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Elas dominaram o mundo do tra-balho e hoje ocupam diversos pos-tos de destaque, antes designadosapenas aos homens. Dentre as varia-das funções amplamente desenvol-vidas nos dias de hoje pelas mulhe-res, está a sindicância condominial.Entretanto, elas ainda são minoria.Estima-se que exista uma proporçãode 60% de homens para 40% demulheres no cargo de síndico. Emalgumas empresas administradorasde condomínios, o percentual de mu-lheres na gestão direta dos prédioschega a até 45%.

O detalhismo, a capacidade co-municativa e a organização são al-guns aspectos positivos da maioriadas gestões femininas. Nessa ediçãode março, mês em que se celebra oDia Internacional da Mulher, faze-mos nossa pequena homenagem àssíndicas que se esforçam para dar oseu melhor nos condomínios Brasilafora. Como personagem, uma ex-síndica compartilha suas experiênci-as e opiniões acerca do papel damulher na administraçãocondominial e os desafios enfrenta-dos nessa jornada.

Esta edição do JS retoma um as-sunto sério que diz respeito à saúdecoletiva e, portanto, é responsabili-dade de todos: o combate ao mos-

quito Aedes aegypti. Após alarman-tes surtos de Dengue, Zika e FebreChikungunya, o Brasil encontra-seem estado de mobilização coletiva naguerra contra esse inseto vetor de do-enças sérias. O apelo à prevenção sedá sobretudo nos ambientes domés-ticos, onde nem sempre é possívelque o poder público chegue.

Conforme dados divulgados pelaFunasa (Fundação Nacional de Saú-de), 90% dos focos da dengue estãonas residências, nas quais se inclu-em os prédios. Condomínios são lo-cais muito propícios à proliferação

da dengue, por dois motivos: grandeconcentração de pessoas e diversida-de de locais para criadouros do mos-quito. Por isso, faz necessária a aten-ção para a questão e debate do temadentro dos condomínios.

É importante destacar ainda quea falta de cuidado pode representarum gasto a mais para o condomínio.Isso porque em muitos municípios,a Vigilância Sanitária tem efetuadovistoria nos condomínios, com pos-sibilidade de aplicação de multasquando são constatadas irregularida-des que possam contribuir para a pro-

liferação do mosquito transmissor.Confira na nossa seção “Bem estar”dicas simples e de baixo custo paraprevenir o surgimento de focos domosquito.

O Jornal do Síndico reforça suaresponsabilidade em levar aos seusleitores informações de utilidadepública e que facilitem a importantemissão que é administrar umpatrimônio coletivo como um con-domínio.

Boa leitura a todos!

Assim como perante asociedade, o moradorde condomínio, seja

ele proprietário ou inquilino, estásujeito a uma série de direitos edeveres. O fenômeno daverticalização, presente com maisforça nas cidades de médio e gran-de porte, contribui diretamentepara essa mudança na forma de serelacionar com os vizinhos. Hámuitas dúvidas e mitos sobre ofuncionamento dos condomínios,o que por vezes pode prejudicar aharmonia entre condôminos e otrabalho do síndico.

O zelador deve cobrir horáriode almoço ou folga dos porteiros?Síndicos devem estar à disposiçãodos condôminos durante 24h? Ocondomínio não pode divulgar arelação dos moradoresinadimplentes? Inquilinos podemvotar em assembleia? Veja abaixocinco afirmativas entre os váriosquestionamentos relacionados àvida em condomínio que podemser considerados como mito ouverdade.1 - Os zeladores devem cobrir ohorário de almoço ou de folga dosporteiros

Mito. A presença frequente do ze-lador na portaria caracteriza duplafunção, o que pode acarretar emação trabalhista contra o condomí-nio e gerar um prejuízo financei-ro. É recomendável, nesse caso,que o condomínio disponha defuncionários consideradosfolguistas. O zelador só deve seracionado para substituir porteirosem caso de emergência, e apenasem uma condição eventual e in-formal.2 - O síndico deve estar à disposi-

ção dos condôminos 24h por diaMito. O síndico deve estabelecerum horário determinado, confor-me sua disponibilidade, para cui-dar das tarefas inerentes ao con-domínio, incluindo no atendimen-to a outros condôminos. Fora des-se período, o ideal é orientar oscondôminos a procurar os funcio-nários, principalmente o zelador,para que esses sejam os interme-diários das eventuais reclamaçõesdos moradores, acionando o sín-dico apenas em casos urgentes.

3 - Inquilinos têm direito a votoem assembleiasVerdade. O voto dos inquilinosnas assembleias do condomínio épermitido, desde que o moradorque vive no imóvel alugado tenhaa posse de uma procuração espe-cífica do proprietário para este fime somente quando o proprietárioda unidade não estiver presente naassembleia.4 - O condômino pode alugar suavaga na garagem para pessoas defora do prédio

A vida em condomínio: Mitos e verdadesVerdade. A legislação atual per-mite que as vagas de garagem se-jam alugadas para pessoas estra-nhas ao edifício. Mas é preciso ob-servar o que diz a convenção docondomínio, que tem poder legalpara proibir tal prática. É impor-tante ainda que o condômino in-forme ao zelador ou ao própriosíndico que a vaga em questão foialugada para uma pessoa que nãoreside no condomínio, para nãocomprometer a segurança do lo-cal e evitar eventuais constrangi-mentos.5 - O condomínio não pode divul-gar relação com nome doscondôminos inadimplentesVerdade. É um assunto muitocontroverso e que, na maioria dasvezes, gera um desgaste psicoló-gico e emocional ao síndico e aocondômino em questão. De fato,não é possível citar o nome doscondôminos em débito, pois tal atopode caracterizar constrangimen-to ilegal. Mas o síndico pode, naprestação de contas mensal, men-cionar as unidades que deixaramde pagar a cota condominial.

*Jornalista e colaboradora do JS

Os conselhos fiscais deprofissões regulamentadas sãocriados por meio de lei fede-ral, em que geralmente se pre-vê autonomia administrativa efinanceira, e se destinam a ze-lar pela fiel observância dosprincípios da ética e da disci-plina da classe dos que exer-cem as respectivas atividadesprofissionais.

Quando o tema envolve aprofissão ‘administrador’, háque se observar em detalhe ainterpretação da lei. Estandodefinidas as atividades exclu-sivas do “técnico em adminis-tração” nos artigos 2º da Leinº 4.769/1965 e 3º do Regula-mento aprovado pelo Decretonº 61.934/1967, não se vê a re-gulamentação da profissão es-pecífica de “administração decondomínios”, mas de “admi-nistrador em termos gerais”.

A menção de exigência doregistro ao Conselho Regionalde Administração (CRA) poradministradora condominial,na realidade, não parte em fun-ção de uma lei. Parte de umaportaria, de 2011, quando

membros do Conselho Fede-ral de Administração, por una-nimidade, acordaram em jul-gar obrigatório o registro deempresas de administração decondomínios nos conselhosestaduais, em razão da presta-ção de serviços de assessoriae consultoria administrativapara terceiros, notadamente,nos campos de AdministraçãoPatrimonial e de Materiais,Administração Financeira eAdministração e Seleção dePessoal/Recursos Humanos,privativos do Administrador.

É importante ressaltar quea portaria é um ato adminis-trativo especial, ou seja, uma

Administradoras condominiaise a obrigatoriedade do CRA

declaração concreta de vonta-de, opinião, juízo e ciência deum órgão administrativo doEstado ou de outro sujeito dedireito público administrativono desdobramento da ativida-de de administração. Sua vali-dade já foi foco de discussãonas mais altas cortes, como noSupremo Tribunal Federal,que em algumas decisões che-gou a considerar as portariasfora das fontes do direito ad-ministrativo, incapazes de re-vogar a lei.

Reforça-se ao argumento aconsideração que o Tratado deDireito Administrativo fazacerca da portaria, ao analisar

que a mesma não inova, nãocria nem extingue direitos,bem como não modifica, porsi, qualquer impositivo da or-dem jurídica em vigor.

Dessa forma, a obrigatorie-dade da inscrição da empresano CRA pode ser contestada.Ela trata dos “técnicos em ad-ministração” e não das admi-nistradoras que exercem asmais variadas atividades,como a gestão de pessoal,prestação de contas, orientaçãojurídica, entre outras.

Pelo fato de ainda não exis-tir regulamentação específicapara a atividade de administra-ção condominial, na prática,

são poucas as empresas atuan-tes nesse setor que têm o re-gistro no conselho.

Diferentemente do queacontece, por exemplo, na pro-fissão de corretor de imóveis,em que a obrigatoriedade deinscrição junto ao respectivoconselho – sob risco de crimede exercício ilegal da profis-são – é regida em lei, a ativi-dade de administração de con-domínios pode ser exercidapor qualquer profissional,como por contadores, advoga-dos, engenheiros, entre outros,conforme se verifica no mer-cado de forma geral. A esco-lha por um profissional ou em-presa com ou sem o registrojunto ao CRA em nada atingeou prejudica o consumidor fi-nal, ou seja, o condomínio.

*Advogado especialista em DireitoImobiliário, consultor emcondomínios e sócio do KarpatSociedade de Advogados.Advogado militante na área cívelhá mais de 10 anos, referência emdireito imobiliário e questõescondominiais. É frequentementesolicitado entre os meiosjornalísticos e ministra palestraspor todo o Brasil.

Sabe aquele plano de fazer uma reforma emalguma área do condo-

mínio, um reparo em algo quenão está a contento ou mesmoconstruir um espaço novo para ouso coletivo? Sim, talvez esseseja um bom momento para re-tomar essa pauta com os demaiscondôminos e tirar esses planosda gaveta. Isso porque o preçode alguns produtos de materiaisde construção sofrereu forte que-da o que cria um cenário muitofavorável para quem deseja re-formar ou construir.

Em tempos de crise como oque enfrentamos atualmente noBrasil, a queda de até 10% emitens como cimento, areia, arga-massa e massa corrida é uma no-tícia animadora. A arquitetaEstela Netto avalia que este é,sim, um bom momento paraconstruir ou reformar, aprovei-tando a baixa nos preços em al-guns setores da construção civile as facilidades de negociaçãopara pagar. “Vale muito a pena

reformar ou construir agora, poisalém dos preços estarem reduzi-dos, os clientes estão com poderde negociação muito maior, po-dendo pagar em várias vezes oucom descontos à vista. Para quemtem condições de fazer obra ago-ra, este é o momento”, indica.

Além das vantagens para bar-ganhar nos preços dos materiais,atualmente também é boa época

para encontrar mão de obra dis-ponível. O cenário atual está bas-tante diferente de 5 anos atrás,quando encontrar pedreiros, mes-tre de obra, pintores e demaisprofissionais específicos era umamissão quase impossível. Issomudou seguramente, com adesaceleração do mercado imo-biliário e da construção civil, hámuitos trabalhadores do ramo

Momento é favorável para obrasRedução de até 10% nos preços de materiais de construção estimula reformas

com tempo sobrando, disposto anegociar e prestar serviço por va-lores mais acessíveis.

O arquiteto e design CioliStancioli concorda que esta éuma ótima oportunidade paraquem deseja construir ou refor-mar. “Uma obra se inicia com es-tes produtos que sofreram gran-de queda no preço, os que cha-mo de ‘produtos brutos’, como

areia, cimento, tijolo. Estes fa-zem parte do início de tudo emuma construção e representamcerca de 30% do investimentoem uma obra”, avalia. Em rela-ção a custos gerais, vale frisar quecada obra ou reforma tem umademanda e vai depender do tipode projeto. Alguns materiais,principalmente de acabamento,são os que mais encarecem umaobra, mas é possível ter um pro-jeto sofisticado com economia.

A arquiteta Estela Netto con-corda. “Material de acabamentopode encarecer uma obra se es-pecificarmos um determinadotipo, como piso de mármore porexemplo. Mas também temosacabamentos que podem dar a so-fisticação ao projeto, porém nãosão tão caros, como um piso detecnocimento, que aparenta ci-mento queimado e é muito boni-to também”, conclui.

*Jornalista e colaboradora do JS(Redação com Assessoria Mãodupla)

O funcionamento harmonio-so de um condomínio requer umaatenção contínua na manutençãodos espaços comunitários e, prin-cipalmente, na segurança de to-dos os condôminos. Para tanto,é comum aos residenciais, o in-vestimento na contratação defuncionários que vão ficar encar-regados de administrar a limpe-za das áreas comuns aos mora-dores, o atendimento aos convi-dados e o monitoramento dosaparatos de segurança.

Em algumas situações, dian-te de uma demanda muito gran-de de serviços, o funcionáriopode eventualmente precisar ex-ceder o expediente normal de tra-balho. Nesses casos, para cadahora a mais trabalhada, o funci-onário receberá o valor da horacontratada, mais um adicional de50% do valor. É a chamada horaextra, prevista na Consolidaçãodas Leis do Trabalho (CLT).

O advogado especialista emDireito do Trabalho, AlessandroBatista Rau, sócio-fundador daRau Advogados, explica que é

Contabilizando horas trabalhadas

preciso o empregador se infor-mar antes de acertar o pagamen-to das horas extras, pois, podehaver um acordo coletivo na ca-tegoria em questão que regule ascondições das horas extras. Exis-te categorias que limitam, porexemplo, o número máximo dehoras extras que o trabalhadorpoderá fazer.

“A CLT estabelece que ashoras extraordinárias devam ser

pagas com o adicional de, nomínimo, 50%, sendo importantedestacar que algumas categoriaspossuem normas coletivas queestabelecem o pagamento de ho-ras extras com adicional superi-or ao previsto na Norma Conso-lidada”, explicou o advogado queatuou em milhares de processos,nas mais diversas áreas do Direi-to, principalmente no que tangeao Direito do Trabalho.

A folha dos funcionárioscorresponde, na maioria das ve-zes, a uma parte majoritária noorçamento dos condomínios,uma vez que, conforme a CLT,além do pagamento da remune-ração do empregado, o emprega-dor precisa assumir os encargostrabalhistas, tal como o Fundo deGarantia do Tempo de Serviço(FGTS) do contratado.

Por isso, é preciso que o sín-

dico fique atento aos gastos comhoras extras dos funcionários eprincipalmente se não há desviode função. Há casos de irregula-ridade no serviço dos funcioná-rios, no quais o empregado docondomínio é designado por umcondômino a exercer uma fun-ção particular, que não diz res-peito às obrigações coletivas. Éfundamental que haja um acom-panhamento rigoroso do respon-sável por administrar o condomí-nio.

Alessandro Batista Raucomplementa explicando que oempregador precisa estar cienteda jornada excedente de trabalho.“Em regra, sempre que houvernecessidade, o empregador podeexigir que o funcionário trabalhealém da jornada normal”, desta-cou. Ainda de acordo com o ad-vogado, a CLT exige que, no casodo condomínio ter mais de 10funcionários, ter um registro dajornada de trabalho realizada porcada um dos funcionários.

*Jornalista e colaboradora do JS

Em um contexto de ummundo onde as relaçõessão globalizadas, a

tecnologia se faz presente em to-das as áreas e mercados.Smartphones, smart TVs,softwares e aplicativos represen-tam ferramentas já utilizadas paradiversas atividades diárias. E umdos segmentos no qual o uso des-sas ferramentas e sistemas digitaiscresce de maneira notável é a ad-ministração de condomínios.

A relação entre os síndicos econdôminos tornou-se mais trans-parente. Para o auxílio da gestão efacilitação do controle de despe-sas, é possível encontrar nainternet aplicativos e programasque ajudam o síndico. Esses pro-gramas agilizam a comunicaçãoentre os moradores e o síndico eproporcionam mais produtividadepara a execução dos trâmites fi-nanceiros.

A maioria dos aplicativos sãopagos, mas os síndicos podem re-correr a versões gratuitas. As duasprincipais ferramentas disponíveissem custo são a King Condo e aAdcond Administração de Condo-mínios na sua versão básica. Se-gundo Osvaldo Saraiva,

supervisor da filial GroupSoftware, uma das empresas res-ponsáveis por desenvolver progra-mas para administração de condo-mínios, a gestão se torna muitomais fácil.

“Por exemplo, no processo depagamento dos encargos do con-domínio é um ‘vai e vem’ de ma-lotes e documentos e cada etapaestá sujeita a um deslize humano”,comentou. Alguns dos aplicativos

podem ser baixadas para celula-res e tablets, facilitando ainda maiso acesso aos programas.

Plataformas desse tipo elimi-nam uma barreira nas tarefas dodia da administração condominialao assumirem a parte dearmazenamento e controle dos da-dos e informações. A tecnologiaaplicada no mercado de gestão decondomínios proporciona mais au-tonomia para os moradores, torna

Aplicativos ajudam síndicos a gerir condomínios

a relação com o síndico mais pró-xima e evita os conhecidos con-flitos da vivência em condomíni-os.

Recursos disponíveis na maio-ria dos programas- Controle de consumo de gás,água, luz etc,- Assembleias- Controle de Chamados- Comunicados

- Controle de portaria- Contas a pagar e receber- Edição de documentos online- Edição de planilhas online- Mensagens públicas e privadas- Reserva de recursos- Agenda- Obras e ações- Achados e perdidos

*Jornalista e colaboradora do JS

Mulheres síndicas: elas estão com tudo!O trabalho de conciliação de

conflitos entre os condôminosé uma ferramenta que facilitatanto o convívio, quanto a ges-tão financeira e jurídica de to-dos que moram no prédio. Asensibilidade e a capacidade dese colocar no lugar do outro fa-zem com que as mulheres, nopapel de síndica, tornem maisfáceis as resoluções de confli-tos pessoais entre moradores.Apenas uma das tantas habili-dades que as síndicas levamvantagem sobre os colegas dosexo oposto.

Praticidade na relação comos moradores, habilidade paradividir o tempo com a vida pes-soal, profissional e com a ges-tão do condomínio. As mulhe-res são capazes de gerir commaestria várias obrigações, semrelaxar em nenhum delas. Aatenção aos detalhes, a serieda-de na gestão das despesas, a or-ganização para lidar com paga-mentos e o principal, o dom ma-ternal que é inerente ao sexofeminino.

Características que MariaCristina Cunha, funcionária pú-blica, demonstrou nos quatroanos em que esteve a frentecomo síndica de um condomí-nio em Olinda, Pernambuco.Ela conta que, independente dogênero, para ser síndico, é pre-

ciso ter acima de tudo honesti-dade e responsabilidade com osdemais moradores.

“Acredito que desempenheium papel que não interferiu emnenhum momento, o fato de euser mulher. Como qualquer pes-soa, sempre apresentei qualida-des que independem de gêne-ro. Apresentava sempre umaboa organização, detalhismocom as coisas relacionadas aoprédio, iniciativa nasassembleias e na proposta demelhorias para o prédio, e oprincipal, bom trato com as pes-soas”, comentou.

Mesmo diante de um cená-rio no qual a mulher é vistacomo frágil, por algumas pou-cas pessoas, Maria CristinaCunha explica que nunca sofreuna posição de síndica pelo fatode ser mulher. “Vivemos emuma sociedade altamentemachista, mas, felizmente, nãocheguei a ter minha capacida-de como gestora questionada ousofrido qualquer tipo de intimi-dação”, completou.

A realidade é que as mulhe-res estão ocupando cada vezmais papeis de notoriedade nomundo. Na administração decondomínios não é diferente.Conforme levantamento recen-te, estima-se que exista umaproporção de 60% de homens

para 40% de mulheres no car-go de síndico. Em algumas em-presas administradoras de con-domínios, o percentual de mu-lheres na gestão direta dos pré-dios chega a até 45%. E a ten-dência é que o número de ho-mens e mulheres exercendo afunção se aproxime cada vezmais.

Mesmo sendo natural que amulher trabalhe em qualquerambiente e posição, o machis-mo ainda está presente em di-versos locais da nossa socieda-de. Muitas vezes o incômodo deter que se relacionar com umamulher em uma condição supe-rior ainda existe, mas assíndicas não devem desanimar.É a mensagem deixada porMaria Cristina Cunha.

“Poderia ter sofrido por sermulher, como sei que é possí-vel que alguma no papel desíndica tenha sofrido. Mas épreciso que ela se mantenha fir-me e que tenha o objetivo mai-or. Ser uma gestora com probi-dade e que quer sempre o bemdas pessoas que moram no con-domínio”, finalizou. Não bastao instinto maternal, a pratici-dade na resolução de proble-mas, a síndica precisa também,diante de tudo, uma forte.

*Jornalista e colaboradora do JS

TJ-RS - Agravo AGV 70054876354 RS (TJ-RS)Data de publicação: 27/08/2013Ementa: AGRAVO. AGRAVO DE INS-TRUMENTO. CONDOMÍNIO. INTERDI-TO PROIBITÓRIO. UTILIZAÇÃO DAÁREA COMUM DO CONDOMÍNIO, DEFORMA EXCLUSIVA, PELO AUTOR.DETERMINAÇÃO DE RETIRADA DOSCÃES E DO VEÍCULO DO DEMAN-DANTE. CONFIRMAÇÃO. Condomínioformado por dois blocos, com área comum.Ajuizado interdito proibitório pelo agravan-te, contra a instalação de cercas pelo condo-mínio réu, na área comum de ambos os blo-cos. Utilização de parte da área comum deforma exclusiva pelo recorrente, onde man-tém seus cães e também estaciona o seu ve-ículo. Questões expendidas pelo agravanteque dependem de dilação probatória, não po-dendo ser examinadas por cognição sumá-ria. Pretensão do agravante de permanecerutilizando a área comum, de forma exclusi-va, que, em análise perfunctória, não mere-ce acolhida. DECISÃO QUE SE MANTÉMPOR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS,TENDO EM VISTA A AUSÊNCIA DEELEMENTOS CAPAZES DE ALTERAR ACONVICÇÃO ANTERIORMENTE FOR-MADA. NEGADO PROVIMENTO AOAGRAVO INTERNO. UNÂNIME. (Agra-vo Nº 70054876354, Décima Oitava Câma-ra Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:Nelson José Gonzaga, Julgado em 22/08/2013)TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70054537733 RS (TJ-RS)Data de publicação: 23/05/2013

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO.CONDOMÍNIO. INTERDITO PROIBITÓ-RIO. UTILIZAÇÃO DA ÁREA COMUMDO CONDOMÍNIO, DE FORMA EXCLU-SIVA, PELO AUTOR. DETERMINAÇÃODE RETIRADA DOS CÃES E DO VEÍCU-LO DO DEMANDANTE. CONFIRMA-ÇÃO. Condomínio formado por dois blocos,com área comum. Ajuizado interditoproibitório pelo agravante, contra a instala-ção de cercas pelo condomínio réu, na áreacomum de ambos os blocos. Utilização departe da área comum de forma exclusiva pelorecorrente, onde mantém seus cães e tam-bém estaciona o seu veículo. Questõesexpendidas pelo agravante que dependem dedilação probatória, não podendo ser exami-nadas por cognição sumária. Pretensão doagravante de permanecer utilizando a áreacomum, de forma exclusiva, que, em análi-se perfunctória, não merece acolhida. INS-PEÇÃO JUDICIAL. INDEFERIMENTO.AGRAVO DE INSTRUMENTO CON-VERTIDO EM RETIDO. Decisão que in-defere pedido de inspeção judicial, diz commatéria de prova, inexistindo, portanto o pre-enchimento dos requisitos que autorizam aadmissão do agravo na forma de instrumen-to. Necessidade de conversão em agravo re-tido. Exegese dos artigos 522 e 527 , II , doCódigo de Processo Civil . AGRAVO DEINSTRUMENTO CONVERTIDO EM RE-TIDO, APENAS NO QUE SE REFERE ÀDECISÃO QUE INDEFERIU INSPEÇÃOJUDICIAL. NEGADO SEGUIMENTO AORECURSO, por decisão monocrática. (Agra-vo de Instrumento Nº 70054537733, Déci-ma Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justi-

ça do RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Jul-gado em 22/05/2013)TJ-RS - Apelação Cível AC 70026556258RS (TJ-RS)Data de publicação: 11/09/2012Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. REINTE-GRAÇÃO DE POSSE. ESBULHO CA-RACTERIZADO. UTILIZAÇÃO DEÁREA COMUM DO CONDOMÍNIO. MO-DIFICAÇÃO DA ESTRUTURA DO EDI-FÍCIO. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃODOS DEMAIS CONDÔ-MINOS. ALTE-RAÇÕES QUE TRAZEM RISCOS ÀEDIFICAÇÃO, CUJA CONSTRUÇÃODATA DA DÉCADA DE 50. DIREITO ÀREINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTEN-ÇA MANTIDA. NEGARAM PROVIMEN-TO AO APELO. UNÂNIME. (ApelaçãoCível Nº 70026556258, Décima Oitava Câ-mara Cível, Tribunal de Justiça do RS,Relator: Elaine Maria Canto da Fonseca, Jul-gado em 06/09/2012)TJ-RS - Recurso Cível 71004134474 RS (TJ-RS)Data de publicação: 15/04/2013Ementa: RECURSO INOMINADO. AÇÃODE COBRANÇA. UTILIZAÇÃO DEÁREA COMUM DE CONDOMÍNIOPARA A FIXAÇÃO DE PLACA PUBLICI-TÁRIA. ALUGUEL AJUSTADO VER-BALMENTE COM OS MORADORES,EIS A INEXISTÊNCIA DE CONTRATOFORMAL. ILEGITIMIDADE ATIVAAFASTADA, FACE À CONDIÇÃO DOAUTOR DE PROPRIETÁRIO DE UNIDA-DE RESI-DENCIAL. PEDIDO INICIALACOLHIDO PARCIALMENTE. INOCOR-RÊNCIA DE DECISÃO EXTRA PETITA.

RECURSO DESPROVIDO. (Recurso CívelNº 71004134474, Terceira Turma RecursalCível, Turmas Recursais, Relator: Adrianada Silva Ribeiro, Julgado em 11/04/2013)TJ-DF - Apelacao Civel APC20110710285868 DF 0027940-64.2011.8.07.0007 (TJ-DF)Data de publicação: 19/02/2014Ementa: CONDOMÍNIO. ÁREA COMUM.USO. CONVENÇÃO. DELIBERAÇÃODA ASSEMBLEIA. 1 - A UTILIZAÇÃODE ÁREA COMUM DO CONDOMÍNIODEVE SE FAZER NA FORMA DA CON-VENÇÃO E DO QUE SE DECIDIR EMASSEMBLEIA. 2 - ASSEMBLEIA QUEDECIDE SOBRE UTILIZAÇÃO DE ÁREACOMUM DO CONDOMÍNIO DIVERSA-MENTE DO PREVISTO NA CONVEN-ÇÃO DO CONDOMÍNIO DEVE OBSER-VAR O QUORUM QUALIFICADO PRE-VISTO NA CONVENÇÃO OU NO CÓDI-GO CIVIL (ART. 1.342). 3 - NÃO É NE-CESSÁRIO QUORUM ESPECIAL SE AASSEMBLEIA LIMITA-SE A RATIFICARO DISPOSTO NA CONVENÇÃO DOCONDOMÍNIO SOBRE A UTILIZAÇÃODE ÁREA COMUM. 4 - APELAÇÃO NÃOPROVIDA.Encontrado em: /2/2014 CÓDIGO CIVIL /2002 FED LEI- 10406 /2002 ART- 1342 IM-PROCEDÊNCIA, ALTERAÇÃO, ÁREACOMUM, EDIFÍCIO..., CONDOMÍNIO,CONTRARIEDADE, CONVENÇÃO, CC,INOBSERVÂNCIA, EXIGÊNCIA,QUORUM QUALIFICADO, ASSEM-BLÉIA

FONTE: www.jusbrasil.com.br