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1 ENERGIA E ECONOMIA Governo amplia desconto na tarifa elétrica (Folha de SP) 22/01/2010............................................................................ 3 Eletrobrás deve sair do cálculo do superavit para investir mais (Folha de SP) 22/01/2010 ......................................... 3 Empreiteira pagou propina a aliados de Sarney, suspeita PF (Folha de SP) 22/01/2010.............................................. 4 Painel (Folha de SP) 22/01/2010 .......................................................................................................................................... 4 "Sei o que é campanha sem proposta", diz Lula (Folha de SP) 22/01/2010 ................................................................... 6 Mercado Aberto (Folha de SP) 22/01/2010 ......................................................................................................................... 6 Fisco perde pouco em ano de crise (Folha de SP) 22/01/2010 ........................................................................................ 8 Eletropaulo "cancela" evento do Corinthians (Folha de SP) 22/01/2010 ....................................................................... 8 Novo laboratório para etanol terá parceiro europeu (Folha de SP) 22/01/2010 ............................................................ 9 Governo estima avanço de 5,2% do PIB neste ano (Folha de SP) 22/01/2010 ............................................................... 9 CENTRAIS FAZEM ATOS POR JORNADA MENOR (Folha de SP) 22/01/2010.............................................................. 10 Estudo aponta o Brasil como a 5ª economia em 2013 (O Estado de SP) 22/01/2010 .................................................. 10 Eletrobrás deve sair da meta fiscal este ano (O Estado de SP) 22/01/2010 ................................................................. 11 Indústria amplia capacidade e CNI vê retomada 'gradual' (O Estado de SP) 22/01/2010 ............................................ 11 Trabalhadores de Furnas param por 24 horas (O Estado de SP) 22/01/2010 ............................................................... 12 Andrade Gutierrez faz acerto com AES para ter 33% da Cemig (O Estado de SP) 22/01/2010 .................................. 13 MPX investe em porto na Colômbia (O Estado de SP) 22/01/2010 ................................................................................ 14 Etanol ? entendendo o mercado e os preços (O Estado de SP) 22/01/2010 ................................................................ 14 Lula reúne ministros, xinga tucano e defende campanha contra FHC (O Estado de SP) 22/01/2010 ....................... 16 SCGás define plano de expansão da rede até 2014 (Valor Econômico) 22/01/2010 .................................................... 17 Impsa investe R$ 1,2 bilhão em SC (Valor Econômico) 22/01/2010 .............................................................................. 18 De olho no PAC, Lula reforça atuação no TCU (Valor Econômico) 22/01/2010 ........................................................... 18 Mais pragmático, Fórum Social retorna a Porto Alegre (Valor Econômico) 22/01/2010 ............................................. 20 Vem aí o etanol de segunda geração (Correio Popular) 22/01/2010............................................................................. 21 Comerc realiza leilão de venda de energia na próxima semana (CanalEnergia) 22/01/2010 ...................................... 22 CanalEnergia e PSR publicam novos boletins de acompanhamento do setor (CanalEnergia) 21/01/2010 .............. 22 Eletrobrás PNB fecha com alta de 2,59% (CanalEnergia) 21/01/2010 ........................................................................... 23 Santo Antônio está com 16,86% das obras concluídas (CanalEnergia) 21/01/2010.................................................... 23 Plano de Desenvolvimento do Xingu não será bancado pelos empreendedores de Belo Monte, diz Eletrobrás (CanalEnergia) 21/01/2010.................................................................................................................................................. 24 MME enquadra PCHs e eólica no Reidi (CanalEnergia) 21/01/2010 ............................................................................. 24 CNPE estabelece diretrizes para exportação de GNL (CanalEnergia) 21/01/2010 ....................................................... 24 Reservatório de Campos Novos trabalha com 99,60% da capacidade (CanalEnergia) 21/01/2010 .......................... 25 Ação unificada de compras para Sistema Eletrobrás gera economia de até 40% (CanalEnergia) 21/01/2010......... 25 Impsa finaliza instalação de dois aerogeradores na Argentina (CanalEnergia) 21/01/2010 ....................................... 25 Cesp PNB opera em queda de 2,16% (CanalEnergia) 21/01/2010.................................................................................. 26 Andrade assume dívida da AES no BNDES e fica com fatia da Cemig (CanalEnergia) 21/01/2010........................... 26 UHE Baguari inicia teste de 35 MW na terceira turbina (CanalEnergia) 21/01/2010 .................................................... 27 Lei define novas regras para Tarifa Social de Energia (CanalEnergia) 21/01/2010 ..................................................... 27 Cyro Vicente Boccuzzi, da ECOee: Meta de eficiência energética da EPE poderia ser muito maior (CanalEnergia) 21/01/2010 ............................................................................................................................................................................ 27 Rede Comercializadora realiza leilão de compra de energia incentivada (CanalEnergia) 21/01/2010 ...................... 28 Copel testa desempenho de luminárias com tecnologia led (CanalEnergia) 21/01/2010 ........................................... 29

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ENERGIA E ECONOMIA Governo amplia desconto na tarifa elétrica (Folha de SP) 22/01/2010 ............................................................................ 3 Eletrobrás deve sair do cálculo do superavit para investir mais (Folha de SP) 22/01/2010 ......................................... 3 Empreiteira pagou propina a aliados de Sarney, suspeita PF (Folha de SP) 22/01/2010 .............................................. 4 Painel (Folha de SP) 22/01/2010 .......................................................................................................................................... 4 "Sei o que é campanha sem proposta", diz Lula (Folha de SP) 22/01/2010 ................................................................... 6 Mercado Aberto (Folha de SP) 22/01/2010 ......................................................................................................................... 6 Fisco perde pouco em ano de crise (Folha de SP) 22/01/2010 ........................................................................................ 8 Eletropaulo "cancela" evento do Corinthians (Folha de SP) 22/01/2010 ....................................................................... 8 Novo laboratório para etanol terá parceiro europeu (Folha de SP) 22/01/2010 ............................................................ 9 Governo estima avanço de 5,2% do PIB neste ano (Folha de SP) 22/01/2010 ............................................................... 9 CENTRAIS FAZEM ATOS POR JORNADA MENOR (Folha de SP) 22/01/2010 .............................................................. 10 Estudo aponta o Brasil como a 5ª economia em 2013 (O Estado de SP) 22/01/2010 .................................................. 10 Eletrobrás deve sair da meta fiscal este ano (O Estado de SP) 22/01/2010 ................................................................. 11 Indústria amplia capacidade e CNI vê retomada 'gradual' (O Estado de SP) 22/01/2010 ............................................ 11 Trabalhadores de Furnas param por 24 horas (O Estado de SP) 22/01/2010 ............................................................... 12 Andrade Gutierrez faz acerto com AES para ter 33% da Cemig (O Estado de SP) 22/01/2010 .................................. 13 MPX investe em porto na Colômbia (O Estado de SP) 22/01/2010 ................................................................................ 14 Etanol ? entendendo o mercado e os preços (O Estado de SP) 22/01/2010 ................................................................ 14 Lula reúne ministros, xinga tucano e defende campanha contra FHC (O Estado de SP) 22/01/2010 ....................... 16 SCGás define plano de expansão da rede até 2014 (Valor Econômico) 22/01/2010 .................................................... 17 Impsa investe R$ 1,2 bilhão em SC (Valor Econômico) 22/01/2010 .............................................................................. 18 De olho no PAC, Lula reforça atuação no TCU (Valor Econômico) 22/01/2010 ........................................................... 18 Mais pragmático, Fórum Social retorna a Porto Alegre (Valor Econômico) 22/01/2010 ............................................. 20 Vem aí o etanol de segunda geração (Correio Popular) 22/01/2010 ............................................................................. 21 Comerc realiza leilão de venda de energia na próxima semana (CanalEnergia) 22/01/2010 ...................................... 22 CanalEnergia e PSR publicam novos boletins de acompanhamento do setor (CanalEnergia) 21/01/2010 .............. 22 Eletrobrás PNB fecha com alta de 2,59% (CanalEnergia) 21/01/2010 ........................................................................... 23 Santo Antônio está com 16,86% das obras concluídas (CanalEnergia) 21/01/2010 .................................................... 23 Plano de Desenvolvimento do Xingu não será bancado pelos empreendedores de Belo Monte, diz Eletrobrás (CanalEnergia) 21/01/2010.................................................................................................................................................. 24 MME enquadra PCHs e eólica no Reidi (CanalEnergia) 21/01/2010 ............................................................................. 24 CNPE estabelece diretrizes para exportação de GNL (CanalEnergia) 21/01/2010 ....................................................... 24 Reservatório de Campos Novos trabalha com 99,60% da capacidade (CanalEnergia) 21/01/2010 .......................... 25 Ação unificada de compras para Sistema Eletrobrás gera economia de até 40% (CanalEnergia) 21/01/2010 ......... 25 Impsa finaliza instalação de dois aerogeradores na Argentina (CanalEnergia) 21/01/2010 ....................................... 25 Cesp PNB opera em queda de 2,16% (CanalEnergia) 21/01/2010 .................................................................................. 26 Andrade assume dívida da AES no BNDES e fica com fatia da Cemig (CanalEnergia) 21/01/2010 ........................... 26 UHE Baguari inicia teste de 35 MW na terceira turbina (CanalEnergia) 21/01/2010 .................................................... 27 Lei define novas regras para Tarifa Social de Energia (CanalEnergia) 21/01/2010 ..................................................... 27 Cyro Vicente Boccuzzi, da ECOee: Meta de eficiência energética da EPE poderia ser muito maior (CanalEnergia) 21/01/2010 ............................................................................................................................................................................ 27 Rede Comercializadora realiza leilão de compra de energia incentivada (CanalEnergia) 21/01/2010 ...................... 28 Copel testa desempenho de luminárias com tecnologia led (CanalEnergia) 21/01/2010 ........................................... 29

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Cemig abre inscrições para programa de estágio em fevereiro (CanalEnergia) 21/01/2010 ...................................... 29 SINDICAL Pela redução da jornada (CUT Nacional) 21/01/2010 .................................................................................................. 29 Eleições 2010 (CUT Nacional) 21/01/2010 .................................................................................................................... 30 Encontro dos movimentos sociais (CUT Nacional) 21/01/2010 .................................................................................. 31 Seminário Internacional no RJ (CUT Nacional) 21/01/2010 ........................................................................................ 33 Neste sábado (23) (CUT Nacional) 21/01/2010 ............................................................................................................. 35 Contra a ocupação militar do Haiti (CUT Nacional) 21/01/2010 ................................................................................. 36 Máfia do Panetone (CUT Nacional) 21/01/2010 ............................................................................................................ 37 Santander e Real (CUT Nacional) 21/01/2010 ................................................................................................................. 37 Solidariedade (CUT Nacional) 21/01/2010 .................................................................................................................... 38 Reajuste do magistério (CUT Nacional) 21/01/2010 ....................................................................................................... 39 Prefeitura de SP utiliza apenas 5% de verba disponível para piscinões (CUT Nacional) 21/01/2010 .................... 39 Sindipolo denuncia desrespeito da Braskem com os trabalhadores (CUT Nacional) 21/01/2010 ......................... 40 Metalúrgicos da Carhej no ABC paulista aprovam PLR e redução de jornada semanal (CUT Nacional) 21/01/2010 ............................................................................................................................................................................ 40 Feira Mundial de Economia Solidária começa a ser estruturada nessa sexta-feira (22) (CUT Nacional) 21/01/2010 ............................................................................................................................................................................ 41 Brasil ocupa posição intermediária no cumprimento de metas para educação (CUT Nacional) 21/01/2010 ........... 41 Contraf-CUT vai à Receita Federal para destravar ampliação da licença-maternidade (CUT Nacional) 21/01/2010 42

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Governo amplia desconto na tarifa elétrica (Folha de SP) 22/01/2010 Benefício valerá para consumidor com renda familiar per capita de até R$ 255; cadastro é feito por ministério DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou lei que amplia o número de famílias que têm desconto na tarifa de energia elétrica. A chamada "tarifa social" ou "tarifa de baixa renda" valerá para consumidores que tiverem renda familiar per capita até meio salário mínimo (R$ 255) e estiverem cadastrados no Ministério do Desenvolvimento Social, na rede de proteção social do governo. Com a mudança, o número de beneficiados deverá aumentar de 19,4 milhões de famílias para 22,5 milhões. Hoje os critérios são complicados. Quem consome até 80 kWh/mês (quilowatt-hora por mês) tem direito a desconto de 65% na tarifa, independente da renda. Essa metodologia permitia distorção, uma vez que pessoas de alta renda, proprietários de casa de praia ou de campo, se beneficiavam. Isso ocorria porque as residências de veraneio ficam fechadas, e o consumo era enquadrado em "baixa renda". "Acaba dando tarifa diferenciada para quem não precisa", disse o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner. Ainda de acordo com os critérios atuais, era necessária confirmação de baixa renda, por meio de cadastro no Ministério do Desenvolvimento Social, apenas para quem consumisse entre 81 kWh/mês e um teto que variava até 220 kWh/ mês, dependendo do Estado. Com a nova lei, o consumo de energia não é mais critério para a concessão do benefício. Uma vez enquadrado como baixa renda, o nível de consumo determinará apenas o tamanho do desconto: quem consome até 30 kWh/mês terá 65% de desconto, entre 31 e 100 kWh/ mês, o desconto será de 60%, e, a partir de 101 kWh/mês, de 10%. Quem estiver enquadrado como "baixa renda" pelos critérios antigos e não fizer jus pelas novas regras será descredenciado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em até dois anos. "Há famílias que são baixa renda mas que não estão inscritas nos programas sociais e deixariam de receber o benefício. Isso poderia gerar injustiças", afirmou Hubner. Os novos beneficiários, porém, só poderão pagar menos pela luz a partir de julho, quando a norma entra em vigor e a menos de três meses das eleições. Terão também que se inscrever no cadastro único dos programas sociais do governo. Questionado se as empresas de energia poderiam aumentar as tarifas por causa do benefício, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que não. Segundo ele, para cobrir o desconto, o governo dará um subsídio de R$ 2 bilhões. Esse recurso virá da CDE (Contribuição de Desenvolvimento Energético), imposto já cobrado sobre todos os consumidores em suas contas de luz. Índios e quilombolas não pagam pela energia consumida, até o limite de 50 kWh/mês.

Eletrobrás deve sair do cálculo do superavit para investir mais (Folha de SP) 22/01/2010 DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Depois da Petrobras, o governo deve excluir também a Eletrobrás do cálculo das contas públicas. A medida faz parte do plano para reforçar a capacidade da empresa de fazer investimentos no último ano do governo Lula e resolver o problema dos dividendos devidos aos acionistas, principalmente a União. Hoje, a contribuição da estatal é inferior a 5% da meta de superavit primário do setor público, algo entre 0,10% e 0,15% do PIB. Por isso, mesmo que ela seja excluída, o governo pode optar por manter a meta de superavit nos atuais 3,3% do PIB -tema ainda em discussão. A avaliação oficial é que essa mudança não afetará as contas públicas. Para economizar esse dinheiro, a estatal precisa reduzir seus investimentos ou o repasse de dividendos para a União. Se pagasse os dividendos, em vez de fazer superavit primário, o impacto sobre as contas públicas seria o mesmo. Além disso, os investimentos em infraestrutura da empresa podem ser abatidos da meta de superavit, como será feito neste ano. Os ministérios da Fazenda, do Planejamento e de Minas e Energia ainda discutem as questões finais do plano. Além de tirar a empresa das contas públicas, haverá um cronograma para pagamento de dividendos aos acionistas. No final de 2009, para conseguir cumprir a meta de superavit, o governo vendeu ao BNDES o direito de receber parte desses dividendos, o que garantiu R$ 3,5 bilhões a mais no caixa do Tesouro. O discurso do governo é que esse plano tornará a empresa mais "transparente". Outro objetivo é garantir que a estatal possa tocar as obras do PAC, que será uma das vitrines da campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A empresa começou o ano com um plano de investimento recorde de R$ 30,2 bilhões até 2012.

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Empreiteira pagou propina a aliados de Sarney, suspeita PF (Folha de SP) 22/01/2010 Documentos apreendidos indicam valores supostamente pagos a PT e PMDB Total seria de R$ 2,9 mi, por conta da obra da eclusa de Tucuruí; STJ parou Operação Castelo de Areia após defesa questionar provas colhidas FERNANDO BARROS DE MELLO LILIAN CHRISTOFOLETTI DA REPORTAGEM LOCAL Relatório da Polícia Federal, produzido durante a Operação Castelo de Areia, afirma que a empreiteira Camargo Corrêa acertou o pagamento de propina de pelo menos R$ 2,9 milhões ao PT e ao PMDB referente à obra da eclusa de Tucuruí, no Pará, citando como supostos beneficiários integrantes do grupo político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que controla o Ministério de Minas e Energia. Os supostos pagamentos constam em arquivos digitalizados apreendidos com Pietro Bianchi, diretor da construtora. Os registros foram feitos à mão em 15 de maio de 2008 e depois escaneados. A Folha obteve documentos inéditos que constam da investigação. A Camargo Corrêa informou ontem que não irá se manifestar sobre documentos que estão sub judice. Desde a semana passada, o Superior Tribunal de Justiça suspendeu a Operação Castelo de Areia após a defesa da empresa questionar a legalidade das provas colhidas. José Sarney e outros citados negam as suspeitas, que dizem servir para "criar escândalos". No manuscrito apreendido, há registro de que foram repassados aos partidos 3% de uma parcela recebida pela empreiteira para a construção da eclusa, de R$ 97 milhões. Ao lado, há a indicação de que os recursos destinados ao PMDB foram repassados a "Astro/Sarney". Sarney, segundo a PF, é "provavelmente" Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. E "Astro", diz o relatório, é Astrogildo Quental, diretor financeiro da Eletrobrás e ex-secretário estadual do Maranhão no governo de Roseana Sarney. Fernando Sarney foi o padrinho de Quental na Elebrobrás, como mostram grampos de outra operação, a Faktor (ex-Boi Barrica), na qual o filho do senador foi indiciado pela PF. Quental também foi investigado na Operação Faktor. Ele era um dos principais interlocutores de Fernando Sarney ao telefone em conversas gravadas com autorização judicial. A PF chegou a dizer que Quental defendia os interesses do grupo de Fernando na Eletrobrás. De acordo com o documento apreendido na Castelo de Areia, o repasse até 15 de maio de 2008 foi de R$ 1,5 milhão, restando saldo de R$ 1,4 milhão a ser pago. Há ainda informação sobre liberação naquela data de R$ 500 mil ao PMDB. No manuscrito, o pagamento ao PT está ligado ao nome Paulo. Ao analisar esse documento, os peritos da PF disseram não tê-lo identificado. Em outro registro de pagamentos relacionados à mesma obra, de dois meses antes, ao lado da sigla PT está anotado o nome Paulo Ferreira, que a PF suspeita ser o tesoureiro do partido. No fim do documento e num tom mais apagado (realçado pelos peritos) lê-se "acordo de 3% dos pagamentos de eclusa". Para a PF, "fica claro que há um acordo para repasse de dinheiro condicionado a pagamentos da obra da eclusa". Um terceiro documento apreendido mostra um valor de R$ 150 mil relacionado à obra HGI, sigla para a usina de Jirau, segundo código usado pela própria empresa. Mais uma vez a inscrição é acompanhada do nome "Astro", que, para a PF, é Astrogildo Quental. Outros documentos apreendidos pela PF citam mais aliados do grupo de Sarney. Um manuscrito registra pagamento de R$ 300 mil (em três parcelas de R$ 100 mil) ao lado da inscrição "Ex. Min. Sil.". Segundo a PF, "ao que tudo indica" trata-se do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. Rondeau deixou o ministério em 2007, após ter sido investigado na Operação Navalha. Ele também foi citado na Faktor. Há ainda um manuscrito citando R$ 500 mil a "Lobinho". Diz a PF que é o "apelido comumente relacionado a Edison Lobão Filho, filho e suplente do senador Edison Lobão, atual ministro de Minas e Energia". Esse pagamento seria "por dentro", mas há referência a igual parcela com a inscrição "PF", que os peritos dizem ser abreviação de "por fora".

Painel (Folha de SP) 22/01/2010 SILVIO NAVARRO (interino) - [email protected] Grandes esperanças Em reunião do conselho da Fiesp no início da semana, o presidente da entidade, Paulo Skaf (PSB), discorreu por mais de hora a respeito de suas perspectivas eleitorais. Apesar do 1% registrado na pesquisa Datafolha sobre a disputa pelo

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governo de São Paulo e da preferência de Lula por Ciro Gomes, ele manifestou aos colegas a avaliação de que, se a campanha reunir volume suficiente de recursos, "dá para ganhar". O neossocialista Skaf disse ainda que está na hora de empresários, e não sindicalistas, administrarem o país, no que foi apoiado com entusiasmo por Jorge Gerdau, um dos presentes ao encontro. -------------------------------------------------------------------------------- Esteio. No meio empresarial, os principais nomes engajados no projeto eleitoral de Skaf são Benjamin Steinbruch (CSN) e Josué Gomes da Silva (Coteminas), filho do vice-presidente José Alencar. Alerta. Com o aumento no tom dos ataques entre tucanos e petistas, foi ouvido no PT que "baixaria afugenta o eleitor", em referência à nota do presidente da sigla, Ricardo Berzoini, e do futuro, José Eduardo Dutra, tratando Sérgio Guerra (PSDB-PE) como "jagunço da política". Tintas 1. Dutra argumenta que foi Guerra quem "chutou a canela" primeiro ao afirmar que Dilma Rousseff "mente". E minimiza: "A nota deles foi grosseira e virulenta. A nossa tem um toque de ironia". Tintas 2. Do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), aliado e conterrâneo de Sérgio Guerra: "A escolha da palavra mostra um preconceito tacanho que há muito deveria estar banido do debate político. Grosseria e má educação são elementos inerentes à personalidade da ministra". Talheres. Na conversa que quer ter com Lula, a cúpula do PMDB levará dois pleitos: que fiquem claras as regras nos Estados onde não haverá aliança com o PT; e que será o partido, e não o presidente, que irá escolher o vice. Veja bem. Do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), após negar que o tema da vice foi debatido no jantar do PMDB: "Sou candidato a deputado federal. Esta questão de vice, inclusive, está me prejudicando eleitoralmente". Distância. Enquanto sobe a fervura no partido, o ministro peemedebista Hélio Costa (Comunicações) prorrogou a volta das férias para terça. Interruptor. Uma queda de luz deixou a reunião ministerial de ontem às escuras por 30 segundos. Dilma aproveitou para brincar com o ministro de Minas e Energia: "Lobão, olha o apagão aí!" Guichê. Em ano eleitoral, o presidente informou ter determinado a Nelson Jobim (Defesa) a criação de um cargo de "autoridade de aeroporto". Na prática, seria uma espécie de gerente nomeado para cada terminal aéreo. Fatura. Lula encerrou o encontro com seus auxiliares dizendo que "deve" ao vice, José Alencar (PRB), a candidatura ao Senado por Minas Gerais. Afirmou se tratar de uma retribuição aos anos que "roubou" dele como senador eleito no primeiro mandato. Caso antigo. Apesar da tentativa do PT em "despolitizar" a operação da Polícia Federal sobre desvios na área da saúde da Prefeitura de Porto Alegre, aliados de José Fogaça (PMDB) afirmam que o caso foi descoberto em 2007 pelo Tribunal de Contas do Estado. Fogaça oficializará a candidatura ao governo contra Tarso Genro (Justiça) dia 30. Socorro. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), presidida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), enviará 130 toneladas de alimentos para as vítimas do terremoto no Haiti. -------------------------------------------------------------------------------- com LETÍCIA SANDER e MALU DELGADO Tiroteio O PSDB não deveria se animar tanto com o exemplo chileno porque governa São Paulo há 15 anos e o Alckmin é candidato de novo. -------------------------------------------------------------------------------- Do deputado PAULO TEIXEIRA (PT-SP), sobre comparações do PSDB entre o fracasso de Michelle Bachelet em transferir votos ao seu candidato, apesar da boa popularidade, e o apoio de Lula a Dilma Rousseff. Contraponto Gabinete de crise O presidente Lula brincou ontem na reunião ministerial que em breve receberá dezenas de ministros entregando o cargo para se candidatar às eleições:

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-Eu mandei montar um confessionário! Mas, se alguém tiver dúvida, saiba que sou bom de convencimento. Olha o Orlando Silva!-, disse Lula, sobre a opção do ministro dos Esportes em assumir o posto de autoridade olímpica em troca de disputar as eleições. Orlando olhou para Geddel Vieira Lima (Integração), pré-candidato ao governo baiano contra o PT, e emendou: -O Geddel está dizendo que passa ainda hoje lá! O ministro peemedebista tratou logo de desmentir.

"Sei o que é campanha sem proposta", diz Lula (Folha de SP) 22/01/2010 Na 1ª reunião ministerial do ano, presidente afirma que oposicionistas não têm projetos, como ele nas disputas de 94 e 98 Petista prega a união de aliados e lembra caso do Chile, onde Bachelet não conseguiu eleger o sucessor, apesar de alta popularidade O presidente Lula discursa a sua equipe de ministros durante a reunião de ontem, a primeira do ano, realizada em Brasília DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Num discurso de pouco mais de 40 minutos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alinhavou ontem ao final da sua primeira reunião ministerial do ano como deve ser a sua estratégia eleitoral. A disputa pelo Palácio do Planalto terá de ser na base do "quem sou, quem és tu", focando apenas na comparação entre a atual administração e a anterior, do tucano Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002. Escalado para relatar à mídia como se deu a reunião ministerial, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse que o presidente "quer fazer uma campanha plebiscitária, de disputa de projetos". Para o presidente, a oposição estaria "sem propostas" e há risco de "jogo rasteiro". Lula então fez um exercício de memória: "Eu sei o que é fazer uma campanha sem programa e sem ideias convincentes". Ele disse ter passado por essa circunstância em 1994 e em 1998. Lula afirmou que José Serra, possível candidato a presidente pelo PSDB, não deverá baixar o nível. Mas haveria sempre o risco de assessores e outros no entorno da oposição partirem para ataques mais diretos. Lula repetiu as razões pelas quais deseja uma eleição "plebiscitária" e disse que já agendou uma conversa em breve com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), que insiste em ser candidato a presidente. Nesse momento de seu discurso, Lula mencionou a recente eleição presidencial chilena. "O governo lá se dividiu", disse. Com três candidatos no campo governista, a atual presidente chilena, Michelle Bachelet, não conseguiu fazer seu sucessor. Já com os números divulgados pelos ministros durante o encontro de ontem, Lula instruiu os presentes a usarem de maneira correta os dados disponíveis. Dirigindo-se a Guido Mantega (Fazenda) e a Henrique Meirelles (Banco Central), o presidente pediu que passassem a divulgar mais dados relativos à vida cotidiana das pessoas, e menos informações macroeconômicas difíceis de serem entendidas pelos eleitores mais humildes. Lula citou exemplos do que deseja ver em futuras propagandas e discursos: disse que o programa Luz Para Todos, durante sua administração, levou energia elétrica a cerca de 95% das pessoas que não tinham acesso a esse serviço. Dados como esses serão levados por Lula a Davos, para onde embarca no final do mês para participar do Fórum Econômico Mundial e receber o prêmio de "Estadista Global". Na contabilidade de Lula, pelo menos 12 de seus 37 ministros devem ser candidatos na eleição deste ano. O presidente disse ter aberto um "confessionário" para ouvir um a um e tentar demover alguns. A única exceção mencionada por Lula como saída certa do governo é Dilma Rousseff (Casa Civil), que deve ser a candidata a presidente pelo PT. Ao se referir a uma nota do PSDB na qual o presidente nacional tucano, Sérgio Guerra, acusa Dilma de "mentir" e reafirma que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não existe, Lula disse que o oposicionista "falou bobagem".

Mercado Aberto (Folha de SP) 22/01/2010 MARIA CRISTINA FRIAS - [email protected] Com receita recorde, Brasilcap cresce 9% A Brasilcap, braço de capitalização do Banco do Brasil, encerrou o ano passado com faturamento recorde de R$ 2,3 bilhões, expansão de 9% na comparação com o ano anterior.

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O avanço da receita foi resultado de novas estratégias da companhia, que teve como foco o lançamento de novos produtos, aumento do tíquete médio e investimento no segmento empresarial, segundo Márcio Lobão, presidente da Brasilcap. A empresa divulga hoje os números de 2009 ao mercado. Outra ação que alavancou o faturamento foi disponibilizar o pagamento de títulos via cartão de crédito para não correntistas do Banco do Brasil. A reestruturação societária da Brasilcap, anunciada pelo BB no início deste ano, irá contribuir para o crescimento da companhia, diz Lobão. "A Icatu Hartfort Seguros tem know-how em trabalhar em canal alternativo. Iremos vender fora do balcão do Banco do Brasil." Antes da reestruturação, os sócios da Brasilcap eram também concorrentes entre si, e agora as carteiras passaram a ser uma só. Para Lobão, o potencial de crescimento é muito grande. "O mercado de capitalização é o menor da área de seguridade. E é o que tem maior potencial de capitalização." No início deste mês, o BB anunciou a saída da SulAmérica e da Aliança da Bahia na Brasilcap, e, em consequência, a maior participação da Icatu. A Brasilcap, a maior empresa do mercado de capitalização, continuará sendo privada, com 50,1% das ações ON (com direito a voto) nas mãos da Icatu -que antes tinha 17%. O BB terá 49,9%. Com a aliança, o banco irá ampliar a sua fatia no capital total da companhia dos 49,9% para 74,9%, ficando com 100% das ações PN. Com a Icatu, a fatia de mercado da Brasilcap sobre o faturamento irá subir de 23% para 31%. O volume de reservas técnicas -montante relativo aos depósitos efetuados pelos clientes detentores de títulos- atingiu R$ 3,6 bilhões no ano passado, com crescimento de 18,3%. Já o lucro líquido caiu para R$ 85 milhões, devido ao fato de o resultado de 2008 ter sido inflado pela venda de ativos e à queda dos juros. Para 2010, Lobão prevê crescimento do faturamento acima de 12%. BANCO MÓVEL O Banco do Brasil havia montado um banco itinerante com o intuito de percorrer as praias durante o verão deste ano. Mas, antes de seguir viagem ao litoral, o carro, equipado com sala de atendimento e caixa eletrônico, vai atender a população vitimada pela enchente em São Luiz do Paraitinga. O banco também pode aproveitar a unidade, que disponibiliza saldo, extrato, saque, pagamento de contas e contratação de crédito, para bancarização, com abertura de conta e registro de CPF. RETORNO 1 As operações de ofertas públicas estão de volta, definitivamente. O escritório Barbosa, Müssnich & Aragão já tem quatro ofertas em andamento, que podem ser concluídas até março. O Demarest & Almeida tem duas em andamento e outras em estudo. "Muitas operações que ficaram em espera em 2009 estão para sair. No segundo trimestre, haverá ainda mais", afirma Thiago Giantomassi, sócio da área de mercados de capitais do Demarest. RETORNO 2 Todas as novas ofertas que terão início neste ano deverão estar em conformidade com a instrução nº 480 da CVM. A nova norma também contribuiu para aquecer a demanda das empresas nos escritórios, segundo Camila Goldberg, sócia do Barbosa, Müssnich & Aragão. ENDEREÇO 1 Depois que a Abrace (associação de grandes consumidores industriais de energia e de consumidores livres) mudou sua sede de São Paulo para Brasília, para ficar mais perto dos órgãos do governo ligados ao setor, alguns executivos da entidade não quiseram acompanhá-la e mudar de endereço. Um grupo de ex-executivos da Abrace se uniu para abrir uma consultoria em energia, a Nova Geração Energia. ENDEREÇO 2 Com sede em São Paulo, a empresa inicia atividades neste mês. Vai realizar serviços técnicos e comerciais especializados na área de gás natural e energia elétrica. A Nova Geração Energia prestará serviços para migração de empresas ao mercado livre, gestão de contratos, apoio regulatório e comercialização. ROMANCE O novo livro "Mosaico da Economia - (In)confidências sobre a Atualidade Brasileira" (editora Saraiva, 336 páginas, R$ 39,90), de Eliana Cardoso, economista-chefe para a região da Ásia do Sul no Banco Mundial, aborda as economias brasileira e mundial contextualizadas por passagens de romances, poesias, óperas e filmes. Neste livro, Cardoso também relata experiências e ideias próprias. NAVEGANTE O governo do Pará recebeu R$ 520 milhões do governo federal para retirar rochas que impedem a navegabilidade do rio Tocantins. Com a conclusão das duas eclusas de Tucuruí, a hidrovia Araguaia-Tocantins pode ser operacionalizada e receber embarcações de grande porte até o fim de 2012.

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NA PISTA A Copa Airlines recebeu dois novos Boeings-737/ 800. A empresa fez encomenda de 13 Boeings-737/ 800 no ano passado, com opção de compra de outros oito aviões. Também confirmou aquisição de duas aeronaves, chegando a 15 encomendas no ano. A Copa tem ainda 26 a serem recebidos até 2015. DESEMBARQUE John Grill, presidente e fundador da Worley Parsons, grupo australiano que adquiriu da Camargo Corrêa a empresa de projetos Cnec Engenharia, desembarca no Brasil neste final de semana. Grill vem dar início à transição das operações e à expansão dos negócios da empresa na América Latina. EXPERIÊNCIA O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje de evento em que a Natura vai assinar protocolo de intenções para pesquisar novas tecnologias em pele e cabelo em parceria com o Laboratório Nacional de Luz Síncroton, localizado no Laboratório Nacional de Biociências, em Campinas. com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK ANÁLISE

Fisco perde pouco em ano de crise (Folha de SP) 22/01/2010 GILBERTO LUIZ DO AMARAL ESPECIAL PARA A FOLHA O sistema tributário brasileiro é mesmo perverso e maquiavélico. Num ano de crise, com baixo ou nenhum crescimento econômico, a arrecadação tributária federal conseguiu a proeza de crescer nominalmente e ter uma queda real inexpressiva (menos de 3%). Compreender o mal que tal sistema provoca ao país é imprescindível para uma futura queda de carga tributária, a qual surpreenderá ao serem totalizados os dados de 2009. O cidadão, ao contribuir sobre sua renda, seu patrimônio e sobre seu consumo, retroalimenta a hipocrisia da política brasileira. As famílias mais pobres pouco pagam de tributos diretos (IR, IPTU, IPVA), mas comprometem mais de 50% dos ganhos com os indiretos (PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS, IOF, Cide). De outubro de 2008 a setembro de 2009, o brasileiro não ouviu as manchetes sobre recordes de arrecadação. A partir de outubro passado, tal termo retornou ao cotidiano nacional. E perdurará por muito tempo. A complexidade do sistema tributário, o mais saliente do mundo, esconde da pessoa comum o quanto e como ela paga a tributação, impondo-lhe enorme custo invisível, e aprisiona o setor produtivo num emaranhado de burocracias. A principal característica do sistema é a multi-incidência, ou o pragmatismo de várias incidências sobre um mesmo fato econômico. Por isso que, ao desonerar um tributo como o IPI, o governo federal pouco perdeu em arrecadação, pois os outros tributos, como PIS, Cofins, IR e CSLL, continuaram a sobrecarregar o preço de veículos e demais produtos "beneficiados". A quantidade de normas tributárias e o excesso de burocracia exigida dos contribuintes são outro detalhe ímpar do nosso sistema. Ninguém conhece toda a legislação que rege os tributos. Pouquíssimos entendem sua lógica multifacetada, que exige controle exacerbado, equipes vastíssimas a cuidar dos detalhes e desperdício de energia e dinheiro para acompanhar as constantes mudanças, levando a sociedade a fazer o papel de fiscal. Mesmo com um pessoal reduzido, o fisco brasileiro consegue arrecadar valores surpreendentes. Infelizmente, para o Brasil, a "inteligência" fiscal ultrapassou a eficiência do setor produtivo nacional! GILBERTO LUIZ DO AMARAL advogado tributarista, contador e consultor de empresas, é coordenador do Observatório de Governança Tributária e presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

Eletropaulo "cancela" evento do Corinthians (Folha de SP) 22/01/2010 Diretor financeiro diz que clube não deve à empresa MARTÍN FERNANDEZ DA REPORTAGEM LOCAL No dia em que anunciaria oficialmente o maior contrato de patrocínio da história do futebol brasileiro, o Corinthians ficou sem energia elétrica por falta de pagamento. Por telefone, a assessoria de comunicação da Eletropaulo confirmou o motivo do corte, que ocorreu ontem, às 6h.

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A empresa disse que a energia foi religada às 10h30, após o pagamento da fatura de dezembro (cerca de R$ 170 mil). Em comunicado distribuído às 9h40, o Corinthians afirmou que o evento foi cancelado "em virtude dos transtornos causados pelas fortes chuvas que castigaram a cidade de São Paulo nesta madrugada". A nova data para o anúncio ainda não foi definida. "Isso é uma bobagem, não há tempo para fazer um pagamento desse tipo", reagiu Raul Corrêa e Silva, diretor financeiro do clube. "Não devemos nem estávamos devendo um centavo para a Eletropaulo." A assessoria da empresa se recusou a atender o pedido da reportagem, de enviar um e-mail ou fax que confirmasse o calote do Corinthians. "É um boato", afirmou Corrêa e Silva. "Um boato que foi levado a sério por alguém." Nos primeiros dias do ano, o clube também ficou sem energia. A apresentação do atacante Iarley, por exemplo, aconteceu fora da sala de imprensa por isso. Mas a Eletropaulo informou que, à época, não houve corte. Desde outubro o clube estuda a contratação de uma empresa de engenharia, que reformaria todo o sistema elétrico do Parque São Jorge. O Corinthians gasta, por ano, cerca de R$ 1,2 milhão com energia elétrica. Com a reforma, a intenção é reduzir esse valor em até 30%, com a troca de chuveiros elétricos por outros a gás e a substituição de todas as lâmpadas do prédio administrativo, responsável pela maior parte do gasto do clube. O pagamento para essa empresa seria feito com o que se conseguir reduzir nas contas. As obras ainda não começaram porque o Parque Ecológico está sendo reformado. "E os jogadores não teriam onde treinar", afirmou Corrêa e Silva. Ontem, o Corinthians planejava apresentar o novo uniforme. A Hypermarcas vai pagar R$ 38 milhões no ano para estampar suas marcas na camisa e poderá dar mais R$ 7 milhões, a depender de resultados comerciais e conquista de títulos.

Novo laboratório para etanol terá parceiro europeu (Folha de SP) 22/01/2010 DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, que será inaugurado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Campinas (SP), fechou seus dois primeiros acordos internacionais de cooperação científica e tecnológica. A assinatura dos convênios também será feita hoje. Um dos acordos foi firmado com o Imperial College de Londres, e prevê o desenvolvimento de pesquisas conjuntas nas áreas de produção de etanol e de outros produtos a partir do bagaço da cana-de-açúcar. O outro acordo será com a Universidade de Lund (Suécia). Neste caso, serão realizados experimentos para o desenvolvimento de tecnologias de produção de biocombustível a partir da biomassa, com foco para a produção do chamado etanol de 2ª geração -a decomposição do bagaço e da palha da cana em açúcar e o uso deste produto na produção de etanol. O laboratório também assinará um acordo de colaboração com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para estudar estratégias agrícolas de produtividade e sustentabilidade da cana. Segundo o diretor da nova instituição, Marco Aurélio Pinheiro Lima, foram investidos R$ 69 milhões no laboratório -que tem 8.700 m2 de área. Lima disse que a definição do valor do orçamento anual da entidade ainda está em discussão. O laboratório também ainda não definiu como será a relação com o setor empresarial. "Vamos construir um formato de relação e vamos submeter a elas [empresas] para ver qual a melhor maneira. Vamos conversar com a indústria neste semestre", disse Lima. (MAURÍCIO SIMIONATO) CRESCIMENTO ECONÔMICO

Governo estima avanço de 5,2% do PIB neste ano (Folha de SP) 22/01/2010 DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Sem contrariar o consenso entre a maioria de economistas e analistas de mercado, o governo apresentou ontem a nova estimativa oficial para o crescimento do PIB em 2010, que, segundo a equipe econômica, deve ser de 5,2%. Durante a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Guido Mantega (Fazenda) traçou um panorama da retomada da economia do país após a crise financeira e destacou aspectos como as vendas de automóveis e o consumo das famílias para sustentar a avaliação. A apresentação também destaca a criação de 955 mil empregos com carteira assinada em 2009 e a projetada abertura de 1,6 milhão de vagas neste ano.

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Segundo as estimativas, o consumo doméstico, que com o aumento de 3,8% em 2009 contribuiu em 4,2% para o crescimento do PIB no ano passado, deve se expandir ainda mais em 2010, na casa dos 6,1%. Além disso, a formação bruta de capital fixo, que reflete os investimentos do setor produtivo, deve crescer 16,1% neste ano. A estimativa para o produto interno, no entanto, é ligeiramente inferior à média prevista pelo mercado. Segundo a pesquisa Focus, o crescimento do PIB neste ano deve ser de 5,3%. Já para 2009, diante do fraco crescimento no terceiro trimestre e da mudança dos parâmetros de cálculo do IBGE, a nova projeção oficial caiu para 0,1% de crescimento. Para o mercado, haverá retração de 0,26%. TRABALHO

CENTRAIS FAZEM ATOS POR JORNADA MENOR (Folha de SP) 22/01/2010 Em reunião ontem, as centrais sindicais decidiram intensificar as mobilizações a favor da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Segundo a CUT, os sindicatos incluirão o tema nas negociações coletivas do ano e farão manifestações. No dia 2 de fevereiro, haverá vigília na Câmara dos Deputados para pedir que o projeto seja votado ainda nesse primeiro semestre.

Estudo aponta o Brasil como a 5ª economia em 2013 (O Estado de SP) 22/01/2010 Relatório da Price mostra ainda que, até 2030, 5 das 10 maiores potências serão países hoje tido como emergentes Andrei Netto, correspondente em Paris O Brasil será a quinta maior economia do mundo já em 2013, pelos cálculos da PricewaterhouseCoopers, divulgados ontem, em Londres. Até lá, o País terá ultrapassado gigantes como Alemanha, Reino Unido e França. Os prognósticos econômicos indicam ainda que até 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo de sete maiores emergentes - chamado E-7 e formado por China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia - será maior do que o do G-7. Cinco das 10 maiores economias, até 2030, serão países hoje tidos como emergentes. O relatório leva em consideração o ritmo de crescimento e a valorização média das moedas de cada país para traçar perspectivas de médio e longo prazos. Para a PriceewaterhouseCoopers, E-7 e G-7 terão pesos equivalentes por volta de 2019. A diferença de riquezas vem caindo - em 2000, o PIB dos sete países mais ricos do mundo era o dobro dos países hoje considerados emergentes pela consultoria - e, este ano, deve sofrer sua maior redução: 35%. Após a ultrapassagem, a distância seguirá aumentando: em 2030, o E-7 será 30% mais rico que Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália (G-7). "Em 2030, nossas projeções sugerem que o top 10 global do ranking de PIB terá a liderança da China, seguida dos Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido", afirmou o relatório, assinado pelo diretor de Macroeconomia da PwC, John Hawksworth. Nesse horizonte, as 10 maiores economias serão, pela ordem: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido. Entre os reposicionamentos, três chamam mais atenção: a China, que ultrapassa os EUA, a Índia, superando o Japão, e o Brasil deixando para trás todos os gigantes europeus. Outra constatação do estudo é que a economia indiana crescerá mais rápido que a chinesa na década de 20. "A influência do E-7 já é enorme e esta análise mostra que a questão não é se o E-7 ultrapassará o G-7, mas quando", explicou Ian Powell, economista da PwC. Para Powell, as mudanças econômicas já resultam em uma nova geopolítica. "O G-7 já foi expandido para G-20 como o fórum-chave para decisões de economia global." De acordo com a PwC, o Brasil contará com o crescimento e a exposição internacionais obtidas com a Copa do Mundo de 2014 e com a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Já a Rússia conta com superpoderes na área de energia e a Índia, graças a seu crescimento demográfico, passará a crescer mais que a China. As estimativas da PwC são ainda mais otimistas sobre a performance dos países em desenvolvimento do que as feitas por Jim O"Neill, chefe de pesquisa em Economia Global do banco de investimentos americano Goldman Sachs e autor do acrônimo Bric, sigla com a qual destacou a emergência de Brasil, Rússia, Índia e China na década passada. Segundo O"Neill afirmara em novembro do ano passado, a China superará os Estados Unidos em 2027. Sua previsão anterior, feita há sete anos, indicava que a ultrapassagem aconteceria em 2041.

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Eletrobrás deve sair da meta fiscal este ano (O Estado de SP) 22/01/2010 Exclusão da estatal de energia do cálculo do superávit primário tem como objetivo dar mais espaço para a empresa ampliar investimentos Adriana Fernandes, Edna Simão BRASÍLIA O governo pretende retirar, ainda este ano, a Eletrobrás do esforço fiscal para o cumprimento da meta de superávit primário das contas do setor público, como já foi feito no ano passado com a Petrobrás. Segundo uma fonte da equipe econômica, a medida tem como objetivo dar mais espaço para a empresa ampliar os investimentos, após receber uma capitalização de até R$ 14 bilhões. O desenho definitivo da operação, que vai permitir à estatal pagar aos acionistas R$ 10 bilhões em dividendos atrasados, como antecipou a Agência Estado, está em fase final de elaboração. Os dividendos deverão ser pagos em parcelas. A proposta de excluir a Eletrobrás do cálculo do superávit primário, que exigirá mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), foi levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e aguarda o sinal verde do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A discussão agora na equipe econômica é se, com a exclusão da Eletrobrás do cálculo, será preciso mudar a meta de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de superávit primário prevista para este ano. Uma avaliação preliminar, segundo a fonte, indica que não será necessário reduzir a meta, já que a contribuição da empresa para o esforço do superávit não é tão elevada (cerca de R$ 700 milhões em 2009). O problema é que a amarra das contas da empresa ao esforço fiscal restringe a ampliação dos investimentos da estatal, que tem papel importante nas obras de infraestrutura incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É que todos os investimentos, pela metodologia de apuração das contas públicas, são considerados despesas primárias e afetam negativamente o resultado das contas públicas. Foi o que ocorreu no ano passado. Em 2009, as contas das empresas estatais apresentaram déficit primário e não conseguiram alcançar a meta de superávit de 0,20% do PIB. O resultado negativo teve de ser coberto pelo governo federal. Com mais de R$ 20 bilhões em caixa, a empresa está com os investimentos amarrados ao esforço fiscal do governo. A mudança, avalia a área econômica, dará mais transparência à atuação da Eletrobrás, empresa que o presidente Lula quer transformar na "Petrobrás do setor elétrico". "Para os olhos do mercado, a Eletrobrás vai ficar mais transparente", destacou a fonte, ressaltando que é um contrassenso cobrar investimentos da estatal e, ao mesmo tempo, exigir que contribua para o esforço fiscal. Essa não é a primeira vez que o ministro do Planejamento tenta retirar a Eletrobrás do cálculo do superávit primário. Desde 2009, quando foram excluídos os investimentos da Petrobrás, vem sendo solicitado o mesmo tratamento para a empresa pública do setor elétrico.

Indústria amplia capacidade e CNI vê retomada 'gradual' (O Estado de SP) 22/01/2010 Utilização da capacidade instalada atinge 81,4% em novembro, nível mais alto desde outubro de 2008 Sandra Manfrini BRASÍLIA Os indicadores industriais de novembro de 2009 apontam para a consolidação do processo de retomada da atividade do setor, com aumento do nível de utilização da capacidade instalada (Nuci), que atingiu 81,4% (dados dessazonalizados), o mais alto desde outubro de 2008 (82,4%). Os números foram divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que vê espaço para uma maior expansão desse indicador em 2010, sem que isso represente uma necessidade de elevação da taxa de juros.

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"O crescimento (do Nuci) ainda está abaixo do período pré-crise e a recuperação está se dando de maneira gradual. Por isso, não acredito em pressão inflacionária", disse o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, acrescentando que há espaço para a expansão do nível de utilização da capacidade instalada, que esteve em 84,5% em novembro de 2007, ano anterior à crise internacional. Se comparado a outubro de 2009, o Nuci de novembro cresceu 0,3 ponto porcentual e marca o quinto mês seguido de expansão. Em relação a novembro de 2008, o aumento é de 0,4 ponto porcentual. O indicador dessazonalizado do faturamento real da indústria em novembro também aponta crescimento de 1,3% em comparação com outubro de 2009. Em relação a novembro de 2008, a expansão foi de 8,4%, mas a CNI destaca que esse resultado foi inflado por causa da baixa base de comparação. Já as horas trabalhadas na produção apresentaram crescimento mais intenso em novembro (2,6% ante outubro), confirmando, na avaliação da CNI, o quadro de retomada. Na comparação com novembro de 2008, no entanto, o indicador ainda apresenta queda de 3,6%. O emprego industrial manteve a trajetória de recuperação e cresceu 0,8% no período, a maior taxa de expasão desde março de 2004. "O emprego na indústria ainda fechará 2009 em queda", disse o economista da CNI Marcelo de Ávila. "A atividade industrial vai voltar a ritmos expressivos de antes da crise. A indústria deve ser o setor que mais vai gerar empregos em 2010." A retomada da atividade industrial, no entanto, segundo prevê a CNI, será mais intensa se houver um momento de retomada do comércio mundial. "Os setores que atendem à demanda doméstica sofreram menos que os que dependem da demanda externa. Esta ainda não se recuperou totalmente, o que é agravado pelo problema do câmbio. Por isso, os projetos de investimento nesse segmento vão demorar um pouco mais para reagir", avaliou Castelo Branco, que já vê sinais fortes de investimento nos setores voltados ao consumo interno. Para ele, a indústria, que em 2009 foi um dos setores que mais sentiram os efeitos da crise, em 2010 vai puxar o crescimento. Com relação à melhora da atividade para o setor exportador, o economista defende a desoneração tributária como forma de incentivo à competitividade. "Como o câmbio é mais difícil (de haver mudanças), a desoneração tributária é o caminho para reduzir custos."

Trabalhadores de Furnas param por 24 horas (O Estado de SP) 22/01/2010 Pedem equiparação de salários aos de outras empresas da Eletrobrás Kelly Lima RIO Três mil trabalhadores de Furnas Centrais Elétricas que atuam no Rio de Janeiro e outros 500 que trabalham em São Paulo cruzaram os braços ontem por 24 horas, em protesto contra o não cumprimento de acordo para equiparação de salários aos das outras empresas coligadas ao Sistema Eletrobrás. Foram mantidos pelos grevistas os turnos emergenciais para 30% dos funcionários, para que não haja prejuízo nas operações da companhia. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia), para cumprir o acordo de equalizar os salários, Furnas está exigindo que sejam retiradas todas as ações judiciais movidas por trabalhadores ou pelo sindicato contra o Plano de Cargos e Salários da companhia. "Como apenas os trabalhadores do Rio, Minas e São Paulo têm ações do tipo, somente estes Estados estão realizando o protesto", explicou um assessor do sindicato. De acordo com o sindicato paulista, os trabalhadores também exigem o pagamento de uma indenização pelo descumprimento de termos do Plano de Cargos e Salários . A entidade reclama que apenas alguns grupos de trabalhadores receberam a indenização, mostrando um "tratamento discriminatório" da companhia.

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Dos 16 sindicatos representantes dos trabalhadores de Furnas em todo o país, além de São Paulo e Rio de Janeiro, o de Minas Gerais também não assinou o acordo, mas também não aderiu a greve. Procurada, Furnas não informou seu posicionamento sobre a paralisação de seus trabalhadores. A assessoria de imprensa da empresa disse que há interesse em manter negociações e evitar novas paralisações. Além desta greve de 24 horas, estão programadas manifestações de protesto em frente às unidades da empresa nos três Estados na semana entre 1º e 5 de fevereiro. Para aquela semana também estão programadas paralisações de 48 horas. A companhia é responsável por aproximadamente 10% da geração de energia do País, além de operar 19 mil quilômetros de linhas de transmissão ? incluindo o sistema de transporte da energia de Itaipu, que caiu em novembro do ano passado, causando transtornos em 18 Estados brasileiros.

Andrade Gutierrez faz acerto com AES para ter 33% da Cemig (O Estado de SP) 22/01/2010 Grupo vai assumir a dívida de R$ 2,115 bilhões da AES com o BNDES Alexandre Rodrigues, Wellington Bahnemann O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está confiante na aprovação pela Justiça do acordo fechado entre a Andrade Gutierrez Concessões, do mesmo grupo da construtora, e a Southern Electric Brasil (SEB), controlada pelo grupo americano AES, para tirar do balanço um dos seus maiores calotes. Pelo acordo, fechado em dezembro com o aval do BNDES, a Andrade Gutierrez vai assumir a dívida de R$ 2,115 bilhões da SEB com o banco, contraída em 1997 para a compra de uma fatia de 32,96% das ações ordinárias da Cemig. Em troca, a Andrade ficará com as ações, ingressando na estatal mineira de eletricidade. A operação deverá completar a reestruturação societária entre a Andrade Gutierrez e a Cemig, já que a estatal mineira está em processo de compra da participação da Andrade na Light, distribuidora de eletricidade do Rio. Segundo uma fonte envolvida na negociação, a confiança do banco na aprovação judicial vem da diferença do acordo em relação à saída cogitada em 2007. O acordo costurado agora não tem o desconto de juros e encargos que havia na proposta de quitar a dívida com US$ 1,2 bilhão à vista feita pela SEB há três anos. Para atenuar o prejuízo, o banco estava disposto a aceitar o montante, que, naquele momento, era menor do que a dívida e que o valor nominal das ações da Cemig, garantia do empréstimo. Mas o Ministério Público acusou o prejuízo e recomendou o veto da Justiça. A nova solução não tem a anistia dos juros, apenas o desconto das custas judiciais, estimadas em R$ 300 milhões, que não havia sido alvo da oposição do MP na outra tentativa. O valor total da dívida já foi mais alto, chegou a R$ 3,19 bilhões no final de 2008, descontados os dividendos das ações da Cemig que foram depositados judicialmente em favor do BNDES a partir de 2004. No entanto, segundo a fonte, a dívida original era em dólar e foi corrigida com a variação cambial em favor do real. "Não houve desconto. O valor é equivalente à dívida total, com juros e encargos. A proposta está bem fundamentada e deve ser aprovada." Além disso, o valor atual das ações é próximo ao pago pela Andrade. Os procuradores que acompanham o caso estão de férias. A Andrade Gutierrez e a AES não quiseram falar sobre o acordo. O BNDES também informou que só faria comentários após a homologação do acerto pela Justiça, mas confirmou as condições da operação. Em troca das ações da Cemig, a Andrade Gutierrez vai assumir a dívida de R$ 2,115 bilhões da SEB. Pagará à vista R$ 500 milhões. O restante virá da subscrição de debêntures da Andrade com prazo de dez anos: R$ 850 milhões em papéis simples (remunerados por CDI e spread de 1,5%) e R$ 765 milhões em títulos participativos, com remuneração ligada ao lucro da empresa e possível conversão de ações. A empresa ainda vai pagar R$ 25 milhões à SEB pela transação. O imbróglio entre a SEB e o BNDES teve início em 1997, quando a empresa recebeu empréstimo de R$ 600 milhões do banco, 53,1% do que a SEB desembolsou para comprar 32,96% das ON da Cemig. Em 2003, a empresa ficou inadimplente. Após várias tentativas de negociação, em 2004 o BNDES acionou a cláusula de garantia do contrato na Justiça. Os dividendos pagos pela estatal mineira à SEB foram bloqueados e depositados judicialmente em favor do BNDES, que já sacou R$ 850 milhões. O calote não foi o único que o banco levou do grupo AES. Em 2003, o grupo americano deixou

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de pagar uma dívida de US$ 1,2 bilhão, feita para comprar o controle da Eletropaulo. O BNDES teve de aceitar como pagamento ações da Brasiliana, controladora da distribuidora.

MPX investe em porto na Colômbia (O Estado de SP) 22/01/2010 Investimento, de US$ 150 milhões, vai permitir o escoamento do carvão que será explorado pela empresa no país Reuters RIO A MPX, empresa de energia do grupo EBX, do empresário Eike Batista, anunciou a compra de uma área de 521 hectares na Colômbia para a construção de um porto, um investimento que deve chegar a cerca de US$ 150 milhões. O porto, de até 20 metros de calado, terá capacidade, segundo a empresa, para exportação de até 20 milhões de toneladas de carvão por ano. A ideia, segundo a empresa, é assegurar uma solução logística para o sistema integrado de mineração da MPX na Colômbia. Segundo o presidente da empresa, Eduardo Karrer, um novo relatório sobre as reservas de carvão da MPX na Colômbia será divulgado em março, e parte dos recursos de 110 milhões de toneladas de carvão divulgados no ano passado deverá ser incorporada como reserva, assim como mais volumes deverão ser registrados. Karrer disse que, dependendo do volume de reservas, a MPX pensa em ampliar a estrutura logística para o escoamento da produção, com a construção de uma ferrovia até a mina da empresa naquele país. Se isso ocorrer, a MPX deverá buscar parceiros para o projeto. "Podemos expandir para fazer um projeto otimizado. Com essa aquisição (de um terreno para construir o porto), fechamos os planos do novo sistema da Colômbia, que inclui mina, exportações e sistema logístico", explicou Karrer. A partir do porto da Colômbia, a MPX levará carvão para a térmica da empresa no Chile, que consumirá 5 milhões de toneladas, e para termelétricas da companhia no Brasil, que deverão demandar até 7,5 milhões de toneladas por ano. "Com isso, temos demanda para de 60% a 70% da produção da Colômbia", disse Karrer. Ele não vê necessidade de captar recursos para desenvolver os projetos da MPX em andamento. No caso da Colômbia, a própria mina pagará o custo da logística. A empresa começará a ter receita em julho de 2011, quando entram em operação as térmicas Pecém I, no Ceará, em parceria com a Energias do Brasil, e Itaqui, no Rio Grande do Sul. Juntas, as unidades vão gerar receita anual de R$ 490,3 milhões. Em 2013, entrará a terceira térmica em construção da MPX, que vai acrescentar R$ 226 milhões por ano em faturamento. Apesar de ser o braço de geração de energia elétrica do grupo EBX, a MPX é responsável pela busca dos combustíveis que serão utilizados nas suas térmicas. Além do carvão, a MPX procura gás natural em parceria com a OGX, do mesmo grupo, na bacia do Parnaíba (MA). "Temos umas 300 pessoas trabalhando na sísmica de lá e o segundo poço será furado até maio", disse Karrer. O primeiro poço foi perfurado por outra empresa em 1987, quando foram constatados indícios de hidrocarbonetos. "Estamos bastante confiantes no segundo poço e a expectativa é de que a licença para a térmica (do Maranhão) saia ainda no primeiro semestre deste ano", disse o executivo. Karrer não vê o licenciamento ambiental como um empecilho para os investimentos, e aposta no uso de tecnologia para abrir os caminhos. "O segredo é a tecnologia de ponta, não pode economizar", afirmou o executivo.

Etanol ? entendendo o mercado e os preços (O Estado de SP) 22/01/2010 Marcos Sawaya Jank A principal característica das commodities são as suas incontroláveis flutuações de preços. Salvo no caso do petróleo e derivados, que no Brasil são um monopólio com preços fixados pelo governo, todas as demais commodities vivem permanente volatilidade de preços. Este é o caso do álcool combustível, o etanol, cujos preços flutuam livremente ao sabor das variações de oferta e demanda. É verdade que, no passado, o governo já controlou os preços do açúcar, do etanol e de várias outras

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commodities. Há, porém, amplo consenso de que a desregulamentação nos anos 1990 levou a ganhos de eficiência e forte redução de custos de produção, beneficiando toda a sociedade. Acompanhando o rápido crescimento dos veículos flex desde 2003, que hoje já atinge quase 40% da frota total, o etanol superou a gasolina na preferência dos consumidores e tornou-se um notável exemplo para o mundo de substituição de petróleo e de combate ao aquecimento global. Nos três últimos anos, graças à expansão da oferta e aos baixos preços, somados ao reconhecido valor ambiental do produto, o consumo de etanol cresceu fantásticos 78%, ante apenas 3% da gasolina. Acontece que no final da atual safra alguns fatores produziram uma alta do preço do produto, confirmando a regra da volatilidade. O primeiro fator, muito comentado, porém de baixo poder explicativo, é a alta do preço do açúcar no mercado mundial, causada por quebras de safra nos principais países produtores, dentre eles Brasil e Índia. De fato, as usinas têm alguma flexibilidade para optar pela produção de açúcar ou etanol, porém a "migração" é limitada pela inexistência de fábricas de açúcar na maior parte das novas unidades e pela falta de capacidade ociosa nas mais antigas. O principal fator que explica a alta recente do etanol tem sido pouco comentado: a crise financeira global, que atingiu duramente o setor. No primeiro semestre de 2009, a falta de liquidez no mercado de crédito forçou boa parte das empresas a desovarem grandes volumes de etanol a preços fortemente deprimidos, abaixo dos custos de produção, para poderem se capitalizar. Isso fez o consumo explodir - quase 30% de aumento em relação ao mesmo período em 2008. Em seguida, as chuvas excessivas do segundo semestre fizeram as usinas ficar o dobro de dias paradas em relação ao usual, comprometendo a produção prevista e os estoques para a entressafra. Pode-se dizer que o etanol constitui hoje um exemplo de funcionamento correto das forças de mercado, gerando ajustes de preços. O principal pilar de sustentação do sistema é justamente o carro flex, que permite ao consumidor a escolha do combustível em função de seus preços relativos e vantagens técnicas e ambientais. Nenhum país no mundo oferece essa possibilidade de escolha de forma tão ampla e benéfica para o consumidor. E, ao escolher, o consumidor força os ajustes de mercado. Portanto, a experiência brasileira é um sucesso tecnológico nacional, da competitividade da cana-de-açúcar à eficiência dos motores flex, que conta com um sistema de formação de preços livres que traz benefícios econômicos, sociais, ambientais e de saúde pública. E pelo menos dois fatores de melhoria estão em andamento. O primeiro é a retomada do crédito para a formação de estoques reguladores (warrantagem), que não funcionou no ano passado por problemas nos balanços das empresas depois da crise de endividamento e falta de liquidez. O segundo foi a recente aprovação, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da entrada de novos agentes e a criação de empresas de comercialização no etanol, até então lamentavelmente proibidas pelas regras vigentes no mercado de combustíveis. A volatilidade de preços vai continuar a existir, até porque, ao contrário do petróleo, a produção de cana depende dos humores do clima. Ela pode, porém, diminuir com a presença dos novos agentes e mecanismos de financiamento, estocagem e comercialização. Outra variável importante é o comércio exterior. O governo e a indústria estão engajados numa verdadeira cruzada para consolidar o etanol como uma commodity global, que poderá trazer investimentos, empregos, divisas e ganhos para o planeta na questão do clima. O problema é que o mercado de etanol é fortemente protegido no mundo. Os Estados Unidos já estão reconhecendo as vantagens do etanol de cana em relação a outras matérias-primas e a tarifa que incide sobre o produto importado está em debate no Congresso americano e poderá cair até o final deste ano. Se queremos que o etanol se consolide como uma alternativa energética global, é fundamental que as proteções tarifárias e não-tarifárias sejam derrubadas, inclusive no Brasil, que mantém uma elevada tarifa de importação de 20%, altamente criticada no exterior. Alguns grupos americanos afirmam corretamente que é incoerente o Brasil pedir maior abertura comercial e, ao mesmo tempo, proteger o seu próprio mercado com uma alta tarifa de importação. O pleito do livre-comércio não funciona em mão única. Se somos os mais competitivos do mundo, por que não dar o bom exemplo que nos credencia a pleitear a abertura do mercado norte-americano, de longe o principal mercado consumidor da atualidade? Em suma, nossos 35 anos de história do etanol tiveram grandes solavancos: da intervenção para o mercado livre, o desenvolvimento do carro a álcool, a volta do carro a gasolina, a inovação dos veículos flex. Hoje as motocicletas, as usinas de bioeletricidade e os bioplásticos. No futuro, os ônibus, os caminhões, os aviões, os hidrocarbonetos de cana e a alcoolquímica. Apesar dos solavancos, este ano causados pela crise financeira e pelo clima, é fundamental continuarmos aprimorando o funcionamento dos mercados e estimulando a mudança tecnológica, a competitividade e a sustentabilidade. Marcos Sawaya Jank é presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica)

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Lula reúne ministros, xinga tucano e defende campanha contra FHC (O Estado de SP) 22/01/2010 Presidente imprime foco eleitoral em reunião de equipe e diz que se empenhará por disputa plebiscitária Vera Rosa ORIENTAÇÃO - Embate com tucanos tomou boa parte do encontro entre o presidente Lula e seus ministros, que durou cerca de cinco horas BRASÍLIA Na primeira reunião ministerial do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom da disputa entre o PT e o PSDB e partiu para o ataque. Após dias seguidos de troca de insultos entre os dois partidos, Lula chamou ontem o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), de "babaca", disse que ele está "desconectado da realidade", só fala "bobagem" e não conhece o Brasil. A reação de Lula, de acordo com relato de ministros, foi uma resposta às alfinetadas de Guerra ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto. Em nota divulgada na quarta-feira, Guerra acusou Dilma de "mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades". Antes, em entrevista à revista Veja, o tucano afirmou que o PAC é uma ficção e definiu Lula como "o último presidente a fazer política com as mãos sujas". Ao encerrar a reunião ministerial, na Granja do Torto, Lula disse que Guerra não conhece o Brasil e muito menos o Estado dele, Pernambuco. "O Sérgio Guerra é um babaca e está desconectado da realidade. Se saísse de casa e andasse em Pernambuco, veria as obras do PAC", insistiu. Foi além: afirmou que o tucano está isolado no PSDB e a oposição, sem discurso. "Eu sei o que é disputar eleição sem discurso", observou, ao lembrar suas campanhas de 1994 e 1998. O presidente avisou à equipe que vai se empenhar por uma disputa "plebiscitária" com o PSDB, que tem como pré-candidato o governador de São Paulo, José Serra. "Quero fazer a campanha do quem sou eu e quem és tu", comentou, numa referência ao confronto de projetos entre as administrações do PT e do PSDB. Em meio a críticas ao tucanato, Lula dirigiu mais uma farpa ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: disse que vai lançar a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em março, para que seu sucessor não passe dificuldades como ele, em 2003. "Não quero que meu sucessor encontre a situação que encontrei quando assumi a Presidência, em 2003: não tinha Orçamento para investir nem projeto pronto", afirmou ele, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. TERCEIRIZAÇÃO Apesar da artilharia apontada para os tucanos, Lula pediu aos ministros que fujam da linha de tiro. Deixou claro, porém, que todos devem ter na ponta da língua números e obras do governo para a contraofensiva. Agora, a estratégia do comando da campanha petista será terceirizar o bombardeio contra Serra, Fernando Henrique e o PSDB, blindando a candidata, que na terça-feira entrou no bate-boca durante inauguração transformada em comício, no Vale do Jequitinhonha. Em nota lançada ontem, os dois presidentes do PT - o atual, deputado Ricardo Berzoini (SP), e o eleito, José Eduardo Dutra - chamaram Guerra de "jagunço da política" e Serra de "hipócrita". "A Dilma é da paz. A guerra está lá no PSDB", alfinetou Padilha, fazendo um trocadilho com o sobrenome do chefe dos tucanos. "O presidente Lula orientou os ministros a não entrar em jogo rasteiro na campanha. Temos condições de fazer um debate de alto nível." A eleição de outubro consumiu boa parte da reunião, que durou cinco horas. Disposto a tratar da campanha, o presidente disse que Serra está em situação complicada, mas avaliou que, se ele desistir, passará a imagem de medroso. Lula reiterou que quer ver o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disputando o governo de São Paulo, com o apoio do PT. Disse que a base aliada precisa estar unida na corrida ao Planalto. "Vou conversar com Ciro".

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O presidente garantiu que Dilma, gerente do PAC, ficará no cargo até o último dia permitido pela Lei Eleitoral, 3 de abril, e sugeriu a todos os ministros-candidatos que façam o mesmo. "Se alguém tiver dúvida, não deve falar comigo, porque vou convencer quem me procurar a não deixar o governo", brincou ele, ao contar que fez o ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), desistir de se candidatar a deputado. FRASES Luiz Inácio Lula da Silva Presidente "O Sérgio Guerra é um babaca e está desconectado da realidade. Se saísse de casa e andasse em Pernambuco, veria as obras do PAC" "Quero fazer a campanha do quem sou eu e quem és tu" "Não quero que meu sucessor encontre a situação que eu encontrei em 2003: não tinha Orçamento nem projeto" Gás:

SCGás define plano de expansão da rede até 2014 (Valor Econômico) 22/01/2010 Vanessa Jurgenfeld, de Florianópolis A estatal distribuidora de gás em Santa Catarina, a SCGás, programa realizar entre 2010 e 2014 investimentos de R$ 268 milhões. O volume de investimentos é considerado significativo pelo presidente da empresa, Ivan Ranzolin. De 2000, quando a SCGás iniciou suas atividades, a 2008, os investimentos totais realizados foram de aproximadamente R$ 300 milhões. Em 2009 somaram R$ 35 milhões. Os novos recursos serão destinados à expansão da rede de distribuição. A intenção é levar a tubulação do gás natural até a serra catarinense, ao planalto norte e à região do Vale do Rio Tijucas. Por enquanto, parte dessas áreas recebe apenas o Gás Natural Veicular (GNV) em seus postos de combustíveis, transportado por caminhão. De acordo com Ranzolin, a rede de distribuição, hoje em cerca de 800 quilômetros, deverá ser ampliada para 1,4 mil quilômetros até 2014. Somente em 2010, serão feitos 40 quilômetros novos de rede e investidos R$ 35 milhões. O período mais forte de investimentos deverá ocorrer entre 2011 e 2012, quando efetivamente a empresa deverá chegar com a tubulação à região serrana catarinense, um projeto cujos custos estão em torno de R$ 200 milhões. Todos os investimentos serão feitos com recursos próprios. "Temos recebido ofertas de bancos para financiamentos, mas não queremos. Temos margem para fazer os investimentos com recursos da companhia e boas perspectivas futuras no mercado", afirmou Ranzolin. A definição dos locais onde a tubulação chegará segue, segundo Ranzolin, critérios de melhor retorno financeiro aos acionistas e também o foco no desenvolvimento econômico do Estado. A empresa é de economia mista, pertence à Mitsui, Petrobras, Infragás e Celesc (estatal de energia), e controlada pelo governo do Estado. O foco dos investimentos é principalmente a expansão dos clientes industriais. Hoje, são 177 clientes nesse ramo, mas a empresa evitou fazer projeção de quantos mais poderá angariar com a expansão da rede. Em 2009, ano considerado tumultuado pelos efeitos da crise econômica mundial iniciada no fim de 2008, a SCGás cresceu 15% em faturamento dentre os clientes industriais, 24% nos residenciais e 37% nos clientes comerciais. "Achávamos que os volumes de consumo cairiam em 2009, por ser ano de crise, para em torno de 1,4 milhão de metros cúbicos/dia, mas, mesmo em um ano difícil, mantivemos a média de 1,6 milhão/dia", destacou Ranzolin, sobre o desempenho da empresa. A companhia foi beneficiada pelo aumento de 64% no preço do GNV nos últimos três anos, que refletiu em aumento de receita. Para o presidente da estatal, se o dólar continuar entre R$ 1,75 e R$ 1,80 e o barril de petróleo entre US$ 65 e US$ 70, as perspectivas são favoráveis porque não ampliam seus custos e poderá ocorrer aumento de demanda. "As projeções até agora nos dão segurança de um bom 2010", disse ele, estimando que o faturamento da empresa cresça cerca de 15% neste ano.

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A SCGás não informa os dados do seu desempenho do ano passado porque ainda não foram auditados. Em 2008, sua receita total somou R$ 510,8 milhões e o lucro líquido ficou em R$ 37,3 milhões. Energia:

Impsa investe R$ 1,2 bilhão em SC (Valor Econômico) 22/01/2010 De Florianópolis O grupo argentino Impsa vai dar início às obras de construção de 10 parques de energia eólica em Santa Catarina. Ontem, foi assinado contrato com a Caixa Econômica Federal para repasses de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para o empreendimento. Serão financiados R$ 837,8 milhões de um total de R$ 1,2 bilhão que serão investidos no Estado. Esse é o mais importante projeto de geração eólica da empresa em 2010 no Brasil. Os investimentos concentram-se em Bom Jardim da Serra e em Água Doce, municípios localizados, respectivamente, na serra catarinense e no meio oeste do Estado. A previsão é de que as obras fiquem prontas até o fim de 2010. Os investimentos fazem parte do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa) e receberam incentivos tributários do governo catarinense por meio do programa Pró-emprego, que posterga recolhimento de impostos. Em Bom Jardim da Serra, a capacidade instalada total será de 91,93 megawatts (MW) e a estimativa é de que a operação comece no terceiro trimestre deste ano. Já em Água Doce, a capacidade total será de 125,8 MW e a previsão é de iniciar a geração no quarto trimestre. Somados, os dois projetos praticamente triplicam a atual capacidade de geração da empresa no Brasil. Hoje, a Impsa possui um parque eólico instalado no Ceará, com três centrais eólicas e capacidade de geração de 100 MW. Depois dos projetos em Santa Catarina, a intenção do grupo é investir na geração de mais 211 MW em outros oito parques eólicos no Ceará, iniciando essas obras no ano que vem. Os investimentos nesse projeto poderão chegar a R$ 1 bilhão. O presidente da Impsa no Brasil, Luis Pescarmona, diz que no longo prazo, de 2012 até 2015, a empresa programa adicionar mais 2 mil MW ao seu parque gerador de energia eólica no país e investir "outros bilhões de reais". O executivo entende que o cenário para investimentos desse tipo é positivo no Brasil, uma vez que o país necessita de mais energia para sustentar o crescimento econômico. Além disso, há uma conjuntura mais favorável com uma menor taxa de juros e apoio do governo para financiamento dos projetos de infraestrutura. Fora os planos na instalação de parques geradores, Pescarmona informou que o grupo estuda investir na construção de indústrias para fabricação de equipamentos que são usados nos parques eólicos. A empresa, que já tem uma fábrica de equipamentos no Recife (PE), analisa instalações em Estados como Minas Gerais, Ceará e Santa Catarina. A previsão do grupo Impsa é que o faturamento no Brasil neste ano fique em R$ 1,1 bilhão, o dobro do volume faturado no ano passado. (VJ) Poder público: AGU vai agir preventivamente junto ao tribunal para evitar suspensão de obras de infraestrutura

De olho no PAC, Lula reforça atuação no TCU (Valor Econômico) 22/01/2010 Juliano Basile, de Brasília O governo decidiu adotar uma nova estratégia para impedir paralisações nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai formalizar a criação de um Escritório Avançado de advogados do governo dentro do Tribunal de Contas da União (TCU) para evitar novos atrasos em obras de infraestrutura - segundo dados oficiais, apenas 33% das obras do PAC, lançado há três anos, foram concluídas. O objetivo da nova estratégia é permitir que a Advocacia Geral da União (AGU) possa determinar correções nas obras antes de o TCU decidir pela suspensão. O tribunal paralisou várias obras no ano passado, o que irritou o Palácio do Planalto, que conta com um calendário de inaugurações que deve ser intensificado neste ano pelo presidente Lula e pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com vistas às eleições de outubro.

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Apenas em setembro, o TCU recomendou ao Congresso Nacional a suspensão de 41 obras, das quais 13 fazem parte do PAC e representam investimentos de R$ 7,38 bilhões. A maioria das paralisações - que envolvem construção de refinarias e ampliação de aeroportos e rodovias - é justificada pelo aumento do custo inicialmente previsto (chamado tecnicamente de sobrepreço). Apenas no caso da construção da refinaria Abreu Lima, no Recife, o custo inicial triplicou, passando de US$ 4 bilhões para US$ 12 bilhões. Também há casos de superfaturamento, licitação irregular, falta de projeto executivo, problemas ambientais e alteração indevida do projeto. O governo decidiu ampliar o contato com os ministros do tribunal para evitar novas suspensões de obras e vai usar advogados da União para que o diálogo seja feito tecnicamente. Pelo decreto, que será assinado nos próximos dias, a AGU vai quintuplicar o número de advogados que atuam no tribunal. Hoje são quatro. A partir de fevereiro serão 20 e farão um acompanhamento ostensivo dos processos envolvendo obras do governo. "Vamos trabalhar no TCU de maneira sistemática, como fazemos no Supremo Tribunal Federal, com uma equipe que se antecipa aos julgamentos, despacha com os ministros e apresenta soluções", afirmou ao Valor o advogado-geral, ministro Luís Inácio Adams. Segundo ele, há decisões do TCU que geram consequências para os administradores das obras, como ações de improbidade. "Queremos levar aos ministros do TCU informações que justifiquem as obras e deem legitimidade à atuação dos gestores", completou. Se o Escritório Avançado da AGU tiver boa receptividade no tribunal, a perspectiva é a de que o governo consiga uniformizar os procedimentos em licitações feitas por diversos órgãos da administração e, com isso, haverá um ganho de agilidade para as obras. Adams enfatizou que essa atuação preventiva para impedir a paralisação das obras está entre as prioridades da AGU no ano, ao lado de grandes questões judiciais, como o pagamento de Cofins pelos bancos e seguradoras e a definição sobre a cobrança dessa contribuição na base de cálculo do ICMS. Essas questões envolvem bilhões de reais e deverão ser definidas neste ano pelo STF, onde a AGU despacha todos os dias com os ministros, discutindo soluções para as principais causas do governo. Já no TCU, a primeira vez que um advogado da União fez defesa direta aos ministros - a chamada sustentação oral - foi em 2006. "Na ocasião, os ministros do TCU discutiram se deveriam permitir esse tipo de defesa, pois, em 2000, eles simplesmente negaram aos advogados da União a possibilidade de apresentar sustentação oral", lembrou Marcelo Siqueira, que fez a primeira sustentação da AGU no tribunal e, hoje, é o procurador-geral Federal. Segundo ele, o precedente de 2000 indicava que a AGU simplesmente não poderia se manifestar durante os julgamentos do TCU. "A nossa atuação no TCU é muito recente e precisamos intensificá-la", admitiu Siqueira. Em 2009, a AGU ajuizou 1958 ações de execução para cobrar R$ 773,4 milhões de devedores do governo que foram condenados pelo TCU. Ao todo, os advogados do governo tiveram de atuar em 16 mil decisões do tribunal.

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Além do Escritório Avançado no TCU, a AGU pretende criar outro junto à Comissão Mista do Orçamento no Congresso, que também analisa as obras do PAC. O objetivo é o mesmo: aproximar-se dos parlamentares e explicar as razões e os procedimentos de cada obra. As obras com acompanhamento judicial prioritário do governo para este ano são o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a concessão de 19 linhas de transmissão, as licitações para exploração de petróleo, a construção das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antonio, no rio Madeira, em Rondônia, e de Belo Monte, no Pará. Hoje, há 544 ações judiciais contra o PAC. Pela primeira vez, no entanto, o governo começa um ano sem nenhuma liminar contra obras do programa. Entre as principais ações que a AGU deverá monitorar estão a cobrança de Cofins, a definição do alcance da Lei da Anistia no STF, a garantia de cotas de 20% para negros em universidades e a demarcação e titulação de terras ocupadas por quilombolas.

Mais pragmático, Fórum Social retorna a Porto Alegre (Valor Econômico) 22/01/2010 Luciano Máximo, de São Paulo A ação do Estado para socorrer as economias da crise financeira e a eleição de Barack Obama nos Estados Unidos ajudaram a mudar o foco do Fórum Social Mundial (FSM), mesmo sem nenhum planejamento. O enfrentamento do processo de globalização sob a lógica do liberalismo e do imperialismo militar da maior potência do planeta, grife do governo George W. Bush (2001-2009), não é mais a grande bandeira do Fórum, que, após cinco anos, retorna a seu berço, Porto Alegre, para a décima edição, entre os dias 25 e 29 deste mês. Até o lema "Um outro mundo é possível", utopia adotada como marca do encontro desde 2001, não norteará as atividades. Sem as tradicionais mobilizações que chegaram a aglomerar até 200 mil pessoas nas ruas da capital gaúcha e outras tantas mil em várias cidades nos cinco continentes, o evento chega a 2010 descentralizado e mais compacto, com a proposta de fazer um balanço dos últimos dez anos e estabelecer agenda mais pragmática para o futuro. Na pauta estão o fortalecimento das lutas ambientais e a construção de um multilateralismo que garanta maior poder de decisão aos países em desenvolvimento. Há ainda esforços para corrigir a dispersão dos velhos militantes e cativar novos - o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) constata que os participantes atualmente são mais jovens e menos engajados. "O fórum nasce da crítica à imposição do Consenso de Washington e do fortalecimento das lutas contra os tratados de liberalização do comércio internacional, da energia gerada nos protestos contra a OMC em Seattle, em 2000", recorda Cândido Grzybowski, diretor do Ibase e integrante do comitê internacional do FSM. "No ano passado, em Belém, isso já estava superado, a agenda socioambiental está emergindo muito claramente. Também não é só falar de neoliberalismo. Discutir globalização é pensar uma nova arquitetura para o mundo. Não é mais só o G-8 que decide, o G-20 tem um papel a cumprir na atual realidade geopolítica mundial. Como se constrói um novo multilateralismo?", questiona Grzybowski. Ele acrescenta que a crise financeira e o agravamento da questão ambiental revelaram uma globalização em colapso. "Não devemos continuar só entoando o lema 'Um outro mundo é possível'. É preciso mudar", completa. Prova dessa "mudança de foco" é o aprofundamento das discussões e ações no campo ambiental em Porto Alegre e cidades vizinhas e em outras 26 localidades onde haverá programação do FSM 10, como Kpomassé (República do Benin, na África), Madri, Praga e Salvador. Segundo Grzybowski, os trabalhos vão debater o fracasso da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (CoP-15) e a preparação de entidades da sociedade civil para a CoP-16, na Cidade do México, no fim do ano. "O movimento ambientalista demorou alguns anos para aderir ao fórum, porque já tinha autonomia e estrutura para dialogar com governos e empresas. Mas quando se envolveu, foi criada a rede internacional de justiça ambiental." O que não muda é a diversidade e o caráter não deliberativo do evento e suas centenas de atividades simultâneas - 500 seminários, painéis, palestras, reuniões compõem a agenda na região de Porto Alegre. "O fórum é um espaço de diálogo e articulações, nem sempre buscamos o consenso", avalia Grzybowski. Também continua idêntica a posição de contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suiça, que ocorre entre 27 e 31 de janeiro. "Nós representamos um poder constituinte e eles, um poder constituído. Superamos Davos em termos de agenda, até a 'The Economist', que não é lá muito nossa amiga, reconheceu. Ano passado, meses depois da explosão da crise internacional, publicaram que Davos era um velório, enquanto o fórum de Belém estava em festa."

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Mas enquanto Davos "velava" uma economia global prostrada - e alguns anos antes disto -, pouco se ouvia as vozes dos militantes altermundistas ligados ao FSM. Eduardo Mancuso, da coordenação-geral do Fórum Social no Brasil, reconhece que houve dispersão desde que o evento passou a ter edições descentralizadas, de 2006 para cá. "A conjuntura mundial mudou. No México e na Europa, os movimentos sociais têm perdido espaço, inclusive com eleição de governos conservadores", explica. Questionado sobre a pouca visibilidade e influência do FSM na discussão sobre os porquês da última crise - muitos deles sempre presentes na agenda do fórum, como os excessos da financeirização do mundo -, Grzybowski admite que a esquerda foi pega de surpresa. "Sempre questionamos o excesso de poder das corporações, anunciamos o problema nas discussões, mas esperávamos que essa crise fosse acontecer no tempo de uma geração, em 25 anos", completa. Para Mancuso, há uma maneira de reparar o tempo em que o FSM passou em branco: destacar suas conquistas. O envolvimento de milhões de pessoas nas mobilizações mundiais contra a guerra no Iraque e pelo fechamento da Base de Guantánamo; as pressões contra a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), que não deu em nada; a construção de um movimento mundial contra a privatização da água, formado a partir das lutas dos trabalhadores bolivianos em Cochabamba, em 2000; o lançamento da campanha Global Call to Action Against Poverty, no FSM de 2005. "Na América Latina, por exemplo, não perdemos o ímpeto, vejo como vitórias políticas e sociais a ascensão da esquerda e da democracia", analisa Mancuso. E os atuais representantes da "esquerda e da democracia" latino-americana terão espaço nos dez anos do Fórum Social Mundial. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai) e o recém-eleito José Mujica (Uruguai) confirmaram presença. Lula também cumpre agenda no fórum de Davos, onde receberá o primeiro "Prêmio Estadista Global". Três pré-candidatos à presidência brasileira também devem ir a Porto Alegre: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e Ciro Gomes (PSB). José Serra (PSDB) não foi convidado.

Vem aí o etanol de segunda geração (Correio Popular) 22/01/2010 Lula inaugura hoje laboratório para a extração do produto a partir da palha e do bagaço da cana Adriana Leite DA AGÊNCIA ANHANGUERA [email protected] O Brasil é o líder mundial na produção de etanol de cana-de-açúcar. Para manter a competitividade no mercado internacional e aprimorar a tecnologia de produção, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, provavelmente acompanhado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, inaugura hoje, em Campinas, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). A implantação do centro recebeu até agora R$ 69 milhões em recursos federais. A previsão é de que sejam consumidos outros R$ 30 milhões apenas em equipamentos. A principal frente de pesquisa será o etanol de segunda geração, extraído da palha e do bagaço da cana. O laboratório fará parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), formado pelo CTBE, Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e Laboratório Nacional de Biociências (LNBio). Os centros trabalharão em conjunto nas pesquisas na área de biomassa da cana-de-açúcar. Os estudos, com foco no combustível, vão abarcar todo o ciclo de produção do etanol. O trabalho contará com parceria e acordos de cooperação com instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Imperial College London e a Lund University (Suécia). O diretor do CTBE, Marco Aurélio Pinheiro Lima, afirmou que hoje será inaugurado o prédio da área científica. “Ao lado está sendo construído um prédio que abrigará a área industrial. O edifício para experimentos na processo de produção proporcionará aos pesquisadores buscar avanços no elo da cadeia que fabrica o etanol”, disse. O laboratório terá também uma biorefinaria virtual. A sustentabilidade da produção de etanol é outro tema que demandará estudos específicos no centro. Lima disse que as instalações ficaram prontas em novembro do ano passado e que já existem pesquisas em andamento. Uma linha de projeto conseguiu financiamento de R$ 2 milhões da Agência de Fomento do Estado de São Paulo. O diretor do laboratório ressaltou que será construído um formato de relação entre o centro e a indústria, para que o conhecimento desenvolvido no local seja disseminado e a competitividade do produto nacional fortalecida. “Outros países estão desenvolvendo etanol. Um exemplo são os Estados Unidos, que realizam pesquisas com o milho. O Brasil é pioneiro na produção de etanol com cana-de-açúcar, e precisa investir em pesquisa para continuar competitivo. Seria muito ruim um dia nós termos que importar tecnologia para produção de etanol de cana-de-açúcar, porque deixamos de promover o desenvolvimento científico nessa área”, disse. Nascimento

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A necessidade da criação do laboratório surgiu em 2007, depois da elaboração de um estudo a partir de uma questão sobre o futuro do combustível: seria possível o Brasil substituir, de forma sustentável, 10% da gasolina utilizada no mundo por etanol em 2025? O assunto foi tema de um trabalho coordenado pelo professor Rogério Cezar Cerqueira Leite, e elaborado pelo Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Chegar a esse volume significaria aumentar em dez vezes a produção. O trabalho mostrou que havia gargalos a serem solucionados, e que isso demandaria aprimorar a ciência e a tecnologia para produção de cana-de-açúcar e etanol. A estrutura do CTBE será de uma área construída de 8.722 metros quadrados, sendo 5.955 metros quadrados do prédio principal, 2.416 metros quadrados do plantio piloto e 250 metros quadrados do galpão ETC. No momento, há 35 pessoas contratadas em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e 17 estagiários. O quadro de profissionais deve subir para 170 até 2013. Na cerimônia de inauguração também será assinado um acordo de parceria com a Natura para projeto entre a indústria de cosméticos e Laboratório Nacional de Biociências. Fábrica O presidente Lula vai inaugurar hoje de manhã, em Itapira, uma nova unidade produtora do Laboratório Cristália. A planta irá desafogar linhas que estão com a fabricação de medicamentos no limite na atual unidade, e produzir quatro remédios que serão comprados pelo governo federal, que hoje são importados. Ontem, o consultor técnico da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Eduardo Jorge Valadares Oliveira, afirmou que as parcerias entre a iniciativa e os laboratórios oficiais para a nacionalização de medicamentos resulta em economia para os cofres públicos. “No ano passado, a redução de custos foi de R$ 167 milhões.”

Comerc realiza leilão de venda de energia na próxima semana (CanalEnergia) 22/01/2010 Será negociado o montante de até 325 MW médios, para entrega no submercado Sudeste/Centro-Oeste. Certame acontece neste dia 27 de janeiro Da Agência CanalEnergia, Mercado Livre A Comerc realiza na próxima quarta-feira, 27 de janeiro, leilão de venda de energia no ambiente de contratação livre. No certame, será negociado o montante de até 325 MW médios, para entrega no submercado Sudeste/Centro-Oeste. O preço mínimo, de acordo com o edital, é o do PLD médio do submercado acrescido de R$ 15,00/MWh. O período de suprimento do produto é de 1º de janeiro a 31 de dezembro deste ano. O certame acontece a partir das 13 horas e as propostas devem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou pelo fax nº (11) 3032-5183.

CanalEnergia e PSR publicam novos boletins de acompanhamento do setor (CanalEnergia) 21/01/2010 Boletim de suprimento apresenta um panorama para o abastecimento de energia elétrica para os próximos cinco anos Da Agência CanalEnergia, O Portal CanalEnergia publica nesta quinta-feira, 21 de janeiro, as segundas edições dos boletins Regulatório e de Suprimento e Operação desenvolvido pela PSR Consultoria para o CanalEnergia Corporativo. O boletim de suprimento apresenta um panorama para o abastecimento de energia elétrica para os próximos cinco anos. Alem das análises introduzidas na primeira edição, a nova versão apresenta uma análise da possibilidade de atraso no cronograma de construção das novas usinas e uma análise conjuntural das vazões afluentes nos próximos meses, que em conjunto com o balanço estrutural de oferta e demanda, permite uma visão integrada - conjuntural e estrutural - sobre a segurança de suprimento. Dado que o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) está diretamente relacionado com as perspectivas de suprimento, a análise hidrológica também contribui para subsidiar os agentes em suas previsões sobre a evolução destes preços de curto prazo. As análises são baseadas nas informações do Programa Mensal e Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico para janeiro de 2010. O objetivo do boletim regulatório é apresentar uma análise objetiva e sucinta de regulamentações recentes (Audiências Públicas e Resoluções da Aneel, Portarias e decretos governamentais) que, na opinião da PSR, podem ter impactos

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significativos para os agentes. A PSR acredita que um melhor conhecimento sobre as causas e efeitos de medidas propostas pelo governo contribua para que os agentes participem de maneira mais efetiva na discussão dos temas regulatórios. A intenção é estimular os agentes a participar mais ativamente das Audiências Públicas promovidas pela Aneel, o que é fundamental para o fortalecimento institucional do setor. O boletim regulatório analisa, nesta edição, a Política nacional sobre mudança do clima, as novas regras da CCEE e o lastro de potência para consumo.

Eletrobrás PNB fecha com alta de 2,59% (CanalEnergia) 21/01/2010 Cesp PNB encerra em baixa de 5,61%. IEE chega aos 23.774 pontos, em queda de 1,01% Da Agência CanalEnergia, Noticiário A Cesp PNB encerrou em baixa de 5,61% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta quinta-feira, 21 de janeiro. Além da Cesp PNB, também fecharam em baixa a MPX Energia ON (-3,00%) e a Celesc PNB (-2,93%), entre outras. A Eletrobrás PNB encerrou em alta de 2,59%, seguida pela Cemig PN (0,17%) e pela Light ON (0,04%). A Tractebel ON e a Terna Participações UNT registraram estabilidade ao fim do pregão. O Índice de Energia Elétrica chegou aos 23.774 pontos com baixa de 1,01%. O Ibovespa também encerrou em baixa, com -2,83%, aos 66.270 pontos. Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje: AES Eletropaulo PNB: -0,87% AES Tietê PN: -0,49% Celesc PNB: -2,93% Cemig PN: 0,17% Cesp PNB: -5,61% Coelce PNA: -0,75% Copel PNB: -0,27% CPFL Energia ON: -1,65% Eletrobrás PNB: 2,59% Energias do Brasil ON: -0,55% Equatorial ON: -1,79% Light ON: 0,04% MPX Energia ON: -3,00% Tractebel ON: estável Terna Participações UNT: estável Transmissão Paulista PN: -0,74%

Santo Antônio está com 16,86% das obras concluídas (CanalEnergia) 21/01/2010 Estimativas eram de que até o fim do ano passado 15,45% dos trabalhos estivessem concluídos Da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão A construção da hidrelétrica Santo Antônio (RO-3.150 MW), no Rio Madeira, já está adiantada. Até dezembro do ano passado, a Santo Antônio Energia já constatava a conclusão de 16,86% das obras, ante estimativa de chegar no fim de 2009 com 15,45%. A montagem dos tubos de sucção das máquinas 1 e 2 já está concluída e aproximadamente 4,5% do volume total da concretagem, o que corresponde a 134 mil metros cúbicos de concreto, já foi lançado. De acordo com a empresa, o adiantamento se deve, entre outros fatores, à atividade de 11.294 trabalhadores no empreendimento. No próximo mês de maio, será iniciada a concretagem do Grupo de Geração 2, que corresponde a oito das 44 casas de máquinas que vão gerar a energia da UHE. Os trabalhos de terraplanagem também devem avançar, mas em ritmo mais lento, em virtude das chuvas na região amazônica, que devem se estender até o fim de abril. A operação da ponte rolante principal do Grupo de Geração 1, que levará os componentes para a montagem das turbinas, será iniciada ainda no primeiro semestre deste ano. As estimativas são de que 25% das obras civis já estejam concluídas. Fora do canteiro de obras, a Santo Antonio Energia executa uma série de operações para compensar os impactos decorrentes da implantação da UHE, a fim de obter a licença de operação.

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Plano de Desenvolvimento do Xingu não será bancado pelos empreendedores de Belo Monte, diz Eletrobrás (CanalEnergia) 21/01/2010 Custo da implantação do projeto, parte das compensações socioambientais da hidrelétrica, será pago pela União. Pará terá R$ 6 bilhões para infraestrutura Da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão O custo de implantação do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu será transferido para o Orçamento Geral da União, e não mais para o empreendedor responsável pelas obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte (PA-11.233 MW). A informação foi dada pelo diretor de Engenharia da Eletrobrás, Valter Luiz Cardeal, em audiência com a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, na última terça-feira, 19 de janeiro. O plano é parte das compensações socioambientais da hidrelétrica. Para Cardeal, essa medida significa, na prática, que os investimentos necessários para colocar o PDRS Xingu em funcionamento não afetarão a população com o aumento da tarifa de energia. Com o Plano custeado com recursos da União e uma reserva superior a 15% do valor total do projeto da hidrelétrica destinada às ações de compensação socioambientais, o Pará terá cerca de R$ 6 bilhões para aplicar em obras de infraestrutura, além das áreas de saúde e educação. O PDRS Xingu foi projetado com base em uma pesquisa realizada no ano passado e encomendada pelo governo do estado, em parceria com diversos órgãos do governo federal, sobre todas as ações e consequências geradas pela instalação de Belo Monte. Impactos ambientais, estudos do ordenamento territorial, regularização fundiária e gestão ambiental, além de obras de infraestrutura e ações de cidadania e inclusão social, necessárias ao desenvolvimento de todos os municípios envolvidos na construção do projeto, são alguns dos pontos englobados no Plano. O prazo para conclusão do PDRS é até 31 de maio deste ano, para que seja incluído no leilão de Belo Monte. O Plano do Xingu é um instrumento de planejamento que visa ao desenvolvimento socioeconômico da região, através de ações e obras a serem implementadas em parceria entre governo federal e estadual para beneficiar diversos municípios da região.

MME enquadra PCHs e eólica no Reidi (CanalEnergia) 21/01/2010 Pequenas centrais hidrelétricas estão instaladas em Minas Gerais, enquanto que eólica está localizada em Pernambuco Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas O Ministério de Minas e Energia autorizou o enquadramento de duas pequenas centrais hidrelétricas e uma eólica no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura. As usinas estão localizadas em Minas Gerais e em Pernambuco. A empresa Guanhães Energia teve enquadrada as PCHs Senhora do Porto e Dores do Guanhães, localizadas no município de Dores de Guanhães, em Minas Gerais. As usinas têm, respectivamente, 12 MW e 14 MW de potência instalada. Em Pernambuco, o MME também enquadrou a eólica Pirauá, de 4,9 MW. A usina está localizada no município de Macaparana, e é de propriedade da Eólica Pirauá - Geradora de Energia. As portarias foram publicadas na edição desta quarta-feira, 20 de janeiro, no Diário Oficial da União.

CNPE estabelece diretrizes para exportação de GNL (CanalEnergia) 21/01/2010 Exportações ficam condicionadas à garantia do pleno abastecimento do mercado interno de gás natural Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Regulação e Política O Conselho Nacional de Política Energética estabeleceu diretrizes para a exportação de cargas ociosas de gás natural liquefeito, de acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 21 de janeiro. A entrada em operação dos terminais de importação de GNL em Pecém, no Ceará, e na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, deu flexibilidade ao mercado brasileiro, que passou a dispor de oferta flexível de gás. Como o despacho das usinas termelétricas tem caráter sazonal e ocorre basicamente nos períodos de menor disponibilidade de água nos reservatórios das hidrelétricas, isso pode ocasionar ociosidade do parque termelétrico e consequentemente da utilização do GNL. Pelas diretrizes estabelecidas pelo CNPE, a exportação pode acontecer, mas fica condicionada à garantia do pleno abastecimento do mercado interno de gás natural. Além disso, as autorizações de exportação deverão ser emitidas para volumes pré-estabelecidos de GNL e deverão ter prazo de validade. Os interessados ainda deverão apresentar as justificativas para a exportação. A resolução diz ainda

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que o Ministério de Minas e Energia poderá revogar as autorizações sempre que houver riscos ao pleno abastecimento do mercado interno.

Reservatório de Campos Novos trabalha com 99,60% da capacidade (CanalEnergia) 21/01/2010 Nível dos reservatórios do Sul atinge 98%, segundo dados do boletim do ONS Da Agência CanalEnergia, Noticiário O nível dos reservatórios do Sul atinge 98% do volume acumulado, mantendo-se estável, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico referente à última quarta-feira, 20 de janeiro. A usina de Campos Novos trabalha com 99,60% da capacidade armazenada. Confira abaixo a situação de cada submercado: Submercado Norte - O nível dos reservatórios chega a 77,8%, com alta de 0,7%. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 70,88% da capacidade de armazenamento. Submercado Nordeste - Os reservatórios registram 70,8% do volume, mantendo-se estáveis. O índice está 35,7% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com 74,10% da capacidade. Submercado Sul - Os reservatórios atingem 98% do volume acumulado, mantendo-se estáveis. O índice está 78,6% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Campos Novos trabalha com 99,60% da capacidade armazenada. Submercado Sudeste/Centro-Oeste - Os reservatórios atingem 74,9% do volume, com alta de 0,1%. O índice está 44,1% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Billings e Barra Bonita operam com 86,26% e 62,01%, respectivamente.

Ação unificada de compras para Sistema Eletrobrás gera economia de até 40% (CanalEnergia) 21/01/2010 Compra de 258 mil unidades de isoladores de disco de vidro temperado atenderá Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas A ação unificada das empresas Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul, do Sistema Eletrobrás, para compra de 258 mil unidades de isoladores de disco de vidro temperado resultou em uma economia de até 40%, em relação aos preços praticados pelas empresas, sendo obtida uma economia média de 23%, equivalente a R$ 3,5 milhões. A sessão foi aberta em 23 de novembro de 2009, e foi a primeira ação unificada das companhias. A iniciativa é parte do Plano de Transformação do Sistema Eletrobrás e busca o fortalecimento do poder de compra do sistema. Após o resultado obtido nesta primeira experiência, é possível que o planejamento integrado de aquisição seja definitivamente incorporado ao sistema. A expectativa é a de que, até o próximo ano, oito novos processos de compras conjuntas aconteçam.

Impsa finaliza instalação de dois aerogeradores na Argentina (CanalEnergia) 21/01/2010 Províncias de Chubut e La Rioja recebem os projetos eólicos e um deles já está em operação Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas A Impsa finalizou, na última terça-feira, 19 de janeiro, a instalação de dois aerogeradores de última geração em parques eólicos de duas províncias da Argentina. Um deles já está em operação e faz parte do Parque Vientos de La Patagônia I, da Enarsa, na província de Chubut. O outro está localizado na zona de Puerta Araucos, cerca de 20 quilômetros ao sul da cidade Aimogasta, em La Rioja. Mais de 250 engenheiros, técnicos e operários argentinos e brasileiros participaram das obras durante os últimos cinco anos. O investimento total em pesquisa, desenvolvimento e fabricação realizado pela empresa durante o período de tempo foi de mais de R$ 90 milhões. A empresa está trabalhando, atualmente, no desenvolvimento de aerogeradores de mais de 4 MW para entrega nos próximos

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Cesp PNB opera em queda de 2,16% (CanalEnergia) 21/01/2010 Celesc PNB registra alta de 0,80%. IEE opera em baixa de -0,17%, aos 23.976 pontos Da Agência CanalEnergia, Noticiário A Cesp PNB está operando em baixa de 2,16% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta quinta-feira, 21 de janeiro. Além da Cesp PNB, também operam em queda a CPFL Energia ON (-0,83%) e a Tractebel ON (-0,78%), entre outras. A Celesc PNB registra alta de 0,80%, seguida pela Light ON (0,16%). A Copel PNB e a Terna Participações UNT estão em estabilidade. O IEE chega aos 23.976 pontos com baixa de 0,17%. O Ibovespa também está em queda, com -0,58%, aos 67.802 pontos. Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje: AES Eletropaulo PNB: 0,06% AES Tietê PN: -0,76% Celesc PNB: 0,80% Cemig PN: -0,03% Cesp PNB: -2,16% Coelce PNA: -0,55% Copel PNB: estável CPFL Energia ON: -0,83% Eletrobrás PNB: -0,23% Energias do Brasil ON: -0,03% Equatorial ON: -0,60% Light ON: 0,54% MPX Energia ON: 0,22% Tractebel ON: -0,78% Terna Participações UNT: estável Transmissão Paulista PN: -0,33

Andrade assume dívida da AES no BNDES e fica com fatia da Cemig (CanalEnergia) 21/01/2010 Construtora fica com dívida de R$ 2,1 bilhões e participação de 14% do capital total da Cemig Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas Um acordo fechado entre a Andrade Gutierrez, a AES e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pôs fim a uma dívida de R$ 2,1 bilhões que a AES tinha com o banco. A Andrade Gutierrez assumiu a dívida da AES e ficou com uma participação de 14% do capital total da Cemig. A empresa americana, por sua vez, além de não dever mais ao banco, receberá US$ 25 milhões da AG. Apesar do acordo entre as partes, segundo o BNDES, ainda falta uma homologação judicial para que ele seja assinado. A dívida original da AES com o banco era de R$ 600 milhões e foi contraída em 1997 para a aquisição de debêntures conversíveis em ações da Cemig. No entanto, em 2000, a empresa americana ficou inadimplente e começaram a correr os juros, fazendo com que a dívida chegasse a R$ 2,1 bilhões em valores atuais. O banco entrou na justiça exigindo o pagamento da dívida e, por isso, agora é preciso uma homologação judicial para que o imbróglio seja resolvido. De acordo com o BNDES, R$ 500 milhões serão pagos à vista pela Andrade Gutierrez e o restante será pago com a emissão de debêntures - títulos de dívida que ficarão com o BNDES e serão resgatados pela construtora ao longo de dez anos. A operação abre caminho para a venda da Brasiliana - companhia dona da AES Eletropaulo e da AES Tietê, cujo BNDESPar tem 49% de participação. Segundo a Ativa Corretora, com a saída da AES do hall de devedores do banco, a venda da Brasiliana poderá ser realizada. "Uma operação está ligada a outra na medida em que o inadimplemento da AES no caso da Cemig fez que o governo voltasse atrás na decisão de o BNDES vender sua parte na Brasiliana", explicou a Ativa. Na avaliação da corretora, a operação que limpa o nome da AES no BNDES é positiva tanto para a AES Eletropaulo como para a AES Tietê. "Os efeitos da operação para a Cemig tem impacto neutro", avaliou a Ativa. Ainda segundo a corretora, a estratégia da AG de subir na estrutura societária da Cemig não chega a ser uma novidade e a operação é a finalização de uma hipótese levantada pelas empresas envolvidas ainda no ano passado.

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UHE Baguari inicia teste de 35 MW na terceira turbina (CanalEnergia) 21/01/2010 Usina está localizada nos municípios de Fernandes Tourinho, Governador Valadares, Periquito, Sobrália, Iapu e Alpercata, em Minas Gerais Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a operação em teste da unidade geradora UG3 da hidrelétrica Baguari. Localizado nos municípios de Fernandes Tourinho, Governador Valadares, Periquito, Sobrália, Iapu e Alpercata, em Minas Gerais, o empreendimento pertence ao Consórcio UHE Baguari, sob a liderança da empresa Baguari I Geração de Energia Elétrica. A turbina tem 35 MW, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 20 de janeiro. A empresa terá prazo de 60 dias para envio de relatório confirmando ou corrigindo a potência das unidades.

Lei define novas regras para Tarifa Social de Energia (CanalEnergia) 21/01/2010 Presidente Lula sancionou a lei que deverá beneficiar cerca de 22,5 milhões de famílias Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Regulação e Política A lei com novas regras para a Tarifa Social de Energia foi sancionada, com vetos, na última quarta-feira, 20 de janeiro, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Pela nova lei, que deverá beneficiar cerca de 22,5 milhões de famílias, todos os consumidores de energia com renda até meio salário mínimo e cadastrados nos programas sociais do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, serão incluídos como beneficiários. Os descontos variam de 10% a 65%, dependendo do consumo. Quem consome até 30 kw/h por mês terá desconto de 65% na conta de luz; de 31 kW/h até 100 kW/h será de 60%; e acima de 100 kW/h cai para 10%. Índios e quilombolas com consumo de até 50 kW/h por mês estarão isentos do pagamento. Com essa medida, o governo pretende estender o benefício para quem de fato é consumidor de baixa renda e consome até 220 kW/h por mês. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicou que a mudança da lei foi necessária para modificar o critério de isenção, que antes tinha como base o consumo de energia. "Foi verificado que apenas o consumo de energia não é parâmetro para tarifa social. Agora, só serão beneficiados os consumidores de baixa renda", explicou Lobão. O universo de famílias beneficiadas, pelos cálculos do ministério, vai aumentar em cerca de 3 milhões, de 19,4 milhões para 22,5 milhões. Para ter direito à Tarifa Social, deve ser atendida pelo menos uma das seguintes condições: os moradores devem pertencer a uma família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; ou ter entre os moradores, alguém que receba o benefício de prestação continuada da assistência social. Excepcionalmente, será também beneficiada a moradia de família inscrita no CadÚnico e com renda mensal de até três salários mínimos, que tenha entre seus membros portador de doença, cujo tratamento requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica. Para se tornarem beneficiários da Tarifa Social, segundo o MME, os moradores de baixa renda em áreas de ocupação irregular, em habitações multifamiliares regulares ou irregulares, ou em empreendimentos habitacionais de interesse social poderão solicitar às prefeituras municipais o cadastramento das suas famílias no CadÚnico, desde que atendam a uma das condições estabelecidas pela Lei. Caso a prefeitura não efetue o cadastramento no prazo de 90 dias após a data em que foi solicitado, os moradores poderão solicitar ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome as providências cabíveis.

Cyro Vicente Boccuzzi, da ECOee: Meta de eficiência energética da EPE poderia ser muito maior (CanalEnergia) 21/01/2010 São necessários incentivos oficiais e inclusão dessas tecnologias na pauta e principalmente nas projeções oficiais do governo e de seus órgãos Fábio Couto, da Agência CanalEnergia, Artigos e Entrevistas Apesar de a EPE ter aumentado de 2,5% para 3% a expectativa de ganhos em eficiência energética na demanda global de eletricidade até 2018, esse número ainda me parece pequeno diante das possibilidades de ganhos concretos pela evolução tecnológica das redes inteligentes e tecnologias associadas, sem entrar no mérito da indústria como um todo e dos incentivos efetivos à geração distribuída em pequena escala.

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Entendo que o Brasil teve os traumas do racionamento em 2001/2002 e do recente apagão (que teve natureza bem diferente do racionamento). Diante desses episódios, é natural aflorar o espírito de conservadorismo e prudência das autoridades do setor. Isso é muito positivo em um País que ainda tem desafios de inclusão social e de aumento do consumo das famílias, como decorrência da melhoria da qualidade de vida que temos experimentado nos últimos anos e devemos seguir desenvolvendo. Mas esse conservadorismo, por outro lado, pode também desencorajar ações efetivas e concretas na busca da eficiência energética possível de ser obtida, e manter esvaziados os programas de fomento nessa área, que têm sistematicamente sido realizados abaixo das disponibilidades orçamentárias do próprio governo. Além disso, a mentalidade de eficiência acaba sendo trocada pela extremada prioridade de expansão, a custos e qualidade nem sempre otimizados, como ocorreu no caso das térmicas recentemente. Isso desestimula a busca por novas tecnologias que estão sendo priorizadas por outros países que não têm outras alternativas como dispomos no Brasil. Mas essas novas tecnologias acabarão, em muito pouco tempo, se transformando no estado da arte da energia do futuro. Além disso, governos de outros países estão trabalhando de forma agressiva primeiramente usando as disponibilidades de verbas dentro da própria máquina pública, com projetos de aumento da eficiência energética em prédios da administração direta no nível federal, estadual e municipal, para servir de exemplo e encorajar os demais setores da economia a fazer o mesmo. Por aqui, também é preocupante o fato de que projetos de redes inteligentes e automação do uso, tarifas diferenciadas para os diferentes horários de consumo e abertura de mercado para a baixa tensão, geração de energia em pequena escala e de forma local, interligação em micro-redes e redes internas em corrente contínua parecem não terem sido considerados nos estudos da EPE. Na rápida leitura do relatório que tivemos oportunidade de realizar, não encontramos referências a essas tecnologias. O Governo Federal, através de empresas como a EPE e em articulação com outros órgãos e empresas, poderia ter um papel mais atuante também na área legislativa de promoção do uso eficiente em prédios e em atividades industriais, fomentando desenvolvimento científico e econômico real nessas áreas, e estabelecendo metas da ordem de 5% a 7% para o período até 2018, o que é absolutamente possível. Não custa lembrar que, no racionamento de 2001/2002, a redução do consumo nas residências chegou, sem grandes esforços, a mais de 20%. Caso contrário, corremos o risco de insistir no modelo antigo baseado apenas na expansão do parque gerador e ficarmos tecnologicamente defasados. São necessários incentivos oficiais e inclusão dessas tecnologias na pauta e principalmente nas projeções oficiais do governo e de seus órgãos. Cyro Vicente Boccuzzi é sócio-presidente da ECOee Energia Eficiente

Rede Comercializadora realiza leilão de compra de energia incentivada (CanalEnergia) 21/01/2010 Certame, que acontece no próximo dia 28 de janeiro, terá quatro produtos com ponto de entrega no submercado Sudeste/Centro-Oeste Da Agência CanalEnergia, Mercado Livre A Rede Comercializadora realiza, no próximo dia 28 de janeiro, leilão de compra de energia incentivada. No certame, serão disponibilizados quatro produtos com ponto de entrega no submercado Sudeste/Centro-Oeste. De acordo com o edital, os produtos terão período de suprimento de um mês. De acordo com o edital, os lances de quantidade deverão ser sempre múltiplos de 0,5 MW médios. As empresas interessadas devem enviar o termo de adesão até às 17 horas do dia 26 de janeiro através do fax nº (11) 3060-9692 ou (11) 3060-9624. O leilão será realizado a partir das 15 horas e a divulgação dos resultados acontecerá até às 17 horas do dia 28. O edital do leilão está disponível no site da comercializadora. Veja abaixo o prazo de fornecimento de cada produto: Produto 1: 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010 Produto 2: 1º de fevereiro de 2010 a 28 de fevereiro de 2010 Produto 3: 1º de março de 2010 a 31 de março de 2010 Produto 4: 1º de abril de 2010 a 30 de abril de 2010

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Copel testa desempenho de luminárias com tecnologia led (CanalEnergia) 21/01/2010 Objetivo é avaliar, principalmente, nível de enfraquecimento do fluxo luminoso ao longo do tempo e o desempenho da tecnologia frente a oscilações na rede Da Agência CanalEnergia, PeD e Tecnologia A Copel (PR), através do seu Departamento de Normalização, Geoprocessamento e Obras, está avaliando o desempenho de luminárias com LEDs. A companhia realizou uma licitação para a compra de um lote com três unidades que estão instaladas em postes ao longo das vias internas do pólo administrativo da Copel. A proposta foi disputada por oito fabricantes pela modalidade de menor preço. Segundo a estatal paranaense, os testes de campo foram iniciados em outubro do ano passado e pretendem avaliar, principalmente, o nível de enfraquecimento do fluxo luminoso ao longo do tempo e o desempenho dos LEDs frente a oscilações na rede. As avaliações serão feitas a cada seis meses, pelos próximos dois anos. A estimativa da companhia é que as luminárias de LEDs sejam utilizadas em grande escala em três ou quatro anos. Para este ano, a Copel aprovou o investimento de R$ 30 mil para a compra de mais um lote de luminárias de LEDs para dar continuidade aos testes de avaliação da tecnologia. Entre as vantagens dos LEDs estão a maior vida útil, que reduz o número de manutenções, e maior reprodução de cores, além de serem ambientalmente mais corretos, se comparados às lâmpadas tradicionais de sódio e mercúrio, já que não utilizam componentes tóxicos na fabricação.

Cemig abre inscrições para programa de estágio em fevereiro (CanalEnergia) 21/01/2010 Início da atividade está prevista para segunda quinzena de março e terá duração de dez meses, com carga horária de quatro horas diárias Da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos A Cemig abre, no próximo dia 1º de fevereiro, as inscrições para o programa de estágio. No total serão 454 vagas distribuídas em 23 cidades mineiras, sendo 220 para nível superior e 234 para nível técnico. O início do estágio está previsto para a segunda quinzena de março e terá duração de dez meses, com carga horária de quatro horas diárias. Para se inscrever ao estágio de nível superior, o candidato deve cursar o penúltimo ou o último ano do curso. Já o estágio de nível médio técnico exige que o candidato esteja no último ano do curso ou que tenha concluído o curso e necessite do estágio para obter o certificado de conclusão. As provas de seleção serão realizadas pela internet. De acordo com a estatal, os estagiários selecionados receberão bolsa de complementação escolar e terão direito a seguro de acidentes pessoais e vale-transporte. As inscrições terminam no próximo dia 17 de fevereiro e podem ser feitas através do site www.fiemg.com.br/iel. No ano passado, 462 novos estagiários integraram o Programa de Estágio da estatal nas diferentes áreas da empresa.

SINDICAL

Pela redução da jornada (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por CUT Nacional Em favor das 40 horas semanais, CUT e centrais fazem vigília no Congresso no dia 2 de fevereiro A CUT e as cinco demais centrais sindicais vão realizar uma vigília no interior do Congresso Nacional, no próximo dia 2 de fevereiro, para exigir que os parlamentares coloquem rapidamente em votação o projeto que reduz a jornada semanal de trabalho para 40 horas e que remunera as hortas extras em 75% a mais que a hora normal. A atividade foi aprovada em reunião com dirigentes das seis centrais sindicais, realizada nesta quinta, dia 21, em São Paulo. O dia 2 de fevereiro foi escolhido por representar a volta das atividades no Congresso Nacional.

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“É preciso o envolvimento das direções de nossos sindicatos, é necessária a presença desses dirigentes”, conclama o presidente da CUT, Artur Henrique. “Cada ramo deve se envolver nessa ação política, para que o projeto finalmente avance”, diz Quintino Severo, secretário-geral da CUT.

Eleições 2010 (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Leonardo Severo Reunidas nesta quinta-feira (21) na sede da CUT, em São Paulo, as lideranças das seis centrais sindicais decidiram realizar uma Conferência Nacional da Classe Trabalhadora no dia 1º de junho, coroando o processo de integração e luta do movimento sindical brasileiro com a elaboração de uma agenda positiva a ser apresentada à candidatura das forças democráticas e populares. A Conferência será realizada em São Paulo e pretende reunir dezenas de milhares de dirigentes e militantes sindicais. Artur Henrique, da CUTDe acordo com o presidente da CUT, Artur Henrique, que coordenou a reunião, “a Conferência será o momento de apontarmos coletivamente um conjunto de diretrizes, com a visão da classe trabalhadora, que as centrais vão debater em todos os Estados”. Uma vez aprovada, explicou, “será um instrumento de mobilização e ação sindical que contribuirá no processo eleitoral, demarcando campo com a direita”. “As centrais são autônomas e independentes, mas têm lado: o dos trabalhadores, da defesa de um projeto de desenvolvimento para o país com valorização do trabalho e distribuição de renda. A direita nunca abriu espaços para os trabalhadores incidirem, pelo contrário, sabemos o que representa: privatização, desmonte do Estado, arrocho salarial, precarização e desemprego”, sublinhou. O líder cutista destacou que em ano eleitoral cresce a responsabilidade das lideranças para somar experiência e consciência e potencializar o protagonismo do sindicalismo brasileiro, ampliando a pressão sobre o Congresso Nacional, o empresariado e governos, pela aprovação de projetos que contemplem avanços sociais, como o da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário. “Nossa orientação para as categorias que estão em campanha salarial, como os metalúrgicos, químicos e comerciários, é que joguem peso nas mobilizações e nas greves, tendo em vista que todos os setores estão falando em crescimento econômico em 2010. Este é um fator positivo e um momento excelente para avançar na redução da jornada”, declarou. Artur também recordou que a pauta da Marcha da Classe Trabalhadora de 2009 é mais do que atual, particularmente a defesa das Convenções 151 e 158 da OIT, que tratam respectivamente do direito à negociação coletiva no serviço público e do fim da demissão imotivada. Além disso, acrescentou, “temos a questão da mudança dos Índices de Propriedade da Terra, a PEC do Trabalho Escravo, a aceleração da Reforma Agrária, o Pré-Sal e o nosso projeto unificado de combate à terceirização que precariza”. “Temos uma gama de reivindicações que devem também ser consolidadas enquanto plataforma eleitoral, que será apresentada como programa de governo na Conclat”, destacou Expedito Solaney, secretário de Políticas Sociais da CUT. Para o secretário geral da CUT, Quintino Severo, a Conferência ganhará peso na medida em que democratizará o debate no conjunto dos estados, colhendo contribuições que expressem as aspirações da classe trabalhadora de aprofundar o processo de desenvolvimento, independente e soberano, em curso. CONGRESSO NACIONAL Centrais reunidas na sede da CUTOs dirigentes da CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, NCST e UGT estarão presentes em vigília no dia 2 de fevereiro, quando da reabertura do Congresso Nacional, para garantir que a proposta de redução da jornada para 40 horas ganhe prioridade nos trabalhos. Segundo o Dieese, acompanhada do aumento do valor das horas extras, a medida pode gerar mais de 2,2 milhões de novos empregos. O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) disse que a ação coordenada das centrais, da mesma forma que a já realizada nas Marchas a Brasília, é o caminho correto, pois, ao mesmo tempo que dá maior consistência à reivindicação junto à sociedade, mina as resistências dos setores mais retrógrados do parlamento, pois demonstra um respaldo inconteste da classe à iniciativa.

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O secretário geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna) ressaltou também a luta pela regulamentação da Convenção 158 da OIT como chave para garantir a qualidade do emprego e evitar prejuízos para os salários e as condições de trabalho com a alta rotatividade: “houve um crescimento do emprego para 16 milhões, mas o desemprego de 15 milhões, precisamos barrar as demissões imotivadas”. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, avalia que a somatória de iniciativas unitárias, como as que serão desenvolvidas em 2 de fevereiro, 8 de março e 1º de Maio, apontam para uma grande Conferência, “onde vamos dizer qual a candidatura que tem condições de implantar este projeto de nação focado na valorização do trabalho e na distribuição de renda”. De acordo com o secretário geral da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Carlos Alberto Pereira, “o 1º de junho será histórico, com o conjunto das centrais aprofundando a sua unidade nos Estados. Ao elevarmos o protagonismo e a unidade das centrais, vamos ampliar as vitórias da classe trabalhadora, que apontam para o fortalecimento do nosso mercado interno, para a defesa do pré-sal e o fim dos leilões do petróleo, com maiores investimentos na industrialização do país”. O secretário geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Francisco Canindé Pegado, frisou que a Conferência dará maior visibilidade a reivindicações comuns que têm sido invisibilizadas pelos grandes meios de comunicação. Luís Antonio Feltino, da Executiva da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), citou as infelizes e preconceituosas declarações de Boris Casoy e os ataques ao MST como exemplos dos gargalos a serem superados na comunicação, reforçando a necessidade da luta pela democratização dos meios. No final da reunião, as centrais reafirmaram a solidariedade ao povo do Haiti, destacando uma série de ações para a coleta de recursos para a reconstrução do país. A CUT já se definiu pela solidariedade direta com as entidades sindicais do país.

Encontro dos movimentos sociais (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Luiz Carvalho Lideranças nacionais e internacionais começam a definir plataforma unificada rumo ao Fórum Social Mundial Nesta quinta-feira (21), representantes de movimentos sociais de 14 países se reuniram na sede da CSA (Central Sindical das Américas), na capital paulista, para discutir propostas de atuação comuns. Até sábado (23), as lideranças integrantes da Assembleia dos Movimentos Sociais, espaço permanente de diálogo que surgiu a partir do Fórum Social Mundial (FSM), definirão uma plataforma a ser apresentada durante o fórum de Porto Alegre, de 25 a 29 de janeiro deste ano, e que também norteará um calendário de lutas global e unificado nos próximo dois anos. O Secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores, João Felício, destacou em sua intervenção a necessidade dos debates resultarem em uma diretriz focada e organizada. “Os movimentos sociais, que tem a maior base e capacidade de mobilização, devem ter uma ação coletiva no Fórum Social Mundial. Desde o começo, a CUT questiona o formato do encontro, que tem diálogos positivos, muita reflexão, mas perde a oportunidade de elencar temas que balizem uma luta mundial. Estamos saindo de uma fase simplesmente reflexiva para realizar ações unitárias”, afirmou. Membro da Via Campesina, na Indonésia, Indra Lubis destacou ainda que o recente fracasso da Conferência sobre Mudança Climática, em Copenhague, deve servir como exemplo. “Devemos aprimorar nossa forma de luta nos eventos internacionais”, comentou. A história Uma das representantes da Marcha Mundial das Mulheres no encontro, Miriam Nobre, fez um balanço do ambiente em que surgiu o FSM. Ela lembrou que o evento teve inicio durante a luta contra a instalação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e a partir de processo regionais que já existiam. “Nas assembleias que ocorreram em todos os fóruns sociais mundiais, falamos sobre estratégias de enfrentamento à OMC (Organização Mundial do Comércio), G8, Banco Mundial e FMI e como articular resistência às forças de repressão. A tarefa não era somente dar visibilidade às

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atividades que estavam acontecendo ao redor do mundo, mas unificar ações com objetivo de reverter o contexto internacional”, ressaltou. A seguir, em fala por parte da CSA, Diego Azzi avaliou que há duas vidas da Assembleia dos Movimentos Sociais: uma durante o FSM e a outra entre as edições do encontro. “Construímos um calendário de lutas, se não comuns, articuladas, porém, após Fórum enfraquece bastante. Devemos discutir como articular o conjunto da assembleia para levar adiante as datas de mobilização que nós mesmos definimos”, defende Joaquim Pinheiro, do MST, complementou. “Não existimos se não estivermos em luta. Não temos bandeira unificadora neste momento e esse é o grande desafio atual”, explicou. Conjuntura mundial No período da tarde, o diretor executivo da CUT Rogério Pantoja coordenou a mesa que debateu a conjuntura social, política e econômica mundial. Observador do Foro de São Paulo, Renato Simões destacou a necessidade de fortalecer uma aliança mundial dos movimentos sociais. Após analisar que nas décadas de 1980 e 1990, enquanto partidos e setores identificados como de centro e centro-esquerda na Europa participavam de governos de aplicação neoliberal, na América Latina esse modelo de governo encontrou os movimentos sociais e praticamente todos os setores de esquerda resistentes à implementação do Estado Mínimo. “Parte dessa resistência foi produzir diferentes abordagens da luta anti-neoliberal. Nesse cenário, o Fórum Social Mundial nasceu como um espaço importante de encontro, convivência, troca de experiência e potencialização desses grupos”, lembrou. Nos anos seguintes, lembra ele, as lutas sociais se expandiram não apenas como uma oportunidade para a crítica, mas também para a construção de propostas alternativas. “A partir de 2002, quando Lula é eleito no Brasil e a tentativa de golpe contra Chavez é derrotada na Venezuela, os movimentos sociais vão construindo governos com diferenças entre si, mas que se colocam num campo de enfrentamento ao neoliberalismo”, disse. Para Simões, diante desse cenário, enquanto o FSM ganhou outros continentes, também deixou clara a distância entre reflexões e práticas. “A crise no capitalismo colocou como um dos dilemas do momento apontar ações que alterem ou consolidem correlações de força e de um processo de governos de esquerda. Tivemos auge da integração na luta contra a Alca, mas hoje temos uma situação diferente dessa unidade”, ponderou. Segundo ele, é preciso criar um ambiente relevante e unitário de debates. “O Fórum Social Mundial não é capaz de ser esse espaço e precisamos construir uma estrutura para podermos avançar nessa mobilização.” Organização global, militarização e distribuição de renda Eric Toussaint, do Comitê para Anulação da Dívida do Terceiro Mundo, reforçou as palavras de Renato Simões e citou a proposta de criação da Quinta Internacional Mundial, apresentada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chavez. “Não podemos fugir de uma discussão sobre o tema. Precisamos verificar se é possível criar uma organização global, não como superação do Fórum, mas como espaço para elaborar um plano de ação comum com participação de partidos e movimentos sociais”, sugeriu. Indra Lubis apontou que apesar das críticas ao capitalismo, as forças populares ainda não foram capazes de suplantar esse sistema. “Todas nossas análises se tornaram realidade, mas o que vimos foi que nossas análises e críticas são mais fortes que as alternativas. Somos como bebês aprendendo a andar e nossos inimigos sabem mudar de estratégia muito rapidamente. Antes tinha G8 e agora temos o G20”, comentou ele, que alertou ainda sobre a expansão da militarização expressa na presença de bases militares estrangeiras na Colômbia e do golpe em Honduras. A representante da Marcha Mundial das Mulheres da África do Sul, Wilhelmina Trout,falou sobre o retorno à mobilização popular no continente africano. “Houve um ressurgimento das manifestações públicas de comunidades de base na Africa contra a falta de serviços públicos e a alta taxa de desemprego. Durante a crise, de outubro de 2008 a outubro de 2009, um milhão de africanos perderam o emprego e a África já é considera a pior distribuição de renda do mundo.” Como resposta a essa situação, Wilhelmina contou que as forças progressistas do País estão se unindo para construir uma plataforma com políticas públicas. Entre as propostas estarão a redução de gastos militares como forma de combater a crise econômica, o fim da criminalização dos movimentos sociais e participação das mulheres na prevenção dos conflitos.

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“Quando falamos que nosso campo de ação é a autonomia econômica das mulheres, fica claro que isso não será alcançado no sistema capitalista, baseado na exploração das pessoas e do meio-ambiente.”

Seminário Internacional no RJ (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Leonardo Severo O Instituto Observatório Social, na condição de Secretaria Operativa da RedLat (Rede Latino-americana de Pesquisas em Empresas Multinacionais), promove, nos próximos dias 2 e 3 de fevereiro, o seminário internacional A presença econômica chinesa na América Latina e as conseqüências para o mundo do trabalho. No evento, que acontece nos dias 2 e 3 de fevereiro, no Rio de Janeiro, será divulgada a pesquisa Oportunidades e ameaças do crescimento do papel global da China para os trabalhadores latino-americanos, abrangendo oito países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai. Apoiado pela FNV Mondiaal, o Seminário contará com a participação de lideranças das Confederações Nacionais de Trabalhadores na Construção (Conticom), Vestuário (CNTV), Químicos (CNQ), Metalúrgicos (CNM) e Setor Mineral (CNTM), que debaterão com dirigentes e assessores do movimento sindical latino-americano, acadêmicos e representações governamentais ações relativas ao direito dos trabalhadores, meio ambiente e responsabilidade social. Entre outras estão confirmadas as presenças do embaixador da República Popular da China no Brasil, Qui Xiaoqi; do secretário executivo do Conselho Empresarial Brasil-China, Rodrigo Maciel, do assessor da presidência do BNDES, Ricardo Henriques; do presidente da CUT, Artur Henrique e de João Antonio Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT. “Acredito que o estudo vai contribuir para desmistificar preconceitos difundidos por empresários e repercutidos pela mídia, que tentam identificar o crescimento chinês com arrocho salarial e precarização de direitos”, declarou Aparecido Donizeti, presidente do Observatório Social . Os dados levantados demonstram que o centro do crescimento chinês está na dinâmica da sua economia, o que, ressaltou, aponta para a necessidade de fortalecermos o nosso mercado interno com sólidos investimentos nos setores mais intensivos em tecnologia. Conforme o professor da USP Alexandre Barbosa, coordenador do estudo, a competitividade chinesa está relacionada a um conjunto de fatores: escala de produção, mercado interno potencial, taxa de investimento crescente, planejamento do Estado e crédito barato, além de incentivos fiscais e câmbio desvalorizado. Assim, a tão propalada “ameaça chinesa”, declarou, “não se deve à mão-de-obra barata, mas a ineficácia das atuais políticas nacionais de desenvolvimento e de integração racional dos países latino-americanos, ao menos quando se tem em mente a necessidade da elevação dos níveis de emprego e renda de forma sustentada”. No que diz respeito à relação Brasil-China, avalia o professor, a grande questão que se coloca é em que medida a melhoria dos termos de intercâmbio da região, propiciada pelo efeito China - como a queda dos preços industriais importados e a elevação dos preços das exportações de commodities - pode ser sustentável no curto prazo. A América do Sul e Central respondem por 25% dos produtos agrícolas consumidos pela China e por 13% dos produtos minerais, incluindo combustíveis, enquanto apenas 4% das exportações chinesas dirigem-se à América Latina. A região tem um saldo superior a 21 bilhões de dólares com a China, enquanto acumula um déficit de 67 bilhões em produtos industrializados. Durante o seminário, também serão discutidas ações futuras envolvendo o movimento sindical, os governos e o setor privado. Na avaliação de Donizeti, ”a conformação de câmaras setoriais e de fóruns bipartites e tripartites são algumas propostas que estão no horizonte das relações comerciais e industriais com os chineses”. Confira a programação: Seminário Internacional: A presença econômica chinesa na América Latina e as conseqüências para o mundo do trabalho. Local: Rio de Janeiro – Hotel Othon Leme Datas: 2 e 3 de fevereiro de 2010 1º de fevereiro (segunda- feira)

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Recepção dos participantes 2 de fevereiro (terça- feira) 9h30 - Abertura Institucional - Aparecido Donizeti da Silva, presidente do Instituto Observatório Social - João Antonio Felício, Secretário de Relações Internacionais da CUT - Victor Báez, Secretário Geral da CSA (a confi rmar) - Andriette Nommensen, -assessora de política da FNV Mondiaal - Elvio Lima Gaspar, Diretor para Crédito e Inclusão Social do BNDES (a confirmar) - Jochen Steinhilber, representante da FES no Brasil (a confirmar) - Qui Xiaoqi, embaixador da República Popular da China no Brasil 10h30 - Painel 1 – A ascensão chinesa e o novo cenário internacional - Romer Cornejo, professor do El Colegio de México - Antônio Barros de Castro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Assessor da residência do BNDES Mediação: RedLat 12h30 – Almoço 14h - Painel 2 – A China na África Apresentação da pesquisa: Chinese Investments in Africa, realizada pela African Labour Research Network, com apoio da FNV. Herbert Jauch, Diretor para Pesquisas e Educação da ALRN. Mediação: FNV Mondiaal 15h – Debate 15h30 - Pausa para café 16h - Painel 3 – A China na América Latina Apresentação da pesquisa Made in China: Oportunidades y amenazas planteadas por El ascenso global de China para los trabajadores latinoamericanos, realizada pela RedLat, com apoio da FNV. Alexandre de Freitas Barbosa, professor da Universidade de São Paulo. Mediação: FNV Mondiaal 17h – Debate 3 de fevereiro (quarta- feira) 9h30 - Painel 4 - As relações econômicas entre Brasil e China: competição ou parceria? - Artur Henrique dos Santos, presidente da CUT - Rodrigo Maciel, secretário executivo do Conselho Empresarial Brasil-China

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- Representante da Confederação Nacional das Indústrias (a confirmar) - Representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Ricardo Henriques, assessor da presidência do BNDES - Severino Cabral, diretor-presidente do IBECAP e professor da Universidade Cândido Mendes Mediação: Instituto Observatório Social 11h30 – Debate 12h30 – Almoço 14h - Painel 5 - A ascensão chinesa segundo a perspectiva do movimento sindical latino-americano Representantes do movimento sindical latino-americano Mediação: IOS 15h30 – Debate 16h -– Pausa para café 16h30 - Painel 6 – Globalização, integração regional e a ascensão chinesa: os novos desafios para a organização sindical - Kjeld Jakobsen, especialista em Relações Internacionais - Victor Baez, Secretário Geral da CSA (a confirmar) - Patricio Sambonino, Consultor da FNV e Coordenador do projeto ICEM-Mercosur Mediação: RedLat 17h30 – Encerramento

Neste sábado (23) (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Comitê Estadual de Defesa do Petróleo pela Soberania Nacional Comitê em defesa do Petróleo realiza plenária em São Paulo Conforme deliberação do “Comitê em defesa do Petróleo pela soberania”, realizada em 24 de novembro de 2009, acontece neste sábado (23), às 10h, no Viaduto Nove de Julho, 160 – Cj. 2E – Centro – SP (próximo a estação Anhangabaú), uma plenária política do comitê aberta a todas as entidades. A estratégia será atualizar a conjuntura, Pré-Sal, eleições 2010 e deliberações sobre os próximos passos do Comitê. Foram convocados também os Comitês que se constituíram a partir dos nossos debates: São Bernardo, Americana, Socorro etc, além dos companheiros, Ronaldo Pagotto e João Moraes (FUP), que usarão a palavra na abertura dos trabalhos. Programação: * 10h00 às 10h30 - Recepção/Café; * 10h30 às 11h30 - Abertura de Painéis de 30 minutos para cada companheiro Moraes/Ronaldo Pagotto; * 11h30 às 12h30 – Debates; * 12h30 às 13h15 - Informes dos Comitês; * 13h15 às 14h00 - Sistematização das propostas/encaminhamentos finais.

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Mais informações: Comitê Estadual de Defesa do Petróleo pela Soberania Nacional e-mail: [email protected] endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email www.opetroleoenosso.blogspot.com

Contra a ocupação militar do Haiti (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por CUT Nacional Executiva Nacional da CUT defende solidariedade e anulação da divida externa Abaixo, a íntegra da Nota Oficial da Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores em solidariedade ao Haiti e contra a ocupação estadunidense. “A CUT, que é a favor da soberania do povo haitiano, observa com inquietação que a tragédia foi respondida pelo governo dos Estados Unidos com uma verdadeira ocupação militar. Já são mais de 13 mil soldados enviados por Washington apetrechados para a guerra, que hoje praticamente controlam todo o país”, afirma a nota da Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores em solidariedade ao Haiti. Abaixo, a íntegra do documento. Resolução da Executiva Nacional da CUT sobre o Haiti A Direção Executiva Nacional da CUT, reunida em São Paulo, no dia 19 de janeiro de 2010, reafirma sua solidariedade, manifestada desde o dia 13 de janeiro, às vítimas do terremoto no Haiti. A CUT decidiu iniciar uma campanha para ajudar na reconstrução do Haiti, dando ênfase ao movimento sindical haitiano com o recolhimento de fundos entre os sindicatos brasileiros para serem remetidos às organizações que a CUT mantém relações naquele país. Em contato com dirigentes sindicais haitianos que foram parte da delegação internacional presente no 10º CONCUT (agosto de 2009), a CUT foi informada da verdadeira catástrofe que se abate sobre o povo haitiano. Muitos sindicalistas perderam a vida, outros tantos tiveram suas casas e locais sindicais destruídos e o compromisso assumido pela nossa central é de ajudar na reconstrução das organizações dos trabalhadores e assistir às suas famílias no Haiti. A situação atual no Haiti não é uma fatalidade, é fruto historicamente da superexploração e pilhagem das grandes potencias, como a França e os EUA, do país que se constituiu na primeira nação negra independente do mundo em 1804. A CUT ressalta que o enorme número de vítimas (fala-se em até 200 mil mortos, e milhões de desabrigados em um país de 8 milhões de habitantes) e a amplitude da destruição que sofreu a região de Porto Príncipe, capital do país, não é uma fatalidade, é o resultado das carências e precárias condições de infra-estrutura e das habitações, em uma situação em que o desemprego atingia mais de 60% dos trabalhadores e os salários são de miséria, enquanto o governo do Haiti pagava mensalmente milhões de dólares de dívida externa. O fato de não haver hospitais, nem meios de transporte, nem serviços públicos organizados, não é um fenômeno “natural”, é o resultado de uma política aplicada anos a fio sob a disciplina do FMI e em benefício das grandes potências que apoiaram a ditadura Duvalier até 1981 e depois o golpe de Estado que tirou do poder o presidente Aristide em 2004. A CUT, que é a favor da soberania do povo haitiano, observa com inquietação que a tragédia foi respondida pelo governo dos Estados Unidos com uma verdadeira ocupação militar. Já são mais de 13 mil soldados enviados por Washington apetrechados para a guerra, que hoje praticamente controlam todo o país. Vôos rasantes para despejar suprimentos para uma população faminta, por exemplo, jogam flagelados em conflito, deixando sem nada crianças, velhos e feridos que não podem disputar os “pacotes humanitários”. O que o Haiti precisa é de médicos, enfermeiros, engenheiros e não de tropas de ocupação, seja dos EUA, seja da ONU. A CUT toma posição pela anulação imediata da dívida externa do Haiti pelos países credores e pela devolução total da indenização paga à França pelo Haiti quando da sua emancipação; pela abertura de fronteiras dos países aos quais os cidadãos haitianos queiram chegar; pela solidariedade e ajuda material com respeito à dignidade do povo irmão do Haiti;

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retirada de condicionantes para a ajuda externa, reafirmando que é necessário ter como objetivo o de restituir ao povo haitiano a sua soberania, com o fim das ocupações militares estrangeiras. Conclamamos os sindicatos filiados, ramos e CUTs estaduais a contribuírem com depósitos no Banco do Brasil, Agência 3324-3 conta corrente 956251-6 (SOS Sindical Haiti), encarregando-se a CUT nacional de fazer chegar às organizações sindicais com as quais mantém relação os donativos. Propomos também a organização de brigadas de trabalhadores cutistas para ajudar na reconstrução do Haiti, em especial do movimento sindical haitiano. A CUT, além de assumir sua responsabilidade na ajuda direta ao movimento sindical haitiano, se declara disposta a participar de iniciativas unitárias, com outras centrais e movimentos populares, para reforçar a solidariedade aos trabalhadores e ao povo do Haiti neste momento difícil.

Máfia do Panetone (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por CUT-DF Distritais denunciados não poderão avaliar impeachment de Arruda Embora ainda não na velocidade que queremos e que a sociedade como um todo exige, aos poucos, a Máfia do Panetone começa a cair. O juiz Vinícius Santos Silva, da 7ª Vara da Fazenda Pública do DF, decidiu nesta quarta-feira (20) pelo afastamento de deputados distritais - envolvidos no esquema de arrecadação e pagamento de propina - do julgamento dos processos de impeachment do governador José Roberto Arruda (sem partido) na CLDF. A ação civil pública movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios - engrossada pela da CUT-DF - solicitou que esses parlamentares fossem considerados suspeitos e que os suplentes assumissem os mandatos durante a votação dos pedidos de afastamento de Arruda. Dos oito distritais envolvidos na maracutaia, a deputada Eurides Brito (PMDB) havia garantido uma vaga na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Legislativa. A comissão é a primeira instância responsável por avaliar os pedidos de impeachment. Os demais envolvidos são os deputados Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Eurides Brito, Júnior Brunelli (PSC), Leonardo Prudente (sem partido), Rogério Ulysses (sem partido), Rôney Nemer (PMDB), além dos suplentes Berinaldo Pontes (PP) e Pedro do Ovo (PRP). Esses deputados também respondem a processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara Legislativa e podem ser cassados. A Casa só deve analisar as cassações em fevereiro. A CUT-DF lembra que o momento requer a intensificação das mobilizações e das ações políticas. "Ainda temos muito trabalho pela frente. Isso é só o começo", ressaltou a presidente da central, Rejane Pitanga.

Santander e Real (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Contraf-CUT No Dia Nacional de Luta, bancários cobram Programa de Participação nos Resultados digno Retomada da jornada com mobilização. Foi assim o Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Santander e Real, que retardou nesta quarta-feira, dia 20, a abertura de inúmeras agências em todo país. Os bancários protestaram contra a intransigência do banco espanhol e cobraram a retomada das negociações para a melhoria do aditivo à convenção

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coletiva e a apresentação de uma proposta digna para o Programa de Participação nos Resultados (PPR). A última rodada ocorreu no dia 22 de dezembro. A Contraf-CUT está fazendo um levantamento completo das atividades. A mobilização foi aprovada na plenária nacional de dirigentes sindicais do Santander e Real, ocorrida no último dia 12, em São Paulo. Além das paralisações, os sindicatos distribuíram a última edição do jornal Sindical. Clique aqui para ler a íntegra do jornal Sindical - Santander e Real. "Os trabalhadores mandaram o seu recado para a direção do Santander. Ou o banco melhora a proposta de aditivo e apresenta um PPR justo, ou então as mobilizações serão intensificadas em todo país. É inaceitável que haja dinheiro sobrando para gastar com marketing e não tenha mais recursos para investir no maior ativo do Santander, que são os seus funcionários", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Acordo Marco Global Os bancários também apoiaram a iniciativa da UNI Finanças, o sindical mundial dos trabalhadores do setor financeiro, que reivindica um Acordo Marco Global com o Santander. Uma campanha mundial, incluindo também o HSBC, será lançada nos dias 17 e 18 de março, em São Paulo, conforme decisão ratificada em reunião ocorrida na última quinta-feira, dia 14, em Madri. O Acordo Global visa assegurar direitos fundamentais para os trabalhadores, independentemente dos países onde se encontram estabelecidos, como o direito à organização em sindicatos sem ingerência patronal e o direito à sindicalização, o que significa que nenhum trabalhador poderá sofrer retaliações, repressão e discriminações. Também são objetivos do Acordo Global: firmar compromisso do Santander e HSBC em respeitar a legislação de cada país, assegurar negociação coletiva e diálogo social permanente em todos os níveis e combater as práticas anti-sindicais e a precarização do trabalho. "Com todas essas premissas, queremos que as instituições pratiquem com os seus trabalhadores a responsabilidade social que têm alardeado nas suas propagandas milionárias", destaca Ademir.

Solidariedade (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Condsef Condsef e filiadas se mobilizam para levar ajuda ao povo haitiano Desde o dia 12 deste mês a população do Haiti luta para reconstruir um país devastado pela força da natureza. Cientistas apontam que novos tremores de terra podem acontecer no país ao longo dos próximos meses. Não bastassem as dificuldades já sofridas por um povo marcado por problemas políticos e econômicos, o Haiti precisa agora da intervenção do mundo em busca de apoio para se reerguer. A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) e suas entidades filiadas vão se somar aos milhões de brasileiros que já estão mobilizados e solidários à dor dos haitianos. Neste momento é importante que o país receba água, comida, roupas e assistência médica. A Condsef convoca toda sua base a se unir para arrecadar os itens de que mais a população necessita. Esta é uma ação imediata para atender a emergência e tentar diminuir os impactos terríveis que atingiram os haitianos. Para longo prazo, a história deste país, entretanto, merece atenção especial. A ação militar excessiva que chega como ajuda ao Haiti vem gerando muitas críticas. Denúncias dão conta de que a intervenção militar que deveria amparar a população vem agindo com truculência. Isso não pode ser admitido. Reerguer a população - Os problemas do Haiti, infelizmente, vão além da ação devastadora da natureza. Perdido no caos provocado pelos terríveis tremores de terra, o Haiti é um país massacrado por anos de intervenção e exploração. O país, que vive uma das maiores tragédias de que o mundo já teve notícia, precisa reerguer não apenas suas construções, prédios e casas. É preciso reerguer toda uma população cansada de ser explorada. Mais do que nunca é preciso lutar pela soberania deste povo, primeira república negra do mundo a vencer as tropas de Napoleão se libertar da escravidão. Em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), da qual é filiada, a Condsef defende que o Brasil auxilie na reconstrução do Haiti respeitando a soberania de seu povo. Colabore - Os servidores que quiserem colaborar com a campanha de solidariedade à população do Haiti podem procurar as entidades filiadas à Condsef nos estados. Em Brasília, a Condsef também está mobilizada na arrecadação

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dos itens essenciais para ajudar o país. As entidades receberão as doações e farão com que elas cheguem ao povo haitiano.

Reajuste do magistério (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por CNTE Trabalhadores em educação exigem respeito à Lei do piso A polêmica do reajuste do piso do magistério, em 2010, além de não ser a única em torno da aplicação da Lei 11.738, expõe o descompasso entre discurso e prática dos agentes políticos de nosso país. Embora propaguem, sobretudo em ano eleitoral, que educação é prioridade, pouco se vê na prática a efetividade do discurso - a julgar pela posição meramente política dos governadores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de Mato Grosso do Sul e do Ceará que, com o apoio de José Serra (SP), Aécio Neves (MG), Marcelo Miranda (cassado em TO), José de Anchieta Júnior (Roraima) e José Roberto Arruda (do panetonegate do DEM-DF), pediram, sem sucesso, a inconstitucionalidade da Lei do Piso no STF. À luz do processo político-democrático, a Lei 11.738 representou um esforço inicial em torno da questão salarial dos trabalhadores da educação básica pública, que, em última análise, influi na qualidade da educação. A defasagem dos vencimentos desses servidores públicos - especialmente quando comparados com outras carreiras de mesmo nível de formação - e as disparidades regionais, que impõem restrições de valor e de condições de trabalho aos educadores, foram os principais alvos da Lei. A CNTE reitera à categoria que tomará todas as providências para fazer valer a Lei do Piso, especialmente no que diz respeito aos enfrentamentos político e judicial, que requererão forte compromisso e unidade de nossos sindicatos filiados e da categoria em geral. Clique aqui para conferir as negociações da Lei do Piso, em âmbito do Executivo e do Parlamento, e a posterior Adin no STF, em comparação às posições da CNTE.

Prefeitura de SP utiliza apenas 5% de verba disponível para piscinões (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Rede Brasil Atual Plano Diretor prevê 34 reservatórios do gênero na capital paulista, mas apenas 17 foram construídos até o momento. Verba disponível para o setor no próximo ano é menos da metade da proposta para 2009 Rede Brasil Atual A prefeitura de São Paulo utilizou cerca de 5% do previsto no Orçamento de 2009 para a construção de piscinões, que poderiam, no mínimo, amenizar enchentes como a sofrida nesta terça-feira (8). Além disso, apenas metade dos 34 piscinões previstos pelo Plano Diretor da cidade foi construída. Inicialmente, sob o item “Construção de Reservatórios e Piscinões” para 2009 havia a previsão de R$ 18,5 milhões. Mas a página da Secretaria de Planejamento da administração Gilberto Kassab (DEM) mostra que, até o começo deste mês, estavam habilitados para investimento menos de R$ 1,5 milhão, e foi liquidado pouco mais de R$ 1 milhão. Kassab, que este ano chegou a cortar verbas destinadas à varrição pública, comemorou nesta terça, as obras da prefeitura nos córregos Aricanduva e Pirajussara. De acordo com o prefeito, não fossem os trabalhos realizados nos dois locais, o impacto nas respectivas regiões teria sido maior. Na semana passada, Kassab esteve ao lado do principal aliado político, o governador José Serra (PSDB), na inauguração do piscinão Anhanguera, na divisa com Osasco, cidade da Grande São Paulo. Na realidade, funciona no momento apenas uma parte do reservatório, que deve entrar mesmo em operação apenas no próximo ano, quando Serra, caso se confirme sua candidatura à Presidência da República, já terá deixado o governo paulista e não poderá participar de inaugurações.

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Com investimento de R$ 10,2 milhões, o piscinão vai demandar outros R$ 6 mi para funcionar plenamente – neste caso, o governo estadual entra com a verba e a prefeitura cede o terreno. O Anhanguera é apenas o décimo sétimo piscinão da capital paulista. O Plano Diretor, aprovado em 2002 pela Câmara Municipal, prevê 34 reservatórios, o dobro dos construídos. O plano estabelecia 2006 como prazo para o desenvolvimento das ações estratégicas estabelecidas. Atualmente, há dez reservatórios na zona leste, três na norte, dois na oeste, um na sul e um no centro. A previsão inicial era de sete apenas na zona sul e outros 14 na leste, restando outros treze entre oeste, norte e centro. A Secretaria de Infra-estrutura Urbana da cidade informou que há outros nove em fase de contratação, seis deles na zona sul. A depender do Orçamento de São Paulo para o próximo ano, no entanto, o problema ficará longe de ser sanado. Enquanto disponibiliza mais de R$ 100 milhões para publicidade, Kassab prevê investir R$ 8,5 milhões no artigo “Construção de Reservatórios e Piscinões”, ou seja, menos da metade do disponível para este ano. Ainda de acordo com o Orçamento, apenas um novo reservatório será construído em 2010. O Córrego dos Machados fica no extremo leste da cidade e tinha previsão de início das obras em março deste ano. O ex-secretário de Planejamento da Prefeitura de São Paulo, Jorge Wilheim, considera que os piscinões são uma das melhores estratégias no combate à chuva e lamenta que, frente ao número previsto no Plano Diretor, tão poucos tenham sido construídos. “O plano prevê que, ao longo dos diversos córregos, existam várias retenções que são feitas para não avolumar o fluxo de água em áreas centrais”, aponta, em entrevista à Rede Brasil Atual. Procurada, a da administração Gilberto Kassab não informou à reportagem sobre os planos para a construção de novos piscinões.

Sindipolo denuncia desrespeito da Braskem com os trabalhadores (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Sindipolo Depois de trinta dias da rejeição da contraproposta da empresa pelos trabalhadores, foi realizada uma reunião nesta quarta-feira feira, dia 20, quando a direção do Sindipolo esperava que fosse apresentada uma nova proposta, que atendesse as reivindicações da categoria. Mas, a posição da Braskem é de que estão "esgotadas as possibilidades" de avanços na proposta e que há uma situação de impasse na negociação. De acordo com os sindicalistas, essa atitude demonstra a intransigência e desrespeito da Braskem com os trabalhadores e que a empresa ainda não entendeu o recado da categoria dado nas Assembléias, onde, por duas vezes, rejeitaram as propostas apresentadas. Não é a primeira vez que numa negociação as empresas, neste caso a Braskem, tentam caracterizar situação de impasse. Para o Sindicato, não existe impasse e as duas partes - empresas e trabalhadores - conhecem o "ambiente" da negociação e têm capacidade e competência suficientes para achar uma alternativa. Basta sensibilidade e boa vontade. Na reunião, a direção do Sindipolo ressaltou que não sairá de uma negociação numa condição inferior a que entrou, mesmo que apenas para uma parcela da categoria. Foi reiterada a importância da manutenção dos itens que a Braskem quer retirar do Acordo. Questões sem ou de pouco impacto econômico para a empresa, mas que são garantias importantes para os trabalhadores. A direção do Sindipolo diz que não há razão para a intransigência em não manter o que já está consolidado, como assistência médica aos aposentados; folgas individuais para ADM; seguro aposentando de 24 meses com previdência complementar (Plano Petros); detalhamento da assistência médica/odontológica no Acordo Coletivo; estabilidade à gestante de 120 dias após o afastamento legal; auxílio-creche até 48 meses. Com suas atitudes, a Braskem já tem provocado muita revolta e indignação entre os trabalhadores. São centenas de demissões, ataques e tentativas de ataques a direitos, sobrecarga e precarização do trabalho. É chegada a hora de começar a rever suas atitudes, e manter o Acordo sem retirar conquistas.

Metalúrgicos da Carhej no ABC paulista aprovam PLR e redução de jornada semanal (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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Em assembleia reali-zada na segunda, 18, os trabalhadores da Carhej, Indústria e Comércio de Produtos Metalúrgicos, localizada em São Bernardo, aprovaram a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e de redu-ção de jornada negociadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Esse é o primeiro acor-do de PLR em 2010 e suas parcelas serão pagas em 15 fevereiro e em 15 de agosto. Foi também a primeira negociação com a empresa, que veio recentemente para a cidade. "Estrear as PLRs do ano em uma empresa nova na base é sinal de que poderemos estender essas conquistas para mais metalúrgicos, com um número maior que os 132 acordos fechados no ano passado, e com valores mais elevados", disse o coorde-nador de base de São Ber-nardo, Moisés Selerges. O acordo também prevê a redução da jornada de 44h para 41h25 semanais, possibilitando que os metalúrgicos passem a tra-balhar sábados alternados. "A redução da jornada é outra luta que o Sindicato continuará a desenvolver neste ano, mesmo porque queremos a aprovação do projeto das 40 horas sema-nais que está na Câmara Fe-deral", alertou Moisés. Ele lembrou que esses avanços só são possíveis quando os trabalhadores estão organizados e unidos, com disposição de luta. "Os metalúrgicos da Carhej estão de parabéns pelo grau de mobilização, pois reforça a po-sição do Sindicato na mesa de negociação", concluiu.

Feira Mundial de Economia Solidária começa a ser estruturada nessa sexta-feira (22) (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por FSM Os 268 estandes para a Feira Mundial de Economia Solidária começam a ganhar forma até esta sexta-feira, 22. De acordo com dados atualizados da Diretoria de Economia Solidária de Canoas que está colaborando com a organização do Fórum Social Mundial, já somam 220 empreendimentos que virão ao Parque Eduardo Gomes participarem do evento. A estrutura será divida por alas de acordo com as regiões. Canoas, Grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil e Mundo. Pelo menos 6 países da América Latina, 2 da Europa e de 20 estados brasileiros já estão com a presença confirmada. Serão mostrados trabalhos de artesanato, alimentação, confecção, crédito, serviços. Alguns virão somente pela causa e para divulgar seu trabalho, não irão comercializar seus produtos. "Será uma fantástica troca de experiências, vamos dialogar e socializar com os participantes de outras localidades para trazer elementos novos na construção da economia solidária do nosso município" ressalta o Diretor de economia solidária da Secretaria de desenvolvimento Econômico de Canoas Flávio Dalmolin.

Brasil ocupa posição intermediária no cumprimento de metas para educação (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Agência Brasil O Brasil está no grupo de países intermediários em relação ao cumprimento de metas sobre acesso e qualidade de ensino estabelecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), segundo Relatório de Monitoramento de Educação para Todos 2010, lançado pela entidade. O país ocupa 88ª posição em um ranking de 128 países. Em 2000, mais de 160 países assinaram o compromisso Educação para Todos, que previa o cumprimento de seis metas incluindo a universalização do ensino fundamental, a redução da taxa de analfabetismo e a melhoria da qualidade do ensino. Para isso, criou um o Índice de Desenvolvimento de Educação para Todos (IDE). A Noruega lidera o ranking da Unesco. Ela e mais 60 países estão no grupo daqueles que já cumpriram ou estão perto de atingir todos os objetivos firmados no compromisso. Trinta e seis estão no grupo "intermediário" e 30 são classificados como EDI baixo. Ao analisar o cumprimento das quatro principais metas estabelecidas pela Unesco, constata-se que o Brasil tem um bom desempenho no que se refere à alfabetização, ao acesso ao ensino fundamental e à igualdade de gênero. Mas tem um baixo desempenho quando se analisa o percentual de alunos que conseguem passar do 5° ano do ensino fundamental.

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O relatório aponta que o Brasil apresenta alta repetência e baixos índices de conclusão da educação básica. Na região da América Latina e Caribe, a taxa de repetência média para todas as séries do ensino fundamental é de 4,4%. Mas no Brasil, o índice é de 18, 7% - o maior de todos os países da região. Algumas inciativas do Brasil para melhorar a qualidade e o acesso à educação são destaque no relatório. Entre elas, o programa Brasil Alfabetizado, o Bolsa Família, o Fome Zero e as mudanças na política de financiamento. "No Brasil, por exemplo, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) desempenha papel importante para a redução do déficit de financiamento de educação e para uma distribuição mais equitativa dos recursos entre áreas ricas e pobres", afirma a organização.

Contraf-CUT vai à Receita Federal para destravar ampliação da licença-maternidade (CUT Nacional) 21/01/2010 Escrito por Contraf-CUT A Contraf-CUT se reuniu nesta quarta-feira, dia 20, com o coordenador-geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli, em Brasília. O objetivo foi a busca de solução para resolver os entraves burocráticos que estão travando a ampliação da licença-maternidade para seis meses, uma das conquistas da campanha nacional dos bancários de 2009. Estiveram presentes, pela Contraf-CUT, o secretário-geral Marcel Barros, o diretor de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira, e a diretora de Assuntos Jurídicos, Mirian Fochi. Também participaram as diretoras do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rosane Alaby e Maria Aparecida Souza (Cida). Segundo Miguel, "a Receita Federal informou que já está pronta a minuta para regulamentar o decreto nº 7.052, assinado no dia 23 de dezembro pelo presidente Lula, que trata da aplicação da Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, que cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade, no tocante a empregadas de pessoas jurídicas". Mombelli disse que essa minuta deverá ser publicada no Diário Oficial da União possivelmente nesta quinta-feira, dia 21, ou no máximo até a próxima segunda-feira, dia 25. "Também foi comunicado para a Confraf-CUT que a área de tecnologia da Receita Federal está trabalhando para que na semana que vem já esteja à disposição o termo para a adesão ao Programa Empresa Cidadã", disse Miguel. "Com esses procedimentos, fica garantida a possibilidade de adesão dos bancos ao programa Empresa Cidadã, com o incentivo fiscal previsto, e a conseqüente opção das bancárias para o exercício do direito de extensão da licença-maternidade até seis meses", completa o dirigente da Contraf-CUT. "A ampliação da licença maternidade é uma conquista da sociedade, pois tratamos dos cuidados e da saúde dos filhos que devem ser responsabilidade de todos, porém sabemos que nos primeiros seis meses de vida a presença da mãe é imprescindível", ressalta Rosane.

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