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C1 Apresentação Ciências Saúde e seres vivos Professor: Um dos objetivos deste caderno é fornecer fundamentos com os quais os alunos possam construir noções a respeito das causas e soluções para diversas doenças, sejam de que origem forem. O segundo objetivo é estimular atitudes para transformar noções e conceitos em comportamen- to. É necessário que os alunos conheçam as di- ferenças entre as doenças que são inevitáveis e aquelas que poderiam ser facilmente evitadas por meio de condutas comportamentais. No capítulo final, são desenvolvidas noções a respeito das diversas relações existentes entre os seres vivos. O que pretendemos com o ensino de Ciências Professor: Aprender Ciências significa obser- var a realidade com olhar crítico. Desde o início do processo de aprendizagem, o aluno deve ser colo- cado diante dos fatos como um observador, e não como um espectador da opinião do professor. Os fatos são apresentados aos alunos, que de- vem ter condições de formular questionamentos e respostas a serem trabalhados. É claro que o tema a ser abordado pode ser con- duzido de forma experimental ou não, dependendo de sua natureza. Alguns fenômenos naturais nem sempre podem ser trabalhados em laboratório, uma vez que determinadas características refletem uma história estrutural que determinado grupo apresen- ta. Há, porém, formas de conduzir observações que permitem ao observador tirar suas próprias conclu- sões a respeito do que observa. Seja qual for a circunstância, é essa postura que se espera do professor para que o aluno apresente um modo de pensar condizente com o processo de aprendizagem. Organização do tempo Professor: Você terá dezesseis aulas para desenvolver as atividades propostas neste ca- derno, o que corresponde a, aproximadamente, oito semanas. Considere o seguinte quadro no momento em que planejar o bimestre. Capítulos Quantidade de aulas Apresentação 1 aula Capítulo 8 12 aulas Capítulo 9 3 aulas Total 16 aulas Olá! Bem-vindo às aulas de Ciências! Estudar Ciências é aprender a observar, a ques- tionar e a compreender a natureza, seus fenôme- nos e seres vivos. Também é a maneira por meio da qual compre- endemos como e por que tudo acontece na nature- za, em volta de nós e até dentro do nosso corpo. Para estudar Ciências, precisamos estimular nossa curiosidade, pois para entendermos como tudo funciona é preciso ter nossa própria maneira de fazer perguntas e, também, pesquisar para en- contrar as respostas. Sumário Capítulo 8 – Programa de saúde........................ C3 Capítulo 9 – Relações entre os seres vivos.... C29 Apresentação Neste capítulo, você vai aprender o que fazer para cuidar da sua saúde, dando mais atenção ao que você come e evitando aquilo que não lhe faz bem. Vai saber como alimentos malconservados se deterioram e conhecerá os cuidados para evitar que isso aconteça. Vai estudar ainda as causas de algumas doenças e saberá como evitá-las. Também aprenderá como evitar acidentes e compreenderá como eles podem ser causados. Descobrirá como a nossa saúde pode ser afeta- da por micro-organismos e o que fazer para evitá- los. Você estudará os males causados por diferen- tes substâncias tóxicas. Por último, você compreenderá como os dife- rentes organismos se relacionam na natureza.

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C1

ApresentaçãoCiências

Saúde e seres vivosProfessor: Um dos objetivos deste caderno

é fornecer fundamentos com os quais os alunos possam construir noções a respeito das causas e soluções para diversas doenças, sejam de que origem forem.

O segundo objetivo é estimular atitudes para transformar noções e conceitos em comportamen-to.

É necessário que os alunos conheçam as di-ferenças entre as doenças que são inevitáveis e aquelas que poderiam ser facilmente evitadas por meio de condutas comportamentais.

No capítulo final, são desenvolvidas noções a respeito das diversas relações existentes entre os seres vivos.

O que pretendemos com o ensino de Ciências

Professor: Aprender Ciências significa obser-var a realidade com olhar crítico. Desde o início do processo de aprendizagem, o aluno deve ser colo-cado diante dos fatos como um observador, e não como um espectador da opinião do professor.

Os fatos são apresentados aos alunos, que de-vem ter condições de formular questionamentos e respostas a serem trabalhados.

É claro que o tema a ser abordado pode ser con-duzido de forma experimental ou não, dependendo de sua natureza. Alguns fenômenos naturais nem sempre podem ser trabalhados em laboratório, uma vez que determinadas características refletem uma história estrutural que determinado grupo apresen-ta.

Há, porém, formas de conduzir observações que permitem ao observador tirar suas próprias conclu-sões a respeito do que observa.

Seja qual for a circunstância, é essa postura que se espera do professor para que o aluno apresente um modo de pensar condizente com o processo de aprendizagem.

Organização do tempo

Professor: Você terá dezesseis aulas para desenvolver as atividades propostas neste ca-derno, o que corresponde a, aproximadamente,

oito semanas. Considere o seguinte quadro no momento em que planejar o bimestre.

Capítulos Quantidade de aulas

Apresentação 1 aula

Capítulo 8 12 aulas

Capítulo 9 3 aulas

Total 16 aulas

Olá!

Bem-vindo às aulas de Ciências!Estudar Ciências é aprender a observar, a ques-

tionar e a compreender a natureza, seus fenôme-nos e seres vivos.

Também é a maneira por meio da qual compre-endemos como e por que tudo acontece na nature-za, em volta de nós e até dentro do nosso corpo.

Para estudar Ciências, precisamos estimular nossa curiosidade, pois para entendermos como tudo funciona é preciso ter nossa própria maneira de fazer perguntas e, também, pesquisar para en-contrar as respostas.

Sumário

Capítulo 8 – Programa de saúde........................ C3

Capítulo 9 – Relações entre os seres vivos.... C29

ApresentaçãoNeste capítulo, você vai aprender o que fazer para

cuidar da sua saúde, dando mais atenção ao que você come e evitando aquilo que não lhe faz bem.

Vai saber como alimentos malconservados se deterioram e conhecerá os cuidados para evitar que isso aconteça. Vai estudar ainda as causas de algumas doenças e saberá como evitá-las.

Também aprenderá como evitar acidentes e compreenderá como eles podem ser causados.

Descobrirá como a nossa saúde pode ser afeta-da por micro-organismos e o que fazer para evitá-los.

Você estudará os males causados por diferen-tes substâncias tóxicas.

Por último, você compreenderá como os dife-rentes organismos se relacionam na natureza.

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Professor: O papel de diversos micro-organis-

mos é retirar a energia contida em qualquer matéria

orgânica e transformá-la em CO2, H2O e sais mine-

rais. Por meio deles, as substâncias necessárias a

todos os ciclos da natureza são recuperadas. Mas

é também por intermédio desses seres microscópi-

cos que os materiais se deterioram, especialmente

os alimentos. Porém, não são todos os fungos e to-

das as bactérias que fazem isso.

Muitas vezes, um alimento torna-se tóxico quan-

do é atacado por fungos ou bactérias. Isso ocorre

porque esses organismos geram, como subpro-

dutos de seu metabolismo, toxinas que ficam no

alimento, resultando em patologias. O botulismo,

por exemplo, é uma intoxicação grave causada

por uma bactéria chamada Clostridium botulinum.

Assim, devemos ter cuidado redobrado ao adquirir

produtos enlatados ou em conserva. As bactérias

produzem também o gás carbônico e isso estufa os

frascos (tampas) ou latas. Evitar o consumo de pro-

dutos em embalagens danificadas é uma das ma-

neiras de escapar da contaminação.

Mesmo com alimentos frescos, é preciso tomar

cuidado. Vegetais e frutas devem ser bem higieni-

zados, pois podem conter em sua superfície ovos

de vermes, protozoários, além de uma infinidade

de bactérias. As carnes frescas também são meios

de contaminação e, por esse motivo, devem ser

adquiridas em locais inspecionados pela vigilância

sanitária. Os ovos de galinha também devem ser

lavados, uma vez que saem da cloaca da ave junta-

mente com a urina e as fezes.

Nem sempre alimentos congelados são confi-

áveis porque antes de tudo é necessário saber se

estavam frescos ao ser congelados. Manter os ali-

mentos desidratados também é um recurso para

conservá-los. Nenhum ser se mantém vivo sem

água. Os processos bioquímicos também só aconte-

cem em meio aquoso. É preciso deixar claro que os

micro-organismos podem estar no ar, na água e nos

próprios alimentos. Entretanto, eles não se reprodu-

zirão se não tiverem condições adequadas para isso.

Os micro-organismos desenvolveram proces-

sos para superar condições adversas muito antes

da existência do ser humano. Alguns deles podem

ficar em vida latente por muitos anos e voltar à

atividade assim que as condições se tornarem

propícias. O processo de encistamento é uma das

formas pelas quais os micro-organismos podem

parecer ausentes, e assim que nos descuidamos

eles voltam a exercer sua função. Se no trato di-

gestório o ambiente apresentado não é propício

a seu desenvolvimento e à sua reprodução, eles

passarão despercebidos e não causarão efeitos,

podendo ser eliminados. O problema acontece

quando eles já estão em plena atividade dentro

do alimento consumido e, em decorrência disso,

produzindo toxinas.

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Programa de saúdeCiências 8C

apítu

lo

Para começar Conservação dos alimentos

Neste programa de saúde, você vai conhecer os cuidados básicos para evitar doenças e conta-minações, além de manter a sua saúde e a das pessoas ao seu redor. Verá que hábitos alimentares adequados são fundamentais para uma boa qualidade de vida.

Porém, algumas vezes, é inevitável entrar em contato com doenças e, por isso, é importante sa-ber mais sobre elas. Algumas são causadas por vírus, outras são provocadas por bactérias e outras, ainda, podem ter diferentes causas.

A maioria dos alimentos que vemos nos supermercados passa por diferentes processos de conser-vação antes de ser consumida. Caso contrário, eles poderiam deteriorar-se em poucos dias ou mesmo horas. Um alimento em más condições de conservação pode provocar intoxicações alimentares graves e, às vezes, até a morte.

A deterioração dos alimentos geralmente é causada pela ação de micro-organismos (bactérias ou fungos decompositores). A decomposição pode ser rápida ou lenta, dependendo das condições de arma-zenamento do alimento.

Os principais fatores que influenciam a decomposição de um alimento são a temperatura, o contato com o ar e a água líquida.

A água no estado líquido é necessária aos micro-organismos, pois nenhum deles pode sobreviver sem esse recurso.

No ar, há micro-organismos que, encontrando alimentos, água líquida e temperatura adequada, multi-plicam-se rapidamente.

Há temperaturas ideais para a reprodução dos micro-organismos. Veja a tabela 1 a seguir.

Tabela 1. Influência da temperatura sobre os micro-organismos

Temperatura Influência sobre os micro-organismos

Abaixo de 6 °C Não se multiplicam, mas não morrem

De 7 °C a 16 °C A multiplicação é lenta

De 17 °C a 22 °C A multiplicação é moderada

De 23 °C a 50 °C A multiplicação é rápida

De 51 °C a 80 °C A maior parte dos micro-organismos morre

Acima de 100 °C Praticamente todos os micro-organismos morrem

Deve-se tomar, mesmo assim, certos cuidados, pois há micro-organismos capazes de se encistar. Isso significa que sob condições que dificultam a sobrevivência, como calor excessivo, frio excessivo, falta de água, alguns micro-organismos podem produzir cápsulas em torno de si mesmos e ficar por muito tempo como se estivessem adormecidos. Esse estado é chamado de vida latente e é mantido até que eles en-contrem condições de retornar à atividade.

Nos alimentos contaminados, há bactérias e fungos que se alimentam dos nutrientes ali existentes.

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Alguns deles podem causar doenças e produzir substâncias tóxicas denominadas toxinas.Portanto, se uma pessoa ingerir um alimento em decomposição, além de correr o risco de ingerir

micro-organismos que causam doenças, pode sofrer graves distúrbios causados pelas toxinas. Os sinto-mas mais frequentes apresentados por uma pessoa com intoxicação alimentar são diarreia, vômito, dores de cabeça e febre. A perda excessiva de água em decorrência desses sintomas causa desidratação e exige socorro imediato.

Para diminuir os problemas de saúde provocados por intoxicações alimentares foram desenvolvidos, ao longo do tempo, diferentes processos para a conservação de alimentos. Todos eles procuram destruir os micro-organismos ou tornar desfavoráveis as condições para seu desenvolvimento.

Vamos estudar alguns desses processos de conservação de alimentos.Professor: O cozimento ou fervura garante, por determinado tempo, a conservação de alimentos

porque mata os micro-organismos que possam estar presentes. Mas esse método é apenas temporário para evitar contaminações.

É comum observarmos um alimento cozido azedar depois de certo tempo, se não for mantido sob res-friamento. O alimento recém-cozido não contém mais bactérias em atividade, mas pode ser contaminado novamente se ficar em contado com o ar, que contém bactérias. Assim, é recomendável, logo que o ali-mento esfriar, ser colocado na geladeira.

Cozimento e fervura

Com a temperatura da água em ebulição, duran-te o cozimento ou fervura (figura 1) de um alimen-to, as bactérias e os micro-organismos são destru-ídos e podemos consumir os alimentos com mais segurança. Pelo mesmo motivo, quando a água que recebemos em nossas casas não for tratada, devemos fervê-la para matar os micro-organismos.

Mesmo com alimentos cozidos devemos tomar cuidados, pois se os deixarmos por certo tempo expostos, os micro-organismos presentes no ar po-dem voltar a contaminá-los. Por essa razão, assim que esfriarem é recomendável mantê-los sob refri-geração para reaquecimento na hora do consumo.

Professor: A refrigeração é uma das melhores formas de conservação de alimentos sem que os prin-cipais nutrientes deles sejam perdidos. O congelamento, por sua vez, é a melhor solução se não houver previsão do uso do alimento em curto prazo.

Refrigeração e congelamento

Na refrigeração (figura 2a), os alimentos são colocados em geladeiras e submetidos a temperaturas próximas a 0 °C. Sob essas condições, os alimentos não congelam e a água contida neles se mantém líquida. Eles se conservam por mais tempo porque baixas temperaturas diminuem a velocidade de ação e reprodução dos micro-organismos.

No processo de congelamento (figura 2b), o alimento é colocado no congelador e mantido sob tem-peratura abaixo de 0 °C. Nessas condições, a água presente no alimento torna-se sólida impedindo a reprodução de micro-organismos, sem, contudo, provocar a morte deles. Em alguns casos, pode ocorrer a morte de determinados micro-organismos se o congelamento ficar a uma temperatura bem mais baixa, porque a água contida neles pode provocar a ruptura de suas membranas celulares.

O congelamento faz o alimento se conservar por mais tempo, durante semanas ou meses. É preciso, entretanto, ficar atento para as condições do alimento antes de ter sido congelado. Ele deve ser bem fresco, para que se tenha certeza de que bactérias ou fungos não tenham iniciado suas ações, que serão

Figura 1. Fervura de um alimento.

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apenas interrompidas pelo congelamento.

Figura 2. Alimento colocado na geladeira (a) e no congelador (b). Na geladeira, o alimento é resfriado; já no congelador é congelado.

Professor: Outra solução para a conservação dos alimentos a longo prazo é a desidratação.

Os micro-organismos não vivem sem água, a menos que estejam encistados. A água é normalmente um componente que perfaz em torno de 70% da massa de um ser vivo, incluindo nós, seres humanos. O processo de desidratação diminui a possibilidade de sobrevivência de muitos micro-organismos nocivos à saúde humana.

Não é tão fácil manter alimentos desidratados, pois, dependendo de sua composição, eles podem ter uma afinidade tão grande por água que poderão fixar partículas de vapor presentes no ar. É isso que acontece quando deixamos o açúcar ou o sal expostos em um dia com umidade do ar. Essas substâncias costumam agregar as partículas de água em pouco tempo estarão úmidas. Por essa razão, a manutenção da condição de desidratação de um alimento depende muito da qualidade da embalagem em que ele será guardado.

DesidrataçãoNo processo da desidratação, retira-se a água do alimento. Sem água líquida, muitos

micro-organismos não sobrevivem. Para consumi-lo alguns desses alimentos basta acrescentar água.O leite em pó (figura 3) é um exemplo de alimento desidratado. Foi retirada a água, transformando-o em

pó. Para consumi-lo basta acrescentar água filtrada ou fervida.O bacalhau, alguns ingredientes da feijoada e a carne-seca ou salgada são alimentos que se conservam

pela grande concentração de sal ou pela desidratação causada por evaporação da água. Esse procedimento costuma ser eficaz para matar bactérias e fungos. É muito comum as pessoas adotá-los em lugares onde não há refrigeração.

Nas compotas e nos doces, usa-se açúcar em alta concentração para conseguir a desidratação do alimento e provocar o mesmo efeito. É assim que uma goiabada se conserva fora da geladeira.

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Figura 3. Embalagem fictícia de leite em pó.

Professor: A embalagem a vácuo, também citada como uma das soluções, precisa ser muito bem feita para que haja garantia de que não há ar dentro dela. O fato é que, no vácuo, mesmo que o alimento contenha umidade, não há oxigênio. Esse gás ajuda a acelerar a deterioração das substâncias presen-tes no alimento e é necessário para o metabolismo de vários tipos de bactéria. Sem ar, os processos vitais desses micro-organismos não funcionam.

Contudo, há bactérias patogênicas (que causam doenças) que não se dão bem com a presença de oxigênio. Elas apresentam o chamado metabolismo anaeróbico. Um dos casos é o da bactéria causadora do tétano, Clostridium tetani. As bactérias anaeróbicas não crescem em presença de oxigênio.

Embalagem a vácuoO alimento é embalado a vácuo em caixas ou saquinhos quando o ar é retirado da embalagem.Geralmente, antes de ser embalado, o alimento recebe, ou deveria receber, outros tratamentos (esteri-

lização, pasteurização, desidratação etc.) para se conservar melhor.Retirar o ar da embalagem dos alimentos é muito importante porque os micro-organismos presentes

ficam sem ar e vapor de água.Quando o vapor de água que está presente no ar volta a entrar em contato com o alimento, transforma-se

novamente em água líquida, favorecendo a reprodução de micro-organismos. Por isso, é recomendável consumir rapidamente o alimento após a abertura das embalagens. O oxigênio favorece a ação de muitos micro-organismos.

PasteurizaçãoDurante a pasteurização, o alimento é submetido a temperaturas altas (acima de 72 °C, dependendo

do alimento) durante certo tempo e depois resfriado rapidamente. Essa variação brusca de temperatura elimina grande parte dos organismos presentes no alimento. Essa técnica é muito utilizada para conservar o leite (figura 4).

Figura 4. Leites de caixinha e de saquinho passam pelo processo de pasteurização.

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Defumação

Na defumação, o alimento é exposto à fumaça e ao calor por algum tempo.Essa técnica existe desde o tempo dos povos fenício e egípcio, podendo ter sido desenvolvida para

evitar a aproximação dos animais de alimentos contendo carne e peixe.Na atualidade, esse processo é muito utilizado para conservar alimentos como toucinho, presunto, car-

ne de frango, linguiça, queijo etc.

Cuidados com os alimentosQuando compramos ou preparamos alimentos, precisamos ficar atentos para que não estejam

contaminados. Veja na tabela 2 alguns cuidados necessários para não sermos contaminados.

Tabela 2. Cuidados com os diferentes alimentos

AlimentoProcedimento

antes de comerJustificativa

Origem dos agentes nocivos

Alimento enlatado

Verificar se a lata não está enferrujada, estufada, amassada ou se o seu conteúdo não está cheirando mal ao ser aberta.

Presença de micro-organismos prejudiciais à saúde.

Falta de higiene no preparo. Problemas no momento da embalagem.

Verduras e legumesLavar muito bem e mergulhá-los em água com vinagre ou água sanitária.

Presença de micro- -organismos, ovos de vermes, caramujos e inseticidas.

O horticultor utiliza água contaminada ou venenos para matar insetos.

Carnes

Verificar as condições de higiene do local de venda, observar o aspecto da carne e cozinhá-la bem.

Presença de larvas, ovos de parasitas e micro-organismos.

Animais doentes, contaminação no matadouro ou no açougue.

Laranja e outras frutas

Lavar muito bem ou descascar antes de comer.

Presença de inseticidas.O fruticultor aplica inseticidas para evitar o ataque dos insetos.

Leite e derivadosVerificar o prazo de validade e o estado de conservação (temperatura do local).

Presença de micro--organismos.

Falta de higiene na industrialização e armazenagem inadequada.

Professor: Os produtos salgados e doces são comercializados em embalagens coloridas e atraentes e são consumidos no lugar de alimentos nutritivos os quais perdem espaço na preferência de crianças, adolescentes e até mesmo de adultos.

Seria interessante chamar a atenção das pessoas para o consumo excessivo desse tipo de produto.

Os efeitos dos componentes desses produtos ainda não foram suficientemente estudados e talvez não tenha havido tempo hábil para que se conheçam seus efeitos a médio e longo prazos.

Já há recomendações para evitarmos o excesso de consumo de gorduras trans e de todo o tipo de corantes artificiais. É importante estimular o debate a respeito, visando a provocar algumas mudanças de hábitos nessa fase da vida dos alunos. Para tal, não há matéria mais adequada do que essa. Mostre-lhes

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2. Responda às questões a seguir.

a) Quais são os dois fatores principais que in-fluenciam na deterioração de um alimento?

Temperatura e umidade.

b) Escreva a respeito de alguns sintomas que uma pessoa pode apresentar quando ingere um ali-mento deteriorado.

Náuseas, vômito, diarreia, sintomas de desidra-

tação, febre, às vezes, são os sintomas que le-

vam alguém a pensar que comeu algum alimento

que não estava em condição adequada de consu-

mo.

3. Responda às questões a seguir.

a) Cite exemplos de alimentos que são submeti-dos ao processo de cozimento ou fervura para se conservar por mais tempo.

Carnes, batata, cenoura, leite.

Para continuar

1. Pesquise o significado das seguintes palavras

a) deteriorar:

Estragar.

b) micro-organismos:

É uma forma genérica de nos referirmos a seres mi-

croscópicos.

c) toxinas:

Certas substâncias que têm efeitos danosos ao

organismo.

d) ruptura:

É o rompimento ou quebra ou destruição de uma

estrutura qualquer.

e) encistar:

Formar um cisto é uma maneira pela qual diversos

seres vivos podem se proteger de ser mortos quan-

do condições adversas se apresentam.

como somos induzidos a consumir determinados produtos cuja composição é claramente duvidosa em re-lação à saúde, mas que atendem aos interesses industriais e comerciais de grupos multinacionais. Sugira aos alunos que olhem os rótulos dos alimentos para que verifiquem à presença de gorduras trans.

Saiba que...Nas últimas décadas, as indústrias de produtos alimentícios têm adicionado cada vez mais subs-

tâncias químicas nos alimentos com a finalidade de conservar a cor ou adicionar cores mais chama-tivas; conservar o aroma ou mesmo aromatizar artificialmente e conservar ou acentuar o sabor dos alimentos. Essas substâncias são chamadas de aditivos alimentares. Frequentemente são vistas nas embalagens palavras como edulcorante, acidulante, conservante, emulsificantes, espessantes, estabilizantes etc.

Esses aditivos permitem conservar os alimentos industrializados ficarem por mais tempo, poden-do ser transportados de um lugar para outro e ainda ter um prazo de validade maior para consumo.

É importante prestar atenção ao consumo excessivo e frequente desse tipo de alimento, pois essa forma de conservação pode trazer consequências à saúde das pessoas.

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b) Por que é mais seguro comer um alimento que foi cozido do que comer um alimento cru?

Porque com a temperatura de cozimento muitos dos micro-organismos presentes são mortos.

4. Sobre a técnica de desidratação, responda às questões a seguir.

a) O que significa desidratar o alimento?

Retirar sua água.

b) Dê um exemplo de alimento desidratado que se transforma em pó.

Um alimento desidratado comum é o leite em pó.

c) Por que essa técnica impede que o alimento se estrague (deteriore)?

Porque sem água, no estado líquido, os micro-organismos não conseguem se reproduzir.

Para continuar Danos à saúde causados por acidentes

Pessoas de qualquer idade estão diariamente sujeitas a sofrer acidentes. Muitas vezes, os acidentes são provocados por imprudência, falta de conhecimento do perigo, descuido ou falta de atenção. Até a falta de calma também pode causar acidentes.

A maioria dos acidentes com crianças acontece na própria residência.

Algumas atitudes imprudentes que podem provocar acidentes• Andar de bicicleta em ruas movimentadas e pegar carona se apoiando na parte traseira de ca-

minhões e ônibus pode provocar atropelamentos (figura 5). É importante procurar lugares mais seguros para andar de bicicleta. É necessário também usar capacete e uma roupa que proteja a pele em caso de queda.

Figura 5. Garoto anda de bicicleta se apoiando na parte traseira de um caminhão – atitude que podeprovocar acidentes graves e fatais.

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• Pessoas que dirigem em alta velocidade, às vezes embriagadas, e que não respeitam as leis de trânsito, podem causar acidentes, como atropelamentos (figura 6). No caso de atropelamento, man-tenha a vítima imóvel e entre em contato com o serviço de resgate para que sejam prestados os primeiros socorros.

Figura 6. Cena de atropelamento.

• Evite jogar bola na rua e procure os lugares apropriados, como quadras, campos e quintais (figura 7). Ao correr atrás de uma bola que tenha caído na rua, redobre os cuidados olhando para os dois lados.

• Quem solta pipas ou papagaios perto da rede elétrica está sujeito a receber choques muito violen-tos e até mesmo morrer (figura 8). Procure lugares seguros, longe dos fios elétricos, para soltá-los. Lembre-se de que ocorrem acidentes fatais com o uso do cerol na linha e que seu uso é proibido.

Figura 8. Soltar pipa perto de fios elétricos pode causar acidentes graves e fatais.

Figura 7. Jogar futebol longe de ruas e avenidas é a maneira mais segura de se divertir.

VocabulárioCerol ou cortante: Mistura cortante de vidro moído e cola que se passa na linha com que se empinam pa-pagaios ou pipas, a fim de que possa cortar a linha de outro papagaio ou pipa quando ambos estão no ar.

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Figura 9. A utilização de tesouras e outros objetos cortantes deve ser feita sempre com a supervisão de um adulto.

Figura 10. Debruçar-se sobre parapeitos e janelas em lugares altos é perigoso.

• Soltar balões tem sido causa de muitos in-cêndios ou de queimaduras graves. Brincar com fogo pode causar acidentes.

• O uso de objetos cortantes exige cuidados especiais. Facas, canivetes e tesouras são perigosos se usados incorretamente. Para as crianças menores, deve-se permitir ape-nas o uso de tesouras com extremidades arredondadas, sempre com a supervisão de um adulto (figura 9).

• Debruçar-se em janelas de sobrados e de apartamentos pode ser perigoso. Deve-se evitar acesso fácil a tais locais (figura 10). Grades nas janelas são importantes para

evitar quedas que podem ser fatais.• Sempre que possível, deve-se colocar bo-

tijões de gás do lado externo das cozinhas. Também deve ser observado se não estão vazando.

• Fios elétricos devem estar sempre bem en-capados e as condições das tomadas e dos encaixes devem ser sempre revistas.

• Produtos de limpeza, produtos inflamáveis e remédios devem ser sempre mantidos fora do alcance das crianças. Alguns, se inge-ridos, podem causar intoxicações graves e acidentes de diversos tipos (figura 11).

Figura 11. Produtos de uso doméstico que podem ser perigosos se ingeridos ou inalados.

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• Onde houver crianças e bebês deve haver protetores nas tomadas (figura 12).

Figura 12. Sempre usar protetores nas tomadas, em casas que tenham crianças.

• Brincar com cães e gatos desconhecidos pode ser perigoso (figura 13).

Figura 13. Animais podem morder ou arranhar. Cuidado ao se aproximar ou brincar com algum de-les é fundamental.

• Em casa todo o cuidado é pouco com pa-nelas no fogo. Nunca os cabos devem ficar virados para as extremidades do fogão. Se houver crianças, a atenção deve ser perma-nente. Panelas de pressão devem sempre ser revisadas (figura 14).

Figura 14. Manter os cabos das panelas virados para dentro do fogão e as crianças devem ficar lon-ge dele.

Professor: Os primeiros socorros também constituem um tema importante para trabalhar com os alunos pelo incentivo à solidariedade.

Uma das prevenções necessárias é a vacina-ção contra o tétano. A validade dessas vacinas gira em torno de dez anos, normalmente. Pode ser que na fase da vida em que os alunos se encontram tenham de ser vacinados novamen-te. Arranhões podem infeccionar, mesmo em pessoas vacinadas. Por isso, há necessidade de se conhecer a assepsia básica. As recomenda-ções a respeito dos primeiros socorros podem ser complementadas com simulações e palestras de profissionais da área, como bombeiros. Essa seria uma maneira mais eficiente de provocar a participação e o interesse dos alunos.

Há pessoas alérgicas que podem apresentar diversos sintomas se picadas por insetos. É im-portante que os alunos saibam o que é um cho-que anafilático.

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Para continuar Primeiros socorros

Os primeiros socorros são os cuidados imedia-tos que devem ser prestados quando alguém se machuca ou começa a se sentir mal.

É importante saber noções de primeiros socor-ros para que sejam feitos da maneira correta. Um socorro errado pode piorar o estado de uma pessoa e até causar sua morte.

Sempre que você se machucar ou se sentir mal, deve procurar um adulto e contar-lhe o que aconte-ceu (figura 15).

Figura 15. Criança com ferimento recebendo so-corro da mãe.

Em algumas situações, é preciso agir rapida-mente. Se o ferimento for leve ou um mal-estar passageiro, pode-se cuidar da vítima na residência mesmo.

É preciso saber avaliar a gravidade de um caso e, se necessário, encaminhar a vítima para um am-bulatório médico ou um hospital.

Veja algumas atitudes corretas para prestar os primeiros socorros nas situações a seguir:

Cortes e arranhões

• lavar o local afetado com água limpa e sabão;• proteger o local com pano limpo ou gaze;• procurar um médico se o ferimento for grande

e profundo (figura 16). Caso contrário, pode ser feito um curativo na própria residência.

Atenção! É muito importante ter a vacina antitetânica

em dia!

Figura 16. Criança sendo atendida por umaenfermeira.

Cortes ou arranhões provocados por ferros e pregos enferrujados ou cacos de vidro sujos de terra exigem cuidados redobrados na limpeza, principalmente se não houver a certeza de que a vacinação antitetânica esteja dentro da validade (em torno de dez anos). Mesmo se a vacinação estiver dentro da validade, nunca se deve des-cuidar de outras possíveis infecções, lavando o ferimento muito bem antes de fazer os curativos.

Hemorragia nasal

A perda de sangue pelo nariz pode ter diversas causas. Vasos sanguíneos podem se romper em razão de uma pancada, mas também por causa do ar muito seco, calor excessivo ou de algum pro-blema que a pessoa tiver. Em qualquer dos casos, deve-se tomar alguns cuidados:

• fazer a pessoa sentar-se com a cabeça ligei-ramente para frente e respirar pela boca;

• pressionar as narinas por alguns minutos;• procurar um médico se a perda de sangue for

muito grande.

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• Se for necessário, fazer um curativo com gaze para proteger e evitar o atrito e a contaminação.

• Tomar muito líquido se a queimadura for grande ou se for causada por excesso de ex-posição ao Sol.

• Se a queimadura for grande, procurar socor-ro médico para que seja feito o tratamento adequado.

Fraturas

Em uma batida ou queda violenta, pode ocor-rer a fratura (quebra) de um osso.

Nesse caso, mantenha a pessoa calma e aquecida e solicite assistência médica.

Se a suspeita for de fratura na coluna, na ca-beça ou no pescoço, não remova a vítima até o serviço médico especializado (resgate) chegar (figura 19).

WIK

IME

DIA

Figura 19. Apenas os médicos e enfermeiros sa-bem como tratar uma vítima de acidente. Na foto, um homem vítima de uma queda é atendido no interior de uma ambulância.

QueimadurasAs queimaduras (figura 17) podem ser causadas

por fogo, ferro de passar roupa, panela no fogo, ex-posição demorada ao Sol, água quente etc.

Figura 17. Pessoa com queimadura na mão.

Atenção!Se aparecerem bolhas, não as fure, nem use

pomadas, pasta de dente, azeite ou outros pro-dutos caseiros (figura 18).

Figura 18. Não furar bolhas nem utilizar remédios caseiros para queimadura.

Que medidas tomar em caso de queimaduras?• Se a queimadura for superficial, lavar o local

com água corrente por vários minutos e se-car com pano limpo.

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C15

Choque elétrico

O que fazer para socorrer uma vítima de choque elétrico?

• Procurar socorro médico.

• Antes de tocar na vítima, desligar a chave geral de eletricidade não evitar levar choque também e para conter a descarga.

• Afrouxar as roupas da vítima para facilitar a circulação do sangue e a respiração.

• Se a vítima não estiver respirando, iniciar a massagem cardíaca e a respiração artificial.

Afogamento

Durante o afogamento, a pessoa perde a respi-ração por inundação das vias aéreas.

Nesse caso, é preciso agir com rapidez (figura 20) e realizar os procedimentos a seguir:

• procurar socorro médico;

• colocar a vítima deitada de costas com a ca-beça mais baixa que o corpo;

• fazer respiração boca a boca e massagens cardíacas intercaladas.

Figura 20. Salva-vidas cuidando de uma vítima de afogamento.

Picadas de insetos

Veja como proceder:

• procurar um adulto;

• retirar o ferrão se houver, sem espremê-lo;

• aplicar compressas de gelo ou água fria;

• se forem várias picadas ou se perceber uma reação alérgica, levar a vítima imediatamen-te ao pronto-socorro.

Mordida de cachorro ou gatoA mordida de um desses animais pode causar

infecção. Mas a mordida, pode ser bem mais pe-rigosa, pois eles podem estar com raiva, também conhecida como hidrofobia. Cães e gatos devem ser sempre vacinados para que isso não ocorra.

Em caso de mordida é preciso:

• procurar um adulto;

• lavar o local com bastante água e sabão para desinfetá-lo;

• proteger o ferimento com gaze ou um pano lim-po e procurar com urgência o pronto-socorro;

• observar o animal que causou o ferimento para que se verifique se está doente ou não.

VocabulárioRaiva: Doença infecciosa aguda causada por um vírus, transmitida ao ser humano pela mordida de animais infectados, como cão, gato, lobo etc., ca-racterizada por lesões do sistema nervoso central que provocam convulsão e paralisia respiratória.

Picadas de animais peçonhentos: cobra, aranha, escorpião ou lacraia

É preciso socorrer rapidamente a vítima, procu-rando seguir algumas recomendações:

• procurar um adulto e socorro médico imediato;

• se for possível, identificar o animal que picou e contar ao médico;

• os venenos de serpentes são diferentes quanto ao efeito. Fazer torniquetes e amarrar o local da picada não são medidas recomen-dáveis, porque se for uma serpente do grupo da jararaca o efeito local será pior;

• deitar a vítima, impedindo que se movimen-te, para evitar que o veneno se espalhe na circulação.

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• encaminhar a vítima ao hospital para receber o soro adequado ou o tratamento necessário.

DesmaioDesmaio é a perda de sentidos e pode aconte-

cer por diversas razões. Se houver por perto algum conhecido da pessoa que saiba de seu histórico, é importante consultá-lo. É preciso:

• procurar um adulto;

• manter a pessoa em local confortável se ain-da não tiver voltado do desmaio;

• se começar a voltar, fazê-la ficar deitada com a cabeça mais baixa que o resto do corpo e afrouxar as roupas para facilitar a circulação do sangue (figura 21);

Figura 21. Vítima de desmaio

• caso a pessoa vomite, deitá-la de bruços para que o material escoe e não congestio-ne os pulmões;

• se a pessoa continuar debilitada, discar para o resgate dos bombeiros de sua cidade;

• hipertensão e diabetes podem gerar sinto-mas semelhantes ao desmaio e é impor-tante procurar avisar os familiares para que eles orientem o mais rapidamente possível sobre o que fazer.

Atenção!Nunca se deve dar algo para beber, porque

a pessoa pode não engolir corretamente, en-gasgar e suhocar

Substâncias ou materiais nos olhos

Quando acontecer um acidente em que há con-taminação dos olhos por materiais como álcool, água sanitária, fuligem, ácidos, poeira ou areia, de-ve-se lavá-los com muita água corrente e nos casos mais graves procurar socorro médico.

Lembre-se: A mesma recomentdação serve para os remédios. Só devemos tomá-los quando dados por um adulto. Nunca tome remédio, sem que um adulto saiba. Afinal, se você não estiver do-ente, ele poderá fazer muito mal.

O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve-se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além dis-so, é preciso saber se há condições seguras para a prestação do socorro sem riscos, seja para a vítima, seja para o socorrista. Um atendimento de emergência malfeito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.

Para continuar

1. Responda às questões a seguir.

a) Em sua opinião, quais são as principais causas de acidentes?

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno respon-

da que a falta de prudência e de cautela pode cau-

sar muitos acidentes.

b) É possível evitar acidentes? Justifique.

Sim, seguindo algumas recomendações citadas

no texto para evitarmos situações de risco.

c) O que podemos fazer para evitar acidentes de trânsito? Cite algumas atitudes corretas.

Observar as sinalizações de trânsito, atravessar

na faixa de pedestres ou em passarelas, esperar

pela abertura do farol de pedestres para o motoris-

ta, transitar com velocidade adequada em ruas ou

avenidas, dirigir apenas com carteira de motorista

válida, entre outras atitudes.

2. Escreva sobre algumas atitudes importantes para evitar acidentes com

a) panelas no fogão:

Nunca deixar cabos posicionados para as extremi-

dades do fogão.

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b) janelas:

Não se pendurar nas janelas.

c) bicicletas:

Não andar de bicicleta em lugares de muito trânsito

e nunca pegar carona em ônibus ou caminhões.

d) jogo de bola:

Nunca jogar bola nas ruas ou avenidas.

e) soltar pipas:

Soltar pipas apenas em lugares onde não haja

fiação elétrica e nunca usar cerol.

3. O que você deve fazer se, andando na rua, for mordido por um cão desconhecido?

Procurar um adulto e relatar o ocorrido; lavar o

local com bastante água e sabão para desinfetá-lo;

proteger o ferimento com gaze ou pano limpo e

procurar o pronto-socorro.

Professor: Os agentes causadores de doenças são, principalmente, os micro-organismos.

A diversidade de micro-organismos é grande e muitos deles não são patogênicos e até mesmo, necessários. Não é por outra razão que, às vezes, nos é recomendado ingerir determinados produtos cuja função é recompor a “flora bacteriana”. Além disso, sem os decompositores, a natureza perderia um dos elos importantes da reciclagem dos mate-riais e estes não estariam disponíveis para que as plantas e os animais os reutilizassem na forma de nutrientes e sais minerais.

Muitas doenças são, entretanto, causadas por eles. Agentes diretos de doenças são normalmente microscópicos. Os de maior tamanho costumam ser vermes, como o ancilóstomo. Os insetos costumam ser apenas hospedeiros intermediários, o que signi-fica que agem como vetores, mas não causadores de doenças (transmissão indireta). Há, entretanto, diversos micro-organismos que não requerem hos-pedeiros intermediários. Nesse caso, a transmissão é direta. Isso pode acontecer com a hanseníase e a tuberculose. Embora o texto do aluno inclua os ví-rus entre os micro-organismos, estes são entidades especiais, cuja classificação é controversa.

Para continuar Agravos à saúde causados por micro-organismos

Protozoários, vírus, bactérias e fungos consti-tuem as principais causas das doenças conhecidas e provocadas por agentes externos. Micro-orga-nismos são seres vivos extremamente pequenos e invisíveis a olho nu. Somente podem ser vistos com o uso de um microscópio (figura 22). Tanto protozoários quanto bactérias e vírus, além de al-guns fungos microscópicos, são genericamente chamados de micro-organismos. Embora a grande maioria não prejudique o ser humano, alguns são causadores de doenças.

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Figura 22. O microscópio óptico é um equipa-mento capaz de aumentar em até mil vezes o objeto observado.

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Doenças são alterações em nosso organismo. Geralmente, as doenças diminuem a resistência física do doente, deixando-o debilitado (figura 23).

Figura 23. Pessoa doente.

A transmissão de doenças pode acontecer por contágio direto ou indireto.

O contágio direto acontece quando uma pessoa sadia entra em contato com uma pessoa doente, por meio de um beijo, abraço, tosse ou espirro (figura 24). No contágio indireto, a contaminação acontece por meio de objetos (copos, talheres, roupas etc.), alimen-tos e até por intermédio dos insetos (figura 25).

Figura 24. Contaminação pelo espirro de uma pessoa doente é um exemplo de contágio direto.

WIK

IME

DIA

Figura 25. Contaminação por picada de um mos-quito infectado é um exemplo de contágio indireto.

Professor: Algumas das principais doenças causa-das por protozoários, como a malária, a giardíase e a amebíase, são descritas, mas existem outras pa-rasitoses, como a leishmaniose, a toxoplasmose, a tricomoníase etc.

As bactérias apresentam mais diversidade ain-da entre seres que podem ser patogênicos.

Doenças como tuberculose, hanseníase, menin-gite meningocócica, as diversas infecções de gar-ganta, leptospirose, cólera, infecções estomacais e intestinais e até dentes infeccionados são exemplos de algumas doenças cujos agentes são bactérias.

É importante reiterar que as bactérias nos inva-dem continuamente, por mais higiênicos que seja-mos, mas a sua proliferação depende muito do nos-so estado geral de nosso organismo. Na maioria das vezes, elas são neutralizadas por nossos sistemas de defesa. Quando elas têm êxito, é bem provável que nossa resistência esteja baixa.

Para continuar Doenças causadas por protozoários

Os protozoários são seres vivos formados por apenas uma célula, por isso são chamados de se-res unicelulares.

As doenças mais conhecidas causadas por pro-tozoários são:

MaláriaEssa doença, relativamente comum no Brasil, é

causada por um protozoário chamado plasmódio (figura 26).

O protozoário é transmitido de uma pessoa do-ente para uma pessoa sadia por meio da picada da fêmea de um pernilongo conhecido como mosqui-to-prego (figura 27). Ele é comum nas regiões ala-gadiças, como as matas próximas a rios e lagoas.

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Figura 26. O plasmódio é o protozoário causador da malária.

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Figura 27. O mosquito-prego é o agente transmis-sor do plasmódio.

A doença caracteriza-se por febre alta, dor no corpo, calafrios e fraqueza.

Para combater a malária, é preciso:

• eliminar o inseto transmissor com pulveriza-ções de inseticidas;

• eliminar criadouros do mosquito;

• colocar telas nas janelas das casas nas re-giões onde há grande quantidade desses mosquitos.

Doença de ChagasO barbeiro (figura 28) é um inseto que se alimen-

ta do sangue humano e do sangue de outros ani-mais. Ele não é um mosquito.

Durante o dia, esse inseto é inativo e fica escon-dido, geralmente, nas paredes de casas de barro, mas pode se esconder em diversos lugares.

O barbeiro, se estiver contaminado, pode trans-

mitir o micro-organismo causador da doença de Chagas. Esse micro-organismo é um protozoário conhecido como tripanossomo (figura 29), que fica nas fezes do inseto.

Ao se coçar, a pessoa esfrega as fezes do inseto sobre o local da picada. Isso permite a penetração do protozoário na corrente sanguínea.

Uma pessoa com essa doença normalmente tem o coração maior do que o normal e seu poder de bombeamento do sangue é reduzido.

Para evitar a doença de Chagas é preciso que:• as casas sejam bem construídas, sem fres-

tas ou buracos;

• galinheiros, chiqueiros ou estábulos sejam construídos longe das casas;

• o inseto seja combatido por meio da dedeti-zação;

• o ambiente natural seja conservado, para que os predadores naturais dos barbeiros sejam preservados.

Figura 28. Agente transmissor (barbeiro) e agente causador (tripanossomo) da doença de Chagas. O barbeiro se esconde em frestas de casas de pau-a-pique e pica as pessoas durante a noite.

GiardíaseO agente causador dessa doença é um proto-

zoário chamado giárdia (figura 29).Essa doença causa diarreias frequentes, cóli-

cas intestinais e fraqueza.

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Ela é transmitida por água ou alimentos contaminados, principalmente verduras e legumes consumi-dos crus.

Para evitar a giardíase, é necessário lavar muito bem os alimentos, beber sempre água tratada ou fervida e lavar as mãos com frequência, sobretudo após usar o sanitário.

Figura 29. A giárdia é o protozoário causador da giardíase.

AmebíaseA ameba é um protozoário que parasita o ser humano, causando a doença chamada amebíase

(figura 30).A amebíase provoca diarreia e pode, também, causar sangramentos. Como consequência, a pes-

soa pode ficar anêmica e fraca.Para evitar essa doença, é importante beber somente água tratada ou fervida, lavar bem os alimen-

tos e sempre fazer uma boa higiene pessoal, lavando as mãos com frequência, principalmente depois de usar o banheiro.

Professor: A diminuição da resistência do organismo é, na maioria das vezes, a principal oportunidade para a instalação de uma doença, seja esta de origem viral, bacteriana ou mesmo provocada por fungos.

Para continuar Doenças causadas por bactérias

As bactérias são seres vivos bem menores que os protozoários.Elas apresentam diversas formas, por isso são agrupadas com nomes diferentes

(figura 31).

Cocos Bacilos Espirilos Vibriões

Figura 31. Cocos, bacilos, espirilos e vibriões são os quatro tipos mais comuns de bactérias.

Figura 30. A ameba é o protozoário causador da amebíase.

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Há muitos tipos de bactérias e nem todas são causadoras de doenças. As bactérias conhecidas como lactobacilos, por exemplo, são as que transformam o leite em coalhada ou iogurte. Há ainda as importantes bactérias da nossa flora intestinal.

A tabela 3 contém informações sobre algumas bactérias causadoras de doenças. É fundamental co-nhecer essas doenças, as formas de contaminação e de prevenção.

Tabela 3. As principais doenças bacterianas, seus causadores, suas formas de contaminação e de prevenção

Doença Causador Contaminação Prevenção

Tétano Bacilo do tétano

A bactéria vive no solo, em latas e pregos sujos, ou no estrume de animais, e penetra em nosso corpo pelos ferimentos.

• Tomar vacina antitetânica.• Lavar ferimentos com

água e sabão.• Se o ferimento for grave,

procurar socorro médico.

Tuberculose Bacilo de Koch

Pelas gotículas de saliva que as pessoas doentes expelem ao tossir ou, indiretamente, pelos objetos utilizados pelo doente.

• Tomar a vacina BCG.• Tratar o doente.• Evitar contato com a

pessoa doente.

Cólera Vibrião colérico

O vibrião colérico é transmitido por água contaminada por fezes e vômitos de doentes, por alimentos lavados com água contaminada, por peixes e frutos do mar.

• Beber água tratada.• Cozinhar bem peixes

e frutos do mar.• Lavar bem os alimentos

com água tratada.

Meningite bacteriana

BactériasA transmissão acontece por espirro, tosse, fala, beijo etc.

• Tomar a vacina.• Evitar contato com a

pessoa doente. • Tratar o doente.

Hanseníase (lepra)

Bacilo de HansenA hanseníase contagiosa é transmitida por secreções da pessoa contaminada.

• Evitar contato direto com a pessoa portadora dessa doença.

• Tratar o doente.

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Professor: Ainda se discute se os vírus são seres vivos ou não. Eles são seres acelulares e, portanto, parasitas intracelulares obrigatórios. Ou seja, não há vida sem células e os vírus precisam parasitá-las para conseguir se reproduzir. Eles são portadores de material genético, com o qual indu-zem as células que invadem a formar cópias deles. Os vírus podem atacar vários organismos, desde bactérias, fungos e protozoários até animais e plan-tas. Algumas doenças virais podem ser evitadas por meio de vacinas.

Há alguns vírus que foram praticamente erra-dicados com a vacinação, como é o caso da po-liomielite. Enquanto isso, outros vírus, como o da dengue, voltaram em plena atividade entre nós na última década. A febre amarela está restrita a de-terminadas regiões, mas não está totalmente afas-tada. O vetor da dengue e da febre amarela urbana é um mosquito não nativo (Aedes aegypti) que se reproduz por meio de poças de água limpa e para-da que se acumula especialmente em épocas de muita chuva. Os mosquitos usam esses reservató-rios de água para colocar seus ovos.

O vírus da aids ainda não pode ser combatido por meio de vacinação. Ele ataca o sistema imu-nológico do paciente, criando a oportunidade da instalação de outras doenças, como a pneumonia, que são as que realmente acabam matando por fal-ta das defesas naturais do organismo atacado.

Para continuar Doenças causadas por vírus

Os vírus são partículas que podem contami-nar diversos tipos de seres vivos, como bactérias, protozoários, plantas ou animais. Eles são meno-res do que as menores bactérias conhecidas; não possuem células (são acelulares), por isso alguns cientistas preferem classificá-los como seres não vivos, pois dependem das células que invadem para se reproduzir.

Algumas das doenças causadas por vírus, como a gripe são genericamente chamadas de vi-roses.

Veja alguns exemplos de doenças causadas por vírus.

Dengue

O vírus da dengue é transmitido ao ser humano pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado pelo vírus (figura 32).

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IME

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Figura 32. O mosquito transmissor do vírus da den-gue: Aedes aegypti.

Figura 33. Objetos que podem acumular água formam um ambiente propício à proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Para evitar a dengue, é preciso combater o mos-quito transmissor, evitando sua reprodução. Para impedi-la, deve-se eliminar locais que possam acu-mular água, como pneus, baldes, latas etc (figura 33).

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Febre amarelaEssa é outra doença muito séria provocada por vírus transmitido por mosquito. O mesmo mosquito

que transmite a dengue também pode transmitir a febre amarela urbana. Nesse caso, no entanto, há uma vacina. É importante ainda que a prevenção seja feita pelo combate ao mosquito transmissor, ou seja, eliminando criadouros de larvas, que são locais de acúmulo de água parada.

Raiva ou hidrofobiaO vírus causador da raiva ataca o sistema nervoso e pode provocar a morte se não for aplicado o soro.

Sua transmissão se dá principalmente por mordida de cães, gatos e morcegos.A raiva é uma doença que pode ser evitada mediante a aplicação anual da vacina antirrábica nos ani-

mais. Se uma pessoa for mordida, deve-se lavar imediatamente o ferimento, procurar o médico e observar o animal causador do ataque.

Outras doenças causadas por vírusHá diversas outras doenças que são causadas por vírus, mas que podem ser evitadas por meio

de vacinas. Sarampo, catapora, rubéola, caxumba, difteria e poliomielite (paralisia infantil) são algu-mas delas. As gripes e os resfriados também são causados por vírus e, em alguns casos, há vacinas. Porém, os vírus vão se modificando com o tempo e acabam se tornando resistentes a elas. Por isso, sem-pre são produzidas novas vacinas para combater as variações que esses vírus apresentam. A Aids é uma doença viral para a qual não há vacina nem cura; os tratamentos que existem são apenas para diminuir suas complicações.

A principal forma de combater as doenças são os cuidados que devemos ter para preveni-las. De maneira geral, bons hábitos de higiene e cuidados pessoais são formas de evitar doenças. Além disso, é fundamental ajudar na proteção ao ambiente, favorecendo o seu equilíbrio e impedindo, assim, a reprodu-ção excessiva de animais transmissores de micro-organismos causadores de doenças como a dengue.

Para continuar

1. Preencha o quadro a seguir sobre doenças causadas por protozoários.

DoençaAgente

causadorTransmissão Sintomas Como evitar

Malária Plasmódio Picada de mosquito. Febre alta.Combate ao mosquito.

Doença de Chagas

Tripanossomo Fezes do barbeiro.Problemas no coração.

Combate ao barbeiro.

Giardíase GiárdiaAlimentos ou água contaminados.

Dores abdominais e diarreia.

Lavar bem os alimentos antes de ingeri-los.

Amebíase AmebaAlimentos ou água contaminados.

Diarreia com sangramentos.

Lavar bem os alimentos antes de ingeri-los.

2. Há bactérias úteis ao homem. Dê um exemplo e escreva sobre sua importância.

Lactobacilos. Eles podem ser usados para a fabricação de queijo e coalhada.

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3. Escreva sobre como se contrai cada doença a seguir.

a) Tétano

Cortando-se com objetos sujos ou enferrujados.

b) Dengue

Picada do mosquito Aedes aegypti contaminado.

c) Cólera

Água ou alimentos contaminados.

d) Malária

Picada de mosquito contaminado.

e) Raiva

Mordida de animais contaminados.

4. Relacione corretamente cada doença com sua forma de prevenção.

a) Tétano

b) Tuberculose

c) Cólera

d) Dengue

c Cozinhar bem peixes e frutos do mar, lavar bem os alimentos e somente beber água tratada.

a Tomar vacina e lavar os ferimentos com água e sabão.

b Tomar vacina BCG e evitar contatos com por-tadores da doença.

d Combater o mosquito; não deixar água acumu-lada ajuda na prevenção da doença.

5. Sobre a dengue, responda às questões a seguir.

a) Qual o nome do transmissor do agente causa-dor dessa doença?

O nome do transmissor da dengue é o mosquito

Aedes aegypti.

b) Qual é a melhor maneira de evitar a dengue?

A melhor maneira de evitar a dengue é impedir

que o mosquito Aedes possa transmiti-la. Isso

pode ser feito com o uso de telas e repelentes,

controle da população do inseto e não deixar água

acumulada (meio de reprodução do mosquito).

Professor: Ao serem amamentadas com o leite materno, as crianças ficam imunizadas contra diver-sas doenças nos primeiros meses de vida. Posterior-mente, embora devam ser vacinadas e mantidas em ambientes limpos e livres de doenças contagiosas, as crianças sempre ficam expostas a determinados agentes que potencialmente causam doenças.

A defesa do nosso organismo é feita pelos gló-bulos brancos ou leucócitos que estão presentes na corrente sanguínea e na circulação linfática.

Esses glóbulos brancos, em linguagem figurada, patrulham nosso organismo. Diante da presença de organismos estranhos, eles ingerem esses inva-sores e avisam outros leucócitos de sua presença, que, então, produzirão os anticorpos.

Os anticorpos têm natureza apenas bioquímica e não se manifestam na forma de células sanguíneas. Sua produção é estimulada como reação à introdução de substâncias invasoras. O nome genérico de subs-tâncias desse tipo é antígeno. O chamado combate que o anticorpo realiza implica entrar em contato com tal material e reagir com ele, neutralizando-o. No en-tanto, a produção de anticorpos normalmente é insu-ficiente se uma invasão recente tiver ocorrido. Essa é a razão da produção das vacinas. Elas agem quando são introduzidas no organismo sob forma amenizada de um antígeno, incitando a produção dos anticorpos. Se futuramente houver um ataque verdadeiro, o orga-nismo já possuirá uma variedade de anticorpos para o pronto combate, e a doença não se instalará. É o caso da poliomielite e de outras doenças, tanto virais como bacterianas.

Há diferenças entre vacinas e soros, embora o prin-cípio de sua produção seja semelhante. No caso da vacina é a própria pessoa que produz anticorpos com antecedência. No caso do soro, a pessoa já foi atacada por algum tipo de toxina e precisa combatê-la imediata-mente. O soro é produzido com o uso de animais, que recebem os antígenos e passam a produzir anticorpos, que são extraídos e utilizados como soro.

Todas as vacinas e os soros, para serem produ-zidos, precisam, portanto, das próprias substâncias causadoras dos males.

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Para continuar As defesas do organismo

Nosso organismo tem defesas naturais contra as doenças. Ser resistente às infecções significa ter imunidade a elas.

Essa defesa é feita por meio de células chamadas glóbulos brancos, presentes na corrente sanguí-nea. Os glóbulos brancos combatem organismos invasores envolvendo suas células e digerindo-as. Eles também produzem os anticorpos, que reconhecem a presença de proteínas estranhas em nosso corpo e as neutralizam.

Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, podem ser comparados a soldados que de-fendem nosso organismo (figura 34).

Figura 34. Representação de glóbulos brancos combatendo organismos invasores.

Quando as bactérias penetram em algum ferimento, ou se multiplicam causando uma infecção, os leu-cócitos vão de encontro a elas e iniciam a defesa do organismo.

Às vezes, o número de micro-organismos aumenta muito, o local inflama e forma-se o pus. O pus con-tém micro-organismos mortos e também muitos glóbulos brancos mortos.

O nosso sistema imunitário produz muitas defesas contra substâncias estranhas ao corpo. Os anti-corpos são armas químicas contra essas substâncias. Frequentemente, nosso corpo não tem preparo suficiente para combatê-las no volume em que entram. É por isso que tomamos o soro, produzido para reforçar as defesas do nosso corpo.

Em outros casos, tomamos vacinas que, ao contrário do soro, previnem o problema antes que ele apareça.As vacinas geralmente são fabricadas com os próprios micro-organismos causadores das doenças.

Quando esse material é introduzido em nosso organismo, desencadeia-se o recrutamento das células de defesa, os glóbulos brancos. Normalmente são colocadas formas inativas ou enfraquecidas do causador da doença. A formação de anticorpos por essas células de defesa faz com que no momento em que, houver uma invasão verdadeira, eles estejam de prontidão e em quantidade suficiente para o combate.

Desde o nascimento, as crianças começam a receber vacinas. Veja o calendário de vacinação (tabela 4), do Ministério da Saúde.

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA

IDADE VACINA DOENÇAS EVITADAS

Ao nascer

BCG-IDFormas graves de tuberculose (principalmente nas formas miliar meningea)

Hepatite B Hepatite B

1 mês Hepatite B Hepatite B

2 meses

Tetravalente (DTP + Hib)Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções por Hemophilus influenzae tipo b

Vacina oral poliomielite (VOP) Poliomielite ou paralisia infantil

Vacina oral de rotavírus humano (VORH) Diarreia por rotavírus

Vacina pneumocócica 10 (conjugada)Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococus

3 meses Vacina meningocócica C (conjugada)Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C

4 meses

Tetravalente (DTP + Hib)Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções por Hemophilus influenzae tipo b

Vacina oral poliomielite (VOP) Poliomielite ou paralisia infantil

Vacina oral de rotavírus humano (VORH) Diarreia por rotavírus

Vacina pneumocócica 10 (conjugada)Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococus

5 meses Vacina meningocócica C (conjugada)Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C

6 meses

Hepatite B Hepatite B

Vacina oral poliomielite (VOP) Poliomielite ou paralisia infantil

Tetravalente (DTP + Hib)Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções por Hemophilus influenzae tipo b

Vacina pneumocócica 10 (conjugada)Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococus

9 meses Febre amarela Febre amarela

12 meses

Tríplice viral (SCR) Sarampo, caxumba e rubéola

Vacina pneumocócica 10 (conjugada)Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococus

15 meses

Tríplice bacteriana (DTP) Difteria, tétano, coqueluche

Vacina oral poliomielite (VOP) Poliomielite ou paralisia infantil

Vacina meningocócica C (conjugada)Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C

4 a 6 anos

Tríplice bacteriana (DTP) Difteria, tétano, coqueluche

Tríplice viral (SCR) Sarampo, caxumba e rubéola

10 anos Febre amarela Febre amarela

Fonte: Ministério da Saúde. Adaptado.

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Outra arma importante que temos na luta contra as doenças são os soros.O soro contém anticorpos prontos para ajudar a combater alguns micro-organismos causadores de

doenças ou substâncias que possam fazer mal a nosso organismo. Geralmente, o soro é obtido do sangue de um animal de grande porte, como o de um cavalo, por exemplo.

O micro-organismo enfraquecido ou a substância nociva (como o veneno de serpentes) é aplicado no cavalo e, depois de algum tempo, os anticorpos são produzidos por ele. Depois disso, uma parte desse sangue é retirada e dele são separados os anticorpos para preparar o soro, que poderá ser usado para salvar a vida de pessoas.

Veja alguns exemplos de soros:• antitetânico: utilizado para combater o tétano;• antiofídico: utilizado para combater o veneno de serpentes;• antirrábico: utilizado para combater a raiva.A Aids é uma doença viral para a qual não há ainda vacina nem soro. A grande dificuldade de

combatê-la é que o vírus ataca justamente nossas defesas e, dessa forma, as enfraquece contra outros invasores. Assim, outros micro-organismos encontram pouca resistência por parte do organismo invadido e provocando os danos.

Para casa1. Quais células de nosso corpo são responsáveis pela defesa contra os micro-organismos causa-dores de doenças? Onde elas se localizam?

Os leucócitos (glóbulos brancos) localizam-se em nosso sangue.

2. Em relação ao nosso sistema de defesa, quais são as diferenças entre glóbulos brancos e anticor-pos?

Glóbulos brancos são células que fagocitam (ingerem) os corpos estranhos e trabalham na produção

de anticorpos. Os anticorpos são substâncias que reconhecem a presença de antígenos e “trabalham”

tentando neutralizá-los.

3. O que faz o vírus da Aids no organismo de uma pessoa com essa doença?

O vírus da Aids atua diretamente contra o sistema de defesa; ele ataca um tipo de glóbulo branco

envolvido na produção de anticorpos. Uma vez que essa célula esteja produzindo o vírus da Aids, ela

deixa de produzir anticorpos.

4. Cite uma diferença entre vacina e soro.

Vacina Soro

É preventiva.

É curativo.

Professor: A ecologia investiga as relações que todos os seres vivos mantêm com o ambiente, tanto

com a parte que chamamos de abiótica quanto com a biótica.

Todos os seres vivos dependem das variáveis ambientais, como temperatura, luminosidade e outras

condições físicas e químicas.

Eles também se relacionam entre si, e essa relação faz cada um deles desempenhar um papel específico

dentro da comunidade de que faz parte.

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Tendo essas noções básicas como princípio, podemos compreender por que é importante manter os

ambientes em equilíbrio.

Nas cadeias e teias alimentares, não há apenas o fluxo de matéria, mas também o fluxo de ener-

gia. As plantas são seres vivos que incorporam energia ao sistema, pois a captam para com ela produzir

os alimentos por meio da fotossíntese. Os animais são apenas consumidores, mas ao retirar das plantas

e de outros animais os alimentos que consomem, estão indiretamente retirando, também, a energia solar

que ajudou a compor aqueles materiais.

O papel dos decompositores da natureza é fundamental, pois eles reciclam a matéria. Sem

eles, os ciclos não teriam como continuar, pois as plantas não teriam à sua disposição, sais mi-

nerais para produzir mais alimentos. Para isso, elas retiram do solo a água com esses sais e do

ar, o CO2, que é a matéria-prima da matéria orgânica que construirão por meio da fotossíntese.

A glicose, produzida na fotossíntese, é formada por carbono, oxigênio e hidrogênio. Essa é a

fonte primária de energia que nossas células obtêm para se manter em funcionamento. As plantas

não teriam como fazer isso se não encontrassem no solo os sais minerais com os quais estrutu-

ram as próprias células. Dependem, portanto, diretamente da ação de determinadas bactérias e

de fungos, cuja função é devolver ao solo os sais juntamente com água e o CO2, após o processo

da decomposição.

Parasitismo é a associação entre duas espécies, em que uma (a parasita) vive à custa da outra (o

hospedeiro), prejudicando sua vida. Nesse caso, podemos exemplificar com o carrapato ou, ainda, com

as parasitas internas, como as lombrigas.

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Relações entre os seres vivos

Ciências 9Cap

ítulo

Para começar: O equilíbrio do sistema

Neste capítulo, você aprenderá como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente. Você vai ver que a vida depende dos organismos produtores, que produzem o próprio alimento. Os animais, as plantas, os fungos e os micro-organismos formam cadeias alimentares nas quais cada elo é fundamental para manter o equilíbrio do sistema.

O estudo das relações entre os seres vivos nos permite compreender melhor como eles sobrevivem, não só conseguindo o alimento de que necessitam, mas também como se reproduzem, defendem-se etc.

A harmonia de uma comunidade depende das diferentes interações que há entre os seres que a compõem. Essas interações são decorrentes dos papéis que cada um desempenha, havendo um equilíbrio ecológico em todas as comunidades.

Cadeia alimentarAs plantas (além das algas e de algumas bactérias) apresentam a coloração verde graças a uma

substância chamada clorofila. Por causa dela, esses organismos, chamados clorofilados, são capa-zes de produzir seu próprio alimento por intermédio da fotossíntese. Por isso, são denominados seres produtores. Os animais herbívoros, carnívoros e onívoros são chamados seres consumidores, pois necessitam de alimentos de origem vegetal ou animal, ou ambos.

Quando os seres vivos estão ligados entre si porque se alimentam uns dos outros, dizemos que se formou uma cadeia alimentar (figura 1).

Prod

utor

esCo

nsum

idor

espr

imár

ios

Cons

umid

ores

secu

ndár

ios

Cons

umid

ores

terc

iário

s

Figura 1. Representação esquemática de uma cadeia alimentar em forma de pirâmide.

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Figura 2. Onça se alimentando de um coelho. A onça é um carnívoro.

As plantas produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese, ou seja, elas são os produtores. Delas se alimentam coelhos e roedores, que são os consumidores de primeira ordem ou consumido-res primários. Eles podem ser o alimento de cobras e corujas, que serão os consumidores de segunda ordem ou consumidores secundários. A cobra é alimento do gavião, que é o consumidor de terceira ordem ou terciário.

Quando há várias cadeias alimentares interliga-das, damos o nome de teia alimentar.

Na natureza, também há os decompositores (bactérias e fungos), que são responsáveis pela de-composição de restos vegetais e animais. São eles que transformam essas matérias em sais minerais. Nessa condição, com a água presente no solo, com a energia da luz solar e o gás carbônico da atmos-fera (CO2), as plantas podem fazer a fotossíntese e recomeçar o ciclo da cadeia alimentar.

Quando a onça mata um coelho para se alimen-tar, ela é o predador e o coelho, a presa. Essa rela-ção chama-se predatismo (figura 2).

Outra relação importante é o parasitismo. Para-sita é um ser vivo que se instala no corpo de um outro, podendo ser por fora ou por dentro. O ser vivo parasitado é chamado de hospedeiro. (figura 3). Figura 3. O piolho é um exemplo de parasita.

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Para continuar

1. Por que as plantas são consideradas seres produtores? E por que os animais são considerados consumidores?

As plantas convertem energia solar e materiais minerais em matéria orgânica. Isso os animais não são

capazes de fazer. Por isso, são chamados de consumidores. Eles podem apenas converter materiais,

como é o caso do boi, que converte matéria vegetal em carne.

2. Observe a cadeia alimentar abaixo.

milho rato cobra gavião

Agora, responda às questões a seguir.

a) Dentro da cadeia alimentar, como são chamados os seguintes componentes?

• rato

Consumidor primário.

• cobra

Consumidor secundário.

• gavião

Consumidor terciário.

• milho

Produtor.

b) O que acontece ao gavião quando ele morre?

Ao morrer, os restos do gavião serão consumidos primeiramente por animais carniceiros, como os urubus.

Posteriormente, serão decompostos por fungos e bactérias e voltarão à terra na forma de sais minerais.

3. Ordene as letras para descobrir o nome da relação entre dois seres vivos.

a) Um animal mata o outro para se alimentar.

R P E D O S A I T M

Predatismo.

b) Um ser vivo instala-se no corpo do outro ser, retirando dele o alimento.

S T R P A A I I O M S

Parasitismo.

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Para continuar: Educação ambiental – equilíbrio ecológico

Geralmente não nos damos conta de quanto cada um dos ambientes em que normalmente vivemos já foi alterado. É fácil verificarmos se o ambiente está ecologicamente equilibrado, basta olharmos a paisa-gem. Quando vemos um canavial, por exemplo, esquecemos que nesse local havia muitas espécies de plantas e de animais que delas viviam, assim como animais que conviviam em equilíbrio ecológico.

Eliminar um ser vivo da cadeia alimentar traz consequências para todos os outros que dela fazem parte.Quando isso acontece, dizemos que se quebrou o equilíbrio ecológico daquele ambiente.Observe a cadeia alimentar da figura 4. Supondo que essa cadeia alimentar apresente apenas os ani-

mais citados, o que você acha que aconteceria se todas as cobras fossem eliminadas?

Milho

Rato

Cobra

Gavião

Figura 4. Cadeia alimentar composta de produtor (milho) e consumidores primário (rato), secundário (co-bra) e terciário (gavião).

Haveria desequilíbrio ecológico (aumento da população de ratos e diminuição da quantidade de milho, por exemplo) e os seres vivos dessa cadeia sofreriam as consequências.

O desequilíbrio ecológico também pode ser alterado quando os seres humanos introduzem um animal ou uma planta que não fazem nem fariam parte daquela comunidade. É o caso da introdução de tucunarés (figura 5) e corvinas, que são peixes da Amazônia, no Pantanal ou em rios e lagoas da região Sudeste com as espécies nativas dessa região.

Figura 5. O tucunaré é um peixe amazônico introduzido na Bacia do Pantanal.

As espécies nativas não desenvolveram maneiras de conviver com as corvinas e os tucunarés, que são carnívoros e acabaram dizimando os peixes desses locais. Depois de certo tempo, o desequilíbrio foi tão grande que os tucunarés e corvinas adultos começaram a comer os peixes mais jovens de sua própria espécie.

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A poluição do ar, da água e do solo; o desmatamento e as queimadas constantes também são fatores importantes de desequilíbrio.

Para continuar1. O que você entende por desequilíbrio ecológico?

O desequilíbrio ecológico ocorre quando se perde o equilíbrio dinâmico entre as espécies. Isso ocorre

por meio do desaparecimento ou da introdução de uma espécie exótica no ambiente.

2. Observe a cadeia alimentar a seguir:

planta pulgão joaninha

Agora, responda ao que se pede.

Se neste ambiente existissem somente esses elementos, o que aconteceria se todos os pulgões fos-sem mortos com venenos?

Haveria um desequilíbrio ecológico, pois o consumidor primário (pulgão) foi totalmente eliminado. Assim,

as joaninhas ficariam sem alimento e sua população desapareceria.

Para casaResponda às questões a seguir.

1. Um ser vivo consegue sobreviver sozinho, sem depender de qualquer outro ser? Justifique.

Animais e mesmo plantas não podem viver sós, sem nenhuma interação, pois há uma interdependência

entre eles. Mesmo as plantas, que são produtoras de alimentos, têm necessidade do CO2 e, frequente-

mente, do transporte de seu pólen e de suas sementes. Esse transporte é, muitas vezes, feito por ani-

mais.

2. Escreva, com suas palavras, uma definição para

a) cadeia alimentar:

Relação nutricional entre os seres vivos.

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b) teia alimentar:

Várias cadeias alimentares interligadas .

Para finalizarO programa de saúde leva em conta as inter-relações que há entre os seres vivos. O que está ocorren-

do em um alimento que embolora é uma relação entre seres vivos, isso porque esse alimento é composto de materiais que são provenientes de seres vivos e outros estão agindo sobre ele, alterando-o.

O que você aprendeu neste cadernoNo tema “Programa de saúde”, você aprendeu como devem ser conservados os alimentos, percebendo o

que acontece quando essa conservação ocorre de forma inadequada.Aprendeu também como evitar acidentes uma vez que entendeu como eles são causados.Estudou como nossa saúde é afetada por micro-organismos e o que fazer para evitar que isso aconte-

ça, além de entender como funcionam nossas defesas naturais.Compreendeu quais são os males causados por diferentes produtos tóxicos.Viu como os seres vivos se inter-relacionam e aprendeu que tudo faz parte de uma cadeia ou teia ali-

mentar.