efetivaÇÃo do projeto politico · caminhos para ensinar com qualidade. É um conjunto de...
TRANSCRIPT
EFETIVAÇÃO DO PROJETO POLITICO
PEDAGÓGICO COMO INOVADOR DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Autora: Maria de Fátima Sanches1
Orientadora: Sandra Regina Mantovani Leite2
Resumo
Este projeto tem a intenção de refletir sobre a importância da Efetivação do Projeto Político-Pedagógico no Colégio Anchieta utilizando-o como instrumento inovador das práticas pedagógicas. O Projeto Político Pedagógico não é uma fotografia do presente, mas uma imagem do futuro. Ele define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. É um conjunto de princípios que norteiam a elaboração e execução de planejamentos setoriais, de cada área e disciplina, por isso, envolvem diretrizes permanentes e conceitos subjacentes à educação. Neste sentido, o Projeto Político Pedagógico se apresenta como ferramenta necessária para a atuação do Pedagogo no ambiente escolar. O Projeto Político Pedagógico auxilia o mesmo na obtenção do trabalho coletivo na instituição escolar, sendo a sua elaboração e efetivação responsabilidade de todos os envolvidos no processo pedagógico na escola. O Pedagogo precisa ser o coordenador de todo o processo, atuando como incentivador da prática pedagógica, coletiva e democrática. Pretendo com este trabalho incentivar o uso do Projeto Político Pedagógico como ferramenta primordial na prática pedagógica dentro da escola.
Palavras chaves: Projeto Político Pedagógico, democrático, efetivação, inovador.
1 Introdução
1 Pós-graduada em Didática e Metodologia de Ensino pela UNOPAR, Graduada em Pedagogia em FAFIJAN.
2 Mestre em Educação pela UEL, Docente do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina.
Este estudo tem como objetivo principal propiciar a reflexão e a discussão
sobre a importância da efetivação do Projeto Político Pedagógico como inovador da
prática pedagógica.
Tendo em vista os anos trabalhados como pedagoga no Colégio Estadual
Pe. José de Anchieta tem observado e constatado que o Projeto Político-Pedagógico
pode ser uma ferramenta de grande valia, se construído democraticamente pelos
profissionais da educação bem como pela comunidade.
Sabendo que toda escola deve ter definida para si mesma e para sua
comunidade escolar, uma identidade e um conjunto orientador de princípios e de
normas que iluminem a pedagogia cotidiana, percebe-se a importância do Projeto
Político Pedagógico no contexto escolar.
O Projeto Político Pedagógico é uma ferramenta gerencial que auxilia a
escola a definir suas prioridades estratégicas, a converter as prioridades em metas
educacionais, a decidir o que fazer para alcançar as metas de aprendizagem, a
medir se os resultados foram atingidos e a avaliar o próprio desempenho.
O Projeto Político Pedagógico é um conjunto de princípios que norteiam a
elaboração e a execução dos planejamentos setoriais e de cada área e disciplina por
isso, envolvem diretrizes permanentes e conceitos subjacentes à educação. A
relevância de um projeto escolar consiste no planejamento escolar que, evita
improvisação, serviço mal feito, perda de tempo e de custos.
Com planejamento fica mais claro o que se pretende e o que deve ser feito
para se chegar aonde quer, escolhem-se as melhores estratégias o que facilita seu
trabalho. Isso se faz imprescindível para se ter um rumo, visando obtenção de
resultados de forma mais eficiente, intensa, rápida e segura.
Assim sendo, justifica-se essa pesquisa no sentido de estudar a importância
do Projeto Político-Pedagógico como dinamizador da prática pedagógica.
Segundo Veiga (1988,p.23-28)
a construção do Projeto Político-Pedagógico é marcada por três atos
distintos, ato situacional, no qual se descreve a realidade da escola,
ato conceitual que diz respeito à concepção de sociedade homem,
educação escola, currículo ensino e aprendizagem e ato operacional
é o momento de realizar ação, é a operacionalização do projeto.
Ao construir o Projeto Político-Pedagógico, é necessário observar, se o texto
não apresenta incoerências teóricas, ausência dos princípios constitucionais da
educação, especialmente quanto à: obrigatoriedade gratuidade, laicidade e
qualidade de ensino: se contemplam proposta curricular em seus termos, se existe
previsão para formação continuada dos segmentos escolares e para a melhoria dos
espaços e equipamentos.
É preciso na sua elaboração observar as bases legais que sustentam a
educação, nas quais citamos as Diretrizes Curriculares e a indicação nº. [004/]99 do
Conselho Estadual de Educação, que apresentam os elementos indispensáveis para
a construção do projeto escolar.
O elemento mais importante do Projeto Político-Pedagógico é o Currículo, o
qual não se deve ser apenas um rol de disciplinas, mas o conjunto de conteúdos
cognitivos e simbólicos (saberes, competências, representações, tendências,
valores) transmitidos de modo explícitos ou implícitos, nas praticas pedagógicas e
nas instituições de escolarização, isto é, tudo aquilo que se pode chamar de
dimensão cognitiva e cultural da educação escolar (FRANQUIN, 1993, Apud,
LIBANDO, OLIVEIRA e TOSCH, 2003, p.363).
Procuramos chamar atenção para que o fato de que o Projeto como algo
construído coletivamente, é um dos elementos mais importantes para administração
das escolas publicas. Considerado eixo central da organização do trabalho na
escola, ele deve articular os aspectos administrativos e aspectos pedagógicos aos
objetivos, assegurando a unidade teórica e metodológica, no trabalho didático e
pedagógico, unidade na organização do trabalho escolar e a coerência entre o
planejado e o executado nas praticas escolares.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: considerações para sua elaboração e
efetivação
Se considerarmos que todo projeto tem em si a intenção de vir a ser, de se
realizar, é possível elaborar um Projeto Político-Pedagógico voltado para uma escola
ideal, com a esperança de que seja concretizado.
Isso não significa que cabe apenas à educação tornar a sociedade mais
justa e igualitária, mais que seu papel é fundamental nesse processo, porque ela é
formada dos seres sociais de que a sociedade necessitando, a escola, como
instituição publica, precisa rever suas praticas de administração e de construção de
seus Projetos Políticos Pedagógicos.
Segundo Romão (2000), as escolas foram levadas a construir seus próprios
Projetos Políticos Pedagógicos. Porém, por ser uma das primeiras experiências
desta construção, apresentou alguns limites, especialmente porque não foi
construído coletivamente, tornando-se documento de “gaveta”, para ser apresentado
aos órgãos oficiais.
Começamos a escola do futuro no presente. Isto reclama de nós uma
atitude: a consideração da realidade, da situação das escolas que temos, e o
confronto que temos com o que queremos e precisamos construir.
Quando se projeta, tem-se sempre em mente um ideal. O ideal é sim,
utópico, mas é preciso recuperar o sentido autentico de utopia, que significa na
verdade, não algo impossível de ser realizado. Se no próprio real que se encontram
as possibilidades de realização de algo ideal. Por isso é na escola real, a do
cotidiano, que vamos buscar o possível daquilo que se construirá. É necessário
refletir sobre o que chamamos de possíveis. Frequentemente ele é confundido com
algo estático, já dado à situação vivenciada.
Segundo Drumont (1989, p. 733), estamos fazendo o possível, é o que
ouvimos ser afirmado. Ora o possível não se encontra pronto, ele pode estar
presente imediatamente na situação, mas também é construído a partir dela. Muitas
vezes ele se encontra escondido dentro da casca do impossível. Construir o
possível significa explorar os limites, no sentido de reduzi-los, e as alternativas de
ação no sentido de ampliá-los.
Para elaborar um projeto é necessário então, considerar criticamente com
clareza, profundidade e abrangência os limites e as possibilidades do contexto
escolar, definindo os princípios norteadores da ação, determinando o que queremos
conseguir, estabelecendo caminhos e etapas para o trabalho, designando tarefas
para cada um dos sujeitos envolvidos e avaliando continuamente o processo e os
resultados (Rios, 1992, p.74/75).
Arroyo afirma com muita propriedade que todo projeto Político-Pedagógico
de escola é:
[...] um projeto de pedagogo, de professores por isso provoca
embates, resistências, divide escola: grupos ou aproxima. Os
embates tocam em nossas áreas, em terrenos e quintais. Se o
projeto é do coletivo da escola, fica ultrapassado falar em minha
turma, minha disciplina, meus conteúdos, meus aprovados e
reprovados, nossas tranqüilidades ou inseguranças ficam expostas
(ARROYO, 2003, p.173).
Segundo Barbear (1996 p.57-58). Podemos compreender o Projeto Político-
Pedagógico como: uma combinação de meios para atingir o objetivo determinado;
um processo que põe em pratica a ação que se pretende desenvolver; uma
seqüência de atividades a serem realizadas; um programa de ação; planos de ação.
Enfim, um sentido de projeto de ação, que pretende compreender o trabalho da
escola para transformá-la.
O termo projeto indica plano, vem de projetar, que significa lançar-se,
precipitar-se. Nesse sentido, o projeto é redação preliminar das intenções da escola.
Conforme Libaneo, Oliveira e Toschi (2003, p.345-346) são uns documentos que
reflete as intenções, os objetivos as aspirações e os ideais da equipe escolar, tendo
em vista um processo que auxilia a todos.
O Projeto Político-Pedagógico é pensado previamente. O Projeto
Pedagógico quando elaborado e executado de forma participativa, tem se mostrado
um importante instrumento de inclusão social e de gestão democrática da escola
pública (Dias, 2003, p.1).
O termo pedagógico refere-se à efetivação da finalidade da educação, que é
o ato de ensinar e aprender. Veiga esclarece-nos a relação entre os dois termos:
O Projeto Político-Pedagógico significa uma intervenção no presente visando
o futuro; por outro lado, implica, pelo próprio fato, uma memória do passado, pela
interpretação do cotidiano vivido no decorrer do processo escolar, sobre tudo dentre
os professores.
Construir o Projeto Político-Pedagógico na esteira da formação humana
significa trilhar caminhos participativos e solidários com coragem, consciência critica,
indignação e muita lutam para a construção de uma escola melhor para todos. Tais
projetos definem as ações que se quer realizar e assumem o plano global da
instituição visando configurar-lhe uma sistematização, desde a dimensão
compreensiva à efetivação. (LEITE, MIRANDA, SILVA, 2009).
O Projeto Politico-Pedagógico não é uma fotografia do presente, mas uma
imagem do futuro. Seu caráter utópico, o que ainda não existe, se estabelece em
torno do que pode existir e de como deve ser encaminhado para que exista o que
pode existir. O Projeto Político-Pedagógico é uma possibilidade a ser explicitada, e
não apenas uma obrigação juridicamente configurada na constituição de 1988, em
seu artigo 206, e na LDB 9394, em seu artigo 13ª, 14ª, 15ª.
O Projeto Político-Pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação
intencional, como um sentido explícito, um compromisso definido coletivamente. Por
isso, todo Projeto Pedagógico da escola é também, um projeto político por estar
intimamente articulado ao compromisso sócio político com os interesses reais e
coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a
formação do cidadão para um tipo de sociedade. Pedagógico, no sentido de definir
ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus
próprios e suas intencionalidades (VEIGA, 1995, p.13).
Com a constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.
9394/96 as políticas, por meio do seu ordenamento legal, passam a atribuir
importância à gestão democrática. Neste sentido, cabe refletir o que se entende por
gestão democrática: Para Bastos (2001, p.22-23), ela se relaciona à participação,
deve ser incluída nas práticas sociais que podem contribuir para a consciência
democrática e a participação popular no interior da escola. Esta consciência e
participação é preciso reconhecer, não a virtualidade de transformação numa escola
qualidade, mas tem o mérito de implantar uma nova cultura na escola: a politização,
os debates, a liberdade de se organizar, em síntese, as condições essenciais para
os sujeitos e os coletivos se organizarem pela efetividade do direito fundamental:
acesso e permanência dos filhos das classes populares na escola pública.
Na perspectiva de Veiga (1995, p.17) a gestão democrática abrange também
as dimensões pedagógica, administrativa, financeiras, dentro da Constituição. Ela
exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, com o enfrentamento
das questões de exclusões e reprovação e da não permanência do aluno na sala de
aula, o que vem provocando a marginalização das classes populares. Esse
compromisso implica a construção coletiva de um Projeto Político-Pedagógico ligado
à educação das classes populares. A construção do Projeto Político-Pedagógico
parte dos princípios de igualdade qualidade, gestão democrática e valorização do
magistério.
Podemos observar que ambos compartilham o ponto de vista de associar a
construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico ao mercado de Gestão
Democrática. Além disso, ambos entendem que é um documento norteador do
trabalho escolar, cujo objetivo principal é melhorar a qualidade da educação.
No entanto, apesar do reconhecimento legal da gestão democrática e
participativa, o processo de democratização tem se desenvolvido lentamente e a
gestão na grande maioria dos estabelecimentos escolares, ainda mantém um caráter
centralizado, burocrático técnico. Este é ainda um desafio a ser vencido pela escola,
e no caso o Projeto Político-Pedagógico ocupa um importante papel.
A Constituição de 1988 trouxe importantes mudanças políticas para
sociedade brasileira, especialmente à redemocratização. No campo da educação,
houve avanços significativos, entre eles a garantia de gestão democrática no sentido
público oportunizando a pratica democrática no cotidiano escolar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96 reafirmou este
princípio em seu art.3º inciso VIII, no qual contempla a gestão democrática no ensino
público. Em seu art.14, a lei dispõe sobre os seguintes norteadores da gestão
democrática nas escolas publicas.
I Participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto Político-Pedagógico nas escolas:
II-Participação das comunidades escolares em conselhos escolares
ou equivalentes.
Nos últimos anos, em cumprimento a LDB e em consonância com a
Deliberação n. 0014/99 do Conselho Estadual de Educação do Paraná todas as
escolas elaboraram suas propostas pedagógicas. Esta deliberação contempla os
indicadores para elaboração da proposta pedagógica nos estabelecimentos de
ensino da Escola Básica, em suas diferentes modalidades.
Destacamos alguns de seus artigos:
Art.1ª A proposta pedagógica do estabelecimento de ensino deverá
ser elaborada contemplando os aspectos contidos na indicação
nª004/99 a esta incorpora.
Art.2ª-A elaboração da proposta pedagógica envolverá todos os
segmentos da comunidade escolar.
Art.3ª-O estabelecimento de ensino organizará, em proposta
pedagógica, única os cursos ofertados em níveis e modalidades
diversas;
Art.4ª-A proposta pedagógica do estabelecimento de ensino
equacionará tempo e espaço, visando à seleção dos conhecimentos,
competências, valores e atitudes previstas pela educação básica.
Art.5ª A matriz curricular decorrente de proposta pedagógica deve ser
utilizada como instrumento gerencial, respeitando a obrigatoriedade
do estudo, nas diversas disciplinas estipuladas;
Art.6ª-Cabe a SEED orientar e acompanhar os estabelecimentos de
ensino a elaboração e execução da proposta pedagógica e das
matrizes curriculares, verificando a sua legalidade.
A indicação nª004/99-CEE faz menção à lei nª9394/96, destacando as
mudanças no Sistema Educacional Brasileiro especialmente as relacionadas à
gesta, à organização, e a ação educativa, que consagram princípios como liberdade,
autonomia, flexibilidade e democracia.
Explicita-se, nesta indicação, a preocupação com as diferentes terminologias
empregadas na a LDB a respeito do Projeto Político-Pedagógico, a saber, proposta
pedagógica (art.12ª, 13ª) plano de trabalho (art13ª) e projeto pedagógico (art.14ª),
uma vez que elas poderão resultar em confusão conceituais.
No Paraná, o Projeto Político-Pedagógico refere-se ao que a LDB 9394/96 e
o Conselho Nacional de Educação o intitulam de proposta pedagógica. Proposta
Pedagógica Curricular refere-se aos currículos da diferentes ofertas educacionais,
inclusos no Projeto Político-Pedagógico dos estabelecimentos de ensino.
A construção, reelaboração, avaliação do Projeto Político-Pedagógico
necessita de uma ação conjunta, para este fim a direção escolar e a equipe
pedagógica deverão prever momentos coletivos.
Geralmente, é durante o início do ano letivo, após férias de julho e no
encerramento do ano letivo, que estes momentos são pensados e previstos pelas
escolas, porém são necessários também nas horas atividades dos professores,
reuniões de pais, conselhos de classes, reuniões pedagógicas, conselhos escolar,
APMF e grêmio estudantil. É preciso ressaltar a importância do Projeto Político
Pedagógico na viabilização destes momentos.
A construção do Projeto Político-Pedagógico é uma atribuição da escola e
como não há escolas idênticas, mas há modelos a serem seguido.
Cada escola programa no seu ritmo e tempo próprio da escola e mantê-la
em constante estado de reflexão e elaboração, numa esclarecida recorrência às
questões relevantes de interesse comum são historicamente requeridos.
Segundo Veiga (1988, p.23-28),
A construção do Projeto Político-Pedagógico é marcada por três atos
distintos, ato situacional, no qual se descreve a realidade da escola,
ato conceitual que diz respeito à concepção de sociedade homem,
educação escola, currículo ensino e aprendizagem e ato operacional
é o momento de realizar ação, é a operacionalização do projeto.
Ao construir o Projeto Político-Pedagógico, é necessário observar, se o texto
não apresenta incoerências teóricas, ausência dos princípios constitucionais da
educação, especialmente quanto à: obrigatoriedade gratuidade, laicidade e
qualidade de ensino: se contemplam proposta curricular em seus termos, se existe
previsão para formação continuada dos segmentos escolares e para a melhoria dos
espaços e equipamentos.
É preciso na sua elaboração observar as bases legais que sustentam a
educação, nas quais citamos as Diretrizes Curriculares e a indicação nº. [004/]99 do
Conselho Estadual de Educação, que apresentam os elementos indispensáveis para
a construção do projeto escolar.
O elemento mais importante do Projeto Político-Pedagógico é o Currículo, o
qual não se deve ser apenas um rol de disciplinas, mas o conjunto de conteúdos
cognitivos e simbólicos (saberes, competências, representações, tendências,
valores) transmitidos de modo explícitos ou implícitos, nas praticas pedagógicas e
nas instituições de escolarização, isto é, tudo aquilo que se pode chamar de
dimensão cognitiva e cultural da educação escolar (FRANQUIN, 1993, Apud,
LIBANDO, OLIVEIRA e TOSCH, 2003, p.363).
Procuramos chamar atenção para que o fato de que o Projeto como algo
construído coletivamente, é um dos elementos mais importantes para administração
das escolas publicas. Considerado eixo central da organização do trabalho na
escola, ele deve articular os aspectos administrativos e aspectos pedagógicos aos
objetivos, assegurando a unidade teórica e metodológica, no trabalho didático e
pedagógico, unidade na organização do trabalho escolar e a coerência entre o
planejado e o executado nas praticas escolares.
Se considerarmos que todo projeto tem em si a intenção de vir a ser, de se
realizar, é possível elaborar um Projeto Político-Pedagógico voltado para uma escola
ideal, com a esperança de que seja concretizado.
Isso não significa que cabe apenas à educação tornar a sociedade mais
justa e igualitária, mais que seu papel é fundamental nesse processo, porque ela é
formada dos seres sociais de que a sociedade necessita. Deste modo, a escola,
como instituição publica, precisa rever suas praticas de administração e de
construção de seus Projetos Políticos Pedagógicos.
Segundo Romão (2000), as escolas foram levadas a construir seus próprios
Projetos Políticos Pedagógicos. Porém, por ser uma das primeiras experiências
desta construção, apresentou alguns limites, especialmente porque não foi
construído coletivamente, tornando-se um documento de “gaveta”, para ser
apresentado aos órgãos oficiais.
Começamos a escola do futuro no presente. Isto reclama de nós uma
atitude: a consideração da realidade, da situação das escolas que temos, e o
confronto que temos com o que queremos e precisamos construir.
Quando se projeta, tem-se sempre em mente um ideal. O ideal é sim,
utópico, mas é preciso recuperar o sentido autentico de utopia, que significa na
verdade, não algo impossível de ser realizado. Se no próprio real que se encontram
as possibilidades de realização de algo ideal. Por isso é na escola real, a do
cotidiano, que vamos buscar o possível daquilo que se construirá.
É necessário refletir sobre o que chamamos de possíveis. Frequentemente
ele é confundido com algo estático, já dado à situação vivenciada. Segundo Drumont
(1989, p. 733),
Estamos fazendo o possível, é o que ouvimos ser afirmado. Ora o
possível não se encontra pronto, ele pode estar presente
imediatamente na situação, mas também é construído a partir dela.
Muitas vezes ele se encontra escondido dentro da casca do
impossível. Construir o possível significa explorar os limites, no
sentido de reduzi-los, e as alternativas de ação no sentido de ampliá-
los.
Para elaborar um projeto é necessário então, considerar criticamente com
clareza, profundidade e abrangência os limites e as possibilidades do contexto
escolar, definindo os princípios norteadores da ação, determinando o que queremos
conseguir, estabelecendo caminhos e etapas para o trabalho, designando tarefas
para cada um dos sujeitos envolvidos e avaliando continuamente o processo e os
resultados (Rios, 1992, p.74/75).
Na perspectiva de avançar em nosso caminho, manter sempre
atitude crítica estar alerta para o que pode provocar a alienação e
negar a felicidade. Perguntar continuamente pelo significado do que
fazemos, pois como afirma (MADURA, 1994, p.192).
Se a escola é lugar de construção e desenvolvimento de um projeto, existe
espaço para a utopia. É necessário que cada um se indague constantemente sobre
o significado de sua participação no projeto e que o grupo continue investindo na
ampliação de qualidade de sua prática. Projeto Político-Pedagógico é pensado
previamente, mas edificado presentemente pelas ações educativas concretas de
ordem escolar.
Portanto, o futuro está no processo presentemente desenvolvido. Como
disse Anísio Teixeira (1968) o culto ao novo, e o projeto político-pedagógico vive esta
tensão no decorrer de sua explicitação no interior de uma escola, de uma instituição
e, porque não, da própria sala de aula.
O Projeto Político-Pedagógico não é uma encomenda que se faz, mas um
edifício que se constrói. Ele pode e deve ser formalizado para planejamento e pela
sua avaliação, ele deve ter racionalidade, ele implica níveis de hierarquia
estabelecida, mas é uma construção a se configurar estaticamente.
A escola é uma organização viva e dinâmica, que compartilha de uma
totalidade social, e o seu Projeto Político Pedagógico deve também ser vivo e
dinâmico, norteador de todo movimento escolar seu plano global, seu plano de
ensino, seu plano em torno das disciplinas e, inclusive seu plano de aula.
Em fidelidade ao conceito de formação, os sujeitos envolvidos-gestores,
pais, professores e alunos traduzem o Projeto Político-Pedagógico concretamente,
visando à construção da formação humana. E a finalidade das mediações de ordem
escolar tem como, parâmetro, ou deveria ter a própria formação.
Ao problematizar o desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico, com
base numa perspectiva dialética de conhecimento coloco-o como elemento que
totaliza, em espaço micro, as relações sociais, econômico, políticos e ideológicas
desenvolvidas na sociedade. Assim sendo, o projeto, explicitando ou não, discutindo
ou não intencionalidades e fazeres, reflete tanto na formação/ação como na
docência/discência, tornando-se passível de processos de avaliação com o intuito de
repensar essas relações.
Entendendo o Projeto Político–Pedagógico, na perspectiva de Veiga (2004,
p.25), como sendo (...) mais do que uma reflexão sobre a educação superior (e em
todos os níveis), sobre o ensino, a pesquisa e a extensão, a produção e a
socialização dos conhecimentos, sobre o aluno e o professor e a prática pedagógica
que se realiza nas universidades nos demais espaços onde ocorrer.
Construir o Projeto Político-Pedagógico com base na dialética da totalidade
concreta consiste em afirmar sua essência em constante devir.
De acordo com Sacristãn (1995), apesar das diferentes posturas teórico-
metodológicas que possa assumir um projeto educacional, existirá sempre uma
finalidade comum delegada à escola para a sociedade industrial: a incorporação ao
mundo do trabalho. Mesmo que o propósito educativo seja despertar a consciência
de classe, o trabalho, indubitavelmente, estará colocado como condição para a
cidadania. Assim, a diferença fundamental entre Projeto político-pedagógico não
esta situada nas opções metodológicas nem, tampouco, nas finalidades inclusivas
atribuídas à educação escolarizada, mas na concepção do que significa preparar
para o mundo do trabalho, participar da sociedade e principalmente, do modo como
às práticas pedagógicas promovem e constituem representações acerca das
relações de poder e do conhecimento que circula nas instancias organizativas da
sociedade.
Entendido como um processo contínuo e permanente, nas relações da vida
cotidiana, a formação precisa ser cuidadosamente planejada no Projeto Político-
Pedagógico. Não apenas porque as atividades pedagógicas são revestidas de
procedimentos tácitos que imprimem a dimensão Político-ideológica do ensino, mas
sobre tudo, porque é ele o espaço-tempo privilegiado para que se estabeleçam as
relações conceituais que garantem a aprendizagem.
Do mesmo modo que as atividades pedagógicas requerem planejamento,
necessitam ser sistematizadas em processo de reflexão sobre a coerência entre o
que se faz e o que se pretende alcançar como objetivo do ensino.
O Projeto Político-Pedagógico será, assim, objeto de avaliação, construção e
reconstrução permanente, cotejando os fins e objetivos nele proposto com a
potencialidade educativa das ações e os efeitos produzidos na direção das
mudanças pretendidas.
Em síntese, cabe dizer que os Projetos Polticos-Pedagógicos produzidos no
âmbito dos movimentos sociais e implantados em instituições por eles mantidos, ou
parceiras no desenvolvimento dos cursos tem sido exemplos de alternativas
pedagógicas para uma pedagogia.
O Projeto Político-Pedagógico deve ser entendido como totalidade concreta
e, portanto, não como algo que tem existência em se, mas somente a partir da
produção social de seus sujeitos, ou seja, do dialogo entre professores, alunos,
funcionários, pais, direção e comunidade. No dizer de Marx, seriam eles
considerados sujeitos histórico-sociais que constroem e manifestam sua essência,
não como uma abstração inerente ao indivíduo isolado, mas como um conjunto das
relações sociais (Apud Marx inglês, 2001, p.101).
Na perspectiva da dialética, a explicitação da totalidade concreta, como
fundante e, como elemento e ou condição que permeiam com Kosik (1986, p.36)
como:
Concreticidade, como um todo que possui própria estrutura (e que, portanto,
não é caótico) (que se desenvolve, portanto, não é imutável e nem dado uma vez
por todas), que se vai criando (e que, por tanto, não é mutável apenas em suas
partes isoladas, na maneira de ordená-las), de semelhante concepção da realidade
decorrem certas conclusões metodológicas que se convertem em orientação
heurística e princípio metodológico para estudo, decisão, compreensão, ilustração e
avaliação de certas seções tematizadas da realidade.
A relação da educação com a totalidade concreta será mais descortinadora
das relações sociais, econômicas, políticas e ideológica da sociedade vigente
quanto mais continua for sua idealização. Esse movimento de totalidade,
desenvolvimento a partir de um Projeto Político-Pedagógico de caráter
emancipatório, terá como busca constante a ação-reflexão de seus sujeitos,
criticizando-os, superando o senso comum, como forma de romper com a
pseudototalidade que naturaliza a sociedade de classes.
O vínculo de apropriação construído pelo fazer coletivo de forma dialética
proporcionou o amadurecimento e a consolidação do Projeto Político-pedagógico A
relação fundante das ações e seus sujeitos era o de direito acima da de dever, de
construção de autonomia e não a reprodução de idéias de alguns iluminados.
Assim ao (re) descobrir no fazer do oficio pedagógico o prazer, o saber, a
alegria pelas descobertas, a ampliação do conhecimento, (re) descobria-se, portanto
a capacidade de transformar o mundo (LORIERI e RIOS, 2004).
O reconhecimento de que a educação pública de qualidade é direito
conquistada historicamente deve ser mobilizante de toda a comunidade escolar para
ser preservado e ampliado. Essas ações apresentam caráter pedagógico e, também,
político, o que na escola imbrica substancialmente as dimensões político e
pedagógico (...). A proposta pedagógica é, eminentemente, proposta ético-política,
isto é articulação da natureza intersubjetiva da formação coletiva (Marques 1995, p.
96). Assim, os debates pedagógicos não deixam de repercutir questões políticos-
éticas um Projeto Político-Pedagógico pode reduzir-se a uma única dimensão, pois
estão plasmadas.
Um Projeto Político-Pedagógico emancipador articula-se com a reconstrução
da formação continuada de toda comunidade envolvida.
O eixo central do Projeto Político-Pedagógico é ser um instrumento de luta
contra a seletividade a discriminação, a exclusão e o rebaixamento do ensino das
camadas populares (SAVIANI, 1983). Nesse sentido, construir, executar e avaliar o
Projeto Político-pedagógico significa preocupar-se com a qualidade da escola, ou
seja, uma escola que garanta as condições de trabalho necessárias para o
desenvolvimento do processo pedagógico.
Arroyo afirma com muita propriedade que todo projeto Político-Pedagógico
de escola é:
[...] um projeto de pedagogo, de professores por isso provoca
embates, resistências, divide escola: grupos ou aproxima. Os
embates tocam em nossas áreas, em terrenos e quintais. Se o
projeto é do coletivo da escola, fica ultrapassado falar em minha
turma, minha disciplina, meus conteúdos, meus aprovados e
reprovados, nossas tranqüilidades ou inseguranças ficam expostas
(ARROYO, 2003, p.173).
O Projeto Político-Pedagógico tem uma função social importante, ao redefinir
as relações sociais no interior da escola, possibilitando a abertura de espaço para a
prática democrática. Essa função baseia-se na intervenção da gestão da escola, na
mobilização de energias e de integração social (função política); na intervenção
sobre a coerência, a racionalidade e a finalização do sistema (mediação do projeto).
(Barbier, 1996).
Barroso afirma que o projeto é como o desenvolvimento do próprio processo
de gestão (1992). Entretanto, a concretização do Projeto Político-Pedagógico, no
âmbito da concepção de gestão democrática.
(...) não significa unir todas as pessoas envolvidas de maneira
permanentemente para tomar cada uma às decisões que requer a
caminhada. E necessário buscar formas representativas, que
permitam oportunamente a tomada e decisões. (Alfiiz s/d. p.68)
O Projeto Político-Pedagógico deve refletir tanto a diversidade como a
riqueza existente na realidade pedagógica dos estabelecimentos e dirigir-se para a
melhoria da qualidade da ação e pratica educativa (GRANDE e PEMOFF, 2002,
p.114).
A perspectiva do Projeto Pedagógico é a de um instrumento emancipadador,
que tenha como um de seus princípios a formação continuada dos professores.
Para isso conforme Veiga (1996, p.20) “não deve limitar-se aos conteúdos
curriculares, mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações
com a sociedade”. Portanto, a analise aqui proposta foca o Projeto Político-
Pedagógico como eixo norteador do trabalho da escola e da coordenação
pedagógica.
Segundo Veiga (1996, p.13), “o projeto é político no sentido de compromisso
com a formação do cidadão para um tipo de sociedade.”.
É ainda necessário afirmar que a construção do Projeto Político-Pedagógico
exige uma reflexão acerca da concepção e das finalidades da educação, sua relação
com a sociedade o que não dispensa uma reflexão sobre o homem a ser formado, a
cidadania e a consciência criticam. É uma exigência necessária, em que a qualidade
e o sentido do que se faz valem mais (VEIGA, 2004, p.20).
Segundo Barbear (1996 p.57-58). Podemos compreender o Projeto Político-
Pedagógico como: uma combinação de meios para atingir o objetivo determinado;
um processo que põe em pratica a ação que se pretende desenvolver; uma
seqüência de atividades a serem realizadas; um programa de ação; planos de ação.
Enfim, um sentido de projeto de ação, que pretende compreender o trabalho da
escola para transformá-la.
A mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da
situação desumanizante e o anúncio de sua separação, no fundo, o
nosso sonho. É a partir deste saber fundamental: mudar é difícil, mas
é possível que vamos programar nossa ação político-pedagógica.
(FREIRE, 1997, p.88).
A construção do Projeto Político Pedagógico é a formação permanente dos
professores, possibilidades e desafios. É preciso acreditar nas mudanças e nos
sonhos possíveis.
A REALIDADE VIVENCIADA COM A INTERVENÇÃO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
O trabalho realizado na instituição escolar Colégio Pe. José de Anchieta foi
realizado por meio de curso oferecido aos professores, equipe pedagógica e
funcionários da escola.
O projeto foi desenvolvido por meio de palestras, pesquisas, mesa redonda
buscando demonstrar a importância e a necessidade para a Efetivação do Projeto
Político Pedagógico como instrumento inovador das práticas pedagógicas.
Foram realizadas várias reuniões com o grupo de educadores que aderiram ao
curso:
Apresentação da temática: Projeto Político Pedagógico à Direção,
funcionários, professores e equipe pedagógica.
Apresentação do cronograma de atividades aos participantes.
Desenvolvimento do projeto com os participantes, apresentando a
importância da construção e reconstrução do Projeto Político
Pedagógico.
Palestra sobre Legislação Brasileira e Paranaense.
Exposições dos materiais metodológicos, explicações dos trabalhos
a serem realizados através da análise dos textos abordados autores:
(Ilma Passos Veiga; José Carlos Souza e Maria de Fátima B.
Abdala).
Palestra sobre Motivação Educacional.
Grupo de estudo para analise e interpretação do Projeto Político
Pedagógico: Possibilidades e desafios.
Apresentação e conclusão dos trabalhos realizados.
O curso trouxe oportunidade de ressaltar problemas, integrar os participantes
para elaboração do PPP, apresentar novas formas de trabalho e integração, assim como
fazer com que todos sintam a importância de sua participação na elaboração do PPP.
O Projeto Político Pedagógico é uma ferramenta gerencial que auxilia a
escola definir suas prioridades estratégicas, a converter as prioridades em metas
educacionais, a decidir o que fazer para alcançar as metas de aprendizagem, a
medir se os resultados foram atingidos e a avaliar o próprio desempenho. Construir o
Projeto Político-Pedagógico com base na dialética da totalidade concreta consiste
em afirmar sua essência em constante devir.
Considera-se primordial a reelaboração do Projeto Político Pedagógico para
que se possam contemplar as mudanças, transformações e necessidades do
momento escolar. São oferecidos momentos de formação no inicio de semestre,
outro para o replanejamento, que são momentos importantes, entretanto, não são
suficientes, pois há necessidades de um aprofundamento para dar segurança ao
professor na elaboração e reformulação do projeto. Diariamente, a troca de
experiências entre professores e equipe pedagógica contribui para solucionar
problemas específicos dos educandos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção do Projeto Político Pedagógico é a formação permanente dos
professores, é necessário que o pedagogo acredite nisso. É preciso acreditar nas
mudanças e nos sonhos possíveis. Motivar é conduzir alguém à satisfação de sentir-se
entusiasmado para algo ou alguém, é redescobrir motivos pelas quais valham à pena a
luta. Todo ser humano e qualquer professor, em especial o da educação, vivencia ou
vivenciou em sua práxis, a falta de motivação tanto intrínseca quanto extrínseca,
interferindo de alguma maneira no processo de ensino aprendizagem.
Para que o trabalho do professor seja valorizado e tenha bases sólidas, o
docente necessita trabalhar em conjunto com os demais integrantes da comunidade
escolar, visando uma alternativa de colaboração em relação à sua atuação, numa
tentativa de contribuir para uma reflexão pedagógica inovadora, numa dinâmica que
objetive um bom relacionamento entre professor, alunos e toda comunidade escolar.
O PPP é uma construção necessária e possível, devendo ser pautada em
necessidades e possibilidades. Além disso, a elaboração do Projeto Político
Pedagógico deve ser pensada com vistas a instaurar uma forma de organização do
trabalho pedagógico que busque superar os conflitos, buscando romper com as
relações competitivas e autoritárias, com a superação da burocracia. (LEITE, 2009)
Portanto, se pode dizer que é a partir do diálogo, ou seja, da troca de
sugestões de aplicabilidade de uma melhoria no espaço escolar entre comunidade e
escola e com o respeito em ouvir o que o outro diz que se ocorre uma verdadeira
participação efetiva. A comunidade ao participar de forma efetiva e ampla na escola
se sente compromissada e assim se sente parte do espaço e do processo educativo
que acontece na escola.
O Projeto Político Pedagógico é um instrumento que desenvolve a
participação efetiva, pois em seu processo de elaboração a comunidade se reflete
no mesmo. O Pedagogo precisa ser o coordenador de todo o processo, atuando
como incentivador da prática pedagógica, coletiva e democrática. Pode-se concluir
que a forma como foi realizada a intervenção na realidade possibilitou utilizar da
construção e da implementação do Projeto Político Pedagógico com a função de
romper o isolamento dos diferentes segmentos da escola buscando pela
participação coletiva e efetiva de alunos, funcionários e comunidade a observação
critica do cotidiano escolar objetivando a melhoria da instituição escolar e a reflexão
constante sobre o que a escola é e para onde pode ir.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Mec-Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9394/1996.
CARVALHO, Elma Julia Gonçalves de: Autonomia da Gestão Escolar:
Democratização e Privatização, Duas Faces de Uma mesma Moeda. Piracicaba, Tese
de Doutorado, Pós-Graduação em Educação. Universidade Metodista de Piracicaba
2005.
DIAS, Gilmar. A – Dimensão Política do Projeto Político Pedagógico: Resumo a
Autonomia e Pedagogia da Escola Pública, universidade Tuiti Pr, 2003.
FERREIRA, Naura Syaria Carapeto - Gestâo escolar e Organização do Trabalho
Pedagógico. Curitiba IESD, 2003.
FUSARI, José Cherch. O Planejamento do Trabalho Pedagógico: Algumas
indagações e tentativas de respostas.
LEITE, Sandra Regina Mantovani; MIRANDA, Marília Faria de; SILVA, Maria Ruth. O
pedagogo e o projeto político pedagógico da escola: algumas considerações. In:
CZERNISZ, Eliane. IX Semana da Educação da UEL - Política e Gestão da
Educação: questões em debate. Londrina: UEL, 2009, p.129 – 140.
LIBÂNEO, José Carlos, Oliveira, João Ferreira de: Tosch, Myrja Seabra. Educação
Escolar: Políticas, Estruturas e Organização, São Paulo: Cortez, 2003.
PARANÁ CEE. Deliberação nº014/99-Indicação nº0014/99,1999.
PRADO, Guilherme do Val Toledo. Planejamento Educacional: Tirando o Projeto
Pedagógico da gaveta. Disponível em
www.diadia.pr.gov.br/arquivos/planejamentoeducacionalPrado.pdf
RIOS, Terezinha Azevedo: Projeto Pedagógico uma Construção Coletiva.
ROMÃO, José Eustáquio - Dialética da diferença: O Projeto da Escola Cidadã Frente
ao Projeto Pedagógico Neoliberal, S. Paulo- Cortez =2000.
SACRISTÃ, J. Gimêneo: O Currículo Uma reflexão sobre a prática, 3ª Ed. Porto
Alegre: Armed. 2000.
SAVIANI, Demerval: Sentido da Pedagogia e Papel do Pedagogo. In Revista da Ande,
São Paulo, nº9, 1985.
TEIXEIRA, Lúcia H.G. O Diretor da Universidade Escolar frente às tendências
presentes na gestão da escola pública, M. Gerais. Juiz de Fora. UF JF-SEE-2003.
VEIGA, Ilma. Passos: Projeto Político da Escola, uma construção possível, 10ª Ed.
Campinas, SP Papiru, 1995.
VEIGA, Ilma. Passos: Quem Sabe Faz à Hora de Construir o Projeto Político-
Pedagógico, Campinas S.P: Papirus, 2007. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho
Pedagógico).