enem amazonas gpi fascículo 8 – a evolução das espécies

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Page 1: ENEM Amazonas GPI Fascículo 8 – A Evolução das Espécies

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Caro estudante,

A Educação é um projeto de construção coletiva. Vislumbrando tal crescimento, nosso governo traçou, em sua política de gestão, diretrizes que possibilitam assegurar a qualidade da educação através do estudo dos fascículos de Língua Portuguesa, Geografi a, História, Matemática, Física, Química e Biologia, garantindo melhorias signifi cativas na vida dos jovens do nosso Estado.

Pensar a Educação como um projeto de transformação social requer de nós, governantes, amplo entendimento acerca dos conhecimentos necessários para a inclusão do cidadão no mercado de trabalho e a construção de sua plena cidadania.

Portanto, cabe à geração de hoje a responsabilidade de construir uma sociedade mais humana, igualitária, solidária e competente.

Que Deus o abençoe e lhe dê perseverança para enfrentar todos os desafi os que o futuro nos reservar.

E jamais esqueça: a Educação é o maior bem que o Homem pode ter.

Que todos tenham um bom desempenho no exame do ENEM.

CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA

Governador do Estado do Amazonas

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Código do fascículo

HM65LN0315

www.enemintensivo.com.br/amazonas

A Evolução Biológica é o conceito unifi cador da Biologia Moderna. Embora o conceito de evolução já tivesse sido proposto em diversos momentos da história da humanidade, foram Charles Robert Darwin e Alfred Russel Wallace em 1858 que fundamentaram suas bases em um processo conhecido como Seleção Natural. Atualmente os diferentes campos das Ciências Biológicas (Botânica, Zoologia, Genética, Ecologia, Sociobiologia etc.) estudam os seres vivos mantendo em comum o enfoque evolucionista. Isto só foi possível porque durante as primeiras décadas do século XX uma síntese foi alcançada e a Evolução tornou-se o ponto em comum entre os diferentes campos do saber biológico. Atualmente o pensamento evolucionista infl uencia a psicologia, a economia, as ciências sociais, entre outras áreas.

Neste material, aborda-se a Evolução das Espécies, citando também fenômenos químicos e a biogeografi a, assuntos importantes que têm aparecido em muitas questões do ENEM.

Habilidade 10: Utilizar e interpretar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações na atmosfera, biosfera, hidrosfera e litosfera, origem e evolução da vida, variações populacionais e modifi cações no espaço geográfi co.

Habilidade 11: Diante da diversidade da vida, analisar, do ponto de vista biológico, físico ou químico, padrões comuns nas estruturas e nos processos que garantem a continuidade e a evolução dos seres vivos.

Habilidade 12: Analisar fatores socioeconômicos e ambientais associados ao desenvolvimento, às condições de vida e saúde de populações humanas, por meio da interpretação de diferentes indicadores.

Habilidade 13: Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a importância da biodiversidade para preservação da vida, relacionando condições do meio e intervenção humana.

As disciplinas envolvidas são: Biologia, Química e Geografi a.

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Desde seu surgimento no planeta Terra, algo em torno de 4 bilhões de anos atrás, os seres vivos vêm sofrendo

transformações sucessivas que caracterizam a evolução.

1 – Evidências EvolutivasO homem não descendeu do macaco. Somos parentes do gibão, do orangotango, do gorila e do chimpanzé e

todos os cinco descenderam dos mesmos ancestrais. Existem evidências morfológicas da evolução na semelhança, seja dos esqueletos ou das moléculas de DNA, de cada um deles.

O ambiente orienta a evolução, aceitando melhor e, portanto, selecionando os organismos que adquiriram certas características. Tubarões, baleias e golfi nhos, embora sejam animais diferentes, vivem em ambiente idêntico e possuem estruturas semelhantes, que facilitam a natação, servindo de exemplo das evidências ecológicas da evolução.

Há evidências biogeográfi cas da evolução na distribuição de animais na Terra. Por muito tempo, África e América do Sul faziam parte do mesmo continente, Gondwana, onde se desenvolveram aves corredoras similares, como o avestruz africano e a ema sul-americana.

Quanto maior o parentesco evolutivo de duas espécies de organismos, maior a semelhança entre seus DNAs que são diferentes. O DNA de Homo sapiens sapiens tem mais semelhança com o DNA do chimpanzé do que com o do gorila. São evidências bioquímicas da evolução. Do mesmo modo, graus de parentesco podem ser medidos comparando-se proteínas.

DIFERENÇAS NA SEQÜÊNCIA DE BASES NITROGENADAS

ENTRE DNA HUMANO E DNA DE OUTROS PRIMATAS

ESPÉCIES COMPARADAS TAXA DE DIFERENÇA

Homem – chimpanzé 2,5%

Homem – gibão 5%

Homem – símios do velho mundo 9%

Homem – símios do novo mundo 15%

Outras evidências da evolução são fi siológicas, como as adaptações à vida terrestre; embriológicas, como a semelhança dos embriões iniciais de todas as classes de Vertebrados; e paleontológicas, como os estudos dos fósseis e sua datação que ganharam mais precisão com o uso de métodos radioativos como o do carbono 14 (14C) e o do urânio (235U).

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ERAS PERÍODOS INÍCIO EM ANOS VIDA

CENOZÓICAQuaternário

Época recente 10.000 anos Civilização humana

Época pleistocênica 3 milhões Início da espécie humana

Terciário 65 milhões Início dos HominídeosIrradiação dos Mamíferos

MESOZÓICA

Cretácico 135 milhões Apogeu dos dinossaurosInício dos Primatas

Jurássico 181 milhões Expansão dos dinossaurosInício das Aves

Triássico 230 milhões Início dos dinossaurosInício dos Mamíferos

PALEOZÓICA

Permiano 280 milhões Expansão dos RépteisDeclínio dos Anfíbios

Carbonífero 345 milhões “Idade dos Anfíbios”Início dos Répteis

Devoniano 405 milhões “Idade dos Peixes”Início dos Anfíbios

Siluriano 425 milhões Início dos “peixes” com mandíbula

Ordoviciano 500 milhões Início dos “peixes” sem mandíbula

Cambriano 600 milhões Início dos Invertebrados marinhos

PROTEROZÓICA 2,5 bilhões Início dos Eucariontes Abundância de Monera

ARQUEOZÓICA 4,5 bilhões Monera bem primitivos

HOMEM E OS MACACOS SUPERIORES

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O assunto na aula de Biologia era a evolução do Homem. Foi apresentada aos alunos uma árvore fi logenética, igual à mostrada na ilustração, que relacionava primatas atuais e seus ancestrais.Após observar o material fornecido pelo professor, os alunos emitiram várias opiniões, a saber:I. Os macacos antropóides (orangotango, gorila e chimpanzé e

gibão) surgiram na Terra mais ou menos contemporaneamente ao Homem.

II. Alguns homens primitivos, hoje extintos, descendem dos macacos antropóides.

III. Na história evolutiva, os homens e os macacos antropóides tiveram um ancestral comum.

IV. Não existe relação de parentesco genético entre macacos antropóides e homens.

Analisando a árvore fi logenética, você pode concluir que:

(A) todas as afi rmativas estão corretas; (B) apenas as afi rmativas I e III estão corretas; (C) apenas as afi rmativas II e IV estão corretas;(D) apenas a afi rmativa II está correta;(E) apenas a afi rmativa IV está correta.

Ano: 2005Habilidade: 10

Foi proposto um novo modelo de evolução dos primatas elaborado por matemáticos e biólogos. Nesse modelo, o grupo de primatas pode ter tido origem quando os dinossauros ainda habitavam a Terra, e não há 65 milhões de anos, como é comumente aceito.

Examinando esta árvore evolutiva, podemos dizer que a divergência entre os macacos do Velho Mundo e o grupo dos grandes macacos e de humanos ocorreu há aproximadamente:

(A) 10 milhões de anos; (D) 65 milhões de anos;(B) 40 milhões de anos; (E) 85 milhões de anos.(C) 55 milhões de anos;

Ano: 1998Habilidade: 10

Gabarito – Letra B. O homem não descendeu do macaco. Somos parentes do gibão, do orangotango, do gorila e do chimpanzé e todos os cinco descenderam dos mesmos ancestrais.

Gabarito – Letra B. A análise do gráfi co mostra que a maior divergência entre os macacos do Velho Mundo e o grupo dos grandes macacos e humanos aconteceu há cerca de 40 milhões de anos.

Fonte: Raquel Aguiar. Ciência Hoje on-line, 13/05/02.

Fonte: ENEM 1998.

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Fenômenos biológicos podem ocorrer em diferentes escalas de tempo. Assinale a opção que ordena exemplos de fenômenos biológicos, do mais lento para o mais rápido:

(A) germinação de uma semente, crescimento de uma árvore, fossilização de uma samambaia;

(B) fossilização de uma samambaia, crescimento de uma árvore, germinação de uma semente;

(C) crescimento de uma árvore, germinação de uma semente, fossilização de uma samambaia;

(D) fossilização de uma samambaia, germinação de uma semente, crescimento de uma árvore;

(E) germinação de uma semente, fossilização de uma samambaia, crescimento de uma árvore.

Gabarito – Letra B. A opção que apresenta corretamente fenômenos biológicos do mais lento para o mais rápido é a que cita fossilização de uma samambaia, crescimento de uma árvore e germinação de uma semente.

2 – Mecanismos EvolutivosOs mecanismos evolutivos são explicados pelas teorias evolutivas. Dentre elas podemos destacar o

Lamarquismo, o Darwinismo e o Neodarwinismo, a teoria sintética da evolução.

O Lamarquismo atribui a evolução das espécies ao uso e desuso dos órgãos e à herança dos caracteres adquiridos. Não corresponde à realidade, pois só se transmitem, aos descendentes, hereditariamente, informações genéticas que estão presentes no DNA reprodutivo.

O Darwinismo justifi ca a evolução dos seres vivos pela variabilidade observada nos organismos e pela seleção natural dessas variações. Teoria que falha por não explicar como surge essa variabilidade.

O Neodarwinismo explica a evolução pela variação na freqüência dos genes em uma população devido às mutações, criadoras de novos genes e à seleção natural que reduz a freqüência de genes desvantajosos nas gerações seguintes. Outros fatores infl uem, como é o caso das recombinações gênicas, das migrações que retiram ou introduzem genes na população e da deriva genética, que é capaz de causar bruscas variações na freqüência gênica de populações pequenas.

Ano: 2007Habilidade: 10

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As cobras estão entre os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil, principalmente na área rural. As cascavéis (Crotalus), apesar de extremamente venenosas, são cobras que, em relação a outras espécies, causam poucos acidentes a humanos. Isso se deve ao ruído de seu “chocalho”, que faz com que suas vítimas percebam sua presença e as evitem. Esses animais só atacam os seres humanos para sua defesa e se alimentam de pequenos roedores e aves. Apesar disso, elas têm sido caçadas continuamente, por serem facilmente detectadas.

Ultimamente os cientistas observaram que essas cobras têm fi cado mais silenciosas, o que passa a ser um problema, pois, se as pessoas não as percebem, aumentam os riscos de acidentes.A explicação darwinista para o fato de a cascavel estar fi cando mais silenciosa é que:

(A) a necessidade de não ser descoberta e morta mudou seu comportamento;(B) as alterações no seu código genético surgiram para aperfeiçoá-la;(C) as mutações sucessivas foram acontecendo para que ela pudesse adaptar-se;(D) as variedades mais silenciosas foram selecionadas positivamente;(E) as variedades sofreram mutações para se adaptarem à presença de seres humanos.

Gabarito – Letra D. Nessa questão bastaria ao aluno lembrar que o modelo atualmente proposto para explicar a evolução das espécies (darwinismo) pressupõe que variedades mais bem adaptadas ao meio sejam selecionadas positivamente. Ora, se o barulho do chocalho “denunciava” as cascavéis, variedades existentes mais silenciosas não eram percebidas; portanto, não atraíam a atenção dos predadores nem das presas e, conseqüentemente, começaram a sobreviver mais e a deixar mais descendentes. Isso signifi ca que as cascavéis não fi caram mais silenciosas: as que já eram silenciosas proliferaram mais e estão agora em maior número.

Ano: 2007Habilidade: 11

Todas as reações químicas de um ser vivo seguem um programa operado por uma central de informações. A meta desse programa é a auto-replicação de todos os componentes do sistema, incluindo-se a duplicação do próprio programa ou mais precisamente do material no qual o programa está inscrito. Cada reprodução pode estar associada a pequenas modifi cações do programa.

M. O. Murphy e l. O’neill (Orgs.). O que é vida? 50 anos depois — especulações sobre o futuro da biologia. São Paulo: UNESP. 1997 (com adaptações).

São indispensáveis à execução do “programa” mencionado acima processos relacionados ao metabolismo, auto-replicação e mutação, que podem ser exemplifi cados, respectivamente, por:

(A) fotossíntese, respiração e alterações na seqüência de bases nitrogenadas do código genético;(B) duplicação do RNA, pareamento de bases nitrogenadas e digestão de constituintes dos alimentos;(C) excreção de compostos nitrogenados, respiração celular e digestão de constituintes dos alimentos;(D) respiração celular, duplicação do DNA e alterações na seqüência de bases nitrogenadas do código genético;(E) fotossíntese, duplicação do DNA e excreção de compostos nitrogenados.

Gabarito – Letra D. A seleção correta entre os processos é: metabolismo – respiração celular; auto-replicação do DNA e mutação – alterações na seqüência de bases nitrogenadas do código genético.

Ano: 2005Habilidade: 11

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3 – Evolução Celular e Bioenergética

Uma das hipóteses mais aceitas para a composição da atmosfera primitiva, antes do aparecimento dos primeiros seres vivos em nosso planeta é que ela possuía: metano (CH4), amoníaco (NH3), hidrogênio (H2) e vapor d’água.

Um modo bastante simplifi cado da apresentação do início e da evolução da célula e dos organismos poderia ser:

matéria inorgânica, por evolução química → matéria orgânica → protobiontes com RNA → procariontes

com DNA → eucariontes com DNA

Ano: 2000Habilidade: 11

O gráfi co abaixo representa a evolução da quantidade de oxigênio na atmosfera no curso dos tempos geológicos. O número 100 sugere a quantidade atual de oxigênio na atmosfera, e os demais valores indicam diferentes porcentagens dessa quantidade.

De acordo com o gráfi co, é correto afi rmar que:

(A) as primeiras formas de vida surgiram na ausência de O2;

(B) a atmosfera primitiva apresentava 1% de teor de oxigênio;

(C) após o início da fotossíntese, o teor de oxigênio na atmosfera mantém-se estável;

(D) desde o Pré-cambriano, a atmosfera mantém os mesmos níveis de teor de oxigênio;

(E) na escala evolutiva da vida, quando surgiram os anfíbios, o teor de oxigênio atmosférico já se havia estabilizado.

Gabarito – Letra A. O gráfi co mostra claramente que o aparecimento da vida ocorreu na ausência de oxigênio, antes do início da evolução da quantidade de oxigênio na atmosfera.

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Ano: 2002Habilidade: 13

Na solução aquosa das substâncias orgânicas prebióticas (antes da vida), a catálise produziu a síntese de moléculas complexas de toda classe, inclusive proteínas e ácidos nucléicos. A natureza dos catalisadores primitivos que agiam antes não é conhecida. É quase certo que as argilas desempenharam papel importante: cadeias de aminoácidos podem ser produzidas no tubo de ensaio mediante a presença de certos tipos de argila. (...)

Mas o avanço verdadeiramente criativo – que pode, na realidade, ter ocorrido apenas uma vez – ocorreu quando uma molécula de ácido nucléico “aprendeu” a orientar a reunião de uma proteína, que, por sua vez, ajudou a copiar o próprio ácido nucléico. Em outros termos, um ácido nucléico serviu como modelo para a reunião de uma enzima que poderia então auxiliar na produção de mais ácido nucléico. Com este desenvolvimento apareceu o primeiro mecanismo potente de realização. A vida tinha começado.

Adaptado de: LURIA, S.E. Vida: experiência inacabada. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1979.

Considere o esquema ao lado:

O “avanço verdadeiramente criativo” citado no texto deve ter ocorrido no período (em bilhões de anos) compreendido aproximadamente entre:

(A) 5,0 e 4,5;

(B) 4,5 e 3,5;

(C) 3,5 e 2,0;

(D) 2,0 e 1,5;

(E) 1,0 e 0,5.

Gabarito – Letra B. O “avanço verdadeiramente criativo” citado no texto se relaciona com a existência dos primeiros ácidos nucléicos entre 4,5 e 3,5 bilhões de anos.

4 – Os Primeiros Passos da Atmosfera Terrestre

O sistema solar, o Sol, a Terra e os outros planetas apareceram há 4,8 bilhões de anos. Em torno da Terra, ainda quente, a atmosfera era constituída por vapor d’água (H2O), ácido clorídrico (HC ), gás carbônico (CO2), metano (CH4), hidrogênio (H2), nitrogênio (N2), amoníaco (NH3) e ácido sulfídrico (H2S). A atmosfera é ácida e redutora. O oxigênio livre está ausente. A atmosfera não é respirável!

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O Oxigênio LivreHá 3,5 bilhões de anos, as primeiras bactérias fotossintéticas aparecem. A reação de fotossíntese de uma

molécula de matéria orgânica simples (CH2O) consome gás carbônico (CO2) e libera oxigênio (O2):

CO2 + H2O → CH2O + O2

Há dois bilhões de anos, ou seja, 1,5 bilhão de anos após o início da fotossíntese, quando a taxa de produção pôde equilibrar a taxa de consumo, sempre regulada pelo ritmo da erosão, o oxigênio livre fez sua aparição na atmosfera.

É, para o ambiente, a primeira revolução, pois os organismos fotossintéticos são, agora, obrigados a viver em meio ao seu excremento, o oxigênio, que se mistura com seu alimento, que é o gás carbônico.

Existem fósseis de organismos com 3000 milhões de anos, os estromatólitos, estruturas resultantes da deposição de CaCO3 (carbonato de cálcio), retido e segregado por comunidades de cianobactérias, presentes em água doce e salgada.

Os raios ultravioleta (UV) podem promover reações entre compostos e degradar moléculas orgânicas; a Vida na Terra, como a conhecemos, só é possível devido à fi ltragem dos UV pela camada de ozônio (O3) da atmosfera superior.

Ano: 2003Habilidade: 10

Considerando os dois documentos, podemos afi rmar que a natureza do pensamento que permite a datação da Terra é de natureza:

(A) científi ca no primeiro e mágica no segundo;

(B) social no primeiro e política no segundo;

(C) religiosa no primeiro e científi ca no segundo;

(D) religiosa no primeiro e econômica no segundo;

(E) matemática no primeiro e algébrica no segundo.

DOCUMENTO II

Avalia-se em cerca de quatro e meio bilhões de anos a idade da Terra, pela comparação entre a abundância relativa de diferentes isótopos de urânio com suas diferentes meias-vidas radiativas.

DOCUMENTO I

Gabarito – Letra C. O documento I fundamenta a datação da Terra na Bíblia, sendo, portanto, religioso.O documento II fundamenta a datação da Terra no processo de medida do decaimento de isótopos, sendo, portanto, científi co.

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Ano: 1999Habilidade: 10

Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos (4,5 , 109 anos), com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a fl orescer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo do planeta!

O texto permite concluir que a agricultura começou a ser praticada há cerca de:

(A) 365 anos;

(B) 460 anos;

(C) 900 anos;

(D) 10000 anos;

(E) 460000 anos.

5 – Biogeografi aBiogeografi a é a ciência que estuda a distribuição geográfi ca dos seres vivos, sendo denominada também de

Geoecologia. É uma ciência interdisciplinar que envolve conhecimentos de geografi a, biologia, ecologia, geologia e climatologia.

A biogeografi a tem como base o conceito de evolução das espécies e as diferentes condições ecológicas que determinaram distintas pressões adaptativas ao longo do tempo. Sendo assim, a biogeografi a busca entender por que há mais espécies na região equatorial do que nas polares, por que duas ou mais espécies vivem confi nadas em certas regiões ou, ainda, por que espécies com a mesma origem podem habitar áreas muito distantes.

Para isso, podemos estabelecer uma divisão primária da biogeografi a num nível ecológico e outro histórico.

O nível Ecológico é de escala local e utiliza processos como:• Tolerância e adequação ao meio• Capacidade intrínseca de dispersão• Fatores externos que favorecem a dispersão• Fatores externos que impedem a dispersão

O nível Histórico é de escala global e destaca:• Mudanças tectônicas• Especiação• Inter-relações genealógicas• Extinção

(Fonte: SPINOSA, D.; LLORENTE, J. Fundamentos de Biogeografía Filogenética. México: Universidad Autonoma do México, 1993.)

Gabarito – Letra D.

45 anos ___ 4,5 . 109 anos

1 hora ___ x

x = (4,5 . 109 anos) . (1 hora)

45 anos

x = (4,5 . 109 anos)) . (1 hora)

45 . 365 . 24 horas

x 10000 anos≈

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Entre 8 mil e 3 mil anos atrás, ocorreu o desaparecimento de grandes mamíferos que viviam na América do Sul. Os mapas a seguir apresentam a vegetação dessa região antes e depois de uma grande mudança climática que tornou essa região mais quente e mais úmida.

As hipóteses a seguir foram levantadas para explicar o desaparecimento dos grandes mamíferos na América do Sul:

I. Os seres humanos, que só puderam ocupar a América do Sul depois que o clima se tornou mais úmido, mataram os grandes animais.

II. Os maiores mamíferos atuais precisam de vastas áreas abertas para manterem o seu modo de vida, áreas essas que desapareceram da América do Sul com a mudança climática, o que pode ter provocado a extinção dos grandes mamíferos sul-americanos.

III. A mudança climática foi desencadeada pela queda de um grande asteróide, a qual causou o desaparecimento dos grandes mamíferos e das aves.

É cientifi camente aceitável o que se afi rma:

(A) apenas em I;(B) apenas em II;(C) apenas em III;(D) apenas em I e III.(E) em I, II e III.

6 – A Deriva Continental/Tectônica de PlacasEm 1912, Alfred Wegener propôs a existência, no passado, de uma única massa continental (Pangéia). Para

isso, ele utilizou como evidências o formato da costa atlântica sul-americana e africana, que parecem ter formado um conjunto, em algum momento anterior. Alem disso, evidências paleoclimáticas, paleontológicas, litológicas, e diversos fósseis indicavam essa existência anterior.

Ano: 2006Habilidade: 10

Adaptado da Revista Pesquisa Fapesp, nº 98, 2004.

Gabarito – Letra B. As imagens nos mostram alterações botânicas com redução das áreas com vegetação mais aberta, tanto fl orestais como savânicas. Sendo assim, a interpretação correta é dada pela afi rmativa II.

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Recebida com descrédito pela comunidade científi ca, essa teoria denominada de Deriva continental passou a ser aceita, de forma atualizada, com os avanços nos estudos geológicos, principalmente a partir da década de 60. Nessa época, foi aperfeiçoada e associada aos estudos dos movimentos das placas tectônicas localizadas no interior do planeta, que desvendaram a grande incógnita do estudo de Wegener, que não conseguia explicar satisfatoriamente a causa do movimento dos continentes. Obviamente, o deslocamento das grandes massas continentais tem grande importância para a biogeografi a e contribui para a explicação da localização de diversos seres vivos em diferentes áreas.

A parte norte da Pangéia é denominada Laurásia e incluía a América do Norte e a Eurásia, enquanto a parte sul, Gondwana, era formada pela América do Sul, África, Austrália, Índia e Antártica. Dessa forma, imagine como essa descoberta ajudou a desvendar mistérios sobre a localização de seres vivos no planeta Terra de hoje.

Ano: 2000Habilidade: 13

No mapa, é apresentada a distribuição geográfi ca de aves de grande porte e que não voam.Há evidências mostrando que essas aves, que podem ser originárias de um mesmo ancestral, sejam, portanto, parentes. Considerando que, de fato, tal parentesco ocorra, uma explicação possível para a separação geográfi ca dessas aves, como mostrada no mapa, poderia ser:

(A) A grande atividade vulcânica, ocorrida há milhões de anos, eliminou essas aves do Hemisfério Norte.(B) Na origem da vida, essas aves eram capazes de voar, o que permitiu que atravessassem as águas oceânicas,

ocupando vários continentes.(C) O ser humano, em seus deslocamentos, transportou essas aves, assim que elas surgiram na Terra, distribuindo-

as pelos diferentes continentes.(D) O afastamento das massas continentais, formadas pela ruptura de um continente único, dispersou essas

aves que habitavam ambientes adjacentes.(E) A existência de períodos glaciais muito rigorosos, no Hemisférico Norte, provocou um gradativo

deslocamento dessas aves para o Sul, mais quente.

Gabarito – Letra D. Até há 200 milhões de anos, durante a Era Mesozóica, existia uma única massa continental denominada Pangéia, que sofreu, inicialmente, uma separação entre a parte norte, denominada Laurásia, e a parte sul denominada Gondwana, que incluía América do Sul, África, Austrália e Índia, o que culminou com uma separação completa que levou à confi guração atual dos continentes.

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7 – Clima e VegetaçãoAs características climáticas são decisivas para entendermos a vegetação de uma área. De maneira geral,

quanto maior a temperatura e a umidade de uma região, maior a variedade das espécies, o que explica a grande importância para o mundo atual das áreas equatoriais e tropicais, assim como o interesse pela Amazônia. Observe a seguir a nítida relação entre os domínios climáticos brasileiros e nossas vegetações:

TROPICALTROPICAL

EQUATORIALEQUATORIAL

TROPICALTROPICAL SEMI-ÁRIDOSEMI-ÁRIDO

TROPICAL TROPICAL DE ALTITUDEDE ALTITUDE TROPICAL TROPICAL

ATLÂNTICOATLÂNTICO

OCEANO

ATLÂNTICO

TIPOS DE CLIMA

SUBTROPICALSUBTROPICAL

FLORESTA FLORESTA AMAZÔNICAAMAZÔNICA

CERRADOCERRADOCAATINGACAATINGA

OCEANO

ATLÂNTICO

TIPOS DE VEGETAÇÃO

PANTANALPANTANAL

MATA MATA ATLÂNTICAATLÂNTICA

MATA DE MATA DE ARAUCÁRIAARAUCÁRIA

MANGUES MANGUES LITORÂNEOSLITORÂNEOS

MATA DEMATA DECOCAISCOCAIS

CAMPOS GERAISCAMPOS GERAIS

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Ano: 2006Habilidade: 10

Sabe-se que uma área de quatro hectares de fl oresta, na região tropical, pode conter cerca de 375 espécies de plantas enquanto uma área fl orestal do mesmo tamanho, em região temperada, pode apresentar entre 10 e 15 espécies.

O notável padrão de diversidade das fl orestas tropicais se deve a vários fatores, entre os quais é possível citar:

(A) altitudes elevadas e solos profundos;

(B) a ainda pequena intervenção do ser humano;

(C) sua transformação em áreas de preservação;

(D) maior insolação e umidade e menor variação climática;

(E) alternância de períodos de chuvas com secas prolongadas.

Gabarito – Letra D. As elevadas temperaturas e umidade contribuem para a maior diversidade de espécies e as áreas tropicais têm exatamente essas características, devido ao ângulo de incidência dos raios solares e à forte evaporação.

8 – Escala GeológicaUm exercício interessante para compararmos tempo histórico e tempo geológico é adaptarmos toda a

história do planeta, que, como vimos, tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos, para o período de um dia, ou seja, 24 horas.

Em tal adaptação, cada segundo desse dia hipotético corresponderia a 52083 anos; sendo assim, cada 19,2 segundos signifi cariam 1 milhão de anos.

A maior parte da história do planeta ocorreu no Pré-cambriano, que, com cerca de 3,9 bilhões de anos, ocuparia a maior parte do nosso “dia”, terminando apenas às 21 horas!

No nosso estudo evolutivo, o “milagre” do surgimento da vida, as primeiras bactérias, ocorreria entre 5 e 6 da manhã e elas reinariam no planeta até o fi nal do Pré-cambriano, como vimos, às 21 horas.

Depois desse início monótono, as coisas vão começar a ocorrer rapidamente: com o Paleozóico temos os primeiros peixes, esponjas, corais, moluscos, plantas terrestres e insetos. E tudo isso ocorreu entre 21:06 e 22:41! Repare na escala geológica que apresentamos anteriormente que o Paleozóico tem várias subdivisões, justamente por causa da diversidade de acontecimentos.

Às 22:41, ou há 245 milhões de anos, tem início o Mesozóico, a era dos répteis, quando ocorre a formação e posterior separação do supercontinente Pangéia. Os dinossauros dominarão a terra por 160 milhões de anos, ou, no nosso “dia”, 58 minutos. Isso porque às 23 horas e 39 minutos um meteoro gigantesco atinge o sul do México causando uma enorme nuvem de poeira na atmosfera, o que impede a realização de fotossíntese pelas plantas, afetando toda cadeia alimentar e, conseqüentemente, determinando a extinção da metade das espécies existentes, inclusive os poderosos e, agora, famintos dinossauros.

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Agora que faltam 20 minutos para nosso “dia” acabar, entramos na Era Cenozóica, era dos mamíferos, especialmente de um muito novo, que reina até hoje. Nesses 20 minutos, ou, para quem gosta de números grandiosos, 65 milhões de anos, teremos diversas modifi cações geomorfológicas e climáticas, que alterarão os ecossistemas, determinando, como sempre, necessidade de adaptações.

Por falar nelas, às 23 horas 59 minutos e 57 segundos, ou há 150 mil anos, teremos fi nalmente o aparecimento do Homo sapiens, que passará a controlar amplamente o planeta, dominando todas as espécies em todas as áreas, e com o mundo inteiro como hábitat. Infelizmente, com todo esse poder, esse último personagem a entrar em cena causará muita destruição no cenário dessa longa história que acabamos de contar. Um grande estrago, para quem chegou há tão pouco tempo.

Ano: 1999Habilidade: 12

Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos, com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a fl orescer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo do planeta!

O texto acima, ao estabelecer um paralelo entre a idade da Terra e a de uma pessoa, pretende mostrar que:

(A) a agricultura surgiu logo em seguida aos vegetais, perturbando desde então seu desenvolvimento;

(B) o ser humano só se tornou moderno ao dominar a agricultura e a indústria, em suma, ao poluir;

(C) desde o surgimento da Terra, são devidas ao ser humano todas as transformações e perturbações;

(D) o surgimento do ser humano e da poluição é cerca de dez vezes mais recente que o do nosso planeta;

(E) a industrialização tem sido um processo vertiginoso, sem precedentes em termos de dano ambiental.

Gabarito – Letra E. O texto nos mostra como o ser humano é um animal recente no planeta, faz alusão à nossa evolução tecnológica, indicando a criação ainda mais recente das máquinas e da industrialização, que, no entanto, causam danos ambientais numa escala jamais vista.

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9 – Uma Leitura Interessante e Necessária

Evolução é o processo de mudança permanente que vem transformando a vida na Terra desde o seu princípio mais simples até à sua diversidade existente. A evolução ocorre através de mudanças nos genes, as “instruções” para “construir” os organismos. Quando um ser vivo se reproduz, pequenas mudanças aleatórias nos seus genes fazem com que o seu descendente seja diferente dele próprio. Por vezes estas mudanças aumentam a probabilidade de um descendente sobreviver o tempo sufi ciente para se reproduzir; e assim, os genes responsáveis por essa característica benefi cial são transmitidos aos fi lhos, tornando-se mais comuns na próxima geração. As mudanças que não ajudam os organismos a se reproduzir poderão tornar-se mais raras ou serão eventualmente eliminadas da população. O aumento ou diminuição da abundância relativa de um gene devido à sua aptidão é chamada de seleção natural. Através da seleção natural, populações de organismos vão mudando lentamente ao longo do tempo à medida que vão se adaptando a mudanças no seu ambiente.

Evolução é a acumulação de mudanças através de sucessivas gerações de organismos que resultam na emergência de novas espécies. Desde a origem da vida, a evolução transformou a primeira espécie (o ancestral comum de todos os seres vivos) num enorme número de espécies diferentes.

A biologia evolutiva, o ramo da ciência que estuda a evolução, tem providenciado uma melhor compreensão deste processo. Por exemplo, o estudo efetuado por Gregor Mendel com plantas demonstrou que a fonte de variação entre organismos é hereditária, descobrindo o que agora conhecemos como genética. A descoberta da estrutura molecular do DNA combinada com os avanços no campo da genética populacional levou a uma maior compreensão do modo como as novas espécies se desenvolvem a partir das formas ancestrais, um componente importante da evolução conhecida como especiação.

A teoria da evolução é o alicerce de quase toda a investigação em biologia e também muito do que se faz em biologia molecular, paleontologia e taxonomia.

A evolução é uma das teorias mais bem suportada de toda a ciência e substanciada por uma grande quantidade de evidências científi cas. Contudo, apesar de a teoria geral ser consensual, continua a haver debate sobre pormenores nos mecanismos de mudança.

Em biologia, evolução é a mudança das características hereditárias de uma população de uma geração para outra. Este processo faz com que as populações de organismos mudem ao longo do tempo. Características hereditárias são a expressão gênica de genes que são passados aos descendentes durante a reprodução. Mutações em genes podem produzir características novas ou alterar características que já existiam, resultando no aparecimento de diferenças hereditárias entre organismos. Estas novas características também podem surgir da transferência de genes entre populações, como resultado de migração, ou entre espécies, resultante de transferência horizontal de genes. A evolução ocorre quando estas diferenças hereditárias tornam-se mais comuns ou raras numa população, quer de maneira não-aleatória através de seleção natural ou aleatoriamente através de deriva genética.

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A seleção natural é um processo pelo qual características hereditárias que contribuem para a sobrevivência e reprodução se tornam mais comuns numa população, enquanto que características prejudiciais tornam-se mais raras. Isto ocorre porque indivíduos com características vantajosas têm mais sucesso na reprodução, de modo que mais indivíduos na próxima geração herdam estas características. Ao longo de muitas gerações, adaptações ocorrem através de uma combinação de mudanças sucessivas, pequenas e aleatórias nas características, e seleção natural das variantes mais adequadas ao seu ambiente. Em contraste, a deriva genética produz mudanças aleatórias na freqüência das características numa população. A deriva genética surge do papel que o acaso joga na probabilidade de um determinado indivíduo sobreviver e reproduzir-se.

Uma espécie pode ser defi nida como um grupo de organismos que se podem reproduzir uns com os outros e produzir descendência fértil. No entanto, quando uma espécie está separada em várias populações que não se podem cruzar, mecanismos como mutações, deriva genética e a seleção de características novas, provocam a acumulação de diferenças ao longo de gerações e a emergência de novas espécies. As semelhanças entre organismos sugere que todas as espécies conhecidas descenderam de um ancestral comum (ou pool genético ancestral) através deste processo de divergência gradual.

Estudos do registro fóssil e da diversidade dos seres vivos convenceram os cientistas a partir de meados do século dezenove que as espécies mudam ao longo do tempo. Contudo, o mecanismo que levou a estas mudanças permaneceu pouco claro até a publicação do livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies, detalhando a teoria de evolução por seleção natural. O trabalho de Darwin levou rapidamente à aceitação da evolução pela comunidade científi ca.

Na década de 1930, a seleção natural darwiniana, foi combinada com a hereditariedade mendeliana para formar a síntese evolutiva moderna, em que foi feita a ligação entre as unidades de evolução (genes) e o mecanismo de evolução (seleção natural). Esta teoria com um grande poder preditivo e explanatório tornou-se o pilar central da biologia moderna, oferecendo uma explicação unifi cadora para toda a diversidade da vida na Terra.

A evolução humana é o processo de mudança e desenvolvimento, ou evolução, pelo qual os seres humanos emergiram como uma espécie distinta. É tema de um amplo questionamento científi co que busca entender e descrever como a mudança e o desenvolvimento acontecem. O estudo da evolução humana engloba muitas áreas da ciência, como a Psicologia Evolucionista, a Biologia Evolutiva, a Genética e a Antropologia Física. O termo “humano”, no contexto da evolução humana, refere-se ao gênero Homo.

Extraído do site www.pt.wikipedia.org.

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9 – Material GenéticoAs unidades de informação dos organismos são os genes, localizados nos cromossomos. Nossa espécie tem

cerca de 30 000 genes em 46 cromossomos. Cada gene possui informações que orientam a fabricação de uma determinada proteína. Estas informações determinam a seqüência de aminoácidos da proteína. Apenas 20 tipos diferentes de aminoácidos são utilizados pelos organismos para formarem conjuntos distintos de proteínas.

Os genes são trechos de moléculas de ácido desoxirribonucléico ou, simplesmente, DNA. Este é formado por duas cadeias de desoxirribonucleotídeos. Cada um desses nucleotídeos possui um açúcar, um fosfato e uma base nitrogenada. O açúcar do DNA é a desoxirribose e suas bases são: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T). A timina é exclusiva do DNA.

O DNA é uma molécula capaz de se reproduzir. Ela se duplica ou replica antes de cada divisão da célula. Os dois fi lamentos se afastam e cada um deles forma um complemento. Ao fi nal do processo existem duas moléculas de DNA idênticas entre si e idênticas à molécula inicial. Cada uma das moléculas fi lhas tem uma fi ta original e outra nova.

A expressão de um gene ocorre através de uma transcrição e de uma tradução. Transcrição é a passagem das informações contidas no gene para moléculas de ácido ribonucléico ou, simplesmente, RNA, neste caso, o RNA mensageiro. Tradução é a passagem das informações contidas no RNA para ser decodifi cada ao nível dos ribossomos, originando proteínas.

RNA é formado por apenas uma cadeia de ribonucleotídeos. Cada um desses nucleotídeos possui um açúcar, um fosfato e uma base nitrogenada. O açúcar do RNA é a ribose e suas bases são: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e uracila (U). A uracila é exclusiva do RNA.

A expressão dos genes é regulada. Células diferentes do mesmo organismo têm os mesmos genes, o mesmo genoma. No entanto, alguns genes estão ligados, ativos e serão transcritos, e outros estão desligados, inativos e não serão transcritos. É por isso que células diferentes do mesmo indivíduo têm coleções distintas de proteínas. Esse é o processo de diferenciação celular.

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Ano: 1999Habilidade: 13

A seqüência abaixo indica de maneira simplifi cada os passos seguidos por um grupo de cientistas para a clonagem de uma vaca:

I. Retirou-se um óvulo da vaca Z. O núcleo foi desprezado, obtendo-se um óvulo anucleado.

II. Retirou-se uma célula da glândula mamária da vaca W. O núcleo foi isolado e conservado, desprezando-se o resto da célula.

III. O núcleo da célula da glândula mamária foi introduzido no óvulo anucleado. A célula reconstituída foi estimulada para entrar em divisão.

IV. Após algumas divisões, o embrião foi implantado no útero de uma terceira vaca Y, mãe de aluguel. O embrião se desenvolveu e deu origem ao clone.

Considerando-se que os animais Z, W e Y não têm parentesco, pode-se afi rmar que o animal resultante da clonagem tem as características genéticas da vaca:

(A) Z, apenas;(B) W, apenas;(C) Y, apenas;(D) Z e da W, apenas;(E) Z, W e Y.

Gabarito – Letra B. As características genéticas serão da vaca W, embora o material genético citoplasmático (mitocondrial) seja da vaca Z.

Mutações GênicasRadiações naturais podem causar supressão ou

acréscimo de uma base nitrogenada em um gene. Isso altera a linguagem do código genético e pode alterar a proteína produzida.

Essas mutações podem atingir qualquer cromossomo, qualquer gene, são imprevisíveis e casuais. São mais importantes quando atingem células das glândulas sexuais, pois os gametas podem passar a ter gametas alterados, afetando os descendentes. O sucesso evolutivo das mutações depende do ambiente e da seleção natural.

Mutações CromossomiaisNão alteram a estrutura e a composição química

dos genes. Alteram a forma, o tamanho e o número de cromossomos.

Podem originar indivíduos com alterações, como na Síndrome de Turner, em que mulheres possuem apenas um cromossomo X; na Síndrome de Klinefelter, em que homens possuem mais de um cromossomo X, além do Y; e na Síndrome de Down, com indíviduos portadores de um cromossomo 21 a mais, etc.

A primeira vaca clonada na Malásia (2003)

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Se a vaca Y, utilizada como “mãe de aluguel”, for a mãe biológica da vaca W, a porcentagem de genes da “mãe de aluguel”, presente no clone, será:

(A) 0%

(B) 25%

(C) 50%

(D) 75%

(E) 100%

Ano: 2001Habilidade: 13

“Os progressos da medicina condicionaram a sobrevivência de número cada vez maior de indivíduos com constituições genéticas que só permitem o bem-estar quando seus efeitos são devidamente controlados através de drogas ou procedimentos terapêuticos. São exemplos os diabéticos e os hemofílicos, que só sobrevivem e levam vida relativamente normal ao receberem suplementação de insulina ou do fator VIII da coagulação sanguínea”.

SALZANO,M. Francisco. Ciência Hoje: SBPC: 21(125), 1996.

Essas afi rmações apontam para aspectos importantes que podem ser relacionados à evolução humana.Pode-se afi rmar que, nos termos do texto:

(A) os avanços da medicina minimizam os efeitos da seleção natural sobre as populações;(B) os usos da insulina e do fator VIII da coagulação sangüínea funcionam como agentes modifi cadores do

genoma humano;(C) as drogas medicamentosas impedem a transferência do material genético defeituoso ao longo das

gerações;(D) os procedimentos terapêuticos normalizam o genótipo dos hemofílicos e diabéticos;(E) as intervenções realizadas pela medicina interrompem a evolução biológica do ser humano.

Gabarito – Letra A. A intervenção do homem pode acarretar seleções artifi ciais, minimizando os efeitos da seleção natural sobre as populações.

Ano: 1999Habilidade: 13

Gabarito – Letra C. Se a vaca Y for a mãe biológica da vaca W, o clone terá 50% de genes dela (mãe) e 50% serão paternos.

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A identifi cação da estrutura do DNA foi fundamental para compreender seu papel na continuidade da vida. Na década de 1950, um estudo pioneiro determinou a proporção das bases nitrogenadas que compõem moléculas de DNA de várias espécies.

EXEMPLOS DE MATERIAIS ANALISADOS

BASES NITROGENADAS

ADENINA GUANINA CITOSINA TIMINA

ESPERMATOZÓIDE HUMANO 30,7% 19,3% 18,8% 31,2%

FÍGADO HUMANO 30,4% 19,5% 19,9% 30,2%

MEDULA ÓSSEA DE RATO 28,6% 21,4% 21,5% 28,5%

ESPERMATOZÓIDE DE OURIÇO-DE-MAR 32,8% 17,7% 18,4% 32,1%

PLÂNTULAS DE TRIGO 27,9% 21,8% 22,7% 27,6%

BACTÉRIA E. COLI 26,1% 24,8% 23,9% 25,1%

A comparação das proporções permitiu concluir que ocorre emparelhamento entre as bases nitrogenadas e que elas formam:

(A) pares de mesmo tipo em todas as espécies, evidenciando a universalidade da estrutura do DNA;(B) pares diferentes de acordo com a espécie considerada, o que garante a diversidade da vida;(C) pares diferentes em diferentes células de uma espécie, como resultado da diferenciação celular;(D) pares específi cos apenas nos gametas, pois essas células são responsáveis pela perpetuação das espécies;(E) pares específi cos somente nas bactérias, pois esses organismos são formados por uma única célula.

Gabarito – Letra A. Na composição química do DNA, encontramos os nucleotídeos, que apresentam na sua constituição bases nitrogenadas que são complementares. Essas ligações complementares são específi cas e sempre se formam com a adenina se ligando à timina, e a guanina se ligando à citosina. Como esse complemento é obrigatório em qualquer ser vivo, os pares iguais serão formados em qualquer estrutura que tenha DNA, evidenciando a universalidade dessa molécula de DNA.

Ano: 2004Habilidade: 11

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Ano: 2004Habilidade: 13

Programas de reintrodução de animais consistem em soltar indivíduos, criados em cativeiro, em ambientes onde sua espécie se encontra ameaçada ou extinta.

O mico-leão-dourado da Mata Atlântica faz parte de um desses programas. Como faltam aos micos criados em cativeiro habilidades para sobreviver em seu habitat, são formados grupos sociais desses micos com outros capturados na natureza, antes de soltá-los coletivamente.

O gráfi co mostra o número total de animais, em uma certa região, a cada ano, ao longo de um programa de reintrodução desse tipo.

A análise do gráfi co permite concluir que o sucesso do programa deveu-se:

(A) à adaptação dos animais nascidos em cativeiro ao ambiente natural, mostrada pelo aumento do número de nascidos na natureza;

(B) ao aumento da população total, resultante da reintrodução de um número cada vez maior de animais;(C) à eliminação dos animais nascidos em cativeiro pelos nascidos na natureza, que são mais fortes e

selvagens;(D) ao pequeno número de animais reintroduzidos, que se mantiveram isolados da população de nascidos na

natureza;(E) à grande sobrevivência dos animais reintroduzidos, que compensou a mortalidade dos nascidos na

natureza.

Gabarito – Letra A. A análise do gráfi co permite uma interpretação da relação entre os indivíduos nascidos em cativeiros e os que nasceram em meio natural, e que os animais nascidos em cativeiro, quando colocados em meio natural, conseguem se adaptar bem a este novo meio, já que a quantidade de indivíduos novos que nascem em ambiente natural a partir desses indivíduos aumentou.

Font

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Ano: 2005Habilidade: 13

Há quatro séculos alguns animais domésticos foram introduzidos na Ilha da Trindade como “reserva de alimento”.

Porcos e cabras soltos davam boa carne aos navegantes de passagem, cansados de tanto peixe no cardápio. Entretanto, as cabras consumiram toda a vegetação rasteira e ainda comeram a casca dos arbustos sobreviventes. Os porcos revolveram raízes e a terra na busca de semente. Depois de consumir todo o verde, de volta ao estado selvagem, os porcos passaram a devorar qualquer coisa: ovos de tartarugas, de aves marinhas, caranguejos e até cabritos pequenos.

Com base nos fatos acima, pode-se afi rmar que:

(A) a introdução desses animais domésticos trouxe, com o passar dos anos, o equilíbrio ecológico;(B) o ecossistema da Ilha da Trindade foi alterado, pois não houve uma interação equilibrada entre os seres vivos;(C) a principal alteração do ecossistema foi a presença dos homens, pois animais nunca geram desequilíbrios no

ecossistema;(D) o desequilíbrio só apareceu quando os porcos começaram a comer os cabritos pequenos;(E) o aumento da biodiversidade, a longo prazo, foi favorecido pela introdução de mais dois tipos de animais na ilha.

Gabarito – Letra B. Quando o homem levou outros animais para a região, provocou um desequilíbrio ecológico, desestabilizando o equilíbrio natural existente entre a fl ora e a fauna locais.

Ano: 2005Habilidade: 12

A Embrapa possui uma linhagem de soja transgênica resistente ao herbicida IMAZAPIR. A planta está passando por testes de segurança nutricional e ambiental, processo que exige cerca de três anos. Uma linhagem de soja transgênica requer a produção inicial de 200 plantas resistentes ao herbicida e destas são selecionadas as dez mais “estáveis”, com maior capacidade de gerar descendentes também resistentes. Esses descendentes são submetidos a doses de herbicida três vezes superiores às aplicadas nas lavouras convencionais. Em seguida, as cinco melhores são separadas e apenas uma delas é levada a testes de segurança. Os riscos ambientais da soja transgênica são pequenos, já que ela não tem possibilidade de cruzamento com outras plantas e o perigo de polinização cruzada com outro tipo de soja é de apenas 1%.

A soja transgênica, segundo o texto, apresenta baixo risco ambiental porque:

(A) a resistência ao herbicida não é estável e assim não passa para as plantas-fi lhas;

(B) as doses de herbicida aplicadas nas plantas são 3 vezes superiores às usuais;

(C) a capacidade da linhagem de cruzar com espécies selvagens é inexistente;

(D) a linhagem passou por testes nutricionais e após três anos foi aprovada;

(E) a linhagem obtida foi testada rigorosamente em relação a sua segurança.

Gabarito – Letra C. Um dos perigos dos organismos geneticamente modifi cados (transgênicos) é que eles cruzem com espécies selvagens, pois, caso isso ocorra, não se tem controle sobre possíveis resultados ou conseqüências, o que aumentaria o risco ambiental. Dessa forma, a incapacidade da linhagem transgênica de cruzar com espécies selvagens acaba por representar um fator de baixo risco ambiental.

Font

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Questão 01Questão 01Foram feitas comparações entre DNA e proteínas da espécie humana com DNA e proteínas de diversos primatas. Observando a árvore fi logenética, você espera que os dados bioquímicos tenham apontado, entre os primatas atuais, como nosso parente mais próximo, o:

(A) Australopithecus; (B) Chimpanzé; (C) Ramapithecus;(D) Gorila;(E) Orangotango.

Questão 02Questão 02Se fosse possível a uma máquina do tempo percorrer a evolução dos primatas em sentido contrário, aproximadamente quantos milhões de anos precisaríamos retroceder, de acordo com a árvore fi logenética apresentada, para encontrar o ancestral comum do homem e dos macacos antropóides (gibão, orangotango, gorila e chimpanzé)?

(A) 5 (B) 10 (C) 15(D) 30(E) 60

Questão 03Questão 03Uma expedição de paleontólogos descobre em um determinado extrato geológico marinho uma nova espécie de animal fossilizado. No mesmo extrato, foram encontrados artrópodes xifosuras e trilobitas, braquiópodos e peixes ostracodermos e placodermos.

O esquema acima representa os períodos geológicos em que esses grupos viveram. Observando esse esquema, os paleontólogos concluíram que o período geológico em que haviam encontrado essa nova espécie era o Devoniano, tendo ela uma idade estimada entre 405 milhões e 345 milhões de anos.

Destes cinco grupos de animais que estavam associados à nova espécie, aquele que foi determinante para a defi nição do período geológico em que ela foi encontrada é:

(A) xifosura, grupo muito antigo, associado a outros animais;

(B) trilobita, grupo típico da Era Paleozóica;

(C) braquiópodo, grupo de maior distribuição geológica;

(D) ostracodermo, grupo de peixes que só aparece até o Devoniano;

(E) placodermo, grupo que só existiu no Devoniano.

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Questão 04Questão 04As mudanças evolutivas dos organismos resultam de alguns processos comuns à maioria dos seres vivos. É um processo evolutivo comum a plantas e animais vertebrados:

(A) movimento de indivíduos ou de material genético entre populações, o que reduz a diversidade de genes e cromossomos;

(B) sobrevivência de indivíduos portadores de determinadas características genéticas em ambientes específi cos;

(C) aparecimento, por geração espontânea, de novos indivíduos adaptados ao ambiente;

(D) aquisição de características genéticas transmitidas aos descendentes em resposta a mudanças ambientais;

(E) recombinação de genes presentes em cromossomos do mesmo tipo durante a fase da esporulação.

Questão 05Questão 05As áreas numeradas no gráfi co mostram a composição em volume, aproximada, dos gases na atmosfera terrestre, desde a sua formação até os dias atuais.

Adaptado de The Random House Encyclopedias, 3nd., 1990.

Considerando apenas a composição atmosférica, isolando outros fatores, pode-se afi rmar que:

I. não podem ser detectados fósseis de seres aeróbicos anteriores a 2,9 bilhões de anos;

II. as grandes fl orestas poderiam ter existido há aproximadamente 3,5 bilhões de anos;

III. o ser humano poderia existir há aproximadamente 2,5 bilhões de anos;

É correto o que se afi rma em:

(A) I, apenas;(B) II, apenas;(C) I e II, apenas;(D) II e III, apenas;(E) I, II e III.

Questão 06Questão 06Segundo a explicação mais difundida sobre o povoamento da América, grupos asiáticos teriam chegado a esse continente pelo Estreito de Bering, há 18 mil anos. A partir dessa região, localizada no extremo noroeste do continente americano, esses grupos e seus descendentes teriam migrado, pouco a pouco, para outras áreas, chegando até a porção sul do continente. Entretanto, por meio de estudos arqueológicos realizados no Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí), foram descobertos vestígios da presença humana que teriam até 50 mil anos de idade.Validadas, as provas materiais encontradas pelos arqueólogos no Piauí:

(A) comprovam que grupos de origem africana cruzaram o oceano Atlântico até o Piauí há 18 mil anos;

(B) confi rmam que o homem surgiu primeiramente na América do Norte e, depois, povoou os outros continentes;

(C) contestam a teoria de que o homem americano surgiu primeiro na América do Sul e, depois, cruzou o Estreito de Bering;

(D) confi rmam que grupos de origem asiática cruzaram o Estreito de Bering há 18 mil anos;

(E) contestam a teoria de que o povoamento da América teria iniciado há 18 mil anos.

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Questão 07Questão 07

Considerando o esquema anterior, assinale a opção correta:

(A) Quando os primeiros hominídeos apareceram na Terra, os répteis já existiam havia mais de 500 milhões de anos.(B) Quando a espécie Homo sapiens surgiu no planeta, América do Sul e África estavam fi sicamente unidas.(C) No Pré-Cambriano, surgiram, em meio líquido, os primeiros vestígios de vida no planeta.(D) A fragmentação da Pangéia ocasionou o desaparecimento dos dinossauros.(E) A Era Mesozóica durou menos que a Cenozóica.

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Leia os textos a seguir, colhidos na internet:

I

“Com o reconhecimento do potencial da biodiversidade brasileira nos últimos anos, aliada às problemáticas da grande extensão territorial do país, falta de recursos para fi scalizá-la, escassez de recursos naturais no restante do mundo, e a baixa conscientização de sua importância científi co-econômica vem-se facilitando a biopirataria, que é o comércio ilegal da biodiversidade, e só poderá ser controlada se houver simultânea retração das atividades que degradam os habitats, ou impedem sua conservação ou recuperação. Para que isso aconteça, é necessário que as últimas sejam mais vantajosas que as primeiras, o que requer a intervenção pública para estímulo e adoção.”

(Michelliny de Matos Bentes, pesquisadora da Embrapa Rondônia – Trecho do artigo “Bioprospecção da biodiversidade: princípios e ações para o uso sustentável)

www.cpafro.embrapa.br/embrapa/Artigos/Artigos.htm

II

“O estudo da biodiversidade tem relação direta para a preservação ou conservação das espécies, pois entendendo a vida como um todo teremos mais condições de preservá-la.

(...)Sem a conservação da biodiversidade não há garantia de sobrevivência da grande maioria das espécies de animais

e vegetais, ante a interdependência e conseqüentemente não poderá haver um desenvolvimento sustentável, pois a humanidade perderá fontes vitais de recursos para a sua sustentação.

(...)Portanto, é necessário que se tomem providências urgentes no sentido de desenvolver em todos os cidadãos uma

consciência ecológica, voltada para a criação de uma sociedade moderna. Além disso, sem o conhecimento real da importância da biodiversidade e projetos concretos e aplicados de desenvolvimento sustentável, as chances de sobrevivência da humanidade estarão totalmente comprometidas.

(Antônio Silveira Ribeiro dos Santos, Juiz de direito em São Paulo. Criador do Programa Ambiental: A Última Arca de Noé)

(www.aultimaarcadenoe.com)

III

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

(Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05/10/1988. São Paulo: RT, 6ª ed., 2001.)

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IV

“A solidariedade entre as pessoas e a mudança de comportamento são alternativas que poderão ajudar a conservar a biodiversidade do Planeta. Cada indivíduo precisa estar ciente de que a vida e a sua manutenção depende de suas ações. Todos somos responsáveis pela vida do Planeta e todas as vidas dependem de boas atitudes. O conforto ambiental vale para o coletivo, enquanto que o conforto material é individual.”(Noeli Terezinha Falcade, “Educação Ambiental – possibilidades e atitudes de

preservação”, fragmento) http://www.seifai.edu.br/artigos/educacao_ambiental

Noeli_Falcade.pdf

V

“Só uma sociedade bem informada a respeito da riqueza, do valor e da importância da biodiversidade é capaz de preservá-la.”

(Washington Novaes) http://www.tvcultura.com.br/reportereco/artigo.asp?artigoid=108

VI

“O homem moderno desmonta e degrada sistematicamente a Ecosfera, isto é, a grande unidade funcional do Caudal da Vida. Não somente estraga, uma a uma, as peças da engrenagem, mas ainda joga areia no mecanismo, difi cultando seu funcionamento e preparando o colapso.

Está claro que a espécie humana não poderá continuar por muito tempo com a sua cegueira ambiental e com sua falta de escrúpulos na exploração da Natureza. Tudo tem seu preço, e, quanto maior o abuso, maior será o preço.

Devemos compreender que a Ecosfera é uma unidade funcional onde todas as peças são complementares de todas as demais. Não podemos causar danos apenas locais. Tudo está ligado com tudo.

À medida que explode a população, implode a capacidade de manutenção desta população.

Se destruirmos os oceanos, acabaremos destruindo a nós mesmos.”

(José A. Lutzenberger – retirado do livro “Do Jardim ao Poder”) http://www.agirazul.com.br/artigos/quelutz.htm

Proposta de Redação:

Com base nestes fragmentos e no inteiro teor do presente fascículo, construa um texto dissertativo com o seguinte tema:

As atitudes de cidadania na defesa da preservação do meio ambiente

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as refl exões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Recomendações do ENEM:

• Seu texto deve ser escrito na modalidade-padrão da língua portuguesa.• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.• O texto com até 15 (quinze) linhas escritas será considerado texto em branco.• O ENEM admite que o candidato faça o rascunho na última página do caderno de provas, devendo a

redação ser passada a limpo na folha própria e escrita a tinta.

Gabarito

FASCÍCULO 08

1) B 2) C 3) E 4) B

5) A 6) E 7) C 8) x

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