eng309 – fenômenos de transporte iii prof. dr. marcelo josé pirani departamento de engenharia...

48
ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

Upload: lorenzo-das-neves-fernandes

Post on 07-Apr-2016

227 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

ENG309 – Fenômenos de Transporte III

Prof. Dr. Marcelo José Pirani

Departamento de Engenharia Mecânica

UFBA – Universidade Federal da Bahia

Page 2: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.1. Definição

“Calor ou transferência de calor é a energia térmica em trânsito devido a uma diferença de temperatura no espaço”

1.2. Mecanismos da Transferência de Calor

A transferência de calor pode ocorrer de 3 modos distintos:

- Condução;

- Convecção ;

- Radiação.

Page 3: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.1. Condução

Ocorre em sólidos, líquidos e gases em repouso.

xq 1 2

xA T T

qL

Page 4: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.1. Condução

Ocorre em sólidos, líquidos e gases em repouso.

Figura 1.2: Associação da transferência de calor por condução à difusão de energia devido à atividade molecular

Page 5: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.1. Condução

Lei de Fourier

xdTdAkqx

onde:

q – Taxa de calor [W]

k – Condutividade Térmica [W/moC]

A – Área [m2]

dT/dx – Gradiente de temperatura [oC/m]

Page 6: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.1. Condução

Condutividade térmica

Page 7: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.1. Condução

Condutividade térmica

Page 8: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

Exemplo:A parede da fornalha de uma caldeira é construída de tijolos refratários com 0,20m de espessura e condutividade térmica de 1,3 W/mK. A temperatura da parede interna é de 1127oC e a temperatura da parede externa é de 827oC. Determinar a taxa de calor perdido através de uma parede com 1,8m por 2,0 m.

20,0

82711276,3.3,1q

xTTAkq ei

Dados: Solução

x = 0,20 mk = 1,3 [W/moC]Ti = 1127 oCTe = 827 oCA = 1,8.2,0 = 3,6 m2

W7020q

Page 9: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.2. Convecção

Quando um fluido a determinada temperatura escoa sobre uma superfície sólida a temperatura diferente, ocorrerá transferência de calor entre o fluido e a superfície sólida, como conseqüência do movimento do fluido em relação a superfície.

Abrange dois mecanismos:

- Difusão;

- Advecção.

Page 10: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.2. Convecção

A convecção pode ser natural ou forçada.

Convecção Natural

O movimento ocorre devido a diferença de densidade

TW > T

q

TW

V

T

ar

Page 11: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.2. Convecção

A convecção pode ser natural ou forçada.

Convecção Forçada

O movimento ocorre devido a um mecanismo externo

q

TW

U T

arTW > T

Parede

Page 12: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.2. Convecção

Lei de Resfriamento de Newton

TTAhq w

onde:

q – Taxa de calor [W]

h – Coeficiente de convecção [W/m2 oC]

A – Área [m2]

Tw – Temperatura da parede [oC]

T – Temperatura do fluido [oC]

Page 13: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.2. Convecção

O coeficiente de convecção h depende de propriedades físicas do fluido, da velocidade do fluido, do tipo de escoamento, da geometria, etc.

Page 14: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

Exemplo:

Ar a Tar = 25oC escoa sobre uma placa lisa mantida a Tw = 150oC. O coeficiente de convecção é de 80 W/m2 oC.Determinar a taxa de calor considerando que a placa possui área de A = 1,5 m2.Solução:

251505,1.80q

TTAhq w

W15000q

Page 15: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.3. Radiação

Todos os corpos emitem continuamente energia devido a sua temperatura, a energia assim emitida é a radiação térmica.

A radiação não necessita de um meio físico para se propagar. A energia se propaga por ondas eletromagnéticas ou por fótons.

Page 16: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.3. Radiação

Emissão da Radiação do Corpo Negro

4sn TE

onde:

nE

sT

- Poder emissivo do corpo negro

- Constante de Stefan-Boltzmann igual a 5,67.10-8 W/m2K

- Temperatura absoluta da superfície [K]

]m/W[ 2

Page 17: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.3. Radiação

Emissão da Radiação de um Corpo Real

4sTE

onde:

E

- Poder emissivo de um corpo real

- Emissividade 0 1

]m/W[ 2

Page 18: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.3. Radiação

Absorção de Radiação

O fluxo de radiação que incide sobre um corpo negro é completamente absorvido por ele e é chamado de irradiação G.

Se o fluxo de radiação incide sobre um corpo real, a energia absorvida por ele depende do poder de absorção e é dado por:

GGabs

onde:

]m/W[ 2

absGG

- Radiação absorvida por um corpo real (irradiação)

- Absortividade 0 1

- Radiação incidente

Page 19: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.3. RadiaçãoTroca de Radiação

4vizs

4ss TTq rad

]m/W[ 2

4ss TE 4

vizTE

sT

vizT

Admitindo s = s

4viz

4ss TTq rad

Page 20: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.2.3. Radiação

Expressando a troca líquida de calor por radiação na forma de coeficiente de transferência de calor por radiação, tem-se:

vizsr TTAhq rad

onde:

2 2r s viz s vizh T T T T

Page 21: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

Exemplo:

Uma tubulação de vapor d’água sem isolamento térmico atravessa uma sala cujas paredes encontram-se a 25oC. O diâmetro externo do tubo é de 0,07m, o comprimento de 3m, sua temperatura é de 200oC e sua emissividade igual a 0,8. Considerando a troca por radiação entre o tubo e a sala semelhante a aquela entre uma superfície pequena e um envoltório muito maior, determinar a taxa de calor perdida por radiação pela superfície do tubo.

Solução:

4viz

4ss TTAq rad

rad8 4 4q 0,07 3 0,8 5,67 10 473 308

Page 22: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.3. Coeficiente Global de Transferência de Calor - U

TA

TB

T2T1

h1

h2

L

k

q

TAUq

1 2

1U 1 L 1h h

Muitos processos nas indústrias envolvem uma combinação da transferência de calor por condução e convecção. Para facilitar a análise, pode-se lançar mão do Coeficiente Global de Transferência de Calor.

Page 23: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Trocador de calor de correntes paralelas

Page 24: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Trocador de calor em contracorrente

Page 25: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

TAUq

Para os trocadores de calor apresentados q pode ser determinado por:

Qual T deve ser utilizado?

Page 26: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

TAUq

qT qq dTT

fT ff dTT

dx

dAdq

Trocador de calor de correntes paralelas

qq,pq dTcmdq

ff,pf dTcmdq

Page 27: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

TAUq

Troca de calor no Trocador de calor

(1)

Troca de calor através de uma área elementar

TdAUdq (2)

onde é a diferença de temperatura local entre os fluidos, ou seja:

fq TTT

T

(3)

Page 28: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Diferenciando a equação (3)

(4)

fq TTT

fq dTdT)T(d

O calor perdido pelo fluido quente é igual ao calor recebido pelo fluido frio

qq,pq dTcmdq q,pq

q cmdqdT

ff,pf dTcmdq f,pf

f cmdqdT

(5)

(6)

Page 29: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Substituindo (5) e (6) em (4), resulta:

fq dTdT)T(d

f,pfq,pq cmdq

cmdq)T(d

dqcm1

cm1)T(d

f,pfq,pq

TdAUdq Mas logo:

(7)

Page 30: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

TdAUcm1

cm1)T(d

f,pfq,pq

Integrando

dAUcm1

cm1

T)T(d

f,pfq,pq

Af,pfq,pq

T

TdAU

cm1

cm1

T)T(dsai

ent

Page 31: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Para os fluidos quente e frio, respectivamente:

AUcm1

cm1

TTln

f,pfq,pqent

sai

Af,pfq,pq

T

TdAU

cm1

cm1

T)T(dsai

ent

ent,qsai,qq,pq TTcmq

ent,fsai,ff,pf TTcmq

(8)

Page 32: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Isolando e , respectivamente:

)TT(qcm

ent,qsai,qq,pq

f,pf cmq,pqcm

)TT(qcm

ent,fsai,ff,pf

(9)

(10)

substituindo (9) e (10) em AUcm1

cm1

TTln

f,pfq,pqent

sai

Page 33: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Isolando e , respectivamente:f,pf cmq,pqcm

AUq

)TT(q

)TT(TTln ent,fsai,fent,qsai,q

ent

sai

qAUTTTT

TTln ent,fsai,fent,qsai,q

ent

sai

qAU)TT()TT(

TTln sai,fsai,qent,fent,q

ent

sai

Page 34: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

qAU)TT()TT(

TTln sai,fsai,qent,fent,q

ent

sai

ou ainda

qAU)TT(

TTln saient

ent

sai

logo ou

ent

saisaient

TTln

)TT(AUq

ent

saientsai

TTln

)TT(AUq

Page 35: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Finalmente

mlTAUq

ent

saientsai

ml

TTln

)TT(T

onde é a diferença de temperatura média logarítmicamlT

Page 36: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.4. Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Considerações feitas:

1- O trocador de calor encontra-se isolado termicamente da vizinhança, a única troca de calor ocorre entre os fluidos;

2- A condução axial ao longo do tubo é desprezível;

3- Variações nas energias cinética e potencial são desprezíveis;

4- Os calores específicos dos fluidos são constantes;

5- O coeficiente global de transferência de calor é constante.

Page 37: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.5. Conservação de Energia – Primeira Lei da Termodinâmica

A primeira lei da Termodinâmica é uma ferramenta de grande utilidade em problemas de transferência de calor.

É importante obter a forma adequada da primeira lei para análise desses problemas.

gsaientraacu EEEE ou gsaientraacu EEEE

Page 38: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.1. A Equação da Taxa de Condução

A Lei de Fourier é Fenomenológica

xTAqx

T e x constante e A varia qx é diretamente proporcionalA e x constante e T varia qx é diretamente proporcionalA e T constante e x varia qx é inversamente proporcional

Page 39: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.1. A Equação da Taxa de Condução

Para outros materiais a proporcionalidade se mantém, porém para os mesmos T, A e x o valor de q é diferente, logo:

xTAqx

Onde é a condutividade térmica em [W/mK]

Page 40: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.1. A Equação da Taxa de Condução

Taxa de transferência de calor

xddTAqx

Fluxo de calor

xddTqx

]W[

]m/W[ 2

- é uma grandeza vetorial

- tem direção normal as superfícies de T = constantexq

Page 41: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.1. A Equação da Taxa de Condução

Forma geral para a equação do fluxo de condução de calor (Lei de Fourier)

TzTk

yTj

xTiq

logo

xTqx

x y zq iq jq k q

yTqy

zTqz

mas

Page 42: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.2. Equação da Difusão de Calor2.2.1. Coordenadas Cartesianas

x

yz

xq

yq

zq

dxxq

dyyq

dzzq

dz

dx dy

Page 43: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.2. Equação da Difusão de Calor2.2.1. Coordenadas Cartesianas

Conservação de Energia

zyx q,q,q

entra sai g acuE E E E

Entrada

dzzdyydxx q,q,q Saída

(2.1)

(2.2)

(2.3)

Page 44: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.2. Equação da Difusão de Calor2.2.1. Coordenadas Cartesianas

Expandindo em série de Taylor

...!2

dxxqdx

xqqq

2

2x

2x

xdxx

...!2

dyy

qdy

yq

qq2

2y

2y

ydyy

...!2

dzzqdz

zqqq

2

2z

2z

zdzz

dzzdyydxx q,q,q Saída

(2.4)

(2.5)

(2.6)

Page 45: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.2. Equação da Difusão de Calor2.2.1. Coordenadas Cartesianas

dzdydxqEg

Geração de Energia

Acúmulo de Energia

dzdydxtTcE pacu

(2.7)

(2.8)

Page 46: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.2. Equação da Difusão de Calor2.2.1. Coordenadas Cartesianas

Fazendo (2.2), (2.4), (2.5), (2.6), (2.7) e (2.8) em (2.1), resulta:

x y z

yx zx y z

p

q q q

qq qq dx q dy q dzx y z

Tqdxdy dz c dxdy dzt

entra sai g acuE E E E

Page 47: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.2. Equação da Difusão de Calor2.2.1. Coordenadas Cartesianas

yx zp

qq q Tdx dy dz qdxdydz c dxdydzx y z t

(2.9)Pela lei de Fourier

xTdzdyqx

yTdzdxqy

zTdydxqz

(2.10)

(2.11)

(2.12)

Fazendo (2.10), (2.11) e (2.12) em (2.9) resulta:

Page 48: ENG309 – Fenômenos de Transporte III Prof. Dr. Marcelo José Pirani Departamento de Engenharia Mecânica UFBA – Universidade Federal da Bahia

CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO A CONDUÇÃO DE CALOR

2.2. Equação da Difusão de Calor2.2.1. Coordenadas Cartesianas

dzdydxtTcdzdydxq

zT

zdzdydx

yT

ydzdydx

xT

xdzdydx

p

Dividindo por dx, dy e dz

tTcq

zT

zyT

yxT

x p

(2.13)