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31/08/2015
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Profª Elaine C. S. Ovalle
O puerpério é um período que
abrange o parto, até a volta do corpo
da mulher ao seu estado normal,
aproximadamente até a sexta
semana (40 dias) após o
nascimento.
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As principais características do
puerpério são:
- a regressão das modificações ocorridas durante o parto
- o processo de lactação
- a adaptação psicológica da mãe a nova situação familiar
No puerpério, mãe e bebê seguem ao Alojamento Conjunto, definido pelo Ministério da Saúde como sendo “um sistema hospitalar em que o recém-nascido, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia, num mesmo ambiente até a alta hospitalar”.
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As vantagens do alojamento conjunto são:
- favorecer o aleitamento materno
- favorecer o vínculo entre mãe e filho, fortalecendo os laços afetivos através do relacionamento precoce.
Cuidado Imediato com a Puérpera
- A verificação de sinais vitais deve ser:
15 /15 min na 1ª hora
30 /30 min na 2ª hora
01/01 h até a 4ª hora
-Anotar no documento de sinais vitais o restante de soro e volume da diurese.
- Instalar soroterapia com oxitocina em bomba de infusão se prescrito.
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- Estimular movimentos ativos e passivos no leito;
- Realizar higiene perineal com água e sabonete líquido, trocando o absorvente hospitalar de 3/3 horas
- Observar o sangramento vaginal na admissão e a cada verificação de SV
- Verificar a altura e tônus uterino frequentemente (involução uterina)
- Massagear o fundo uterino se houver hipotonia uterina e/ou sangramento vaginal acentuado e orientar a paciente para auto-massagem.
- Estimular micção espontânea quando não estiver sondada, logo após a terceira hora.
- Controlar perfusão venosa e gotejo do soro, usar Bomba de Infusão para soroterapia e drogas específicas;
- Auxiliar e orientar na amamentação.
- Iniciar analgésicos prescritos, a partir da primeira hora de pós operatório se a paciente não referir dor antes deste período
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- A puérpera de parto vaginal já tem, imediatamente após o parto, liberada dieta e a deambulação.
- O acesso venoso é mantido, mesmo na ausência de complicações do puerpério, devido a possíveis intercorrências.
- A alta hospitalar é dada geralmente em 48 horas e 72 horas para parto cesária.
Cuidados no Pós Parto Vaginal
- Os sinais vitais da puérpera (temperatura, pressão arterial, FC e FR) devem ser verificados uma vez em cada seis horas.
- As alterações nos sinais vitais são indispensáveis para a detecção de uma possível infecção ou hemorragia.
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A avaliação do útero deve ser feita na puérpera com a bexiga vazia. A cicatriz umbilical é o parâmetro para a verificação da involução.
Coloca-se uma das mãos espalmadas na parte superior do útero, localizando-se o fundo. O fundo do útero deve apresentar-se firme. A altura uterina deve ser avaliada pelo menos uma vez a cada turno.
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As mães que amamentam têm uma involução uterina mais rápida e menor risco de hemorragia, devido à liberação constante de ocitocina.
Como o útero está em processo de contração, é comum que a puérpera sinta cólicas, principalmente durante a amamentação.
É importante realizar a massagem uterina, que estimula a eliminação dos lóquios e a involução do útero.
- As perdas vaginais após o parto são chamadas de lóquios.
- Os lóquios são resultantes da ferida placentária no útero.
- Imediatamente após o parto, podem sair em quantidade moderada, e vão diminuindo com o passar dos dias.
- O odor característico dos lóquios é semelhante ao da menstruação.
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Rubros: Vermelho 2-4 dias pós parto;
Serosos: Secreção serosa, amarelada, marrom-rosada, até 10º dia pós parto.
Brancos: Secreção fina e amarelada,2-6 pós parto;
- Lóquios com mau cheiro são sugestivos de infecção puerperal.
- Em grande quantidade, são sugestivos de hemorragia
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- O períneo também deve ser inspecionado diariamente, em decúbito dorsal, quanto à presença de edema.
- Os pontos da episiotomia devem ser inspecionados quanto à presença de secreções e a integridade.
- Deve-se orientar a puérpera a realizar a higiene do períneo com água e sabão neutro sempre ao urinar e evacuar, e trocar o absorvente.
- Se houver edema perineal, pode-se aplicar frio (bolsa de gelo), conforme prescrição médica.
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A puépera que realizou parto cesáreo requer alguns cuidados mais específicos.
- Geralmente, após o procedimento, ela permanece na sala de recuperação pós-analgésica, até a recuperação dos reflexos e movimentação dos membros inferiores.
- Após a saída da sala de recuperação, a puérpera permanece ainda em restrição alimentar, ou tem dieta líquida ou branda liberada.
- A deambulação e o banho de aspersão são liberados somente depois de 12 horas do procedimento. -A puérpera deve ser auxiliada no primeiro banho e na primeira deambulação.
-Devido à dificuldade em se movimentar após a cirurgia, a puérpera pós-cesária pode necessitar de mais auxilio nos cuidados com o RN.
-Ela também pode ter maior dificuldade na amamentação, mas é importante estimular a mãe.
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- Algumas puérperas, dependendo da substância com a qual foi realizado seu bloqueio anestésico, necessitam permanecer com sonda vesical de demora.
- Também permanecem com acesso venoso, para receber antibioticoterapia para a profilaxia de infecções, analgésicos e anti-inflamatórios.
- O curativo da cesárea é trocado diariamente, e é mantido fechado conforme orientação médica.
-Deve-se observar a integridade da cicatriz cirúrgica, presença de hiperemia, secreções ou sangramentos.
-A avaliação da involução uterina e dos lóquios também é realizada. A massagem uterina deve ser feita com bastante frequência.
- A alta para a puérpera pós-cesariana é em 72 horas, se tudo transcorrer como esperado.
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Alterações fisiológicas da mulher
no pós-parto
Sistema respiratório:
• após o parto, em consequência do esvaziamento uterino, ocorre a descompressão do diafragma, provocando o desaparecimento da dificuldade respiratória
• há mudança do tipo respiratório, passando de costal superior para toracoabdominal
Sistema tegumentar:
• com frequência, ocorre queda de cabelos, sudorese e enfraquecimento das unhas.
• A hiperpigmentação da face (cloasma gravídico), do abdome (linha alba) e da mama (aréola secundária) sofre redução gradativa.
• Resultantes da gravidez recente, as estrias de coloração violácea permanecem, porém, sua tonalidade é alterada para o aspecto perolado, esbranquiçado.
Alterações fisiológicas da mulher
no pós-parto
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Sistema endócrino:
• uma vez expulsa a placenta, se deflagra uma queda brusca das concentrações circulantes do estrogênio e da progesterona.
• A diminuição, em quantidades consideráveis, dos níveis de estrogênio e de progesterona favorecem a completa ação lactogênica da prolactina e da ocitocina.
Alterações fisiológicas da mulher
no pós-parto
Sistema digestivo:
• logo após o parto, com o esvaziamento do útero, o estômago, o intestino delgado e o cólon retornam à posição anatômica normal, favorecendo o esvaziamento mais rápido do estômago e a normalização das funções gastrointestinais.
• Mesmo assim, neste período é frequente a ocorrência da obstipação intestinal causada principalmente por:
Alterações fisiológicas da mulher
no pós-parto
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• Morosidade intestinal estabelecida durante a gestação.
• Súbita perda da pressão intra-abdominal.
• Diminuição da motilidade gastrointestinal pelo uso de analgesia ou anestesia usada durante o parto.
• Relaxamento ou flacidez da musculatura abdominoperineal.
• Repouso físico relativo e dieta da puérpera.
• Medo da puérpera de romper os pontos ou de sentir dor ao evacuar.
• Presença de hemorroidas (veias varicosas no reto), decorrentes do esforço distendido no período expulsivo.
Lactação
• Lactação refere se a secreção e a ejeção de leite pelas glândulas mamárias
• Hormônio mais importante para a promoção da lactação é a prolactina
• O principal estímulo para a lactação é a sucção das papilas mamárias
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O ideal é que o bebê seja amamentado, exclusivamente, no peito por pelo menos 6 meses, pois desta forma haverá:
• trabalho dos músculos dos lábios, língua e face, facilitando a elevação da língua e o vedamento dos lábios.
• preparação da musculatura para futura mastigação.
• reforço da respiração nasal.
• preparação dos músculos para boa mobilidade na produção dos sons da fala.
• desenvolvimento do terço inferior da face e da maxila, para bom posicionamento dos dentes.
• crescimento da mandíbula,entre outros benefícios.
- Líquido secretado pelas mamas durante a gestação e após o parto nas primeiras semanas.
- É rico em anticorpos, proteínas e com ação laxante.
- Especifico para o intestino imaturo do RN.
- Deve ser estimulado para ejeção.
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PROTUSOPROTUSO SEMISEMI-- PROTUSOPROTUSO PLANOPLANO INVERTIDOINVERTIDO
• Uma das principais diferenças entre a mamadeira e o peito é a capacidade de distensão e elasticidade.
• Os bicos de borracha são significativamente menos elásticos que o bico natural, portanto não se moldam à boca da criança como deveriam, impedindo o bom posicionamento e trabalho da língua.