encarte sobre educomunicação - 2ª edição

8

Upload: viracao-educomunicacao-portfolio

Post on 09-Mar-2016

220 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Publicação sobre a carreira do educomunicador e a Licenciatura em Educomunicação da Universidade de São Paulo (USP).

TRANSCRIPT

Page 1: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:22 Page 1

Page 2: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

Especial

Escola de Comunicação

e Artes/USP: Professores Ismar

de Oliveira Soares, Roseli Fígaroe Cristina Mungioli

Alunos da Licenciatura em

Educomunicação: Evelyn Kazane Maurício Silva

Viração Educomunicação:Ana Paula Marques, Bruno Ferreira,Douglas Lima, Evelyn Araripe,Gisella Hiche, Lilian Romão,Manuela Ribeiro e Paulo Lima.

Jornalista Responsável pela

Viração Educomunicação:Paulo Pereira Lima – Mtb 27.300

Informações sobre a Licenciatura

em Educomunicação da USP:www.cca.eca.usp.br

Expediente:

O que faz umeducomunicador?Apergunta foi feita, ao longo de uma

década, pelos consultores da USPchamados a opinar sobre a

oportunidade de se aprovar, ou não, umcurso superior na área. Certamente, amesma dúvida deve ocorrer ao vestibulandoque, pela primeira vez, encontra, no manualda Fuvest, a opção pelo novo curso.

A resposta aponta para duasoportunidades básicas: de um lado, serconsultor ou assessor para a mídia, assimcomo para os órgãos do governo, o terceirosetor e o mundo corporativo, em tudo o quediz respeito às ações na interface entre acomunicação e a educação e, de outro, serum professor de comunicação para o ensinomédio renovado.

A título de exemplo, lembramos quequando os vestibulandos de 2011 estiveremse matriculando na USP, em fevereiro de2012, para compor a segunda turma daLicenciatura, um total de 3200 escolas detodo o País estará retomando suasatividades prevendo-se, entre elas, projetosde mídia e educação propostos peloPrograma Mais Educação do Ministério daEducação (MEC). Para dar sustentação a tais

projetos, muitas escolas estão procurandoum educomunicador.

Em outro exemplo, ONGs como a CidadeEscola Aprendiz e emissoras de TV como oCanal Futura decidiram incorporareducomunicadores em seus quadros detrabalhadores.

Na maior cidade do País – São Paulo –a presença do educomunicador nasescolas já conta com uma lei aprovadapela Câmara dos Vereadores, sendoaplicada mediante uma portaria do própriosecretário de Educação.

Educomunicação é, na verdade, umconceito novo para identificar umaprática já consolidada na América Latina,na interface entre a comunicação, asdiferentes formas de educação e astecnologias da informação. Foi o que osestudantes da primeira turma do cursode Licenciatura em Educomunicação daECA/USP aprenderam nas aulas teóricase nas imersões em projetos práticos,ao longo de 2011. É o que osprofessores do curso continuarão adiscutir com a nova turma, a partir defevereiro de 2012.

Prof. Ismar Soares

Coordenador da Licenciatura em Educomunicação da USP

Glória M

arcondes

Fotos: Maurício Silva

Paulo Pepe

encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:23 Page 2

Page 3: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

"A produção de comunicação constrói valores e significados sobre a realidade e os mundos possíveis. AEducomunicação permite uma democracia real quando possibilita que grupos minoritários, como os da zonarural e dos jovens, exerçam seu direito constitucional à voz.”

Emilia de Mattos Merlini, relações públicas

e educomunicadora, em Lima Duarte (MG)

“Trabalho com diversas linguagens: artística, cultural, poesia, teatro, dança, dinâmicas, jornal mural.As mais variadas temáticas são abordadas de forma criativa e divertida, sempre buscando envolver atodos e garantir a reflexão sobre direitos. É possível cruzar saberes e linguagens diferentes nasformações, nas coberturas e pensar a participação política dos jovens por meio da comunicação.”

Elisangela Nunes, educomunicadora

da Viração, em São Paulo (SP)

Lucimeire Martins, educomunicadora da Central de Notícias

dos Direitos da Infância e Adolescência (Ciranda), em Curitiba (PR)

A carreira do educomunicadorO Educomunicador pode trabalhar numa secretaria de governo, ONG ou empresa, ou mesmo lecionar em escolas. Em qualquer lugar onde

atue, sua missão será sempre a de incentivar a participação ativa da juventude. É o que dizem educomunicadores espalhados pelo Brasil:

Licenciatura em EducomunicaçaoDuração: 8 semestres (4 anos)

Número de vagas: 30 (período noturno)

Inscrições para a Fuvest: 26/08 a 09/09, pela internet: www.fuvest.br

Mais informações sobre o curso: http://www.cca.eca.usp.br

Alex Pamplona, educador do Instituto

Universidade Popular (UNIPOP), em Belém (PA)

“Aqui, no Paraná, a gente usa a Educomunicação para criar uma ponte entre a juventude e outros atores dasociedade. A proposta é utilizá-la para que meninos e meninas dialoguem com o poder público, com a comunidadeem que vivem e com outros jovens. Fazer Educomunicação, para nós, é incentivar uma ação participativa dajuventude, é atuar no enfrentamento das diversas formas de violência e exploração, é dialogar sobre cultura depaz, direitos humanos e sustentabilidade, é construir uma comunicação democrática e entendê-la como direitohumano a ser exercido, incentivando principalmente a emancipação da juventude.”

“Minha atuação enquanto educomunicador no Instituto Universidade Popular (Unipop) é de proporcionar umambiente em que adolescentes e jovens, inseridos nos processos formativos e para além deles, possam acessare desenvolver leituras críticas dos meios de comunicação e produzir informações a partir de seu entorno social,analisando os conteúdos apresentados sobre sua realidade local e regional, no sentido de compreender osveículos de comunicação, sejam da grande mídia ou alternativos, como instrumentos político-pedagógicos deformação, informação e mobilização social para manter ou transformar a sociedade em que vivemos.”

s

encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:24 Page 3

Page 4: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

Novas demandas para a educaçaoUm estudo realizado pela mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da

Comunicação da USP Daniele Próspero aponta para a necessidade de novos profissionaisque possam atuar na área de educação, principalmente pelas demandas que têm surgidodiante da proposta de uma educação integral no País.

Em 2010, das 10 mil escolas participantes do Programa Mais Educação, iniciativa doMinistério da Educação (MEC), mais de 3000 apontaram interesse pelo macrocampo“Comunicação e Uso de Mídias”, que engloba atividades de rádio, jornal, fotografia, vídeo e histórias emquadrinhos nas escolas. Diante deste cenário, abre-se um novo e amplo campo de atuação aos educomunicadores.

Dez anos de Educom.Radio

Educomunicaçao e a democratizaçao dos meios de comunicaçao

O Brasil realizou, em 2009, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, depois de muita pressão e organização de diversosmovimentos sociais que levantam a bandeira da democratização da comunicação. O pessoal que trabalha com educomunicaçãonão poderia ficar fora dessa! Isso fica claro em algumas das propostas que foram aprovadas na Conferência. Confira uma delas:

“Através de um diálogo com o Ministério da Educação, criar mecanismos para implantar a Educomunicação em todos ossegmentos formais e informais de educação como prática metodológica que favoreça a compreensão da comunicação comoum direito humano e o aprendizado da leitura crítica dos meios, desde os primeiros anos escolares.”

O Educom.Rádio foi o primeiro projeto da rede municipal de ensino deSão Paulo a trabalhar o uso das mídias na educação com o objetivoexplícito de favorecer a participação juvenil no espaço da escola pública,permitindo o trabalho conjunto entre professores, estudantes e comunidade.

O projeto, levado à Prefeitura pelo NCE/USP, entre 2001 e 2004, sob otítulo de Educom.rádio, conta hoje com os Programas Nas Ondas do Rádio eImprensa Jovem. Incentivada pela Lei Educom, a Secretaria de Educaçãogarante a formação continuada de seus professores e estudantes mediante acontratação de educomunicadores profissionais, que pertencem ao próprioNCE e a organizações como o Educarede, que orientam os projetos epromovem cursos nas diretorias regionais de educação sobre uso crítico dasmídias, promoção da participação juvenil e gestão democrática de projetos interdisciplinares.

Educomunicaçao e Meio AmbienteSurgem cada vez mais políticas públicas que fortalecem ações educomunicativas para a

preservação do meio ambiente, expandindo o campo de trabalho para o educomunicador. OInstituto Chico Mendes da Biodiversidade, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, porexemplo, aposta na comunicação e educação ambiental como estratégia essencial para garantir acriação, gestão e proteção das Unidades de Conservação (UC) federais.

A educomunicadora Débora Menezes, da empresa Educom Verde, está criando um jornalcomunitário, o TANARA, com pescadores e moradores do entorno da Reserva Extrativista Marinhado Corumbau, no extremo Sul da Bahia. Em Caravelas, vizinho ao Parque Nacional Marinho dosAbrolhos, o Grupo Artimanha também desenvolve ações educomunicativas de vídeo e jornal.

Especial

s-

s

s s

s

Imprensa Jovem

Imprensa Jovem

Débora Menezes

encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:25 Page 4

Page 5: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

"O curso é dinâmico e vêm sendo modelado com responsabilidade e espaço para o diálogo entre corpodiscente e docente. A proposta vincula uma possibilidade nova de olhar para a comunicação e permite, apartir deste foco, reconhecer seu papel fundamental para formação humana no mundo contemporâneo."

O curso de Licenciatura em Educomunicaçao da USP começou em fevereiro deste ano, e muita coisa bacanaja foi feita. Ao final do primeiro semestre, estudantes e professores deixaram suas impressoes sobre as aulas.

“O curso é teórico-prático, com leituras e confecção de resenhas. Houve eventos efizemos captação em vídeo e áudio, e também editamos o material. Para a conclusãodo semestre, montamos o blog da turma e fizemos posts sobre saúde.”

"A disciplina Atividades Acadêmicas, Científicas e Culturais permite ao aluno o estudo, a reflexão e aprodução cultural, propostos por temas de interesse da área de educomunicação. A metodologia éeducomunicativa, ou seja, diálogo e reflexão sobre o produzido, com retorno à sociedade."

Educomunicaçao na USP

“Na TV USP, acompanhei o projeto Quarto Mundo, no qual pude colocar em prática o conhecimento teóricoadvindo das aulas. É o momento em que afiamos o olhar crítico sobre os processos educomunicativos,identificamos os erros e acertos deste processo, o que é de grande valia para a nossa formação.”

“ Tive a oportunidade de vivenciar as práticas educomunicativas na Revista Viração. Observeide perto como podemos, por meio da comunicação e liberdade de expressão, propiciar aosjovens educação e formação cidadã. Instigar as artes, cidadania, política de forma democráticae trabalhando sempre em conjunto e respeitando a opinião de cada um."

A Licenciatura em Educomunicaçao vai além da sala de aula. Para aprofundar os conhecimentosdos estudantes, foi desenvolvida a ideia de “Imersoes Educomunicativas”, uma oportunidade de convivercom projetos que tem uma proposta de educaçao e formaçao critica através da comunicaçao e deapropriaçao das midias na busca pela cidadania.

Ensino Pratico

Foram feitas também “Imersoes Educomunicativas Internas”, com base no conceito de educaçao entrepares, nas quais os proprios estudantes se reuniram, oferecendo e participando de oficinas.

“Realizar uma Oficina de Televisão foigratificante, do ponto de vista educacional ecomunicativo. Aprender a ensinar foi umaexperiência reveladora. Perceber que, às vezes, oque é óbvio para nós nem sempre é para oaluno. Ao mostrar, por exemplo, como umareportagem é feita, como um comercial de TV pode serdesconstruído, como determinado filme passa uma ideologia foramalguns assuntos discutidos.”

Livros sobre EducomunicaçaoA Editora Paulinas lançou, em 2011, dois livrosde interesse para a prática educomunicativa:Educomunicação: o conceito, o profissional, aaplicação, de Ismar de Oliveira Soares, eEducomunicação – construindo uma novaárea de conhecimento, coordenado porAdílson Citelli e Maria Cristina Costa,reunindo artigos originalmente publicadospela revista Comunicação & Educação.

Beatriz Alves

Glória Marcondes

Profª. Roseli Figaro, da Licenciatura em Educomunicação

Flávia Silveira

João Paulo Almeida

Isabela Rosa

s

-s

-

s

ss s s

s

s s

s

-

-

v i

s

encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:26 Page 5

Page 6: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

Especial

Para você, qual o papel da Educomunicação nas empresas?

Numa ação interna, um projeto de Educomunicação pode lidar com aquestão de como a empresa escuta seus funcionários e colaboradores, emtermos de demandas e ideias. Em termos de investimento social privado,programas que estimulam a participação por meio da comunicação têmsido meu foco, bem como a pesquisa na área de novas mídias.

Qual é o perfil das empresas que apostam na Educomunicação?

Na sua maioria as que têm como negócio principal as tecnologiasda informação ou as que querem desenvolver projetos focados naeducação ambiental. A Claro, operadora de celulares, por exemplo,montou um instituto voltado à questão do poder das novas mídias naeducação – que ajudei a formatar.

A apropriação da Educomunicação pelas empresas pode descaracterizá-la, transformando-a

em uma nova forma de fazer marketing e publicidade das ações de responsabilidade social?

Pode, mas esse risco está não só na Educomunicação, mas em toda e qualquer ação que a empresa realize.Empresa visa lucro. E ponto. Uma ação bem estruturada é sempre um ganha-ganha: o público atendido ganha numaspecto, a empresa vai ganhar algo intangível em imagem. É muito importante que a ação tenha a ver com o focode negócios da empresa e que esta realmente aposte nos resultados e na autonomia de quem a realiza. Esse riscomora na conduta da empresa, em qualquer área.

Educomunicaçao em areas deResponsabilidade Social das empresas

Empresas que não trabalham com mídia também se apropriam da Educomunicação e a utilizam como ferramenta deresponsabilidade social. Confira, a seguir, duas entrevistas sobre o assunto com o consultor em Educomunicação, jornalista eeducador Alexandre Sayad e com Paulo Nassar, diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje).

Qual é o perfil das empresas que apostam na Educomunicação?

Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial(Aberje), realizada em fevereiro deste ano, são empresas que têm uma grandenecessidade de legitimar as suas ações e mostrar seus compromissos com o Brasil.Muitas delas estão em segmentos econômicos geradores de grandes impactosambientais, sociais e econômicos (por exemplo: atuações nos campos de energiaelétrica, petróleo, mineração e higiene e beleza); parte delas detém concessõespúblicas passadas para a gestão empresarial nos anos 1990. A maioria dessasempresas é de origem nacional.

Como o senhor enxerga o campo de atuação do profissional da

Educomunicação nas empresas?

Os campos de atuação mais definidos são os da comunicação empresarial e de recursos humanos.São nessas áreas em que as questões públicas devem ser transformadas em processoseducomunicacionais, para que os propósitos empresariais sejam compreendidos e aceitos ou reavaliadosa partir das contribuições e críticas da sociedade.

Alexandre Sayad

Paulo Nassar

Divulgação

Arquivo pessoal

s -

encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:26 Page 6

Page 7: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

Sem paixao nao ha EducomunicaçaoProjetos e experiências de educação e comunicação pelo mundo mostram a importância de cultivar as relações humanas

Educomunicação, Media Education e MediaLiteracy. Não importa o nome, as diferenças oua latitude em que se estuda ou acontecedeterminada experiência, o certo é que essenovo paradigma que busca trabalhar com ainterface entre a Educação e a Comunicaçãoestá conquistando sempre mais gente e seconsolidando em todo o Planeta.

Em Ouagadougou, capital do BurkinaFasso, por exemplo, há poucos meses nasceu a Associação

Burkinabé para a Promoção da Educomunicação (ABPE). A ideia surgiu a partirde uma oficina de Educomunicação – em que participaram 10 jovens jornalistas e professoresde Burkina, Senegal e Nigéria – promovida pelo NCE/ECA/USP e Viração Educomunicação, duranteo 23º Congresso Mundial da União Católica Internacional de Imprensa (UCIP), de 12 a 19 desetembro de 2010.

Cyrille Guel, de 29 anos, é fundador e diretor da ABPE. Formado em História pela Universidadede Ouagadougou, ele se especializou em documentação audiovisual. “Fiquei maravilhado quandoouvi falar da Educomunicação pela primeira vez e percebi que nós poderíamos desenvolver projetosnessa linha em escolas e grupos de jovens da cidade”, conta ele, que esbanja sorrisos após obter oapoio financeiro do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a realização de umprojeto de Educomunicação em quatro escolas da capital burkinabé.

Burkina Fasso

No norte da Itália, uma Escola de Verão deMídia-Educação acaba de completar 20 anos.Promovida pela Associação Italiana deEducação aos Meios e à Comunicação(MED), a Escola de Verão reúne todo anouma média de 75 pessoas durante umasemana de curso, vindas de todas asregiões do País para a cidade de Corvara,onde são aprofundadas as metodologias,

compartilhadas as experiências e reforçados os laços de amizade e parceria. “Já participaram mais de 1500 pessoas nesses 20 anos de escola. Colocamos

juntos teoria e prática, experiência e informação”, recorda o fundador do MED, RobertoGiannatelli. Para a atual presidente da associação, Gianna Cappello, “esses anos todosmostram que criamos um jeito muito original, e com sucesso, de fazer uma escola de verão,movido a muito entusiasmo. Sem paixão não há mídia-educação.”

Essa paixão e profissionalismo é, inclusive, reconhecida por meio do Prêmio MED“Cesare Scurati” que, desde 2005, procura reconhecer e estimular a produção de boaspráticas de mídia-educação nos vários âmbitos educativos. Este ano, os dois projetosvencedores foram a Revista Viração, do Brasil, e Canção Fora de Tempo, realizado pelaprofessora Rossana Bruzzone, em uma escola fundamental de Milão.

Italia

Fotos: Paulo Lima

s s s-

-

Roberto Giannatelli, umdos fundadores do MED

encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:27 Page 7

Page 8: Encarte sobre Educomunicação - 2ª edição

Area para educadorese comunicadores

“Não se trata de pensar a comunicação ou a educação em termos de competição para verqual delas é mais importante. O princípio que rege nosso trabalho é a compreensão do papeltransformador da comunicação na sociedade, num sentido amplo, e de mobilizador decompetências de alunos, professores, comunicadores, enfim, de pessoas.”

Bacharelado em EducomNa Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na

Paraíba, há desde agosto de 2010, o Bacharelado em

Educomunicação, atendendo uma demanda regional para a

produção de mídias educativas e avaliação crítica de produtos,

práticas e processos de comunicação, privilegiando a

estruturação da relação comunicação-cultura-educação.

“Estamos procurado estabelecer várias parcerias, não só com outras instituições de

ensino superior como, por exemplo, a USP. Mas, também, com escolas, instituições culturais,

órgãos públicos, meios de comunicação, ONGs, entre outras. Nossa intenção é fomentar o

trabalho de extensão comunitária. Estamos iniciando agora o terceiro período, contando hoje

com 160 alunos ao todo e, o melhor, todos muito motivados para a formação a qual estamos

oferecendo”, conta a coordenadora do Bacharelado, Profª. Danielle Andrade de Souza.

Muitos profissionais das áreas de educação e comunicação estãoenvolvidos em ações educomunicativas, como por exemplo, jornalistas quedesenvolvem projetos de jornalismo comunitário e educadores que jáutilizam ferramentas de comunicação para estimular o aprendizado e ocompartilhamento de conhecimentos e experiências com seus estudantes.

“Comunicadores e educadores que implementam ações colaborativas emsuas práticas profissionais são candidatos naturais a buscar os referenciaisteóricos e metodológicos possibilitados pela sistematização acadêmica. Umcurso oferecido pela universidade permite contatos com múltiplas correntesde pensamento e com experiências diversificadas, o que é mais difícil de seobter na rotina do trabalho diário”, explica Ismar de Oliveira Soares,coordenador da Licenciatura em Educomunicação e responsável pelolaçamento do curso na USP.

Fábio Nepomuceno é professor de Português da rede municipal eestudante da Licenciatura em Educomunicação. Ele está envolvido comprojetos educomunicativos desenvolvidos na escola onde trabalha muito antes de ingressar no curso da USP.

“A Licenciatura em Educomunicação amplia a leitura crítica dos meios de comunicação e fornece referencial teórico que permiteentender melhor os conceitos envolvidos na Educomunicação e consolida a sua definição para o comunicador e para o educador”,analisa Fábio Nepomuceno.

O licenciado em Educomunicação terá diversas opções profissionais: ser professor de comunicação no ensino médio, consultornas áreas da mídia ou do terceiro setor, ou ainda ser um pesquisador nas interfaces comunicação e educação.

Profª. Cristina Mungioli, que ministrará a disciplina

Linguagem Verbal nos Meios de Comunicação

Fotos: Divulgação

-encarte_educomunicacao_2011:Layout 1 9/8/2011 14:27 Page 8