

Transporte escolar (falta de transporte no inicio do ano,

falta do transporte de algumas l inhas em dias esporádicos

durante o ano, ônibus em mal estado de conservação);

Necessidade da conscientização de alguns professores para

realização da Proposta Pedagógica Curricular, bem como a

dif iculdade dos professores na elaboração da mesma;

23

Quanto à organização das turmas, é realizada baseada na

idade dos alunos, sendo assim algumas turmas se tornam

bastante agitadas, onde os alunos apresen tam mal

comportamento e baixo rendimento escolar;

A relação entre prof issionais da escola se torna dif íci l

quando alguns professores e ou funcionários faltam demais,

atrapalhando assim o andamento das atividades do Colégio

e da sala de aula. Ressaltamos ainda que a falta dos

professores gera tumultuo no pátio, indignação por parte

dos alunos que vem de longe e chegam aqui e muitas vezes

tem só uma ou duas aulas bem como prejudica os causando

déficit no processo ensino aprendizagem;

A rotat ividade de professores ref lete nos índices de

aproveitamento escolar, considerando que o quadro de

professores muda a cada ano e até mesmo algumas vezes

durante o ano;

Em se tratando de formação continuada pode se dizer que a

Mantenedora oferece, entretanto não é suficiente para

atingir todos os funcionários. Acreditamos que os

prof issionais da educação precisam se conscientizar da

necessidade da sua formação, tendo assim iniciat iva para

buscar cursos para sua prát ica pedagógica;

Quanto ao espaço físico necessitamos modif ica r os muros

do colégio, que atualmente são de ―palitos‖ o que faci l ita o

acesso a comunicação com pessoas de fora do colégio;

Necessita se de patrulhamento policial aos arredores da

escola diariamente, principalmente no período da noite. O

efetivo da patrulha escolar atualmente não supre as

necessidades da escola, visto que a escola se localiza

distante da sede do município;

A i luminação pública da rua ao lado do colégio é outro

problema encontrado, a escola já fez a solicitação junto aos

órgãos competentes, mas não foi atendida;

24

A quadra de esporte precisa de manutenção, como pintura e

nova marcação das linhas;

A equipe pedagógica por muitas vezes não consegue

acompanhar os professores na hora atividade, devido a

dinâmica da escola ser muito agitada, ter mui tos atributos

burocráticos e muitos problemas disciplinares para mediar.

Temos muitos alunos que não estão freqüentando a série de

acordo com a sua idade, ou seja repetentes mais de um

ano, em alguns casos alunos 3 a 5 anos mais velhos, por

este motivo a escola neste ano de 2011 está realiznado

projeto de reclassif icação desses alunos.

3.11. Desempenho do Colégio em 2010: (aprovação / reprovação)

Ver anexo 1

3.12. Coleta de dados realizada durante a semana Pedagógica de

agosto de 2010.

Sugestões e problemas levantados por todos os segmentos da

escola/2010

Menos faltas de professores

Diminuir o número de alunos por sala de aula

Solucionar o problema de comportamento dos alunos de algumas

turmas

Mais comunicação e todos falarem a mesma língua

Vestir a camisa da escola

Melhorar a comunicação de avisos e recados verbalmente e também

por email

Busca de uma escola de qualidade

Trabalhar valores e recreio dir igido com os alunos de 5ª série

Repasse das reuniões realizadas com o Conselho Escolar para toda a

comunidades escolar

Escola acolhedora

25

Trabalho colet ivo para o melhor andamento da escola

QPM comprometer-se mais com a escola, pois a rotat ividade de

professores PSS e com aula extraordinária acaba interferindo no

ensino de qualidade

Parabéns para direção, equipe pedagógica e professores que vestem a

camisa e estão trazendo bons resultados

Parabéns a direção e equipe pedagógica pelo encontro ( Semana

Pedagógica de agosto de 2010 ) que está sendo bem produtivo e

dinâmico

Pontualidade

Mais funcionários

Não ofertar matrícula aos alunos maiores de 18 anos, alunos que já

desist iram várias

Trabalhar com otimismo

Mais reuniões com pais, alunos e professores para tentar resolver os

problemas de aprendizagem

Obrigado pelo companheirismo

Ter a consciência da sua função e humildade em reconhecer a

importância da função e trabalho de outro

Salas cheias

Comprometimento e trabalhar com amor

Maior interação entre os professores do noturno

Respeito com o próximo e consigo mesmo

Quando precisar t irar aluno da sala de aula devido mau

comportamento, encaminhá-los a equipe pedagógica com atividades

Professores devem colaborar mais com a limpeza da escola

3.13. OBJETIVO GERAL:

Promover juntamente com a comunidade a construção do ser

social crít ico para que este possa in tegrar a sociedade como sujeito do

processo histórico.

3.14. Objetivos Específicos:

26

- Vincular educação ao mundo do trabalho e a prát ica social,

promovendo pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para

o exercício da cidadania e sua qualif icação para o tra balho.

- Proporcionar o acesso aos níveis elevados do ensino da pesquisa e

da criação artíst ica respeitando as particularidades.

- Estabelecer padrões mínimos de qualidade de ensino definidos

como a variedade e quantidade mínima, por aluno, de insumos

indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino -

aprendizagem.

- Organizar a educação básica em séries anuais por critério de faixa

etária visando assim a um melhor aproveitamento dos educandos.

- Dispor de autonomia para a elaboração do calendário escolar,

obedecendo ao número de horas previstas na legislação.

- Realizar a avaliação de forma contínua e cumulativa do desempenho

do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos.

- Oportunizar os estudos de recuperação paralela no decorrer do

período let ivo para os casos de baixo rendimento escolar.

- Estruturar o currículo do ensino fundamental e médio com uma base

nacional comum, sendo complementado de acordo com a realidade

escolar.

- Desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos, habil idades e a formação de atitudes e

valores.

- Aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação

ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crít ico.

- Proporcionar, em parceria com o N.R.E, serviços de apoio

especializado para atender as peculiaridades da clientela de

educação especial.

Assegurar aos educandos com necessidades específ icas, currículo,

métodos e técnicas, recursos educativos e organização específ ica para

atender as suas necessidades.

27

4. FUNDAMENTAÇÃO

4.1. CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO

Entende-se que a educação é um processo amplo, contínuo, permanente e

acontece em todas as fases da vida humana. A escola como espaço privilegiado,

deve primar pela ação educativa equilibrada entre a formação do homem cidadão

e a aquisição do conhecimento, garantindo a apropriação de conteúdos escolares

que tenham relevância para a vida dos alunos. A educação é uma

prática humana, deste modo, determinada pela sociedade, e deve nela intervir

contribuindo para sua transformação.

Neste contexto o principal papel da escola é mediar o conhecimento entre o

aluno e a realidade objetivando a formação de alunos críticos e formadores de

opinião, sustentados em valores e princípios éticos.

A escola deve ser democrática, para isso ela deve ser pensada na sua

qualidade formal, caracterizada essencialmente na formação do sujeito capaz de

fazer sua própria história.

A Educação, para Paulo Freire, é acima de tudo problematizadora, ou seja, está

intimamente ligada à realidade, ao contexto social em que vivem o professor e o

aluno e onde o ato de conhecer não está separado daquilo que se conhece. O

conhecimento está sempre dirigido para alguma coisa.

Sendo assim, o homem, um ser inacabado busca, através da Educação,

realizar mais plenamente sua pessoalidade e a escola, segundo Paro

(2000, p. 58), objetiva formar cidadãos críticos e autônomos. Para

alcançar esse propósito é necessário valorizar a comunidade escolar com

suas diferentes culturas, a sabedoria de seus alunos e seus valores, afinal eles

não são seres vazios, têm suas experiências de vida e seu

conhecimento de mundo. E somente levando tudo isso em consideração, a

escola conseguirá envolver seu aluno a ponto de fazê-lo interessar-se

pelos estudos, afinal ninguém se interessa em aprender aquilo que não lhe faz

sentido.

Em relação à educação do campo, é pertinente ressaltar que a concepção de

educação que vem sendo empregada pela cultura dominante e elitista, não tem

favorecido satisfatoriamente para combater o analfabetismo, elevar a escolaridade

dos sujeitos, sua cultura e seu padrão de vida. Há ainda insatisfação, ocasionada

28

pelo acesso tardio a escola que na maioria das vezes, nas regiões mais pobres do

Brasil, são oferecidas sem condições de oportunizar saberes para a criança, o

adolescente, os jovens e adultos devido à precariedade de investimentos dessa

política pública. Isso representa, sem dúvida, uma das maiores dívidas históricas

para com as populações do campo.

Pensando nesta situação de exploração do trabalhador e nas condições que

oportunizam uma educação conscientizadora, Paulo Freire (2007) nos possibilita

observar o sistema educacional da sociedade brasileira, dentro do processo de

mudança, quando identifica a educação como elemento fundamental para o sujeito

do campo ou da cidade. E considera como necessidade primordial dessa mudança,

a leitura de mundo com o sujeito que aprende, mas que também ensina. Ele

desenvolveu uma metodologia de ensino para a alfabetização e conscientização do

trabalhador do campo que partia dessa leitura de mundo.

A Educação do Campo, defendida pela Conferência, tratou da luta popular

pela ampliação do acesso, permanência e direito à escola pública de qualidade no

campo – as pessoas têm o direito de estudar no lugar onde vivem (dos agricultores,

extrativistas, ribeirinhos, caiçaras, quilombolas, pescadores, seringueiros etc.),

incorporando distintos processos educativos no seu Projeto Político Pedagógico.

Essa concepção de Educação do Campo foi incorporada ao documento das

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, oriundas

dos debates acumulados historicamente pelos movimentos sociais, pelas

universidades, pelo governo e pelas ONG, entre outros grupos organizados que

formaram a Articulação Nacional por uma Educação do Campo.

A concepção de uma educação a partir do campo e no campo foi formulada

em um contexto de problematização de conceitos e idéias até então arraigados na

sociedade brasileira, como tem sido o de educação rural. A concepção de Educação

do Campo, em substituição à Educação Rural, entende campo e cidade enquanto

duas partes de uma única sociedade, que dependem uma da outra e não podem ser

tratadas de forma desigual.

A concepção de educação que historicamente pautou as iniciativas

educacionais para o meio rural fundamenta-se, principalmente, na categorização

urbano/rural, na qual o espaço rural é definido, de acordo com critérios do IBGE,

pela sua localização geográfica e a baixa densidade populacional; por um projeto de

29

desenvolvimento centrado nas atividades urbano-industriais, segundo o qual o

campo tenderia ao desaparecimento, não sendo pertinente, portanto, o investimento

em políticas estruturantes nesse espaço; pela concepção de rural enquanto espaço

tipicamente de atividades agrícolas, priorizando o latifúndio.

Desse projeto social, resulta um modelo educacional pautado na oferta de

educação mínima, restrita às primeiras séries do Ensino Fundamental; escolas em

condições precárias; educadores com pouca formação e baixos salários,

incorporação de conceitos urbanos que desconsideram a realidade e a vida

camponesa, que alimentam a competitividade, o individualismo e desprezam as

diferenças.

Por sua vez, a Educação do Campo é compreendida ao mesmo tempo como

conceito em movimento, enquanto unidade político-epistemológica, que se estrutura

e ganha conteúdo no contexto histórico, que se forma e se firma no conjunto das

lutas de movimentos sociais camponeses; que se manifesta e transforma nas

relações sociais, reivindicando e abrindo espaço para a efetivação do direito à

educação, dentro e fora do Estado.

Nessa perspectiva, a Educação do Campo se diferencia da educação rural,

pois é construída por e para os diferentes sujeitos, territórios, praticas sociais e

identidades culturais que compõem a diversidade do campo. Ela se apresenta como

uma garantia de ampliação das possibilidades de homens e mulheres camponeses

criarem e recriarem as condições de existência no campo. Portanto, a educação é

uma estratégia importante para a transformação da realidade dos homens e das

mulheres do campo, em todas as suas dimensões.

O campo, compreendido a partir do conceito de territorialidade, é o lugar

marcado pela diversidade econômica, cultural e étnico-racial. É espaço

emancipatório quando associado à construção da democracia e de solidariedade de

lutas pelo direito a terra, à educação, à saúde, à organização da produção e pela

preservação da vida. Mais do que um perímetro não-urbano, o campo possibilita a

relação dos seres humanos com sua própria produção, com os resultados de seu

trabalho, com a natureza de onde tira o seu sustento. Se comprometida com a

diversidade do trabalho e sua cultura, a educação terá também especificidades que

precisam ser incorporadas nos projetos político-pedagógicos. Entendemos, no

entanto, que o campo e a cidade são dois pólos de um continuam, duas partes de

30

um todo, que não podem se isolar, mas, antes de tudo, articulam-se, completam-se

e se alimentam mutuamente.

A Educação do Campo, então, se afirma na defesa de um pais soberano e

independente, vinculado à construção de um projeto de desenvolvimento, no qual a

educação é uma das dimensões necessárias para a transformação da sociedade,

que se opõe ao modelo de educação rural vigente. Nessa perspectiva, a escola

torna-se um espaço de análise crítica para que se levantem as bases para a

elaboração de uma outra proposta de educação e de desenvolvimento. Nesse

sentido, busca-se desenvolver uma proposta de educação voltada para as

necessidades das populações do campo e para a garantia de escolarização de

qualidade, tornando-se o centro aglutinador e divulgador da cultura da comunidade e

da humanidade.

4.2. Concepção de Infância e adolescência

A Educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos. O

processo de aquisição de uma nova identidade para as instituições que trabalham

com crianças foi longo e difícil. Durante esse processo surge uma nova concepção

de criança, totalmente diferente da visão tradicional. Se por séculos a criança era

vista como um ser sem importância, quase invisível, hoje ela é considerada em

todas as suas especificidades, com identidade pessoal e histórica.

Essas mudanças originaram-se de novas exigências sociais e econômicas,

conferindo à criança um papel de investimento futuro, esta passou a ser valorizada,

portanto o seu atendimento teve que acompanhar os rumos da história. Sendo

assim, a Educação Infantil de uma perspectiva assistencialista transforma-se em

uma proposta pedagógica aliada ao cuidar, procurando atender a criança de forma

integral, onde suas especificidades (psicológica, emocional, cognitiva, física, etc...)

devem ser respeitadas. Nessa perspectiva este artigo propõe uma discussão sobre

a evolução histórica da concepção de infância e sua repercussão no atendimento

destinado ás crianças em instituições de Educação Infantil.

A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns séculos

atrás. É importante salientar que a visão que se tem da criança é algo

historicamente construído, por isso é que se pode perceber os grandes contrastes

31

em relação ao sentimento de infância no decorrer dos tempos. O que hoje pode

parecer uma aberração, como a indiferença destinada à criança pequena, há

séculos atrás era algo absolutamente normal. Por maior estranheza que se cause, a

humanidade nem sempre viu a criança como um ser em particular, e por muito

tempo a tratou como um adulto em miniatura.

De um ser sem importância, quase imperceptível, a criança num processo

secular ocupa um maior destaque na sociedade, e a humanidade lhe lança um novo

olhar. Para entender melhor essa questão é preciso fazer um levantamento histórico

sobre o sentimento de infância, procurar defini-lo, registrar o seu surgimento e a sua

evolução. Segundo Áries:

“o sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças,

corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que

distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem ( Áries, 1978 : 99).”

Nessa perspectiva o sentimento de infância é algo que caracteriza a criança,

a sua essência enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se diferencia da do

adulto, e, portanto merece um olhar mais específico.

Na Idade Média não havia clareza em relação ao período que caracterizava a

infância, muitos se baseavam pela questão física e determinava a infância como o

período que vai do nascimento dos dentes até os sete anos de idade, como mostra a

citação da descrição feita por Le Grand Propriétaire (Ariès, 1978 : 6 ) :

A primeira idade é a infância que planta os dentes, e essa idade começa

quando a criança nasce e dura até os sete anos, e nessa idade aquilo que nasce é

chamado de enfant (criança), que quer dizer não-falante, pois nessa idade a pessoa

não pode falar bem nem tomar perfeitamente as palavras, pois ainda não tem seus

dentes bem ordenados nem firmes...

Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças. Devido às

más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por

isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer

momento ela poderia deixar de existir. Muitas não conseguiam ultrapassar a primeira

infância. O índice de natalidade também era alto, o que ocasionava uma espécie de

substituição das crianças mortas. A perda era vista como algo natural e que não

merecia ser lamentada por muito tempo, como pode ser constatado no comentário

32

de Áries " ...as pessoas não podiam se apegar muito a algo que era considerado

uma perda eventual..." (1978 : 22 ).

Na Idade Média a criança era vista como um ser em miniatura, assim que

pudesse realizar algumas tarefas, esta era inserida no mundo adulto, sem nenhuma

preocupação em relação à sua formação enquanto um ser específico, sendo

exposta a todo tipo de experiência.

Segundo Áries, até o século XVII, a socialização da criança e a transmissão

de valores e de conhecimentos não eram assegurados pelas famílias. A criança era

afastada cedo de seus pais e passava a conviver com outros adultos, ajudando-os

em suas tarefas. A partir daí, não se distinguia mais desses. Nesse contato, a

criança passava dessa fase direto para a vida adulta. ( Áries, 1978 ).

A duração da infância não era bem definida e o termo "infância" era

empregado indiscriminadamente, sendo utilizado, inclusive, para se referir a jovens

com dezoito anos ou mais de idade ( Áries, 1989 ). Dessa forma, a infância tinha

uma longa duração, e a criança acabava por assumir funções de responsabilidade,

queimando etapas do seu desenvolvimento. Até a sua vestimenta era a cópia fiel da

de um adulto. Essa situação começa a mudar, caracterizando um marco importante

no despertar do sentimento de infância:

No século XVII, entretanto, a criança, ou ao menos a criança de boa família,

quer fosse nobre ou burguesa, não era mais vestida como os adultos. Ela agora

tinha um traje reservado à sua idade, que a distinguia dos adultos. Esse fato

essencial aparece logo ao primeiro olhar lançado às numerosas representações de

criança do início do século XVII ( Áries, 1978:33).

As grandes transformações sociais ocorridas no século XVII contribuíram

decisivamente para a construção de um sentimento de infância. As mais importantes

foram as reformas religiosas católicas e protestantes, que trouxeram um novo olhar

sobre a criança e sua aprendizagem. Outro aspecto importante é a afetividade, que

ganhou mais importância no seio na família.

Essa afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da valorização

que a educação passou a ter. A aprendizagem das crianças, que antes se dava na

convivência das crianças com os adultos em suas tarefas cotidianas, passou a dar-

se na escola. O trabalho com fins educativos foi substituído pela escola, que passou

a ser responsável pelo processo deformação. As crianças foram então separadas

33

dos adultos e mantidas em escolas até estarem "prontas" para a vida em sociedade.

( Ariès, 1978 ).

Surge uma preocupação com a formação moral da criança e a igreja se

encarrega em direcionar a aprendizagem, visando corrigir os desvios da criança,

acreditava-se que ela era fruto do pecado, e deveria ser guiada para o caminho do

bem. Entre os moralistas e os educadores do século XVII, formou-se o sentimento

de infância que viria inspirar toda a educação do século XX (Áries, 1989). Daí vem a

explicação dos tipos de atendimento destinados às crianças, de caráter repressor e

compensatório.

De um lado a criança é vista como um ser inocente que precisa de cuidados,

do outro como um ser fruto do pecado. Segundo kramer :

Nesse momento, o sentimento de infância corresponde a duas atitudes

contraditórias: uma considera a criança ingênua, inocente e graciosa e é

traduzida pela paparicação dos adultos, e a outra surge simultaneamente à

primeira, mas se contrapõe à ela, tornando a criança um ser imperfeito e

incompleto, que necessita da "moralização" e da educação feita pelo adulto

( kramer, 2003:18 ).

Esses dois sentimentos são originados por uma nova postura da família em

relação à criança, que passa a assumir mais efetivamente a sua função, a família

começa a perceber a criança como um investimento futuro, que precisa ser

preservado, e portanto deve ser afastada de maus físicos e morais. Para Kramer (

2003 : 18 ) "não é a família que é nova, mas, sim o sentimento de família que surge

nos séculos XVI e XVII, inseparável do sentimento de infância."

A vida familiar ganha um caráter mais privado, e aos poucos a família assume

o papel que antes era destinado à comunidade. É importante salientar que esse

sentimento de infância e de família representa um padrão burguês, que se

transformou em universal. Segundo Kramer :

...a idéia de infância (... ) aparece com a sociedade capitalista, urbano-

industrial, na medida em que mudam a sua inserção e o papel social da

criança na comunidade. se, na sociedade feudal, a criança exercia um papel

produtivo direto ("de adulto") assim que ultrapassava o período de alta

mortalidade, na sociedade burguesa ela passa a ser alguém que precisa de

ser cuidada, escolarizada e preparada para uma função futura. Este

conceito de infânciaé pois, determinado historicamente pela modificação

das formas de organização da sociedade( 2003 : 19 ).

34

No século XVIII, além da educação a família passou a se interessar pelas

questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma

considerável diminuição dos índices de mortalidade.

As mudanças beneficiaram as crianças da burguesia, pois as crianças do

povo continuaram a não ter acesso aos ganhos representados pela nova concepção

de infância, como o direito à educação e a cuidados mais específicos, sendo

direcionadas para o trabalho.

A criança sai do anonimato e lentamente ocupa um espaço de maior

destaque na sociedade. Essa evolução traz modificações profundas em relação à

educação, esta teve que procurar atender as novas demandas que foram

desencadeadas pela valorização da criança, pois a aprendizagem além da questão

religiosa passou a ser um dos pilares no atendimento à criança. Segundo Loureiro :

...nesse período começa a existir uma preocupação em conhecer a

mentalidade das crianças a fim de adaptar os métodos de educação a elas,

facilitando o processo de aprendizagem. Surge uma ênfase na imagem da

criança como um anjo, "testemunho da inocência batismal" e, por isso,

próximo de Cristo ( 2005 : 36 ).

Percebe-se o caráter cristão ao qual a educação das crianças foi ancorada.

Com o surgimento do interesse nas crianças, começou a preocupação em ajudá-las

a adquirir o princípio da razão e a fazer delas adultos cristãos e racionais. Esse

paradigma norteou a educação do século XIX e XX.

Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e

que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e

sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança. Ela

deve ter todas as suas dimensões respeitadas. Segundo Zabalza ao citar Fraboni:

a etapa histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela

"transformação" tecnológico-científica e pela mudança ético-social, cumpre

todos os requisitos para tornar efetiva a conquista do salto na educação da

criança, legitimando-a finalmente como figura social, como sujeito de

direitos enquanto sujeito social" (1998:68).

Assim, a concepção da criança como um ser particular, com características

bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como portador de direitos

enquanto cidadão, é que vai gerar as maiores mudanças na Educação Infantil,

35

tornando o atendimento às crianças de 0 a 6 anos ainda mais específico, exigindo

do educador uma postura consciente de como deve ser realizado o trabalho com as

crianças pequenas, quais as suas necessidades enquanto criança e enquanto

cidadão.

A história da Educação Infantil no Brasil, de certa forma, acompanha os

parâmetros mundiais, com suas características próprias, acentuada por forte

assistencialismo e improviso. As crianças da área urbana eram colocadas nas

"rodas expostas" para serem recolhidas pelas instituições religiosas, muitas dessas

crianças eram de mães que pertenciam às famílias tradicionais.

No início do século XIX, para tentar resolver o problema da infância, surgem

iniciativas isoladas, como a criação de creches, asilos e internatos, que eram vistos

como instituições destinadas a cuidar de crianças pobres. Estas instituições apenas

encobriam o problema e não tinham a capacidade de buscar transformações mais

profundas na realidade social dessas crianças.

No final do século XIX, com o ideário liberal, inicia-se um projeto de

construção de uma nação moderna. A elite do país assimila os preceitos

educacionais do Movimento das Escolas Novas, elaboradas nos centros de

transformações sociais ocorridas na Europa e trazidas ao Brasil pela influência

americana e européia. Surge no Brasil a idéia de "jardim-de-infância" que foi

recebida com muito entusiasmo por alguns setores sociais, mas gerou muito

discussão, pois a elite não queria que o poder público não se responsabilizasse pelo

atendimento às crianças carentes. Com toda polêmica, em 1875 no Rio de Janeiro e

em 1877 em São Paulo, eram criados os primeiros jardins-de-infância, de caráter

privado, direcionados para crianças da classe alta, e desenvolviam uma

programação pedagógica inspirada em Froebel (OLIVEIRA, 2002).

Na metade do século XX, com a crescente industrialização e urbanização do

país, a mulher começa a ter uma maior inserção no mercado de trabalho, o que

provoca um aumento pelas instituições que tomam conta de crianças pequenas.

Começa a se delinear um atendimento com forte caráter assistencialista.

Nos anos 70, o Brasil absorve as teorias desenvolvidas nos Estados Unidos e

na Europa, que sustentavam que as crianças das camadas sociais mais pobres

sofriam de "privação cultural" e eram colocadas para explicar o fracasso escolar

delas, esta concepção vai direcionar por muito tempo a Educação Infantil,

enraizando uma visão assistencialista e compensatória, como afirma Oliveira:

36

conceitos como carência e marginalização cultural e educação

compensatória foram então adotados, sem que houvesse uma reflexão

crítica mais profunda sobre as raízes estruturais dos problemas sociais. Isso

passou a influir também nas decisões de políticas de Educação Infantil

(OLIVEIRA, 2002:109).

Dessa forma, pode-se observar a origem do atendimento fragmentado que

ainda faz parte da Educação Infantil destinada às crianças carentes, uma educação

voltada para suprir supostas "carências", é uma educação que leva em consideração

a criança pobre como um ser capaz, como alguém que não responderá aos

estímulos dados pela escola.

Nos anos 80, com o processo de abertura política, houve pressão por parte

das camadas populares para a ampliação do acesso à escola. A educação da

criança pequena passa a ser reivindicada como um dever do Estado, que até então

não havia se comprometido legalmente com essa função. Em 1888, devido à grande

pressão dos movimentos feministas e dos movimentos sociais, a Constituição

reconhece a educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um

dever do Estado.

Nos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança. Agora

procura-se entender a criança como um ser sócio-histórico, onde a aprendizagem se

dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa perspectiva sócio-

interacionista tem como principal teórico Vigotsky, que enfatiza a criança como

sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta (OLIVEIRA,2002).

Há um fortalecimento da nova concepção de infância, garantindo em lei os

direitos da criança enquanto cidadã. Cria-se o ECA (Estatuto da Criança e do

Adolescente); a nova LDB, Lei nº9394/96, incorpora a Educação Infantil como

primeiro nível da Educação Básica, e formaliza a municipalização dessa etapa de

ensino.

Em 1998, é criado RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação

Infantil), um documento que procura nortear o trabalho realizado com crianças de 0

à 6 anos de idade. Ele representa um avanço na busca de se estruturar melhor o

papel da Educação Infantil, trazendo uma proposta que integra o cuidar e o educar,

o que é hoje um dos maiores desafios da Educação Infantil. É preciso afirmar que as

propostas trazidas pelo RCN só podem se concretizar na medida em que todos os

envolvidos no processo busquem a efetiva implantação das novas propostas, se não

ele vai se tornar apenas um conjunto de normas que não saem do papel.

37

Através desse estudo histórico, pode-se constatar que o conceito de infância

repercute fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o

atendimento prestado à criança pequena. Dessa maneira, a Educação Infantil está

intrinsecamente ligada ao conceito de infância, tendo a sua evolução marcada pelas

transformações sociais que originaram um novo olhar sobre a criança.

A educação voltada para criança pequena só ganhou notoriedade quando

esta passou a ser valorizada pela sociedade, se não houvesse uma mudança de

postura em relação à visão que se tinha de criança, a Educação Infantil não teria

mudado a sua forma de conduzir o trabalho docente, e não teria surgido um novo

perfil de educador para essa etapa de ensino. Não seria cobrado dele especificidade

no seu campo de atuação, e a criança permaneceria com um atendimento voltado

apenas para questões físicas, tendo suas outras dimensões, como a cognitiva, a

emocional e a social despercebidas.

Não se pode perder de vista, que o conceito de infância construído pela

humanidade ocasionou uma padronização da criança, como se esta fosse um ser

universal, sem características próprias de cada sociedade e de cada contexto

histórico.

A palavra ―adolescência” vem da palavra latina ―adolesco”, que significa

crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza

por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade, os padrões

estabelecidos são questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida

feita pelos pais, buscando assim a liberdade e auto-afirmação.

Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição da

segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma

nova qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e

hipotética.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

O pensamento operatório formal é o tipo de pensamento necessário para

qualquer pessoa que tenha de resolver problemas sistematicamente.

38

O adolescente constrói teorias e reflete sobre seu pensamento, o pensamento

formal, que constitui uma reflexão da inteligência sobre si mesma, um sistema

operatório de segunda potência, que opera com proposições.

Segundo Piaget uma das conseqüências de se adquirir pensamento

operatório formal é a capacidade de construir provas lógicas em que a conclusão

seguem a necessidade lógica. Essa habilidade constitui o raciocínio dedutivo.

O pensamento do adolescente se difere do pensamento da criança, ou seja, a

criança consegue chegar a utilizar as operações concretas de classes, relações e

números, mas não as utiliza num sistema fundido único e total que é caracterizado

pela lógica do adolescente. O pensamento liberta-se da experiência direta e as

estruturas cognitivas da criança adquirem maturidade. Isso significa que a qualidade

potencial do seu pensamento ou raciocínio atinge o máximo quando as operações

formais encontram-se plenamente desenvolvidas.

A criança não ultrapassa a lógica elementar de agrupamentos ou grupos

numéricos aditivos ou multiplicativos, apresentando deste modo, uma forma

elementar de reversibilidade. O adolescente apresenta a lógica das proposições

relacionando-a a estrutura de classes e das relações. O pensamento formal

encontrado nos adolescentes é explicado pelo fato de se poderem estabelecer as

coordenações entre os objetos que também se originam de determinadas etapas da

maturação deste sujeito.

No entanto, esta constituição da estrutura, não apenas tem ligação com o

aparato matu racional do sujeito, mas também com o meio social no qual este está

inserido. Para que o meio social atue sobre os indivíduos é necessário que estes

estejam em condições de assimilar as contribuições desse meio, havendo a

necessidade de uma maturação suficiente da capacidade cerebral deste indivíduo.

Estes fatores estão relacionados dinamicamente.

Se o adolescente constrói teorias é porque de um lado, tornou-se capaz de

reflexão e, de outro, porque sua reflexão lhe permite fugir do concreto atual na

direção do possível e do abstrato. A lógica não é algo "estranho‖ a vida do sujeito, é

justamente a expressão das coordenações operatórias necessárias para atingir

determinada ação.

O pensamento do adolescente tem a necessidade de construir novas teorias

sobre as concepções já dadas, no meio social, tentando chegar a uma concepção

39

das coisas que lhe seja própria e que lhe traga mais sucesso que seus

antecessores.

São característicos do processo de pensamento, os patamares de

desenvolvimento, que leva o nível mais elementar de egocentrismo à descentração,

subordinando o conhecimento sempre a uma constante revisão das perspectivas.

O adolescente exercita idéias no campo do possível e formula hipóteses, tem

o poder de construir à sua vontade reflexões e teorias. Com estas capacidades, o

adolescente começa a definir conceitos e valores. Neste sentido, caracteriza-se a

adolescência por um egocentrismo cognitivo, pois o adolescente acredita que é

capaz de resolver todos os problemas que aparecem, considerando as suas próprias

concepções como as mais corretas (crença na onipotência da reflexão).

A propriedade geral mais importante do pensamento operacional formal, a

partir da qual Piaget deriva todas as demais, refere-se à distinção entre o real e o

possível. Ao contrário da criança que se encontra num período operacional concreto,

o adolescente, ao começar a examinar um problema com que se defronta, tenta

imaginar todas as relações possíveis que seriam válidas no caso dos dados em

questão; a seguir, através de uma combinação de procedimentos de

experimentação e de análise lógica, tentando verificar quais destas relações

possíveis são realmente verdadeiras.

Uma estratégia cognitiva que tenta determinar a realidade no contexto das

possibilidades tem um caráter fundamentalmente hipotético-dedutivo. O adolescente

ingressa corajosamente no reino hipotético.

O pensamento formal é um pensamento proposicional. As mais importantes

entidades que o adolescente manipula, ao raciocinar deixaram de ser os dados

rudimentares da realidade e passaram a ser afirmações que contem estes dados. O

que é realmente alcançado entre os 7 e 11 anos de idade, é a cognição organizada

de objetos e acontecimentos concretos per se. O adolescente realiza estas

operações, mas realiza também algo que as transcende, algo necessário que é

precisamente o que faz com que seu pensamento seja formal e não mais concreto.

Ele toma os resultados destas operações concretas, formula-os sob a forma de

proposições e continua a operar com eles, ou seja, estabelece vários tipos de

conexão lógica entre eles. Portanto, as operações formais, na realidade, são

operações realizadas com os resultados de operações anteriores.

40

A partir destas considerações pode-se estabelecer um paradigma inicial de

como os adolescentes pensam. Inicialmente organizam os vários elementos dos

dados brutos com as técnicas operacionais concretas dos anos intermediários da

infância. A seguir estes elementos organizados são transformados em afirmações ou

proposições que podem ser combinadas de várias maneiras. Através do método de

análise combinatória, eles examinam isoladamente todas as combinações diferentes

destas proposições.

Para Piaget o pensamento formal é uma orientação generalizada, explicita ou

implícita, para solução de problemas: uma orientação no sentido de organizar os

dados, isolar e controlar variáveis, formular hipóteses e justificar e provar

logicamente os fatos.

As operações formais podem ser caracterizadas não só em termos descritivo-

verbais gerais, como também em termos das estruturas lógico-matemáticas que são

seus modelos abstratos. As operações interposicionais não são ações isoladas sem

relações mútuas. Tal como os agrupamentos das operações intraposicionais dos

anos intermediários da infância, elas formam um sistema integrado, e o problema

consiste em determinar a estrutura formal deste sistema.

O conjunto de instrumentos conceituais que Piaget chama de esquemas

operacionais formais encontra-se num nível intermediário de generalidade.

Grande parte da diferença existente entre o comportamento diário da criança

e do adolescente pode ser expressa da seguinte maneira: o adolescente, como a

criança vive no presente, mas ao contrário da criança também vive muito na

dimensão ausente, isto é no futuro e o no reino do hipotético. Seu mundo conceitual

está povoado de teorias informais sobre si mesmo e sobre a vida, cheio de planos

para o seu futuro e o da sociedade, em resumo, cheio de idéias que transcendem a

situação imediata, as relações interpessoais atuais, etc.

A adolescência corresponde ao período em que o ser humano sofre

mudanças orgânicas, cognitivas, sociais e afectivas. As mudanças sofridas pelo

adolescente têm consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal,

familiar, escolar e social. A este propósito, Fátima Maria Simas relembramo-nos na

sua obra Educação, Cognição e Desenvolvimento (2001) a concepção de

adolescência apresentada por Seligman (1994):

A adolescência surge como um período de grandes mudanças físicas que

alteram a sua imagem corporal e intelectual começando a possibilitar a formação do

41

conhecimento de si próprio e a prepará-lo para tomar decisões. Porém, este período

de desenvolvimento é bastante complexo porque passa por um confronto de forças

interiores e exteriores que afetam o auto conhecimento, tais como o contexto

socioeconômico e cultural e a importância da família e dos seus pares que

influenciam as expectativas dos jovens em relação ao futuro.

É, também, durante este período que o adolescente realiza um percurso,

muitas vezes difícil, em que procura a sua identidade. Durante esse percurso o

jovem encontra-se em busca de uma uniformidade capaz de lhe proporcionar

segurança e auto-estima. Razão pela qual a companhia dos pais é, nesta fase,

preterida relativamente à companhia dos amigos assim como é, igualmente, durante

este período que parece ocorrer a identificação com o espírito de grupo. A confirmá-

lo, apresentamos as citações que se seguem:

Termos como transformação, conflito e separação são centrais à

compreensão dos processos desenvolvimentais da adolescência. As transformações

referem-se a um conjunto de processos que vão da maturação biológica à adoção

de novos papéis sociais, no curso dos quais o adolescente ressignifica a si, ao outro

e à realidade. A separação envolve um processo de paulatino distanciamento entre

os adolescentes e as antigas figuras de referência, como a família e a escola,

quando eles tendem a privilegiar o compartilhamento de experiências com os grupos

de companheiros. Cole e Cole, 2003; Dias e Tróccoli, 1999; Santrock, 2003).

Especialmente quando o adolescente busca uma maior autonomia em relação

aos pais na adolescência, os grupos de pares emergem como fontes importantes de

identificação e referência comportamental dos adolescentes. Porém, uma

particularidade das tribos é o caráter volátil de seus vínculos internos, o que tanto

torna sua dinâmica social muito rica, como enfraquece as ligações entre os

membros, comprometendo o engajamento em projectos cooperativos de maior

duração (Maffesoli, 1992/2000).

Etimologicamente a palavra adolescente vem do latim ad, que significa,

segundo Becker (1994) para e olescere que significa "crescer para". A adolescência

implica que o jovem adquira autonomia e consequentemente uma visão própria do

mundo.

Ao nos debruçarmos sobre a questão da adolescência há uma questão que

não podemos contornar, será que o período da adolescência é vivido de igual forma

42

pelos jovens qualquer que seja a sua nacionalidade? Ou será que este período

ganha contornos diferentes do contexto social em que o jovem se encontra inserido?

O conceito de adolescência não é pacífico e, por isso, tem vindo a ser objeto

de estudo de várias correntes da psicologia. As duas grandes tendências

identificadas na investigação oscilam entre aqueles que defendem que a

adolescência é um processo de natureza individual (baseiam a sua teoria colocando

em evidência os aspectos biológicos e psicológicos) e os que defendem que se trata

de um período identificado e reconhecido culturalmente (colocam a ênfase nos

aspectos sociológicos, antropológicos e ideológicos).

Nunes de Souza (1997) considera que o período da adolescência se caracteriza por

ser um período difícil para os adolescentes não apenas pelas transformações físicas

a que estão sujeitos nesta fase da vida, como também considera que este período

constitui um período de crise para toda a família.

Durante este processo o adolescente sente necessidade de contestar os

valores que lhe foram incutidos pela família numa tentativa de se afirmar enquanto

indivíduo com existência e características próprias. Esta fase caracteriza-se,

igualmente, por o autoritarismo dos pais ter muitas vezes de ser substituído por uma

atitude de negociação com os filhos relativamente às tomadas de decisão. Quanto

maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de autoridade

maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no período da

adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente incutido. O jovem

que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade positiva na infância tem

mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em acatar as regras necessárias

para viver em sociedade. Esta é a concepção de adolescência que corroboramos

uma vez que consideramos ser um processo que extrapola o indivíduo e que

envolve a família, a escola, as instituições e os grupos de pares. No que respeita à

educação há, assim, uma estreita ligação entre o individual e o coletivo e a este

respeito diz-nos Morin (1991) que sempre há um imprinting cultural a determinar as

nossas percepções do mundo.

Um outro processo que tende a desenvolver-se na adolescência é o

desenvolvimento moral acompanhado pela aquisição de valores e ideais de justiça,

liberdade ou equidade. Kolhberg (1981) diz-nos que o período da adolescência

corresponde a uma etapa de construção de valores sociais e de manifestações de

interesse, por parte do adolescente, por problemas de cariz ético e ideológico. O

43

jovem adolescente aspira à existência de um mundo perfeito relativamente aos

valores morais é altruísta, o que não raras vezes originam revoltas por descobrir que

a sociedade não se pauta pelos valores que defende.

4.3. Concepção de Alfabetização e Letramento

Letramento é abrir as portas e janelas do mundo por meio da leitura, da oralidade e

ser capaz de se relacionar bem nas diversas práticas sociais.

"Letramento é, sobretudo, um mapa do coração do homem, um mapa de quem você

é, e de tudo que pode ser. "

(Magda Soares)

O tema foi iniciado pela professora Rosineide Magalhães (CFORM/UnB).

Vimos primeiro que a leitura e a escrita devem ser concebidas dentro de práticas

sociais, tornando o aluno capaz de participar de sua comunidade de forma efetiva.

Conceitos:

Letramento: conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de

diferentes tipos de material escrito. HOUAISS, 2004

Alfabetização: é um processo dentro do letramento e, segundo Magda

Soares, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.

A criança, mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em um processo de

letramento. Pois, ela faz a leitura incidental de rótulos, imagens, gestos, emoções. O

contato com o mundo letrado é muito entes das letras e vai além delas. Sendo assim

chegamos à seguinte pergunta:

Para que serve a escrita então?

Segundo a professora Rosineide Magalhães, no texto ―Letramento como

Prática Social‖, a escrita e a leitura são consumidas, hoje, pelas pessoas como meio

de sobrevivência, com o objetivo de formação acadêmica, profissional, integração e

interação social, resolução de problemas cotidianos, condição de entender o mundo

e suas tecnologias.

Há diferentes tipos de letramentos associados a diferentes domínios sociais,

por exemplo: letramento tecnológico, literário, religioso. O letramento autônomo é

44

aquele que acontece somente dentro da escola, desvinculado do mundo. Tais

formas estão incluídas ou no letramento formal, legitimado; ou no informal,

incidental.

Verifique as diferenças:

Alfabetização:

Ensinar o código escrito

Signos e seus significados

Ensinar a leitura

Codificação e decodificação

Participação em um mundo desconhecido

Letramento:

Refletir, interpretar

Leitura e compreensão de textos

Leitura de mundo

Função social

Respeito às diferenças culturais

Práticas sociais que utilizam a escrita

Libertação, construção da autonomia

Competência lingüística: todo falante nativo de uma língua possui, é a

capacidade de se comunicar adquirida culturalmente.

Competência comunicativa: é a capacidade de transitar em diferentes

domínios sociais, é adquirida na escola.

O papel da escola é trabalhar a competência comunicativa sem desvalorizar a

cultura do aluno, aquilo que traz de seu meio social. Mostrar as diferentes formas de

falar.

A escola é o ambiente de letramento e o professor é o agente.

Quanto à fala não existe certo ou errado, existe o adequado ou inadequado a

determinadas situações.

Ratificação da fala: repetir de acordo com a norma padrão sem constranger.

Para cada contexto social temos uma forma de falar.

No processo de educação acontece a transposição da cultura do lar para a

escolarizada, elas se somam na escola.

Para Magda Soares alfabetismo é outro termo para designar letramento.

45

O conceito de alfabetização para Magda Soares é restrito, refere-se apenas

ao aprender/ensinar a ler e escrever. Já Emília Ferreiro coloca que não precisa usar

outro termo (no caso letramento) para designar algo que já deveria estar dentro do

processo de alfabetização.

Facetas da aprendizagem da leitura e da escrita:

1 - Faceta fônica: envolve o desenvolvimento da consciência fonológica,

imprescindível para que a criança tome consciência da fala como um sistema de

sons e compreenda o sistema de escrita como um sistema de representação desses

sons, e a aprendizagem das relações fonema-grafema e demais convenções de

transferência da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita.

2 - Faceta da leitura fluente: exige o reconhecimento holístico de palavras e

sentenças.

3 - Faceta da leitura compreensiva: supõe ampliação de vocabulário e

desenvolvimento de habilidades como interpretação, avaliação, inferência, entre

outras.

4 - Faceta da identificação e uso adequado das diferentes funções da escrita,

dos diferentes portadores de texto, dos diferentes tipos e gêneros de texto.

Conceitos de letramento:

Do ponto de vista social, o letramento é um fenômeno cultural relativo

às atividades que envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos ―usos,

funções e propósitos da língua escrita no contexto social‖ (SOARES, 2006).

―Processo de inserção e participação na cultura escrita‖. (VAL, 2006)

―Compreensão e uso efetivo da língua escrita em práticas sociais

diversificadas‖. (Ibid)

―Possibilidades de participação nas práticas sociais que

envolvem a língua escrita‖ (Ibid)

―Saber utilizar a língua escrita nas situações em que esta é

necessária, lendo e produzindo textos‖ (BATISTA, 2003 in VAL, 2006, p. 19).

46

―Conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades, necessário para

usar a língua nas práticas sociais‖ (BATISTA, 2003 in VAL, 2006, p. 19).

―... entendido como o desenvolvimento de comportamentos e

habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais‖

(SOARES, 2004).

―O letramento abrange o processo de desenvolvimento e o uso dos

sistemas da escrita nas sociedades, ou seja, o desenvolvimento histórico da escrita

refletindo outras mudanças sociais e tecnológicas, como a alfabetização universal, a

democratização do ensino, o acesso a fontes aparentemente ilimitadas de papel, o

surgimento da internet.‖ (KLEIMAN, 2005).

Conceitos de alfabetização:

―Processo específico e indispensável de apropriação do sistema da

escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilitem ao

aluno ler e escrever com autonomia‖ (VAL, 2006, p. 19).

―A alfabetização diz respeito à compreensão e ao domínio do

chamado código escrito, que se organiza em torno de relações entre a pauta

sonora da fala e as letras (e outras convenções) usadas para representá-la, a

pauta, na escrita‖ (VAL, 2006, p. 19).

―A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo

ou grupo‖ (BATISTA, 006)

4.4. PRINCÍPIOS DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

―A participação e a democratização num sistema público de

ensino é a forma mais prática de formação para a cidadania e dá-se na

participação no processo de tomada de decisão‖ (Gadotti , 2004, p. 49).

Os princípios de uma gestão escolar democrática devem

fundamentar-se na transparência administrativa e na participação

efetiva da comunidade interna e externa. Pois, por meio de análises

47

conjuntas estende-se a possibi l idade de tomada de decisões acertadas

e funcionais.

Nesta perspectiva surge o Conselho Escolar como instancia que

agrega diversos componentes da sociedade em benefício da

organização escolar. Para tanto, a participação da comunidade deve

ser est imulada e valorizada, fazendo com que pais, professores,

funcionários e cidadãos sintam-se responsáveis e motivados à

engajarem-se no processo de construção de uma escola de qualidade.

Escola, essa, que se preocupa com o desenvolvimento humano

integral. Uma escola inclusiva e dialógica que entendendo sua função

pedagógica para a sociedade permita que a sociedade se faça

presente.

Nesse contexto do trabalho coletivo, a gestão democrática é o

processo pol ít ico através do qual as pessoas na escola discutem,

deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham,

acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao

desenvolvimento da própria escola. Esse processo, sustentado no

diálogo tem como base a part icipação efetiva de todos os segmentos

da comunidade escolar, o respeito as normas colet ivas construídas

para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo

acesso as informações aos sujeitos da escola .

A gestão democrática está legalmente regulamentada na

constituição federal de 1988, Art. 206, que diz que o ensino será

ministrado com base nos seguintes princípios:

§ VI – Gestão democrática do ensino público, na forma da lei.

Sendo esta ratif icada na Lei de Diretrizes e Bases da ed ucação

nacional – LDB 9394/96, através do Art. 3º. O ensino será ministrado

com base nos seguintes princípios:

§ VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei

e da legislação dos sistemas de ensino, também no Art. 14: os

sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do

ensino público na educação básica de acordo com as suas

peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

48

1. Participação dos prof issionais da educação na elaboração da

proposta pedagógica;

2. Participação das comunidades escolar e local em Conselhos

Escolares ou equivalentes.

Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às escolas

progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de

gestão f inanceira. A democracia tem como princípio a sustentação das

relações humanas, tendo diálogo e a autoridade como base para a sua

edif icação, e tem como método a organização formal da democracia,

com os devidos procedimentos que garantem a efetivação do princípio,

nos procedimentos de gestão pública e das relações soci ais. A relação

entre as pessoas é uma relação entre iguais, dessa forma não se deve

negar o outro, senão estará negando a si próprio. Deve -se reconhecer

os direitos dos outros, pois assim os seus também serão reconhecidos.

A democracia deve, sempre, visar o viver bem coletivo.

4.5. F ILOSOFIA

O homem é por essência um ser inacabado, pois se constitui a si mesmo ao

longo de sua existência social. A sociedade desempenha um papel de mediação

entre os homens no processo de criação e transmissão da cultura, na qual consiste

a educação. Educação que deve garantir ao aluno o acesso aos saberes elaborados

socialmente, pois, estes se constituem como instrumentos para o desenvolvimento,

a socialização, o exercício da cidadania democrática e a atuação no sentido de

reformular as deformações dos conhecimentos, as imposições de crenças

dogmáticas e a petrificação de valores.

A educação deve proporcionar ao aluno formação e informações, em que a

aprendizagem de conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno

no dia-a-dia das questões sociais marcantes e em um universo cultural maior,

proporcionando o desenvolvimento de capacidades, de modo a favorecer a

compreensão e a interação nos fenômenos sociais e culturais regionais, nacionais e

universais, portanto, os conteúdos construídos devem estar em consonância com as

questões sociais que marcam cada momento histórico.

49

A educação escolar deve ser uma prática que tem a possibilidade de criar

condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e visualizem

conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e

de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez

mais amplas, condições estas fundamentais para o exercício da cidadania na

construção de uma sociedade democrática e não excludente.

A organização escolar se constitui como instrumento de mobilização do conhecimento em prol da transformação assertiva da comunidade. A fim de assegurar a qualidade e democratização da educação, a LDB 9394/96 garante a organização do ensino em seu Art.3º os seguintes princípios:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV. Respeito a l iberdade e apreço à tolerância;

V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos of iciais;

VII. Valorização do prof issional da educação escolar;

VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da

legislação dos sistemas de ensino;

IX. Garantia de padrão de qualidade;

X. Valorização da experiência extra -escolar;

XI. Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais.

Observando tais princípios, o Colégio Dom Pedro I organiza sua

prática pedagógica com a f inalidade de oportunizar acesso e

permanência a uma escola de qualidade, na qual o respeito à

diversidade é pressuposto para construção de saberes capazes de

preparar o cidadão para a defesa de um espaço soc ial justo e solidário.

Nesse contexto o colégio elege o lema ―Educando para um futuro

melhor‖ como norteador de sua proposta e construção da autonomia do

educando.

50

―Educar para um futuro melhor‖.

A intenção do Colégio Estadual Dom Pedro I consiste em

dinamizar as relações interpessoais numa perspectiva de

desenvolvimento sócio-cognit ivo, subsidiando recursos para que os

educandos, professores e comunidade em geral desenvolvam seu

potencial humano por meio de decisões tomadas em conjunto em busca

de um futuro melhor. ―É que a democracia, como qualquer sonho, não

se faz com palavras desencarnadas, mas com ref lexão e prática‖.

(Paulo Freire, p.91).

4.6. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

Observa-se na sociedade contemporânea, transformações

tecnológicas que ao mesmo tempo oportunizam progresso e exclusão.

Progresso no que se refere aos avanços no setor de pesquisa e infra

estrutura, possibil itando estratégias ef icazes no combate e prevenção a

doenças, modernização nos sistemas de comunicação, transporte e

produção. Exclusão: quando a oferta dos bens produzidos se dá em

contingentes limitados, encarecendo os custos e determinando poucos

beneficiários (geralmente a parcela da população de maior poder

aquisit ivo, reforçando-se, assim, a hegemonia do poder dada pelo

acúmulo de capital cultural, esse, mais inst itucionalizado e objet ivado

que incorporado).

Considerando-se os processos sociais desencadeados quase que

exclusivamente pelos motivos de poder e realização, percebe - se hoje,

clara divisão social: de um lado a eli te que se uti l iza do capital para

oprimir e desencadear movimentos de consumo, de outro a massa

subordinada as ideologias veiculadas por canais comunicativos ou da

elite, ou do estado (esse últ imo atrelado as relações de poder da el ite).

A escola, neste contexto, assume posição de destaque no que se

refere a formação do cidadão para enfrentamento consciente de

situações que requerem habilidades comunicativas fundamentadas em

conhecimentos específ icos. A possibi l idade de discutir fenômenos

físicos, biológicos, químicos, sociais, sob a luz de referencial científ ico

51

mediado pelo professor faz com que haja maior desenvolvimento

cognitivo e organização de senso crít ico ref lexivo.

A escola como espaço de transformação social tem por objet ivo

mobilizar conhecimento científ ico em prol da formação humana

assert iva, para a prática cidadã. Torna-se imprescindível, nesta

conjuntura, preparo efetivo dos prof issionais da educação no que se

refere tanto á instrumentalização teórica quanto técnica, a f im de

ofertar ao educando e a comunidade qualidade.

A concepção de escola segundo as DCE para a Educação do

Campo de 2010 é:

Local de apropr iação de conhec imentos c ient í f icos construídos

h istor icamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos em

re lação que se dão entre o mundo da c iência e o mundo da v ida cot id iana.

Os povos do campo querem que a escola seja o local que possibi l i te a

ampl iação dos conhec imentos; por tanto, os aspectos da real idade podem ser

pontos de par t ida do processo pedagógico, mas nunca o pondo de chegad a.

O desaf io é lançado ao professor, a quem compete def in ir os conhec imentos

locais e aqueles h istor icamente acumulados que devem ser trabalhados nos

d iferentes momentos pedagógicos. Os povos do campo estão inser idos nas

re lações soc ia is do mundo capita l is ta e e las prec isam ser desveladas na

escola.

4.7. AVALIAÇÃO

A avaliação do processo ensino aprendizagem pode ser

caracterizada como ferramenta imprescindível para a organização do

planejamento docente. É por meio da verif icação do rendimento (ou

não) do educando, há que se traçar estratégias e atitudes de avanço ou

retomada programática, conforme o Art. 24, Inciso V, da LDB 9394/96.

V – A verificação de rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa de desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do

aprendizado;

52

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para casos de baixo rendimento escolar, a serem

disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.

A avaliação processual assume assim, caráter formativo, ou seja,

de acompanhamento do desempenho docente primeiro de forma

diagnóstica e, posteriormente, mediativa. Oportunizando espaços de

reconstrução e apropriação signif icat iva de todos os educa ndos. Dessa

forma, ―ao invés de estar a serviço da nota, a avaliação passa a

contribuir com a função básica da escola, que é promover o acesso ao

conhecimento, e para o professor, transforma-se em recurso precioso‖

(Raízes e Asas, vol. 8 p. 08).

Discutir o processo avaliativo na perspectiva de ―formação‖

implica repensar também conceitos de cultura escolar e prát ica

docente. Pois, há que se desvencilhar dos paradigmas da

heteroestruturação pedagógica que direcionam para uma abordagem

restrita de organização escolar, em que as relações escolares

acontecem de modo unilateral e diret ivo fazendo, geralmente, com que

se valorizem as relações de poder na insti tuição em detrimento dos

processos interativos e dialógicos de comunicação. Na

heteroestruturação a prát ica didática tende a centrar-se na

―transmissão‖ de conteúdos programáticos atrelados à livros didáticos e

a avaliação costuma apresentar -se de forma normativa com f ins

exclusivamente classif icatórios, contribuindo para a segregação e

reforçando situações de fracasso escolar.

Repensar as prát icas avaliat ivas implica, portanto, admitir uma

dinâmica pedagógica inclusiva que util ize dos instrumentos de

avaliação para detectar falhas e reorganizar a ação escolar.

No que se refere ao Conselho de Classe, instrumen to coletivo de

avaliação, pondera-se que deva permitir avaliação conjunta da ação

pedagógica a f im de que sejam traçados objetivos comuns para

melhoria da qualidade do processo de escolarização. Segundo Dalben

(2004, p.56), ―todos são chamados a pensar, a valiar e agir

53

coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações

educativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base no

diagnóstico das dif iculdades e necessidades e do conhecimento das

possibil idades do contexto‖. Nesse sentido, a ação do Conselho de

Classe é de promoção de estratégias para que, ao curso do ano letivo,

sejam remediadas ações não ef icazes. Ele não é mero instrumento

decisório, no f inal do ano, do destino escolar do aluno.

Na verdade, toda a reflexão sobre a avaliação pode ser resumida em adequá-

la às finalidades da escola, onde não deve haver mecanismos seletivos nem

classificatórios [...] A avaliação deve servir para subsidiar a tomada de

decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir

quem será excluído do processo. (Raízes e Asas, vol. 8, p.23).

4.8. CURRÍCULO

Conforme a LDB 9394/96, Art. 26: ―Os currículos do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser

complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar,

por uma parte diversif icada, exigida pelas características regionais,

locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. As

diretrizes curriculares do Estado do Paraná organizadas colet ivamente

trazem a proposta de educação conforme especif icidades paranaenses

permitindo f lexibi l izações regionais‖.

No ensino nas zonas rurais, por exemplo, é admitida a

possibil idade de um currículo ―apropriado às reais necessidades e

interesses dos alunos‖.

O currículo pode ser caracterizado como a identi dade da

inst ituição escolar orientando sua polít ica educacional e cultural.

Assim, promovendo elaboração progressiva do capital cultural dos

educandos af im de que eles tenham vez e voz.

―as escolas são formas sociais que ampliam as capacidades humanas,

a fim de habilitar as pessoas a intervir na formação de suas próprias

54

subjetividades e a serem capazes de exercer poder com vistas a

transformar as condições ideológicas e materiais de dominação em

práticas que promovam o fortalecimento do poder social e demonstram

as possibilidades da democracia‖. (Giroux, 2005, p. 5)

Democracia essa, no que se refere a extensão da escola de

qualidade a todos os alunos, respeitando -se limitações,

particularidades e estimulando-se o potencial individual no âmbito

coletivo.

Nesta perspectiva, o currículo deve ser pensado e organizado para atender as

necessidades especiais dos estudantes sejam elas permanentes ou momentâneas.

[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem

superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de

ensino é a acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa

de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas

metodologicamente tal como se mostram num manual ou num guia do

professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados

pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano

reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo

conhecimentos, valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos

alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e

habilidade a serem dominadas como é o caso da formação profissional; o

currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os

alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma

(SACRISTAN, 2000, p. 14).

O currículo não é somente um documento impresso, uma orientação

pedagógica ou mera lista de objetivos, métodos entre outros para o desenvolvimento

dos saberes escolares, o currículo precisa sim uma análise mais ampla e crítica,

baseando se na idéia que é um documento pautado em resultados de embates

políticos que produzem um projeto pedagógico vinculado a um projeto social,

devemos então observar sempre seu caráter político.

Na relação com as ciências de referencia, é importante destacar que as

disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem, estruturam-se nos

55

mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como os mecanismos

conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que organizam a

relação do conhecimento com as orientações para a vida como prática social,

servindo inclusive para organizar o saber escolar.

Contempla-se ainda, pautado nas Diretrizes da Educação do Campo de 2010

a visão da educação, onde deve emergir conteúdos e debates, entre outros, sobre:

A diversificação de produtos relativos à agricultura e o uso de recursos

naturais;

A agroecologia e o uso das sementes crioulas;

A questão agrária e as demandas históricas por reforma agrária;

Os trabalhadores assalariados rurais e suas demandas por melhores

condições de trabalho;

A pesca ecologicamente sustentável;

O preparo do solo.

Os eixos temáticos para a educação do campo são:

Trabalho: divisão social e territorial;

Cultura e identidade;

Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolviemento

sustentável;

Organização política, movimentos sociais e cidadania.

Esses temas serão oportunizados pelos professores paralelamente com os

conteúdos curriculares.

Segundo as Diretrizes para a Educação do Campo de 2010:

Os conteúdos escolares são selecionados a partir do significado que tem

para determinada comunidade escolar. Tal seleção requer procedimentos

de investigação por parte do professor, de forma que possa determinar

quais conteúdos contribuem nos diversos momentos pedagógicos para a

ampliação dos conhecimentos dos educandos. Estratégias metodológicas

dialógicas, nas quais q indagação seja freqüente, exigem do professor muito

estudo, preparo das aulas e possibilitam relacionar os conteúdos científicos

aos do mundo da vida que os educandos trazem para a sala de aula.

56

Propões-se então que o currículo ofereça, ao estudante, a formação

necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social,

econômica e política do seu tempo.

"O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem

selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que

tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o

sistema numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas

reacomodações" (Sacristán, 2000:46)

A organização curricular acontece por disciplina sendo usa organização do

tempo escolar por série.

4.9. HORA-ATIVIDADE

A Resolução nº 305/2004-SEED, regulamenta a distribuição de

aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação

Básica e estabelece normas para atribuição da hora -at ividade.

A Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002 insti tuiu os 20% de hora -

atividade.

A hora-at ividade é o tempo reservado ao professor em exercício

de docência. Sua organização deverá favorecer o trabalho dos

professores, priorizando:

- O colet ivo de professores que atuam na mesma área do

conhecimento;

- O coletivo dos professores que atuam na (as) mesma (s) turma (s),

série (s), dos diferentes níveis e modalidades de ensino;

- A formação de grupos de professores para o planejamento e para o

desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de

problemáticas específ icas diagnosticadas no interior do

estabelecimento;

- A correção de atividades discentes, estudos e ref lexões a respeito

de atividades que envolvam a elaboração e implementação de

projetos e ações que visem a melhoria de qual idade de ensino,

propostos por professores, direção e equipe de apoio pedagógico

57

e/ou NRE/SEED, bem como o atendimento de alunos, pais e (outros

assuntos de interesse da) comunidade escolar.

A organização da hora-at ividade garante carga horária que

permite ao professor a realização de atividades pedagógicas

individuais inerentes ao exercício da docência. A organização da hora-

atividade se faz por discipl ina.

4.10. O COLÉGIO E A COMUNIDADE

Os pais e/ou responsáveis são envolvidos no processo educativo,

para que o conceito de aprendizagem e avaliação seja compreendido e

acompanhado. Para tanto, os trabalhos realizar -se-ão da seguinte

forma:

Encontros bimestrais com os pais ou responsáveis pelos alunos para

entrega de bolet ins.

Reuniões com APMF e com o Conselho Escolar sempre que se f izer

necessário.

Conversas individuais com os pais de alunos, os quais não

apresentam comportamento adequado.

Os alunos que não conseguem atingir a média mínima desejada no

bimestre são orientados e aconselhados, e os pais são chamados ao

Colégio para que possam apoiar o aluno nos estudos.

4.11. OFERTA DO ENSINO DE F ILOSOFIA

O Ensino de Filosofia é ofertado nos três anos do Ensino

Médio, sendo duas aulas semanais.

4.12. OFERTA DO ENSINO DE L ÍNGUA ESTRANGEIRA

No ano de 2010 está sendo ofertada a l íngua estrangeira

inglesa no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Também tem

CELEM em Língua Espanhola desde 2009.

Língua Estrangeira ofertada:

Na Matriz Curricular do Ensino Médio: Inglês

No CELEM: Espanhol

58

5. Proposições de Ações

5.1. AVALIAÇÃO

A avaliação dos educandos será processual, pautada em critérios

que valorize o melhor desempenho do aluno. De acordo com Luckesi

(2008), “o avaliador tem interesse em melhorar aquilo que o aluno já

adquiriu. O examinador ao contrário, classif ica tendo em v ista o

resultado”.

A LDB 9394/96, no artigo 24, inciso V, alínea a), é clara quanto à

avaliação processual, uma vez que ―a verif icação do rendimento

escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitat ivos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais. ”

Deste modo temos a intenção de buscar conhecer real mente o

que os educandos sabem, quanto sabem e quão distante ou perto estão

dos objetivos propostos por esta inst ituição, para a partir disto,

replanejar o trabalho pedagógico.

Conforme a Constituição Federal de 1988, é preciso que seja

assegurado ao aluno o que prevê o artigo 208, inciso V: ― acesso aos

níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artíst ica,

segundo a capacidade de cada um ‖. Desta forma a escola busca

atender seus educando de forma que o ensino seja sempre ascendente

qualitat ivamente, garantindo o exercício da cidadania e da

emancipação pela via do conhecimento.

Segundo a DCE da Educação do Campo de 2010 a concepção de

avaliação é:

um processo contínuo e realizado em função dos objetivos

propostos para cada momento pedagógico, seja bimestral,

semestral ou anual. Pode ser feita de diversas maneiras: trabalhos

individuais, atividades em grupo, trabalhos de campo, elaboração

de textos, criação de atividades que possam ser um ―diagnóstico‖

do processo pedagógico em desenvolvimento. Muito mais do que

uma verif icação para f ins de notas, a avaliação é u m diagnóstico

59

do processo pedagógico, doponto de vista dos conteúdos

trabalhados, dos objetivos, e da apropriação e produção de

conhecimentos. É um diagnóstico que faz emergir os aspectos que

precisam ser modif icados na prática pedagógica.

Avaliar é uma ação intencional, que requer planejamento no qual

devem se evidenciar os critérios relativos aos conteúdos que são

ensinados e que indicam a efetividade da aprendizagem pelo aluno. É

preciso, portanto que os instrumentos de avaliação contenham

elementos que:

Ofereçam desaf ios , s i tuações problema, sejam contextual izads, coerentes

com as expectat ivas de ens ino aprendizagem; poss ib i l i tem a ident i f icação de

conhec imentos do a luno e suas estratégias por e le empregadas; poss ib i l i tem

que o a luno ref l i ta, elabore h ipóteses, expresse seu pensamento, permitam

que o aluna aprenda como erro; exponham, com clareza, o que se pretende;

revelem, c laramente, o que e como pretende aval iar . (PARANÁ, SEED/DEB,

2008).

Tendo em vista que o aluno não conseguiu aprender o conteúdo o

professor precisa reavaliar sua metodologia para recuperar o conteúdo

para estes alunos, através de novas estratégias, visando assim

contemplar o ensino aprendizagem para todos os educandos através da

recuperação. A forma de registro de avaliação se faz através de notas

e a periocidade da avaliação é bimestral.

5.2. RECUPERAÇÃO

A recuperação será pautada primeiramente no que visa a

legislação vigente, nos ajustando assim conforme as orientações que

nos são fornecidas.

A recuperação será feita das provas, dos trabalhos, bem como

dos conteúdos que os alunos ainda não compreenderam, visando assim

um ensino aprendizagem de qualidade e o desenvolvimento pleno do

educando.

A recuperação será ofertada para todos os alunos, e não somente

aqueles que est iverem abaixo da média mínima de 6,0 (seis).

Está disposto na LDB 9394/96, no Estatuto da criança e do

adolescente, no Parecer nº 05/97 – CNE/CEB, no Parecer nº 12/97 –

CNE/CEB bem como na deliberação 007/99 – CEE-PR, ―o direito a

60

recuperação ao aluno com rendimento insuficiente‖. Portanto todo

aluno tem direito a assegurar atendimento adequado e necessário as

suas dif iculdades de aprendizagem. Desta forma a recuperação será

ofertada paralela e concomitante com os conteúdos durante todos os

bimestres e não somente no f inal deles.

5.3. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Pedagógico se dará de forma aberta e compartilhada,

possibilitando inúmeras reflexões e retomadas dos pontos de partida, para

reformulações e novos encaminhamentos que forem necessários, tendo em vista

que o Projeto Pedagógico é dinâmico e dá direcionamento a todas as ações

desenvolvidas dentro do Colégio D. Pedro.

Acompanhar o Projeto Político Pedagógico e avaliá-lo leva-nos à reflexão e a

transformação permanente, portanto, é tarefa de todos: da comunidade local, do

Estado, dos educadores, dos educandos, dos conselhos constituídos, da direção e

coordenação. Processo este que tem como base dados concretos sobre como a

escola precisa organizar-se para colocar-se em ação, na perspectiva do projeto

político pedagógico, superando a escola capitalista e sua formação.

O processo de acompanhamento e avaliação envolve pelo menos três

momentos: a descrição e a problematização da realidade escolar; a compreensão

crítica da realidade descrita e problematizada e a proposição de alternativas de

ação, momento de criação coletiva e para tal a gestão democrática precisa efetivar-

se no contexto escolar. Será feito permanentemente, porém com mais ênfase ao

final do ano letivo, tendo em vista a própria organização escolar e a necessidade de

repensar e replanejar, tendo em vista os limites, dificuldades e possibilidades da

escola.

O acompanhamento e avaliação do Projeto político pedagógico é anual,

entretanto todos os meses é realizado alterações e correções, bem como

atualizações sugeridas pelo NRE e pela SEED.

61

5.4. CELEM:

O CELEM está sendo ofertado no Colégio a part ir de 2009 em

Língua Espanhola com duas turmas aos alunos e pessoas da

comunidade.

A comunidade poderá usufruir dos cursos num total de 30% das

vagas sobre o número máximo de alunos por turma, desde que

comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

O curso de aprimoramento para todas as Línguas Estrangeiras

ofertadas pelo CELEM terá duração de 01 ano com carga de 160 (cento

e sessenta) horas/ aula.

A carga horária semanal dos cursos do CELEM será de quatro

horas/aula de 50 minutos, distr ibuídas em até 2 (dois) dias,

preferencialmente não consecutivos.

É obrigatório o aluno do CELEM, a freqüência mínim a de 75% do

total da carga horária do período letivo para f ins de promoção.

A Língua Espanhola, portanto, foi valorizada como Língua Estrangeira porque

representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo, às

suas tradições e à história nacional. Tal modelo deveria ser seguido pelos

estudantes. Assim, o ensino de Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos

idiomas Alemão, Japonês e Italiano, que, em função da Segunda Guerra Mundial

foram desprestigiados no Brasil.

O trabalho com a língua fundamenta-se na diversidade de gêneros textuais e

busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem como ativação

de procedimentos interpretativos,alternativos no processo de construção de

significados possíveis pelo leitor.

É importante que os alunos tenham consciência de que há várias formas de

produção e circulação de textos em nossa cultura e em outras, de que existem

diferentes práticas de linguagem no âmbito de cada cultura, e que essas práticas

são valorizadas também de formas diferentes nas distintas sociedades.

As atividades desenvolvidas em sala de aula serão abordadas a partir de

textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos mencionados, de

modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e

transformadora com relação aos discursos apresentados. Para cada texto escolhido,

62

pode-se trabalhar: gênero, aspecto cultural, variedade lingüística, análise lingüística

e atividades.

Já com a gramática a finalidade será exclusiva ao criar condições para a

comunicação. Por meio dos diálogos, textos e exercícios, procuram-se

comunicativos do idioma, assim como as expressões mais importantes de uso

regular, e não apenas desenvolver concepções teóricas acerca do idioma. Por esta

razão se deve dar atenção especial ao conteúdo comunicativo.

O estudo da língua é gradativo, por isso, passo a passo, o aluno vai

dominando os elementos necessários para falar um espanhol de qualidade.

A avaliação entendida como prática pedagógica intrínseca ao

processo de ensino aprendizagem deverá ser contínua, cumulativa e

processual, devendo ref letir o desenvolvimento global do aluno

considerando suas característ icas individuais, esta será realizada em

função dos conteúdos util izando métodos e instrumentos diversif icados,

buscando o acompanhamento pleno do desenvolvimento do aluno.

De acordo com a Deliberação Nº 07/2009, a recuperação de

estudos é direito do aluno independente do nível, dessa forma será

organizada através de atividades signif icativas por meio de

procedimentos d idáticos metodológicos diversif icados .

O trabalho realizado através do CELEM tem contribuído de

maneira signif icativa na realidade educacional do Colégio,

oportunizando melhorias na perspectiva prof issional, conhecimento das

línguas e preservação da cultu ra das etnias formadoras de seu povo.

5.5. Sala de Apoio:

O Colégio conta atualmente com duas Salas de Apoio, uma de

Matemática e uma de Português. Estas salas atendem alunos de 5ª

série com dif iculdades de aprendizagem. Estas turmas funcionam em

horário contrário ao que o aluno estuda.

A Sala de Apoio tem como um dos amparos legais a INSTRUÇÃO

N.° 010/08-SUED/SEED que estabelece critérios para solicitação de professor de

Apoio em Sala de Recursos.

63

As salas de apoio apresentam-se como uma possibi l idade de

ampliação do tempo de aprendizagem, destinada aos alunos que

necessitam de atendimento pedagógico específ ico. Dessa forma é

importante que o professor que trabalhe com a turma util ize um a

metodologia diferenciada, dinâmica e propiciadora do desenvolvimento

dos sujeitos envolvidos no processo ensino aprendizagem.

Atualmente o colégio ofertas duas salas de apoio à

aprendizagem, sendo uma de Língua Portuguesa e uma de Matemática,

que funcionam no período da manhã, ou seja , no contraturno do

período em que os alunos da 5ª série estão matriculados.

De acordo com a Instrução 022/2008 SUED/SEED, as salas são

organizadas em grupos de no máximo 15 alunos, e destina -se a alunos

de 5ª série com defasagem de aprendizagem em conteúdos referentes

aos Anos Iniciais do ensino fundamental.

O professor organiza seu Plano de Trabalho Docente em

consonância com as f ichas de encaminhamento enviadas pelo

professor regente, respeitando a Proposta Pedagógica deste Projeto

Polít ico Pedagógico, bem como elabora materiais didático p edagógicos

considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos atendidos.

5.6. Sala de Recursos:

O Colégio possui uma Sala de Recursos que atende os alunos regularmente

matriculados, que freqüentam o Ensino Fundamental nas séries finais e apresentam

dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo,

decorrentes de Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais

Específicos, com diagnóstico médico. Esta turma funciona em horário

contrário ao que o aluno estuda.

A Sala de Recursos para o Ensino Fundamental - de

5ª a 8ª séries, na área da Deficiência Mental e Distúrbios da

Aprendizagem funciona de acordo com a Instrução nº 05/04 do

Departamento de Educação Especial que considera os preceitos leg ais

que regem a Educação Especial:

- a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96;

64

- as Diretr izes Nacionais para a Educação Especial na Educação

Básica – Parecer nº 17/01 – CNE;

- a resolução 02/01 – CNE;

- a Deliberação 02/03 – CEE – PR.

a) Definição:

Sala de Recursos é um serviço especial izado de natureza

pedagógica que apóia e complementa o atendimento educacional

real izado em Classes Comuns do Ensino Fundamental de 5ª a

8ª séries.

b) Alunado

Alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental

de 5ª a 8ª séries, egressos da Educação Especial ou aqueles que

apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico

signif icat ivo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que

necessitam de apoio especial izado complementar para obter sucesso

no processo de aprendizagem na Classe Comum.

c) Ingresso

O aluno deverá estar matriculado e freqüentando o Ensino

Fundamental de 5ª a 8ª séries.

A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no

contexto do Ensino Regular, pelo professor da Classe Comum,

professor especializado e equipe técnico -pedagógica da Escola,

com assessoramento de uma equipe multiprof issional (externa) e

equipe do NRE e/ou SME, quando necessário.

A avaliação pedagógica de ingresso realizada no contexto

do Ensino Regular deverá enfocar conteúdos de Língua Portuguesa e

Matemática das séries iniciais, além das áreas do desenvolvimento.

A avaliação pedagógica no contexto escolar deverá estar

registrada em relatório, com indicação dos procedimentos de

intervenção e encaminhamento(s).

Quando o aluno da Sala de Recursos freqüentar a Classe

Comum em outro estabelecimento deverá apresentar relatório de

avaliação pedagógica no contexto, declaração de matrícula e

encaminhamento.

65

O aluno egresso da Classe Especial e Sala de Recursos de 1ª

a 4ª séries deverá apresenta r o últ imo relatório semestral da avaliação

do professor especial izado.

d) Organização:

Na Sala de Recursos, para 20 horas semanais, o número máximo

é de 15 (quinze) alunos, com atendimento por intermédio de

cronograma.

O horário de atendimento deverá ser em período contrário ao que

o aluno está matriculado e freqüentando a Classe Comum.

O aluno da Sala de Recursos deverá ser atendido

individualmente ou em grupos de até 10 (dez) alunos, com atendimento

por meio de cronograma preestabelecido.

Os grupos de alunos em atendimento serão organizados

preferencialmente por faixa etária e/ou conforme as necessidades

pedagógicas semelhantes dos mesmos.

O cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo

professor da Sala de Recursos junto com a equipe técnico -pedagógica

da Escola, e, sempre que possível ou se f izer necessário, com os

professores da Classe Comum, em consonância com os

procedimentos de intervenção pedagógica que constam no relatório

da avaliação no contexto escolar.

No cronograma deverá ser garantido um período para o encontro

entre o professor da Sala de Recursos, os professores da Classe

Comum e a equipe técnico-pedagógica da Escola em que o aluno

freqüenta a Classe Comum.

O aluno deverá receber atendimentos de acordo com as

suas necessidades, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por

semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias.

O professor da Sala de Recursos deverá prever:

a) controle de freqüência dos alunos por intermédio de formulário

elaborado pela própria Escola;

b) contato periódico com a equipe técnico -pedagógica da Escola,

e, sempre que possível ou se f izer necessário, com os professores

66

da Classe Comum para o acompanhamento do desenvolvimento do

aluno;

c) participação no Conselho de Classe.

A pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para

a Classe Comum, deverá conter os relatórios de avaliação pedagógica

no contexto escolar e de acompanhamento semestral elaborados pelo

professor da Sala de Recursos, equipe técnico -pedagógica da

Escola e, sempre que possível ou se f izer necessário, com apoio dos

professores da Classe Comum, após o Conselho de Classe.

Quando o aluno freqüentar a Sala de Recursos em

outra escola deverá ser mantida na pasta individual da Classe

Comum a documentação acima citada, vistada pela equipe técnic o-

pedagógica de ambas as escolas.

No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno

freqüentou Sala de Recursos.

Caberá à Secretaria da Escola que mantiver a Sala de

Recursos a responsabil idade de organizar e manter a do cumentação do

aluno atualizada.

e) Recursos Humanos

Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. nº

02/03 – CEE, art. nº 33 e 34, deverá ter:

a) especial ização em cursos de Pós-Graduação na área

específ ica ou;

b) Licenciatura Plena com habil i tação em Educação Especial ou;

c) habil itação específ ica em Nível Médio, na extinta

modalidade de Estudos Adicionais e atualmente na modalidade

Normal.

Equipe técnico-pedagógica habilitada ou especializada

(Deliberação 02/03 – CEE, art. 11, inciso II) e/ou em formação

prof issional continuada por meio da oferta de cursos que contemplem

conteúdos referentes à área de Educação Especial.

Para atuar em Sala de Recursos recomenda-se que o professor

tenha experiência de no mínimo 2 (dois) anos nas séries iniciais do

Ensino Fundamental.

67

f) Recursos Materiais

Espaço Físico: tamanho adequado, localização, salubridade,

i luminação e ventilação de acordo com os padrões da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT 9050/1994).

Materiais pedagógicos: a escola, por intermédio de sua

mantenedora, preverá e proverá para a Sala de Recursos materiais

pedagógicos específ icos, adequados às peculiaridades dos alunos,

para permit ir- lhes o acesso ao currículo.

g) Aspectos Pedagógicos

O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deverá part ir

dos interesses, necessidades e dif iculdades de aprendizagem

específ icas de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e

contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na Classe Comum.

A programação a ser elaborada deverá observar as áreas do

desenvolvimento (cognitiva, motora, socioafetiva-emocional) de forma

a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de

aprendizagem, para atingir o currículo da Classe Comum.

Os conteúdos pedagógicos defasados, das séries iniciais,

deverão ser trabalhados com metodologias e estratégias diferenciadas.

O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser

confundido com reforço escolar (repetição de conteúdo da prática

educativa da sala de aula).

O professor da Sala de Recursos deverá apoiar e orientar o

professor da Classe Comum, quanto às adaptações curriculares,

avaliação e metodologias que poderão ser uti l izadas na sala de aula,

em atendimento aos alunos com necessidades educacionais

especiais.

h) Acompanhamento

O acompanhamento pedagógico do aluno deverá ser

registrado em relatório semestral elaborado pelo professor da Sala

de Recursos juntamente com a equipe técnico -pedagógica, e,

sempre que possível ou se f izer necessário , com o apoio dos

professores da Classe Comum.

68

O relatório pedagógico semestral terá formulário próprio,

expedido pela SEED, sendo registrados qualitat ivamente os avanços

acadêmicos, podendo ser complementado com dados que se f izerem

necessários.

Cópia do relatório semestral deverá ser arquivada na pasta

individual do aluno. Semestralmente deverá ocorrer acompanhamento

da prática docente e reavaliação periódica dos processos de

intervenção educativa, proposto para cada aluno, pela equipe técnico-

pedagógica da Escola e NREs ou SMEs, com a f inalidade de realizar

ajustes ou modif icações no processo de ensino e de aprendizagem.

O aluno freqüentará a Sala de Recursos o tempo

necessário para superar as dif iculdades e obter êxito no processo

de aprendizagem na Classe Comum.

Quando o aluno não necessitar do Serviço de Apoio

Especializado – Sala de Recursos, o desligamento deverá ser

formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado pelo

professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe

técnico - pedagógica, e, sempre que possível ou se f izer necessário,

com o apoio dos professores da Classe Comum, o qual deverá ser

arquivado na pasta individual do aluno.

i) Transferência

Na documentação de transferência do aluno para outra escola,

além dos documentos da Classe Comum, deverão ser acrescentadas

cópia do relatório da avaliação pedagógica no contexto escolar e cópia

do últ imo relatório de acompanhamento semestral.

Em nossa escola atualmente encontra -se um aluno com

Deficiência na área Intelectual e os demais possuem Transtornos

Funcionais Específ icos apresentando paralelo as necessidades

especiais, dif iculdades de aprendizagem.

5.7. Estágio Obrigatório e não obrigatório

Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido

no ambiente de trabalho, cujas at ividades devem estar adequadas às

exigências pedagógicas relat ivas ao desenvolvimento cognitivo,

69

pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto

produtivo.

Poderão ser estagiários os estudantes que frequentam o ensino

nas inst ituições de Educação Profissional, de Ensino Médio, inclusive

na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, de Educação

Especial, e dos anos f inais do Ensino Fundamental, exclusivamente na

modalidade Profissional da Educação de Jovens e Adultos.

Quando se tratar de estágio não-obrigatório é exigida a idade

mínima de 16 anos.

As at ividades de estágio, previstas e desenvolvidas nos cursos

supracitados, serão consideradas como parte do currículo, devendo ser

assumidas pela instituição de ensino como ato educativo, previstas no

Projeto Polít ico-Pedagógico, na Proposta Curricular do Curso/Plano de

Curso e no Regimento Escolar.

As instituições de ensino da rede estadual, obrigatoriamente,

deverão prever o estágio não-obrigatório.

O desenvolvimento do estágio obrigatório e não -obrigatório

deverá estar descrito no Plano de Estágio de cada curso.

O estágio poderá ser:

a) Prof issional obrigatório, quando previsto na legislação

vigente, nas Diretrizes Nacionais, devendo objetivar o atendimento

de exigências para o curso, decorrentes da própria natureza dos

eixos tecnológicos dos Cursos da Educação Profissional Técnica de

Nível Médio, planejado, executado e avaliado de acordo com o perf i l

prof issional exigido para conclusão do curso.

b) Prof issional não-obrigatório, assumido pela inst ituição de

ensino a part ir da demanda dos alunos, desenvolvido como atividade

opcional para o aluno, acrescida à carga -horária regular e obrigatória.

O estágio e a carga-horária realizados deverão ser registrados

no Histór ico Escolar do aluno ou no Relatório de Acompanhamento,

quando se tratar de estudante da Educação Especial.

O estágio não-obrigatório não interfere na aprovação/reprovação

do aluno e não é computado como componente curricular.

70

O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza,

sendo observado o que segue:

a) matrícula e frequência regular do estudante em curso de

Educação Profissional, de Ensino Médio, inclusive na modalidade de

Educação de Jovens e Adultos, da Educação Especial e nos anos f inais

do Ensino Fundamental, na modalidade Profissional da Educação de

Jovens e Adultos, atestados pela inst i tuição de ensino;

b) celebração do Termo de Compromisso, indicando as condições

de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, entre a

inst ituição de ensino, a parte concedente é:

o estudante, se maior de 18 anos;

o assistente legal do estudante, se este tiver idade superior

a 16 e inferior a 18 anos;

o representante legal do estudante, em caso de idade

inferior a 16 anos para os cursos integrados de estágio

obrigatório;

no caso de aluno da Educação Especial, que

apresentar deficiência Intelectual/mental, mesmo que sua

idade seja igual ou superior a 18 anos, este deverá

apresentar autorização dos pais ou responsável;

para os efeitos dos itens I, II, e III será considerada a idade

que o aluno tiver na data da assinatura do Termo de

Compromisso.

c) compatibi l idade entre as atividades desenvolvidas no estágio e

as previstas no Termo de Compromisso;

d) estágio desenvolvido com a mediação de professor

orientador, especif icamente designado para essa função e por

supervisor da parte concedente;

e) o descumprimento de qualquer um dos itens acima, ou de

qualquer obrigação contida no Termo de Compromisso, caracteriza

vínculo de emprego do educando com a parte concedente de estágio

para todos os f ins da legislação trabalhista e previdenciária.

71

O estágio obrigatório ou não-obrigatório, concebido como

procedimento didático pedagógico e como ato educativo intencional,

é atividade pedagógica de competência da inst ituição de ensino e

será planejado, executado e avaliado em conformidade com os

objetivos propostos para a formação prof issional dos estudantes, com

os previstos no Projeto Polít ico -Pedagógico e descritos no Plano de

Estágio.

A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento

do estágio, observados:

a) Termo de Convênio para estágio com o ente público ou

privado e concedente de estágio;

b) Termo de Compromisso f irmado com o educando ou com seu

representante ou assistente legal e com a parte concedente,

indicando as condições adequadas do estágio à proposta

pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do

estudante e ao horário e calendário escolar;

c) Plano de Estágio que deverá ser submetido à análise do NRE,

juntamente com o Projeto Polít ico -Pedagógico - ou em separado -

no caso de estágio não-obrigatório implantado posteriormente,

visando assegurar a importância da relação teoria -prát ica no

desenvolvimento curricular, deve ser incorporado ao Termo de

Compromisso e adequado à medida da avaliação de desempenho do

aluno, por meio de aditivos.

O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor

orientador especif icamente designado para essa função, o qual será

responsável pelo acompanhamento e avaliação das at ividades.

O professor orientador, no caso de estágio não-obrigatório,

deverá aferir mediante relatório, as condições para a realização

do estágio f irmadas no Plano de Estágio e no Termo de

Convênio.

São atribuições das instituições de ensino:

a) indicar professor orientador como responsável pelo

acompanhamento e avaliação das at ividades do estágio;

b) na rede estadual:

72

Coordenador de estágio para os estágios obrigatórios;

Coordenador de curso para os estágios não-obrigatórios,

quando o estudante estiver matriculado em Educação

Profissional Técnica de Nível Médio;

Professor pedagogo, quando o estudante estiver

matriculado no Ensino Médio, inclusive na

modalidade de Educação de Jovens e Adultos,

na Educação Especial e nos anos f inais do Ensino

Fundamental, na modalidade Profissional da Educação de

Jovens e Adultos.

Compete ao professor orientador:

a) solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo

de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos inerentes às

atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário, levando em conta:

local de estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento

de trabalho e sua util ização; os processos de trabalho; as operações

e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o

desenvolvimento das atividades de estágio;

b) exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das

atividades, em prazo não superior a 6 (seis) meses, no qual deverá

constar todas as atividades desenvolvidas nesse período.

Auxil iar o educando com deficiência, quando necessário, na

elaboração de relatório das atividades.

c) elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação

dos estágios de seus estudantes;

d) esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e

o Calendário Escolar;

e) planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação

e o cronograma de atividades a serem realizados pelo estagiário;

f) proceder avaliações que indiquem se as condições para a

realização do estágio estão de acordo com as f irmadas no Plano de

Estágio e no Termo de Compromisso, mediante relatório;

g) zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

73

h) observar se o número de horas estabelecidas para o estágio

não-obrigatório compromete o rendimento escolar do estudante e,

neste caso, propor uma revisão do Termo de Compromisso.

5.8. Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos com atuação restrita a cada classe

do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino

aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada

caso.

O Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar os dados da

aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor na direção do processo

ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular; acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e

atribuir-lhes valor; analisar os resultados da aprendizagem na relação com o

desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento

metodológico; utilizar procedimentos que assegurem a comparação com

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a

comparação dos alunos entre si.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe Pedagógica e

por todos os professores que atuam numa mesma classe.

A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em sua falta

ou impedimento será substituído pela Equipe Pedagógica.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre,

em datas previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um

fato relevante assim o exigir.

A convocação para as reuniões será feita através de edital, com antecedência

de 48 horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros

convocados.

5.8.1. Algumas atribuições do Conselho de Classe:

Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino aprendizagem,

respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica; analisar

as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e

74

processo de avaliação que interferem no rendimento escolar do aluno; propor

medidas para melhoria do aproveitamento escolar, integração e relacionamento dos

alunos na classe;

Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com

o plano curricular do estabelecimento de ensino; colaborar com a equipe

Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos

transferidos, quando se fizer necessário.

5.8.2. O Conselho de Classe e suas três dimensões:

Pré-conselho de Classe: este procedimento se configura como

oportunidade de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à

análise do colegiado, permitem a retomada e redirecionamento do processo

de ensino aprendizagem, com vistas à superação dos problemas levantados e

que não são privativos deste ou daquele aluno ou desta ou daquela

disciplina. É um espaço de diagnóstico do processo de ensino e aprendizagem,

mediado pela equipe pedagógica, junto com os alunos e professore s,

ainda que em momentos diferentes, conforme os avanços e limites da cultura

escolar. Não se constituem em ações privativas, implicam em decisões tomadas

pelo grupo/coletivo escolar. O pré-conselho é realizado bimestralmente, uma

semana antes do dia marcado para o Conselho de Classe. Este é realizado pela

Equipe Pedagógica em todas as turmas, individualmente, nos três turnos.

Conselho de Classe: quando os professores se reúnem em Conselho são

discutidos os diagnósticos e proposições levantados no pré- conselho,

estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e atuais, entre

níveis de aprendizagem diferentes nas turmas e não entre alunos. Esta comparação

de resultados é realizada através de gráficos de rendimento que são expostos para

análise através do projetor multimídia.

A tomada de decisão envolve a compreensão de quais metodologias devem

ser revistas e que ações devem ser empreendidas para estabelecer um novo olhar

sobre a forma de avaliar, a partir de estratégias que levem em conta as

necessidades dos alunos.

A forma como as reuniões são previstas no calendário levam em conta este

modelo de Conselho do qual falamos e não aquele que simplesmente legitima o

75

fracasso a partir da sua constatação.

O Conselho de Classe é realizado bimestralmente nas datas previamente

estabelecidas em calendário escolar o qual é aprovado pelo Conselho Escolar.

Pós-conselho de classe: traduz-se nos encaminhamentos e ações previstas

no Conselho de classe propriamente dito, que podem implicar em: retorno aos

alunos sobre sua situação escolar e as questões que a fundamentaram; retomada

do plano de trabalho docente no que se refere à organização curricular,

encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação; retorno

aos pais/responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o acompanhamento

necessário, entre outras ações. Todos estes encaminhamentos devem ser

registrados em ata.

A devolutiva é realizada em sala de aula pela equipe pedagógica com uma

conversa geral com a turma.

A equipe pedagógica orienta individualmente os alunos que apresentam baixo

rendimento ou que apresentam dificuldades de aprendizagem ou algum problema de

indisciplina.

Caso seja solicitado pelos professores em conselho de classe é realizado e

organizado o ―espelho de classe‖, cujo objetivo é otimizar a distribuição dos alunos

na sala de aula, ou seja, separar grupinhos que atrapalham o andamento das aulas.

O/a Professor/a Conselheiro/a orienta e aconselha a turma no sentido

de superação das dificuldades apontadas.

A Equipe Pedagógica agenda reuniões com os pais para entrega

de boletins e organiza os/as professores/as para atendimento aos pais

dos alunos que apresentam baixo rendimento.

Os pais dos alunos com baixo rendimento, problemas de faltas e indisciplina

que não comparecem na reunião são convidados a comparecerem no Colégio, em

outra data, para conversar com a Equipe Pedagógica, no sentido de acompanhar o

desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Os pais também podem agendar

conversas com os professores na hora-atividade.

Os alunos que já são maiores de idade e os pais não puderem comparecer

podem conversar diretamente com os professores e com a Equipe Pedagógica.

76

5.9. Problemas mais graves e linhas de ação

Baseado no diagnóstico da escola, a escola tem como objetivo tentar

solucionar cada problemo identificado, para isso será desenvolvido um plano de

ação pela direção da escola para 2012, que será postado ainda este ano, ou seja o

mesmo está em processo de construção. Entretando podemos nos adiantar citando

brevemente alguns passos que queremos seguir nos próximos semestres:

referente ao transporte escolar a Colégio tem como objetivo solicitar

junto aos órgãos competentes que sejam sempre pontuais e assíduos,

favorecendo assim o acesso dos alunos na escola;

Para minimizar o problema de indisciplina e a idade inadequada dos

alunos, a escola está oferecendo o projeto de reclassificação;

Para os professores foi realizado com cronograma onde as pedagogas

estão se revezando para dar atendimento ao professor em sua hora-

atividade, auxiliando os em suas necessidades e ou dificuldades;

A escola estará se organizando para realizar a construção do murro e a

reforma da quadra de esportes;

E para sanar o problema de iluminação pública será enviado mais um

oficio aos órgãos competentes;

Outras ações são elaboradas de acordo com as necessidades do

momento.

5.10. Formação Continuada

O colégio manterá a forma de formação continuada citada no diagnóstico:

formações oferecidas pela SEED, formação da semana pedagógica, orientação nas

horas atividades e disponibilização de textos, livros e artigos informativos.

A articulação do estabelecimento com a comunidade e a atuação da Equipe

Multidisciplinar, entre outras situações previstas na legislação educacional, se fará

nas reuniões de pais, nos eventos da escola, nas reuniões de PDE, nas reuniões de

Conselho, bem como no dia a dia escolar, através de diálogos com os alunos, entre

outros.

A proposta de reorganização de tempo e espaço, assim como das condições

estruturais necessários à efetivação da Proposta Pedagógica Curricular da etapa de

77

ensino do Ensino Fundamental está de acordo com as necessidades da faixa etária

desses alunos. A escola no ano de 2011 adiquiriu duas bibliotecas para esta faixa

etária (Ruth Rocha, Machado de Assis, Mauricio de Souza, Ziraldo, entre outros), e

na medida do possível de acordo com a verba da escola, estaremos reformando a

quadra de esporte e nos organizando na compra de jogos e materiais pedagógicos

para auxiliar a prática do professor (blocos lógicos, mapas, jogos visuais,

psicomotores e materiais para o laboratório de ciências).

Para adapatação dos alunos dos anos inciais para os anos finais do ensino

fundamental de 09 anos a escola disponibiliza atendimento para os professores

juntamente com a equipe pedagógica para auxiliá-los em praticas educativas lúdicas

que despertem no aluno o interesse pelos estudos bem como a permanencia dos

mesmo na escola. O Colégio ainda oferece em contraturno o laboratório de

informática e a biblioteca onde os educandos podem pesquisar, tirar dúvidas e

aprimorar seus estudos.

6. Regime de funcionamento:

O Colégio Estadual Dom Pedro I oferece Ensino

Fundamental de 5ª a 8ª Série nos períodos matutino, vesper t ino e

noturno. A organização curricular acontece por disciplina sendo usa organização

do tempo escolar por série.

6.1. CALENDÁRIO ESCOLAR

O Colégio escolhe um dos calendários escolares propostos pela

Secretaria de Educação do Paraná (anexo ), seguindo o mesmo no que

diz respeito ao início e f im do ano letivo, às férias escolares e feriados.

Ao f inal de cada bimestre são realizados os Pré -Conselhos de Classe,

Conselhos de Classe e Pós-Conselhos de Classe.

6.2. MATRIZ CURRICULAR DO ANO DE 2011

6.2.1. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

78

Disciplinas Séries

5ª 6ª 7ª 8ª

Base Nacional

Comum

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 4 3

Educação Física 3 3 3 3

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 3 3 3 3

História 3 3 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

Sub-total 23 23 23 23

Parte Diversificada Língua Estrangeira

(Inglês) 2 2 2 2

Sub-total 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25

* As aulas de Ensino Religioso: pré-aula, sendo de oferta obrigatória e matrícula

facultativa.

6.2.2. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Disciplinas Séries

1ª 2ª 3ª

Base Nacional

Comum

Arte 2 0 0

Biologia 3 3 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 3

Língua Portuguesa 3 3 3

Matemática 3 3 3

79

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

Sub-total 25 23 23

Parte Diversificada Língua Estrangeira

(Inglês) 0 2 2

Sub-total 0 2 2

Total Geral 25 25 25

80

7. REFERÊNCIAS

ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro.

LTC,1978.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional . Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. MEC/CNE. Parecer nº 05/1997. Brasília: CNE, 1997. BRASIL. MEC/CNE. Parecer nº 12/1997. Brasília: CNE, 1997. Estatuto da Criança e do Adolescente/ Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Ministério da Educação, Assessoria de Comunidade Social. - Brasília: MEC, ACS, 2005.

FRABBONI, Franco. A Escola Infantil entre a cultura da Infância e a ciência

pedagógica e didática. In: ZABALZA, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil.

Porto Alegre. Artmed, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa . São Paulo: Paz e Terra, 2001 GADOTTI, M. Histórias das ideias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2004.

KRAMER, Sônia. A Política do pré-escolar no Brasil: A arte do disfarce. 7ª edição.

São Paulo: Cortez, 2003.

LOUREIRO, Stefânie Arca Garrido. Alfabetização: uma perspectiva humanista e

progressista. Belo Horizonte. Autêntica, 2005.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: Cortez, 2008.

OLIVEIRA, Zilma Rams de Oliveira. Educação Infantil: fundamentos e métodos.

São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná . Curit iba: SEED, 1990.

81

PARANÁ, CEE. Deliberação nº 007/1999. Curit iba: CEE, 1999. PARANÁ. SEED/SUED/DPPE/CGE. Concepção e organização da avaliação no contexto da concepção de educação: instrumentos, critérios e relações existentes no processo de ensino e aprendizage m. Curit iba: SEED, 2008. PARO, Vitor Henrique. Qualidade do Ensino: A contribuição dos Pais. São Paulo: Xamã, 2000.

Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e

do Desporto, Secretária de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.

Vol.1.

SAVIANI, D. Escola e Democracia . São Paulo: Cortez, 1991.

SACRISTÁN, J. Gimeno e Gómez, A. I. Perez. O currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática? Compreeender e Transformar o Ensino. Porto Alegre, Armed, 2000:119-148.

Textos:

Alfabetização e Letramento: Caminhos e Descaminhos - Magda Soares

Práticas de Letramento na Educação Infantil: O Trabalho Pedagógico no

Contexto da Cultura Letrada - Cecília Goulart

Endereços eletrônicos:

http://www.redem.org/boletin/boletin150208b.html

http://artigos.psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-

humano/concepcoes-de-adolesc%C3%AAncia-em-jean-piaget

http://www.webartigos.com/articles/21322/1/CONCEPCAO-DE-INFANCIA-E-

EDUCACAO-INFANTIL-A-construcao-de-um-novo-perfil-para-o-professor-de-

educacao-infantil/pagina1.html#ixzz1YV2CVmym

82

PROPOSTA

PEDAGÓGICA

CURRICULAR

83

8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

8.1. Artes

A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,

ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos,

artísticos e culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares

de pensamento, apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas,

concretizada através da percepção, da análise, da criação/produção e

contextualização histórica.

A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade

criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e

enriquece a realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa

a realidade, expressa visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos,

ideológicos e sócio-culturais.

No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de

uma dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte

com a linguagem.

No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase a associação da arte com

o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.

2. Conteúdos Estruturantes de Artes para o Ensino Fundamental e

Ensino Médio:

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA DE MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Ritmo

Melodia

Pré - história

Africana

84

Timbre

Intensidade Densidade

Gêneros: Folclórico Indígena

Popular e Étnico

Técnicas: vocal e instrumental

Indígena

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Textura

Forma Superfície Volume

Cor

Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria

Técnicas: pintura, escultura

Gêneros: Cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia

Arte Africana

Arte Pré-Histórica

Indígena

ARTE ORIENTAL

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Enredo, Roteiro.

Espaço Cênico, adereço

Técnicas: Jogos teatrais Direto e Indireto, Improvisão, Manipulação, Máscara

Pré-história

Africano

85

Espaço

Gênero: Rituais

Indígena

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos Articulares

Fluxo Livre e Interrompido

Rápido e Lento

Formação

Níveis: Alto, Médio e Baixo

Deslocamentos: Direto e Indireto

Dimensões: Pequeno e Grande

Técnica de Improvisão

Gênero Curricular

Pré-história

Africano

Indígena

6ª SÉRIE/7º ANO / ÁREA MÚSICA

86

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Instensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escrita Musical

Gênero: Popular Étnico, Folclórico

Técnicas: Vocal e Instrumental.

Improvisação

Música Popular

Étnica

Greco Romana

Brasileira

Paranaense

6ª SÉRIE/7º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Proporção

Tridimensional

Figura a fundo

Abstrata

Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura , Modelagem e Gravura...

Arte popular

Brasileira e Paranaense

Barroco

Greco Romana

RENASCIMENTO

87

Cor

Luz

Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia...

COMÉDIA DELL ARTE

6ª SÉRIE/7º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagens:

Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais.

Ação

Espaço

Representação

Leitura dramática

Cenografia

Técnicas: Jogos teatrais, mímicas, improvisação, formas animadas...

Gêneros: Rua, Arena, Caracterização: Comédia e Tragédia

Teatro popular

Brasileiro Paranaense

Teatro Africano

6ª SÉRIE/7º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Popular

Ètnica

Brasileira

Paranaense

88

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado.

Níveis: Alto, médio e baixo.

Formação: direção

Gênero: folclórico, popular e étnico

Greco-romana

Barroco

7ª SÉRIE/8º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal tempo e espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Genero: indústria cultural espetáculo

Hip Hop

Musicais

89

7ª SÉRIE/8º ANO / MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade Densidade

Ritmo

Melodia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Rap

Rock

Tecno (Ocidental e Oriental

7ª SÉRIE/8º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha

Textura

Forma Superfície Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, audiovisual e mista

Indústria cultural

Arte contemporânea

ARTE MODERNA

7ª SÉRIE/8º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

90

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, adaptação cênica

Realismo

Expressionismo

8ª SÉRIE/9º ANO / MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e etnico.

Música popular: brasileira, paranaense e popular

Música Contemporânea

Música Latino-americana

8ª SÉRIE/9º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha

Textura

Bidimensional

Tridimensional

Arte do século XX

Vanguardas

91

Forma Superfície Volume

Cor

Luz

Figura fundo

Ritmo visual

Técnica: pintura, grafitte, performance, fotografia

Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano

Propaganda

Muralismo

Arte latino americana

Hip Hop

8ª SÉRIE/9º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum, ...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro engajado

Teatro do absrudo

Vanguardas

Cinema Novo

8ª SÉRIE/9º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

92

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimemto corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: performance e moderna

Vanguardas

Indústria Cultural

Dança Moderna

Dança Contemporânea

ENSINO MÉDIO/ MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Ritmo

Melodia

Escala

Gênero: erudito, clássico, popular, pop, ...

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Música Popular

93

Densidade

Técnicas: eletrônica, informática e mista, improvisação

ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Deformação

Estilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, escultura e arquitetura...

Gêneros: Cenas do cotidiano

Arte ocidental

Arte oriental

Arte africana

Arte brasileira

Arte paranaense

Arte popular

Indústria cultural

Arte contemporânea

94

ENSINO MÉDIO/ TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-fórum

Encenação e leitura dramática

Gêneros: tragédia, comédia, drama e épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Indústria Cultural

Teatro Greco Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

ENSINO MÉDIO/ DANÇA

95

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Kinisfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e queda

Giro

Rolamento

Movimentos articulares

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

Pré-História

Greco Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Dança Brasileira

Dança Paranaense

Dança Africana

Dança Indígena

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança Conteporânea

96

3. – Objetivos gerais

Compreensão e fruição de conhecimentos estéticos expressivos e conceituais

em/nas diversas linguagens da arte;

Desenvolver o conhecimento técnico do(a) aluno(a) quando nos referimos a

arte e o mercado de consumo.

Desenvolver o conhecimento do(a) aluno(a) em arte popular e erudita;

Verificar o trabalho dos educandos acerca das produções da industria

cultural;

Enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea, levando em

contaos parametros:História Cultura Afro-Brasileira (Lei nº 10.639/03) ;Cultura

Indígena (Lei nº 11.645/08); Programas Socioeducacionais (Meio Ambiente

Lei nº 9.795/99); Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso

indevido de Drogas, Educação Fiscal; Educação Sexual, incluindo Gênero e

Diversidade Sexual .

Estudar as possibilidades tecnológicas atuais para a produção artística em

sala de aula.

Possibilitar a percepção e a apropriação de trabalhos e conceitos artísticos;

Apreciação e fruição;

Prática criativa em/nas diversas linguagens da arte;

Percepção de si mesmo(a) e do outro(a).

Metodologia

A pratica pedagógica em Artes contemplará as Artes visuais, a dança, a

música e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e

a sociedade.

Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração

o valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno

possa conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar

do patrimônio artístico cultural presente na comunidade e região.

97

Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção

artística, seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos.

Formas interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte,

exercitando seus modos de expressão e comunicação.

Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e

contextualizado, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis

relações entre seus elementos constitutivos.

Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através

de atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais

utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos de

interação com o mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades

expressivas, possibilitando que sistematizem suas produções com os demais

conhecimentos.

Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam ao

aluno compreender os processos de criação e execução de produções de trabalhos

artísticos, nas áreas em que for possível pelas condições de formação do professor

e materiais da escola, fazendo uso de materiais alternativos e recicláveis. Utilizando

seminários, pesquisas, produção de textos, apresentações, trabalhos em grupo e

individual.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

98

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

Avaliação

A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada

pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos.

Isso implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a

cada momento.

Será valorizada a produção artística, respeitando-se as diversidades (étnicas,

culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc) de cada aluno, pois é

necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação com as

atividades desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a superá-los,

observando os trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas,

impressos, desenhos e outros).

O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação

e criar formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre arte,

reconhecendo a ação do homem em sociedade através de produções artísticas.

No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal

de todos os alunos é fator fundamental para a aprendizagem em arte, área em que a

marca pessoal é fonte de criação e de desenvolvimento.

A recuperação será paralela aos conteúdos, bem como aos trabalhos

aplicados no decorrer do bimestre, visando recuperar não apenas a nota, mas

também construir avanços com relação ao aprendizado anterior. Tal qual, a

99

recuperação e avaliação servirão como instrumento para resgatar valores perdidos e

também reorientar a pratica docente.

Referência

DUARTE JUNIOR, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação do sensível. PR:Criar Edições. 2003

MICHELI, Mario de. As vanguardas artísticas. SP:Martins Fontes, 1991

PROENÇA, Graça. Descobrindo a historia da arte. SP: Atica, 2005

BOAL, Augusto. 200 exercicios e jogos para o ator e não-ator com vontade de dizer algo através do teatro.RJ: Civilização Brasileira S.A. 1991.

HERNANDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 2000.

ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual: Uma psicologia da visão criadora. Trad. Ivone Terezinha de Faria. 6.ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1991.

ARMAND, Mattelart, Neveu, Érik. Introdução aos estudos culturais.São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

AZEVEDO, Sônia Machado de. O papel do corpo no corpo do ator. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. 8.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte.SP: Ática,1991

BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Martins, 2009.

BRASIL.Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, p. , 23 dez. 1996;

BRASIL.DCNEM- Diretrizes curriculares Nacional Ensino Médio. SEB- Secretaria de educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/index.phd/option=content&task=view&id=265&Itemid=255.

100

CHIPP, H. B. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

COLI, Jorge. O que é arte? São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

DUARTE JUNIOR, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação do sensível. PR:Criar Edições. 2009.

GOMBRICH, E.H. A história da arte. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

______________. Arte e Ilusão. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

LABAN. Rudolf von. Domínio do movimento. RJ:Perspectiva, 1999.

MAGALDI, Sábato.Panorama do Teatro Brasileiro, 6 ed. São Paulo: Global, 2004.

MICHELI, Mario de. As vanguardas artísticas. SP:Martins Fontes, 1991

OSTROWER, Fayga Perla. Acasos e criação artística. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

____________________. Universos da arte. 7.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. 1.ed. São Paulo: Ática, 2008.

PROENÇA, Graça. Descobrindo a historia da arte. SP: Atica, 2005.

STRAZZACAPA.Marcia; MORANDI. Carla. Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança. SP: Papirus. 2009.

VASCONCELLOS, Luiz Paulo. Dicionário de Teatro. 6 ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009.

WOLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

101

8.2. Biologia

Apresentação da Disciplina:

Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as

necessidades de conhecimento vinham de modo a garantir a sobrevivência da

espécie, onde a curiosidade e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram a

observação dos diferentes tipos de seres vivos, que eram encarados unicamente

como alimento.

Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos

seres vivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem

diferentes concepções de vida.

É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da

vida sofreram a influencia do contexto histórico dos quais as pressões religiosas,

econômicas, políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais,

resultando no surgimento da ciência biológica e de todos os seus ramos.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino

Médio não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si,

mas em modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que

evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua

diversidade de manifestações. Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a

reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursos

naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana

no ambiente, levando-se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.

É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade

social e o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo

conhecimento biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar

esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e porque foram

produzidos e em que época.

102

É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada

destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o

a conceitos oriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo

do ensino médio num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do

significado dos conteúdos para a formação do aluno neste nível de ensino.

OBJETIVOS GERAIS

Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano,

alertando para problemas existentes e incitando à responsabilidade.

Estimular o posicionamento consciente dos alunos dos alunos diante de

situações de seu cotidiano.

Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e

apresente o conhecimento como resultado do fazer humano, não

fragmentado nem atemporal.

Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho

e em outros contextos relevantes para sua vida.

Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá-las a

situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades

cotidianas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os

conteúdos biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.

Tomando por base as DCEs-Diretrizes Curriculares de Ensino, foram

definidos como tais os seguintes:

Organização dos seres vivos

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.

103

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

ANO

- Sistemas Biológicos:

anatomia, morfologia, fisiologia.

- Mecanismos de

desenvolvimento embriológicos.

- Mecanismos celulares

biofísicos e bioquímicos.

- Teorias Evolutivas.

- Transmissão de

características hereditárias.

- Dinâmica dos ecossistemas:

relações entre os seres vivos e

a interdependência com o

ambiente.

- Organismos geneticamente

modificados.

Sistemas biológicos:

-Biologia, o estudo dos seres vivos;

- A origem da vida;

- Biologia celular e molecular:

Composição química da célula;

- Introdução à citologia;

- Evolução da célula;

- Membrana celular.

- Núcleo: ácidos nucléicos e síntese de

proteínas;

- Cromossomos e divisão celular.

- Histologia animal;

- Reprodução e sexualidade;

- Embriologia.

ANO

- Classificação dos seres vivos:

critérios taxonômicos e

filogenéticos.

- Reprodução e sexualidade;

- Embriologia;

104

- Sistemas Biológicos:

anatomia, morfologia e

fisiologia.

- Mecanismos de

desenvolvimento

embriológico

- Mecanismos celulares

biofísicos e bioquímicos.

- Teorias evolutivas.

- Transmissão das

características hereditárias.

- Dinâmica dos

ecossistemas: relações entre os

seres vivos e a

interdependência com o

ambiente.

- Organismos geneticamente

modificados .

- Seres vivos e classificação;

- Vírus;

- Reino monera;

- Reino protista;

- Reino fungi;

- Reino Plantae;

- Algas, briófitas e pteridòfilas

- Gimnospermas e angiospermas;

- Histologia vegetal;

- Raiz,caule e folha;

- Raiz,caule e folha;

- Raiz caule e folha

- Frutas e sementes;

- Poríferos; cnidários e platelmintos;

- Nematelmintos, moluscos e anelídeos;

- Artrópodes e equinodermas;

- Filo cordado: Peixes, anfíbios, répteis e

mamíferos.

105

ANO

- Sistemas biológicos:

anatomia, morfologia, genética;

fisiologia.

- Mecanismos celulares

biofísicos e

bioquímicos.

- Teorias Evolutivas.

- Transmissão das

características hereditárias.

- Dinâmica dos ecossistemas:

relações entre os seres vivos e

a interdependência com o

ambiente.

- Organismos geneticamente

modificados.

- Biotecnologia

- Genética molecular e engenharia

- Bases da genética e1ª Lei de Mendel;

- 2ª Lei de Mendel

- Polialelia;

- Herança do sexo e interação gênica;

- Ligação gênica e mapa genético;

- Teorias da evolução das espécies;

- Genética de populações e evolução e

evolução do homem;

- Ecologia educação ambiental

Organização dos Seres Vivos.

106

Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão

geral de noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar

os seres vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.

Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco,

ancestrais comuns.

Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de

classes zoológicas e botânicas.

Mecanismos Biológicos.

Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas

orgânicos tanto do ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o

estudo da bioquímica celular, molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de

complexidade, aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no

organismo como um todo.

Biodiversidade.

Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade,

estão inseridos dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo tanto de

forma simbiótica como de forma deletéria.

As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem

para os processos de seleção, evolução e adaptações.

As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição,

esgotamento de reservas, uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como

Impactos Ambientais precisam ser bem apropriados e entendidos como condição

fundamental para a preservação das espécies, principalmente a humana.

Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno VIDA

A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços

das ciências, sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados,

conseqüências não previstas a curto e médio prazo.

107

Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e

eutanásia, o embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais

vigentes.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA.

Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado.

Assim, a uma idéia atribui-se valor quando ela pode ser frequentemente usada como

resposta a questões postas.

Essa idéia, entretanto, se mantida de maneira a impedir novas questões

formativas, pode construir um obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento

científico bem como a aprendizagem científica.

Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e

os conhecimentos humanos, sofreu interferências e transformações do momento

histórico social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do ser humano

em cada momento histórico. Ao mesmo tempo que sofreu a sua interferência, neles

interferiu. A metodologia de ensino de Biologia não poderá ser como se estivesse

ensinando um conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.

É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a

cada novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de um

outro já conhecido. Assim o método experimental não pode ser abandonado, seja

apenas para demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo.

O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os conceitos

produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas

utilizadas e os resultados obtidos.

Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com

concepções anteriores e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve-se

propiciar um entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a vida dos

seres vivos e do ambiente, provocando uma reflexão sobre o atual momento

histórico social-científico-tecnológico.

108

Assim a História e Cultura Afro- Brasileira ( Lei nº 10.639/03); Cultura

Indígena ( Lei n] 11. 645/08) serão trabalhados de forma articulada aos conteúdos

abordados pela disciplina, objetivando-se uma ligação entre eles. Da mesma forma a

Educação Sexual, Genêro e Diversidade Sexual serão abordados durante as aulas,

uma vez que estão ligados e estabelecem relações com os conteúdos da disciplina.

Os Temas Socioeducacionais : Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99); Enfrentamento à

Violência ; Prevenção do Uso indevido de drogas e Educação Fiscal serão

abordados de forma contextualizada e articulada aos conteúdos estruturantes,

básicos e específicos da disciplina na medida em que o conteúdo que esteja sendo

trabalhado estabeleça relação com o mesmo.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

109

Os Recursos Didáticos Pedagógicos utilizados serão:

- Trabalho em grupo;

- Apresentação de vídeo;

- Exposição dialogada;

- Construção de quadro ou mapa conceitual;

- Aula prática laboratorial e em sala de aula;

- Confecção de modelos;

- Uso do projetor de imagens, TV pen drive, laboratório de informática,

laboratório de Biologia;

- Problematização;

- Produção de texto argumentativo e dissertativo;

- Pesquisa dirigida;

- Livro didático

AVALIAÇÃO

A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias,

sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os

processos de aprendizagem.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com

retomada de conteúdos sempre que necessário e a recuperação simultânea.

A avaliação na Disciplina de Biologia, será continua e constante, objetivando

diagnosticar seja ela de forma escrita, oral, ou qualquer tipo de manifestação

apresentada pelo educando, que caracterize uma apreensão do conhecimento. Pois

a interação diária entre professor e aluno, permite ao educador notar e perceber o

desenvolvimento do conhecimento cognitivo, apresentado pelo educando, que

caracterize uma apreensão.

110

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como

questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada

pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os

encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação

elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de

instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas

oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento . (SEED, 2009

p.33).

Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo

aluno, considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais,

literários, bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento

empírico, aquele não sistematizado, etc.

Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os

mais diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar

os avanços na aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá

interpretar, produzir textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar,

argumentar, defender seus pontos de vista e se posicionar diante de cada evento

apresentado. Portanto, a avaliação levará em consideração as múltiplas

inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e formalizar o seu

conhecimento.

Entretanto além das avaliações disponibilizadas aos alunos, os mesmos têm

direito à recuperação de estudos, sendo assim a medida em que serão utilizados

instrumentos, os mesmos serão avaliados, corrigidos e serão retomados os

conteúdos em que a aprendizagem não foram apropriados, dessa forma serão

utilizadas metodologias diferenciadas daquelas que foram utilizadas inicialmente. De

acordo com a LDB – Lei 9394/96, em seu inciso V do artigo 24 coloca a

―obrigatoriedade de recuperação, de preferência paralelo ao período letivo, para os

casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de

ensino em seus regimentos‖.

111

REFERÊNCIAS:

AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Ed. São Paulo

Moderna, 1974 e 1990.

BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília,

2002.

CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhorar nossa

Curitiba. Departamento de Tecnologia e divisão Educacional. Departamento de

Educação. Curitiba, 1998.

GASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico-crítica. Campinas:

Autores Associados, 2002.

JUNQUEIRA E CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular. LAURENCE. Coleção

Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova Geração 2002.

LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3.

LOPES, Sônia. Biologia. Volume único.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macrorregionais da

Agenda 21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão

preliminar. Curitiba. 2004.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Biologia. Curitiba: SEED,

2010.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP:

Autores Associados, 1997.

112

8.3. Ciências

EMENTA

De acordo com a DCE, é fundamental considerar a evolução do pensamento

do ser humano, pois é a partir dele que a historia da ciência se constrói. Sendo

assim a que se levar em conta a medida que o homem busca satisfazer suas

necessidades automaticamente, passa a observar e à buscar respostas as suas

indagações.

A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir daí o

homem assume outras e torna-se ainda mais atento a respeito das dinâmicas da

natureza.

Dentro da escola pública a trajetória do ensino de ciências sempre foi

determinada por um momento histórico, político e social. Momentos estes que

influenciaram os modelos curriculares de cada época e causaram fortes mudanças

nas concepções da ciência.

Uma vez que os conhecimentos são produzidos pela humanidade no decorrer

de sua história a disciplina se constitui num conjunto de conhecimentos científicos

necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas

interferências no meio. Para que isso aconteça são estabelecidas relações entre os

diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos e o cotidiano do aluno, ou

seja, sua prática social. A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o

conhecimento cientifico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista

científico, entende-se por natureza o conjunto de elementos integradores que

constitui o Universo em toda sua complexidade.

Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,

espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação a

saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem com

fatos, são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para saber se

posicionar crítica e construtivamente diante de diferentes questões.

Esta disciplina é importante, no contexto escolar pela necessidade humana de

compreender, sistematizar e desmistificar os mais diversos fenômenos na natureza,

nos seres vivos e no universo. Portanto, a disciplina oportuniza a compreensão dos

113

eventos que ocorrem com a água, o solo, o ar e a interferência na saúde humana.

Propicia a compreensão das inter-relações entre os seres vivos e o meio ambiente,

demonstrando a interdependência que há entre eles. Onde o ser humano é agente

de transformação.

De forma científica, o educando é levado a conhecer o seu próprio corpo, do

seu semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças existentes entre as

mais diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de preconceitos sexuais, dos raciais,

da xenofobia, bem como daqueles que apresentam necessidades especiais

temporárias ou permanentes.

Assim, o processo de ensino-aprendizagem de ciências valoriza a dúvida, a

contradição, a diversidade, o questionamento superando o tratamento curricular dos

conteúdos por eles mesmos dando prioridade a sua função social.

OBJETIVOS GERAIS

Integrar os conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de

astronomia, transformação e interação da matéria, energia e saúde que implica

na melhoria da qualidade de vida.

Compreender os conceitos históricos de ciência que tratam das questões

dogmáticas, neutras, infalíveis, prontas e acabadas, bem como buscar

explicações e construir a parte científica que convive com a dúvida, que é falível

e intencional, utilizando-se de métodos que buscam as explicações dos

fenômenos naturais: físicos, químico, biológicos, geológicos, que recebem

influências dos fatores: sociais, econômicos, políticos, etc.

Conduzir o aluno para fazer a investigação científica, redescobrindo assim os

conceitos em ambiente apropriado para a simulação do método investigativo,

acompanhado pelo professor, contextualizando os conteúdos estudados com os

fenômenos da natureza. Sendo um modelo construtivista de educação.

Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos

produtos científicos e tecnológicos com os quais convive reconhecendo o

processo de produção, distribuição e consumo, bem com os problemas

decorrentes, buscando soluções para tais.

Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos,

éticos e culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e / ou

114

tecnológicos inerentes ao processo de produção, a aplicabilidade dos

conhecimentos científicos, das relações e inter-relações estabelecidas entre os

sujeitos do processo ensino-aprendizagem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é formado por um conjunto de

ciências que se somam historicamente numa mesma disciplina escolar para

compreender os fenômenos naturais nessa etapa da escolarização. Os

conhecimentos físicos, químicos e biológicos são contemplados na disciplina com

vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de

referência que compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo pedagógico.

De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina sob os

seguintes:

- conhecimentos físicos – a partir dos conhecimentos científicos em relação

aos diversos fenômenos naturais e tecnológicos, com a abordagem de conteúdos

como: movimento, som, luz, eletricidade, magnetismo, calor e ondas, entre outros;

– conhecimentos químicos – contemplam as noções e conceitos científicos

sobre materiais e substâncias, sua constituição, propriedades e transformações,

necessárias para compreender os processos básicos da Química;

– conhecimentos biológicos – orientam progressivamente na interpretação e

compreensão dos processos biológicos e contribuem para o entendimento dos

ambientes e da manutenção da vida.

As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na

formação dos alunos porque oportunizam o estudo da vida, do ambiente, do corpo

humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da energia, e outros. Também

fornecem subsídios para a compreensão crítica e histórica do mundo natural

(conteúdo da ciência), do mundo construído (tecnologia) e da prática social

(sociedade).

Os Conteúdos Estruturantes propostos nestas Diretrizes são entendidos como

saberes fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da

disciplina, essenciais para compreender seu objeto de estudo e suas áreas.

São conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências para o Ensino

Fundamental:

Astronomia

Matéria

115

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

- Astronomia: tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das

ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.

Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntricos

e heliocêntricos.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e

a evolução do Universo. Apresentam se, a seguir, os conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos necessários para o entendimento de questões

astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

Universo

Sistema solar

Movimentos celestes e terrestres

Astros

Origem e evolução do universo

Gravitação universal

- Matéria: neste conteúdo propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que

privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como

objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994).

Conteúdos básicos:

Constituição da matéria

Propriedades da matéria

Sistemas Biológicos

Este conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas

características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e

suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os

diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a digestão, a locomoção e a

respiração.

Conteúdos básicos:

Níveis de organização

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

116

-Energia: Este conteúdo estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão

do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência

desde a Antiguidade.

Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas idéias

do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou

sistemas.

Ao propor calor a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes

da ciência: a lei da conservação da energia.

Conteúdos básicos:

Formas de energia

Conservação de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

-Biodiversidade: Este conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos

específicos e demais conceitos de Ciências, a compreensão do conceito de

biodiversidade e demais conceitos interrelacionados.

Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos

científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a

diversidade de espécies atuais e extintas;

As relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual

se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais

espécies têm sofrido transformações

Conteúdos básicos:

Organização dos seres vivos

Sistemática

Ecossistemas

Interações ecológicas

Origem da vida

Evolução dos seres vivos

Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são

essenciais na disciplina de Ciências.

No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos básicos devem ser

desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores de

117

Ciências em função de interesses regionais e do avanço na produção do

conhecimento científico.

Conteúdos estruturantes e conteúdos básicos:

5ª série:

Astronomia Universo;

Sistema solar;

Movimentos terrestres;

Movimentos celestes;

Astros.

Matéria Constituição da matéria.

Sistemas Biológicos Níveis de organização.

Energia Formas de energia;

Conversão de energia;

Transmissão de energia.

Biodiversidade Organização dos seres vivos;

Ecosistemas;

Evolução dos seres vivos.

6ª série:

Astronomia Movimentos terrestres;

Movimentos celetes;

Astros.

Matéria Constituição da matéria.

Sistemas Biológicos Célula;

Morfologia e fisiologia dos

seres vivos;

Energia Formas de energia;

Transmissão de energia.

Biodiversidade Origem da vida;

Organização dos seres vivos;

Sistemática.

118

7ª série:

Astronomia Origem e evolução do

Universo;

Matéria Constituição da matéria.

Sistemas Biológicos Célula;

Morfologia e fisiologia dos

seres vivos.

Energia Formas de energia;

Biodiversidade

Evolução dos seres vivos;

8ª série:

Astronomia Astros;

Gravitação universal.

Matéria Propriedades da matéria.

Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos

seres vivos;

Mecanismos de herança

genética.

Energia Formas de energia;

Conversão de energia;

Biodiversidade Interações ecológicas.

METODOLOGIA

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de ciências, o

professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo

disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político

Pedagógico da escola; os interesses da realidade local e regional onde a escola está

inserida; análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de ciências; e

informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.

Espera se que o professor reflita a respeito das abordagens e relações a

serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes básicos e específicos.

119

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de ciências sejam

entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em

áreas de conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem

integradora.

Busca se também a inserção dos eixos temáticos da educação do campo

paralelo aos conteúdos, como diz na DCE da Educação do Campo de 2010: ―Eixos

temáticos são entendidos como problemática centrais a serem focalizadas nos

conteúdos escolares‖, desta forma pretende se paralela e paulatinamente aos

conteúdos formar cidadãos críticos para com sua realidade.

Outro ponto importante é articular os conteúdos em uma abordagem

curricular, e numa perspectiva crítica e histórica dos conhecimentos químicos, físicos

e biológicos.

Tratar os conteúdos estruturantes não só como conhecimento acabado, mas

cujos conhecimentos científicos sejam passiveis de alterações ao longo do tempo,

pois os conhecimentos tidos como acabados, podem ser reinterpretados, em outras

áreas do conhecimento humano podem contribuir significativamente para o estudo, a

explicação e a compreensão de tais conhecimentos científicos.

Pode se destacar ainda a importância de:

Estabelecer relações entre os diversos conteúdos específicos, superando os

eixos: físicos, químicos, biológicos, incorporando os eixos sociais, étnicos, culturais e

outros;

Estabelecer uma contextualização dos conteúdos interdisciplinares

programados de uma série como os demais de ensino fundamental. Tratar os

conteúdos, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade

cultural, aditando uma linguagem coerente a cada faixa etária e nível de

conhecimento, buscando gradativamente o aprofundamento da abordagem dos

conteúdos;

Provocar uma reflexão sobre o atual momento histórico, social, científico -

tecnológico, propiciando um entendimento sobre os problemas que afetam

diretamente a vida do ser humano, dos seres vivos e do ambiente.

Ao desmembrar no currículo os conteúdos estruturantes em conteúdos

específicos, é importante considerar a concepção de ciência adotada nestas

Diretrizes, os conhecimentos físicos, químicos e biológicos e os elementos do

Movimento CTS, os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão

120

abordados conforme a lei nº 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas

no ensino de ciências. Os conteúdos abordados serão:

Desmistificação das teorias racistas;

Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;

Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços

da ciência e da tecnologia.

Em se tratando de meio ambiente, percebe-se que a educação ambiental é

tratada como um dos enfrentamentos da crise ambiental e assinalada como uma

tática para resolver os problemas ambientais sendo vista como uma possível

resposta à crise ambiental e um processo estratégico com o propósito de formar

valores, habilidades e capacidades para orientar uma transformação socioambiental

(LEFF, 2001; GONZÁLEZ-GAUDIANO, 1997).

Nesse contexto, a educação ambiental diante de sua própria trajetória, tece

caminhos que se aproximam de uma nova configuração teórica e metodológica.

Assim, destaca-se que o processo formativo estabelecido pela educação ambiental

busca por meio da interdisciplinaridade e complexidade, contribuir para a formação

de sujeitos políticos, capazes de pensar e agir criticamente na sociedade, baseado

nas vias de emancipação e transformação social.

Considerar a violência na sociedade contemporânea requer, antes de

quaisquer ações, o entendimento de conceitos e a definição deste fenômeno que

assola as crianças e adolescentes de forma crucial e velada.

A necessidade de conhecimentos especializados e a produção de material

direcionado a esta temática exigem que cada vez mais se abordem questões que

venham ao encontro dos anseios e necessidades presentes no cotidiano escolar, a

fim de contribuir teórica e metodologicamente com a prática do professor no

enfrentamento de situações de violência.

A perspectiva de rede para o enfrentamento da violência contra crianças e

adolescentes: uma abordagem da realidade vivida – Aborda o fenômeno da

violência a partir da perspectiva de redes. Quando nos referimos a uma estrutura

social pautada na perspectiva de redes, estamos afirmando que esta se constitui de

um sistema aberto, altamente dinâmico, propício às inovações, sem se sentir

ameaçado em seu equilíbrio. Temos que considerar que os estudos pautados na

teoria de redes apresentam caráter fortemente interdisciplinar, herança das

121

perspectivas vinculadas às várias correntes do denominado pensamento sistêmico e

às teorias da complexidade.

A prevenção ao uso indevido de drogas, no âmbito das escolas públicas

estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer

uma abordagem desprovida de preconceitos e discriminações, bem como ser

fundamentada teoricamente, por meio de conhecimentos científicos.

As propostas de prevenção predominantes na sociedade legitimam um

discurso moralista e repressivo, limitando, assim, a compreensão das múltiplas

manifestações das drogas na sociedade. Diante disso, percebe-se a necessidade de

problematizá-las e desconstruí-las, a fim de avançar em outras perspectivas que

possibilitem uma análise contextualizada sobre a questão das drogas e sua

prevenção.

Educando para as Relações Étnico-Raciais II: Longa é a tradição de luta das

populações de origem africana em nosso país. A historiografia contemporânea tem

investigado múltiplas experiências de organização, seja buscando o enfrentamento

das condições adversas de vida até a defesa da livre expressão das manifestações

culturais herdadas ou compartilhadas. Mas

cabe perguntar: quando estas formas de associação se transformaram no

Movimento Negro?

Das muitas formas de associação compostas por africanos e afro descendentes,

as irmandades leigas católicas ocupam um lugar especial, tanto por sua

longevidade, como pela forma de organização.

Diversidade sexual e de gênero também tem sido um tema constante na mídia,

através das novelas, do cinema, da publicidade, dos programas de auditório para

jovens, das revistas voltadas para o público adolescente etc., o que certamente tem

forçado a escola a debater o tema, trazido às vezes espontaneamente pelos/as

próprios/as alunos/as. No entanto, essa excessiva discursividade da mídia em

relação ao tema nem sempre tem resultado em uma diminuição dos sintomas de

sexismo e homofobia. Se a visibilidade de formas alternativas de viver a

sexualidade, tematizadas pela mídia, impõe certo reconhecimento das causas

ligadas às minorias sexuais e de gênero, forçando também a escola a rever padrões

normativos que produzem a sexualidade das/dos estudantes, por outro lado também

não deixa de acirrar manifestações de grupos mais conservadores. Pois, em um

momento histórico em que mais se fala sobre educar para a diferença, vivemos um

122

cenário político mundial de intolerância que se repete também no espaço da vida

privada, em determinada dificuldade generalizada em nos libertarmos de formas

padronizadas de concebermos nossa relação com o outro.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer

das atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria

prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode

divulgar a produção de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos

saberes e entre os estudantes e desta com a produção científico tecnológico,

participando de projetos, tais como:

Projeto educação com ciências;

Agenda XXI vai a escola;

123

Porta dia-a-dia educação;

Festival de arte da rede estudantil FERA;

TV Paulo Freire;

Laboratório de informática.

Recursos:

Recursos didáticos - pedagógicos e tecnológicos:

Livro didático, texto de jornal, revista científica,figuras, revista em quadrinhos,

música, quadro de giz, globo, modelo didático (torso,esqueleto, célula,olho, etc)

microscópio, tv, computador, entre outros.

Recursos instrucionais:

Organogramas, mapas conceituais, gráficos, tabelas, entre outras.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, portanto,

precisamos primeiramente nos libertar da idéia de que o senso comum é suficiente

para julgarmos um desempenho, essa libertação permite estabelecer parâmetros

para uma avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento

do aluno, pois a avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto-

avaliativa, diagnóstica para verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos;

integral, pois considerar o aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos

cognitivos analisados, mas igualmente os comportamentais e a habilidade

psicomotora.

Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando

consigo fatores como a série a ser avaliado, o nível cognitivo dos alunos e a

apropriação dos conteúdos.

A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do

que é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com

posterior recuperação paralela.

Uma possibilidade de valorizar aspectos qualitativos no processo avaliativo

seria considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como avaliação mediadora

―transmitir-verificar-registrar‖.

124

Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática

realizada pelo professor é entendida como ―ação, movimento, provocação, na

tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa.

―Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando idéias,

reorganizando-as‖ (Hoffmann,1991,p.67).

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo

ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como relatórios de

pesquisas, visitas de campo e palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo

(dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), debates, painéis, exposições,

avaliações individuais, relatórios, análise de trechos de filmes pertinentes ao

conteúdo.

A recuperação será paralela aos conteúdos, aos trabalhos e provas que

ocorrem durante o bimestre, visando recuperar não apenas as notas, mas também

construir avanços com relação ao aprendizado anterior, bem como a recuperação e a

avaliação servirão como instrumentos para resgatar valores perdidos e também

reorientar a pratica docente, devendo constar no mínimo dois instrumentos

diferenciados com peso de 50% cada um.

Referências:

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências

para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a

Educação do Campo. Curitiba> SEED, 2010.

125

8.4. Educação Física

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física teve seu início no final do século XIX, através de um

Parecer de RUI BARBOSA, que reformulou o Ensino Primário e várias Instituições

complementares da Instrução Pública. A partir de 1882, tornou-se obrigatória dos

currículos escolares, com a finalidade de promover através dos exercícios Físicos, a

saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida Urbana.

A Primeira Tendência da Educação Física, foi a MILITARISTA E MÉDICA,

emergentes nos séculos XVIII e XIX, com os objetivos de adquirir, conservar,

promover e restabelecer a saúde, esta Tendência fortaleceu a incorporação da

Educação Física nos currículos Escolares. Em 1931, tornou-se obrigatória nas

escolas através do Método Francês de Ginástica, adotado pela Força Armadas com

objetivo de Doutrinação, Dominação e contenção dos ímpetos da classe popular.

Com a Promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942, a Educação

Física tornou-se obrigatória até os vinte e um anos de idade, com objetivos de

formar mão-de-obra fisicamente adestrada e capacitada para o mercado de trabalho.

A partir de 1964, através do Intercâmbio com Universidades Americanas a

Educação Física adotou o método TECNICISTA que era centrada na competição e

no desempenho, dando prioridade a Formação de Atletas para defender a Seleção

Nacional nas Olimpíadas.

Com a Promulgação da Lei 5692/71 através do seu artigo 7º, e pelo Decreto

nº 69450/71 passou a ter Legislação Específica e fazendo parte de todos os cursos

e níveis dos sistemas de ensino.

Na década de 80 surgiu a Tendência Progressista, onde destacam-se duas

abordagens:

1ª DESENVOLVIMENTISTA – que defende a idéia de que o movimento é o

principal meio e fim da Educação Física. Constitui-se no ensino de habilidades

motoras de acordo com uma seqüência de desenvolvimento. Sua base teórica é,

essencialmente a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.

126

2ª CONSTRUTIVISTA – no âmbito da Educação Física, a psico-motricidade

influência a perspectiva construtiva-interacionista com vistas a formação integral,

incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Esta

abordagem embora preocupada com a cultura infantil, fundamenta-se também na

psicologia do desenvolvimento.

Na década de 90 a Educação Física começou a tomar parte das discussões

nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da sociologia e

filosofia da educação, tendo dois enfoques muito interessantes a serem observados:

CRÍTICO SUPERADORA – baseia-se nos pressupostos da pedagogia

histórico-crítica desenvolvida por SAVIANI. Nessa proposta, o objeto da área

de conhecimento da Educação Física é a cultura corporal, concretizando-se

nos seus diferentes conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos,

as lutas e a dança. O conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que

este seja tratado de forma historicizada e espiralada, considerando o grau de

complexidade.

CRÍTICO EMANCIPATÓRIA – parte de uma concepção de movimento

denominada de dialógica. O movimentar-se humano é entendido como uma

forma de comunicação com o mundo. À crítica se dá através de uma

ressignificação do movimento, sem considerar questões sócio-econômicas.

Lembramos ainda que temos que atender a diversidade cultural encontrada na

escola, além de elaborar ações em relação ao Meio Ambiente, elencando conteúdos

que atendam as seguintes leis: 10.649/03 ―História e Cultura Afro‖, 9.795/99 ―Meio

Ambiente‖ e 11.645/08 ―História e Cultura dos Povos Indígenas‖. Em relação aos

Desafios Educacionais Contemporâneos (sexualidade, prevenção ao uso indevido

de drogas, violência na escola, educação ambiental e educação fiscal) não há um

conteúdo específico elencado na Proposta Pedagógica Curricular , então estes

temas serão trabalhados dentro dos próprios conteúdos estruturantes e específicos ,

utilizando os elementos articuladores como: Cultura Corporal e Corpo; Ludicidade;

Saúde; Mundo do trabalho; Desportivização; Lazer; Diversidade e Mídias.

127

2. OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de

confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, inter-relação pessoal

e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no

exercício da cidadania.

- Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com

responsabilidade em relação a sua saúde e a saúde coletiva.

- Compreender a cidadania como participação social e política, assim como

exercício de direitos e deveres políticos, civis, e sociais adotando no dia-a-dia,

atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e

exigindo para si o mesmo respeito.

- Reconhecer e valorizar as diferenças sobre desempenho, linguagem e

expressividade decorrentes das diferenças culturais, sexuais e sociais.

- Favorecer a predisposição para criar, transformar e adaptar regras na

criação de jogos e atividades que deem prioridade à inclusão de todos.

- Desenvolver a cooperação e aceitação das funções atribuídas dentro do

trabalho em equipe.

- Valorizar os efeitos que, para as condições de saúde e qualidade de vida,

tem a prática habitual de atividades desportivas;

Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando

suas características físicas e de desempenho motor, bem como a de seus

colegas, sem discriminar por características, pessoais, físicas ou sociais;

Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio

corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades

corporais com autonomia e a valoriza-las como recurso para melhoria de suas

aptidões físicas.

128

3- CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL- (5ª/ 6ª/ 7ª e 8ª Série).

Os conteúdos estruturantes que serão trabalhados durante o corrente ano letivo,

para o ensino fundamental, são os cinco relacionados abaixo mudando sempre a

intensidade e grau de dificuldades para as séries seguintes.

Conteúdo Estruturante: JOGOS

Conteúdos Específicos:

Jogos populares e jogos recreativos;

Jogos cooperativos;

Brincadeiras;

Jogos de salão;

Aprendizagem social do jogo;

Organização de atividades recreativas e de lazer.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA

Conteúdos Específicos:

A função social da ginástica;

Ginástica, sedentarismo e qualidade de vida;

Imagem, postura e linguagem corporal;

A contextualização da ginástica preventiva, corretiva e de

recuperação;corporal como mediadora da relação com o ambiente;

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

Conteúdos Específicos:

História dos diversos Esportes com suas regras e suas evoluções;

Esporte e Saúde;

Fundamentação básica dos esportes de quadra;

A função social do esporte;

Violência no esporte rendimento;

129

Violência no esporte escolar;

Hábitos saudáveis de vida;

Os aspectos educacionais relacionados ao esporte coletivo e ao individual;

O esporte e a mídia;

Competição X cooperação.

Os Esportes nos Jogos Olímpicos.

Conteúdo Estruturante: LUTAS

Conteúdos Específicos:

História e significados das diversas Lutas;

Judô;

Karatê;

Capoeira;

Jiu-Jitsu;

Conteúdo Estruturante: DANÇA:

Conteúdos Específicos:

História e costumes dos diversos Estilos de Danças;

Danças Regionais;

Danças Folclóricas;

Dança como instrumento de lazer.

4-CONTEUDOS DO ENSINO MÉDIO (1ª/ 2ª E 3ª Série)

Conteúdo Estruturante: JOGOS

Conteúdos Específicos:

Recorte temporal dos Jogos;

Jogos lúdicos e pré – desportivos.

Jogos recreativos;

Jogos cooperativos.

130

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

Conteúdos Específicos:

Esporte como provedor de lazer, melhoria da qualidade de vida

Recorte temporal dos esportes.

Esporte escolar e esporte rendimento.

Violência no esporte rendimento;

Violência no esporte escolar;

Drogas lícitas e ilícitas no esporte;

Esporte enquanto fenômeno cultural;

Diferenciação dos Esportes Radicais;

Prática dos diversos esportes.

Conteúdo Estruturante: LUTAS

Conteúdos Específicos:

Judô;

Karatê;

Capoeira;

Jiu-Jitsu;

Muay Thai;

Taekwondo.

Conteúdo Estruturante: DANÇA

Conteúdos Específicos:

Danças Regionais;

Dança de Salão;

Dança de Rua.

Conteúdo Estruturante: GINASTICA

Conteúdos Específicos:

Recorte temporal da ginástica;

131

A Ginástica no mundo de trabalho;

A ginástica e a sociedade de consumo;

A ginástica como agente de prevenção de doenças.

5- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No decorrer dos períodos históricos, a Educação Física passou por

influências de várias correntes de pensamento e por muitas transformações que

desencadearam mudanças de comportamento e atitudes no fazer pedagógico e na

aprendizagem do educando.

Na Educação Física o processo de ensino e aprendizagem se enraíza no

esclarecimento sobre as diferenças e na compreensão e respeito desta pela

comunidade escolar. As estratégias escolhidas devem não apenas favorecer a

inclusão, como também discuti-la e torná-la clara para alunos, professores e

comunidade em geral. Inclusão e trabalho coletivo implicam em responsabilidade e

comprometimento profissional para com os alunos, buscando compreensão e

respeito as diferentes manifestações da cultura corporal. Nesse contexto, podemos

ressaltar o papel do professor no encaminhamento de uma aprendizagem dinâmica,

consciente, enaltecendo valores que são essenciais para a formação do cidadão.

O debate, o diálogo e a pesquisa são formas de auxiliar o educando na

construção de um saber amplo e articulado, que determinam práticas corporais

coletivas e individuais, encaminhando o processo para a formação integral no meio

escolar e social, bem como na análise, interpretação e resolução de problemas

perante as adversidades do dia a dia.

Recursos didático-pedagógicos e tecnológicos: Trabalhos em grupo e

individual; aulas expositivas, teóricas e práticas; vídeos educativos; apresentação de

trabalhos escritos e práticos; pesquisas; campeonatos; gincanas; revistas, livros,

artigos; material esportivo e alternativo; sala de aula e de vídeo; TV pen-drive e TV

Paulo Freire; quadra Esportiva; aparelho de som, Cd´s; Livro Didático Público

132

Educação Física para o Ensino Médio. Pode-se organizar os materiais da seguinte

forma:

Para as aulas teóricas:

Quadro Negro e giz;

TV Pen-Drive;

Balança Digital com a régua para medição da estatura.

Para as aulas Práticas:

Bolas das diversas modalidades esportivas ex: Voleibol, futsal, handebol,

basquetebol, Tênis de Campo.

Mesa de Tênis de Mesa completa;

Cones de demarcação do espaço;

Bambolês;

Rede de Voleibol, Futsal/handebol e basquetebol;

Kits de Xadrez, dama, dominó e tria;

Bolas de borracha de diversas cores e tamanhos (nº 08 e 10);

Colchonetes;

Aparelho de som e caixa amplificada.

Dentro da perspectiva metodológica da educação física buscamos

desenvolver a prática através de:

Atividades que possibilitem os pleno desenvolvimento das capacidades

físicas e motoras;

Atividades lúdicas;

Criação e elaboração de novas regras dos jogos associados ao seu contexto

histórico social;

Utilização de materiais esportivos disponível; para desenvolvimento

individual e coletivo.

Aulas teóricas envolvendo os diversos conteúdos estruturantes.

Atividades que desenvolvam o domínio dos movimentos corporais.

133

Atividades que desenvolvam as capacidades físicas e habilidades motoras;

Utilização de materiais disponíveis para o desenvolvimento individual e

coletivo;

Criação e elaboração de novas regras dos jogos associados ao seu contexto

histórico-social.

Brincadeiras populares.

Atividades de percepção corporal.

Atividades de alongamento.

Atividades de relaxamento.

Ter o conhecimento de práticas esportivas em seu sentido vinculado ao lazer,

saúde e bem estar.

A História e Cultura Afro- Brasileira ( Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena ( Lei

n] 11. 645/08) serão trabalhados de forma articulada aos conteúdos que fazem parte

da disciplina, objetivando-se uma ligação entre eles. Da mesma forma a Educação

Sexual, Genêro e Diversidade Sexual serão abordados durante as aulas, no

decorrer do período letivo.

Os Temas Socioeducacionais : Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99);

Enfrentamento à Violência ; Prevenção do Uso indevido de drogas e Educação

Fiscal serão vistos de forma contextualizada e articulada aos conteúdos

estruturantes, básicos e específicos da disciplina na medida em que o conteúdo que

esteja sendo trabalhado estabeleça relação com o mesmo.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

134

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

7. AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO.

A avaliação e recuperação estão de acordo com o Projeto Político do

Colégio, e a mesma deverá englobar os domínios cognitivos, afetivos/emocionais,

sociais e motor. A avaliação será contínua e compreendendo as fases que se

convencionou denominar diagnóstica, ou individual, formativa e somativa. Os

critérios na avaliação partirão do comprometimento e envolvimento dos alunos nas

atividades propostas. Serão utilizados os seguintes Instrumentos para avaliar os

alunos: Provas Práticas e Teóricas, Trabalhados individuais e em grupos, Debates,

seminários e auto avaliação. Todos os alunos tem direito a Recuperação, onde a

mesma não visa recuperar apenas as notas mais sim se aluno assimilou

verdadeiramente o conteúdo, serão utilizados instrumentos diferenciados na

recuperação, sendo que a mesma sera paralela aos demais conteúdos.

A avaliação deve mostrar-se útil para professores, alunos e escola,

contribuindo para o auto conhecimento e para a verificação das etapas vencidas,

considerando os conteúdos selecionados para o período, oportunizando um novo

olhar e um novo planejamento dos objetivos traçados previamente.

A avaliação pode e deve oferecer ao professor e aos alunos elementos para

uma reflexão contínua do ensino e da aprendizagem, auxiliando na compreensão

dos aspectos que devem ser requisitados, na tomada de consciência das

conquistas, dificuldades e possibilidades desenvolvidas pelos alunos.

135

A participação dos alunos na avaliação implica cumplicidade com as

decisões a serem tomadas pelo professor-aluno, cada um assumindo sua

responsabilidade no processo de ensino e aprendizagem.

Cabe ao professor informar aos alunos seus avanços e suas dificuldades,

pois a avaliação é um processo contínuo permanente e cumulativo, onde ambos

poderão organizar e reorganizar as mudanças e necessidades para atingirem a

aprendizagem.

A avaliação seguirá os seguintes critérios:

Ensino Fundamental

Observar por meio de produções de texto, apresentação de trabalhos e

desenvolvimento das atividades individuais e em grupo, se o aluno reconhece

e demonstra movimentos corporais básicos e técnicos que compõem os

esportes individuais e coletivos.

Buscar a inserção da coletividade levando em conta as diferenças individuais

na elaboração de jogos e modificação de regras refletindo sobre as mesmas.

Saber conhecer e discernir diferentes ritmos e tempos musicais através dos

tempos.

Saber discernir diferentes tipos de Ginástica, reconhecer os benefícios que a

atividade física pode trazer e aprendendo mais sobre seu corpo.

Saber conhecer e discernir diferentes formas e tipos de lutas.

Ensino Médio

Analisar e Avaliar a apropriação do esporte no Brasil e no mundo;

Apropriação acerca das diferenças entre esporte na Escola, esporte

rendimento e esporte como lazer;

Compreender a função social do esporte;

Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando

alternativas de superação;

Conhecer, saber e criar os diferentes passos, posturas, conduções, formas de

deslocamento nas danças;

Analisar Coreografias dentro das diferentes danças;

136

Aprofundar e compreender as questões biológicas, fisiológicas, físicas e

psicológicas que envolvem a ginástica;

Discutir e refletir acerca da relação do corpo x mídias nos dias atuais e

Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de

deslocamento das lutas mais básicas.

A avaliação poderá ocorrer por meio da observação das situações de

vivência e utilizando os seguintes instrumentos avaliativos: pesquisas, relatórios,

seminários, debates, trabalhos, apresentações, avaliações escritas e práticas e auto-

avaliação, levando em consideração a diversidade das mesmas, oportunizando

atender a todos os alunos.

Recuperação de estudos:

A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos de todas as séries

e turmas para que as dúvidas ou lacunas ocorridas no processo de ensino

aprendizagem possam ser resolvidas por meio de aulas de revisão dos conteúdos,

testes avaliativos, trabalhos avaliativos individuais e em grupos, apresentação de

trabalhos e cartazes.

REFERENCIAS:

1. Regras Oficiais;

2. BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação.

São Paulo, Summus, 1984.

3. BREGOLLATO, Roseli. Cultura Corporal da Dança, Vol. 1, Ginástica,

Vol. 2, Esporte, Vol.3. Ed. Ícone: São Paulo, 2003.

4. CASTELLANI FILHO, Lino. A Educação Física no Brasil: a história que

não se conta. 2 ed. Campinas: Papirus, 1991;

137

5. COLETIVO DE AUTORES: Metodologia do Ensino da Educação

Física. São Paulo: Cortez, 1992;

6. FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. 5 ed.

São Paulo: Cortez, 2003;

7. FREIRE, João Batista. Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da

Educação Física, São Paulo: Scipione, 1992;

8. LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus Editorial,

1978.

9. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo:

Cortez, 1995.

10. MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3

ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

11. NANNI, Dionízia. Dança Educação: Pré-escola à Universidade. Rio de

Janeiro: Sprint. 1988.

12. SAVIANI, Dermeval, Pedagogia histórico-crítica. 9 ed., Campinas,

Autores Associados, 2005;

13. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Educação Física para a Educação Básica. Curitiba: SEED/DEM, 2010.

138

8.5. Ensino Religioso

EMENTA

O Ensino Religioso destinado para as escolas estaduais públicas

do Paraná, atende a LDBEN (9394/96), art. 33, o qual sofreu alteração

em redação com a promulgação da Lei n. 9475/97, conforma segue:

―Art.33 - O ensino religioso de matrícula facultat iva é parte integrante

da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários

normais das escolas públicas de Educação básica assegurando o

respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisque r

formas de proselit ismo‖.

§ 1 º - Os sistemas de Ensino regulamentarão os procedimentos para

definição dos conteúdos do ensino Religioso e estabelecerão as

normas para à habilitação e admissão dos professores.

§ 2º - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civi l, constituída pelas

diferentes denominações rel igiosas, para a definição dos conteúdos do

Ensino Religioso.

Neste sentido é importante salientar que apenas no ano de 1997,

foram elaborados os PCN’s do ensino Religioso. E em 2002 o Conselho

Estadual de Educação do Paraná CEE, aprovou a deliberação 03/02

que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas do Paraná.

E a SEED elaborou a instrução conjunta 001/02 do DEEF/ SEED, que

estabeleceu as normas para discipl ina na rede pública estadual. Em 10

de fevereiro de 2006 o Conselho Estadual de Educação aprovou a

deliberação n. 01/06, que instituiu novas normas par o ensino

Religioso.

Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuiu também,

para superar a desigualdade étnico-religiosa, e garant ir o direito

constitucional de l iberdade de crença e expressão, conforme art igo V,

inciso VI, da constituição brasi leira, que por sua vez adere ao

Laicismo, que assegura a l iberdade de expressão cultural e rel igiosa.

Desta forma é importante parafrasear Costella, In: DCE para o

ensino rel igioso (p.21):

139

O primeiro é atribuído à pluralidade social num estado não -

confessional, Laico e que garante por meio da constituição a Liberdade

rel igiosa.

O Segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o

conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo

da epistemologia da educação da comunicação.

E terceiro fator traço característ ico da cultura ocidental mostra

uma profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX.

Assim, o ensino Religioso contribui para superar a desigualdade

étnico rel igiosa e garante o direito constitucional de liberdade de

crença e expressão. Também contribui para que, no dia a dia da

escola, o respeito a diversidade seja construído e consolidado.

Nesse sentido faz-se necessário mudar a prática pedagógica e

concepções em torno da discipl ina a qual busca superar as tradicionais

aulas de rel igião, passando a compreende-la como processo

pedagógico cujo enfoque é ―entendimento cultural sobre o sagrado e a

divers idade rel igiosa‖. DCE (p.25).

Para at ingir tais transformações é importante que o professor

compreenda, que no ambiente escolar as rel igiões interessam como

objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de ensino rel igioso, por

meio dos estudos das manifestações religiosas que delas decorrem e

as constituem. O que sugere que todas as religiões podem ser tratadas

como conteúdo, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural

humano, e faz parte do modelo de organizações de diferentes

sociedades.

OBJETIVO GERAL

Promover uma oportunidade para que os educandos se tornem

capazes de entender os movimentos específ icos das diversas culturas,

e para que o substantivo religioso represente um elemento de

colaboração na constituição do sujeito.

140

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

5 SÉRIE/6 ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

* Paisagem Religiosa:É a exterioridade do Sagrado e sua concretude,os espaços

Sagrados.

* Universo Simbólico Religioso:É entendido como sistema simbólico e projeção

cultural.

* Texto Sagrado:É reconhecido através das Escrituras Sagradas,das Tradições

Orais Sagradas e dos mitos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

* Organizações Religiosas:Compõem os sistemas religiosos de modo

institucionalizado.

* Lugares Sagrados:São simbolicamente onde o sagrado se manifesta,destacam-

se os lugares da natureza e os lugares construídos.

* Textos Sagrados orais ou escritos:São ensinamentos Sagrados,transmitidos de

forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas.

* Símbolos Religiosos:São linguagens que expressam sentidos,comunicam e

exercem papel relevante para a constituição das diferentes religiões no mundo.

6 SÉRIE/7 ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

* Paisagem Religiosa:É a exterioridade do Sagrado e sua concretude,os espaços

Sagrados.

* Universo Simbólico Religioso:É entendido como sistema simbólico e projeção

cultural.

* Texto Sagrado:É reconhecido através das Escrituras Sagradas,das Tradições

Orais Sagradas e dos mitos.

141

CONTEÚDOS BÁSICOS

* Temporalidade Sagrada:Apresentar o evento da criação nas diversas tradições

religiosas,os calendários e seus tempos sagrados.

* Festas Religiosas:Eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos.

* Ritos:Celebrações das tradições e manifestações religiosas que possibilitem um

encontro interpessoal.

* Vida e morte:As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida

além da morte.

METODOLOGIA

Para at ingir os objetivos da discipl ina é importante, dinamizar

trabalho com textos, i lustrando com f ilmes, símbolos, músicas, e

contextualizando com a realidade local. Proporcionar debates,

produções individuais e coletivas, elaborações de painéis para

socialização de aulas passeios. As aulas serão conduzidas de maneira

desmistif icada para proporcionar análise imparcial e científ ica das

manifestações do sagrado em diferentes contextos histórico s e

culturais. Haverá diálogo mediado por instrumentação teórica e

respeito a diversidade de pensamento e comportamento dos diversos

segmentos, cultos e ritos religiosos.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

142

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua e diagnóstica. Avaliando a participação e

desempenho nas atividades realizadas como trabalhos individuais, em grupo,

análise de textos, pesquisas, entrevistas, exposição de idéias, auto avaliação, entre

outros instrumentos avaliativos.

Segundo as diretrizes, serão estabelecidos critérios que busquem identificar a

apropriação dos conteúdos específicos fundamentados no pressuposto do respeito à

diversidade cultural e religiosa:

Espera-se que o aluno:

Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;

Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social;

A partir dos resultados obtidos nas avaliações haverá intervenções no

processo pedagógico a fim de retomar e/ou preencher as lacunas identificadas e

aprofundar os conhecimentos baseados nos conteúdos trabalhados.

REFERENCIAS

ASSINTEC. Ensino Religioso: Caderno Pedagógico. A natureza. Nossa Mãe e Nossa Irmã. Eixo temático no2.290p.

143

PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o ensino religioso no Ensino fundamental, 2008. MANUAL DA URI. Diversidade Religiosa e Direitos humanos. 2005.36p.

144

8.6. Filosofia

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Na atual polêmica mundial, acerca dos valores éticos, políticos e epistemológicos, a

filosofia tem um espaço a ocupar e permite compreender idéias fundamentais. A

filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de

sua história, os quais por sua vez devidamente utilizados geram discussões

promissoras e criativas que desencadeiam ações e transformações. É por essa

razão que eles permanecem atuais.

A Filosofia pode terminar por desencadear, o que não pode ser interpretado

como significando que deve voltar-se de modo exclusivo para o engendramento de

ações e transformações.

Essa linha de argumentação está na Declaração de Paris para a Filosofia,

aprovada nas jornadas internacionais, quando sublinha:

“(...) ação filosófica formando espíritos livres e

reflexivos capazes de resistir às diversas formas de

propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui

para a paz e prepara cada um para assumir suas

responsabilidades face às grandes interrogações

contemporâneas (...)”

Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente

nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções

utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os

argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo (...)

Neste sentido entendemos que, pelo menos, três atitudes caracterizam o

pensamento filosófico:

Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos

sagrados, mitos, tradições ou poder, mas do próprio discurso argumentativo.

145

Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber

criando uma fratura entre o mundo do sujeito res cogitans e o mundo da extensão

res extensa. A epistemologia contemporânea procura religar os saberes, dando uma

noção de totalidade.

O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático. A

racionalidade filosófica se expressa e se desenvolve na capacidade argumentativa.

Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer um suporte fundamental para

o desenvolvimento de pessoas capazes de se auto - determinar, de interpretar a

realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar os

sistemas simbólicos e de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva,

possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.

Baseado nestes apontamentos entende-se a importância do ensino de

Filosofia na Escola é proporcionar aos alunos a possibilidade de compreender a

complexidade do mundo contemporâneo.

2. OBJETIVOS

- Proporcionar espaço para debates e diálogos sobre a Origem do

pensamento racional, bem como a leitura de textos clássicos da Literatura e da

Filosofia, com o objetivo de despertar a reflexão crítica e a participação cidadã.

- Propiciar um contato com a Filosofia naquilo que ela tem de específico, a

partir de seus principais problemas e autores.

- Desenvolver um aparato conceitual filosófico;

- Reelaborar conceitos;

- Problematizar situações discursivas; de argumentar filosoficamente;

- Formular raciocínio lógico, coerente e crítico; de desmistificar a realidade;

146

- Fazer um elo entre a teoria e a pratica, o abstrato e o empírico.

- Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, reconhecendo momentos de

realização pessoal, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da sua

existência enquanto ser humano;

- Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem

apontar uma hierarquia de valores sem apontar uma referência, mas sim dentro do

seu próprio contexto.

- Conhecer a origem e os conceitos filosóficos;

- Mostrar as principais características, os métodos, o pensamento e a

influência dos principais filósofos em todas as etapas da história da filosofia;

- Apresentar os textos clássicos da mitologia grega;

Compreender os conteúdos programáticos: Mito e Filosofia, Teoria do

Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

3.1 - Mito e Filosofia:

Relação Mito e Filosofia: - Ordem e desordem; O mito e a Origem de todas as

coisas; O nascimento da Filosofia; A vida cotidiana na sociedade Grega; A razão

filosófica e consciência mítica e perspectiva filosófica – narrativas míticas. Atualidade

do Mito e o mito hoje.

Saber Mítico e Saber Filosófico - O deserto do Real:- Das sombras ao logos:

Mito da caverna (república, livro VII); Do senso comum ao senso filosófico;

Racionalização do mito: A questão do conhecimento; Reflexão filosófica e razão

científica; Ciência e senso comum.

O que é filosofia?- Ironia e Maiêutica: - Ironia e Filosofia;; Filosofia como

exercício da Ironia; Missão de Sócrates; Ironia na história da Filosofia; Ironia

Moderna; Ironia na Música; Ironia em Machado de Assis e Alienação e ironia.

147

3.2 - Teoria do Conhecimento:

A Possibilidade e o Problema do Conhecimento: - ―Conhecimento‖ como

Justificação teórica; Teoria e prática; As fontes do conhecimento; Platão e

Protágoras: relativismo e racionalismos; Filosofia e história; Filosofia e matemática;

As formas de Conhecimento: Conhecer para transformar;

A Questão do Método - Filosofia e Método: - As Críticas de Aristóteles a

Platão; A lógica aristotélica; Descartes e as regras para bem conduzir a razão;

Filosofia e Matemática; História: o contexto de descartes;

Perspectiva do Conhecimento: - Penso, logo existo; Hume e a experiência no

processo de conhecimento; Kant e a crítica da razão; Crítica da Razão pura; Kant e

o iluminismo; Kant e a física.

O Conhecimento e a Lógica: Lógica formal, informal, proposição e os tipos de

lógica.

3.3 – Ética:

Ética e Moral - A virtude em Aristóteles e Sêneca – Ética e felicidade; A polis

e a felicidade; como atingir a felicidade; felicidade e virtude; Sêneca e a felicidade.

Pluralidade Ética: Contemporânea, Antiga, moderna e medieval, etc.

Razão, desejo e vontade relacionados à dimensão da ética e moral.

Amizade – Amizade como questão para a Ética; A amizade e a justiça; A

amizade é algo humano; O determinante da Amizade; Amizade e sociedade; O

homem: animal racional.

Liberdade – O que é liberdade; Liberdade: a contribuição de Guilherme de

Ockham; discussão em torno da liberdade; Liberdade: contribuição de Etienne de La

Boétie; Por que os homens entregam sua liberdade? O homem e a liberdade; Os

limites da liberdade (Brasil 1968).

148

Liberdade: Autonomia do sujeito e a necessidades das normas - Liberdade

em Satre – Jean-Paul Satre e a liberdade; a existência precede a essência; O

homem e a liberdade; O homem é o que ele faz e senso comum ético e a

responsabilidade.

Ética e Sexualidade no mundo contemporâneo.

Ética e o problema da violência nas suas diversas formas. Como superar?

3.4 – Filosofia Política:

Em busca da essência do Político: - Preconceito contra a política e a política

de fato; O ideal político; os Gregos e a esfera pública; A democracia e o surgimento;

a importância da retórica Ateniense; vida pública e a autoridade.

Relações entre Comunidade e Poder;

Liberdade e igualdade política;

Esfera Pública e Privada;

Política e Ideologia;

Cidadania formal e/ou participativa;

A Política em Maquiavel – A questão do poder; Ética e política; Virtù e

fortuna; O Estado; Maquiavel e a história como método.

Política e Violência – O Estado como detentor do o monopólio da violência; Origem;

O contrato social; Relação entre violência e poder; Desigualdades sociais e violência

no Brasil; Direitos sociais e Violência.

A Democracia em questão – Modernidade e individualismo; A concepção

liberal de política; Propriedade privada (Loke); Concepções de liberdade em

Benjamim Constant; A representação política; Liberalismo e socialismo; A crítica de

Marx ao liberalismo; Marx e o marxismo X emancipação humana; Feuerbasch e o

conceito de alienação; A essência do cristianismo; Marx e a liberdade;

149

republicanismo e a liberdade antes do liberalismo; A lei como garantia da liberdade;

Cidadania ativa; Orçamento participativo e a criação de um novo espaço público.

3.5 - Filosofia da Ciência:

Concepção de Ciência o progresso da ciência – 0 que é ciência? Filosofia e

ciência, senso comum e ciência; O universo de Ptolomeu; Galileu e o novo espírito

cientifico; Descobertas.

Ciência e Ideologia;

Ciência e Ética;

Contribuições e limites da ciência;

A questão do método Científico;

Pensar a Ciência – Filosofia da Ciência; Diferença entre ciência comum e

revolucionária; Revoluções científicas; Progresso na Ciência; As conseqüências

sociais e políticas de uma nova ciência;

Bioética – Conceito o que é; Bioética Geral, especial, clínica ou de decisão;

Tendências na Bioética; Dimensão histórica da Bioética; Aborto e a Bioética;

Educação sexual.

3.6 – Estética:

Pensar a Beleza – Busca da beleza; Necessidade da estética; A estética entre

os gregos: Platão, Sócrates e Aristóteles; A estética no renascimento, no mundo

Moderno, Contemporâneo; surgimento do belo e as principais idéias dos filósofos a

respeito da Estética. Cultura da estética e o belo hoje.

Filosofia e Arte;

Estética e Sociedade;

Categorias Estéticas – feio, belo, sublime, cômico, grotesco, gosto, etc.;

150

A Universalidade do gosto – O mercado do gosto; Gosto como um fato social;

o Juízo do gosto na Filosofia, na arte; Deivid Hume, Kant o que pensam sobre o

belo; Universalização e exigência do gosto e do belo; Belo clássico; Materialismo

histórico.

A Arte – A necessidade da Arte; Arte e sociedade; pensamento de Karl

Mannheim e Ernst Fischer; Hegel e o espírito absoluto; A arte e a manifestação do

espírito; As diversas formas de arte para Hegel;

Orientações Importantes: Além desses conteúdos – procurarei dar uma visão

de toda a filosofia, suas correntes, Pensamentos, O principais filósofos, seus

métodos, teorias e Idéias, bem como Questões temáticas atuais, para que o

educando possa chegar ao final de cada etapa consciente de ter obtido uma filosofia

de qualidade. Serão contemplados os conteúdos básicos referente aos desafios

contemporâneos dentro de cada conteúdo estruturante.

Os conteúdos acima serão todos abordados, porém, cada série terá seus

conteúdos Estruturantes, seus conteúdos Básicos, Objetivos, Metodologia e

Avaliação correspondente. Em cada Escola, procuramos adequar os planos de

trabalho docente de acordo com a proposta curricular de sua disciplina. Conforme a

grade escolar algumas turmas deverão adaptar os seus conteúdos para que possa

contemplar no final do ensino médio os conteúdos propostos pela disciplina. A

proposta dos três anos do Ensino Médio relativo aos conteúdos Estruturantes: 1ª

Série: Mito e Filosofia; Teoria do conhecimento. 2ª Série Ética e Filosofia Política. 3ª

Série: Filosofia da Ciência e Estética. Quando por exemplo o a série está concluindo

o Ensino médio, mas nunca teve filosofia, devem-se contemplar todos os conteúdos.

Quando a Escola optou na sua grade curricular por dois anos de filosofia, deve-se

contemplar da mesma forma os conteúdos acima, para não prejudicar nossos

estudantes e estar em sintonia com as DCEs e a SEED.

4. METODOLOGIA

A abordagem teórica metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes

para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de

Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do

151

estudante – as ciências, arte, história, cultura – a fim de problematizar e investigar

os conteúdos estruturantes e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da

pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus

comentadores.

Quanto à metodologia a ser utilizada na disciplina, seguiremos aqui a

sugestão de Deleuze e Guattari; o método consistirá:

Numa SENSIBILIZAÇÃO do aluno para o tema proposto; para tanto serão

utilizados filmes, jornais, revistas, livros ou quaisquer outros meios que possam vir a

ser utilizados; Só pensamos quando somos instigados a isso por problemas. Pensar

é uma necessidade vital motivada pelos problemas; portanto, não basta que o

professor apresente aos estudantes problemas artificiais, mas sim que sejam vividos

pelos alunos. Através da sensibilização acima proposta o aluno possa fazer o

movimento do pensamento e assim possa despertar o interesse por um determinado

tema. Em outras palavras iluminação com recursos gerais.

PROBLEMATIZAÇÃO: tornar aquilo que foi sensibilizado num problema,

evidenciar o que há de problema naquela situação levantada pelo filme, quadro,

livro, etc. Também na problematização se verifica o conceito importante envolvidos

no problema; Quanto mais intensa e múltipla for essa problematização, mais

elementos a classe e cada educando terão para produzir sua própria experiência de

pensamento.

Recorrendo-se aos clássicos da filosofia (autores e obras), será levada a cabo

uma INVESTIGAÇÃO de como a tradição postulou e tentou resolver esses

problemas. Aqui o professor faz uso da história da filosofia, recorrendo a filósofos

que em sua época e em seu contexto pensaram sobre o tema que está sendo

abordado. A história da filosofia e os filósofos, tomados como ferramentas para

compreender melhor aquele tema ou problema que está sendo investigado, ganham

um sentido e um significado especial, não sendo apenas mais um conteúdo a ser

abordado simplesmente.

152

Como um corolário dos três passos anteriores, o aluno passará para a

formulação e/ou ressignificação de conceitos, sob a forma de um texto lógico e

metodologicamente estruturado.

Esta etapa também chamada de CONCEITUAÇÃO consiste no exercício da

experiência filosófica propriamente dita. O Educando recria os conceitos estudando,

refazendo ele mesmo o pensamento que levou à sua criação, desde o problema

inicial, ou ainda ele é estimulado a criar um novo conceito, que ofereça uma outra

forma de equacionar o problema enfrentado. Concluindo: É esse tipo de autonomia e

liberdade de pensamento que as aulas de filosofia no ensino médio de modo

especial nestes primeiros anos podem oportunizar os estudantes ao entendimento e

o gosto em filosofar, formando assim jovens conscientes.

Observações Gerais: Além destas quatro dimensões utilizarei de uma forma

metodológica, Estratégia e Recursos Materiais que contemple todo o processo

filosófico de uma forma coerente: Será utilizado o livro didático público da Secretaria

do Estado da Educação, pois, o mesmo é completo, prático, objetivo e conteúdo são

básicos e fundamentais. A metodologia utilizada será constituída também de aulas

expositivas, leitura, análise e interpretação de textos clássicos, Laboratório

informática, Pesquisas, trabalho individuais em grupo, apresentações; será utilizada

também a música, CD, DVD, TV - Rádio, poesia, xérox, livros de referência Projeto e

Pesquisas. Neste processo metodológico contemplarei todos estes aspectos e

estarei aberto a novas propostas seja dos alunos, Equipe Pedagógica, Ensino e

Direção.

Enquanto conhecimento do mundo que cerca o educando o conteúdo deverá

ser proposto a partir do cotidiano escolar em sua miscigenação e diversidade. Para

tal serão abordadas temáticas como o respeito ao indivíduo como um todo sem raça

credo ou posição política. A fim de contemplar a lei nº9795/99 e a portaria 413/2002 ,

se buscará através de debates e com apoio dos recursos visuais e tecnológicos,

refletir sobre a importância de não haver diferenças raciais, bem como não se deve

ser esquecido a bandeira do anti-escravismo humano que sobremaneira os afro-

brasileiros receberam deste pais, no passado.

153

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

5. AVALIAÇÃO

Na complexidade do mundo contemporânea com suas múltiplas

particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender

pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante diversos

elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a

problematização e investigação o estudante desenvolverá a atividade filosófica com

os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quanto toma posição e de

forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de

154

ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser

avaliado pelo próprio estudante e professor.

A avaliação deve ser concebida na sua função, isto é, ela não tem finalidade

em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da

ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que

professores estudantes e a própria instituição de ensino está construindo

coletivamente. Sendo assim, apesar de sua inequívoca importância individual, no

ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a perceber quanto o

estudante assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, do texto ou dos

problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar deste ou

daquele tema. A avaliação será harmônica com a metodologia de trabalho, contínua

e dar-se-á por meio da participação nas atividades e em grupo, apresentações de

seminários, testes escritos e orais, relatórios, auto-avaliações, elaboração de textos

filosóficos, pesquisas Laboratório informática levando em conta a capacidade de

leitura e interpretação, assim como a produção e o desenvolvimento de conceitos na

ação educacional. Portanto, a avaliação estará presente em todos os momentos no

processo ensino-aprendizagem, como processo contínuo, gradual e permanente que

representa um instrumento, eficiente, eficaz, prático, possibilitando democratizar e

auto avaliar os conteúdos educacionais, pois, deverá ser levando em conta a

participação em todos os seus aspectos.

O quadro abaixo deverá se adequar dentro da Proposta Curricular de sua

escola:

Avaliação Valor

Avaliação descritiva e objetiva 4,0

Pesquisa, apresentação de trabalho e

outras produções.

3,0

Atividades em sala de aula e extra

classe.

3.0

155

Total 10,0

6. AVALIAÇÃO CONCOMITANTE

A avaliação concomitante será feita após a retomada de conteúdos que não

foram apropriados pelos alunos Mesmo que os alunos tenham atingido a média,

será feita retomada de conteúdos. Será oportunizado ao aluno a recuperação de

100% do valor avaliado.

A avaliação concomitante tem por objetivo retomar o conteúdo e elevar o nível

de compreensão dos textos para o além da nota em si. Assim, quando da retomada

dos textos tal avaliação já se dá quantificada no teor das discussões e enquanto

quantificada na totalidade da nota recebida. Caso não haja qualificação

consequentemente a quantificação será prejudicada podendo o aluno ser

classificado enquanto indivíduo que não adquiriu determinado conhecimento.

Contudo, em filosofia, mesmo que o aluno não seja capaz de produzir

―conhecimento quantificado e não é esse o objetivo da filosofia no ensino médio‖, o

mesmo poderá ao menos se fazer valer da transformação individual em nível de

comportamento humano em uma sociedade participativa dentro de uma moral, dita

habemasiana.

7. REFERÊNCIAS

ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngüe, grego-português. Tradução Antonio C.

Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998.

ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural

Ltda, 2000.

BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento.

São Paulo: Martins Fontes, 1990.

156

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288

p. (Coleção Trans).

HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril

Cultural, 1973 (col. Os Pensadores).

KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Tradução, apresentação e

notas de Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa: IN/CM,F . C. S. H.

da Univ. de Lisboa, 1985.

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad.: Pietro Nassetti. São Paulo: Ed. Martin

Claret, 2005.

PLATÃO; República. São Paulo: Abril Cultural, 1972.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes Santos

Machado. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores).

MARÇAL, JAIRO- org. Antologia de textos filosóficos,736 p.- Curitiba, Seed- PR,

2009

LIVRO DIDÁTICO PUBLICA – Filosofia – Ensino Médio; Secretaria do Estado da

Educação – Ano 2006 – Paraná.

157

8.7. Física

APRESENTAÇÃO

A ciência surge em função da necessidade do ser humano em

decifrar o universo que o rodeia, e pela necessidade da resolução dos

problemas que surgem em determinados períodos da sua trajetória

vivencial.

Como ciência, a Física é histórica e busca uma visão do universo

em que vivemos, procurando expressar através de modelos, conceitos

e definições, amparando-se em teorias aceitas por uma comunidade

científ ica, mediante rigorosos processos de validação. As teorias

depois de validadas tornam-se leis universais que possibil itam a

estabelecer um conhecimento definit ivo sobre um determinado

fenômeno.

Sendo a ciência que estuda os fenômenos naturais, e como a

natureza está em constante evolução, essa ciência não tem caráter

estagnado e definit ivo, e acompanha as transformações do pensamento

humano, evoluindo através de novas tecnologias e teorias científ icas.

Sua evolução não ocorre apenas no âmbito científ ico, abrange também

um caráter f i losófico, pois possibil i ta questionar as ―verdades‖ ou

dogmas insti tuídos pelo conhecimento empírico.

A Física corresponde a um conjunto de conhecimentos

estruturados, sistematizados, reconhecidos pela sociedade em geral e,

especialmente, pela comunidade científ ica. O ensino da Física, no

Ensino Médio, deve contribuir para a formação de uma cultura científ ica

efetiva, que permita aos alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e

processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser

humano com a natureza, como parte da própria natureza em

transformação. É fundamental apresentar uma física com a qual o aluno

possa perceber seu signif icado no momento em que aprende, não num

momento posterior do aprendizado. O conhecimento deve ser voltado a

fenômenos signif icativos com uti l ização do saber adquirido.

O aprendizado de Física deve estimular os jovens a acompanhar

as notícias científ icas, orientando-os para a identif icação sobre o

158

assunto que está sendo tratado e promovendo meios para a

interpretação de seus signif icados. A física contemporânea deve

apresentar-se em forma culturalmente signif icat iva e contextualizada,

transcendendo naturalmente os domínios discipl inares escritos.

É fundamental ressaltarmos a importância de levar em conta os

conhecimentos já adquiridos pelos alunos, suas concepções acerca do

mundo em que vivem. A interação entre professor -aluno,o diálogo entre

aluno-professor-ciência é indispensável na construção do conhecimento

pelo próprio aluno.

Enfim, a aprendizagem deve ser considerada uma produção

cultural, que irá transformar o cidadão, propiciando ao educando uma

visão científ ica e crít ica da realidade e das tecnologias em que ele

interage, l ibertando o educando das vendas do universo empírico.

JUSTIFICATIVA

O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o

aluno vive, explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e

no resto do mundo. Este aprendizado ocorre através da

experimentação, demonstração, observação, confronto, dúvida,

interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos. Neste

processo o aluno apropriar -se-á da linguagem própria de códigos e

símbolos, desenvolvida pela f ísica, ut i l izando -a para sua comunicação

oral e escrita.

Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico,

esse conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania

contemporânea.

Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física

promove a articulação de toda uma visão de mundo, de uma

compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que nosso entorno

material imediato, capaz, portanto, de transcender nossos limites de

tempo e espaço.

Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos

como conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da

159

Física, que a partir de desdobramentos, possam garantir os objetos de

estudo da disciplina de forma abrangente.

Não se pode negar, aos estudantes, condições para que

contemplem a beleza, a elegância das teorias f ísicas. Ao debruçar -se

sobre o estudo de gravitação, por meio do modelo de Newton, em que a

força aparece variando com o inverso do quadrado da distância, numa

equação que considera a presença da massa, o aluno deveria poder

perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão

somente, colocar alguns dados para obter uma resposta, mas um

resultado que sintetiza toda uma concepção de espaço, matéria e

movimento desde que o homem se interessou, movido pela

necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos.

Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino

Médio assume o caráter de terminalidade, os professores de Física da

Rede Pública Estadual do Paraná constroem essas orientações

curriculares, ressaltando a importância de um enfoque conceitual que

não leve em conta apenas a equação matemática, mas que considere o

pressuposto teórico que af irma que o conhecimento científ ico é uma

construção humana com signif icado histórico e social.

Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos

que sejam capazes de ref letir e inf luenciar, de forma consciente, nas

tomadas de decisões é importante buscarmos o entendimento das

possíveis re lações entre o desenvolvimento da Ciência e da tecnologia

e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas

decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende

de uma percepção histórica de como estas relações foram sendo

estabelecidas ao longo do tempo.

OBJETIVOS

A Física sendo uma ciência que tem por f im a compreensão dos

fenômenos naturais deve preconizar os seguintes objet ivos:

- Trabalhar a Física além da matemática aplicada, pois esta é uma

linguagem e não um f im, construindo os conceitos f ísicos através da

160

compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as

interações que nele se apresentam.

- Saber matemática não pode ser um pré-requisito para ensinar

Física , ainda que a linguagem matemática seja uma ferramenta para a

Física. Entendemos que precisamos permitir aos estudantes de Física

que se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos

conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

- Part ir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto

de suas experiências de vida em seu contexto social e que na escola,

se fazem presentes no momento em que se inicia o processo.

Enfatizando, part icularmente, as concepções alternativas apresentadas

pelos estudantes, a respeito de alguns conceitos, as quais acabam por

inf luenciar a aprendizagem desses conceitos do ponto de vista

científ ico.

- Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos

físicos, enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da

consciência teórica.

- Propor um tratamento qualitat ivo dos temas da Física moderna,

apresentado a Física como ciência em processo de construção.

- Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da

experimentação, por proporcionar uma melhor interação entre professor

e alunos e, entre grupos, contribuindo para o desenvolvimento

cognitivo e social dos estudantes, dentro de um contexto especial que

é a escola.

- Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma

que possibil ite a formação crít ica do educando, valorizando desde a

abordagem de conteúdos específ icos até suas implicações históricas.

- Contribuir para a formação de uma cultura científ ica efetiva, que

permita aos alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e proce ssos

naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a

natureza, como parte da própria natureza em transformação.

161

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA D ISCIPLINA DE F ÍS ICA

Os três conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÂMICA E

ELETROMAGNETISMO) foram escolhidos como estruturantes por que

indicam campos de estudo da Física que, a part ir de desdobramentos

em conteúdos específ icos, possam garantir os objetivos de estudo da

discipl ina da forma mais abrangente possível.

1ºANO

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Introdução ao estudo da Física 1. Evolução da Física

2. Partes da Física

2. Sistemas de Medidas 2.1 O Sistema Internacional de Unidades

2.2 Medidas de comprimento e de intervalo de

tempo

3. Cinemática Escalar 3.1 Conceitos básicos

3.2 Deslocamento escalar

3.3 Velocidade escalar média

3.4 Emprego do conhecimento físico e das

fórmulas na

resolução de problemas

4. Movimento Retilíneo Uniforme 4.1 Função Horária

4.2 Encontro entre dois carros

4.3 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5. Movimento Retilíneo Uniforme

Variado

5.1 Aceleração

5.2 Funções Horárias

5.3 Equação de Torricelli

5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas

5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de

fórmulas na resolução de problemas

5.6 Queda livre

6. Lançamento Oblíquo e

Horizontal

6.1 Características do lançamento

6.2 Equações dos lançamentos

162

6.3 Alcance máximo e trajetórias reais

7. Gravitação Universal 7.1 Campo Gravitacional

7.2 Leis de Kepler

7.3 Intensidade do campo gravitacional

8. Força 8.1 Conceito de Força

8.2 Componentes perpendiculares de uma Força

8.3 Força resultante

9.Massa e Peso 9.1 Diferenças entre massa e peso

9.2 Cálculo do peso de um corpo

10. Leis de Newton 10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ªLei de Newton

10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de

Newton.

10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de

Newton

10.4 Aplicações das leis de Newton.

11. Movimento Circular Uniforme 11.1 determinar a posição e a velocidade de um

corpo em MCU

11.2 Apresentar as grandezas período, freqüência

e velocidade angular.

11.3 Relações entre essas grandezas.

11.4 Aplicações do MCU

12. Energia e trabalho 12.1 Energia mecânica

12.2 Trabalho de uma força constante e variável

12.3 Trabalho do peso e da força elástica

12.4 Conservação da energia mecânica;

12.5 Potência e Rendimento;

12.6 Quantidade de movimento e impulso;

12.7 Conservação da quantidade de movimento;

12.8 Colisão frontal.

13. Hidrostática 13.1 Densidade de um corpo

13.2 Pressão média

13.3 Pressão atmosférica

13.4 Teorema de Stevin

13.5 Experiência de Torricelli

163

13.6 Princípio de Arquimedes

2º Ano

14. Termometria 14.1 Conceitos básicos

14.2 Equilíbrio térmico

14.3 Escalas de temperatura

14.4 Conversão de temperaturas

14.5 Relação entre as escalas

15. Dilatação dos sólidos 15.1 Dilatação linear

15.2 Dilatação superficial

15.3 Dilatação Volumétrica

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

16. Calorimetria

16.1 Relação entre calor, temperatura e energia

16.2 Capacidade térmica e calor específico dos

materiais

16.3 Princípio das trocas de calor

16.4 Mudanças de fase

16.5 Calor latente

16.6 Diagrama de fases

16.7 Cálculo das calorias nos alimentos

16.8 Transmissão de calor

17. Estudo dos gases

Termodinâmica

17.1 Mudanças de estado físico

17.2 Transformações gasosas

17.3 Equação de Clapeyron

17.4 Leis da termodinâmica

17.5 Aplicação das leis da termodinâmica

18. Óptica geométrica

18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica

18.2 Princípios da Óptica geométrica

18.3 Eclipses do sol e da lua

18.4 Espelhos planos e esféricos

18.5 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e

absorção

164

18.6 Construção das imagens nos espelhos

18.7 Óptica da visão – partes do olho

18.8 Defeitos e doenças da visão

19. Ondulatória 19.1 Introdução ao estudo das ondas

19.2 Velocidade de propagação das ondas

19.3 Fenômenos ondulatórios

19.4 Ondas estacionários

20. Acústica 20.1 Velocidade de propagação do som

20.2 Qualidade do som

20.3 Fenômenos sonoros

20.4 Efeito Doppler

20.5 Tubos sonoros

\

3º Ano

21. Eletricidade 21.1 Princípios da eletricidade

21.2 Processos de eletrização

21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb

21.4 Vetor campo elétrico e Potencial Elétrico

21.5 Energia potencial eletrostática

21.6 Capacitância ou capacidade Elétrica

21.7 Corrente elétrica e seus efeitos

21.8 Intensidade da corrente elétrica

21.9 Resistência elétrica e Leis de Ohm

21.10 Associação de resistores

21.11 Potência elétrica e energia elétrica

21.12 Geradores e receptores

21.13 Circuitos elétricos

22. Eletromagnetismo

22.1 Imãs – conceituação e propriedades

22.2 Princípios do magnetismo

22.3. Noções de geomagnetismo

22.4 Vetor indução magnética

165

22.5 Força Magnética

METODOLOGIA

O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, r esponsável

por apresentar problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução.

O professor pode adotar procedimentos simples mas que exi jam a

participação efetiva do aluno.

O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia

com o objet ivo maior da educação, que é o da formação de um cidadão

crít ico, capaz de interferir com qualidade na dinâmica social em que

está inserido.

O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição

quantitativa dos fenômenos físicos observados na natureza. P orém,

entendemos que o ―quantitat ivo‖ não pode ser entendido simplesmente

como e repasse ao aluno de fórmulas prontas, com o devido treino para

a resolução de questões numéricas.

A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e r ica,

pois auxil ia o aluno a reconhecer a ciência como um objeto humano,

tornando o conteúdo científ ico mais interessante e compreensível, além

de ajudar os professores na busca da estrutura das concepções

espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor estabelecer um

paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das

idéias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a

ciência como parte da realidade transformando a física em algo

compreensível, iniciando uma ruptura, com uma metodologia própria do

senso comum, fazendo a ponte entre as idéias espontâneas e o

conhecimento científ ico.

O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do

conhecimento prévio do estudante, com o objetivo de chegar ao

conceito científ ico.

Sendo o objetivo principal entre professores e estudantes

comparti lhar a busca da aprendizagem que ocorre na interação com o

conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam,

diferenciam, interam, modif icam e enriquecem o saber já existente.

166

Para melhor contextualização dos conteúdos cabe ao professor,

propiciar ao aluno a apropriação do respectivo conteúdo através de

exposição oral e dialogada, exercícios, questionamentos,

demonstrações, seminários, palestras, textos interdiscipl inares, estudo

dir igido e aulas práticas em laboratórios, uti l izando-se, quando

possível, dos recursos tecnológicos disponíveis.

A História e Cultura Afro- Brasileira ( Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena ( Lei

n] 11. 645/08) serão trabalhados de forma articulada aos conteúdos abordados pela

disciplina, objetivando-se uma ligação entre eles. Da mesma forma a Educação

Sexual, Genêro e Diversidade Sexual serão abordados durante as aulas sempre que

os conteúdos permitirem a relação.

Os Temas Socioeducacionais : Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99); Enfrentamento

à Violência ; Prevenção do Uso indevido de drogas e Educação Fiscal, , serão

abordados de forma contextualizada e articulada aos conteúdos estruturantes,

básicos e específicos da disciplina na medida em que o conteúdo que esteja sendo

trabalhado estabeleça relação com o mesmo.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

167

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação visa a julgar como e quanto dos

objetivos iniciais definidos no plano de trabalho do professor foram

cumpridos. Necessariamente, deve estar estreitamente vin culado aos

objetivos da aprendizagem. Além disso, têm a f inalidade de revelar

fragil idades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modif icação

por parte do professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto

no julgamento dos resultados quanto na análise do processo de

aprendizado.

A avaliação é um elemento integrador do processo ensino e

aprendizagem, visando o aperfeiçoamento, a confiança e naturalidade

do processo, como um instrumento que possibi l ita identif icar avanços e

dif iculdades, levando-nos a buscar caminhos para solucioná-los.

O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações

entre o conhecimento empírico e o conhecimento científ ico, mostrando

habil idades em ler e interpretar textos, fazendo uso das representações

físicas como tabelas, gráf icos, equações sistemas de unidades,etc.

Outra possibil idade é a verif icação do quanto o conhecimento

inicial do aluno foi modif icado (ou não), dado o desenvolvimento da

discipl ina. A part ir daí, pode-se gerar uma discussão bastante

vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo tempo em que se avalia o

quanto, como e por que o aprendizado se deu.

Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está

ligada a todas as ações do aluno, levando-se em conta os pressupostos

teórico-metodológicos da disciplina; deverá também ser diversif icada,

168

para contemplar as diferentes habil idades apresentadas pelos

educandos. Para tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar

pertinentes no decorrer do processo de aprendizagem, serão uti l izados

os seguintes instrumentos de avaliação:

Prova escrita

Trabalhos individuais e em grupo

Experiências

Pesquisa bibl iográf ica

Testes orais e escritos

Criatividade observada nos trabalhos

Produção nas aulas prát icas

Auto-avaliação

Debates e seminários

A recuperação é realizada no processo com retomada dos

conteúdos e reaplicado um novo instrumento de avaliação para

averiguar se correu o sucesso e o objetivo do trabalho. Devendo

constar no mínimo dois instrumentos diferenciados com peso de 50%

cada um.

Referencias:

Diretrizes Curriculares para o Ensino de Física. SEED: Curit iba,

2010.

169

8.8. Geografia

APRESENTAÇÃO

As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram

para objeto de estudo da geografia, o espaço geográfico que é

composto pelo lugar, paisagem, região, terri tório, natureza, sociedade,

entre outros; O espaço geográfico é produzido e apropriado pela

sociedade, composto por objetos e ações inter -relacionados.

Cabe à geografia preparar o aluno para uma leitura crít ica da

produção social do espaço e à escola subsidiar os alunos no

enriquecimento e sistematização dos saberes para que estes sejam

sujeitos capazes de interpretar, com olhar crít ico, o mundo que os

cerca. Ao professor cabe a postura investigativa e de pesquisa

evitando visão receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos

alunos conhecimentos específ icos da geografia, com os quais eles

possam ler e interpretar crit icamente o espaço, considerando as

diversas temáticas geográficas.

A relevância da geografia está no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço

é a materialização dos tempos da vida social.

O papel do processo produtivo na construção do espaço deve

possibil itar a compreensão sócio-histórica das relações de produção

capital istas, para que ref lita sobre as questões ambientais, sociais,

polít icas, econômicas e culturais materializadas no espaço geográfico.

Considerando que os alunos são agentes da construção do espaço, por

isso, é também papel da Geografia subsidiá -los para interferir

conscientemente na realidade.

A Geopolít ica deve possibil itar ao aluno a compreensão do

espaço que

ele está inserido, a part ir do entendimento da constituição e das

relações estabelecidos entre os territórios inst itucionais e aqueles

territórios que a eles sobrepõem-se como campos de forças sociais e

polít icas. É necessário que os alunos compreendam as relações de

poder que os envolvem e determinam. Considerado fundamental para

170

os estudos geográficos no atual período histórico, atinge outros

campos de conhecimento e assim remetem à necessidade de

espacializá-los e especif icar o olhar geográfico para o mesmo.

A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e

sim, compreender que sociedade, economia, polít ica e cultura fazem

parte de processos relativos à problemática ambiental contemporânea,

sendo componente e sujeito dessa problemática.

É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza,

quanto sua transformação em função da ação humana e sua

participação na constituição física do espaço geográfico. Não se trata

apenas das questões da natureza, mas ambiente pelos aspectos

sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da

fome, do preconceito e das diferenças culturais.

Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações

sociais e culturais, bem como da constituição, distr ibuição e mobilidade

demográfica.

As manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos

geográficos e são partes do espaço, registros importantes para a

Geografia.

Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa

circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de

vida.

Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das

diferentes sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas

nos territórios e produzem novas territorial idades e com as relações

polít ico-econômicas que inf luenciam essa dinâmica.

OBJETIVOS GERAIS

-

-

sociedades humanas;

- Entender o func

lugar, do território a partir do espaço geográfico;

-

171

envolvem o mundo globalizado;

-

espaço atual os processos históricos, construídos em diferentes

tempos, os processos contemporâneos, conjuntos de práticas dos

diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na

organização e no conteúdo do espaço compreendendo e

aplicando no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.

METODOLOGIA

De acordo com as diretr izes curriculares para o ensino da

geografia, os conteúdos estruturantes devem ser abordados de forma

crít ica e dinâmica de maneira que a teoria, prát ica e a realidade

estejam interligados em coerência com os fundamentos teórico -

metodológicos.

Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia,

torna-se necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos

básicos e as relações sócio-espaciais nas diferentes escalas (local,

regional e global).

Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do

trabalho pedagógico da discipl ina para compreensão nas diferentes

escalas geográficas.

No processo de construção do conhecimento e análise das

categorias serão realizadas problematizações, análise de textos e

imagens, mapas, músicas, manifestos, vídeos, documentários,

trabalhos de campo, entre outros.

Ainda poderão ser util izados análise e interpretação de tabelas e

gráf icos, produção de esquemas, quadros comparativos, painéis,

cartazes, levantamento de informações e pesquisas em diversas fontes,

como recursos para a confirmação da ação pedagógica.

Os conteúdos específ icos poderão ser desenvolvidos

considerando os enfoques Dimensão Socioambiental, a Dinâmica

Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da Produção do/no

espaço e a Geopolít ica.

172

Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como

prática metodológica e a cartograf ia como recurso didático que assume

abordagem diferenciada e concordante com a perspectiva teórico -

metodológica assumida pelo professor.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é

o espaço geográfico.

173

Para organização desse objeto de estudo foram organizados os

conteúdos estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que

identif icam e organizam os campos de estudos da Geografia.

Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se

separam.

A part ir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos

específ icos.

Os Conteúdos Estruturantes são:

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão polít ica do espaço geográfico;

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico.

• Dimensão econômica do espaço geográfico

Enfatizar a apropriação do meio natural pela sociedade, criando

redes de transferência e circulação de mercadorias, pessoas,

informações e capitais é o enfoque a ser dado para os alunos do

Ensino Fundamental. Sempre considerando que esses alunos são

agentes da construção do espaço.

Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes

pode ser considerado como análise para entender como se constituir o

espaço geográfico, possibi l itando a compreensão sócio -histórica das

relações de produção capital istas, para ref letir sobre as questões

ambientais.

• Dimensão polít ica do espaço geográfico

Os conteúdos estruturantes na área polít ica tem como proposta a

ref lexão dos fatos históricos, para que os alunos ampliem sua

compreensão a respeito do mundo real, em âmbito local, regional e

global.

Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma

abordagem mais profunda, visto que o aluno teve noções no Ensino

Fundamental. O Trabalho pedagógico deve abordar o local e o global,

levando em consideração a interpretação histórica das relações

geopolít icas em estudo.

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

174

A questão socioambiental não se restringe aos estudos da f lora e

da fauna, mas a interdependência das relações entre sociedade,

aspectos econômicos, sociais, culturais, etc. Compreendendo a

dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo

estruturante. Os estudos da formação demográfica das diferentes

sociedades e dos aspectos culturais contribuem para compreender a

intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e

modos de vida.

Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a

temática de história e cultura afro -brasileira e africana nas diferentes

séries do Ensino Fundamental e Médio, em qualquer conteúdo

estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03.

CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos Básicos – Geografia 5ª. Série 2. Formação e transformação das paisagens naturais e culturais 3. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção 4. A formação, localização e exploração dos recursos naturais 5. A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico. 6. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista 7. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural 8. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos 9. As diversas regionalizações do espaço geográfico Conteúdos Básicos – Geografia 6a. Série Formação território brasileira

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro

A mobilidade populacional e as manifestação socioespaciais da diversidade cultural

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos

175

Movimentos migratórios e suas motivações

O espaço rural e a modernização da agricultura

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço

O formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico

A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações

Conteúdos Básicos – Geografia 7ª. Série

2. As diversas regionalizações do espaço geográfico

3. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano

4. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

5. O comércio em suas implicações socioespaciais

6. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações

7. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico

8. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

9. O espaço rural e a modernização da agricultura

10. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos

11. Os movimentos migratórios e suas motivações

12. A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural;

13. A formação, o localização, exploração dos recursos naturais

Conteúdos Básicos – Geografia 8ª. Série

2. As diversas regionalizações do espaço geográfico.

3. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

4. A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção

5. O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

6. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.

7. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos

176

8. A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural

9. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

10. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico

11. A formação, localização, exploração dos recursos naturais;

12. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção

12) O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial

CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE – ENSINO MÉDIO

1ª Série

• A formação e transformação das paisagens.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

• A transformação técnico-científica-informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

• O comércio e as implicações sócio-espaciais.

2ª Série

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

177

• As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

• O comércio e as implicações sócio-espaciais.

3ª Série

• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço

da produção.

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

• A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos.

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

• As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve

acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do

professor. É fundamental que a avaliação se ja mais do que a definição

de uma nota ou de um conceito. É necessário que seja contínua e que

priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de

diagnosticar falhas no processo ensino aprendizagem para que a

intervenção pedagógica aconteça.

A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e

instrumentos visando a contemplação das diversas formas de

expressão do aluno como a leitura e interpretação de textos, fotos,

imagens, gráf icos, tabelas, mapas; produção de maquetes, murais,

desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes, apresentação de

seminários, relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da

participação e avaliação formal oral e escrita.

178

Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada

conteúdo e objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de

conceitos de entendimento sócio espacial.

Acreditamos que através de todos esses instrumentos de

avaliações estaremos atendendo uma diversidade de aprendizados e

oportunizando a construção do conhecimento visando de senvolver o

aluno de forma ampla contribuindo assim para a sua formação social,

crít ica, part icipativa e responsável.

Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na

aprendizagem deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este

demonstrar necessidade por não ter compreendido e/ou assimilado aos

conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações e notas.

A recuperação será paralela aos conteúdos, bem como aos

trabalhos aplicados no decorrer do bimestre, visando recuperar não

apenas a nota, mas também construir avanços com relação ao

aprendizado anterior.A recuperação será realizada através da retomada

dos conteúdos e util izando um novo instrumento de avaliação para

averiguar se correu o sucesso e o objetivo do trabalho. Devendo

constar no mínimo dois instrumentos diferenciados com peso de no

máximo 50% cada um.

REFERENCIAS: ANDRADE, M. C. De Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987. BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1992. DCE do Ensino de Geografia. CEE. Curitiba, 2008.

DCE do Ensino de Geografia. CEE. Curitiba, 2010.

179

8.9. História

APRESENTAÇÃO DA D ISCIPLINA

O ensino da história tem como objetivo estudar as sociedades

humanas no tempo, portanto para ensinar História é necessários

entender os diferentes processos e sujeitos históricos e suas relações

no tempo e no espaço.

Faz-se necessário pensarmos a História enquanto conhecimento

ampliado, tanto pelos historiadores com seus estudos teóricos (fontes

documentais), como pela aproximação com as demais áreas de ensino

(interdiscipl inaridade). Buscamos desenvolver, mais que alunos

crít icos, cidadãos capazes de analisar os processos históricos em que

estão inseridos.

Define-se assim, a importância do conhecimento histórico como

elemento fundamental para a compreensão social. É por isso que a

História desempenha papel relevante na formação da cidadania,

possibil itando uma visão ref lexiva sobre a pessoa enquanto indivíduo e

também elemento de um grupo. Somente nesse momento

conseguiremos formar jovens que respeitem e compreendam a

importância do outro na sociedade

Contribuindo para a construção do conhecimento, respeitando as

diversidades, est imulando o diálogo, a tomada de decisões em

situações prát icas.

Propiciando informações, idéias e conceitos históricos ao aluno

permitindo que estes atribuam sentido a tempo a História de forma mais

ef iciente ao mundo contemporâneo, questionando sua realidade,

identif icando alguns de seus problemas e ref letindo sobre algumas de

suas possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação polít ica

inst itucionais e organizações colet ivas da sociedade civi l.

Considerando o aluno como um ser produtor de história e agente

de transformação da sociedade, e assim, despertar a consciência

polít ica e histórica da divers idade, ou seja, ter a compreensão de que a

sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnico -

raciais dist intos, com cultura e história próprias.

180

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL

- A história como área do conhecimento.

O historiador e a produção do conhecimento histórico;

O tempo da história;

Patrimônio material e imaterial;

A pré-história;

Surgimento do homem na América, mitos e lendas;

Paleotít ico e Neolít ico;

Arqueologia brasi leira, Lagoa Santa, Serra da Capivara, Sambaquis,

mitos, memória e história oral ;

Povos Indígenas brasileiros.

Ocupação do Território Brasileiro.

Surgimento das primeiras civi l izações;

A mesopotâmia;

Na América, maias, Incas e Astecas, Olmeca, Mochicas, Tiuranacas;

A civil ização egípcia;

O povo hebreu;

O império persa, gregos e romanos, os f inícios, Nubios e os povos do

oriente.

A Europa no Cenário da História

Creta, formação do mundo grego;

Cidades Estados, Grécia Clássica, Cultura Helênica.

A chegada dos Europeus na América.

Encontro das culturas;

Escravização e Catequização;

Península Ibérica (Cultura, sociedade e polít ica);

Reconquista do território;

Formação de Roma;

Monarquia e República em Roma,

Império Romano;

Ascensão do Crist ianismo;

Cultura e Arte no Império Romano;

Crise do Império;

Formação da Sociedade Brasileira e Americana

181

Grandes navegações.

Organização Ibérica

América portuguesa;

América espanhola;

América franco-inglesa.

Organização polít ica administrat iva (capitanias hereditárias,

sesmarias).

Povos Africanos (Sangai, Benin, Ifé, Monmotapa, Congo0

Diáspora africana

Manifestações culturais (sagrado e profana)

- Organização social (família patriarcal e escravismo)

- Escravização indígena e Africana.

- Economia (pau-brasil , cana-de-açúcar e minérios).

- Expansão e Consolidação de territórios;

Missões;

Bandeiras;

Invasões estrangeiras;

Colonização e criação da América África, Europa e Ásia..

Colonização do Brasil e do território Paranaense (Cultura e economia e

sociedade)

A alta Idade Média.

Os bárbaros;

Os Árabes;

A igreja na Idade Média (reforma e contra-reforma)

As cruzadas.

Movimentos de contestação;

Quilombos;

Revoltas nativistas e nacionalistas;

Inconfidência Mineira;

Conjunção baiana;

Revolta da cachaça;

Guerra dos mascates;

Revolução Francesa.

- Independência das Treze Colônias Inglesas das Américas e Brasil.

182

- Guerra da Secessão.

- De colônia a Reino Unido.

Revolta Pombalina

Missões artística – científ icas.

Bibl ioteca Nacional.

Banco do Brasil .

Urbanização na capital.

Imprensa Régia.

Invasão Neo-napoliônica na Península Ibérica.Monarquias absolut istas.

Chegada da Fámilia Real no Brasil

O processo de Independência do Brasil.

Governo de D. Pedro I.

Constituição outorgada 1824.

Unidade territorial.

Manutenção da estrutura social.

Confederação do Equador.

Província Cisplat ina.

Hait ianismo.Haití

Revoltas regenciais: Malês, sabinada, baianada, cabanagem,

farroupilha.

Independência das Américas.

A construção da nação.

Formação da sociedade africana, européia e asiática na América.

Governo de D. Pedro II.

Lei de terras, lei Eusébio de Queirós – 1850.

Início da imigração européia.

Definição de territórios.

Movimentos abolicionistas e emancipacionistas.

Polít ica do branqueamento e ImigraçãoEuropéia.

Revolução Industrial e a relação de trabalho.

Movimento opérário.

Ludismo, social ismo, anarquismo, comun ismo.

Emancipação Polít ica do Paraná (1853).

Organização social.

183

Manifestações culturais.

Organização Polít ica administrat iva.

Migrações: internas (escravizados, l ibertos e homens livres pobres) e

externa (europeu).

Os povos indígenas e a polít ica de terras.

A guerra do Paraguai / guerra da trípl ice aliança.

Legislação.

Resistência e negociação.

Discursos, abolição.

Imigração, senador Vergueiro.

A missiginação

Colonização da África e Ásia.

Brasil Republica: polít ica econômica e sociedade.

Questão agrária na América Latina e no Brasil.

Imigração Asiát ica.

Oligarquia, coronelismo: campo e cidade.

Movimentos messiãnicos.

Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro.

Paraná: - Guerra do contestado,

- Greve 1917

- Curit iba.Paranismo, movimento regionalista.

Neo-colonialismo e Imperial ismo.

Primeira guerra mundial.

Revolução Russa.

A semana de 22 e o repensar da nacionalidade

Economia

Organização social

Organização polít ico-administrat iva

Manifestações culturais

Coluna Prestes

Crise de 29

- A ―Revolução‖ de 30 e o período Vargas(1930 a 1945)

Leis trabalhistas

Voto feminino

184

Ordem e disciplina no trabalho

Mídia e divulgação do regime

Criação do SPHAN, IBGE

Futebol e Carnaval

Contestações à ordem

Integral ismo

Ascensão dos regimes totalitários na Europa

Segunda Guerra Mundial

Participação do Brasil na II Guerra Mundial

- Populismo no Brasil e na América Latina

Cárdenas México

Perón – Argentina

Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart - Brasi l

Independências das colonias a fro-asiáticas

Guerra Fria

- Construção do Paraná Moderno

Governos de:

Manoel Ribas

Moyses Lupion

Bento Munhoz da Rocha Netto

Ney Braga

Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura

administrativa

Copel, Banestado, Sanepar, Codepar.. .

Movimentos culturais

Movimentos sociais no campo e na cidade

Ex.; Revolta dos colonos década de 50 – Sudoeste

Os xetá

- O Regime Mil itar no Paraná e no Brasil

Repressão e censura, uso ideologico dos meios de comunicação.

O uso ideológico do futebol na década de 70

O tr icampeonato mundial

A criação da liga nacional (campeonato brasileiro)

Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra

185

Guerra Fria e os Regimes Mil itares na America Latina

Regime mil itar Argentino

Polít ica de boa vizinhança

Revolução Cubana

11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende

Censura aos meios de comunicação

O uso ideológico do futebol na década de 70

A copa da Argentina – 1978

- Movimentos de contestação no Brasil

Resistência armada

Tropicalismo

Jovem Guarda

Novo Sindicalismo

Movimento Estudantil

Cinema novo e Teatro

- Movimentos de contestação no mundo

Maio de 68 – França

Movimento negro

Movimento Hippie

Movimento Homossexual

Movimento Feminista

Movimento Punk

Movimento Ambiental

- Redemocratização

Constituição de 1988

Movimentos populares rurais e urbanos:

MST (Movimento dos sem Terra),

MNLM (Movimento Nacional de luta pela Moradia),

CUT (Central Única dos trabalhadores),

Marcha Zumbi dos Palmares, etc.

Mercosul

Alca

- Fim da bipolar ização mundial

Desintegração do bloco socialista

186

Neoliberalismo

Globalização

11 de setembro nos EUA

- África e América Latina no contexto atual

- O Brasil no contexto atual

A comemoração dos ―500 anos do Brasil‖: análise e ref lexão

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO

Historiograf ia (conceitos, concepções)

Primeiras sociedades (Brasil)

Civi l izações antigas (ocidentais e orientais)

Sociedade feudal

Transição para o capital ismo

Trabalho assalariado

Mercanti l ismo

Expansionismo europeu

Grandes Navegações e Descobrimento da América

Habitantes das América

A conquista da América pelos europeus

Colonização do Brasil E Paraná

Ciclo minerador e expansão terri torial

O trabalho escravo no Brasil

Transição do Trabalho escravo no Brasil e Paraná.

O africano antes de vir para o Brasil

Instituição do trabalho escravo africano no continente americano

Abolição

Desmist if icação do continente africano como um continente primitivo

A escravidão no mundo contemporâneo

Resistência do povo negro: quilombos

Revolução Industrial .

Organização dos operários: Anarquismo e marxismo

Trabalho e arte nas sociedades pré -colombianas,

Trabalho infantil e feminino;

urbanização e industria brasi leira

187

trabalho contemporâneo no mundo, Brasil e Paraná.

Brasil colonial: a economia canavieira.

Absolutismo

democracia

Renascimento

Símbolos nacionais e Paraná.

Reforma contra reforma

A revolução francesa

Direitos do Homem e Cidadão

A independência da América Ibérica

Imperial ismo

Estado imperial ista – colônias

Independência do Brasil

Brasil império

A transição do império para a república no Brasil

1ª guerra mundial

2ª guerra mundial

Guerra fr ia: totalitarismo: Nazismo e Fascismo

Revolução Russa

Social ismo

Urbanismo e Industrialização

Ciclo econômico Paraná

Brasil república contextualizando com:

Civi l izações: neolít ico, antiga, européia, africana, americana.

Relações culturais: antiguidade, na sociedade medieval.

Movimentos sociais, polít icos, culturais, religiosos.

Sociedade moderna

Reforma e contra reforma

Protestantismo na América

Iluminismo

Modernização séc. XIX.

Urbanização e industrial ização, artes e Literatura.

Sociedade contemporânea

188

Movimentos sociais, polít icos, culturais: América Europa Brasil

PARANÁ

Urbanização e Industrial ização

METODOLOGIA

O educador trabalha com diferenças e semelhanças, bem como

continuidade e descontinuidade, tem o objetivo de instigá -los à

ref lexão, à compreensão e à part icipação colet iva e individual do

educando no meio social.

É tarefa do professor criar situações de ensino para os alunos

estabelecerem relações entre o p resente e o passado, o particular e o

geral as ações individuais e colet ivas, os interesses específ icos de

grupos e as articulações sociais. Trabalharemos com as seguintes

situações didáticas:

-Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas idéias, opi niões,

dúvidas ou hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus

conhecimentos;

-Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular

a troca de informações, promover trabalhos interdiscipl inares;

-Desenvolver at ividades com diferentes fontes de informações (livros,

jornais, revistas, f i lmes, objetos, fotograf ias, etc.), e confrontar dados e

abordagens;

-Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográf icas,

organização das informações coletadas, como obter informações de

documentos, como proceder em visitas e estudos do meio e como

organizar resumos.

-Promover estudos e ref lexões sobre a diversidade de modos de vida e

de costumes que convivem na mesma localidade.

-Trabalhar com aulas exposit ivas, vídeos, reto -projetor, pesquisas do

cotidiano e suas relações com o contexto mais amplo.

-Propor estudos das relações e ref lexões que destaquem diferenças e

semelhanças, transformações permanências continuidade e

descontinuidades históricas.

189

-Identif icar diferentes propostas e posições defendidas por grupos

sociais para solução de problemas sociais e econômicos.

-Propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias

de intervenção na realidade (organização de regras de convívio,

atitudes e comportamentos diante de questões sociais, atitudes

polít icas individuais e colet ivas).

-Solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráf icos,

murais, exposições e estimular a criatividade expressiva.

Leitura: ler é receber uma mensagem e reagir a ela, portanto a leitura

envolve um trabalho de recepção que, num sentido amplo, deve ser

feito com relação aos textos, iconografias, mapas e demais fontes

históricas. A leitura procura est imular aos alunos a compreender o

vocabulário, sintet izar textos, identif icar temas, compreend er frases,

pensamentos ou citações e ou explicar conteúdos.

Interpretação de textos: além da leitura, os alunos devem se

expressar de forma mais pessoal, atr ibuindo seus próprios valores aos

temas analisados. O aluno irá elaborar análise com base em sua

própria experiência. Pede-se aos alunos que produzam explicações

coerentes a part ir de determinado contexto histórico. Ao produzir

explicações, os alunos estarão externando sua compreensão a respeito

dos temas estudados.

Pesquisa: sol icitar aos alunos o trabalho de pesquisa, af im de

que eles desenvolvam sua própria experiência na produção de

conhecimento. Pra a realização desses exercícios os alunos deverão

explorar os mais variados t ipos de fontes (jornais, revista, f i lmes,

l ivros, enciclopédias entrevistas históricas orais e outras).

Interpretação de mapas: procurar -se-á desenvolver no aluno a

capacidade de interpretar as informações de um mapa histórico.

Convém salientar que não se trata da produção de mapas, mas de

leitura e análise a partir da observação dos mapas apresentados.

Produção de textos: a escrita se dá pro meio de um processo

semelhante. Conjugando elementos da leitura e interpretação com o

domínio da linguagem, em vários momentos os alunos produzirão

190

explicações a part ir de seu próprio repertó rio, que vai sendo ampliado

conforme ele avança nos seus estudos.

Interpretação iconográfica: o exercício do olhar é fundamental

para o bom uso das imagens tanto quanto das atividades com textos.

A História e Cultura Afro- Brasileira ( Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena ( Lei

n] 11. 645/08) serão trabalhados de forma articulada aos conteúdos que fazem parte

da disciplina, objetivando-se uma ligação entre eles. Da mesma forma a Educação

Sexual, Genêro e Diversidade Sexual serão abordados durante as aulas, no

decorrer do período letivo.

Os Temas Socioeducacionais : Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99);

Enfrentamento à Violência ; Prevenção do Uso indevido de drogas e Educação

Fiscal serão vistos de forma contextualizada e articulada aos conteúdos

estruturantes, básicos e específicos da disciplina na medida em que o conteúdo que

esteja sendo trabalhado estabeleça relação com o mesmo.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

191

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação é hoje compreendida pelos educadores como

elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino.

A avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o professor

estuda, interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,

com a f inalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino

aprendizagem dos (elementos) alunos, bem como diagnosticar

resultados e estabelecer-lhes valor.

Para realizar a avaliação o professor deve ref letir sobre os

objetivos que pretende atingir em todo o percurso da aprendizagem,

acompanhando o processo e fazendo ajustes conforme o

necessário.Vale ressaltar que também deve observar os resultados a

que se chegou no f inal do percurso.

Deve-se levar em consideração os conhecimentos adquiridos pelo

educando valorizando o seu potencial, bem como a participação

coletiva, a integração social e o desenvolvimento crít ico e optativo.

A observação do seu desempenho poderá ser contínua e

permanente, nas diversas áreas de conhecimentos e habil idades,

devendo ser respeitada a individualidade do aluno, propondo atividades

desafiadoras que correspondam às expectativas de aprendi zagem.

Deverão ser incluídas avaliações orais, testes, trabalhos

individuais e coletivos, pesquisas entrevistas, auto -avaliação,

entretanto sempre valorizando os ganhos que o educando obteve ao

longo do processo.

Diagnosticada a situação, o docente deve es tabelecer estratégias

pedagógicas capazes de vencer o fracasso escolar e as desigualdades

não esquecendo de atribuir valores sobre seu desempenho.

192

Levando em conta os conteúdos estruturadores, estimulando a

construção do conhecimento. A tarefa de avaliar abrange o trabalho

dos docentes, discentes e da inst ituição em si, sendo preciso avaliar

dentro dessa proposta de maneira objetiva e inovadora.

O processo de ensino-aprendizagem poderá ser avaliado através

de:

*Avaliação do professor;

*Realização das atividades propostas nos objetivos;

*Argüições orais (debates);

*Verif icação da participação dos alunos nas atividades coletivas;

*Realização de trabalhos e provas.

Será oportunizado ao educando:

Dimensionar em diferentes temporalidades as formas de

organização polít ica nacionais e internacional.

Reconhecer diferenças e semelhanças entre os confrontos, às

lutas sociais e polít icas, as Guerras e as Revoluções do presente e do

passado.

Reconhecer característ icas da cultura contemporânea atual e

suas relações com a História Mundial nos últ imos séculos.

Reconhecer algumas diferenças, semelhanças, transformações e

permanências entre idéias e prát icas envolvidas na questão da

cidadania, construídas e vividas no presente e no passado.

Reconhecer as diversidades de documentos históricos.

Organizar idéias articulando-as oralmente, por escrito e por

outras formas de comunicação.

A avaliação deve mostrar-se útil para professores, alunos e escola,

contribuindo para o auto conhecimento e para a verificação das etapas vencidas,

considerando os conteúdos selecionados para o período, oportunizando um novo

olhar e um novo planejamento dos objetivos traçados previamente.

A avaliação pode e deve oferecer ao professor e aos alunos elementos para

uma reflexão contínua do ensino e da aprendizagem, auxiliando na compreensão

dos aspectos que devem ser requisitados, na tomada de consciência das

conquistas, dificuldades e possibilidades desenvolvidas pelos alunos.

193

A participação dos alunos na avaliação implica cumplicidade com as

decisões a serem tomadas pelo professor-aluno, cada um assumindo sua

responsabilidade no processo de ensino e aprendizagem.

Cabe ao professor informar aos alunos seus avanços e suas dificuldades,

pois a avaliação é um processo contínuo permanente e cumulativo, onde ambos

poderão organizar e reorganizar as mudanças e necessidades para atingirem a

aprendizagem.

Sendo a avaliação um processo contínuo e formativo, visa investigar

para intervir. Esse conjunto de procedimentos possibilita ao professor e ao aluno

assumirem a condição de investigação, onde cada ação será contemplada com a

reflexão, possibilitando a reelaboração dos conceitos abordados.

A avaliação como diagnóstico da aprendizagem possibilita ao professor

orientar as intervenções para a melhoria dos resultados.

Nas discussões acerca de erros e acertos dos alunos, o professor pode

orientá-los e transformar os eventuais erros de percurso em situações de

aprendizagem que podem exigir formas diferenciadas de atendimento e alterações

de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula.

Tendo claro o que se deseja com as atividades, um plano de ação docente

organiza todo o trabalho pedagógico e define de forma clara os propósitos e a

dimensão do que se avalia. Desta maneira ao se aplicar a avaliação, deve-se levar a

rigor a sua elaboração e o uso dos instrumentos.

As diferentes atividades de ensino/ aprendizagem devem se concretizar em

sala de aula para a formação do aluno, sendo avaliadas de maneira contínua.

Alguns instrumentos diversificadores da avaliação:

• Leitura compreensiva de situações-problema - Possibilita ao professor

verificar a compreensão do conceito abordado, analisando e levando em

consideração o conhecimento prévio do aluno.

• Pesquisa e apresentação oral - A pesquisa proporciona ao aluno um

contato maior sobre o conteúdo estudado em sala. O professor deve solicitar a

pesquisa com enunciado claro e objetivo preciso do que se espera do aluno e com a

apresentação oral pode-se avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo

estudado, a qualidade das afirmações, a organização e exposição de ideias.

• Atividades Experimentais - Situações em que os alunos têm a oportunidade

de criar hipóteses sobre o fenômeno estudado e com as suas observações, dúvidas

194

e erros constroem o conhecimento. Desta forma ocorre a avaliação quanto à

compreensão do fenômeno, do conceito a ser construído, bem como a interação dos

alunos se o trabalho for realizado em grupo.

• Relatório - Descrição e análise da atividade desenvolvida, possibilitando

nas considerações finais a apresentação crítica dos resultados obtidos.

• Trabalho em grupo - Envolver o aluno nas atividades a fim de

compartilharem conhecimento, seja nas tarefas realizadas em grupo ou para

promover uma interação social.

A avaliação se dá no momento em que se percebe a demonstração dos

conhecimentos já estudados em sala e na produção coletiva dos trabalhos.

Todas as atividades avaliativas são permeadas por critérios que as orientam,

permitindo ao professor uma análise do ensino/aprendizagem o desenvolvimento

das habilidades, a comunicação matemática, as estratégias para a solução de

problemas bem como a compreensão por meio da leitura e seu tratamento crítico.

A recuperação com retomada de conteúdos deve acontecer paralelamente e

concomitante aos trabalhos, provas e conteúdos, visando voltar, discutir, esclarecer,

recuperando o processo possibilitando uma nova oportunidade de aprendizagem.

Referencias:

PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de História. SEED: CURITIBA,

2010.

195

8.10. L. E. Inglês

APRESENTAÇÃO DA D ISCIPLINA

O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado

somente depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil em

1808. Em 1809, com a assinatura do decreto de 22 de junho, pelo

Príncipe Regente D. João VI, criaram-se as cadeiras de inglês e

francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às

demandas advindas da abertura dos portos ao comércio.

Em1916, com a publicação de Cours de Linguistic Génerale por

Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter

científ ico.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e

cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos intensif icou -se e com

isso a necessidade de aprender inglês tornou -se cada vez maior.

Como uma tentativa de rompimento com a hegemonia de um

único idioma ensinado nas escolas, criou -se, em 1982, o Centro de

Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do Paraná, que

posteriormente expandiu-se para todo o Estado.

Em 1996, a Lei de Diretr izes e Bases da Educação Nacional nº

9.394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua

estrangeira moderna, escolhida pela comunidade escolar, e uma

segunda em caráter optativo, dependendo das disponibi l idades da

inst ituição.

Em 2005 foi criada a Lei nº 11.161, que decreta obrigatória a

oferta de língua espanhola para o Ensino Médio, sendo facultativa a

matrícula para o aluno, sendo que os estabelecimentos têm 5 anos, a

partir da data de sua publicação para implementá -la.

De acordo com as Diretr izes Curriculares da Educação o objetivo

de ensinar l íngua estrangeira na escola não é apenas l ingüíst ico, mas

ensinar e aprender línguas são também ensinar e aprender percepções

de mundo, desse modo, construir sentidos e formar subjetividades,

independentemente do grau de prof iciência atingido, uma vez que, o

196

objeto de estudo é a LÍNGUA. O ensino de língua estrangeira amplia as

perspectivas de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e

cria novas possibil idades de construir sentidos do e no mundo .

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Tomando a língua como interação verbal, enquanto espaço de

produção de sentidos marcado por relações contextuais de poder, o

Conteúdo Estruturante será aquele que traz de forma dinâmica o

discurso enquanto prática social, efetivado por meio das práticas

discursivas, as quais envolvem a leitura, a oral idade e a escrita.

O trabalho em aula deve partir de um texto de linguagem num

contexto em uso, sob a proposta de construção de signif icados por

meio do engajamento discursivo e não apenas pela prática de

estruturas lingüísticas. A ênfase do trabalho pedagógico é a interação

ativa dos sujeitos com o discurso, tornando-os capazes de comunicar-

se em diferentes formas discursivas, em diferentes tipologias textuais.

Para o trabalho de língua estrangeira envolvendo leitura,

oral idade e escrita é necessário que o professor tenha oportunidade de

participar de cursos de aperfeiçoamento específ ico na língua

(momentos de estudos em grupo, cursos de prof iciência, etc.),

adquirindo assim uma maior confiança, fazendo com que os alunos

sintam-se cada vez mais motivados e confiantes no trabalho do

professor em sala de aula.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

5a SÉRIE/6º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. LEITURA Intencionalidade; Identificação do tema; Intertextualidade; Funções das classes gramaticais no texto;

197

Marcas lingüísticas. ESCRITA Finalidade do texto; Tema do texto; Ortografia; Coesão e coerência; Variedade lingüística. ORALIDADE Pronúncia; Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos etc...; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gíria repetição.

6 SÉRIE / 7º ANO

LEITURA Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Variedade lingüística; Intencionalidade; Identificação do tema; Elementos semânticos. ESCRITA Condições de produção; Informatividade; Funções das classes gramaticais no texto; Variedade lingüística. Ortografia. ORALIDADE Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Turnos de fala; Pronúncia.

7a SÉRIE/8o ANO

LEITURA Vozes sociais presentes no texto; Intencionalidade: Intertextualidade; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos. ESCRITA Interlocutor; Finalidade do texto; Tema do texto; Condições de produção; Marcas lingüísticas. ORALIDADE Adequação do discurso ao gênero; Diferenças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto. Pronúncia.

198

8a SÉRIE/9o ANO

LEITURA Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Discurso direto e indireto; Funções das classes gramaticais no texto; Vozes sociais presentes no texto; Marcas lingüísticas: pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito); ESCRITA Informatividade (informação necessária para a coerência do texto); Condições de produção; Funções de classes gramaticais no texto; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Discurso direto e indireto. ORALIDADE Adequação da fala ao contexto; Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito; Adequação do discurso ao gênero. Pronúncia.

ENSINO MÉDIO

LEITURA Intencionalidade; Intertextualidade; Identificação do tema; Marcadores do discurso; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Marcas lingüísticas; Funções das classes gramaticais no texto; Vozes sociais presentes no texto. ESCRITA Tema do texto; Finalidade do texto; Condições de produção; Informatividade (informação necessária para a coerência do texto); Vozes verbais; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto. ORALIDADE Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Marcas lingüísticas; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto. Pronúncia.

199

METODOLOGIA DA D ISCIPLINA

O ensino de uma língua estrangeira deve contribuir para a

formação de um indivíduo crít ico, capaz de interagir com o mundo que

o cerca. Para isto a língua precisa ser entendida como um produto,

resultado das interações sociais em constante movimento e mudança. A

língua estrangeira deve ser aceita como um instrument o que torna

possível para o aluno o acesso a novas informações e novas maneiras

de entender o mundo. Portanto, esta discipl ina é baseada no estudo

das estruturas básicas da língua inglesa, através do uso de diferentes

gêneros textuais, fotocopiados, TV PENDRIVE, CDs, Diálogos,

Dramatização de leituras, Debates em sala de aula etc. Esses recursos

didáticos e metodológicos contemplam tambéma História Cultura Afro -

Brasileira (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), os

temas socioeducacionais (Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99),

Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de

Drogas, Educação Fiscal, Educação Sexual, incluindo Gênero e

diversidade Sexual.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

200

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

Os objetivos da avaliação se aplicam no sentido de proporcionar

ao aluno a percepção de sua evolução no processo de ensino -

aprendizagem, bem como o professor, sem conduzir o processo de

maneira punit iva, ser o art iculador da construção do conhecimento.

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO

A avaliação com base no feedback deve levar em conta o que

ocorreu no processo onde considera-se que, cada conteúdo trabalhado

possa ser avaliado, por exemplo:

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

Organize a seqüência da fala;

Apresente suas idéias com clareza. Coerência;

Exponha seus argumentos;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões( quando

necessário em língua materna);

Uti l ize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos

extralinguísticos que julgar necessário.

LEITURA

Espera-se que o aluno:

Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do

contexto;

Identif ique a idéia principal do texto;

201

Identif ique o conteúdo temático;

Analise as intenções do autor;

Identif ique e ref lita sobre as vozes sociais presentes no texto;

Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos

gramaticais) e elementos culturais.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Diferencie o contexto de uso da l inguagem formal e informal;

Use recursos textuais como: coesão e coerência, informa tividade

etc;

Uti l ize adequadamente recursos l ingüísticos como: pontuação,

uso e função do art igo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, etc;

O fundamental é que professor e aluno, juntos, ref litam sobre os

erros, transformando-os em uma situação de aprendizagem para que

todos possam concluir: acertamos, erramos, aprendemos, assumimos

riscos, alcançamos objetivos? Há que se observar uma discrepância em

relação à carga horária e número de alunos por turma que,

eventualmente, inviabil izam a ref lexão citada acima.

O processo avaliat ivo deve ser diagnóstico, contínuo, somatório,

desde que se articule com os objetivos específ icos, conteúdos

definidos respeitando as diferenças individuais e escolares. Sempre

que necessário retomar o conteúdo em forma de RECUPERAÇÃO,

verif icando a importância que estes terão para a formação do aluno e

usar todas as estratégias e recursos possíveis para que aconteça o

aprendizado. Portanto RECUPERAÇÃO é o retomar conteúdos

modif icando os encaminhamentos metodológicos, para garanti r não só

a nota do aluno, mas que de fato em todas as ações aconteça o ensino -

aprendizagem.

Referencias: Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua estrangeira Moderna. SEED:

Curitiba, 2010.

202

8.11. Matemática

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática marcada por seu desenvolvimento histórico tem reflexo de

interações de diversas forças econômicas, políticas e sociais presentes em todo um

período, norteando seu estudo.

Observamos razões para a Matemática estar inserida no currículo escolar

como: desenvolvimento do raciocínio lógico, sua importância no cotidiano e

aplicações na vida prática, bem como ferramenta para as outras ciências.

Sendo a matemática uma construção do homem ao longo do tempo,

conforme as necessidades de cada época estabelece-se como forma de

comunicação, mostrando as necessidades e preocupações de diferentes culturas,

aonde conceitos vão sendo aperfeiçoados e o ensino da disciplina voltado à

formação do aluno enquanto cidadão crítico, capaz de agir com autonomia, atuando

de maneira consciente, competente e digna no exercício de seus direitos e deveres

inseridos em uma razão social.

A história da matemática data de tempos remotos, por volta de 2000 a. C. e

vem desde os antigos povos egípcios e babilônicos. Porém, a matemática era usada

apenas com a função de atender as necessidades básicas da época. Somente mais

tarde, a partir dos séculos IV e V a. C. os gregos passaram a utilizá-la como ciência

propriamente dita. Encontraram dificuldades relacionadas a processos infinitos,

desviando-se assim da álgebra e sobressaindo-se na geometria.

Os pitagóricos investigavam relações matemáticas e iniciaram as primeiras

discussões a respeito da matemática no ensino.

Não podemos deixar de fazer referência aos sofistas, que no século V a. C.

nortearam as primeiras propostas de ensino em práticas pedagógicas favorecendo

para que a matemática pudesse ser inserida de forma regular e com caráter

formativo.

O estudo de estruturas matemáticas, demonstrações formais, levou os

gregos a contribuírem para o ensino e aprendizagem devido à sistematização do

conhecimento.

Mudanças ocorrem entre os séculos VIII e IX para o ensino. Aparecem as

escolas com destaque ao conhecimento empírico da Matemática.

203

O crescimento constante das atividades comerciais da época reflete em uma

mudança, conhecimento e ensino direcionam-se às atividades práticas. Inúmeras

descobertas matemáticas nesse período colaboraram para o grande progresso

científico e econômico.

Os jesuítas instalaram colégios católicos voltados para uma educação

clássico-humanista. Contribuíram para que mais tarde a matemática viesse a ser

inserida como disciplina nos currículos das escolas no Brasil.

Em meados do século XVIII, intensifica-se a expansão industrial no país,

contribuindo para uma economia capitalista. Com isso encontramos uma matemática

totalmente voltada para atender as necessidades do processo de industrialização.

Até o início do século XIX o ensino da Matemática era desdobrado em

aritmética, geometria, álgebra e trigonometria e como era alicerce para a solução de

problemas de ordem prática, fazia-se notória sua importância e presença no ensino

da época.

Houve então um período de grande criticidade, argumentações e

considerações com relação a métodos e demonstrações matemáticas, bem como a

sistematização e a hierarquização das diversas geometrias.

Final do século XIX e inicio do século XX, discussões permearam o

surgimento de novas propostas pedagógicas, a fim de validar a Matemática como

disciplina escolar, acoplando seu ensino de acordo com as necessidades

emergentes de transformações sociais.

Para muitos professores de matemática da época, o ensino da disciplina

efetivou-se de forma concomitante com estudos psicológicos, filosóficos e

sociológicos.

Estudos sucederam-se para uma renovação no ensino da matemática,

acoplando assim a aritmética, álgebra, geometria e trigonometria numa única

disciplina, a Matemática.

A modernização do ensino da Matemática decorre nos próximos anos num

período de mudanças sociais, políticas e econômicas e influenciada por elas

aparecem novas tendências educacionais.

O ensino da disciplina da Matemática foi influenciado pela presença

significativa da tendência ―Escolanovista‖, onde o papel fundamental da escola

baseava-se na formação de atitudes e a educação era centralizada no aluno sendo

que sua aprendizagem era de forma facilitada. Essa tendência influenciou a

204

produção de materiais didáticos refletindo assim em mudanças nas práticas

pedagógicas. É importante ressaltar também o destaque dado ao desenvolvimento

da criatividade.

Até o final da década de 50 a tendência ―formalista clássica‖ predominou no

ensino brasileiro. O ensino era acentuadamente focado no livro didático e centrado

na explanação do professor. A aprendizagem do aluno era passiva, resumindo-se à

memorização e reprodução dos raciocínios e procedimentos.

Surge no final da década de 50, influenciada pelo movimento mundial da

Matemática Moderna, a tendência ―formalista moderna‖. A proposta pedagógica

ainda era centrada no professor, porém os conteúdos eram explanados enfatizando

o uso preciso da linguagem matemática e as justificativas algébricas pelas

propriedades estruturais.

Características da Matemática Moderna não foram satisfatórias à proposta

de ensino da época, originando debates e levantamento de ideias para a renovação

pedagógica. Desponta então, a escola ―tecnicista‖. Essa tendência trata a

matemática como um conjunto de técnicas e regras, sem fundamentá-las. A

pedagogia tecnicista é centrada em objetivos instrucionais, recursos e técnicas de

ensino para a transmissão e recepção de informações.

A partir de 1970 se faz notar a tendência ―construtivista‖ a qual dava mais

importância ao processo e menos ao produto do conhecimento. Pode-se afirmar que

para o construtivismo o conhecimento matemático resulta da ação interativo-

reflexiva entre professor e alunos.

Em seguida, a Etnomatemática dá sustentação a uma nova tendência. A

tendência ―socioetnocultural‖ traz características de métodos apoiados em grupos de

discussão onde a aprendizagem fundamenta-se na busca de resolução de

problemas relacionados com seu contexto cultural.

Mais tarde em 1984, surge a tendência ―histórico-crítica‖, onde o papel da

escola era a difusão de conteúdos, confrontando-os com a realidade social. Era

necessário ter significação humana e social. Cabe ao aluno ser participante e ao

professor um mediador entre o saber e o aluno, articulando o processo pedagógico.

Fazendo a reflexão das tendências pedagógicas, pode-se afirmar que

resquícios de todas essas pedagogias ainda existem no sistema de ensino na época

presente, pois os profissionais atuantes têm aí as bases de sua formação.

205

O professor como mediador do conhecimento matemático pode interferir

buscando métodos alternativos para a aprendizagem, oferecendo oportunidades

para que o aluno elabore, desenvolva e construa estratégias que lhe permitam

resolver novas situações-problema, desenvolvendo sua capacidade cognitiva,

estabelecendo relações entre objetivos matemáticos, formulando conjecturas,

testando-as e provando-as.

A Matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,

compreender e elaborar ideias. Enquanto sistema de códigos e regras, a matemática

possibilita a comunicação, a organização do conhecimento e sua interpretação,

assumindo uma postura crítica, resultante do processo de uma aprendizagem

significativa, podendo fazer questionamentos e argumentações generalizando e

sistematizando conceitos matemáticos.

No Ensino da Matemática deve estar presente a troca de ideias

enriquecendo a exploração e incentivando a investigação do assunto, uma vez que a

aprendizagem matemática está ligada a comunicação entre professor e aluno, a

discussão e ao diálogo, bem como aos erros, que encarados com naturalidade e

racionalmente tratados, assumem importante papel construtivo.

Segundo Fernando Savater, é preciso ensinar os alunos a pensar sobre o

que se pensa, sobre a importância ou não de um determinado assunto, sua

referência e validade. Essa reflexão é o que nos torna diferentes de outras espécies.

OBJETIVO GERAL

Contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de observar e

analisar regularidades matemáticas, fazendo generalizações e apropriando-se de

linguagem adequada para resolver problemas e situações ligadas a matemática e

outras áreas de conhecimentos auxiliando a formação do cidadão crítico e atuante

na sociedade em que está inserido.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

Números e Álgebra

- Sistema de numeração;

- Números naturais;

- Múltiplos e Divisores;

- Potenciação e Radiciação;

206

- Números fracionários;

- Números decimais.

Grandezas e Medidas

- Medidas de comprimento;

- Medidas de massa;

- Perímetro, área e volume;

- Medidas de tempo;

- Medidas de ângulos;

- Sistema monetário.

Geometrias

Geometria Plana

Geometria Espacial

Tratamento da Informação

- Dados, tabelas e gráficos;

- Porcentagem.

6ª Série

Números e Álgebra

- Números inteiros;

- Números racionais;

- Equação e Inequação do 1º grau;

- Razão e Proporção;

- Regra de três simples.

Grandezas e Medidas

- Medidas de ângulos;

- Medidas de temperatura.

Geometrias

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometrias não-euclidianas

Tratamento da informação

- Pesquisa Estatística;

- Média Aritmética;

- Moda e Mediana;

207

- Juros simples.

7ª Série

Números e Álgebra

- Números racionais e irracionais;

- Sistema de equações do 1º grau;

- Potências;

- Monômios e polinômios;

- Produtos notáveis.

Grandezas e medidas

- Medidas de comprimento;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de ângulos.

Geometrias

Geometria plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

Tratamento da Informação

- Gráficos e informação;

- População e amostra.

8ª Série

Números e Álgebra

- Números reais:

- Propriedades dos Radicais;

- Equação do 2º grau;

- Teorema de Pitágoras;

- Equações irracionais;

- Equações biquadradas;

- Regra de três composta.

Grandezas e Medidas

- Relações métricas no triângulo retângulo;

208

- Trigonometria no triangulo retângulo.

Geometrias

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

Funções

- Noção intuitiva de Função Afim;

- Noção intuitiva de Função Quadrática.

Tratamento da Informação

- Noções de Análise Combinatória;

- Noções de Probabilidade;

- Estatística;

- Juros Compostos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ENSINO MÉDIO

1ª Série

Número e Álgebra

- Números reais;

- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

Funções

- Função Afim;

- Função Quadrática;

- Função Exponencial;

- Função Logarítmica;

- Função Modular;

- Progressão Aritmética;

- Progressão Geométrica.

2ª Série

Números e Álgebra

- Sistemas Lineares;

- Matrizes e Determinantes.

Grandezas e Medidas

209

- Trigonometria.

Funções

- Funções Trigonométricas.

Tratamento da Informação

- Análise Combinatória;

- Binômio de Newton.

3ª Série

Números e Álgebra

- Polinômios;

- Números Complexos.

Grandezas e Medidas

- Medidas de Área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de Grandezas Vetoriais;

- Medidas de Informática;

- Medidas de Energia.

Geometrias

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da Informação

- Estatística;

- Probabilidades;

- Matemática Financeira.

METODOLOGIA

Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de

processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo desenvolver no aluno

a capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação,

proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações

novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a

210

percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras

capacidades pessoais.

Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas

e estratégias para serem aplicadas em outras áreas do conhecimento, assim como

para atividade profissional.

Sob o aspecto da ciência, é importante o aluno perceber que as definições,

demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos têm a função de construir

novos conceitos e estruturas e servem para validar intuições e dar sentido às

técnicas aplicadas.

Cabe ao professor ser mediador para a ampliação dos conhecimentos

trazidos pelos alunos, desenvolvendo de modo mais amplo capacidades tão

importantes quanto à abstração e o raciocínio. Fazendo uso da prática metodológica

para a “Resolução de Problemas”, o professor possibilita a utilização de

instrumentos que a Matemática dispõe para que o aluno saiba aprender.

Destacando informações, refletindo e elaborando hipóteses, descrevendo

estratégias, os alunos têm a oportunidade de chegar a possíveis resultados, fazendo

conferências e testando suas respostas.

A opção metodológica da Resolução de Problemas garante a elaboração de

conjecturas, a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da

argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização

do conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a

compreensão da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas

e da obtenção da resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação

àquilo que está sendo estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções,

explorar possibilidades, levantar hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar

suas próprias conclusões. E sob essa perspectiva metodológica, a resposta correta

é tão importante quanto à forma de resolução, permitindo a comparação entre as

soluções obtidas e a verbalização do caminho que conduziu ao resultado.

O uso de diferentes recursos e materiais mostrará ao aluno uma nova face de

uma mesma ideia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige

reflexão. A utilização de revistas e jornais podem ser excelentes fontes de situações

problema através de notícias, gráficos, tabelas, anúncios, comerciais e outros, que

provocam questionamentos contextualizados, pois representam material que

possibilita a leitura da realidade. Por outro lado, uma notícia pode ser motivo para

211

busca de maiores e variados conhecimentos, favorecendo inclusive a

interdisciplinaridade.

A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre

diversos temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento matemático

e as demais áreas do conhecimento, é que darão o importante significativo aos

conteúdos estudados, pois o conhecimento matemático deve ser entendido como

parte de um processo global na formação do aluno, enquanto ser social. É

importante que se estabeleça uma interação aluno – realidade social que possibilite

uma integração real da matemática com o cotidiano e com as demais áreas do

conhecimento.

A “Etnomatemática” constitui-se em uma importante metodologia como

fonte de investigação da Educação Matemática, onde o aluno reúne situações novas

com as anteriores, fazendo análises e adaptações, organizando ideias e ampliando

os saberes.

As manifestações culturais relacionadas com o conteúdo matemático levam

o aluno a compartilhar ideias, fazer associações e perceber o conhecimento oriundo

de diferentes culturas.

Segundo a ―Modelagem Matemática‖ entende-se como uma metodologia

que propicia a aproximação a situações da realidade, uma vez que ela relaciona os

conteúdos matemáticos ao cotidiano, visto que parte de um tema do interesse dos

alunos.

Destaca-se a importância do professor nesta ação, redefinido seu papel no

momento em que ele perde seu caráter de detentor e transmissor do saber e passa

a ser entendido como condutor de tarefas e participativo no trabalho. O aluno tem a

oportunidade de intervir e discutir sobre os problemas reais do meio social.

Refletindo sobre o uso de “Mídias Tecnológicas”, não se pode ignorar que

esse impacto exige do ensino da Matemática um redirecionamento curricular que

favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam ao aluno

reconhecer-se e orientar-se no mundo do conhecimento em constante movimento.

A leitura, criação e aprendizagem estão sendo influenciadas ainda mais

pelos recursos da informática e os elementos tecnológicos estão intensamente

presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso desses recursos traz

significativas contribuições para que seja repensado o processo ensino-

aprendizagem de matemática, podendo ser usados com finalidades como:

212

- Fonte de informação;

- Auxiliar no processo da construção do conhecimento;

- Meio para desenvolver autonomia pelo uso softwares que possibilitem

pensar, refletir e criar situações;

- Ferramenta para realizar determinadas atividades como planilhas, banco

de dados,...;

- Recurso para verificação de resultados, correção de erros, percepção de

regularidades matemáticas - uso específico de calculadoras.

Associar a Matemática com sua história se faz importante para compreender

sua natureza e relevância na vida da humanidade.

A “História da Matemática” propicia o acesso ao fato da Matemática ser

fruto do saber acumulado e produzido por um grupo. É fundamental que os alunos

percebam que o conhecimento matemático não está pronto e acabado, faz parte da

produção humana que está em constante transformação. Assim, análises e

discussões surgem no meio escolar promovendo uma aprendizagem significativa

levando à compreensão de que o conhecimento matemático vem sendo construído

historicamente.

As “Investigações Matemáticas” envolvem conceitos, procedimentos,

testes, verificações. Sendo uma investigação um problema aberto, o aluno precisa

compreender o significado e a importância de investigar.

As discussões, questionamentos e argumentações se fazem presente nesse

trabalho, levando professor e aluno a pensarem juntos.

Temas Socioeducacionais

História e Cultura Afro-Brasileira e Cultura Indígena

Nossa sociedade é construída em diversos contextos históricos,

socioeconômicos e políticos, marcados pela influência de diferentes culturas,

portanto para se constituir como realidade é necessária uma reflexão sobre a

interação cultural. Abordagens culturais podem ser feitas utilizando a História da

Matemática.

Educação Ambiental

Cada vez mais a natureza vem expressando suas inquietações sobre

práticas inoportunas do ser humano com relação a degradação ambiental e

213

desequilíbrio ecológico. Reflexões a respeito disso reorientam a prática pedagógica

educativa na perspectiva de conscientizações e orientações.

Indagações sobre problemas ambientais podem permear coleta de dados

organizando registros em forma de tabelas e gráficos, onde posteriormente esses

dados possam ser discutidos.

Violência na Escola

A violência escolar, sendo um fenômeno amplo sempre vem acompanhada

de outros fatores, como problemas familiares e pessoais que se alastram, diante da

complexidade dos problemas atuais. A escola não se encontra preparada para

enfrentar a variedade dos problemas que geram violência, mesmo assim escola e

educadores procuram resgatar valores, oportunizando aos alunos momentos de

lazer e discussão, onde os mesmos possam expressar talentos e não crueldades. A

integração família/escola se faz importante, onde a sociedade deve se mobilizar

para proteger os cidadãos do amanhã.

Prevenção ao uso indevido de Drogas

A base para o não ingresso ao uso de drogas está na família e na escola.

Com a participação efetiva dos pais e professores por meio de palestras,

depoimentos é possível oferecer espaço para discussões sobre o tema, debatendo

sobre a interligação entre drogas, violência e crime. Quanto mais próximos

estiverem, educadores, família e escola, o longo trabalho a ser realizado torna-se

mais eficaz, levando os jovens a reflexões sobre certo e errado, podendo atuar no

mundo como cidadãos.

Educação Fiscal

A disciplina de Matemática transversaliza questões inerentes a Educação

Fiscal, como a coleta e administração de recursos públicos, tipos de impostos e

aplicações dos mesmos. Incorporando a Educação Fiscal com conteúdos

matemáticos, podem ser comparados gráficos e tabelas, com suas devidas

interpretações, bem como situações problema envolvendo cálculos de porcentagem.

Educação Sexual (Gênero e Diversidade)

Como a diversidade faz parte do processo da existência humana, a escola é

a instituição na qual as diferentes presenças se encontram. Logo, essa instituição

tem a função moral de propiciar momentos que gerem discussões, debates,

palestras, traduzindo ações pedagógicas de transformação educacional criando um

214

sistema aberto à diversidade. O respeito à diversidade baseia-se em posicionar-se

contra várias formas de exclusão e discriminação.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

Sendo a avaliação um processo contínuo e formativo, visa investigar para

intervir. Esse conjunto de procedimentos possibilita ao professor e ao aluno

assumirem a condição de investigação, onde cada ação será contemplada com a

reflexão, possibilitando a reelaboração dos conceitos abordados.

A avaliação como diagnóstico da aprendizagem possibilita ao professor

orientar as intervenções para a melhoria dos resultados.

215

Nas discussões acerca de erros e acertos dos alunos, o professor pode

orientá-los e transformar os eventuais erros de percurso em situações de

aprendizagem que podem exigir formas diferenciadas de atendimento e alterações

de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula.

Tendo claro o que se deseja com as atividades, um plano de ação docente

organiza todo o trabalho pedagógico e define de forma clara os propósitos e a

dimensão do que se avalia. Desta maneira ao se aplicar a avaliação, deve-se levar a

rigor a sua elaboração e o uso dos instrumentos.

As diferentes atividades de ensino/ aprendizagem devem se concretizar em

sala de aula para a formação do aluno, sendo avaliadas de maneira contínua.

Alguns instrumentos diversificadores da avaliação:

• Leitura compreensiva de situações-problema - Possibilita ao professor

verificar a compreensão do conceito abordado, analisando e levando em

consideração o conhecimento prévio do aluno.

• Pesquisa e apresentação oral - A pesquisa proporciona ao aluno um

contato maior sobre o conteúdo estudado em sala. O professor deve solicitar a

pesquisa com enunciado claro e objetivo preciso do que se espera do aluno e com a

apresentação oral pode-se avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo

estudado, a qualidade das afirmações, a organização e exposição de ideias.

• Atividades Experimentais - Situações em que os alunos têm a oportunidade

de criar hipóteses sobre o fenômeno estudado e com as suas observações, dúvidas

e erros constroem o conhecimento. Desta forma ocorre a avaliação quanto à

compreensão do fenômeno, do conceito a ser construído, bem como a interação dos

alunos se o trabalho for realizado em grupo.

• Relatório - Descrição e análise da atividade desenvolvida, possibilitando

nas considerações finais a apresentação crítica dos resultados obtidos.

• Trabalho em grupo - Envolver o aluno nas atividades a fim de

compartilharem conhecimento, seja nas tarefas realizadas em grupo ou para

promover uma interação social.

A avaliação se dá no momento em que se percebe a demonstração dos

conhecimentos já estudados em sala e na produção coletiva dos trabalhos.

Todas as atividades avaliativas são permeadas por critérios que as orientam,

permitindo ao professor uma análise do ensino/aprendizagem o desenvolvimento

216

das habilidades, a comunicação matemática, as estratégias para a solução de

problemas bem como a compreensão por meio da leitura e seu tratamento crítico.

A recuperação com retomada de conteúdos deve acontecer paralelamente e

concomitante aos trabalhos, provas e conteúdos, visando voltar, discutir, esclarecer,

recuperando o processo possibilitando uma nova oportunidade de aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

D’AMBROSIO, Ubiratan. Da realidade à ação – Reflexões sobre Educação e

Matemática. São Paulo/Campinas: Summus/Editora da Unicamp, 1986.

BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. Trad. Elza F. Gomide 2.ed. São

Paulo: Edgard Blücher, 2011

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:

Ática, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba:

SEED, 2010.

217

8.12. Português

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos

estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da

oral idade, da leitura e da escrita, de modo a permitir que compreendam

e interf iram nas relações de poder com seus próprios pontos de vista,

interagindo em diversos contextos sociais, pois a l íngua não é estática

e evolui consideravelmente.

A língua, em sua modalidade padrão, deve ser abordada como

uma das variedades possíveis, mas não a única. É preciso levar em

conta que as sociedades organizem um sistema de regras que valida a

modalidade padrão, possibi l itando uma relativa uniformidade da escrita

ou uso parcial da oral idade. O acesso a essa modalidade chamada

padrão e o seu domínio constituem compromisso permanente da

escola.

O texto assume o posto de ob jeto por excelência e explorar a

diversidade de gêneros textuais que justif ica -se pelas possibil idades de

análise que os textos (orais e escritos) oferecem e também pelos

motivos de leitura deste ou daquele gênero: informação, estudo,

prazer, entre outros.

O professor assume uma nova postura prof issional e pessoal para

se colocar diante deste desafio usando novas metodologias que

produzam no aluno o conhecimento necessário para que ele possa

evoluir em sua sociedade.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

A ênfase na norma gramatical e na historiografia literária decorre de uma

mesma concepção de Língua e Literatura, identificada já no Renascimento. Tratou-

se de um período de ruptura definitiva entre a escrita e a oralidade (a invenção da

imprensa consolidou a supremacia da escrita, como se ela fosse a língua,

218

reforçando ainda mais a língua como instrumento de poder). Além disso, a visão de

literatura baseava-se no conceito de modelo originado da pedagogia greco-latina,

que buscava moldar o educando a uma realidade ideal encontrada nos clássicos da

literatura (FREDERICO & OSAKABE, 2004). Nesse sentido, a linguagem é vista

como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social,

econômica) entre os homens. O trabalho com a Língua deve

considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso

que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da

norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos, a fim de

constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos

estudantes. É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes

práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de

inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel,

o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no

âmbito de uma sociedade letrada.

Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola

pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de

forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.

O ensino de Língua Portuguesa seguiu, e em alguns contextos ainda segue,

uma concepção de linguagem que não privilegia, no processo de aquisição e no

aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, como destaca

Travaglia (2000), pautando-se no repasse de regras e na mera nomenclatura da

gramática tradicional.

É no processo de interação social que a palavra significa, o ato de fala é de

natureza social (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 109). Isso implica dizer que os

homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles ―penetram na corrente da

comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que

sua consciência desperta e começa a operar‖, postula Bakhtin/Volochinov (1999, p.

108). Ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que se considerem

os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto

de produção do enunciado, uma vez que os seus significados são sociais e

historicamente construídos. É através dos enunciados que o emprego da língua se

efetua, sejam eles orais e/ou escritos.

219

As palavras estão carregadas de conteúdo ideológico, elas ―são tecidas a

partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as relações

sociais em todos os domínios‖ (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.41). Sob essa

perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa

aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles

possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir

com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma

arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes

opiniões.

Ao considerar o conceito de letramento, também é necessário ampliar o

conceito de texto, o qual envolve não apenas a formalização do discurso verbal ou

não-verbal, mas o evento que abrange o antes, isto é, as condições de produção e

elaboração; e o depois, ou seja, a leitura ou a resposta ativa. Todo texto é, assim,

articulação de discursos, vozes que se materializam, ato humano, é linguagem em

uso efetivo como Faraco acrescenta:

―Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por

meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno,

para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e

escrita‖.

Destaca-se que o letramento vai além da alfabetização: esta é uma atividade

mecânica, que garante ao sujeito o conhecimento do código linguístico (codificação

e decodificação); já aquele, de acordo com Soares (1998), refere-se ao indivíduo

que não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a

leitura e a escrita, posiciona-se e interage com as exigências da sociedade referente

às práticas de linguagem, demarcando a sua voz no contexto social.

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a

prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística,

literária, publicitária, digital etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas

discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem

verbal com outras linguagens (multiletramentos). A definição de gênero, em Bakhtin,

compreendendo a mobilidade, a dinâmica, a fluidez, a imprecisão da linguagem, não

aprisiona os textos em determinadas propriedades formais: ―As práticas discursivas

presentes nos diversos gêneros que fazem parte do cotidiano dos educandos podem

ser legitimadas na escola‖. Isso colaboraria com a não fragmentação entre a língua

220

e a vida do aluno, uma vez que na escola ele não leria e produziria apenas textos

escolares, didatizados, mas teria contato com textos presentes nos diversos

espaços de socialização que frequenta.

O aprimoramento da competência linguística do aluno acontecerá com maior

propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o

caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas diferentes esferas de

comunicação possibilitará ao aluno uma inserção social mais produtiva no sentido de

poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que está inserido.

Bakhtin (1992, p. 285) afirma que ―quanto melhor dominamos os gêneros tanto mais

livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a

nossa individualidade (onde isso é possível e necessário) (...)‖.

O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é

instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito

para todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa conhecer e

ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.

É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam as redes públicas

de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao conhecimento

social e historicamente construído e à instrumentalização que favoreça sua inserção

social e exercício da cidadania. Contudo, a escola não pode trabalhar só com a

norma culta, porque não seria democrática, seria a-histórica e elitista. No processo

de ensino-aprendizagem, é importante reforçar que quanto maior o contato com a

linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o

texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de

língua, busca:

empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos

discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento

diante deles;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

221

analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico, permitindo a expansão lúdica da oralidade da leitura e da

escrita;

aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso

às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem um processo de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização,

consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar,

mas se estende por toda a vida.

CONTEÚDOS BÁSICOS

No ambiente escolar, a racionalidade se exercita com a escrita, de modo que

a oralidade, em alguns contextos educacionais, não é muito valorizada; entretanto, é

rica e permite muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações

reais de uso da fala e na produção de discursos nos quais os que nela ingressam

não falam todos da mesma forma e constituem-se como sujeitos do processo

interativo. Com base nessas afirmações reconhece-se como Conteúdos Básicos de

Língua Portuguesa: Oralidade, Escrita e Leitura.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas

diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta

Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade

com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada

uma das séries.

1. Oralidade

222

Se a escola, constitucionalmente, é democrática e garante a socialização do

conhecimento, deve, então, acolher alunos independentemente de origem quanto à

variação linguística de que dispõem para sua expressão e compreensão do mundo.

Devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já domina a

oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua, seja por meio das cantigas, das

narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos falantes que a

cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias.

Ao apresentar a hegemonia da norma culta, a escola muitas vezes

desconsidera os fatores que geram a imensa diversidade linguística: localização

geográfica, faixa etária e situação socioeconômica, escolaridade, etc.

(Possenti,1996). É preciso ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras

variedades, embora apresentem diferenças entre si, constituem sistemas linguísticos

e falares que atendem a diferentes propósitos comunicativos, dadas as práticas

sociais e os hábitos culturais das comunidades.

2. Escrita

Cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e

o estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto

de opinião ou científico. Essas e outras composições precisam circular na sala de

aula em ações de uso, e não a partir de conceitos e definições de diferentes

modelos de textos.

O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes

gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente

vividas. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de

subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos

socialmente. A possibilidade da criação, no exercício desta prática, permite ao

educando ampliar o próprio conceito de gênero discursivo.

É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a

autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando

escreve, ele diz de si, de sua leitura de mundo. Possibilita que o sujeito se posicione,

tenha voz em seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.

Tendo como destaque:

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

223

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

3. Leitura

De acordo com as Diretrizes, compreende-se a leitura como um ato dialógico,

interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas,

pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as

suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar,

religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem. Praticar a leitura em

diferentes contextos requer que se compreendam as esferas discursivas em que os

textos são produzidos e circulam, bem como se reconheçam as intenções e os

interlocutores do discurso.

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

224

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, o Conteúdo Estruturante é o

Discurso como prática social e, a partir dele, advém os conteúdos básicos:

Oralidade, Escrita e Leitura, abrangendo os gêneros discursivos a serem

trabalhados nas práticas discursivas.

O discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja,

não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a

outros textos (BAKHTIN, 1999). Discurso, assim, é entendido como resultado da

interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é ―a língua em sua integridade concreta e

viva‖ (BAKHTIN, 1997, p. 181).

A definição defendida pelas DCEs, o vê sob o enfoque da ―ciência da

linguagem e como toda atividade comunicativa entre os interlocutores‖.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de

leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita ―a

reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que

perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos

ou de reflectir sobre esses mesmos usos da língua‖ (MENDONÇA, 2006, p. 204).

Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e

seus efeitos de sentido nos textos. Antunes (2007, p. 130) ressalta que o texto é a

única forma de se usar a língua: ―A gramática é constitutiva do texto, e o texto é

constitutivo da atividade da linguagem. [...] Tudo o que nos deve interessar no

estudo da língua culmina com a exploração das atividades textuais e discursivas‖.

No entanto, em se tratando de Educação do Campo é necessário destacar

que o professor selecione o gênero que pretende trabalhar e, depois de discutir

sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação, prepare atividades

para a análise das marcas linguísticoenunciativas, entre elas:

Oralidade:

• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:

diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;

225

• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a

repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros;

• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e a informal;

• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência

do texto, uma vez que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem

ser utilizados conforme o grau de formalidade/informalidade do texto etc.

Leitura:

• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro

formal e do texto em registro informal;

• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;

• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de

humor, ironia, ambiguidade, exagero, expressividade etc);

• léxico;

• progressão referencial no texto;

• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto.

Escrita:

Através do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes

do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:

• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);

• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos,

ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação);

• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto,

estruturação de parágrafos);

• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,

complemento, regência, vícios da linguagem...);

Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise

linguística, ressaltam-se algumas propostas que focalizam o texto como parte da

atividade discursiva, tais como análise:

• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhado, parênteses, etc.;

• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

226

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação

ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente etc.);

• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão

e coerência pretendidas;

• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;

• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do

sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.

Cabendo a nós, professores, planejar e desenvolver atividades que

possibilitem aos alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de

revisão, de reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado

e sobre outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e

extraescolar.

O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite-nos

explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse

estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os

sentidos do texto. Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o

aluno também pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar

hipóteses, questionar-se, ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em

atividades de uso da língua.

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/ 6º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

227

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. - Narrativas de aventura;

- Fábulas; - Textos jornalísticos (notícia, manchete e reportagem); - Conto literário; - Poema visual; - Tiras humorísticas; - HQs. LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Argumentos do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

LEITURA Espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a ideia principal do texto.

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: − às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); − à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência,

• Utilize adequadamente recursos li guísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome numeral, substa tivo, etc

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

228

ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. Análise Linguistica Conteúdos Específicos: . Alfabeto, fonema e dígrafo; . Classes de palavras; . Locuções adjetivas;

. Ortografia ( ch-x-g-j);

. Encontros vocálicos e consonantal; . Pronomes; . Verbos e numeral; . Acentuação e tonicidade; . Usos dos por quês; . Advérbio e locução adverbial; . Interjeição; . Ortografia (mas, más, talvez e através); . Pontuação;

ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

A oralidade, a leitura e a escrita serão trabalhadas em todos os bimestres contemplando também em cada conteúdo, os Desafios Contemporâneos: - Enfrentamento da violência; - Educação ambiental; - Sexualidade; - Gênero e Diversidade Sexual; - História e cultura afro-brasileira, africana e Indígena; - Prevenção ao uso indevido de drogas; - Cidadania e Direitos Humanos; - Educação Fiscal; - História do Paraná. Visando atingir os objetivos dos Desafios Contemporâneos, todas as atividades devem ser centradas no aluno, integrando-o às situações do dia-a-dia e às informações globais, através de textos de diferentes gêneros discursivos, atrelando o conhecimento formal da gramática às necessidades específicas do educando, em especial, à Educação do campo

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; • Respeite os turnos de fala. Os alunos serão avaliados de forma diagnóstica, formativa e contínua, articulando com os objetivos, os conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos metodológicos. Trabalhos de leitura, interpretação e produção de textos, oralidade e análise linguística, serão propostas de atividades de avaliação. A recuperação será concomitante aos conteúdos trabalhados. Ocorrendo depois de cada avaliação e no momento em que as dificuldades forem constatadas, fazendo-se as intervenções necessárias. No final de cada bimestre serao feitas duas recuperações de notas atribuidas a trabalhos, textos, atividades em sala e avaliações , em conformidade com o Regimento Escolar.

ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/ 7ºANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- AVALIAÇÃO

229

METODOLÓGICA

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; •Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. -Crônica, diário, poema, anúncio, fábula, carta, e-mail, cantiga popular, literatura de cordel, bilhete, convite, textos científicos, informativos e instrucionais.

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema e intenções; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros; • Faça uso da tv pendrive; • Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade;

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo

230

• Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica. Operadores argumentativos:

- ambiguidade -significado das palavras - expressões que denotam ironia e humor no texto. Conteúdo temático

- Finalidade - Argumentos - Papel do locutor e do interlocutor - Variações linguísticas(lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições etc); - Adequação da fala ao contexto; - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Análise Linguistica Conteúdo específicos:

. Encontros vocálicos e consonantais . Conotação e denotação; . Dígrafos; . Discurso direto e indireto; . Crase; . Aposto; . Sujeito e predicado; . Predicativos do sujeito e do objeto; . Aposto e Vocativo; . Transitividade verbal; . Verbos de ligação; . Adjunto adnominal; . Modo Indicativo; . Usos da vírgula; . Ordem inversa e direta; . Vozes verbais; . Acentuação das paroxítonas . Modo imperativo; . Palavras derivadas: sufixos-ária, oso, ês, esa, ez, eza; . Graus comparativo e superlativo.

produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. A oralidade, a leitura e a escrita serão trabalhadas em todos os bimestres contemplando também em cada conteúdo, os Desafios Contemporâneos: - Enfrentamento da violência; - Educação ambiental; - Sexualidade; - Gênero e Diversidade Sexual; - História e cultura afro-brasileira, africana e Indígena; - Prevenção ao uso indevido de drogas; - Cidadania e Direitos Humanos; - Educação Fiscal; - História do Paraná. Visando atingir os objetivos dos Desafios Contemporâneos, todas as atividades devem ser centradas no aluno, integrando-o às situações do dia-a-dia e às informações globais, através de textos de diferentes gêneros discursivos, atrelando o conhecimento formal da gramática às necessidades específicas do educando, em especial, à Educação do campo.

com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero.

Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros

Os alunos serão avaliados de forma diagnóstica, formativa e contínua, articulando com os objetivos, os conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos metodológicos. Trabalhos de leitura, interpretação e produção de textos, oralidade e análise linguística, serão propostas de atividades de avaliação. A recuperação será concomitante aos conteúdos trabalhados. Ocorrendo depois de cada avaliação e no momento em que as dificuldades forem constatadas, fazendo-se as intervenções necessárias. No final de cada bimestre serao feitas duas recuperações de notas atribuidas a trabalhos, textos, atividades em sala e avaliações , em conformidade com o Regimento Escolar.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/ 8ºANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

231

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; •Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. -Textos autobiográficos, diário, romances, contos, textos narrativos, descrição objetiva e subjetiva, textos científicos, textos épicos, informativos e instrucionais.

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema e intenções; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros; • Faça uso da tv pendrive; • Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e

232

gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica. Operadores argumentativos:

- ambiguidade -significado das palavras - expressões que denotam ironia e humor no texto. Conteúdo temático

- Finalidade - Argumentos - Papel do locutor e do interlocutor - Variações linguísticas(lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições etc); - Adequação da fala ao contexto; - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Análise Linguistica Conteúdo específicos:

. Revisão das classes gramaticais;

. Adjuntos adverbial e adnominal;

. Termos essenciais da oração;

. Sujeito e tipos de sujeito;

. Classificação do predicado;

. Palavras homônimas ;

. Frase, oração e período;

. Predicados verbal e nominal;

. Predicado verbo-nominal;

. Transitividade verbal;

. Períodos simples e composto ;

. Ortografia;

. Discursos direto e indireto ;

. Conjunções coordenadas e subordinadas; . Pronomes relativos; . Verbos auxiliares; . Modo imperativo; . Concordâncias verbal e nominal.

argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

A oralidade, a leitura e a escrita serão trabalhadas em todos os bimestres contemplando também em cada conteúdo, os Desafios Contemporâneos: - Enfrentamento da violência; - Educação ambiental; - Sexualidade; - Gênero e Diversidade Sexual; - História e cultura afro-brasileira, africana e Indígena; - Prevenção ao uso indevido de drogas; - Cidadania e Direitos Humanos; - Educação Fiscal; - História do Paraná. Visando atingir os objetivos dos Desafios Contemporâneos, todas as atividades devem ser centradas no aluno, integrando-o às situações do dia-a-dia e às informações globais, através de textos de diferentes gêneros discursivos, atrelando o conhecimento formal da gramática às necessidades específicas do educando, em especial, à Educação do campo.

adequado ao gênero. Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros

Os alunos serão avaliados de forma diagnóstica, formativa e contínua, articulando com os objetivos, os conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos metodológicos. Trabalhos de leitura, interpretação e produção de textos, oralidade e análise linguística, serão propostas de atividades de avaliação. A recuperação será concomitante aos conteúdos trabalhados. Ocorrendo depois de cada avaliação e no momento em que as dificuldades forem constatadas, fazendo-se as intervenções necessárias. No final de cada bimestre serao feitas duas recuperações de notas atribuidas a trabalhos, textos, atividades em sala e avaliações , em conformidade com o Regimento Escolar.

233

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/ 9ºANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; •Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. - Estudos biográficos, artigos de opinião , romances, contos, textos narrativos, descrição objetiva e subjetiva,gêneros dramáticos, textos argumentativos e teatrais, poesia, música , dissertação.

ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica. Operadores argumentativos:

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero.

Compreenda os argumentos no

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema e intenções; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros; • Faça uso da tv pendrive; • Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero.

Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos;

234

LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO MÉDIO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto ; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: . Figuras de linguagem;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; . Produção de narrativas; . Leitura de contos, crônicas,

poemas e obras literárias dos períodos estudados.

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero; • Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduza a utilização adequada dos conectivos; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que

LEITURA Espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; . Desenvolva textos dissertativos

abordando temas relativos aos Desafios Contemporâneos; . Elabore resumos; . Produza textos dissertativos com

temas atuais; . Elabore artigos de opinião.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos

235

outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. ANÁLISE LINGUISTICA Conteúdos específicos

1º Ano . Novas regras da Reforma

Ortográfica ; . Elementos e funções da

linguagem; . Figuras de linguagem; . Origens, estruturas e formação

de palavras; . Fonética, acentuação e

pontuação; . Análise sintática; . Ortografia; . Tipologia Textual.

2° Ano . Relações sintático-semânticas

entre os termos das orações nos períodos simples e composto; . Concordâncias verbal e nominal; . Verbos e noções de regência; . Efeitos de sentido no emprego

de sintaxe de concordância, de regência e de colocação; . Crase; . Sinais de pontuação; . Processos de encadeamento

dos períodos e dos parágrafos no texto; . Termos integrantes da oração.

3° Ano . Conjunções coordenativas; . Conjunções coordenativas; . A conjunção na construção do

texto; . Período composto por

coordenação; . Frase, oração e período; . Sujeito e predicado; . Termos de ligação; . Sintaxe; . Colocação Pronominal.

LITERATURA-1° Ano

• Contexto de produção da obra literária; . Escolas literárias e estilos de

época: Trovadorismo, Classicismo e Humanismo; . Literatura informativa do Brasil,

autores e obras; . Momento histórico do

Quinhentismo brasileiro; . Estudo do Barroco Português e

brasileiro; . Análise das poesias: sacra,

amorosa, satírica e burlesca; . Arcadismo no Brasil e em

Portugal. LITERATURA-2º Ano

explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; • Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; . Declamações de poemas . Música . Entrevistas . Relatos de experiências . Análise de filmes . Recortes de jornais para análise

de concordância verbal e nominal, de regência verbal e nominal. . Debates envolvendo temas atuais,

para a produção de textos diversos . Pesquisa científica com

apresentação de monografias (Escolas literárias, autores e obras) . Análise de propagandas e

telejornais; . Varal da poesia; . Seminários e júris para

desenvolver a argumentação; . Teatro.

A oralidade, a leitura e a escrita serão trabalhadas em todos os bimestres contemplando também em cada conteúdo, os Desafios Contemporâneos: - Enfrentamento da violência; - Educação ambiental; - Sexualidade; - Gênero e Diversidade Sexual; - História e cultura afro-brasileira, africana e Indígena; - Prevenção ao uso indevido de drogas; - Cidadania e Direitos Humanos; - Educação Fiscal; - História do Paraná. Visando atingir os objetivos dos Desafios Contemporâneos, todas as atividades devem ser centradas no aluno, integrando-o às situações do dia-a-dia e às informações globais, através de textos de diferentes gêneros discursivos, atrelando o conhecimento formal da gramática às necessidades específicas do educando, em especial, à Educação do campo.

• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc.; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Os alunos serão avaliados de forma diagnóstica, formativa e contínua, articulando com os objetivos, os conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos metodológicos. Trabalhos de leitura, interpretação e produção de textos, oralidade e análise linguística, serão propostas de atividades de avaliação. A recuperação será concomitante aos conteúdos trabalhados. Ocorrendo depois de cada avaliação e no momento em que as dificuldades forem constatadas, fazendo-se as intervenções necessárias. No final de cada bimestre serao feitas duas recuperações de notas atribuidas a trabalhos, textos, atividades em sala e avaliações , em conformidade com o Regimento Escolar.

236

METODOLOGIA

Sugere-se que professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende

com o gênero oral escolhido. Especificamente em nosso colégio que, por ter a

classificação de Escola do Campo, terá que fazer adaptações que priorizem ações

pedagógicas condizentes com a Educação do Campo enfatizando na disciplina de

Língua Portuguesa, a intertextualidade e a pesquisa de temas relacionados às

experiências de vida dos alunos advindos da área rural.

• na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado,

ex.(valorização da terra), é preciso orientar os alunos sobre o contexto social de uso

desse gênero; definir a postura diante dos colegas; refletir a respeito das

características textuais (composição do gênero, as marcas linguístico-enunciativas);

organizar a sequência da apresentação;

• na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno,

como ele defende seu ponto de vista, além disso o professor de orientá-lo

sobre a adequação da linguagem ao contexto, trabalhar com os turnos de

fala e com a interação entre os participantes;

• na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação

cênica (como entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a

estrutura do texto dramatizado, as trocas de turnos de falas, observando a

importância de saber a fala do outro para a introdução da sua própria

fala etc;

• ao narrar um fato (real ou fictício), o professor poderá abordar a estrutura da

narrativa, refletir sobre o uso de gírias e repetições e explorar os conectivos usados

na narração, que apesar de serem marcadores orais, precisam estar adequados ao

grau de formalidade/informalidade dos textos;

Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso em outras esferas sociais,

como: em programas televisivos (jornais, novelas, propagandas); em programas

radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias: público, privado,

enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.

237

Ao analisar os discursos de outros, também é preciso selecionar os

conteúdos que se pretende abordar como:

• se a intenção for trabalhar com o gênero entrevista televisiva, pode-se

refletir como o apresentador se dirige ao entrevistado; quem é o entrevistado,

idade, sexo; qual papel ele representa na sociedade; o desenvolvimento do

tema da entrevista; o contexto; se a fala do apresentador e do entrevistado é

formal ou informal; se há clareza nas respostas; os recursos expressivos etc;

• o gênero mesa-redonda possibilita verificar como os participantes interagem

entre si. Considerando algumas características dos participantes, como: idade, sexo,

profissão, posição social. Pode-se analisar os argumentos dos participantes, a

ideologia presente nos discursos, a linguagem utilizada (formal,

informal), os recursos linguístico-discursivos usados para defender o ponto de

vista etc;

• em cenas de novelas, filmes, programas humorísticos e outros, tem-se como

explorar a sociolinguistica, o professor pode estimular o aluno a perceber

se há termos, expressões, sotaques característicos de alguma região, classe

social, idade e como estes sotaques ou marcas dialetais são tratados. Além

disso, pode solicitar que os alunos transcrevam um trecho de uma cena de

novela e analisem, por exemplo, as falas das personagens em momentos de

conflito, verificando se apresentam truncamento, hesitações, o que é comum

em situações de conflito real.

A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da

escrita faz parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas ideias com

segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento

linguistico, bem como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno

refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:

• o conteúdo temático do texto oral;

• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros

usados em diferentes esferas sociais;

• a unidade de sentido do texto oral;

• os argumentos utilizados;

• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

238

• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível

social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor.

A oralidade, a leitura e a escrita serão trabalhadas em todos os bimestres

contemplando também em cada conteúdo, os temas dos programas

socioeducacioanis:

- Enfrentamento da violência;

- Educação ambiental;

- Sexualidade;

- História e cultura afro-brasileira, africana e indígena;

- Prevenção ao uso indevido de drogas;

Visando atingir os objetivos dos temas dos programas socioeducacionais,

todas as atividades devem ser centradas no aluno, integrando-o às situações do dia-

a-dia e às informações globais, através de textos de diferentes gêneros discursivos,

atrelando o conhecimento formal da gramática às necessidades específicas do

educando, em especial, à Educação do campo. Ao fazer uso da imagem (desenho,

pintura, vídeo, fotos, etc.), o intuito maior será desenvolver a interpretação, discutir

diferentes pontos de vista e levar o educando a uma reflexão consciente dos fatos e

problemáticas que o envolvem em sua realidade.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

239

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

Para tanto se fará uso de todos os recursos didáticos pedagógicos

disponibilizados pela escola: Tv pen drive, DVD, rádio, Data Show, laboratório de

informática, jogos, entre outros.

PRÁTICA DA ESCRITA

O exercício da escrita, segundo as DCEs, leva em conta a relação entre o uso

e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interacção

social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto

como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer,

vender, negar, instruir etc.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que

se faz a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência,

coesão, intenções, interlocutor(es), dentre outros.

Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para

aprimorar a prática de escrita. A seguir, citam-se alguns; contudo, ressalta-se que os

gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz,

notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa,

resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de

experiência, receitas. Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com

os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão,

dentre outros, experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.

Tendo como objetivo principal a escrita, é importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhe a produção do texto;

240

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos

que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se

há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma

aventura, etc.);

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,

se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

Estas são propostas das DCEs, que podem ser ampliadas e adequadas de

acordo com o contexto:

• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o

que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a

temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim

de melhor compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema

da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os

possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular;

organizar as ideias;

• em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada,

levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus

argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que essa

etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);

• depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que

se teve ao produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir

sobre seus argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados;

observar a continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à

finalidade, ao gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está

adequada às condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de

sintaxe, bem como a pontuação, ortografia, paragrafação. Se for preciso, tais

atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas (diagnosticadas) durante

esse processo.

241

Ressalta-se que, no percurso da produção de texto do aluno, outras práticas

de escrita podem acontecer para, então, chegar ao gênero pretendido, por exemplo:

se a proposta for produzir uma notícia, o professor poderá encaminhar leituras de

notícias, solicitar comentários escritos sobre o fato para os alunos ou resumos, a fim

de trabalhar com a síntese de um assunto; em seguida, pode definir um tema para a

produção da notícia, indicar a pesquisa sobre a temática e requerer entrevistas

sobre o caso para compor a notícia. Nesse caminho, serão trabalhados: a opinião do

aluno, o resumo, a pesquisa, a entrevista e a notícia; gêneros orais e escritos

diferenciados que colaborarão com o objetivo que se tem: a produção de notícia.

Por meio desse processo, que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar

e reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é

motivo para constrangimento. O ato de revisar e reformular é antes de mais nada um

processo que permite ao locutor refletir sobre seus pontos de vista, sua criatividade,

seu imaginário.

O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando

a intenção e as circunstâncias da produção e não a mera ―higienização‖ do texto do

aluno, para atender apenas aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual

deve ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às exigências

circunstanciais de sua produção.

PRÁTICA DA LEITURA

Na concepção de linguagem assumida pelas DCEs, a leitura é vista

como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel

ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas

formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias

baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência

sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,

midiática, literária, publicitária etc. No processo de leitura, também é preciso

considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,

propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade

crescente nosso universo cotidiano.

242

Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os

implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz. Das

pressões uniformizadoras, em geral voltadas para o consumo ou para a não reflexão

sobre problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias.

Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de

leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite

uma ampla variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não

possibilita tal liberdade de interpretação. Desse modo, para o encaminhamento da

prática da leitura, é preciso considerar o texto que se quer trabalhar e, então,

planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que conforme variem os gêneros

(reportagem, propaganda, poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas,

blog), conforme variem a finalidade pretendida com a leitura (leitura informativa,

instrumental, entretenimento...), e, ainda, conforme variem o suporte (jornal,

televisão, revista, livro, computador...), variam também as estratégias a serem

usadas.

Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está publicada no

suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a

finalidade de cada uma delas. Na crônica do jornal, é importante considerar a data.

O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda, aqueles em

que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens, as telas de

pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; é relevante que

o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o

gênero a ser lido: do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis interlocutores,

das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam, das

ideologias apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da

intertextualidade.

Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de aula, as

experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as

sugestões sobre textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada vez

mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos de forma que:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

243

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,

fotos, imagens, mapas, e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

LITERATURA

Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na Estética da Recepção e

na Teoria do Efeito, as professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar

elaboraram o Método Recepcional, o qual é sugerido, nas DCEs, como

encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura.

Optou-se por esse encaminhamento devido ao papel que se atribui ao leitor,

uma vez que este é visto como um sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em

seu contexto. Além disso, esse método proporciona momentos de debates, reflexões

sobre a obra lida, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de

expectativas. Essa proposta de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem

como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos

textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu

próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem

como os do professor, da escola, da comunidade familiar e social. Alcançar esses

objectivos é essencial para o sucesso das atividades. Esse trabalho divide-se em

cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas,

de acordo com o seu plano de trabalho docente e com a sua turma.

A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa

do aluno/leitor. O professor precisa tomar conhecimento da realidade sócio-cultural

dos educandos, observando o dia-a-dia da sala de aula. Informalmente, pode-se

analisar os interesses e o nível de leitura, a partir de discussões de textos, visitas à

biblioteca, exposições de livros etc.

Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor

apresenta textos que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências

de leitura dos alunos. Para isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que

tenham um senso estético aguçado, percebendo que a diversidade de leituras pode

suscitar a busca de autores consagrados da literatura, de obras clássicas.

244

Em seguida, acontece a ruptura do horizonte de expectativas. É o momento

de mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera, suas

certezas podem ser abaladas. Para que haja o rompimento, é importante o professor

trabalhar com obras que, partindo das experiências de leitura dos alunos,

aprofundem seus conhecimentos, fazendo com que eles se distanciem do senso

comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de expectativa ampliado,

consequentemente, o entendimento do evento estético. Neste momento, o leitor

tenta encaixar o texto literário dentro de seu horizonte de valores.

Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte

de expectativas. O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma

autoavaliação a partir dos textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos

oferecidos na etapa anterior (ruptura) trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura,

porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que o ajudou a ampliar seus

horizontes.

A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de

expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas

possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das

aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.

Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças

entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela

leitura, há a preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas

Literárias. Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o

leitor, e como leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao

que lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o

docente deve partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a

leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos. O primeiro olhar para o

texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental como do Ensino Médio,

deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno a

projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem. Numa apresentação

em sala de aula o educando revela-se e, ―provocado‖ pelo docente, justifica sua

associação defendendo seu personagem. O professor, então, solicita aos alunos

que digam o que entenderam da história lida. Esta fase é importante para que o

aluno se perceba como coautor e tenha contato, também, com outras leituras, a dos

colegas de sala, que não havia percebido.

245

É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de

apelo, demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura,

mas aquelas que o texto permite. As marcas linguísticas devem ser consideradas na

leitura literária; elas também asseguram que as estruturas de apelo sejam

respeitadas. Agindo assim, o professor estará oportunizando ao aluno a ampliação

do horizonte de expectativa.

No caso da leitura de textos poéticos, o professor deve estimular, nos alunos,

a sensibilidade estética, fazendo uso da leitura expressiva. O modo como o docente

proceder à leitura do texto poético poderá tanto despertar o gosto pelo poema como

a falta de interesse pelo mesmo. Assim, antes de apresentá-lo para os educandos, o

professor deve estudar, apreciar, interpretar, enfim, fruir o poema. Após este

primeiro momento, de forma adequada à série ou ao nível do aluno e conforme a

intencionalidade, o professor oportunizará ao aluno a experiência, na leitura, escrita

e oralidade, com novos gêneros e novas formas de expressão, como desenho,

dramatização, novos poemas, aprimorando a compreensão, interpretação e análise.

AVALIAÇÃO

De acordo com as DCEs é imprescindível que a avaliação em Língua

Portuguesa e Literatura seja um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade

à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo servindo como

ref lexão para o professor, para que este possa repensar sua prát ica

educativa e tomada de consciência de avanços, dif iculdades e

possibil idades de crescimento.

Ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem, é

contínua e não funciona como fechamento de etapas de trabalho.

Possibil ita a análise sistemática do aluno, diagnosticando suas

dif iculdades e variando as formas de avaliá -lo para que se possa

atingir todos os objetivos trabalhados.

No entanto, a Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDBEN), destaca a chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V,

item a: ―avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais‖), vista como mais adequada ao dia-a-

246

dia da sala de aula e como grande avanço em relação à avaliação tradicional, que

se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.

Realizada geralmente ao final de um programa ou de um determinado

período, a avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer um

conceito. Trabalhos de leitura, interpretação e produção de textos, oralidade e

análise linguística, serão propostas de atividades de avaliação.

A recuperação será concomitante aos conteúdos trabalhados. Ocorrendo

depois de cada avaliação e no momento em que as dificuldades forem constatadas,

fazendo-se as intervenções necessárias.

No final de cada bimestre será feita a recuperação de nota com valor de 50%

de nota para trabalhos e atividades em sala e, 50% de nota para provas, em

conformidade com o Regimento Escolar.

O que não significa dizer, que deva ser excluída do sistema escolar, mas que

as duas formas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para diferentes

finalidades. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, deve-se usar a

observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada

conteúdo e/ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao

professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca

de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob essa

perspectiva, as DCEs recomendam:

• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca

informal de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de

adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise

da produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos

diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias,

a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus

pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos

247

orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, comerciais,

programas da televisão, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em

vista o resultado esperado:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,recursos semânticos.

• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para

a compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas

entre textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o

reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos

efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações

tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros.

É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se

compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz

inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o

multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do

texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais

lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o

repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de

expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e

outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do

texto. Deste modo, espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

248

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia principal do texto.

• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de

produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto

escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir

daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivotextuais,

verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de

acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão

e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno

deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu

próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a

intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há

necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos,

ideias ou conectivos.

• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta

em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa

prática pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros

precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes

possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o

professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a

ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de

recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores

argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes

do texto (causa, tempo, comparação etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos,

os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de reestruturação do

texto, inclusive. Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos

são avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a

linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes

permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e

continuada que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre

teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces

249

para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre

necessário aprofundamento teórico.

Como já citado no texto para avaliação, o professor poderá considerar

atividades individuais e coletivas, feitas no caderno, apresentação de trabalhos em

grupo, trabalhos e pesquisas individuais, provas semanais ou mensais. O

importante é estabelecer critérios de avaliação coerentes com os conteúdos

estudados.

REFERENCIAS:

BAKHTIN, Michail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

Diretrizes Curriculares para a disciplina de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2010.

KOCK, Ingedore G. Villaça; Fávero, Leonor Lopes. Contribuição a uma topologia textual.

Revista Letras & Letras. Uberlândia: UFU, 1987.

250

8.13. Química

APRESENTAÇÃO DA D ISCIPLINA

Sobre a ciência, cabe destacar que o conhecimento químico não é

algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante

transformação. A ciência não é mais considerada objet iva nem neutra,

mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que por s erem

construções humanas com propósitos explicat ivos e previstos, são

provisórios.

A Química é a ciência natural que visa o estudo das substâncias,

da sua composição, estrutura e propriedades. Desta forma, n ão se pode

negar que a Química tem um papel fundamental na vida das pessoas, na verdade

esta só pode evoluir apoiando-se a outras ciências. Estas ciências fazem parte do

dia-a-dia de cada indivíduo e é importante para o equilíbrio da vida no planeta.

Portanto, ao observar o mundo à sua volta os participantes do processo educativo

devem compreender como é frequente, intensa e contínua, a aplicação do

conhecimento químico na sociedade atual. E perceber ainda como esse

conhecimento tem sido constantemente reformulado ao longo da história da

humanidade.

Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos

professores e abordados durante os séculos conforme as necessidades

dos alunos e da população. Atualmente o ensino da Química é norteado

pela construção/reconstrução de signif icados dos conceitos cien tíf icos,

vinculada aos contextos históricos, polít icos, econômicos, sociais e

culturais.

A apropriação desta ciência e de conhecimentos químicos deve

acontecer por meio do contato do aluno com a matéria e suas

transformações. Os conceitos científ icos devem contribuir para a

formação de indivíduos que compreendam e questionem a ciência

atual.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Química (2008), a

importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua

função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão,

251

enfim, na significação dos conceitos químicos. Diferentemente do que muitos

possam pensar, não é preciso haver laboratórios sofisticados, nem ênfase

exagerada no manuseio de instrumentos para a compreensão dos conceitos. O

experimento deve ser parte do contexto de sala de aula e seu encaminhamento não

pode separar a teoria da prática, num processo pedagógico em que os alunos se

relacionem com os fenômenos vinculados aos conceitos químicos a serem formados

e significados na aula.

A experimentação, por exemplo, favorece a apropriação efetiva

dos conceitos químicos, pois tem caráter investigativo e auxil ia o aluno

na explicitação, problematização e discussão da signif icação destes

conceitos.

O professor deve cr iar situações de aprendizagem de modo que o

aluno pense crit icamente, ref lita sobre as razões das problemáticas

atuais e relacione conhecimentos cotidianos aos científ icos.

Portanto, baseado nas DCEs de Química, as tendências desta

discipl ina visam uma formação mais abrangente do estudante, com a

inclusão, nos currículos inst itucionais, de temas que propiciem a

ref lexão sobre caráter, ét ica, sol idariedade, responsabil idade e

cidadania, pregando-se conceitos de ―matéria‖ e ― interdiscipl inaridade‖.

OBJETIVO GERAL

Identif icar, compreender e ut il izar os conhecimentos adquiridos,

relacionando-os às suas aplicações e implicações no ambiente, na

economia, na polít ica e principalmente na vida dos indivíduos ut il izando

para tanto, os Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino Médio,

considerando seu objeto de estudo/ensino: Substâncias e Materiais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica

[ . . . ] entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que ide ntif icam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Como constructos atrelados a uma concepção cr ít ica de educação, os conteúdos estruturantes da Química devem considerar, em sua abordagem teórico-metodológica, as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos

252

tratados no dia-a-dia da sala de aula nas diferentes real idades regionais onde se local izam as escolas da rede estadual de ensino. A seleção dos conteúdos estruturantes foi fundamentada no estudo da histór ia da Química e da discipl ina escolar e para que seja devidamente compreendido exige que os professores retomem esses estudos, pois, essa arquitetura curr icular pode contr ibuir para a superação de abordagens e metodologias do ensino tradicional da Química (SEED, 2008).

Os conteúdos estruturantes estão dividos em:

Matéria e sua Natureza: estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos

da matéria, a essência da matéria e caracteriza-se pelo ―trabalho‖ com

modelos e representações.

Biogeoquímica: caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera,

litosfera e atmosfera.

Química Sintética: caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos

farmacêuticos, a indústria alimentícia (conservantes, acidulantes,

aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes, agrotóxicos. Avanços tecnológicos,

obtenção e produção de materiais artificiais que podem substituir os naturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE ACORDO COM AS DCE’s

14. Matéria

15. Soluções

16. Velocidade das reações

17. Equilíbrio químico

18. Ligação química

19. Reações Químicas

20. Radioatividade

21. Gases

22. Funções Químicas

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

HISTÓRIA DA QUÍMICA

10. Evolução da Química.

MATÉRIA

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

253

Natureza elétrica da matéria;

Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...);

Estudo dos metais;

Tabela Periódica.

SOLUÇÃO

3. Substância: simples e composta;

4. Misturas;

5. Métodos de separação;

6. Solubilidade;

7. Concentração;

8. Forças intermoleculares;

9. Temperatura e pressão;

10. Densidade;

11. Dispersão e suspensão;

12. Tabela Periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas;

Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas

(natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão);

Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de

contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes,

inibidores);

Lei da velocidade das reações químicas;

Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO

- Reações químicas reversíveis;

- Concentração;

- Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

- Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração,

pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;

- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).

- Tabela Periódica

254

LIGAÇÃO QUÍMICA

3. Tabela periódica;

4. Propriedade dos materiais;

5. Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;

6. Solubilidade e as ligações químicas;

7. Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias

moleculares;

8. Ligações de Hidrogênio;

9. Ligação metálica (elétrons semi-livres);

10. Ligações sigma e pi;

11. Ligações polares e apolares;

12. Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS

Reações de Oxi-redução;

Reações exotérmicas e endotérmicas;

Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

Variação de entalpia;

Calorias;

Equações termoquímicas;

Princípios da termodinâmica;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Calorimetria;

Tabela Periódica.

RADIOATIVIDADE

XII. Modelos Atômicos (Rutherford);

XIII. Elementos químicos (radioativos);

XIV. Tabela Periódica;

XV. Reações químicas;

XVI. Velocidades das reações;

XVII. Emissões radioativas;

XVIII. Leis da radioatividade;

XIX. Cinética das reações químicas;

XX. Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);

255

GASES

- Estados físicos da matéria;

- Tabela periódica;

- Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x

temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);

- Modelo de partículas para os materiais gasosos;

- Misturas gasosas;

- Diferença entre gás e vapor;

- Leis dos gases

FUNÇÕES QUÍMICAS

Funções Orgânicas;

Funções Inorgânicas;

Tabela Periódica

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

HISTÓRIA DA QUÍMICA

13. Compreender o avanço da Química ao longo da história.

MATÉRIA

4. Elaborar conceitos sobre as propriedades dos materiais abordando a

relação entre o uso de diferentes materiais e suas propriedades;

5. Diferenciar uma substância pura de uma mistura e entender os critérios

de pureza;

6. Entender os processos e equipamentos utilizados nas separações de

misturas;

7. Compreender a necessidade dos modelos atômicos para explicação

dos fatos naturais;

8. Compreender a evolução dos modelos atômicos;

9. Entender a importância dos número atômico e número de massa no

estudo da Química;

10. Relacionar a reatividade das substâncias com a estrutura eletrônica

dos átomos;

11. Localizar os elementos na tabela periódica utilizando as famílias e os

períodos, utilizando também a distribuição eletrônica estudada

anteriormente;

256

12. Compreender o significado de periodicidade na tabela periódica e suas

implicações no comportamento dos diferentes átomos.

SOLUÇÃO

13. Diferenciar sistema homogêneo de heterogêneo;

14. Estabelecer a relação entre solução verdadeira, suspensão e colóide a

partir do tamanho das partículas que formam cada tipo de dispersão;

15. Compreender a relação entre as forças intermoleculares e como estas

agem nos mecanismos de dissolução das substâncias;

16. Entender o conceito de coeficiente de solubilidade, sua relação com

soluções saturada, insaturada e super-saturada e seus respectivos

diagramas de solubilidade;

17. Identificar a diferença entre densidade e concentração de uma solução;

18. Efetuar cálculos de concentração compreendendo o significado das

unidades envolvidas.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

- Compreender as condições e os mecanismos necessários para a

ocorrência de uma reação química por meio dos conceitos de contato e

afinidade química entre os reagentes.

- Calcular a velocidade de uma reação química através de dados

registrados em gráficos ou tabelas.

- Valorizar a importância do catalisador em uma reação química e

construir gráficos de energia em função do tempo (ou caminho da

reação) de reações químicas com e sem catalisador.

EQUILÍBRIO QUÍMICO

- Entender o que é equilíbrio químico por meio dos conceitos de

velocidade direta e inversa de uma reação química.

- Diferenciar equilíbrio homogêneo e heterogêneo.

- Compreender que o grau e a constante de equilíbrio servem para medir

a extensão de uma reação reversível, isto é, para indicar o ponto em

que a reação alcança equilíbrio.

- Observar que o deslocamento do equilíbrio obedece sempre ao

princípio de Le Chatelier.

- Efetuar o cálculo de pH e pOH de soluções.

LIGAÇÃO QUÍMICA

257

1. Entender o que é uma ligação química;

2. Entender, diferenciar e caracterizar as ligações iônica, covalente e

metálica;

3. Prever o tipo de ligação que ocorrerá entre determinados elementos

químicos;

4. Representar as ligações iônicas e covalentes pela notação de Lewis,

fórmulas estrutural e molecular;

5. Interpretar as propriedades dos metais como consequência da ligação

metálica;

6. Entender como se dá o arranjo espacial das moléculas;

7. Compreender a relação entre eletronegatividade e a geometria das

moléculas;

8. Relacionar as propriedades das substâncias com o tipo de forças

intermoleculares existente entre as partículas formadoras dessas

substâncias.

REAÇÕES QUÍMICAS

9. Conceituar, definir, classificar e caracterizar as dispersões.

19. Compreender o conceito de calorimetria e caloria, e como esta pode

ser medida com o auxílio de calorímetros;

20. Identificar um processo exotérmico de um endotérmico;

21. Analisar os diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

22. Determinar o calor envolvido em uma reação química;

23. Identificar como o estado físico das substâncias, estado alotrópico,

temperatura e pressão alteram o valor da entalpia da reação;

24. Escrever e entender como uma reação termoquímica deve ser

representada;

25. Compreender que para se calcular o ∆H pode-se utilizar reações com

valores já conhecidos e trabalhá-los para chegar na reação em

questão.

RADIOATIVIDADE

26. Perceber que a descoberta das emissões radioativas se deu com a

evolução de pesquisas envolvendo explicações sobre estrutura

atômica;

258

27. Calcular a velocidade de desintegração radioativa de um elemento e

definir reação nuclear ou transmutação radioativa.

28. Perceber as aplicações práticas de fissão e fusão nuclear e também os

maiores e os menores perigos das emissões radioativas para os seres

vivos.

GASES

- Caracterizar o estado gasoso e suas grandezas fundamentais.

- Entender a diferença entre as leis físicas e as volumétricas.

- Aplicar as leis volumétricas na resolução de problemas.

FUNÇÕES QUÍMICAS

- Definir e classificar eletrólito.

- Diferenciar e nomear cada uma das funções inorgânicas e entender as

importâncias dessas substâncias em nosso dia-a-dia

- Compreender que o átomo de Carbono tem características que o

destacam dos demais elementos (valência, números de possíveis

ligações, possibilidade de formar cadeias, etc.);

- Classificar as cadeias carbônicas e descobrir a existência de um

grande número de compostos orgânico;

- Saber definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos e suas

subclasses e perceber a aplicação de diversos hidrocarbonetos. E o

mesmo será observado para as funções oxigenadas e nitrogenadas;

- Identificar as diferentes funções orgânicas;

- Ter discernimento ao se usar substâncias como remédios, produtos de

higiene pessoal e limpeza, etc. de maneira que essas substâncias

sejam utilizadas para o bem estar do educando e que também não

agrida o meio ambiente;

- Definir isomeria plana e espacial. Reconhecer a importância da

isomeria na Química Orgânica e na Bioquímica;

- Entender o mecanismo das reações orgânicas;

- Definir, classificar e identificar um polímero e também qual a sua

aplicação no cotidiano.

259

METODOLOGIA

É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos

estudantes, no qual se incluem as ideias preconcebidas sobre o conhecimento da

Química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um

conceito científico.

A concepção espontânea sobre os conceitos que o estudante adquire no seu

dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, faz-

se presente no início do processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez, a

concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que

requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar. A

escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico

historicamente produzido.

Partindo do princípio de que as aulas de química devem

oportunizar ao aluno o desenvolvimento do conhecimento científ ico, a

apropriação dos conceitos da química e sensibi l izá -lo para um

comprometimento com a vida no planeta, será abordardo nas aulas de

química assuntos relevantes ao cotidiano relacionando -os aos

conteúdos teóricos propostos na disciplina.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Química, o

professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo

disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político

Pedagógico da escola; análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de

Química; e informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.

De acordo com as DCEs de Química

[...] a compreensão e a apropriação do conhecimento químico acontecem por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação. No ensino tradicional, a atividade experimental ilustra a teoria, que serve para verificar conhecimentos e motivar os alunos. As aulas de laboratório seguem procedimentos como se fossem receitas que não podem dar errado, isto é, obter um resultado diferente do previsto na teoria. Na abordagem conceitual do conteúdo químico, considera-se que a experimentação favorece a apropriação efetiva do conceito e

260

―o importante é a reflexão advinda das situações nas quais o professor integra o trabalho prático na sua argumentação‖ (AXT, 1991, p. 81). Na proposta de Axt, a experimentação deve ser uma forma de problematizar a construção dos conceitos químicos, sendo ponto de partida para que os alunos construam sua própria explicação das situações observadas por meio da prática experimental. Desse modo, os aprendizes são levados a desenvolver uma explicação provável que se aproximada dos conceitos e teorias científicas pelos docentes, permite uma melhor compreensão da cultura e prática científica na reflexão de como são construídos e validados os conceitos cientificamente aceitos. Isso possibilita aos alunos uma participação mais efetiva no processo de sua aprendizagem, rompendo com a ideia tradicional dos procedimentos experimentais como receitas que devem ser seguidas e que não admitem o improviso, a modificação e as explicações prováveis do fenômeno estudado. Para tanto é necessário que a atividade experimental seja problematizadora do processo ensino-aprendizagem, sendo apresentada antes da construção da teoria nas aulas de ciências, e não como ilustrativo dos conceitos já expostos (forma tradicional da abordagem experimental). Esses fundamentos buscam dar sentido aos conceitos químicos, de modo que se torna muito importante a experimentação na atividade pedagógica (SEED, 2008).

Busca-se também a inserção dos eixos temáticos da educação do campo

paralelo aos conteúdos. De acordo com as DCEs da Educação do Campo (2010),

―eixos temáticos são entendidos como problemática centrais a serem focalizadas

nos conteúdos escolares‖, desta forma pretende-se paralela e paulatinamente aos

conteúdos formar cidadãos críticos para com sua realidade.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos,

Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e

Prevenção ao uso indevido de Drogas, Cultura Indígena e História do Paraná serão

contemplados, no decorrer do ano letivo, por meio de leitura de textos de diferentes

gêneros e sempre que houver necessidade dentro do conteúdo programático,

procurando-se sempre a formação integral do aluno enquanto cidadão. O

desenvolvimento desses temas se dará por meio de atividades de Tratamento de

Informações e Resoluções de Situações Problemas.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

261

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

Recursos:

1. Recursos didáticos - pedagógicos e tecnológicos:

Livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,

música, quadro de giz, tv, computador, entre outros.

2. Recursos instrucionais:

Organogramas, mapas conceituais, gráficos, tabelas, entre outras.

AVALIAÇÃO

A part ir da Lei de Diretr izes e Bases da Educação n. 9394/96 , a

avaliação formativa e processual, deve subsidiar e mesmo redirecionar

o curso da ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do

processo educacional no coletivo da escola.

Por isso, além de avaliar por meio de provas, o professor pode

usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de

expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos,

produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,

262

pesquisas bibl iográf icas, relatórios de aulas em laboratório,

apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos devem

ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino

constando no mínimo dois instrumentos diferenciados com peso de 50%

cada um.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de ava liação

f iquem bem claros também para os alunos, como direito de apropriação

efetiva de conhecimentos que contribuam para transformar a própria

realidade, o mundo em que vivem.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Espera-se do aluno, de acordo com cada conteúdo específ i co, o

seguinte:

MATÉRIA

3. Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços

tecnológicos na área da Química;

4. Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

5. Problematize a construção dos conceitos químicos;

6. Tome posições frente às situações sociais e ambientais

desencadeadas pela produção do conhecimento químico;

7. Compreenda a constituição química da matéria a partir dos

conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e

natureza elétrica da matéria;

SOLUÇÕES

8. Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste

conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de

separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc;

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

9. Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das

reações químicas, representações, condições fundamentais para

ocorrência, lei da velocidade, inibidores;

EQUILÍBRIO QUÍMICO

10. Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos

específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico,

263

deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e

efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso;

LIGAÇÃO QUÍMICA

11. Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação

entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos

desdobramentos deste conteúdo básico;

REAÇÕES QUÍMICAS

12. Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível

microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para

esse conteúdo básico;

RADIOATIVIDADE

13. Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas

que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que

compõe esse conteúdo básico;

GASES

14. Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria,

propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases;

FUNÇÕES QUÍMICAS

15. Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em

relação a outra espécie com a qual estabelece interação.

A recuperação será paralela aos conteúdos, aos trabalhos e provas que

ocorrem durante o bimestre, visando recuperar não apenas as notas, mas também

construir avanços com relação ao aprendizado anterior, bem como a avaliação, a

recuperação servirá como instrumento para resgatar valores perdidos e também

reorientar a pratica docente, devendo constar no mínimo dois instrumentos

diferenciados com peso de 50% cada um.

REFERÊNCIAS

ALFONSO - GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M.; AXT,

R. Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.

264

BAIRD, COLIN. Química Ambiental. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

FELTRE, RICARDO. Química. 6.ed. São Paulo: Moderna, 2004.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química:

professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.

MATEUS, A. L. Química na Cabeça: experiências espetaculares para você fazer em

casa ou na escola. Editora: UFMG, 2002.

NETO, BENÍCIO BARROS, et all. Como Fazer Experimentos. 4. ed. Porto Alegre :

Artmed, 2010.

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química

para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a

Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2010.

RUSSEL, J.B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill,1986.

SARDELLA, A.; MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3. ed. São Paulo:

Ática, 1992.

265

8.14. Sociologia

APRESENTAÇÃO DA D ISCIPLINA

Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento

positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter

científ ico, tão buscado e valorizado na época (século XIX), estava

l igado à lógica da ciência ditas ―experimentais". Ou seja, para ascender

ao estatuto de ciência, deveria atender a determinados pré-requisitos e

seguir métodos "científ icos" que pretendiam também a neutral idade e o

estabelecimento de regras.

São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798 -

1852), o primeiro a usar o termo sociologia relacionando -o com a

ciência da sociedade e Émile DurKheim (18581917), que adotou

conceitos elaborados por Comte, especialmente o de ordem social,

para delinear uma das correntes representativas do pensamento

sociológico.

Ambos os pensadores t iveram em comum a busca de soluções

para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção

capital ista; isto é, a miséria, o desemprego e as conseqüentes greves e

rebeliões operárias. Cada um desses sintomas sociais foi analisado por

esses pensadores como desvios ou anomalias da sociedade, que

poderiam ser corrigidos ou mesmo solucionado pelo resgate de valores

morais - como a solidariedade os quais restabeleceriam relações

estáveis entre as pessoas, independentemente da classe social a que

pertencessem.

Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a

educação, capaz de adequar devidamente os indivíduos à nova

sociedade. Tais pensadores a analisaram sob um determinado ponto de

vista e preconizaram a manutenção do status quo, da ordem vigente e,

de alguma forma, pelo elogio à sociedade capital ista.

Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial

conformista, a Socio logia desenvolveu também um olhar crít ico e

questionador sobre a sociedade. O pensador alemão Karl Marx (1818-

1883) trouxe importantes contribuições ao pensamento sociológico

266

porque desnudou as relações de exploração que se estabeleceram a

partir do momento em que uma determinada classe social apropriou -se

dos meios de produção e passou a deter e conduzir os mecanismos (as

ações) da sociedade.

De acordo com o pensamento de Marx, não há soluções

conciliadoras numa sociedade cujas relações se baseiem na exploração

do trabalho e na crescente espoliação da maioria. Para Marx, a teoria

apenas tem sentido se transformada em práxis, ou seja, em ação

fundamentada polit icamente, para transformar as estruturas de poder

vigente e construir novas relações sociais, fundadas na igualdade de

condições a todos os indivíduos.

Para Marx, a única possibi l idade de superar a desigualdade e a

opressão está na construção de uma nova sociedade, que pressuponha

a inexistência de classes sociais e, portanto, de dominação de uma

minoria sobre uma maioria. Outra importante contribuição ao

pensamento sociológico crít ico e revolucionário pode ser encontrada

nos escritos do italiano Antonio Gramsci (1891- 1937) cujas análises

foram incorporadas principalmente às pesquisas sociológicas e

educacionais. Criados por Gramsci, os conceitos de hegemonia,

intelectual orgânico e escola única auxil iam no processo de repensar

as estruturas educacionais.

Já constitui tradição apresentar a entrada de Durkheim na

Universidade de Bordeaux, em 1887, como marco da introdução da

Sociologia nos currículos of iciais. No Brasil, a proposta de inclusão da

Sociologia data de 1870, quando Rui Barbosa, em um de seus eruditos

pareceres, propõe a substituição da disciplina Direito Natural pela

Sociologia, a sugerir que o Direito t inha mais a ver com a sociedade,

ou com as relações sociais do que com um pretenso "estado de

natureza" - pedra de toque da elaboração polít ica dos contratualistas e

jusnatural istas dos séculos XVII e XVIII; isso constituía, desde já, uma

perspectiva interessante, apesar de o parecer do conselheiro não ter

sido sequer votado... Com Benjamim Cons tant, alguns anos depois,

1890, no ensejo da Reforma da Educação Secundária do primeiro

governo republicano, reaparece a Sociologia, agora como discipl ina

267

obrigatória nesse nível de ensino. A morte precoce do ministro da

Instrução pública acaba enterrando a Reforma e a possibil idade de a

Sociologia integrar desde então o currículo.

A discipl ina Sociologia tem uma historicidade bastante diversa de

outra discipl ina do currículo, tanto em relação àquelas do campo das

linguagens como em relação à das Ciências Humanas, mas sobretudo

das Ciências Naturais. É uma discipl ina bastante recente - menos de

um século, reduzida sua presença efetiva à metade desse tempo; não

se tem ainda formada uma comunidade de professores de Sociologia no

Ensino Médio, que em âmbito estadual, regional , ou nacional, de modo

que o diálogo entre eles tenha produzido consensos a respeito de

conteúdos, metodologias, recurso, etc, o que está bastante avançado

nas outras disciplinas. Essas questões já poderiam estar superadas se

houvesse continuidade nos debates, o que teria acontecido se a

discipl ina nas escolas não fosse intermitente.

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a

Sociologia tem contribuído para ampliar o conhecimento dos homens

sobre sua própria condição de vida e, fundamentalmente, para a

análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber

especializado pautado, em teorias e pesquisas que esclarecem muitos

problemas da vida social.

Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade pela

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem

em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses

diferentes grupos, bem como a compreensão das conseqüências

dessas relações para indivíduos e coletividades.

No século XX, três diferentes linhas teóricas clássicas,

sistematizadas por Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber al icerçaram,

e ainda alicerçam, concepções sociologias contemporâneas. Entre elas

destacam-se: as concepções de Antonio Gramsci , Pierre Bourdieu e

Florestan Femandes. Cada uma, a seu modo, elege conteúdo

temáticas, problemáticas, metodologias, concernentes ao contexto

histórico em que foram construídas e buscam interpretar e dar

respostas aos problemas da realidade contemporânea.

268

Ressalta-se que, como discipl ina acadêmica e escolar, a história

da Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e

metodológicos que a constituem como campo Científ ico mais

abrangente. E preciso destacar nos teóricos clássicos suas concepções

de sociedade e, também, suas concepções de educação, já que uma

está relacionada à outra e orientam mutuamente campos de ação

polít ica e, por efeito, de ação educacional.

Mas diante da realidade contemporânea, não há mais espaço

para discussões pretensamente neutras da Sociologia do século XIX. A

Sociologia no presente tem o papel h istórico que vai muito além da

leitura e explicações teóricas da sociedade não cabem mais as

explicações e compreensões das normas sociais e inst itucionais, para

a melhor adequação social, ou mesmo para a mera .crít ica social, mas

sim a desconstrução e a desnaturalização do social no sentido de sua

transformação. Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes

do acirramento das forças do capital ismo mundial e do desenvolvimento

industrial desenfreado, entre outras causas, exigem indivíduos capazes

de romper com a lógica neoliberal da destruição social e planetária. É

tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos valores,

de uma nova ética e de novas prát icas sociais que apontem para a

possibil idade de construção de novas relações sociais.

Considerando as diversas concepções teóricas clássicas acerca

da Sociologia é possível professor e ao aluno, cada um no seu nível de

compreensão, alterar qualitat ivamente sua prática social. Do resgate

dos seus conteúdos crít icos, a sociologia clássica e a moderna

permitem esclarecer; muitas questões acerca de desigualdades sociais,

econômicas, polít icas e culturais da sociedade brasileira.

Nesta proposta, ao se descartarem a neutral idade, a

imparcial idade o descompromisso o conformismo, a ausência d e

historicidade, propõe-se uma Sociologia Crítica que analise a realidade

em sua perspectiva de prática e de crít ica social. Da relação entre

ambas, propõem-se alguns questionamentos:

Como ir além do que é estabelecido e explicado historicamente?

Quais as causas das desigualdades sociais?

269

Quais as adversidades e os antagonismos presentes no meio

social onde vivem os alunos e os professores?

Sob a ótica da Sociologia Crít ica, essas questões podem ser

analisadas conforme as diversas perspectivas dos grupos e classes,

situados num dado contexto histórico, e por meio de uma análise que

deve incluir as distintas interpretações sistematizadas acerca de tais

perspectivas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

O surgimento da Sociologia,

As teorias sociológicas na compreensão do presente

A produção sociológica brasi leira,

Instituições Sociais

A Instituição Escolar

A Instituição Religiosa

A Instituição Famil iar

Cultura e Indústria Cultural

Cultura ou culturas: uma contribuição an tropológica

Diversidade Cultural Brasi leira

Cultura: criação ou apropriação?

Trabalho, Produção e Classes Sociais

O processo de trabalho e a desigualdade social

Globalização.

Poder, Polít ica e Ideologia

Ideologia

Formação do Estado Moderno

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Agrários no Brasil,

Movimento Estudantil.

270

METODOLOGIA

Para o ensino da Sociologia no Ensino Médio, propõe -se que

sejam redimensionados aspectos da realidade por meio de uma análise

didática e crít ica dos problemas sociais, visto que a dinâmica da

sociedade e do conhecimento científ ico que os acompanha é provisória,

e, portanto, não-constitut iva de uma dimensão de total idade.

Ressalta-se que os conteúdos estruturantes e os conteúdos

específ icos deles desdobrados não devem ser pensados e trabalhados

de maneira autônoma, como se bastassem por si próprios, da mesma

forma como também não exigem uma obediência seqüencial, ou seja,

apesar de estarem articulados, é possível o estudo e a apreensão

pelos alunos de cada um dos conteúdos, sem a necessidade de uma "

amarração" com os demais.

O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o

aluno como sujeito de seu aprendizado; não importa que o

encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a

análise de f i lmes, mas importa que o aluno seja constantemente

provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e

a reconstruir co letivamente novos saberes.

Para que essa possibi l idade de relacionamento entre a teoria e o

vivido aconteça é imprescindível a adoção de alguns recursos

didáticos, a saber:

Aula exposit iva - Sempre que se pensa em aula, imediatamente

se pensa em aula expositiva. Na realidade, essa é a forma mais

conhecida e prat icada, o que recentemente tem produz ido crít icas

sobretudo por parte dos que defendem um "ensino ativo‖; e quase

negam a necessidade da aula expositiva central izando a aula no aluno,

uma vez que concebem o aprendizado como construção do sujeito - o

aluno. Pois bem, a aula expositiva tem seu lugar ainda, não naquela

imagem da aula discursiva como magister dixit, "o mestre disse", da

escolástica. Não há mais a preleção do mestre, ininterrupta, que ao f im

recebe os comentários, as dúvidas, as questões. Mesmo a aula

exposit iva é um diálogo. Aliás, todo o trabalho - e a esperança - do

professor é transformá-la num diálogo, não pretendendo que seja o

271

esclarecimento absoluto do tema do dia, mas o levantamento de alguns

pontos e a apresentação de algumas questões que incentivem os

alunos a perguntar. Pode ser também um discurso aberto, al iás

conscientemente aberto, para provocar a necessidade de questões.

A aula não se reduz à exposição por parte do professor. Há uma

variedade fenomênica de que as pessoas pouco se dão conta, mas que

é prat icada por boa parte dos professores. Apenas a t ítulo de

lembrança, seguem-se algumas citações: seminário, estudo dir igido de

texto, apresentação de vídeos, dramatização, of icina, debate, leitura de

textos, visita a museus, bibl iotecas, centros culturais, parques, estud os

do meio, leitura de jornais e discussão das notícias, assembléia de

classe, série e escola, conselho de escola, etc. Tudo isso é praticado,

mas ou há uma estreiteza conceitual ou uma rotinização das práticas,

de tal modo que só se reconhece ou se pratica como aula, a exposit iva.

Seminários - É certo que algumas dessas variações dependem de

algum cuidado porque senão também acabam sendo deturpadas no seu

uso e têm resultado muito aquém do esperado. É o caso dos

seminários, que muitas vezes são entendidos como uma forma de o

professor descansar, pois eles são realizados de modo que o mestre

define vários temas sobre um determinado assunto, divide a turma em

tantos grupos quantos forem os temas e depois diz: agora vocês

procurem tudo o que existe sobre este tema e apresentem segundo o

calendário predeterminado. Assim, nos dias definidos, os grupos de

alunos trazem o que encontraram e "apresentam" o que "pesquisaram"

para o conjunto da sala. É preciso dizer que um seminário é algo

completamente diferente e requer um trabalho muito grande do

professor. Ele deve organizar os grupos, distribuir os temas, mas

orientar cada um deles a respeito de uma bibliograf ia mínima, analisar

o material encontrado pelos grupos, estar presente, intervir durante a

apresentação e "fechar" o seminário. Dessa forma, o professor

auxil iará os alunos na produção e na apresentação do seminário,

complementando o que possivelmente tiver sido deixado de lado.

Possibil itará aos alunos a oportunidade de pesquisarem e de ex porem

272

um determinado tema, desenvolvendo uma autonomia no processo e na

exposição dos resultados da pesquisa.

Leitura e análise de textos - Os textos sociológicos (acadêmicos

ou didáticos), de autores ou de comentadores, devem servir de suporte

'para o desenvolvimento de um tema, ou para a exposição e análise de

teorias, ou, ainda, para a explicação de conceitos. Eles não "falam" por

si sós, dependem de ser contextualizados e anali sados no conjunto da

obra do autor, precisando da mediação do professor. Ou seja, os

alunos precisam saber quem escreveu, quando e em vista do que foi

escrito o texto, a fim de que este não seja tomado como verdade nem

tenha a função mágica de dizer tudo sobre um assunto. A leitura e a

interpretação do texto devem ser encaminhadas pelo professor,

despertando no aluno o hábito da leitura, a percepção da historicidade

e a vontade de dizer algo também sobre o autor e o tema abordado,

sentindo-se convidado a participar de uma "comunidade‖.

Cinema, vídeo ou DVD, e TV - Entende-se aqui o ensino visual

em dois níveis, que não podem ser separados sob pena de se perderem

os frutos quando tratados parcialmente. Por um lado, quando se passa

um vídeo ou DVD (f i lme de f icção ou documentário), tem -se a

ilustração, o exemplo para a ação, o entretenimento e até o po der

catárt ico que pode provocar a visão de um fato recons truído pela sua

representação - atualização. Por outro, tem-se o "estudo" dessa

ilustração, da ressurreição, do entretenimento e da catarse, da

representação do fato, isto é, a análise e a interpretação da mensagem

e do meio.

Trazer a TV ou o cinema para a sala de aula não é apenas buscar

um novo recurso metodológico ou tecnologia de ensino adequada aos

nossos dias, mais palatáveis para os alunos - e o público -, que são

condicionados mais a ver do que a ouvir, que têm a imagem como fonte

do conhecimento de quase tudo. Trazer a TV. e o cinema para a sala

de aula é submeter esses recursos a procedimentos escolares -

estranhamento e desnatural ização.

Não se pode entender uma "educação para a vida", de que tantos

falam, como simples reiteração dos fatos da vida na escola, isto é,

273

repetição dos fatos da vida e vagos comentários - cl ichês

convencionados - acerca desses. Não é porque se fala de problemas

sociais e polít icos na escola - corrupção, fome, favela, desemprego,

etc. - que se está cumprindo essa obrigação de trazer a vida para a

escola e com isso "preparar para a vida': Do mesmo modo, a TV e o

cinema na escola têm essa dupla disposição: entrar e se chocar com as

formas tradicionais do ensino, incorporando as imagens ao ensino

predominantemente auditivo; mas entrar na escola para sair de outro

modo: sair da escola para se chocar com as formas convencionais da

assistência. Assim como os diversos aspectos da vida entram na escola

na forma de discipl inas - Sociologia, História, Geografia, Física,

Língua, etc. - e sofrem aí uma releitura científ ica, passando a constituir

uma visão de mundo, uma perspectiva diante da vida, a formação do

homem não pode ocorrer como se quer - crít ica e cidadã - se não

concorrer para uma perspectiva crít ica e cidadã dos meios de

comunicação. Ver TV e f i lmes em sala de aula é rever a forma de vê -

Ios na sala de estar, de jantar ou nos quartos de casa e nas salas de

cinema dos shopping centers. Aqui, um recurso didático favorece a

discussão de um tema, os meios de comunicação de massa, e não

pode ser tratado separadamente.

O uso de f i lmes na escola tem sido realizado segundo a

necessidade de inovação dos recursos didáticos, e o f i lme como objeto

de análise, e portanto como ref lexão sobre a realidade - uma

modalidade de pensamento - tem se reduzido a pesquisas acadêmicas

e à crít ica de jornais. Assim, não se visa apenas a reforçar,

legit imando, a incorporação de uma nova tecnologia de ensino - a TV; o

vídeo e o DVD, o cinema - à sala de aula. Pretendemos levar a uma

ref lexão sobre o uso do f i lme como recurso e observar seus efeitos e

defeitos; pois aqui, diferentemente do que se diz sobre a TV de modo

geral- que o meio é neutro e que tudo depende das intenções de quem

o usa -, acredita-se que o próprio meio também "é uma mensagem",

porque os elementos de sua constituição, no caso do f i lme, já

determinam a sua recepção.

274

Fotografia - As imagens fotográf icas estão presentes na vida

desde cedo. Hoje muito mais com máquinas fotográf icas digitais,

presentes em todos os lugares. Mas as fotograf ias estão também no

passado. Quantas vezes, ao se reunir com a família ou os amigos,

surge um álbum de fotograf ias, onde estão registra dos os primeiros

momentos e passos na vida, a vida dos pais, parentes e amigos, que

permitem analisar fenômenos do universo privado. Mas a fotograf ia

pode ser util izada também para analisar fenômenos sociais públicos,

como manifestações colet ivas, situações polít icas e sociais

importantes, presentes em revistas, jornais ou coleções fotográf icas de

órgãos públicos, sindicatos e associações, que podem esclarecer muito

do que aconteceu no país. As fotograf ias não são documentos neutros:

sempre expressam o olhar do fotógrafo e o que ele quis documentar.

Assim, funcionam como uma espécie de testemunho de alguém que se

dispôs a tornar perene momentos da vida privada ou social de uma

pessoa, grupo ou classe, do ponto de vista doméstico, local, regional,

nacional ou internacional.

O uso da fotograf ia em sala de aula requer alguns cuidados para

sua análise. A autoria e a data são sempre importantes. Elas informam

cenários, personagens, roupas e acontecimentos que permitem

contextualizar a época a que se referem. Integram um sistema

simbólico e os códigos culturais de um determinado momento histórico.

É necessário, portanto, estar atento a esses aspectos para enten der as

fotograf ias.

Charges, cartuns e tiras - Encontrados quase diariamente nos

jornais e nas revistas, são disposit ivos visuais gráf icos que veiculam e

discutem aspectos da realidade social, apresentando-a de forma crít ica

e com muito humor. Mas as charges, os cartuns e as tiras não são

todos iguais. Existem alguns que apenas apresen tam uma situação

engraçada ou procuram fazer r ir. Outros, entretanto, podem fazer rir,

mas também fazem pensar sobre o tema ou a realidade que

apresentam. É esse tipo de humor gráf ico que interessa ao professor

que quer introduzir uma determinada questão, seja conceitual ou

temática. Ao projetar em sala de aula uma charge ou tira de humor, é

275

bem possível que os alunos se sintam inst igados a saber o porquê de o

professor fazer aquilo. A partir dessa situação, já se cria um ambiente

para colocar em pauta o que se pretendia discutir naquela aula. Aí

começa a motivação, e a imagem projetada serve de estímulo. Inicia

se, então, uma segunda parte, que é analisar a imagem, seus

elementos, por que provoca o riso, de que modo esse discurso se

aproxima e se distancia do discurso sociológico, como a "deformação"

sugerida pela imagem acerca da realidade representa uma realidade

em si mesma "deformada':..

Temas Socioeducacionais:

História e Cultura Afro-Brasileira e Cultura Indígena

Nossa sociedade é construída em diversos contextos históricos,

socioeconômicos e políticos, marcados pela influência de diferentes culturas,

portanto para se constituir como realidade é necessária uma reflexão sobre a

interação cultural. Abordagens culturais podem ser feitas utilizando a História da

Matemática.

Educação Ambiental

Cada vez mais a natureza vem expressando suas inquietações sobre

práticas inoportunas do ser humano com relação a degradação ambiental e

desequilíbrio ecológico. Reflexões a respeito disso reorientam a prática pedagógica

educativa na perspectiva de conscientizações e orientações.

Indagações sobre problemas ambientais podem permear coleta de dados

organizando registros em forma de tabelas e gráficos, onde posteriormente esses

dados possam ser discutidos.

Violência na Escola

A violência escolar, sendo um fenômeno amplo sempre vem acompanhada

de outros fatores, como problemas familiares e pessoais que se alastram, diante da

complexidade dos problemas atuais. A escola não se encontra preparada para

enfrentar a variedade dos problemas que geram violência, mesmo assim escola e

educadores procuram resgatar valores, oportunizando aos alunos momentos de

lazer e discussão, onde os mesmos possam expressar talentos e não crueldades. A

integração família/escola se faz importante, onde a sociedade deve se mobilizar

para proteger os cidadãos do amanhã.

Prevenção ao uso indevido de Drogas

276

A base para o não ingresso ao uso de drogas está na família e na escola.

Com a participação efetiva dos pais e professores por meio de palestras,

depoimentos é possível oferecer espaço para discussões sobre o tema, debatendo

sobre a interligação entre drogas, violência e crime. Quanto mais próximos

estiverem, educadores, família e escola, o longo trabalho a ser realizado torna-se

mais eficaz, levando os jovens a reflexões sobre certo e errado, podendo atuar no

mundo como cidadãos.

Educação Fiscal

A disciplina de Matemática transversaliza questões inerentes a Educação

Fiscal, como a coleta e administração de recursos públicos, tipos de impostos e

aplicações dos mesmos. Incorporando a Educação Fiscal com conteúdos

matemáticos, podem ser comparados gráficos e tabelas, com suas devidas

interpretações, bem como situações problema envolvendo cálculos de porcentagem.

Educação Sexual (Gênero e Diversidade)

Como a diversidade faz parte do processo da existência humana, a escola é

a instituição na qual as diferentes presenças se encontram. Logo, essa instituição

tem a função moral de propiciar momentos que gerem discussões, debates,

palestras, traduzindo ações pedagógicas de transformação educacional criando um

sistema aberto à diversidade. O respeito à diversidade baseia-se em posicionar-se

contra várias formas de exclusão e discriminação.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

277

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as

atividades relacionadas à discipl ina e ser pensada e elaborada de

forma transparente e colet iva, ou seja, seus critérios devem ser

debatidos, crit icados e acompanhados por todos os envolvidos no

processo pedagógico.

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados

com a prática social, a capacidade de argumentação funda mentada

teoricamente, a clareza e a coerência na exposição das idéias, no texto

oral ou escrito, são alguns aspectos a serem verif icados no decorrer do

curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas sociais, a

iniciat iva e a autonomia para tomar at itudes diferenciadas e criativas,

para reverter práticas dê acomodação e sair do senso comum, são

ações que indicam aos professores o alcance e a importância de seu

trabalho no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acomp anham as

próprias prát icas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a

ref lexão crít ica nos debates, que acompanham os textos ou f i lmes, seja

a participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que

demonstrem capacidade de art iculação en tre teoria e prática, enfim

várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao

278

selecioná-las a clareza dos objet ivos que se pretende atingir no

sentido da apreensão, compreensão e ref lexão dos conteúdos pelo

aluno. Por f im, entendemos que não só o aluno, mas também

professores e a instituição escolar devem constantemente se auto -

avaliarem em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente

em seus princípios polít icos com a qualidade e a democracia.

A avaliação se dá no momento em que se percebe a demonstração dos

conhecimentos já estudados em sala e na produção coletiva dos trabalhos.

Todas as atividades avaliativas são permeadas por critérios que as orientam,

permitindo ao professor uma análise do ensino/aprendizagem o desenvolvimento

das habilidades, a comunicação matemática, as estratégias para a solução de

problemas bem como a compreensão por meio da leitura e seu tratamento crítico.

A recuperação com retomada de conteúdos deve acontecer paralelamente e

concomitante aos trabalhos, provas e conteúdos, visando voltar, discutir, esclarecer,

recuperando o processo possibilitando uma nova oportunidade de aprendizagem.

Referencias:

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Para o Ensino de Sociologia .

Curit iba: SEED, 2010.

279

8.15. CELEM

L. E. ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado somente depois da

chegada família real portuguesa ao Brasil em 1808.

A língua Espanhola foi valorizada como Língua Estrangeira porque

representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às

suas tradições e à história nacional. Tal modelo deveria ser seguido pelos

estudantes. Assim, o ensino de Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos

idiomas Alemão, Japonês e Italiano, que, em função da Segunda Guerra Mundial,

foram desprestigiados no Brasil. Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino

secundário, destaca-se que o ensino de Inglês teve espaço garantido nos currículos

oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais.

Em 1996, a Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°9.394, determinou

a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida pela

comunidade escolar, e uma segunda em caráter optativo, dependendo das

disponibilidades da instituição.

Em 2005 foi criada a Lei n°11.161, que decreta obrigatória a oferta de língua

espanhola para o Ensino Médio, sendo facultativa a matrícula para o aluno, sendo

que os estabelecimentos tem 5 anos, a partir da data de sua publicação para

implementa-la.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação o objetivo de ensinar

língua estrangeira na escola não é apenas lingüístico, mas ensinar e aprender

280

línguas são também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de

construir sentidos é formar subjetividades, independentemente do grau de

proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o

mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de

construir sentidos no mundo.

OBJETIVOS GERAIS

Para que se efetive a importância do ensino de espanhol, é essencial que se

considere como eixo do processo de ensino aprendizagem a formação do aluno no

âmbito da Educação Básica.

O ensino do espanhol, portanto, deve ter um papel eminente educativo, e não

apenas instrumental e veicular mais do que almejar um ensino centrado apenas nos

conhecimentos diretamente relacionados à língua em estudo, o que se deve

perseguir em Língua Espanhola, assim como em todas as disciplinas, é a formação

integral do aluno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico social. Ao

tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos,

buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Define-se como

Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática

social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e

de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

O professor deve criar oportunidades para que os alunos percebam a

interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes

281

que permeiam as relações sociais e de poder. Levará em conta que o objeto de

estudo da Língua Estrangeira Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza,

permite o trabalho em sala de aula com os mais variados textos de diferentes

gêneros.

A ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o

discurso, tornando-os capazes de comunicar-se de diferentes formas discursivas,

em diferentes tipologias textuais.

Para o trabalho de língua estrangeira é necessário que o professor tenha

oportunidade de participar de cursos de aperfeiçoamento específico na língua,

adquirindo assim uma maior confiança.

Conteúdos Básicos:

Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais:

Anedotas, Bilhetes, Carta pessoal, Convites, Músicas, Receitas

Autobiografia, Biografias, Contos, Crônicas de Ficção, Narrativas,

Poemas.

Debate, Pesquisas, Relatório, Resumo.

Cartazes, Diálogo, Discussão Argumentativa, Relatos de experiência.

Artigo de opinião, Carta ao Leitor, Charge, Entrevista, Notícia,

Sinopses de Filmes, tiras.

Anúncio, Comercial de TV, E-mail, Fotos, Slogan,Texto político.

Blog, Chat, Filmes, Home Page, Vídeo conferência.

Leitura:

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

282

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e Coerência;

Marcadores de discurso;

Funções das Classes Gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Variedade Lingüística.

Acentuação gráfica;

Ortografia.

Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do

texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

283

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação;

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Variedade lingüística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

Oralidade

Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

284

O ensino de uma língua estrangeira parte do entendimento do papel das

línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à

informação as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e de construir significados. Ela deve

contribuir para a formação de um indivíduo crítico, capaz de interagir com o mundo

que o cerca.

Portanto esta disciplina é baseada no estudo das estruturas básicas da língua

espanhola, através do uso de diferentes gêneros textuais, desenvolvimento

sistemático da compreensão oral e escrita, intensa prática da expressão oral através

de diálogos e discussões informais.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

285

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

As práticas avaliativas favorecem o processo de ensino e de aprendizagem,

ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma

dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

É importante que se observe a participação dos alunos e considere que o

engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir da

escolha de textos consistentes, e de diferentes formas.

Busca-se com a Língua Estrangeira Moderna, superar a concepção de

avaliação como mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos.

Percebendo como sucedido o ensino/aprendizagem, quando todo trabalho

desenvolvido com os alunos são retomados em discussões e analisados tanto pelo

educador quanto pelo educando.

O processo avaliativo deve ser diagnóstico, contínuo, somatório estando

articuladas com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e

encaminhamentos das diretrizes. Sempre que necessário retomar o conteúdo em

forma de recuperação paralela.

REFERÊNCIAS :

DIRETRIZES CURRICUALRES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Língua Estrangeira

Moderna , Paraná 2008.

286

Souza, Jair de Oliveira. Por supuesto! Espanhol para brasileiros.São Paulo: FDT

2011.

García, Maria de los Ángeles J. Espanhol sem Fronteiras. Volume I, Editora

Scipicione. 1998.

287

8.16. Língua Portuguesa – SAA - Sala de Apoio a aprendizagem

APRESENTAÇÃO

A sala de apoio à aprendizagem é um dos programas do governo do Paraná

que foi criado em 2004 para alunos de 5 ª série que apresentam defasagem nos

conteúdos dos anos iniciais. O Colégio Dom Pedro I, procura trabalhar conforme

prevê a instrução nº 022/2008 e resolução 371/2008.

De acordo com a instrução terão prioridade os alunos matriculados na 5ª série

do ensino fundamental que apresentam defasagens de aprendizagem em conteúdos

básicos, referente aos anos iniciais do ensino Fundamental, estes alunos deverão

freqüentar a sala de apoio a aprendizagem em turno contrário ao qual estão

matriculados.

O programa permite que 20 alunos sejam atendidos por turma, este número

justifica-se, pois é importante realizar um trabalho individualizado, sanando

dificuldades apresentadas por cada aluno. A carga horária deve ser de 4 horas aulas

semanais, divida em 2 aulas a cada dia.

A sala de Apoio a Aprendizagem objetiva um trabalho com a alfabetização e

letramento, considerando que a partir do momento em que o aluno lê e é capaz de

compreender o que lê, consegue exercer seu papel de cidadão, consegue se

comunicar, bem como expressar suas ideias com maior clereza.

A língua como objeto de estudo, muitas vezes, distancia-se do contexto em

que os alunos vivem. No ensino de língua portuguesa deve-se respeitar primeiro que

o aluno tome posse da língua, para que depois ele possa ter consciência desta, pois

se deve aguardar o amadurecimento, tanto linguístico quanto psicológico, das

crianças para que elas possam compreender conceitos abstratos.

OBJETIVOS

Despertar no aluno a autocrítica e estimulá-lo a progredir mais, a melhorar

o seu desempenho escolar; verificar em que aspectos o aluno precisa

melhorar e progredir;

Descrever ou retratar adequadamente, de forma oral e escrita,

personagens, paisagens, ambientes e cenas vivenciadas por

protagonistas de uma narrativa ou observadas por ele no dia-a-dia;

288

Apropriar-se de um vocabulário condizente como objeto da sua descrição;

Promover o convívio mais frequente dos alunos com materiais impressos e

de boa qualidade, como contos de fada, lendas, poesias,manchetes de

jornais, reportagens pequenas ou curtas e com textos publicitários

interessantes;

Levar os alunos a reflexão sobre a ortografia da Língua Portuguesa;

Ativar o conhecimento prévio dos alunos: o que eles já conhecem a do

texto apresentado, por exemplo.

Contextualizar a narrativa no tempo e no espaço;

Ser capaz de ler um texto longo, entendendo o que leu;

Ser capaz de ler texto somente com desenhos( leitura não verbal),

levando-se em consideração as funções descritiva, expressiva e

simbólica.

CONTEÚDOS

Conteúdo estruturante: Discurso Enquanto pratica social.

Conteúdos Básicos: Leitura/ Oralidade/ Escrita

Leitura: Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que

envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e

ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas

experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa,

cultural, enfim, as várias vozes que o constituem.

Praticar a leitura em diferentes contextos requer a compreensão das esferas

discursivas em que os textos são produzidos e circulam, bem como o

reconhecimento das intenções e dos interlocutores do discurso.

Oralidade: A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma

como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover

situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem

que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que as diferenças de

registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é

importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.

Devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já domina a

oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua, seja por meio das cantigas, das

289

narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos falantes que a

cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias.

Escrita: Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a

produção acontece determinam o texto. Além disso, cada gênero discursivo tem

suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam conforme o que se

quer informar, seja em um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou

científico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula em ações

de uso, e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos. O

aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por

meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. O que se

sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de subjetividades,

podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos socialmente. A

possibilidade da criação, no exercício desta prática, permite ao educando ampliar o

próprio conceito de gênero discursivo.

Sabe-se que em continuidade ao processo iniciado nas primeiras séries, o

ensino de língua materna permanece centrado nos usos linguísticos, partindo da

oralidade e respeitando as variantes empregadas pelos alunos. Entretanto, não pode

ficar restrito à linguagem que eles já dominam. O código culto deve ser conhecido e

manuseado por eles para que sejam capazes de subverter a opressão e competir

em igualdade de condições com outras camadas mais privilegiada da sociedade.

A Proposta da Sala de Apoio de Língua Portuguesa do Colégio Tupy Pinheiro

é buscar um trabalho com diferentes formas de expressão, visando conquistar a

liberdade de expressão do aluno, aumentando assim seu vocabulário, estimulando

sua expressão oral e sua capacidade comunicativa.

Neste contexto, a produção textual deverá ser construída lentamente, sendo

analisada e reescrita várias vezes. Os alunos deverão ser conscientizados de que

escrevem para serem entendidos, encontrando a forma que melhor e mais

claramente expresse suas idéias.

Assim, a Análise Lingüística não acontecerá isoladamente, mas no próprio

texto produzido pelo aluno ou em função de textos interpretados e analisados por

ele.

METODOLOGIA

LEITURA:

290

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, observando se o aluno

reconhece a ideia central do texto.

- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos - Leitura das

informações implícitas nos textos, averiguando se o aluno reconhece as

informações implícitas e explícitas no texto.

- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor.

- Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto.

- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas e se o

aluno reconhece os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada.

- Leitura com relativa fluência, entonação e ritmo, observando os sinais de

pontuação.

- interpretação da linguagem não verbal e se o discente é capaz de fazer

relações de um texto com novos textos e/ou textos já lidos.

- Identificação e finalidade e os objetivos dos textos de diferentes gêneros.

ORALIDADE: - Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

- Contação de histórias.

- Seleção de discurso de outros, como: notícias, cenas de novelas/filmes,

entrevistas,

programas humorísticos.

- Análise dos recursos próprios da oralidade.

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

ESCRITA:

Produção.

Discussão sobre o tema a ser produzido.

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores.

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

Proposta de produção textual.

Revisão textual.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Deverá acontecer em consonância com as práticas de leitura, escrita e oralidade,

visando o estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de gêneros selecionados

para leitura ou escuta, de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades

apresentadas pela turma.

291

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também devemos

observar a idade em que nossos alunos estão sendo inseridos para então definir o

encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se

caracteriza por uma intensa busca de ―si mesmo‖ e da própria identidade.

Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas,

cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e

social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam

sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua

sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica

que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no

período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente

incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade

positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em

acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades

da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e

necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na

melhora do processo ensino aprendizagem.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação específica da Sala de Apoio deve ser feita a partir dos objetivos

que orientam a proposta. Devendo ser contínua e individual.

A avaliação deverá ser realiza em conjunto pelo professor da sala de apoio e

professor regente da classe, através de observações e desenvolvimento das

atividades propostas, levando em consideração o progresso (ou não) no

aprendizado do aluno e se a defasagem e dificuldades apresentadas inicialmente

foram superadas.

Critérios para verificar a evolução (ou não) do aluno e sua possível saída:

292

9. Levar em conta seu esforço, atenção, dedicação, participação

nas atividades de classe etc;

10. Com relação à produção de textual: o texto responde às

perguntas: quem, o quê, como, onde, quando,por quê?

11. Há sequência no relato de fatos ocorridos? Há truncamentos?

12. O aluno consegue trabalhar com narrador observador,

considerando o ponto de vista do narrador no texto(não

confunde as pessoas verbais);

13. Há transposições aceitáveis de passagens do discurso direto

para o indireto? Em que momentos, na produção textual do

aluno, essas ocorrem?

14. O texto revela que o aluno já domina as convenções

ortográficas regulares e as irregulares (no mínimo, um

percentual significativo das últimas)?

15. As concordâncias nominais e verbais mais usuais e frequentes

(concordância do adjetivo com o substantivo e a do verbo com

o sujeito) já se fazem presentes no texto narrativo produzido

pelo aluno?

REFERÊNCIAS:

BAKHTIN, Mikhail (V. N. Volochínov). Marxismo e Filosofia da Linguagem: Problemas fundamentais do Método Sociológico da Ciência da Linguagem. 3 ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1986. CAGLIARI, Luiz C. Alfabetização & Linguística. São Paulo: Scipione, 1989. CARDOSO, Beatriz & MADZA, Ednir. Ler e Escrever, Muito Prazer! 2. ed. 6. impr. São Paulo: Ática, 2002. DCE, Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para Educação Básica,Curitiba, Paraná, 2009. FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore. Linguística textual: uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988. GRANVILLE, Maria Antonia. Algumas Sugestões Metodológicas para o Ensino da Língua Materna (ou língua portuguesa). Impress. São José do Rio Preto: IBILCE/Unesp, 2003.

293

KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. 4. ed. rev. Campinas, SP: Pontes, 1995. RESOLUÇÂO 371 e da INSTRUÇÃO 022/2008, que regem a Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática.

294

9. Projetos:

Projeto: Meio Ambiente

Objetivos: Conscientizar o docente, da importância de economizar, preservar e

reciclar os recursos naturais.

Justificativa: Incentivar a limpeza e a organização do meio em que o indivíduo

está inserido, incluindo a sala de aula.

Desenvolvimento: Este projeto será feito com a colaboração do corpo docente e

discente através de:

- Palestras

- Vídeos

- Vivência no dia-a-dia

- Separação do lixo reciclável e não reciclável

- Buscar meios de economizar água potável

- Plantação de árvores e conservação das espécies que já

estão em extinção

- Conscientização diariamente, constantemente com relação à

poluição visual e auditiva.

Apresentação: - Organização de gincanas

- Teatros

- Parceria com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e

SEMAFLOR

Professores: - Todos os professores e funcionários

Projeto: Aluno Destaque

Objetivos: Estimular, incentivar e valorizar o aluno pelo seu desempenho

durante o bimestre.

Justificativa: Acredita-se que este projeto estimule os alunos em todas as áreas,

como: notas, comportamento, assiduidade, educação, respeito,

solidariedade, auto-estima.

Desenvolvimento: Após o término de cada bimestre, os professores em geral indicarão

alunos que demonstraram serem merecedores da homenagem, não

somente por notas, mas pelo seu desenvolvimento no decorrer do

295

bimestre.

Apresentação: A premiação e homenagens aos alunos destaque dar-se-á

bimestralmente, sendo um aluno por turma.

Professores: - Geneci (Jane) Alesia Bonamigo Karkle

- Solange Lodi Rissini

- Solange Aparecida Dal Pozzo

- Kátia Rickli Silvério

- Silvana Spiess

Projeto: Apresentações Artísticas

Objetivos: Possibilitar ao aluno o conhecimento das datas comemorativas e

dando a oportunidade para desenvolverem suas habilidades

artísticas.

Justificativa: O presente projeto justifica-se por considerar as datas

comemorativas importantes para o conhecimento do educando

reconstruindo a história das mesmas e devolvendo assim suas

habilidades artísticas.

Desenvolvimento: O projeto será desenvolvido através da pesquisa e apresentações

das datas comemorativas do bimestre, explorando a oralidade,

expressão corporal e desenvoltura do aluno por meio de aspectos

lúdicos que são viabilizados pela música, dança e teatro.

Apresentação: Este projeto será desenvolvido no final de cada bimestre, por meio

de apresentações dos alunos orientados pelos professores

regentes. As apresentações darão enfoque às datas comemorativas

do bimestre.

Turmas

Envolvidas:

5as, 6as, 7as, 8as e 1as série do Ensino Médio noturno.

Professores: - Todos os professores afim.

Projeto: Família

Objetivos: Refletir sobre os valores que envolvem a família como célula base

de uma sociedade mais humanizada.

296

Justificativa: Conhecer a realidade das famílias da comunidade escolar

enfatizando valores fundamentais para a harmonia familiar.

Desenvolvimento: Com a participação de todos os alunos, o projeto será desenvolvido

através de palestras que visam reconhecer a atual estrutura familiar,

resgatando os valores familiares e respeitando a diversidade

cultural.

Apresentação: Tendo em vista a SEMANA DA FAMÍLIA, este projeto será desenvolvido

no mês de agosto com a participação de todos os alunos do Ensino

Fundamental e Médio, orientados pelos professores regentes.

Professores: - Todos os professores afim e Equipe Pedagógica e

Administrativa

Projeto: Gincana: Ordem & Disciplina

Objetivos: Conscientizar os educandos da importância de disciplina na

formação de um indivíduo inserido na sociedade. Estimular a

participação, o respeito às normas do colégio; preservação do

patrimônio e a valorização do conhecimento para o ser humano.

Justificativa: Tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelos professores e

funcionários no processo de ensino aprendizagem do Colégio

Estadual Dom Pedro I, tais como indisciplina em sala de aula,

tumultos nos intervalos, desentendimentos entre os alunos na hora

do recreio, desrespeito a figura do professor; faz-se necessário a

elaboração de um projeto o qual estimule a ordem e disciplina no

ambiente escolar.

Metodologia: Pretende-se atingir os presentes objetivos através de uma gincana

entre as turmas. Por meio desta, será avaliado a organização do

ambiente da sala de aula, tanto os recursos físicos as relações

entre alunos e aluno – professores no processo de ensino –

aprendizagem. Será elaborada uma ficha para cada turma. Esta

ficha será composta por diferentes itens que serão avaliados a cada

aula pelos professores da respectiva turma.

Professores: - Todos os professores Regentes

297

Projeto: Feira de Ciências

Objetivos: Proporcionar um momento onde todos os alunos possam expor o

seu trabalho de pesquisa e experimentos para os colegas,

professores e funcionários.

Justificativa: Estimular e desenvolver a pesquisa e a curiosidade por

experimentos científicos, desde os mais simples até os mais

complexos, de acordo com o nível de instrução de cada aluno.

Desenvolvimento: O professor regente estimulará, orientará e acompanhará desde o

início até a apresentação do experimento da sua turma em ambos

os períodos de regência, se houver. Os professores que não

tiverem regência, deverão auxiliar os colegas que têm regência. A

preparação e organização deverá ser feita basicamente durante a

aula do professor responsável, podendo eventualmente ser usadas

aulas de outros professores.

Apresentação: Será avaliado a participação e envolvimento do aluno no evento.

Professores: - Todos os professores afim.

298

Projeto: Equipe Multidisciplinar

Colégio Estadual D. Pedro I – EFM

Projeto

Equipe Multidisciplinar para Educação das Relações Etinicorraciais e ao

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

2011

Proponentes: Equipe Disciplina

Pedagoga: Telma Eliza Abib Leh

Professora (exatas): Kátia Ferreira Rickli Silvério

Professora (humanas): Luiza Ferreira Caldas

Professora (biológica): Jane Alésia Bonamigo Karkle

Agente Educacional: Luiz Carlos de Siqueira

Representante (Instâncias Colegiadas): João Fonseca Lopes

Representante (Quilombola): Matheus de Lima Marques

Objetivo

Dar visibilidade e valorizar em nosso colégio à cultura Indígena;

Realizar pesquisas de campo e bibliografia sobre a temática;

Realizar encontros de formação aos professores

Coordenar um evento referente à cultura indígena em nosso colégio.

Justificava

Tendo em vista que os índios formam os primeiros habitantes do Brasil, sentimos a

necessidade de realizar um trabalho pedagógico e eventos que valorizem a cultura

indígena, com mais ênfase através do trabalho da Equipe Disciplinar, divulgando

esta cultura a todos da comunidade escolar.

299

Ações a serem desenvolvidas

Cronograma das ações da Equipe Multidisciplinar

2011

Data Horário

30/04/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

07/05/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

28/05/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

04/06/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

02/07/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

06/08/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

03/09/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

01/10/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

05/11/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

03/12/11 Das 8 às 12h – das 13 às 17h

Plano de Ação

O que Quem/Responsáv

el

Quando

Estudar as Leis Pertinentes, cronograma

das reuniões e relação de assuntos

possíveis de serem trabalhados.

Telma 30/04/11

Definir os assuntos a ser pesquisados e

descrever as metas para 2011.

Luiza, Jane e Kátia 07/05/11

Elaborar o Plano de Ação, dividir o trabalho

de pesquisa e organizar os temas.

Palestrante

contratado

28/05/11

Apresentar o Plano de Ação aos

Professores.

Jane, Kátia e Luiza 04/06/11

Fazer cronograma e organizar as

atividades.

Telma Até 02/07/11

Organizar palestras com representante da

comunidade indígena para todos os alunos,

Luis Carlos, João e

Mateus

06/08/11

300

em todos os turnos

Passar um filme sobre a cultura indígena

para todos os alunos, em todos os turnos.

Jane/Kátia/Luiza Até 06/09/11

Organizar um Teatro sobre a cultura

indígena, sua linguagem e costumes.

Luis Carlos, João e

Matheus

Até 10/10/11

Realizar o evento incluindo danças,

exposição de artesanato, comidas e

costumes.

Jane e Kátia Até 15 /11/11

Organizar uma exposição de mapas coma

localização das tribos no Brasil e no

Paraná.

Luiza Até 15 /11/11

Avaliação do Projeto: Pontos Positivos e

Pontos de Melhoria

Telma 03/12/11

Avaliação:

A avaliação será realizada mediante observação das atividades apresentadas, relato

dos professores sobre a produção dos alunos em sala de aula e sobre as atividades

desenvolvidas após a palestra, filmes, teatro e o evento.

Também será realizado encontro após cada evento para análise dos pontos

positivos, negativos e sugestão de melhorias para os próximos eventos.

Assinaturas

Pedagoga: Telma Eliza Abib Leh _________________________________

Professora (exatas): Kátia F. Rickli Silvério__________________________

Professora (humanas): Luiza F. Caldas_____________________________

Professora (biológica): Jane A. B. Karkle____________________________

Agente Educacional: Luiz Carlos de Siqueira_________________________

Representante (Instâncias Colegiadas): João F. Lopes_________________

Representante (Quilombola): Matheus de L. Marques________________

301

10. PLANO DE AÇÃO DIREÇÃO –2009 a 2011

Colégio Estadual D. Pedro I

Ensino Fundamental e Médio

Decreto de autorização de Funcionamento nº ________de __/__/____

1. ESTABELECIMENTO

Colégio Estadual Dom Pedro I – Ensino Fundamental e Médio.

MUNICÍPO: Guarapuava NÚCLEO: Guarapuava

DIRETORA: Viviani Guiné Wickert

DIRETOR AUXILIAR: Luis Carlos Camargo

2. OBJETIVOS GERAIS

Os objetivos propostos em nosso plano de ação são os mesmos já propostos

no PPP de nosso Colégio, os quais foram elaborados pela comunidade escolar, visto

que nosso plano de ação está em consonância com a Proposta Pedagógica do

mesmo.

Agir com imparcialidade e respeito; desenvolver a gestão democrática na

escola, também com a participação dos órgãos colegiados, tendo como

foco o compromisso com uma aprendizagem de qualidade; incentivar o

processo de melhoria contínua no colégio, pela elaboração de planos de

ação, tendo como base a auto-avaliação; acompanhar a atuação de todos

os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, no desempenho de suas

especificidades correspondentes a cada uma das cinco dimensões da gestão

democrática; avaliar a prática cotidiana docente e discente através de

encontros permanentes com professores e equipe pedagógica nas horas-

atividade e reuniões pedagógicas; utilizar recursos apontados nos

Conselhos de Classe, pela avaliação do sistema educacional realizado pela

SEED e também pela MMEC (ENEN, IDEB, Prova Brasil, etc.), como suporte

para auxiliar no acompanhamento do desenvolvimento da proposta pedagógica

do Colégio; acionar os órgãos competentes da Instituição para análise e

302

aprovação das formas de gerenciamento e otimização dos recursos

financeiros; buscar alternativas de soluções para as dificuldades que ocorrem na

sala de aula e fora dela, com a participação dos envolvidos no processo

educacional; subsidiar professores com materiais específicos que auxiliem

na prática do processo ensino-aprendizagem; estimular a participação de todos

os segmentos do Colégio, para realização de propostas e práticas

pedagógicas inovadoras; reforçar parcerias com as Escolas Municipais

Lacerda Werneck e Princesa Isabel.

3. AÇÕES

As ações aqui elencadas vêm ao encontro com a Proposta

Pedagógica do Colégio que busca o compromisso com uma escola democrática,

articulada a um projeto de emancipação e transformação social, aspirando construir

uma escola que desenvolva, com eficiência, um fazer pedagógico de

apropriação de conteúdos científicos, para facilitar ao aluno sua compreensão

de mundo, com perspectivas de transformá-lo. Essas ações, também estão em

consonância com as cinco dimensões da gestão democrática.

3.1. Gestão de Recursos Educacionais

Abrange processos e práticas de gestão voltadas para assegurar a melhoria

dos resultados de desempenho da escola – rendimento, frequência e

proeficiência dos alunos.

Avaliação e melhoria contínua do Projeto Político Pedagógico da escola;

análise, divulgação e utilização dos resultados alcançados pelos alunos

nas avaliações para, através das notas e gráficos, criar ações que visem

à melhoria do processo ensino- aprendizagem; análise dos resultados das

avaliações, realizadas pelos governos, estadual e federal, objetivando planejar

futuras ações, na busca de melhorias no processo educativo, bem como, a

superação das dificuldades; propor ações em conjunto com os professores, para

superação dos índices de evasão e repetência no ensino noturno.

3.2.Gestão Participativa

Abrange processos e práticas que correspondam ao princípio

de gestão democrática do ensino público.

303

Planejamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico e do Plano de Ação

da Escola, de forma participativa; fomentar a atuação dos Órgãos

Colegiados: Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF e Grêmio

Estudantil, com vistas a melhoria do funcionamento geral do colégio;

estabelecer e articular parcerias na utilização de canais de comunicação com a

comunidade escolar; reforçar parcerias com as Escolas Municipais Lacerda Werneck

e Princesa Isabel.

3.3. Gestão Pedagógica

Abrange processos e práticas de gestão pedagógica orientados para

assegurar a aprendizagem dos alunos, em consonância com o Projeto

Político Pedagógico do Colégio.

Atualização da Proposta Pedagógica Curricular acompanhando as demandas

do corpo discente, amarradas às DCEs; acompanhamento da aprendizagem

dos alunos, através da análise de resultados e planejamento de práticas

pedagógicas que se fazem necessárias; criação de propostas e ações que visem à

inovação pedagógica; incentivar a formação continuada do corpo docente deste

colégio; resgate dos projetos sobre valores desenvolvidos pelo Colégio;

promover ações visando à inclusão com equidade; organização de

espaço e tempo escolares; revisão e realimentação do Projeto Político Pedagógico;

dinamização das reuniões pedagógicas.

3.4. Gestão de Pessoas

Abrange processos e práticas de gestão, visando ao envolvimento

e compromisso de professores e demais profissionais, pais e alunos com o

Projeto Político Pedagógico do Colégio.

Promover a integração entre os profissionais da escola, os pais e alunos,

através de reuniões, eventos comemorativos, festas, encontros esportivos e outros;

resgate dos momentos cívicos do colégio; criação de projetos esportivos,

visando à saúde e qualidade de vida dos nossos alunos; resgate das datas

comemorativas; incentivar o desenvolvimento profissional contínuo dos funcionários

através de formação continuada; fomentar a organização, em todos os setores

do Colégio; realizar contínua avaliação de desempenho dos diversos

setores do colégio; respeitar o Regulamento Interno do Colégio na

304

observância dos direitos e deveres de todos os professores, funcionários

e alunos; valorização e reconhecimento do trabalho escolar.

3.5. Gestão de Serviços e Recursos

Abrange processos e práticas de gestão dos serviços de apoio, recursos

físicos e financeiros.

Realizar reuniões periódicas com equipe administrativa para

reavaliar e organizar os registros escolares; incentivar o cuidado e

conservação na utilização das instalações do Colégio, bem como no uso de

equipamentos de áudio visuais e materiais didáticos pedagógicos, com vista

à preservação do patrimônio escolar; promover reuniões e eventos

buscando a interação escola/comunidade; captação e aplicação de recursos

didáticos e financeiros de acordo com as necessidades emergenciais do

Colégio; IMPORTANTE: Vários itens da Gestão de Serviços e Recursos são

propostas de trabalho, sendo que sua efetivação dependerá de recursos

financeiros disponíveis no Colégio.

4. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

Será realizada através de instrumentos de avaliação, para identificar os níveis

de satisfação da comunidade escolar, com o trabalho da nossa gestão e

transparência de resultados.

Ao término do ano letivo, o plano de ação será revisto para possíveis

alterações.

PLANO DE AÇÃO EQUIPE PEDAGÓGICA –2010 e 2011

1. JUSTIFICATIVA

O plano de ação consiste numa atividade de previsão da ação a

ser realizada, implicando definição de necessidades a atender, objetivos

a atingir dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem

empregados, tempo de execução e formas de avaliação. Sem um plano de

ação, a Equipe Pedagógica corre ao sabor das circunstâncias, as ações são

improvisadas, os resultados não são avaliados.

305

O plano de ação estabelece, cria objetivos, procedimentos, instrumentos, modos

de agir, estruturas, hábitos, valores, ou seja, organiza o trabalho. Ele sintetiza os

interesses, os desejos, as propostas da equipe de pedagogos que trabalham na

escola. O plano de ação não se refere apenas ao ―como se faz‖, mas,

principalmente, ao ―por que se faz‖, buscando dar um direcionamento, um

sentido às práticas pedagógicas, ao trabalho educativo.

Incorporando a Ação, anteposta a reflexão, obtendo uma ação reflexiva

no cotidiano da instituição educativa.

2. OBJETIVO GERAL

Viabilizar, integrar e articular o trabalho pedagógico-didático em

ligação direta com os professores, pais e alunos, em função da qualidade do

ensino.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Otimizar as práticas do Plano de Ação de 2010 do Colégio, agindo de maneira

a:

Coordenar e gerir a elaboração do Plano de Trabalho Docente,

Projeto Político Pedagógico e Proposta Pedagógica Curricular; assegurar a

unidade de ação pedagógica da escola, propondo orientações e ações de

desenvolvimento do currículo e do ensino, tendo em vista aprendizagem dos alunos;

prestar assistência pedagógico-didática direta aos professores, em relação a:

PTDs; metodologias; escolha e utilização do livro e materiais didáticos;

manejo de situações específicas de sala de aula, para ajuda e soluções

de problemas de disciplina; promoção do processo de inclusão na

escola; investigação das práticas e instrumentos de avaliação; avaliação do

processo educativo durante o ano letivo: levantamento dos resultados positivos e

negativos, reelaborando estratégias de ação para a melhoria do ensino e da

aprendizagem; cuidar dos aspectos organizacionais do ensino: atividades

pedagógicas e curriculares; coordenação de reuniões pedagógicas,

conselho de classe, organização de turmas; propor e coordenar atividades

de formação continuada e de desenvolvimento profissional dos professores e

funcionários; Apoiar diretamente os alunos com dificuldades

transitórias e ou permanentes de aprendizagem, organizando atendimentos

nas Salas de Recurso e ou Apoio (inclusão), integrando estes alunos no

306

cotidiano escolar viabilizando a estes o desenvolvimento e a socialização;

promover ações que assegurem o estreitamento das relações entre escola, família e

comunidade; formular e acompanhar os procedimentos e recursos de avaliação

da aprendizagem dos alunos, com a participação dos alunos; acompanhar

e avaliar o desenvolvimento do projeto político pedagógico-curricular e dos planos

de trabalho docente, atuação dos professores, os critérios e as formas

de avaliação da aprendizagem dos alunos, por meio de práticas colaborativas.

4. DESENVOLVIMENTO

O trabalho da Equipe Pedagógica traz em seu corpo uma

característica genuinamente interativa, ou seja, está a serviço das pessoas e da

organização da escola, compete na busca de soluções para problemas

diários escolares, é um trabalho integrado, de cooperação mútua.

O desenvolvimento deste plano de ação dar-se-á pelo

acompanhamento do trabalho professor (a)-aluno (a); professor (a)-equipe

pedagógica; professor (a)-direção; professor (a)-pais e vice-versa, para

aprimoramento do ensino, mediante a reflexão, o diálogo, e a tomada de novas

decisões.

5. AVALIAÇÃO

Será feita a avaliação da execução do Plano de ação do Colégio,

com efetivo acompanhamento das atividades pedagógicas e

administrativas, em termos de sua eficácia e realização dos objetivos. Haverá

uma reflexão conjunta, desta equipe, sobre a prática desenvolvida, para detectar

desvios, dificuldades, e reorientar os trabalhos

Guarapuava, 10 de novembro de 2010.

_________________________________ ____________________________

Viviani Guiné Luis Carlos Camargo

Diretora do Estabelecimento de Ensino Diretor Auxiliar

307

11. ANEXOS