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ENFERMAGEM
Profª. Lívia Bahia
SAÚDE DA MULHER
Assistência de Enfermagem ao Parto/Aborto
Parte 3
Assistência de Enfermagem ao Parto/Aborto
-> Lei Nº 11.108, de 07 de Abril de 2005 – garante às
parturientes o direito à presença de acompanhantes durante o
trabalho de parto, parto e pós parto imediato, no âmbito do SUS
Assistência de Enfermagem ao Parto/Aborto
• Benefícios do acompanhante:
o Sentimento de confiança, controle e comunicação;
o Diminui necessidade de medicação e analgesia;
o Diminui necessidade de parto operatório;
o Diminui taxa de dor e pânico;
o Diminuição do tempo de trabalho de parto;
o Aumento do índice de amamentação;
o Melhor formação do vínculo de mãe e bebê;
o Maior satisfação da mulher;
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• Doula:
o Vem do grego “ mulher que serve”;
o São acompanhantes de parto para oferecer suporte afetivo, físico e emocional;
o Esse suporte pode ser antes, durante e após o parto;
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• Lei 7498/86 – Às profissionais referidas no inciso II do Art.6 º ( o
titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira
Obstétrica), incube, ainda:
o Assistência à parturiente e ao parto normal;
o Identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada
do médico;
o Realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando
necessária;
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Assistência de enfermagem durante o Parto Normal
• Assistência ao período expulsivo ( 2° período do parto)
• Caracteriza-se por esforço expulsivo materno e sensação de evacuar, decorrente
da pressão da apresentação fetal sobre reto e músculos do assoalho pélvico;
• Fenômenos mecânicos do parto:
o Rotação interna
o Desprendimento cefálico
o Rotação externa
o Desprendimento do ovóide córmico
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• Puxos Maternos
o Fisiologicamente, ocorrem puxos maternos involuntários quando a apresentação
fetal faz pressão sobre o reto e músculo do assoalho pélvico, podendo acontecer
em um momento mais tardio, 10 a 20 minutos após a dilatação cervical
completa;
• Posição Materna
o A OMS (1996) em seu guia prático de Assistência ao Parto Normal, recomenda
que, tano no primeiro quanto no segundo período, as mulheres devam adotar a
posição que melhor lhes agradar, desde evitem longos períodos em decúbito
dorsal;
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• Cuidados com o períneo
o A lesão de períneo é um traumatismo frequente durante o parto, mesmo em
partos e trabalhos de parto com evolução normal
o Manobra de Ritgen: durante a expulsão do polo cefálico, os dedos de uma das
mãos apoiam o períneo enquanto a outra mão faz leve pressão sobre a cabeça
para controlar a velocidade de coroamento, tentando evitar ou reduzir danos aos
tecidos perineais;
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• Episiotomia e laceração perineal
o A ocorrência da laceração perineal é frequente, especialmente em primíparas;
Lacerações de primeiro grau: é aquela que se só estende através da fúrcula,
da mucosa vaginal e da pele da margem anterior do períneo, sem atingir
nenhum músculo;
Lacerações de segundo grau: é aquela que acomete os músculos do corpo
perineal. Prolonga-se até dentro do corpo perineal em vários graus, às vezes,
até o esfíncter retal, sem lesioná-lo;
Lacerações de terceiro grau: se estende através de todo corpo perineal e do
esfíncter retal, às vezes indo até a parece anterior do reto
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o Episiotomia: é a incisão realizada através do corpo perineal, geralmente utilizada
pouco antes da expulsão da cabeça fetal facilitando o parto por ampliar o orifício
da vagina;
o As principais finalidades de uma episiotomia são:
Poupar os músculos do assoalho perineal de distensão e contusão
exageradas;
Prevenir a pressão prolongada exercida pela cabeça do feto sobre o períneo;
Prevenir lacerações irregulares
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• Palpação do cordão umbilical ao redor do pescoço do feto
o Imediatamente após a expulsão da cabeça e do feto, deve-se palpar ao redor do
pescoço para determinar a existência ou não de alças de cordão;
o Se alças estiverem frouxas, podem ser deslizadas por cima da cabeça;
o Porém, se estiverem apertadas, o cordão deve ser pinçado e cortado
imediatamente;
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• Exteriorização dos ombros e corpo do bebê
o Ao processar a rotação externa da cabeça, os ombros
do bebê aparecem na vulva, e em geral, são
exteriorizados espontaneamente;
o Se necessário, segurar a cabeça do bebê entre as
duas mãos e exercer uma ligeira tração para baixo
para guiar o ombro anterior por debaixo da sínfise
pubiana
o Em seguida, levantar a cabeça para soltar o ombro
anterior;
o As manobras para soltar o ombro devem ser
delicadas, para não lesionar o plexo braquial,
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o Após a exteriorização dos ombros, o restante do corpo costuma sair facilmente;
o Logo após a saída, o bebê deve ser segurado de cabeça para baixo para
drenagem postural das secreções para evitar risco da síndrome da aspiração;
o A criança deve ser levada até o colo da mãe e simultaneamente é coberta para
evitar resfriamento;
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• Clampeamento do Cordão
o A ligadura do cordão pode ser feita de imediato ou momentos após o
nascimento;
o Pesquisas mostraram que:
bebês com clampeamento imediato de cordão tem valores mais baixos de
hematócrito e hemoglobina;
Há transferência do sangue de aproximadamente 80 ml da placenta para o
recém – nascido. Os eritrócitos nesse volume, logo serão hemolisados, porém
fornecem 50 mg de ferro para as reservas do neonato e reduz frequência de
anemia ferroprima no primeiro ano de vida;
o Assim, o clampeamento tardio é a forma fisiológica de tratar o cordão e o
precoce é a intervenção que deve ter indicações precisas;
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o Indicações de clampeamento precoce do cordão:
Parto prematuro;
Sofrimento fetal com depressão neonatal grave;
Sensibilização Rh;
Parto gemelar
Mulher com HIV
• Imediatamente após o nascimento, deve-se verificar as condições do recém
nascido. Também é parte integrante da assistência ao parto;
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• Assistência à Dequitação
o Nesse estágio ocorre a separação e expulsão da placenta;
o Riscos maternos nesse estágio: hemorragia durante ou após essa separação e
retenção de restos placentários;
o A incidência de hemorragias pós parto e de retenção de restos placentários
aumentam frente a alguns fatores predisponentes:
Gestação múltipla;
Polidrâmnio;
Trabalho de parto com complicações (distócias)
Parto vaginal operatório
Antecedentes prévios;
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o Medidas Preventivas:
Uso profilático de ocitócitos:
- Costumam ser administrados após expulsão da placenta para estimular a
contração de fibras musculares uterinas;
- Às vezes, são administrados durante a saída do corpo do bebê ou logo após;
- Diminuem a perda sanguínea pós parto
- Efeitos relacionados às drogas: náuseas, vômitos, cefaléia
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Tração controlada do cordão:
- Envolve a tração do cordão combinada com a contrapressão sobre o corpo
uterino da direção cefálica, feita pela mão oposta colocada logo acima da
sínfise púbica;
- Pode reduzir perdas sanguíneas e encurtamento do terceiro estágio;
- Risco de inversão uterina;
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Comparação entre manejo ativo e expectante
- Manejo ativo: uso de oócitos e tração controlada do cordão
- Manejo expectante: fisiológico
- Vantagens manejo ativo: melhores resultados referentes à intensidade de
hemorragia pós parto e de níveis de hemoglobina no puerpério;
- Efeitos do manejo ativo: comuns presença de náuseas, vômitos e
hipertensão;
- Assim, o manejo ativo tem vantagens em indicações precisas, como
mulheres com risco para hemorragias e aquelas portadoras de anemia
severa;
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Revisão da placenta, dos anexos e do canal de parto:
- O exame da placenta, cordão umbilical e membranas imediatamente após o
parto é INDISPENSÁVEL;
- Verificar integridade, certificando-se de que não foram deixados restos
placentários ou de membranas na cavidade uterina;
- Se revisão da placenta e membranas for duvidosa -> revisão com exploração
da cavidade uterina;
- O útero deve ser uma massa firme e dura após a expulsão da placenta
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o Estimular o aleitamento precoce se não tiver qualquer contra indicação
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• Período pós parto imediato:
o Consideramos início do puerpério após a expulsão da placenta;
o Denominado de quarto estágio do parto – período pós parto imediato;
o É considerado como o espaço de tempo após a expulsão da placenta que é
necessário para se ter certeza de que a mãe está reagindo satisfatoriamente
ao estresse do nascimento, de que o útero continua firmemente contraído e
de que o sangramento vaginal não é excessivo;
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o Cuidados nessa fase:
Limpeza do sangramento da vulva com chumaços de algodão estéreis;
Enxugar as coxas e nádegas e aplicar compressa no períneo ou abaixo das
nádegas
Transferir mãe para uma cama limpa;
Observar sinais de contração uterina e da quantidade de sangramento
vaginal;
Verificar os sinais vitais a cada 15 minutos durante o pós parto imediato;
- Desvios da variação normal exigem verificações mais frequentes, às
vezes a cada 5 minutos;
- Elevação ou queda acentuada na pressão arterial e/ou frequência do
pulso deve ser relatada imediatamente ao médico;