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Brasília 2018 ATIVIDADE INOVADORA DOS GRUPOS MULTINACIONAIS INDUSTRIAIS BRASILEIROS

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Brasília2018

ATIVIDADE INOVADORA DOS GRUPOS MULTINACIONAIS INDUSTRIAIS BRASILEIROS

CNIConfederação Nacional da Industria

Sede – Setor Bancário NorteQuadra 1 – Bloco C

Edifício Roberto Simonsen70040-903 – Brasília, DFTel.: +55 (61) 3317-9000

www.cni.com.br/assuntvosinternacionais

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de AndradePresidente

Diretoria de Desenvolvimento IndustrialCarlos Eduardo AbijaodiDiretor

Diretoria de ComunicaçãoCarlos Alberto BarreirosDiretor

Diretoria de Educação e TecnologiaRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor

Diretoria de Políticas e EstratégiaJosé Augusto Coelho FernandesDiretor

Diretoria de Relações InstitucionaisMônica Messenberg GuimarãesDiretora

Diretoria de Serviços CorporativosFernando Augusto TrivellatoDiretor

Diretoria JurídicaHélio José Ferreira RochaDiretor

Diretoria CNI/SPCarlos Alberto PiresDiretor

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ATIVIDADE INOVADORA DOS GRUPOS MULTINACIONAIS INDUSTRIAIS BRASILEIROS

Brasília2018

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© 2018. CNI – Confederação Nacional da Indústria.Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

CNIGerência Executiva de Assuntos Internacionais - GEAI

CNIConfederação Nacional da IndústriaSedeSetor Bancário NorteQuadra 1 – Bloco CEdifício Roberto Simonsen70040-903 – Brasília – DFTel.: (61) 3317-9000Fax: (61) 3317-9994www.cni.com.br/assuntosinternacionais

Serviço de Atendimento ao Cliente - SACTels.: (61) 3317-9989 / [email protected]

FICHA CATALOGRÁFICA

C748r

Confederação Nacional da Indústria. Atividade inovadora dos grupos multinacionais industriais brasileiros / Confederação Nacional da Indústria. – Brasília : CNI, 2018. 30 p. : il.

1. Inovação. 2. Indústria Basileira. I. Título.

CDU: 658.011

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ATIVIDADE INOVADORA DOS GRUPOS MULTINACIONAIS INDUSTRIAIS BRASILEIROS

Brasília2018

REALIZAÇÃO:

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SUMÁRIO EXECUTIVO8

Os investimentos brasileiros no exterior são estratégicos para a inserção competitiva do Brasil no mercado global. Eles contribuem para o aumento das exportações e fomen-tam a produtividade e a inovação, que se traduzem em benefícios para todo o país.

Em convergência com esse panorama, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) coordena o Fórum das Empresas Transna-cionais (FET), grupo composto por empre-sas brasileiras com investimentos produti-vos no exterior.

O FET atua para influenciar políticas de apoio e facilitação dos investimentos de empresas brasileiras fora do país e na dis-seminação das vantagens oriundas dessa atividade. Um dos ganhos comprovados, objeto da presente publicação, é a maior tendência que empresas brasileiras trans-nacionais possuem em inovar, pesquisan-do e desenvolvendo produtos.

Esse estudo constatou, por meio de aná-lise de dados da Pesquisa de Inovação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), que a taxa de inovação das em-presas e grupos multinacionais brasileiros é de 92%, número superior às empresas na-cionais (62%) e às empresas estrangeiras ins-taladas no Brasil (81%).

O diagnóstico deste documento reforça a necessidade de o país adotar políticas pú-blicas que tornem mais igualitária a atua-ção de nossas empresas transnacionais em relação a seus concorrentes externos.

Boa leitura.

PALAVRAS DO PRESIDENTE

ROBSON BRAGA DE ANDRADEPRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI)

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9SUMÁRIO EXECUTIVO

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SUMÁRIO EXECUTIVO10

SUMÁRIO EXECUTIVO

O investimento de empresas brasileiras no exte-rior é considerado estratégico pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pois traz benefícios às empresas e à economia do Brasil. Por esse moti-vo, a CNI coordena o Fórum das Empresas Trans-nacionais Brasileiras (FET), que defende políticas públicas nessa área e dissemina conhecimento so-bre os benefícios da internacionalização produtiva.

Um dos benefícios associados ao investimento no exterior é a maior propensão a inovar que es-sas empresas possuem. O presente trabalho exa-mina justamente a atividade inovadora dos gru-pos multinacionais industriais brasileiros (GM), tendo como referência a base de dados da Pesqui-sa de Inovação: 2014 (PINTEC), a última divulga-da pelo IBGE. Tem como foco 41 grupos indus-triais, que abarcam 85 empresas industriais, das quais 60 estão na pesquisa.

Na avaliação, o desempenho inovador das empresas industriais de grupos multinacio-nais industriais brasileiros (EGM), foi compa-rado ao desempenho das grandes empresas in-dustriais nacionais (EN) e das grandes empresas industriais estrangeiras (EE). Foram considera-das grandes empresas aquelas com 500 ou mais pessoas ocupadas.

TAXA DE INOVAÇÃO DAS EMPRESAS

A PINTEC caracteriza como empresa ino-vadora aquela que implementou inovações de produto e/ou processo no período anali-sado (2012-2014). A taxa de inovação de um conjunto de empresas indica a percentagem de empresas inovadoras dentro da amostra.

A pesquisa indica que as multinacio-nais brasileiras são o grupo mais inova-dor. Quase totalidade das EGMs (92%) são inovadoras, número superior tanto às ENs (62%) quanto às EEs (81%).

Dentre os oito setores individualizados no trabalho, a taxa de inovação das EGMs dos setores têxteis, celulose e papel, quí-micos, metalurgia e veículos automotores é de 100%; nos casos dos setores de alimen-tos e couro e calçados, é superior a 80%; e no caso de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, é 67%.

As taxas de inovação das EGMs são sig-nificativamente superiores às taxas relati-vas às ENs e superam também às referen-tes às EEs. No confronto com as ENs, essa superioridade é observada nos oito setores

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11SUMÁRIO EXECUTIVO

selecionados. No tocante às EEs, a taxa das EGMs é superior em seis setores, igual em têxteis, mas inferior em máquinas, apare-lhos e materiais elétricos.

As taxas de inovação dos EGMs relati-vas a produtos e a processos são também elevadas (90% e 85%, respectivamente) e su-periores, nos dois casos, às taxas das ENs e das EEs. O diferencial é significativamente maior em relação às ENs — mais de 33 p.p em ambas taxas de inovações; no tocante às EEs o diferencial é da ordem de 18 p.p..

NOVIDADE DAS INOVAÇÕES

As EGMs também são o grupo de em-presas que mais introduzem tanto novos produtos quanto processos que são no-vidades para o mercado nacional. Den-tro da amostra desse grupo, 67% introdu-ziu algum produto novo para o mercado brasileiro, número superior em 37 p.p. às empresas de grande porte nacionais (ENs) e 15 p.p. acima das empresas estrangeiras no Brasil (EEs).

Taxas de inovação segundo classes de empresas 2012-2014

TAXA DEINOVAÇÃO

TAXA DEINOVAÇÃODE PRODUTO

TAXA DEINOVAÇÃODE PROCESSO

EGM EN EE

9262

81

8547

66

9056

72

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SUMÁRIO EXECUTIVO12

6730

52

6561

58

5620

36

8782

75

EGM EN EE

Produto novopara o mercadonacional

Produto novo para a empresa

Processo novopara o mercadonacional

Processo novopara a empresa

Empresas inovadoras que introduziram algum produto ou alguma inovação de

processo no período 2012-2014 (percentagem)

4329

209

18

4418

30

74

11

43

EGM EN EE

Novo para o mercado nacional, mas já existente nomercado mundial

Novo para o mercado mundial

Novo para o setor, mas já existente em termos mundiais

Novo para o setor em termosmundiais

A PINTEC também avaliou o grau de novidade das inovações, tanto novos produtos quanto novos processos, para o mercado global. Nesse caso, as EGMs são também os mais inovadores global-mente, sendo que 20% do grupo desen-volveu um produto novo para o merca-do global.

ENGAJAMENTO DAS EMPRESAS EM ATIVIDADES INOVADORAS

Em termos de dispêndio com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), tanto interna-mente ou em aquisições externas, as EG-Ms inovadoras gastam também mais em comparação às ENs e EEs.

Os dados demonstram também que as EGMs tem participação ativa em proje-tos conjuntos de P&D e em outros pro-jetos de inovação com outra empresa ou instituição do país ou do exterior é maior do que às relativas às ENs e, em menor grau, às EEs.

Os parceiros mais frequentes das EG-Ms no Brasil são as universidades e ins-titutos de pesquisa, os fornecedores e os clientes. O número de empresas brasilei-ras que têm cooperação com organizações no exterior é muito reduzido (a coopera-ção das EEs com outra empresa do grupo no exterior constitui a exceção). As par-cerias mais frequentes das EGMs no ex-terior ocorrem em cooperações com for-necedores (em 13% das EGMs), clientes ou consumidores (11%) e outras empesas do grupo (9%).

(1) A PINTEC individualiza oito tipos

de atividades.(2) A PINTEC individualiza oito tipos

de parceiros

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13SUMÁRIO EXECUTIVO

Empresas inovadoras que realizaram dispêndios relativos àsatividades inovativas no período 2012-2014 (percentagem) (1)

Empresas inovadoras com relações de cooperação com outras organizações, no período 2012-2014 (percentagem) (2)

EGM EN EE

Atividades internas de P&D Aquisição externa de P&D Aquisição de outrosconhecimentos externos

92

64

84

40

2330 27

17 17

EGM EN EE

TOTAL Clientes ouconsumidores

Brasil Exterior Brasil Exterior Brasil Exterior Brasil Exterior

Fornecedores Outra empresado grupo

Universidades einstitutos de pesquisa

62

40 38

2530

42

2729

13

612

29

129 9

33

47

2329

51 23

11

36

54

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LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS

Tabela 1. Composição da amostra da PINTEC 2014 segundo classes de em-presas

Gráfico 1. Taxa de inovação de classes de empresas da indústria de transfor-mação no período 2012-2014 (1)

Gráfico 2. Taxa de inovação de conjun-tos de empresas da indústria de trans-formação segundo setores seleciona-dos, no período 2012-2014

Gráficos 3. Taxas de inovação de pro-duto e processo de classes de empre-sas da indústria de transformação no período 2012-2014 (%)

Gráfico 4. Natureza das inovações de classes de empresas da indústria de transformação no período 2012-2014 (%)

Gráfico 5. Taxas de inovação de pro-duto e processo de classes de empre-sas da indústria de transformação se-gundo setores selecionados no período 2012-2014 (%)

Gráfico 6. Empresas inovadoras que introduziram algum produto ou al-guma inovação de processo com as características indicadas no período 2012-2014 (percentagem)

18.

27.

28.

29.

29.

33.

34.

35.

20.

21.

22.

22.

23.

24.

Gráfico 7. Grau de novidade do principal produto e/ou principal processo introdu-zido pelas empresas inovadoras no perío-do 2012-2014 (1)

Gráfico 8. Grau de importância do im-pacto causado pelas inovações introduzi-das pelas empresas inovadoras

Gráfico 9. Principal responsável pelo de-senvolvimento do produto e/ou processo das empresas inovadoras (percentagem)

Gráfico 10. Empresas inovadoras que realizam dispêndios relativos às ativida-des inovativas (percentagem)

Gráfico 11. Razão entre os dispêndios em atividades inovativas e em atividades de P&D e a receita líquida de vendas das empresas da amostra (percentagem) (1)

Gráfico 12. Pessoas ocupadas nas ativi-dades internas de P&D, com equivalência de dedicação total

Gráfico 13. Grau de importância das ati-vidades inovativas desenvolvidas pela em-presas inovadoras no período 2012-2014

Gráfico 14. Empresas inovadoras com relações de cooperação com outras orga-nizações, no período 2012-2014 (per-centagem) (1)

25.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. INOVAÇÕES

1.1 Taxa de inovação das empresas

1.2 Inovações de produto e de processo

1.3 Grau de Novidade das Inovações

1.4 Impacto causado pelas inovações

2. ATIVIDADES INOVATIVAS

2.1 Desenvolvimento de produto e/ou processo

2.2 Engajamento das empresas em atividades inovadoras

2.3 Pessoas ocupadas nas atividades internas de P&D

2.4 Importância das atividades inovativas desenvolvidas pelas empresas

2.5 Cooperação das empresas inovadoras com outras instituições no país e no exterior

20.

28.

20.

28.

22.

29.

24.

32.

26.

34.34.

16.

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INTRODUÇÃO16

O trabalho tem por objetivo conhecer a ativida-de inovadora dos grupos multinacionais indus-triais brasileiros (GM) e compará-la às atividades das grandes empresas industriais do país1. Tem como foco um conjunto de 41 grupos industriais identificados como multinacionais em relatório anterior da CNI sobre o desempenho exporta-dor das multinacionais brasileiras2. Esses gru-pos compreendem 85 empresas industriais em atividade em 2014.

O trabalho tem como referência a base de da-dos da PINTEC 2014 do IBGE3. Seu escopo fica assim delimitado pelas questões investigadas nes-sa pesquisa — as atividades inovativas das em-presas e os resultados alcançados de inovações; o grau de novidade de suas inovações de produtos e processos e a origem dessas inovações; os gas-tos com as atividades inovativas; e os gastos e o pessoal ocupado em atividades de P&D.

A PINTEC é uma pesquisa trienal, realizada desde 1998, que investiga a atividade inovadora na indústria extrativa, indústria de transforma-ção, eletricidade e gás e alguns segmentos do se-tor de serviços4. A última pesquisa divulgada tem como referência o ano de 2014 para as variáveis quantitativas e o triênio 2012/2014 para as variá-

INTRODUÇÃO

veis qualitativas; a próxima pesquisa deve ser rea-lizada no segundo semestre deste ano.

A PINTEC é uma pesquisa amostral que tem como unidade de informação a empresa, caracte-rizadas por uma raiz de registro no CNPJ. O dese-nho da amostra investigada pela PINTEC não leva em consideração o conjunto de empresas contem-plado neste trabalho - as empresas que compõem os grupos multinacionais brasileiros - o que, em princípio, afeta sua representatividade. Contudo, o desenho da amostra inclui um "estrato certo da amostra", constituído pelas empresas da indústria de transformação registradas no Cadastro Central de Empresas do IBGE, com 500 ou mais pessoas ocupadas. Destaque-se, contudo, que 46 das 85 empresas industriais de grupos multinacionais industriais brasileiros (EGM) em atividade em 2014 tinham mais de 500 pessoas ocupadas5. Isso assegura uma alta cobertura das EGMs na amos-tra da PINTEC — de fato, ela inclui 60 EGMs, in-tegrantes de 35 dos 41 GMs identificados (6 grupos não tiveram suas empresas incluídas na amostra).

O fato da PINTEC, como de resto as pesquisas econômicas do IBGE em geral, ter a empresa como unidade de informação implica que os resultados deste trabalho referem-se às EGMs. Os resultados

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17INTRODUÇÃO

1 Um grupo econômico foi considerado um

grupo multinacional industrial brasileiro

quando tem alguma atividade produtiva

industrial no exterior. 2 CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA IN-

DÚSTRIA - CNI. Os investimentos bra-

sileiros no exterior: o desempenho ex-

portador das empresas multinacionais

brasileiras. Brasília: CNI, 2015.3 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRA-

FIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa de

inovação: 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.4 A referência conceitual e metodológica

da PINTEC é baseada na terceira edição

do Manual de Oslo e, mais especifica-

mente, no modelo proposto pela Statis-

tical Office of the European Communi-

ties – EUROSTAT.5 Empresa industrial é aquela classificada

nas divisões 10 a 33 da CNAE 2.0.6 Os conjuntos das EGMs, ENs e EEs estão

evidentemente contidos em IT; por outro

lado, existe uma intersecção entre os con-

juntos das EGMs e das ENs.

relativos ao conjunto das EGMs permite avaliar o desempenho do conjunto dos GMs. Mesmo assim, para obter resultados referidos aos grupos, cons-truiu-se, para algumas variáveis, o “questionário” do grupo a partir das respostas aos questionários das empresas que compõem esse grupo.

Na avaliação do desempenho inovador das EGMs, o trabalho utilizará como contraponto os resultados da PINTEC 2014 relativos às gran-des empresas industriais nacionais (EN) e às grandes empresas industriais estrangeiras (EE). Grande empresa é aquela que tem mais de 500 pessoas ocupadas. Os três conjuntos de empre-sas (EGMs, ENs e EEs) são referidos neste tex-to como classes de empresas. As tabelas e gráfi-cos apresentam também os resultados relativos ao conjunto das empresas da indústria de trans-formação (IT)6.

Os resultados relativos às EGMs, às ENs e às EEs foram obtidos em tabulação especial do IB-GE que compreende, para cada uma dessas clas-ses de empresa, um conjunto de tabelas idênticas às tabelas da PINTEC disponibilizadas no seu si-te. Essas tabelas estão disponíveis em meio ele-trônico. Os resultados referentes à indústria de transformação estão divulgados no site do IBGE.

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INTRODUÇÃO18

CARACTERÍSTICAS DE AMOSTRA

A amostra da PINTEC 2014 compreende 60 EGMs que integram 35 dos 41 GMs focalizados, distribuídas entre 17 das 24 divisões da indústria de transformação definidas pela CNAE 2.0. As divisões destacadas em laranja na tabela indicam aquelas que serão individualizadas nas

TABELA 1. Composição da amostra da PINTEC 2014 segundo classes de empresasCNAE 2.0 EGM EN EE IT

60 1.239 470 115.268

10 Produtos alimentícios 12 329 63 13.846

11 Bebidas 1 26 9 967

13 Produtos têxteis 3 81 9 3.856

15 Couros e calçados 6 63 3 4.921

16 Produtos de madeira 2 21 3 5.35

17 Celulose e papel 5 46 15 2.133

20 Produtos químicos 4 43 40 3.632

21 Produtos farmacêuticos 1 27 26 406

22 Artigos de borracha e plástico 1 56 23 7.148

23 Produtos de minerais não metálicos 1 57 15 10.982

24 Metalurgia 5 37 23 1.776

25 Produtos de metal 2 56 16 11.935

26 Equipamentos de informática e eletrônicos 1 25 26 1.542

27 Máquinas, aparelhos emateriais elétricos 3 38 29 2.170

28 Máquinas e equipamentos 2 54 39 6.588

29 Veículos automotores 9 53 70 2.765

30 Outros equipamentos de transporte 2 14 16 598

Demais divisões 213 45 34.769

Total 60 1.239 470 115.268

análises por setores apresentadas no trabalho. A seleção reflete a dispo-nibilidade de informações da tabu-lação especial do IBGE, decorrente da necessidade de assegurar o sigilo da informação na divulgação de es-tatísticas.

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19INTRODUÇÃO

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INOVAÇÕES20

1.1 TAXA DE INOVAÇÃO DAS EMPRESAS

A PINTEC caracteriza como empresas inova-doras aquelas que implementaram inovações de produto e /ou processo no período anali-sado (2012-2014).7 A taxa de inovação de um conjunto de empresas indica a percentagem das empresas da amostra que implementaram inovações de produto e/ou de processo no pe-ríodo. No caso do GM, o grupo foi considera-do inovador quando pelo menos uma de suas EGMs é inovadora.

GM EGM EN EE ITNúmero de empresas da amostra 35 60 1239 457 115.268Número de empresas inovadoras 33 55 766 371 41.850

94 92

6281

36

GM EGM EN EE IT

7 “Produto novo” é aquele cujas caracte-

rísticas fundamentais (especificações téc-

nicas, componentes e materiais, softwares

incorporados, funções ou usos pretendi-

dos) diferem significativamente de todos

os produtos previamente produzidos pela

empresa. “Inovação de processo” refere-

-se à introdução de novos (ou substancial-

mente aprimorados) métodos de produ-

ção ou de entrega de produtos.

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabela 1.1.1. Nota: (1) Percentagem de empre-

sas que implementaram inovações de produto e/ou processo no período.

1.INOVAÇÕES

GRÁFICO 1. Taxa de inovação de classes de empresas da indústria de transformação no período 2012-2014 (1)

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21INOVAÇÕES

Trinta e três dos 35 GMs incluídos na PINTEC são inovadores. Isto não significa, no entanto, que os dois GMs que não apare-cem na pesquisa como inovadores realmen-te não o sejam, uma vez que suas empresas inovadoras podem não ter sido incluídas na amostra da PINTEC.

A pesquisa indica também que a qua-se totalidade das EGMs são inovadoras. As taxas de inovação das EGMs são signifi-cativamente superiores às taxas relativas às ENs e superam também as referentes às EEs. As cinco EGMs não inovadoras per-tencem aos setores de Produtos alimentí-cios (duas) e de couro e calçados, produtos de metal e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (uma em cada)

O Gráfico 2 apresenta as taxas de inova-

EGM EN EE IT

8358

8345

PRODUTOSALIMENTÍCIOS

10059

6732

PRODUTOSTÊXTEIS

836567

29

COUROS ECALÇADOS

30

10067

93CELULOSEE PAPEL

10074

8550

PRODUTOSQUÍMICOS

1006565

38METALURGIA

6763

9347

MÁQUINAS E ATERIAISELÉTRICOS

1008181

39

VEÍCULOSAUTOMOTORES

EGM EN EE IT

8358

8345

PRODUTOSALIMENTÍCIOS

10059

6732

PRODUTOSTÊXTEIS

836567

29

COUROS ECALÇADOS

30

10067

93CELULOSEE PAPEL

10074

8550

PRODUTOSQUÍMICOS

1006565

38METALURGIA

6763

9347

MÁQUINAS E ATERIAISELÉTRICOS

1008181

39

VEÍCULOSAUTOMOTORES

GRÁFICO 2. Taxa de inovação de conjuntos de empresas da indústria de transformação segundo setores selecionados, no período 2012-2014

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabela 1.1.1.

ção correspondentes a oito divisões da in-dústria de transformação selecionadas. To-das as EGMs dos setores de produtos têxteis, celulose e papel, produtos químicos, meta-lurgia e veículos automotores são inovado-ras; as percentagens de EGMs inovadoras são superiores a 80% nos casos dos setores de produtos alimentícios e couro e calçados. No caso de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, a taxa de inovação é 67%.

As taxas de inovação das EGMs são su-periores às relativas às ENs em todos os oito setores selecionados. O confronto das taxas de inovação das EGMs e das EEs revela que às taxas das EGMs são superiores em cinco setores, sendo igual à taxa das EEs em produ-tos têxteis e significativamente inferior em máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

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INOVAÇÕES22

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial

do IBGE. Tabelas 1.1.1 e 1.1.2.

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial

do IBGE. Tabelas 1.1.1 e 1.1.2.

1.2 INOVAÇÕES DE PRODUTO E DE PROCESSO

As taxas de inovação dos GMs relativas a produtos e a processos, apresentadas no Gráfico 3, são igualmente elevadas (am-bas superiores a 90%).

No Gráfico 3 a taxa de inovação das EGMs decorrente da introdução de novos processos é ligeiramente superior a rela-tiva à introdução de novos produtos (90% e 85%, respectivamente). Esse diferencial entre as duas taxas de inovação é tam-bém registrado no caso das ENs e das EEs, sendo mais pronunciado no caso das ENs.

A superioridade da taxa de inovação geral das EGMs quando comparadas às das grandes empresas, indicada anterior-

mente, é observada também em relação às taxas de inovação de produto e à de pro-cesso, como demonstrado no Gráfico 3. O diferencial entre as duas taxas signifi-cativamente maior em relação às ENs — mais de 33 p.p nas duas taxas; no tocante às EEs o diferencial é da ordem de 18 p.p.

O Gráfico 4 indica que a atividade inovadora das EGMs é mais diversifi-cada do que a das demais grandes em-presas industriais: 83% das EGMs im-plementaram inovações de produtos e inovações de processos. Os percentuais relativos às ENs e às EEs são significa-tivamente inferiores.

GRÁFICOS 3. Taxas de inovação de produto e processo de classes de

empresas da indústria de transformação no período 2012-2014 (%)

GRÁFICO 4. Natureza das inovações de classes de empresas da

indústria de transformação no período 2012-2014 (%)

GM EGM EN EE IT

Taxa de inovaçãode produto

Taxa de inovação de processo

94 90

56

72

33

9285

47

66

18

De produto e processo Só de processoSó de produto

03

91GMN

27

83EGM

6

15

41EN

8

14

58EE

4

18

15IT

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23INOVAÇÕES

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabela 1.1.1.

O Gráfico 5 apresenta as taxas de ino-vação de produto e de processo corres-pondentes a oito divisões da indústria de transformação selecionadas. Da mes-ma forma que no caso da taxa de ino-vação geral, comentado anteriormente, as EGMs dos setores de produtos têx-teis, celulose e papel, produtos quími-cos, metalurgia e veículos automotores apresentam o melhor desempenho; to-das as EGMs desses setores realizaram inovações de produto e de processo no período 2012-2014.

A taxa de inovação das EGMs é sem-pre maior do que a das ENs, em geral com

diferenciais significativos, notadamente nos casos de produtos têxteis e da meta-lurgia. As exceções são as taxas de inova-ção de produto do setor de couros e cal-çados e a taxa de inovação de processo de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. As taxas de inovação das EGMs são, em geral, também superiores às das EE, à ex-ceção da taxa de inovação de produto do setor de máquinas, aparelhos e materiais elétrico e das taxas de inovação de pro-cesso desse mesmo setor e dos setores de celulose e papel e produtos alimentícios (nesse último caso por uma diferença pou-co significativa).

GRÁFICO 5. Taxas de inovação de produto e processo de classes de empresas da indústria de transformação segundo setores selecionados no período 2012-2014 (%)

EGM EN EE IT

Produtosalimentícios

7541

5924

100

4622

12

50 4633

16

8035

60

100

7080

34

100

5743

11

6747

86

100

74 7026

9246

7619

32

11

Produtostêxteis

Couros ecalçados

Celulosee papel

Produtosquímicos

Metalurgia Máquinas emateriaiselétricos

Veículosautomotores

Outrasdivisões

PRODUTOS

Produtosalimentícios

7554

7839

100

51 5630

8363 67

24

8063

93 100

65 6840

100

62 6537

67 6183

100

74 7732

100

6275

33

43

29

Produtostêxteis

Couros ecalçados

Celulosee papel

Produtosquímicos

Metalurgia Máquinas emateriaiselétricos

Veículosautomotores

Outrasdivisões

PROCESSOS

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INOVAÇÕES24

1.3 NOVIDADE DAS INOVAÇÕES

As informações resumidas no Gráfico 6 têm um foco distinto daquelas apresenta-das nos gráficos anteriores. Até aqui, o foco esteve no conjunto de empresas da amos-tra e o objetivo era identificar a extensão em que a introdução de inovações de produto e de processo é uma experiência dissemi-nada no conjunto de empresas representa-das na amostra. Distintamente, o Gráfico 6 tem como foco apenas as empresas inova-doras e procura conhecer o grau de novi-dade das inovações introduzidas por essas empresas. Nesse sentido, os dados utiliza-dos distinguem entre inovações que são no-vas do ponto de vista do mercado nacional e inovações que envolvem produtos ou pro-cesso já utilizados nesse mercado, mas que são novos para a empresa.

O Gráfico 6 indica que o diferencial en-tre o desempenho entre as empresas inova-doras das quatro classes de empresas exa-minadas é significativamente menor do que quando se focalizou, nos gráficos anterio-res, o desempenho da totalidade de empre-sas da amostra.

As percentagens das empresas cujas ino-vações envolvem produtos ou processos já conhecidos no país são relativamente seme-lhantes para as diversas classes de empresa; no caso das inovações de processo, mesmo a percentagem referente ao todas as empresas da indústria de transformação (IT) não difere das relativas às grandes empresas. Essas per-centagens associadas a inovações de proces-so são bastante elevadas para todas as classes de empresas, situando-se em torno de 80%.

Ao contrário, no tocante às inovações que envolvem a introdução de um produto ou processo novo no país — um movimento que diferencia a empresas de seus concor-rentes — os resultados são menos homogê-neos. A percentagem das EGMs que intro-duziram inovações com essa característica

GRÁFICO 6. Empresas inovadoras que introduziram algum produto ou alguma

inovação de processo com as características indicadas no

período 2012-2014 (percentagem)

EGM EN EE IT

Produto

Produto novo parao mercado nacional

Produto novo paraa empresa

Processo

Processo novo parao mercado nacional

Processo novo paraa empresa

9375

8351

6730

5211

6561

5843

98919089

5620

367

8782

7585

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial

do IBGE. Tabela 1.1.2.

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25INOVAÇÕES

é 67% no caso das inovações de produto e de 56% nas de processo, Essa percentagem supera a associada às ENs em cerca de 36 p.p. nos dois casos, e é superior também à das EEs, por diferenças de 15 p.p. nas inova-ções de produto e de 20 p.p nas de proces-so. Vale notar que, para a indústria de trans-formação, a percentagem de empresas que realizam inovações com essa característica é da ordem de 10%.

O Gráfico 7 difere do anterior por inves-tigar o grau de novidade do principal produ-to e do principal processo introduzido pelas empresas inovadoras, identificando assim o resultado mais significativo da atividade inovadora da empresa no período 2012-2014.

Em relação às inovações de produto, os resultados referentes às EGMs e às EEs são bastante semelhantes. Para ambas, a per-centagem das empresas cujas principais inovações correspondem a “produtos no-vos para o mercado mundial” é cerca de 20%, percentagem bastante superior à re-lativa às ENs. Da mesma forma, as percen-tagens correspondentes a “produtos novos no mercado nacional, mas já existentes no mercado mundial” das EGMs e das EEs são iguais, e novamente superiores à das ENs. Para a maioria das ENs, a principal inova-ção de produto envolve menor grau de no-vidade, são produtos "novos para a empre-sa, mas já existentes no mercado nacional”.

No tocante às inovações de processo, a percentagem das empresas cujo principal processo introduzido no período é uma no-vidade em termos mundiais é mais eleva-da no caso das EEs. Já a parcela das princi-pais inovações de processo que são novos para o setor no Brasil, mas já existentes no mundo, é maior no caso das EGMs. Em to-das as classes de empresas consideradas, a maior parcela dos principais processos in-troduzidos corresponde a processos "no-vos para a empresa, mas já existentes no setor no Brasil".

GRÁFICO 7. Grau de novidade do principal produto e/ou principal processo

introduzido pelas empresas inovadoras no período 2012-2014 (1)

EGM EM EE IT

Produto novo paraa empresa, masexistente nomercado nacional

3762

3979

Produto novo parao mercado nacional, mas existente no mercado mundial.

4329

4319

Produto novo parao mercado mundial

209

182

Processo novopara a empresa,mas existenteno setor no Brasil

4879

5991

Processo novopara o setor, masexistente emtermos mundiais

4418

308

Processo novopara o setor emtermos mundiais

74

0,80211

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial

do IBGE. Tabela 1.1.3.

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INOVAÇÕES26

1.4 IMPACTO CAUSADO PELAS INOVAÇÕES

O questionário da PINTEC solicita à empresa que avalie o impacto de suas inovações do ponto de vista de 16 cri-térios que relaciona, classificando em cada caso o impacto como alto, médio, baixo e não relevante.

O Gráfico 8 apresenta a percentagem das empresas das três classes examina-das que avaliaram como de alta impor-tância o impacto de suas inovações do ponto de vista de um determinado cri-tério, focalizando apenas os que apare-cem na pesquisa como os mais afetados pelas inovações. A Tabela A.8 do Ane-xo apresenta os resultados completos.

O Gráfico 8 indica que os impac-tos avaliados como mais relevantes fo-ram impactos associados às inovações de produto, afetando a qualidade e a di-versificação dos produtos ofertados. No tocante aos impactos mais associados à introdução de novos processos, des-tacam-se os que afetam a capacidade e flexibilidade da produção e a redução dos custos de produção. Foi também en-fatizado o impacto das inovações sobre o meio ambiente e o controle de aspec-tos ligados à saúde e segurança.

Vale notar que esses impactos aqui destacados, em especial os decorrentes de inovações de produto, foram mais avaliados como de muito importantes pelas EGMs e, em seguida, pelas EEs.

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27INOVAÇÕES

GRÁFICO 8. Grau de importância do impacto causado pelas inovações introduzidas pelas empresas inovadoras

Percentagem das empresas que avaliaram o impacto como “Alto”

EGM EN EE IT

Melhoria da qualidadedos produtos

Ampliação da gama deprodutos ofertados

Manutenção da participação da empresa no mercado

Ampliação da participação daempresa no mercado

Abertura de novos mercados

Aumento da capacidadeprodutiva

Aumento da flexibilidadeda produção

Redução dos custosde produção

Redução doimpacto ambiental

6451

5752

4046

23

6052

5444

5639

4534

4431

2137

494443

46

4438

3538

333027

4038

4241

44

60

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabela 1.1.13

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ATIVIDADES INOVATIVAS28

2.ATIVIDADES INOVATIVASAtividades inovativas são ativida-

des representativas dos esforços da empresa voltados para a melhoria do seu acervo tecnológico e, consequen-temente, para o desenvolvimento e implementação de produtos (bens ou serviços) ou processos novos ou signifi-cativamente aperfeiçoados. As ativida-des inovativas identificadas na PINTEC aparecem relacionadas nos Gráficos 10 e 13 e em tabelas do Anexo.

2.1 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO E/OU PROCESSO

A PINTEC identifica o responsável pelo desenvolvimento da principal inovação de produto e/ou processo implementa-do pela empresa inovadora.

O Gráfico 9 indica que, em relação às inovações de produto, a percentagem dos casos em que a inovação foi desen-volvida pela própria empresa ou por ou-tra empresa do grupo é semelhante em todas as classes de empresas considera-das (cerca de 80%). No caso das EGMs e da ENs, o principal responsável é ba-sicamente a própria empresa (a parcela originada em outra empresa do grupo é pouco expressiva). Em relação às EEs, no entanto, parcela significativa das empre-sas têm como fonte de sua principal ino-vação outras empresas do grupo.

As percentagens das empresas cuja principal inovação de produto resulta de sua cooperação com outra empresa são também semelhantes nos casos das EG-Ms,das ENs e das EEs.

Em relação às inovações de proces-so, as percentagens de EGMs e EEs cuja

GRÁFICO 9. Principal responsável pelo desenvolvimento do produto e/ou processo das

empresas inovadoras (percentagem)

A empresa Em cooperação comoutra empresa

Outra empresado grupo

Outras empresasou institutos

PROCESSOS

EGM

EN

EE

IT

52 4 28 17

33 2 14 50

36 18 18 27

26 1 6 67

EE

EGM

EN

IT

PRODUTOS

78

76

59

78 2 8 11

22 13 5

3 13 7

6 12 4

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial

do IBGE. Tabela 1.1.4

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29ATIVIDADES INOVATIVAS

principal inovação provém do próprio grupo ao qual pertence a empresa investigada são semelhantes (pouco mais de 50%). Contudo, enquanto a fonte das inovações das EGMs é, com poucas exceções, a própria empresa in-cluída na amostra, em 18% das EEs essa fonte é outra empresa do grupo. Destaque-se ainda que uma parcela significativa das EGMs (28%) desenvolveu sua principal inovação em coo-peração com outra empresa (não pertencentes ao GM). As ENs têm, no tocante às inovações de processo, resultados bastante diferencia-dos dos associados às EGMs e às EEs. Apenas em 1/3 dessas empresas, a principal inovação de processo tem origem na própria empresa. Em 50% dos casos, a inovação implementada provém de outra empresa ou instituto.

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabela 1.1.7.

Gráfico 10. Empresas inovadoras que realizam dispêndios relativos às atividades inovativas (percentagem)

2.2 ENGAJAMENTO DAS EMPRESAS EM ATIVIDADES INOVADORAS

Esta seção focaliza o dispêndio de recur-sos pelas empresas inovadoras decorrente do processo de inovação.

O Gráfico 10 indica o número de empre-sas inovadoras que despendem recursos na realização das diversas atividades relacio-nadas ao processo de inovação. Essas des-pesas ocorrem, com maior frequência, no custeio de atividades internas de P&D e na aquisição de máquinas e equipamentos es-pecificamente comprados para implemen-tação de produtos ou processo novos (ex-ceto os destinados a atividades de P&D) e, em seguida, em treinamento.

EGM EN EE IT

Ativid

ades

intern

as de

pesq

uisa e

desen

volvim

ento

Aquis

ição e

xterna

de pe

squis

a ede

senvol

vimen

to

Aquis

ição d

e outr

osco

nhec

imen

tos

extern

os

Aquis

ição d

esof

tware

Aquis

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e má

quina

s eeq

uipam

entos

Treina

mento

Introd

ução

das

inovaç

ões

tecno

lógica

sno

merc

ado

Proje

to ind

ustria

l eou

tras p

repara

ções

técnic

as

92

64

84

18

40

2330

6

27

17 1713

3337

3132

75 72

60

77

544647

34

4437

31 3138

332828

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ATIVIDADES INOVATIVAS30

As percentagens de EGMs que realizam tais despesas são superiores aos percentuais relativos às EN e às EEs no caso das despe-sas relacionadas a 7 das 8 atividades inova-doras identificadas — a exceção é a aquisi-ção de software. O maior diferencial entre as EGMs e as ENs ocorre nas Atividades inter-nas de P&D e na Aquisição externa de P&D.

O Gráfico 11 o indica o valor despendido pelas empresas da amostra da PINTEC em atividades inovativas em geral (DAI) e em ati-vidades de P&D (DAP) como uma percenta-gem da sua receita líquida de vendas (RLV). Essas percentagens são apresentadas para o conjunto das empresas de cada classe e para as empresas dos sete setores selecionados. As informações relativas às EGMs dos demais setores não foram disponibilizadas na tabula-ção especial do IBGE para preservar seu sigilo.

Para o conjunto de empresas da amostra, a razão entre o valor despendido em ativi-dades inovativas e a receita líquida de ven-das (DAI/RLV) das EGMs é superior às re-lativas às ENs e às EEs. Contudo, no caso da razão correspondente às atividades de P&D (DAP/RLV), a razão relativa às EGMs é in-ferior a ambas.

As razões entre o valor despendido em atividades inovativas e a receita líquida de vendas das três classes de empresas aqui focalizadas são semelhantes nos setores de produtos químicos, metalurgia, produtos têxteis e couros e calçados. As EEs apresen-tam a maior razão DAI/RLV nos setores de produtos alimentícios e veículos automoto-res. No caso do setor celulose e papel, as ra-zões relativas às EEs e ENs são superiores à das EGMs,

Também no caso das despesas em ativi-dades de P&D, as razões entre as despesas e a RLV das três classes de empresas de al-guns setores são bastante semelhantes. Es-sas razões são, por outro lado, muito pou-co expressivas: inferiores a 0,3% nos casos de produtos alimentícios e produtos têxteis e inferiores a 0,5% nos de celulose e papel e metalurgia. Nos demais setores — couro e calçados, produtos químicos e veículos automotores — cujas razões DAP/RLV são mais elevadas, os valores referentes às EG-Ms são superiores aos demais. Destacam-se aqui os valores elevados das razões DAP/RLV das EGMs e das ENs do setor de cou-ro e calçados.

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31ATIVIDADES INOVATIVAS

Gráfico 11. Razão entre os dispêndios em atividades inovativas e em atividades de P&D e a receita líquida de vendas das empresas da amostra (percentagem) (1)

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabelas 1.1.1 e 1.1.7

Nota: (1) Os dispêndios são os realizados pelas empresas inovadoras; a receita líquida de vendas se refere a

todas as empresa da amostra.

EGM EN EE IT

Total

Alimentícios

Têxteis

Couros

Celulose

Químicos

Metalurgia

Veículos

Dispêndios nas atividades inovativas Dispêndios em atividades de P&D

3,31,7

2,72,2

0,60,8

2,11,4

0,80,90,9

1,9

2,42,3

1,8

0,61,4

1,31,8

2,01,9

2,11,8

1,61,7

1,51,5

1,91,7

2,52,4

0,60,7

0,90,7

0,20,2

0,10,1

0,10,2

0,30,1

1,81,3

0,7

0,40,3

0,50,4

1,20,8

0,90,7

0,40,5

0,30,3

1,40,9

1,21,1

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ATIVIDADES INOVATIVAS32

2.3 PESSOAS OCUPADAS NAS ATIVIDADES INTERNAS DE P&D

O Gráfico 12 apresenta outros indicadores do engajamento das empresas em atividades inovadoras, baseados no número de pessoas ocupadas em atividades internas de P&D: (i) a razão entre o número de pessoas ocupadas nas atividades internas de P&D e o pessoal ocupado na empresa (PP/PO) e (ii) a partici-pação dos pesquisadores pós-graduados no total de pessoas ocupadas nas atividades in-ternas de P&D (PG/PP). O exame desses in-dicadores está limitado a 7 divisões da CNAE 2.0 (as informações relativas às EGMs nas de-mais divisões não foram disponibilizadas na tabulação especial do IBGE). A Tabela A.10 do Anexo, apresenta também a participação dos pesquisadores e técnicos graduados no total de pessoas ocupadas nas atividades in-ternas de P&D.

O percentual das pessoas ocupadas nas empresas que está dedicada a atividades in-ternas de P&D é próximo a zero nos setores de produtos alimentícios e produtos têxteis, setores que já tinham apresentado resulta-dos semelhantes e relação aos dispêndios em

P&D. Os setores de couros e calçados, celulose e papel e metalurgia apresentam também per-centuais pouco expressivos. Os percentuais associados às diversas classes de empresas nesses setores são semelhantes. A razão PP/PO é, no entanto, mais elevada no caso das empresas dos setores de produtos químicos e de veículos automotores, destacando-se em particular os percentuais relativos às EGMs do setor de produtos químicos e às EEs no se-tor de veículos automotores.

Os resultados relativos à qualificação do pessoal dedicado às atividades internas de P&D são distintos dos referentes à razão PP/PO. A participação de pesquisadores pós-gra-duados nas equipes dedicadas à P&D é sig-nificativa nos setores de produtos químicos, metalurgia e celulose e papel. Os percentuais relativos às três classes de empresas focaliza-das são semelhantes, destacando-se, no en-tanto, os valores mais elevados das EGMs de metalurgia e celulose e papel e das EEs de me-talurgia. Por outro lado, o setor de veículos automotores, que apresenta uma razão PP/PO mais elevada do que os demais setores, tem uma baixa participação de pesquisadores pós-graduados no pessoal ocupado.

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33ATIVIDADES INOVATIVAS

Gráfico 12. Pessoas ocupadas nas atividades internas de P&D,com equivalência de dedicação total

EGM EN EE IT

Alimentícios

Têxteis

Couros

Celulose

Químicos

Metalurgia

Veículos

Razão entre pessoas ocupadas nas atividades internas de P&D e o

pessoal ocupado na empresa

Participação dos pesquisadorespós-graduados no total de pessoas

ocupadas nas atividadesinternas de P&D

0,30,2

0,40,3

3,96,5

8,310,8

0,40,4

0,30,3

1,51,92,62,4

0,91,1

0,6

0,91,0

1,2

1,10,8

1,10,6

20,412,7

11,911,7

5,81,6

3,23,3

14,212,5

14,511,3

0,30,60,6

0,5

33,212,7

29,417,2

2,92,3

4,13,0

2,31,8

4,43,7

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabela 1.1.11

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ATIVIDADES INOVATIVAS34

2.4 IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES INOVATIVAS DESENVOLVIDAS PELAS EMPRESAS

O questionário da PINTEC solicita à empresa que avalie a importância das atividades ino-vativas desenvolvidas pela empresa para a im-plementação de produtos e/ou processos no-vos ou significativamente aperfeiçoados, no período 2012-2014. A Tabela A.11, apresentada em anexo, indica o resultado dessa avaliação.

O Gráfico 13 indica a percentagem das em-presas que avaliaram como “alta” a importân-cia de cada uma das oito atividades focaliza-das. As atividades inovativas consideradas mais importantes são atividade interna de P&D, aquisição de máquinas e equipamen-

tos e Treinamento. A importância atribuída às duas últimas, bem como à Aquisição de software pelas EGMs, ENs e EEs são seme-lhantes. Para as demais atividades, a avalia-ção das três classes de empresas difere, sen-do todas elas mais valorizadas pelas EGMs.

2.5 COOPERAÇÃO DAS EMPRESAS INOVADORAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES NO PAÍS E NO EXTERIOR

O Gráfico 14 identifica as empresas inovado-ras que tiveram participação ativa em projetos conjuntos de P&D e outros projetos de inova-ção com outra organização (empresa ou insti-tuição) no período 2012-2014. A percentagem das EGMs que mantiveram essas parcerias é

GRÁFICO 13. Grau de importância das atividades inovativas desenvolvidas pela empresas inovadoras no período 2012-2014

Percentagem das empresas que avaliaram a importância da atividade como “Alta”

Fonte: Elaborada com base em tabulação especial do IBGE. Tabela 1.1.6.

EGM EN EE IT

Ativid

ades

intern

asde

pesq

uisa e

desen

volvim

ento

Aquis

ição e

xterna

de pe

squis

a ede

senvol

vimen

to

Aquis

ição d

e outr

osco

nhec

imen

tosext

ernos

Aquis

ição

de so

ftware

Aquis

ição d

e má

quina

s eeq

uipam

entos

Treina

mento

Introd

ução

das

inovaç

ões t

ecno

lógica

s no

merc

ado

Proje

to ind

ustria

l eou

tras p

repara

ções

técn

icas

80

42

61

10

27

1016

3

25

913

9

20 23 20 22

49 51 4853

35 37 3843

35

24 2417

31

20 22 18

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35ATIVIDADES INOVATIVAS

maior do que às relativas às ENs e, em me-nor grau, às EEs. Esse diferencial, no caso de cooperação com parceiros sediados no Brasil é observado para todos os oito tipos de par-ceiros caracterizados pela pesquisa. Os par-ceiros mais frequentes das EGMs no Brasil são as universidades e institutos de pesqui-sa, os fornecedores e os clientes.

O número de empresas brasileiras que têm cooperação com organizações no exterior é muito reduzido (a cooperação das EEs com outra empresa do grupo no exterior constitui a exceção). As parcerias mais frequentes das EGMs no exterior ocorrem em cooperações com fornecedores (em 13% das EGMs) clien-tes ou consumidores (11%) e outras empresas do grupo (9%).

GRÁFICO 14. Empresas inovadoras com relações de cooperação com outras organizações, no período 2012-2014 (percentagem) (1)

Fonte: Elaborada com base em

tabulação especial do IBGE. Tabela

1.1.18.

Nota: (1) Cooperação para inovação

significa a participação ativa em

projetos conjuntos de P&D e outros

projetos de inovação com outra

organização (empresa ou instituição).

A simples contratação de serviços

de outra organização, sem a sua

colaboração ativa, não é considerada

cooperação.

EGM EN EE ITTOTAL

6240

5414,6

Clientes ouconsumidores

BrasilBrasil38

2530

10,1

Exterior11

36

0,5

Empresas deconsultoria

Brasil

Exterior

3319

23236,3

722

0,1

FornecedoresBrasil

4227

2910,6

Exterior13

612

1,3

Universidadese institutosde pesquisa

Brasil

Exterior

4723

294,75

12

0,1

Centros decapacitaçãoe assistência

técnica

Brasil

Exterior

2719

234,8

211

0,1

ConcorrentesExterior

433

0,4

Brasil16

1313

5

Instituiçõesde testes ecertificações

Brasil

Exterior

229

132,6

92

40,2

Outraempresado grupo

Brasil29

129

2

Exterior9

333

1

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DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSCFernando Augusto Trivellato Diretor de Serviços Corporativos

Área de Administração, Documentação e Informação – ADINFMaurício Vasconcelos de Carvalho Gerente-Executivo de Administração, Documentação e Informação

Alberto Nemoto YamagutiNormalização ________________________________________________________________

Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior FUNCEX Elaboração

Agencia ElementoProjeto Gráfico e Diagramação

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