em tempo - 09 de dezembro de 2012

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LEIA MAIS... FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS. MÁX.: 34 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS ANO XXV – N.º 7.850 – MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00 Metro quadrado na Djalma Batista vale R$ 1 milhão MUDANÇAS Metro quadrado na avenida Djalma Batista é um dos mais caros do Brasil, de acordo com a superintendência do Sinduscon-AM. Economia B1 JOEL ROSA Revista Elenco traz algumas di- cas de como montar corretamente a mesa para as comemorações de fim de ano. Elenco 20 e 21 Requintes de uma mesa para o Natal PREPARAÇÃO CONCURSOS EMPREGOS NESTA EDIÇÃO Plano de segurança para a Copa de 2014 A Polícia Civil do Amazonas saiu na frente e foi a primeira organização nacional a apresentar, em Brasília, um plano de segurança pública para a Copa de 2014, incluindo o combate à criminalidade e o gerenciamento de grandes eventos. Última Hora A2 Lançamento oficial dos oito pri- meiros filmes acontece na próximo semana. Outras oito produções vão estrear em janeiro. Plateia B5 Manauenses dão vida ao cinema local CONCURSO Pódio C4 Bianca de férias em Manaus DIRETO DA RÚSSIA Inauguração do Clube Caprichoso marca o início das comemorações do centenário do boi azul no festival folclórico de 2013. Dia a dia A7 Caprichoso faz contagem regressiva CENTENÁRIO Levantamento do TRE-AM mostra que o lixo produzido na campanha eleitoral poderia ser transformado em milhares de livros. Política A6 20 milhões de livros com lixo eleitoral DESPERDÍCIO Egito à beira de uma guerra Última Hora A2 Poder dos MPs ameaçado Política A5 Os perigos do sol CUIDADOS Especialistas recomendam o uso de protetor solar para preservar a saúde da pele e evitar doenças, como o câncer de pele. Saúde e bem-estar F6 Protetor solar é a dica para evitar danos à pele de quem se expõe ao sol CBG/DIVULGAÇÃO JOEL ROSA ARQUIVO EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 09 de dezembro de 2012

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FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS. MÁX.: 34 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

ANO XXV – N.º 7.850 – MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00

Metro quadrado na Djalma Batista vale R$ 1 milhão

MUDANÇAS

Metro quadrado na avenida Djalma Batista é um dos mais caros do Brasil, de acordo com a superintendência do Sinduscon-AM. Economia B1

JOEL

RO

SA

Revista Elenco traz algumas di-cas de como montar corretamente a mesa para as comemorações de fi m de ano. Elenco 20 e 21

Requintes de uma mesa para o Natal

PREPARAÇÃO

CONCURSOS

EMPREGOSEMPREGOSNESTA EDIÇÃO

Plano de segurança para a Copa de 2014

A Polícia Civil do Amazonas saiu na frente e foi a primeira organização nacional a apresentar, em Brasília, um plano de segurança pública para a Copa de 2014, incluindo o combate à criminalidade e o gerenciamento de grandes eventos. Última Hora A2

Lançamento ofi cial dos oito pri-meiros fi lmes acontece na próximo semana. Outras oito produções vão estrear em janeiro. Plateia B5

Manauenses dão vida ao cinema local

CONCURSO

Pódio C4

Bianca de férias em Manaus

DIRETO DA RÚSSIA

Inauguração do Clube Caprichoso marca o início das comemorações do centenário do boi azul no festival folclórico de 2013. Dia a dia A7

Caprichoso faz contagem regressiva

CENTENÁRIO

Levantamento do TRE-AM mostra que o lixo produzido na campanha eleitoral poderia ser transformado em milhares de livros. Política A6

20 milhões de livros com lixo eleitoral

DESPERDÍCIO

Egito à beira de uma guerraÚltima Hora A2

Poder dos MPs ameaçadoPolítica A5

Os perigos do solCUIDADOS

Especialistas recomendam o uso de protetor solar para preservar a saúde da pele e evitar doenças, como o câncer de pele. Saúde e bem-estar F6

Protetor solar é a dica para evitar danos à pele de quem se expõe ao sol

Pódio C4

hoso ício das comemorações

do centenário do boi azul no festivalDia a dia A7

faz contagem

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Política A5

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A2 Opinião/Última Hora MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para o ministro Joaquim Barbosa, pre-sidente do STF, que defende a cassação de deputados envolvidos no esquema de corrupção do mensalão.

Joaquim Barbosa

APLAUSOS VAIAS

ResistênciaO senador destacou que

na década passada, quando o país sofria consequências do longo período de baixo crescimento econômico, a in-dústria de Manaus cresceu 67% entre 2003 e 2010.

DiferenciadoAlfredo observou que o futuro

da Zona Franca de Manaus está intrinsecamente ligado ao tratamento diferenciado dado pelo governo federal.

— A estabilidade futura da Zona Franca de Manaus não depende apenas de vantagem tributária, mas de um conjunto de incentivos locais.

Inferno no AleixoA prefeitura resolveu asfal-

tar ontem, às 9h30, a imensa cratera que abriu na alameda Cosme Ferreira.

Interrompida uma pista, a que vai no sentido bairro-Cen-tro, os guardas do Manaus-trans desviaram o trânsito para a avenida Beira Rio do bairro do Coroado. O resultado não poderia ser diferente: um engarrafamento de estressar até monge budista.

AbsurdoDo conjunto Tiradentes

para o viaduto Gilberto Mes-trinho, por dentro do Coroa-do, o motorista gastou mais de 40 minutos.

Bom sensoO pior de tudo é que os tais

“Marronzinhos” – os guardas da prefeitura – , mesmo com

uma das pistas interditadas, não tiveram o bom senso de desligar o semáforo.

E aí o trânsito empacou. Enquanto o semáforo fi cava no vermelho, um guarda man-dava o motorista avançar. E quando este avançava, um segundo guardinha, achando que ele estava atravessando de sinal fechado, puxava o talão de multas.

CovardiaDois erros graves dos

operadores de trânsito do Manaustrans.

Em ruas interditadas onde o trânsito foi desviado, não se deixa semáforo ligado, já que o guarda está comandando o fl uxo de carros. O outro, é multar carros em situação extremas. É covardia!

Por que multar?Um homem que avançou,

ele fazia o retorno para pegar a avenida Beira Rio, foi mul-tado quando fazia o retorno para entrar na Beira-Rio e o sinal fechou.

Um policial deu o comando para ele avançar e o outro fez sinal com a mão para ele parar. Como já estava no meio da curva, o motorista prosseguiu e, quando olhou pelo retrovi-sor um dos guardas estava multando o carro.

RecorraO motorista deve recorrer,

pois esse tipo de multa, em situ-ações fora do comum, deve ser repensado pelo Manustrans.

Erro começa desde a interdi-

ção da pista para concertar rua em pleno horário do rush. Por que não fazer isso à noite, ou ao amanhecer?

Falta comunicaçãoE mais, por que a prefeitura

não avisa antecipadamente que vai interditar a pista para que as possam se programar e buscar outras alternativas de tráfego.

Muita gente que ia tra-balhar chegou à empresa depois das 11hs.

Vale-tudo Vale-tudo para o comércio

atrair consumidor neste Natal.Tem shopping fazendo até

sorteio de BMW e distribuição de bolsas ecológicas. Este é o caso do Manauara Shopping, que aposta em um crescimento de 15% no volume de vendas.

OtimismoApesar de muita gente falar

em crise, os ventos de dezembro estão soprando otimismo.

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), mesmo com o cenário de in-certezas na economia brasileira diante do quadro internacional, prevê que os shoppings centers no país devem ter um bom fi nal de ano, tanto no fl uxo de clientes quanto no faturamento.

RepetecoAlguns economistas apontam

que a ascensão das classes B e C foram fatores que impulsiona-ram o mercado em 2011.

O fenômeno deve se repetir em 2012.

Para a Prefeitura de Manaus, que inter-rompe o fl uxo de um trânsito já caótico, no sábado, para consertar ruas em plena hora do rush.

Prefeitura, de novo

Até que enfi m o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) deu o ar de sua graça e abriu a boca para defender o Amazonas, depois de um longo período de silêncio.

Na tribuna, pediu o apoio dos demais senadores para a aprovação da proposta do go-verno federal de excluir a Zona Franca de Manaus da unifi cação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual. A medida, anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira (4), teria como objetivo pôr fi m à guerra fi scal.

— Caso a Zona Franca de Manaus fosse incorporada na unificação de 4% do ICMS, meu Estado perderia uma receita de 75% da arrecadação vinda do setor industrial – afirmou o senador.

Alfredo parece que acordou

DIEGO JANATÃDIVULGAÇÃO

Polícia Civil do Amazonas é a primeira a apresentar em Brasília Programa de Reforma Estrutural para a Copa de 2014

Polícia apresenta programa de segurança para a Copa

Em todo o Brasil as obras para Copa de 2014 avançam. Entre as determinações da

Fifa está o investimento no Sistema de Segurança Pública. Tendo sido escolhida com uma das subsedes para o próximo mundial de futebol, Manaus também está se preparando e a Polícia Civil do Amazonas tem promovido estudos e pro-jetos que visem proporcionar a segurança devida aos vi-sitantes, combater a crimi-nalidade e gerenciar grande eventos no que se refere as atribuições da instituição.

Com esta proposta a Polícia Civil do Amazonas saiu na frente, tornando-se a primeira do país a

enviar um grupo de profi ssionais a Brasília, onde o Programa de Reforma Estrutural da Institui-ção foi apresentado ao Secretá-rio Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça, Valdi-

nho Jacinto Caetano. Estavam presentes, além do delegado-geral Adjunto, Mário Aufi ero, a diretora do departamento de Polícia Técnico-Científi ca, Lia Gazineu. “Apresentar pessoal-mente nossas propostas para a Reforma Estrutural da Polícia Civil, nos proporciona mais cre-dibilidade junto ao Ministério da Justiça. Nossa iniciativa foi elogiada pelo Secretário Extra-ordinário de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), Val-dinho Jacinto Caetano.

“O secretário assegurou que irá analisar o nosso progra-ma e em uma próxima reunião, marcada para janeiro, defi nirá o que será contemplado”, des-tacou Aufi ero.

Veto podeser votadoneste mês

Deputados e senadores dos Estados não produto-res de petróleo consegui-ram o número de assinatu-ras necessárias para pedir a votação urgente do veto da presidente Dilma Rousseff a parte do projeto de redis-tribuição dos royalties.

O requerimento foi apre-sentado ao presidente do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP). A data da votação deverá ser mar-cada na próxima sessão da casa. Os representantes dos Estados não produto-res querem votar o veto ainda este ano.

A presidente retirou do texto os recursos prove-nientes dos contratos já licitados. Com isso, os Estados não produtores terão direito aos recursos de contratos futuros.

O senador Wellington Dias (PT-PI) garantiu que há mais assinaturas que o mínimo previsto. “Assim como consideramos legíti-mo o direito da presidente de fazer o veto, é também, da Constituição, o direito do Congresso Nacional analisar o veto e, inclusive, derrubar e aqui promul-gar”, disse, ao destacar que os representantes defendem a destinação dos recursos para outras áreas defi citárias.

ROYALTIES

Direitos iguais a autistas

Graças a um projeto que surgiu da pressão popular, brasileiros com autismo terão os mes-mos direitos de pesso-as com defi ciência, para todos os efeitos legais. A garantia foi conquis-tada na última semana com a aprovação no plenário do Senado do projeto de lei que cria a Política Nacional de Pro-teção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

A lei é vista por pais e especialistas como uma Carta Magna dos autis-tas no Brasil. A partir dela, essas pessoas vão, por exemplo, ter direito a tratamento multidis-ciplinar e diagnóstico precoce. As famílias também foram contem-pladas: além de acompa-nhamento psicológico, os pais ou responsáveis por pessoas com autis-mo terão horário espe-cial no trabalho.

No Brasil, não há esta-tísticas ofi ciais sobre o transtorno funcional, mas segundo a Associação em Defesa do Autista (Ade-fa), aproximadamente 2 milhões de brasileiros têm o problema.

APROVAÇÃOExército doEgito pedediálogo

As Forças Armadas do Egito pediram ontem que a oposição e o governo do presidente Mohammed Mursi entrem em um acor-do para poder sair da atual crise política, causada pe-los decretos que aumentam os poderes do mandatário e a nova Constituição.

As duas medidas são os principais motivos das manifestações contra o presidente desde 22 de novembro e tiveram seus dias mais violentos na úl-tima semana, quando os opositores entraram em choque com partidários de Mursi.

Em comunicado, os mili-tares disseram que haverá consequências trágicas se não se chegar a um consen-so. “O método do diálogo é o melhor e o único para conseguir os interesses supremos do país e dos cidadãos. Caso contrário, entraremos em um túnel escuro cujo resultado será trágico”, informou o Exér-cito do Egito.

As Forças Armadas ad-vertiram que pretendem intervir caso a crise se torne mais violenta, mas disse que a continuidade do conflito político não be-neficiará nenhuma parte e o preço será pago por todo o país.

CRISE POLÍTICA

Com esta proposta a Polícia Civil saiu na frente ao enviar um grupo de profi ssionais a Brasília

INICIATIVAA proposta de seguran-ça pública apresentada pelo Polícia Civil do Amazonas foi a primei-ra a ser recebida pelo comitê de segurança da Copa de 2014. Iniciativa foi elogiada pelos orga-nizadores do evento

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012 A3Opinião

Editorial

O jornalista americano Thomas L. Friedman descobriu que o mundo é plano e este é o nome do seu livro. Ele descreve e tenta entender essa planície que se descortina diante dos seus olhos de qualquer um dos pontos cardeais e colaterais. Nada mais igual do que a China, a Índia, a França, os Estados Unidos, a Bahia e o Piauí brasileiros, depois de Brasília, claro.

É o ponto de vista pós-moderno que já enxergou o fi m da história, da fi losofi a, do sujeito, mas ainda não teve a coragem de concluir que de tão plano o mundo, os oceanos despencam no espaço, no fi m da Terra. Essa planura é a perspectiva, hoje, do futebol que se desenrola nesta Copa do Mundo 2014, uma Copa de Robôs, onde o futebol é um mero coadjuvante, como boi no espetáculo majestoso de Parintins, que também é plana. Já se culpou a especulação imobiliária pelo fi m das várzeas que, no Brasil, não davam arroz, feijão, mas excelentes jogadores de futebol.

As várzeas foram soterradas por toneladas de asfalto que atropelaram muitas gerações de Pelés, Garrinchas, Zizinhos e outros talentos abortados. No lugar da várzea, surgiram as escolinhas de futebol. Hoje, o país tem muitas delas que exportam adolescentes (com o assentimento dos pais ou responsáveis, claro, porque ser uma estrela pop do futebol é o sonho da garotada... e dos pais da garotada) para todas as regiões do planeta. O futebol também fi cou plano, quer dizer, chato. Não se pode mais falar de uma seleção brasileira, francesa, uruguaia, no sentido de que a nacionalidade caracterizava um estilo de jogar.

Os jogadores são pop stars. Eles fazem parte de um espetáculo, como a arquitetura, o refrigerante, o hambúrguer. Os jogadores não fazem mais parte de um coletivo em que os talentos, por mais individuais, que fossem davam a sintaxe e a dicção do esporte. Na África do Sul, os jogadores são brasileiros, franceses, holandeses de nascimento – mesmo o brasileiríssimo Cacau, que se naturalizou alemão – mas o futebol é um consórcio de empresas globalizadas. O mundo é chato, mais do que plano. A Copa é um desfi le de robôs monitorizados por grandes patrocínios; uma “bolha” (não uma bola) pronta para estourar.

Mas o futebol continua resistindo a todas as investidas que tentam desmora-lizá-lo. Mesmo uma pop nem tanto star (mas já foi) como Carla Perez, de muito axé e pagode, não resiste à sedução do futebol, mesmo, como deixa claro no seu Twitter, que só entenda do assunto por ouvir falar. Neste fi nal de semana, ela se desfez em lágrimas pela morte de um certo Neymar, jogador do Santos, que continua muito vivo (tão vivo que já desistiu do Brasil).

Na comoção brasileira pela morte do arquiteto que redesenhou a sensualidade tropical do país, isto é, das mulheres e da geografi a privilegiada do país, a antena-díssima Carla fi cou três vezes “chatiada”, como escreveu cheia de emoção para dar, pela perda que atravessou as fronteiras nacionais. A menina, cujas curvas merecem um traço do gênio que se foi, confundiu arquitetura com futebol, e lá se foi Neymar para o estrangeiro e Niemeyer para o infi nito. O futebol move montanhas, com ou sem várzeas para os treinos da seleção. O ser humano é mesmo chato.

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Charge

Olho da [email protected]

Fala [email protected] www.emtempo.com.br

Algumas atitudes espontâneas acabam por tornarem-se instalações artísticas, prontas para uma exposição em qualquer galeria com espaço que possa abrigá-las. Nesse fl agrante em Puraquequara, será preciso, também, que o espectador tenha um lugar privilegiado, como um avião, por exemplo.

Oscar Niemeyer não erajogador de futebol, não

O governo do Estado de São Paulo, por meio do decreto 58.093 de 30 de maio de 2012, criou o Programa de Incentivo à Renovação de Frota de Caminhões. Com o objetivo de subs-tituir a frota de caminhões antigos de forma gradual, a ação contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, aumenta a segurança nas estradas e, ainda, garante mais qualidade de vida aos profi ssionais do transporte rodoviário.

Tal decreto determina às empresas que substituam seus caminhões equi-pados com motor Euro 3 pelos cami-nhões equipados com motor Euro 5. As transportadoras estão realizando a compra de veículos com o novo padrão e readaptando a estrutura operacional às novas normas. Por esse programa, os motoristas de caminhões terão acesso a linhas de fi nanciamento com taxas de juros de 5,5% ao ano na troca de seus veículos e o prazo de parce-lamento pode chegar em 96 meses, incluindo a carência de um semestre para começar a pagar.

Apesar das facilidades propostas para alavancar o projeto, o novo padrão de operação implica em um custo mais alto de aquisição (de 8% a 15%) e de adaptação. O novo equipamento exige a utilização de outro combustível, com baixo teor de enxofre, comercializado pela Petro-bras e denominado como S50, que em 2013 será substituído por uma fonte ainda mais limpa, o Diesel S10. Além disso, os veículos precisam do agente redutor Arla 32, uma solução de ureia usada no sistema de escape para diminuir em 60% as emissões de óxidos de nitrogênio.

Para retardar a mudança, números do mercado apontam que no fi nal de 2011 grande parte das transportado-ras optaram por fazer uma compra expressiva dos caminhões Euro 3, pois até daquele ano era o prazo de compra do modelo, antes que saís-sem de mercado. Essa postura das empresas desacelerou, no início de

2012, o processo de comercialização dos veículos com o novo motor.

A estratégia de troca dos caminhões também continua sendo impactada pela idade média da frota brasileira, que é elevada. Caminhões que per-tencem a empresas têm cerca de 8 anos de uso, já no caso de autônomos a idade dos caminhões em circulação sobe para 21 anos. Essa margem de idade impossibilita que esses veículos ainda em circulação tenham acesso às novas tecnologias já desenvolvidas.

Um estudo publicado no “Journal of Transport Literature” este ano, mostra a importância da renovação da frota de caminhões de autôno-mos apontando que a economia gerada pela substituição de cami-nhões, com idade superior a 30 anos, por novos veículos representa mais de R$ 2 bilhões por ano.

Outro ponto importante é que ao aderir ao programa, o caminhão antigo é retirado de circulação e encaminhado à reciclagem em cen-tros especializados. Pelos cálculos do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) existem mais de 30 milhões de caminhões com mais de 30 anos de uso em todo o Brasil. No Estado de São Paulo a frota desses veículos é estimada em mais de 10,5 milhões.

Do ponto de vista econômico, cami-nhões mais novos e melhor conserva-dos signifi cam custos de manutenção reduzidos, além de menor probabili-dade de acidentes e outros benefícios. Por outro lado, para garantir o êxito do programa, o Brasil precisa vencer alguns desafi os como criar centros de reciclagem que atendam à demanda de veículos sem utilização. Enfi m, não é uma ação simples, pois envolve uma atuação efetiva das empresas e também uma postura estratégica do governo, do setor de transporte e logística e da indústria. Com o engajamento de todos os players desse mercado podemos ver um novo cenário positivo no segmento de transporte rodoviário no país.

Hamilton [email protected]

Hamilton Picolotti

Presidente da Confenar

– Confederação Nacional das

Revendas Ambev

A estratégia de troca dos cami-nhões tam-bém conti-nua sendo impactada pela idade média da frota bra-sileira, que é elevada. Caminhões que per-tencem a empresas têm cerca de 8 anos de uso”.

Desafi os do transporte rodoviário

As eleições municipais de 2012 tiveram ínfi mo número de incidentes. Isso evidencia que, a cada pleito, nossa jo-vem democracia está avan-çando. Seria melhor ainda sem a atitude pouco cívica da maioria dos cabos eleito-rais e numerosos eleitores, que poluíram os dias maio-res do civismo, no primeiro

se a consciência de que, muito além do discurso e da ação do poder público, o conceito de cidade limpa começa com a atitude cidadã de não sujar, contribuindo para que o ambiente urbano seja um dos pressupostos da qualidade da vida!

Tadayuki Yoshimura

e no segundo turno, sujando as cidades com milhões de “santinhos”, bottons, carta-zes e outros materiais de campanha largados nas ruas e praças, além de saquinhos de papel e plástico, restos de comida e resíduos de diversos tipos.

Para se ter uma ideia, o volume de resíduos retirados

das ruas, somente na opera-ção extraordinária montada no domingo de eleições, foi três vezes maior do que a média diária.

A grande maioria dos brasi-leiros já percebeu que o voto livre, consciente e soberano melhora o país, aprimorando e valorizando a democracia. Agora, é preciso consolidar-

DIEGO JANATÃ

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

PainelRENATA LO PRETE

Diante do desgaste da operação “Porto Seguro”, o governo federal decidiu que novas indicações para cargos de confi ança deverão passar pela triagem da Controladoria-Geral da União, além da que atualmente é feita pela Casa Civil. A avaliação no Planalto é que, sem recorrer à CGU, o pente-fi no nos currículos não detecta irregularidades administrativas praticadas pelos indicados em passagens anteriores por cargos públicos nem a existência de processos disciplinares.

Antecedentes Interlocu-tores do governo afi rmam que a nomeação de José Weber Holanda poderia ter sido evi-tada com esse controle extra, já que ele estava na mira da CGU e de outros órgãos de controle por suspeitas de irregularidades desde 1998, por sua atuação no INSS.

Tapa... Prestes a concluir a operação “Porto Seguro”, a Polícia Federal pode indiciar Rosemary Noronha por for-mação de quadrilha, o que não fez no início do inquérito.

... buraco Seria uma forma de se antecipar ao Ministério Público Federal, que já decidiu denunciar a ex-chefe do escri-tório da Presidência em São Paulo também por esse crime, além de corrupção.

Na marra A Comissão de Ética da Presidência da Repú-blica se manifestou em duas ocasiões pela impossibilidade de Paulo Vieira, pivô do escân-dalo de compra de pareceres falsos em órgãos do gover-no, acumular as funções de diretor da ANA e conselheiro na Codesp, que administra o Porto de Santos. A primeira negativa foi em abril e a se-gunda, em novembro.

Em campo Pré-candida-to à presidência da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG) tem no tradicional futebol dos de-putados, coordenado por ele, um trunfo para cabalar apoio. Ele vai amanhã a Palmas com 25 deputados, entre eles Ro-mário, Tiririca, Popó e Danrlei, para um jogo benefi cente com cantores de música sertaneja de Tocantins.

Blitz... Aeroportos con-trolados pela Infraero devem receber entre dezembro e ja-neiro de 2013 25 milhões de passageiros. O número, a ser

divulgado amanhã, supera em 10% a marca do mesmo perí-odo de 2011 e deste ano.

... antiapagão A perspec-tiva de aumento fl uxo levou o órgão federal a reforçar equipes operacionais, de se-gurança e limpeza nos 63 terminais. Também ocorrerá manutenção preventiva de equipamentos de embarque.

Ideia fi xa A bancada do PT na Assembleia paulista quer convocar o presidente da Cesp, Mauro Arce, para explicar na Comissão de In-fraestrutura as razões pelas quais a empresa não aderiu ao plano federal de renovação de concessões elétricas.

Ideia fi xa 2 Paulo Skaf irá à reunião do PMDB em Brasília, amanhã. Líder da campanha pelo barateamento da tarifa de energia, o presidente da Fiesp fará lobby para que os colegas peemedebistas do Senado fechem questão em torno da MP 579.

Procura-se... Geraldo Al-ckmin deve anunciar nesta semana a decisão de des-membrar a Secretaria da Casa Civil em duas pastas, uma dedicada à coordenação de programas do governo e outra à articulação política.

um gerente... Os cotados para assumir os projetos prio-ritários da gestão são Saulo de Castro, hoje nos Transpor-tes, Barjas Negri, que deixa a Prefeitura de Piracicaba, e Marcos Monteiro, chefe da Imprensa Ofi cial.

Jeton Afastado desde se-tembro da FDE, braço opera-cional da Secretaria da Edu-cação, José Bernardo Ortiz continua recebendo salário de R$ 17,4 mil. O governo diz que cumpre decisão judicial.

Tiroteio

A relação do governo do PT com Sarney é similar à de trabalho escravo: quanto mais o Planalto paga, mais a dívida cresce.

Contraponto

Durante a reunião das centrais sindicais para anunciar medidas contra o fator previdenciário, segunda-feira, dirigentes reclamavam do tratamento do Planalto quanto à pauta trabalhista. O presidente da CUT, Vagner Freitas, interrompeu: Vocês reclamam, mas desde que fui eleito presidente da CUT, em julho, pedi audiência e a Dilma só marcou para janeiro de 2013. Um sindicalista brincou: Parece fila de consulta no SUS. Marca e espera seis meses para ser atendido. Se estiver vivo...

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

DO DEPUTADO FEDERAL DOMINGOS DUTRA (PT-MA), sobre a operação do governo para instalar o senador na Presidência, adiando a votação dos royalties.

Peneira mais fi na

Quer uma senha?

Sonhei com esse momento histórico, de vir a Gaza, minha vida inteira. Peço a Deus para um dia morrer

como mártir nesta terra.

Khaled Meshaal, líder do movimento radical islâmico Hamas, chegou ao território palestino ontem, pela primei-ra vez depois de 45 anos de exílio, para um “comício da

vitória” na faixa de Gaza.

Nós não devemos estar desatentos a candidatu-ras alternativas, que começam a se desenhar. O cara [Aécio Neves] parece mais o presidente da Cemig do que candidato a presidente do Brasil

Ideli Salvatti, ministra (Relações Institucionais), admite que a presidente Dilma Rousseff poderá enfrentar na eleição

de 2014, além da oposição (Aécio), um candidato da base aliada (Eduardo Campos, PSB-PE).

João Paulo Cunha, depu-tado (PT-SP), condenado no

julgamento do mensalão, está convencido de que a história vai julgar a “crueldade e a

injustiça” que o PT sofre por parte da imprensa.

Agora no caso do incêndio, ofertas es-pontâneas chegaram em grande quan-tidade. Al-guns jornais destacaram roubos de bens que as vítimas salva-ram do fogo. Sempre há urubus pron-tos a buscar proveito da desgraça alheia.

Dom Luiz Soares Vieira

Aconteceu há poucos dias. Depois da inauguração de uma bela igreja, todos foram convidados a participar de uma merenda. Para alguns convidados foi co-locada mesa com três pratos de papelão grandes, cada um cheio de salgadinhos. O espaço era estreito e uma menina com da síndrome de Dawn esbarrou e lá se foi um prato de empadinhas. A menina com medo da bronca que poderia vir ameaçou um choro. O jovem, que dis-tribuía refrigerante, percebeu e chamou para si a culpa pelo acontecido. A menina se acalmou e a festa continuou com a alegria de antes.

O fato me passou despercebido e dele soube somente depois através das pesso-as que me acompanhavam. O mundo não está tão mau como dizem! O problema é que o mal faz muita propaganda, enquanto o bem silencia. Os escândalos são como árvores que, ao caírem na fl oresta, fazem um barulho daqueles. As coisas boas se parecem com os milhões de plantas que crescem sem ruído.

O povo do Amazonas e de Manaus teve em 2012 um ano marcado por desastres dolorosos. A cheia de nossos rios causou transtornos para os ribeirinhos e para os habitantes de várias cidades. Na capital, tivemos vários incêndios, dos quais o maior aconteceu recentemente na comunidade Arthur Bernardes. Centenas de famílias per-deram tudo ou quase tudo. É nessas horas que se percebe se a sociedade é solidária ou não. A campanha “SOS Ribeirinhos”, encabeçada pela Cáritas, surpreendeu pela generosidade de nossa gente.

Foram alimentos, água potável, fi ltros, redes e roupas. Agora no caso do incêndio, ofertas espontâneas chegaram em grande quantidade. Alguns jornais destacaram rou-bos de bens que as vítimas salvaram do fogo. Sempre há urubus prontos a buscar proveito da desgraça alheia. Em desastres estradais, roubam dos machucados inconscientes e dos mortos anéis, correntes e dinheiro. É o lado cão do ser humano. Mas, trata-se de miseráveis de espíritos que felizmente constituem minoria. O número dos gran-des de coração é muito maior. Quando se tem roupa limpa em que aparece pequena mancha, logo dizemos que estamos sujos. A pequena nódoa cresce tanto a nossos olhos que não reparamos que o resto da camisa ou do vestido está limpo.

Esse espírito de solidariedade do povo manauense tem as bênçãos divinas. Quando lemos no ensinamento de Jesus que o critério pelo qual seremos julgados por Deus é o amor ao próximo e um amor concretizado em dar de comer ao faminto, dar de beber ao sedento, vestir o nu, acolher o migrante, visitar o doente e ver o prisioneiro (Mt 25,31-46), percebemos como existem por aqui muitas pessoas profundamente cristãs.

Uma vez, no interior da Amazônia, uma senhora perguntou-me se eu já tinha pas-sado fome. Respondi-lhe que sempre tive o alimento sufi ciente. Então ela me disse que a fome dói. A fome, a sede, o frio, a falta de casa, a enfermidade, a perda da liberdade doem. A solidariedade está em aliviar esse sofrimento com o pouco ou o muito que sejamos capazes de oferecer como gesto de amor.

Temos uma sociedade que se chama solidariedade

O que sobra para todos é a impressão de que esta é uma cidade sem governo, o que torna tudo permiti-do, a depen-der apenas da audácia de cada um. Já vi um ho-mem armar um tablado na rua Dou-tor Moreira e improvisar um açougue”.

Passaram-se décadas, os problemas urbanos de Manaus eram bem mais tênues do que hoje são, e o prefeito (o mesmo Arthur) era um jovem destemido, que se lançou na temerária empreitada de sanear a cidade e devolvê-la aos seus habitantes, ou seja, enfrentar um problema que ainda hoje persiste e em dimensão maior, mercê do populismo e da demagogia de sucessores imediatos.

Percebi recentemente, durante a cam-panha eleitoral, certa postura de humilde contrição do candidato, como se sentisse o peso da culpa pelos confrontos que se desenrolaram nas ruas do Centro, àquela altura.

Os confl itos houve. Eu mesmo presenciei alguns, mas a violência não foi prerrogativa exclusiva da Guarda Municipal ou da Polícia Militar. A determinação de que as calçadas fossem devolvidas aos habitantes não foi acatada pelos camelôs e, sobretudo, por aqueles que os patrocinavam e sempre que os agentes ofi ciais tentavam cumprir seu dever, eram recebidos com violência.

Arthur limpou a cidade e foi aplaudido por isso, para logo ser alvo de exploração política rasteira. Infelizmente parece que aceitou a carapuça, quando apenas cum-prira o seu dever e era assim reconhecido pela população quase toda.

Agora volta a governar a cidade, mais problemática do que nunca. O Centro, berço da urbe, não nos pertence mais e sequer temos o direito do deslocamento nos es-paços que deveriam estar destinados aos pedestres. A sujeira e seu peculiar odor, fedor mesmo, ofendem a quem se aventura pelas ruas históricas, onde “comerciantes” se instalaram com suas montras, seus estoques e até “provadores” a céu aber-to, concorrendo com aqueles que pagam salários, impostos, energia etc.

O que transborda e sobra para todos é a impressão de que esta é uma cida-de sem governo e sem lei, o que torna tudo permitido, a depender apenas da audácia de cada um. Se quiser fritar banana em plena rua, assumindo o ris-co de queimar algum transeunte, pode fazê-lo e ninguém irá impedir. Já vi um homem armar um tablado na rua Doutor Moreira, a poucos metros da praça da Polícia, e improvisar um açougue.

As vias que deveriam ser públicas deixa-ram de sê-lo, a depender apenas da von-tade arbitrária dos desprovidos de senso social. Águas servidas são lançadas nas calçadas, cones são postos nas ruas para criar estacionamentos privados, calhas de chuva despejam sobre quem passa, e por aí vai indefi nidamente.

Agora, com as facilidades para compra de carros, a moda é avançar paredes nas calçadas, até o meio-fi o, colocar grades e “criar” garagens, empurrando os pedes-tres para a pista de rolamento. Alguns rebaixam as calçadas e colocam sobre elas seus carros, com placas de “estacio-namento proibido” nas paredes, a usurpar o espaço público e as prerrogativas dos órgãos de trânsito e da prefeitura. Pobre Arthur, pobre Hissa ou, na outra hipótese, pobres de nós, se persistir o fado que esta cidade, recém-eleita a pior capital do país, nos tem imposto.

Arthur e Hissa: eles ou nós, em palpos de aranha

João Bosco Araújo

Diretor executivo do Amazonas EM

TEMPOArcebispo

metropolitano de Manaus

Daqui 50, 60 anos, um aluno de histó-ria vai estudar esse período da primeira

década do século 21 e vai pegar os jornais e perguntar o que acon-teceu. Os jornais falam uma coisa e a vida do povo diz outra coisa

Frases

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012 A5Política

‘PEC 37/11 é um ataque à democracia da história’Procurador-Geral de Justiça, Francisco Cruz se mostra preocupado com o avanço da proposta, que restringe ação dos MPs

A possibilidade dos Ministérios Públicos (MP) serem impedi-dos de investigar tem

gerado manifestações con-trárias entre as direções dos órgãos de Justiça e de contro-le do Amazonas. A restrição está sendo proposta no Proje-to de Emenda à Constituição (PEC) n° 037/2011 que tra-mita no Congresso Nacional, cuja propositura é de autoria do deputado federal Lourival Mendes (PTdoB/MA).

A matéria foi aprovada no último dia 21 de novembro em uma comissão especial da Câmara dos Deputados e deverá ser apreciado no ple-nário da casa nas próximas semanas, seguindo depois para o Senado.

O projeto que propõe a mo-dificação no artigo 144 da Constituição Federal (CF) e a definição de competência para a investigação criminal às polícias federal e civil dos Estados e do Distrito Federal foi visto pelo Procurador-Ge-ral de Justiça do Amazonas (PGJ), Francisco Cruz, como o maior ataque à democracia da história. “Estamos atentos

para que não seja aprova-da essa PEC, e, se aprovada, iremos ao Supremo contra a constitucionalidade. A perda não será só do MP, mas tam-bém da sociedade que poderá perder um instrumento profí-cuo de investigação”, disse.

Espaço para corrupçãoOs procuradores do Minis-

tério Público Federal (MPF), Ana Fabíola Ferreira e Edmil-son Barreiros, disseram que as mobilizações contrárias à PEC estão sendo organizadas de forma a sensibilizar a popu-lação e os parlamentares que apreciarão a matéria do prejuí-zo que a sociedade pode ter com essa mudança da CF.

“Não só MPF como todos os Ministérios Públicos es-tão se organizando por meio das respectivas associações para conclamar a sociedade para se posicionar contraria-mente à essa PEC. É impor-tante que a sociedade saiba do que se trata. Quando nos posicionamos contrariamen-te, não estamos defendendo retirar a atribuição da polícia federal, das polícias Civil ou Judiciária, queremos é contri-buir para combater a impu-nidade”, disse a procuradora Ana Fabíola Ferreira.

MEG ROCHAEquipe EM TEMPO

Já o procurador Edmilson Barreiros frisou que a medi-da beneficia os políticos que foram penalizados por meio das investigações realizadas pelo MP e deixa o erário à mercê às ações ilícitas. “A PEC abre uma porteira para

os corruptos, não posso acu-sar de retaliação dos atores policiais, mas as classes po-líticas que se viram prejudi-cadas adoraram a iniciativa deles. Na esfera criminal, você não tem como colocar polícia em cada repartição.

Não tem como fazer investi-gação exclusiva com as for-ças policiais”, observou.

Por outro lado, o presi-dente do Tribunal de Con-tas do Estado do Amazonas (TCE-AM), conselheiro Érico Desterro, salientou de fato

que não cabe restrição ao MP porque o órgão colabora perfeitamente com as inves-tigações dos ilícitos. “Acre-dito que é preciso apenas definir o papel de cada um, mas, jamais restringir a atua-ção”, ressaltou.

Medida pode beneficiar políticos corruptos

Francisco Cruz chama a atenção que, se a PEC 37/11 for aprovada, a perda não é somente dos MPs, mas de toda a sociedade

ARQUIVO EM TEMPO

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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

PMDB fala em trocar Agri-cultura por Transportes

Ansiosos com a minirre-forma que a presidente Dil-ma deverá fazer no início de 2013, peemedebistas já falam em trocar o Ministé-rio da Agricultura pelo de Transportes. Argumentam que isso agradaria o PMDB – que faturaria um ministério mais robusto – e o PR, que, além de ter interesse na área do agronegócio, hoje não se considera contemplado com o correligionário Paulo Pas-sos, nos Transportes.

Escambo ministerialInteressados no troca-tro-

ca alegam que “não seria ruim” para o ministro Mendes Ribeiro (Agricultura), que está em tratamento de saúde.

PrioridadeA cúpula do PMDB tem

contido o apetite dos seus membros para não atra-palhar as eleições para as presidências da Câmara e do Senado.

Quem é ouvidoO único ministro que pede

desculpas, mas vez em quan-do diz que madame está er-rada é Edison Lobão (Minas e Energia). E Dilma acata.

WaterlooPiada no Twitter com o

insuperável Lula e o escân-dalo Rosemary:

“Ele está preparado para a guerra porque já tem dois canhões.”

Parecer de Weber salvou acusada de improbidade

A ex-chefe da Secretaria do Patrimônio da União na Bahia Ana Lúcia Vilas Boas, atual secretária estadual do Meio-Ambiente, contou com a ajuda de Luis Inácio Adams (Advocacia Geral da União) e do braço direito José We-

ber Holanda para voltar ao cargo. Sua demissão, após denúncia de improbidade, acabou revogada em razão de parecer de Holanda, avali-zado por Adams – que, claro, dirá que foi enganado.

Parecer salvadorO parecer de José Weber

Holanda, que sumiu na AGU, alterou o juízo do Ministério do Planejamento, contrário a Ana Lúcia Villas Boas.

Área de atuaçãoIntercepções da Polícia Fe-

deral, na operação Porto Se-guro, mostraram que a Bahia era um dos principais locais de atuação da quadrilha.

Muy amigoNa audiência no Sena-

do, Luiz Adams disse que “vagabundos” citados pelo consultor-geral Arnaldo Go-doy era Weber, o amigo e braço direito.

Última tentativaO PSDB procurou durante a

semana o PP, PTB, PSD, PSC, DEM e PMDB tentando apoio para derrotar o relatório da CPI do Cachoeira, que indicia o governador de Goiás, Mar-coni Perillo (PSDB-GO).

Manobra protelatóriaO PSDB combinou, em jan-

tar na casa do deputado Do-mingos Sávio (MG), em Bra-sília: se o relator Odair Cunha apresentar texto atualizado seria “novo relatório”, a ser lido de novo, com direito a pedido de vistas.

Fidelidade às origensDilma não esconde que

entre os amigos de copa e cozinha estão três mi-nistros: Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Mendes Ribeiro (Agricultura) e Bri-zola Neto (Trabalho). Dois gaúchos, um mineiro.

Bola de cristalComo antecipamos, a re-

presentante no Brasil da ArmaLite ganhou na quinta (6) a licitação internacional de 300 carabinas 5.56 da Polícia Rodoviária Federal, por R$ 1,3 milhão. A lici-tação “dançou” em 2011, com o anúncio desta coluna. Mas quem é vivo sempre reaparece.

Comprou brigaA bancada do PMDB ficou

uma arara com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, que ofereceu verba milioná-ria do Prodetur para nove governadores, em vez de liberar emendas parlamen-tares.

PT não perdoaCandidato a presidente

da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG) enfrenta forte re-sistência na ala lulista do PT. Ele foi relator no Con-selho de Ética de parecer favorável da cassação de José Dirceu, em 2005.

Lenda burraGeraldo Bentes, especia-

lista em Turismo, fez pales-tra em evento de arquitetos em Maceió, e ouviu a asneira de um deles, nordestino: “É verdade que Niemeyer proi-biu a plantação de árvores em Brasília?”

Pedala, oposiçãoPara o deputado Felipe

Maia (RN), fi lho do presiden-te do DEM, senador Agripino Maia, a oposição precisa decidir o quanto antes se “partirá ou não para a pan-cadaria em 2013”.

Pergunta na PF“Evaporada” desde a ope-

ração Porto Seguro, a supe-rassessora “Rose” Noronha entrou no programa de pro-teção à testemunha?

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

“Nós não devemos estar desatentos a can-didaturas alternativas”

MINISTRA IDELI SALVATTI (Relações Institucionais), sobre a eleição presidencial de 2014

PODER SEM PUDOR

Insolência procedenteJânio Quadros visitava o Recife e papeava infor-

malmente com aliados quando um repórter passou a fazer-lhe perguntas impertinentes. Jânio manteve a fl euma até ser indagado sobre um célebre jantar, em seu tempo de governador de São Paulo, quando, sob a mesa, teria tocado o tornozelo de uma senhora. Era mulher de ilustre chefe militar, que depois se vingaria incluindo-o na lista de políticos a serem cassados.

- O senhor é muito insolente! – gritou Jânio ao repórter, levantando-se.Diante do súbito silêncio dos presentes, ruborizado, como se estivesse prestes a explodir de

indignação, entregou-se solene e teatralmente:- Há homens burros e mulheres feias, meu caro, mas aquele era um casal perfeito!

Tortura é a principal reclamaçãoDENÚNCIA

Tortura nas prisões é a prin-cipal causa de reclamação ao Disque Denúncia, mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, de acordo com Ana Paula Diniz, coordenadora-geral de Combate à Tortura da instituição. Em palestra, na última sexta-feira, no 1º Encontro Nacional dos Con-selhos da Comunidade, pro-movido pelos ministérios da Justiça e da Saúde e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela informou que 65% das recla-mações relacionadas com o sistema penitenciário refe-

rem-se à tortura.Citando esses dados, Ana

Paula Diniz pediu maior en-volvimento dos conselhos da comunidade no combate a esse problema. “Os conse-lhos também são instrumen-tos de proteção dos direitos dos presos”, pontuou.

O padre Valdir João Silveira, coordenador da Pastoral Car-cerária, lembrou que os pre-sos dependem da atuação da sociedade em defesa de seus direitos, porque eles mesmos não podem reclamar. “Se os presos se organizarem para debater seus direitos, será

falta de disciplina, sujeita à punição”, afi rmou.

Valdirene Daufemback, ouvidora do Sistema Peni-tenciário Nacional, também defendeu maior articulação dos conselhos para com-bater os maus tratos nas prisões e para que as me-didas aplicadas pela Justiça cumpram seu objetivo legal de reeducação e ressociali-zação dos infratores.

Embora sejam previstos pela Lei de Execuções Penais, os conselhos ainda não se fi rmaram como auxiliares da política carcerária, concluiu.

Levantamento do Tribunal Superior Eleitoral, divulgado na sexta-feira, mostra o grande desperdício de papel no período

Lixo das eleições poderia produzir milhões de livros

Em Manaus, no dia da eleição do primeiro turno, capital amanheceu tomada pelos “santinhos”

O lixo produzido pelo material impres-so da propaganda eleitoral de 2012

poderia ser utilizado para a publicação de 20 milhões de livros escolares com 50 pá-ginas. Com o comprimento dessa quantidade de papel empilhado seria possível dar 143 voltas ao redor da Terra. Esses cálculos foram divulga-dos pelo juiz auxiliar da Pre-sidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulo Tamburi-ni, no painel “Impacto ambien-tal da propaganda eleitoral”, apresentado na manhã da úl-tima sexta-feira no congresso em que se comemoram os dez anos da Escola Judiciária Eleitoral (EJE/TSE).

Esse levantamento foi feito pelo juiz Paulo Tamburini com base nos dados declarados nas prestações de contas dos candidatos. Do total de R$ 2 bilhões que os concorrentes

gastaram com propaganda, R$ 800 milhões foram des-tinados a material impresso, como panfl etos apelidados de “santinhos” e divulgação em jornais. Levando-se em conta que com R$ 250 se produzem 20 mil santinhos, o valor declarado é sufi cien-te para a impressão de 57 bilhões deste impresso. Além do papel, para a produção deste material foi necessária a derrubada de 603 mil árvores e o consumo de três bilhões de litros de água.

Para o juiz Paulo Tambu-rini, apesar dos constantes avanços do processo eleito-ral, como a informatização do voto e a aprovação de leis como a da Ficha Limpa (Lei Complementar n° 135/2010), pouco ou nada se tem feito quanto ao impacto ambiental da propaganda. O juiz consi-dera que, com o surgimento de novas mídias como a in-

ternet, há que se pensar em novas formas de se fazer propaganda eleitoral sem degradar o meio ambiente. “Está na hora de se buscar uma nova maneira de passar a ideologia dos candidatos”, concluiu o magistrado.

O comandante do Grupa-mento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, tenente-co-ronel José Albucacys de Castro, que fez este estudo ambiental junto com Tamburini, ressal-tou que o lixo da propaganda entope as galerias de águas pluviais, o que pode causar alagamentos e enchentes.

Para diminuir o impacto no meio ambiente, a vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau, sugeriu a realização de campanha ins-titucional da Justiça Eleitoral incentivando o eleitor a votar somente em candidato que não polua o meio ambiente.

FPM pode estar subdimensionadoOs coefi cientes de parti-

cipação de São Paulo e do Rio de Janeiro no Fundo de Participação dos Mu-nicípios (FPM) estão pos-sivelmente subdimensio-nados. Isso porque todas as capitais com população igual ou superior a 4,5% da população total de todas as capitais recebem a mesma cota, e Rio de Janeiro e São Paulo têm, respectiva-mente, 13,9% e 24,7% da população total.

A avaliação é do senador José Pimentel (PT-CE), re-lator de três projetos que alteram os atuais critérios de distribuição dos recur-sos do FPM. As propostas tramitam em conjunto e deverão ser analisadas em reunião da Comissão de Desenvolvimento Regio-nal e Turismo, na próxima quarta-feira.

Em seu relatório, Pimen-tel alega que os atuais cri-térios de partilha do FPM apresentam várias distor-ções, e destaca alguns pro-blemas que os projetos em análise buscam resolver. Ele explica que a classifi ca-ção dos municípios em fai-xas de população e de renda provoca grandes saltos nos seus coefi cientes quando pequenas variações nesses dois critérios resultam em mudança de faixa.

SP E RJ

O relator considera que os dois critérios também geram muitas contesta-ções administrativas e judiciais, o que emperra o processo de defi nição de coefi cientes e impõe custos tanto aos municí-pios quanto ao Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A classifi cação dos mu-nicípios, disse, em faixas de população e de ren-

da per capita provoca grandes alterações nos coefi cientes quando os dados de censo substi-tuem as estimativas po-pulacionais, o que pas-sa a exigir mecanismos de transição para que alguns municípios não tenham perda súbita e relevante de receita.

Pimentel avalia ainda que a falta de prazo hábil obriga o IBGE e o TCU a trabalhar com estimati-vas populacionais.

Critérios geram contestações

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Senador diz que coefi cientes de SP e RJ podem ser alterados

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A7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Contagem regressiva para o centenário do Caprichoso

Parintins (AM) – Depois de anunciar o tema do boi para 2013, inaugurar o Clu-be Caprichoso e iniciar a construção da sede da Esco-la de Artes Irmão Miguel de Pascalle, a presidente do boi Caprichoso, Márcia Baran-da e a vice-presidente, So-corrinha Carvalho concen-tram energias na feitura do boi de arena para disputar, com o contrário, o Festival Folclórico de 2013, quando ambos disputam na arena o título do centenário.

E o primeiro passo para essa disputa é a gravação do CD/DVD do boi. Para isso, amanhã, segundo a assessoria de imprensa do boi, terá início à audição das toadas para 2013. Serão 200 toadas inscritas.

Essa é uma parte do tra-balho para a apresentação do centenário. A outra, dire-

tamente ligada à evolução na arena é segredo. A presi-dente informou apenas que o bumbá vai trabalhar “a paixão de um centenário que construiu uma das páginas mais bonitas da história da cultura popular no interior da Amazônia”. “É o poder mágico e contagiante do azul que levaremos para arena nas noites de disputa”, ressalta a presidente.

A atual diretoria do boi Caprichoso teve seu man-dato prorrogado até 2016 em assembleia realizada na última terça-feira, 04. A ini-ciativa foi do sócio e um dos fundadores do Movimento Marujada, Sérgio Viana, que justificou a prorrogação do mandato salientando o bom trabalho que Márcia e So-corrinha realizam a frente do boi. A decisão foi con-testada por membros do boi azul, que entraram com uma ação contra a decisão na justiça, em Parintins.

ANIVERSÁRIO

TADEU DE SOUZAEquipe EM TEMPO

Indústrias da invasão são ameaças para Zona NorteApesar de novas invasões não terem prosperado nos últimos anos, é preocupação das autoridades combater essa ilegalidade

A Zona Norte é consi-derada a região mais visada pela “indústria da invasão” nos últi-

mos 4 anos, e nem mesmo o combate intensivo às quadri-lhas impede que sejam inicia-dos novos conjuntos habita-cionais. Lotes são trocados e vendidos por valores, na maio-ria das vezes, insignificantes e o desejo dos compradores em ter seu pedaço de terra também contribuem para que essa indústria se mantenha.

Um exemplo recente é a inva-são surgida na comunidade No-bre, Santa Etelvina, Zona Norte. No início do mês de novembro

as áreas do local começaram a ser demarcadas por invasores que afirmavam ser proprietá-rios dos lotes. Um desses ditos proprietários foi identificado como Antônio Airton Brito de Oliveira, o “Capoeira”.

Capoeira e o detento Agnaldo Pereira Gonçalves são aponta-dos pela Justiça do Estado como responsáveis por uma grande parte das invasões que ocorre-ram e ainda ocorrem na capital. Agnaldo está preso no centro de detenção provisória de Manaus acusado de descumprir oito ar-tigos do Código Ambiental do Estado, totalizando 16 anos de prisão no sistema fechado.

As invasões José de Alencar, Carbrás, Novo Milênio, Lagoa Azul, Grande Vitória, Cidade de Deus, Alfredo Nascimento, Raio do Sol, Monte das Oli-veiras e comunidade Nobre são algumas que entram na lista das principais invasões dominadas por Agnaldo.

Segundo informações da dona de casa Deniele Oyola, 34, Capoeira está desde a semana passada em Iran-duba (a 27 quilômetros da capital) procurando um gran-de lote de terra onde possa ser instalada outra invasão. A área invadida deve receber o nome de Nova Veneza.

Nos últimos 3 anos e oito meses, a Zona Norte foi a região que mais registrou tentativas de invasão. Das 175 invasões efetivamente combatidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambien-te e Sustentabilidade (Sem-mas), 90 ocorreram na Zona Norte, seguida das Zonas Oeste, com 27 registros, e Leste com 23. Na Zona Cen-tro-Sul foram oito tentativas

de invasão, na Centro-Oeste seis, e na Sul, três.

De acordo com a Semmas, em 2009 foram contabiliza-das 35 invasões desarticula-das, em 2010 foram 33, em 2011 foram 44 e este ano, até novembro, foram 45. A se-cretaria ainda informa que as áreas mais visadas são Áreas de Preservação Permanente (APP). Elas são preferidas por estarem situadas próximas a

igarapés e corpos d’água. Conforme o secretário da

Semmas, Marcelo Dutra, o combate às invasões permi-tiu ao município, manter a estabilidade quanto ao surgi-mento de novos bairros. “Des-de o início de minha gestão trabalho para que as ocu-pações desordenadas não aconteçam, principalmente nas áreas protegidas e áreas verdes”, afirma.

Luta contra novas intervenções

ARQUIVOEMTEMPO/REINALDO OKITA

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A8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Polícia encurrala tráfico em ‘áreas vermelhas’ Apesar dos avanços no combate à criminalidade, ainda há muito a ser feito para que haja mais tranquilidade na cidade

Os investimentos fei-tos pelo poder pú-blico em urbaniza-ção e infraestrutura

têm mudado a realidade em algumas áreas da cidade e diminuído a existências das denominadas “áreas verme-lhas”, que são aquelas com alta incidência de crimes como tráfico de drogas, homicídios e outros existentes na cidade. E elas não são poucas, ao con-trário, são muitas, admitem as autoridades de segurança pú-blica. Nesses locais existe um tipo um poder paralelo, onde quem manda é um criminoso, geralmente um traficante.

As autoridades descrevem o perfil desse criminoso como uma pessoa perigosa, que se considera o dono do espaço. Esse traficante impõe seu “po-der” na base da violência e cria suas próprias regras. Uma delas é a “lei do silêncio”, que vale para toda a comunidade. A ordem é proibir qualquer morador de comentar ou de-nunciar a atividade do tráfico existente no local.

O “chefão” conta ainda com estrutura e logística para ga-rantir a existência do negócio.

Ele possui o gerente da “boca” (braço direito); os aviões (res-ponsáveis pela distribuição) e os pistoleiros (pessoas con-tratadas exclusivamente para matar desafetos). Os motivos dos assassinatos são basica-mente dois: acerto de contas ou disputa por território.

O secretário executivo do programa “Ronda no Bairro”,

coronel Amadeu Soares, afir-ma que a polícia e o próprio governo do Estado estão con-seguindo diminuir as deno-minadas “áreas vermelha” na cidade. Segundo o secretário, os resultados começaram com a remoção de famílias de al-gumas áreas às margens de igarapés e com a urbaniza-ção de bairros por meio do Programa de Saneamento

Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), e mais recentemente, com a implan-tação do “Ronda no Bairro”.

No entanto, o coronel admi-te que a polícia ainda enfrenta dificuldades para atuar em “áreas vermelhas”. Uma delas é a geografia que caracteri-za essas áreas, geralmente com terrenos acidentados com elevações, cortados por igarapés, com ruas estrei-tas, vielas, becos, pontes de madeira e iluminação precá-ria. “Isso traz um problema muito grande, pois dificulta o acesso da polícia e, con-sequentemente o combate à criminalidade”, afirma.

Problema para a polícia e benefício para os bandidos, uma vez que os traficantes, por exemplo, se prevalecem dessas dificuldades para tocar o comércio de entorpecentes e muitas vezes para andar li-vremente armados pelas ruas, sem serem incomodados. A outra dificuldade é a “lei do silêncio”. “Os moradores des-sas áreas, infelizmente, ainda têm aquela cultura do medo, ou seja, de que se denunciarem serão ameaçadas ou mortas. Mas hoje a polícia dá total ga-rantia do sigilo e de segurança a quem denuncia”, ressalta.

DIFICULDADESOs terrenos acidenta-dos, as ruelas escuras, as pontes e precarie-dade na iluminação pú-blica são algumas das dificuldades apontadas para o melhor comba-te à criminalidade em Manaus

NILSON BELÉMEquipe EM TEMPO

Para as autoridades de segurança é inegável que as “áreas vermelhas” são os maiores focos de violência e de criminalidade na capital. Estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP) indicam que são nesses lo-cais que existe maior inci-dência de bocas de fumo e, em consequência, maior

número de homicídios. É também nelas que se escon-dem foragidos de Justiça, se formam integrantes de quadrilhas de assaltantes, latrocidas, entre outros.

A ousadia dos traficantes é tanta que houve tentativas de expulsão e até assassinatos de policiais nesses locais. O tenente Gustavo Lehneman

foi um dos alvos dos bandidos e quase paga com a vida por tentar combater o tráfico de drogas. “Em represália os tra-ficantes fizeram uma espécie de consórcio para arrecadar dinheiro e me matar. Os tra-ficantes pagaram R$ 40 mil pela minha cabeça, mas não me intimidaram, vou continu-ar o meu trabalho”, afirma.

Ousadia e combate ao crime

Revistas e abordagens são alguns dos métodos utilizados para identificar possíveis criminosos

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EconomiaCa

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[email protected], DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012 (92) 3090-1045Economia B2

‘Pequenas’vendem mais para União

FÁBIO MOTA/AE

Terreno sem obra chega a ser 700% mais ‘salgado’

Com base no CUB e IVV, em Manaus área construída sai mais em conta do que um terreno vazio

Ao prospectar a compra de um imóvel, o ma-nauense pode

se deparar com uma realidade nada conven-cional: o valor do metro quadrado de um terreno vazio chega a ser 706% mais caro do que uma área construída.

Ao todo, o EM TEM-PO verificou a variação em 12 bairros da capital amazonense: Adrianópo-lis, Aleixo, Cachoeirinha, Centro, Compensa, Dom Pedro, Flores, Parque Dez, Ponta Negra, Santo Antônio, Santa Etelvina e São Jorge.

A pesquisa usou o parâ-metro do Custo Unitário Básico (CUB) do metro quadrado, conforme ta-bela de imóveis divulga-da pela Superintendência do Registro Imobiliário, Avaliações e Perícias da Procuradoria Geral do Município, referente aos meses de setembro a dezembro de 2012, e também o Índice de Ve-locidade de Vendas (IVV), do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), no qual foi levado em consideração o valor do metro quadrado cons-truído de imóvel de 100 metros quadrados.

Em todos os locais veri-fi cados, a média do metro quadrado construído é de R$ 43,16, conforme o úl-timo IVV divulgado pelo Sinduscon-AM, no tercei-ro trimestre deste ano. En-quanto a maior variação registrada foi a da Cacho-eirinha (706%), a menor foi de 55,58% verifi cada no bairro Flores, onde o Cub é de R$ 67,15.

No tradicional bairro da Cachoeirinha, um dos mais antigos da cidade, o CUB do metro quadrado é de R$ 304,86, conforme a tabela da PGM. Porém, segundo o IVV do Sin-duscon-AM, o valor da mesma área construída de um imóvel de 100 metros quadrados é de apenas de R$ 43,16, ou seja, sete vezes mais em conta do que um terreno vazio. “Por ser visto como uma área comercial, o bairro da Cachoeirinha apresenta um encareci-mento no preço dos terre-nos (vazios) situados no local”, explica o corretor da C&Castro Imóveis, Jean Caxeixa.

O EM TEMPO tentou falar com o superinten-dente de Registro Imo-biliário, Avaliação e Pe-

rícias, Júlio Bessa, mas não obteve sucesso.

Entre as mais carasO metro quadrado na

avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul da ci-dade, é um dos mais ca-ros do Brasil, de acordo com o superintendente do Sinduscon-AM, Cláu-dio Guenka. Prova disso é o preço do CUB no local de R$ 1.093,33, conforme dados da PGM.

O corretor imobiliário Jean Caxeixa frisa que o valor do metro quadrado do terreno vazio é mui-to elevado em Manaus se comparado com o de outras cidades do país. “As pessoas que vem de fora estranham os preços dos imóveis e terrenos na cidade”, ressalta.

ValorizaçãoAs áreas no entorno da

avenida Governador José Lindoso, conhecida como avenida das Torres, que foi inaugurada há apro-ximadamente dois anos, apresentaram valoriza-ção no CUB no último

trimestre do ano em re-lação aos três meses an-teriores. Conforme dados da PGM, o CUB na região registrou um crescimento de quase 25,8%, no último trimestre deste ano na comparação com o perío-do anterior ao subir de R$ 312 para R$ 392,44.

Segundo o corretor da C&Castro Imóveis, Jean Caxeixa, a valorização aconteceu em função da construção de um novo shopping no local e de uma nova via oriunda do Novo Aleixo que será conectada à avenida das Torres, fa-cilitando o acesso de liga-ção entre as zonas Leste e Centro-Sul. A previsão é de que o preço do metro quadrado no local conti-nue a crescer.

“À medida que essas obras forem sendo en-tregues, a tendência é as áreas no entorno fi-carem valorizadas nos próximos anos. Hoje, a procura por terrenos no local é grande, porém, quase tudo já foi vendi-do”, destaca o corretor.

VALORIZADAO metro quadrado na avenida Djalma Batista é um dos mais caros do país. Na região, o preço do CUB é equiva-lente a R$ 1.093,33, segundo dados do Sinduscon-AM

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Alfredo MR Lopes [email protected]

E é gratifi -cante, para quem se dispõe a en-tender a hora presente no debruçar-se sobre a his-tória, fl agrar homens apai-xonados pelo que faziam, inovadores e visionários, dotados de uma grande abertura de espírito”

Manaus abrigou na semana passada, no espaço do Centro Cultural Palácio da Justiça, um evento da maior importância neste momento de defi nição dos rumos que o Amazonas precisa imprimir ao seu modelo de desenvolvimento e de sociedade, e no bojo das refl exões sobre os cem anos da debacle no Ciclo da Borracha. A iniciativa Pioneirismo Brasileiro e o Estado do Amazonas, sob a responsabilidade do professor Jacques Marcovith, com apoio do Ministério da Cultura, credibilidade da USP e acolhida do Governo do Estado e da Bemol, entre outras empresas, convi-dou-nos a revisitar os heróis de nossa resistência, na fi gura emblemática de Samuel Benchimol, o primeiro pioneiro amazônico, selecionado pelo projeto que já resgatou, na edição de três volumes, a saga de dezenas de brasileiros obstinados pela conjugação do verbo empreender, a despeito, ou por causa, das adversidades impostas pelo país, seu atavismo colonial e burocracia medieval.

O terceiro volume contempla a saga dos pioneiros do Rio de Janeiro, Nordeste e Amazônia, que reúne as contribuições dos Lundgren, Luiz Tarquínio, Bernardo Mascarenhas, Delmiro Gouveia, Roberto Marinho, Augusto Trajano de Azevedo Antunes, Samuel Ben-chimol e Edson Queiroz. O pano de fundo do projeto é o cenário econômico e social brasileiro, e mundial, nos séculos XIX e XX. E é gratifi cante, para quem se dispõe a entender a hora presente no debruçar-se sobre a História, fl agrar homens apaixonados pelo que faziam, inovadores e visionários, dotados de uma grande abertura de espírito, extraordinária capacidade de trabalho e fl exibilidade para mudar, ao perceber os imperativos do momento e tomar decisões que alteram rumos, estratégias e resultados.

Todos eles, invariavelmente, alcançaram taxas elevadas de resultados, naquilo que se chama hoje de sucesso, tendo presente uma equação inteligente e efi caz: apostar no desenvolvimento do país tendo sempre presente o envolvimento direto em projetos sociais e de promoção humana, sobretudo dos jovens. Eis uma visão de futuro, atual e efi ciente, com lições inequívocas de governança corporativa, fruto do empreendedorismo fecundo que deve animar o esforço daqueles que buscam mudanças estruturais e soluções para os problemas que desassossegam a brasilidade.

“O que aconteceu é tão importante quanto o que está acontecendo e o que vai acontecer”, diz o profes-sor Marcovitch, para quem, pioneiros como Samuel Benchimol e seus contemporâneos na Amazônia, se fi rmaram a partir das adversidades e choques cultu-rais. Eles depositavam os conhecimentos adquiridos nos alvéolos de um favo interior, para utilizá-los na estruturação de prioridades ou nos embates de cada negócio. Isso lhes permitiu fl exibilidade para mudar de estratégia; extraordinária disposição para o trabalho; engajamento em variadas iniciativas; presença marcante em projetos sociais ou de cunho fi lantrópico; uma singular habilidade para tratar e conviver com a incerteza.

Foi a partir dessas premissas que os pioneiros transformaram as adversidades enfrentadas na sua juventude num patrimônio para a construção de vidas signifi cativas; vivenciaram intensamente, e desde cedo, o seu entorno indo ao encontro do outro; adentraram o labirinto da vida, combinando razão e intuição, na busca permanente do seu caminho, onde integraram no seu projeto de vida o rigor econômico, a responsabilidade social, a sustentabilidade ambiental e o respeito a diversidade cultural viabilizando assim sinergias prodigiosas. Assim procedendo, fi zeram da riqueza um meio para viabilizar seu sonho; da sabedoria, a valorização do outro; e do poder, a disciplina para a constante busca de um porto seguro e de conciliação dos tempos da urgência e da relevância na perspectiva de harmonizar a lógica dos resultados com a lógica dos valores. Numa palavra, o empreendedorismo dos pioneiros lhe permitiu a construção de seu futuro porque foram capazes de amar seu destino. Portanto, na construção coletiva do Amazonas que queremos a partir do tecido social que compomos, refl etir sobre os pioneiros é amealhar subsídios, incorpo-rar ensinamentos e fazer das lições novos roteiros, testemunhos em porongas que alumiam o urgente desafi o de transformar, com inteligência, inovação e responsabilidade, bioma amazônico em prosperidade geral. Voltaremos ao assunto.

(*) Alfredo é fi lósofo e ensaísta.

Pioneirismo no AmazonasMontante adquirido pelo governo federal das micro e pequenas empresas representa 62% do volume de compras da União feitas no ano passado

Governo federal compra R$ 783 mi das ‘pequenas’

Embora as micro e pequenas empresas do Amazonas te-nham difi culdade em

conquistar compras públicas municipais e estaduais, no âmbito federal o “extrato” é positivo. Em 2011, conforme dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o gover-no federal comprou em torno de R$ 783 milhões das “pe-quenas” no Estado.

A gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Lamisse Said, afi rma que o montante representa 62% do volume de compras do gover-no federal. “O governo está cumprindo muito bem o seu papel em relação às compras governamentais”, destaca.

Em todo o Brasil, as aquisi-ções da administração federal de produtos oferecidos por pequenos empreendedores, em 2011, somaram R$ 15 bilhões, o equivalente a 30% do total das compras públicas do governo no ano passado. Conforme dados do Sebrae, em 2002, essas compras re-presentavam apenas 11% de tudo o que era adquirido em licitações pela União.

InteresseDe olho nas compras do

governo federal, o empresário Ibrahim Saad criou, em abril deste ano, a Alpha Comércio e Serviços Tecnológicos para participar futuramente em li-citações. A ideia é fornecer produtos de informática, se-gurança eletrônica e também prestar atendimento técnico para o serviço público.

Na avaliação do empresá-rio, as licitações diferenciadas para as “pequenas” vão favo-recer as micros empresas, que ganharão mais espaço nas compras públicas. “Com cer-teza, os certames específi cos criam um nicho muito grande, que será bom para o mercado”, destaca o Saad.

ANWAR ASSIEquipe EM TEMPO

Em 2012, a Prefeitura de Manaus licitou em torno de R$ 64,5 milhões, econo-mia de aproximadamente 19,38% em relação a 2011. Por meio da assessoria de imprensa, a Comissão Mu-nicipal de Licitação (CML) informou que micros e pe-quenas empresas vence-ram “algum item” em 23 pregões presenciais.

A CML informou que a prefeitura promove licita-ções de até R$ 80 mil, em respeito a Lei Com-plementar n.º 123/2006. Contudo, o órgão atribui

à “falta de organização e ao desconhecimento do potencial competitivo dos empreendedores de pe-queno porte”, o fato de haver um baixo índice de vitórias por parte de micro e pequenas empresas dos certames municipais. “O que se percebe é que essas empresas não se utilizam do benefício proporciona-do pela lei, não tendo a prefeitura qualquer injun-ção sobre isso”, salienta a CML, em nota.

O presidente do Tribu-nal de Contas do Estado

(TCE), Érico Desterro, enfa-tiza que o órgão tem feito recomendações aos entes governamentais para im-plantar leis que benefi ciam os micros e pequenos em-presários nas licitações pú-blicas. “Temos trabalhado para que os municípios a normatizem e apliquem a lei existente”, frisa.

O EM TEMPO procurou a Comissão de Licitação Ge-ral do Estado, por meio da Agência de Comunicação do Estado (Agecom), mas o órgão não quis se pronun-ciar sobre o assunto.

Prefeitura poupa com licitações

Em todo o país, as aquisições do governo federal das microempresas somam R$ 15 bilhões

FÁBIO MOTA/AE

representa 62% do volume de compras da União feitas no ano passado FÁBIO MOTA/AE

Alfredo MR Lopes

Filósofo e ensaísta

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B3PaísMANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

DF terá R$ 42,2 mi contra crackGoverno federal investirá o valor no programa ‘Crack, é possível vencer’. Verba será aplicada em tratamento de saúde

O Distrito Federal receberá R$ 42,2 milhões do gover-no federal para

combater o crack. Os re-cursos, que serão aplicados até 2014, fazem parte do programa “Crack, é possível vencer!” e serão aplicados para aumentar a oferta de tratamento de saúde e aten-ção aos usuários, enfrentar o tráfico de drogas e as organi-zações criminosas e ampliar atividades de prevenção por meio da educação, informa-ção e capacitação.

O termo de adesão ao programa foi assinado na sexta-feira (7), durante ce-rimônia no Palácio do Buriti, pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, pela ministra do Desenvolvimen-to Social, Tereza Campello e pela secretária nacional de Segurança Pública do Minis-tério da Justiça, Regina Miki. Durante a assinatura, Agnelo disse que a iniciativa é um marco na construção de uma política intersetorial para o enfrentamento da questão.

“Este é um dia muito sig-nificativo para todos nós. O combate ao crack e outras drogas não é uma tarefa fácil. É uma tarefa complexa e só mesmo com política pública articulada é possível ter êxito”, disse Agnelo.

Tereza Campello disse que as ações do programa “Crack, é possível vencer!”

baseiam-se no trabalho conjunto do governo fede-ral com Estados e o Distrito Federal. “Nós estamos assi-nando mais que um termo de adesão. Estamos conso-lidando um trabalho que foi construído de forma coope-rativa e de forma conjunta entre as duas esferas de governo.”

Centros de AtençãoDo montante de recursos,

R$ 26,6 milhões serão des-tinados à criação de quatro centros de atenção psicos-social – álcool e drogas (Caps-AD) para atendimen-to 24h aos usuários. Os cen-tros oferecerão tratamento continuado aos usuários de crack e outras drogas e seus parentes. Também foi anun-ciada a criação de cinco unidades de acolhimento, sendo três para atendimen-to de adultos e duas para crianças, e serão implan-tados três consultórios de rua, para fazer abordagem dos usuários nos locais de consumo da droga.

Regina Miki disse que o enfoque do programa é di-ferenciado das políticas tra-dicionais, que se concentram apenas na repressão do uso da droga. Regina disse que, na concepção do programa, o usuário é encarado como al-guém que tem direito à saúde. “Ele tem direito a refazer o seu projeto de vida.”

Para as ações de preven-ção, serão destinados R$ 8 milhões para capacitação de profissionais da saúde, educação, assistência social, segurança pública e para lide-ranças comunitárias. A meta é capacitar 24 mil pessoas. Os recursos também serão aplicados na publicação de

material informativo. Já na área de segurança pública, serão investidos cerca de R$ 6 milhões. As ações se con-centrarão no combate ao trá-fico e implementação de poli-ciamento ostensivo próximo às áreas de concentração de uso de drogas. O Distrito Fe-deral também receberá três

bases móveis com câmeras de monitoramento que se deslocarão para os lugares de concentração do uso da entorpecentes com o obje-tivo de inibir a prática de crimes e o tráfico. Além do Distrito Federal, 13 Esta-dos já aderiram ao programa “Crack, é possível vencer!”.

No total, estão previstos R$ 4 bilhões em recursos federais até 2014, que serão investi-dos em ações de orientação da população, capacitação de profissionais, aumento da oferta de tratamento e atenção aos usuários, além do enfrentamento ao tráfi-co de drogas.

Ações de prevenção terão R$ 8 milhões

Manifestação na Esplanada dos Ministérios, no começo do ano, pediu o apoio do governo no combate ao crack no Brasil

ANTÔNIO CRUZ/ABR

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B4 Mundo MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Plano argentino frustradoJustiça estancou projeto da presidente Cristina Kirchner, que havia anunciado para sexta-feira (7) a entrada em vigor da Lei dos Meios, aprovada em 2009, e o começo do fim dos monopólios de comunicação audiovisual

Uma decisão judicial de última hora frustrou os planos da presidente da Argentina, Cristina

Kirchner. Ela havia anunciado que esta sexta-feira (7), bati-zada de 7D, marcaria a entra-da em vigor da Lei de Meios, aprovada em 2009, e o começo do fim dos monopólios de co-municação audiovisual. Mas a Justiça surpreendeu o governo ao anunciar que nada poderá ser feito até que haja a decisão sobre a constitucionalidade de dois artigos da lei.

“O problema é que o governo transformou o 7D em uma data histórica, que marcaria o início do fim do Grupo Clarín, dono do maior conglomerado de comuni-cação do país”, explicou o analis-ta político Rosendo Fraga. “Uma decisão adiando a Lei de Meios é vista, pelo governo, como uma derrota”, acrescentou.

Suprema CorteO governo anunciou que vai

recorrer à Suprema Corte, mas isso pode levar tempo. “No fun-do, a Justiça decidiu que o 7D não acontecerá”, explicou Clau-dio Paolillo, chefe da missão da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) que chegou a Buenos Aires, na quinta-feira (6) para avaliar se o governo está violando a liberdade de expres-são. A Lei de Meios determina que ninguém pode ter mais do que dez emissoras de rádio, um canal aberto de televisão e 24

concessões de TV a cabo. O Gru-po Clarín tem 240 concessões de TV a cabo – dez vezes mais do que o permitido. Mas não é o único que precisa se adequar à nova legislação.

No total, 21 grupos estão em desacordo com a nova lei. Mas apenas o Clarín questionou a legislação na Justiça, ao entrar com pedido de liminar alegan-do que dois artigos (45 e 161) são inconstitucionais, porque violam direitos adquiridos e a liberdade de expressão.

Inicialmente, essa liminar venceria na sexta-feira. O go-verno havia dado um ultimato às empresas de rádio e televi-são: tinham até a meia-noite para apresentar seus planos de adaptação à nova lei. Quem não tivesse uma proposta voluntá-ria, para reduzir suas licenças, deixaria a decisão nas mãos do governo, que escolheria o que licitar. “O Grupo Clarín acusa o governo de querer tomar a empresa pela força para calar a oposição. É mentira”, disse Martin Sabatella, presidente da Autoridade Federal de Comu-nicação Audiovisual, órgão do governo responsável por im-plementar a lei. “Só queremos democratizar a informação e dar uma oportunidade a todos para manifestarem suas opini-ões. Não queremos deixar tudo nas mãos de poucos, mas não decidimos quem fica com o quê. Isso será decidido em um pro-cesso de licitação”, explicou.

Para o Grupo Clarín, a lei não passa de uma es-tratégia do governo para desmantelar a oposição nos meios de comunicação.

“O governo fala em de-mocracia, mas está se pre-parando para entregar as li-cenças a grupos amigos, que

receberão propaganda oficial em troca de apoio político”, disse o editor-chefe do jornal Clarín, Ricardo Kirchbaum.

Queda de braçoMas, para muitos argenti-

nos, tudo não passa de uma queda de braço política entre

o governo e o grupo. “Sou contra os monopólios de in-formação por isso acho que a Lei de Meios é boa”, opinou o engenheiro Carlos Sposato.

“Mas o que me preocupa é como vão aplicar a lei. Se forem acabar com um monopólio privado para

criar um monopólio público, nada vai mudar.”

Já a comerciante Consuelo Garcia diz que o 7D não está no topo da sua lista de preocupações. “O argentino comum está mais preocu-pado com a insegurança e a inflação”, disse ela.

‘Lei não passa de estratégia’, diz Clarín

Cristina Kirchner foi surpreendida pela Justiça, mas o governo já anunciou que vai recorrer à Suprema Corte contra a decisão

VALTER CAMPANATO/ABR

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B5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

O núcleo de cinema do Amazon Sat foi criado no meio deste ano, com o obje-tivo de ser um espaço para a exibição de produções ama-zonenses. “Mas ainda existe certa deficiência neste se-tor”, avalia Anderson. “Foi quando surgiu a ideia do Concurso de Roteiros, até com a proposta de ajudar na qualidade de filmes locais”, acrescenta o cineasta.

De acordo com ele, a par-ceria com a Casa do Cinema possibilitou a integração entre vários cineastas da

cidade e ajudou no fomento à cena.

“O diálogo com o pessoal do teatro e da fotografia da cidade também foi muito importante para a realização desses trabalhos”, ressalta, acreditando que esta é uma das ações necessárias para fortalecer o cenário do au-diovisual do Estado. Todos os curtas produzidos pelo Núcleo, assim como trailers e making of’s, ficam dispo-nibilizados no canal da rede social Youtube: www.youtu-be.com/cineamazonsat.

Criação de núcleo cinematográfico

A ideia do concurso é dar vida a roteiros produzidos por jovens interessados no audiovisual

Cineastas manauenses dão vida a roteiros de concursoOs oito primeiros curtas-metragens selecionados, em um total de 16, serão lançados dia 15, no Café-Teatro, Centro

O 1º Concurso de Ro-teiros do Amazon Sat, que inicialmen-te premiaria os qua-

tro melhores trabalhos com a produção de seus filmes - cur-tas-metragens de até quatro minutos -, lançou os seleciona-dos no último mês de agosto. O resultado, porém, foi melhor do que o esperado: a curadoria se animou com as 40 histórias que receberam que optaram por produzir, divulgar e exibir 16 obras ao todo, estendendo em dobro o tempo máximo de duração. O lançamento ofi-cial dos oito primeiros filmes acontece no próximo sábado, no Les Artistes Café-Teatro, e os restantes – já em fases de filmagem ou finalização – estrearão em janeiro.

O projeto foi idealizado pe-los cineastas amazonenses Anderson Mendes, Saleyna Borges e Thiago Morais, em parceria com o Núcleo de Ci-nema do Amazon Sat, Casa do Cinema e a Associação de Mídias Audiovisuais e Cinema (Amacine). Juntos, e com mais alguns apoios e parceiros, con-seguiram dar vida à ideia, no intuito de movimentar a cena na cidade, revelar novos talentos locais e promover a troca de experiências entre profissionais e iniciantes do universo cinematográfico.

Anderson, que também co-ordena o núcleo de cinema do Amazon Sat, explica que depois de analisarem as obras inscritas, a diretoria decidiu lançar quatro filmes por mês, entre setembro e dezembro, com exibições no programa Cine Amazon Sat. Porém, os

cronogramas sofreram atra-sos. Apesar dos quatro pri-meiros curtas já terem sido exibidos uma vez na emissora local, o lançamento oficial des-ses filmes, junto com outros quatro ainda inéditos, acon-tecerá apenas esta semana. “Mesmo que Manaus tenha consumidores (do cinema lo-cal), ninguém vai pagar para ver essas produções, então estamos exibindo de graça e disponibilizando na internet, também de graça”, afirma.

Os oito primeiros curtas são

“Chá das Cinco”, de Wander Luis; “H2O”, de Moacyr Massu-lo; “Lembranças do Amanhã”, de Bruno Pereira; “Traço Fi-nal”, de Sullivan Lopes e Paulo Rodrigues; “Peixe Monstro”, de Luiz Augusto Gomes; “Domin-go Inesquecível”, de Livia Silva de Cristo; “Eles Podem Voltar”, de Roberto Nazaré; e “Cuma-ru”, de Wilson Vera Cruz. “Cada filme teve uma espécie de ‘padrinho’, que passou orien-tações e dava dicas, até por-que se tratam de produções colaborativas: todo mundo dá um pouco de tempo e equipa-mentos para as filmagens”, explica Anderson, comentan-do que os “resultados foram bem satisfatórios”.

VICTOR AFFONSOEquipe EM TEMPO

SERVIÇOLANÇAMENTO DO 1º CONCURSO DE ROTEIROS

Quando:

Onde:

Quanto:

Sábado, dia 15, às 19h

Les Artistes Café-Teatro (avenida 7 de Setembro, 377, Centro)

Entrada gratuita

PRODUÇÃOOs roteiros dos curtas “Chá das Cinco”, “H20”, “Lembranças do Ama-nhã”, “Traço Final”, “Pei-xe Monstro”, “Domingo Inesquecível”, “Eles Podem Voltar” e “Cuma-ru” foram os primeiros a serem produzidos

O curta-metragem “Cumaru” foi um dos roteiros selecionados e estará na primeira parte da exibição do concurso de roteiros

Os roteiristas participaram efetivamente dos processos de montagens de seus filmes, acompanhando a rotina de en-saio e escolha de elenco. Ape-sar de que a maioria já tinha algum tipo de contato com o audiovisual, o concurso serviu também para talentos.

É o caso de Sullivan Lopes, que assina o roteiro de “Traço Final”, mas foi o único que preferiu não dirigir o curta, por nunca ter tido uma expe-riência similar. O estudante

de química contou com ajuda de Paulo Rodrigues, que ele conhecia apenas de vista em encontros durante os festivais de Um Minuto. Mesmo assim, Sullivan ficou com o cargo de assistente de direção e apro-veitou a oportunidade para aprender o máximo possível. “Aprendi muito, principalmen-te com as dicas do Paulo, e acredito que realizamos um bom trabalho juntos”, diz, re-velando que já está finalizando um outro roteiro.

Experiência revela novos talentos locais

“Traço Final” foi escrito pelo roteirista Sullivan Lopes

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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B6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Fernando Coelho [email protected] - [email protected] - www.conteudochic.com.br

. A festa de fi m de ano desta coluna, foi um dos eventos mais bacanas da temporada, conges-tionando a avenida do Turismo, no palácio dos eventos de Manaus – o Diamond Convention Center.

. Foi ‘A’ festa! Pelo charme, pelo público, pelo cardápio, pelo décor, pelo astral, por tudo que aconteceu. O Diamond apresentou um menu de se aplaudir de pé com itens elogiadíssimos. Realmente a equipe comandada pela chic Helen Garcia faz do local, um espaço de eventos de igual performance aos bufês dos grandes centros do país. Capítulo à parte para a ambientação da festa assinada pelo Bandeirão – outra empresa genuinamente amazonen-se, das irmãs Dodora Cavalcanti, Fabíola Moraes e Deborah Boscá, que causa orgulho para a cidade. Na festa, decoração das tonalidades azul-marinho e dourado, com profu-são de lustres de cristal e espelhos,

très elegant. O Bandeirão se supe-ra a cada momento, sensacional. O músico Felício deu o show de sempre no microfone com músicas que levam a turma para a pista de dança. Em seguida, o sertanejo Edu Guedes fez a alegria da turma do balanço universitário, animando até altas horas a pista.

. O momento do sorteio de duas passagens para Nova York – o pre-sente da coluna para os habitués do evento – sacudiu a turma. E deu Charuff e Nasser e Rosiane Lima, as sortudas premiadas com os bilhe-tes! Maravilha. A coluna agradece a turma de empresas apoiadoras do evento: EM TEMPO, Fametro, Papoula, BSN Veículos, Interdesign, Top Internacional, Brigaderia dos Deuses, Magistral, Contém 1 g, Amazonas Shopping e Diamond. O festão abriu a temporada de eventos de fi m de ano! A movi-mentação continua.

>> Festa chic movimenta o society

Roberto e Ana Leitão e Helena e Júlio Verne do Carmo Ribeiro

Cleide Avelino, Sônia Jinkingse Lucimar Augusto

Diego, Ingrid, Gracielza eAdjunto Afonso

Hélio Marques e os arquitetosAchilles Fernandes e André Sá

Tereza Cristina Garcia, NormaAraújo, Lucia Viana e Indra Bessa

Ângela e Juarez de LimaSuelen e Marcos Pacheco

Elza e Bosco AraújoEsther e Leandro Nunes

Waisser BotelhoSérgio, Márcia e AlbertoMartins

Nilda Corrêa, Nilson Coronin e Valdenice Garcia

Rosiane Lima

Mary Tuma eEliane Schneider

Cristiano e Alessandra Brandão

Nelsinho e Marlice MartinsMarco e GizellaBolognese

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B8 Plateia MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

MANAUS, DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012

Luziane Figueiredo está trocando de idade hoje. Os cumprimentos da coluna.

Um baile a fantasia dará o tom divertido à sessão parabéns da chique Gizella Ri-beiro Bolognese, no próximo dia 14, no reino dos Bolognese fi ncado no Ephygênio Salles. Festim do tipo seleto e indispensá-vel só para a ala inte-ressante da cidade.

A Companhia de Tea-tro Apareceu a Mar-garida retorna com a comédia “A herança maldita de Mercedita de La Cruz”, um de seus maiores sucessos, às 19h deste domingo, no novo espaço cultural da cidade, o Les Artistes Café-Teatro – na Sete de Setembro.

No próximo dia 9, a bambina Alice Ma-ria Fernandes Souza vai ganhar festão de aniversário no Plane-ta Festas, no Parque das Laranjeiras.

A especialista em me-dicina ortomolecular, Heloísa Rocha – conhe-cida como a “médica das estrelas” – que atende com exclusividade na Clí-nica Dra. Montaha, esta-rá atendendo no próximo dia 15. Aliás, ela é um dos nomes mais procurados

no Rio de Janeiro quando o assunto é emagreci-mento. Agende.

No próximo dia 10, a joalheria JS Studio lançará promoção das mais concorridas para o Natal. Com condi-ções de pagamentos do tipo livre-leve até o dia 14, viu?

A administração da atuante Márcia Baran-da, presidente do Ca-prichoso, se estenderá até 2015, com direito a inclusão de novos e sim-patizantes sócios. Tudo aprovadíssimo pela maioria dos sócios na última Assembleia Ge-ral Extraordinária do boi azulado – em Parintins. Que fi que bem claro!

O Sistema Fieam convida para conferir o tradicional jantar de confraternização com a press local pilotado todos os anos pela fe-deração. O encontro, que conta com um fes-tival de sorteios va-liosos, acontecerá no salão de Eventos do Clube do Trabalhador, a partir das 20h30, na próxima quinta-feira.

Também no dia 13, a apresentadora Milena Reis orquestrará festim badalado duplo para co-memorar o niver das gê-meas Mariah e Maitê, no Mega Planet, às 19h.

::::: Sala de Espera

Com direito a decoração do Bandeirão, bufê de Jamil Jr., ani-mação da banda Órion e muita bossa, os educadíssimos Fabia-na Lo Presti Mendonça e Carlos Eduardo Pinho Rosas pilotaram sessão fl or de laranjeira das mais concorridas, na bucólica Marina Rio Belo, no Tarumã. A noite da úl-tima quinta-feira transpirou ele-gância na dosagem certa. Depois do badalado casório que varou a madrugada de anteontem, os recém-casados zarparam para lua de mel em Gramado. Uma chiqueria tremenda!

::::: Enlace chique

chiqueria tremenda!

Fabiana e Carlos Eduardo RosasAdriana eIan Cohen

DenizeSantana

Tatiana Morie Rhana Cohen

Helvécio Costa e sua Flavinha

Helvécio Costa e sua Flavinha

Edmar, Gabriel, Naiara eNazaré Rosas

Luiz d’Albuquerque Lima, Sasha Suano, Edson Rosas Neto e Caroline Carneiro

Suzana eFábio Mendonça

Lúcia e Edson Rosas Jr.Anete

PerroneTatiana Mori

Simone eTainah Esteves

Fabiano Oliveirae Baby Rizzato

Leonardo Pessoa Jenny e César Ituassú

Carol eKátia Sebben

FOTOS: JANDER VIEIRA

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