empresa rial

132
INTENSIVO II Disciplina: Direito Empresarial Prof. Alexandre Gialluca 1. ANOTAÇÕES DA AULA Bibliografia Manual de Direito Empresarial - Vol. Único Fabio Ulhoa Coelho – Ed. Saraiva Luiz Emydio Franco da Rocha Jr. Título de Crédito – Ed. Renovar TÍTULOS DE CRÉDITO 1. Legislação aplicável Letra de cambio: Dec 57.663/66 Duplicata: lei 5.474/68 Cheque: lei 7.357/85 Código Civil: aplica-se de forma subsidiária, de acordo com o que prevê o art. 903 CC/02 (aplicação supletiva) – regras gerais aplicáveis para novos títulos de crédito. Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. 2. PRINCÍPIOS CAMBIAIS a) Princípio da cartularidade: (chartula) pequeno papel O crédito deve estar materializado em um documento (título). Para a transferência do crédito é necessário a transferência do documento 08/02/2013 TÍTULOS DE CRÉDITO Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

Upload: carol-andrade

Post on 26-Nov-2015

62 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

  • INTENSIVO II Disciplina: Direito Empresarial Prof. Alexandre Gialluca

    1. ANOTAES DA AULA Bibliografia Manual de Direito Empresarial - Vol. nico Fabio Ulhoa Coelho Ed. Saraiva Luiz Emydio Franco da Rocha Jr. Ttulo de Crdito Ed. Renovar TTULOS DE CRDITO 1. Legislao aplicvel

    Letra de cambio: Dec 57.663/66

    Duplicata: lei 5.474/68

    Cheque: lei 7.357/85

    Cdigo Civil: aplica-se de forma subsidiria, de acordo com o que prev o art. 903 CC/02 (aplicao supletiva) regras gerais aplicveis para novos ttulos de crdito.

    Art. 903. Salvo disposio diversa em lei especial, regem-se os ttulos de crdito pelo disposto neste Cdigo.

    2. PRINCPIOS CAMBIAIS a) Princpio da cartularidade: (chartula) pequeno papel O crdito deve estar materializado em um documento (ttulo). Para a transferncia do crdito necessrio a transferncia do documento

    08/02/2013

    TTULOS DE CRDITO

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • No h que se falar em exigibilidade do crdito sem a apresentao do documento Cobrar o ttulo necessrio entrar com uma ao de execuo art. 585, I, CPC = Ttulos executivos extrajudiciais. Smula 299 do STJ: admissvel a ao monitria fundada em cheque prescrito. Obs. H uma presuno (relativa) de que credor aquele que tem a posse do ttulo. Regra: A princpio no se admite execuo com cpia autenticada de ttulo de crdito. Exceo: STJ s admite cpia quando o documento cheque original estiver numa ao penal ou num inqurito policial para se apurar a emisso de cheque sem fundo. Mitigao No podemos analisar o principio da cartularidade como um princpio absoluto, visto que sofreu uma mitigao com os chamados documentos eletrnicos. Ex. duplicata virtual. Ttulos eletrnicos

    Art. 889, 3: O ttulo poder ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio tcnico equivalente e que constem da escriturao do emitente, observados os requisitos mnimos previstos neste artigo.

    A cartularidade vem sendo chamada tambm de incorporao = a materializao do direito no documento (papel ou crtula), de tal forma que o direito (direito cartular) no poder ser exercido sem a exibio do documento.

    Protesto por indicaes: art. 21, 3 da Lei de Protesto. Art. 21. O protesto ser tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devoluo. (...) 3 Quando o sacado retiver a letra de cmbio ou a duplicata enviada para aceite e no proceder devoluo dentro do prazo legal, o protesto poder ser baseado na segunda via da letra de cmbio ou nas indicaes da duplicata, que se limitaro a conter os mesmos requisitos lanados pelo sacador ao tempo da emisso da duplicata, vedada a exigncia de qualquer formalidade no prevista na Lei que regula a emisso e circulao das duplicatas. Informativo n 0467 - aceitao a execuo de duplicata virtual STJ Terceira Turma EXECUO. DUPLICATA VIRTUAL. BOLETO BANCRIO. As duplicatas virtuais emitidas por meio magntico ou de gerao eletrnica podem ser protestadas por indicao (art. 13 da Lei n. 5.474/1968), no se exigindo, para o ajuizamento da execuo judicial, a exibio do ttulo. Logo, se o boleto bancrio que serviu de indicativo para o protesto retratar fielmente os elementos da duplicata virtual, estiver acompanhado do comprovante de entrega das mercadorias ou da prestao dos servios e no tiver seu aceite justificadamente recusado pelo sacado, poder suprir a ausncia fsica do ttulo cambirio eletrnico e, em princpio, constituir ttulo executivo extrajudicial. Assim, a Turma negou provimento ao recurso. REsp 1.024.691-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/3/2011. b) Princpio da literalidade: Pelo princpio da literalidade, s tem validade para o direito cambirio aquilo que est literalmente escrito no ttulo de crdito.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • Obs.: este princpio assegura certeza quanto a natureza, ao contedo e impede que meros ajustes verbais possam influir no exerccio do direito ali mencionado. Smula 387 do STF: A cambial emitida ou aceita com omisses, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-f antes da cobrana ou do protesto. c) Princpio da autonomia: o vcio em uma das relaes no compromete s demais. Assim, o endosso, o aval e demais atos cambirios no atingem as demais obrigaes assumidas no ttulo. O possuidor de boa-f exercita um direito prprio que no pode ser restringido ou destrudo pelas relaes ocorridas entre os possuidores precedentes e o devedor. Dois subprincpios:

    a) Inoponibildade de excees pessoais a terceiros de boa-f tem carter processual.

    b) Abstrao com a abstrao aps, a circulao do ttulo, o ttulo de crdito se desvincula do negcio jurdico que lhe deu origem.

    Obs: em razo do princpio da autonomia o vcio em uma das relaes no compromete as demais obrigaes assumidas no ttulo. Ex: endosso dado a uma pessoa incapaz no atinge os demais. A autonomia fica mais clara quando o ttulo circula. Exceo:

    Conta corrente Contrato de abertura de crdito

    Smula 233 do STJ Ver: Smula 247 do STJ Smula 258 do STJ Smula n 233 do STJ: O contrato de abertura de crdito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, no ttulo executivo. Smula n 247 do STJ: O contrato de abertura de crdito em conta-corrente, acompanhado do demonstrativo de dbito, constitui documento hbil para o ajuizamento da ao monitria. Smula n 258 do STJ: A nota promissria vinculada a contrato de abertura de crdito no goza de autonomia em razo da iliquidez do ttulo que a originou. 3. Conceito de Ttulo de crdito Cesare Vivante ttulo de crdito o documento necessrio para o exerccio do direito, literal e autnomo nele mencionado. Art. 887, CC/02; Art. 887. O ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e autnomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 4. Classificao

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 41. Quanto ao modelo:

    a) vinculado: aquele que deve observar um determinado padro estipulado pelo Conselho Monetrio Nacional. aquele cuja forma esta pr-definida em legislao. Ex: duplicata e cheque. b) livre: aquele titulo que no precisa de uma padronizao. Ex: nota promissria.

    4.2. Quanto s hipteses de emisso:

    a) ttulo causal: aquele que precisa de uma causa especfica para sua emisso. ex: duplicata (pois ela s poder ser emitida mediante caso de compra e venda mercantil ou em caso de prestao de servio). b)ttulo no causal: no precisa de forma especfica para emitir o ttulo.

    4.3. Quanto a sua estrutura

    a) ordem de pagamento (ex: cheque, letra de cambio e duplicata)

    aquele que d a ordem aquele que recebe a ordem tomador ou beneficirio

    b) promessa de pagamento: promessa

    promitente / subscritor tomador / beneficirio

    Obs: nota promissria promessa de pagamento, e no ordem de pagamento

    Prxima aula: 4.4. Quanto sua circulao 2. JURISPRUDNCIA CORRELATA 2.1. STJ - EREsp 420516/RS EMBARGOS DE DIVERGNCIA NO RECURSO ESPECIAL. EXECUO. ESCRITURA PBLICA DE CONFISSO DE DVIDA, ORIUNDA DE CONTRATOS DE ABERTURA DE CRDITO. TTULO EXECUTIVO. EMBARGOS ACOLHIDOS. Com a edio da Smula 300/STJ pela Segunda Seo desta Corte, pacificou-se o entendimento de que o instrumento de confisso ou de renegociao de dvida de valor determinado ttulo executivo extrajudicial, ainda que originrio de contrato de abertura de crdito em conta corrente. Embargos de Divergncia acolhidos. (EREsp 420516/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEO, julgado em 23/03/2011, DJe 31/03/2011)

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 3. SIMULADOS 3.1. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Juiz) A respeito dos ttulos de crdito, assinale a opo correta. a) Por expressa disposio legal, os devedores de um ttulo de crdito so solidrios, sendo cada um deles obrigado pelo montante integral da dvida. b) Os ttulos nominativos no ordem identificam o titular do crdito e se transferem por endosso. c) s matrias relativas aos ttulos de crdito aplica-se o Cdigo Civil, mesmo quando este contiver comando diverso do que dispe a lei especial. d) Quanto ao contedo da obrigao que representa, o ttulo de crdito no se distingue dos demais documentos representativos de direitos e obrigaes, sendo possvel, portanto, documentar, em um ttulo de crdito, obrigaes de dar, fazer ou no fazer. e) De acordo com a doutrina, o princpio da literalidade tem consequncias favorveis e contrrias tanto para o credor quanto para o devedor, o qual no ser obrigado a mais do que estiver mencionado no documento. 3.2. (FCC TJ/GO-JUIZ - 2012) No tocante ao ttulo de crdito, correto afirmar que (A) quando no indicado, considera-se lugar de sua emisso e de pagamento o domiclio do credor. (B) sua transferncia no implica a de todos os direitos que lhe so inerentes. (C) pode-se reivindic-lo do portador que o adquiriu de boa-f e na conformidade das normas que disciplinam sua circulao. (D) no tendo ele indicao de vencimento, entende-se que o prazo de pagamento o de sessenta dias. (E) enquanto estiver em circulao, s ele poder ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e no, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. 3.3. (CESPE - 2011 - TJ-PB Juiz) Considerando a aplicabilidade, no direito cambirio, dos princpios da cartularidade, literalidade e autonomia, bem como de outros deles decorrentes, assinale a opo correta. a) O princpio da literalidade relativizado pelo direito brasileiro, de sorte que o aval tanto pode ser prestado mediante assinatura do avalista no prprio ttulo quanto em documento apartado. b) Consoante o princpio da inoponibilidade, o devedor de dvida representada por ttulo de crdito s pode opor ao terceiro de boa-f as excees que tiver contra este e as fundadas nos aspectos formais do ttulo. c) De acordo com o princpio da literalidade, o ttulo de crdito deve satisfazer seus requisitos formais no momento da emisso, sendo, em regra, nulo o ttulo que, emitido em branco ou incompleto, venha depois a ser preenchido ou complementado pelo beneficirio. d) De acordo com o princpio da abstrao, o emitente de ttulo cambial no pode opor ao beneficirio as excees fundadas no negcio jurdico subjacente, ainda que o ttulo no tenha entrado em circulao. e) Em razo do princpio da cartularidade, a duplicata mercantil s pode ser protestada se o credor estiver na posse do ttulo. GABARITO: 3.1. E; 3.2. E; 3.3. B.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 1

    INTENSIVO II Disciplina: Direito Empresarial Prof.: Alexandre Gialluca Aula n 02

    I. ANOTAES DA AULA

    Letra de Cmbio

    1. Conceito Letra de Cmbio um ttulo de crdito decorrente de relaes de crditos, entre duas ou mais

    05/03/2013

    Letra de Cmbio

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 2

    pessoas, pelo qual a designada sacador d a ordem de pagamento pura e simples, a outrem, denominado sacado, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficirio), no valor e nas condies dela constantes. 2. Saque Criao/emisso 3. Requisitos a) Meno expressa do nome do ttulo b) Mandato puro e simples de pagar quantia determinada c) nome do credor d) Nome do tomador/Beneficirio e) Assinatura do sacador (quem d a ordem de pagamento) f) poca de pagamento g) lugar de pagamento h) Indicao de data lugar do saque (emisso) Obs. Esses requisitos so chamados de essenciais, ou seja, na falta de um dos requisitos no produzir efeito como letra de cmbio (art. 2 do Dec. Lei 57.663) Obs. A poca do pagamento, o lugar de pagamento e lugar do saque so requisitos acidentais/no acidentais/suprveis. 4. Aceite um ato de concordncia com a ordem de pagamento ( ato privativo do sacado) s o sacado pode dar o aceite. O aceitante torna-se devedor principal do ttulo 4.1. Como se d aceite Assinatura do sacado no anverso do ttulo 4.2. na letra de cmbio o aceite facultativo No tem a obrigao de assina, assina se quiser. possvel a recusa do aceite. 4.3. Se o sacado recusar o aceite ocorre os efeitos: - vencimento antecipado do ttulo - Tornar o sacador devedor principal 4.4. Aceite parcial Tem duas modalidades:

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 3

    a) aceite limitativo: limita o valor b) aceite modificativo: modifica as condies do ttulo 4.5. Clusula no aceitvel (art. 46 do Dec. 57.663/66) Significa que o ttulo no pode ser apresentado para aceite, somente para pagamento. A finalidade evitar o vencimento antecipado. 5. Circulao do ttulo A regra geral: a) ao portador: no identifica o beneficirio, basta fazer a tradio b) nominativo: identifica o beneficirio, deve-se analisar: i. Se o ttulo ordem: transfere por meio de endosso (responde pela solvncia responde pelo pagamento do ttulo. ii. Se o ttulo no ordem: transfere por meio de cesso civil 6. Endosso 6.1. Efeitos (so dois efeitos) a) Transferncia da titularidade do crdito do endossante para o endossatrio b) tornar o endossante codevedor do ttulo (Art. 15, do Dec. 57.663/66) 6.2. Como se d o endosso translativo a) Verso: basta uma assinatura b) Anverso: tem que ter a assinatura + uma expresso identificadora (ex. endosso ..., paga-se ..., transfiro ...) 6.3. Formas de endosso a) em branco: No identifica o endossatrio b) em preto: Tem identificao do endossatrio 6.4. Endosso parcial nulo, no se admite endosso parcial 6.5. Endosso sem data Quando inexiste data a uma pretenso que o endosso foi dado antes do protesto. 6.6. O endosso pstumo tambm chamado de endosso tardio e o endosso dado depois do vencimento. 6.7. Endosso sem garantia

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 4

    Art. 15 do Dec. 57.663/66 - O endossante, salvo clusula em contrrio, garante tanto da aceitao como do pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, no garante o pagamento as pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. 6.8. Clusula proibitiva de endosso Posso colocar ao endossar o ttulo probo novo endosso. Essa clusula determina que o endossante responde perante o endossatrio mais no ter responsabilidade de pagamento perante novos endossatrios. 6.9. Modalidades de endosso a) endosso translativo b) endosso imprprio: no h transferncia do crdito, legitimar a posse de um terceiro. Temos duas formas: i. Endosso-mandato Pode colocar (endosso por procurao...., endosso para cobrana...) ii. Endosso-cauo (pignoratcio) Coloca-se a expresso (endosso em cauo, endosso em garantia) 7. Aval 7.1. Conceito o ato cambirio decorrente de uma manifestao unilateral de vontade pela qual uma pessoa natural ou JURIDICA, denominada avalista, se compromete a pagar ttulo de crdito nas mesmas condies que um devedor ou codevedor do ttulo (avalizado). Finalidade do aval o reforo de pagamento. 7.2. Como se d aval a) verso: uma assinatura e + uma expresso identificadora b) anverso: basta uma assinatura 7.3. Formas de aval a) em branco: No identifica o avalizado b) em preto: Tem identificao do avalizado 7.4. possvel o aval parcial? 7.5. Aval posterior ao vencimento Prxima aula: 7.6. Aval simultneo

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 5

    II. JURISPRUDNCIA CORRELATA 2.1. STJ - AgRg no Ag 1214858 / MG PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS. INOVAO NO ADMITIDA. DIREITO CAMBIRIO. TTULOS DE CRDITO. NOTA PROMISSRIA. EXECUO PROPOSTA CONTRA AVALISTA. DESNECESSIDADE DE PROTESTO. I - No se admite, em sede de agravo regimental interposto contra deciso monocrtica que negou seguimento a recurso especial a arguio de tema novo, que no tenha sido objeto do prprio recurso especial. II - No necessrio o protesto para se promover a execuo contra o aceitante da letra de cmbio ou contra o emitente da nota promissria, bem como contra seus respectivos avalistas. Isso porque, nesses casos, tem-se uma ao direta, e no de regresso. Agravo Regimental improvido. (AgRg no Ag 1214858/MG, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/04/2010, DJe 12/05/2010) 2.2. STJ - REsp 884346 / SC DIREITO CAMBIRIO E RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. CHEQUE PS-DATADO. PACTUAO EXTRACARTULAR. COSTUME CONTRA LEGEM. BENEFICIRIO DO CHEQUE QUE O FAZ CIRCULAR, ANTES DA DATA AVENADA PARA APRESENTAO. TERCEIRO DE BOA-F, ESTRANHO AO PACTUADO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. APLICAO DO PRINCPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS CONTRATUAIS. 1. O cheque ordem de pagamento vista e submete-se aos princpios, caros ao direito cambirio, da literalidade, abstrao, autonomia das obrigaes cambiais e inoponibilidade das excees pessoais a terceiros de boa-f. 2. Com a deciso contida no REsp. 1.068.513-DF, relatado pela Ministra Nancy Andrighi, ficou pacificado na jurisprudncia desta Corte a ineficcia, no que tange ao direito cambirio, da pactuao extracartular da ps-datao do cheque, pois descaracteriza referido ttulo de crdito como ordem de pagamento vista e viola os princpios cambirios da abstrao e da literalidade. 3. O contrato confere validade obrigao entre as partes da relao jurdica original, no vinculando ou criando obrigaes para terceiros estranhos ao pacto. Por isso, a avena da ps-datao extracartular, embora no tenha eficcia, traz consequncias jurdicas apenas para os contraentes. 4. Com efeito, em no havendo ilicitude no ato do ru, e no constando na data de emisso do cheque a pactuao, tendo em vista o princpio da relatividade dos efeitos contratuais e os princpios inerentes aos ttulos de crdito, no devem os danos ocasionados em decorrncia da apresentao antecipada do cheque ser compensados pelo ru, que no tem legitimidade passiva por ser terceiro de boa-f, mas sim pelo contraente que no observou a alegada data convencionada para apresentao da crtula. 5. Recurso especial provido. (REsp 884346/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMO, QUARTA TURMA, julgado em 06/10/2011, DJe 04/11/2011) 2.3. STJ - REsp 1063474 / RS DIREITO CIVIL E CAMBIRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVRSIA. ART. 543-C DO CPC. DUPLICATA RECEBIDA POR ENDOSSO-MANDATO. PROTESTO. RESPONSABILIDADE DO ENDOSSATRIO. NECESSIDADE DE CULPA. 1. Para efeito do art. 543-C do CPC: S responde por danos materiais e morais o endossatrio que recebe ttulo de crdito por endosso-mandato e o leva a protesto se extrapola os poderes de mandatrio ou em razo de ato culposo prprio, como no caso de apontamento depois da cincia acerca do pagamento anterior ou da falta de higidez da crtula. 2. Recurso especial no provido. (REsp 1063474/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMO, SEGUNDA SEO, julgado em 28/09/2011, DJe 17/11/2011) 2.4. STJ - REsp 826660 / RS PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. MOMENTO DE JUNTADA DE DOCUMENTOS AO PROCESSO. ABERTURA DE OPORTUNIDADE PARA MANIFESTAO DA PARTE ADVERSA. DIREITO

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 6

    CAMBIRIO. NOTA PROMISSRIA. EXECUO DE AVALISTA, SCIO DA EMPRESA AVALIZADA. ENDOSSO PSTUMO OU IMPRPRIO EFETUADO APS O PROTESTO POR FALTA DE PAGAMENTO. EFEITOS DE CESSO CIVIL. PRINCPIO DA INOPONIBILIDADE DE EXCEO PESSOAL RESTRITO RELAO CAMBIRIA. AFASTAMENTO NO CASO CONCRETO. 1. Os documentos indispensveis propositura de qualquer ao - acarretando, a sua falta, o indeferimento da petio inicial - dizem respeito demonstrao das condies para o livre exerccio da ao e dos pressupostos processuais, aos requisitos especficos de admissibilidade inerentes a algumas aes, bem assim queles diretamente vinculados ao objeto da demanda, como si ser o contrato formal para o ajuizamento de ao que visa discutir relao jurdica contratual. H tambm os documentos que visam comprovar as alegaes da parte e, portanto, no so imprescindveis no momento do ajuizamento da demanda ou do julgamento do mrito, mas a sua ausncia pode motivar a improcedncia do pedido. 2. No obstante os arts. 283 e 396 do CPC sejam incisivos quanto ao momento da juntada da documentao aos autos - conjuntamente com a pea preambular -, fato que tanto a jurisprudncia, excepcionalmente, quanto a prpria lei (art. 284 do CPC, por exemplo, cujo prazo dilatrio) mitigam essa regra quanto aos documentos comprobatrios da tese defendida, mxime tendo em vista os princpios da economia e da instrumentalidade do processo. Precedentes. 3. As instncias ordinrias assentaram a tempestividade na juntada dos referidos documentos aos autos, em virtude basicamente de caracteriz-los como comprobatrios das alegaes autorais, aos quais a jurisprudncia tem, excepcionalmente, em consonncia com a moldura ftica do caso concreto, atribudo maior flexibilidade quanto a sua admisso superveniente. Infirmar essa concluso demanda o revolvimento de matria ftico-probatria, invivel na estreita via do recurso especial ante o bice erigido pela Smula 7 do STJ. 4. O endosso pstumo ou imprprio, assim entendido aquele realizado ulteriormente ao vencimento do ttulo, ou efetuado posteriormente ao protesto por falta de pagamento, ou ainda feito depois do prazo fixado para o protesto necessrio, gera efeitos diversos do endosso propriamente dito, quais sejam, aqueles advindos de uma "cesso ordinria de crdito". O princpio da inoponibilidade de defesa pessoal a terceiro de boa-f ostenta natureza eminentemente cambial, no sendo, pois, aplicvel espcie. 5. No caso em tela, o endosso deu-se posteriormente ao protesto do ttulo por falta de pagamento, o que, por si s, suficiente para afastar a restrio da defesa ao aspecto meramente formal da promissria. Tendo assentado o acrdo recorrido a prtica manifesta de juros excessivos, tanto quanto a quitao substancial do referido ttulo, no h cogitar da sua reforma. 6. Recurso especial no provido. , (REsp 826660/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMO, QUARTA TURMA, julgado em 19/05/2011, DJe 26/05/2011) III INFORMATIVOS

    Informativo n 0467

    Perodo: 21 a 25 de maro de 2011.

    Terceira Turma EXECUO. DUPLICATA VIRTUAL. BOLETO BANCRIO. As duplicatas virtuais emitidas por meio magntico ou de gerao eletrnica podem ser protestadas por indicao (art. 13 da Lei n. 5.474/1968), no se exigindo, para o ajuizamento da execuo judicial, a exibio do ttulo. Logo, se o boleto bancrio que serviu de indicativo para o protesto retratar fielmente os elementos da duplicata virtual, estiver acompanhado do comprovante de entrega das mercadorias ou da prestao dos servios e no tiver seu aceite justificadamente recusado pelo sacado, poder suprir a ausncia fsica do ttulo cambirio eletrnico e, em princpio, constituir ttulo executivo extrajudicial. Assim, a Turma negou provimento ao recurso. REsp 1.024.691-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/3/2011.

    Informativo 483

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 7

    SETEMBRO DE 2011

    Segunda seo

    CHEQUE PS-DATADO. PRESCRIO. AO EXECUTIVA. DATA CONSIGNADA NA CRTULA. A Seo entendeu que a emisso de cheques ps-datados, ainda que seja prtica costumeira, no encontra previso legal, pois admitir que do acordo extracartular decorra a dilao do prazo prescricional importaria na alterao da natureza do cheque como ordem de pagamento vista e na infringncia do art. 192 do CC, alm de violao dos princpios da literalidade e abstrao. Assim, para a contagem do prazo prescricional de cheque ps-datado, prevalece a data nele regularmente consignada, ou seja, aquela oposta no espao reservado para a data de emisso. Precedentes citados: REsp 875.161-SC, DJe 22/08/2011, e AgRg no Ag 1.159.272-DF, DJe 27/04/2010. REsp 1.068.513-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/9/2011.

    Informativo n 0485

    Perodo: 10 a 21 de outubro de 2011.

    Quinta Turma

    FOLHAS DE CHEQUE E OBJETO MATERIAL DO CRIME. A Turma, ao reconhecer a atipicidade da conduta praticada pelo paciente, concedeu a ordem para absolv-lo do crime de receptao qualificada de folhas de cheque. Reafirmou-se a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia no sentido de que o talonrio de cheque no possui valor econmico intrnseco, logo no pode ser objeto material do crime de receptao. HC 154.336-DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 20/10/2011.

    Informativo n 0482

    Perodo: 29 de agosto a 9 de setembro de 2011.

    Quarta Turma

    CHEQUE. BENEFICIRIA. DOMICLIO. EXTERIOR. COBRANA. Cinge-se a questo possibilidade de, admitindo-se que os cheques sejam de praa diversa da agncia pagadora do sacado pelo fato de a tomadora ser empresa estrangeira, reconhecer-se que houve o oportuno ajuizamento da ao de locupletamento ilcito, de natureza cambial. No caso, cuidou-se, na origem, de ao de cobrana de cheques no total de R$ 126 mil, no depositados diante da afirmao do emitente de inexistirem fundos em sua conta. No REsp, a recorrente sustenta, entre outros temas, violao dos arts. 33, 59 e 61 da Lei n. 7.357/1985, alegando que os cheques continuam sendo ttulos de crdito, pois foram emitidos em praa diversa, tendo em vista tratar-se de empresa estrangeira. Inicialmente, destacou o Min. Relator que, sendo ocheque ttulo de crdito, submete-se aos princpios cambirios da cartularidade, literalidade, abstrao, autonomia das obrigaes cambiais e inoponibilidade das excees pessoais a terceiros de boa-f, por isso deve ser considerado como local de emisso o indicado no ttulo. Ademais, o art. 33 da referida lei prev que o cheque possa ser emitido no exterior; no pode, portanto, servir de justificativa a alegao de que o local consignado na crtula diverge daquele em que ela foi efetivamente emitida, pelo fato de a beneficiria no ter domiclio no Brasil. At porque, o fato de a tomadora ter domiclio no estrangeiro no elide, por si s, a possibilidade de o cheque ter sido recebido na praa constante da crtula, ainda que por um representante ou preposto da tomadora. Ressaltou, ainda, que o cheque ordem de pagamento vista, sendo de seis meses o lapso prescricional para a execuo do cheque aps o prazo de apresentao, que de 30 dias a contar da emisso se da mesma praa ou de 60 dias, tambm a contar da emisso, se consta no ttulo como sacado em praa diversa, isto , municpio distinto daquele em que se situa a agncia

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 8

    pagadora. Registrou, ademais, que, uma vez prescrito o prazo para a execuo do cheque, o art. 61 da Lei n. 7.357/1985 prev, no prazo de dois anos a contar da prescrio, a possibilidade de ajuizamento de ao de locupletamento ilcito, que, por ostentar natureza cambial, prescinde da descrio do negcio jurdico subjacente. No entanto, expirado o prazo para ajuizamento da ao por enriquecimento sem causa, o art. 62 da mesma lei ressalva a possibilidade de ajuizamento de ao fundada na relao causal, a exigir, portanto, meno ao negcio jurdico que ensejou a emisso do cheque. In casu, os cheques que embasaram a ao foram emitidos em 6/12/1998 e 6/1/1999, na mesma praa de pagamento, de modo que o prazo de apresentao era de apenas 30 dias, aps o qual fluiu o prazo para execuo de seis meses, no entanto a ao de natureza cambial de locupletamento ilcito foi proposta em 3/8/2001, ou seja, mais de dois anos aps a prescrio dos cheques emitidos em dezembro de 1998; aps, portanto, o prazo legal previsto (art. 61 da Lei n. 7.357/1985). Assim, concluiu que no era cabvel a utilizao da mencionada ao, sendo imprescindvel a meno ao negcio jurdico subjacente, conforme previsto no art. 62 da aludida lei. Com essas, entre outras consideraes, a Turma negou provimento ao recurso. Precedentes citados: REsp 875.161-SC, DJe 22/8/2011, e REsp 237.419-PR, DJ 1/7/2004. REsp 1.190.037-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 6/9/2011.

    Informativo n 0472

    Perodo: 9 a 13 de maio de 2011.

    Quarta Turma CHEQUE SUSTADO. DEVOLUO. CREDOR. DANO MORAL. No caso, a instituio bancria recorrente alega que devolveu os cheques sustados Administrao Pblica (devedora) em razo de ordem do governo estadual; eles tinham sido inicialmente depositados na conta-corrente da autora recorrida para pagamento de convnio celebrado. Porm, tal assertiva no ficou explicitada pelo tribunal a quo. Logo, a Turma entendeu que o banco, ao entregar os cheques sustados ao devedor em vez de faz-lo ao credor, impediu o exerccio de direitos cambirios inerentes ao ttulo e, assim, cometeu ato ilcito com consequente indenizao pelo dano moral sofrido pelo credor. REsp 896.867-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 10/5/2011.

    Informativo n 0430

    Perodo: 12 a 16 de abril de 2010.

    Quarta Turma

    FALNCIA. AO MONITRIA. AVALISTAS. Na espcie, h duas questes a serem decididas. A primeira, saber se cabe ajuizar ao monitria depois da falncia do devedor cuja sentena declaratria no foi publicada; a segunda, se podem os avalistas figurar no polo passivo, em razo da prescrio dos ttulos. Para o Min. Relator, levando-se em considerao um detalhe, qual seja, o de que a monitria foi embargada e no h crdito algum a habilitar na falncia, pois a sua constituio ainda pende de julgamento, a rigor, tem-se uma ao de conhecimento cujo crdito somente ser habilitvel depois de regularmente definido, por isso mesmo no tem fora para quebrar a universalidade do juzo falimentar, cuja existncia tem por finalidade manter hgida a par conditium creditorum, ou seja, a paridade entre os diversos credores, dentro das regras especficas de pagamento na lei falimentar. No h, na espcie, quebra desse princpio bsico, pois no h crdito a pagar e muito menos a habilitar, existindo, efetivamente, embargos monitria.Assim o rito o ordinrio, somente podendo se falar em valor (crdito) exigvel no final do processo. O fato que no h prevalncia do juzo falimentar. Para todos os efeitos, no havia falncia. Se no havia falncia, a monitria era possvel e cabvel. H de ser considerado que a monitria foi proposta antes da quebra, dada a no publicao formal da sentena, conforme os ditames legais. Dada a

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 9

    prescrio dos ttulos, no h crdito a habilitar na falncia. Quanto legitimidade passiva dos avalistas, que figuram como demandados, h, no caso, omisso no julgado. que, conforme a jurisprudncia deste Superior Tribunal, perde eficcia o aval se estiver prescrito o ttulo de crdito, no respondendo o garante pela dvida, salvo se comprovado ter-se beneficiado com o crdito. No caso, sobre essa particularidade, no houve pronunciamento. Diante do exposto, a Turma conheceu do recurso para reconhecer a possibilidade de ajuizamento da monitria e, identificando omisso no julgado combatido, determinar a remessa dos autos origem para que seja suprida a falta. Precedentes citados: REsp 222.937-SP, DJ 2/2/2004; AgRg no Ag 653.421-SP, DJ 29/10/2007; REsp 467.516-MT, DJ 20/3/2006; REsp 243.385-SP, DJ 26/8/2002, e REsp 1.022.068-SP, DJe 2/2/2009. REsp 896.543-MG, Rel. Min. Fernando Gonalves, julgado em 13/4/2010.

    Informativo n 0421

    Perodo: 1 a 5 de fevereiro de 2010.

    Quarta Turma

    DANOS MORAIS. BANCO. ENDOSSO. DUPLICATA. A simples situao de o banco ter recebido o ttulo para protesto e a cobrana dentro de sua funo legal no pode lev-lo a ser responsabilizado por danos morais decorrentes do protesto indevido. A jurisprudncia deste Superior Tribunal firmou-se no sentido de que, no endosso mandato, s responde o endossatrio pelo protesto indevido de duplicata quando o fez aps ser advertido da irregularidade havida seja pela falta de higidez seja pelo seu devido pagamento. Ante o exposto, a Turma deu provimento ao recurso do banco para restabelecer a sentena. Precedentes citados: REsp 576.174-RS, DJ 19/12/2005, e REsp 549.733-RJ, DJ 13/9/2004. REsp 602.280-RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 2/2/2010. IV. SIMULADOS CONCEITO LC/ACEITE NOTA PROMISSRIA/TRIPLICATA CESPE - 2012 - TJ-BA - Assinale a opo correta com relao aos ttulos de crdito. A) Dispensa-se o aceite desde a emisso da nota promissria, no se aplicando a esse ttulo a modalidade de vencimento a certo termo da vista, na medida em que, nessa modalidade, a data para pagamento estabelecida a partir do momento do aceite. B) Ordinariamente, a letra de cmbio propicia ao sacador a opo de, em vez de efetuar o pagamento de determinada dvida diretamente ao tomador, em vista de ter crdito perante o sacado, emitir uma letra de cmbio, por meio da qual ser satisfeito o seu crdito perante o sacado, bem como o crdito do tomador perante o prprio sacador. C)A perda ou extravio da duplicata so as nicas hipteses que, de acordo com a lei, obrigam o vendedor a extrair a triplicata, cujos efeitos so os mesmos daquela. D) A letra de cmbio e a duplicata so exemplos de ttulos livres, cujo formato no segue um rigor absoluto, podendo ser confeccionados da maneira que melhor atenda aos interesses das partes. E) O aval somente pode ser dado aps a constituio formal da obrigao assumida pelo avalizado, determinando o Cdigo Civil brasileiro que o vencimento do aval pstumo produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. Gabarito: B TJES - 2011 - CESPE - JUIZ Com referncia a letra de cmbio e direito cambirio, assinale a opo correta.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 10

    a) Para que a letra de cmbio produza os efeitos pretendidos, basta a identificao do sacador, do sacado e do tomador, no havendo requisito de natureza formal. b) Entreos requisitos, estabelecidos em lei, essenciais produode efeitosdaletrade cmbioinclui-sea obrigatria identificaodotipodettulodecrditoquesepretendegerar. c) Tratando-se de letra de cmbio, so inadmissveis clusula de correo monetria ou, em letra de cmbio a vista, fluncia de juros entre as datas do saque e da apresentao. d) No necessrio que a letra de cmbio mencione o lugar do pagamento e o lugar do saque. e) Para a emisso de letra de cmbio, que corresponde a ordem de pagamento, no permitido que a mesma pessoa ocupe simultaneamente mais de uma situao. SUBSCRITOR NOTA PROMISSRIA/AVAL POSTERIOR MPE-SP - 2011 - MPE-SP - PROMOTOR DE JUSTIA. Considere as seguintes assertivas, relacionadas com Ttulos de Crdito: I. O aval dado, na duplicata, aps o vencimento produz o mesmo efeito daquele prestado anteriormente ao vencimento; II. A ao de execuo do cheque prescreve em 6 (seis) meses da data do vencimento da crtula; III. Na Nota Promissria, o seu subscritor no responde da mesma forma que o aceitante da Letra de Cmbio; IV. a Cdula de Produto Rural (CPR) Ttulo de Crdito prprio, sendo exigvel o protesto para assegurar o direito de regresso contra avalistas. Pode-se afirmar que est correto apenas o contido em a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) III e IV. GABARITO: A ENDOSSO PARCIAL FCC - 2011 - MPE-CE - PROMOTOR DE JUSTIA. Sobre o endosso da letra de cmbio e da nota promissria analise as afirmaes abaixo: I. No endosso pignoratcio, os co-obrigados no podem invocar contra o portador as excees fundadas sobre as relaes pessoais deles com o endossante, a menos que o portador, ao receber a letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. II. O endosso, que pode ser parcial, deve ser puro e simples, no se admitindo subordin-lo a condio. III. O mandato que resulta de um endosso por procurao no se extingue por morte, ou sobrevinda incapacidade legal do mandatrio. IV. O endossante, salvo clusula em contrrio, no garante da aceitao ou do pagamento da letra. V. O endossante pode proibir novo endosso, e neste caso, no garante o pagamento s pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. Est correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I, III e V. c) II, III e IV. d) II, III e V. e) II, IV e V. GABARITO: B

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 11

    AVAL PRESCRIO/ AVAL - CNJUGE CESPE - 2012 - MPE-PI - PROMOTOR DE JUSTIA. Com referncia aos ttulos de crdito, assinale a opo correta. a) Em virtude de ser lcito o aval em cheque, possvel a proposio de ao monitria contra avalista de cheque prescrito. b) Nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta, prestar fiana ou aval. c) A nota promissria vinculada a contrato de abertura de crdito goza de autonomia em razo da liquidez do ttulo que a originou. d) Em razo da existncia de dispositivo legal que no admite cheque a data certa ou a certo termo de vista, a jurisprudncia no acolhe pedido de dano moral em virtude de apresentao antecipada de cheque pr-datado. e) A simples devoluo indevida do cheque no caracteriza dano moral, pois, para tanto, se exige prova de que o ato tenha causado angstia e aborrecimento srio ao prejudicado pela conduta. GABARITO: B AVAL SIMULTNEO TJRJ 2012 VUNESP JUIZ - Com relao aos avais simultneos, A) o pagamento do ttulo por um dos avalistas libera os demais avalistas de um possvel direito de regresso em favor do que pagou. B) assim como nos avais sucessivos, dependem da ordem cronolgica para a atribuio da responsabilidade do avalista. C) um avalista se torna avalista dos outros. D) o pagamento do ttulo por um dos avalistas no libera o devedor principal do direito de regresso em favor do que pagou. Gabarito: D DUPLICATA RECUSA ACEITE/ PROTESTO TJ-PE - FCC 2011 JUIZ - No que tange duplicata: (A) o comprador poder deixar de aceit-la por vcios, defeitos e diferenas na qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. (B) lcito ao comprador resgat-la antes do aceite, mas no antes do vencimento. (C) trata-se de ttulo causal, que por isso no admite reforma ou prorrogao do prazo de vencimento. (D) ttulo protestvel por falta de aceite, de devoluo ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentao da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicaes do portador, na falta de devoluo do ttulo. (E) em nenhum caso poder o sacado reter a duplicata em seu poder at a data do vencimento, devendo comunicar eventuais divergncias apresentante com a devoluo do ttulo. Gabarito: D TJDFT 2011 TJDFT - JUIZ Assinale a alternativa correta, considerando doutrina e jurisprudncia prevalentes. A pretenso execuo da duplicata prescreve: a) em trs (3) anos, contados da datado vencimento do ttulo, contra o sacado e respectivos avalistas; b) em um (1) ano, contado da datado protesto, contra o endossante e seus avalistas; c) em um (1) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do ttulo, de qualquer dos coobrigados contra os demais; d) todas as alternativas acima (a, b, c) so corretas.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 12

    Gabarito: D 39. No se aplica a vedao do art. 897, pargrafo nico, do Cdigo Civil, aos ttulos de crdito regulados por lei especial, nos termos do seu art. 903, sendo, portanto, admitido o aval parcial nos ttulos de crdito regulados em lei especial. 40. O prazo prescricional de 6 (seis) meses para o exerccio da pretenso execuo do cheque pelo respectivo portador contado do encerramento do prazo de apresentao, tenha ou no sido apresentado ao sacado dentro do referido prazo. No caso de cheque ps-datado apresentado antes da data de emisso ao sacado ou da data pactuada com o emitente, o termo inicial contado da data da primeira apresentao. 41. A cdula de crdito bancrio ttulo de crdito dotado de fora executiva, mesmo quando representativa de dvida oriunda de contrato de abertura de crdito bancrio em conta-corrente, no sendo a ela aplicvel a orientao da Smula 233 do STJ. A Smula: Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatrio que recebe por endosso translativo ttulo de crdito contendo vcio formal extrnseco ou intrnseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas. Smula 476: o endossatrio de ttulo de crdito por endosso-mandato s responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatrio.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 1

    CARREIRAS JURDICAS - INTENSIVO II Disciplina: Direito Empresarial Prof: Alexandre Gialluca

    I. ANOTAES DA AULA TITULOS DE CRDITO LETRA DE CMBIO (cont.) 7.6. AVAL SIMULTNEO: so os avais dados por dois ou mais avalistas ao mesmo avalizado. Smula 189 do STF: Avais em branco e superpostos consideram-se simultneos e no sucessivos. 7.7. AVAL SUCESSIVO: ocorre quando um avalista garante a obrigao de outro avalista. o aval do a-val. 7.8. Diferena entre aval e fiana

    AVAL FIANA Titulo de crdito Contrato Autnomo Acessrio No tem benefcio de ordem Possui benefcio de ordem

    Obs1. Em caso de morte, incapacidade ou falncia do avalizado, o avalista continua responsvel. Equivalncia obrigacional. Obs2. Se o avalista cobrado ele tem direito de regresso? Se o avalista pagar o ttulo ter direito de regresso contra o avalizado e contra os devedores anteriores a ele. Obs3. Art. 1.647, III, CC autorizao do cnjuge para o aval. Exceto no caso de regime de separao absoluta. 8. Espcies de vencimento de uma letra de cmbio

    08/03/2013

    TITULOS DE CRDITO

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 2

    a) A vista aquele exigvel de imediato. b) Data certa da data estipulada. c) A certo termo de data n x de dias contados a partir da data inicial, ou seja da data da emisso. d) A certo termo de vista se conta a partir da data do aceite.

    NOTA PROMISSRIA 1. Conceito: o ttulo de crdito pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, designada beneficirio, uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, em seu favor ou a outrem sua ordem, nas condies nela constantes. No ordem de pagamento, promessa de pagamento. Tem a figura do emitente/ subscritor/ promitente que aquele que faz uma promessa de pagamento para o tomador beneficirio. 2. Requisitos a) expresso nota promissria b) promessa pura e simples de pagar quantia determinada c) poca de pagamento d) lugar de pagamento e) nome do beneficiado f) lugar de emisso/lugar de emisso g) assinatura do emitente Decreto 57663/66 3. Aceite Na nota promissria no se admite aceite, pois o aceite ato de concordncia de uma ordem de pagamento dada, quando temos promessa no h ordem. 4. Devedor principal Aqui o devedor principal o emitente da nota promissria, diferentemente do que ocorre na letra de cmbio. 5. Endosso Para endosso devemos aplicar as mesmas regras da letra de cmbio, pois o decreto 5.663/63, s vai cuidar de nota promissria dos arts. 75 ao 79, isso porque pela regra do art. 76/77 diz que as mesmas regras da letra de cmbio no tocante a vrios assuntos sero as mesmas para a nota promissria. 6. Aval Devemos aplicar as mesmas regras da letra de cmbio. 7. Vencimento a) vista;

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 3

    b) data certa; c) a certo termo de data. d) a certo termo de vista o prazo contado a partir da data do visto, conforme art. 78 do decreto 57.663/66; 8. O que diferencia a nota promissria emitida em carter pro soluto da nota promissria pro solvendo? Aponte os efeitos de cada uma delas, em decorrncia da falta de pagamento, quanto emitidas em razo de compra e venda de um imvel. Pro solvendo: no ttulo pro solvendo no existe novao da relao causal, que permanece com a relao cambiria. Portanto a relao causal s se extingue com o pagamento do ttulo. Pro soluto: tem esta natureza o ttulo emitido e entregue ao beneficirio visando a extino da obrigao que gerou a sua criao, ou seja, dado em pagamento da relao causal. Neste caso o ttulo provoca a novao. DUPLICATA 1. Conceito: um ttulo de crdito causal e ordem, extrado por vendedor ou prestador de servio, que visa documentar o saque fundado sobre crdito decorrente de compra e venda mercantil ou prestao de servios e que tem como pressuposto a extrao de uma fatura. Sempre deve haver a emisso de uma fatura na compra e venda mercantil. 2. Requisitos a) denominao duplicata; *b) nmero da fatura requisito essencial porque a duplicata uma duplicao das informaes da fatura; c) data do vencimento ou declarao de duplicata vista; d) nome e domiclio do sacador (emitente); e) importncia a pagar; f) praa de pagamento; g) ordem de pagamento; h) assinatura do emitente. Cuidado: a assinatura e nmero da fatura so requisitos essenciais e sem qualquer uma delas a duplicata no tem validade. Sacador vendedor Sacado comprador Tomador vendedor 3. Aceite Enquanto na letra o aceite facultativo, na nota promissria no h aceite e no cheque no se admite aceite, na duplicata o aceite obrigatrio, e o sacado est obrigado a dar aceite. 3.1. Hipteses legais que permitem a recusa do aceite

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 4

    Art. 8 c/c 21 da lei 5.474/68: a) avaria/ no recebimento da mercadoria/ no prestao dos servios; b) vcio/ defeito de quantidade ou qualidade do produto ou do servio; c) divergncias quanto a prazo, preo e condies de pagamento. 4. Tipos de aceite a) ordinrio decorre da assinatura do sacado lanada no anverso do ttulo; b) presumido ou por presuno ocorre quando a mercadoria entregue ou o servio prestado e no h recusa formal do sacado + protesto; c) por comunicao ocorre quando o sacado envia uma mensagem, um comunicado ao sacador informando que aceita aquela ordem de pagamento. 5. Hipteses legais de recusa de aceite: a) em caso avaria/no recebimento da mercadoria/no prestao do servio; b) vcio/defeito de quantidade ou qualidade do produto ou servio; c) divergncias quanto a prazo, preo e condies de pagamento. 6. Processamento Quando ela no a vista: Sacador emitir 30 dias remessa sacado 10 dias devoluo (aceite ou recusa do aceite) sacador 7. Espcies de protesto Protesto por falta de devoluo Protesto por falta de aceite Protesto por falta de pagamento Duplicata Extravio Triplicata Por indicaes: duplicata virtual 8. Endosso: Art. 25 da lei 5.474/68 (circulao) Aplicam-se duplicata as mesmas regras da letra de cmbio. 9. Aval So as mesmas regras da letra de cmbio. Aval parcial: Uma parte da doutrina entende que possvel, pois tenho que aplicar a lei da letra de cmbio.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 5

    Outra parte diz que devo aplicar o cdigo civil (vedao do aval parcial). 10. Tipos de vencimento vista Data certa 11. Execuo Se a duplicata tem aceite perfeitamente possvel a execuo. O problema se a duplicata no tem aceite art. 15, II; Desde que apresente a duplicata e tenha protesto (falta de pagamento); Comprovante: entrega da mercadoria ou do servio prestado. CHEQUE 1. Conceito: o ttulo de crdito pelo qual uma pessoa denominada emitente ou sacador, com base em prvia e disponvel proviso de fundos em poder de banco ou instituio financeira a ele assemelhada, denominado sacado, d contra o banco uma ordem incondicional de pagamento vista, em seu prprio benefcio ou em favor de terceiro, designado tomar beneficirio. O cheque uma ordem de pagamento, ento possui a seguinte estrutura: -Sacador - correntista -Sacado - banco -Tomador/ beneficirio - credor Com o preenchimento do cheque o sacador d ao sacado uma ordem para que este pague ao tomador/beneficirio o valor constante no cheque. O cheque s pode ser vista, a nica modalidade de vencimento existente para o cheque. Ele pode ser exigvel de imediato. O cheque pr-datado e ps-datado aquele no qual aposta uma data futura. Para o banco o que prevalece a lei de cheque (lei 7.357/85) e essa lei estabelece que tudo que for contrrio forma de pagamento vista considerado como inexistente. Quem age apresentando um cheque antecipadamente rompe com o princpio da boa-f objetiva Smula 370 do STJ. 2. Requisitos do cheque Art. 1 da lei 7.357/85. a) denominao cheque no texto do ttulo; b) ordem incondicional de pagamento de quantia determinada; c) nome do banco ou instituio financeira equiparada (nome do sacado); d) lugar de pagamento *e) indicao de data e do lugar de emisso *f) assinatura do emitente sem a assinatura no vale como cheque; *Requisitos no essenciais ou requisitos acidentais so os requisitos suprveis. Esto previstos no art. 2 da lei.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 6

    Quando temos a falta de indicao do lugar de pagamento, o lugar de pagamento ser o lugar do sacado. Quando no houver lugar de emisso ser considerado o lugar do emitente. 3. Aceite De acordo com o art. 6 da lei de cheque, o cheque no admite a figura do aceite. 4. Endosso so as mesmas regras da letra de cmbio Alnea 36/Motivo: mais de um endosso. No h mais limite de endosso para cheque. 5. Aval As mesmas regras da letra de cmbio. Art. 29 aval total/parcial De acordo com o art. 29 da lei de cheque, o cheque admite tanto o aval total como tambm o aval parcial. II. SIMULADOS 2.1. (CESPE - 2011 - TJ-ES Juiz) Com referncia a letra de cmbio e direito cambirio, assinale a opo correta. a) Para que a letra de cmbio produza os efeitos pretendidos, basta a identificao do sacador, do sacado e do tomador, no havendo requisito de natureza formal. b) Entre os requisitos, estabelecidos em lei, essenciais produo de efeitos da letra de cmbio inclui-se a obrigatria identificao do tipo de ttulo de crdito que se pretende gerar. c) Tratando-se de letra de cmbio, so inadmissveis clusula de correo monetria ou, em letra de cmbio a vista, fluncia de juros entre as datas do saque e da apresentao. d) No necessrio que a letra de cmbio mencione o lugar do pagamento e o lugar do saque. e) Para a emisso de letra de cmbio, que corresponde a ordem de pagamento, no permitido que a mesma pessoa ocupe simultaneamente mais de uma situao. 2.2. (TRT 23R (MT) - 2011 - Juiz do Trabalho) Requisitos exigidos na letra de cmbio que devem ser lanados por extenso, exceto: a) a denominao "letra de cmbio'' ou a denominao equivalente na lngua em que for emitida. b) a soma de dinheiro a pagar e a espcie de moeda. c) o nome da pessoa que deve pag-La. d) o nome da pessoa a quem deve ser paga. A letra no pode ser ao portador e tambm no pode ser emitida por ordem e conta de terceiro. e) a assinatura do prprio punho do sacador ou do mandatrio especial. 2.3. (CESPE - 2010 - AGU Procurador) Em cada um dos itens de 139 a 148, apresentada uma situao hipottica, seguida de uma assertiva a ser julgada no que se refere a direito comercial. B emitiu letra de cmbio em benefcio de A para ser paga por C, com vencimento para o dia 10 de outubro de 2010. Em 5 de janeiro de 2010, foi decretada a falncia de C. Nessa situao, considerando-

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 7

    se que ainda no havia sido dado o aceite do referido ttulo de crdito, essa decretao de falncia no alterar a data de vencimento da crtula.

    2.4. (CESPE - 2012 - TJ-PI Juiz) De acordo com o Cdigo Civil, o ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e autnomo nele contido, somente produz efeito quando preenchidos os requisitos legais. Com base nessa informao e na teoria geral dos ttulos de crdito, assinale a opo correta.

    a) De acordo com a teoria da emisso, embasada nos estudos de Kuntze, os ttulos de crdito representam obrigaes abstratas, porquanto a causa no essencial formao do ttulo.

    b) Reputam-se abstratos ou perfeitos os chamados ttulos representativos, cuja circulao importa a transferncia da mercadoria a que se referem, como o conhecimento de transporte ferrovirio ou martimo e a duplicata.

    c) Consoante o princpio da autonomia, o ttulo de crdito desvincula-se do negcio jurdico que lhe deu origem, ou seja, questes relativas a esse negcio jurdico subjacente no afetam o cumprimento da obrigao do ttulo.

    d) Enquanto estiver em circulao, s o ttulo de crdito poder ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e no separadamente os direitos ou mercadorias que ele represente.

    e) O conceito mais clssico de ttulo de crdito, praticamente reproduzido no artigo 887 do Cdigo Civil, foi elaborado por Tullio Ascarelli.

    2.5. (CESPE - 2011 - TRF - 2 REGIO Juiz) Com relao ao ttulo de crdito, considerado, na doutrina, o documento necessrio para o exerccio do direito, literal e autnomo, nele mencionado, assinale a opo correta. a) Cheque administrativo ou bancrio aquele em que o emitente se confunde com o sacado, ou seja,

    emitido pela prpria instituio financeira. Estabelece a lei que regulamenta os cheques que o cheque pode ser emitido contra o prprio banco sacado, desde que ao portador.

    b) A nota promissria no produzir efeito quando faltarem a indicao de vencimento e a indicao do lugar em que se deva efetuar o pagamento.

    c) A lei que regulamenta a duplicata estabelece que a emisso da fatura obrigatria em todos os

    contratos, sejam eles de compra e venda mercantil ou de prestao de servios. d) O cheque devolvido ao seu portador por falta de proviso de fundos pode ser apresentado somente

    mais uma vez, e sua execuo contra os endossantes e avalistas depende de protesto. e) Estabelece a lei uniforme relativa s letras de cmbio e s notas promissrias que o sacador de letra

    de cmbio pagvel vista ou a certo termo de vista pode fazer constar a incidncia de juros sobre o valor a ser pago.

    2.6. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrs - Advogado 2011) Com base na legislao aplicvel aos ttulos de crdito, analise as afirmativas abaixo. I - proibido o aval em relao nota promissria. II - A nota promissria no admite aceite.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 8

    III - O cheque no admite aceite. IV - A duplicata mercantil um ttulo causal. Est correto o que se afirma em a) I e II, apenas.

    b) III e IV, apenas. c) I, II e III, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. GABARITO: 2.1. B; 2.2. D; 2.3. Errado; 2.4. D; 2.5. E; 2.6. D.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 1

    CARREIRAS JURDICAS - INTENSIVO II Disciplina: Direito Empresarial Prof: Alexandre Gialluca

    JURISPRUDNCIA CORRELATA Processo

    AgRg no AREsp 172854 / SP AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2012/0088930-8

    Relator(a)

    Ministro RAUL ARAJO (1143) rgo Julgador

    T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento

    04/12/2012 Data da Publicao/Fonte

    DJe 01/02/2013 Ementa

    AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ENDOSSO-TRANSLATIVO. PROTESTO INDEVIDO DE TTULO. RESPONSABILIDADE DA INSTITUIO FINANCEIRA. QUESTO DECIDIDA PELO RITO DO ART. 543-C DO CPC. REVISO DO JULGADO. SUMULA 7/STJ. INCIDNCIA. 1. "O endossatrio que recebe, por endosso translativo, ttulo de crdito contendo vcio formal, sendo inexistente a causa para conferir lastro a emisso de duplicata, responde pelos danos causados diante de protesto indevido, ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas" (REsp 1.213.256/RS, Relator o Ministro LUIZ FELIPE SALOMO, DJe de 14/11/2011) 2. No caso, o acrdo recorrido concluiu que o banco recebeu o ttulo de crdito por endosso translativo e agiu de forma culposa ao levar a protesto duplicata sem aceite e sem o comprovante da entrega da mercadoria ou do servio prestado. 3. Acrescente-se que a reviso do julgado, no sentido de que o protesto era devido, demandaria a anlise do acervo ftico-probatrio dos autos, o que vedado pela Smula 7 do STJ, que dispe: "A pretenso de simples reexame de prova no enseja recurso especial." 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

    Processo

    AgRg no AREsp 65240 / MS AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2011/0247281-1

    Relator(a)

    Ministro RAUL ARAJO (1143) rgo Julgador

    T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento

    08/03/2013

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

    Aula 3A

  • 2

    18/10/2012 Data da Publicao/Fonte

    DJe 16/11/2012 Ementa

    AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROTESTO DE DUPLICATA. ENDOSSO-CAUO. ALEGAO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. REEXAME DE PROVAS. SMULA 7 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. 1. A orientao desta eg. Corte de que a instituio financeira parte legtima para figurar no polo passivo em caso de endosso-cauo, como na hiptese. Precedentes. 2. A aferio da assertiva deduzida na presente irresignao de sua ilegitimidade para figurar no polo passivo da presente demanda, pois foi mero mandatrio do cedente do ttulo - dependeria de novo exame do acervo ftico-probatrio dos autos, o que se sabe vedado nesta sede, a teor do bice previsto na Smula 7 do Superior Tribunal de Justia. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

    Processo

    AgRg no REsp 1209815 / MT AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2010/0156544-8

    Relator(a)

    Ministro MASSAMI UYEDA (1129) rgo Julgador

    T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento

    26/06/2012 Data da Publicao/Fonte

    DJe 02/08/2012 Ementa

    AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - AO MONITRIA NOTA PROMISSRIA - PRESCRIO CAMBIRIA - ILEGITIMIDADE PASSIVA DOS AVALISTAS - ACRDO RECORRIDO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE - AGRAVO IMPROVIDO.

    Acrdo

    Vistos, relatados e discutidos os autos em que so partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justia, na conformidade dos votos e das notas taquigrficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino (Presidente) e Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator. Impedido o Sr. Ministro Ricardo Villas BasCueva.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 3

    QUESTES DE CONCURSO CONCEITO LC/ACEITE NOTA PROMISSRIA/TRIPLICATA CESPE - 2012 - TJ-BA - Assinale a opo correta com relao aos ttulos de crdito. A) Dispensa-se o aceite desde a emisso da nota promissria, no se aplicando a esse ttulo a modalidade de vencimento a certo termo da vista, na medida em que, nessa modalidade, a data para pagamento estabelecida a partir do momento do aceite. B) Ordinariamente, a letra de cmbio propicia ao sacador a opo de, em vez de efetuar o pagamento de determinada dvida diretamente ao tomador, em vista de ter crdito perante o sacado, emitir uma letra de cmbio, por meio da qual ser satisfeito o seu crdito perante o sacado, bem como o crdito do tomador perante o prprio sacador. C)A perda ou extravio da duplicata so as nicas hipteses que, de acordo com a lei, obrigam o vendedor a extrair a triplicata, cujos efeitos so os mesmos daquela. D) A letra de cmbio e a duplicata so exemplos de ttulos livres, cujo formato no segue um rigor absoluto, podendo ser confeccionados da maneira que melhor atenda aos interesses das partes. E) O aval somente pode ser dado aps a constituio formal da obrigao assumida pelo avalizado, determinando o Cdigo Civil brasileiro que o vencimento do aval pstumo produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. Gabarito: B TJES - 2011 - CESPE - JUIZ Comrefernciaaletradecmbioedireitocambirio

    ,assinalea opocorreta.

    a) Paraquealetradecmbioproduzaosefeitos pretendidos,

    bastaaidentificaodosacador,dosacadoedotomador,no havendo requisitode naturezaformal.

    b) Entreos requisitos, estabelecidos em lei, essenciais produode efeitosdaletrade

    cmbioinclui-sea obrigatria identificaodotipodettulodecrditoquesepretendegerar.

    c) Tratando-sedeletradecmbio,soinadmissveisclusulade

    correomonetriaou,emletradecmbioavista,flunciade juros entreasdatasdo saquee da

    apresentao.

    d) Nonecessrio quealetradecmbiomencione olugardo pagamentoe o lugardo saque.

    e) Paraaemissodeletradecmbio,quecorrespondeaordemde pagamento,no permitido

    que a mesmapessoa ocupe simultaneamentemaisde umasituao.

    SUBSCRITOR NOTA PROMISSRIA/AVAL POSTERIOR MPE-SP - 2011 - MPE-SP - PROMOTOR DE JUSTIA. Considere as seguintes assertivas, relacionadas com Ttulos de Crdito: I. o aval dado, na duplicata, aps o vencimento produz o mesmo efeito daquele prestado anteriormente ao vencimento; II. a ao de execuo do cheque prescreve em 6 (seis) meses da data do vencimento da crtula; III. na Nota Promissria, o seu subscritor no responde da mesma forma que o aceitante da Letra de Cmbio;

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 4

    IV. a Cdula de Produto Rural (CPR) Ttulo de Crdito prprio, sendo exigvel o protesto para assegurar o direito de regresso contra avalistas. Pode-se afirmar que est correto apenas o contido em a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) III e IV. GABARITO: A ENDOSSO PARCIAL FCC - 2011 - MPE-CE - PROMOTOR DE JUSTIA. Sobre o endosso da letra de cmbio e da nota promissria analise as afirmaes abaixo: I. No endosso pignoratcio, os co-obrigados no podem invocar contra o portador as excees fundadas sobre as relaes pessoais deles com o endossante, a menos que o portador, ao receber a letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. II. O endosso, que pode ser parcial, deve ser puro e simples, no se admitindo subordin-lo a condio. III. O mandato que resulta de um endosso por procurao no se extingue por morte, ou sobrevinda incapacidade legal do mandatrio. IV. O endossante, salvo clusula em contrrio, no garante da aceitao ou do pagamento da letra. V. O endossante pode proibir novo endosso, e neste caso, no garante o pagamento s pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. Est correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I, III e V. c) II, III e IV. d) II, III e V. e) II, IV e V. GABARITO: B AVAL PRESCRIO/ AVAL - CNJUGE CESPE - 2012 - MPE-PI - PROMOTOR DE JUSTIA. Com referncia aos ttulos de crdito, assinale a opo correta. a) Em virtude de ser lcito o aval em cheque, possvel a proposio de ao monitria contra avalista de cheque prescrito. b) Nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta, prestar fiana ou aval. c) A nota promissria vinculada a contrato de abertura de crdito goza de autonomia em razo da liquidez do ttulo que a originou.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 5

    d) Em razo da existncia de dispositivo legal que no admite cheque a data certa ou a certo termo de vista, a jurisprudncia no acolhe pedido de dano moral em virtude de apresentao antecipada de cheque pr-datado. e) A simples devoluo indevida do cheque no caracteriza dano moral, pois, para tanto, se exige prova de que o ato tenha causado angstia e aborrecimento srio ao prejudicado pela conduta. GABARITO: B AVAL SIMULTNEO TJRJ 2012 VUNESP JUIZ - Com relao aos avais simultneos, A) o pagamento do ttulo por um dos avalistas libera os demais avalistas de um possvel direito de regresso em favor do que pagou. B)assim como nos avais sucessivos, dependem da ordem cronolgica para a atribuio da responsabilidade do avalista. C)um avalista se torna avalista dos outros. D) o pagamento do ttulo por um dos avalistas no libera o devedor principal do direito de regresso em favor do que pagou. Gabarito: D DUPLICATA RECUSA ACEITE/ PROTESTO TJ-PE - FCC 2011 JUIZ - No que tange duplicata: (A) o comprador poder deixar de aceit-la por vcios, defeitos e diferenas na qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. (B) lcito ao comprador resgat-la antes do aceite, mas no antes do vencimento. (C) trata-se de ttulo causal, que por isso no admite reforma ou prorrogao do prazo de vencimento. (D) ttulo protestvel por falta de aceite, de devoluo ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentao da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicaes do portador, na falta de devoluo do ttulo. (E) em nenhum caso poder o sacado reter a duplicata em seu poder at a data do vencimento, devendo comunicar eventuais divergncias apresentante com a devoluo do ttulo. Gabarito: D TJDFT 2011 TJDFT - JUIZ - Assinalea alternativa correta, considerando doutrinaejurisprudnciaprevalentes. Apretenso execuo daduplicataprescreve: a) em trs(3) anos, contadosdadatado vencimento do ttulo, contrao sacado erespectivosavalistas; b)emum(1) ano,contado dadatado protesto, contraoendossanteeseusavalistas; c)emum(1)ano,contadodadataemquehajasidoefetuadoopagamentodottulo,dequalquerdos coobrigadoscontraosdemais; d)todasasalternativasacima(a, b, c) socorretas. Gabarito: D

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 6

    TJ-PE - FCC 2011 JUIZ - Em relao ao protesto de ttulos, correto afirmar: (A) O protesto ser tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devoluo, s podendo ser efetuado o protesto por falta de aceite antes do vencimento da obrigao e aps o decurso do prazo legal para o aceite ou a devoluo. (B) Em nenhum caso sero protestados ttulos e outros documentos de dvida em moeda estrangeira, emitidos fora do Brasil. (C) Todos os ttulos sero examinados pelo tabelio de protesto em seus caracteres formais, inclusive quanto ocorrncia de prescrio ou caducidade, s tendo curso se no apresentarem vcios. (D) Quando a intimao do devedor for efetivada excepcionalmente no ltimo dia do prazo ou alm dele, por motivo de fora maior, o protesto ser tirado antecipadamente. (E) O protesto ato personalssimo, devendo sua intimao ocorrer sempre na figura do devedor e defesa a intimao por edital. Gabarito: A TJ-PE - FCC 2011 JUIZ - No que tange duplicata: (A) o comprador poder deixar de aceit-la por vcios, defeitos e diferenas na qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. (B) lcito ao comprador resgat-la antes do aceite, mas no antes do vencimento. (C) trata-se de ttulo causal, que por isso no admite reforma ou prorrogao do prazo de vencimento. (D) ttulo protestvel por falta de aceite, de devoluo ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentao da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicaes do portador, na falta de devoluo do ttulo. (E) em nenhum caso poder o sacado reter a duplicata em seu poder at a data do vencimento, devendo comunicar eventuais divergncias apresentante com a devoluo do ttulo. Gabarito: D 39. No se aplica a vedao do art. 897, pargrafo nico, do Cdigo Civil, aos ttulos de crdito regulados por lei especial, nos termos do seu art. 903, sendo, portanto, admitido o aval parcial nos ttulos de crdito regulados em lei especial. 40. O prazo prescricional de 6 (seis) meses para o exerccio da pretenso execuo do cheque pelo respectivo portador contado do encerramento do prazo de apresentao, tenha ou no sido apresentado ao sacado dentro do referido prazo. No caso de cheque ps-datado apresentado antes da data de emisso ao sacado ou da data pactuada com o emitente, o termo inicial contado da data da primeira apresentao. 41. A cdula de crdito bancrio ttulo de crdito dotado de fora executiva, mesmo quando representativa de dvida oriunda de contrato de abertura de crdito bancrio em conta-corrente, no sendo a ela aplicvel a orientao da Smula 233 do STJ.

    A Smula: Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatrio que

    recebe por endosso translativo ttulo de crdito contendo vcio formal extrnseco ou

    intrnseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas.

    Smula 476: o endossatrio de ttulo de crdito por endosso-mandato s responde por

    danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatrio.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 1

    CARREIRAS JURDICAS - INTENSIVO II Disciplina: Direito Empresarial Prof: Alexandre Gialluca

    I. ANOTAES DA AULA SOCIEDADES 1. Sociedade no personificada - sociedade em comum; - sociedade em conta de participao. 1.1. Sociedade personificada Inicio: Registro (art. 985, CC) Trmino: dissolutrio: - dissoluo; - liquidao; - partilha. Efeitos: a) Autonomia patrimonial; b) titularidade negocial. 2. Sociedade em comum (art. 986, CC) 2.1. Conceito: a sociedade que no foi levada a registro. 2.2. Patrimnio art. 988, CC Art. 988. Os bens e dvidas sociais constituem patrimnio especial, do qual os scios so titulares em comum. 2.3. Responsabilidade (art. 990, CC/02) Art. 990. Todos os scios respondem solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais, excludo do benefcio de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

    SOCIEDADES

    22/03/2013

  • 2

    Ilimitada: 1 bens sociais 2 scios Benefcio de ordem art. 1.024, CC/02 Art. 1.024. Os bens particulares dos scios no podem ser executados por dvidas da sociedade, seno depois de executados os bens sociais. subsidiria Scio ------------- sociedade (benefcio de ordem) Scio ------------ scio Scio que contratou pela sociedade (no tem benefcio de ordem) 2.4. Prova da sociedade (art. 987, CC/02) - scio: por escrito. - terceiro: qualquer meio de prova. 2.5. Caso seja levada a registro vai adquirir personalidade jurdica. 3. Sociedade em conta de participao 3.1. Estrutura (art. 991, CC/02) Art. 991. Na sociedade em conta de participao, a atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente pelo scio ostensivo, em seu nome individual e sob sua prpria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Pargrafo nico. Obriga-se perante terceiro to-somente o scio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o scio participante, nos termos do contrato social. Scio ostensivo: - exercer o objeto social - responsabilidade exclusiva - agir em seu nome individual Scio participante (oculto) Participa dos resultados 3.2. Responsabilidade perante terceiro Somente o scio ostensivo 3.3. Nome empresarial Art. 1.162, CC/02 no pode ter firma ou denominao.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 3

    Art. 1.162. A sociedade em conta de participao no pode ter firma ou denominao. 3.4. Prova de sociedade Terceiro ou scio qualquer meio de prova (art. 992, CC/02) 3.5. Caso seja levada a registro. Art. 993 o registro, neste caso, no confere personalidade jurdica sociedade. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os scios, e a eventual inscrio de seu instrumento em qualquer registro no confere personalidade jurdica sociedade. Obs. Autores Alfredo de Assis Gonalves (minoritria) no sociedade, mas mero contrato de investimento; - no tem nome; - no ter personalidade jurdica; - no precisa ser levada a registrada. Essenciais: - busca de lucro; - Affectio societatis 4. Sociedades personificadas 4.1. Quadro geral Sociedade empresria art. 966, CC/02 a sociedade que tem organizao empresarial e que faz a produo ou circulao de bens ou servios. - sociedade em comandita por aes; - sociedade annima; Obs. Deve ser registrada na junta comercial. Art. 966. Considera-se empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou de servios. Sociedade simples aquela que no tem organizao empresarial ou exerce uma atividade intelectual art. 966, pargrafo nico, CC/02. Deve: - sociedade em nome coletivo; - sociedade em comandita simples; - sociedade em comandita por aes; - sociedade annima; - sociedade limitada.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 4

    Sociedade simples: - sociedade em nome coletivo; - sociedade em comandita simples; - sociedade ltda.; - cooperativa; - sociedade simples art. 997 e seguintes do CC/02. Obs. O captulo da sociedade simples considerado por muitos por teoria geral das sociedades. Artigos do CC/02; - Art. 996 - Art. 1.040 - Art. 1.053 Obs. Deve ser registrado no registro civil de pessoa jurdica (udio visual). Excees: Solidariedade de advogados sociedade simples (EOAB) Cooperativa: apesar de sociedade simples deve ser levada para registro na junta comercial art. 32 8934/94. 4.2. Classificaes das sociedades personificadas a) Sociedades de pessoa ou sociedade de capital Critrio: leva em conta o grau de dependncia da sociedade em relao s qualidades subjetivas dos scios. Excluso do scio: incapacidade inconveniente. Pessoa: excluso Capital: no. b) Sociedade contratual ou institucional Critrio: regime de constituio e dissoluo de vnculo societrio. c) sociedade: - responsabilidade ilimitada - responsabilidade limitada - responsabilidade mista Critrio: a responsabilidade do scio pelas obrigaes sociais. Sociedade comandita simples: - ilimitada - limitada d) sociedade nacional ou estrangeira art. 1.126

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 5

    Art. 1.126. nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no Pas a sede de sua administrao. Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, no pode, sem autorizao do Poder Executivo, funcionar no Pas, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade annima brasileira. 4.3. Constituio a) contrato social - instrumento particular - instrumento pblico b) Requisitos especficos b1) pluralidade de scio (2 ou + scios) Constituio: plural Depois de constituda: unipessoal? 180 dias Unipessoal? No mas admite-se a unipessoalidade temporria 180 dias b2) contribuio dos scios com a formao do capital social Subscrio Integralizao Capital social: valor destinado para a explorao da atividade provindo da contribuio dos scios. b3) Affectio societatis Fabio Ulhoa Coelho Definio: a disposio dos scios em formar e manter a sociedade uns com os outros; quando no existe ou desaparece esse nimo, a sociedade no se constitui ou deve ser dissolvida. Enunciado 67 da Justia Federal falta de affectio societatis no caso de excluir ningum da sociedade, mas sim caso de dissoluo da sociedade. Prxima aula b4) Distribuio de lucros

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 6

    II. SIMULADOS MPE-SP - 2011 - MPE-SP - PROMOTOR DE JUSTIA. A respeito de sociedades, a nica alternativa correta : a) as sociedades comuns e em comandita simples so personificadas, sendo ilimitada a responsabilidade dos scios. b) nas sociedades em conta de participao, respondem perante terceiros o scio ostensivo e o participante, e sua personalidade jurdica tem incio com o registro do contrato social. c) a dissoluo judicial da sociedade simples somente pode ser requerida pelo scio ou scios majoritrios, sendo que a apurao dos haveres depende de balano especial. d) na sociedade limitada, as deliberaes para alterao do contrato social so tomadas pelos votos correspondentes, no mnimo, a trs quartos do capital social. e) nas sociedades cooperativas, a responsabilidade dos scios limitada, sendo que as matrias atinentes ao capital social somente podem ser votadas por votos correspondentes a dois teros do capital social. GABARITO: D Soc em conta de Participao MPE-PR - 2012 - MPE-PR - PROMOTOR DE JUSTIA. Assinale a alternativa incorreta: a) A sociedade por aes pode ser, conforme seu objeto, sociedade empresria ou sociedade simples; b) As sociedades cooperativas consideram-se sociedades simples; c) Na sociedade em conta de participao, a atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente pelo scio ostensivo; d) A sociedade em nome coletivo no pode ter pessoas jurdicas como scias; e) Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada scio limitada ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social. GABARITO: A SOC EM CONTA DE PARTICIPAO 2011 - TJ-RO JUIZ. Considerando a disciplina legal das sociedades, assinale a nica alternativa CORRETA. a) Independentemente de seu objeto, considera-se simples a sociedade por aes e empresria a sociedade cooperativa. b) Na sociedade em conta de participao, a atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente pelo scio oculto/participante, em seu nome individual e sob sua prpria e exclusiva responsabilidade. c) Nas sociedades simples, havendo empate e uma deliberao social, prevalece a deciso sufragada por maior nmero de scios. Caso mesmo assim o empate persista, decidir a questo o juiz, levando em conta o interesse da sociedade. d) O credor particular de scio, na insuficincia de outros bens do devedor, no pode fazer recair a execuo sobre o que ao scio couber nos lucros da sociedade, nem na parte que couber ao scio devedor em liquidao. e) Todas as alternativas anteriores esto incorretas. GABARITO: C TJES - 2011 - CESPE - JUIZ - Assinale a opo correta no que concerne s sociedades.

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 7

    a) A sociedade em comandita simples composta por scios comanditrios e comanditados, estes, necessariamente, pessoas fsicas com responsabilidade solidria e ilimitada pelas obrigaes sociais. b) Na sociedade em comandita por aes, o acionista exercer a funo de diretor ou administrador, se assim o desejar; caso contrrio, a funo poder ser exercida por qualquer pessoa estranha sociedade. c) Na conta de participao, o empreendedor associa-se a investidores para explorar atividade filantrpica; por isso, o scio participante no se torna solidariamente responsvel pelas obrigaes contradas. d) Podem fazer parte da sociedade em nome coletivo tanto a pessoa fsica quanto a pessoa jurdica. e) No sendo empresrias as sociedades simples, suas normas no se aplicam aos tipos societrios menores, como, por exemplo, s sociedades em nome coletivo. GABARITO: A MPAL FCC 2012 PROMOR DE JUSTIA - NO so empresrias (A) as sociedades cooperativas. (B) as sociedades por aes que tenham por objeto a prestao de servios. (C) quaisquer sociedades limitadas. (D) apenas as sociedades no personificadas. (E) as sociedades em nome coletivo, qualquer que seja o seu objeto. Gabarito: A AFFECTIO SOCIETATIS TJDFT 2011 TJDFT - JUIZ - A respeito das sociedades, considere as proposies abaixo e assinale a correta: a) A quebra do affectio societatis no se erige como causa para a excluso do scio minoritrio, mas apenas para dissoluo (parcial) da sociedade; b) As sociedades intituladas em comum, igualmente iadas conceituao de sociedades irregu lares, ostentam natureza de sociedade, muito embora, nelas, no se avulte aquilo que se denomina de affectio societatis; c) Afigura-se como elemento proeminente da sociedade em conta de participao a circunstncia de o scio ostensivo assumir todo o negcio em seu nome individual, muito embora a ele no seja dado se obrigar, sozinho, perante terceiros, porquanto, neste caso, exige-se a presena do scio oculto, especialmente porque este ltimo participa com o capital; d) Segundo a jurisprudncia do egrgio Superior Tribunal de Justia, a desconsiderao da personalidade jurdica das empresas admissvel em situaes especiais, quando evidenciado o abuso da personificao jurdica, materializado em excesso de mandato, desvio de finalidade da empresa, confuso patrimonial entre a sociedade ou os scios ou, ainda, nas hipteses de dissoluo irregular da empresa, sem a devida baixa na Junta Comercial. Ainda de acordo com a jurisprudncia daquele Corte Superior, exatamente por fora de tais particularidades que a desconsiderao, em ltima anlise, importa na prpria dissoluo da pessoa jurdica. Gabarito: A

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 8

    AFFECTIO SOCIETATIS CESPE - 2011 - TJ-PB JUIZ - A respeito da disciplina aplicvel s sociedades limitadas, assinale a opo correta. A) Em razo da natureza jurdica da sociedade limitada, no permitida a nomeao de administradores estranhos ao quadro social. B) A quebra da affectio societatis no razo suficiente para excluir o scio da sociedade limitada, haja vista a natureza desse tipo de sociedade. C) A penhora de quotas da sociedade limitada no permitida pelo ordenamento jurdico, pois isso implicaria admitir, sem autorizao dos scios, o ingresso de pessoas estranhas na sociedade. D) Em razo do carter intuitu personae da sociedade limitada, as quotas no podem ser cedidas, salvo se houver previso contratual e autorizao de todos os scios. E) Na sociedade limitada, a responsabilidade dos scios pela integralizao do capital solidria. Gabarito: E VUNESP - 2011 - TJ-SP JUIZ. Nas sociedades simples, correto afirmar que a) todos os scios respondem solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais, excludo do benefcio de ordem referente execuo em primeiro lugar dos bens sociais aquele que contratou pela sociedade. b) o scio sempre participa dos lucros e das perdas na proporo das respectivas quotas. c) os poderes do scio investido na administrao por clusula do contrato social podem ser revogados, a qualquer tempo, por meio de ato separado, desde que subscrito pela maioria dos scios. d) a administrao da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos scios. e) anulvel a estipulao contratual que exclua qualquer scio de participar dos lucros e das perdas. GABARITO: D ENUNCIADO V JORNADA MPRR 2012 CESPE PROMOTOR DE JUSTIA - Assinale a opo correta com base no direito societrio. A) A responsabilidade dos administradores, atribuda s sociedades simples, no aplicvel s sociedades limitadas em cujo contrato social esteja prevista a aplicao supletiva das normas das sociedades annimas. B) No desfigura a sociedade simples o fato de o contrato social prever distribuio de lucros, rateio de despesas e concurso de auxiliares, considerando-se da essncia do contrato de sociedade a partilha do risco entre os scios. C) A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou pblico, o qual, alm de clusulas estipuladas pelas partes, deve conter denominao, objeto, sede e prazo da sociedade, com rol exaustivo, no havendo outras exigncias para fins de registro. D) Para ocorrer uma transformao societria, necessria a existncia de sociedade empresria, sendo possvel transformar uma associao civil, uma cooperativa, uma fundao ou mesmo um empresrio individual em sociedade empresria. E) Admite-se o acordo de scios nas sociedades simples, por aplicao analgica das normas relativas s sociedades por aes pertinentes ao acordo de acionistas. GABARITO: B

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 9

    DISSOLUO MP MPE-PR - 2011 - MPE-PR - PROMOTOR DE JUSTIA. Acerca da sociedade simples, assinale a alternativa correta: a) o Ministrio Pblico pode postular a dissoluo da sociedade no caso de cessao de sua autorizao de funcionamento; b) cabe ao Ministrio Pblico a fiscalizao das atividades da sociedade, participando de suas deliberaes; c) o Ministrio Pblico tem o dever de postular a extino da sociedade nos casos de no haver pluralidade de scios; d) caber ao Ministrio Pblico postular em juzo a dissoluo da sociedade nos casos de desacordo entre os scios que ponha em risco a sua continuidade; e) nenhuma das alternativas anteriores est correta. GABARITO: A TJPR- 2011 Uma sociedade limitada possui capital social de R$ 400.000,00, dividido entre 4 scios, tendo cada um subscrito quotas no valor de R$ 100.000,00. Os scios X e Y integralizaram todo o capital que subscreveram vista. Os scios Z e W ainda no integralizaram as quotas que subscreveram. Decorrido algum tempo aps a criao da sociedade, as dvidas da pessoa jurdica com seus credores particulares atingiram a importncia de R$ 2.000.000,00. Comeam os processos de execuo. Tempos depois, todo o patrimnio da sociedade alienado judicialmente para pagamento dos referidos credores. Entretanto, mesmo alienados todos os ativos da sociedade nos processos de execuo, ainda resta um saldo de dvidas no valor de R$ 500.000,00. Dado esse enunciado, analise as assertivas a seguir: I. Os credores, na hiptese, podem requerer a satisfao de seus crditos unicamente nos bens particulares scios Z e W, que no integralizaram o capital social. II. Os credores, nesse caso, podem requerer a satisfao de seus crditos somente em bens particulares scios Z e W, que ainda no integralizaram as quotas do capital social da sociedade que subscreveram. Dever, ainda, ser observado o limite de R$ 200.000,00, que o montante do capital social subscrito que resta para ser integralizado. III. possvel que os credores da sociedade, nesse caso, busquem a satisfao de seus crditos em bens particulares de todos os scios da sociedade, independentemente do fato de alguns deles (X e Y) j terem integralizado as quotas que subscreveram. Entretanto, os bens particulares dos scios s respondem pelas obrigaes da sociedade at o limite de valor de R$ 200.000,00, que o montante do capital social subscrito que resta para ser integralizado. IV. Os credores, nesse caso, em nenhuma hiptese podem requerer a satisfao de seus crditos em bens particulares dos scios X e Y, pois se trata de pessoa jurdica dotada de limitao de responsabilidade do scio que integralizou as quotas que subscreveu pelas obrigaes da sociedade. Considerando as informaes contidas no enunciado e nas assertivas que o seguiram, assinale a nica alternativa CORRETA: A) Somente a assertiva II verdadeira. B) Somente a assertiva III verdadeira. C) Somente a assertiva IV verdadeira. D) Somente as assertivas II e IV so verdadeiras. Gabarito: B

    Contato: e-mails: [email protected] [email protected]

  • 10

    TEORIA ULTRA VIRES CESPE - 2011 - TJ-PB JUIZ - No que se refere a sociedades, assinale a opo correta. A) Segundo a jurisprudncia, caso o administrador de uma sociedade simples aliene bens dessa sociedade, exorbitando, ao praticar esse ato, de seu mandato, o ato ser anulado e o adquirente ter o direito de exigir perdas e danos desse administrador, mas no da sociedade. B) Se, em determinada sociedade simples, um dos scios associar estranho ao seu quinho social sem o concurso dos demais scios, restar configurada subsociedade, o que vedado pelo ordenamento jurdico nacional. C) O ato de renncia do administrador de sociedade limitada torna-se eficaz em relao sociedade e a terceiros a partir de sua averbao e publicao. D) Se, diante de omisso do contrato social, scio de sociedade limitada ceder sua quota a outro scio sem a autorizao dos demais, esse ato de cesso ser nulo, visto que a subscrio dos demais scios condio de validade e eficcia da cesso, mesmo na hiptese de omisso do contrato. E) A pretenso de cooperativa de ser scia de determinado tipo societrio no encontra amparo na ordem jurdica nacional, j que a natureza de sociedade simples da cooperativa a impede de ser scia de qualquer tipo societrio. Gabarito: A TEORIA ULTRA VIRES CESPE - 2012 - TJ-BA - Acerca da sociedade limitada, assinale a opo correta. A) Em se tratando de sociedade cujo contrato social estabelea a intransferibilidade das quotas sem o consentimento dos demais scios, no cabem cauo ou penhora, sendo obrigatria sociedade a admisso do credor como scio. B) A diminuio do capital social somente ocorrer se, depois de integralizado, for considerado excessivo para a realizao do objeto social ou se houver perdas irreparveis, e, nesse caso, cabe a diminuio proporcional das quotas sociais por deliberao dos scios em assembleia, no se exigindo