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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO Doutrina da Igreja Messiânica Mundial N ós, messiânicos, cremos em Deus, Criador do Universo. Cremos que, desde o início da Criação, Deus objecti- vou estabelecer o Paraíso na Terra e tem atuado continuamente para a concreti- zação desse objetivo. Com tal propósito fez do ser humano Seu representante, submetendo a ele todas as demais cria- turas e coisas. Cremos, portanto, que a história da humanidade constituiu está- gios preparatórios, degraus para se con- cretizar o Paraíso na Terra. Para cada época, Deus faz surgir as pessoas e as religiões necessárias, cada qual com sua missão. Cremos que, no presente, quando o mundo vagueia em tão caótica situa- ção, Deus enviou Meishu-Sama, funda- dor da Igreja Messsiânica Mundial, com a suprema missão de realizar a sagrada obra de salvação da humanidade. Por conseguinte, empenhamo-nos de corpo e alma na erradicação da doença, da po- breza e do conflito, os três grandes infor- túnios que afligem a humanidade, visan- do à concretização do Mundo Ideal, de eterna paz e de perfeita Verdade, Bem e Belo. 11 de março de 1950 JANEIRO 2017 44 “A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama Shin Verdade Zen Bem Bi Belo ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALBoletim informativo

Doutrina da IgrejaMessiânica Mundial

Nós, messiânicos, cremos em Deus, Criador do Universo. Cremos que,

desde o início da Criação, Deus objecti-vou estabelecer o Paraíso na Terra e tem atuado continuamente para a concreti-zação desse objetivo. Com tal propósito fez do ser humano Seu representante, submetendo a ele todas as demais cria-turas e coisas. Cremos, portanto, que a história da humanidade constituiu está-gios preparatórios, degraus para se con-cretizar o Paraíso na Terra. Para cada época, Deus faz surgir as pessoas e as religiões necessárias, cada qual com sua missão.

Cremos que, no presente, quando o mundo vagueia em tão caótica situa-ção, Deus enviou Meishu-Sama, funda-dor da Igreja Messsiânica Mundial, com a suprema missão de realizar a sagrada obra de salvação da humanidade. Por conseguinte, empenhamo-nos de corpo e alma na erradicação da doença, da po-breza e do conflito, os três grandes infor-túnios que afligem a humanidade, visan-do à concretização do Mundo Ideal, de eterna paz e de perfeita Verdade, Bem e Belo.

11 de março de 1950

janeiro 2017 nº 44

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento”Meishu-Sama

ShinVerdade

ZenBem

BiBelo

ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA

2 www.messianica.pt|

Envolto no amor e graça de Deus, a Ele agra-deço por estarmos iniciando mais um glorio-

so ano como Seus humildes servidores. Com to-dos os senhores, fiéis do mundo inteiro, gostaria de externar a Deus, e a Meishu-Sama que está junto a Ele, meus mais sinceros votos de um feliz ano novo.

Feliz Ano Novo! Com profundo respeito e temor a Deus, eu

digo que dentro de cada um de nós existe a Consciência que é a fonte de todas as coisas. Essa é a Consciência de Deus, o Criador, é a Sua vida eterna. Ela nos preenche e preenche toda a criação. Nada existe ou é criado sem ela. Meishu-Sama reconheceu essa Consciên-cia como Deus.

O propósito de Deus na Criação é fazer com que nasçam Seus filhos, tornando-se um Pai. Para isso, Deus, que está em nosso interior, preparou o Paraíso antes de iniciar o trabalho de criação de todo o universo. Após preparar o Paraíso, nele Deus concebeu os espíritos que se tornariam todas as coisas no universo e, também, os espíritos divinos que mais tarde se tornariam seres humanos. Foi nessa época que Deus gravou o nome Mes-sias profundamente no espírito divino de cada

um de nós; na alma de cada um de nós. Deus então prosseguiu com a criação de

todo o universo enviando, do Seu Paraíso, Seus espíritos de todas as coisas para que formassem o mundo visível. Esses espíritos foram criados para evoluir, tornando-se receptáculos capazes de receber um espírito divino e transformarem-se em seres humanos. Quando esse processo de criação alcançou sua maturidade, Deus deci-diu enviar Seus espíritos divinos à Terra e inseri-los nesses receptáculos criando, assim, os seres humanos, cada qual com seu próprio senso de individualidade.

Por que nos tornamos seres humanos, tendo cada um o seu próprio senso de individualidade? Por que precisamos tomar a decisão conscien-te, por livre e espontânea vontade, de retornar ao Paraíso – nosso verdadeiro lar – e reconhecer que Deus é o nosso verdadeiro Pai. Deus quer receber cada um de nós em Seu Paraíso e quer que nasçamos de novo como Seus próprios fi-lhos – Messias. Deus quer que O sirvamos no Paraíso e que herdemos, como Seus filhos, a Sua Obra Divina. Esse é o significado da Criação de Deus, e nós precisamos saber que Ele já con-cluiu todo o Seu trabalho de Criação no Paraíso. Ele já concluiu tudo.

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

1 DE JANEIRO DE 2017

MENSAGEM DE ANO NOvO DE KyOShU-SAMA

3|janeiro / 2017

Nós viemos ignorando esse Deus que está em nosso interior e que já concluiu tudo por nós. Nós não O levamos a sério, O desobedecemos, furtamos Sua Consciência e a usamos como se fosse nossa. Nós a usamos no passado e ain-da a usamos hoje para nosso próprio benefício como um critério conveniente para julgar o que é bem ou mal.

Portanto, nós pecamos contra Deus. Porém, com Seu amor e graça, Deus nos trouxe a salva-ção e nos perdoou porque Ele quer receber-nos em Seu Paraíso como Seus próprios filhos.

O amor de Deus está dentro de nós. Seu perdão está dentro de nós. O nome Messias está gravado em nosso interior. Agora Deus está nos criando e educando para que possamos nascer de novo como Seus filhos. Jamais podemos es-quecer que somos salvos e perdoados somente através do nome Messias. Vamos nos lembrar dessa verdade, nos arrepender e aceitar o nome Messias que já está escrito em cada uma de nossas almas.

É Deus, e não nós, quem precisa do nome Messias. Deus precisa dele para nos perdoar, nos acolher de volta em Seu Paraíso e Se tornar nosso Pai. Por isso o nome Messias é importan-te para nós – porque, acima de tudo, ele é impor-tante para Deus.

Meishu-Sama atribuiu grande importância ao nome Messias. Inicialmente, em 1935, quan-do fundou nossa religião, Meishu-Sama incluiu o nome Kannon no nome da organização, As-sociação Kannon do Japão. Em 1950, Meishu-Sama mudou o nome da organização para Igreja Messiânica Mundial, substituindo a referência a Kannon pela referência ao Messias.

Nessa época, Meishu-Sama escreveu um poema estilo tanka que diz:

O mundo chegou a um beco sem saídae não tem para onde ir.O que será do mundosem o aparecimento

da Igreja Messiânica Mundial!

Também foi nessa época que Meishu-Sama começou a ser chamado pelo nome religioso de “Meishu-Sama”. Em relação ao nome Meishu, ele disse que “o som espiritual da palavra Meishu

é muito semelhante ao da palavra Meshiya (Mes-sias em japonês). Meishu talvez se torne Meshiya um dia”. Em 1950, Meishu-Sama compôs vários poemas no estilo tanka sob o título “Messias”:

Como é majestoso!O nome de Bodhisattva Kannon

– Um deus de Grande Misericórdia e Compaixão –

Evoluiu para o nome de Messias!

A hora chegouem que Deus começa a revelar

Sua verdadeira face.Ele se despojou da vestimenta de Kannon

e está agora nascendo como Messias.

Eu abandonarei o nome de Bodhisattva Kannon.

A partir de agora, trarei salvação ao mundoatravés do nome Messias.

Eu lhes digo meus fiéis,não subestimem e lembrem-se –

o sagrado nome do Grande Messias é o nome que traz a salvação

no fim dos tempos. Kannon evoluiu para Messias. A essência e a

verdadeira natureza de Kannon sempre foi Mes-sias. É verdade que Meishu-Sama usou vários nomes sagrados como Kannon, Miroku, Izuno-me, entre outros. Mas para Meishu-Sama, todos eles evoluíram para um só nome – Messias.

No dia 19 de abril de 1954, dez meses entes de falecer, Meishu-Sama sofreu um colapso com sintomas de derrame cerebral. Algumas sema-nas mais tarde, no dia 5 de junho, Meishu-Sama disse aos seus seguidores que esse incidente era “um acontecimento realmente misterioso no curso da Obra Divina” e que ele havia renasci-do como um Messias. Dez dias depois, em 15 de junho, Meishu-Sama realizou a “Cerimônia Provisória de Celebração do Nascimento de um Messias” e demonstrou para nós que um ser hu-mano é capaz de nascer de novo como um filho de Deus, como um Messias.

Esse Meishu-Sama que nasceu de novo como um Messias está dentro de cada um de

4 www.messianica.pt|

nós. Ele está sempre nos chamando, dizendo: “Imitem-me! Sigam os meus passos!”

Logo após fundar nossa religião em 1935, Meishu-Sama escreveu o seguinte prefácio para a primeira edição do Mundo da Luz Divina, a re-vista institucional da época:

Deus é Luz.E onde há Luz, paz, felicidade

e alegria são abundantes.Na escuridão, permeiam-se o conflito,

a pobreza e a doença.Vós que desejais Luz e prosperidade,

vinde!Vinde à Luz e chamai o nome

de Bodhisattva Kannon!Assim sereis salvos.

Meishu-Sama concluiu esse prefácio escre-vendo: “chamai o nome de Bodhisattva Kannon! Assim sereis salvos”. Esse prefácio foi escrito em 1935, mas agora que sabemos que Kannon tor-nou-se Messias, essa parte deve ser lida como:

Chamai o nome Messias! Assim sereis salvos.

Assim, precisamos nos dirigir a Deus cha-mando o nome Messias se quisermos receber a salvação. E Meishu-Sama está dizendo que pre-cisamos retornar a Deus, onde há Luz. Portan-to, vamos retornar ao Paraíso, a Deus, à Luz, em nome do Messias que é uno a Meishu-Sama. As-sim poderemos alcançar a verdadeira salvação nascendo de novo como filhos de Deus.

Meishu-Sama nos ensinou que ele iria cons-truir o Paraíso na Terra, ou projetar na Terra o Paraíso. Quando usamos essas palavras, assu-mimos automaticamente que há partes da Ter-ra onde o Paraíso ainda não chegou e que os seres humanos precisam trazer o Paraíso ou a luz a essas partes do mundo. Assumimos que a escuridão ainda existe na Terra. Assumimos que somente os esforços dos seres humanos podem iluminar o mundo e fazer da Terra um lugar me-lhor. Nós pensamos que esse era o significado de “construir o Paraíso Terrestre”. Na realidade, quase todo mundo pensa dessa forma – que pre-cisamos criar um mundo melhor. Porém, eu gos-

taria que os senhores soubessem que pensando assim, viemos desonrando Deus porque assu-mimos que Deus não tem poder, que Ele está dormindo e permitindo que a escuridão exista na Terra sem fazer nada da parte d’Ele.

Isso precisa ser corrigido! Estávamos seria-mente enganados! Deus é na verdade todo-po-deroso e já iluminou toda a Terra. Ele já fez esse mundo um lugar perfeito. O Paraíso Terrestre já chegou! Ele já foi construído! Caso contrário, por que Meishu-Sama nos ensinou sobre a teoria da “purificação” na qual o amor de Deus existe em coisas aparentemente negativas, como do-enças? Sim, é verdade que parece haver escu-ridão no mundo. No entanto, será que não seria o dever dos messiânicos reconhecer que o amor de Deus está presente em toda escuridão que há neste mundo? Se nós não fizermos isso, quem o fará?

Nós criamos um Paraíso Terrestre através do reconhecimento de que há luz na escuridão, de que Deus é todo-poderoso e que Seu poder e luz já abrangem todo o mundo. Viemos entendendo erroneamente os Ensinamentos de Meishu-Sama de forma que nós pudéssemos brilhar e ser hon-rados. No entanto, será que nosso objetivo não é fazer com que Deus brilhe e seja honrado? Nós, de alguma forma, abandonamos o verdadeiro Deus e passamos a acreditar em um Deus que é fraco, está adormecido e é conveniente para nós. Meishu-Sama não nos ensinou a respeito de um Deus adormecido; ele nos ensinou sobre o verdadeiro Deus que é o Criador de tudo. Por-tanto, vamos reconhecer que a Terra já é d’Ele, que a Terra já está envolta em Sua grande luz, e retornar ao verdadeiro Deus, ao Seu Paraíso, em nome do Messias que é uno a Meishu-Sama.

Vamos despertar para o verdadeiro Deus e para um tipo completamente novo de fé! E lem-brem-se: é somente através do nome Messias que nós somos perdoados e salvos. Deus está vivo e está dentro de cada um de nós. Em nosso interior, Ele faz avançar Sua Obra Divina de tornar todos os seres humanos Seus próprios filhos. A esse Deus, eu, com toda a Natureza, todos os ancestrais e toda a humanidade, ofereço meu mais profundo e sincero louvor.

Que a graça de Deus esteja com todos os senhores.

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

5|janeiro / 2017

1 DE JANEIRO DE 2017

SAUDAçãO DE ANO NOvO – REv. MASAyOShI KObAyAShIPRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL – IzUNOME

Feliz ano-novo a todos!Quero expressar minha mais sincera grati-

dão pela permissão de iniciarmos mais um novo ano envolvidos pela Luz de Deus e Meishu-Sa-ma, sob as orações de Kyoshu-Sama.

No primeiro Ensinamento lido este ano no Solo Sagrado de Atami, “Doutrina da Igreja Messiânica Mundial”, Meishu-Sama nos ensi-na que: “Desde o início da criação, Deus objeti-vou estabelecer o Paraíso na Terra”.

Para a humanidade, a luz que brilha nas trevas

Atualmente, o Japão passa por muitos pro-blemas como a longa recessão econômica, as incertezas sobre a previdência social, crianças e jovens que sofrem bulling e vivem isolados dentro de casa. Outros países também es-

tão passando por inúmeros problemas, como atentados terroristas gerados por diferenças entre grupos étnicos e religiosos e a desestabi-lização da ordem mundial.

Com relação a isto, Meishu-Sama fez a se-guinte afirmação no Ensinamento “Abriram-se as portas dos mistérios”:

“Eu estou sempre citando a construção do Paraíso Terrestre. Entretanto, isto não é algo que saiu da minha cabeça. Com a che-gada do tempo determinado pelos Céus, Deus está me utilizando para mostrar a re-alidade e os projetos que precisam ser rea-lizados. Ao mesmo tempo, outorgou a mim uma força absoluta para concretização des-te objetivo.”1

1 - Ensinamento não publicado. Texto em tradução livre.

Ler os ensinamentos com o coração.empenhar-se para praticar a vontade de meishu-sama.

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Além disso, ele disse que seus Ensinamen-tos são a manifestação da força do saber das coisas.

Ademais, Meishu-Sama também escreveu o seguinte poema:

“Nobres são os Ensinamentos da salvação do mundo que descrevem

as verdades do passado, presente e futuro.”

Portanto, precisamos refletir sobre a gran-deza da nossa missão, já que fomos abençoa-dos com Ensinamentos revolucionários para a salvação eterna.

Ele também compôs o seguinte poema:

“Os Ensinamentos que escrevo são a Luz para humanidade que vagueia sem rumo

pelos caminhos escuros da noite.”

Através deste salmo, Meishu-Sama mostra que os Ensinamentos indicam com clareza o ca-minho a ser percorrido até a salvação para aque-les que estão perdidos no mundo das trevas.

Sua alma está buscando verdadeiramente a Luz?

Os Ensinamentos de Meishu-Sama foram escritos com especial atenção para que seu conteúdo fosse compreendido facilmente, sendo que ele chegou a revisar um único texto mais de vinte vezes. Além disso, pedia aos ser-vidores que lessem estes textos e questionava: “Você compreende o significado? Será que os fiéis entenderão se for escrito dessa ma-neira? O que você acha?”. Tudo isso porque ele queria levar a salvação e a felicidade para milhares de pessoas.

É possível comprovar a profundidade des-te sentimento através das severas repreensões feitas quando algum servidor cometia deslizes: “Você está lendo os Ensinamentos?”, “Du-rante uma purificação, por mais severa que seja, leia os Ensinamentos pelo menos 30 minutos todos os dias” e “Quem negligen-cia a leitura dos Ensinamentos vai perdendo a força gradativamente”.

Meishu-Sama também disse que os Ensi-namentos devem ser lidos tanto o quanto pos-

sível pois, com isso, aprofundamos na fé e nos-sa alma ficará mais polida. Por este motivo, pre-cisamos ler os Ensinamentos com o coração.

A vontade de ler cada vez mais os Ensina-mentos é um “termômetro” para medir a evo-lução da nossa fé. Isto significa que, quando temos o forte desejo de ler, nossa alma está avidamente buscando Luz. Por outro lado, existe algo dentro de nós que tem aversão a essa Luz, se não temos vontade de lê-los.

Mecanismo – “A leitura leva à prática, esta, por sua vez, origina milagres

que são a fonte da gratidão.”Os Ensinamentos de Meishu-Sama apre-

sentam os mais variados formatos, conforme a época da sua publicação e o público alvo: ora ele apresentava um discurso a partir de um nível elevado, ora em um formato de quem está bem próximo ao leitor. Por assim ser, acaba-mos distorcendo o sentimento de Meishu-Sa-ma quando ficamos presos apenas a um deter-minado trecho dos Ensinamentos ou tentamos adaptá-lo forçadamente à nossa realidade.

É dito que a compreensão dos Ensinamen-tos varia conforme o nível da alma de quem lê. Por essa razão, não basta ler apenas uma vez. O mais importante é aprofundarmos nosso en-tendimento a cada leitura, procurando lê-los durante toda vida.

Meishu-Sama afirmou que a Igreja Messi-ânica Mundial é uma religião pragmática. Por conseguinte, além de nos empenharmos na prática “encontrar, escutar e ministrar Johrei”, precisamos praticar diariamente tudo aquilo que se fixou em nossa mente através da leitu-ra dos Ensinamentos, buscando construir lares repletos de felicidade e prosperidade.

A leitura leva à prática, esta, por sua vez, origina milagres que são a fonte da gratidão. Certamente, através deste mecanismo sere-mos agraciados com a evolução na fé. Desejo que todos consigam praticá-lo ao longo deste novo ano.

Encerro minha saudação, orando de todo meu coração pelo sucesso e felicidade de to-dos os senhores neste novo ano que se inicia hoje.

Um feliz ano-novo!

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

Chamo-me João Carlos Lopes da Silva, tra-balho em Guimarães, vivo em Santo Tirso e sou membro do Núcleo de Johrei de Gaia.

Sou membro desde 2013, quando tive gran-de mudança na minha vida. Na altura em que conheci a Igreja Messiânica, estava com muitos problemas financeiros e com a dedicação regular, esses problemas desapareceram por completo.

As coisas estavam indo bem e com tanto tra-balho, somado a mudança da Igreja para o Porto, acabamos nos descuidando e aos poucos, em 2016, eu e minha mulher, paramos com nossas dedicações.

Passado pouco tempo, voltamos outra vez a ter problemas financeiros e simultaneamente, eu e minha mulher, que sempre nos relacionamos muito bem, começamos a ter desentendimentos. A Ministra, alertou-me algumas vezes sobre a im-portância da dedicação e do donativo de grati-dão, mas mesmo assim, não sentia mais vontade alguma de praticar. Por vezes, até a minha mulher me chamava a atenção de que estávamos outra vez com problemas financeiros, porque não está-vamos a dedicar.

Em setembro de 2016, a minha situação che-gou ao extremo. O meu café restaurante, passou a ter pouca clientela e consequentemente come-çaram a aparecer grandes dívidas. Neste mesmo mês, tive um prejuízo de 8 mil euros, coisa que nunca me tinha acontecido. Para além do café restaurante, faço vendas de outros artigos que

também não corriam nada bem. Nesse momento de angústia e preocupação,

resolvi finalmente ouvir a minha mulher e lembrei-me de ligar à pessoa que nos encaminhou, a qual me disse para pedir orientação a Ministra e voltar a dedicar como fazia antigamente!

Na primeira semana de dezembro, volto à Igreja junto com a minha mulher e passamos a dedicar semanalmente e a fazer os nossos dona-tivos de gratidão. A primeira e imediata mudança foi um melhor entendimento com a minha mulher! Seguidamente, senti os negócios a correrem me-lhor e voltei a ter mais clientes! Só para exem-plificar, no tempo em que estive a escrever esta experiência com a Ministra, recebi 4 grandes re-servas para almoços e jantares!

Nessas dedicações semanais que realizamos, ministramos e recebemos Johrei e dedicamos na limpeza. Numa dessas oportunidades, a Ministra me orientou a dedicar no meu café através da limpeza do passeio em frente, com o objetivo de fazer feliz a quem passasse. Eu tinha o mau há-bito de varrer o café e deitar o lixo na calçada. Ao colocar em pratica a orientação recebida, per-cebo o ambiente do nosso estabelecimento com outra alegria, motivação e os clientes começaram a regressar. Minha mulher recebeu como tarefa fazer Flores de Luz, para distribuir aos clientes.

Neste momento, eu e minha mulher nos sen-timos muito melhor, mais felizes e realizados.

Ao passarmos por toda esta experiência, nunca pensamos que fosse um castigo de Deus por termos parado de dedicar, mas sim, uma chamada de atenção, o amor de Deus e de nos-sos antepassados, desejando que voltássemos à nossa missão; ao Caminho da Fé. Apesar de nunca ter deixado de orar diariamente a Deus e a Meishu-Sama, mesmo no período em que deixei de dedicar, aprendi que apenas rezar e pedir não basta, é preciso efetivamente servir à Obra Divi-na, fazendo as pessoas felizes, onde quer que estejamos.

Assumimos o compromisso de semanalmen-te dedicar na Igreja e a realizar o donativo mensal, juntamente com o desejo de encaminhar as mui-tas pessoas que nos procuram.

Agradecemos a Deus e a Meishu-Sama por mais este milagre!

"apenas rezar e pedir não basta, é preciso efetivamente servir à obra divina, fazendo as pessoas felizes!"

experiência de fÉ

7|janeiro / 2017

8 www.messianica.pt|

Bom dia a todos! Os senhores estão a passar bem?

(Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!) Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sa-ma!

Quero iniciar as minhas palavras, agra-decendo a todos os senhores, pela vos-sa sincera dedicação, que nos permite expandir a Obra de Salvação de Deus e Meishu-Sama aqui em Portugal! Muito obrigado! (Palmas)

Gostaria de saber quem está a vir hoje pela primeira vez, pode levantar a mão? Sejam bem-vindos à casa de Meishu-Sa-ma! Que essa seja a primeira de muitas outras visitas! (Palmas)

Desejo a todos um Bom Ano! Como é que foram as festas? Comeram muito? (Ri-sos) Depois das festas a gente briga com a balança, não é? (Sim) Ninguém quer con-versa com ela! (Risos)

Estamos também a receber membros de outras Unidades Religiosas: Lisboa, Amadora, Margem Sul, Aveiro, Coimbra,

Vila Real, Amarante, Lixa e também Por-to e Gaia. Do exterior temos membros de Cabo Verde e Brasil. Sejam todos muito bem-vindos! (Palmas)

Gostaria de dar um aviso importante. Está confirmada a nossa caravana para África com partida no dia 30 de junho, para assistirmos ao Culto Mensal no dia 2 de julho, na Sede Central em Luanda, com a presença do Presidente Mundial Rev. Masayoshi Kobayashi! (Palmas) Vai ser um Culto internacional, pois estarão carava-nistas de outros lugares do mundo e será uma oportunidade única, para conhecer-mos a difusão nesse país irmão, onde ire-mos também visitar o futuro Solo Sagrado de Cacuaco.

Depois, vamos de Angola para a Áfri-ca do Sul, conhecer a difusão em Joanes-burgo e, por último, de Joanesburgo va-mos para Maputo, conhecer a difusão em Moçambique, de onde retornaremos para Portugal, no dia 10 de julho.

Quem tiver que marcar desde já as

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

CULTO MENSAL DE AGRADECIMENTO - JANEIRO / 2017

PALESTRA DO PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALMINISTRO CARLOS EDUARDO LUCIOw

9|janeiro / 2017

Cada dia que passa é um a menos. Assim, temos que estudar com seriedade como vamos aproveitar, ao máximo, essas 357 oportunidades, que Deus e Meishu-Sama, estão nos dando a partir de amanhã.

Este é um ano muito importante para a difusão do nosso país, porque vamos comemorar os quarenta anos de difusão Messiânica em Portugal. Quarenta anos na idade de uma pessoa, é uma data im-portante porque ela se torna madura. Tem um ditado que diz: “A vida começa aos quarenta anos!” (Risos) Não é assim? (Sim)

Para comemorar os quarenta anos de difusão em Portugal, vamos receber o nosso Presidente Mundial Rev. Masayoshi Kobayashi, exatamente 10 anos depois da última visita de um Presidente Mundial a Portugal, que foi o nosso saudoso Revmo. Tetsuo Watanabe, em 2007.

Assim, 10 anos depois, se inicia um novo ciclo com essa visita missionária tão importante que, na verdade, é a visita de Meishu-Sama a Portugal, na pessoa do Presidente Mundial! (Palmas)

Como vamos nos preparar para re-ceber Meishu-Sama em novembro deste ano? Acredito que a preparação começa seguindo a orientação que Kyoshu-Sama deu, em junho de 2015, para os novos chefes de Igreja no Japão:

“Quando pensamos na palavra ‘Igreja’, normalmente imaginamos uma construção imponente, talvez com uma bela ornamentação e pinturas. Contu-do, para Deus, cada um de nós é uma ‘Igreja’. Nossa tarefa na Terra é acolher toda a humanidade e entregá-la nas mãos de Deus. Do ponto de vista de Deus, esse é o trabalho de uma Igreja. Deus construiu uma Igreja dentro de cada um de nós, na esperança de que ela venha a acolher toda a humanida-de e trazer a salvação a ela. O chefe de nossas Igrejas é Meishu-Sama e Ele é o responsável por todas elas.”

Esse é o ponto de partida para receber-mos Meishu-Sama na pessoa do Presi-

Ofertório de gratidão pela representante dos participantes, Prof. Juli Mary Augusto Pessoa

suas férias, já sabe que mais ou menos, do dia 30 de junho ao dia 10 de julho, vai ser o período da viagem. Os custos não estão definidos pois estamos ainda estu-dando as melhores possibilidades, fazen-do várias pesquisas de companhias, ho-téis e assim que tivermos os custos finais, serão divulgados.

Ouvimos, ainda há pouco, as maravi-lhosas saudações de Ano Novo do nosso Líder Espiritual Kyoshu-Sama e do nos-so Presidente Mundial Rev. Masayoshi Kobayashi, saudações essas que serão publicadas no nosso Boletim de janei-ro, para que possamos estudar e praticar como a nossa Diretriz do Ano!

Parece ontem, que estávamos aqui reunidos para o Culto de Natalício de Meishu-Sama, desejando Boas Festas e já estamos no dia 8 de janeiro! Assustadora a velocidade com que o tempo passa. Num bater de olhos passaram-se já oito dias e nos sobram só 357 até ao final do ano.

10 www.messianica.pt|

dente Mundial. Reconhecer que o Chefe da Igreja é Meishu-Sama! Não é o Minis-tro, não é o assistente de Ministro, não é o plantonista, não é o responsável de grupo, é Meishu-Sama! Quando nós reconhece-mos isso, tiramos o nosso “ga” (ego), tira-mos a força humana e Meishu-Sama pode se manifestar e atuar. Isso é fácil de dizer mas, na prática, tudo aquilo que fazemos, temos uma tendência a fazer com a nossa vontade humana, com o nosso ego, das pequenas às grandes coisas. Em resumo, é um retornar à difusão de Meishu-Sama, deixando-O se manifestar, buscando no Ensinamento a Verdade.

Depois de entendermos e colocarmos essa Igreja viva no nosso coração, onde Meishu-Sama é o Chefe, precisamos se-guir a orientação do Presidente Kobayashi: “Encontrar - escutar - ministrar Johrei.” Essa orientação ele nos deu, no Solo Sa-grado de Atami, em setembro de 2015:

“(…) A origem dessa pratica está em Meishu-Sama. No início da Obra Divina, como missionário, ele ia, de casa em casa, ouvir os problemas das pessoas e mi-nistrar-lhes Johrei, independentemente das condições do tempo ou da distância. Além disso, os reverendos pioneiros, se-guindo a postura dele, tiveram a permis-são de alcançar um grande crescimento, por meio do empenho nessa prática.

Assim sendo, com o início do novo sistema, a Igreja Izunome também se-guiu o exemplo de difusão mostrado por Meishu-Sama e adotou a prática de “En-contrar - escutar - ministrar Johrei” como base da expansão.

O mais importante é saber que só Meishu-Sama é o protagonista desta prá-tica. Nossa missão é segui-Lo, por assim dizer. Se dedicarmos com esta consciên-cia, certamente, teremos a permissão de sentir a atuação do Supremo Deus e de desenvolver uma sólida fé, centralizada em Meishu-Sama como Salvador.”

Dias atrás, quando falámos dessa ati-vidade, como preparação para a vinda do

Presidente Mundial, teve quem disse: “Ah! Mas no passado já fizemos essa atividade, de visitar os membros, escutar, ministrar Johrei… Isso já foi feito outras vezes!” Fo-ram feitas sim, mas não da forma como Kyoshu-Sama está orientando agora. No Culto do dia 4 de fevereiro de 2016, ele assim nos orientou:

“Os membros da Igreja Izunome es-tão a se empenhar em [encontrar - es-cutar - ministrar Johrei] e sobre esse tema há algo que estou a perceber. Ao dizer [encontrar - escutar - ministrar Johrei] pensamos que nós vamos nos encontrar com pessoas, que nós vamos escutar a conversa das pessoas e que nós vamos ministrar Johrei às pessoas, ou seja, que tudo está centralizado e será realizado por nós mesmos.

Entretanto, o que eu sinto é que [encontrar - escutar - ministrar Johrei] é algo realizado por Deus. Ele sempre está nos encontrando, escutando as nossas conversas e nos ministrando Johrei. Ele está a nos olhar com o Seu Amor e Perdão. Está a escutar os nos-sos pensamentos e a voz dos nossos sentimentos com o Seu Amor e Perdão.

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL

11|janeiro / 2017

vontade de fazer as coisas, desanima… Ele voltou ao sentimento inicial, recome-çou a fazer!

Existe no Japão uma arte que se cha-ma “Cerimónia do chá”, não sei se os se-nhores conhecem ou já participaram. Esta arte foi apreciada e praticada por Meishu-Sama, e tem um lema que diz: “Iti go iti e” (一 期 一 会) = “Um encontro, um momen-to”; cada cerimónia é única. Para cada ce-rimónia, o praticante escolhe os utensílios próprios, uma caligrafia própria, uma rou-pa própria, faz uma Ikebana própria para aquela ocasião, tudo em função de quem ele vai receber, uma coisa única, que não se repete. Assim não entra na rotina, mes-mo fazendo mil cerimónias, cada uma de-las é única, é uma obra de arte, que não se repete.

Acho que podemos praticar esse lema na Fé e podemos dizer que não existem dois Johrei, duas dedicações, dois dona-tivos, duas assistências religiosas, duas Ikebanas iguais, vamos fazer de cada prá-tica da Fé uma Obra de Arte de Deus vivo dentro de nós, portanto, única!

A nossa tendência é, com a roti-na, fazer as coisas em modo mecâni-co, perder o sentimento; este princípio

Ele está a nos olhar e escutar a tudo e através da Grande Luz do Johrei está a iluminar, perdoar a tudo, salvar e nos fazer retornar ao Paraíso.

Acredito que a base da postura da prática [encontrar - escutar - ministrar Johrei] é no momento de realizar as ati-vidades de difusão e na nossa vida quo-tidiana, quando vamos nos encontrar com as pessoas, escutar sua conversa e ministrar Johrei devemos primeira-mente dizer a Deus: “O Senhor está, não somente a mim, mas encontrando, escutando e ministrando Johrei a todos não é mesmo?”

Essa é uma forma nova de praticar, ou não? (Sim!) É completamente nova e é des-sa forma que nós vamos praticar este ano.

Agradeço a experiência do Sr. João Carlos Lopes da Silva, pois mostra a hu-mildade que ele teve para reconhecer que tinha-se distanciado do Caminho da Fé e a coragem que teve para retornar. A es-posa vinha falando, aconselhando, vamos voltar… vamos voltar... mas ele não dava ouvidos, como os homens costumam fa-zer com as suas mulheres… (Risos) Nós somos teimosos, não escutamos… (Risos) Mas chegou uma hora que, não vendo sa-ída, entrou em contato com a pessoa que o tinha encaminhado, que o aconselhou a procurar a Ministra, que lhe orientou a re-tornar às suas práticas iniciais… Ele assim fez e tudo ficou bem novamente!

O nosso saudoso Revmo. Watanabe sempre orientava: “Quando você se sen-tir perdido, retorne ao ponto de parti-da!” Qual é o ponto de partida da Fé? É a pureza! Ou alguém quando entrou na Fé entrou com o coração fechado, duro, frio, indiferente? (Não!) Entrou porque estava com o coração aberto, puro e sincero… Depois, com o tempo, o que acontece? Entramos na rotina e quando se entra na rotina, esfriamos o sentimento; qualquer coisa é assim; no casamento, no trabalho, no estudo, em qualquer actividade. A roti-na leva ao enfraquecimento do sentimen-to e quando perde o sentimento, perde a

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pode-se praticar na arte culinária, quando preparamos os alimentos para a família, nos relacionamentos pessoais, familiares, profissionais, porque a nossa tendência é pensar: “Hoje eu vou de novo para aquele mesmo trabalho, de novo aguentar aque-le mesmo chefe chato, de novo suportar aquele colega…, vou de novo lá na Igreja encontrar aquele Ministro…” (Risos)

Se formos com o mesmo sentimento, vamos encontrar a mesma coisa, mas se formos pensando, sentindo que é um novo encontro, uma nova dedicação, uma nova Igreja, vamos encontrar tudo novo e va-mos renovar, renascer o sentimento puro.

Cada momento é único, mas as pes-soas raramente vivem “o momento”; elas geralmente vivem o passado, infelizmente revivendo nas más lembranças das coi-sas negativas que passaram, ou o futuro, com as preocupações das coisas que não sabem como vão acontecer; não vivem o presente… Vivem o passado, “desenter-rando” os sentimentos negativos: “Aque-le, aquela vez, me fez sofrer...” , “Aquela, naquele dia me ofendeu…” ou o futuro: “Não sei o que vai ser de mim…” Não vi-vem o presente, mesmo em relação à Igre-ja, vivem muitas vezes lembrando aconte-cimentos negativos do passado: “Aquele Ministro me fez aquilo...”, “Aquele mem-bro me disse aquilo…”, sempre lembran-do as coisas negativas que aconteceram no passado ou as preocupações com o futuro: “Ai meu Deus, isto aqui está muito mal, vai acabar fechando…” (Risos) Não vi-vem o presente! Resumem a sua existên-cia a um corpo abandonado às más lem-branças do passado ou às preocupações com o futuro; pessoas assim são tristes, amarguradas e tem tendência a sofrer de depressão.

O presente é o Johrei que vou trans-mitir agora, a dedicação que tenho para fazer agora, a assistência que vou prestar agora, a reunião que vou participar agora, por isso precisamos estar com amor, cen-tralizados em Deus e Meishu-Sama vivos dentro de nós, na prática da Fé que está orientando Kyoshu-Sama. A nossa maior

dificuldade é vivermos o presente com amor, com sentimento, com pureza de alma, deixando o passado no passado e o futuro no futuro. Somente nestes dois dias não podemos viver: um é o ontem porque já passou e o outro é o amanhã, porque ainda não aconteceu… (Risos)

A coisa mais inteligente a fazer é vi-vermos o presente, o hoje, esta hora, este minuto, este segundo. Vou transmitir este Johrei, vou receber este Johrei, como se fosse único! Pensem assim: “Este é o últi-mo Johrei da minha vida” como é que iriam receber esse Johrei? “Deixa-me comportar bem, receber bastante Luz, porque é o úl-timo. Vou morrer e quero partir com muita Luz!” (Risos) Mas, como a gente acha que amanhã vai receber outro, depois de ama-nhã outro, toda a hora que deseja pode re-ceber outro, está conversando, falando da novela, trocando receitas de bolos… (Risos) Se fôr o último... estaremos com uma Fé danada... “Daqui a pouco vou encontrar com o Criador, é melhor estar com o espíri-to “limpinho”…” (Risos)

Dedicação é a mesma coisa, minha úl-tima dedicação, o meu último plantão… Se fôr o meu último plantão, como é que vou fazer? Com todo o amor! No almoço, no jantar com a família; todo o dia estou almoçando ou jantando com eles… Como são as nossas refeições? Às vezes até dis-cutimos à mesa, não é? (Sim) Há pessoas que, parece que escolhem a hora da refei-ção para brigar… (Risos) Mas se fôr a última refeição com a família, como é que vai ser? Vai servir a água para os outros, vai sabo-rear o alimento e agradecer a refeição que a mãe ou a mulher fez, porque é a última!

13|janeiro / 2017

le, aquele não tem mais vontade de ouvir este… e quando esfria, é como casamen-to! Acaba aí… Casamento não é assim? (Sim) No início é tudo amor, beijinhos, abra-ços e toda ocasião é boa para namorar... Depois, vai entrando na rotina, esfriando os sentimentos e chega uma hora que só de ouvir a voz do outro, já fica irritado… (Risos) Não é verdade? (Sim) Não é o meu caso... mas ouvi dizer que é assim… (Risos)

Este ano, para sair da rotina, vamos estudar e praticar, com espírito renova-do, os Ensinamentos de Meishu-Sama, as orientações de Kyoshu-Sama e do Presi-dente Mundial Rev. Masayoshi Kobayashi. Só assim no dia 1 de novembro, quando recebermos Meishu-Sama, na pessoa do nosso Presidente Mundial, vamos receber uma grande Luz, um grande reinício da nossa Fé, para um outro ciclo de mais 10 anos. Vamos fechar bem este ciclo, para começarmos bem o novo!

Desejo a todos um feliz 2017 e boa missão!

Muito obrigado!

Vamos viver este ano, cada Johrei, cada dedicação, cada convívio familiar, cada vi-sita, como se fosse única, a última. Mes-mo que esteja encontrando sempre com as mesmas pessoas; os Ministros estão en-contrando sempre os mesmos membros da sua unidade; já ouviram dezenas de vezes aquele mesmo problema… (Risos) já orienta-ram dezenas de vezes o que têm que fazer e eles não fizeram… então, não tem mais von-tade de repetir, parece que está falando com um muro, não escutam… (Risos)

Esfriam-se os sentimentos… Este não tem mais vontade de encontrar com aque-

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A FORMAÇÃO DO PARAÍSO NO LAR A verdadeira alegria que dá brilho à vida

7ª ParteContinuação da entrevista à revista Izunome (edição Japão) do Revmo. Tetsuo Watanabe

Com base na minha modesta experiên-cia, vim discorrendo, ao longo de seis

edições, sobre qual seria a melhor maneira de viver e sobre o que seria mais importan-te durante as distintas etapas da vida: ges-tação e infância, adolescência, juventude, idade adulta, maturidade e terceira idade. Quero, em primeiro lugar, me desculpar por não ter conseguido abordar todos os deta-lhes desejados, devido às limitações intrín-secas às publicações em revistas.

A propósito, gostaria de fazer uma per-gunta: os senhores estão aproveitando a vida? No último artigo, afirmei que, se não conseguimos viver a vida com satisfação,

estamos contrariando o sagrado desejo de Deus. Naturalmente, isso não significa pas-sar a vida toda entregue somente a praze-res efémeros.

Recebemos, como filhos de Deus, a vida eterna para podermos retornar a Ele, que nos cria e nos educa por meio do ci-clo contínuo que alterna a vida e a morte. Por essa razão, é importante termos grati-dão pela oportunidade de estarmos viven-do o momento actual e, com muito pra-zer, aproveitar ao máximo a oportunidade de servir na concretização do desejo de Meishu-Sama e na construção do mundo ideal, centralizado em Deus. Isto porque o

Meishu-Sama em animada conversa com o escritor Takami Jun, 21 de abril de 1953.

15|janeiro / 2017

por um número incontável de antepassa-dos. Sendo assim, reconhecer-nos como existências únicas e nos relacionar com harmonia, alegria, sinceridade, boa von-tade e respeito é também um tipo de ora-ção sem forma. Quero pedir aos senhores que não se limitem a orar na Igreja, diante do Altar, mas que procurem também viver o dia-a-dia sem se esquecer de “celebrar uns aos outros” não só no relacionamento familiar, mas em qualquer outro.

APROVEITAR O BEM E ESQUECER O SOFRIMENTO

A essência de tal celebração tem ori-gem no amor altruísta, que se manifesta pelas boas acções. O Budismo deu origem à expressão shikuhakku, para referir-se a um grande sofrimento. Esta palavra é es-crita com os ideogramas shi (四), que sig-nifica quatro, ku (苦), traduzindo sofrimento e hachi (nesta expressão, ha, 八), o número oito. Seguindo essa linha de raciocínio, ao multiplicarmos 4 por 9, cuja leitura em ja-ponês também é Ku (igual à pronúncia do ideograma de sofrimento, 苦), temos 36, e quando multiplicamos 8 por 9 (Ku), temos 72. Ao somarmos 36 e 72, temos 108. Ou seja, ao sofrermos, ao “chorarmos lágrimas de sangue”, purificamos os 108 desejos mundanos ou pecados pregados pelo Bu-dismo, como a cobiça, o apego e outros.

Meishu-Sama nos ensina que “todos os sofrimentos são acções purificado-ras”³, manifestação do desejo de Deus, que está tentando nos criar e educar, já que somos Seus filhos. Por outro lado, ele ex-plica que o sofrimento não é o único méto-do para eliminar as nuvens espirituais, que são a origem da purificação, e afirma:

“Há dois meios para se redimir o pe-cado: sofrer ou praticar o bem.”4

“O objectivo da fé é polir a alma e

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júbilo nascido da perfeita harmonia (matsu-riai, em japonês) na relação entre Deus e o Homem e também entre as pessoas, que surge quando o ser humano está servindo à Obra Divina, é o que mais agrada a Deus, Pai de nossas almas.

Nidai-Sama nos ensina que, em japo-nês, a palavra matsuri (祭), que significa festival/culto1, apesar de ser grafada com ideograma diferente, tem origem no termo matsuriau (真釣り合う), que quer dizer har-monizar perfeitamente, estar em equilíbrio. Trata-se, portanto, de uma referência ao estado de perfeita harmonia entre o Céu e a Terra, quando o ser humano reconhece e agradece devidamente as bênçãos con-cedidas por Deus. Sendo assim, os cultos exprimem um modelo de equilíbrio e har-monia2.

Meishu-Sama nos ensina num de seus poemas:

“Quando todos os homens abrirem as portas dos seus corações,

desaparecerão as trevas que envolvem o mundo.”

Para conseguirmos abrir as portas de nossos corações e deixar que Deus se manifeste no mundo coberto de trevas, é necessário, sem sombra de dúvidas, um local puro e belo, pleno de belas palavras e rostos alegres, sorridentes, onde os deu-ses, ou seja, os seres humanos, estejam se relacionando em harmonia, celebrando uns aos outros.

Desde a antiguidade, existem, de ma-neira geral, duas modalidades de matsuri: os concretos, que exteriorizam o sentimen-to de gratidão das pessoas pelas graças recebidas de Deus, e que são realizados em santuários, com orações solenes e ofe-rendas; e os espirituais, que é a maneira de orar sem formalidades, sem oferendas ou santuários. Portanto, os verdadeiros cultos são aqueles que unem a modalidade con-creta e a espiritual.

Todos nós somos portadores da partí-cula divina e também guias responsáveis

1. N.T.: É interessante ressaltar que, em japonês, a palavra “matsuri” se refere tanto a festivais quanto a cultos.2. Registro das Palavras de Luz - Gokowaroku.3. “Nós é que traçamos o nosso destino” - Alicerce do Paraíso, Vol. 3.4. “O pecado e a doença” - Alicerce do Paraíso, Vol. 4.

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purificar os sentimentos. Existem três maneiras de conseguirmos isso: pelo sofrimento oriundo não só da abstinên-cia ou penitências, mas também de da-nos e catástrofes; pela soma de méritos e virtudes e pela elevação da alma por influência da arte de alto nível.” (do livro: “A respeito da colectânea de poemas Yama to Mizu”).

Ou seja, podemos acumular méritos e virtudes e nos elevar apreciando o belo e obras de arte de alto nível. Tal prática favo-rece grandemente a purificação e, automa-ticamente, reduz o sofrimento (naturalmen-te, a prática do Johrei se encontra entre as maiores virtudes e, consequentemente, a soma de méritos).

A virtude de visar à felicidade de nosso semelhante como se fosse a própria trans-forma-se em recompensa para a pessoa que ministrou Johrei, pois o Sonen de gra-tidão da pessoa que o recebeu se transfor-ma em Luz e, naturalmente, tanto a pessoa que recebeu quanto a que ministrou obtêm resultados positivos. Esta é a sagrada re-compensa concedida por Deus em respos-ta ao nosso amor.

Por esse motivo, Meishu-Sama, que sempre desejou a felicidade do próximo, afirmou que seu propósito era ensinar as pessoas a se deleitar com o bem5. Ou seja, ao nos comprazermos com o bem, a rocha que fecha a porta de nosso coração será aberta, Deus se manifestará, eliminaremos nossas máculas, poliremos nossa alma, purificaremos nosso sentimento/consciên-cia e não precisaremos temer mais nada.

A PESSOA QUE MAIS SAIRÁ GANHANDO É VOCÊ MESMA

Além do mais, como somos filhos de Deus, portadores de uma partícula do Seu espírito, nossa alma tem plena consciência da máxima: “A constante prática de boas acções leva à felicidade”.

Acumular méritos e virtudes é algo ex-tremamente agradável e divertido. Afinal de contas, quem mais ganha ao fazer o seme-

lhante feliz é a própria pessoa. No ensina-mento: “Segredo da Felicidade”, Meishu-Sama afirma: “Simplificando o conselho, pratiquemos o maior número possível de boas acções, pensemos em dar alegria às outras pessoas.

Que a esposa estimule o marido a tra-balhar para o bem-estar da sociedade e que o marido lhe dê alegria, mostrando-se gentil com ela e inspirando-lhe con-fiança.

É natural que os pais amem os filhos. Mas devem fazer mais do que isso: de-vem cuidar do seu futuro com a máxima inteligência e eliminar atitudes autoritá-rias no trato com eles. Os filhos devem respeitar e amar os pais e procurar estu-dar com alegria.

Que na vida cotidiana, suscitemos esperança no coração das pessoas com quem lidamos, tendo por lema proceder com amor e gentileza em relação a che-fes e subalternos, bem como seguir as normas da honestidade. (...)

Sabemos que serão mais felizes, aqueles que praticarem o maior número de acções louváveis.”

Se conseguirmos agir assim, segura-mente concretizaremos o paraíso no lar. Se valorizarmos nossos chefes e subalternos, clientes, amigos e conhecidos, agindo com Makoto, obteremos a confiança de todos; qualquer trabalho que realizarmos correrá

Revmo. Tetsuo Watanabe

17|janeiro / 2017

bem e alcançaremos total equilíbrio no or-çamento doméstico.

As pessoas que nos conhecem nos ad-mirarão e dirão: “Seu lar é tão feliz! Gostaria tanto que o meu também fosse assim. O que você faz?” Seremos um referencial, te-remos mais amigos e fazer com que estes sejam encaminhados à fé também será fá-cil. E, como disse anteriormente, a própria pessoa é a mais feliz nesse caso.

A PRÁTICA DO AMOR ALTRUÍSTAQUE CULTIVA A INTELIGÊNCIA

DO BEM E A SUPERIOR

Conforme podemos ver na passagem: “(os pais) devem cuidar do seu futuro (dos filhos) com a máxima inteligência”, esta é uma condição essencial para a prática do bem.

No poema: “Sabedoria! Oh, sa-bedoria! És a Luz que ilumina as trevas do caminho percorrido pelo homem”, Meishu-Sama nos ensina: “A inteligên-cia superior é aquela manifestada pelas pessoas sábias. No Budismo, denomina-se “TieShokaku” (Inteligência da Percep-ção Verdadeira) ou simplesmente “Tie” (Inteligência).6

Dentre as inteligências, as mais ele-vadas são: a Divina, a Sagrada e a Supe-rior. Precisamos aprofundar a nossa pró-pria fé, a fim de cultiva-las. Elas surgem quando possuímos espírito correto, que admite a existência de Deus. Quando há esforço baseado na virtude, esses as-pectos superiores da inteligência se de-senvolvem, e a recompensa será aver-dadeira felicidade. (...) O Homem deve conscientizar-se de que precisa cultivar as inteligências de nível superior, pois, sem elas, não obterá o verdadeiro êxi-to.” 7

Para agirmos de acordo com a Inte-ligência Superior, é necessário cultivar a inteligência do bem, que nasce do bom sentimento. Se desejarmos do fundo do coração “não quero fazer ninguém sofrer”, “quero alegrar meu semelhante”, “quero

fazê-lo feliz”, surge, inevitavelmente, a per-gunta: “Como?”. Nesse momento, nasce a inteligência ligada ao bem e, durante a busca, a Inteligência Superior e a sabedoria nos são legadas.

Conheci um grande número de pessoas e lidei com seus variados problemas. Lem-bro-me de que lhes ministrei Johrei persis-tentemente, rogando a Deus uma solução. Porém, só isso não bastava. Nidai-Sama nos ensina o seguinte: “Se só o Johrei fos-se suficiente, bastaria que tivéssemos o Ohikari. Todavia, como nos foram lega-dos também os Ensinamentos, se não os lermos, se não buscarmos a verdade sempre cultivandoo bom senso vigente na sociedade, se não nos esforçarmos continuamente para nos elevarmos, (...) poderemos acabar ficando para trás na Nova Era.” (10 de agosto de 1955).

Sendo assim, para a salvação também é necessário ler os Ensinamentos, elevar nossa cultura e ter a “Inteligência Supe-rior”, que nos é concedida por intermédio do espírito de busca que surge ao procu-rarmos a verdade.

“APRENDA DE TUDO”

Deus não encerrou a Verdade dentro dos Ensinamentos. Ele a faz estar presen-te em nosso cotidiano e está nos criando e educando para que nos aproximemos, cada vez mais, da plenitude como seres humanos.

Certa vez, meu professor de caligrafia, o mestre Tenjyo Matsubayashi, também me disse: “Aprenda tudo o que puder.” Eu, que ainda era jovem, respondi em tom de brincadeira: “Devo também aprendera ba-ter carteira?” Ao que ele me respondeu: “Claro! Mesmo que tenha aprendido, não quer dizer que você precisa furtar. Se você aprender a fazê-lo, ninguém conseguirá bater a sua.”

Aprender de tudo. Este importante

5. “Apreciação das virtudes” - Alicerce do Paraíso, Vol. 4.6. “As Cinco Inteligências” - Alicerce do Paraíso, Vol. 3.7. “Luz da Inteligência”- Alicerce do Paraíso, Vol. 3.

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conselho foi de grande valia também duran-te a prática de difusão da fé. Por exemplo: quando eu era jovem, sem muito conheci-mento ou experiência, e encontrava pesso-as que estavam doentes ou passando por qualquer outro tipo de problema, procurava a resposta nos Ensinamentos, perguntava aos ministros pioneiros, a outras pessoas que já haviam passado pela mesma puri-ficação, a especialistas ou consultava, em livros especializados, qual era o estado psi-cológico da pessoa que estava purificando, qual a causa da doença, que tipo de trata-mento, quais eram os meios de prevenção. Enfim, tudo!

Enquanto fazia isso, foi aumentando também meu interesse pelo ser humano. Houve uma época em que me empolguei muito com a Ciência da Religião, com a Fi-siognomonia e também com os variados métodos de previsão do futuro; aprendi Shiatsu com um amigo terapeuta e conse-gui até mesmo tirar o diploma. Ainda hoje tenho grande interesse pelos seres vivos, por suas relações entre si e com o meio no qual vivem.

Além disso, eu era muito ligado à mi-nha avó e sempre conversávamos muito. Em tais oportunidades, ela me transmitia sua sabedoria de vida. Por outro lado, o conhecido saber enciclopédico, ou seja, o saber amplo, porém, superficial, também é importante para o enriquecimento de nossa cultura.

Enquanto ia fazendo difusão e cuidan-do de outras pessoas, aprendi muito. Tive a permissão de conhecer muito sobre as-suntos relacionados a Deus, aos antepas-sados, aos mistérios da grande natureza e ao ser humano, o qual tem a permissão de viver em meio a tudo isso.

Nem é necessário dizer que esse apren-dizado foi muito útil na educação de meus filhos, para fazer o próximo feliz e também na actividade de difusão. Todavia, o mais importante foi que, graças a tudo o que aprendi, minha vida tornou-se mais rica. Passar a saber o que não sabíamos, a ver o que não víamos, tudo isso faz com que

nosso mundo interior se torne mais claro por meio da inteligência superior. Com isso, o mais interessante é que, mesmo obser-vando algo que já conhecemos, o tamanho da emoção sentida é imensamente maior.

Porém, o mundo que nos cerca tam-bém muda, simultaneamente. Temos a Lei da Concordância, ou como diz o ditado: “Semelhante atrai semelhante”. Em outras palavras, quando nos elevamos com nos-so próprio empenho, passamos a encon-trar, naturalmente, pessoas de nível cada vez mais alto. Ao mesmo tempo, graças ao convívio, as pessoas próximas a nós, tam-bém se elevarão. Ou seja, ocorre a forma-ção do paraíso no mundo espiritual e isso nos levará à gratidão de viver em prol das pessoas.

A VIRTUDE OCULTAQUE DÁ SENTIDO À VIDA

Sendo assim, o acúmulo de méritos e virtudes é o melhor método para fazer com que nossa vida se torne plena e agradável. Contudo, não podemos esquecer um ponto muito importante: é natural que o ser huma-no deseje que uma boa ação praticada traga a felicidade a seu semelhante, que é um re-sultado visível. Porém, para um Homem de fé, isso não é suficiente. O verdadeiro Ho-mem de fé deve acreditar no invisível.

“A virtude ostensiva não é a verda-

“Quem se deleita com a arte está apto a viver no Paraíso.” Meishu-Sama

19|janeiro / 2017

deiravirtude. A virtude oculta, sim, co-munica-se com Deus.”

Neste poema, Meishu-Sama nos ensina a virtude ostensiva e a virtude oculta. Acre-dito que Deus ama, particularmente, aque-les que acumulam virtudes e méritos sem-pre pensando no bem de seu semelhante, sem se importar se está sendo visto ou não.

Há muito tempo, ouvi uma história. Hoje em dia quase não se vê, mas por volta dos anos 1950/60, havia o entregador de leite do bairro. Lembro-me de despertar de ma-nhã cedo com o barulho das garrafas de leite batendo umas nas outras quando ele chegava. Vinha de bicicleta com um gran-de cesto amarrado a ela, ainda no escuro. Fizesse chuva ou sol, tempo bom ou tem-pestade, ele sempre estava lá. Um dia, um idoso que estava limpando a frente da sua casa, disse ao leiteiro: “Todos os dias você começa a trabalhar muito cedo! Não deve ser fácil, não é?” Ao que o leiteiro respon-deu: “Sim, começo bem cedo. Contudo, quando penso que este leite vai ajudar os bebés e crianças acrescerem fortes e sau-dáveis, fico feliz e começo até a pedalar com mais velocidade. Ganho energia!”

Escutei também outra história. Quando estão fazendo reparos nas estradas e blo-queiam uma das pistas, sempre fica uma pessoa em cada extremidade do trecho em obras para organizar o trânsito, fazendo com que os carros passem em um só sen-tido a cada vez. Certa ocasião, uma dessas pessoas era uma senhora de meia-idade, de pele bem bronzeada em decorrência da exposição contínua ao sol escaldante do verão durante o trabalho, e que estava sempre sorridente. Ela fazia reverência res-peitosamente para cada pessoa que pas-sava e sinalizava, diligentemente, para que avançássemos ou esperássemos. Por cau-sa disso, ela era conhecida pelas pessoas que percorriam essa estrada.

Certo dia, um conhecido meu que tran-sitava por lá todos os dias disse a ela: “Seu trabalho deve ser muito duro! Entretanto, a senhora trabalha com um ar tão alegre que acaba nos transmitindo alegria também.

Muito obrigado!” E a senhora, sem desviar sua atenção, fez uma leve reverência e res-pondeu: “Muito obrigada! Desculpe pelo transtorno causado pela nossa obra. Eu sempre penso que, se aqueles que passam por aqui ficarem irritados por serem obriga-dos a parar, saírem correndo como loucos e acabarem sofrendo um acidente, a família deles vai sofrer muito...” Meu amigo, diante desta resposta, se emocionou: “Isso é que é ser profissional!” Algum tempo depois, a obra acabou e a senhora desapareceu. Hoje, quando ele passa pelo local, sente saudades daquela época.

Meishu-Sama nos ensina: “É belo ver pessoas que trabalham com seriedade e de maneira sincera, com Makoto.”8 Ou seja, as pessoas que trabalham com todo sentimento, com fervor, possuem um brilho especial.

A coordenadora de trânsito e o leiteiro das histórias acima não trabalhavam espe-rando uma recompensa. Estavam orgulho-sos de seu trabalho, desejavam a felicida-de das pessoas a quem estavam prestando serviço e faziam disso o sentido maior de suas vidas. Acredito que este é o sentimen-to que Kyoshu-Sama deseja nos transmitir quando nos orienta: “Naturalmente, é im-portante considerar o que fazemos, mas o mais importante é levar em conta, com que sentimento fazemos.”

Acreditar que, após o Johrei, os cul-tos, a dedicação, o trabalho, os afazeres domésticos, a educação dos filhos, enfim, acreditar que, após todas as actividades encontraremos uma pessoa contente, é uma importante forma de celebração, de promoção do equilíbrio e da harmonia.

Uma boa ação se transforma automati-camente em alegria que, infalivelmente, se comunica a Deus, que concederá a nós e a nosso semelhante a felicidade, fazendo com que a nossa vida, que é tão curta, se transforme em algo maravilhoso, cheio de Luz.

Eu acredito nisso.

8. Em 10 de outubro de 1951.

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DIRETRIZ DE DIFUSÃO2017

NOSSO LEMA:

Despertar para uma fé completamente

nova através do nome Messias, que

está uno a Meishu-Sama.

NOSSAS PRÁTICAS:Dedicar em união com os messiânicos do mundo inteiro para:

1. Compreender a essência dos Ensinamentos através das palavras de

Kyoshu-Sama.

2. Reconhecer o Paraíso interior e peregrinar aos Solos Sagrados.

3. Difundir uma fé completamente nova através do Johrei, Agricultura e

Alimentação Natural e Belo, centralizados na prática de "encontrar,

escutar e ministrar Johrei" da nossa Igreja.

4. Expandir a fé messiânica pelo mundo.

5. Formar jovens.