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Ensino Fundamental Anos Iniciais 5 o Ano – 3 o Bimestre

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Ensino Fundamental Anos Iniciais

5o Ano – 3o Bimestre

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PortuguêsSumário

Capítulo 8 – Cachecol .................................................................................................... 8

Capítulo 9 – Sem palmeira ou sabiá ............................................................................ 20

Capítulo 10 – Será que era boato mesmo? ................................................................... 35

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PortuguêsApresentação

Este caderno foi escrito para você e para todos que gostam de aprender, ler, ouvir e contar boas histórias.

Foi escrito, também, para que você mostre suas opiniões sobre o mundo a sua volta, crie e recrie textos falando e escrevendo, para melhorar sua re-lação com o mundo. E para isso, você vai usar a língua portuguesa, nosso maravilhoso idioma que vai ajudá-lo a conhecer a linguagem dos quadrinhos, das notícias de jornais, dos contos, das fábulas, a poesia... e de muitos ou-tros textos.

Queremos convidá-lo a ler, participar, divertir-se, opinar e escrever.Enfim, este caderno é para você crescer melhor no mundo em que vive!

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CachecolPortuguês 8C

apítu

lo

Para começar

Neste capítulo, estudarei o fato de que uma história pode ser contada por diferentes pontos de vista e que há níveis de linguagem diferentes.

O cachecolO dia em que eu cheguei na cidade, eu e minha avó, puxa! Eu não sa-

bia nem pra onde olhar: era tanta cor, tanta letra, tanta luz acendendo e apagando, tanta coisa nova, tanta gente bonita…

Minha avó virava prum lado, depois pro outro, acho que ela tava boba que nem eu, querendo ver tudo de uma vez. Por mim, eu ficava ali só olhando, esquecida da vida.

Mas minha avó começou a me puxar. Acho que ela queria conhecer mais, ver mais coisa ainda. Eu tava adorando, ia andando e olhando pra cima. Len-do tudo que é letra que tava escrita em todo lugar. Então a gente começou a subir um morro. Perguntei pra onde é que a gente tava indo. Pra casa do tio, né menina, a avó respondeu com aquele jeito de quem sempre acha que só faço pergunta boba. Olhei pra trás e vi um monte de morro, iguais àquele que a gente tava subindo. Sozinha, eu nunca que ia achar o morro do tio. Que bom que eu tava com a minha avó, que sempre sabia de tudo!

O morro ia subindo que nem se fosse caracol rodando e rodando. Cheio de casa, uma do lado da outra. Na frente de cada casa que a gente passava eu via criança. Numa, tinha três meninas, assim, bem do meu tamanho, brincan-do de boneca; noutra tinha dois garotos preparando uma pipa pra soltar, numa terceira, uma menina e um menino tavam enchendo o pneu da bicicleta. Na mesma hora, eu já sabia que ia me divertir bastante ali. E pelo jeito que minha avó começou a andar devagarzinho, com cara de quem tava querendo puxar papo com as comadres no portão, achei que ela também ia gostar.

De repente eu vi ali, igualzinho meu tio falou, pendurada em cima do morro, cor de terra, com janela e porta verde, um coqueiro de um lado, uma primavera do outro!

A casa do meu tio, que linda! O Juca veio correndo receber a gente, fazen-do o maior barulhão. Era um cachorro preto e grande, com cara de simpáti-co, como eu sempre quis ter. Meu tio apareceu em seguida, de um barracão

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do lado da casa. Tava contente de ver a gente, ria sem parar. Tirou o avental todo sujo de tinta, pegou nossas sacolas, levou pra dentro, mostrou o canto que seria só nosso, mostrou a vista: dava pra ver até lá longe, no horizonte!

Logo, logo eu já tava procurando fazer amizade com as outras crianças. Ah, não foi fácil, não. Elas riam de mim. Era porque eu falava com um r car-regado. Era porque eu nunca tinha visto elevador, metrô, revistinha, tênis de marca, shopping center. Não demorou muito, elas perceberam que eu era tão sabida quanto elas.

Eu sabia andar a cavalo, tirar leite de vaca, fazer queijo, pescar. Sabia fazer remédio de planta pra tudo quanto é doença: lombriga, febre, mau--olhado. Sabia subir em árvores e descer o rio de canoa. E sabia contar muita história, história que não tinha nas revistinhas: de saci, bicho do mato, lobisomem, mula sem cabeça e assombração.

Minha avó também tava gostando. Gostava tanto que nem sair de casa ela queria. Só vivia na janela, olhando a vista. Bem que o tio tinha dito que a vida pra ela aqui seria bem melhor. No sítio, ela não parava de trabalhar o dia inteiro. Levantava antes do sol nascer e só ia dormir bem tarde na noite. Aqui, não. Aqui, pode descansar bastante, que é o que ela merece. Tava até ficando preguiçosa! O tricô que ela tava fazendo quase não andava por-que ela fazia um ponto e ficava um tempão olhando pela janela, fazia mais um ponto e olhava mais um tempão pela janela. Acho que ela gostava de ver a gente brincando ou, então, vai ver que queria me vigiar, saber se eu não andava fazendo besteira…

Um dia, o tio fechou a oficina, tirou o avental e anunciou: preciso descer pra cidade, minha tinta acabou. E vocês vêm comigo. Eu pulei de alegria. A única vez que eu tinha descido o morro foi pra tomar vacina e foi horrível. Doeu e eu voltei chorando. Agora, a gente ia descer pra se divertir. Mas minha avó não queria ir de jeito nenhum, e também não queria que eu fos-se. Disse que tinha muita coisa pra fazer, mas o tio deu risada. Disse que ia acabar meu cachecol e ele riu mais ainda. Pegou a ponta do cachecol e, rindo sempre, embrulhou a casa com ele três vezes. Minha avó parecia uma mula empacada: quando teima com alguma coisa não há quem faça ela mudar de ideia. Aposto que ela não queria ir só pra ficar na janela. En-tão, o tio prometeu que se a gente fosse ele comprava mais lã, de outras cores. Minha avó topou e foi levando o cachecol junto.

Engraçado que, nesse dia, a avó, em vez de ficar olhando e olhando, como na janela de casa, fazendo um ponto de tricô só de vez em quando, fez justo o contrário: olhava a cidade só um pouquinho, o tempo de uma piscada, e engatava logo dez pontos de tricô; aí dava mais uma olhada,

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mais uma piscadinha e lá iam mais vinte pontos. Acho que ela tava brava com o tio, porque ele meio que a obrigou a sair um pouco da janela e fazer alguma coisa diferente.

Agora, eu, olhava tudinho. Era tanta coisa pra olhar que eu não dava conta. E tanta coisa pra perguntar que o tio não conseguia responder tudo. No meio de uma resposta, eu já tava fazendo outra pergunta. E ele ria e ria… eu adoro a risada do tio…

O tio queria comprar lã de tudo quanto é jeito, uma cor mais bonita que a outra. Mas a avó queria porque queria só lã de cor escura, uma mais triste que a outra. O cachecol não era pra mim? Por que eu não podia escolher aquelas cores bonitas? Mas o tio não quis brigar com a avó. E, enquanto ela ficava lá escolhendo aquelas lãs horrorosas, ele me deu uma piscadinha, me puxou e, em segredo, sem que a avó visse, escolhemos e compramos também um monte de lã colorida.

Depois desse dia, toda vez que a vó tava lá na janela, distraída, olhando a vista, eu chamava o tio, a gente desentocava as lãs coloridas, eu ia lá bem de mansinho e amarrava um pedaço de lã amarela cor do sol na lã preta; passava um tempinho, lá ia o tio e amarrava um pedaço de lã vermelha cor de morango na lã cinza. Agora, sim, o cachecol tava ficando lindo, com cara daquela avenida movimentada da cidade, cheia de cartaz e gente colorida.

Eu contei tudo isso pra dizer que eu não tô legal. O inverno chegou, tá frio e o morro anda triste, lamacento, cor de nuvem antes da tempestade, cor de burro quando foge. As crianças todas resfriadas, ninguém pode sair pra brin-car. E o pior é a minha avó. Tô preocupada com ela, caraminholando aqui na minha cabeça, achando que ela tá ficando gagá. Como é que ela ainda não percebeu a brincadeira que a gente tá fazendo com ela? O cachecol já tá tão grande que deve dar pra enrolar o morro inteiro, e todo colorido. Como é que ela não vê? Tô ficando com saudade do sítio, lá eu não fico encucada, lá não tem inverno, lá não tem cor de burro quando foge… lá minha avó… Será que não vai acontecer mais nada de bom por aqui?

ZATZ, Lia. O cachecol. São Paulo: Biruta, 2004.

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Conversa sobre o texto

1. Quem narra a história?

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2. Quais palavras comprovam que a história está sendo narrada em 1ª pessoa?

3. Ao chegar à cidade, a menina ficou encantada com o movimento. Que parte do trecho mostra isso?

4. Por que a menina estava tão admirada com a cidade?

5. Por que a narradora compara o morro com um caracol?

6. A menina achou que ia se divertir bastante na casa do tio. Como ela chegou a essa conclusão?

7. Ela conseguiu fazer amizades como imaginava?

8. Apesar de não conhecer as coisas da cidade, a menina tinha outros sa-beres. Quais?

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9. A menina diz que a avó precisava mesmo descansar. Qual a diferença da vida dela no sítio e na cidade?

10. Qual era a ocupação da avó na cidade?

11. Ao contar a história, a narradora usa algumas expressões comuns no dia a dia dela: mula empacada, cor de burro quando foge. Você conhece outras expressões?

12. A menina e o tio achavam que o cachecol que a avó fazia estava ficando muito triste. O que fizeram para mudar isso?

13. Quase no fim da história, a narradora diz que nos contou tudo isso por-que não estava muito “legal”. Por que ela diz isso?

14. Por que a menina sentia saudade do sítio?

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O texto no contexto

Na história que acabamos de ler, a menina nos fala das cores da cidade, do movimento das ruas, do rosto das pessoas.

Se você tiver oportunidade de ler o livro, veja as ilustrações de Inácio Zatz, que utilizou cores e formas de um movimento artístico, chamado Pop art. Veja esta obra de Andy Warhol, um artista da Pop art.

MIC

HA

L LA

TZ

/AF

P

Marilyn Monroe, 1962.

1. A Pop art (arte popular, em inglês) buscava trazer para o mundo das artes imagens da propaganda, do cinema, da televisão. Essa característica pode ser observada nessa imagem?

2. A ilustração mostra a Pop art, com várias fotos de Marilyn Monroe. Há outro elemento nessa imagem. Qual? Como podemos interpretá-lo?

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3. Observe esta obra de Roy Lichtenstein:

MIC

HA

L LA

TZ

/AF

P

In the car, 1963.

O que está em destaque?

( ) Um casal dentro de um carro.( ) As cores são vibrantes.( ) O carro está parado.( ) O carro parece estar em movimento.

4. Observe esta imagem:

AF

P/H

O

Trata-se de uma obra de Andy Warhol. Ela traz elementos da publicidade para o mundo da Arte. Como podemos observar essas características?

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A língua em contexto

Você deve ter observado, durante a leitura do texto, que a narradora usa uma linguagem bem descontraída, com muitas gírias e também abreviações.

Vejamos o trecho a seguir:

Minha avó virava prum lado, depois pro outro, acho que ela tava boba que nem eu, querendo ver tudo de uma vez. Por mim eu ficava ali só olhan-do, esquecida da vida.

As palavras grifadas são utilizadas na linguagem do dia a dia, ou seja, foram usadas de forma espontânea no texto, sem preocupação com a lin-guagem formal ou culta da língua. Com isso observamos que há níveis de linguagem diferentes que são usados em determinados sentidos:

Variedade culta da língua: usada por pessoas mais instruídas em diferentes profissões e classes sociais. Está relacionada com as re-gras da gramática normativa e caracteriza-se pelo cuidado com a for-ma e com a riqueza na escolha das palavras.

Variedade popular da língua: trata-se de uma variedade espontâ-nea. Mostra-se quase sempre um pouco distante das regras da gramá-tica e está repleta de palavras mais comuns e expressões da gíria.

A partir dessas definições, podemos dizer que a menina-narradora usa qual tipo de variedade da língua?

Observe os exemplos:

Olhei pra trás e vi um monte de morro…

Como ficaria essa frase na linguagem formal, culta?

Olhei para trás e vi vários morros…

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Agora é sua vez! Leia as frases a seguir e escreva cada uma delas na lin-guagem formal/culta:

1. O morro ia subindo que nem se fosse caracol…

2. De repente eu vi, ali, igualzinho meu tio falou…

3. O tio queria comprar lã de tudo quanto é jeito…

4. Mas a avó queria porque queria só lã de cor escura…

5. E pelo jeito que minha avó começou a andar devagarzinho…

A menina narra o texto como se estivesse conversando conosco, como se fôssemos os ouvintes dela. Por isso, o texto apresenta algumas característi-cas da linguagem falada, popular, ou seja, existem algumas expressões da fala para nos contar o que a avó ou o tio lhe disse:

Perguntei pra onde é que a gente tava indo. Pra casa do tio, né menina, a avó respondeu…

A palavra “né” é uma marca comum da linguagem falada. Agora sua tarefa é conversar com um colega e observar:

6. Quais palavras ele(a) repete com frequência?

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Essa forma de usar a linguagem de diferentes maneiras mostra que ela varia de acordo com:

• a escolaridade e o grupo social a que pertencemos.• a região em que vivemos.• o tempo ou a época em que estamos inseridos.

A menina, em um determinado ponto da história, diz que as colegas da cidade riam dela porque ela “falava com um r carregado”. Isso mostra que ela falava um pouco diferente das outras, ou seja, trazia a linguagem de onde tinha vindo.

Falar com esse “r” carregado é uma característica típica de determinadas regiões do interior de São Paulo e de outros lugares, assim como usar “uai” ficou conhecido como uma marca de Minas Gerais. Isso torna nossa língua repleta de vida, mostrando que, independentemente da forma como se usa a linguagem, o fundamental é que haja a comunicação entre todos, compro-vando que a língua é conhecida por todo e qualquer falante, mesmo que ele nunca tenha ido à escola.

Para continuar

Produção de texto

Chegar a uma nova cidade sempre nos deixa bastante curiosos e an-siosos. Queremos ver tudo, olhar as pessoas, os lugares, ou seja, dese-jamos descobrir coisas novas. A menina nos contou como foi vivenciar tudo isso, porém, no fim, ficou com saudade do sítio onde morava com a avó.

A menina gostou muito de conhecer a cidade e nos dizia que achava que a avó também estava gostando. Você acha que a avó da menina se adaptou tanto quanto ela? Será que todo aquele movimento, toda aquela agitação fizeram a avó ficar mais descansada?

Na sequência do livro, essa mesma história é contada a partir do olhar da avó. Quer saber o que ela acha? Procure o livro, leia-o e divirta-se!

Todo acontecimento pode ser visto de diferentes pontos de vista. Assim, por exemplo, se você deixa sua cama desarrumada porque logo vai dormir nova-mente, alguém pode achar que você deixa desarrumada porque não gosta de nada no lugar, ou seja, sempre há diferentes formas de olhar para o mundo.

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Isso indica que qualquer fato ou acontecimento pode ser contado sob diferentes pontos de vista. Podemos imaginar que acontece um acidente de trânsito, e uma pessoa que estava na rua assistiu a tudo; ao narrar o que viu, fará a partir do ponto de vista dela, que, com certeza, será diferente da visão de quem estava dentro do carro.

Esses diferentes pontos de vista compõem o foco narrativo de uma histó-ria. A palavra foco reforça a ideia de uma visão de um determinado lugar.

Agora você vai pensar em sua cidade. Como você a vê? Pense no centro da cidade: é movimentado? Há algum monumento histórico? Escreva uma narrativa em que conte como é a cidade em que você mora.

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Para casa1. Leia o trecho a seguir, observe as palavras grifadas e rees-creva-o na linguagem formal:

[…] Agora, eu olhava tudinho. Era tanta coisa pra olhar que eu não dava conta. E tanta coisa pra perguntar que o tio não conseguia responder tudo. No meio de uma resposta, eu já tava fazendo outra pergunta…

2. A menina viu muitas novidades na cidade. Substitua, na frase a seguir, a expressão “tanta coisa” por aquilo que você acha que ela encontrou na cidade.

Era tanta coisa pra olhar que eu não dava conta. E tanta coisa pra perguntar.

Para finalizar

O que aprendi no capítulo 8? Assinalar

Identifico a variação linguística.

Sei reconhecer diferentes pontos de vista.

Identifico o movimento Pop Art.

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Sem palmeira ou sabiáPortuguês 9C

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Para começar

Neste capítulo, estudarei a relação entre os textos e a dife-rença entre prosa e verso.

Sem palmeira ou sabiáMinha cidade tinha três ruas e eu fazia três anos. Havia a rua de cima, a rua

de baixo e a rua do meio. Com três anos eu já sabia olhar, escutar e perguntar. Quem olha e escuta, pergunta. As três ruas nasciam na praça da igreja de São Sebastião. O Santo, com rosto de anjo e corpo de Tarzan, tinha mais de três flechas fincadas no corpo.

Meus três anos começaram no dia do meu aniversário. As três ruas nas-ceram antes de mim e não acabavam nunca. […] Eu tinha três anos e não sabia o tamanho do meu caminho nem onde minha vida ia esbarrar.

— Mãe — eu pedia —, quero subir na montanha para encostar no céu.— Não — ela dizia —, no céu não se chega assim. Ele está mais longe

que o olhar. A estrada para o céu é outra.— Mãe — eu falava —, quero ver o mar.— Não — ela respondia —, veja o rio; ele deságua no mar.Eu olhava o riacho, que dividia a cidade. Sem onda, concha, barco, praia

ou marinheiro, ele rolava lerdo carregando preguiça entre folhas. Olhava as águas barrentas, e o sal escorria pelos meus olhos. Eu não sabia o tama-nho do tempo nem o tamanho do mar.

Eu vivia meus três anos em um só dia.[…]A poeira vermelha, cobrindo as ruas, subia pelos meus pés descalços e

embaçava os joelhos. Eu rezava ajoelhado durante a missa de domingo. O vento soprava e o pó invadia as casas. Entrava pelas frestas das jane-

las de madeira, roubando o brilho do verniz da mesa, da cadeira e pousava sobre as folhas das samambaias choronas. Eu, com três anos, desenhava com a ponta do dedo, sobre a poeira. Rabiscava a curva da montanha e as ondas do mar com a mesma linha. Os morros, eu conhecia de olhar; o mar, só de imaginar.

— Pai — eu suplicava —, quero conhecer a poeira do mar.— Não — ele dizia —, mar só tem espuma, meu filho; o resto é brilho

prateado da lua ou luz dourada do sol.

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[…]

A canoa virouLá no fundo do marPor causa do menino Que não soube remar.

Pelas ruas viajavam caminhões carregados de carvão em direção ao mar, eu pensava. As sacas se equilibravam, empilhadas na carroceria, e me es-pantavam com o poder do fogo. Transportavam uma carga carregada de des-truição e deixavam meu coração sem primavera e cheio de perguntas. Entre o carvão morno se escondiam cascavéis e escorpiões, os motoristas diziam. Se abrigavam no calor das brasas. Com três anos eu sofria com as mordidas e ferroadas de marimbondos e abelhas que se escondiam nas bananeiras.

— Vô — eu perguntava —, quem ensina abelha a fazer mel? Nunca co-nheci escola de abelha!

— A vida, meu neto. Um bocado, a vida ensina; outro pedaço, a escola completa. É só reparar.

[…]Outras vezes, uma boiada cortava a rua buscando pastos mais fartos,

paisagens mais verdes. Seus chifres furavam meus sonhos, espetavam minha alegria. Com três anos eu pensava correr mais distâncias, ir para depois de mim, andar na frente do gado. […] Com três anos eu rolava livre pela rua de cima em brincadeiras inventadas. O pó vermelho en-cardia meu corpo magro e minha mãe me banhava na água fria da bica. Minha pele ficara encaroçadinha. E tarde adentro, esperando o abismo da noite, eu cantava.

Se essa rua, se essa rua fosse minhaEu mandava, eu mandava ladrilharCom pedrinhas, com pedrinhas de brilhantePara o meu, para o meu amor passar.

Minha casa possuía três quartos com forro de esteiras. Eram trançadas como as peneiras da cozinha. […] Com três anos eu andava pela casa como galinha que perde o ninho. Escondia-me debaixo das mesas, deitava nos bancos, subia nos armários, zanzava por entre as camas. Conversava com amigos sonhados, escutando histórias que amedrontavam meu sono. Falava com o nada. Com três anos não conhecia luz elétrica, nem escola,

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nem o atrás do mundo. A escola me clareou antes da luz chegar na cidade, ao me falar do sol, das outras estrelas e do equilíbrio da terra no vazio.

[…]Para adoçar os meus três anos, gostava de açúcar e de pirulito, enrolado

como uma sombrinha fechada. O tabuleiro dos pirulitos era furadinho que nem casa de abelha. A abelha fazia o mel e Dona Regina vendia os piruli-tos. Nunca vi Dona Regina dividir o lucro com as abelhas.

Pirulito que bate, batePirulito que já bateuQuem gosta de mim é eleQuem gosta dele sou eu

Minha cidade era miúda, insossa, com as casas se namorando de longe, entre poucas árvores. […]

Na rua de cima cresciam casas com chão de terra batida, sem alpendre ou cortina. As portas se abriam para a rua e lembravam caras de gente, espian-do. Uma janela de cada lado e mais uma grande boca no meio. Eu gostava de me debruçar no olho da casa ou sair disparado pela sua boca. Quando entrava, cismava que a porta estava me devorando. Com três anos eu saltava amarelinhas traçadas com carvão e sabia contar une, dune e tê. […]

QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Sem palmeira ou sabiá. São Paulo: Peirópolis, 2006.

Sacas: saco largo e comprido usado no comércio para transportar o carvão.Alpendre: varanda.Cismar: meter na cabeça, pensar muito sobre algo.Insossa: sem importância, sem graça.

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Conversa sobre o texto

1. Durante a leitura do texto, você deve ter notado que temos alguns textos menores em itálico. Que tipo de textos são esses?

2. Por que o narrador coloca esse tipo de texto entre a história que ele conta?

3. Logo no início do texto, o narrador disse que quem olha e escuta, per-gunta. Por que ele afirma isso?

4. O menino diz à mãe que deseja subir na montanha para chegar ao céu. Qual a resposta da mãe?

5. Qual a relação do rio com o mar, segundo a mãe do menino?

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6. Quando os caminhões passavam carregados de carvão, deixavam o coração do menino “sem primavera e cheio de perguntas”. Por que ele diz “sem primavera”?

7. O narrador nos conta que a escola “o clareou antes da luz chegar à cidade”. O que ele quis dizer com isso?

8. Por que o menino diz que as casas ficavam “se namorando de longe”?

9. Aos poucos a cidade do menino vai crescendo. Como ele nos conta isso?

10. Você conhece as cantigas de roda que aparecem no texto? Quais? Pesquise algumas cantigas e transcreva uma delas a seguir.

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O texto em contexto

O título do texto de Bartolomeu Campos de Queirós relaciona--se com um poema chamado “Canção do exílio”, do escritor Gonçalves Dias. Vamos conhecer esse poema?

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar — sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,Sem que volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu’inda aviste as palmeiras,Onde canta o sabiá.

DIAS, Gonçalves. Cantos e recantos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p. 5-6.

Várzea: grande extensão de terra plana.Primores: belezas.Gorjear: cantar.

O texto de Gonçalves Dias foi escrito em julho de 1843, no momento em que ele estava em Coimbra, Portugal, e sentia saudade do Brasil. A palavra “exílio” significa estar impossibilitado por algum motivo de voltar para seu lugar de origem.

Observe que o poeta chama a atenção para as belezas de seu país; mos-tra que, apesar de existirem aves em Portugal, essas não cantam como o sabiá. Isso demonstra uma valorização da paisagem brasileira, mostrando sua riqueza natural.

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1. Em qual estrofe o poeta fala das belezas naturais?

2. Qual é o principal desejo expresso no poema?

Esse poema foi publicado num momento em que o sentimento de naciona-lismo era muito forte no Brasil, buscava-se exaltar o que era nacional, como forma de reforçar nossa independência de Portugal.

O texto de Gonçalves Dias serviu como fonte para a letra do Hino Na-cional. Vamos lê-lo?

Hino NacionalLetra: Joaquim Osório Duque Estrada Música: Francisco Manuel da Silva

Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heroico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

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Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;“Nossos bosques têm mais vida”,“Nossa vida” no teu seio “mais amores.”

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula— “Paz no futuro e glória no passado.”

Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.

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Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

1. Qual trecho do Hino Nacional se aproxima do poema de Gonçalves Dias?

2. Você deve ter notado que há algumas estrofes que se repetem no hino. Quais são elas?

3. Observando as duas estrofes da resposta do exercício anterior, registre a seguir quais palavras indicam como a pátria deve ser tratada.

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4. Agora volte ao texto e registre como você explicaria o título da história de Bartolomeu Campos Queirós: “Sem palmeira ou sabiá”.

Para continuar

A língua em contexto

Vimos que, durante a narrativa do menino, ele usa uma linguagem bastan-te poética, ou seja, faz algumas comparações que não vemos na linguagem do dia a dia. Vejamos alguns exemplos:

A – “Seus chifres furavam meus sonhos, espetavam minha alegria.”

B – “Uma janela de cada lado e mais uma grande boca no meio. Eu gosta-va de me debruçar no olho da casa ou sair disparado pela sua boca.”

C – “As pessoas acordavam com o sol e se punham a trabalhar até a boca da noite.”

Observe que, no exemplo A, o menino se refere ao gado que anda na rua a buscar outros pastos, assim como ele gostaria de ir para mais longe que o gado. Já no exemplo B, o menino associa a imagem da casa a um rosto, como se as janelas fossem os olhos, e a porta, a boca.

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No último exemplo, ele se refere ao fato de as pessoas trabalharem até o início da noite, quando começa a escurecer.

O texto de Bartolomeu Campos Queirós é escrito em prosa, ou seja, o me-nino usa uma linguagem direta, mais usual, mas apesar disso traz também alguns momentos de poesia.

Prosa é a linguagem objetiva, direta, usual, é o veículo comum do pensa-mento, de maneira geral. Utiliza, geralmente, a estrutura de parágrafos.

Poesia é a linguagem subjetiva, carregada de emoção, com ritmo. Utili-za, geralmente, versos que podem ter rimas e possuem ritmo.

Podemos falar da cidade de diferentes formas, vejamos alguns exemplos:

Texto 1amanhece a cidadeem colorida cerração.ou será bonitaa poluição?

TAVARES, Ulisses. Viva a poesia viva. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 70.

Texto 2China fará rodízio de automóveis para conter poluição.O governo chinês estipulou rodízio de carros em Pequim para diminuir a

poluição do ar durante os Jogos Olímpicos. Com essa medida, será pos-sível tirar de circulação aproximadamente 45% dos 3,3 milhões de carros da cidade.

É incrível, mas muitos atletas dizem que não participarão da cerimônia de abertura por conta da qualidade do ar. Na última semana, o céu de Pequim estava acinzentado em virtude da fumaça e da poluição. Algumas equipes já confirmaram que vão chegar à cidade apenas no dia das provas.

Nesses exemplos, tanto o texto 1 quanto o texto 2 referem-se à neblina que encobre a cidade, porém cada um apresenta isso de forma diferente.

No texto 1, Ulisses Tavares fala do amanhecer na cidade, que vem en-volto por uma neblina, atualmente apresentando cada vez mais os sinais de poluição; enquanto o texto 2 fala sobre a poluição da cidade de Pequim (China), que vem deixando o céu escuro e cinzento.

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1. Ao observarmos como os dois textos foram escritos, existe diferença entre eles? Se sim, qual?

2. Em relação ao tema, o que há em comum entre eles?

3. No texto 2, qual a informação principal?

4. No texto 2 há a afirmação de que é incrível o fato de alguns atletas terem pensado em não ir à cerimônia de abertura. Por que se diz “é incrível”?

Para continuar

Produção de texto

A cidade “sem palmeira e sabiá” cresceu e foi se modificando.

O menino cresceu e a cidade também. Houve muitas mudanças que trou-xeram alterações no modo de viver das pessoas desse lugar. Procure o livro e leia a continuação da história.

A seguir, há duas fotos da cidade de São Paulo, que também retratam mudan-ças semelhantes:

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AC

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GR

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Largo da Sé, ainda sem a Catedral, na cidade de São Paulo, em foto de 1922.

DU

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IL

Largo da Sé, com a Catedral, em foto de 2009.

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É importante notar a diferença entre a ocupação dos espaços. Observe que, em 1922, vemos construções antigas e meios de transporte da época, enquanto em 2009 temos a Catedral, que foi construída, e pessoas andando, aparentemente, mais apressadas do que antes.

Isso comprova que as cidades mudam e, com isso, a vida das pessoas ganha outro ritmo, outra forma de ser.

Agora queremos conhecer a história de sua cidade. Quando ela foi funda-da? O que mudou desde então?

Converse com as pessoas de sua casa, com seu professor e faça uma pesquisa sobre as mudanças que ocorrem ou ocorreram em sua cidade. Registre-as nas linhas a seguir.

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Para casa

O poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, inspirou a criação de vários textos, em diferentes linguagens.

Faça uma pesquisa, selecionando textos inspirados nesse poema. Depois, mostre aos colegas o resultado de seu trabalho.

Para finalizar

O que aprendi no capítulo 9? Assinalar

Identifico o diálogo entre os textos.

Sei reconhecer a diferença entre verso e prosa.

Sei reconhecer a poesia em um texto em prosa.

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Será que era boato mesmo?

Português 10Cap

ítulo

Para começar

Neste capítulo, estudarei a variação linguística entre Brasil e Angola e os modos verbais.

Talvez você já tenha ouvido a palavra “boato”. Que tal lermos o verbete do Dicionário Houaiss para saber mais sobre seu significado?

Boato. 1. notícia de fonte desconhecida, muitas vezes sem fundamento, que se divulga entre o público; qualquer informação que circula dentro de um grupo; 2. maledicência divulgada à boca pequena; 3. dito sem fundamento; balela.

A seguir, leremos um trecho de uma novela angolana, chamada Bom dia cama-radas, em que o escritor angolano Ondjaki nos narra suas memórias de infância.

Em alguns trechos como este que você lerá, ele nos conta um “boato” ou, como dizem lá em Angola, “um mujimbo” que corria pelas ruas e escolas da cidade onde cresceu.

A conversa estava boa. O Bruno veio dizer, com aquela cara que só ele sabe fazer e toda a gente acredita mesmo, que havia um grupo de gregos que estava a assaltar escolas. Eu já tinha ouvido dizer qualquer coisa, mas pensava que era naquelas escolas mais distantes […]. Mas o Bruno tipo que estava bem informado mesmo:

— Epá, o filho da minha empregada é que me contou. Ontem ele nem foi às aulas, veio com a mãe dele para a minha casa, e tinha bué de feri-das…

— Ê, […]? — um alguém.— Yá, aquilo foi mesmo a sério, tipo que eles são quarenta ou quê…— Quarenta?! — o Cláudio estava a achar exagero. […]— […] Olha, eles vêm num caminhão, todos vestidos de preto; cercam

a escola e ficam mesmo à espera que os alunos saiam… Depois vão apa-nhando assim mesmo as pessoas a correr… quem for apanhado…

— Hum… Acontece o quê? — Murtala, assustado, aqueles olhos de rato já bem acesos.

— Acontece o quêeeee…. Ali sai tudo: gamam mochilas, te chinam, […] e tudo, são bué eles, e nem a polícia vai lá, ché, também tem medo…

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Quando a aula começou, os rapazes estavam todos a pensar no Caixão Vazio. Cada um imaginava já estratégias de fuga, o Cláudio de certeza ia começar a trazer o canivete dele […], o Murtala, que corria muito, é que estava safo, eu ia ficar atrapalhado se no meio da correria os óculos caíssem, o Bruno também; bem, as meninas, coitadas!, coitada da Romina que só de ouvir falar na história já ia começar a chorar e ia pedir à mãe dela para não vir na escola durante uma semana; a Petra também ia ter medo, mas estaria sempre mais preocupada com as aulas. Olhei para o Bruno: na carteira dele, muito agitado, ele suava na preparação de qualquer coisa. Primeiro pensei que ele estivesse a desenhar, mas depois senti o cheiro da cola. Antes do fim da aula, pediu à Petra as canetas de feltro. Metia medo: tinha feito um caixão pintado de preto, com uma caveira bem horrorosa, e escrito a vermelho assim tipo sangue: “Caixão Vazio Passou Aqui!”

*No segundo tempo a professora Sara explicou que o […] inspector ia

fazer a visita-surpresa nos próximos dias, que eles não sabiam quando, mas que estava quase a acontecer. Explicou-nos tudo outra vez, como devíamos cumprimentar, que não devíamos fazer barulho, pediu até para virmos penteados, claro que isso era mais para o Gerson e o Bruno que nunca se penteavam (o Bruno disse-me que tinha se penteado pela última vez quando tinha sete anos…), e raramente tomavam banho, isso devia ser verdade porque se notava pelo cheiro, tanto que ninguém gostava de sentar com eles.

No fundo, até que tivemos uma tarde bem agradável, estávamos a pre-parar as aulas como iam ser se o […] inspector aparecesse de surpresa, embora, como a Petra nos explicou no intervalo, “já não podemos chamar aquilo de surpresa!” O Cláudio sempre tinha qualquer coisa para responder e disse à Petra que era uma surpresa que nós sabíamos já, mas não quer dizer que deixasse de ser surpresa. Também ninguém se interessou pela discussão, porque estávamos todos mais preocupados com a questão do Caixão Vazio, se eles iam ou não aparecer na nossa escola. O Murtala apostava que sim, porque eles tinham estado a semana passada numa escola ao pé do mercado Ajuda-Marido, que já era bem perto da nossa.

O Murtala desenhou na areia um mapa […], com o Largo das Heroínas, o mercado, o Kiluanji, o Kanini e a nossa escola. Foi bom ele ter feito esse mapa e explicar-nos o que ele pensava que ia acontecer, porque mesmo ao lado o Cláudio desenhou um mapa da nossa escola e cada um disse logo ali quais eram as melhores hipóteses de fuga, contando com o peso da mochila ou não, com o facto de eles nos perseguirem ou não, e até a

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possibilidade de professores cubanos […] quererem fazer trincheira e de-safiar o Caixão Vazio.

*Quando o […] professor ia voltar a responder, alguém do lado da janela

gritou “ai uê, mamã!”, e todos nós sentimos um arrepio forte subir desde os pés, passar pelo derrego, aquecer o pescoço, arrepiar os cabelos e chegar aos olhos quase em forma de lágrima.

O Cláudio, antes de se levantar, ainda perguntou: “mas tás a ver o quê?”, e esse colega só respondeu, “não consigo ver nada, é só poeiras, mas tão a vir muito rápido!”, não foi preciso dizer mais nada, e se alguém dissesse algo não ia ser ouvido porque a gritaria começou na minha sala, passou para a sala 2 e antes de eu ter tempo de tirar os óculos, já a escola toda estava numa gritaria incrível, não sei se todos sabiam muito bem por que que estavam a gritar.

A Romina agarrou-me a mão com muita força, pensei que tinha desloca-do as falangetas antes de olhar para ela e ver que ela estava naquele es-tado tipo Petra, isto é, petrificada, que não dava para se mexer. Olhei para ela e disse “vamos, Ró!”, e […] íamos desatar a correr para fora da sala…

ONDJAKI. Bom dia camaradas. Rio de Janeiro: Agir, 2006.

Para continuar

Conversa sobre o texto

1. Quando narramos nossas memórias, muitas vezes, uma característica é o uso de uma linguagem informal, ou seja, a pessoa, ao registrar os acontecimen-tos do dia, escreve sem preocupação com a linguagem culta ou formal. Quando o texto é de outro país em que se fala português, também aparecem palavras informais que se usam por lá. Leia algumas delas e o seu significado:

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Epá: Puxa!Bué: muito.Yá: sim!Gregos: assaltantes. Gamar: roubar.Chinar: bater.Ché: nossa!Safo: esperto, preparado, rápido.

2. Além de palavras diferentes, também aparece, no texto, um jeito diferente de usar os verbos na linguagem informal. Por exemplo, aqui no Brasil, muitas vezes usamos “tá” no lugar de “está” quando falamos. Você encontrou algo parecido no texto? Anote a seguir:

3. Em que lugar se passam os acontecimentos e as conversas do trecho?

4. O texto começa com um dos alunos contando aos outros sobre um boato que ouviu. Que boato é esse? E por que as crianças têm medo?

5. Como um dos meninos desenha o “Caixão Vazio”? É parecido com aqui-lo que o outro havia comentado?

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6. Como identificamos que é um menino que conta a história?

7. O menino nos conta que mesmo que todos os alunos estejam preocu-pados com os boatos do Caixão Vazio, os professores os estão preparando para receber quem? Que comentário a menina Petra faz sobre isso?

8. Um dos meninos, Murtala, resolveu fazer um mapa. Para que serviria esse mapa?

9. No final, um dos alunos olha pela janela e vê poeira, talvez um cami-nhão. O que acontece a partir daí?

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10. Discuta com seus colegas:

a) O que você acha que aconteceu? Seria mesmo o Caixão Vazio que ha-via chegado? Ou o menino “imaginou” ter visto algo em meio à poeira? Seria mais um boato?

b) Qual a diferença entre um boato e uma informação? Leia o que diz um dicionário sobre a palavra “informação”:

1. o conhecimento obtido por meio de investigação ou instrução; esclarecimento, explicação, indicação, comunicação, informe;2. acontecimento ou fato de interesse geral tornado conhecimento público ao ser divulgado pelos meios de comunicação; notícia.

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Para continuar

O texto em contexto

A escola em que estudamos ou a rua em que moramos pode transformar--se em temas de livros ou mesmo em matérias para o jornal.

A preocupação do morador de uma rua é que todos tenham um espaço agradável e seguro ao convívio. Apesar desse desejo, as ruas atualmente não são um espaço seguro. E isso não é um boato como o da escola no texto que acabamos de ler. É um problema real.

Dificilmente vemos crianças brincando nas ruas em grandes cidades, por-que isso se tornou perigoso por causa do trânsito e da violência.

Muitas vezes as pessoas queriam contar os problemas de sua rua, mas não havia espaço para isso. Hoje os jornais e também a internet abrem um espaço, no qual qualquer pessoa pode reclamar, elogiar e até sugerir algo para sua rua ou mesmo para sua cidade.

Imagine que um jornal, em sua versão para internet, traga uma seção para que internautas possam postar fotos da sua rua, fazendo denúncias e recla-mações sobre problemas nela encontrados.

Veja alguns exemplos de como esse processo pode ocorrer.

Problemas das grandes cidades

NIC

OLA

S A

SF

OU

RI/A

FP

Moradores reclamam da falta de saneamento básico.

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IDE

ALI

LA/D

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ST

IME

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M

Moradores reclamam dos constantes alagamentos que ocorrem nas ruas.

FR

AN

K C

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LLE

R/W

IKIM

ED

IA

Moradores reclamam do lixo espalhado pela rua.

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DU

DU

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I/KE

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BR

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IL

Apesar de estar localizada em um bairro nobre, a avenida enfrenta muitos problemas, como o engarrafamento.

1. A última foto mostra uma vista aérea da avenida e traz uma legenda. Por que a legenda começa com “Apesar de estar localizada em um bairro nobre”?

2. Nas outras fotos, a legenda se inicia com a palavra “moradores”. Por que existe essa repetição?

3. Qual outra palavra que se repete nas três legendas e que indica a insa-tisfação dos moradores?

4. Quais os problemas enfrentados pelos moradores?

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Para continuar

A língua em contexto

Observe as palavras grifadas nos trechos:

“Moradores reclamam dos constantes alagamentos que ocorrem nas ruas.”

“… rua enfrenta muitos problemas”.

1. O que há em comum entre as palavras grifadas?

2. Essas palavras grifadas indicam passado, presente ou futuro?

3. Releia este trecho: “No segundo tempo a professora Sara explicou ( ) que o inspec-

tor ia fazer ( ) a visita-surpresa nos próximos dias, que eles não sabiam ( ) quando. Explicou-nos ( ) tudo outra vez, pediu ( ) até para virmos ( ) penteados, claro que isso era ( ) mais para o Gerson e o Bruno que nunca se penteavam ( ) (o Bruno disse-me ( ) que tinha se penteado ( ) pela última vez quando tinha ( ) sete anos…)”

a) Agora volte ao trecho e anote entre os parênteses se as expressões gri-fadas indicam passado, presente ou futuro. Depois, copie o trecho aqui.

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b) Por que, no mesmo trecho, há palavras que se referem ao passado, ao presente e ao futuro?

O uso de vários tempos verbais demonstra que em um texto podemos re-gistrar fatos que ocorrem no dia de hoje, mas também é possível relembrar acontecimentos passados e registrá-los.

Anteriormente, vimos fotos relacionadas a problemas existentes em de-terminadas ruas. Geralmente, os jornais mantêm seções destinadas a recla-mações e opinião dos leitores. Imaginemos que um jornal tenha uma seção chamada “Se essa rua fosse minha”, na qual moradores fazem suas reclama-ções. No título da seção, há o verbo “ser” na forma “fosse”. Observe:

A – Essa rua é minha.B – Se essa rua fosse minha.

Na frase A, temos a afirmação de que a rua é de alguém, ou seja, é um fato preciso. Enquanto na frase B, a palavra “se” traz um fato duvidoso, a rua não é minha, mas poderia ser. Isso indica que o modo como usamos os verbos também pode trazer diferenças.

Assim, ao dizermos:

Essa rua é minha — usamos o modo indicativo.

Indicativo: exprime um fato certo.Essa rua é minha.

Se essa rua fosse minha — usamos o modo subjuntivo.

Subjuntivo: exprime um fato possível, duvidoso.Se essa rua fosse minha.

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Vejamos outro exemplo:

A Petra perguntou se essa visita-surpresa aconteceria mesmo.

Petra fez uma ação precisa: “perguntou”, logo em seguida, apresenta algo duvidoso, uma hipótese: se a visita do inspetor aconteceria mesmo.

Observe mais um exemplo:

Se essa visita acontecesse mesmo, como nos comportaríamos?

Nesse segundo exemplo, alguém pergunta sobre uma hipótese: “caso” a visita acontecesse, isto é, alguém pergunta como se fosse uma hipótese, por isso usou o modo subjuntivo.

Agora é sua vez!

1. Reescreva as frases a seguir iniciando com a palavra “se”:a) Nossa escola tem um problema.

b) As meninas estão assustadas.

c) Todo mundo vai à escola.

d) Todo mundo tinha medo.

e) O pessoal ficou aliviado com a notícia.

2. Agora, vamos começar com a palavra “quando”?a) Nossa escola tem um problema...

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b) Todo mundo vai à escola.

c) Todo mundo pediu.

d) O pessoal ficou contente.

3. Observe as frases a seguir:

Se essa rua fosse minha.Quando essa rua for minha.

Qual a diferença de sentido entre elas?

Para continuar

Produção de texto

No texto anterior, vimos a informação que poderia ser dada pelos jornais: as reclamações sobre os problemas da rua e onde ou como fazer essas re-clamações.

No primeiro texto, vimos a força que pode ter um boato, que não é uma informação, dentro de uma escola.

Você conhece alguma história que ocorreu em sua escola ou em sua rua que tenha sido um boato? Anote-a nas linhas a seguir e depois relate para os colegas.

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Para casaAlguns jornais possuem um espaço para que os leitores pos-

sam enviar suas reclamações. A seguir, apresentamos uma ima-gem na qual aparece essa seção:

Terça-feira, 38 de setembro de 2009

Clique aqui e poste sua reclamação

Telefones úteis

Ambulância 192Bombeiros 193Polícia 190Disque-Saúde 0800 61997Disque-ANS (Agência Nacional de Saúde)0800 701 9656

JULE

S 3

15/D

RE

AM

ST

IME

.CO

M

1. Por que vemos a imagem de um telefone se esse é um espaço da internet?

2. Por que a lista de telefones recebe o título de “telefones úteis”?

3. Os telefones úteis são iguais em todas as cidades do Brasil. Por quê?

4. Você sabe a diferença entre Disque-Saúde e Disque-ANS (Agência Na-cional de Saúde)? Converse com seu professor, faça uma pesquisa e regis-tre-a a seguir.

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5. A seguir, apresentamos um exemplo de formulário para que o leitor re-gistre sua reclamação. Converse em casa sobre os problemas de sua rua ou cidade e registre um deles a seguir.

Contribua com sua cidade

ENVIE SUA RECLAMAÇÃONOME

PROFISSÃO

E-MAIL

TELEFONE DO RECLAMANTE

RECLAMAÇÃO

Para finalizar

O que aprendi no capítulo 10? Assinalar

Identifico os tempos verbais: presente, pretérito e futuro.

Sei reconhecer uma informação.

Identifico os modos verbais: indicativo e subjuntivo.