Dúvidas e conquistas dos estudiosos

Homem verdadeiro e Deus verdadeiro

Flávio Josefo (93-94)

Plínio o Jovem (111-112)

Tácito (115-117)

Suetônio (120)

Adriano (133)

Luciano de Samossata (170)

Celso (178)

Talmude e Midrash

“Nesse tempo vivia um sábio chamado Jesus, reputado por sua maneira de atuar e sua virtude. Muitos judeus e muitos dentre as outras nações vieram a ele. Pilatos o condenou a morrer na cruz. Mas os que o seguiram não deixaram de ser fiéis a seu pensamento. Eles contaram que, três dias depois de ter sido crucificado, se lhes havia aparecido, e que estava vivo. Talvez fosse, pois, o Messias do que os profetas anunciaram muitas coisas admiráveis” (Antiguidades Judaicas, XVIII, 63s, segundo a tradução árabe de Agapio bispo melquita).

“Num dia fixo se reúnem antes da alva e entoam um canto a Cristo como a um deus” (Cartas X, 96).

Nero “castigou com os mais refinados suplícios aos que o vulgo (…) chamava cristãos”. “Quem está na origem deste nome, Cristo, fora executado no reinado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos” (Anais XV, 44).

Cláudio expulsara os judeus de Roma pelas desordens que causaram “empurrados por Crestus” (Vida dos Doze Césares – Cláudio XXV, 4).

A incursão de Deus na história implica uma tensão entre o eterno e o temporal

O historicismo do século XIX desembocou no ceticismo, pois o caráter religioso da Bíblia impede uma biografia “moderna” de Jesus

As primeiras buscas

Herman Samuel Reimarus(1694-1768)

•Discordância entre os Evangelhos

•Jesus revolucionário ambicioso e fracassado

Lessing (1778)

•Publicou Reimarus

•“As verdades casuais da história não podem ser prova das verdades necessárias da razão.”

Wilhelm Wrede(1859-1906)

•Evangelho de Marcos como referência “acristológica”

•Apóstolos mestres da intriga

Martin Dibelius(1883-1947)

•História da tradição

Rudolf Bultmann(1884-1976)

•Desmitologização

Ernst KäsemannNuma palestra, em 20/10/1953, defendeu uma linha média entre os liberais positivistas e os conservadores fideístas, tentando dar valor teológico ao pouco que o historicismo conseguia “provar”.

Critérios

metodológicos

•Descontinuidade

•Testemunho múltiplo

•Conformidade a textos já tidos como

autênticos

•Plausibilidade histórica

Outros

critérios

•Explicação necessária

•Estilo de Jesus

•Inteligibilidade integral da narrativa

A terceira busca

Interesse menos

teológico pela figura

de Jesus

Interesse pela

literatura

intertestamentária

Estudo dos textos

extracanônicos

Estudo do mundo

greco-romano

Abordagens

exegéticas

psicologistas,

feministas, etc.

Sábio (Ben Witherington) Profeta (Tom Wright)

Carismático (Geza Vermes) Reformador social (John Meier)

A “nossa” busca

Discursos, profecias, Reino dos céus e Igreja

Mateus

Cristo humano que deixa entrever a sua divindade

Marcos

Pobreza, mulheres, universalidade, misericórdia

Lucas

JesusVerbo de Deus, dos sinais à glória

João

• Judeia

• Cronologia das festas

Primeiro ano (João)

• Galileia

• Esquema milagres-parábolas

Segundo ano (Mateus)

• Sidônia e Pereia

Terceiro ano (Marcos)

• A longa ascensão de Jesus

Viagens a Jerusalém (Lucas)

@narajr

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