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ENCONTRO 2 Transporte Marítimo

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ENCONTRO 2Transporte Marítimo

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21LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Encontro 2: Transporte Marítimo

ENCONTRO 2 – Transporte Marítimo

TÓPICO 1: Contextualizando o encontro

Competências a serem desenvolvidas

Neste encontro serão criadas as condições para que você desenvolva competências para:

• Conhecer as características básicas e os principais custos e agentes envolvidos no transporte marítimo internacional.

• Refletir sobre a importância do transporte marítimo para a sua empresa e o comércio internacional.

• Selecionar as informações necessárias para decidir sobre a viabilidade de utilização do transporte marítimo em sua empresa.

TÓPICO 2: Desafio do encontro

Olá! Em nosso encontro anterior, você compreendeu a importância das atividades de logística para a competitividade das empresas. Também conheceu os custos e elementos que influenciam na logística internacional.

Neste encontro iremos explorar as características do “Transporte Marítimo”.

Pronto para começar?

Vamos começar mais um encontro de aprendizagem. E então, você está preparado para um novo desafio?

Desafio do Encontro 1. Você conhece as vantagens e desvantagens de se utilizar o transporte marítimo?2. Você sabe qual a importância do transporte marítimo para o comércio internacional?

Registre sua resposta no Bloco de Notas do Ambiente Virtual.Para acessar, utilize o Portal Pessoal.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Reflexão Agora pense! Você está seguro de sua resposta? Respondeu com facilidade?

Caso sua resposta às perguntas tenha sido “não” ou “fiquei em dúvida”, certamente este encontro será muito importante para você!

Bom estudo!

TÓPICO 3: Sala de aula

Prof. Marcos: Olá, meus amigos! Sejam bem-vindos ao nosso segundo encontro. Vocês sabem qual é o transporte mais utilizado no mundo?Renato: Eu acho que é o transporte marítimo.Prof. Marcos: Você está certo, Renato. O transporte marítimo responde por mais de 90% das operações de transporte. Além disso, é um dos meios de transporte mais antigos e um dos que mais evoluíram ao longo do tempo.Flávia: E como foi notada essa evolução?Prof. Marcos: Por meio do aperfeiçoamento obtido pela utilização crescente dos contêineres na unitização de carga e de outros equipamentos que surgiram no decorrer da evolução da logística. Os portos desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e marítimos. Possuem, ainda, a função adicional de amortecer o impacto do fluxo de cargas no sistema viário local por meio da armazenagem e da distribuição física.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Rodolfo: Entendo, professor. Realmente pode se perceber várias melhorias no transporte marítimo!Cecílio: Muito interessantes todas essas melhorias e também a quantidade de uso do transporte marítimo. Mas assim como todos os transportes, ele deve ter suas vantagens e desvantagens, não é professor?Prof. Marcos: Sim, Cecílio! Você tem razão. Vamos conhecer as vantagens e desvantagens nos próximos tópicos.

Conheça algumas das vantagens do transporte marítimo:

TÓPICO 4: Vantagens do transporte marítimo

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Por outro lado, podem ser apontadas como desvantagens:

TÓPICO 5: Desvantagens do transporte marítimo

Dica Cabe ao empresário exportador analisar cuidadosamente a sua necessidade, para a contratação do melhor transporte para o seu produto.

TÓPICO 6: Agentes intervenientesExistem vários agentes intervenientes na operação de transporte marítimo. Veja, a seguir, alguns deles:

Armador (owner): é uma pessoa jurídica proprietária ou arrendadora de navios que são utilizados para o transporte de cargas de um porto a outro;Agências marítimas: são as representantes dos armadores em cada porto, os prepostos do armador no porto;Despachante aduaneiro: é o representante do exportador ou do importador, incumbido de promover o despacho e desembaraço aduaneiro de exportação ou de importação;Corretores de carga (brokers): são empresas que agenciam cargas para os transportadores. Muitas vezes, nos lugares menores, os agentes marítimos desempenham essa função;Operadores portuários: são empresas credenciadas para realizar estiva, desestiva e capatazia de mercadorias, contratadas pelos armadores;Consolidador de carga: são empresas que recebem cargas para unitização e execução da logística de transporte. Unitização é um procedimento de acondicionar várias cargas ou mercadorias numa unidade de carga, como, por exemplo, num contêiner.

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25LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Encontro 2: Transporte Marítimo

TÓPICO 7: Estrutura administrativa federal

No Brasil, a administração do setor de transportes está estruturada por alguns órgãos, como:

Ministério dos Transportes

É o órgão máximo responsável pelas modalidades de transportes terrestres e aquaviários. Suas atribuições compreendem legislar, conceder, controlar, fiscalizar, promover e intervir em todos os aspectos relativos aos transportes terrestres e aquaviários.

Comando da Marinha

Por meio dos Distritos Navais, Capitanias dos Portos e da Diretoria de Hidrografia e Navegação proporciona informações e orienta as embarcações, zela pela segurança do tráfego aquaviário e protege as águas jurisdicionais brasileiras.

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

É o órgão executor da política de transportes determinada pelo governo federal, exercendo funções relativas à construção, manutenção e operação de infraestrutura dos segmentos do sistema federal de viação sob administração direta da União nos modais rodoviário, ferroviário e aquaviário.

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)

É uma agência reguladora, a quem cabe regrar e fiscalizar a atividade portuária, conciliando interesses públicos e privados.

Para mais informações sobre cada órgão, visite os sites:

Ministério dos Transportes – www.transportes.gov.br

Comando da Marinha – www.mar.mil.br

DNIT – www.dnit.gov.br

ANTAQ – www.antaq.gov.br

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Encontro 2: Transporte Marítimo

TÓPICO 8: Organização do mercado

No mercado de transporte marítimo há vários tipos de agentes transportadores. Saiba mais, a seguir:

Conferências de frete: é a reunião de empresas armadoras que exploram uma mesma rota e que, de comum acordo, adotam uma tarifa uniforme de fretes, bem como uma política comum. São suas características a estabilidade e a uniformidade das tarifas; a regularidade na frequência dos navios e a diversificação de equipamentos.

Outsiders: são armadores não-conferenciados, e não-vinculados a acordos de frete. No oferecimento dos serviços, podem manter regularidade (regulares) ou não mantê-la (não-regulares).

Tramps: são os navios que não mantêm qualquer regularidade ou frequência e, assim, podem ser contratados para o transporte de carga, para qualquer lugar, em qualquer tempo.

Acordos bilaterais/acordos de fretes: são negociações celebradas entre governos para reserva de utilização obrigatória de navios nacionais, até determinados percentuais do volume de transporte realizado entre eles.

O transporte marítimo está dividido em três categorias. Confira a seguir!

TÓPICO 9: Categorias de transporte

Veja o que o Prof. Marcos tem a dizer:

No próximo tópico, veja os tipos de navios que podem ser utilizados no transporte de merca-dorias.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Os navios são construídos de forma adequada à natureza da carga a ser transportada (embalada e unitizada, embalada fracionada, granel sólido, granel líquido etc.), ou em relação à unidade de carga a ser utilizada, com o objetivo de atender a necessidades específicas.

Conheça, abaixo, os principais tipos de navios.

TÓPICO 10: Tipos de navios

Cargueiro convencional: Para o transporte de carga geral, com os porões divididos, de forma a atender a diferentes tipos de carga.

Graneleiro: Visando ao transporte de granéis sólidos (geralmente tem baixo custo operacional).

Tanque: Destina-se ao transporte de granéis líquidos.

Fullcontainer ship ou porta-contêiner: Exclusivo para o transporte de contêineres, que são alocados através de encaixes perfeitos.

Roll-on/roll-off: Apropriado para o transporte de veículos, que são embarcados e desembarcados, por meio de rampas, com os seus próprios movimentos. Pode propiciar aconjugação com o transporte terrestre, ao carregar a própria carreta ou o contêiner sobre rodas (boogies).

Lash ou porta-barcaças: Projetado para operar em portos congestionados, transporta, em seu interior, barcaças com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3, cada uma, as quais são embarcadas e desembarcadas na periferia do porto.

Sea-bea: É o mais moderno tipo de navio mercante, pois pode acomodar barcaças e converter-se em graneleiro ou porta-contêiner.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

TÓPICO 11: Portos

Existem no Brasil 46 portos e 124 terminais privados, segundo pesquisa do Centro de Estudos de Logística do Coppead/UFRJ de 2007. Nos últimos anos tem ocorrido a modernização dos portos brasileiros, com melhorias significativas na eficiência das operações portuárias e au-mento constante do volume de carga transportado por esse modal. Veja o Anexo 2 para saber um pouco mais sobre a modernização dos portos.

Há diferenças muito grandes na eficiência dos portos brasileiros. Saiba como as empresas exportadoras avaliam os portos no Brasil.

TÓPICO 12: Composição do Custo do Transporte Marítimo

Os custos do transporte são influenciados por algumas características. Veja algumas delas.

No anexo I, você encontrará um material mais completo sobre os tipos de navios.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

A tarifa do transporte marítimo é determinada por mercadoria e, quando o produto não está identificado nas tabelas, é cobrado o frete NOS (Not Otherwise Specified), que representa o maior valor existente no respectivo item do tarifário.

Segundo estimativas do ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain, em média, o frete marítimo internacional é responsável por 52% do custo total (ou seja, do “Custo Cadeia”), a transferência da fábrica ao porto por 24% e a operação portuária pelos outros 24%.

Ao se decidir pelo transporte marítimo, o exportador deve levar em conta o chamado “Custo Cadeia”, que se refere às várias atividades envolvidas em transportar a carga desde a origem ao destino final. A figura seguinte mostra os componentes do “Custo Cadeia”:

TÓPICO 13: Composição do Custo do Transporte Marítimo

No frete básico o valor é cobrado segundo o peso ou volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre o que propiciar maior receita ao armador. Alguns adicionais costumam ser cobrados. Veja mais detalhes a seguir:

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Encontro 2: Transporte Marítimo

a) Ad-valorem: cobrado sobre o valor em mercadorias de alto valor unitário (valor que excede a US$ 1,000 por tonelada), podendo substituir o frete básico ou complementar seu valor.b) Sobretaxa: cobrada sobre a tarifa básica, conforme o caso:

▪ Taxa de combustível (bunker surcharge): percentual aplicado sobre o frete básico, destinado a cobrir custos com aumentos extraordinários nos combustíveis em função de alguma crise local, regional ou internacional.▪ Taxa para volumes pesados (heavy lift charge): cobrada sobre volumes que, devido ao excesso de peso (acima de 1.500 kg), demandam condições e equipamentos especiais para sua movimentação, embarque/desembarque ou acomodação no navio.▪ Taxa para volumes com grandes dimensões (extra length charge): aplicada a volumes de difícil movimentação em função de suas dimensões fora do padrão normal (aplicada normalmente a cargas com comprimento acima de 12 metros).▪ Taxa de travessia de canal: de manuseio em terminais privados etc.▪ Adicional de porto: taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem, ou destino, algum porto secundário ou fora da rota.▪ Fator de ajuste cambial - CAF (currency adjustment factor): utilizado para moedas que se desvalorizam sistematicamente em relação ao dólar norte-americano.▪ Sobretaxa de congestionamento portuário (port congestion surcharge): incide sobre o frete básico, para portos onde existe demora na atracação dos navios.

Dica Existem outras despesas que, embora não integrem o frete, são devidas na movimentação das cargas nos portos, como:• Capatazia: taxa cobrada pela utilização das instalações portuárias.• Estiva: taxa cobrada pela arrumação das cargas no navio com utilização do

equipamento de bordo.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Bem...agora teremos um pequeno intervalo. Aproveite para se esticar um pouco! Resolva o jogo proposto pelo professor, acessando o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

TÓPICO 14: Pausa para descanso

TÓPICO 15: Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM)

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Foi instituído como instrumento de ação política governamental, com finalidades específicas de formar e manter uma marinha mercante e uma indústria de construção naval brasileira. Recentemente, um sistema informatizado – Mercante – foi implantado nos principais portos brasileiros, o que tem melhorado significativamente a arrecadação do AFRMM.

É um percentual sobre o frete, de 25%, para a navegação de longo curso, cobrado do consignatário da carga pela empresa de navegação que, posteriormente, faz o recolhimento. Consignatário da carga é aquele a quem se consignam as cargas, ou que recebe em consignação o equivalente ao que lhe é devido.

Passa a ser devido no porto brasileiro de descarga e na data da operação, ou seja, início efetivo da operação de descarregamento, incidindo somente na importação.

A base de cálculo para o AFRMM é a remuneração do transporte mercante porto a porto, incluídas as despesas portuárias e outras despesas, constantes do conhecimento de embarque.

Estão isentos de recolhimento:

• bagagem;• livros;• jornais;• periódicos;• papel de imprensa; • alguns tipos de embarcações; • doação; • carga consular; • eventos culturais e artísticos; • atos e acordos internacionais (quando

especificado no escopo do acordo); • drawback;

• reimportação; • carga militar;• cargas em trânsito; • unidades de carga (contêineres); • admissão temporária; • loja franca; • Zona Franca de Manaus; • importações do Governo Federal; • amostras;• remessas postais e;• bens destinados à pesquisa científica ou

tecnológica.

TÓPICO 16: Modalidades de pagamento de frete

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Prof. Marcos: Vocês sabem quais as formas de pagamento de frete?

Flávia: Não conheço exatamente as formas, mas imagino que devam ser com pagamento antecipado ou com pagamento pós-entrega. Prof. Marcos: Isso mesmo, Flávia. Os tipos de pagamentos de frete são os seguintes:

a) Frete pré-pago (freight prepaid): pago antes do embarque, na emissão do B/L;b) Frete pagável no destino (freight payable at destination): frete a ser pago na

chegada ou retirada da mercadoria no porto de destino;c) Frete a pagar (freight collect): o frete poderá ser pago após o embarque da mercadoria.

Cecílio: Professor, você considera algum destes tipos como sendo o mais indicado?

Prof. Marcos: Não, Cecílio. Na verdade a escolha da forma de pagamento cabe à negociação feita com o cliente importador.

Cecílio: Obrigada pela dica, professor.

Prof. Marcos: De nada, Cecílio. Lembrem-se: precisando de ajuda, utilizem a ferramenta “Tira dúvidas” do ambiente.

TÓPICO 17: Conhecimento de transporte marítimo

Estamos quase conclu-indo mais um encon-tro. Antes de terminar, quero que vocês leiam o texto a seguir:

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Encontro 2: Transporte Marítimo

TÓPICO 18: Saiba Mais

Caso você queira aprofundar seus conhecimentos, sugerimos a leitura dos seguintes livros:ROCHA, Paulo César A. Logística & aduana. São Paulo: Aduaneiras, 2008 (Parte II – Aduana).RODRIGUES, Paulo Roberto A. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e à logística internacional. São Paulo: Aduaneiras, 2007 (capítulo 8 – Transporte Marítimo).VIEIRA, Guilherme B.B. Transporte internacional de cargas. São Paulo: Aduaneiras, 2003 (capítulo 2 – Os Portos e seus Agentes; capítulo 3 – Transporte Marítimo; capítulo 4 – Modelos de Titularidade e Gestão Portuária no Brasil e no Mundo; capítulo 8 – Conceito de Avarias no Transporte Marítimo).

Que tal refletir um pouco sobre o que você aprendeu neste encontro?

Quais as informações vistas neste encontro que você considera essenciais para lhe auxiliar na decisão sobre a utilização do transporte marítimo em sua empresa?

Registre sua resposta no bloco de anotações do Ambiente Virutal.Para acessar, utilize o Portal Pessoal.

Sugerimos também a leitura do artigo:Melhorias no setor portuário brasileiro (Anexo 2)

Acesse, também, os seguintes sites:Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) https://www.mercante.transportes.gov.br/Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) - http://www.antaq.gov.br/Ministério dos Transportes - http://www.transportes.gov.br/

TÓPICO 19: Resumo

Você aprendeu neste encontro algumas características básicas do transporte marítimo internacional. Viu que este é o meio mais utilizado no comércio exterior por apresentar custo mais baixo, além de permitir o transporte de grandes quantidades. Nas operações CFR e CIF, a indicação do navio é feita pelo exportador, cabendo ao importador a indicação no caso das operações FOB. Nesse tipo de transporte, o frete representa o montante recebido pelo armador como remuneração pelo transporte da carga.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Exercícios de Fixação da Aprendizagem

1. O transporte marítimo oferece várias vantagens em relação a outros modais, embora também apresente algumas desvantagens. Assinale, nas alternativas a seguir, todas aquelas que são vantagens do transporte marítimo.

a. ( ) Capacidade de transportar cargas de dimensões maioresb. ( ) Capacidade de transportar grandes quantidadesc. ( ) Rapidez no transporte das mercadoriasd. ( ) Transporte direto do ponto de origem ao ponto de destinoe. ( ) Flexibilidade para transportar praticamente qualquer tipo de mercadoriaf. ( ) Regularidade na oferta de serviços.

2. Marque quais dos itens a seguir impossibilitam o uso do transporte marítimo na exportação.

a. ( ) O volume a ser transportado é pequeno.b. ( ) As mercadorias a serem transportadas são altamente perecíveis.c. ( ) O prazo de entrega combinado com o cliente é muito curto.d. ( ) As margens obtidas com a exportação são muito baixas.e. ( ) Os clientes no exterior são muitos.

Você passou a conhecer os vários atores envolvidos no transporte marítimo internacional. Conheceu os órgãos governamentais que definem as políticas, coordenam, regulam e controlam o transporte aquaviário, os agentes intervenientes e a forma como está organizado este mercado.

Em função desses conhecimentos, você pode refletir sobre a adequação ou não do transporte marítimo às atividades internacionais de sua empresa, estando apto a avaliar em que medida as características deste modal se aplicam às suas necessidades.

Concluímos o segundo encontro deste curso. Utilize estas orientações quantas vezes forem necessárias. Leia, releia, não fique com dúvidas!

Antes de ir para o terceiro encontro, realize as atividades propostas no Ambiente Virtual do curso e os exercícios propostos no próximo bloco.

Aguardo você no encontro 3!Sucesso com os novos conhecimentos!

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Encontro 2: Transporte Marítimo

3. Há várias formas de pagamento de frete. Faça uma associação entre os itens da primeira coluna e da segunda coluna.

(1 ) Frete pré-pago ( ) Freight collect(2 ) Frete a pagar ( ) Freight prepaid(3 ) Frete pagável no destino ( ) Freight payable at destination

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Encontro 2: Transporte Marítimo

ANEXO IFoto Ilustrativa Tipo Definição

Navios de Carga Geral

São os navios que transportam vários tipos de cargas, geralmente em pequenos lotes – sacarias, caixas, veículos encaixotados ou sobre rodas, bobinas de papel de imprensa, vergalhões, barris, barricas etc. Têm aberturas retangulares no convés principal, cobertas de carga chamadas escotilhas de carga, por onde a carga é embarcada para ser estivada nas cobertas e porões. A carga é içada ou arriada do cais para bordo ou vice-versa pelo equipamento do navio (paus de carga e/ou guindastes) ou pelo existente no porto.

Navios de Passageiros

Têm a finalidade única de transportar pessoas e suas bagagens. Podem ser usada para viagens normais como para cruzeiros turísticos. Possuem uma estrutura voltada ao lazer, como restaurantes de luxo, cassinos, bares, cinema, boate, lojas, piscina, salão de jogos e ginástica etc.

Navios Porta - Contêineres

São navios semelhantes aos de carga geral mas normalmente não possuem além de um ou dois mastros simples sem paus de carga. As escotilhas de carga abrangem praticamente toda a área do convés e são providas de guias para encaixar os contêineres nos porões. Alguns desses navios apresentam guindastes especiais.

Navios-Tanque

São usados para transporte de petróleo bruto e produtos refinados (álcool, gasolina, diesel, querosene etc.). Caracterizam-se por sua superestrutura a ré e longo convés principal quase sempre tendo à meia nau uma ponte que vai desde a superestrutura até a proa. Essa ponte é uma precaução para a segurança do pessoal, pois os navios tanques carregados passam a ter uma pequena borda livre, fazendo com que no mar seu convés seja “lavado” com frequência pelas ondas.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Navios Gaseiros

São destinados ao transporte de gases liquefeitos. Caracterizam-se por apresentarem acima do convés principal tanques típicos, de formato arredondado.

Navios de Operação

por Rolamento -

RoRo(Roll-on Roll-

off)

São navios em que a carga entra e sai dos porões e cobertas na horizontal ou quase horizontal, geralmente sobre rodas (automóveis, ônibus, caminhões) ou sobre veículos (geralmente carretas, trailers, estrados volantes etc.). Existem vários tipos de RoRo, como os porta-carros, porta-carretas, multipropósitos etc., todos se caracterizando pela grande altura do costado e pela rampa na parte de ré da embarcação.

Navios Graneleiros

São os navios destinados ao transporte de grandes quantidades de carga a granel: milho, trigo, soja, minério de ferro etc. Caracterizam-se por longo convés principal em que o único destaque são os porões.

Navios Químicos

São parecidos com os navios gaseiros, e transportam cargas químicas especiais, tais como: enxofre líquido, ácido fosfórico, soda cáustica etc.

Navios Rebocadores

São utilizados para puxar, empurrar e manobrar todos os tipos de navios. Geralmente se prestam para manobras de grandes navios na zona portuária e canais de acesso aos portos. Podem também socorrer navios em alto-mar, rebocando-os para zonas seguras; e puxar navios encalhados em bancos de areia. Apesar de pequenos, possuem grande potência de motor.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

Navios Ore-Oil

São navios de carga combinada, ou seja, transportam minério e petróleo.

Navios Aeroviários ou Porta-

Aviões

São os navios utilizados pelas Forças Armadas (Marinha) para o transporte de aviões, até a zona principal de atuação dos mesmos. Servem como uma base móvel de operação, inclusive com pista de pousos e decolagens.

Navios Militares

São vários os tipos, além do porta-aviões. Citaremos mais alguns: fragata, submarino, contratorpedeiro, navio-balizador, navio-faroleiro, navio hidroceano-gráfico, navio oceanográfico, navio hidrográfico, navio de apoio oceanográfico, navio de assistência hospitalar, navio-tanque fluvial, navio-tanque, navio-transporte fluvial, navio de socorro submarino, navio-transporte de tropas, rebocador de alto-mar, navio-varredor, corveta, navio-patrulha, navio de desembarque-Doca e navio de desembarque de carros de combate.

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Encontro 2: Transporte Marítimo

ANEXO II

Logística Integrada

Tanto é novo o conceito de logística como antigo o de transporte e distribuição. A novidade consiste exatamente na visão dos vários elementos envolvidos no transporte e distribuição de forma sistêmica. Ou seja, estamos falando de Logística Integrada. A visão do conjunto das atividades permite otimizar a eficiência, tanto no que se refere a tempo como a custos, oferecer o melhor serviço ao cliente e aumentar a flexibilidade para a empresa exportadora.

O novo conceito é exercido hoje pelos chamados “operadores logísticos”, que diferem dos tradicionais “prestadores de serviços logísticos”. Segundo Paulo Fleury, do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), o operador logístico é um fornecedor de serviços logísticos integrados, que tem condições de atender a todas ou à maioria das necessidades logísticas da empresa cliente. Por sua vez, o prestador tradicional de serviços logísticos realiza apenas uma das atividades, como é o caso, por exemplo, de uma transportadora de carga por caminhões, ou de um terminal de armazenamento.

Veja algumas características dos operadores logísticos e dos prestadores tradicionais de serviços logísticos no quadro a seguir:

Prestador Tradicional de Serviços Operador LogísticoOferece serviços padronizados para qualquer cliente.

Oferece serviços sob medida, personalizados para as necessidades do cliente.

Tende a concentrar-se em uma única atividade logística: transporte, armazenagem etc.

Oferece múltiplas atividades de forma integrada.

Objetivo da empresa contratante é minimizar o custo específico da atividade de logística contratada.

Objetivo da empresa contratante é reduzir os custos totais da logística, melhorar os serviços e aumentar a flexibilidade.

Conhecimento limitado à atividade específica.

Conhecimento amplo e capacidade de planejamento logístico.

Fonte: Adaptado de: Fleury, P.F. e outros. Logística empresarial: A perspectiva brasileira. São Paulo, Atlas, 2000, p.133.