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1 Município de São Bernardo do campo Secretaria de Educação Departamento de Ações Educacionais Divisão de Educação Infantil e Ensino Fundamental PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL SÃO BERNARDO DO CAMPO 2017

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Page 1: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

1

Município de São Bernardo do campo

Secretaria de Educação

Departamento de Ações Educacionais

Divisão de Educação Infantil e Ensino Fundamental

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI

E

SERVIÇO DE APOIO A PESSOA COM

DEFICIÊNCIA VISUAL

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2017

Page 2: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

2

“A escola tem que ser esse lugar em que as crianças tem a oportunidade de

ser elas mesmas e onde as diferenças não são escondidas, mas destacadas.”

(Mantoan)

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3

ÍNDICE

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

07

1. Quadro de identificação dos funcionários 08

2. Quadro de organização das modalidades 11

II – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE

ATUAÇÃO DA ESCOLA

15

1. Concepção Pedagógica 15

2. Caracterização da Comunidade

2.1. Histórico da Unidade Escolar

2.2. Caracterização da EMEBE Rolando Ramacciotti

2.3. Caracterização do Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual

17

17

17

20

2.4. Plano de Ação para a Comunidade Escolar 26

3. Equipe Escolar 28

3.1. Professores – Caracterização 28

3.2. Plano de Formação do professor 30

3.3. Auxiliares de Educação – Caracterização 33

3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34

3.5. Funcionários – Caracterização 35

3.6. Plano de Formação dos Funcionários 36

4. Conselho de Escola – Caracterização 37

4.1. Plano de Ação do Conselho de Escola 38

5. Associação de Pais e Mestres – Caracterização 39

5.1. Plano de Ação da Associação de Pais e Mestres 40

6. Avaliação do Conselho de Escola e APM 43

III– ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO PARA O ATENDIMENTO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL-DI

44

1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas 44

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em 2016

2. Organização das turmas 45

2.1. Justificativa da abordagem da Proposta Curricular 46

2.2. Eixos do trabalho pedagógico 47

2.2.1. Eixo Escolar

2.2.2. Eixo Familiar

2.2.3. Eixo Comunidade

2.2.4. Eixo Lazer

2.2.5. Eixo Ocupacional

47

49

50

51

52

2.3. Projetos Pedagógicos 52

2.3.1. Projetos da Unidade Escolar

2.3.2. Educação Física

2.2.3. Inclusão Digital da Comunidade Interna

53

75

76

3. Rotina Escolar 78

3.1. Organização da escola para o atendimento dos alunos com

Deficiência Intelectual- DI

3.2. Estudos do Meio previstos

78

78

4. Avaliação das Aprendizagens

80

IV. SERVIÇO DE ATENDIMENTO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL 81

1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em

2016

2. Que norteia o trabalho com pessoas com Deficiência Visual

2.1. Princípios

3. SAPDV

3.1. Documentos que indicam a necessidade do aluno para o atendimento

no SAPDV

A- Portador de Visão Subnormal (Baixa Visão)

B- Portador de Cegueira

3.2. Objetivos do trabalho desenvolvido no SAPDV

4. Eixo de trabalho

81

84

84

85

85

86

86

88

89

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5

4.1. Eixo Família

4.2. Eixo Escolar

4.2.1. Critérios para atendimento

5. Atendimento ao aluno no contraturno

5.1. BRAILLE

5.2. SOROBAN

5.3. RECURSOS GRÁFICOS

5.4. Noções de Informática Adaptada- NIA

6. Itinerância

7. Núcleo de Material Adaptado

8. Avaliação no SAPDV

8.1. Avaliação funcional da visão (AFV)

A- Alunos com Baixa Visão

B- Alunos com múltipla deficiência sensorial e Surdocegos

8.2. Orientações para avaliação

8.2.1. Histórico Clínico

8.2.2. Avaliação da Família

8.2.3. Avaliação Cognitiva

8.2.4. Avaliação Sensorial

8.2.5. Avaliação da Comunicação

8.2.6. Avaliação da Motricidade

8.2.7. Avaliação das Habilidades da Vida Cotidiana

8.2.8. Avaliação Socioafetiva

V- Calendário Escolar

VI- Referências Bibliográficas

VII- Anexo

89

90

90

91

91

93

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7

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Escola Municipal de Educação Básica Especial “Rolando Ramacciotti”;

• Endereço: Rua Warner, 300 - Jardim Hollywood

• Telefones: (11) 4123 4108

• E-mail: [email protected]

• CIE: 35079078

Equipe gestora:

Magali de Oliveira Xavier -(PRD – Professora respondendo pela Direção).

Adriana Alves de Siqueira -(PRCP – Professora respondendo pela Coordenação).

Orientadora Pedagógica:

Valdiana do Bomfim Alves

Modalidades de Ensino oferecidas pela escola

✓ Atendimento a Pessoa com deficiência intelectual;

✓ SAPDV: Serviço de Atendimento a Pessoa com Deficiência Visual;

Períodos e horários de funcionamento da escola:

De segunda à sexta-feira das 7h00 às 18h00.

Períodos:

Matutino: 07h00 às 12h00

Vespertino: 13h00 às 18h00

Horário de atendimento da secretaria

Atendimento ao público das 7h00 às 18h00.

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8

1. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

Nome Matricula Cargo

Função

Horário de trabalho Período

de férias

Adriana Alves de

Siqueira

37.223-6 Professora

Respondendo

pela

Coordenação

Pedagógica

2ª - 7h às 9h30/

13h às 18h/

18h40 às 21h40

3ª- 13h às 18h/

18h40 às 21h40

4ª- 7h às 9h30

5ª - 8h às 18h

6ª - 7h às 18h

02/01 à

31/01/17

Ana Lucia Ferraz da

Silva

61.524-0 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Ana Paula de Paula

Garcia

30.576-2 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Aparecida Guimarães

Silva

39.004-4 Inspetor de

alunos

8h às 17h 02/01 à

31/01/17

Armando Ferreira

Cardoso

62.901-9 Aux. Limpeza 6h às 15h 04 à

23/01/17

Carmem Silva

Medina

27.004-6 Professora 2ª, 4ª e 6ª 7h às 18h

3ª 14h às 18h

5ª 13h às 19h

02/01 à

31/01/17

Cleide Maria Costa 60.392-8 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Eduardo da Silva

Lucas

32.246-9 Auxiliar em

Educação

8h às 17h 02/01 à

31/01/17

Elaine Aparecida

Pollini

25.355-1 Professora

readaptada

7h às 13h 02/01 à

31/01/17

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9

Ellen da Fonseca

Pouseiro Natis

32.691-8 Professora 2ª- 7h às 12h/13h às 18h

3ª- 14h às 18h

4ª e 5ª- 13h às 18h

6ª- 7h às 17h40

02/01 à

31/01/17

Falcão Zerbeto Bruno 41.021-2 Oficial de

escola

9h às 18h 02/01 à

31/01/17

Fátima Maria Dias da

Costa

25.170-3 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Fernanda Gonçalves

de Souza

34.616-8 Professora 7h às 12h 02/01 à

31/01/17

Helena Maria Borges

Fabuel Garcia

36.254-2 Inspetor de

alunos

8h às 17h 02/01 à

31/01/17

Iolanda de Santana

do Nascimento

23.127-8 Ajudante Geral 8h às 17h 02/01 à

31/01/17

Joana Haideé Suarez 23.969-0 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Lourdes Aparecida

de Almeida

27.003-8

61.010-1

Professora

7h às 12h

13h às 18h

02/01 à

31/01/17

Lucimar Amaral

Ezequiel

26.920-9

Professora

7h às 12h

02/01 à

31/01/17

Luiz Henrique

Lazarini

26.704-5 Professor 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Magali de Oliveira

Xavier

28.540-5 Professora

Respondendo

pela Direção

2ª- 9h às 12h / 18h40 às

21h40

3ª- 7h às 18h/ 18h40 às 21h40

4ª- 13h às 18h

5ª e 6ª- 7h às 16h

02/01 à

31/01/17

Maria Aparecida

Cultri

23.802-6 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Maria Cristina Garcia

de Abreu

61.616-5 Auxiliar de

Limpeza

9h às 18h 01 à

30/08/2017

Maria de Lourdes

Zillig Santos

60.075-0 Auxiliar de

Limpeza

9h às 18h 01 à

30/09/2017

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10

Maria Inês Rupulo

Bezerra

34.655-8 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Mariana Batista dos

Santos

35.172-1 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Mariana Soares de

Souza

28.807-1 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Marina Linhares

Geraldo

39.619-7 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Mychelle Faustino da

Silva

60.588-1 Auxiliar de

Limpeza

6h às 15h 02/01 à

31/01/17

Neide Senas dos

Santos de Moura

23.849-0 Professora

2ª e 5ª- 13h às 18h

3ª e 4ª- 7h às 18h

6ª- 7h às 10h40

02/01 à

31/01/17

Olga Kikue Takinami 26.941-1 Professora 2ª- 7h às 12h

3ª- 7h às 22h

4ª -8h às 18h

5ª- 8h às 15h

6ª -8h às 16h

02/01 à

31/01/17

Priscila de Almeida

Mendes

34.971-8 Professora 7h às 12h 02/01 à

31/01/17

Rosangela de

Santana

38.670-4 Professora 2ª, 4ª e 6ª- 7h às 12h

3ª- 7h às 18h

5ª- 7h às 16h40

02/01 à

31/01/17

Roseli Fernandes

Ferreira

41.067-8 Auxiliar em

Educação

8h às 17h 02/01 à

31/01/17

Sandra Cristina

Neves do Valle

62.789-7 Auxiliar de

Limpeza

6h30 às 15h30 05 à

24/01/17

Sandra das Dores

Silva de Almeida

64.278-8 Professora 7h às 12h 02/01 à

31/01/17

Sandra Regina dos

Santos Menegon

34.871-2 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Solange

Notarberardino

18.539-8

36.075-2

Professora

readaptada

2ª a 5ª- 12h30 às 17h

6ª-12h30 às 17h30

02/01 à

31/01/17

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2ª à 6ª- 6h30h às 11h30h

Sonia Regina

Morassi dos Santos

61.537-1 Professora 13h às 18h 02/01 à

31/01/17

Valéria Soares

Alcantara Viana

21.781-2 Merendeira 6h15 às 15h15 18/01 à

01/02/17

2 – Quadro de Organização das Modalidades

Atendimento à pessoa com deficiência intelectual – DI

Período: Tarde - 2ª a 6ª feira da 13h às 17h

Turmas Alunos Professora Auxiliar/Apoio

1 13

Joana Haideé Suarez

Mariana Batista dos Santos

(Professora)

2 13

Marina Linhares Geraldo

Kizzy Magnani (Estagiaria em

Pedagogia)

3 11

Fátima Maria Dias da Costa

Maria Cristina Machado

(Estagiaria em Pedagogia)

4 7

Sandra Regina Menegon

Eduardo da Silva Lucas (Auxiliar

de Educação)

5 8

Sonia Regina Morassi dos

Santos (Professora Substituta)/

Ana Paula de Paula Garcia

(Licença Saúde)

Iolanda de Santana do

Nascimento (Ajudante geral-

designada)

6 6 Ana Lúcia (Professora

Substituta)

Helena Maria Borges Fabuel

Garcia (Inspetora de aluno)

7 6 Maria Aparecida Cultri Aparecida Guimarães Silva

(Inspetora de aluno)

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12

8 6

Mariana Soares de Souza

Roseli Fernandes Ferreira

(Auxiliar de Educação)

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13

Professor de Educação

Física

Luiz Henrique Lazarini Atende todas as turmas

PAPP- Laboratório Olga Kikue Takinami Atende todas as turmas

Serviço de apoio à pessoa com deficiência visual -SAPDV

Quadro de Horário - Professoras do SAPDV

Período da manhã

Fernanda Gonçalves de Souza- (Licença Maternidade)

Lourdes Aparecida de Almeida (Professora Substituta)

Lucimar Amaral Ezequiel

Priscila de Almeida Mendes

Neide Senas dos Santos de Moura

Sandra das Dores Silva de Almeida ( Professora Substituta)

Período da tarde

Cleide Maria Costa (Professora Substituta)

Ellen da Fonseca Pouseiro Natis ( PAPP – 40h)

Lourdes Aparecida de Almeida

Maria Inês Rupolo Bezerra

Neide Senas dos Santos Moura

Carmem Silva Medina

Manhã

Professoras SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

Lucimar Aula Aula Itinerância Itinerância Aula

Neide Aula Itinerância Aula Aula Itinerância

Priscila Itinerância Aula Aula Itinerância Aula

Ellen Aula - - - Aula

Sandra Itinerância Aula Aula Aula Itinerância

Lourdes Substituição/NMA

Substituição/NMA

Substituição/NMA

Substituição/NMA

Substituição/NMA

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Tarde

Professoras SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

Lourdes Aula NMA Aula Itinerância Itinerância

Carmem Aula Aula Itinerância NMA Itinerância

Ellen Itinerância Aula Itinerância NMA Aula

Maria Inês

Itinerância Itinerância Aula Itinerância Itinerância

Cleide Substituição/NMA

Substituição/NMA

Substituição/NMA

Substituição/NMA

Substituição/NMA

Neide Itinerância NMA - - -

Período: Manhã

Professoras Atendimentos Alunos

Lucimar BRAILLE ----

SOROBAN 3

RECURSOS GRÁFICOS 2

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

7

Neide BRAILLE 2

SOROBAN ----

RECURSOS GRÁFICOS 9

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

1

Priscila BRAILLE 4

SOROBAN ----

RECURSOS GRÁFICOS 3

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

4

Ellen BRAILLE 5

SOROBAN ----

RECURSOS GRÁFICOS 1

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

3

Fernanda/Sandra (substituta)

BRAILLE ----

SOROBAN ----

RECURSOS GRÁFICOS 1

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

13

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Período Tarde

Professoras Atendimentos Alunos

Lourdes BRAILLE 1

SOROBAN 2

RECURSOS GRÁFICOS 3

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

2

Carmem BRAILLE ----

SOROBAN ----

RECURSOS GRÁFICOS 7

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

4

Ellen BRAILLE ----

SOROBAN ----

RECURSOS GRÁFICOS 6

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

3

Maria Inês BRAILLE 2

SOROBAN ----

RECURSOS GRÁFICOS 1

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA

----

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II. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS

SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Concepção Pedagógica

“Sonhar não é apenas um ato político necessário, mas

também uma conotação da forma histórico-social de

estar sendo de mulheres e homens. Faz parte da

natureza humana que, dentro da história, se acha em

permanente processo de tornar-se. Fazendo-se e

refazendo-se no processo de fazer história, como

sujeitos e objetos, mulheres e homens, virando seres

da inserção no mundo e não da pura adaptação ao

mundo. Não há mudança sem sonho como não há

sonho sem esperança. (FREIRE, 1992, p 91).

Ao nos depararmos com o desafio da educação de crianças, jovens e

adultos com deficiência, primeiramente o que nos move e impulsiona é o sonho:

O sonho de contribuir com a formação de cidadãos, homens e mulheres aptos a

exercer a sua cidadania com autonomia, dotado de valores, que o estimule a

prática de atitudes necessárias à boa convivência, em clima de harmonia e

cooperação, onde ele se reconheça como agente transformador de sua própria

história e de seu meio social.

Diante desta concepção de educação, a equipe da EMEBE Rolando

Ramacciotti, acredita que o processo de ensino e aprendizagem se constrói na

interação entre os profissionais da educação e o meio, onde os diferentes atores

aprendem a aprender com cada gesto, ação e relação estabelecida.

Entendemos que cada indivíduo traz consigo legados culturais e saberes

diversos, que devem ser considerados no seu processo de aprendizagem, visto

ser a escola, direito para todos e de cada um. Deve-se também, respeitar,

portanto a inclusão, equidade e gratuidade, assim como acesso, permanência e

sucesso.

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17

Dentro da escola não existe diferença entre os profissionais, todos fazem

parte do processo educativo. Entendemos que todos os profissionais dentro deste

espaço são EDUCADORES, assim cabe a todos e a cada um, uma ação

educativa dentro de suas atribuições e em atendimento aos alunos.

Queremos contribuir para a formação de indivíduos capazes de distinguir

as informações e utilizá-las para o bem comum, respeitadores de todas as formas

de vida. Sabemos que a escola não está sozinha na formação das pessoas:

família e sociedade compartilham essa “tarefa”. Sabemos também que a escola

tem um papel fundamental na construção de sujeitos críticos, pois deve oferecer

recursos, boas referências e alternativas ao senso comum.

Dentro deste princípio, em nosso ambiente escolar, estabeleceremos e

zelaremos por uma relação professor/aluno, aluno/professor, que seja pautada no

respeito mútuo, na aprendizagem recíproca, no reconhecimento da necessidade

de atitudes de cooperação, solidariedade, confiança, motivação e, acima de tudo,

no engajamento do professor, em desenvolver uma prática educativa que valorize

a linguagem e a cultura do aluno, promovendo situações concretas de

ensino/aprendizagem, em que todos se beneficiem das conquistas.

A proposta da escola está pautada no currículo funcional numa abordagem

ecológica, que tem como pressuposto a valorização da realidade total do aluno

numa visão comunitária e participativa, por meio de diversas estratégias, das

várias linguagens para o desenvolvimento dos conteúdos, respeitando a

individualidade e singularidade de cada um dos participantes deste processo.

Os conflitos do dia-a-dia, encararemos como parte deste rico processo de

crescimento dos envolvidos, e, eles sempre serão mediados, mediante a relação

que estabeleceremos de respeito, escuta e diálogo constante.

Dentro desta dinâmica, estaremos nos autoavaliando durante todos os

encontros pedagógicos e reuniões formativas, pois no processo de nossa

caminhada precisamos de constante reflexão sobre as nossas metas, objetivos e

de quanto nossas experiências coletivas e individuais nos transformaram, e por

meio delas, buscaremos mais conhecimento para nosso autoconhecimento,

avanço e melhoria significativa do nosso trabalho quanto escola.

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2. Caracterização da Comunidade

2.1. Histórico da Unidade Escolar

A Escola Municipal de Educação Básica Especial “EMEBE” Rolando

Ramacciotti está localizada no interior do Complexo Padre Aldemar Moreira

situado no Jardim Hollywood, entre a Avenida Caminho do Mar e Avenida

Senador Vergueiro, em um bairro de classe média, no Município de São Bernardo

do Campo - SP. O Bairro é formado por ruas íngremes e arborizado, e possui um

comércio bem variado, além de escolas públicas, estaduais e federais, pequenas

praças consideradas áreas de lazer da comunidade local e instituições religiosas.

Apesar de sua característica residencial, não tem muitas opções de transporte

público. Por sua localização ser próxima ao Rudge Ramos, a população tem

acesso a alguns serviços públicos como: saúde, cultura e lazer.

2.2. Caracterização da EMEBE Rolando Ramaciotti

A história da EMEBE Rolando Ramacciotti começa em 1967, na qual era

situada na casa paroquial, prédio cedido pela Igreja do Rudge Ramos pelo Padre

Fiorente Elena, com a criação da Associação de Pais e Amigos dos Expecionais

(APAE) que teve a parceria da Prefeitura do Municipio de São Bernardo do

Campo.

Em 1970, o Departamento de Divisão Cultural do Município cria o Núcleo

de Educação Especial de Rudge Ramos, agora localizado na R. Ângela Tomé,

260, que substitui a APAE. Este foi inaugurado em 31/03/72 e posteriormente

denominado EMEBE Rolando Ramacciotti.

Em julho/2005 houve a mudança para um novo prédio – R. Warner, 300 –

Jd. Hollywood que foi denominado Centro Integrado de Educação Especial do

Jardim Copacabana, que englobou a EMEBE Rolando Ramacciotti, o Centro de

Apoio Pedagógico Especializado (antes chamado de Centro de Apoio a

Estimulação Essencial Ernesto Augusto Cleto) e outros serviços para

atendimentos a comunidade escolar como: Programa Surdo-cegueira, Avaliação e

Acervo de Tecnologia Assistiva.

Page 19: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

19

Através da Lei 5.898 de 19/08/08 passa a denominar-se Centro Integrado

de Educação Especial Padre Aldemar Moreira, complexo constituído pelo Centro

de Apoio Pedagógico Especializado e EMEBE Rolando Ramacciotti.

Em 06/07/10 foi finalizada a reforma do Complexo Padre Aldemar Moreira,

para sanar problemas estruturais e adequar os recursos de acessibilidade.

Através do Decreto nº 17.242 de 08/09/10 houve a alteração da denominação

para Centro Integrado Municipal de Educação Básica (CIMEB) Padre Aldemar

Moreira, que passou a ser constituído pelo Serviço Especial de Apoio Pedagógico

Especializado (SAPE), EMEBE Rolando Ramacciotti e pelo Serviço de Apoio às

Pessoas com Deficiência Visual (SAPDV) Nice Tonhozi Saraiva.

Atualmente o Complexo Padre Aldemar Moreira, passou novamente por

reformas e agora fazem parte do complexo a EMEBE Rolando Ramacciotti que é

composto pelo atendimento à pessoa com deficiência intelectual e SAPDV

(Serviço de Apoio à pessoa com deficiência visual), Acervo de Tecnologia

Assistiva (sob gerência da SE 115), pela EOT (Equipe de Orientação Técnica),

Setor de Reabilitação e Núcleo de Ensino Aprendizagem (NEA) e o Centro

Especializado e Reabilitação (CER).

A EMEBE Rolando Ramacciotti, assim como o Serviço de Apoio a Pessoa

com Deficiência Visual- SAPDV atende educandos das diferentes regiões do

município, cujo acesso ao serviço muitas vezes depende do transporte escolar

ofertado pela Secretaria de Educação e Cultura.

Bairros de moradia dos alunos que frequentam a EMEBE Rolando Ramacciotti.

Tabela 1 – Quantidade de alunos com Deficiência Intelectual

BAIRROS ALUNOS DI

Riacho Grande 2

N. Petrópolis 1

São Pedro 5

Alvarenga 6

Orquídeas 1

Cento 3

Page 20: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

20

Rudge Ramos 3

Jd. Laura 3

Limpão 3

Jd. Antares 1

Pq. Imigrantes 2

Las Palmas 1

Alves Dias 2

Taboão 2

Calux 3

Jd. Jussara 2

Jd. Das Américas 1

Planalto 2

Fincos 1

Jd. Santo Inácio 1

Cooperativa 1

Jd. Independência 1

Jordanópolis 1

Jd.Vida Nova 1

Vila São José 3

Vila Esperança 1

Assunção 1

Silvina 1

Pq. São Bernardo 2

Químicos 2

Ferrazópolis 1

Pq. Esmeralda 1

Boa Vista 3

Vila Liviero 1

Paulicéia 2

Divinéia 2

Tupã 1

Jd. Beatriz 1

Jd. Damasco 1

Page 21: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

21

Vila Euclides 1

Batistini 1

2.3. Caracterização do Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência

Visual

O modo de conceber, de pensar, de agir com o diferente

depende da organização social como um todo, na sua base

material, isto é, na organização para a produção, em íntima

relação com as descobertas das diversas ciências, das

crenças, das ideologias, apreendidas pela complexidade da

individualidade humana na sua constituição física e psíquica.

Daí as diversas formas de o diferente ser percebido pela

sociedade nos diversos tempos e lugares, que repercutem

na visão de si mesmo. (JANNUZI, 2004, p.10)

Em São Bernardo do Campo o atendimento ao público municipal voltado à

pessoa com deficiência visual teve sua trajetória marcada, inicialmente, pela sala

de recursos anexa à Escola Estadual de Primeiro e Segundo Graus (EEPSG)

“Maurício Antunes Ferraz” que mais tarde foi transferida para a EEPSG “Maria

Iracema Munhoz”.

Com o aumento crescente da demanda e frente à necessidade de

ampliação do atendimento, a Prefeitura de São Bernardo do Campo construiu

uma unidade denominada de Centro Municipal de Apoio ao Portador de

Deficiência Visual (CMAPDV) "Nice Tonhozi Saraiva", em homenagem a primeira

professora do município a atuar nesta área.

Devido à crescente procura dos munícipes por um atendimento

especializado, houve a necessidade de adequar o quadro de funcionários,

buscando garantir a qualidade do mesmo. Em 2004, a demanda do Centro de

Apoio havia crescido de tal forma que a Secretaria de Educação e Cultura (SEC)

precisou alugar um imóvel para acomodar parte dos alunos atendidos. O Centro

Page 22: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

22

Municipal de Apoio ao Portador de Deficiência Visual passou então a ter duas

unidades em localizações próximas no centro da cidade.

A Unidade 1, localizada na Rua Marechal Rondon, 100-A, constituída e

inaugurada pela Prefeitura de São Bernardo do Campo, destinava-se ao

atendimento das crianças.

A Unidade 2, localizada na Rua Zelinda Zanella, 93, imóvel locado pela

Prefeitura de São Bernardo do Campo, destinava-se ao atendimento de

adolescentes e adultos.

Também neste ano, frente à busca dos familiares de pessoas com

surdocegueira por atendimento especializado, o CMAPDV deu início aos estudos

e ao atendimento a este novo público implantando o “Projeto Surdocegueira /

Múltipla Deficiência Sensorial”.

No ano de 2005, o “Projeto” passou a fazer parte da Secretaria de

Educação, através da Seção de Educação Especial e os professores que nele

atuavam eram designados através de inscrição por edital. A Equipe de Orientação

Técnica do “Projeto” era composta por profissionais do CMAPDV “Nice Tonhozi

Saraiva” e da EMEBE “Neusa Bassetto”.

Em 2007 o prédio da Unidade 2 passou a apresentar alguns problemas

estruturais, sendo necessária a locação de um novo espaço para atender a

demanda.

Não sendo possível agrupar todos em uma só Unidade, algumas aulas

foram suspensas, somente as aulas de Orientação e Mobilidade, Itinerância e

Núcleo de Material Adaptado continuaram na Unidade 2. Na Unidade 1, os

atendimentos às crianças permaneceram.

Em 2008 houve a locação de um novo prédio (Avenida Índico, 926) que

contemplou o número de alunos de ambas as Unidades.

Em 2009 o atendimento aos alunos com surdocegueira, passa a ser

caracterizado como Atendimento do Centro de Apoio.

Ainda nesse período, surgem problemas estruturais no prédio alocado há

menos de um ano, originando a demanda pela procura de um novo espaço.

Diante desta necessidade foi indicado pela Secretaria de Educação o

remanejamento dos atendimentos deste Centro para o Complexo Padre Aldemar

Moreira. Mediante fato, os atendimentos realizados na unidade foram suspensos,

tendo continuidade o Ensino Itinerante, os atendimentos de Orientação e

Page 23: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

23

Mobilidade Avançada, Atividades de Vida Autônoma e Social Domiciliar e

confecção dos materiais pedagógicos adaptados, solicitados pelas unidades

escolares.

Quanto às metas e ações elencadas em 2009, efetivaram-se as seguintes:

• Acesso dos alunos aos equipamentos pedagógicos e tecnológicos;

• Participação de todos os funcionários em diferentes momentos

formativos do CMAPDV (reuniões pedagógicas, HTPC’s, reuniões por

seguimento);

• Otimização das ações realizadas pelo NMA (Núcleo de Materiais

Adaptados): utilização da impressora Braille, disponibilidade de

computadores e profissionais para execução das demandas com

horários estabelecidos por ocasião da atribuição de cada professora em

sua grade de atendimento.

No entanto, as metas relativas ao Conselho do CMAPDV, à APM e ao

desenvolvimento do projeto de implantação das tecnologias de informática, foram

atingidas de forma parcial. Em relação ao Conselho, as reuniões não aconteciam

de forma periódica. Os encaminhamentos para legitimar a atuação da APM foram

providenciados e ao término deste ano não houve devolutiva da etapa em que se

encontrava esta documentação.

Foi oferecida aos profissionais da Educação Especial a formação no

programa JAWS, direcionado ao acesso informático para o educando com

deficiência visual, porém não houve espaço para uma organização de tempo que

garantisse aos docentes o aprimoramento dos conhecimentos e nem tão pouco

para elaboração do programa de informática.

Dia 04 de janeiro de 2009, iniciou-se as comemorações mundiais do

Bicentenário de Louis Braille, criador do sistema de leitura e escrita para cegos –

SISTEMA BRAILLE – que possibilita o acesso às pessoas cegas ao

conhecimento científico, literário, tecnológico e acima de tudo a inclusão na

sociedade.

No Brasil, os eventos foram coordenados pela União Brasileira de Cegos

(UBC), que tinha como presidente de honra, a senhora Dorina de Gouvêa Nowill.

O Centro de Apoio, desde 2008 planejou junto com a comunidade escolar ações

para comemorar o bicentenário de Louis Braille, tais como:

Page 24: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

24

• A comunicação escrita entre as pessoas cegas das regiões

brasileiras;

• Organização do acervo para mesa itinerante temática;

• Produção de DVD áudio descritivo sobre o bicentenário de Louis

Braille e reprodução de 100 cópias para distribuição aos alunos,

familiares e unidades escolares;

• Apresentação e divulgação aos alunos do selo comemorativo ao

Bicentenário de Louis Braille;

• Apresentação de Dança de Salão realizada pelos alunos do Centro

de Apoio, que integram o Projeto da EMAEI Prof. Paulo Bugni;

• Visitação à Fundação Dorina Nowill pelos funcionários do Centro de

Apoio;

• Convite aos ex-alunos para a participação nas comemorações do

Bicentenário;

• Depoimento do Sr. Silvio Roberto Gonzaga de Souza, usuário de

cão guia, para relatar a importância das técnicas de OM como

suporte para beneficiar-se da utilização do cão guia.

Em 2010 a Secretária de Educação organizou os atendimentos de forma

que o CMAPDV passasse a funcionar no Complexo Padre Aldemar Moreira, e

iniciou-se o processo de descentralização dos atendimentos dos alunos do ensino

regular para polos das escolas municipais. Desta forma, ocorreu a mudança do

nome de Centro Municipal de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual “Nice

Tonhozi Saraiva” para Serviço de Apoio às Pessoas com Deficiência Visual -

SAPDV.

A partir de 2011, iniciam-se os atendimentos dos alunos do ensino regular

nos polos. No SAPDV permaneceram os atendimentos aos munícipes (fora da

escolaridade, de escolas particulares e estaduais), com os seguintes

atendimentos: Braille, Soroban, Recursos Gráficos, AVAS, Estimulação,

Orientação e Mobilidade e Educação Física.

De acordo com a determinação de descentralização, foram extintos os cursos

(“Vamos Braillar”, “Em Foco”, “Soroban”, Orientação e Mobilidade”, Caminhando e

Tateando I e II), antes elaborados e ministrados pelos docentes e equipe técnica,

impossibilitando a formação para profissionais da educação e comunidade.

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25

A descentralização em escolas pólos/sedes foi revista no final do ano letivo de

2012, após o levantamento de inúmeros obstáculos não solucionados no período:

ineficácia do transporte escolar, estrutura das salas, precariedade dos recursos,

cancelamentos de atendimentos, restrição das trocas entre profissionais, prejuízo

na confecção de material adaptado, dentre outros. Estes fatos evidenciaram que o

atendimento na área da deficiência visual, de forma descentralizada não atendia

efetivamente as demandas do alunado em questão.

De acordo com o descrito acima, em 2013, efetivou-se o retorno dos

atendimentos num único local. O atendimento atualmente está sediado no

Complexo Padre Aldemar Moreira, na EMEB Rolando Ramacciotti e configura-se

como SAPDV – Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual.

Tabela 1 – Quantidade de alunos com Deficiência Visual - AEE

BAIRROS QUANTIDADE DE ALUNOS – DV/AEE

Jd. Nosso Lar 1

Riacho Grande 2

Baeta 2

Vila Ruth 2

São Pedro 5

Pq. Seleta 1

Vila Vivaldi 1

Montanhão 1

Vila Caminho do Mar 1

Ipê 1

Cooperativa 2

Calux 1

Areião 1

Silvina 1

Jordanópolis 1

Pq. Imigrantes 1

Vila Carminha 1

Jd. do Lago 1

Nova Petrópolis 1

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26

Ferrazópolis 1

Batistini 1

Boa Vista 1

Vila São José 2

Jd. Laura 1

Paulicéia 1

Tabela 2 – Quantidade de alunos com Deficiência Visual - Munícipes

BAIRROS QUANTIDADE DE ALUNOS –

DV/MUNÍCIPES

Vila Luzitânia 1

B. Dos Casa 1

Riacho Grande 1

Vila S. José 1

Montanhão 1

Silvina 1

Rudge Ramos 1

Las Palmas 1

Jd.do Lago 1

Vl. S. Pedro 2

Jd. Gagliardi 1

Orquídeas 2

Santa Terezinha 1

Paulicéia 1

Planalto 1

Tera Nova 1

Nova Petrópolis 1

Jd. Brasília 1

Batistini 1

Vila Flórida 1

Pq. Imigrantes 1

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27

2.4. Plano de Ação para a Comunidade Escolar

Justificativa

Diante de uma discussão e avaliação feita pelos professores e equipe

gestora, quanto às necessidades do público que atendemos nesta unidade

escolar, percebemos a importância de se trabalhar a boa convivência, o respeito e

a conscientização da comunidade escolar sobre a importância de prevenir o

mosquito da Dengue, tendo em vista a epidemia de dengue em nosso bairro e o

trabalho de conscientização que o município de São Bernardo vem fazendo com a

população, não podemos ignorar essa situação, pois a cada momento que se

passa a situação se agrava mais. Pessoas e mais pessoas contaminadas pela

picada do mosquito estão sendo hospitalizadas e muitas delas chegando à morte.

A população necessita não só de informação sobre a transmissão e as

formas de prevenção e principais sintomas, mas também mais ação para

amenizar essa situação tão crítica.

E para isso foi definido como projeto coletivo desta EMEB no ano letivo de

2017 o tema “Todos Contra a Dengue”, com o intuito de tornar a comunidade

escolar apta a serem multiplicadores das informações a sociedade sobre a

importância de prevenir o mosquito da Dengue.

Objetivos Gerais e específicos

Geral

Trazer informações e sugestões de boa convivência e da pratica do

respeito entre todos, bem como proporcionar a toda comunidade a

conscientização em relação a dengue, tendo em vista a epidemia em nosso

bairro, conhecer sobre os cuidados que se deve ter para evitar o crescimento de

focos do mosquito.

Específicos

• Identificar o mosquito transmissor Aedes aegypti;

• Trabalhar junto à comunidade escolar esclarecendo sobre o vetor e a

doença que vem causando muitas mortes;

• Contribuir para a preservação da saúde;

• Prevenir a proliferação do mosquito e como consequência a doença;

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28

• Conhecer as formas de contágio, prevenção e tratamento;

• Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a

prevenção da dengue;

• Desenvolver hábitos e atitudes que ajude a acabar com a proliferação do

mosquito;

• Aplicar os conhecimentos adquiridos.

Ações propostas (metodologia)

• Sensibilizar professores, alunos com vídeos de campanha sobre a dengue;

• Exibição de vídeos e dados informativos sobre a doença e como evitá-la;

• Leitura de noticiários sobre dengue;

• Pesquisa na Internet sobre a dengue e como se pode evitá-la;

• Confecção de folders e cartazes informativos sobre a dengue;

• Sensibilizar comunidade e responsáveis com material produzido pelos

alunos.

Prazo/periodicidade

Anual

Responsáveis

Equipe gestora, professores e demais funcionários da escola.

Avaliação

Observaremos a participação e o envolvimento dos pais, alunos e

funcionários durante as atividades propostas, mas principalmente por meio de

análises das mudanças de atitudes de todos os envolvidos, em relação ao tema

trabalhado.

O convívio e a cooperação direta dos pais relacionados a todos os

aspectos dentro da Unidade Escolar, também será de fato, importante para

avaliarmos se realmente há uma interação e participação mutua, trazendo

atitudes de cidadania.

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29

3. Equipe Escolar

3.1. Professores - caracterização

A grande maioria dos professores desta Unidade Escolar tem formação

acadêmica de nível superior. São participativos e engajados quanto às propostas

da escola, bem como interados e comprometidos em relação ao aprendizado e

desenvolvimento dos alunos.

Estão em constante busca de crescimento intelectual e formações próprias

para que possam desempenhar de forma construtiva e progressiva seu papel de

docente.

ESCOLARIDADE

Nome Situação

Funcional

Gradua

ção

Pós -

Gradua

ção

Tempo

na

PMSBC

Tempo

na

Escola

Observação*

Ana Lucia Ferraz da

Silva

CLT X X 9 anos 2 meses

Ana Paula de Paula

Garcia

X X 14 anos 2 meses

Carmem Silva

Medina

Estatutário X X 17 anos 17 anos Período da

tarde trabalha

10h em Santo

André

Cleide Maria Costa CLT X X 11 anos 11 anos

Elaine Aparecida

Pollini

Estatutário X X 19 anos Professora

Readaptada

Ellen da Fonseca

Pouseiro Natis

Estatutário X X 10 anos 1 ano

Fátima Maria Dias da

Costa

Estatutário X 20 anos 20 anos

Fernanda Gonçalves

de Souza

Estatutário X X 8 anos 5 anos Período da

tarde – Rede

Estadual

Page 30: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

30

Joana Haideé

Suarez

Estatutário X X 22 anos 22 anos

Lourdes Aparecida

de Almeida

Estatutário

x

x

17 anos 17 anos Período da

tarde –

matricula CLT –

SBC, na mesma

EMEBE

Lucimar Amaral

Ezequiel

Estatutário X X 17 anos 17 anos Período da

tarde – rede

Municipal de

Diadema

Luiz Henrique

Lazarini

Estatutário X X 18 anos 18 anos

Maria Aparecida

Cultri

Estatutário X X 22 anos 22 anos

Maria Inês Rupolo

Bezerra

Estatutário X X 8 anos 8 anos

Mariana Batista dos

Santos

Estatutário X 7 anos 2 anos

Mariana Soares de

Souza

Estatutário X 14 anos 2 anos

Marina Linhares

Geraldo

Estatutário X 4 anos 5 meses

Neide Senas dos

Santos de Moura

Estatutário X X 22 anos 22 anos

Olga Kikue Takinami Estatutário X X 17 anos 14 anos PAPP

Priscila de Almeida

Mendes

Estatutário X X 8 anos 5 anos Período da

tarde – Rede

Estadual

Rosangela Santana Estatutário X X 5 anos 1 ano

Sandra das Dores

Silva de Almeida

CLT X 4 anos 4 anos

Page 31: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

31

Solange

Notarberardino

CLT/Estatu

tário

X X 13 anos/

7anos

1 ano Professora

Readaptada

Sandra Regina dos

Santos Menegon

Estatutário 8 anos 1 ano

Sonia Regina

Morassi dos Santos

CLT 9 anos 1 ano 3

meses

3.2. Plano de Formação para os Professores

Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo

"Ninguém nasce educador ou marcado para ser

educador. A gente se faz educador, a gente se

forma, como educador, permanentemente, na

prática e na reflexão da prática". (FREIRE, 1991:

58).

Os encontros de HTPC acontecem semanalmente, ás 2ªs e 3ªs feiras das

18h40 às 21h40.

A equipe docente está dividida em 2 agrupamentos, de acordo com as

especificidades dos grupos:

GRUPO com professores do DI

2ª. FEIRA

18h40 às 21h40

GRUPO com professores do SAPDV

3ª. FEIRA

18h40 às 21h40

1- Ana Lúcia 1- Carmem Silva Medina

2- Fátima Maria Dias da Costa 2- Cleide Maria Costa

3- Joana Haideé Suarez 3- Ellen da Fonseca Pouseiro Natis

4- Luiz Henrique Lazarini 4- Fernanda Gonçalves de Souza

5- Maria Aparecida Cultri 5- Lucimar Amaral Ezequiel

6- Mariana Batista dos Santos 6- Lourdes Aparecida de Almeida

7- Mariana Soares de Souza 7- Maria Inês Rupolo Bezerra

8- Marina Linhares Geraldo 8- Neide Senas dos Santos de Moura

Page 32: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

32

9- Olga Kikue Takinami 9- Priscila de Almeida Mendes

10-Sandra Regina Menegon 10- Sandra das Dores Silva de Almeida

11-Sônia Regina Morassi dos Santos.

Após reflexões ficou estabelecido, entre o grupo de professores, que esses

momentos de HTPC são destinados à:

➢ Planejamento -1 hora;

➢ Formação e informação- 2 horas

Quando há necessidade de discussões de assuntos que surgem no decorrer da

semana, utilizamos um desses momentos, sempre alternadamente para que

nenhuma das partes seja prejudicada.

A organização do mesmo é de responsabilidade da equipe gestora, que

estabelecem assuntos e/ou conteúdos a serem abordados de acordo com as

necessidades e interesses do grupo e solicitações da SE, conforme segue no

plano de formação.

Há sempre um professor responsável pelo registro do encontro e pela leitura do

mesmo no início do encontro seguinte.

Há também no primeiro momento do encontro uma socialização de pratica ou

uma leitura ou indicação de um texto/livro que é compartilhada pelo grupo e esta

socialização é oferecida ora pela equipe gestora, ora pelos professores.

Objetivo Geral

Proporcionar momentos de estudo, pesquisa e troca, onde os docentes,

juntamente com a equipe gestora, possam socializar experiências e dúvidas

acerca dos temas determinados, trazendo assim um crescimento quanto ao

conhecimento e pratica.

Objetivos Específicos

• Socializar com os professores as práticas construídas nos cursos oferecidos

pela SE a equipe gestora;

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33

• Discutir e revisitar a Proposta do Currículo Funcional de São Bernardo quanto

às orientações didáticas referentes aos processos discutidos dentro de cada tema

proposto;

• Oferecer aos professores situações de estudo, de reflexão e discussão sobre a

prática pedagógica e investir no seu desenvolvimento profissional;

• Oferecer conteúdos e situações-didáticas que privilegiem o processo de ensino-

aprendizagem;

• Apresentar e discutir alguns procedimentos e possibilidades de trabalho com

foco na Tecnologia da informação e Comunicação;

• Resgatar o trabalho já realizado em anos anteriores, expor novas experiências

e propor novas praticas;

• Refletir e agir sobre a organização do espaço, dos materiais e dos alunos,

favorecendo um ambiente estimulador da aprendizagem;

• Organizar o tempo didático considerando as peculiaridades das atividades e

objetivos de aprendizagem;

• Produzir dinâmicas que possibilitem a vivência e troca de experiências quanto

aos temas a serem trabalhados nas formações.

Ações Formativas complementares ao HTPC:

• Análise do Plano de Ação com devolutiva coletiva ou individual atendendo as

necessidades formativas de cada professor.

Avaliação

Participação e envolvimento durante as formações, mas principalmente por

meio das análises das devolutivas dos docentes, de suas propostas didáticas

(análise do plano de ação/semanário) e sua prática.

Também é importante propor momentos de avaliação coletiva,

principalmente após a aplicação de algumas atividades/ações acerca dos temas

desenvolvidos durante as formações. Deixando que os docentes possam colocar

experiências positivas e negativas vivenciadas durante o ano letivo.

Page 34: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

34

3.3. Auxiliares de Educação - caracterização

A EMEBE conta com dois auxiliares em Educação. Os demais funcionários

que colaboram no trabalho de apoio aos professores, são dois inspetores e um

ajudante geral que encontra-se designado para auxiliar os alunos, dada a

especificidade do trabalho aqui desenvolvido.

Escolaridade

Nome Situação

funcional

Ensino

médio

Graduação Pós

gradu

ação

Tempo

na

PMSBC

Temp

o na

Escola

Observaç

ão

Eduardo da

Silva Lucas

Estatutário X Incompleto 9 anos 9 anos Auxiliar

de

educação

Roseli

Fernandes

Ferreira

Estatutário X Completo 2 anos

e 6

meses

1 ano Auxiliar

de

educação

Escolaridade

Nome Situação

funcional

Ensino

médio

Graduação Pós

gradu

ação

Temp

o na

PMSB

C

Temp

o na

Escola

Observaçã

o

Aparecida

Guimarães

Silva

Estatutário X Incompleto Inspetor

de aluno

Helena

Maria

Borges

Fabuel

Garcia

Estatutário X Completo Inspetor

de aluno

Page 35: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

35

3.4. Plano de Formação para os Auxiliares

Justificativa

Entendemos que todos os profissionais que atuam na escola são educadores,

mas que necessitam de formação, para que ampliem e ressignifiquem a

concepção de educação. Educar exige cuidado e para estes profissionais o “saber

cuidar” é indispensável. Trabalharemos com vista em melhor compreender,

respeitar e realizar boas intervenções frente à diversidade de alunos da escola.

Objetivos Gerais e Específicos

• Proporcionar o conhecimento em relação aos conceitos sobre diversidade

do público da Unidade Escolar;

• Reconhecer a importância do cuidado para o processo educativo;

• Reconhecer a importância de suas práticas para a construção de um

ambiente acolhedor, contribuindo para aprendizagem dos alunos;

• Compreender a importância do trabalho coletivo.

Ações Propostas (Metodologia)

• Reuniões para abordar questões do acolhimento e trato com diversidade

(estudo de caso dos alunos da escola);

• Socialização de práticas;

• Participação em HTP juntamente com os professores quando necessário,

para orientações em comum;

Cronograma

As reuniões de formação dos auxiliares acontecerão quinzenalmente às

terças-feiras, das 17h as 18horas.

Avaliação do Plano de Formação dos Auxiliares

Iolanda de

Santana do

Nascimento

X Ajudante

Geral

(designada)

Page 36: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

36

Ao final de cada encontro haverá um momento para se avaliar se as ações

realizadas e as planejadas estão coerentes com os objetivos propostos, além

disso, a equipe gestora fará observações após os encontros de modo a concluir

se as práticas observadas são coerentes com as relatadas e propostas.

3.5. Funcionários - Caracterização

Os funcionários desta U.E. possuem formação escolar que varia do ensino

fundamental incompleto ao ensino médio completo. Trabalhar com esta

diversidade torna-se um desafio e ao mesmo tempo um facilitador já que

conforme Vygotsky a aprendizagem se dá através da interação mediada pela

cultura e história vividas por cada um.

Dessa forma, como já afirmamos, entendemos que todos os profissionais

que atuam na escola SÃO EDUCADORES e por esta razão precisam ter

intencionalidade educativa em suas intervenções, nas interações com os alunos.

Ser cozinheira ou auxiliar de limpeza em uma escola não exige dos

funcionários apenas competências e habilidades para se fazer uma refeição

saborosa ou deixar um determinando espaço limpo. Exige que as pessoas

estejam disponíveis às necessidades dos alunos. Os fazeres de todos os

funcionários devem estar voltados para o cuidado com o outro, o respeito à

diversidade, às necessidades específicas e únicas que cada aluno traz consigo.

Tal relação mostra-se no dia a dia e traz atrelada à fala e às atitudes do grupo o

reconhecimento de que são educadores e, portanto tentam se aperfeiçoar e

avançar em seus saberes.

Escolaridade

Nome Situação

Funcional

Ensino

médio

Gradua

ção

Pós

gradu

ação

Tempo

na

PMSBC

Tempo

na

Escola

Observação

Armando

Ferreira

Cardoso

CLT X 7 anos 7 anos Auxiliar de

Limpeza

Page 37: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

37

3.6. Plano de Formação para os Funcionários

Justificativa

Acreditamos que a formação das pessoas se dá também nas ações

cotidianas, através da cultura, da interação, dos movimentos históricos vividos por

cada um. Diante desta diversidade de saberes nos propomos a desenvolver um

projeto visando este objetivo.

Falcão

Zerbeto

bruno

Estatutário X 2 anos

e meio

2 meses Oficial de

escola

Maria

Cristina

Garcia de

Abreu

CLT X 9 anos 9 anos Auxiliar de

Limpeza

Maria de

Lourdes

Zillig Santos

CLT X

11 anos 11 anos Auxiliar de

Limpeza

Mychelle

Faustino da

Silva

CLT X 11 anos 7 anos Auxiliar de

Limpeza

Sandra

Cristina

Neves do

Valle

CLT X 7 anos 7 anos Auxiliar de

Limpeza

Valéria

Soares

Alcantara

Viana

X 27 anos 3 anos Merendeira

Nilza Mota

da Silva

Rocha

Estatutário X 9 anos 1

semana

Auxiliar de

limpeza

Page 38: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

38

Objetivos Gerais e específicos

• Valorizar os conhecimentos apresentados pelos funcionários;

• Identificar os conhecimentos que os funcionários apresentam sobre

diversidade, ampliando-os;

• Reconhecer a importância de suas práticas para a construção de um

ambiente acolhedor, contribuindo para aprendizagem dos alunos;

• Compreender a importância do trabalho coletivo.

Ações Propostas (Metodologia)

• Rodas de conversa buscando coletar informações sobre o conhecimento

dos funcionários sobre o desempenho de suas funções, bem como sobre

diversidade;

• Reuniões trimestrais entre os diferentes segmentos para abordar questões

do acolhimento e trato com diversidade, bem como realizar troca de

experiências entre os funcionários;

Responsáveis

Equipe Gestora

Avaliação do Plano de Formação para os Funcionários

Ao final de cada encontro haverá um momento para avaliar se as ações

realizadas e as planejadas estão coerentes com os objetivos propostos.

A equipe gestora fará observações periodicamente de modo a concluir se

as práticas observadas são coerentes com as relatadas e propostas.

4. Conselho de Escola – Caracterização

De acordo com o Portal do Ministério da Educação “O Conselho Escolar é

constituído por representantes de pais, estudantes, professores, demais

funcionários, membros da comunidade local e o diretor da escola. Cada escola

deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos membros

do conselho.”

Page 39: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

39

Devido a grande dificuldade dos pais participarem das reuniões, visto não

serem moradores do entorno e sim de todo São Bernardo do Campo, as reuniões

ocorrem juntamente com as reuniões da APM, tendo suas atas específicas.

As ações do Conselho Escolar são pautadas nas necessidades dos alunos

das quais são diversas e específicas. Nossas discussões, proposições e atuação

têm o aluno no centro, visto que este é a razão de existência das escolas.

Entendemos ainda, que as reuniões do Conselho Escolar e APM são espaços

privilegiados para formação e auxiliam na construção de princípios e valores,

além de uma concepção de Educação que tem a oportunidade de ser difundida

por toda a comunidade escolar, visto a diversidade de segmentos que compõem

este órgão colegiado.

Conselho de Escola

Funcionários

Magali de Oliveira Xavier Presidente

Carmem Silva Medina Professora

4.1. Plano de Ação do Conselho de Escola

Objetivos gerais e

específicos

Ações Propostas

(Metodologia)

Responsáveis Cronograma

Validar PRCP Reunião Magali de

Oliveira Xavier -

PRD

22/02

Eleger novos membros

do GT/PDDE Interativo

e do Conselho de

Escola;

Reunião PRD 03/03

Alunos e Comunidade Escolar

Maria de Lourdes Boin Mãe de aluno

Nazaré Ikawa de Oliveira Mãe de aluno

Maria Aparecida Ghioti Silva Sousa Mãe de aluno

Page 40: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

40

Aprovação do

Calendário Escolar

Aprofundar discussão

sobre democratização

do espaço público

Reuniões

semestrais

PRD 07/06 e

13/09

Avaliação dos

trabalhos realizados e

fechamento do ano

letivo

Reunião PRD 08/12

5. Associação de Pais e Mestres (APM)- Caracterização

A finalidade da APM é a de colaborar no aprimoramento do processo

educacional, sendo subordinada ao Conselho de Escola, incumbindo-se de

deliberar, executar e fiscalizar verbas e promover eventos que estejam de acordo

com a proposta pedagógica da unidade escolar, a fim de ampliar os

conhecimentos dos alunos.

Os associados – pais, mestres e funcionários – colaboram

espontaneamente participando das reuniões e assembleias. Os recursos

financeiros administrados pela APM são provenientes dos repasses dos

convênios estabelecidos entre a Prefeitura Municipal e Escola e do Governo

Federal.

Associação de Pais e Mestres (APM)

Nome Cargo

CONSELHO

DELIBERATIVO

Magali de Oliveira Xavier Presidente

Olga KikueTakinami Primeiro Secretário

Evaristo Borges de Sousa Segundo Secretário

Nazaré Ikawa de Oliveira Membro

Page 41: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

41

Glaucia Maria Avelino Membro

DIRETORIA

EXECUTIVA

Maria Aparecida Ghioti Silva Sousa Diretor Executivo

Marcos Antonio de Lacerda Vice Diretor Executivo

Odair João Boin Primeiro Tesoureiro

Mauricio Baade Segundo Tesoureiro

Adelia de Jesus Almeida Primeiro Secretário

Neide Senas dos Santos de Moura Segundo Secretário

CONSELHO

FISCAL

Maria de Lourdes Boin Presidente

Sebastião Ismael de Sousa Membro

Joana Haideé Suarez Membro

5.1. Plano de Ação da APM

Objetivos gerais e

específicos

Ações Propostas

(Metodologia)

Responsáveis Cronograma

Compor os novos

membros da APM

Primeira

Assembléia Geral

Ordinária

Magali de Oliveira

Xavier - PRD

03/03

Propor o Plano de

Trabalho da APM;

Recomposição do

Conselho Municipal

de Educação;

Análise Financeira

da Prestação de

Contas do 4º

Tri/2016;

Saldo PDDE e

deliberação de

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 03/03

Page 42: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

42

gastos;

Eleição dos

membros

GT/PDDE

Interativo.

Análise Prestação

de Contas

PDDE/2016;

Análise de gastos

realizados e saldo

PDDE 1º Tri/2017.

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 05/04

Socialização das

ações da SE para

conta Convênio;

Socialização das

ações e sugestões

para o sábado

letivo;

Estudo do Manual

de Gestão

(convênio).

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 10/05

Avaliação do

sábado letivo;

Aprofundar

discussão sobre

democratização do

espaço público.

Análise de gastos

realizados e saldo

PDDE e Convênio.

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 07/06

Page 43: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

43

Análise Financeira

da Prestação de

Contas do 2º

Tri/2017;

Encerramento das

atividades 1º

sem/17.

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 05/07

Aprovação do

Balanço Geral,

Demonstrativo da

Receita e Despesa

e Relatório Anual

das Atividades.

Segunda

Assembleia Geral

Ordinária

PRD 25/08

Aprofundar

discussão sobre

democratização do

espaço público

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 13/09

Análise Financeira

da Prestação de

Contas do 3º

Tri/2017;

Socialização das

ações e sugestões

para o sábado

letivo.

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 18/10

Avaliação do

sábado letivo;

Análise de gastos

realizados e saldo

PDDE e Convênio;

Remanejamento de

verbas e

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 08/11

Page 44: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

44

fechamento do

Convênio.

Balancete de

gastos e saldo 2º

sem/2017;

Avaliação dos

trabalhos

realizados e

fechamento do ano

letivo.

Reunião

Extraordinária

Mensal

PRD 08/12

6. Avaliação do Conselho de Escola e APM

O Conselho de Escola deverá se reunir periodicamente para analisar,

avaliar, renovar, acompanhar, reavaliar e reencaminhar as ações implementadas

na escola, os projetos desenvolvidos, bem como refletir sobre as dificuldades, as

metas atingidas e os objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico desta

Unidade de Ensino. A reunião avaliativa será realizada em conjunto com os

membros da Associação de Pais e Mestres, através de roda de conversa,

discussão e reflexão.

Page 45: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

45

III. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

PARA O ATENDIMENTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL – DI

1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em

2016

Em 2016 os alunos da EMEBE Rolando Ramacciotti – DI deixam de

frequentar a escola três vezes por semana e passam a frequentar de segunda a

sexta da 13h às 17h. Pois a Secretaria de Educação não conseguiu parceria com

as demais Secretarias Municipais e havia a necessidade de garantir o

atendimento diário a todos os alunos. Cabe destacar que os alunos saem às 17h

porque não moram ao entorno da escola, tendo que atravessar todo o munícipio

para chegar na EMEBE, outra questão é o fato de não possuirmos professor

especialista em Arte para garantir o HTP de 5 horas semanais aos professores.

Os alunos no total de 72, foram agrupados em 8 turmas de acordo com as

habilidades e competências. Os professores em planejamento decidiram trabalhar

com oficinas educacionais com o objetivo de fortalecer a responsabilidade sócio

ambiental, o incentivo à cultura, o acesso as tecnologias da informação e

comunicação, o esporte e o lazer.

Diante das mudanças, foi possível observar que o trabalho realizado em

2016 teve ganhos principalmente para os alunos que necessitavam de rotina, a

frequência dos alunos em um único período, facilitando e proporcionando a

socialização e participação dos mesmos nas atividades desenvolvidas. Tivemos a

parceria com a Escola de Dança Márcia Bueno e com a profissional massagista

Mary Atsumi, atividades que beneficiaram significativamente os alunos na relação

com o corpo, o ritmo e o movimento e principalmente na percepção de si. Nas

atividades de saída para as aulas de dança participaram os alunos com

autonomia e nas atividades de massagem os alunos que permaneciam na escola

devido à dificuldade de locomoção e a não disponibilização de transporte. As

aulas de Educação Física, também tiveram como objetivos o desenvolvimento

afetivo, cognitivo e psicomotor e a estimulação das habilidades e valorização das

competências individuais.

Porém os professores perceberam alguns percalços durante o ano letivo de

2016, com a reforma do espaço físico, e parte do prédio cedida a Saúde, a escola

Page 46: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

46

teve muitas perdas de espaços, como a sala de psicomotricidade, a biblioteca, a

cozinha pedagógica, artes, entre outras. A falta de definição de espaço físico para

as atividades acabou interferindo no desenvolvimento do trabalho. A quadra foi

interditada em 2015 devido a infestação de pombos, mas atualmente ela é

utilizável apenas em dias que não chove. Em 2016 houve infiltração de esgoto

que foi solucionado com a reforma da saúde, mas a infiltração de água e goteira

nos dias de chuva permanecem. A piscina está sem uso desde 2016 por falta de

manutenção na casa de máquinas (bombas e aquecedores), com o não

funcionamento os alunos perdem o beneficio de serem estimulados no ambiente

aquático, visto que muitos de nossos alunos apresentariam mais ganhos neste

ambiente em relação aos atendimentos fora da piscina. Visto que no meio

aquático é possível uma maior mobilidade articular, além de poder exercitar as

atividades de vida diária, como a troca de roupa, o banho, etc., em decorrência do

atendimento. Além de terem o seu direito tirado.

2. Organização das turmas

“Adoramos a ideia de ciclos, períodos, ou épocas que se

encerram; essas ocasiões nos permitem imaginar que uma

etapa pode ser terminada e, supostamente, nos oferecer a

chance de começar de novo, de um outro jeito, de novas

formas, com inéditos vigores e renovadas intenções”.

(CORTELLA, 2007).

Após análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em

2016, a equipe escolar decidiu em comum acordo, que em 2017 o trabalho

realizado com os alunos terá como base a Proposta Curricular Funcional – em

uma abordagem ecológica, partindo do desenvolvimento de projetos pedagógicos.

Sendo assim, o ano letivo de 2017, o currículo será trabalhado partindo dos

eixos por ambiente de vida dos alunos, juntamente com projetos pedagógicos,

portanto, a equipe escolar após várias reflexões decidiu sobre a organização do

trabalho com os alunos.

Os 69 alunos foram divididos de acordo com as habilidades, competências

e necessidades de aprendizagem, em 8 turmas: Turma 1 com 13 alunos, Turma 2

Page 47: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

47

com 12 alunos, Turma 3 com 11 alunos, Turma 4 com 7 alunos, Turma 5 com 8

alunos, Turma 6 com 7 alunos, Turma 7 com 7 alunos, Turma 8 com 5 alunos. O

trabalho em sala de aula conta com a parceria entre os professores, auxiliares e

inspetores. As parcerias acontecem através de trocas, sugestões, intervenção

para a realização das atividades pedagógicas dentro de sala de aula, para a ajuda

na alimentação, na higiene pessoal (escovação, troca de fraldas e cuidados com

a saúde e segurança).

2.1. Justificativa da proposta curricular

Nos últimos anos, em decorrência da proposta da Educação para Todos,

os alunos que eram excluídos do processo escolar devido aos seus

comprometimentos passam a ter acesso à Educação. Atualmente, as escolas de

São Bernardo do Campo que recebem crianças e jovens com deficiência

intelectual, com surdocegueira, com múltipla deficiência e com condutas típicas

buscam tornar efetivo o Paradigma de Suporte, ampliando o seu fazer pedagógico

por meio da implantação da Proposta Curricular Funcional – em uma abordagem

ecológica.

É o das diretrizes curriculares nacionais para as diferentes

etapas e modalidades da Educação Básica[...] não possa

beneficiar-se do currículo da base nacional comum, deverá

ser proporcionado um currículo funcional para atender as

necessidades práticas da vida [...]. O currículo funcional,

distingue-se pelo caráter pragmático [...] e pelas adaptações

curriculares muito significativas. (Brasil, 2001d, p. 18).

Baseada no parecer acima citado e tendo em vista a realidade dos alunos

da EMEBE Rolando Ramacciotti que estão acima da idade escolar, atualmente

frequentando somente alunos adultos. A Proposta Curricular da Educação

Especial de São Bernardo do Campo, numa abordagem ecológica, tem como

pressuposto a valorização da realidade total do aluno, numa visão comunitária e

participativa que reconhece o indivíduo como participante da comunidade na qual

está inserido com cultura e valores próprios vai de encontro com a expectativa de

trabalho, no qual temos como ponto de referência o aluno como um todo.

Page 48: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

48

Conhecer e tratar o aluno como pessoa dentro de suas limitações,

acreditando que todo aluno pode aprender, conhecer o meio em que o aluno vive,

tratar o aluno adulto como adulto, preparar situações para levar o aluno a

explorar, conhecer, resolver problemas - como estratégia de ensino, priorizar

interação entre alunos e outros membros da comunidade, oferecer apoio, suporte

e adaptações necessárias e inserir a família no processo de ensino e

aprendizagem. O que nos leva a ressaltar a importância do trabalho com o

currículo funcional que considera o aluno adulto dentro do meio escolar e familiar.

2.2. Eixos do trabalho pedagógico

O Projeto Político Pedagógico no que diz respeito ao atendimento da pessoa

com Deficiência Intelectual está estruturado de acordo com os seguintes eixos:

• Eixo escolar- participação do aluno na escola;

• Eixo família - tudo que se relaciona com a vida privada, familiar e

domiciliar do aluno;

• Eixo comunidade - participação do aluno na comunidade;

• Eixo Lazer - momentos de interação e enriquecimento sociocultural.

• Eixo ocupacional - participação, contribuição e /ou produção para si e

para os outros.

2.2.1. Eixo escolar

A escola tem a responsabilidade de favorecer ao aluno a construção de

competências. Cabe ao grupo de educadores elaborarem propostas a partir da

avaliação do aluno, de modo a atender às suas necessidades.

No eixo escolar, as ações educacionais visam à construção progressiva do

conhecimento e ao desenvolvimento da potencialidade do aluno. Tais ações têm

por objetivo oferecer o acesso ao saber e sua apropriação, considerando como

cada um trata determinado conteúdo e como consegue compreendê-lo.

Page 49: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

49

A escola não é o único local de aquisição de aprendizagens, mas é um

espaço em que o aluno amplia o seu conhecimento para poder transferi-los para o

seu contexto social e cultural.

Objetivos Conteúdo

• Participar de diversas situações

que envolvam a linguagem oral,

gestual/corporal, para interagir,

expressar desejos, sentimentos

e necessidades.

• Participar de situações de leitura

de textos de diferentes gêneros.

• Participar na exploração de

diferentes objetos, de suas

propriedades e processos de

transformações.

• Conhecer o próprio corpo,

explorando habilidades físicas,

motoras e perceptivas.

• Adquirir gradativamente hábitos

e cuidados com o corpo

relacionados à saúde, tornando-

se cada vez mais independente.

• Explorar o ambiente para se

relacionar com pessoas e

estabelecer contatos com

plantas.

• Realizar o cultivo de hortas e

jardins.

• Utilizar alguns recursos

tecnológicos presentes no

cotidiano.

• Valorizar atitudes de preservação

• Participação em atividades que

envolvam linguagem oral,

gestual/corporal, com diversos

interlocutores para expressão de

desejos, sentimentos e

necessidades.

• Participação em situações

cotidianas nas quais se faz

necessário o uso da leitura.

• Exploração das diferentes

propriedades dos objetos como

sons, texturas e funcionalidades.

• Observação e realização de

atividades que envolvam

processos de transformação,

como realizar receitas culinárias.

• Realização de ações diversas no

cotidiano para estimular uma

percepção integrada do corpo,

explorando habilidades físicas,

motoras e perceptivas.

• Realização de ações

relacionadas à higiene e ao

autocuidado, com ou sem ajuda.

• Valorização de atitudes

favoráveis à alimentação, à

saúde, higiene pessoal, cuidados

com o corpo.

Page 50: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

50

do meio ambiente.

• Perceber a si mesmo como

sujeito.

• Contato com plantas nos

diversos ambientes: escolar, da

comunidade, familiar e do lazer.

• Manutenção de hortas e jardins

para acompanhamento do

crescimento das mudas

plantadas e para a realização

dos cuidados necessários.

• Organização das informações

através de registros, fotos,

objetos referências, relatos, com

ajuda dos profissionais.

• Participação em atividades que

envolvam a reciclagem de papel,

materiais de sucata.

• Construção da identidade

pessoal.

2.2.2 Eixo familiar

Cada aluno é um ser único e participante de todo o sistema social a que

pertence: família, escola e comunidade.

Escola e família precisam refletir juntas, sobre desejos, expectativas,

preferências e necessidades atuais e futuras dos educandos. A família deve estar

ciente de que sua participação pode contribuir de maneira mais efetiva no

processo educacional do aluno, ajudando-o a tornar-se mais seguro, levando-o a

apropriar-se da capacidade de realizar escolhas e adquirir cada vez mais

independência e participação na vida em sociedade.

Objetivos Conteúdos

• Desfrutar o convívio social com

grupo de familiares, amigos e

parentes.

• Participação nos diversos

momentos e situações

proporcionadas pela família tais

Page 51: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

51

• Conhecer e participar da rotina

de seu ambiente familiar.

• Familiarizar-se com a imagem do

próprio corpo, adotando atitudes

de cuidados pessoais.

como: ida ao supermercado,

padaria, feira etc.

• Realização de atividades de vida

diária, para que possa tornar-se

cada vez mais independente.

• Desenvolvimento da

independência em higiene e

estética pessoal, alimentação,

vestuário.

• Participação no convívio social

com amigos, familiares e

parentes possibilitando a

expressão de sentimentos e

necessidades.

2.2.3. Eixo comunidade

O principal objetivo deste eixo é propiciar a participação do aluno na

comunidade, promovendo a adequação social, o desenvolvimento de regras de

condutas e de segurança e a construção da autonomia.

Os ambientes priorizados poderão ser os que se situam próximos à escola.

A convivência dos alunos com a comunidade é importante para o

desenvolvimento da autoestima e da noção de pertencimento a um grupo social,

sentimento este que deve ser inerente a qualquer indivíduo. A escola deve

planejar atividades que visem à promoção de diversas situações de convivência

entre os alunos a família e a comunidade.

Cabe ressaltar que esse trabalho é de suma importância, pois propiciará

condições a fim de que a comunidade se abra cada vez mais e se sinta mais

competente para lidar com as pessoas com deficiência. Só assim caminharemos

na almejada direção da real inclusão social.

Objetivos Conteúdos

• Locomover-se na comunidade • Locomoção na comunidade

Page 52: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

52

com supervisão.

• Participar de forma efetiva de

atividades oferecidas pela

comunidade.

• Realizar atividades que envolvam

a utilização de diferentes

espaços públicos..

apresentando adequação social

e utilização de regras de

convívio.

• Utilização de transporte coletivo

em diferentes trajetos.

• Participação em atividade

oferecidas na comunidade em

espaços como bibliotecas

públicas, associações de bairro,

clubes, etc.

2.2.4. Eixo Lazer

Lazer é definido por Multirio como: “modelo cultural de prática social, que

favorece o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos” (Multirio, 2006).

As atividades de lazer e recreação promovem o bem-estar, e

oportunidades de interação e enriquecimento sociocultural. No âmbito da

educação também promovem ampliação de conhecimentos e a manifestação de

habilidades e potencialidades. Portanto, a importância do lazer para o

desenvolvimento global deve-se não somente à satisfação pessoal que ele

proporciona, mas também porque, por meio dele, os alunos podem compreender

e fazer relações acerca do mundo.

Objetivos Conteúdos

• Desfrutar momentos de lazer,

nos diferentes eixos: escolar,

familiar e da comunidade.

• Participar de atividades de

lazer nas diferentes áreas ou

segmentos: esportes,

artísticas, intelectuais, sociais e

turísticas, ou qualquer outra de

seu interesse.

• Participação em diversas

atividades recreativas, de jogos e

culturais.

• Conhecimento de regras de

brincadeiras e jogos.

Page 53: EMEBE ROLANDO RAMACCIOTTI E SERVIÇO DE APOIO A … · 3.4. Plano de Formação para os Auxiliares 34 3.5. Funcionários – Caracterização 35 3.6. Plano de Formação dos Funcionários

53

2.2.5. Eixo ocupacional

Não se trata de ocupação pela ocupação, mas de ocupação com um

sentido de colaboração no bem estar e produção da comunidade em geral a que

pertence. O conteúdo deve estar relacionado à vida de participação, contribuição

e/ou produção significativa para si e para os outros.

Objetivos Conteúdos

• Desenvolver capacidade

produtiva.

• Diminuir ociosidade.

• Despertar interesses e

responsabilidade

• Realizar atividades de produção

significativa em diversos

ambientes tais como: doméstico

(colaborar na limpeza e

organização, jardinagem,

culinária etc.); escolar (cuidados

com o jardim, horta, rega de

plantas, limpeza dos ambientes,

coleta de lixo, atividades

artísticas, etc.), comunidade

(projetos como, por exemplo:

fiscal da dengue).

2.3. Projetos Pedagógicos

Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de

levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas buscas,

descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento, pode também

viabilizar ao aluno um modo de aprender baseado na INTEGRAÇÃO entre

conteúdos das várias áreas do conhecimento, bem como entre diversas mídias

(computador, televisão, livros), disponíveis no contexto da escola. E, portanto, o

papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de

informações – que tem como centro do processo a atuação do professor –, para

criar situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se

estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as mediações

necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está

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aprendendo, a partir das relações criadas nessas situações. A esse respeito

Valente (2000) acrescenta:

“(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com

[os alunos] diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados

e representados em termos de três construções: procedimentos e

estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e

estratégias e conceitos sobre aprender” (p. 4).

Sendo assim o trabalho a ser realizado com os alunos terá como base a

Proposta Curricular Funcional – em uma abordagem ecológica, partindo do

desenvolvimento de projetos pedagógicos.

2.3.1. Projetos da Unidade Escolar

Projetos coletivos, todas as turmas participam:

• Projeto Dengue;

• Projeto Carnaval;

• Projeto OBA;

• Projeto sexta-feira diferente;

• Projeto de culinária;

Projetos realizados por turmas específicas:

• Projeto de Saída (turmas 1,2 e 3);

• Projeto Horta (turmas 4,5,7 e 8);

• Projeto Identidade ( turmas 1,2,3,4,5,6 e 8)

• Projeto reciclagem de papel (turmas 1,2 e 3)

• Projeto jogos corporais (turmas 1,2,3,4,5,6 e 8)

• Projeto ver, olhar e observar (turma 1)

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• Projeto Reciclarte (turmas 1,2 e 3)

Projetos Coletivos

TODOS CONTRA A DENGUE

Duração: Ano letivo de 2017

Público alvo: Todos os alunos da escola

Justificativa

Tendo em vista a epidemia de dengue em nosso bairro e o trabalho de

conscientização que o município de São Bernardo vem fazendo com a população,

não podemos ignorar essa situação, pois a cada momento que se passa a

situação se agrava mais. Pessoas e mais pessoas contaminadas pela picada do

mosquito estão sendo hospitalizadas e muitas delas chegando à morte.

A população necessita não só de informação sobre a transmissão e as

formas de prevenção e principais sintomas, mas também mais ação para

amenizar essa situação tão crítica.

O trabalho desenvolvido com os alunos será o de conscientização para que

eles sejam os multiplicadores das informações aos familiares sobre a importância

de prevenir o mosquito da Dengue.

Objetivo Geral

Desenvolver no aluno a consciência da necessidade de combater o

mosquito Aedes aegypti como prevenção da proliferação da Dengue.

Objetivos específicos

• Identificar o mosquito transmissor Aedes aegypti;

• Reconhecer os sintomas do dengue, chikungunya e zika;

• Esclarecer sobre a doença que vem causando muitas mortes;

• Conhecer as formas de proliferação do mosquito e como consequência a

doença;

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• Conhecer as formas de contágio, prevenção e tratamento;

• Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a

prevenção da dengue;

• Desenvolver hábitos e atitudes que ajude a acabar com a proliferação do

mosquito;

• Divulgar os conhecimentos assimilados.

Metodologia

O tema será trabalhado envolvendo a comunidade escolar, procurando a

participação ativa dos alunos através de atividades agradáveis e significativas:

• Sensibilizar os alunos com vídeos de campanha sobre a dengue;

• Exibição de vídeos sobre a doença e como evitá-la;

• Leitura de noticiários sobre dengue;

• Pesquisa na Internet sobre a dengue;

• Trabalhos e oficinas;

Estratégias

• Montar uma mesa expositiva com o Aedes aegypti e outros mosquitos,

destacando as diferenças entre eles;

• Montar uma apresentação de teatrinho de fantoches com os alunos sobre a

dengue;

• Confecção de materiais de divulgação;

• Dramatização com fantoches;

• Colagem e desenhos;

• Jogos.

Produto final

• Produção de material de divulgação sobre a dengue;

• Parodia com tema dengue para apresentação para os alunos da escola;

• Apresentação de teatro de fantoches;

• Divulgação das atividades no Blog.

Avaliação

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Será feita de forma contínua e sistemática durante o tempo das atividades

propostas, perceber cada aluno com suas limitações e habilidades. Itens a serem

observados: participação, interação, autonomia, colaboração, comunicação,

interesse, como se comporta na atividade, como se relaciona com colegas e

professora e capacidade de reconhecer e transmitir os temas trabalhados no

projeto.

AO INFINITO... E ALÉM!

Duração do projeto: 2 meses – Abril/Maio

Público alvo: todos os alunos da escola.

Justificativa

Desde 2015 participamos da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e

Astronáutica) e da MobFog (Mostra Brasileira de Foguetes) e percebemos nestas

duas participações que os alunos demonstram interesse e curiosidade pelo tema

o que nos levou a participar neste ano também. Este é um evento organizado pelo

Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro sob coordenação

do professor João Canalle e há participação de alunos do Ensino Fundamental e

Médio, de todo o Brasil.

Objetivos gerais

• Entender o universo em que vivemos;

• Despertar a curiosidade do aluno para ver o que está ao seu redor;

• Desenvolver o raciocínio lógico, noções sobre os sistemas de localização,

escalas numéricas enormes e pequenas ao mesmo tempo;

• Conhecer como é a vida do homem no espaço.

Objetivos específicos

• Estudar a Terra: forma, atmosfera, rotação, polos, equador, pontos

cardeais, dia e noite;

• Estudar a Lua: fases da Lua, mês, eclipses e o homem na lua;

• Estudar o Sol: translação da Terra, ano, estações do ano;

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• Explorar os planetas do Sistema Solar;

• Pesquisar as constelações e o céu;

• Conhecer a Missão Centenário (viagem ao espaço, em março de 2006 , do

Ten. Cel. Av. Marcos Pontes);

• Conhecer aviões, foguetes e satélites brasileiros: o que são e para que

servem?

Metodologia

• Comparação entre os volumes da Terra e da Lua e visualização da

separação entre ambas na mesma escala;

• Localização da “Constelação do Cruzeiro do Sul”;

• Pesquisa, confecção e lançamento de foguetes;

• Exposição sobre Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro e a

Missão Centenário;

• A vida (alimentação, comunicação, higiene, rotina, etc.) do astronauta no

espaço;

• Confecção de uma maquete das camadas atmosféricas;

• Observação do céu dia e noite;

• Organização de um campeonato de aviões de papel;

• Criação de um espaço com características de um planeta. Por exemplo,

Vênus, um planeta quente (poderia se aquecer a sala, simular seu cheiro,

explorar as cores, o som, como seria pisar num lugar assim etc);

• Simulados da Prova do OBA de outros anos;

• Vivências do lançamento de um foguete por uma equipe da Rocket Design

da UFABC http://ufabcrocketdesign.com.br/#sobre;

• Realização um estudo de meio a um planetário: na Cientec (Parque de

Ciência e Tecnologia da USP);

• Desafios com o material estruturado da Lego;

• Pesquisa no Google Earth (planeta Terra, Marte, Lua e céu).

Produto final

• Lançamento dos foguetes construídos pelos alunos;

• Entrega dos certificados.

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Avaliação

A avaliação será realizada em vários momentos: para saber o que os

alunos já conhecem sobre o tema; realizada durante o projeto para avaliar

interesse e envolvimento dos alunos na realização das atividades propostas e

indicação de temas de interesse dentro do projeto.

Cronograma do Projeto:

Atividade Data

Início do projeto 06/03/2017

Estudo do meio no Cientec 14/03/2017

Simulados OBA 31/03 (6ª feira)

24/04 (2ª feira)

Prova do OBA

19/05/2017 (6ª feira) não

pode alterar

Apresentação de foguetes do Rocket

Design (UFABC)

24/03

Confecção dos foguetes Iniciar até 23/03?

Lançamento de foguetes confeccionado

pelos alunos

1º lançamento- 24/03/2017

2º lançamento- 17/04/2017

3º lançamento-

15/05/2017(não alterar esta

data)

Entrega dos certificados do OBA e

MobFog

08/12/2017 (reunião de pais)

Materiais para pesquisa

1. MATSUMOTO, O.T. (org). Historia da Astronomia no Brasil

http://www.mast.br/HAB2013/index.html

2. Filme (Gagarin, o primeiro no espaço) legendado em português, sobre a vida e

viagem do primeiro homem ao espaço. O vídeo está disponível no link:

https://www.youtube.com/watch?v=bTcXzyCVErk

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SEXTA-FEIRA DIFERENTE

Duração: Ano letivo de 2017

Público alvo: todos os alunos da escola.

Justificativa

Considerando que o aluno se expressa com seu corpo através do

movimento, acreditamos ser fundamental planejarmos em conjunto com os

professores, variadas experiências com as diversas linguagens (teatro, dança,

musica, pintura, jogos, entre outros) dentro de um contexto que seja significativo

para eles.

Objetivos

• Estimular habilidades motoras, que levem o aluno a conhecer seu próprio

corpo a se movimentar expressivamente;

• Explorar o mundo físico;

• Conhecer o espaço;

• Apropriar-se da imagem corporal;

• Estimular as percepções rítmicas através de jogos corporais (dança teatro,

música, jogral e Karaokê);

• Possibilitar atividades artísticas como: desenho, pintura, modelagem,

escultura, recorte e colagem.

• Proporcionar atividades prazerosas e significativas de acordo com o tema a

ser trabalhado no momento.

Metodologia

O trabalho será desenvolvido através de diferentes modalidades e

recursos: teatro, circuitos, desfiles, apresentações, dramatizações, utilização de

tintas, pinceis, fantasias, maquiagem, instrumentos musicais, vídeos, aparelham

de karaokê entre outros materiais disponíveis na escola.

Produto final

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Mensalmente será realizada uma apresentação por turma na última sexta-

feira de cada mês, para a escola.

Avaliação

A avaliação será feita diariamente através da participação, interesse,

interação e socialização dos alunos nas atividades realizadas.

CULINÁRIA

Duração: Ano letivo de 2017

Público alvo: todos os alunos da escola.

Justificativa

Através deste projeto vamos propor situações que considerem a

capacidade dos alunos com vista a sua autonomia, comunicação e socialização,

viabilizando a sua participação em relação às atividades propostas no ambiente

de cozinha da escola e que eles possam transferir essas situações e vivenciá-las

no meio familiar.

Objetivo geral

Desenvolver através do projeto de culinária, a autonomia, a comunicação,

a socialização, assim como as habilidades e potencialidades dos alunos, e que

ele ocorra de forma funcional e significativa tendo como foco a participação dos

mesmos em situações reais na escola e em casa.

Objetivos específicos

• Proporcionar ao aluno um melhor conhecimento sobre os alimentos e sua

importância para a saúde;

• Estabelecer comunicação com as famílias para conhecer as preferências

dos alunos na questão alimentar;

• Possibilitar e favorecer a participação nas atividades de culinária na escola

e no contexto familiar;

• Explorar os aspectos sensoriais através dos alimentos;

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• Favorecer os hábitos de higiene pessoal e do ambiente;

• Dar noções de medidas e quantidades através das receitas;

• Desenvolver iniciativa, autonomia e independência em relação à

alimentação.

Metodologia

• Explorar os diferentes tipos de alimentos;

• Reconhecimento do ambiente, da sua funcionalidade e utensílios:

• Participação na organização da cozinha;

• Aspectos de necessidade e independência no alimentar-se;

• Estabelecer parcerias com as famílias e com profissionais do ramo para

ampliar os conhecimentos e possibilidades de atuação dos alunos;

• Trabalhar os aspectos sensoriais através da degustação dos alimentos:

paladar, olfato e temperaturas;

• Higiene e organização pessoal e do ambiente;

• Quantificação/medidas de ingredientes e utensílios;

• Parceria com as famílias/efetivar a participação dos filhos nas atividades de

casa;

• Pesquisa na internet dos alimentos que serão usados nas receitas;

• Enviar bilhetes para as famílias para saber as preferências alimentares dos

alunos;

• Rodas de conversa e comunicação alternativa para que os alunos

manifestem suas preferências alimentares;

• Explorar os eletrodomésticos da cozinha;

• Ao fazer a receita separar os ingredientes e os utensílios necessários;

• Situações e proposta em que o aluno faça seu próprio lanche, suco,

vitamina, etc.;

• Convite às famílias para participarem de atividades contribuindo com suas

vivencias e observando a participação dos filhos nas atividades propostas;

• Aproveitar as situações de trabalho com as receitas explorando as

questões de gosto, sabores, cheiro e temperatura;

• Estabelecer a rotina da higiene pessoal, uso de avental, touca, assim

como, a higiene e organização do ambiente após o seu uso;

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• Ler e conversar com os alunos sobre as medidas, as quantidades/peso e

dentro do possível executá-las.

• Palestras com temática afins: alimentação saudável, reaproveitamento dos

alimentos, entre outros.

Materiais necessários

Utensílios domésticos;

Ingredientes/receitas;

Materiais de limpeza.

Material permanente

1 panela média

1 frigideira antiaderente

10 guardanapos de pano

01 panela e pressão média

Saquinhos plásticos para sacolé

01 rolo de sacos plásticos para embalagens

01 rolo para abrir massas

01 tabua de polietileno

Toucas

Material de limpeza

Detergente;

Esponjas;

Álcool;

Sabão em pedra;

esponja de aço grossa.

Material de consumo/ingredientes

Farinha de trigo

Arroz

Amendoim

Farinha de milho amarela

Farinha de mandioca

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Polvilho

Leite em pó

Achocolatados

Leite condensado

Creme de leite

Milho em lata

Chá

Bolacha salgada e doce

Enlatados

Queijo ralado

Açúcar

Óleo

Margarina

Sal

Gelatina (vários sabores)

Chocolate granulado

Canela em pó

Cravo

Fermento

Ovos

Milho de pipoca

Canjica

Coco ralado

Maionese

Limão e maracujá

Tomate

Maisena

Cebola

Extrato ou molho de tomate

Ervilha em lata

Farinha de tapioca

Leite de coco

Produto final

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A efetiva elaboração das receitas propostas.

RECEITAS

• Beijinho de batata doce sem açúcar;

• Salada de legumes;

• Salada verde;

• Lanche natural;

• Salada de frutas;

• Torta de casca de banana;

• Chá de ervas;

• Refrigerante natural (cenoura/laranja/água com gás);

• Pipoca;

• Sucos de frutas naturais;

• Amendoim;

• Bolinho de aveia;

• Ovo cozido;

• Milho verde;

• Canjica;

• Pinhão.

Avaliação

Será realizada através de observação do interesse e participação do aluno

nas atividades propostas e registros, através de fotos.

SAÍDAS

Duração: Ano letivo de 2017

Publico alvo: Turmas 1, 2 e 3.

Justificativa

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Os Adultos apresentam interesses pelas caminhadas e saídas ao entorno

da escola, pelo bairro e pela cidade. Visto que eles possuem poucas

oportunidades de lazer nos bairros onde residem, esse projeto propicia a

convivência em grupo nos diferentes espaços sociais da cidade. Com o

desenvolvimento do projeto saídas, os alunos poderão experimentar situações

reais de exercício de sua autonomia.

Objetivo geral

Favorecer a participação ativa do(a) aluno promovendo a socialização e a

construção da autonomia através do lazer, além de auxiliar no aprimoramento de

suas aptidões físicas.

Objetivos específicos

• Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação por meio da

participação nas diversas situações que envolvam as saídas;

• Identificar e reconhecer a utilização dos documentos pessoais;

• Conhecer e utilizar-se das regras de segurança para o pedestre;

• Utilizar-se com segurança do transporte público;

• Participar de saídas com familiares (quando necessário para acompanhar).

Conteúdo

• Parceria com a Professora Márcia Bueno até o final do ano de 2017 na

Escola de Ballet Márcia Bueno;

• Rotina de saídas;

• Registro das saídas;

• Conhecimentos dos documentos pessoais: RG, cartão legal, etc.;

• Regras de convivência, hábito de higiene e da boa educação;

• Saídas mensais no entorno, nas praças e parques, comércios e estudo de

meio;

• Regras de segurança de trânsito para pedestre;

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• Condutas adequadas nos transportes, segurança pessoal;

• Saída com os familiares.

Metodologia

• Reconhecer, utilizar e se responsabilizar pelos documentos de identificação

( cartão legal, identidade )

• Antecipar e identificar o local da saída ( Academia de Dança , Parques e

Praças, locais ao redor da escola.

• No trajeto, andar em grupo.

• Caminhar, dentro das possibilidades com autonomia e atenção observando

o trajeto, as regras de segurança e transporte (andar em calçadas,

atravessar a rua com ou sem faixa; observar o semáforo, identificar o

ônibus de linha; local de saída e chegada.

• Estimular a participação do (a) aluno (a) nas atividades oferecidas nas

saídas: na dança, acompanhar o grupo nos movimentos, orientando-os

sempre que necessário; nos Parques e Praças, participar do alongamento,

atividades nos aparelhos de ginástica, caminhada.

• Compreender as regras sociais: cumprimento, atitudes de respeito às

pessoas e aos locais visitados.

• Registro por meio de fotos, filmagens, textos coletivos e portfólios;

• Interiorizar os hábitos de higiene (lavar as mãos ao chegar à escola ).

Orientações didáticas

• Chamadas dos alunos;

• Entrega das agendas;

• Recado nas agendas;

• Verificação da documentação;

• Organização da saída em fila;

• Convidar os familiares para participar das saídas quando necessário.

Produto final

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Apresentação da atividade de dança realizada pela professora Márcia

Bueno. Registro das saídas com fotos, filmagens em CD ou álbum de fotos.

Avaliação

Avaliar constantemente o programa proposto por meio do envolvimento dos

alunos nas atividades realizadas, observando seu interesse, participação e

compreensão.

HORTA E JARDINAGEM

Duração do projeto: Ano letivo de 2017

Público alvo: Turmas 2,3,4,5,6,7 e 8

Justificativa

Temos na escola um projeto de horta e jardinagem que iniciamos em 2016,

consideramos a continuidade ao longo do ano, visto que é uma atividade

significativa que os alunos têm prazer em realizar, tendo o contato direto com a

natureza.

Objetivo geral

Oportunizar aos alunos a vivenciar o contato direto com o meio ambiente

natural, trabalhando com plantas e preservando os canteiros da escola.

Metodologia

• Organização dos canteiros (ervas medicinais e ornamentais) com os alunos

e professores;

• Pesquisa no laboratório sobre o plantio e cuidados com os canteiros;

• Preparar os alunos para as atividades práticas, familiarizando-os com os

materiais que serão utilizados, motivando-os a superar possíveis

dificuldades que no início possam surgir;

• Nomear as plantas;

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• Degustação dos alimentos semeados, cultivados e colhidos pelos alunos;

• Destacar os cuidados com a dengue.

Produto final

Passeio no Jardim Botânico

Avaliação

Processual

IDENTIDADE

Duração do projeto: Ano letivo de 2017

Público alvo: Turmas 1, 2 e 3

Justificativa

É de conhecimento de todos, que a construção da identidade se dá por

meio das interações do indivíduo com a família, escola e comunidade. A influência

familiar é de fundamental importância neste processo e as características

familiares vão interferir positiva ou negativamente. Muitos dos nossos jovens, por

diferentes razões, apresentam bases muito frágeis, acarretando dificuldades

nesta construção da identidade, trazendo com isto consequências na vida escolar,

social e familiar do indivíduo.

Para contrabalançar um pouco esta defasagem, porque o ideal é estar

junto à família, todavia estão no ambiente escolar, as experiências de

aprendizagem tendo importância fundamental na dimensão do amadurecimento

humano. Claro que não vai suprir o papel da família, porém irá acrescentar

possibilidades, para que possam se expressar, se descobrir, descobrir o outro

com quem convivem fazer escolhas, desenvolver a autoestima. O

estabelecimento de vínculos, a convivência social, o respeito ao meio ambiente

são a base para o exercício da cidadania.

Portanto, a proposta deste projeto é a reflexão sobre a conduta humana,

através das próprias vivências do dia a dia, a conscientização dos alunos sobre

seus direitos e deveres e as consequências de suas atitudes.

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Objetivo geral

Contribuir para a criação de um espaço de reflexão e discussão para

desenvolver as competências relacionadas à identidade que atendam as

necessidades, interesses e limitações individuais, ampliando suas possibilidades

e estimulando a autonomia, o exercício da cidadania e autoestima.

Objetivos específicos

• Perceber-se a si mesmo como sujeito;

• Saber identificar suas preferências, fazendo escolhas;

• Favorecer uma autoimagem positiva;

• Vivenciar a cidadania de maneira consciente percebendo-se como atuante

neste processo;

• Praticar no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e respeito;

• Perceber que as normas devem ser entendidas e respeitadas;

• Conhecer o próprio corpo incentivando atitudes de cuidados pessoais;

• Conhecer os diferentes sistemas corporais humanos: digestório,

circulatório, respiratório, reprodutor (masculino e feminino);

• Diferenciar as partes do corpo;

• Favorecer o interesse e conhecimento sobre os órgãos do nosso corpo;

• Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.

Conteúdos

Os temas abordados serão:

• Identidade: março, abril e maio.

• Dengue: julho, agosto, setembro

• Corpo- Marca da Identidade: outubro, novembro e dezembro

Metodologia

Identidade

• Dinâmica do espelho e jogo das diferenças, estabelecendo observações

acerca das diferenças e semelhanças entre o jovem e seus colegas;

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• Atividades para expor as características do aluno como: peso, cor dos

cabelos, olhos, altura, etc;

• Leitura do livro No mundo novo de Black Power de Tayo (auto estima );

• Leitura de imagens estimulando a observação de detalhes, a descrição de

elementos (identificando sentimentos como alegria, tristeza, medo, dor,

etc.).

Dengue

• Vídeos de campanha contra a dengue, chikungunya e zica;

• Leitura de noticiários e campanhas contra a dengue;

• Pesquisa na internet sobre o tema trabalhado;

• Pesquisa e confecção de Repelente caseiro contra a dengue (vídeo no

programa Bem Estar da Globo);

• Dobradura do mosquito da dengue;

• Observar nos espaços da escola, locais propícios à proliferação;

• Elaboração de folders explicativos contra a dengue para entregar na

comunidade escolar e local;

• Confecção de cartazes sobre o tema para serem colocados na escola.

Corpo- Marca da Identidade

• Desenhar em papel pardo o contorno do corpo humano;

• Diálogo com os alunos, observando as diferenças e semelhanças entre

homem e mulher;

• Atividade aonde os alunos irão se perceber observando os próprios ossos

e os do colega, as articulações, as batidas do pulso, do coração. (uso do

estetoscópio);

• Vídeos, livros e um esqueleto mostrando os órgãos do corpo humano e

suas funções;

• Cartazes, dramatização sobre os cuidados do corpo e prevenção de

acidentes;

• Situações onde os alunos possam vivenciar os órgãos dos sentidos e suas

funções;

• Promover um processo de autoconhecimento e conhecimento do outro,

estabelecendo relações interpessoais mais saudáveis.

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Produto final

Estão previstos:

• Tema identidade: A colaboração de duas pessoas voluntárias para fazer

um dia de embeleze.

• Tema Dengue: entrega de panfletos na comunidade sobre a dengue.

• Corpo- Marca da Identidade: vinda do professor Taquara para estar

fazendo uma dinâmica sobre o corpo humano e alimentação.

• Valores éticos e morais: vinda de uma psicóloga para conversar com os

alunos. (entrar em contato com alguma profissional ou solicitar alguém da

equipe técnica).

Avaliação

Será feita de forma contínua e sistemática durante o tempo da atividade,

perceber cada aluno com suas limitações e habilidades. Itens a serem

observados: participação, interação, autonomia, preferências, colaboração,

comunicação, interesse, como se comporta na atividade, como se relaciona com

colegas e professora.

“Um mediador é alguém que, em cada momento, em cada circunstância, toma

decisões pedagógicas conscientes: nunca está limitado a corrigir ou deixar

errada, pois além de informar e respeitar o erro quando construtivo, ele pode

problematizar, questionar, ajudar a pensar “(Telma Weisz).

JOGOS CORPORAIS

Duração: Ano letivo de 2017

Público alvo: Turmas 1, 2 e 3.

Justificativa

Percebemos no aluno com deficiência maiores dificuldades ligadas ao

corpo e ao movimento, como situações de queda, desorganização corporal e

espacial, além da questão ligada a obesidade, já que muitos deles não saem de

casa, apenas vão á escola diariamente. Pensando em auxiliar no

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desenvolvimento de habilidades como marcha, agilidade, movimento e na relação

entre o mundo exterior e interior, o projeto de jogos corporais trabalhará com o

processo de maturação, no qual o corpo é a origem das aquisições cognitivas,

afetivas e orgânicas, sendo sustentada pelo movimento, intelecto e afeto.

Objetivos

• Ampliar o repertório de movimentos;

• Desenvolver a individualidade;

• Adquirir conceitos de lateralidade, estruturação espacial e orientação

espacial;

• Desenvolver a coordenação motora;

• Socializar novas situações em grupo;

• Comunicar, questionar, interagir com os outros e ser parte de uma

experiência social mais ampla em que a flexibilidade, a tolerância e a

autodisciplina são vitais;

• Praticar, escolher, preservar, imitar, imaginar, dominar, adquirir

competência e confiança e autonomia;

• Adquirir novos conhecimentos, habilidades pensamentos lógicos;

• Criar, observar, experimentar, movimentar-se, cooperar, sentir, pensar,

memorizar e lembrar.

Metodologia

Os jogos corporais são atividades práticas, e que só acontecem quando o

aluno é capaz de experimentar o que estamos falando. A pessoa com deficiência

intelectual pode levar um outro tempo para compreender o que está sendo

pedido, e assim conseguir realizar. Dessa forma, nossos jogos serão

apresentados um a um, iniciando de maneira mais simples, até perceber a

evolução e interação dos alunos com o que foi proposto, e assim dificultaremos

conforme for acontecendo evolução nesse processo.

Serão trabalhados jogos temáticos, como as danças circulares, rodas

africanas, até jogos que envolvam a lógica, como a amarelinha, além disso,

poderemos resgatar jogos do passado, como a brincadeira “elástico”. Em dados

momentos, os alunos conhecerão a história daquela atividade, de onde veio,

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assistirão a vídeos que ilustrarão o contexto, trazendo dessa forma, maior

significado a atividade que irão realizar.

Produto final

A culminância do nosso projeto será a apresentação de um dos nossos

jogos corporais as outras turmas da escola. Esse jogo será definido pelos alunos,

de acordo com o gosto e interesse deles.

Avaliação

Os alunos serão filmados em alguns momentos e fotografados para que

possamos estudar e compreender a evolução de seus movimentos. A avaliação

será contínua, e será observada de acordo com a dificuldade dos jogos que forem

oferecidos gradualmente. Também serão observados aspectos da socialização,

interesse, resolução de conflitos e estratégias adotadas.

RECICLARTE

Duração: Ano letivo de 2017

Público alvo: Turmas 1,2 e 3.

Justificativa

Esse projeto oferece ao aluno a oportunidade de participar de uma oficina

produtiva com ênfase na confecção e decoração de objetos, onde os jovens

possam desenvolver habilidades através de atividades práticas. Promovendo

assim mais autonomia e independência pessoal.

O projeto prevê a participação das famílias, que junto com a escola poderá

identificar recursos mais significativos para o desenvolvimento da ação educativa.

Objetivo Geral

Oportunizar através de atividades manuais habilidades que possam

contribuir para as questões de trabalho e lazer para os jovens, pois terão a

oportunidade de participar de diferentes oferecimentos ampliando assim seus

conhecimentos e favorecendo novas expectativas de aprendizado.

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Objetivos específicos

• Desenvolver atitudes de conscientização e preservação do meio ambiente;

• Confeccionar artesanato com materiais recicláveis.

• Comporta-se em grupos;

• Comunicar, interagir, expressar desejos;

• Participar na organização e manutenção dos materiais utilizados e do

ambiente de trabalho.

Conteúdos

• Decoração de caixas;

• Decoração de latas;

• Pintura em tecidos;

• Confecção de quadros e montagem de murais;

• Porta trecos em latas;

• marcadores de livros;

Metodologia

• Conscientizar os alunos sobre a importância da reciclagem de papel para

preservação do meio ambiente;

• Evitar o desperdício, por meio da reutilização do papel;

• Identificar os papéis que podem ser utilizados para a reciclagem;

Orientações didáticas

• Utilizar-se adequadamente dos materiais propostos nas atividades;

• Utilização de material reciclado: caixas de leite, caixas de diversos

tamanhos, papelão, papéis e potes variados, botões, tecidos, canudos,

garrafas pet, garrafas de vidros, bandejas de isopor, papéis de diversos

tamanhos, cd usados; retalhos E.V.A, etc;

• Parcerias com os pais,convidando –os para participarem do nosso projeto

em alguns momentos;

• Pesquisa na comunidade para fazer parcerias com nosso projeto.

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Produto final

• Expor trabalhos artesanais confeccionados com papel reciclado para a

comunidade escolar;

Avaliação

Serão feitas observações da participação, envolvimento e interesse dos

alunos pelo projeto proposto.

2.3.2. Educação Física

Duração: Ano letivo de 2017

Público alvo: Todos os alunos da escola

Objetivo Geral

Proporcionar diversas atividades corporais e esportivas, favorecendo a

manutenção e / ou melhoria dos níveis de aptidão física, adequação social e de

autocuidado.

Objetivos Específicos

Manutenção e / ou melhoria da resistência física;

Participar das atividades propostas;

Respeitar seus colegas nas mais diversas situações;

Compreender regras simples dos jogos propostos;

Ser capaz de reproduzir alguns exercícios de forma autônoma.

Conteúdo

Exercícios calistênicos;

Jogos pré-desportivos dos esportes de quadra (basquetebol, futsal,

handebol e voleibol;

Caminhadas orientadas;

Jogos cooperativos;

Atividades de Educação Motora básica (rolar, saltar, correr, etc.);

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Atividades desafiadoras (slackline, andar sobre planos elevados, etc.).

2.3.3. Inclusão Digital da Comunidade interna

Duração: abril a novembro de 2017

Público alvo: funcionários da EMEBE Rolando Ramacciotti e SAPDV

Dias do curso:

• Turma 1: segundas-feiras das 10 às 12h

• Turma 2: quartas-feiras das 9 às 11h

Justificativa

No momento atual em que o computador está presente no dia a dia das

pessoas faz-se necessário desenvolver algumas habilidades para se utilizar este

recurso. Conhecer as possibilidades do computador, saber reconhecer onde tem

um (caixa eletrônico, telefone móvel, carro, etc) e também desenvolver uma

postura crítica em relação a seus recursos e usos é uma necessidade na

sociedade em que vivemos. As aulas visam apresentar as possibilidades da era

digital e ofertar momentos de vivência de alguns recursos digitais próximos à

necessidade dos alunos.

Objetivos gerais

Promover a inclusão digital de todos os envolvidos nos processos de

ensino e aprendizagem da unidade escolar

Objetivos específicos

• Conhecer o histórico da tecnologia;

• Conhecer as partes do computador e suas funções;

• Criar um e-mail e utilizá-lo durante o curso;

• Aprender a fazer uma busca na Internet;

• Aprender a fazer cadastros e inscrições em cursos, em instituições,

em empresas;

• Aprender a fazer um cartão de visita, um folder, um currículo;

• Manusear uma câmera digital e/ou filmadora;

• Conhecer recursos dos smartphones.

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Metodologia

• Dinâmica: sobre uso das tecnologias;

• Apresentação das peças do computador (peças, cabos, etc) que

deverão ser montadas pelos alunos;

• Resgate do histórico das comunicações até chegar no e-mail;

• Dinâmica sobre tipos de busca que são realizados no dia a dia para

encontrar algo na web (supermercado, compra de carro, roupa, etc);

• Sites do governo que facilitam a nossa vida: do município de São

Bernardo do Campo (Portal do servidor, Notícias do Município etc), do

estado de São Paulo, do governo federal, concursos, etc;

• Exploração de programas como Word, Excel, Power Point, Publisher

etc;

• Exploração de recursos dos smartphones (whatsapp, por exemplo).

Produto final

Durante o curso toda a produção do aluno ficará na pasta e as atividades

produzidas serão utilizadas na confecção de um diário digital contando o percurso

desenvolvido durante o curso. Este diário digital será apresentado pelos próprios

alunos para convidados numa data a ser definida.

Avaliação

• Diagnóstica: o que os alunos já sabem (filmagem sobre o que sabe e

a expectativa);

• Processual: o que o aluno está aprendendo, se está fazendo

sentido, se suas dificuldades e medos estão sendo sanados;

• Somativa: verificar o que o aluno aprendeu ao elaborar o produto

final e assistir com o aluno ao vídeo da primeira aula e perceber se

houve avanços e se suas expectativas foram atingidas.

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3. Rotina Escolar

3.1. Organização da Escola para o atendimento dos alunos com Deficiência

Intelectual- DI

a) Entrada: 13 horas

Ao chegarem à escola, os alunos são recebidos no refeitório, onde já se

encontram os professores, auxiliares, inspetores e sempre que possível alguém

da equipe de gestão, de modo a estabelecer uma relação de acolhimento e

cuidado. É também é um momento de aprendizagem da autonomia.

O almoço é servido aos alunos da 13h a 13h30, assim que os alunos

terminam, dirigem-se imediatamente para a sala de aula, para as atividades de

rotina. A colação é servida as 16h20 para todos os alunos. Enquanto os alunos

estão no refeitório há sempre algum profissional da educação acompanhando-os.

b) Atividades planejadas: 13h30 às 16h45

c) Saída: 16H45

Os responsáveis e/ou os acompanhantes dos transportes entram na escola

para buscar os alunos a partir das 16h45 no próprio refeitório e conduzi-los até o

ônibus ou van, estacionados na área externa. A saída é acompanhada pelos

professores, auxiliares e inspetores, e quando possível, por alguém da equipe de

gestão.

Os alunos cujos responsáveis se atrasarem, deverão ser acompanhados pelo

professor e entregues sob a responsabilidade de um dos auxiliares/inspetores que

estiverem no refeitório, para que este faça contato com os responsáveis.

3.2. Estudos do Meio Previstos

Ao longo do ano de 2017, são previstos dois estudos do meio, um em cada

semestre, apresentamos no quadro abaixo algumas sugestões, porém, ao longo

do desenvolvimento dos projetos podem surgir outros estudos que não previstos

neste documento.

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Espaços Culturais Eventos Turmas Datas

-Teatro

-Centro de Reflexão do

Trânsito

Museu do Futebol

-Peça teatral

-Enriquecer o projeto

de convivência e

robótica, relacionados

ao trânsito;

-Curiosidades e

História do Futebol

1,2,3 e 5

Ver

disponibilidade

Cientec

Cinemark

Museu Africanidades

Jardim Botânico

- Planetário/ Sistema

Solar

-Filmes de acordo com

os projetos;

- Enriquecer projeto de

africanidades que será

trabalhado no segundo

semestre;

- jardim sensorial;

- estufas;

- contato direto com a

Mata Atlântica.

Todas as

turmas

Todas as

turmas

- Março

Ver

disponibilidade

Observação: Buffet Angela, presente ofertado gratuitamente por uma ex-

professora da Unidade Escolar aos alunos, geralmente este evento ocorre no mês

de novembro.

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4. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos com Deficiência Intelectual

Entendemos que a avaliação faz parte do processo de ensino

aprendizagem e funciona como norte imprescindível para direcionar o trabalho do

professor.

A avaliação é contínua, diária e global, onde se observa avanços e

dificuldades de cada aluno em relação a seu próprio desempenho. Os progressos

dos alunos e suas dificuldades serão registrados por meio de relatórios

semestrais.

A avaliação do processo de ensino e aprendizagem na escola assumirá

forma processual, participativa, formativa, cumulativa e diagnóstica com o intuito

de redimensionar a prática do professor, tendo como foco o sucesso da

aprendizagem dos alunos. Assim, terá por objetivos:

I. Orientar professor e aluno quanto aos esforços necessários para superar as

dificuldades;

II. Orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos objetivos e/ou

projetos pedagógicos, sempre que necessário.

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IV. SERVIÇO DE ATENDIMENTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL

(SAPDV)

1. Análise, reflexão e avaliação das ações pedagógicas realizadas em 2016

Em relação ao ano de 2016 analisamos que é necessário retomar com os

professores, os conteúdos conceituais, alicerçar os procedimentos e resgatar a

leitura dos relatórios pedagógicos individuais com os alunos com objetivo de

avaliar o processo de aprendizagem. No AEE, garantir a troca das RAEs

realizadas durante o ensino itinerante com as professoras dos atendimentos de

contraturno. Quanto aos munícipes, retomar o período de permanência nos

atendimentos de até 4 semestres; garantir a leitura dos relatórios e planos de

ação anteriores para subsidiar a permanência ou a terminalidade.

Quanto às especificidades dos atendimentos destacamos:

Braille

• Introduzir a leitura do Braille interpontado a partir do 3º Ano Inicial (Ciclo I);

• Iniciar a escrita e leitura do código Braille sem espaço entre linhas a partir

do 2º ano do Ciclo Inicial.

• Inserir nas aulas de braille procedimentos para criação da assinatura;

a partir do 1°ano do ciclo II , exercitando o uso do assinador.

Soroban

• Retomar a calculadora sonora como um recurso de verificação nas aulas

de soroban.

Recursos Gráficos

• Avaliar os recursos não ópticos tendo como base os relatórios do ano

anterior e sua funcionalidade atual;

• Conserto dos Circuitos fechados de televisão- CCTV ;

• Retomar a instalação do scanner (SARA) e garantir espaço formativo e

coletivo para apropriação da utilização do sistema, que o tempo de

formação neste primeiro momento seja mais de 1 hora consecutiva.

Noções de informática Adaptada- NIA

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• Nenhum programa deve ser colocado em prática sem que os docentes

tenham a apropriação do conteúdo do mesmo;

• Garantir a eficiência dos equipamentos e acessórios (filtro de linha/

estabilizador/ adaptador de tomada/extensão);

• Dar continuidade na parceria entre os professores do SAPDV e a PAPP do

laboratório de informática, cruzando os saberes específicos das áreas e

dos recursos tecnológicos.

Núcleo de Material Adaptado

É relevante mencionar que na última atribuição da carga horária no que se

refere às atribuições na carga horária, o período de trabalho destinado a

confecção de materiais adaptados (NMA) foi substituído por aulas, visto que o

quadro de professores está defasado mediante as aposentadorias, licença

maternidade e exonerações por mudança de rede de ensino.

A ampliação de carga horária de algumas professoras foi um recurso na

tentativa de suprir os desfalques citados acima.

A chegada e a parceria de duas professoras sendo uma designada

(digitadora) e a outra afastada da sala de aula para processo de readaptação

(como ledora das atividades), contribuiu para o fluxo de entrada e saída de

materiais em Braille, não deixando que os mesmos acumulassem. Considerando

que a finalização desta produção, assim como: revisão, correção, transcrição e

complementação com adaptação em relevo (diferentes texturas) foram produzidas

pela equipe de professoras que tiveram horário de núcleo atribuído em suas

cargas horárias.

A necessidade de encaminhar a professora ledora para apoio a secretaria

da Unidade Escolar causou um desfalque na manutenção desse fluxo e na

interrupção da parceria entre digitadora e ledora, sendo assim o trabalho da

digitadora foi prejudicado.( um dado relevante a ser destacado foi a otimização do

trabalho em virtude da ledora ser professora, diferentemente do inicio do ano que

está função era realizada por educadores da Unidade Escolar (auxiliares de

educação e inspetores). Assim foi observado a necessidade da realização de

reuniões periódicas, para avaliar o bom andamento do trabalho ou realizar

ajustes.

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Ao longo no ano de 2016 foi observado a necessidade de manutenção das

placas de corte para celas Braille em E.V.A, este apontamento é relevante

considerando que no próximo ano será agregado a turma usuária de Braille um

aluno no primeiro ano inicial, o que demandará uma grande produção dessas

celas. Existe um pedido pendente para compra de placas de corte especifico para

produção de bolinhas de diferentes tamanhos, para alunos iniciantes no Braille.

A falta de manutenção dos computadores, das impressoras, das tesouras,

alicates e guilhotina, também implicaram na perda de material, de tempo e no

desgaste desnecessário dos professores.

Garantir a eficiência dos equipamentos e acessórios (filtro de linha/

estabilizador/ adaptador de tomada/extensão).

O uso da máquina Braille pressupõe que é um recurso que aperfeiçoa a

produção de escrita do material em Braille, possibilitando a escrita e revisão

imediata do material. No entanto, o Núcleo de Material Adaptado está desfalcado

para a rotatividade no uso das mesmas, pois temos hoje um número expressivo

de máquinas quebradas, outras com defeitos que impossibilitam a impressão dos

pontos com qualidade, fazendo com que haja necessidade de rebatê-los,

implicando assim em grande esforço causando desgaste motor (LER) dos

professores.

A reposição pelas Unidades Escolares dos materiais utilizados para

confecção das atividades adaptadas, não foi efetivo, apesar de ter firmado o

combinado com as escolas, portanto entendemos a necessidade da retomada

dessa orientação para envio do material ao SAPDV.

O trabalho da professora readaptada tem sido de grande valia para o

andamento da rotina do NMA, considerando que realiza a organização e

verificação dos materiais a serem repostos, o controle do registro de entrada e

saída das atividades trazidas pelo ensino itinerante para as adaptações, assim

como a preparação do envio destes para a Unidade Escolar, confecciona

cadernos e letras e números em celas em Braille, verifica e seleciona materiais

existentes no NMA para os professores utilizarem com os alunos, revivendo o

papel da coordenadora do NMA, que anteriormente era considerado dentro da

carga horária de um dos professores.

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2. Que norteia o trabalho com pessoas com deficiência visual

A necessidade de dialogar, confrontar e refletir acerca da Educação

inclusiva se justifica no desafio de repensar o cotidiano escolar, construindo uma

educação para todos e legalmente amparada no decreto AEE. Neste sentido o

SAPDV caracteriza-se no município de São Bernardo do Campo como uma

conquista solidificada por alunos, familiares e profissionais num processo histórico

do reconhecimento ao direito da pessoa com deficiência de 'pertencer' aos

diferentes espaços educacionais, constituindo-se em referencia na área da

deficiência visual no Atendimento Educacional Especializado.

O trabalho, de cunho educacional, fundamenta-se na ação de professores

habilitados e/ou especializados que utilizam estratégias, recursos, métodos e

técnicas adequadas às necessidades específicas de seu alunado.

É importante apontar que os espaços coletivos criados pelo grupo de

profissionais do SAPDV para refletir e estudar o processo educacional de cada

indivíduo com deficiência visual é base de sustentação para o aperfeiçoamento de

nossas concepções e práticas pedagógicas, tendo como premissa o acúmulo de

conhecimento decorrentes das vivências destas pessoas no seu cotidiano,

vinculado à produção cientifica contemporânea.

Acreditamos que os aspectos já citados revelam a busca deste grupo pela

participação ativa das pessoas com deficiência visual na sociedade, bem como na

construção de uma escola de qualidade para todos. É notório que o percurso já

trilhado configurou-se em subsídios para formatação deste documento que, no

entanto, não pode ser considerado finalizado. Ele se constrói e se reconstrói a

cada experiência compartilhada com essa comunidade.

2.1. Princípios

O SAPDV segue os princípios constantes na Proposta Curricular da

Secretaria de Educação e busca as metas do Plano Municipal de São Bernardo

do Campo- Volume 1 – a saber:

• Qualidade da Educação

• Atendimento à Diversidade

• Autonomia

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• Gestão Democrática

• Valorização do Profissional da Educação

3. SAPDV – Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual

O SAPDV consiste no serviço educacional especializado direcionado aos

alunos da rede municipal de ensino com deficiência visual e aos munícipes que

possam se beneficiar dos atendimentos ofertados.

O trabalho docente desenvolvido compreende os três eixos, a seguir:

• Itinerância- inicia-se a partir da solicitação da escola regular o estudo de

caso, com possível inserção no serviço. A itinerância consiste na ida do

professor especializado à escola regular frequentada pelo aluno com

deficiência visual. O professor itinerante desenvolve ações variadas:

observação do aluno nos diferentes ambientes escolares; devolutivas das

observações; orientações e encaminhamentos de acordo com a

especificidade do educando; seleção e organização dos materiais a serem

adaptados; participação em Conselhos de ano ciclo e outros eventos.

• Atendimento no contraturno, centralizado no Complexo Padre Aldemar

Moreira, nas aulas de Braille; Noções de Informática Adaptada; Recursos

Gráficos e Soroban;

• Atendimento aos munícipes, no Complexo Padre Aldemar Moreira, nas

aulas de Braille; Noções de Informática Adaptada e Soroban;

• Núcleo de Material Adaptado- Confecção de Material Adaptado

organizado no formato de Núcleo, de acordo com a solicitação da escola

de origem do aluno.

3.1. Documentos que indicam a necessidade do aluno para atendimento no

SAPDV

A inserção do aluno nos atendimentos do SAPDV, dar-se-a por meio da

elaboração do Estudo de Caso e do Plano de Atendimento Educacional

Especializado. O desenvolvimento das etapas do Estudo de Caso busca

reconhecer as características e potencialidades visuais / táteis do educando e

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coletar dados clínicos oftalmológicos atualizados, de forma a contribuir para a

avaliação e indicação de recursos e estratégias que favoreçam seu processo de

aprendizagem. Concluído o Estudo de Caso, na impossibilidade da existência do

relatório oftalmológico, o aluno poderá frequentar o Atendimento Educacional

Especializado (AEE) pelo prazo de seis meses. (Atendimento Educacional

Especializado – Orientações Gerais – SE/SBC-2015).

O relatório oftalmológico é analisado tanto do ponto de vista legal quanto

do processo de organização das intervenções pedagógicas. Além do diagnóstico

e prognóstico esse documento evidencia a acuidade e campo visual; aponta a

sensibilidade ao contraste, a existência de erros de refração, o tratamento

necessário com a indicação da periodicidade de retornos, cuidados específicos

para atividades físicas e uso de auxílios ópticos. Ou seja, oferece dados

relevantes para indicação de possíveis atendimentos e norteia as investigações

do uso funcional da visão do aluno em situações de aprendizagem, de interação

social, de atividades de vida diária e de orientação e mobilidade. Neste contexto,

o SAPDV baseia-se em distintas definições de Deficiência Visual, no intuito de

utilizar-se de aspectos mencionados e mensurados por cada uma delas.

Sendo assim, as definições adotadas pelo SAPDV, como critério de

elegibilidade para matrícula são:

- Resolução SE nº 247, republicada a 24/12/86, para fins de elegibilidade

na Educação Especial, que considera:

A - Portador de Visão Subnormal (Baixa Visão):

Acuidade de 0,3 (6/18 ou 20/70 pés) a 0,05 (3/60 ou 20/40 pés) – Escala

Optométrica da Snellen – no melhor olho, com a máxima correção óptica.

B - Portador de Cegueira:

Acuidade visual menor que 0,05 (3/60 ou 20/40) no melhor olho, com a

máxima correção óptica.

Portanto, compreendemos a deficiência visual como “um impedimento total

ou a diminuição da capacidade visual decorrente de imperfeição no órgão ou no

sistema visual”, sendo consideradas deficientes visuais as pessoas com cegueira

e os de visão subnormal / baixa visão.

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A resolução supracitada norteia o trabalho pedagógico do SAPDV à

medida que aponta o conceito de alunado com visão subnormal e alunado com

cegueira e, que ambos compõem um universo maior que é a deficiência visual.

Outra definição utilizada como referência para orientar o trabalho

educacional é a descrita pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1992

(Bangcok), que refere: “Uma pessoa com baixa visão é aquela que possui um

comprometimento do seu funcionamento visual, mesmo após tratamento e/ou

correção de erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 6/18

até percepção de luz ou um campo visual inferior a 10° de seu ponto de fixação,

mas que utiliza ou é potencialmente capaz de utilizar a visão para o planejamento

e execução de uma tarefa”.

Esta conceituação é importante, pois:

• Oferece o parâmetro de deficiência visual contemplando também as

restrições do campo visual que ocasionam comprometimentos

severos da visão (extrema dificuldade de orientação e locomoção nos

ambientes não familiares e na observação do todo);

• Considera a funcionalidade da visão, partindo da capacidade e

potencialidade da ação da pessoa e não do seu comprometimento

orgânico;

• A definição da Organização Mundial da Saúde vem ao encontro do

modelo de funcionalidade descrito na 2ª Edição da Classificação

Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens com o

título de Classificação Internacional de Funcionamento, Incapacidade

e Saúde (CIF), mencionada na Proposta Curricular das Escolas

Municipais de Ensino Básico Especial do Município de São Bernardo

do Campo.

Também é consultada pelo SAPDV para organizar as ações pedagógicas,

a definição proposta pelo Ministério de Educação e Cultura:

deficiência visual caracteriza-se pela redução ou perda total da

capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção óptica.

Manifesta-se com:

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Cegueira: perda da visão, em ambos os olhos, de menos de 0,1 no melhor

olho após correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no

maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lentes de correção.

Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total, ou resíduo

mínimo da visão, que leva o indivíduo a necessitar do método Braille como

meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos

especiais para a sua educação;

Visão reduzida: acuidade visual 6/20 e 6/60, no melhor olho, após

correção máxima. Sob o enfoque educacional trata-se de resíduo visual

que permite ao educando ler impressos a tinta, desde que se empreguem

recursos didáticos e equipamentos especiais. (BRASIL, 2001c, p. 18-19).

Esta última definição apresenta no corpo de seu texto referencial de

cegueira sob o enfoque educacional e não médico (compreendido pelo coletivo do

SAPDV como a definição de cegueira para fins legais); traz a tona mais um

sinônimo para Visão Subnormal e Baixa Visão, o termo “Visão reduzida”,

caracterizando-o, também, sob o aspecto educacional.

3.2. Objetivos do trabalho desenvolvido no SAPDV

• Vivenciar um processo de atendimento em que variadas situações de

aprendizagens significativas estejam presentes;

• Conscientizar-se a respeito das múltiplas variáveis que interferem em

seu desempenho;

• Trabalhar com as questões relativas ao seu posicionamento como

pessoa no uso de todas as suas possibilidades, inseridas num contexto de ação

global;

• Trabalhar reflexivamente, a partir de atuações práticas, na busca e

criação de possibilidades, exercitando a autonomia e a cidadania;

• Utilizar recursos apropriados e de tecnologia assistiva para o

desenvolvimento de atividades relativas à leitura, pesquisa e aprofundamento

curricular;

• Ter acesso a materiais didáticos específicos.

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90

4. Eixos de trabalho

4.1. Eixo família

As aulas abertas foram criadas na expectativa de propiciar aos alunos

momentos de interação em que houvesse, durante as atividades, a participação

de pessoas próximas a ele e de sua confiança, envolvidas em contribuir com sua

aprendizagem a partir das experiências adquiridas nas aulas.

Nos momentos de trabalho, professores, alunos e familiares compartilham,

cooperam, ajudam-se, buscam-se numa parceria necessária, que se torna efetiva

e colaborativa, facilitando o processo de construção da autonomia do aluno.

Quanto mais próximos e envolvidos mais os familiares contribuirão no

desenvolvimento e no processo de inclusão de seus filhos e familiares.

A periodicidade das aulas abertas foi definida pela equipe docente, tendo

como base o calendário escolar, considerando dois momentos específicos: finais

de semestre, com o intuito de promover a organização da família. A indicação do

programa a ser contemplado com as aulas abertas é organizada pela equipe

docente, juntamente com a direção e a solicitação de participação é feita através

de convite enviado com antecedência pelos professores através dos próprios

alunos.

As aulas são planejadas juntamente com os alunos, realizando

levantamentos de temas, materiais a serem utilizados com distribuição de tarefas

e organização do espaço.

Com o passar do tempo a frequência dos familiares\ responsáveis às aulas

abertas diminuiu. Inicialmente, pela mudança de localização da unidade que saiu

de uma área central da cidade para uma região de difícil acesso (bairro) no que

se refere ao uso do transporte coletivo.

Atualmente, outro fator comprometeu a participação dos familiares\

responsáveis: a Seção do Transporte Escolar da Prefeitura de São Bernardo, que

até o ano de 2013 cedia e os acolhia nesta locomoção, passou a não autorizar o

transporte dos familiares que sempre acompanharam os alunos no período de

aulas abertas. Essa determinação impossibilitou que os mesmos pudessem

embarcar os alunos no transporte escolar e pudessem se deslocar por conta

própria para participar da aula aberta, e retornar ao seu domicilio em tempo hábil

para receber os alunos. Foi relatado à SE-115, a dificuldade apresentada pelos

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familiares, buscando dialogar sobre as implicações da determinação da Seção de

Transporte Escolar. As aulas abertas são propostas de acordo com o calendário

escolar, ao final de cada semestre, objetivando com que as famílias apreciem as

produções dos alunos e os recursos utilizados no contexto dos atendimentos.

4.2. Eixo Escolar

4.2.1. Critérios para atendimento

De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva em consonância com o as orientações / normativas da

SEC, o atendimento é ofertado aos alunos da rede regular de ensino: Educação

Infantil, Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Considerando ainda a

documentação do MEC, caberá a família ou responsável dos alunos a opção da

matrícula ou não.

Outra parcela atendida são os munícipes sem vínculo com a escolaridade, já

alfabetizados, e encaminhados pelos serviços de reabilitação da saúde do

município.

A permanência nos agrupamentos, dos alunos matriculados no Ensino regular

está vinculada ao período que compreende sua formação na Educação Infantil,

Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos, ou por vontade própria do

aluno ou da família. O desligamento dos alunos deverá ser feito pessoalmente na

secretaria da EMEBE Rolando Ramacciotti.

Os munícipes poderão permanecer até que se apropriem do conteúdo básico

da aprendizagem do Programa indicado, caso necessário, poderão permanecer

por até 4 semestres, ou ainda, por avaliação do percurso de aprendizagem feita

pelo professor, este período poderá ser ampliado.

Em relação à frequência o aluno deverá garantir a presença de 75% quanto ao

número de aulas do semestre. Caso não seja cumprida a frequência média

exigida e não apresentando justificativa médica, o aluno será desligado do

atendimento e irá para lista de espera. Nos casos de faltas não haverá reposição

de aulas.

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5. Atendimento ao aluno no contraturno

5.1. BRAILLE

“Se os meus olhos não me deixam obter

informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de

encontrar uma outra forma”

(Louis Braille).

Louis Braille, em 1825, criou um código que possibilitou às pessoas com

cegueira acesso à leitura e escrita, denominado Sistema Braille.

Atualmente, o Sistema Braille de escrita e leitura é um dos principais

recursos utilizados pelas pessoas cegas para a comunicação.

No SAPDV, no percurso de apropriação do Código Braille, os aspectos

ligados a organização espacial, coordenação tátil motora e as noções do próprio

corpo, são subsídios utilizados concomitantemente para as aprendizagens dessa

escrita.

São recursos de uso convencional:

• Máquina de datilografia Braille;

• Conjunto de reglete e punção;

• Impressora braille;

• Materiais e recursos específicos ao ensino do Braille e diferenciados

quanto às necessidades dos alunos (alfa-braille, braillete, máquina Braille,

alfabeto funcional, jogos diversos, miniaturas, quadro magnético, alfabeto

móvel, Braille falado, reglete e punção e outros).

Formação dos agrupamentos

A formação dos grupos de Braille será de no máximo três alunos e está

vinculada ao grau de conhecimento que o aluno possui deste sistema de escrita e

leitura, e, no caso dos alunos matriculados na rede levar-se-á em consideração

seu nível de escolaridade.

A duração das aulas pode variar de uma a duas horas semanais.

Conceito

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As aulas de Braille são compostas por um conjunto de atividades que

visam à apropriação pelo aluno deste código de leitura e escrita. Tratando-se de

um recurso que viabiliza a linguagem escrita das pessoas com deficiência visual,

seu ensino segue as mesmas etapas do processo de letramento em tinta

acrescida de adaptações dos materiais utilizados (da tinta para o relevo).

Objetivo geral

• Acessar a leitura e a escrita através do Sistema Braille, promovendo

assim a sua inserção no mundo letrado.

Objetivos específicos

• Saber apontar diferenças e semelhanças; classificar objetos por

tamanho, consistência, forma e textura; usar as mãos de forma

coordenada, empregando o tato com fim exploratório; seguir direções

reconhecendo esquerda/direita; imitar posições e figuras;

• Desenvolver a criatividade, espontaneidade, senso crítico e

autonomia;

• Aprofundar os conhecimentos do código Braille (referente à Língua

Portuguesa, Matemática e Informática). Os códigos de Física e Química

serão ensinados aos alunos da EJA.

• Conhecer técnicas de leitura;

• Promover o exercício da cidadania;

• Utilizar de forma eficiente os livros didáticos.

Programa Básico para aprendizagem do sistema Braille

Língua Portuguesa:

• Histórico do sistema de escrita Braille;

• Estimulação tátil;

• Vivência tátil de leitura e escrita;

• Alfabeto da Língua Portuguesa;

• Códigos de acentuação e pontuação;

• Uso da folha resposta:

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• Sistematização do uso da reglete para os alunos munícipes.

• Somente para alunos de AEE: leitura tátil de gráficos, tabelas,

diagramas, figuras geométricas, mapas e outras ilustrações,

necessárias nas adaptações realizadas pelo Núcleo de Material

Adaptado e encontrados nas adaptações de livros do PNLD, IBC e

FDNC;

Matemática:

• Código de numerais;

• Código dos sinais: soma (+), subtração (–), multiplicação (×), divisão

(÷), igualdade (=), desigualdade ( ), maior (>), menor (<),

porcentagem (%), moeda – Real (R$);

• Escrita de números: ordinais, romanos, decimais, fracionários;

• Pesos e medidas.

Informática:

• E-mails e sites.

Ressaltamos que o programa acima citado será trabalhado utilizando as

diferentes máquinas Braille (Perkins e Tatra) e que o uso da reglete (a

tradicional e a Positiva) deverá garantir no mínimo o reconhecimento e a

utilização deste instrumento.

5.2. SOROBAN

“Recurso educativo específico imprescindível para a execução de cálculos

matemáticos por alunos com deficiência visual.” (BRASIL, MEC, 2006, portaria nº

1.010)

O soroban- ábaco japonês- foi adaptado para uso das pessoas com

deficiência visual em 1948, por Joaquim Lima de Moraes, em substituição aos

recursos existentes na época, tais como chapa numérica, cubarítimos e pranchas

Taylor.

Conceito

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As aulas de soroban são compostas por atividades de cunho matemático,

que buscam ensinar os procedimentos necessários ao uso do aparelho, sua

utilização está relacionada principalmente a execução de operações diversas (ex.:

adição, subtração, multiplicação, divisão, fração, m.m.c. e outros conteúdos

inerentes ao programa da educação básica).

A duração das aulas varia de uma a duas horas por semana.

O aluno, ao se apropriar dos mecanismos empregados no uso do soroban,

estará apto a desempenhar melhor suas atividades escolares e da vida prática,

tendo condições de experienciar de forma mais efetiva sua cidadania.

Objetivos gerais

• Utilizar os procedimentos do soroban, como facilitador da aprendizagem

da Matemática;

• Sistematizar o uso do aparelho na resolução das operações

matemáticas.

Objetivos específicos

• Desenvolver habilidades motoras para reconhecimento das partes do

soroban a fim de empregar os procedimentos de forma efetiva;

• Conhecer os mecanismos empregados na utilização do soroban, por

meio das atividades matemáticas;

• Estimular o desenvolvimento do cálculo mental, principalmente na

composição e decomposição do cinco e do dez (complementares no

uso do soroban);

• Aprimorar o raciocínio lógico matemático, com sequência e

ordenação, por meio de atividades no soroban.

Programa Básico de Soroban (Conteúdos):

• Apresentação e reconhecimento das partes do soroban;

• Apresentação do histórico deste instrumento de cálculo;

• Registro e leitura de algarismos e números no soroban;

• Exploração de jogos e materiais inerentes à matemática (‘Nunca dez’,

‘Tabelas dos Complementares’, material dourado, dados, outros);

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• Realização das operações fundamentais – adição, subtração,

multiplicação e divisão, com números naturais, inteiros, racionais e

sistema monetário;

• Emprego dos conhecimentos adquiridos no percurso de seu cotidiano.

5.3. RECURSOS GRÁFICOS

A educação de uma criança com deficiência visual pode

ser organizada como a educação de qualquer outra

criança. A educação pode converter realmente a visão

subnormal a uma pessoa normal, socialmente válida, e

fazer desaparecer a palavra e o conceito “deficiente” em

relação ao cego. (Vygotsky, 1997).

Conceito

O programa é composto com agrupamento, sendo este, constituído no

máximo com 3 (três) alunos, e dois atendimentos de 1 (uma) hora cada, de

acordo com a turma, ano ciclo ou termo de seu grau de escolaridade,

matriculados na rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo, os quais

são atendidos no contraturno.

O atendimento pedagógico realizado nos Recursos Gráficos é efetivado

através de atividades educacionais, onde o aluno conhece e faz uso dos recursos

específicos ópticos (prescrito pelo especialista da saúde) e não ópticos referentes

à sua condição visual.

Objetivo geral

O atendimento de Recursos gráficos no contraturno visa vivenciar de forma

sistemática o uso de recursos diversos e procedimentos específicos que

contribuam com a eliminação de barreiras para sua participação ativa no processo

de escolarização.

Objetivos específicos

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97

1. Compartilhar experiências pessoais e refletir sobre suas especificidades

visuais.

2. Utilizar seu potencial visual para exploração de: cores, letras e figuras;

distinguir diferenças e semelhanças; classificar objetos por tamanho, largura e

formas; observar detalhes: entender figuras, desenhos, mapas, gráficos, tabelas,

sinais matemáticos e químicos; dentre outros, definindo os recursos não ópticos

que favoreçam seu processo de aprendizagem.

3. Utilizar os recursos não ópticos (depois de definidos) que favoreçam

seu processo de aprendizagem;

4. Reconhecer conceitos básicos de acessibilidade nos equipamentos de

informática e nos recursos eletrônicos.

Ações

• Utilização de materiais e recursos específicos;

• Sistematização e contextualização de recursos não ópticos e ópticos;

• Apresentação de auxílios eletrônicos, e recursos de acessibilidade da

tecnologia da informação; através de:

1- Auxílios não ópticos: ampliações, controle de iluminação, auxílios

para postura e posicionamento (uso do plano inclinado, prancha de

escrita e leitura, outros), auxílios para a escrita (guias de leitura e

escrita, tiposcópio, pautas ampliadas, canetas de ponta porosa e

lápis 2b, 3b, 4b, 5b, e 6b), controle de contraste;

2- Auxílios eletrônicos: CCTV e Lupa Eletrônica, calculadora sonora,

MP3; uso dos recursos de acessibilidade do Windows;

3- Jogos, brinquedos e brincadeiras adaptadas (atividades

significativas que buscam investigar os conhecimentos prévios do

aluno e refletir sobre informações da rotina escolar, oferecendo

encaminhamentos às possíveis situações problemas);

4- Planejamento que considera as necessidades elencadas pelo aluno,

vinculando-as às temáticas da escolarização e uso sistemático dos

recursos selecionados;

5- Auxílios ópticos: lentes de aumento para perto e para longe

(telelupa).

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• Realizar a troca de informações e procedimentos entre o programa de

Recursos Gráficos e Ensino Itinerante

5.4. NOÇÕES DE INFORMÁTICA ADAPTADA – NIA

Conceito

O programa é organizado a partir de um conjunto de procedimentos que

visam instrumentalizar o aluno na utilização de softwares que venham garantir o

acesso básico no uso do computador, superando barreiras no processo de ensino

e aprendizagem desse recurso, considerando etapas diferenciadas para alunos

com baixa visão e cegueira.

Objetivo geral

• Explorar, conhecer e compreender o uso das TICs na sociedade,

fazendo uso das ferramentas do computador como recurso de

acessibilidade para pessoa com deficiência visual.

Objetivos específicos

• Explorar e conhecer os principais componentes de um PC (de um

computador de mesa e notebook);

• Reconhecer e investigar com autonomia os componentes de um PC;

• Conhecer, reconhecer, utilizar e aprender no teclado o

posicionamento das teclas alfanuméricas e as com funções especiais,

considerando que o aluno com cegueira não utiliza o monitor e o

mouse;

• Usar e servir-se com autonomia dos recursos do Digitavox e do

Sistema Operacional DOSVOX cujos conteúdos são essenciais para

sua independência e autonomia tecnológica.

Ações

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• Aulas individuais ou em grupo com no máximo dois alunos,

considerando sua faixa etária, escolarização e condição de baixa

visão / visão subnormal ou cegueira;

• Uso de materiais e recursos específicos: computador, notebook,

softwares específicos, fones de ouvido e conector (para fone de

ouvido do professor e do aluno), acessibilidade do Windows;

• Planejamento das aulas de acordo com os conhecimentos já

adquiridos e as necessidades de manuseio do recurso em

consonância com a faixa etária.

6. Itinerância

É um atendimento realizado pelo professor especializado na escola regular

frequentada pelo aluno com deficiência visual. A periodicidade está vinculada às

demandas dos alunos.

As estratégias pedagógicas desenvolvidas durante os atendimentos

contemplam o desenvolvimento e o desempenho do aluno nos diferentes

ambientes escolares:

• Locomoção pelo ambiente escolar (entrada / saída, corredores, escadas,

rampas, banheiros, refeitórios, laboratório de informática, biblioteca,

quadra, sala de aula de atendimento educacional especializado, ateliê de

arte, parque, brinquedoteca, salas da gestão, anfiteatro e outros);

• Indicação e utilização de recursos e adaptações personalizados de acordo

com o perfil visual de cada aluno (pauta de caderno, plano inclinado, uso

de boné, lápis 4B/6B, canetas soft point preta, borracha específica;

ampliações de tamanhos e tipos de fonte, espaçamento entre letras e

linhas, espessura de traçado, posicionamento em sala de aula, distância

para cópia, uso de lupa de aumento, apoio para escrita ou para os pés;

• Indicação e utilização de recursos e adaptações personalizados para o

aluno com cegueira (máquina Braille, soroban, folhas com gramatura

especifica, materiais adaptados de geometria e desenho, calculadora

sonora, leitores de telas, audiolivro, livros didáticos em Braille, mapas,

esquemas, tabelas, gráficos adaptados em relevo, bola com guizo,

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bambolê sonoro, piso podotátil, placas sinalizadoras, faixas

antiderrapantes, alfabraille, celas em EVA ampliadas entre outros).

• Indicações e orientações nas devolutivas pós-observações com a presença

do professor regente de classe, de um integrante da equipe gestora, do

professor especialista, dos pais de acordo com a necessidade e

especificidade de cada aluno; participação nos conselhos de classe,

reuniões pedagógicas, HTPCs, atividades extracurriculares, atividades de

projetos, interação com as famílias, entre outros.

7. Núcleo De Materiais Adaptados

Historicamente, a confecção de materiais adaptados aos alunos com

deficiência visual matriculados no sistema regular de ensino, é uma das

atribuições dos professores habilitados. Em 2003, ocorreu a implementação do

Núcleo de Material Adaptado (NMA), que segue as orientações do Ministério da

Educação e Cultura (MEC) quanto às normas técnicas de grafia Braille.

Os procedimentos internos foram construídos ao longo dos anos pela

equipe gestora e corpo docente com o objetivo de oferecer materiais adaptados

de qualidade em tempo hábil para uso dos educandos em sala de aula, tais como:

• Organização de registro de entrada e saída do material (data, número de

folhas e transcritor), descrição das atividades a serem confeccionadas;

• Realização de digitação de avaliações oficiais, de acordo com as

especificidades visuais de cada aluno e de atividades da rotina escolar como

modelo de adaptações a serem realizadas pela unidade escolar.

• Organização da distribuição do material a ser adaptado de acordo com

as urgências e ordem de chegada.

Os materiais adaptados são confeccionados pelas professoras do SAPDV

como parte de suas atribuições e contemplam prioritariamente os alunos

regularmente matriculados na rede municipal de ensino e os alunos atendidos nos

programas em que estão inseridos.

Após análise das necessidades visuais e/ou táteis do aluno, cabe ao

professor habilitado indicar as adaptações dos materiais.

Para os alunos com cegueira são realizadas adaptações, como:

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• Transcrições de textos de tinta para o sistema Braille;

• Transcrições de livros didáticos e paradidáticos para o sistema Braille;

• Transcrições de textos do Braille para tinta para o professor do ensino

regular ler e acompanhar a escrita do aluno;

• Adaptações de mapas, gráficos e tabelas em relevo;

• Adaptações de placas indicativas, quadros de avisos, recados, murais e

outros portadores de texto das escolas;

• Confecções de letras e números móveis em Braille em diferentes

tamanhos e materiais (celas Braille);

• Alfabeto e números em Braille para consulta com encadernação;

• Dados em relevo e/ou táteis;

• Jogos de percurso em Braille;

• Pranchas com velcro para letras e números móveis;

• Tabuada em Braille para consulta com encadernação;

• Guia de assinatura;

• Jogos diversos (da velha, dominó, memória, forca, etc.);

• Adaptação tátil de pinturas de artistas renomados;

• Transcrição das avaliações para o Braille e tinta.

Para os alunos com baixa visão são realizadas as seguintes adaptações:

• Digitação de texto (livros, apostilas, avaliações e outras atividades) para

impressão de caracteres ampliados, com variação de tipos de letras, tamanhos e

fundos, e possibilitando a leitura pelo aluno;

• Ampliações em diversos tamanhos por reprodução em máquina

fotocopiadora de mapas;

• Confecções ampliadas e com contraste de mapas, gráficos e tabelas.

O Núcleo de Material Adaptado, no ano de 2003, foi citado no Plano

Municipal de Educação e no jornal Notícias do Município de São Bernardo do

Campo (28 de novembro de 2003 – Ano XXVIII – nº 1213):

• Ampliar gradativamente, a disponibilidade de livros didáticos falados, em

Braille e caracteres ampliados, para os alunos cegos e para os de visão

subnormal do ensino fundamental e educação infantil, através de parceria

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com ONGs e iniciativa privada, implementando o núcleo de material

adaptado.

• Implementação do "Núcleo de Material Adaptado para o Portador de

Deficiência".

• Organização da documentação do núcleo construindo assim sua

história.

• Atuação de um coordenador no Núcleo possibilitando uma visão global

das atividades desenvolvidas e avaliando outras perspectivas de ampliação

e melhoria.

8. Avaliações no SAPDV

8.1. Avaliação funcional da visão – (AFV)

AFV é um processo de observação informal do comportamento visual em

relação ao nível da consciência visual, da qualidade da recepção, assimilação,

integração e elaboração dos estímulos visuais em termos perceptivos e

conceptuais. Esta avaliação é realizada por um pedagogo especializado na área

da deficiência visual e é fundamental a importância desta porque além de conter

dados de observação do desempenho visual da criança em termos práticos e

qualitativos, informa o nível de desenvolvimento global e principalmente como a

pessoa utiliza a visão residual para interação com outras pessoas e com o mundo

que a cerca. Contribuindo com a seleção de materiais adequados, sequenciando

o processo e criando motivação para aprendizagem.

A- Alunos com Baixa Visão

A AFV revela dados qualitativos de observação informal sobre:

• O nível de desempenho visual da pessoa;

• O uso funcional da visão residual;

• Adaptação de recursos ópticos e equipamentos de tecnologia assitiva.

A seguir alguns itens importantes a serem observados:

1- Funções visuais básicas;

2- Visão a distancia;

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3- Funções visomotoras.

B- Alunos com Múltipla Deficiência Sensorial e Surdocegos

O objetivo desta avaliação é saber como a pessoa interage com o meio,

organiza e constrói o seu conhecimento. Esta avaliação deve ser realizada por

duas pessoas, uma deve observar as respostas enquanto a outra deve apresentar

os estímulos/materiais.

8.2. Orientações para Avaliação

8.2.1. Histórico Clínico

• Resumo completo da saúde da criança até esta data: permite determinar

qual é a possível causa de uma deficiência, sua classificação e incidência no

desenvolvimento, assim como, os antecedentes médicos e familiares;

• Programas Educacionais e Terapêuticos: passados e atuais: esta

informação tem o objetivo de conhecer a história do aprendizado, habilidades

adquiridas e capacidade para responder à estimulação por parte da criança.

8.2.2. Avaliação da Família

• Resumo da organização, estrutura, estabilidade e flexibilidade familiar: É

importante observar e registrar a atitude dos pais em relação à deficiência do filho

e o compromisso que possam estabelecer com o processo educacional de seu

filho;

• Avaliação das Oportunidades de Desenvolvimento: aqui a informação

anterior deve ser ordenada cronologicamente e acrescentar em qual idade a

criança alcançou ganhos importantes no seu desenvolvimento.

8.2.3. Avaliação Cognitiva

É muito importante o nível de compreensão e exploração que a criança

apresente sobre seu meio ambiente, porque de acordo com isto dependerá a

capacidade de aquisição de futuros aprendizados.

Itens a serem observados:

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a. Indícios de curiosidade na criança.

b. Técnicas exploratórias que tenha desenvolvido.

c. Tentativa de organizar o meio ao seu redor (Antecipação de eventos e

acontecimentos).

d. Compreensão da causa-efeito: Este aspecto deve ser avaliado com

objetos e brinquedos que apresentem mecanismos de causalidade.

e. Indícios de funcionamento da memória a curto e longo prazo

f. Compreensão da permanência do objeto.

g. Compreensão da função do objeto: A funcionalidade dos objetos é

alcançada na medida em que se tenha explicado à criança como eles funcionam.

h. Nível de brincadeira: Este aspecto dependerá muito das oportunidades

que a criança tenha tido para interagir com outros e do reforço social que tenha

obtido.

i. Raciocínio espacial: É alcançado através do movimento.

j. Nível de resolução de problemas: Na medida em que apresentarmos a

ela pequenos problemas, tais como, obstáculos no caminho, pacotes de comida

sem tampa, etc., será possível avaliar sua capacidade para resolver problemas.

8.2.4. Avaliação sensorial

A avaliação sensorial é muito importante para verificar se existem resíduos

visuais e auditivos, além dos mais, porque dará a pauta sobre qual será o (os)

canal (is) sensorial (is) básico (s) para a comunicação e a aquisição de

posteriores de aprendizagens.

Na avaliação sensorial, devem ser considerados os seguintes aspectos:

auditivo, visual, tátil, gustativo, olfativo e vestibular – proprioceptivo.

8.2.5. Avaliação da Comunicação

Este é outro aspecto vital da avaliação, já que a comunicação permite ao

indivíduo interagir com seus semelhantes e com o meio que o rodeia. Precisamos

determinar a forma com que a criança se comunica, suas necessidades e desejos

e se compreende o que vai acontecer, o que ela pede ao outro.

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8.2.6. Avaliação da Motricidade

É importante determinar os padrões motrizes que a criança utiliza para

explorar o meio, pois a maneira com que se desenvolve a sua motricidade

determina a habilidade para aprender. A motricidade pode ser avaliada através

dos parâmetros alcançados pela criança, de acordo com a experiência. É preciso

determinar se existem patologias associadas que possam alterar o

desenvolvimento psicomotor de origem cerebral.

8.2.7. Avaliação das habilidades na vida cotidiana

É importante avaliar se a criança é dependente ou independente.

8.2.8. Avaliação Socioafetiva

Deve-se considerar o interesse que a criança apresenta para estabelecer

relações com os demais e para interagir com adultos e criança.

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V- CALENDÁRIO ESCOLAR

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107

VI- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Isabel. A educação de estudantes portadores de surdocegueira. In:

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VII- ANEXOS

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