ens - carta mensal 489 - maio/2015

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ENCARTE Ecos do EACRE p. VI RAÍZES DO MOVIMENTO Jubileu de Platina das ENS p. 13 3 0 ENCONTRO NACIONAL 2 0 Tríduo Preparatório p. 37 Equipes de Nossa Senhora Ano LV•mai - 2015 • nº 489 CARTA Mensal ENS 65 anos Brasil 1950 1980 2000 2015 Casais 6500 12000 22000 __ . ___ . ___ . ___ . __ XI Encontro Internacional ENS - Brasília - 2012 III Encontro Nacional ENS - Aparecida - 2015 I Encontro Nacional ENS - Brasília - 2003 II Encontro Nacional ENS - Florianópolis - 2009

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ENCARTEEcos do EACRE

p. VI

RAÍZES DOMOVIMENTO

Jubileu de Platina das ENS

p. 13

30 ENCONTRO NACIONAL20 Tríduo

Preparatório p. 37

Equipes de Nossa Senhora

An

o L

V•m

ai -

20

15

• n

º 489 CARTAMensal

ENS65 anosBrasil 1950 1980 2000 2015

Casais 6500 12000 22000__.___.___.___.__

XI Encontro Internacional ENS - Brasília - 2012

III Encontro Nacional ENS - Aparecida - 2015

I Encontro Nacional ENS - Brasília - 2003

II Encontro Nacional ENS - Florianópolis - 2009

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 24.600 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fer-nanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

EnCaRtEEaCRE 2015

EDIToRIAL ............................................01

SuPER-REgIãoSantíssima Trindade: unidade na diversidade” ....................................02Detox digital ........................................03Construir a civilização do amor sejamos discípulos missionários! ..........04Pentecostes ..........................................06

IgREJA CATÓLICAA semana nacional de oração pela unidade dos cristãos SouC 2015 .........08

MARIAMãe: obra prima do Criador ... ..............09

VIDA No MoVIMENToEncontro de equipes novas Região-oeste I . ....................................10

RAízES Do MoVIMENToMeditações desérticas ...........................11Jubileu de platina das ENS ..................13

CNSEViúvas das ENS (CNSE) ... .......................15ACERVo LITERÁRIo Do PADRE CAFFARELSeguindo os escritos do Padre Caffarel ....17

TESTEMuNHo De mãos dadas .....................................19 o exemplo faz a diferença ......................20Vida de equipe: um caminho de santidade .......................................21

ENS em nossas vidas ...........................22Nossa primeira reunião de equipe .......23Somos uma Eclésia ..............................24Vida de Equipe: fé fortalecida ..............25

PARTILHA E PCEsTempo de escutar e meditar .................26o passo a passo para a regra de vida ..27

TEMA DE ESTuDoDiscernindo os sinais dos tempos .........29

REFLEXão“Mais que vencedores” ........................31Só pode ser Jesus... . ............................. 32Maria, a mulher que acreditou . ...........33

FoRMAÇãoo Espírito e a vida de equipe ................ 34

3o ENCoNTRo NACIoNALum caminho para o Senhor ................36Tríduo preparatório para o 3o Encontro Nacional das ENS do Brasil ..............................................37

NoTíCIAS .............................................41

CaRta MEnSaLn0 489 • mai 2015

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Edit

ori

al

Tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais Dos tempos”

Queridos Equipistas

A Paz e Alegria do Senhor

Há 65 anos as Equipes de Nos-sa Senhora oferecem aos casais brasileiros a oportunidade de de-senvolver e viver a sua espirituali-dade conjugal.

Viva Padre Caffarel!

Obrigado Nancy e Pedro Mon-cau!

Só no Brasil somos hoje 22 mil casais. Compartilhamos emoções, esforços e fé que fazem deste Movimento um grande matrimô-nio com os ensinamentos de Je-sus Cristo. Para relembrar como começou essa história não deixem de ler o texto, “Jubileu de Plati-na”, dos nossos queridos amigos Carlos Eduardo e Maria Regina.

O Senhor fez, por nós, casais equipistas, maravilhas!

Numa data tão especial não poderíamos deixar de continuar desbravando as obras do Padre Caffarel. Conheçam um pouco do seu livro “O Amor e a Graça”.

Como estamos há menos de 2 meses do 3º. Encontro Nacional em Aparecida, esta edição conta com as orações do Ângelus e do segundo dia do Tríduo Preparató-rio, além de uma reflexão da Rita e do Celso, que fazem parte da comissão de liturgia do Encontro.

Mais uma vez temos um en-carte sobre os EACRE, com fo-tos e testemunhos desses exem-plos vivos do carisma de nosso Movimento.

Não poderíamos encerrar este editorial sem prestar nossa home-nagem às mães.

Mãe é cuidar, brincar, sorrir, ajudar, mudar, gritar, correr, can-tar, pular, brigar, chorar, descor-dar, errar... mas sem nunca deixar de amar!

Obrigado Mães! Que Deus as ilumine e assim continuem sendo o leme de nosso crescimento, o porto seguro nas nossas dificulda-des, a fundação de nossas vidas.

Esperamos que desfrutem e se inspirem com as palavras desta Carta Mensal. Para qualquer críti-ca ou sugestão não deixem de nos escrever.

Boa Leitura!

Fernanda e MartiniCR da Carta Mensal

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Sup

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Estamos celebran-do neste mês a festa da Santíssima Trinda-de. Um conceito teo-lógico para designar um único Deus em três pessoas divinas. Num pr imeiro momento essa colocação dá a entender que temos uma discussão meramen-te teórica ou, pelo menos, com pouca aplicabilidade em nossas vidas concretas. Isso não é ver-dade! Pois, se é verdade que nós fomos criados à “imagem e se-melhança de Deus” (Gn 1,26), é importante sabermos qual é nosso conceito de Deus, pois, em última instância, nós so-mos imagem e semelhança desse conceito.

A doutrina oficial da Igreja ensi-na que Deus é uma natureza em três Pessoas. Três em Um: Unida-de na Diversidade! Cada pessoa vive da outra, com a outra, pela outra e para a outra Pessoa. Elas estão desde sempre entrelaçadas e interpenetradas, de modo que não podemos pensar nem falar de uma Pessoa, como por exemplo do Pai, sem ter que pensar e falar também do Filho e do Espírito Santo. O que possibilita isso é o amor, pois Deus é Amor (1 Jo 4,8).

SANTíSSIMA TRINDADE:uNIDADE NA DIVERSIDADE

Por que isso nos inte-ressa? Porque a comu-nhão, que é a natureza da Trindade, significa

uma crítica a todas as formas de exclusão e desunião que existem e persistem na sociedade, nas fa-mílias, nas igrejas... A Santíssi-ma Trindade representa o melhor programa para os nossos relacio-namentos. Nós somos imagens e semelhança da unidade que com-porta a diversidade. O saudoso São João Paulo II escreve que devemos “promover uma espi-ritualidade da comunhão... que significa em primeiro lugar ter o olhar do coração voltado para o mistério da Trindade, que habita em nós e cuja luz há de ser perce-bida também no rosto dos irmãos que estão ao nosso redor” (NMI, 43).

Celebrar a Santíssima Trin-dade é comprometermo-nos em buscar um mundo de unidade que convive com a diversidade, onde uma não anula a outra. Como isso? Vivendo no Amor, vi-vendo em Deus, que é Amor!

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

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“Quando Isabel ouviu a sauda-ção de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz exclamou: Bendi-ta és tu entre as mulheres e ben-dito é o fruto do teu ventre!”(Lc 1,39-56). Com efeito, a primeira resposta à saudação de Maria é dada pelo menino num diálogo corporal, quando salta de alegria no ventre de Isabel.

O ventre materno que nos abri-ga é a primeira “escola” de comu-nicação, feita de escuta e contato corporal, onde começamos a fami-liarizar-nos com o mundo exterior através do pulsar do coração da mãe. Este encontro íntimo entre dois seres, ainda tão alheios um ao outro, porém cheio de promessas, é nossa primeira experiência de co-municação.

Após chegarmos ao mundo, ainda continuamos num “ventre”, que é a família. Um ventre feito de pessoas diferentes e inter-relacio-nando-se. “A família é o espaço onde se aprende a conviver na di-ferença” (Evangelii gaudium, 66). E quanto mais amplo for o leque destas relações, tanto mais rico é o nosso ambiente de vida. Na famí-lia, a capacidade de se abraçar, se apoiar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram, e todavia são tão importantes uma para a outra, é sobretudo a linguagem que nos faz compreender o que é a verdadeira comunicação, en-

“DEToX” DIgITAL

quanto descoberta e construção de proximidade.

Mais do que em qualquer outro lugar, é na família que se experi-mentam as limitações próprias e alheias. Não existe família perfei-ta, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragilidade e dos conflitos, preciso é aprender a enfrentá-los de forma construtiva, no amor e no perdão.

Neste mundo, onde frequen-temente se amaldiçoa, insulta, se semeia discórdia, a família pode ser uma escola de comunicação feita de benção; quando ensina a acolher em vez de combater, visitar em vez de repelir, abençoar em vez de amaldiçoar, que testemunha que o bem é possível, educando os filhos na fraternidade.

Os meios de comunicação mais modernos de hoje, irrenunciáveis, principalmente para os mais jo-vens, tanto podem dificultar como ajudar a comunicação em família e entre as famílias. Dificultam quan-do se tornam uma forma de se sub-trair à escuta, de se isolar apesar da

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presença física; e favorecem quan-do ajudam a narrar e compartilhar, a permanecer em contato com os de longe, a agradecer e pedir perdão, a tornar sempre possível o encontro.

Assim, o desafio atual é des-cobrir diariamente que o centro vital é o encontro, e não nos dei-xar arrastar pela tecnologia, limi-tando-nos só a produzir e consu-mir informação. Devemos ir além, compreendendo que nossas vidas

estão entrelaçadas, que as vozes são múltiplas, e cada uma é in-substituível, comunicando uma mensagem de vida e comunhão, nem egoísta, nem intimista, dando assim esperança e conforto às fa-mílias mais feridas, fazendo crescer a própria Igreja, que é uma família de famílias.

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

BelémPará

CoNSTRuIR A CIVILIzAÇão Do AMoRSEJAMoS DíSCIPuLoS MISSIoNÁRIoS!

Deus disse: “não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxíliar que lhe seja semelhan-te” (Gn 2,18). Então, Deus criou o homem e a mulher. “Por isso, o homem deixa seu pai e sua mãe e se une à sua mulher, e eles dois se tornam uma só carne.” (Gn 2, 24).

Portanto, “o amor que emana de Deus circula entre o homem e a mulher”. “O casal é a imagem de Deus e somos reflexos do seu amor”, que devemos propagar

aos outros, começando em nossa casa, entre o casal, com nossos filhos, familiares, no trabalho, no lazer, no trânsito, em nossa comu-nidade eclesial etc.

O Papa Paulo VI em nome do Cristo Ressuscitado e da Igreja, exortou que devemos “anunciar o Evangelho aos homens do nosso tempo, animados pela esperança, mas ao mesmo tempo torturados muitas vezes pelo medo e pela angústia” (Evangelii Nuntiandi). Assim, devemos “estar sempre prontos a dar razões da nossa es-perança” (cf. 1Pd 3, 15) àqueles que sofrem e preferencialmente aos mais necessitados.

Estamos prontos a servi-Lo? A responder ao chamado “Vem e Segue-me”? Assumimos e somos discípulos missionários que, pelo nosso testemunho, anunciam a concretização de que o Reino de Deus está próximo e ao alcance

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de todos? Somos instrumentos de Deus que nos convoca: Ide evan-gelizai. É em seu nome e dirigido por seu Santo Espírito que reali-zamos tal missão, caracterizada pelo amor, pela gratuidade, pela confiança, pela fé, pela esperan-ça, pela justiça e pela paz.

Sem dúvida, é um grande de-safio para os tempos atuais. Não era diferente à época em que Jesus enviou os seus discípulos e os orientou dizendo: “Eis que Eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10, 16). Assim, como aquela época, o mundo atual clama, e a Igreja nos chama a “discernir os sinais dos tempos” e a Construir a Civiliza-ção do Amor.

Não nos amendrontemos! O que precisamos é entregar nos-sa disposição de servir a Deus, com confiança e a certeza de que Ele caminha à nossa frente, como bem nos ensina Jesus Cris-to: “não se preocupem em como ou o que vocês vão falar... pois não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai é quem fala-rá através de vocês” (Mt 10,20).

Como poderemos atingir hoje os corações dos casais cristãos (homens e mulheres), com muito pouco ou nenhum conhecimento voltado à busca de Deus, envol-tos por uma sociedade altamente egoísta, consumista, maculada pelo individualismo e extrema-mente competitiva, globalizada, em que há facilidades e muitas possibilidades de nos comunicar-mos, seja por redes sociais, inter-

net, celulares, tablets etc? Contu-do, não devemos esquecer que o meio mais eficaz de evangelização ainda é nosso testemunho, como diz São Francisco de Assis: “Evan-gelize sempre; se necessário, use palavras.”.

Convivemos com diversidade de culturas e de múltiplas dife-renças de costumes e de atitudes, que nos impõem discernir e saber acolher, ouvir, dialogar, respei-tar. Entretanto, devemos dar co-nhecimento do verdadeiro senti-do de nossa fé e de nossa vida de cristãos católicos. Para isso, precisamos nos preparar com co-nhecimentos que nos permitam dialogar de igual para igual e não ficar sem dar respostas, estas com respeito, porém que reflitam o que acreditamos e professamos.

As pessoas devem ver algo di-ferente em nós, pois o Amor tem que ser expresso por atitudes de respeito, carinho, solidariedade, alegria, espontaneidade de jus-tiça e paz, em prol do próximo. Ou seja, servir o outro, fazen-do aquilo que queremos que nos façam. Como equipistas, somos chamados a dar respostas a tan-tas indagações e o Movimento, este ano, nos pede que olhemos para o mundo em transformação de forma positiva e sejamos pro-tagonistas da construção da Civi-lização do Amor. Onde? Como? Quando? Para quem?

Como respostas, devemos fa-zer o que Jesus fez. Em sua época, a sociedade também tinha muitos problemas (falta de amor, injusti-ças, miséria, doenças, discrimina-ção, dificuldades...). No entanto,

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Ele agia concretamente. E nós? Te-mos essa atitude? Ele chamou os doze discípulos e lhes disse: «Ide e evangelizai a todos...” e eles as-sim o fizeram. Tiveram problemas, encontraram situações adversas, eram motivo de chacotas... Com certeza! Mas não desistiram.

Ele chama cada um de nós, cristãos católicos - equipistas, ca-sais, pais, homens e mulheres - des-ta sociedade contemporânea, que enfrenta as mesmas situações de outrora, porém com acréscimos de múltiplas diversidades em que a sociedade supervaloriza o TER e se esquece do SER; só pensa no trabalho, na comodidade e quer as coisas fáceis. É a sociedade da facilidade, do consumismo, do descartável, egoísta e competiti-va, que se acostuma com o sofri-mento do outro, com a violência,

com a exploração sexual e tantas outras realidades que afrontam a ética, a moral e a dignidade da vida dos homens e das mulheres.

Diante de tudo isso, estejamos prontos para Ousar o Evangelho, discernir os sinais dos tempos e servir na sociedade na qual vive-mos e somos parte, construin-do uma sociedade que conheça e viva o amor de Jesus Cristo, fun-damentada na verdade, justiça e fraternidade em busca do bem comum.

Que os exemplos de Jesus, Ma-ria e José nos motivem a apre-sentar ao mundo a face do Amor: Jesus Cristo, por Ele e com Ele, construir uma sociedade mais hu-mana, justa e fraterna.

Olga e NeiCR Província Centro-Oeste

Campo Grande-MS

“Concentrando toda a história da salvação no mistério de Cristo, a Igre-ja lê, celebra, atualiza as maravilhas de Deus ao longo do ano litúrgico, através das diversas celebrações: da palavra, da eucaristia, dos sacramen-tos e sacramentais e do ofício divino” (CARPANEDO P., Revista de Liturgia, nov/dez 2003).

O cristão faz de sua história uma “história de salvação”, centrando sua vida no mistério de Cristo. Este mistério se desdobra durante o ano litúrgico (solenidades e festas do Se-nhor e de Maria, santos e santas...) nas diversas celebrações, das quais uma delas é Pentecostes.

“Nele celebramos a Vinda, o

PENTECoSTESDom do Espírito do Ressuscitado, o nascimento da Igre-ja. Historicamente, esta festa vem da tradição judaica da “Festa das Sema-nas” quando, 50 dias depois da Pás-coa, se comemoravam as colheitas e a Aliança do Sinai, a entrega das tábuas da Lei. Paulo, escrevendo aos coríntios, lembra esse fato do Primei-ro Testamento, interpretando-o em chave cristã: “Vós sois uma carta de Cristo, escrita por nosso intermédio, escrita não com tinta, mas com o Es-pírito de Deus vivo, gravada não em tábuas de pedra, mas em tábuas que

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são corações humanos” (2Co 3,3). Pentecostes, então, na alegria

da colheita dos frutos do Espírito na vida dos batizados, conclui, com sentimentos de plenitude, a celebra-ção da Nova Aliança, no Sangue do Cordeiro, que teve como desfecho o enraizamento da Lei do Amor, no íntimo dos corações, pelo Espírito que nos foi dado (cf. BUYST Y., Ano Litúrgico – celebração, teologia e es-piritualidade, pg 26).

A oração (Coleta) da festa de Pentecostes é uma síntese maravi-lhosa do seu significado: “Ó Deus que, pelo mistério da festa de hoje, santificais a vossa Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo e realizai ago-ra no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho”. Pentecostes é a “foz” de um grande “rio”, coroan-do a caminhada pascal iniciada na Quaresma.

“Para que o cristão possa realizar

sua missão de testemunhar o Cris-to ressuscitado, para que ele possa viver o ideal da comunidade cristã, formando mais e mais o Corpo mís-tico de Cristo, para que possa viver sua vocação e missão batismais de sacerdote, rei e profeta, Cristo ga-rante sua presença através do Seu Espírito... Nós, cristãos, não só nas-cemos para a vida nova em Cristo, mas crescemos e produzimos fruto graças ao Espírito. Se Páscoa é nas-cimento, é vida nova, Pentecostes é crescimento, é testemunho, é o ple-no desabrochar até a idade madura em Cristo (BECKHAUSER, Celebrar a vida cristã, 199).

Peçamos o Dom do Espírito, con-figurado nos sete dons oficiais e em tantos outros “oficiosos” que de-vem permear nossa luta diária para a transformação da sociedade numa vida mais humana, mais justa, mais santa.

Pe. Osmar Augusto BezutteSCE Província Centro-Oeste

Rondonópolis-MT

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Este ano, a Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e Cristãs (SOUC) deverá congregar, entre os dias 17 e 24 de maio, cris-tãos e cristãs em todos os estados do país que, juntos, celebrarão o dom da unidade. Para bem celebrar a Se-mana, o CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil) preparou cartazes e cadernos de oração.

- No hemisfério norte o período tradicional da SOUC vai de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propos-tas em 1908 por Paul Watson porque cobriam os dias entre as festas de São Pedro e São Paulo, tendo portanto um valor simbólico. No hemisfério sul, em razão das férias, as Igrejas fre-quentemente acham outros dias para celebrar a Semana de Oração, como, por exemplo, ao redor de Pentecos-tes (de acordo com o que foi sugeri-do pelo movimento Fé e Ordem em 1926), data também simbólica para a unidade da Igreja. Cientes da ne-cessidade de flexibilidade, propomos que se use este material ao longo de todo o ano para expressar o grau de comunhão que as Igrejas já têm atingido e para orar juntos pela plena unidade, que é o desejo de Cristo.

- Texto bíblico para o ano de 2015: João 4, 7 - Jesus lhe disse: Dá--me de beber! (Tradução ecumênica da Bíblia - TEB). O estudo e medita-

A SEMANA NACIoNAL DE oRAÇão PELA uNIDADE

DoS CRISTãoS SouC 2015

ção desse texto adotam a metodo-logia da CEBI (Centro de Estudos Bí-blicos). Largamente posta em prática na América Latina, é chamada de Leitura Contextual da Bíblia. Trata-se de uma abordagem do texto que é, ao mesmo tempo, acadêmica e po-pular. Nessa metodologia, o ponto de partida para qualquer teologia e interpretação bíblica é a vida cotidia-na. Adotamos a abordagem que ve-mos em Jesus no caminho de Emaús (cf Lc 24,13-24): Que está aconte-cendo? De que vocês estão falando? Partindo do contexto, vamos ao tex-to bíblico. Nessa viagem metodo-lógica, a Bíblia é uma lâmpada para os nossos pés, uma luz para o nosso caminho (Sl 119,105). Tomamos a Bíblia como um raio de luz a iluminar o caminho de nossas vidas. O texto bíbli-co nos ensina e nos transforma para que possamos dar teste-munho da vontade de Deus no contex-to em que vivemos.

- Oferta da Semana de Ora-ção: A oferta simboliza o compro-metimento das pessoas com o ecu-menismo. É uma forma concreta de mostrar que acreditamos realmente na Unidade dos Cristãos. - Preparado e publicado em conjun-

to com a Comissão Fé e Constitui-ção do Conselho Mundial de Igrejas.

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Fonte: Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos – Vaticano.

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Quando Deus criou a mulher, depositou nela todos os dons que tão bem conhecemos como a do-çura, a persistência, a paciência, o carinho, a fraternidade, a solida-riedade, a doação sem medidas, a dedicação, a abnegação, o perdão, a fortaleza e muitos outros, todos eles fruto de um amor incalculável que brota de seu coração, mas um dom se destaca de uma maneira especial: a capacidade de ser mãe.

Quando Deus lhe deu essa ca-pacidade, concedeu que ela a exer-cesse de várias maneiras.

O caminho mais comum é o de que ela gere o seu filho em suas próprias entranhas, tornando-a as-sim corresponsável pela geração de uma nova vida, cujo modelo maior foi da encarnação de Jesus no Fiat de Maria.

Existem varias mulheres que por diversas razões não conseguem gerar um filho. Então, sabiamente, como Deus lhes concedeu o dom de ser mãe, procuram outros cami-nhos para exercerem tão sublime missão, sendo que o principal ca-minhoé a adoção. Este é um gesto que enaltece a mulher.

Em ambos os casos, a expres-são do amor pelos filhos gerados ou adotados é algo que não temos como medir, mas sim sentir atra-vés do nosso relacionamento com eles. Esse amor é um caminho de

Mar

iaMãE: oBRA PRIMA Do CRIADoR

ida, sem esperar retorno. É mais um dom dado por Deus.

Esse amor de mãe é um amor que não tem fim, é como se fos-se a imagem do Amor de Deus por cada um de nós. É um amor que não mede esforços e sacrifícios bus-cando diuturnamente a felicidade de seu filho, não importando a situ-ação pela qual ele esteja passando. A mãe nunca desiste dele.

Por tudo isso é que podemos afirmar que mãe é uma obra prima de Deus, e assim ela merece mais do que nunca ser reverenciada. Mas como fazê-lo?

Existem muitas datas comemo-rativas em nosso calendário: dia dis-so, dia daquilo, e dentre essas datas existe uma que é comemorada no mês de maio, que é o chamado “Dia das Mães”. Com respeito a essa data já ouvimos inúmeras ve-zes que “dia das mães é todo o dia do ano”. Mas pensamos que nada mais justo do que elegermos um dia específico para homenageá-las, um dia em que, deixando a rotina do dia a dia, ela receba todo o cari-nho e amor mais do que merecido. Esse deve ser o sentido de come-morarmos o Dia das Mães.

Que Jesus Cristo, por interces-são de Nossa Senhora, Mãe Imacu-lada, abençoe cada uma das mães deste mundo.

Yara e PauloEq.01B - N. S. da Esperança São José dos Campos-SP

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Província sul II

ENCoNTRo DE EQuIPES NoVAS REgIão oESTE I

Aconteceu nos dias 07 e 08 de março de 2015, no Santu-ário Diocesano do Sagrado Coração de Jesus em Bauru/SP, o primeiro EEN da Região Oeste I – Província Sul II, dos Setores de Bauru, Pederneiras, Garça e Piraju.

Com o objetivo de finalizar a Pilotagem, o encontro foi rico em informação, formação e partilha; oportunidade de escutar muitas riquezas da Equipe formadora, que conduziu tudo com carinho e dedicação.

O Encontro foi finalizado com a Santa Missa celebrada pelo Pe. Marcos Pavan, SCE Setor de Bauru, que chamou a atenção sobre palavras que causam temor e que andam esquecidas: ‘Compromisso’ e ‘para sempre’, pedindo aos ca-sais que davam seu SIM ao MENS e ao propósito de fidelida-de na busca pela santidade, que assumissem esse Compro-misso com seriedade e esforço para que seja para sempre.

Louvamos e agradecemos a Deus por todos estes casais, pela condução desse EEN e por àqueles que trabalharam com carinho para que tudo transcorresse da forma abenço-ada como ocorreu.

Viviani e BelmiroCRS – Setor B

Bauru-SP

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Raí

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Uma jovem dizia ao Pe. Caffarel da tristeza que a acabrunhava por não mais encontrar satisfação alguma na sua meditação. Eis as linhas que o Pe. Caffarel lhe escreveu e que transcrevemos dos “Cahiers sur l’Oraison”. D i r ig idas a uma jovem ado lescente , compreende-se a l inguagem um tanto sentimental empregada, mas que não perde por isso a sua força e profundidade.

MEDITAÇÕES DESÉRTICAS1

1 Editorial Pe. Caffarel – Carta Mensal Dezembro a Fevereiro de 1973 - n° 9

Minha cara Verônica, estive pensando que ficaria satisfeita em ter por escrito os conselhos que lhe dei há dias, principal-mente se não reencontrou a pre-sença de Cristo na sua medita-ção diária. Há vários meses que Ele lhe concedia o sentimento de sua presença, e isto era mui-to bom. Agora este sentimento desapareceu e eis que você está toda perturbada. Eu a compre-endo; não se deixe porém ficar na inquietude. Não se canse inu-tilmente à procura da razão de ser dessa mudança. Nem se apresse em pensar que a culpa é sua. Pelo contrário, esforce-se em acei-tar de coração aberto, de bom humor e com toda a paciência o que é uma provação. Pouco a pouco irá descobrir que as me-ditações aparentemente estéreis são de grande proveito. E a pala-vra de Cristo, também para si, se revelará verdadeira: “É útil para vós que eu me vá”.

Sua fé sairá mais pura e mais forte desta marcha no deserto, onde nada brota, onde não encon-tramos ninguém. Enquanto Nosso Senhor lhe deixava entrever a sua presença e o seu amor, era bem fácil unir-se a Ele, um pou-co como os apóstolos, quando o seu Mestre ressuscitado aparecia no meio deles. Mas, se nada de sensível vem em seu auxílio, a sua fé é obrigada a se firmar e a se afirmar.

Lembre-se das palavras de Cris-to a Tomé: “Bem aventurados os que crêem sem ver”. Aplique-se portanto, muito suavemente, mui-to calmamente, no decorrer de suas meditações desérticas, em crer que Jesus está aí, amando a sua filha com grande amor. Nada pode glorificá-la tanto quanto esta fé imperturbável.

A sua vida interior vai alcan-çar um segundo benefício con-siderável com essas meditações

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penosas. Lembra-se de quando estava interna no colégio? Do desejo crescente de rever seus pais, seus irmãos, à medida que os dias passavam? E a volta à casa não era tanto mais alegre quanto mais desejada? Assim também, nas suas orações ári-das, o seu desejo de reencontrar o Cristo, de penetrar mais adian-te no seu amor, vai se intensifi-car. Isto é essencial, porquanto, à medida que esta aspiração se aprofunda em sua alma, também poderá oferecer à vida de Cris-to um lugar infinitamente maior. Sua graça ser-lhe-á dada com tanto mais abundância quanto maior for o vazio e a avidez inte-rior. E esta avidez é a virtude da esperança.

Terceiro benefício: como o metal no cadinho, seu amor por Cristo se vai purificando com es-tas orações que se assemelham assim ao purgatório. Não repa-rou você que, muitas vezes, ao se entregar à meditação, o seu grande desejo era reencontrar a tão agradável alegria experi-mentada na véspera? Prova de que não era unicamente para agradar a Deus, mas também por amor de si mesma. Quando o percebemos, deveríamos ser os primeiros a dizer a Nosso Senhor: Para livrar-me desse velho amor de mim mesmo, para que dora-vante eu me entregue à medita-ção, não pela satisfação que nela

sinto, mas unicamente para vos-sa glória, peço-vos que não en-contre nela maior satisfação do que seja necessário. E, mesmo que não tomemos a iniciativa, pelo menos, quando as alegrias da meditação nos são recusadas, saibamos consentir, na paz e na paciência.

Principalmente, não se asse-melhe àqueles que, durante todo o tempo de sua oração, esperam com ansiedade pela volta da ale-gria: fazem-me pensar nessas crianças que, na noite de Natal, só dormem com um dos olhos e, com o outro, espreitam a chega-da dos brinquedos.

Virá o dia, assim o espero, em que chegará até a ficar conten-te, quando a sua meditação for privada de alegria; saberá então que ama a Jesus um pouco mais do que a si mesma.

Não tinha eu razão, Verônica, ao dizer-lhe que as suas medita-ções desérticas são muito úteis? As três grandes virtudes nelas se purificam e aperfeiçoam: a fé, a esperança e a caridade, preci-samente estas virtudes que nos põem em contato com o nosso Deus e nos iniciam à sua vida ín-tima.

Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo

Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

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JuBILEu DE PLATINA DAS ENS13/05/1950 – 13/05/2015

O Senhor fez por nós, casais equipistas, maravilhas.

Queridas irmãs e irmãos: que a Paz do Senhor esteja com to-dos vocês. Foi com imensa ale-gria que recebemos a incum-bência de Fernanda e Martini de escrever-lhes algo sobre os 65 anos de existência das Equipes de Nossa Senhora entre nós.

A história toda começou com uma palestra de um padre domi-nicano canadense, Marcel Marie Desmarais, a um grupo de ca-sais no Centro de Estudos Dom Galvão, na cidade de São Paulo. Eram pessoas que faziam parte de um Movimento Mariano para homens, e resolveram constituir o centro de estudos com a parti-cipação das respectivas esposas. Em uma conferência proferida pelo Padre Desmarais, contou--lhes este que havia conhecido na França as “Equipes do Padre Caffarel”. O casal Nancy (com 41 anos na época) e Pedro Mon-cau (com 50 anos), se encarrega de manter contato com o Pa-dre Henri Caffarel, na França, a quem conheciam de nome ape-nas, através das publicações do “L´Anneau D´Or”.

Em carta dirigida ao Pe. Ca-ffarel, em 30 de Novembro de 1949, Dr. Pedro Moncau lhe con-ta um pouco da caminhada feita aqui no Centro Dom Gastão, e

ressalvamos aqui um trecho des-ta carta bastante significativo. Escrevia Dr. Pedro: “Pelas infor-mações que nos deu o Rv. Padre Desmarais, tenho a impressão que a finalidade da L´Anneau D´Or é sensivelmente idêntica àquela que perseguimos”, para em seguida solicitar mais deta-lhes do funcionamento dos gru-pos de casais.

Em 15 de dezembro, Padre Caffarel responde a esta carta. Nesta ele inicia com as seguintes palavras: “Quero lhe falar, em primeiro lugar, da alegria e da emoção que tive ao ler sua car-ta. É tão impressionante pensar que, através dos oceanos, laços se ligam graças ao L´Anneau D´Or que fundei e cuja direção assumi.” Pouco mais adiante ele escreve ainda: “... como pres-sentiu, nossas orientações são parentes próximas. A L´Anneau D´Or e os grupos de casais que trabalham paralelamente a ele, têm o objetivo essencial de aju-dar os casais a tenderem para a santidade. Nem mais, nem me-nos.”

Estas duas cartas estão devi-damente emolduradas e expos-tas na sala de reuniões do nosso Secretariado, em São Paulo.

A partir desta primeira troca de

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correspondências vão se apri-morando os detalhes até que se realize a primeira reunião de equipe em terras brasileiras, do outro lado do oceano, e em lín-gua portuguesa (as equipes exis-tentes estavam na França e Bél-gica, de idioma francês). A carta de 15 de dezembro, no dizer de Dona Nancy, “constitui como que a certidão de nascimento das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, pois foi o começo de uma série de conta-tos que culminaram com o início, no dia 13 de maio de 1950, da primeira equipe.” Infelizmente não conseguimos resgatar os no-mes dos participantes desta pri-meira reunião.

Como era nossa inten-ção prestar uma homenagem a estes verdadeiros “pioneiros” do nosso Movimento, resolvemos representá-los todos nas pes-

soas que participaram da primeira Assembleia Geral, para instalação da so-ciedade civil. Realizada no dia 3 de dezembro de 1958, aprovaram-se tanto os “Estatutos Sociais” das Equipes de Nossa Senhora, como a indicação e eleição da sua primeira “Diretoria Nacional”.

Queremos expressar nos-sos agradecimentos a todos

aqueles que, de uma forma ou outra, colaboraram para que hoje, após 65 anos de existência, possamos colher seus frutos em benefício do nosso casamento, da nossa família e do bem que semeamos no nosso convívio so-cial e de trabalho. E o fazemos lembrando-nos das seguintes pessoas que em 1958 participa-ram da constituição oficial do nosso Movimento: Nancy Caja-do e Pedro Moncau Junior, Pa-dre Lionel Corbeil, Branca Doris e Nelson Gomes Teixeira, Car-mem Cecília e Roberto José Bo-necker, Esther Brito e Luiz Mar-cello Moreira de Azevedo, Ignes Magalhães e Orozimbo Loureiro Costa, José Aranha de Assis Pa-checo, Maria Aparecida Ataliba e Ernesto Lima Gonçalves, Ma-ria da Glória e João Payão Luz, Maria Heloisa e Newton Cavalie-ri, Maria Suzana e João Batista Villac, Monique e Gerard Duchê-ne, e Silvia e Osvaldo Leite de Moraes. Maria Regina e Carlos Eduardo Heise

Equipe 1ª - N. S. do RosárioPiracicaba-SP

Carta enviada ao Pe. Henri Caffarel por Dr. Pedro Moncau em 30/11/1949

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Quando juntas com o marido, ninguém podia nos ver sozinhas que já perguntavam: cadê ele? Agora, na viuvez, que os outros continuem nos vendo ligadas ao cônjuge, mas abertas à nova situação. Todo o Evangelho nos ensina a sair de nos-sa comodidade, de nosso marasmo, de nosso sofrimento particular e a avançar para águas mais profundas. Marinheiro não fica parado em uma tempestade. O barco tem de ser conduzido por nós que ficamos. A fé em Jesus leva-nos a confiar e acredi-tar sempre em dias melhores.

Todas nós, viúvas, fomos felizes e vivemos plenamente a conjugali-dade. Agora, neste novo momento da vida, pelo qual todos passam ou passarão (quando não quiser passar por isso, deve morrer antes do ama-do), precisamos valorizar também as migalhas (Mc 7) de graça que conti-nuam caindo sobre nós, e transfor-má-las em um banquete partilhado com outras irmãs sós; esse banquete que nos deve fartar, curar, enriquecer e alegrar com sinceridade.

Solidarizar-se com a dor dos ou-tros é bom; porém, precisamos curar também as nossas dores. Ninguém caminha sozinho. Por isso existem as Equipes e a CNSE.

Praticamos nas reuniões a entre-ajuda, não no sentido teórico mas sim no verdadeiro, juntamente com testemunho de vida, com a única fi-nalidade de que todas se beneficiem desse esforço conjunto de cresci-mento no plano espiritual e huma-no, como dom e graça recebidos de

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SEVIúVAS DAS ENS (CNSE)

Deus. Sempre com a intercessão de Nossa Senhora da Esperança.

A Mística consiste em deixar o Es-pírito Santo agir nos momentos em que oramos, partilhamos, nos entre-ajudamos, perseveramos, tornando--nos instrumentos recíprocos de san-tificação.

A viúva, e não só a recente, se sente presa, só na sua dor e só po-demos quebrar a grade dessa prisão buscando a saída para o Alto. Muitas ficaram aniquiladas, outras se revol-taram, não admitiam o novo estado, furtando-se até a dizer: “sou viúva”, optando por “estou viúva”. Há gran-de diferença no emprego do verbo: “sou” é permanente e “estou”, transitório. Será que as que estão vi-úvas esperam se casar novamente?

Lembremos-nos também que Maria, nosso modelo, foi viúva. Será que ela mereceu menos que nós? Ou que foi infeliz com José? Ou que não sofreram juntos as dores ou co-memoraram as alegrias? E que dizer de dona Nancy?

De nossa viuvez tão temida é que deve germinar o fruto de nossa nova vida e perdurar para sempre. Com a morte do cônjuge um ciclo se fe-chou. Não há como revertê-lo. Se formos nós a viver a viuvez, somos nós que devemos aceitá-la, dilatan-do nosso coração, afinando-o com os novos desafios, tornando-o capaz de sobreviver às dores mas também de abrir-se a todos os dons que re-cebemos. O amor terrestre, cortado tão radicalmente com a morte defini-tiva, não foi destruído; ao contrário,

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transformou-se em uma nova voca-ção: um apelo à uma vida mais ele-vada, lembrando que todo chamado de Deus vem acompanhado de gra-ças. E nas CNSE podemos encontrar a realização dessa vocação. Nossos filhos estão criados e não podemos ocupar-nos quase exclusivamente com eles. Não são mais a finalidade de nosso existir. Já os ensinamos a alçar voos próprios. Eles não podem preencher nossas carências, não são nossos confidentes, não são culpa-dos por nossa viuvez. Quando Deus nos envia ou permite a provação, acrescenta a força necessária para suportá-la. Não podemos nos voltar para nós apenas, pois o Senhor sem-pre pediu para acolher os irmãos.

As viúvas das ENS têm nesse tra-balho das CNSE uma oportunidade excepcional de exercer uma ativida-

de pastoral no âmbito familiar, mais condizente com a idade e a situação de viuvez.

Não sei bem o que Deus espera de mim, como devo ousar o Evan-gelho na ausência de meu querido, mas sei que o caminho nas ENS já foi preparado pela viúva dona Nancy. E é só assumir com coragem. Orar muito para que não me torne amar-ga e que Deus continue a ser a pedra angular de minha vida.

Coragem, ”meninas”, vamos juntas em busca de um outro desa-fio. E com nossa experiência de equi-pistas vamos melhorar a nossa vida e a das pessoas sós (também divorcia-das e solteiras) que precisam de nós. Deus seja louvado.

Maria Inês B. MariniCNSE nº 1 de Limeira-SP

Já o tinha bem compreendido aquela viúva que me escre-via: “O amor é mais do que a morte e a morte esclarece o amor. Hoje posso dizer que há um modo de amar que só a morte me revelou e me forçou a praticar”.Se a tristeza luta contra a alegria e ameaça sufocá-la, reajam, recusem-lhe toda cumplicidade. Ela é um veneno que as fará morrer. Façam aliança com a alegria; tímida e escondida, ela talvez, ainda seja apenas uma brasa sob as cinzas. Contudo, ela existe e não pode deixar de existir se

o amor de Cristo está vivo em você.Se a coragem lhes faltar, procurem sem tardar Aquele que disse: “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e abatidos...” Enquan-to que com os outros terão de ser fortes e serenas, com Jesus Cristo entreguem-se à brandura de ser fracas, a fim de que ele repare suas forças e renove a sua alegria.Eu lhes deixo, ao terminar, estes dois versos de Marie-Noel, para que nas horas difíceis cantem em sua memória:“Minha força estará pronta no momento preciso.Como o manto do infante por sua mãe tecido.”

Pe. Henri Caffarel

Trecho extraido do livro “O Amor mais Forte que a Morte” pp. 40/41 - CNSE/2013

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Um dos livros que mais bem exprime o pensamento do Padre Caffarel so-

bre a “santidade conjugal” é um dos primeiros que reuniu seus es-critos: O AMOR E A GRAÇA, que data dos anos 50. É uma pena que a edição em português, fei-ta nos anos 60 pela falecida edi-tora Flamboyant, esteja não só esgotada, mas desaparecida. Os diversos textos reunidos no livro estão, como diz o próprio Padre Caffarel no prefácio, unidos e animados por um pensamento básico: “o casamento é um mis-tério divino, um sacramento”.

O capítulo do livro mais vol-tado para este tema é o que tem justamente este título: “O Matrimônio é um Sacramento”. Nele, o Padre desenvolve a res-posta tão procurada pelos jovens casais à pergunta: “Mas qual é a relação entre o amor humano e o amor divino?”. Esta interro-gação volta com muita frequên-cia nos textos do Padre Caffarel, exatamente porque ele sabe que as respostas a ela vão nos colo-car cada vez mais no caminho da santidade.

“O que é um Sacramento?” começa ele por perguntar. E logo responde: “Antes de mais nada, é um ato de Cristo. Por trás dos objetos, dos ritos, das fórmulas (e, poderíamos acrescentar aqui

SEguINDo oS ESCRIToS Do PADRE CAFFAREL

no Brasil, toda a parafernália festiva) atrás do rosto do pa-dre cujas imperfeições humanas claramente percebemos, é um Outro que abençoa, que absol-ve, que consagra. Quando está administrando um sacramento, a pessoa do ministro se apaga e desaparece.”

Os ministros do sacramento do matrimônio sendo os próprios esposos, o mesmo acontece com eles. “O que eles têm para se dar? Sua humanidade, tal como ela é, sua vida, tal como ela será: a meio caminho entre o bem e o mal.” Os que assistem à ce-rimônia do casamento, os que têm ‘experiência’ sorriem das ilusões do jovem casal: “a vida”, pensam eles, “se encarregará de desfazê-las”.

“E eles teriam razão”, escreve o Padre Caffarel, “não fosse um Ter-ceiro, que passa a fazer parte do jogo. Pois é o próprio Cristo que vem chancelar a união dessas duas criaturas. Todo casamento, assim como todo sacramento, é con-ferido por Cristo. Pouco importa que o padre-testemunha seja Dom Fulano ou Monsenhor Sicrano ou um vigário desconhecido: é Cristo que casa os jovens esposos e são os próprios que lhe servem de mi-nistros. Daí, tudo muda. Essa união humana, esse amor feito de argila, é o Senhor que o assume. Na luta de cada dia, contra todas as forças

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que vão ameaçar sua intimidade, os esposos serão sustentados por uma outra força, aquela mesma que sustenta os mundos no espa-ço, porque ela é também a força criadora de sua vontade e de seu amor.”.

E o Padre cita a fala de uma personagem do autor Paul Claudel: “A força com a qual te amo não é diferente daque-la que te faz existir”. Essa misteriosa força vai acompanhar os esposos durante a vida inteira. “Cristo não estará ape-nas junto deles, estará neles. É de dentro que ele quer purificar e tor-nar mais nobre cada ins-tante de sua vida conju-gal”. Os teólogos dizem que o sacramento dá aos esposos o direito de usu-fruir das graças de seu estado. O Padre Caffa-rel diz: é muito mais que um direito, é uma cer-teza: “é uma Presença, é um Deus que trabalha dentro de suas vidas”.

Os jovens casais veem na sua imaginação o amor como uma es-pécie de paraíso e não entendem que se fale de “curar o amor”.

Mas na verdade, para chegar ao paraíso que é o amor, há muitos aspectos do ser humano que pre-cisam ser “curados”. “É preciso”, diz o Padre Caffarel, “curar a fe-bre da carne, tão sujeita à violên-cia e aos caprichos. É preciso curar o egoísmo, essa doença espiritual: a alegria de ser amado degenera rapidamente na exigência de ser servido ou servida! Para que o corpo volte a seu papel de servi-dor, para abrir a alma para o dom de si e para a acolhida, Cristo está aí, como um Samaritano vigilan-te que reergue e cuida. Pela gra-ça do matrimônio, algo de Cristo passa para dentro de nós, acalma a carne, dilata o coração e o ensi-na a abrir-se e a doar-se”.

A graça da cura gera a graça da “transfiguração” e da fecundi-dade. Veremos, no mês que vem, o que Padre Caffarel escreve so-bre estas. Por enquanto, em nosso próximo dever de sentar-se, pode-mos nos perguntar: quais são as enfermidades de nosso amor de casal que a graça do matrimônio já curou? E quais aquelas que ain-da precisam ser curadas?

Hélène e Peter Eq.05A– N. S. da Santa Cruz

São Paulo-SPMonique e Gérard

Eq.01A – N. S. do Sim São Paulo-SP

M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N.S. do Rosário

Piracicaba-SPCidinha e Igar

Eq.01B – N.S. Aparecida Jundiaí-SP

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oDE MãoS DADAS

O tempo passou sem que tivés-semos ideia de que chegaríamos a uma idade tão avançada: eu, às vés-peras dos (ufa!) oitenta e sete anos e Hugo com oitenta e quatro. Com muitas limitações causadas pelas nossas idades, mas juntos.

Recentemente, Hugo me disse: “Que bom, Beatriz, que não nos separamos. Sinto-me feliz por estar-mos vivendo nossa velhice juntos!” Essa felicidade quero testemunhar e compartilhar.

Este casal de velhos chama a atenção das pessoas, nas caminha-das e nos lugares em que aparecem de mãos dadas. Algumas pessoas chegam até a parar, por alguns ins-tantes, para nos olhar.

Um casal, após a missa, fez ques-tão de falar conosco. O que ouvi me deixou encabulada: “Vocês são tão bonitinhos... Uma raridade nestes tempos”.

Por que chamamos tanta aten-ção? Não somos o único casal de velhos. Mas julgo estarmos entre os mais velhos. Esta é certamente a ra-zão: nossa avançada idade, ambos ainda lúcidos, querendo fazer e re-solver coisas; caminhando, embora com dificuldade.

A nossa vida não foi nenhum mar de rosas, diante de tantas coisas pelas quais passamos.

Casei aos 31 anos e 5 meses de-pois de casada, descobri que estava grávida. Fiquei muito feliz, mas per-di o bebê no 60 mes de gestação. Foi um choque, um sofrimento. Pensei que a minha vida, o nosso casamento estava acabado. Anos

depois, tive não um, mas 5 filhos. Ao longo dos anos, tivemos ou-

tros sofrimentos e crises, sobrevive-mos a algumas doenças. Antes de entrar no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, numa das nossas crises, até cheguei a pensar em se-parar-me. Mas não podia imaginar a minha vida sem Hugo. Disse-me, então: “Aguenta, aguenta Beatriz, não acaba com a sua família!”

Nossa vida, contudo, não foi só de amarguras, de dificuldades.

Tivemos muitos momentos feli-zes: nascimento dos filhos e netos, batismos, aniversários, primeiras comunhões, formaturas, casamen-tos... E o ápice de todos esses mo-mentos, a comemoração das nos-sas Bodas de Ouro, (14 /02/2009).

Antes de encerrar, vale regis-trar a importância da presença do Movimento para o nosso ma-trimônio. O uso dos PCE ofereci-dos pelo Movimento ajudou-nos a valorizá-lo ainda mais, a espiri-tualizá-lo, a mantê-lo a salvo das injunções adversas que a vida nos apresenta sem aviso prévio.

Essa felicidade de que ora usufruímos, juntos até quando for da vontade de Deus, quisera eu que outros casais também a vivenciassem.

Permanecer juntos depende so-mente da vontade do próprio casal. Daquilo que o seu coração e a sua mente querem.

Beatriz, com a colaboração do Hugo e da filha Maércia

Eq.27 – N. S. do Perpétuo SocorroBrasília-DF

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O Setor de Edéia tem a alegria de partilhar a história de uma fa-mília de equipistas. Em 2015 três irmãos foram eleitos casal respon-sável de suas equipes de base: Emília (Komatsu) e Dênio, Mauri-cio (Komatsu) e Débora, Silvio (Ko-matsu) e Aida.

A família Komatsu teve no pai, Massayuki Komatsu, um braço forte na educação dos filhos e na mãe, Toshie Komatsu, mulher de fé, orante e temente a Deus, uma ver-dadeira intercessora em favor da fa-mília e da sociedade como um todo.

A mãe, sempre dedicada à igre-ja, tem a graça de ver seus três filhos casados e engajados no Movimento das Equipes de Nossa Senhora, di-zendo SIM ao serem chamados ao trabalho em prol das ENS.

Em 2015 os três irmãos, eleitos CRE, participaram ativamente do EACRE.

Esses três casais perceberam que

o EXEMPLo FAz A DIFERENÇA

o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é lugar ideal para se viver em família no mundo de hoje. Todo casal equipista comprometido com o Movimento e que vive de acordo com o que ele propõe, executando bem os PCE, tem um presente de Deus para santificação do casal e educação dos filhos. Ah! Se todos entendessem e aproveitassem a oportunidade que recebem no ato em que são convidados a fazer par-te dessa linda família, certamente a igreja teria mais santos e santas.

No caso da família Komatsu só pode ser uma graça recebida da Mãe das mães depois de tanta de-dicação a Deus. Concluímos que quando uma mãe pede à Mãe, seus filhos são encaminhados. E ainda, que o conselho ajuda, mas o exem-plo faz a diferença na vida dos fi-lhos.

Marinalva e FranciscoCR Setor Edéia-GO

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15A demonstração de nossa união e pre-sença no Brasil continua neste segun-

do encarte sobre os EACRE 2015.

Além de muitas fotos que já começamos a publicar na Carta anterior, vamos dividir com vocês alguns comentários e testemu-nhos que recebemos, que representam o carisma de nosso Movimento.

Todos citaram o alto comprometimento dos organizadores, da agenda bem defi-nida e que se repetiu por todo o EACRE, com palestras empolgantes sobre o tema e orientações do ano, o Padre Caffarel, o 3º. Encontro Nacional e outros.

Foram 50 EACRE com mais de 12.000 pes-soas envolvidas.

Começamos muito bem o ano, e até com uma poesia dedicada ao EACRE, que repro-duzimos a seguir:

Dia 07 de fevereiroDe 2015 chegouMais outra vez reunimosCom a força do SenhorPara realizarmos juntosMais um EACRE com amor.

Nos chamou a atenção,No tema que presidiu,Falando a realidadeCom amor retribuiu,O padre Paulo Renato,Da Super Região Brasil.

Com uma mensagem bela,Um Conselheiro a favorDe todo este MovimentoE com cautela falou,Falo de Dom EdmilsonQue sempre fala de amor.

Dioné e Luiz Eq.11 N. S. de Fátima

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ECOS DO EACRE 2015Oportunidade de renovar nosso fervor e nos empenhar ainda mais nas obras de Deus e serviços da Igreja. “OUSAR O EVANGELHO” fazendo a diferença em nosso Movimento. Como são lindas as missões de CRE, CL, Casal Piloto, Casal Informação, formas especiais de servir. Somos chamados a ter o coração cheio de bondade, de esperança; que tudo que vimos no EACRE sirva para nossa equipe, para que possamos discernir os sinais dos tempos e que o amor de Deus nos mude. Eliane e Zelonir Eq. N.S. Auxliadora- Maracaju-MS / “Não é o sentimento que gera o amor, mas sim o relacionamento”. Na convivência, Deus visitou-nos através de uma criança de 9 anos, filho de equipistas, que veio nos animar com seu acordeom, além de casais da Experiência Comunitária com show de sanfona, violão e voz. Acreditamos que conseguimos discernir a presença de Deus em cada detalhe. Tatiane e Carlos Eduardo Eq. 43 – N.S. de Guadalupe – Brasília-DF / ....Nosso Bispo, Dom Cesar, em sua Homilia, na Missa de domingo, exortou-nos: “estai prontos a escutar, ouvir mais o irmão, porque neste mundo moderno, todo mundo grita, todo mundo fala e se esquece de ouvir.”... Os palestrantes e celebrantes foram instrumentos nas mãos do Senhor: “levantemos as mãos aos céus para louvar e agradecer a Deus por todas as bênçãos recebidas”. Gorete e Manoel - CRS A – SP Leste - São José dos Campos – SP / O primeiro EACRE fe-chado da Região RNI aconteceu nos dias 28/02 e 01/03/15, no Centro de Eventos Mardunas e, às margens da Lagoa do Bonfim, aconteceu a Oração da manhã no domingo. Encerrou-se o EACRE com a Celebração Eucarística e Envio, presidida pelo Pe. Neto, SCE da Província Nordeste. Marta e Canindé Eq. 10D - N. S. da Medalha Milagrosa - Natal-RN A AET Irmã Maria José nos falou “juntos somos mais fortes”, este foi o sentimento de todos ao encerrarmos o encontro, com gratidão por mais esta oportunidade que o Senhor nos deu. Ivana e Wal CR Setor B - Rio Claro – SP / No coração do Maranhão bate “tuntum” e mais forte ao acolhermos dias 24 e 25/01/2015 os irmãos da Região MA/PI para o primeiro EACRE em nossa cidade. “Deus fez em nós maravilhas” e mesmo sem muita estrutura e experiência, o nosso EACRE foi uma bênção especial de Deus para todos. Ozinete e Dim- Eq. Distante- Tuntum-MA / Olga e Nei falaram do medo em servir, da necessidade de aceitar o desconhecido. Momentos de convivência, de palestras, orações e testemunhos. Ser CRE é um convite a amar mais, a motivar a equipe a amar mais, como Padre Paulo nos disse em sua palestra. Ficou claro o convite de Deus para nos manifestarmos com gestos concretos, discernir os sinais dos tempos e dizer: -“Eis que venho fazer, com prazer, a Vossa vontade, Senhor”. Elis e Jover - CL Região Centro-Oeste - Maracaju-MS / Foram dois dias iluminados com palestras objetivas e claras, testemunhos emocionantes e reuniões de grupo proveitosas. Acreditamos que todos os objetivos do EACRE foram alcançados; os casais foram tocados pela chama viva do Divino Espírito Santo e saíram convictos de que devem zelar pela unidade do Movimento para chegar à santidade. Silvia e João Cesar - CRSetor - Casa Branca/SP / Frei Paulo Sérgio fundamentou com o contexto bíblico; a Responsabilidade do CRE, Márcia e Luiz Carlos, animou-nos a ter coerentes entre fé e vida; Maria e Amâncio, CRR: ‘esse ano falaremos também da família e na família’. O baú foi o fio condutor ligando a família, o momento que vivíamos, a Deus. Lucinha e Marcos orientando sobre o Casal Animador. Foi um momento de orgulho, sem pecado, assistir à presença do MENS no Sínodo das Famílias por intermédio de Hermelinda e Arturo. Zezinha e Jailson Eq.01B – N. S. da Conceição -Jaboatão do Guararapes-PE

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Há 22 anos nós fomos convi-dados pelo querido padre João para participar de uma reunião onde nos foi apresentado o Mo-vimento das Equipes de Nossa Senhora.

Formamos a equipe 03 “Nos-sa Senhora de Fátima”, tivemos uma ótima pilotagem feita pelo casal Cleuza e Luiz Fernando de Brasília, e como CE Irmã Silmei que permaneceu conosco até 2012, nos deixando uma ben-ção, a Irmã Maria Elena.

No início nossos filhos eram pequenos, hoje já vieram os ne-tos. Iniciamos com muita expec-tativa e ansiedade de aprender, trocar experiências, fazer amigos e principalmente encontrar Deus e o caminho para a santidade.

Já se passaram muitos anos, a equipe foi crescendo em amiza-de e espiritualidade, coisas acon-teceram, casais se afastaram e outros entraram.

A vida em equipe não é um fim em si mesma, está a serviço de seus membros. Temos que ser fiéis ao Movimento e ao carisma fundador, vivenciando de forma concreta todos os meios que as ENS nos proporcionam.

A reunião mensal é o ponto alto. Sabemos que quando se en-cerra a reunião a equipe não termi-na, mas continua durante o mês, fortalecendo a ajuda mútua, man-tendo vivo o espírito comunitário.

Formamos uma grande famí-lia, na qual nos comprometemos em rezar uns pelos outros, estar atentos às necessidades de cada um, participar das atividades do Movimento, celebrar datas im-portantes, ajudar nos momentos de dificuldade, de doenças, acei-tar com respeito as diferenças e com humildade a correção fra-terna. A riqueza da vida da equi-pe depende de cada um.

Nossa vida conjugal foi trans-formada. Os PCE são ferramen-tas valiosas em nossa caminha-da. A Oração Conjugal tem nos unido cada dia mais e o Dever de Sentar-se renova nossa aceitação das diferenças e o dom do per-dão. Por meio da Regra de Vida, aumentamos o esforço para cor-rigir os defeitos para que o amor de Deus cresça em nossa vida de casal. A Meditação é um encon-tro muito particular com Deus, e a Escuta da Palavra nos faz estar atentos ao chamado de Deus. Ainda temos o Retiro, onde bus-camos novas energias e nos rea-bastecemos de forças para conti-nuar a caminhada.

É uma benção pertencer às ENS. Que Nossa Senhora nos aju-de a ser testemunho do amor de Deus a outros casais.

Suzete e AndréEquipe 03 N. S. de Fátima

Anápolis-GO

VIDA DE EQuIPE: uM CAMINHo DE SANTIDADE

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Edgard e eu nos mudamos para Lagoa Santa-MG no ano de 2003. Por ele ser militar da Aeronáutica, a carreira nos faz, de vez em quando, deixar uma cidade, amigos, comuni-dade e “aterrizar” com a família em um ambiente diferente. Nosso páro-co à época, e mais tarde SCE, nos convidou a conhecer as Equipes de Nossa Senhora. Depois da experiên-cia comunitária e pilotagem, fomos inseridos nas Equipes..

No ano de 2006, pouco tempo depois de assumirmos como CRE, o Edgard foi novamente movimentado. Desta vez mudar de cidade foi mu-dar de país e muito nos preocupou a adaptação da família. Para atender às nossas orações, conhecemos e fomos acolhidos como irmãos nas ENS do Pa-raguai. Fomos apresentados em uma missa mensal, e imediatamente arre-banhados para nossa querida ASU 12.

De volta ao Brasil, e a Lagoa San-ta, fomos novamente inseridos em nossa equipe de origem, que pos-suía casais antigos e outros novos. Mais um ano se passou, éramos novamente CRE, mas Deus nos deu uma missão maior ainda.

Nossos filhos já crescidos, a mais velha com 20 anos e o caçula com 17, e vem a notícia: grávida! Tantas ideias e tantas dúvidas. Com 42 anos, a gravi-dez não seria como dos dois primeiros.

Entretanto, um fato nos trouxe a certeza da presença de Deus em nos-sas vidas, amparada pela vivência no Movimento das ENS. Era setembro de 2011. Com dois meses de gravi-dez, fomos a uma peregrinação ao Santuário de N. S. da Piedade, próxi-

mo a Belo Horizonte, representando nossa Equipe. Nossa intenção era, terminada a missa, retornar para La-goa Santa. Porém, pediram-nos para acompanharmos a procissão ao final da missa, e fazer uma leitura de um trecho do Evangelho nas pausas para reflexão. Meio sem jeito de dizer não, ficamos e quando a Santa Escritura foi entregue ao Edgard, ele começou a ler o Evangelho de Lucas 1, 26-38 - a Anunciação de Maria e a encar-nação do Verbo. Naquele momento que vivíamos, marcou-nos sobretudo o final do trecho, nos versículos 36 e 37, onde diz: “Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na ve-lhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque para Deus nada é impossível.”

Da paz que veio em nossos co-rações brotou Carolina, que trouxe uma alegria imensa à nossa casa. Com apenas três meses, ela esteve conosco no Encontro Internacional, em Brasília. Lá pudemos reencontrar nossos irmãos paraguaios da Equipe ASU 12 e ter a felicidade de apre-sentar a eles a nova “sobrinha”.

Nossos dois filhos mais velhos também foram ao EI, mas represen-tando as Equipes de Jovens de Nossa Senhora.

Assim, podemos dizer que Deus nos acompanhou até aqui e, com o carinho, o apoio e o incentivo de nossos irmãos Equipistas seguiremos em frente, com a graça de pertencer às Equipes de Nossa Senhora.

Maria Cláudia, do Edgard.Eq. N. S. de Loreto

Lagoa Santa-MG

ENS EM NoSSAS VIDAS

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Abaixo, uma mensagem que mandamos para nossas filhas, pre-ocupadas em achar algum sentido para o caso da última 3a.feira1. Ao mesmo tempo em que ficamos agradecidos pela acolhida carinho-sa, pelo zelo que tiveram conosco, manifestamos o nosso compro-misso de estar sempre com vocês, “Para Deus”!!!

Filhas...

Considerando a nossa fragilida-de humana, atenuados os efeitos dos nocautes (pois a sensação é de que fomos nocauteados), uma memória dos fatos e um sentimen-to de gratidão, pois fomos prote-gidos:

Descemos a rua, de carro, pro-curando o número e como não deu para ver paramos no meio da qua-dra, lado oposto. Atravessamos e fomos ao primeiro prédio; tocamos, e ninguém atendeu; percebemos que não era o prédio que procurá-vamos. Neste minuto apareceram os assaltantes. Sem atendimento do interfone foi fácil para eles. Rua tranquila, sem movimento, com arma na mão, pediram a chave do carro, um deles já correu para o car-ro ligando. O outro, tirando o que tínhamos, correu logo em seguida para o carro, mandando que ficás-semos quietos. Numa inspiração, eu disse: Ele vai voltar...e num ímpe-to, corremos para o outro prédio, tocando o interfone, portão aberto

NoSSA PRIMEIRA REuNIão DE EQuIPE

prontamente, pois nos esperavam.

Foi o tempo de empurrar o portão da rua, o assaltante armado já voltava chamando-nos. Corremos para porta blindex: passamos e empurramos com força fechando-a! Subimos as escadas correndo. Livramo-nos!!! Tremia...tremia...nunca vi a possibi-lidade de morrer tão de perto!

Agora... imaginem: Se tivésse-mos nos dirigido ao prédio certo, os assaltantes poderiam ter subido para o apartamento conosco, ou se não tivéssemos corrido, um de nós, ou, nós dois, poderíamos ter ido com eles, ou sei lá o que mais poderia ter ocorrido, prefiro nem pensar!!!

Com isto, vamos ficar mais atentos, fazer a nossa parte e re-conhecer que fomos protegidos... que Nossa Senhora cuidou de nós... Seu pai tinha uma imagem de Nossa Senhora no bolso...e lá ficou! Hoje, me mostrou a meda-lhinha, acariciando-a!!!

Continuaremos na busca do nosso equilíbrio espiritual, com er-ros e vontade de acertar; não va-mos desistir desta convivência: é muito bom partilhar a fé e amor... bons exemplos são inspiradores, principalmente, entre famílias!

Mama e papa! Lourdinha e Edward

Eq.05 - N. S. de Fátima Belo Horizonte-MG

1 Fomos introduzidos numa Equipe já formada, e 3a feira foi o dia de nossa primeira participa-ção na Reunião.

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SoMoS uMA ECLÉSIA

Participar do Movimento das Equipes de Nossa Senhora para nós é motivo de muita alegria. Moramos em Uruaçu/GO, nas-cemos no seio da Igreja Católi-ca e sempre buscamos assumir a nossa fé. Quando éramos sol-teiros tínhamos uma vida inten-sa em meio a grupo de jovens, acampamentos, congressos e éramos apaixonados por tudo o que envolvia a missão. Após nos casarmos, sentimo-nos um pouco deslocados pois, a partir daquele momento, éramos um casal e precisávamos nos encon-trar como tal. Continuar servindo sim, porém juntos e de forma di-ferente.

Alguns anos se passaram e recebemos o convite para parti-cipar da pilotagem de uma equi-pe que estava iniciando. Já haví-amos ouvido falar nas ENS, mas não fazíamos idéia da amplitude e profundidade do Movimento. Assim iniciou a nossa vida de equipe, sendo pilotados por um casal de Goiânia, que uma vez por mês viajavam 600 Km entre ida e volta, para nossas reuniões. Após quatro anos caminhando juntos na Equipe Nossa Senhora da Guia, podemos testemunhar que os anseios iniciais do nosso matrimônio foram preenchidos e podemos dizer: NOS ENCONTRA-MOS.

Durante nossa caminhada de equipe, fomos conhecendo cada irmão, aprendendo a partilhar e confiar. Ocorreram muitos encon-

tros, chegadas e partidas. Muitas pessoas entraram e saíram e isto às vezes nos entristecia. A nossa maior tristeza foi no fim da pilo-tagem, quando faleceu D. Esteli. Ela e Sr. Carlos eram exemplos de vida matrimonial e perseverança na fé e no amor.

Hoje, a nossa vida de equipe é muito intensa e ficamos felizes de olhar para cada irmão e sen-tir que todos estão desejosos de progredir na vida espiritual, nos PCE’s, de participar de tudo o que é proposto pelo Movimento. Como é bom ter Cristo em pri-meiro lugar em nossas vidas e, por conseguinte ter a amizade de cada um e perceber que a copar-ticipação não se limita apenas à reunião formal.

É importante ressaltar a pre-sença do nosso SCE Pe. Rogério que nos acompanha desde o iní-cio. Ele nos aconselha, nos orien-ta e nos corrige. Podemos afirmar que além de nosso conselheiro, é também nosso amigo e sabemos que podemos contar com o seu apoio, como também ele pode contar com o nosso. Podemos orar assim: “Senhor nós te damos graças pelo casamento de nossos dois sacramentos, o sacerdócio e o matrimônio”.

Enfim, de fato, através do Mo-vimento temos vivido a experiên-cia dos primeiros cristãos, somos uma pequena Eclésia.

Gilda e RodrigoEquipe Nossa Senhora da Guia

Uruaçu-GO

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VIDA DE EQuIPE: FÉ FoRTALECIDA

Estamos sempre em equipe, procurando nossa evolução es-piritual, na busca incessante da santidade, mas nada pôs tão à prova nossa caminhada equipis-ta rumo à santidade como o que vamos relatar.

Há cerca de sete meses fui surpreendido com o diagnóstico de um câncer no esôfago. Re-cebi a notícia sozinho! Ao ler o resultado da endoscopia, me desesperei..., chorei por exatos 2 minutos... Depois, a prepa-ração e a caminhada equipista me fortaleceram e com muita fé tive coragem para enfrentar a doença. Temos duas filhas que também vivenciam a caminhada equipista e isto também foi de suma importância para que unís-semos forças em torno de uma fé inabalável na condução do tratamento.

O passo seguinte foi contar para a família, que dentre inú-meras sessões de chororô, aca-bou entendendo que o choro seria apenas um desabafo e que teríamos, mais do que nunca, que nos fortalecer na fé e que a vivência dentro do Movimento das Equipes de Nossa Senhora seria um elo fundamental para esta caminhada.

Comecei o tratamento com quimioterapia e cirurgia. O apoio da família equipista nos fortale-cia cada dia mais. Eram orações

de toda parte, novenas, palavras de encorajamento e principal-mente vários testemunhos que sempre nos enriqueciam e nos encorajavam. Só nós sabemos das dificuldades que passamos e só nós sabemos também o quan-to crescemos espiritualmente e o quanto a vivência equipista foi importante nesta fase de nossas vidas, não só fortalecendo nos-sa fé, mas unindo cada vez mais nossa família.

Hoje estou encerrando o tra-tamento com radioterapia e es-tou curado, praticamente não falamos mais na doença em casa, saímos fortalecidos desta batalha graças, também,  a uma vida de equipista vivida em ple-nitude e em família, onde obtive cotidianamente o apoio inabalá-vel de minhas filhas e de minha amada esposa Gislana, que sem-pre estiveram ao meu lado com amor e dedicação.

Agradeço muito por estarmos inseridos no Movimento das ENS e das EJNS, tendo a certeza que se não fosse a vivência contínua nestes Movimentos que buscam o crescimento espiritual e a san-tidade, não passaríamos por este probleminha sem que deixasse maiores sequelas.

Gabriel (da Gislana) Equipe Nossa Senhora de Guadalupe

Goiânia-GO

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Vivemos em um mundo corrido, onde diariamente somos envolvidos pelas milhares de informações que recebemos, deixando-nos muitas vezes perdidos. Chegamos a virar “massa de manobra” pois, pouco a pouco, vamos perdendo a capaci-dade de parar, pensar, refletir e nos perguntar: Para onde iremos? Como diz a canção popular, estamos “dei-xando a vida nos levar”, perdendo o protagonismo de nossa história pes-soal.

Padre Cafarrel propôs para as Equipes os “Pontos Concretos de Esforço” - grande ferramenta para que sejamos protagonistas de nos-sa história – para, com eles, confi-gurar nossa vida à vida de Cristo e nos tornars um outro Cristo já aqui nesta terra. Dentre os PCEs gostaria de destacar dois deles: “Escuta da Palavra” e “Meditação”. São uma parada no nosso dia para sabermos para onde estamos indo; momento de colocarmos nossa vida no rumo certo: Cristo.

A “Escuta da Palavra” nos leva a um contato direto com Deus: va-mos percebendo as maravilhas que o Altíssimo realizou na História da Sal-vação e tomando posse desta ação para nossa vida. Nos damos conta que somos capazes de viver esta mesma História, enchendo-nos da Palavra que nos edifica e nos trans-forma em pessoas novas, renovadas pelo Espírito do Senhor.

A “Meditação” é uma joia pre-ciosa, pela qual abrimos a nossa vida para Deus. Nela é que vamos escu-tando o Seu chamado, onde escu-

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TEMPo DE ESCuTAR E MEDITAR

tamos o “Levanta-te!” (JN 3, 2). Na Meditação conseguimos discernir para onde iremos e, assim, sair des-sa massa de manobra e nos tornar fermento na massa. Fermento que vai multiplicando a misericórdia e o amor divino no meio do povo.

Santo Inácio de Loyola nos adver-te: “Não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e sa-borear as coisas internamente (Santo Inácio de Loyola, Exercícios Espiri-tuais)”. Com estas fecundas pala-vras, entendemos bem a beleza da “Meditação” e, ao mesmo tempo, entendemos o caminho que nos leva a sermos verdadeiros cristãos, saindo do tempo cronológico e entrando no tempo “Kairótico”, ou seja, tempo da Graça de Deus! É na Graça que somos mais humanos, mais próximos do Senhor Deus do Universo, mais próximos das pessoas e do mundo! Na Graça sabemos onde queremos chegar e com nossas atitudes vamos criando, gradativamente, a grande civilização do amor que já nos pedia o Papa Paulo VI.

“Escutar” e “meditar” consti-tuem o caminho perfeito para que um equipista possa levar adiante a sua missão matrimonial e, junto com seu cônjuge, viver profunda e profusamente um matrimônio fun-damentado no amor, um amor ex-traído da Palavra, e de modo especial das ações de Jesus, que nos mostra o caminho da salvação, fim último de cada cristão.

Pe. Wallace do Carmo ZanonSCE Equipes 02B e 87H

Brasília-DF

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Anotações de uma equipista, em 1954, ouvindo palestra proferida por Pe. Caffarel sobre a Regra de Vida.

Finalidade da Regra de Vida: fazer com que Deus seja sobera-no na vida dos nossos lares. É isto uma obrigação. Nossa vocação sobrenatural consiste na caridade que nos une a Jesus Cristo e que nos conduz até o Pai.

Ao pensar na Regra de Vida, considerar: do que nos devemos desembaraçar, para não apagar a Vida de Deus em nós? Alimenta-mos suficientemente esta Vida?

o PASSo A PASSo PARA A REgRA DE VIDA

Exercitar-se em amar e servir a Deus. Nenhum de nós vai se exer-citar, na prática, em todas as vir-tudes ao mesmo tempo. Cada um de nós deve ter a sua estratégia pessoal, com percepção de certos detalhes. Não confundir progra-ma de vida (comunhão, orações, leituras, deveres) com os Pontos particulares deste programa, so-bre os quais é preciso fazer um esforço especial. Praticar deter-minada virtude para não permitir desequilíbrio na vida. Os esforços devem ser bem determinados.

Como organizar uma Regra de Vida? Principalmente, interrogar o Senhor.

Quando estabelecer a Regra de Vida? Em momentos em que tenhamos a possibilidade de rever a nossa vocação cristã.

Qual deve ser o conteúdo da Regra de Vida? A Regra de Vida é principalmente pessoal. A orientação geral é de abandono à Providência. Dizer sim a Deus. Exercitar a caridade. Exemplos: - A importância de ver no próximo que abordamos, um membro de Cristo (ver os traba-lhadores, não como braços, mas como homens criados por Deus). - Pode-se fazer Regra de Vida

comum aos dois cônjuges. Mais exemplos:

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- Apresentar fisionomias sorri-dentes. O sorriso, quaisquer que sejam as circunstâncias, por mais que custe...

- Incluir a oração na própria vida (por exemplo, um médico que, entre duas consultas, faz dois minutos de recolhimento: a acolhida aos doentes fica as-sim beneficiada).

- Esforços também no plano na-tural: a graça se apoia sobre a natureza, sobre os animais, o solo, a água.

Primeira qualidade de uma Regra de Vida: escrita e curta. Fixar o essencial. Regra de Vida mínima: impor-nos um mínimo abaixo do qual nun-ca deveremos descer. Concretizar. Nada significa dizer apenas “devo ser mais caridoso”. Descer até os detalhes (por exemplo, a falta de pontualidade que leva ao enerva-mento e, consequentemente, à falta de caridade).

Quando pensar na Regra de Vida? Todos os dias, no fim da oração. Controlar a sua execução, por exemplo, por ocasião do exame de consciência diário.

Observar a Regra de Vida por amor a Deus. Por que não se auxiliariam, marido e mulher, em praticar a Regra de Vida?

No Dever de Sentar-se, troca de ideias franca sobre a prática da Regra de Vida (Haverá, entretan-to, pontos sobre os quais poder-se-á não falar ao cônjuge).

Pode haver troca de ideias sobre a Regra de Vida, na própria equipe.

A revisão da Regra de Vida: cuidar da Regra de Vida, como o jardinei-ro cuida do jardim. Saber fazer a sua revisão, quando é pouco es-pecífica. Saber corrigi-la, se por acaso demais pretensiosa... Adap-tá-la também ao tempo litúrgico (Quaresma, Advento...).

Perigos a evitar na Regra de Vida: a Regra de Vida não convém da mesma maneira a todos os tem-peramentos. Cada qual deve es-colher uma Regra de Vida “sob medida”. A Regra de vida deve nos impor um mínimo de exigên-cias. Desconfiar de uma vida feita de regulamentos. O Cristianismo não é uma religião de regras, mas de caridade. Se quiserdes fazer comparações é com Cristo que devereis vos comparar.Cui-dar para que o espírito não seja abafado pela letra. Desconfiar do formalismo.

Fonte:Extraído da CM de agosto de 1954.

A Regra de Vida é o ponto sobre o qual cada membro do casal decide pessoalmente concentrar seus esforços a fim de melhor seguir sua direção de crescimento e responder com alegria ao chamado de amor que Deus lhe dirige. (Documento A Regra de Vida, p. 12)

“ “

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DISCERnIR OS SInAIS DOS TEMPOS, Tema de Estudo proposto pelas ENS para este ano, com objetivo de despertar-nos

para a realidade contemporânea, ao mesmo tempo em que provoca in-terrogações quanto ao nosso papel

em perceber as evoluções do mundo atual e as atribuições que competem ao

cristão de hoje. Indagações são apresentadas à luz do Evangelho, o que favorece um olhar consciente e de fé num mundo dilacerado pelos sentimentos egocêntricos, des-compromissado com o pobre, alheio às deformidades morais e sem respeito muitas vezes ao ser humano, sem deixar que a esperança num mundo melhor torne-se utopia, mas, reali-dade que podemos mudar a partir das nossas atitudes, cons-truindo uma sociedade humanitária onde o Amor de Deus possa atingir a sua plenitude.

DISCERnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é olhar o mundo de forma positiva e sentir nele a presença de Deus, reven-do comportamentos e juízos que impedem a instauração do Reino de Deus.

DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é olhar a transfor-mação do mundo e, no seu processo de desenvolvimento, sentirmos o chamado de Deus para participarmos. Sua cria-ção não está acabada, ainda continua e devemos contribuir para sua conclusão. “Não vos conformeis com este mundo” (Rm 12,2), que o “espírito da vaidade e da malícia não mo-difique a atividade humana ordenada ao serviço de Deus e do homem, em instrumento de pecado” (Gaudium et Spes 37) pág. 22.

DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é construir, se-gundo os desígnios de Deus, a ‘civilização do amor’, pautada no testemunho que implica discernir, em meio a

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o DISCERNINDo oS SINAIS DoS TEMPoS

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tantos desvalores e representações fictícias, o verdadeiro amor hu-mano que, em intimidade com o Amor divino, revela-se em uma de suas formas: o amor conjugal, pois, afinal, o homem foi feito para o amor.

DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é respeitar a pessoa hu-mana e, a partir da observação dos sintomas de desumanização da sociedade, ter subsídios essenciais para combatê-los. “Tudo quan-to existe sobre a Terra deve ser ordenado em função do homem, como seu centro e seu termo” (Concílio Vaticano II) pág. 45.

DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é amar o pobre, enxer-gando naquele irmão um igual, que não vive apenas de pão, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus.

DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é estar presente, é ser presente para o outro. O essencial é a disponibilidade para ouvir e a caridade para aceitar o outro sem críticas, ajudando-o com os far-dos e as cruzes, num amor impregnado de sabedoria. “Não se trata de reconhecer o outro como meu semelhante, mas, de minha capa-cidade de me fazer semelhante ao outro” (Papa Francisco) pág. 63.

DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é ser discípulo de Cristo hoje. Que, além de misericórdia, paciência e perseverança, tenha-mos a “coragem para permitir a este Deus que está junto de nós, que nos liberte e nos cubra de alegria. A coragem é a virtude que mais necessitamos hoje na Igreja.” (Timothy Radcliffe) pág. 79.

DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS é ver na globalização uma probabilidade para a expansão da presença do Evange-lho. O amor pessoal de Deus por cada um de nós é o coração de nossa fé. “É somente quando cada um renunciar totalmente a sua própria vontade que poderá aparecer a única vontade do Cristo. Quando cada um renegar suas paixões, seus ódios, submeter seu corpo e seu espírito à obra do Espírito Santo, então e somente então, o corpo místico de Cristo se manifestará e agirá no seio da Igreja para reunir os corações, os princípios e as ideias.” (Padre Matta-El-Maskine) pág. 89.

Que neste ano de 2015 possamos DISCEnIR OS SInAIS DOS TEMPOS e, à luz do Evangelho, preservando o sentido e a digni-dade da vida, interroguemo-nos quanto ao nosso casal cristão no mundo.

Rita e SodréEq.01A – N. S. das Graças

São Gonçalo-RJ

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Ref

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Não raro, casais só percebem que seus casamentos estão des-moronando quando se encontram em meio a uma enxurrada de de-sentendimentos, que os levam a viver uma qualidade de relaciona-mento muito ruim. A esse cená-rio, alguns costumam chamar de “inferno de vida”.

O homem e a mulher mo-dernos não são mais sábios que aqueles do tempo das cavernas. Continuam - e isso se aplica a nós, casais das ENS - a cometer os mes-mos erros, reagindo não pelo que o outro é, mas pelo que dele está registrado dentro de suas mentes. Os veem a partir de si mesmos, como afirmam os psicólogos.

Se nos atritamos continuamen-te, arquivamos na memória mágo-as, ressentimentos, humilhações, que vão alimentar mais desenten-dimentos e agressões. Nessa oca-sião de profunda dor, devemos nos lembrar de que, como diz o Papa Francisco, “a nossa tristeza infinita só se cura com um amor infinito”. Só Deus pode nos dar força para reconstruir o presente e projetar um futuro de felicidade a dois e como família.

Não devemos desistir nunca daqueles que amamos, mesmo que a situação que estejamos vi-vendo sugira o contrário. Para que possamos fazer o que é certo, te-nhamos certeza que Ele permane-ce ininterruptamente junto a nós, até o final dos tempos, porque “Deus não vê o que somos, mas

“MAIS QuE VENCEDoRES”

o que podemos chegar a ser com seu poder”. Ele não quer que ne-nhuma família seja destruída pelo obscurantismo do egoísmo huma-no.

Na perspectiva de dias melho-res, quaisquer que sejam as cir-cunstâncias que nos envolvam, deixemos aflorar aos nossos lábios um cântico de confiança: o nosso socorro vem sempre do Senhor, “Criador do Céu e da Terra” (Sl 120, 2). É Ele que tornará possível vivermos a santidade no matri-mônio, mas devemos dar a nos-sa contribuição, atentando para a nossa frequência na eucaristia e, notadamente, a fidelidade aos PCEs, que geram uma vida inte-rior unida a Deus, reduzindo as vontades individuais dos cônjuges à vontade de Deus.

Assim, superando crises, mos-traremos ao mundo o valor do matrimônio cristão, que passa por dificuldades, mas que as supera porque tem a serena certeza de que “o amor se constrói ao longo do tempo, mediante os sucessos e fracassos, porque não existe ca-sal perfeito”. Existe um Deus que, na Sua misericórdia, nos convida a viver a riqueza desse sacramen-to e que dá a Sua graça e força como penhor do Seu amor, para que Nele possamos ser “mais que vencedores”.

Fátima e LuizEq. 05B – N. S. d’Ajuda

Jaboatão dos Guararapes-PE

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Para discernir os sinais dos tempos, é preciso abrir nossa mente e nosso coração, para que o Espírito Santo entre em ação e faça conosco comunhão. Somente Ele nos dará uma nova visão para que, com os olhos da alma e a sabedoria que vem do Senhor, possamos acolher, praticar e testemunhar o Seu amor.

Colocar nossas vidas nas mãos do Pai é permitir que uma chuva de graças caia so-bre nós e nos limpe e purifique interiormen-te, deixando-nos mais conscientes de que a união do casal, da equipe, da família e da igreja são uma grande riqueza.

Assim devem ser os crentes: Agradecidos porque Jesus e Maria estão aqui nos acompa-

nhando, abençoando e ajudando. Somos responsáveis uns pelos ou-tros; somos responsáveis por dar continuidade à obra da criação e para cumprir nossa missão é necessário que haja desapego e liberdade.

Ousar o Evangelho é saber se doar, sem discriminar. Ir primeiro ao encontro do Senhor, escutando-O e deixando que Ele nos en-vie ao mundo, pregando, aprendendo, ensinando e amando. Esse mundo envolve a família, a Igreja, a comunidade, a equipe e as pessoas que no dia a dia necessitam do imenso valor do alimento da Palavra e da Eucaristia.

A escuta da palavra, a oração e a meditação nos ajudarão a discernir o que Deus quer que façamos. Busquemos inspiração no projeto de Jesus. Quem tem fé não tem medo, não é covarde e de-fende a paz, a justiça e a verdade. Não sejamos escravos do Ter ou do Poder. Desejemos as riquezas de Deus, que podem ser partilha-das com todo ser. Mudemos nosso olhar, não julguemos para não sermos julgados. Procuremos valorizar as qualidades na esposa, nos filhos, nos amigos, na comunidade, na sociedade.

Mergulhar em águas profundas espiritualmente falando, é acre-ditar que lá no fundo do nosso ser está o mais precioso de todos os tesouros, coberto de brilho, cheio de luz iluminando o caminhar. Essa inquebrável “pedra angular” que nos atrai, que nos seduz e nos conduz, só pode ser Jesus. (Reflexão - EACRE 2015 – Região Oeste I - Paraguaçu Paulista/SP)

Célia e Pedro NorbertoEq.14B

Bauru SP

SÓ PoDE SER JESuS...

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Pobre Maria!Ter de crer que aquela criança, que trazia no seio, era o

filho do Altíssimo. Sim, foi simples concebê-lo na carne, mas extremamente mais comprometedor concebê-lo na fé! Que caminho!

Infelizmente não existe outro. Não há outra opção.- Amedrontada por teres acreditado, queres porventura,

Maria, voltar atrás, pensar que não é verdade, que é inútil tentar, que é uma ilusão admitir um Deus que se faz homem, que não há Messias para a salvação, que tudo é um caos, que no mundo domina o irracional, que na competição vencerá a morte e não a vida?

Não!Se crer é difícil, não crer é morte certa. Se esperar contra toda esperança é heroico, não es-

perar é morte certa.Se amar custa o teu sangue, não amar é o inferno.Creio, Senhor!Creio porque quero viver.Creio porque quero salvar alguém que se está afo-

gando: o meu povo.Creio porque crer é a única resposta digna de Ti,

que és o Transcendente, o Infinito, a Salvação,a Vida, a Luz, o Amor, o Tudo.Sim, nada é mais claro do que esta noite escura, nada é mais

visível do que o Deus invisível, nada está mais perto de nós do que este Deus infinitamente longe, nada é menor do que este Deus infinito.

- De fato, Ele conseguiu ficar no teu pequeno seio de mulher, Maria, e tu pudeste aquecê-lo com teu corpo delicado e belo.

Maria!Minha irmã!- Feliz és tu que creste! - digo-te eu nesta noite, com entu-

siasmo, como te disse tua prima Isabel, naquela noite quente em Ain Karim.

Carlos Carretto*Colaboração da Equipe da Carta Mensal

MARIA, A MuLHER QuE ACREDITou

* Religioso italiano, escritor (1910 -1988)

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“Tinham um só coração e uma só alma” (At 4,32) . “Carreguem os fardos uns dos outros” (Gl 6,2).

“Acolhei uns aos outros como o Cristo vos acolheu” (Rm 15,7).

Form

ação o ESPíRITo E A VIDA DE EQuIPE

Estes ensinamentos de Cristo remetem-nos a refletir sobre o viver das primeiras comunidades, bem como a de Jesus e seus apóstolos. Devemos ser “um só coração e uma só alma”, assumindo uns aos outros, vivendo a solidariedade fra-terna, tornando nossa equipe uma verdadeira comunidade de casais cristãos que testemunham essa uni-dade, o amor ente si e o amor de Deus para com todos.

Para viver o “Espírito de Equipe” é necessário que todos busquem uma mesma experiência de vida cristã: ENCONTRAR JESUS CRIS-TO e Nele sermos comunidades de vida e reflexos de Seu amor.

Em equipe reunimo-nos em nome de Jesus Cristo, que se faz presente, vivo e atento a todos; amando cada um como é, com seus dons, dificuldades, alegrias, triste-zas, fazendo parte de um mesmo corpo, que tem um mesmo estado a alcançar: a santidade.

Este estado de santidade ficou claro para nós, não na primeira hora, mas algum tempo depois, quando chegamos ao entendi-mento de que a nossa Reunião de Equipe não é um encontro somen-te humano e de amigos; antes de tudo, a Reunião de Equipe é um en-contro onde celebramos a presença do Cristo, onde cada um, durante

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o mês, procura viver e se preparar muito bem para a Reunião e para ela levar o Cristo que está em seu coração vivendo o real Espírito de Equipe.

Quanto mais nos empenhamos na convivência fraterna com os ir-mãos da equipe, mais unidos e ínti-mos nos tornamos e, em consequ-ência, dispomo-nos sempre mais à vigilância do cuidado uns com os outros, e Jesus Cristo nos recomen-da: ‘Tenham um só coração e uma só alma’ (At 4,32), ‘Carreguem os fardos uns dos outros’ (Gl 6,2).

É oportuno perguntar: A vida de nossa equipe, pelo testemunho de nosso viver, é estímulo para que ou-tros casais sintam-se atraídos para viver em equipe? A nossa vida tem sido instrumento de ajuda mútua aos casais da equipe para desco-brirem as suas necessidades, as do Movimento, da Igreja e do Mundo?   

Na equipe, também compro-metemo-nos a subir juntos. Have-rá dias em que um ou outro estará cansado, desanimado. É então que precisará ainda mais do apoio de seus irmãos. Portanto, no ponto de partida, está implícita a mesma norma do  alpinista: “Quando eu adormecer, acorde-me; quando eu estiver cansado, sustente-me; quando eu cair, levante-me!”.

A base da vida de equipe é a caridade fraterna. É em nome dela que não se deixará para trás aquele que está cansado. É em nome da caridade que não se abandonará aquele outro que ficou entorpecido e relutante no esforço. ‘Deixar adormecer um companhei-ro no meio do caminho é abando-ná-lo’ (O Espírito e as Grandes Li-

nhas do Movimento, pág. 22 e 23).Quanto mais frequentemente

nos encontramos, tanto mais vive-remos o Espírito e a Vida da Equipe, ou seja, mais exercitaremos o espí-rito de equipe, de partilha e ajuda mútua. Em outras palavras o “Vi-ver em Equipe” não deve se limitar à reunião mensal; é preciso que ocorram frequentes ocasiões de encontros entre os seus membros, para reforçar os laços de estima, de intimidade, de lealdade e de com-prometimento entre os casais, para “nos assumirmos” uns aos outros no auxílio mútuo, fraterno e solidá-rio.

Para isso, cada equipe tem que usar de criatividade e iniciativas; durante o mês, esforcem-se para intensificar a vida de equipe: na oração em união e por intenção dos seus membros, para comemo-rar momentos festivos, participar juntos da Eucaristia, para convivên-cia, bem como nos momentos de dificuldades que apelam por solida-riedade.

Oportuno lembrar, embora a equipe tenha o Casal Responsável, ao qual compete incentivar, zelar pelo bem de todos e o bem viver do Espírito de equipe, que tais atribui-ções e responsabilidades não são somente dele, e sim de todos, que têm a mútua submissão ao com-promisso ou corresponsabilidade em ajudar a cada um dos integran-tes da equipe que também lhes são confiados.

Jesus Cristo para sempre seja louvado!

Olga e Nei C R Provincial Centro-Oeste

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Vindos de todas as Províncias, os equipistas brasileiros reunir-se--ão em nome de Cristo em Apare-cida/SP para celebrar a unidade do Movimento, o sentido de pertença e aperfeiçoar a sua formação. Sere-mos mais de 7 mil equipistas reu-nidos no Santuário Nacional sob o Tema “Matrimônio Cristão: Festa da Alegria e do Amor Conjugal”.

Para colhermos os frutos e cres-cermos na fé e na espiritualidade conjugal, é preciso preparação. Seria bom que avaliássemos nossa vida cristã, nossa vida de equipe e nossa adesão ao Evangelho. Suge-rimos que todos os equipistas, mes-mo aqueles que não irão compare-cer, rezem o Angelus diariamente e organizem celebrações e orações especiais na intenção do Encontro.

A ida a Aparecida deve ser con-siderada Peregrinação, pois cami-nharemos para um Santuário Ma-riano e, como peregrinos, devemos adorar a Deus, escutar a sua voz, acolher o Evangelho, manifestar o amor e a fé em Deus e arrepender--nos dos nossos pecados.

Para aproveitarmos a Peregrina-ção - que é um caminho para o Se-nhor - e vivermos à luz da fé, temos de participar integralmente de toda

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uM CAMINHo PARA o SENHoR

a programação do Encontro. Os equipistas, como peregrinos,

deverão atentar para as virtudes da compreensão e da paciência, para que possam valorizar o que é im-portante.

A Basílica de Aparecida desperta sentimentos de fé, oração, beleza e admiração, ao mesmo tempo é lo-cal propício para ouvir a Palavra de Deus e meditar.

A oração em preparação ao En-contro nunca é demais, pois o pró-prio Jesus se recolhia para orar ao Pai antes de uma situação especial. Por isso, sugerimos que os casais pe-regrinos incluam uma Missa a mais na semana em intenção ao Encon-tro. Aos casais equipistas peregrinos que estarão em Aparecida, deseja-mos que compareçam de coração aberto para o amor e em busca de “um caminho para o Senhor”.

Rogamos a Deus que o 3º En-contro Nacional das ENS seja uma bênção de Deus para os casais e suas famílias e que a poderosa in-tercessão de Nossa Senhora Apare-cida traga a verdadeira alegria do Matrimônio Cristão. Que todos os equipistas do Brasil possam Ousar o Evangelho e saber “discernir os sinais dos tempos”, sendo verda-deiros missionários em suas comu-nidades.

Que Nossa Senhora Aparecida nos abençoe.

Rita e CelsoEq.1 – N. S. das Graças

Caçapava/SPComissão de Liturgia

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2º Dia: A OFERTA DE DEuS

1. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

- Sejam muito bem-vindos. Que bom terem atendido a nosso convite.

Pela segunda vez estamos reu-nidos para um momento de re-flexão, de oração e de partilha. Isso porque queremos prepa-rarnos para participar, de per-to ou de longe, do 3º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora. Pedimos que Deus nos ajude a fazer desse evento um momento de graça para ca-sais e famílias do Brasil.

2. Canto de abertura

CAnTIGA DE MATRIMÔnIO

Eu te agradeço tanto, por esse amor bonitoQue entrou na minha vida, entrou e foi ficando e me envolveu. Me trouxe um novo encanto, mostrou-me o infinito E aquela dor doída, a dor da soli-dão não mais doeuEu disse aonde eu ia; contei-te os sonhos meus,Disseste que era teu o meu cami-nho, encheste a minha vida de ca-rinho,Disseste que também buscavas

TRíDuo PREPARATÓRIo PARA o 3º ENCoNTRo NACIoNAL

DAS ENS Do BRASILDeus.Eu te agradeço tanto, por este matrimônio,Que se tornou meu sonho, que é muito mais bonito que eu penseiÉ grande, é puro, é santo, é cheio de lembrançasÉ feito de esperanças, te amo e para sempre te amareiCom Deus por testemunha, eu juro neste altarQue venha o que vier em nossos diasPor entre mil tristezas e alegrias,Pra sempre, sempre, sempre vou te amar.

(Pe. Zezinho)

3. Leitura do Livro do Gênesis, capítulo 1, 27-28; 2, 18-25:

“E Deus criou o ser humano a sua imagem; à imagem de Deus o criou: homem e mulher os criou; Deus os abençoou e disse: - Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a ...

Javé Deus disse: - Não é bom que o homem esteja só: quero fazer-lhe um auxílio que lhe corresponda...

Então Javé Deus fez descer sobre o homem um sono profundo,

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e ele adormeceu; tirou-lhe uma das costelas e fechou a carne em seu lugar.

Com a costela que havia tirado do homem, Javé Deus formou a mulher e a conduziu ao homem.

Então o homem disse: - Desta vez esta é carne de minha carne e osso de meus ossos. Será chamada mulher porque do homem foi tirada.

Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.

Os dois, o homem e a mulher, estavam nus, mas não sentiam vergonha.”

4. Refletir

Nós, seres humanos, fomos cria-dos para ser semelhança, imagem, reflexo de Deus. Por isso somos capazes de conhecer, amar e viver em comunidade, à imagem da Trin-dade. Para isso ele nos criou como homens e mulheres, para que, em nossa igualdade e diversidade, o refletíssemos de modo que não po-deríamos fazer se fôssemos apenas homens ou mulheres. Através de nossa convivência diária e em todas as circunstâncias é que nos forma-mos mutuamente, corrigindo-nos e educando-nos. Só assim chegamos a ser pessoalmente o que Deus pla-nejou que sejamos. Não seria bom para o ser humano ser apenas ho-

mem ou mulher.

Às carências do ser homem ou mulher, e às possibilidades de en-riquecimento que essa diversidade traz, Deus acrescenta o amor. Amor que vem da Trindade e leva esse homem em direção a essa mulher, amor que é necessidade e oferta, afeto e atração, dom espiritual e força cujas raízes se afundam na carne e nos hormônios.

Para o Adão e a Eva de todos os tempos, Deus oferece um projeto de amor e de alegre felicidade. Não lhes dá o paraíso, mas garante que, se o quiserem, poderão trazê-lo de volta. Um poderá ser para o outro auxílio, graça, força, proteção. Au-xílio sempre marcado pela fragili-dade humana, mas sendo, mesmo assim, o mais seguro dos auxílios humanos, porque sacramento do amor de Deus. Igual, mas diferente, em que o outro se poderá descobrir refletido e decifrado, sem perder seu mistério.

Porque uma graça misteriosa do Senhor o permitiu, ambos en-contraram-se e um foi para o outro revelação de Deus. Juntos sentiram a força para deixar pai e mãe, se-guranças e tranquilidades, refazen-do a aventura da humanidade, ou melhor, a saída, o êxodo do povo de Deus para viver a Aliança. Des-cobrem-se portadores do amor fe-cundo que vem de Deus, desafiam os medos e atrevem-se a gerar ou-tros e outras que possam assumir a aventura da vida, na procura da felicidade e da alegria, na procura ansiosa de uma vida que nasce de Deus e a Ele leva de volta. E quase

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sem se darem conta, são sutilmente enviados a anunciar pelo testemu-nho da sua vivência o maravilhoso projeto de amor que lhes foi oferta-do desde sempre.1

Por que vocês se casaram? Que estavam procurando?

Em que seus desejos se realiza-ram?

Que ainda está faltando para que estejam satisfeitos?

Que pretendem fazer para que seu casamento seja ainda mais ca-minho de felicidade, alegria e rea-lização?

Que vocês vão fazer para que os jovens, principalmente os de sua família, vejam o casamento como uma bênção de Deus?

5. Canto de meditação:

A Ti meu Deus

A Ti, meu Deus, elevo o meu co-ração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A Ti , meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.

A tua ternura, Senhor, vem me abraçar e a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração, eu quero sentir o calor de tuas mãos.

A Ti, meu Deus, que és bom e que tens amor, ao pobre e ao sofredor vou servir e esperar. Em ti, Senhor, humildes se alegrarão, cantando a nova canção de esperança e de paz.

6. Abrir-se

- Quais foram suas maiores ale-grias no casamento?

- Como sua vida conjugal tem aju-dado você a viver o Evangelho?

- Como seus filhos, seus parentes e amigos veem sua vida de casal?

- Que vocês e seus irmãos equi-pistas irão fazer para mostrar o casamento como caminho de alegria, felicidade e santidade?

7. Orar

Vamos agora responder a Deus numa oração espontânea, pedin-do-lhe também pelo bom êxito do 3º Encontro Nacional das ENS no Brasil. Sinta-se à vontade para abrir seu coração.

- Digam para Deus o que vocês diriam se fossem Adão e Eva, face a face, ao se descobrir como casal.

- Alegrem-se, agradeçam, pe-çam adorem.

- Relembrem as oportunidades que aproveitaram, e também as que desperdiçaram.

- Repassem seu filhos e filhas, um a um, o que representaram em sua vida, suas qualidades, limitações, cuidados, alegrias, sonhos...

- Olhe para netos, bisnetos, para todos que o amor de vocês dois trouxe e trará para a vida. Faça deles uma oferta a Deus.

1 Questões e sugestões: aproveitem as que lhes parecerem mais adequadas à sua realidade.

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- Quantos anos de casamento? Como pensam viver os próxi-mos anos, até que um fique esperando o outro na paz do Senhor?

8. Conversar

- Partilhem informações e comu-nicados referentes ao Encontro.

- Façam uma lista dos equipistas de sua cidade, setor e equipe que irão até Aparecida.

- Os que não irão participar ve-jam o que podem fazer para ajudar os que irão a Aparecida: oração, ajuda financeira, cui-dados da casa e da família... Organizem-se.

- Programem alguma atividade para os dias do Encontro.

- Que vocês irão trazer do En-contro para os que não pude-ram participar?

9. Oração pelo bom êxito do 3º Encontro nacional das EnS

Senhor nosso Deus, abençoai o 3º Encontro Nacional de nossas Equipes. Somos casais que querem chegar à felicidade e à perfeição pela vivência do amor conjugal, da paternidade e da maternida-de. Esperamos que esse encontro seja um momento forte de nossa caminhada, mesmo para os casais que não puderem estar em Apare-cida. Ajudai-nos, para que sejamos casais peregrinos, desalojados, a caminho de rumos novos que nos apontais.

Reunidos na casa de Maria,

mãe de Jesus e esposa de José, queremos retomar alento para a caminhada, agradecer o amor que nos destes, alegrar-nos por ser ho-mens e mulheres que se amam, cantar vossas bondades, renovar nossas esperanças, e ajudar todos a perceber que nos dais o casa-mento como caminho de felicida-de e realização.

É o que vos pedimos por Cris-to, vosso Filho, pela intercessão de Maria, Nossa Senhora da Concei-ção Aparecida.

10. Canto Final: Magnificat

O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome!A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador!Por que olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita!O Poderoso fez em mim maravi-lhas, e Santo é seu nome!Seu amor para sempre se estende, sobre aqueles que o temem!Manifesta o poder de seu braço,dispersa os soberbos; derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; sacia de bens os famin-tos, despede os ricos sem nada.Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre!Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempreAmém!O poderoso fez em mim maravilhase Santo é o seu nome!

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no

tíci

as

Em 05/09/2013, os setores de São José dos Campos estiveram em festa por ocasião das Bodas de Ouro do casal Juracy e Rubens, da Equipe 03A, comemoradas em missa mensal cele-brada pelos padres Rogério Félix e José Roberto Fortes Palau, hoje bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Cinquenta anos de vida a dois! Cinquenta anos de alegrias, tristezas e trabalho. Cinquenta anos de amor e fidelidade dados um ao outro, como o mais belo dos presentes. Alimentados pela Tua palavra, banhados pelo Teu Espírito, sob o manto de Maria. Nós caminhamos para Ti. Abençoado sejas Tu, nosso Deus.(Marina e Rachid- Eq. 03A – N. S. das Graças - São José dos Campos-SP)

BODAS DE OuRO

BODAS DE DIAMAnTE

No dia 17 de fevereiro de 1955, casavam-se Laura e Antô-nio Eurides Rizzo, integrantes da Equipe 02 - Nossa Senhora do Bom Conselho, de Assis-SP. O Setor de Assis alegremente comemorou os 60 anos da celebração deste matrimônio.

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A Irmã Cléia, AET da Eq. 6F – Nossa Senhora das Graças, da Região Rio V, completou 25 anos de vida

consagrada. Deus abençoe a sua vida e a sua Equipe!

JuBILEu DE PRATA

vOLTA AO PAI

Dirce (do Rubens), em 19/12/2014

Integrava a Eq. 3D N. S. do Desterro

São Paulo-SP

Ieda (do George), em 28/01/2015

Integrava a Eq. 03 N. S. de Fátima

Niterói-RJ

EQuIPE COMEMORA 15 AnOS

A Equipe 5A nossa Senhora dos Aflitos Parelhas-RN celebrou seus 15 anos de existência.

Eduardo (da Joseilde), em 09/11/2014

Integrava a Eq. 04 N. S. Auxiliadora

Maceió-AL

MEdItando EM EquIPEEnvIADOS COM A FORÇA DO ESPíRITO

Dia 24 de maio celebramos a festa de Pentecostes, a manifestação da vinda do Espírito sobre a Igreja. Que fizemos da presença do Espírito em nós? É o questionamento que todos na Igreja temos de nos fazer, os da hierarquia e cada um de nós, diante da realidade que nos cerca.

“Ao chegar o dia de Pentecostes, todos estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído semelhante ao de uma forte ventania e encheu toda a casa onde estavam. E apareceram-lhes línguas como de fogo, que se repartiam, pousando sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se expressar. [...]Então Pedro, de pé, junto com os Onze, ergueu a voz e dirigiu ao povo estas palavras: [...] Jesus de Nazaré foi por Deus credenciado junto de vós, por meio de milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou entre vós por meio dele, como bem sabeis. Este homem, que tinha sido entregue segundo o desígnio preestabelecido e a presciência de Deus, vós o prendestes e o matastes, pregando-o na cruz por mãos de gente má. Mas Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias da morte, pois não era possível que ele ficasse detido sob seu poder. (At 2,1-24)

- Que fazemos para cada vez mais abrir espaço para o Espírito em nossa vida?- Como o Espírito tem inspirado nosso matrimônio?- A que iniciativas de apostolado o Espírito nos tem levado?

Oração litúrgica: Sequência de Pentecostes1

- Espírito de Deus,/ enviai dos céus/ um raio de luz!- Vinde, Pai dos pobres,/ dai aos corações/ vossos sete dons.- Consolo que acalma,/ hóspede da alma,/ doce alívio, vinde!- No labor descanso,/ na aflição remanso,/ no calor aragem.- Enchei, luz bendita,/ chama que crepita,/ o íntimo de nós!- Sem a luz que acode,/ nada o homem pode,/ nenhum bem há nele.- Ao sujo lavai,/ ao seco regai,/ curai o doente.- Dobrai o que é duro,/ guiai no escuro,/ o frio aquecei.- Dai à vossa Igreja,/ que espera e deseja,/ vossos sete dons.- Dai em prêmio ao forte/ uma santa morte,/ alegria eterna. Amém.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssrSCE Carta Mensal

1 “Sequência” vem do latim, sequência (continuação). Designa o canto que, em algumas ocasiões, segue a aclamação do “Aleluia”, antes do Evangelho. Atualmente conservaram-se algumas se-quências: para o dia de Páscoa, Victimæ paschali; para o Pentecostes, Veni, sancte Spiritus; para o Corpo de Deus, Lauda, Sion; e para a Virgem Dolorosa, o Stabat Mater.

Movimento de Espiritualidade Conjugal

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de nossa Senhora

visite o site oficial do Encontrowww.ensaparecida2015.com.br

ORAÇÃO DO AnGELuSRezada às 06h00 – 12h00 – 18h00

Na intenção do 3o Encontro Nacional das ENS

A/ O Anjo do Senhor anunciou a Maria,

R/ E ela concebeu do Espírito Santo.Ave Maria...

A/ Eis aqui a escrava do Senhor.R/ Faça-se em mim segundo a

vossa palavra.Ave Maria...

A/ E o Verbo se fez Carne,R/ E habitou entre nós.Ave Maria...

A/ Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS: Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de vosso Filho Jesus Cristo, cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição.Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.Glória ao Pai.... Amém.