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EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha [email protected] Aula 08 – Convecção Forçada Escoamento Interno – Parte III

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EM34B

Transferência de Calor 2Prof. Dr. André Damiani Rocha

[email protected]

Aula 08 – Convecção Forçada

Escoamento Interno – Parte III

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar

Região Plenamente Desenvolvida

Região plenamente desenvolvida;

Escoamento laminar;

Fluido incompressível;

Propriedades constantes;

Tubo de seção circular;

2

Aula 089

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar

Região Plenamente Desenvolvida

A distribuição de temperatura resultante é usada para

determinar o coeficiente convectivo

3

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar (Região Plenamente Desenvolvida)

Balanço de Energia

4

𝑑 𝑚 𝑐𝑝𝜕𝑇

𝜕𝑥𝑑𝑥 = 𝑞𝑟 − 𝑞𝑟 +

𝜕𝑞𝑟𝜕𝑟

𝑑𝑟 = −𝜕𝑞𝑟𝜕𝑟

𝑑𝑟

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar (Região Plenamente Desenvolvida)

Balanço de Energia

5

𝑢𝜕𝑇

𝜕𝑥=𝛼

𝑘

𝜕

𝜕𝑟𝑟𝜕𝑇

𝜕𝑟

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar (Região Plenamente Desenvolvida)

Fluxo Térmico Constante na Superfície

Temperatura Constante na Superfície

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𝑁𝑢𝐷 ≡ℎ𝐷

𝑘= 4,36

𝑁𝑢𝐷 ≡ℎ𝐷

𝑘= 3,66

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar

Região de Entrada

Os resultados da sessão anterior são válidos somente

quando os perfis de velocidades e temperaturas estão

plenamente desenvolvidos;

Se ambos ou somente um dos perfis não estiver

plenamente desenvolvido, o escoamento é dito estar

na região de entrada.

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Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar

Região de Entrada

Duas situações

o Comprimento de entrada térmica: baseia-se na hipótese

de que as condições térmicas se desenvolvem na

presença de um perfil de velocidades plenamente

desenvolvido;

o Comprimento de entrada combinada: corresponde ao

caso no qual os perfis de temperatura e de velocidade se

desenvolvem simultaneamente.

8

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar – Região de Entrada

9

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar – Região de Entrada

o Comprimento de entrada térmica: A variação de NuD é

independente de Pr, pois é independente da

viscosidade do fluido (perfil de velocidades plenamente

desenvolvido);

o Comprimento de entrada combinado: A variação de

NuD depende dos perfis de velocidades, que éaltamente sensível à viscosidade do fluido;

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Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar – Região de Entrada

Temperatura Constante na Superfície

o Comprimento de Entrada Térmica

o Comprimento de Entrada Combinada

11

𝑁𝑢𝐷 = 3,66 +0,0668𝐺𝑧𝐷

1 + 0,04𝐺𝑧𝐷2/3

𝑁𝑢𝐷 =

3,66

𝑡𝑎𝑛ℎ 2,264𝐺𝑧𝐷−1/3

+ 1,7𝐺𝑧𝐷−2/3

+ 0,0499𝐺𝑧𝐷𝑡𝑎𝑛ℎ 𝐺𝑧𝐷−1

𝑡𝑎𝑛ℎ 2,432𝑃𝑟1/6𝐺𝑧𝐷−1/6

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Laminar – Região de Entrada

Todas as propriedades que aparecem nas duas últimas

equações devem ser estimadas no valor médio da

temperatura média, 𝑻𝒎 = 𝑻𝒎,𝒆𝒏𝒕 + 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊 /𝟐

O assunto escoamento laminar em dutos tem sido

estudado extensivamente e numerosos resultados estão

disponíveis para uma variedade de seções transversais

e de condições superficiais;

Resultados representativos foram compilados em uma

monografia feita por Shah e London (1978) e em uma

revisão feita por Shah e Bhatti (1987);

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Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento

A análise de escoamento turbulento é

consideravelmente mais complicada quando

comparada ao escoamento laminar;

Dessa forma, á dada maior ênfase às correlações

empíricas

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Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Para escoamento turbulento plenamente desenvolvido(fluidodinâmica e termicamente) em um tubo circularliso, o número de Nusselt local pode ser obtido com aequação de Dittus-Boelter,

com n = 0,4 para a condição de aquecimento e n = 0,3para o resfriamento. Propriedades estimadas a Tm.

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𝑁𝑢𝐷 = 0,023𝑅𝑒𝐷4/5

𝑃𝑟𝑛

0,6 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 160𝑅𝑒𝐷 ≥ 10000

𝐿

𝐷≥ 10

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Para escoamentos caracterizados por grandes

variações das propriedades, é recomendada a

equação de Sieder e Tate (1936)

Todas propriedades, com exceção de s, são estimadasa Tm.

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𝑁𝑢𝐷 = 0,027𝑅𝑒𝐷4/5

𝑃𝑟1/3𝜇

𝜇𝑠

0,140,7 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 16700𝑅𝑒𝐷 ≥ 10000

𝐿

𝐷≥ 10

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Com uma boa aproximação, as correlações anteriorespodem ser utilizadas em condições de temperatura efluxo de calor constantes na superfície;

O uso dessas correlações podem resultar em erros deaté 25%;

Esses erros podem ser reduzidos a menos de 10% com ouso de correlações mais recentes, porém normalmentemais complexas

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Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Uma correlação, válida para tubos lisos em uma amplafaixa de números de Reynolds, incluindo a região detransição, é fornecida por Gnielinski (1976),

Pode ser aplicado tanto para temperatura constantequanto para fluxo constante na superfície. Propriedadesestimadas a Tm.

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𝑁𝑢𝐷 =𝑓/8 𝑅𝑒𝐷 − 1000 𝑃𝑟

1 + 12,7 𝑓/8 1/2 𝑃𝑟2/3 − 1

0,5 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 2000

3000 ≤ 𝑅𝑒𝐷 ≤ 5𝑥106

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Como os comprimentos de entrada para escoamentos

turbulentos são tipicamente curtos, é frequentemente

razoável admitir que o número de Nusselt médio em todo

o tubo seja igual ao valor associado à região de

escoamento plenamente desenvolvido,

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𝑁𝑢𝐷 ≈ 𝑁𝑢𝐷,𝑓𝑑

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Entretanto, em tubos curtos, 𝑁𝑢𝐷 será superior a 𝑁𝑢𝐷,𝑓𝑑 e

então,

onde C e m dependem da natureza da entrada e da

região de entrada, assim como dos números de Prandtl e

de Reynolds.

As propriedades estimadas em: 𝑻𝒎 = 𝑻𝒎,𝒆𝒏𝒕 + 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊 /𝟐

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𝑁𝑢𝐷𝑁𝑢𝐷,𝑓𝑑

= 1 +𝐶

𝑥/𝐷 𝑚

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Para escoamentos turbulentos plenamente desenvolvidos

em tubos circulares lisos com fluxo térmico constante,

recomenda-se a equação de Skupinski et al. (1965),

Para temperatura constante na superfície, recomenda-se

Seban e Shimazaki (1951)

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𝑁𝑢𝐷 = 4,82 + 0,0185𝑃𝑒𝐷0,827 3𝑥10−3 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 5𝑥10−2

3,6𝑥103 ≤ 𝑅𝑒𝐷 ≤ 9,05𝑥105

102 ≤ 𝑃𝑒𝐷 ≤ 104

𝑁𝑢𝐷 = 5,0 + 0,025𝑃𝑒𝐷0,8 𝑃𝑒𝐷 ≥ 100

Aula 09

Correlações de Convecção: Escoamento

Turbulento (Reg. Plenamente Desenvolvida)

Uma grande quantidade de dados e outras correlações

estão disponíveis na literatura;

Ver, por exemplo:

Reed, C, B., Kakac, R, K, Shah, W. A., Handbook of Single-Phase

Convective Heat Transfer, Chap. 8. Wiley Internscience, haboken, NJ,

1987.

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Aula 09

Correlações de Convecção: Tubos Não-

Circulares

Muitas aplicações em engenharia envolvem o transporte

por convecção em tubos não-circulares;

Como uma primeira aproximação, muitos resultados para

tubos circulares podem ser empregados com a utilização

de um diâmetro efetivo;

Esse diâmetro efetivo é conhecido como diâmetro

hidráulico, e é definido como,

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𝐷ℎ ≡4𝐴𝑠𝑡𝑃

Aula 09

Correlações de Convecção: Tubos Não-

Circulares

Diâmetro hidráulico:

Esse é o diâmetro que deve ser utilizado no cálculo de

número de Reynolds e de Nusselt.

Em tubo de seção não-circular, os coeficientes

convectivos variam ao longo do perímetro, aproximando-

se de zero nos cantos. Assim, ao utilizar uma correlação

de tubo circular, presume-se que o coeficiente represente

uma média no perímetro do tubo.

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𝐷ℎ ≡4𝐴𝑠𝑡𝑃

Aula 09

Correlações de Convecção: Tubos Não-

Circulares

Para escoamento laminar, o uso de correlações para

tubos circulares é menos preciso, particularmente em

seções transversais caracterizadas por cantos vivos;

Em tais casos, o número de Nusselt correspondente às

condições plenamente desenvolvidas pode ser obtido na

tabela

24

Aula 09

Correlações

de

Convecção:

Tubos Não-

Circulares

25

Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

Muitos problemas de escoamentos internos envolvem a

transferência de calor em uma região anular entre tubos

concêntricos.

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Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

Um fluido escoa no espaço formado pelos tubos

concêntricos (região anular) e a transferência de calor

ocorre pode ocorrer tanto na superfície do tubo interno

quanto na superfície do tubo externo;

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Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

É possível especificar de forma independente o fluxo

térmico ou a temperatura em cada uma das superfícies;

Em qualquer caso, o fluxo térmico em cada superfície

pode ser calculado por,

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𝑞𝑖" = ℎ𝑖 𝑇𝑠,𝑖 − 𝑇𝑚

𝑞𝑒" = ℎ𝑒 𝑇𝑠,𝑒 − 𝑇𝑚

Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

Os coeficientes de transferência de calor estão

associados às superfícies interna e externa da região

anular,

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𝑁𝑢𝑖 ≡ℎ𝑖𝐷ℎ𝑘

𝑁𝑢𝑖 ≡ℎ𝑒𝐷ℎ𝑘

𝐷ℎ =4 𝜋/4 𝐷𝑒

2 − 𝐷𝑖2

𝜋 𝐷𝑒 −𝐷𝑖

𝐷ℎ = 𝐷𝑒 − 𝐷𝑖

𝐷ℎ ≡4𝐴𝑠𝑡𝑃

Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

Para o caso de escoamento laminar plenamente

desenvolvido com uma superfície termicamente isolado e

a outra a uma temperatura constante, os valores de

Nusselt podem ser obtidos a partir da tabela,

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Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

Se condições de fluxo térmico uniforme estão presentes

em ambas as superfícies, os números de Nusselt podem

ser calculados por expressões na forma,

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𝑁𝑢𝑖 =𝑁𝑢𝑖𝑖

1 − 𝑞𝑒" 𝑞𝑖

" 𝜃𝑖∗

𝑁𝑢𝑒 =𝑁𝑢𝑒𝑒

1 − 𝑞𝑖" 𝑞𝑒

" 𝜃𝑒∗

Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

Os coeficientes de influência 𝑁𝑢𝑖𝑖, 𝑁𝑢𝑒𝑒, 𝜃𝑖∗ e 𝜃𝑒

∗ podem ser

obtidos a partir da tabela

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Aula 09

Correlações de Convecção: Região Anular

(Tubos Concêntricos)

Para escoamentos turbulentos plenamente

desenvolvidos, os coeficientes de influência são funções

dos números de Prandtl e de Reynolds;

Em uma primeira aproximação, os coeficientes de

transferência de calos nas superfícies interna e externa da

região anular pode ser considerados iguais, podendo ser

estimados com o emprego do diâmetro hidráulicos e da

correlação de Dittus-Boelter.

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Referências INCROPERA, F. P., DEWITT, D. P., BERGMAN, T. L., LAVINE, A.,

Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. 6ª Edição,

Rio de Janeiro, Editora LTC, 2008.

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