elementos de arquitetura e urbanismo · às necessidades do cliente e futuros usuários do...

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ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO ESTUDO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC Unidade Vitória da Conquista – BA Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

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ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

ESTUDO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC

Unidade Vitória da Conquista – BA

Colegiado de Engenharia Civil

Prof. Philipe do Prado Santos

A obra deve se adequar aos contextos naturais e culturais em que se insere e responde às necessidades do cliente e futuros usuários do edifício.

As exigências do cliente e usuários se exprimem através do programa de necessidadesque define metodicamente o

objetivo do projeto.

INTR

OD

ÃO

- obra: espaço/objeto a ser construído, fabricado ou montado;

- projeto: conjunto de desenhos e documentos técnicos necessários à construção, fabricação ou montagem da obra; 1ª etapa de realização da mesma;

- execução: conjunto de ações técnicas, baseadas no projeto, necessárias à construção, fabricação ou montagem da obra; 2ª etapa de realização da mesma;

DE

FIN

IÇÕ

ES

- cliente: pessoa física ou jurídica contratante dos serviços do arquiteto;

- usuário: cada um daquele que utilizarão a obra projetada e/ou executada. Em alguns casos cliente e usuários coincidem;

- memorial: descreve e justifica a solução arquitetônica proposta relacionando-a ao Programa de necessidade, às características do terreno e seu entorno, à legislação arquitetônica e urbanística pertinentes e/ou a outros fatores determinantes na definição do partido adotado;

DE

FIN

IÇÕ

ES

Para dar início a cada fase do projeto o projetista necessita

de um conjunto de informações técnicas (dados,

desenhos e documentos) imprescindíveis ao

desenvolvimento da mesma. Parte dessas informações é fornecida pelo cliente, parte pesquisada pelo profissional

INFO

RM

ÕE

S

O partido é um estudo muito detalhado de vários fatores antes mesmo de o projeto

começar a ser pensado, afinal, um projeto de construção não é tão simples e também deve levar em consideração vários

fatores vindos do dono do empreendimento.

PA

RTID

O

a) programa de necessidades:

• revisão e eventual complementação.

b) informações sobre o terreno e seu entorno, em especial:

• documento cadastrais (projetos de alinhamento e loteamento, levantamentos aerofotogramétricos e outros);

• fotos do terreno e seu entorno;

INFO

RM

ÕE

S

• dados geoclimáticos e ambientais locais, em especial, temperaturas, pluviosidades, insolação, regime de ventos e marés (para terrenos a beira-mar) e níveis de população sonora, do ar, do solo e das águas);

• dados urbanísticos do entorno do terreno, em especial, uso e ocupação do solo, padrões arquitetônicos e urbanísticos, infraestrutura disponível, tendências de desenvolvimento e planos governamentais para a área e, condições de tráfego e estacionamento.

INFO

RM

ÕE

S

c) legislação arquitetônica e urbanística (municipal, estadual e federal) pertinente, em especial:

• restrições de uso;

• taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento;

• gabaritos;

• alinhamentos, recuos e afastamentos;

• número de vagas de garagem;

• exigências relativas a tipos específicos de edificação e outras exigências arquitetônicas das Prefeituras Municipais, Corpo de Bombeiros, Concessionárias de Serviços Públicos,, entre outros.

INFO

RM

ÕE

S

O terreno está localizado em área urbana, no loteamento XX, bairro XX, do município de Vitória da Conquista - BA, sendo formado pelo lote XX, da quadra número XX, medindo em sua totalidade X x Ym, com área de Xm² e localizado à avenida X, esquina mais próxima com a avenida X, sem benfeitorias e com as seguintes confrontações:

Frente com a avenida X;

Lado esquerdo com o lote X;

Lado direito com o lote Y; e

Fundo com o lote Z.

LO

CA

LIZ

ÃO

LO

CA

LIZ

ÃO

O projeto deve ser criado considerando as características do

terreno e visando o melhor aproveitamento do espaço através de novas formas e disposições que interajam melhor com o entorno,

além de estudos sobre a possibilidade de aproveitamento

da área para a produção de energia solar, conforto ambiental

por meio de climatização e iluminação natural, entre outros recursos capazes de formar uma

edificação sustentável.

CO

NC

EP

ÇÃ

O

PA

DR

ÃO

DE

HA

BIT

ÃO

A Lei de Uso e Ocupação do Solo define as normas gerais para o

desenvolvimento da cidade. Nela se encontram reunidos os

princípios e orientações para a utilização e ocupação do espaço urbano, com o objetivo maior de garantir o desenvolvimento da cidade de forma equilibrada e

sustentável.

O Plano Diretor pode ser definido como um conjunto de princípios e regras orientadoras da ação dos

agentes que constroem e utilizam o espaço urbano.

LE

GIS

LA

ÇÃ

O

LE

GIS

LA

ÇÃ

O

TO

PO

GR

AF

IA

TO

PO

GR

AF

IA

Documento que exprime as exigências do cliente e as necessidades dos futuros usuários da obra. Em geral, descreve sua

função, atividades que irá abrigar, dimensionamento e padrões de

qualidade assim como especifica prazos e recursos disponíveis para a execução.

A elaboração desse programa deve, necessariamente, proceder o início do

projeto, podendo entretanto, ser complementado ao longo de seu

desenvolvimento.

PR

OG

RA

MA

DE

NE

CE

SS

IDA

DE

S

Os setores são regiões do espaço que possuem:

- A mesma função (ou função similar);

- Compartilham da mesma intensidade e tipo de fluxo;

- Um grupo específico de pessoas que o utilizam.

Os cômodos com a mesma função devem ser localizados perto uns dos

outros , este é o caminho mais eficiente para organizar o espaço.

Os espaços residenciais são normalmente divididos em 3 áreas: a

social, a íntima e a de serviço.

SE

TO

RIZ

ÃO

Para separar as áreas num espaço com diferentes níveis, usamos

geralmente o andar superior, que normalmente é mais quieto, para a

área íntima, e o inferior para as áreas de serviço e social.

Outro caminho para separar as áreas são os vestíbulos, que também ajudam a abafar os ruídos de uma peça para

outra. Alguns biombos, arranjos especiais dos móveis, elementos de

paisagismo e painéis também podem servir para a separação de áreas em

espaços abertos.

SE

TO

RIZ

ÃO

As áreas sociais são destinadas a sociabilização e devem ter uma

atmosfera que propicie a convivência entre as pessoas. Podem fazer parte

desta área os seguintes espaços:

Hall de Entrada

Lavabo

Living

Sala de Jantar

Home Theater

Sala de Jogos

Sala de Ginástica

ÁR

EA

SO

CIA

L

Essa área deve proporcionar conforto e privacidade, portanto não deve ter ligação direta com a área social.

Dormir é uma necessidade básica do ser humano, e o espaço destinado a

essa atividade deve ser quieto, relaxante, prático e confortável. Assim

como a higiene pessoal, que pode ocorrer em banheiros simples e

racionais, ou em verdadeiros spas.

Dormitórios

Banheiro íntimo

Estar íntimo

ÁR

EA

ÍN

TIM

A

Na área de serviço, ocorrem todos os trabalhos de suporte para a

manutenção de uma casa, e seu layout exige funcionalidade e praticidade. São verdadeiros postos de serviço e devem

ser estudados como tal.

Cozinha

Lavanderia

Garagem

Escritório (este pode ser localizado também em outros espaços, dependendo da sua finalidade)

Dependências de empregada

ÁR

EA

DE

SE

RV

IÇO

SE

TO

RIZ

ÃO

SE

TO

RIZ

ÃO

Proporcionar as condições necessárias de habitabilidade, utilizando-se racionalmente os

recursos disponíveis.

Meio ambiente natural, social, cultural e econômico.

CO

NFO

RTO

AM

BIE

NTA

L

Um grande fator a ser considerado quando se vai projetar uma

edificação é a orientação solar. O projeto arquitetônico deve se

adaptar dentro do possível para tirar vantagem em relação ao sol,

de acordo com a posição geográfica em que a construção

estará localizada.

Aqui no hemisfério sul, a face norte é a que recebe a maior incidência de sol

durante o dia e a face sul é a que menos recebe sol, a face leste recebe o sol da

manhã e a oeste o sol da tarde.

INS

OLA

ÇÃ

O

INS

OLA

ÇÃ

O E

VE

NTIL

ÃO

SOL

LESTE – OESTE

VENTOS

DE LESTE

Leste - posicionar as salas e varandas, pois é a face que recebe o sol da manhã, mantendo assim, temperaturas agradáveis;

Oeste, onde incide o sol da tarde serão posicionados os ambientes de pequena e média permanência, pois essa face faz com que os ambientes esquentem bastante;

Sul recebe pouca incidência do sol e isso faz com os ambientes possam se tornar mais úmidos, desta forma serão posicionados cômodos secundários ou de permanência transitória, como escadas, depósitos, garagem, entre outros.

Norte - sol incidente na maior parte do dia, desde o meio da manhã até o meio da tarde, garantindo assim que o sol desejável penetre nos ambientes. Nessa face serão locados os ambientes com maior habitação durante o dia.

INS

OLA

ÇÃ

O

O posicionamento das aberturas deve levar em conta a incidência dos ventos dominantes de cada região. É interessante sempre

utilizar a ventilação cruzada, que ocorre quando existem no mínimo duas aberturas em lados opostos

dos ambientes, permitindo a completa circulação do ar.

VE

NTIL

ÃO

Vitória da Conquista possui um clima tropical de altitude por causa da elevação da cidade, com média de 923 m e mais de 1100 m nos bairros mais altos. Por isto, é uma

das cidades mais amenas das regiões Norte e Nordeste do país,

registrando temperaturas inferiores a 10 °C em alguns dias do ano. O mês mais quente é fevereiro, com temperatura média de 22,5 °C,

enquanto o mês mais frio é agosto, com média de 17,6 °C.

A C

IDA

DE

A pluviosidade média anual é de 717 mm, com estação seca de

maio a setembro. Os ventos que atingem a região são

normalmente de intensidade moderada, com média de 3,85

m/s. Os ventos mais fortes ocorrem nos meses de dezembro e janeiro, com média em torno de

7,0 m/s, com umidade relativa girando em torno de 78,3%. A

insolação apresenta valor médio da ordem de 2.068 horas anuais, intensificada durante os meses

de verão, sendo o mês de junho o de menor insolação média anual.

A C

IDA

DE

ÁGUA

Utilização de águas pluviais

Conscientização no uso de água tratada

Redução na geração de esgoto e a demanda de água tratada

Equipamentos economizadores de água

ENERGIA

Otimização do desempenho energético

Uso de energia renovável

Minimização dos problemas de ilhas de calor e impacto no microclima

Estratégias de ventilação natural

Conforto térmico

SU

STE

NTA

BIL

IDA

DE

SELEÇÃO DE MATERIAIS

Gestão de resíduos da construção.

Reuso de recursos.

Conteúdo reciclado

Uso de materiais regionais.

Materiais de rápida renovação.

Uso de madeira certificada.

Uso de materiais de baixa emissão de gases

SOCIAL E CULTURAL

Propostas de recuperação ambiental, social e cultural da região

SU

STE

NTA

BIL

IDA

DE

Conjunto das dimensões que determinam o volume de uma construção, dos agregados, da

terra retirada ou colocada no terreno etc.

VO

LU

ME

TR

IA

Levar em consideração o custo total do empreendimento, as condições de construção de

acordo com clima e a disponibilidades de equipamentos

e técnicas construtivas apropriadas para isso.

Além disso o projeto deve ser pensado para que mudanças possam ser feitas a qualquer

momento, mesmo que precise de pequenas adaptações.

VIA

BIL

IDA

DE

Apresentar na próxima aula:

- Tabela atualizada do programa de necessidades no novo modelo apresentado.

- Croqui com base no programa de necessidade e com setorização.

- Organograma e fluxograma.

- Insolação e Ventilação no terreno (apresentar no mapa com desenhos e indicações).

- Volumetria (ou obra referencial).

ATIV

IDA

DE