ementário 2013-2 (turma 1) - fgv · 5!!...

Programa de Mestrado Profissional

Fundação Getulio Vargas DIREITO GV

EMENTÁRIO

2º semestre de 2013

2

Sumário

Disciplina: ARRANJOS SOCIETÁRIOS E CONTRATUAIS II .................................................... 3

Disciplina: DINÂMICA DA TRIBUTAÇÃO II ........................................................................ 8

Disciplina: DIREITO E ECONOMIA: MICROECONOMIA E ANÁLISE DE DECISÃO .................. 10

Disciplina: MÉTODOS ANALÍTICOS EMPRESARIAIS: FINANÇAS E CONTABILIDADE ............. 14

Disciplina: BASES E RACIONALIDADE ECONÔMICO-‐FINANCEIRA DO DIREITO SOCIETÁRIO 17

Disciplina: DIREITO TRIBUTÁRIO APLICADO: FUNDAMENTOS E JURISPRUDÊNCIA ............ 21

Course: TRENDS AND CHALLENGES OF CRIMINAL LAW TODAY ................................... 24

Course: REGULATION IN BRAZIL: INFRASTRUCTURE .................................................. 25

Course: CAPITAL AND FINANCIAL MARKETS IN BRAZIL ............................................... 27

Course: Law and Development in Emerging Economies: Comparing India, China, and Brazil ......................................................................................................... 28

Course: Global Anti-‐Laundering/Countering the Financing of Terrorism System ........... 30

Course: Corporate Personhood: The Legal and Economic Significance of Separate Entity Status for Corporations ............................................................................... 33

Course: International Business Law .......................................................................... 34

Course: International and European Union Development Law .................................... 35

Grade horária: ............................................................................................................... 37

3

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

Disciplina: ARRANJOS SOCIETÁRIOS E CONTRATUAIS II

Categoria: Obrigatória específica (linha DIREITO DOS NEGÓCIOS) Docente: Mario Engler Créditos: 02 Carga horária: 30

Ementa:

Muito frequentemente, o atendimento a demandas apresentadas aos profissionais do Direito

pressupõem abordagens jurídicas inovadoras. A multiplicidade de interesses em jogo e outros

fatores variados acabam influenciando a escolha do modelo de transação.

Na busca da qualificação apropriada para determinada relação societária ou contratual,

levam-‐se em consideração, não só moldura legal aplicável, como também a especificidade do

ativo ou investimento, as características das partes (solvência, perfil de risco, experiência etc.),

o exercício de direitos em horizontes temporais distintos, a praxe negocial local, além de

outros aspectos de ordem tributária, contábil, econômico-‐financeira, regulatória, conjuntural.

À luz dessa miríade de variáveis, o advogado é solicitado a desenvolver um ou mais

instrumentos, que podem consistir desde na elaboração de um simples contrato de compra e

venda, até na concepção de estruturas societárias complexas ou a arranjos contratuais

híbridos.

O propósito da disciplina é desenvolver no profissional do Direito a habilidade de identificar

elementos negociais e contextuais relevantes, bem como aprimorar seu conhecimento teórico

e prático, que lhe permitam arquitetar novas transações nos setores público e privado, com

mais eficiência e segurança jurídica.

Serão objeto de estudo, dentre outros, formação de parcerias societárias (inclusive com a

participação do setor público), empréstimos sindicalizados, operações financeiras

estruturadas, reestruturação de dívidas, utilização de fundos de investimento e fundos

imobiliários, contratos de concessão e de parceria público-‐privada.

A aproximação multidisciplinar fará parte da dinâmica a ser adotada na disciplina.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR JUNIOR, Ruy R. Extinção dos contratos por incumprimento do devedor. 2. ed. São Paulo: Aide, 2003.

ALMEIDA, Carlos F. Contratos I: conceitos, fonte, formação. 4. ed. Coimbra: Almedina, 2008.

4

______. Responsabilidade civil pré-‐contratual: reflexões de um jurista português (porventura) aplicáveis ao direito brasileiro. In: CUNHA, Alexandre S. (Coord.). O direito da empresa e das obrigações e o novo Código Civil brasileiro. São Paulo: Quartier Latin, 2006. p. 158-‐189.

ALVIM, Agostinho. Da inexecução das obrigações e suas consequências. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1980.

ANDRADE, Darcy B. O. Do contrato: teoria geral. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

______. Aspectos da evolução da teoria dos contratos. São Paulo: Saraiva, 1949.

ANDRADE, Manuel A. D. Teoria geral da relação jurídica. Coimbra: Almedina, 1997. v. 1.

______. Teoria geral da relação jurídica. Coimbra: Almedina, 2003. v. 2.

ARAGÃO, Leandro S.; CASTRO, Rodrigo R. M. (Coords.). Reorganização societária. São Paulo: Quartier Latin, 2005.

ASCARELLI, Tullio. Problemas das sociedades anônimas e direito comparado. São Paulo: Quorum Editora, 2008.

ASSIS, Araken. Resolução dos contratos por inadimplemento. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.

ATIYAH, Patrick S. The rise and fall of freedom of contract. Oxford: Clarendon Press, 1985.

AZEVEDO, Antônio J. Negócio jurídico: existência, validade e eficácia. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

______. Princípios do novo direito contratual e desregulamentação do mercado – Direito de exclusividade nas relações contratuais de fornecimento – Função social do contrato e responsabilidade aquiliana do terceiro que contribui para inadimplemento contratual. Parecer. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 87, n. 750, p.113-‐120, abr. 1998.

______. Natureza jurídica do contrato de consórcio (sinalagma indireto), onerosidade excessiva em contrato de consórcio, resolução parcial de contrato. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 94, n. 832, p.113-‐137, fev. 2005. In: Novos estudos e pareceres de direito privado. São Paulo: Saraiva, 2009.

BETTI, Emilio. Teoria generale del negozio giuridico. Napoli: Scientifiche, 1994.

COMPARATO, Fábio K. Aspectos jurídicos da macro-‐empresa. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1983.

______. Direito empresarial: estudos e pareceres. São Paulo: Saraiva, 1995.

______. Ensaios e pareceres de direito empresarial. Rio de Janeiro: Forense, 1978.

______. Grupo societário fundado em controle contratual e abuso do poder de controlador. In: ______. Direito empresarial: estudos e pareceres. São Paulo: Saraiva, 1990.

______. Novos ensaios e pareceres de direito empresarial. Rio de Janeiro: Forense, 1981.

______; SALOMÃO FILHO, Calixto. O poder de controle na sociedade anônima. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008.

5

CORREIA, António F. Erro e interpretação na teoria do negócio jurídico. Coimbra: Almedina, 2001.

COSTA, Mário J. A. Direito das obrigações. 12. ed. rev. e atual. Coimbra, Almedina, 2009.

CRASWELL, Richard. Contract remedies, renegotiation, and the theory of efficient breach. In: ______; SCHWARTZ, Alan (Orgs.). Foundations of contract law. New York: Oxford University Press, 1994.

______; SCHWARTZ, Alan (Orgs.). Foundations of contract law. New York: Oxford University Press, 1994.

DAINTITH, Terence; TEUBNER, Gunther. (Eds.). Contract and organisation: legal analysis in the light of economic and social theory. Berlin: Gruyter, 1986.

DUARTE, Rui P. Tipicidade e atipicidade dos contratos. Coimbra: Almedina, 2000.

EIZIRIK, Nelson. Acordo de acionistas: arquivamento na sede social, vinculação dos administradores de sociedade controlada. Revista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro, São Paulo, v. 42, n. 1279, p. 45-‐53, jan./mar. 2003.

______. Aspectos modernos do direito societário. Rio de Janeiro: Renovar, 1992.

______. Insider trading e a responsabilidade de administradores de companhia aberta. Revista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro, São Paulo, v. 22, n. 50, p. 42-‐56, abr./jun. 1983.

______. Interpretação dos §§ 8º e 9º do art. 118 da Lei das S/A. Revista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro, São Paulo, v. 54, n. 139, p. 135-‐163, jul./set. 2005.

ETCHEVERRY, Raúl A. Contratos asociativos, negocios de colaborazión y consorcios. Buenos Aires: Ástrea, 2005.

FERNANDES, Wanderley. Contratos de organização de atividade econômica (coord.). São Paulo: Saraiva, 2012.

FERREIRA DE ALMEIDA, Carlos F. Texto e enunciado na teoria do negócio jurídico. Coimbra: Almedina, 1992. 2 v.

FERREIRA, Durval. Negócio jurídico condicional. Coimbra: Almedina, 1998.

FONSECA, Priscila M. P. C. Dissolução parcial, retirada e exclusão de sócio no novo Código Civil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

FORGIONI, Paula A. A interpretação dos negócios empresariais no novo Código Civil brasileiro. Revista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro, São Paulo, v. 42, n. 130, p. 7-‐38, abr./jun. 2003.

______. Teoria geral dos contratos empresariais. 2. ed. São Paulo: Revista dos tribunais, 2010.

FRANÇA, Erasmo V. A. N. Temas de direito societário, falimentar e teoria da empresa. São Paulo: Malheiros, 2009.

GOMES, Orlando. A função do contrato. In: ______. Novos temas de direito civil. Rio de Janeiro: Forense, 1983.

______. Transformações gerais do direito das obrigações. 2. ed. aum. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1980.

6

HART, Oliver; MOORE, John. Foundations of incomplete contracts. The review of economic studies, v. 66, n. 1, Special issue: contracts, p. 115-‐138, Jan. 1999.

HILL, Claire A.; KING, Christopher. How do german contracts do as much with fewer words? Kent law review, Chicago, v. 79, n. 3, p. 889-‐926, 2004.

KIRSCHBAUM, Deborah. Cláusula resolutiva expressa por insolvência nos contratos empresariais: uma análise econômico-‐jurídica. Revista DIREITO GV, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 37-‐54, jan./jun. 2006.

LAMY FILHO, Alfredo. Temas de S.A. Rio de Janeiro: Renovar, 2007.

______; PEDREIRA, José L. B. A lei das S.A. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1997.

______. (Coords.). Direito das companhias. Rio de Janeiro: Forense, 2009. 2 v.

LEÃES, Luis G. P. B. Pareceres. São Paulo: Singular, 2004. 2 v.

LOPES, Mauro B. A sociedade em conta de participação. São Paulo: Saraiva, 1990.

LUCENA, José W. Das sociedades limitadas. 6. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2005.

MARTINS-‐COSTA, Judith A boa-‐fé no direito privado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

______. Crise e modificação da ideia de contrato no direito brasileiro. Revista de direito do consumidor, São Paulo, v. 3, p. 127-‐154, set./dez. 1992.

MIRANDA, Custódio P. U. Interpretação e integração dos negócios jurídicos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1989.

MONTEIRO, António P. Cláusula penal e indenização. Coimbra: Almedina, 1999.

______. Contrato de agência: anotação. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2010.

MOTA PINTO, Paulo C. Declaração tácita e comportamento concludente. Coimbra: Almedina, 1995.

PENTEADO, Luciano C. Efeitos contratuais perante terceiros. São Paulo: Quartier Latin, 2007.

PENTEADO, Mauro R. Notas sobre o consórcio entre empresas. In: SANTOS, Theophilo A. (Coord.). Novos estudos de direito comercial em homenagem a Celso Barbi Filho. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

PINTO, Carlos A. M. Cessão de contrato. São Paulo: Saraiva, 1985.

PINTO JUNIOR, Mário Engler. Empresa estatal: função econômica e dilemas societários. São Paulo: Atlas, 2010.

REALE, Miguel. A boa-‐fé no código civil. In: MARTINS-‐COSTA, Judith; REALE, Miguel (Coords.). História do novo código civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.

ROPPO, Enzo. O Contrato. Coimbra: Almedina, 2009.

SÁ, Fernando A. C. Direito ao cumprimento e direito a cumprir. Coimbra: Almedina, 1997.

SALOMÃO FILHO, Calixto. Breves acenos para uma análise estruturalista do contrato. Revista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro, São Paulo, v. 45, n. 141, p. 7-‐30, jan./mar. 2006.

7

______. Função social do contrato: primeiras anotações. Revista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro, São Paulo, v. 42, n° 132, p. 7-‐24, out./dez 2003.

______. O novo direito societário. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

SANTI, Eurico M. D.; PRADO, Roberta N.; PEIXOTO, Daniel M. (Orgs.). Estratégias societárias, planejamento tributário e sucessório. São Paulo: Saraiva, 2009.

SILVA, Clóvis V. C. A obrigação como processo. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2006.

______. Negócios jurídicos e negócios jurídicos de disposição. In: FRADERA, Vera M. J. O direito privado brasileiro na visão de Clóvis do Couto e Silva. Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado, 1997. pp. 73-‐87.

______. O Princípio da Boa-‐Fé Objetiva no Direito Brasileiro e Português. In: FRADERA, Vera M. J. O Direito Brasileiro na visão de Clóvis do Couto e Silva. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997.

SZTAJN, Rachel; ZYLBERSZTAJN, Decio; AZEVEDO, Paulo F. Economia dos .contratos. In: SZTAJN, Rachel; ZYLBERSZTAJN, Decio. (Coords.). Direito e economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

TEIXEIRA, Egberto L. Das sociedades por quotas de responsabilidade limitada. Atualizado por Syllas Tozzini e Renato Berger. 2. ed. atual. São Paulo: Quartier Latin, 2006.

8


Disciplina: DINÂMICA DA TRIBUTAÇÃO II

Categoria: Obrigatória específica (linha DIREITO TRIBUTÁRIO) Docentes: Roberto Quiroga e Thatiane Piscitelli Créditos: 02 Carga horária: 30

Ementa:

Debater questões centrais de direito tributário, a partir das premissas desenvolvidas no

primeiro módulo do curso, segundo as quais o exercício da tributação não pode se apartar de

temas relativos à eficiência, equidade e justiça de um sistema tributário ideal. Trata-‐se de

lançar novas luzes a temas dogmáticos, com o objetivo de enfrentá-‐los de maneira mais crítica

e atrelada às funções gerais da tributação.

BIBLIOGRAFIA ARVATE, Paulo, BIDERMAN, Ciro. Economia do Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2005. ÁVILA, Humberto. Sistema Constitucional Tributário. São Paulo: Saraiva, 2012. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 2013. _____. Direito Tributário – Fundamentos Jurídicos da Incidência. São Paulo: Saraiva, 2012. ESTELLITA, Heloísa. A tutela penal e as obrigações tributárias na Constituição Federal. São Paulo: RT, 2001. FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. “Sigilo de dados: o direito a privacidade e os limites a função fiscalizadora do Estado”. In PIZOLIO, Reinaldo, GALVADÃO JR., Jayr Viégas (coords.). Sigilo Fiscal e Bancário. São Paulo: Quartier Latin, 2005. FERREIRO LAPATZA, José Juan. Curso de Derecho Financiero Español – Istituciones. Madrid: Marcial Pons, 2006. _____. Direito Tributário – Teoria geral do tributo. São Paulo: Manole, 2007. Capítulo 12. GRECO, Marco Aurélio. Planejamento Tributário. São Paulo: Dialética, 2011. HENSEL, Albert. Derecho tributario. Trad. Andrés Báez Moreno, María Luisa González-‐Cuéllar Serrano e Enrique Ortiz Calle. Madrid: Marcial Pons, 2005. P. 83.

9

MACCORMICK, Neil, WEINBERGER, Ota. An institutional theory of law – new approaches to Legal Positivism. Netherlands: D. Reidel Publishing Company, 1992. _____. Rhetoric and the rule of law -‐ A theory of Legal Reasoning. Oxford: OUP, 2005. _____. “On Legal Decisions and their Consequences: from Dewey To Dworkin”.New York Law Review, 58, maio/1983. MENÉNDEZ, Augustín José. Justifying Taxes – Some elements for a General Theory of Democratic Tax Law. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2001. MURPHY, Liam, NAGEL, Thomas. The Myth of Ownership – Taxes and Justice. New York: Oxford Univeristy Press, 2002. PISCITELLI, Tathiane (coord.). O Direito Tributário na prática dos Tribunais Superiores: Sistema Tributário Nacional e Código Tributário Nacional em debate. São Paulo: Saraiva, 2013. _____. Argumentando pelas consequências no direito tributário. São Paulo: Noeses, 2011. REZENDE, Fernando. Finanças Públicas. São Paulo: Atlas, 2001. _____. O Dilema Fiscal – remendar ou reformar? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. SCHOUERI, Luis Eduardo. Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 2012. SILVA, José Afonso. Tributos e normas de política fiscal na Constituição do Brasil. São Paulo, 1968. STIGLITZ, Joseph. Economics of Public Sector. W. W. Norton & Company, 2000. TANGERINO, Davi de Paiva Costa, GARCIA, Denise. Direito Penal Tributário. São Paulo: Quartier Latin, 2007. TIPKE, Klaus, YAMASHITA, Douglas. Justiça Fiscal e Princípio da Capacidade Contributiva. São Paulo: Malheiros, 2002.

10


Disciplina: DIREITO E ECONOMIA: MICROECONOMIA E ANÁLISE DE DECISÃO

Categoria: Obrigatória comum as duas linhas Docente: Bruno Salama Créditos: 02 Carga horária: 30

Ementa:

Tanto o Direito quanto a Economia lidam com problemas de coordenação, estabilidade e

eficiência na sociedade. Mas a formação de linhas complementares de análise e pesquisa não

é simples porque as suas metodologias diferem de modo bastante agudo. Enquanto o Direito é

exclusivamente verbal, a Economia é também matemática; enquanto o Direito é

marcadamente hermenêutico, a Economia é marcadamente empírica; enquanto o Direito

aspira ser justo, a Economia aspira ser científica; enquanto a crítica econômica se dá pelo

custo, a crítica jurídica se dá pela legalidade. Isso torna o diálogo entre economistas e juristas

inevitavelmente turbulento, e geralmente bastante destrutivo.

Em meio à turbulência, nas últimas décadas este diálogo tornou-‐se fértil. A partir das obras de

Ronald Coase e de Guido Calabresi tomou corpo uma disciplina acadêmica que surge da

confluência dessas duas tradições. No Brasil este ramo do pensar tem sido chamado ora de

“Análise Econômica do Direito”, ora de “Direito e Economia”, referência ao seu congênere

norte-‐americano (Law & Economics).

No programa de mestrado profissional, a disciplina de Direito e Economia terá um duplo papel.

Primeiro, em linha com a tradição da Law & Economics, pretende utilizar ferramentas da

ciência econômica para explicar o funcionamento do sistema jurídico e explorar alguns tópicos

da relação entre ordem institucional e funcionamento dos mercados, tudo com esteio na

Teoria Neo-‐Institucional e na Teoria dos Custos de Transação. Segundo, partir da leitura crítica

da filosofia de Richard Posner e da leitura política da organização institucional brasileira,

buscar-‐se-‐á entender tanto utilidade prática quanto os limites do ferramental econômico

aplicado ao Direito.

Especificamente sobre Microeconomia, serão abordados temas como operação dos mercados

competitivos, falhas de mercado, mercados e competição imperfeitos, externalidades e bens

públicos, além de outros conceitos e racionalidade microeconômicos aplicados ao Direito. Por

11

sua vez, a Análise de Decisão compreenderá tópicos como árvore de decisão, teoria dos jogos

e interações estratégicas em cenários de incerteza e informação imperfeita.

BIBLIOGRAFIA

Araújo, Fernando. A Tragédia dos Baldios e dos Anti-‐Baldios. Coimbra: Almedina, 2008.

Araújo, Fernando. Teoria Económica do Contrato. Coimbra: Almedina, 2007.

Calabresi, Guido. The Costs of Accidents: a Legal and Economic Analysis, 1970.

Coase, Ronald. O Problema do Custo Social, in Direito e Economia, Textos Escolhidos, Bruno Meyerhof Salama (org.). São Paulo: Saraiva, 2010.

_______ -‐ The Nature of the Firm, Economica 4 (16), 1937.

Cooter, Robert; Ulen, Thomas. Direito & Economia, 5ª edição (trad.). Porto Alegre: Bookman, 2010.

Easterbrook, Frank; Fischel, Daniel. The Economic Structure of Corporate Law, Harvard University Press, 1996.

Friedman, David. Law’s Order: What Economics Has to Do with Law and Why it Matters, Princeton University Press, 2000. Garoupa, Nuno; Ginsburg, Tom. Análise Economica e Direito Comparado, in Luciano B. Timm (org.) Direito e Economia no Brasil. São Paulo: Atlas, 2012. Gico Jr., Ivo. Metodologia e Epistemologia da Análise Econômica do Direito, Economic Analysis of Law Review, Vol. 1, No. 1, disponível em http://www.ealr.com.br/.

Gorga, Érica. Culture and Corporate Law Reform: A Case Study of Brazil, in University of Pennsylvania Journal of International Law 27, 2006;

Grechenig, Kristoffel; Gelter, Martin. A Divergência Transatlântica no Pensamento Jurídico: O Direito e Economia Norte-‐Americano vs. O Doutrinalismo Alemão, in Direito e Economia, Textos Escolhidos, Bruno Meyerhof Salama (org.). São Paulo: Saraiva, 2010

Jensen, Michael C.; Meckling, William H.. Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs, and Ownership Structure, trechos selecionados, in Foundations of Corporate Law (Roberta Romano, org.), 1993.

Macedo, Ronaldo Porto. Posner e a Análise Econômica do Direito: da rigidez neoclássica ao pragmatismo frouxo, in Maria Lúcia L. M. Padua Lima (coord.), Direito e Economia; 30 anos de Brasil, São Paulo, Saraiva, 2012.

Pargendler, Mariana; Gilson, Ronald J.; Hansmann, Henry. Regulatory Dualism as a Development Strategy: Corporate Reform in Brazil, the U.S. and the EU, in Stanford Law Review 63, 2011

Pinheiro, Armando Castelar; Saddi, Jairo. Direito, Economia e Mercados, Elsevier, 2005.

12

Polinsky, A. Mitchell. An Introduction to Law and Economics, Little, Brown and Company, 3a. edição, 1989.

Porto, Antônio J. Maristello. Análise Econômica da Responsabilidade Civil, in Luciano B. Timm (org.) Direito e Economia no Brasil. São Paulo: Atlas, 2012.

Posner, Richard A.. A Economia da Justiça, São Paulo, Martins Fontes, 2010.

______ -‐ Direito, pragmatismo e democracia. Rio de Janeiro, Forense, 2010

______ -‐ Para Além do Direito. São Paulo, Martins Fontes, 2009.

______ -‐ Problemas de Filosofia do Direito, São Paulo, Martins Fontes, 2007.

______ -‐ Economic Analysis of Law, 6ª. Ed., Aspen Publishers, 2003.

Rodrigues, Vasco. Análise Econômica do Direito: Uma Introdução. Ed. Almedina: Coimbra, 2007.

Romano, Roberta. Legal Characteristics of the Corporation: Limited Liability, in Foundations of Corporate Law (Roberta Romano, org.), 1993.

Salama, Bruno Meyerhof. O Fim da Responsabilidade Limitada no Brasil: História, Direito e Economia, 2013.

________ -‐ The Art of Law & Macroeconomics, University of Pittsburgh Law Review, vol.74, nº 2, março/abri, 2013.

________ -‐ A Economia da Arbitragem, in Manual de Direito e Economia no Brasil, Atlas, 2012.

________ -‐ Menos do que o dono, mais do que o parceiro de truco: Contra a desconsideração da PJ para responsabilização de procurador de sócio, Revista Direito GV, vol. 12, nº 15, Jan/Jun, 2012.

________ -‐ De que forma a economia auxilia o profissional e o estudioso do direito?, Economic Analysis of Law Review, Vol. 1, No. 1. 2010.

________ -‐ A História do Declínio e Queda do Eficientismo na Obra de Richard Posner, in Maria Lúcia L. M. Pádua Lima (Coord.). Trinta Anos de Brasil: Diálogos entre Direito e Economia. São Paulo: Saraiva, 2010.

________ -‐ O que é Pesquisa em Direito e Economia? Caderno Direito GV, Número 22 -‐ mar/2008.

________ -‐ The Insurance Function of Contracts Revisited, Fundação Getúlio Vargas Working Papers, 2007

Salama, Bruno Meyerhof; Benoliel, Daniel. Pharmaceutical Patent Bargains: The Brazilian Experience, Cardozo Journal of International and Comparative Law, 2010.

________ -‐ Towards an Intellectual Property Bargaining Theory: The Post-‐WTO Era, University of Pennsylvania Journal of International Law, 2010.

Salama, Bruno Meyerhof; Pargendler, Mariana. Para além do “empreendedorismo intelectual”: fatores de demanda na cientificização da produção jurídica, working paper Direito GV, 2012.

13

Schäfer, Hans-‐Bernd; Ott, Claus. The Economic Analysis of Civil Law, Edward Elgar Publishing, Inc., 2004.

SHAVELL, Steven M. Foundations of economic analysis of law. Cambridge: Harvard University Press, 2004.

Sunstein, Cass. Free Markets and Social Justice, New York: Oxford University Press, 1999.

Sztajn, Rachel; Zylbersztajn, Decio; Azevedo, Paulo Furquim de. Economia dos Contratos, in Decio Zylbersztajn e Rachel Sztajn (org.), Direito & Economia, Elsevier, 2005.

Timm, Luciano B.; Guarisse, João F.. Análise Econômica dos Contratos, in Luciano B. Timm (org.) Direito e Economia no Brasil. São Paulo: Atlas, 2012.

Timm, Luciano Benetti. Função Social do Direito Contratual no Código Civil Brasileiro: Justiça Distributiva vs. Eficiência Econômica, Revista dos Tribunais (São Paulo), v. 876, 2008.

Williamson, Oliver E. Transaction Cost Economics, trechos selecionados, in Foundations of Corporate Law (Roberta Romano, org.), 1993.

Yeung, Luciana Luk-‐Tai. Análise Econômica do Direito do Trabalho, in Luciano B. Timm (org.) Direito e Economia no Brasil. São Paulo: Atlas, 2012.

14


Disciplina: MÉTODOS ANALÍTICOS EMPRESARIAIS: FINANÇAS E CONTABILIDADE

Categoria: Obrigatória comum às duas linhas Docente: Wanderley Fernandes Créditos: 02 Carga horária: 30

Ementa:

Na sua atividade cotidiana, o advogado especializado em negócios e tributação tem como

interlocutores profissionais de finanças, contadores, economistas, administradores e

gerenciadores de projeto. Para a boa interação com esses profissionais, o advogado deve

conhecer conceitos básicos de outras áreas afins, que lhe permitam compreender questões

jurídicas sob perspectivas multidisciplinares.

Como entender um pacote de garantias contratuais, sem conhecer o fluxo de caixa de um

projeto? Garantias financeiras são adequadas quando há uma exposição relevante a um fluxo

de caixa negativo? Faz sentido o advogado exigir garantias financeiras pelo simples fato de ser

isso uma prática corrente? O que significam expressões como taxa interna de retorno, geração

livre de caixa e demonstrações contábeis e financeiras?

A disciplina pretende capacitar o aluno a articular questões, compreender o contexto e ajudar

a encontrar soluções tendo por base um repertório que é típico do administrador e

empresário. O profissional do Direito, ao partilhar desse repertório, aprimora a comunicação e

compreensão do mundo dos negócios e da lógica da tributação, podendo se locomover da

perspectiva do observador interno e operador do direito, para aquela do empresário e agente

econômico que demanda respostas jurídicas adequadas.

O objetivo da disciplina é apresentar ao aluno, de forma propedêutica, noções e conceitos

centrais de Finanças, Contabilidade e Gestão de Projetos, que compõem o conjunto das

ferramentas analíticas mais comumente solicitadas em sua vida profissional.

Nesse sentido, serão abordados os princípios e conceitos-‐chave em Finanças Corporativas,

como o valor do dinheiro no tempo, risco, retorno e incerteza, custo de capital e métodos de

avaliação de ativos. Também serão tratadas questões sobre organização de informações por

meio da Contabilidade, a lógica do sistema das partidas dobradas, as principais peças das

demonstrações contábeis e as informações transmitidas, os princípios contábeis, os conceitos

15

fundamentais da análise financeira de balanços, a relação entre as informações contábeis e

realidade econômico-‐jurídica.

Bibliografia

ALLEN, Franklin; BREALEY, Richard; MYERS, Stewart. Principles of corporate finance. 10th ed. New York: McGrall-‐Hill Irwin, 2010.

BAIRD, Douglas G.; GERTNER, Robert H.; PICKER Randal C. Game theory and the law. Cambridge: Harvard University, 1998.

BREDA, Michael F. V.; HENDRIKSEN, Eldon S. Teoria da contabilidade. Tradução de Antonio Zarato Sanvicente. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

HOWELL, Jackson E. (Ed.). et. al. Analytical methods for lawyers. 2nd ed. New York: Foundation Press, 2010.

DAS NEVES, Silvério; VICECONTI, Paulo E. V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 15. ed. Francisco Morato: Frase, 2007.

DIXIT, Avinash K.; NALEBUFF, Barry J. Pensando estrategicamente: a vantagem competitiva nos negócios, na política e no dia-‐a dia. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

MACKENZIE, Bruce. et. al. Wiley IFRS 2011: interpretation and application of international financial reporting standards. 8st ed. Indianapolis: Wiley, 2011.

FERNANDES, Edison C. Demonstrações financeiras: gerando valor para o acionista. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E FINANCEIRAS (Coord.). Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E FINANCEIRAS. Manual de normas internacionais de contabilidade: IFRS versus normas brasileiras. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL. IFRS – Normas internacionais de relatório financeiro. 1. ed. São Paulo: Ibracon, 2010.

KAPLOW, Louis; SHAVELL, Steven M. Decision analysis, game theory and information. New York: Foundation Press, 2004.

MANKIW, Nicholas G. Principles of economics. 6th ed. Mason: South-‐Western, 2011.

MARION, José. C. Contabilidade Empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARTELANC, Roy; PASIN, Rodrigo; CAVALCANTE, Francisco. Avaliação de empresa: um guia para fusões e aquisições. 2. ed. São Paulo: Prentice-‐Hall, 2009.

MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

16

MONAHAN, George E. Management decision making: spreadsheet modeling, analysis, and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

MUNDSTOCK, George. A finance approach to accounting for lawyers. 2nd ed. New York: Foundation Press, 2005.

PEDREIRA, José L. B. Finanças e demonstrações financeiras da companhia. Rio de Janeiro: Forense, 1989.

PINDYCK, Robert; RUBINFELD, Daniel. Microeconomics. 7th ed. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2008.

REILLY, Terence; CLEMEN, Robert T. Making hard decisions with decision tools. 3rd ed. Mason: South-‐Wester/Cengage, 2010.

STIGLITZ, Joseph E.; WALSH, Carl. Introdução à microeconomia. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

17


Disciplina: BASES E RACIONALIDADE ECONÔMICO-‐FINANCEIRA DO DIREITO SOCIETÁRIO

Categoria: Obrigatória específica (linha DIREITO DOS NEGÓCIOS) Docentes: Ary Oswaldo Mattos Filho e Lie Uema do Carmo Créditos: 02 Carga horária: 30

Ementa:

Com o advento de finanças corporativas, acompanhado de novas teorias econômicas

(especialmente a teoria da firma e a economia dos custos de transação), os profissionais do

direito acompanharam de perto a inventividade dos agentes dos mercados financeiros e de

capitais na formatação e na modelagem de transações. O ferramental analítico e de interação

entre advogados especialistas, seus clientes e os órgãos reguladores foram pautados por uma

nova dinâmica. Finanças e economia passaram a informar, interagir e integrar-‐se, de modo

indissociável, à lógica e ao funcionamento do Direito Societário e Mercado de Capitais.

O objetivo da disciplina é apresentar ao aluno o fundamento conceitual do novo Direito

Societário e Mercado de Capitais, de caráter multidisciplinar, construído e iluminado pelo

enquadramento analítico oriundo das finanças corporativas e da economia.

Ao longo da disciplina, será examinada a literatura relevante sobre finanças e economia, com

foco na prática do Direito Societário e Mercado de Capitais. Partindo desse repertório, serão

revisitados tópicos e problemas típicos envolvendo companhias abertas e fechadas, tais como:

(i) financiamento das companhias por meio de aporte de capital e endividamento; (ii) direitos

patrimoniais e políticos conferidos às ações representativas do capital social; (iii) deveres

fiduciários dos administradores; (iv) estruturas de governança corporativa internas e externas;

(v) política de remuneração de sócios e de administradores; (vi) fusões e aquisições; e (vii)

estrutura de contratos societários.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA


BAINBRIDGE, Stephen M. Corporation law and economics. New York: Foundation Press, 2002.

18

BAINBRIDGE, Stephen M.; KLEIN, William A.; RAMSEYER, J. Mark. Business associations, cases and materials on agency, partnerships, and corporations. 7th ed. New York: Foundation Press, 2009.

BRATTON, William W.; BRUDNEY, Victor. Brudney and Chirelstein's cases and materials on corporate finance. 4th ed. Westbury: Foundation Press, 1993.

BRIGHAM, Eugene F.; HOUSTON, Joel T. Fundamentos da moderna administração financeira. Tradução: Maria Imilda da Costa e Silva. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

FILHO, Calixto S. O novo direito societário. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

COFFEE JR., John C.; KLEIN, William A. Business organization and finance: legal and economic principles. 11th ed. New York: Foundation Press Thomson/West, 2010.

EASTERBROOK, Frank H.; FISCHEL, Daniel R. The corporate contract. In: BEBCHUK, Lucian A. (Ed.). Corporate law and economic analysis. New York: Cambridge University Press, 2005. cap. 6.

______. The economic structure of corporate law. Cambridge: Harvard University Press, 1996.

KRAAKMAN, Reinier. et al. The anatomy of corporate law: a comparative and functional approach. 2nd ed. Oxford/New York: Oxford University Press, 2009.

LAMY FILHO, Alfredo L.; BULHÕES PEDREIRA, José. L. (Coords). Direito das companhias. Rio de Janeiro: Forense, 2009. 2 v.

ROMANO, Roberta (Coord.). Foundations of corporate law. 2nd ed. New York: Foundation Press, 2010.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ANTUNES, José A. Q. L. E. Estrutura e responsabilidade da empresa: o moderno paradoxo regulatório. Revista DIREITO GV, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 29-‐68, jul./dez. 2005.

AKERLOF, George A.. The market for ‘lemons’: quality uncertainty and the market mechanism. Quarterly Journal of Economics, v. 84, n. 3, p. 488-‐500, Aug. 1970.


BAINBRIDGE, Stephen M. Corporation law and economics. New York: Foundation Press, 2002.

BAINBRIDGE, Stephen M.; KLEIN, William A.; RAMSEYER, J. Mark. Business associations, cases and materials on agency, partnerships, and corporations. 7th ed. New York: Foundation Press, 2009.

BLACK, Bernard S.; GILSON, Ronald J. (Some of) the essentials of finance and investment. Westbury: The Foundation, 1993.

_____. The law and finance of corporate acquisitions. 2nd ed. Westbury: Foundation Press, 1995.

BRATTON, William W.; BRUDNEY, Victor. Brudney and Chirelstein's cases and materials on corporate finance. 4th ed. Westbury: Foundation Press, 1993.

19

BRIGHAM, Eugene F.; HOUSTON, Joel T. Fundamentos da moderna administração financeira. Tradução: Maria Imilda da Costa e Silva. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CLARK, Robert C. Corporate law. Boston: Little Brown, 1986.

FILHO, Calixto S. O novo direito societário. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

COFFEE JR., John C.; KLEIN, William A. Business organization and finance: legal and economic principles. 11th ed. New York: Foundation Press Thomson/West, 2010.

EASTERBROOK, Frank H.; FISCHEL, Daniel R. The corporate contract. In: BEBCHUK, Lucian A. (Ed.). Corporate law and economic analysis. New York: Cambridge University Press, 2005. cap. 6.

______. The economic structure of corporate law. Cambridge: Harvard University Press, 1996.

_____. Voting in corporate Law. In: ROMANO, Roberta. (Coord.). Foundations of corporate law. 2nd ed. New York: Foundation Press, 2010.

EISENBERG, Melvin A. Corporations and other business organizations: cases and materials. 9th ed. unabridged. New York: Foundation Press, 2005.

FAMA, Eugene F. Agency problems and theory of the firm. The Journal of Political Economy, v. 88, n. 2, p.288-‐307, Apr. 1980.

GORDON, Jeffrey N. Ties that bond: dual class common stock and the problem of shareholder choice. In: BEBCHUK, Lucian A. (Ed.). Corporate law and economic analysis. New York: Cambridge University Press, 2005. cap. 3.

HANSMANN, Henry. The ownership of enterprise. Cambridge: Belknap Press of Harvard University Press, 2000.

JENSEN, Michael C.; MECKLING, William H. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of financial economics, v. 3, n. 4, p. 305-‐360, Oct. 1976.

KRAAKMAN, Reinier. et al. The anatomy of corporate law: a comparative and functional approach. 2nd ed. Oxford/New York: Oxford University Press, 2009.

LAMY FILHO, Alfredo L.; BULHÕES PEDREIRA, José. L. (Coords). Direito das companhias. Rio de Janeiro: Forense, 2009. 2 v.

LEVMORE, Saul. The positive role of tax law in corporate and capital markets. In: BEBCHUK, Lucian A. (Ed.). Corporate law and economic analysis. Oxford/New York: Cambridge University Press, 2005. cap. 8.

OLIVEIRA, José L. Corrêa de. A dupla crise da pessoa jurídica. São Paulo: Saraiva, 1979.

PENTEADO, Mauro R. Aumentos de capital das sociedades anônimas. São Paulo: Saraiva, 1988.

POSNER, Richard A.; SCOTT, Kenneth E. Economics of corporation law and securities regulation. Boston: Little Brown, 1980.

RIPERT, Georges. Aspectos jurídicos do capitalismo moderno. Campinas: Reed Livros, 2002.

ROMANO, Roberta (Coord.). Foundations of corporate law. 2nd ed. New York: Foundation Press, 2010.

20

WILLIAMSON, Oliver E.; MASTEN, Scott E. (Eds.). The economics of transaction costs. Northampton: Edward Elgar Pub, 1999.

WILLIAMSON, Oliver E. Mergers, acquisitions, and leveraged buyouts: an efficiency assessment. In: BEBCHUK, Lucian A. (Ed.). Corporate law and economic analysis. Oxford/New York: Cambridge University Press, 2005. cap. 1.

21


Disciplina: DIREITO TRIBUTÁRIO APLICADO: FUNDAMENTOS E JURISPRUDÊNCIA

Categoria: Obrigatória específica (linha DIREITO TRIBUTÁRIO) Docentes: Juliana Costa Araújo Furtado Créditos: 02 Carga horária: 30

Ementa:

O objetivo da disciplina é conscientizar o aluno sobre o importante papel da jurisprudência dos

Tribunais Superiores na aplicação do Direito Tributário. O Direito brasileiro passa atualmente

por uma fase caracterizada pela transição do clássico civil law para a chamada

commonlawnização. Daí porque se faz necessária a análise sobre a força dos precedentes, dos

limites da interpretação jurisprudencial e como os precedentes podem sofrer alterações.

A experiência mostra que o sistema tributário adotado pela Constituição de 1988 vem sendo

redesenhado pela prática dos tribunais e por mudanças constitucionais supervenientes,

caracterizando um movimento cíclico de retroalimentação do Direito: significativas alterações

da legislação tributária, julgadas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal,

impulsionaram o exercício do poder constituinte derivado. Nesse contexto, a atuação do fisco

e dos contribuintes passa a se pautar pela interpretação que os tribunais conferem aos

enunciados normativos.

Isso remete à necessidade de distinguir entre os conceitos de legalidade abstrata e legalidade

teórica, que espelham a divisão entre as noções ordinárias de “teoria” e a “prática” no Direito.

A distinção é chave para se compreender os problemas de ruptura da legalidade, que se

explicam a partir do reconhecimento de que há uma dissociação entre as duas perspectivas.

Afinal, de que adianta existir a lei se a sua redação não garante a vinculação do ato

administrativo de formalização do crédito tributário?

Nesse cenário, ganha especial relevo o debate que se pretende fazer com os alunos sobre a

nova visão do Direito Tributário, tendo como pano de fundo a legalidade concreta oriunda da

prática dos tribunais.

Para se compreender o novo papel da jurisprudência e sua influência no Direito Tributário, a

disciplina focalizará inicialmente (i) o estudo da relação entre legalidade concreta e legalidade

abstrata; (ii) os limites a atuação jurisprudencial e seu impacto no legislador constituinte

derivado; (iii) os efeitos dessas decisões sob a ótica da commonlawnização do sistema jurídico

22

brasileiro, enfatizando a força dos precedentes e a legislação processual que acabou lhe dando

maior respaldo (v.g. recursos repetitivos e repercussão geral)

A disciplina também analisará situações concretas e decisões jurisprudenciais sobre temas

críticos de Direito Tributário (v.g. compensação, parcelamentos, responsabilidade tributária,

decadência, prescrição, repetição do indébito). A proposta é identificar os fundamentos

teóricos que nortearam as principais manifestações pretorianas nesse particular, como ponto

de partida para construir um entendimento consistente sobre sua certeza ou incerteza. O

resultado final dessa reflexão tem impacto no ideal de segurança jurídica perseguido por quem

atua no campo empresarial ou na formulação de políticas de tributação.

O diferencial da disciplina está na abordagem inovadora sobre o papel dos Tribunais

Superiores na construção do direito aplicado e na compreensão sobre as razões que

motivaram a mudança de paradigma.

A disciplina também procurará desenvolver nos alunos competências e habilidades mais

elaboradas, que visam não apenas o conhecimento das teses jurídicas já consolidadas nos

tribunais superiores, mas sobretudo a capacidade de influenciar a formação da jurisprudência

em questões relevantes de Direito Tributário.

BIBLIOGRAFIA

ALEXY, Robert. Teoria da argumentação jurídica: a teoria do discurso racional como teoria da

fundamentação jurídica. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.

ATALIBA, Geraldo. Sistema constitucional tributário brasileiro. São Paulo: Revista dos Tribunais,

1968.

______. Hipótese de incidência tributária. 6. ed. 12. tiragem. São Paulo: Malheiros, 2011.

ATIENZA, Manuel; MANERO, Juan R. Ilícitos atípicos. 2. ed. Madrid: Editorial Trotta, 2006.

ÁVILA, Humberto. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 12.

ed. São Paulo: Malheiros, 2011.

BALEEIRO, Aliomar; DERZI, Misabel A. M. Limitações constitucionais ao poder de tributar. 8.

ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010.

23

BOBBIO, Norberto. Da estrutura à função: novos estudos de teoria do direito. São Paulo:

Manole, 2007.

CARVALHO, Paulo B. Curso de direito tributário. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

______; SOUZA, Priscila. (Org.). Sistema tributário brasileiro e a crise atual: VI congresso

nacional de estudos tributários. São Paulo: Noeses, 2009.

CONRADO, Paulo C. Processo tributário. São Paulo: Quartier Latin, 2004.

GODOI, Marciano S. (Coord.). Sistema tributário nacional na jurisprudência do STF. São Paulo:

Dialética, 2002.

SCHAUER, Frederick. Playing by the rules: a philosophical examination of rule-‐based decision-‐

making in law and in life. Oxford: Clarendon Press, 1993.

SILVA, Gerson A. Sistema tributário brasileiro. 1. ed. Brasília: Escola de administração

fazendária, 1986.

SOUZA, Rubens G. Compêndio de legislação tributária. ed. póst. São Paulo: Resenha Tributária,

1975.

24

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: TRENDS AND CHALLENGES OF CRIMINAL LAW TODAY

Professor: Marta Rodriguez de Assis Machado Credits: 02 Hours: 30

Overview:

There’s a general diagnosis – at least in western societies – that criminal law regulations have

been expanded, covering new areas and affecting more and more people.

This course will explore the origins and consequences of this phenomenon. It will first address

the different – concurrent and complimentary -‐ theoretical explanations available to

understand it sociologically (risk society paradigm, increase of individual responsibility, decline

of the welfare state and security state's ascension etc.). Secondly, it will address the main

consequences of this phenomenon, focusing, on the one hand, on the structural challenges of

criminal institutions to cope with complex innovative facts and, on the other hand, the social

consequences of the massive use of punishment and imprisonment. Brazilian cases and data

will be used to enlighten the discussions, as well as focused comparisons.

Mandatory references

25

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: REGULATION IN BRAZIL: INFRASTRUCTURE

Professors: Caio Mario da Silva Pereira Neto Maria Lucia Pádua Lima Credits: 02 Hours: 30

Overview:

This course will present an overview of the regulatory reform implemented in Brazil in the last

15 years. We will discuss the changes in the role of the State in infrastructure sectors, focusing

on the transition from a development model based on state owned enterprises (SOEs) to a

model in which the private entities play an important role in implementing and managing

infrastructure projects. The course will address different institutional choices in regulatory

reform and will present an overview of some of the main changes implemented in Brazil. Also,

the classes will discuss the interaction of regulation and competition policy in infrastructures

sectors, considering the increasing relevance of antitrust issues in many sectors submitted to

regulatory reform. Examples will be drawn from different infrastructure sectors, including

telecommunications, oil & gas and railways.


Armando Castelar Pinheiro, “The Brazilian Privatization Experience: what’s next?”, paper presented at the workshop “Changing nature of business-‐state relations in Brazil: strategies of foreign and domestic capital”, Centre for Brazilian Studies, University of Oxford, January 28, 2002.

Armando Castelar Pinheiro, “Regulatory Reform in Brazilian Infrastructure: Where do We Stand?” in IPEA, Texto para Discussão No. 964, Julho de 2003. pp. 1-‐14; 23-‐27.

César Mattos e Paulo Coutinho, “The Brazilian model of telecommunications reform” in Telecommunications Policy 29, 2005 p. 449–458

César Mattos e Paulo Coutinho, “The Brazilian model of telecommunications reform” in Telecommunications Policy 29, 2005 p. 458–466

Ricardo Gorini de Oliveira, “The Brazilian Natural Gas Industry: Regulation Improvements, Impacts and Perspectives for Natural Gas Planning” in 33ºIAEE, Rio de Janeiro, 2010

Fábio Brandão, “The Petrobras Monopoly and the Regulation of Oil Prices in Brazil”, in Oxford Institute for Energy Studies, 1998. p. 11-‐23

Jonathan Wheatley, “Oil & gas: Solutions sought to secret of difficult oil fields”, published: May 6 2010 in Financial Times Limited 2010.

26

Ed Crooks, “Brazil’s challenge: fuel for a nation”, published: June 28 2010 in Financial Times Limited 2010.

Amy Stillman, “Brazil’s fledgling deep-‐sea oil industry faces up to risks”, published: July 19 2010 in Financial Times Limited 2010

Antonio Estache, Andrea Goldstein and Russel Pittman, “Privatization and Regulatory Reform in Brazil: The Case of Freight Railways” in Journal of Industry, Competition and Trade, 2002.

Ronaldo Seroa da Motta e Ajax R.B. Moreira, “Efficiency and Regulation in the Sanitation Sector in Brazil” in IPEA: Texto Para Discussão nº 1059, Rio de Janeiro, 2004. p. 1-‐5

Elizabeth Farina, “Competition Policy in the Global Context: some issues from a LDC perspective” in Annual Chatham House Competition, 2005.

CADE Practical Guide: The defense of competition in Brazil, CADE & CIEE, 2007, p. 123-‐155.

Competition Law and Policy in Brazil: a Peer Review– 2010, OECD

Claudio Considera & Kélvia Albuquerque, “The Relationship Between Competition Policy and Regulation in the Brazilian Economy” SEAE Working Paper nº 10, august/2001

Merger Control 2009 – Brazil – GLG, UK

AC 08012.001885/2007-‐11 (Owens Corning & Saint Gobain; j. July, 23rd, 2008)

CADE Pactical Guide: The defense of competition in Brazil, CADE & CIEE, 2007, p. 155-‐171 (Ambev, Nestlé-‐Garoto and Vale do Rio Doce).

Cartels and Leniency 2008 – Brazil, GLG, UK

Brazil’s Leniency Program. Secretariat of Economic Law, Ministry of Justice. February 2008.

The Crushed Rock Cartel Case, sde/mj -‐ CADE Practical Guide: The defense of competition in Brazil, CADE & CIEE, 2007, p. 173-‐176 and 182-‐185 (crushed rock; civil aviation cartels and vitamins).

Competition Litigation 2009 – Brazil, GLG, UK.

CADE Practical Guide: The defense of competition in Brazil, CADE & CIEE, 2007, p. 179-‐182 (Microsoft-‐TBA case)

PA 08012.002474/2008-‐24 (Case of 630ml Bottles); PA 08000.022579/1997-‐05 (White Martins-‐Abuse of Dominance)

27

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: CAPITAL AND FINANCIAL MARKETS IN BRAZIL

Professor: Francisco Satiro Credits: 02 Hours: 30

Overview:

The course will provide a through view of some Brazilian capital market aspects, with specific

emphasis on secondary markets. After the 2008 global financial crises, the many problems

involving derivatives revealed that structured transactions are far from ideal and regulation of

risk management and investments should be reconsidered. The course will cover the

regulatory structure of the market for derivatives and analyze the present setting for private

equity and takeovers in Brazil. The main players and structures, checks and balances and the

applied principles will be studied from a Brazilian perspective.

There will be mandatory readings for every class. Socratic and case study methods will be

used. Students will be encouraged to comment in class and will be required to make decisions

based on the class discussions


Regulatory Dualism as a Development Strategy: Corporate Reform in Brazil, the U.S., and the EU. -‐ Ronald J. Gilson; Henry Hansmann; Mariana Pargendler -‐ March 2010

Revista Capital Aberto – Ano 7 / nº 73 / September 2009 -‐ Why does the BNDES fund companies that would have no difficulty raising money through debenture or equity issues?

Revista Capital Aberto – Ano 7 / nº 81 / May 2010 -‐ BNDES: a negligent agent? – Part I

Revista Capital Aberto – Ano 7 / nº 82 / June 2010 -‐ BNDES: a negligent agent? – Part 2

Control Values and Changes in Corporate Law in Brazil – Tatiana Nenova

Can a Stock Exchange Improve Corporate Behavior? Evidence from Firms’ Migration to Premium Listings in Brazil – Antonio Gledson de Carvalho and George G. Pennacchi

Private Benefits of Control: An International Comparison – Alexander Dyck and Luigi Zingales

Crise, inovação e regulação no mercado financeiro – considerações sobre a regulamentação do mercado de derivativos de balcão -‐ Otavio Yazbek

ADMINISTRATIVE GOVERNANCE, INSTITUTIONAL DYNAMICS AND INDUSTRIAL FINANCING IN BRAZIL: NEW PARAMETERS, OLD PROBLEMS -‐ Mario G. Schapiro.

28

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: Law and Development in Emerging Economies: Comparing India, China, and Brazil

Professor: Jonathan Burton-‐Macleod Credits: 01 Hours: 15

Overview:

This course attempts—however presumptuously—to compare and contrast the economic

development models of India, China, and Brazil. The study of emerging economies, particularly

in relation to one another, is and should be a nuanced one. Most broadly, these three

countries share a development model that appropriates and departs from neoliberal

prescriptions. In other words, each context exemplifies a qualified embrace of capitalism, one

that is intimately connected to existing—and unique—social and political characteristics. The

result is that the development model (and political systems) for India, China, and Brazil are

incredibly different, even as they are grouped as various iterations under the umbrella of State

Capitalism. The course starts with an overview of a history of law and development, but

quickly moves to an evaluation of contemporary growth models as decreasingly influenced by

international economic forces and institutions, and increasingly influenced by elements of

domestic political economy.

To study the avatars of Indian, Chinese, and Brazilian economic development is an exercise in

the identification and separation of myth, group-‐think economics, and nationalist rhetoric. The

drivers of growth in the case of India and China lie in the undergrowth of political systems and

social realignments. This course is based on a course that I taught in 2012 at Jindal Global Law

School, New Delhi. I include the original course description below, because I think the goals

for that course translate into the current one. However, two important caveats must be made.

First, in the study of emerging economies, the ground is always shifting. Over the past year,

Brazil, along with India and China have all experienced worrying downturns in growth. The

course will be geared towards analyzing joint, as well as distinctive, reasons for this shared,

sharp downturn. Secondly, it is hoped that analyses of Indian and Chinese development

models will be brought to bear on the Brazilian economic development experience. Continuing

the theme outlined above, Brazil is yet again unique amongst emerging economic models in its

reliance on indirect, widespread government ownership through the Brazilian National

Development Bank and its investment subsidiaries, as well as its unique attributes in

government spending on social programs. Can Brazil’s development model and current

29

economic policy be productively compared to that of India and China? How is Brazil posturing

itself within the politics of realigning schemes of global governance, and is there any efficacy to

the B(R)ICS working as a block to achieve some measure of shared goals?

A significant portion of India’s identity, policy, and angst is defined in relation to China. India

lags behind China in economic growth and in attracting foreign investment, making Indian

economic policy makers uneasy, and sometimes reactionary. With the memory of the 1962

Sino-‐Indian conflict still painful, India’s geopolitics has been built in the shadow of Chinese

power. George W. Bush’s identification of India as a ‘buffer’ against China serves only to

confirm India’s identity in relation to its Chinese ‘other’. It is China’s ruthlessly efficient

autocracy against India’s well-‐meaning, but bumbling democracy.

At least that is how the narrative goes. In reality, the relationship between India and China as

Asia’s ‘rising tigers’ is much more complex and nuanced than overbearing stereotypes suggest.

It is not to be denied that Chinese policy is given considerable notice in India. I recently ran a

search that showed ‘China’ to be one of the most frequent words in Indian print media in

articles about foreign investment. As another example, many commentators feel that India’s

engagement with the trading bloc ASEAN is as much about strategy—making inroads into

China’s backyard—as it is about economics. There are even indications that India is emerging

economically from China’s shadow, hosting the fastest growing rates of foreign investment in

four of the last five years (update: that have since precipitously declined).

Admittedly, China and India have very different legal, political and economic systems.

However, they undeniably still share many of the same concerns because they are at similar

stages of economic development. This means that they face similar levels of corruption,

similar pressure from the international community, and exist at the edge of social crisis—a

crisis that centers around issues of social and political inclusion. It is essential that China and

India (and Brazil!) start to be studied together—not in competition with each other.

30

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: Global Anti-‐Laundering/Countering the Financing of Terrorism System

Professor: Eduard Ivanov Credits: 01 Hours: 15

Overview:

Theme 1. Money laundering: definition, goals, main models.

1. Criminal market.

2. Transnational crime and money laundering.

3. Definition of money laundering.

4. Goals of money laundering.

5. Main models of money laundering.

Theme 2. Money laundering typologies.

1. Definition and main elements of typologies.

2. Three groups of typologies.

3. Research of typologies in FATF and FSRB’s.

4. Risk-‐based approach. Main groups of high-‐risk level.

5. Misuse of cash-‐transactions.

6. Money laundering in insurance sector.

7. Misuse of real estate market.

8. VAT-‐fraud and money laundering.

9. Laundering of proceeds gained from illegal drug trafficking.

10. Regional specific of typologies.

Theme 3. Financing of terrorism.

1. Definition of terrorism.

2. Distinctive features of modern terrorism.

3. General overview of the financing of terrorism.

4. Typologies of the financing of terrorism.

5. Misuse of non-‐profit organizations.

31

6. Alternative remittance systems.

7. Cash-‐couriers.

8. Regional specific.

Theme 4. International AML/CFT system. Main international conventions and acts.

1. The Role of UN Convention 1988 in the establishing of international AML/CFT system.

2. Development of international AML/CFT system.

3. Structure of AML/CFT system.

4. The Role of UN-‐General Assembly and Security Council resolutions in countering money laundering and financing of terrorism.

5. Listing of terrorists and assets freezing.

6. Regional cooperation.

7. Cooperation with private sector. Obligations of financial institutions.

8. Main problems and perspectives.

Theme 5. FATF and FATF-‐style regional bodies.

1. Establishing and development of FATF.

2. Structure of FATF.

3. FATF – standards and their impact on national laws.

4. Mutual evaluation process.

5. Non-‐cooperative countries and territories.

6. Research of typologies.

7. Prohibition of proliferation financing.

8. FATF-‐style regional bodies.

Theme 6. Financial Intelligence Unit (FIU). Egmont Group.

1. Egmont Group’s definition of Financial Intelligence Unit (FIU).

2. FIU in international conventions.

3. Types of FIU.

4. Goals of FIU.

5. Financial investigations.

6. Supervision.

32

7. Egmont Group and international cooperation.

Theme 7. National AML/CFT systems.

1. Main legal acts in the field of countering money laundering and financing of terrorism.

2. Obligations of organizations accomplishing transactions in amounts of money or other property.

3. Compulsory control.

4. Suspicious transactions.

5. FIU’s.

6. Supervision.

7. Criminal responsibility for money laundering.

33

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: Corporate Personhood: The Legal and Economic Significance of Separate Entity Status for Corporations

Professor: Margaret Blair Credits: 01 Hours: 15

Overview:

This course would examine the evolution of legal rules in Europe and the Americas since the

Renaissance by which corporations came to have a legal status that made them “persons” in

the eyes of the law. We will consider the economic functions that “legal personhood” serves;

how these functions have changed over time; how the law in various countries and legal

systems serves this function; and the political problems that arise under different legal systems

as a consequence of designating corporations as “persons.” In particular, at the end of the

course, we will examine how the U.S. Constitution has been interpreted over time to provide

Constitutional protections to corporations, and will consider how similar questions have been

dealt which in other legal systems.

34

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: International Business Law

Professor: Zeynep Derya TARMAN Credits: 01 Hours: 15

Overview:

Traders buying and/or selling goods or commodities in international markets are involved in

complex transactions. The typical transaction involves numerous contracts over national

boundaries with a high level of uncertainty and complexity. As an international contract has

connections to more than one country, it has to be ascertained in which country's courts an

international dispute can be brought or whether an alternative dispute resolution could be

taken into account. After this question has been settled, it has to be decided which national

law applies or if other substantive rules of an international origin apply. Current developments

in this field of law will be examined at a European level as well as a global level. The module

will have an emphasis on the practical problems which arise in the international commercial

arena.

Students should understand and be able to identify rules, concepts and principles relating to

international contracts and cross-‐border commerce and should be able to evaluate these rules,

concepts and principles and apply them correctly

35

GLOBAL LAW PROGRAM

Course: International and European Union Development Law

Professor: Cristina Barenttini Credits: 01 Hours: 15

Overview:

This course is intended to offer an overview on the growth and strengthening of development

law, from the point of view of international organizations and more specifically the European

Union.

It starts with attempting to ascertain a legal definition of human rights and following up the

gradual recognition of human rights in history, from ancient times to our days. Specific

attention is devoted to the recently affirmed 3rd and 4th generation rights, such as right to

development, peace, self-‐determination of peoples, water, clean environment…

The United Nations’ approach is taken into consideration, with the Universal Declaration of

Human Rights, the Geneva Convention on the Status of Refugees and the UN System for the

Protection of Human Rights. The most relevant international regional systems for the

protection of human rights in the world are also addressed.

Coming to Europe, the course looks at the Conventions by the Council of Europe, then

concentrating on European Union immigration and asylum law and policies, up to the creation

of the Common European Asylum System, highlighting strongpoints and critical aspects. The

core of the course analyses the key instruments of EU policies on immigration and asylum -‐

discussing the steps towards common policies as well as the most relevant programmes,

resolutions, strategic plans and regulations, up to the European Agreement on Immigration

and Asylum and the Lisbon Treaty, which makes the European Charter of Fundamental Rights

binding – as well as the EU directives on minimum standards for the reception of asylum

seekers, trafficking in human beings, qualification as refugees, asylum procedures and

returning illegally staying third country nationals.

The final part of the course deals with the European Union’s development policy. The growing

commitment of the EU in this field, as well as its weaknesses, are discussed with reference to

EU support to fair trade and other means for development, to regional and local cooperation

36

programmes and partnerships between the EU and developing countries, and to the new

“Energising Development” initiative.

The course aims at offering international students an insight into what stands behind the

general concept of “development”: the equal right to development for all human beings, and

therefore the protection of human rights even in their most recent meanings, the protection of

immigrants and asylum seekers, the possible instruments and ways for supporting and

enhancing social and economic development on a global scale.

Students will therefore be introduced to the main legal instruments and policies adopted by

international organizations, and especially the European Union, towards this scope. They will

also be encouraged to work together in mixed international groups discussing relevant

documents and case law, in order to strengthen their capability of facing issues from a

practical point of view as well as their spirit of collaboration and mutual respect, which is at

the basis of any attempt for peace and development.

ementário 2013-2 (turma 1) - fgv · 5!!...

Documents