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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOFOTÔNICA APLICADA ÀS CIÊNCIAS
DA SAUDE
ADRIANA DE BRITO
EFEITO DA TERAPIA LASER DE BAIXA POTÊNCIA SOBRE O
REMODELAMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO E A REGENERAÇÃO DO
MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATOS IDOSOS.
São Paulo, SP
2016
2
ADRIANA DE BRITO
EFEITO DA TERAPIA LASER DE BAIXA POTÊNCIA SOBRE O
REMODELAMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO E A REGENERAÇÃO DO
MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATOS IDOSOS.
Tese apresentada à Universidade Nove de Julho,
para obtenção do título de Doutor em Biofotônica
aplicada às Ciências da Saúde.
Orientadora: Profa. Dra. Raquel Agnelli Mesquita Ferrari
Co-orientadora: Profa. Dra. Kristianne Porta Santos Fernandes
São Paulo, SP
2016
3
FICHA CATALOGRÁFICA
Brito, Adriana de.
Efeito da terapia laser de baixa potência sobre o remodelamento do
tecido conjuntivo e a regeneração do músculo esquelético de ratos
idoso./ Adriana de Brito. 2016.
60 f.
Tese (Doutorado) – Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São
Paulo, 2016.
Orientador (a): Profa. Dra. Raquel Agnelli Mesquita Ferrari.
1. Envelhecimento. 2. Regeneração. 3. Laser de baixa potência. 4.
LBP. 5. Colágeno. 6. Músculo esquelético.
I. Ferrari, Raquel Agnelli Mesquita. II. Titulo
CDU 615.831
4
5
DEDICATÓRIA
Aos meus pais,
Que me deram a vida e ensinaram a vivê-la com dignidade,
Que iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação
para que eu trilhasse sem medo e cheios de esperanças,
Que se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos,
para que, muitas vezes, pudesse realizar o meu,
não bastaria um muitíssimo obrigado.
Não temos palavras para agradecer tudo isso.
Uma emoção que jamais seria traduzida por palavras.
Amo vocês!
6
Agradecimentos
Primeiramente quero agradecer a Deus por estar presente em todos os momentos da
minha vida, desde minha geração no ventre até os dias atuais.
Agradeço a profa Raquel Mesquita-Ferrari e profa Kristianne Porta pela excelente
orientação e pelas oportunidades que me foram oferecidas pelo grupo de trabalho.
Ao meu pai, que mantenho uma imensa saudade dos seus abraços de carinho, pois me
confortavam sempre quando mais precisava. Obrigada por suas palavras sábias, seu
olhar fascinante e por todos os ensinamentos que me deu.
À minha família, meus irmão Leandro, Artur e Saulo, e em especial minha mãe e Evaldo,
pelo amor, amizade, carinho, confiança, pelos incentivos, pelas oportunidades, pela
formação do meu caráter. Sem a ajuda de vocês não chegaria onde cheguei.
Em especial ao meu amor Sergio Louzada, que me conquistou em todos os sentidos e
que a cada dia é uma pessoa mais e mais maravilhosa e surpreendedora. Um único
parágrafo é pouco para dizer tudo o sinto. Mas as mexidinhas da Luana, o chamego da
Nina, suas conversas com nossa pequena e as carícias na barriga, podem ser resumidos
em uma única palavra: eu te amo!! Somos uma linda família! Obrigada por me fazer muito
feliz!
Aos sogros, querido Dalmir e Vera, que me deram de presente uma das pessoas mais
importante da minha vida. Obrigada por serem tão especiais!
À Universidade Nove de Julho, aos chefes, colaboradores e amigos que aqui conquistei.
Obrigada pela oportunidade, pelos apoios, compreensão e contribuições para minha
formação pessoal e profissional.
7
SUMÁRIO
Lista de Figuras 07
Lista de Tabelas e Quadros 08
Lista de Abreviaturas e Símbolos 09
Resumo 11
Abstract 12
1. Contextualização 13
1.1 Lesão e regeneração do músculo esquelético 14
1.2 Regeneração do músculo esquelético em idosos 16
1.3 Remodelamento de Matriz Extracelular e Envelhecimento 19
1.4 IL-6 e IL-1B: importância no processo de processo muscular 19
1.5 Laser de Baixa Potência e reparo muscular 19
2. Justificativa 22
3. Objetivos e objetivos específicos 23
4. Metodologia 24
4.1 Procedimento de criolesão do músculo esquelético TA 27
4.2 Procedimento de irradiação laser de baixa potência 27
4.3 Eutanásia dos animais 29
4.4 Análise morfológica qualitativa e quantitativa do músculo TA 30
4.5 Análise da distribuiçãoo e organizaçãoo do colágeno 31
4.6 Imunohistoquímica para IL-6 e IL-1beta 31
5. Análise Estatística 32
6. Resultados 32
7. Discussão 47
8. Conclusão 49
9. Referências Bibliográficas 50
10. Anexos 57
8
LISTA DE FIGURAS Figura 1. Quatro fases do processo de reparo inter-relacionadas e dependentes do tempo. 15
Figura 2. Ciclo de regeneração da fibra muscular 16
Figura 3. Crescimento de fibras musculares
Figura 4. Deposição de colágeno matriz extracelular (ECM)
18
20
Figura 5. Fluxograma dos grupos de animais estudados 26
Figura 6. Demonstração do procedimento de criolesão 28
Figura 7. Equipamento Laser
Figura 8. Procedimento de irradiação com LBP
29
29
Figura 9. Metodologia do estudo 30
Figura 10. Fluxograma do processo de seleção dos artigos
Figura 11. Fotomicrografia histológica de músculos tibial anterior, coradas com HE
32
36
Figura 12. Dados estatística da análise quantitativa da morfologia do músculo TA 37
Figura 13. Fotomicrografia de corte histológico do músculo corado com Picrosirius Red 39
Figura 14. Quantificação de fibras colágenas no músculo tibial anterior 40
Figura 15. Fotomicrografia de imunohistoquímica para expressão de IL-1beta 44
Figura 16. Fotomicrografia de imunohistoquímica para expressão de IL-6 45
Figura 17. Análise estatística da imunoexpressão de IL-6 e IL-1beta 46
9
LISTA DE TABELAS Tabela 1. Critérios estabelecidos para seleção dos artigos para revisão sistemática 25
Tabela 2. Parâmetros do Laser de Baixa Potência AsGaAl (Arseneto de Gálio e Alumínio) 28
Tabela 3. Resultados do Artigo de Revisão Sistemática 33
10
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
ATP Adenosina trifosfato
AsGa Arseneto de Gálio
AsGaAl Arseneto de Gálio Alumínio
BCIP 5-Bromo-4-Cloro-3-Indolil fosfato
BSA Albumina de soro Bovino
CaCl2 Cloreto de calico
CDNA DNA complementar
cm2
centímetro ao quadrado
CO2 Dióxido de carbono
DAB Diaminobenzidina
DEPC Dimetil pirocarbonato
DNA Ácido desoxirribonucleico
dNTP Deoxinucleotídeos trifosfatos
EDTA Ácido etilenodiamino tetra-acético
FGF Fator de crescimento fibroblático
GAPDH Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase
HeNe Hélio Neônio
HCL Ácido clorídrico
HGF Fator de crescimento hepatocitário
IGF-1 Fator de crescimento semelhante à insulina 1
InGaAlP Índio Gálio Alumínio Fósforo
IL Interleucina
J Joules J/cm2 – Joules por centímetro ao quadrado
LBP Laser de baixa potência
kDa KiloDalton
MEC Matriz extracelular
11
mg miligrama
mL mililitro
mg/g miligrama por grama
mg/mL miligrama por mililitro
mL/kg mililitro por quilo
mM milimolar
mm milímetro
MRFs Fatores regulatórios miogênicos
MyoD Fator de determinação miogênico 1
mW miliwatts
NaN3 Azida de sódio
NaCl Cloreto de sódio
nM nanomolar
nm nanômetros
PCR Reação em cadeia polymerase
RNA Ácido ribonucleico
RNAm Ácido ribonucleico mensageiro
Rpm Rotações por minuto
SDS Dodecil sulfato de sódio
TGF-β Fator de crescimento transformador β
TNF-α Fator de necrose tumoral α
VEGF Fator de crescimento vascular endotelial
W/cm2 Watts por centímetro ao quadrado
ZnCl2 Cloreto de zinco
μL microlitros
μg micrograma
μm micrometro
λ Comprimento de onda
12
RESUMO
O envelhecimento altera a ativação e proliferação de células satélites e células
inflamatórias no músculo esquelético e promove o aumento de fibroblastos, diminuição da
vascularização e espessamento da lâmina basal. O objetivo do presente estudo foi avaliar
os efeitos do LBP no músculo tibial anterior (TA) de ratos idosos após criolesão sobre os
aspectos morfológicos, sobre a expressão de Il-6 e IL-1 beta, a distribuição e organização
do colágeno. Foi realizada fotomicrografia histológica do músculo TA corados com HE,
Picrosirius Red e Imunohistoquímica para IL-6 e IL-1 beta. Os resultados foram quantitativa
e qualitativamente no software Image J. O estudo foi aprovado pelo CEUA-UNINOVE e
foram utilizadas n=30 patas de ratos machos Wistar distribuídas em 03 grupos
experimentais: - Grupo 1 Controle (n=4): animais não lesionados ou tratados com LBP;
Grupo 2 Criolesão sem tratamento LBP (n= 13) e Grupo 3 Criolesão tratado com LBP
infravermelho (n=13). O LBP foi aplicado no TA após 2h da indução da lesão e consistiu de
aplicações diárias até o dia do sacrifício (grupos 1, 3 ou 7 dias) de acordo com o grupo
estudado. Foram utilizando os parâmetros (λ= 780nm; 1000mW/cm2 densidade de potência;
40mW de potência; 3,2J de energia total; tempo de 10s). Na análise histomorfológica, o
grupo 7 dias tratado teve diminuição significantes de infiltrado de células inflamatórias e
aumento de fibras imaturas e novos vasos sanguíneos, comparado ao grupo 7 dias não-
tratado (p<0,05). Na análise da distribuição e organização do colágeno, houve diferença do
grupo controle em relação ao grupo 7 dias tratado e não-tratado (p<0,05). A expressão de
IL-6 por imunohistoquímica, foi maior em todos os grupos estudos (p<0,05) comparado ao
controle, porém não houve diferença entre os grupos lesionados tratados ou não. Quanto a
expressão de IL-1 beta, houve aumento da expressão em 3 dias tratados comparados ao
grupo 1 e 7 dias tratados. Em conclusão, o LPB demonstrou efeito modulatório no processo
de reparo muscular em animais idosos.
Descritores: envelhecimento, regeneração, Laser de Baixa Potência, LBP, colágeno,
músculo esquelético.
13
ABSTRACT
The aging changes the activation and proliferation of satellite cells and inflammatory cells
in skeletal muscle and fibroblasts promotes increased, decreased vascularization and
thickening of the basal lamina. The aim of this study was to evaluate the effects of LBP on
the tibialis anterior (TA) muscle of aged rats after cryoinjury on morphological, on the
expression of IL-6 and IL-1 beta, distribution and collagen organization. It was performed
histological photomicrographs of the TA muscle stained with hematoxylin-eosin,
Picrosirius Red, and immunohistochemistry for IL-6 and IL-1beta. The results were
quantitatively and qualitatively in Image J software. The study was approved by CEUA-
UNINOVE and were used n= 30 legs of male rats Wistar divided into 03 experimental
groups: - Group 1 Control (n= 4): animals uninjured or LBP-treated; Group 2 cryoinjury
LBP untreated (n= 13) and Group 3 treated with LBP infrared cryoinjury (n= 13). The LBP
was applied to muscle after 2h of induction of injury and consisted of daily application until
the day of sacrifice (Groups 1, 3 or 7 days) according to the study group. We were using
the parameters (λ = 780nm, 1000mW / cm2 power density, power 40mW; 3,2J total
energy, time of 10s). In histomorphological analysis, seven days the treated group had a
significant decrease in infiltration of inflammatory cells and increased immature fibers and
new blood vessels compared to Group 7 days did not-treated (p <0.05). In the analysis of
distribution and collagen organization, there was a control group difference from the group
treated 7 days and non-treated (p <0.05). The expression of IL-6 by
immunohistochemistry, was higher in all study groups (p <0.05) compared to control, but
there was no difference between the groups treated injured or not. The IL-1beta
expression, there was increased expression in 3 days treated compared to group 1 and 7
days treated. In conclusion, the LPB shown modulatory effect on muscle repair process in
aged animals.
Descriptors: aging, regeneration, low-level laser therapy, LLLT, collagen, skeletal
muscle.
14
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
O músculo esquelético compreende cerca de 40% a 45% do peso corpóreo,
sendo um tecido dinâmico com alta capacidade em termos de remodelamento, reparação
e regeneração (Ceafalan et al., 2014). Nos seres humanos, 40% da massa muscular é
perdida entre os 20 e 80 anos de idade (Evans 1997; Lexell, Taylor, Sjostrom et al.,1988;
Reid, Fielding 2012).
Durante o processo de envelhecimento as fibras musculares danificadas são menos
substituídas por fibras novas e a resposta inflamatória muscular torna-se mais
prolongada. Essa sequência de eventos resulta em perda da massa muscular, redução
do número de fibras musculares, da força e da qualidade da execução do movimento,
com concomitante, fibrose e deposição da matriz extracelular (MEC) (Allen Herbst et al,
2013; Mann et ai, 2011; Jang et al 2011; Brooks, Myburgh 2014; Peake et al., 2010).
Esses fatores favorecem a ocorrência de lesões em idosos, e reduzem a capacidade
regenerativa do músculo esquelético (Sobrian et al., 2014).
Apesar das diferentes hipóteses propostas, a causa para explicar essa imparidade
relacionada à idade, a regeneração do músculo esquelético e os mecanismos envolvidos,
ainda permanecem desconhecidos (van der Poel et al., 2011).
No envelhecimento ocorre um estado pró-inflamatório que estaria relacionado com
o desenvolvimento da sarcopenia, uma vez que os níveis elevados de citocinas induziram
a síntese reduzida da proteína muscular. Em idosos ocorre níveis plasmáticos elevados
de IL-6, TNF e IL-1 (Evans et al., 2010), sendo estes associados com perda de músculo e
menor força em indivíduos idosos. Em particular, a IL-6 desempenha um papel na
aceleração da sarcopenia e fragilidade (Visser et al 2002;. Schaap et al., 2009).
1.1 Lesão e regeneração do músculo esquelético
A capacidade de reparo do tecido muscular esquelético após uma lesão requer uma
série de eventos, que envolve atividades coordenadas por células inflamatórias. Após a
ocorrência de lesão, inicia-se o reparo do músculo esquelético que compreende um
processo complexo e altamente organizado envolvendo quatro fases inter-relacionadas
denominadas degeneração, inflamação, regeneração e formação de fibrose-
remodelamento (ver figura 1) (Jang et al., 2011).
15
Figura 1. Quatro fases do processo de reparo interrelacionadas e dependentes do
tempo. Fonte: adaptação de Carosio et al., 2011.
A regeneração muscular é um fenômeno complexo, envolvendo a substituição de
fibras danificadas por novas fibras musculares. Este processo no músculo esquelético
envolve a participação de células precursoras quiescentes localizadas entre a lâmina
basal e sarcolema da fibra muscular madura denominadas células satélites (inserir
referências aqui)
Logo após uma lesão essas CS são ativadas, proliferam-se passando a ser
denominadas mioblastos, fundem-se as fibras musculares já existentes ou fundem-se
com as células satélites vizinhas para gerar novas fibras musculares. Durante estas
etapas, estas células expressam diferentes fatores regulatórios miogênicos (MRFs)
(Foschini et al., 2004; Fernandes et al., 2011).
16
Figura 2. Ciclo de regeneração da fibra muscular. Fonte: (adaptada de Hawke and
Garry, 2001 disponível em http://www.efdeportes.com/efd160/variaveis-que-influenciam-o-dano-muscular.htm)
Os MRFs expressam nas fases iniciais do processo de reparo são especialmente
MyoD e Myf5 enquanto que nas fases mais tardias são expressos os MRFs relacionados
a diferenciação da fibra sendo especialmente miogenina e MRF4 fatores regulatórios
miogênicos específicos.
Foram identificados dois grupos de MRFs: os MRFs primários que são MyoD e
Myf-5, atuam na determinação da miogenese favorecendo a ativação das células
satélites e proliferação dos mioblastos. E os MRFs secundários que são a miogenina e
MRF4, relacionados a diferenciação celular de mioblastos em miotubos e, posterior fusão
em fibra muscular pré existente ou para a formação de nova fibra (Vatansever et al.,
2012; Meregalli et al., 2014).
A fase inicial de ativação e proliferação das células é caracterizada pela expressão
de MyoD, a qual exibe aumento 3 horas após a lesão, atingindo seu pico em 12 horas e,
depois desse período, volta a se normalizar. Com o avançar da regeneração, é expressa
a Miogenina, um marcador peculiar da fase de diferenciação das células satélites durante
o processo de regeneração para reparo ou formação de novos mioblastos (Pertille et al.,
2012).
17
1.2 Regeneração do músculo esquelético em idosos
Com o envelhecimento, a homeostase do tecido muscular é progressivamente
interrompida e a capacidade das células-satélites (CS) para reparar o músculo lesionado
diminui acentuadamente. Estudos recentes mostram que as SC são submetidas a
alterações celulares intrínsecas que afetam profundamente a função regenerativa (Blau
et al., 2015).
Em animais já foi demonstrado que o reparo da fibra muscular é diferente em
animais jovens e em idosos. Em resposta a lesão, as CS presentes na lâmina basal de
um músculo jovem são ativadas por estímulos provenientes de fibroblastos, células
intersticiais, macrófagos residentes, fibro/progenitores para formar novas fibras
musculares que são quase indistinguíveis das fibras pré-existentes. No músculos de
idosos, o processo de reparo resultará em fibras recém-formadas de tamanho reduzido,
além de um espessamento da lâmina basal por deposição de componentes da matriz
extracelular (MEC), que pode ser atribuído ao aumento da atividade de fibroblastos
residentes e à diminuição de células satélite potencialmente miogênicas (ver figura 1)
(Mann et al, 2011; Uezumi et al, 2010; Arsic et al., 2004).
A regeneração muscular é mais lenta em animais idosos, que coincide com a
diminuição da fagocitose por células inflamatórias. Os animais depletados de neutrófilos e
monócitos também mostraram acúmulo de tecido muscular lesionado, o que sugere a
capacidade diminuída para remover os restos de tecido por fagócitos, retardando
processo regenerativo (Tidball 2005).
Assim, em idosos o processo de reparo irá resultar em fibras musculares recém-
formados de tamanho reduzido e espessamento da lâmina basal por deposição
melhorada de componentes da matriz extracelular (MEC), que poderia, potencialmente,
ser atribuída ao aumento da presença e da atividade de fibroblastos residentes e à
diminuição de células satélite potencial miogênica. A conversão de células miogênica em
células fibrogênicas também poderia contribuir para o acúmulo de matriz extra-celular.
Estas novas condições do microambiente dentro do nicho de células-satélite irá impedir
funções de células satélite eficientes e reparação muscular (Mann et al, 2011; Arsic et al.,
2004).
18
Figura 3. Crescimento de Fibras Musculares: acúmulo da matriz extracelular (MEC) após lesão
após é diferente nos músculos jovens e idosos. Fonte: Mann et al. Skeletal Muscle 2011)
A fase degenerativa é caracterizada por influxo de cálcio extracelular e proteólise,
que resulta em necrose. A fase inflamatória é caracterizadas por infiltrado de leucócitos
ativados que amplificam a resposta inflamatória e atuam na regeneração muscular
(Ferrari, 2005; Hughes et al., 2002). Essas fases iniciam-se minutos após a lesão e
duram até 2 semanas (Ceafalan et al., 2014; Jang et al., 2011; Chargè et al., 2004; Ekaza
et al., 2006).
Na fase final da regeneração ocorre a maturação das fibras musculares e a
reorganização do tecido cicatricial de forma a permitir a recuperação da capacidade
funcional muscular (Fernandes et al., 2011; Ceafalan et al., 2014; Chargè et al., 2004;
Ekaza et al., 2006). A maioria das lesões do músculo esquelético não formam tecido
cicatricial fibroso incapacitante, contudo a proliferação de fibroblastos pode ser excessiva
e resultar na formação de tecido cicatricial denso no interior da lesão muscular
(Fernandes et al., 2011).
Contudo, as alterações morfofisiológicas que ocorrem nos tecidos em decorrência
do envelhecimento acarretam declínio da ativação e proliferação das células satélites,
lenta ativação de células inflamatórias, aumento da produção de fibroblastos, diminuição
da vascularização, espessamento da lâmina basal e redução no nível de IGF-I (fator de
crescimento semelhante a insulina do tipo I), que está relacionada com o
desenvolvimento muscular. Em conjunto, essas alterações desencadeiam um ambiente
celular desfavorável à regeneração muscular do idoso (Pertille et al., 2012).
Além disso, também existe a associação do envelhecimento com a alteração do
número absoluto de células satélites (CS) e a diminuição da capacidade miogênica, que
estão parcialmente atribuídos a senescência e apoptose de CS envelhecidas, pois podem
reduzir a ativação, proliferação e a função das CS pela depleção de certas populações de
CS (Sobrian et al., 2014; Garcia Prat et al., 2013; Rhoads et al 2013).
Célulasatélite
Lâminabasal
Fibramuscular
Macrófagoresidente Aumentonúmero
defibroblasto
Atrofiamuscular
DeposiçãoMEC
JOVEMIDOSO
19
As CSs são particularmente sensíveis à miostatina e fatores de crescimento. A
miostatina (fator de crescimento da diferenciação 8, do inglês denominado GDF8),
membro da superfamília de fatores de crescimento (TGF), é um regulador robusto de
desenvolvimento muscular e crescimento pós-natal, cuja atividade é regulada por uma
série de eventos pós-transcripcionais complexos (Mesquita-Ferrari et al., 2011; White et
al 2014).
Segundo White et al 2014, não é certo se a abundância ou a atividade de
miostatina são afetados pelo envelhecimento ou se miostatina desempenha um papel na
causa da sarcopenia. No entanto, a inibição da miostatina em animais adultos e mais
velhos aumenta significativamente a massa muscular e confere benefícios sobre as
medidas de desempenho e metabolismo.
1.3 Remodelamento de Matriz Extracelular e Envelhecimento
Outro ponto a ser considerado no panorama da regeneração é o remodelamento do
tecido conjuntivo que depende da ação coordenada da degradação e síntese de
proteínas intracelulares e dos componentes da matriz extracelular (MEC) (Bischoff et al.,
1994).
Em se tratando do envelhecimento a fibrose no tecido muscular também é uma
alteração presente decorrente do aumento de tecido conjuntivo (Mann, 2011) devido a
substituição do tecido muscular por tecido conjuntivo, e à redução na degradação e
síntese das fibras colágenas gerando aumento na quantidade de ligações cruzadas
dentro e entre as fibrilas (Imamura et al., 1999). Além disso, no envelhecimento ocorre
um aumento da quantidade do colágeno, que se torna mais firme e estável gerando uma
formação excessiva de tecido fibroso, resultando em comprometimento funcional do
músculo esquelético (Barberi et al., 2013).
20
1.4 Citocinas IL-6 e IL-1B: importância no processo de processo muscular
As citocinas compreendem uma grande família de proteínas que desempenham
papel mensageiros intracelulares. Algumas citocinas ganham destaque com relação ao
seu papel durante o processo de regeneração muscular, como a IL-6 e IL-1B. A IL-6 é
uma citocina pró-inflamatória envolvida na ativação da proliferação de células satélites, a
qual tem grande importância no crescimento e reparo muscular.
A regeneracao do muscular pode depender da ativacao e supressao da sinalizacao
de citocinas inflamatorias, como fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina-1 beta
(IL-1b) e interleucina-6 (IL-6), apresentam efeitos diversos no musculo esqueletico
(Langen, Schols et al., 2002).
1.5 Laser de Baixa Potência e reparo muscular
No âmbito experimental das intervenções terapêuticas, o laser de baixa potência
(LBP) tem demonstrado resultados promissores durante o processo de reparo muscular
após diferentes tipos de lesão (Bibikova, Oron 1993; Bibikova, Oron 1995; Oliveira et al.
1999; Weiss, Oron 1992; Mesquita-Ferrari, 2011, de Almeida et al. 2011) porém a maioria
dos estudos experimentais se restringem a animais jovens.
Já foi demonstrado que o LBP quando aplicado no tecido muscular lesionado
é capaz de reduzir a dor, o edema, o influxo de leucócitos, a mionecrose e ainda alterar a
expressão de citocinas, enzimas inflamatórias e o remodelamento do colágeno,
acelerando o processo de reparo (Dourado et al. 2003, Barbosa et al. 2008, Barbosa et
al. 2009, Mesquita-Ferrari et al. 2011, de Souza et al. 2011, Baptista et al. 2011,
Fernandes et al. 2013, Alves et al 2014).
Contudo, em animais idosos há poucos estudos que associam o LBPa regeneração
do músculo esquelético, e esses estudos, divergem quanto aos parâmetros dosimétricos
utilizados (Vatansever, et al., 2012; Pertille et al., 2012).
Pertille et al., 2012 avaliaram o efeito da laserterapia em modelo de contusão
muscular em ratos de 18 meses de idade (GaAlAs comprimento de onda de 830 nm,
emissão contínua, potência de saída de 30 mW, área do feixe de 0,07 cm2 e densidade
de energia de 4 J/cm2). A terapia foi aplicada por meio da técnica pontual, distribuída em
2 pontos, sendo um ponto realizado imediatamente em cima da lesão e o outro no terço
distal do músculo, com distância de 1 cm. A aplicação de cada ponto teve duração de 16
segundos. O tratamento teve início 24 horas após a contusão, diariamente, com
intervalos de 24 horas, frequência de cinco vezes por semana e intervalo de dois dias,
totalizando sete ou 21 sessões, de acordo com o grupo. Após 21 dias de tratamento,
21
houve redução significativa na área de inflamação/regeneração no grupo tratado com
laser comparado ao grupo apenas lesionado. Na área de secção transversal das fibras
em processo de regeneração, não houve diferença estatística entre ambos os grupos.
O estudo realizado por Vatansever, et al., 2012 avaliou os efeitos da LBP (λ=830
nm, por 29 segundos e energia de 0, 87J) após criolesão no músculo tibial anterior (TA)
de ratos machos Wistar de 3 meses e 10 meses (grupo jovem e adultos,
respectivamente). A análise morfológica não evidenciou diferença na regeneração
muscular entre ratos adultos irradiados e não irradiados. Contudo, a expressão de MRFs
foi regulada positivamente com aumento da expressão de RNAm de MyoD em ratos
adultos. A LBP induziu o aumento da maturação de células satélites em mioblastos e
miotubos, reduzindo a atrofia muscular em ratos irradiados adultos. Esses resultados são
muito importantes para o desenvolvimento de novas estratégias e modalidades
terapêuticas.
De Melo Rambo et al., 2014 analisaram o efeito do LBP (comprimento de onda de
660 nm; potência de 30 mW, energia total de 2 J) na cicatrização de feridas cutâneas em
ratos jovens e idosos. A análise histológica mostrou que o reparo é retardado em animais
idosos em relação aos jovens, principalmente no que se refere a fase inflamatória
(polimorfo nuclear, macrófagos e linfócitos) e a fase da proliferação da re-epitelização,
angiogênese e fibrogênese. Apesar desse achado, ambos os grupos tratados com LBP
tiveram aumento no processo de reparo quando comparado com os seus grupos de
controle. Observaram que a LBP foi eficaz na diminuição da expressão dos mediadores
pró-inflamatórias (IL-1-beta e TNF-alfa) durante todo o período experimental, embora
houve um aumento da expressão da proteína da citocina anti-inflamatória IL-10. No
entanto, os níveis de IL-10 estava aumentado nos animais jovens, comparado aos
animais idosos.
22
2. JUSTIFICATIVA
Diante do aumento da expectativa de vida, é imprescindível o estabelecimento de
novos recursos terapêuticos na prática clínica para melhorar o processo de reparo
muscular, a qualidade motora e o tempo de resolução de uma lesão (Sobrian et al.,
2014). O laser de baixa potência (LBP) tem sido vastamente aplicado como um novo
recurso terapêutico em estudos envolvendo seres humanos e/ou modelos experimentais
(Fukuda et al, 2013; Silveira et al, 2009).
O uso do LBP está bem fundamentado na literatura por ter efeito sobre o
tratamento de desordens inflamatórias, regeneração, reparo do músculo esquelético e
também sobre outros tipos de lesões e tecidos. Promove efeitos modulatórios positivos
sobre as células precursoras musculares e no remodelamento de colágeno, conforme
estudado previamente em nosso laboratório de pesquisa (Alves et al., 2014a; Alves et al.,
2014b; Franca et al., 2013).
Contudo, a maioria dos estudos experimentais se restringe a animais jovens e/ou
adultos (Bibikova, Oron 1993; Bibikova, Oron 1995; Oliveira et al. 1999; Weiss, Oron
1992; Lopes-Martins et al.2006; de Almeida et al., 2011), sendo poucos realizados com
animais idosos (Pertille et al., 2012; Vatansever, et al., 2012).
Por esse motivo, este estudo visou avaliar os efeitos do LBP no processo de reparo
do músculo esquelético em animais idosos de forma a verificar a modulação causada por
este recurso durante o envelhecimento e ao mesmo tempo permitir a comparação com os
efeitos induzidos em animais adultos, previamente relatados.
23
3. OBJETIVO
O presente estudo teve o objetivo avaliar os efeitos do LBP sobre os aspectos
morfológicos do músculo esquelético tibial anterior de ratos senis e sobre o
remodelamento do tecido conjuntivo.
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Analisar os efeitos do LBP sobre:
Os aspectos morfológicos (infiltrado inflamatório, mionecrose, edema, vasos
maduros e a presença de fibras musculares imaturas) do tecido muscular de
animais idosos após lesão aguda induzida por criolesão.
O remodelamento da MEC durante o reparo muscular de animais idosos por meio
da deposição e a distribuição do colágeno após lesão aguda induzida por
criolesão;
A imunoexpressão de IL-6 e IL-1β durante as diferentes fases do processo de
reparo do músculo esquelético de animais idosos após lesão aguda.
24
4. METODOLOGIA
O estudo foi realizado no laboratório de pesquisa do Programa de Mestrado e
Doutorado em Biofotônica aplicada em Saúde utilizando metodologia de acordo com as
normas internacionais de ética na experimentação animal (National Research Council,
1996) e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas Animais da Universidade Nove de
Julho – UNINOVE (protocolo no. An0002/2014) (vide carta de aprovação anexo 1).
Para a delineamento do estudo com idosos foi realizada uma revisão sistemática
da literatura, incluída no artigo 1. A metodologia empregada no artigo encontra-se a
seguir:
A pesquisa bibliográfica foi realizada utilizando o banco de dados on-line
MEDLINE (Medical análise da literatura e Retrieval System Online) e SCOPUS para
artigo original sobre o efeito de modulação da terapia laser de baixa intensidade (LBI) na
regeneração do músculo esquelético em modelo experimental animal mais velho,
combinações do seguintes palavras-chave e Medical Subject Headings (Mesh): animal,
rato, ratos, envelhecido, envelhecimento, animais idosos, velho, mais velho, idoso, fadiga,
laser, laser terapia, terapia laser de baixa intensidade, a fototerapia, fotobiomodulação,
músculo esquelético, reparação, regeneração. Dez anos era a data limite aplicada à
pesquisa. Estudos adicionais foram identificados a partir da lista de referências de artigos
originais ou artigos de revisão.
25
Tabela 1. Critérios estabelecidos para seleção dos artigos para revisão sistemática.
Inclusão de estudos que seguiram os seguintes critérios:
Estudos experimentais envolvendo animais idosos, modelo de lesão do músculo
esquelético, fadiga e terapia laser de baixa potência.
Inclusão de estudos que descrevem os seguintes parâmetros dosimétricos:
Energia total (J) e densidade de energia (J/cm2)
Densidade de energia (J) e densidade de potência (W/cm2)
Feixe tamanho do ponto (cm2)
Potência (kW ou W).
Frequência (Hertz).
Tempo de tratamento (s) e dose por sessão de tratamento (J).
Tempo de irradiação foram obtidos utilizando fórmulas tradicionais.
Comprimento de onda (nm).
Pulso em nano-segundos ou ciclo de trabalho de dispositivo (%).
Exclusão de estudos que relataram os seguintes critérios:
Artigos escritos em Russo.
Não inclusão de um grupo lesão sem tratamento, fadiga ou lesão muscular não
esquelético.
Os estudos in vitro ou realizados em seres humanos.
Estudos que não descreveram adequadamente o modo de aplicação, a energia,
potência e outros parâmetros.
Relatos de casos ou artigos de revisão.
Legenda: J: joule; kW: quilowatts; W: watts; s: segundos; %: porcentagem; J/cm2: joule por centímetro
quadrado; W/cm2: watts por centímetro quadrado; nm: nanô
4.1 ANIMAIS
Foram utilizados para o estudo ratos Wistar (Rattus norvegicus: var. albinus,
Rodentia, Mammalia) machos, da linhagem Wistar, com vinte meses de idade e massa
corporal 400±15 gramas, mantidos no biotério da UNINOVE, em caixas plásticas
apropriadas, temperatura ambiente (22°C), umidade relativa (40%), luminosidade
controlada com ciclo de 12h (claro/escuro) e com comida e água ad libitum.
A metodologia do estudo foi aprovada pelo Comitê de Ética em Animais da
Universidade Nove de Julho (CEUA-UNINOVE), sob protocolo no. An0002/2014.
Foi realizado modelo de criolesão aguda no músculo esquelético tibial anterior de
animais idosos. Foram utilizadas no total (n= 30) patas, distribuídos aleatoriamente em 03
grupos experimentais:
Grupo 1 Controle: os músculos tibial anterior (TA) não foram submetidos a
nenhum procedimento, havendo remoção do músculo de (n= 4) patas;
26
Grupo 2 Criolesão sem tratamento: o músculo TA direito (TAD) dos animais
foram criolesionados e não receberam tratamento com LBP, sendo (n= 13) patas;
Grupo 3 Criolesão tratado com LBP infravermelho: o músculo TA esquerdo
(TAE) dos animais foram criolesionados e tratados com LBP 780 nm, sendo
(n=13) patas.
Figura 4. Fluxograma dos grupos de animais estudados.
Os animais de todos os grupos estudados foram eutanasiados após 1, 3 ou 7 dias
após a criolesão (sem tratamento ou tratado com LBP), grupos 2 e 3, respectivamente.
Os animais do grupo irradiado com LBP receberam um aplicação diária diretamente
sobre a área correspondente ao local da lesão, conforme figura 8.
27
4.1 Procedimento de Criolesão do Músculo Esquelético Tibial Anterior
Os procedimentos cirúrgicos foram realizados de acordo com o descrito por
Miyabara et al. (2005) e Mesquita-Ferrari et al. (2011). Os animais foram pesados e em
seguida anestesiados com injeção intraperitonial de uma mistura proporcional à massa
corporal com administração intraperitoneal na dose de 80mg/kg de ketamina (Dopalen,
Vetbrands, Jacareí, SP) e na dose de 10mg/kg de xilazina (Anasedan, Vetbrands,
Jacareí, SP). Para aplicação da anestesia foram utilizadas seringas da marca BD 100
Unidades com Agulha BD Ultra-Fine®, modelo insulina com a agulha Ultra-Fine®
(regular), comprimento: 12,7 mm, calibre: 0,33 mm e bisel trifacetado. Posteriormente à
indução anestésica, os animais foram posicionados em uma superfície plana e realizada
tricotomia da região correspondente ao músculo TA.
Após incisão, o músculo TA foi exposto e submetido ao procedimento de
criolesão, o qual consistiu na aplicação de um bastão metálico de extremidade plana (3
mm de diâmetro), previamente resfriado em nitrogênio líquido, diretamente na superfície
do músculo TA exposto e mantido nessa posição por 10 segundos. Após o
descongelamento da área, o procedimento foi repetido na mesma área por mais 10
segundos. Após esse procedimento foi realizada a sutura utilizando-se fio de poliamida
(5,0) e os animais foram mantidos em caixas plásticas com temperatura ambiente de
(37°C) até ficarem conscientes para prevenir a hipotermia. Todos os animais receberam
uma dose de cloridrato de tramadol (50 mg /kg de massa do animal) de 12 em 12 horas.
O modelo de lesão muscular por meio de criolesão foi o escolhido para este
estudo por ser um modelo que se consegue executar uma lesão bem delimitada na
superfície ventral do músculo, de forma padronizada, e com pouca variabilidade na
severidade da lesão (Oliveira et al., 2007; Baptista et al., 2011; Alves et al., 2012).
4.2 Procedimento de Irradiação Laser de Baixa Potência
A irradiação foi feita com o equipamento Twin Laser® (MM Optics, São Carlos –
SP, Brasil) utilizando os parâmetros descritos na tabela 1.
Para a irradiação, os animais idosos foram contidos em suporte plástico (ver figura
6F e 6G). Em seguida, as patas foram separadas e utilizada a técnica pontual e contato
diretamente sobre a pele que recobre o músculo TA, na região da incisão e ao redor da
área da lesão, abrangendo aproximadamente 8 pontos (Baptista et al. 2011, figura 1). O
tratamento foi iniciado 2h após o procedimento de criolesão sendo realizado diariamente
até o período de eutanásia de cada grupo experimental. Os parâmetros utilizados estão
descritos na tabela 1 e estão de acordos com os parâmetros padronizados e utilizados
em estudos prévios em nosso grupo de pesquisa, conforme Alves et al., 2012.
28
No início e final do procedimento experimental, a potência de emissão de luz do
laser foi aferida utilizando o “Laser Check power meter” (MM Optics, Sao Carlos – SP,
Brasil).
Tabela 2: Parâmetros do Laser de Baixa Potência AsGaAl (Arseneto de Gálio e Alumínio)
Parâmetros
Comprimento de onda (nm) 780
Frequência do laser Contínuo
Potência de saída (mW) 40
Área do feixe (cm2) 0,04
Densidade de potência (W/cm2) 1
Densidade de energia (J/cm2) 10
Energia por ponto (J) 0,4
Energia total (J) 3,2
Pontos irradiados 8
Tempo de irradiação por ponto (s) 10
Tempo total por tratamento (s) 80
Figura 6. Imagem demonstrativa das etapas do modelo de lesão empregado nos animais idosos (A: incisão e exposição do ventre do músculo esquelético; B: aplicação de bastão resfriado em nitrogênio líquido; C: criolesão; D: pontos de aplicação do laser de baixa potência (LBP); E: equipamento laser usado na terapia; F: modelo de contenção usada nos animais idosos; G: irradiação a laser.
29
4.3 Eutanásia dos animais e remoção dos músculos
Após o período experimental de cada grupo, os animais foram sacrificados
utilizando os overdose de anestésicos (240mg/kg de ketamina e 30mg/kg de xilazina).
Em seguida, os animais foram pesados e os músculos TA foram retirados (figura abaixo)
e pesados para serem utilizadas nas análises descritas a seguir.
Figura 8. Procedimento de irradiação com LBP.
Os círculos representam os locais da área lesionada que receberam o tratamento laser.
30
Figura 9. Fluxograma da metodologia do estudo.
4.4 Análise morfológica Qualitativa e Quantitativa do Músculo Tibial Anterior
Amostras dos músculos foram coletadas, hemisseccionados na região central da
área lesionada e fixadas em formol tamponado 10%. Em seguida os músculos foram.
incluídos em parafina e espécimes foram cortados transversalmente com 10 µm de
espessura por meio de um micrótomo (Leica RM2125, Nussloch, Alemanha). Foi
utilizada a coloração com hematoxilina-eosina (HE) para exame histológico de rotina
realizada sob microscopia de luz convencional (Zeiss Axioplan 2, Alemanha). A análise
qualitativa dos cortes histológicos corados com HE incluiu uma descrição das fases da
reparação de tecidos, envolvendo a presença e tipo de infiltrado inflamatório, edema,
mionecrose, fibras musculares imaturas e vasos sanguíneos.
Para a análise quantitativa foram contabilizadas as células do infiltrado
inflamatório, edema, mionecrose, fibras musculares imaturas e vasos sanguíneos por
área, conforme descrito por Hadi et al., 2011 e realizado previamente em nosso grupo de
pesquisa por Alves et al., 2014. Neste estudo, foram examinados e contabilizados três
Animais Idosos (Wistar)
Pesados
Anestesiados - injecção intraperitoneal
80mg/kg ketamina/10mg/kd xilazina
Tricotomia
Região do Músculo Tibial Anterior (TA)
Exposição cirúrgica do músculo TA
Criolesão
Bastão metálico – superfície plana 3mm – resfriado em nitrogênio líq.
- 10s e repetido por 10s após descongelamento;
Pós-Cirurgico
Sutura da lesão; Animais mantidos em cx plástica à 37ºC
Dor: tramadol (50mg/kg) de 12h/12h/2 dias
Análise Morfológica H&E
Efeito do LBP sobre: células
inflamatórias; mionecrose; vasos
sanguíneos e fibras imaturas.
Análise da Distribuição do
Colágeno
Efeito do LBP sobre: células
inflamatórias; mionecrose; vasos
sanguíneos e fibras imaturas.
Imunoexpressão de IL-6 e IL-1β
No processo de reparo do músculo
esquelético de animais idosos após
lesão aguda.
31
cortes histológicos do músculo tibial anterior de cada animal estudado. Em cada corte,
cinco áreas de aumento de 400X, correspondentes a 50% da área total, foram
fotografadas com auxílio de microscópio de luz convencional (Zeiss Axioplan 2,
Alemanha). As imagens analisadas foram contabilizadas as células inflamatórias totais,
mionecrose, vasos sanguíneos e fibras musculares imaturas (novas), utilizando o plug-in
“Count Cells” do software Image J (National Institute of Health - NIH, EUA). Os dados
foram submetidos à análise estatística, conforme descrito no item 5.
4.5 Análise da distribuição e organização do colágeno
Cortes adicionais foram corados com Picrosirius Red (Sigma, St. Louis, MO,
EUA), seguindo o método descrito por Junqueira et al (1982) e foram examinados com
auxílio de microscópio de luz polarizada Pol-Interferencial Photomicroscope (Modelo
61282, Carl Zeiss, Alemanha). As imagens foram analisadas pelo programa Image J
(NIH, EUA), no qual a área relativa ocupada pelo colágeno foi calculada em relação à
área total do corte, conforme descrito por Hadi et al (2011) e Alves et al (2014).
4.6 Imunohistoquímica para IL-6 e IL-1 Beta
As amostras de tecido do músculo esquelético tibial anterior, após serem
emblocadas em parafina, foram cortadas em secções de 5um. Os cortes de tecido foram
dispensados em laminas silanizadas (Sigma Chemical Co.; St. Louis, Missouri, EUA) e
posteriormente agrupados em suporte adequado. Em seguida foi realizada a
desparanifinizacao, por meio da imersao das laminas em xilol (60 – 65o C), e colocados
em estufa histologica durante 5 minutos e posteriormente passadas em 3 banhos de xilol
frio.
Para hidratacao dos cortes, as laminas foram colocadas em dois banhos de alcool
absoluto, um banho de alcool 95°ou 80° e um banho de alcool 70°. Em seguida, foram
lavadas em agua corrente, agua deionizada e deixadas em tampao fosfato salino pH 7,4
(PBS) ou tampao tris-base salino pH 7,4 (TBS).
O proximo passo foi a recuperacao dos sitios antigenicos realizada em alta
temperatura com solucao tampao de acido citrico 10 mM pH 6 (panela a vapor) por 15
minutos. Apos esta etapa ocorreu o esfriamento do tampao por mais 15 minutos. Em
seguida, foi feito o bloqueio da peroxidase endogena presente nas hemacias com 3
banhos 5 min. de agua oxigenada 10v (3%), apos esta etapa as laminas foram lavadas
muito bem em agua corrente, agua destilada e deixadas em tampao salino (PBS/TBS).
Posteriormente, o anticorpo primario foi incubado por 16 horas a 4oC. Todos os
anticorpos primarios foram diluidos em diluente especifico (Spring Bioscience Corp –
32
Pleasanton - EUA) que contem em sua formula albumina serica bovina (BSA) e tampao
fosfato, pH 7,4. No dia seguinte os cortes foram lavados por 2 vezes durante 5 minutos
em TBS e posteriormente incubados com o anticorpo secundario nao diluido (Histofine –
Nichirei Biosciences Inc., Tokio, Japao) por 30 minutos em estufa 37oC. Apos esta
incubacao os cortes foram lavados em TBS e incubados com o cromogeno DAB-
Diaminobenzidina (Dako - Dinamarca) por 5 a 10 min. Posteriormente ocorreu a lavagem
em agua corrente por 10 min. e a contra-coloracao com Hematoxilina (Merck, Darmstadt,
Alemanha) por 1min. Apos a marcacao de imunohistoquimica, 5 campos consecutivos da
area da ferida foram fotografados em um aumento de 400X (Leica Microsystems,
Wetzlar, Germany) e as imagens digitalizadas das celulas marcadas foram contadas com
auxilio do software ImageJ 1.45 (software livre, NIH, Bethesda, Maryland, USA) usando-
se o pluggin “cell counter”.
5. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados foram analisados através do software GraphPad Prism 6.0 (GraphPad
Software, San Diego, CA, EUA). A distribuição da normalidade dos dados foram avaliada
pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Os dados com distribuição paramétrica foram
submetidos ao teste One-way ANOVA, seguido pelo teste de Tukey para comparação entre
os grupos. Os níveis de confiança foram ajustados para 95% (p<0,05).
33
6. RESULTADOS
ARTIGO 1
PHOTOTHERAPY EFFECT ON FATIGUE AND SKELETAL MUSCLE REPAIR DURING
AGING: A SYSTEMATIC REVIEW.
Brito A, Fernandes KP, Bussadori SK, Mesquita Ferrari RA.
Após a realização do processo de seleção da literatura, conforme descrito em
métodos, uma tabela foi criada baseada nos critérios de inclusão e exclusão.
A pesquisa identificou 151 estudos potencialmente relevantes. Com base numa
análise dos resumos, 144 artigos foram excluídos, considerando os critérios de exclusão
de acordo com descrito na figura 1. Cinquenta e quatro artigos foram selecionados para a
análise de texto completo, mas sete foram excluídos nesta revisão da qual foi excluído
porque não utilizado lesão esquelética ou fadiga, vinte e três não submetidos à irradiação
laser, dezessete utilizados animais jovens ou idade menção do animal. Assim, sete
estudos dos quais utilizado irradiação do laser na irradiação contínua sobre o tratamento
da fadiga e / ou lesões musculares de ratos modelos experimentais velhos no. Alguns
estudos utilizaram diferentes parâmetros de irradiação para tratar lesões musculares e
diferente de modelos experimentais foram incluídos para induzida experimentalmente
lesão muscular, fadiga e o criolesão (tabela 2).
Figura 10: Fluxograma do processo de seleção dos artigos de revisão de literatura sistemática,
conforme descrito no artigo submetido a publicação.
Palavras-chavespesquisadas:animal,rato,animalidoso,animalvelho,animalsenil,músculoesquelé co,fadiga,reparo,regenera on,laser,laserterapia,laserdebaixapotência,fototerapiaefotobiomodulação.
PESQUISAEMBASEDEDADOSELETRÔNICO
SPIELivrariaDigitalSCOPUSBancodeDados
Pubmed/MEDLINE(n=151)
SPIELivrariaDigital(n=6)
SCOPUSBancodeDados(n=69)
Pubmed–MEDLINE(n=76)
- Semmodelodelesãonomúsculoesquelé cooufadiga(n=7)
- Nãosubme doairradiaçãolaser(n=23)
- Estudoscomhumanos(n=34)
- Ar gosescritosemidiomaRusso(n=11)
- Usodeanimaisjovensouanimaissemidademencionada(n=17)
- Ar gosderevisãooupublicaçõesencontradasemmaisdeum
bancodedados(n=51)
-Ar gospublicadoshámaisde10anos(n=1)
Estudosexcluídos(n=144)
Lesãomúsculoesquelé coidoso(n=2)
Fadigaemmúsculoesquelé co(n=5)
Estudoscomdesenhoeprocedimentosdetratamentoadequados(n=7)
Tabela 3. Resultados do artigo de revisão sistemática.
ESTUDOS SELECIONADOS QUE UTILIZARAM LASER
Autores Músculo e
animal
Modelo lesão/fadig
a
Comprimento
de onda, nm
Potência, mW Pulso,
ns Frequência, Hz
Feixe por
ponto, cm
2
Tempo de irradiação
por ponto,
sec
Densidade de Energia,
J/cm2
Energia Total por
tratamento, J
Único ou múltiplos pontos
Início e frequência
do tratamento
Período
avaliado Resultados
Vatansever et al.,
2012
Tibial anterior
(TA)
Rato Wistar
Criolesão 830 30 0.0028 29 30 0.87 Único ponto
24 hrs pós-lesão, 5
vezes por
semana
7 dias
↓ área transversal ↑ células mononucleares ↑ matriz extracelular ↑ lisossomos ↑ fibras musculares jovens
↑ expressão do RNAm do gene MyoD. ↑ expressão do gene VEGF em idosos.
Pertille et
al., 2012
Tibial anterior
(TA)
Rato
Wistar
Trauma 830 30 0.07 16 4 0.48 Múltiplos
pontos
24 hrs pós-lesão, 5
vezes por semana
7, 21 dias
¯ inflamaçãoo
↓ área de lesão
↓ efeito anti-inflamatório na regeneração muscular de ratos idosos
↓ TGF-1
↓ expressão do mRNA gene do MyoD.
De
Almeida et al., 2011
Tibial anterior
(TA)
Rato Wistar
Estimulação elétrica
904 infravermelho
15 mW 180 ns 700 Hz
0.2
7
20 67 200
0.525 J/cm-2
1.5 J/cm-2
5.025 J/cm-2
15.000 J/cm
-2
0.105
0.300 1.005 3.000
Único ponto
Imediatamente após fadiga
1 dia
↓ 1,0 e 3.0J aumento do trabalho total.
↓ atividade de CK após 190% de contração no controle.
↓ atividade de CK no grupo laser, exceto para o 3.0J.
↓ expressão do gene COX-1 após seis contração tetânica em 1.0J
↓ expressão do gene COX-2 pós seis
contração tetânica em 1.0J
Ferraresi et al., 2015
Sóleo, Gastrocnêmio, ratos
Balc/c
Exercício
850 infravermelho 630 vermelho
contínuo
50 25
45 90 7.2 4.5
2.25 Único ponto
Imediatamente após fadiga
1 dia
ATP muscular e resistência a fadiga pela mistura de vermelho e terapia de
luz infravermelha aplicada sobre músculos esqueléticos.
Lopes-Martins et
al., 2006
Tibial anterior
(TA)
Rato Wistar
Estimulação elétrica
655 2.5 0.08 32 80
160
1.0 2.5
5.0
0.08 0.200
0.400
Único ponto
Imediatamente após
fadiga
1 dia
pico de contração de força 0.5, 1.0 e
2.5 J/cm2 após seis contrações em 1.0
e 3.0J ¯ níveis de CK em 0.5,J/cm
2 após
seis contrações.
Leal
Junior et al.,
Tibial anterior
(TA) Rato
Wistar
Estimulação elétrica
904 infravermelho
15mW 700Hz
0.2
7 20 67 200
0.525 J/cm-2
1.5 J/cm-2
5.025 J/cm-2
15.000 J/cm
-2
0.1 0.3 1.0 3.0
Único ponto
Imediatame
nte após fadiga
1 dia
¯ 0.1J laser grupo tiveram 50% dimunição na força máxima na
segunda, terceira e sexta contração. performance do trabalho a partir da
segunda contração após 1.0 e 3.0J ¯ atividade CK antes da contração e
aplicação das doses do laser 0.1, 0.3 e 1.0J.
35
6.2 RESULTADOS
ARTIGO 2
EFEITO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA SOBRE O REPARO MUSCULAR APÓS
LESÃO AGUDA EM ANIMAIS IDOSOS.
Brito A, Alves AN, Ribeiro BG, Barbosa DVE, Magalhães E, Fernandes KPS, Bussadori
SK, Mesquita-Ferrari RA.
Em preparação para submissão para a revista Lasers in Surgery and Medicine.
Resultados do artigo:
6.2.1 Análise Morfológica Qualitativa do Músculo Esquelético Tibial Anterior (TA)
Os cortes histológicos do músculo esquelético TA do grupo controle apresentaram
aspecto morfológico normal, sem lesões ou processo inflamatório e as fibras com núcleos
periféricos (figura 4A). Os grupos lesionados sem tratamento laser após 1 e 3
demonstraram moderado infiltrado celular entre as fibras musculares, com presença de
neutrófilos e mononucleares e, apresentaram também áreas de mionecrose (fibras
necróticas) e pouco edema entre as fibras (figuras 4B e D). Os grupos lesionados e
tratados laser tiveram redução tanto no infiltrado inflamatório quanto na mionecrose,
comparado ao grupo não tratado no mesmo período (figura 4C e E).
Após 7 dias, o grupo lesionado sem tratamento apresentou intenso infiltrado
inflamatório e mionecrose (figura 4F). Nesse mesmo período, o grupo lesionado e tratado
laser apresentou as fibras musculares com aspecto histológico mais preservado, com
mionecrose e infiltrado inflamatório reduzidos (figura 4G).
6.2.1 Análise Morfológica Quantitativa do Músculo Esquelético Tibial Anterior (TA)
O grupo controle (não lesionado e sem tratamento) exibiu aspectos
histomorfológicos normais de tecido muscular esquelético sem quantidade significativa de
infiltrado celular ou mionecrose, que foi significativamente diferente a todos os outros
grupos estudados (p<0,05).
A analise quantitativa (figura 5) identificou que a laserterapia teve efeito sobre as
fibras musculares, pois foi capaz de reduzir no numero de mionecroses apos 1 dia de
tratamento (p<0,001), comparado ao grupo sem tratamento de mesmo período.
No grupo após 3 dias, apesar do número reduzido de mionecrose e células
inflamatórias no grupo tratado com laser, não houve diferença significativa. Também não
houve diferença quanto o aumento do número de vasos sanguíneos no grupo tratado.
36
Após 7 dias, os grupo submetido a laserterapia apresentou redução significativa
na quantidade de infiltrado inflamatorio e mionecrose, comparado ao grupo não-tratado
(p<0.001). Houve aumento significante no número de vasos sanguíneos e fibras
imaturas.
37
3Dias
C
E E
*
38
G
ˆ
ˆ ˆ
7Dias
F
Lesão Lesão + LLLT
* F G
ˆ ˆ
ˆ ˆ
Figura 11. Secções Fotomicrografia histológica de músculos tibial anterior, coradas com HE (aumento original x 100). A seta () indica infiltrado de células inflamatórias;
asterisco (*) indica edema; o simbolo (ˆ) indica vasos sanguíneos maduros; o triângulo () indica mionecrose e o quadrado indica fibras musculares imaturas. A figura (A)
Músculo controle: morfologia muscular normal; (B) Lesão 1 dia: infiltrado inflamatório, edema e mionecrose; (C) Lesão+LBP apó s 1 dia: presença de edema e infiltrado inflamatório leve; (D) Lesão após 3 dias: edema, mionecrose e infiltrado inflamatório adjacente; (E) Lesão+LBP após 3 dias: edema, mionecros e e infiltração de leucócitos (seta); (F) Lesão após 7 dias: mostra intenso infiltrado inflamatório, mionecrose, presença de vasos sanguíneos; (G) Lesão+LBP, mostra mionecrose,
presença de fibras musculares imaturas e vasos sanguíneos, diminuição da quantidade de infiltrado inflamatório .
39
Figura 12. Dados estatística da análise quantitativa da morfologia do músculo TA em corte histológicos corados com H&E e analisados no software Image J. Foram avaliados os efeitos do laser de baixa potência (LBP) sobre a mionecrose (A), número de vasos sanguíneos (B), número total de células inflamatórias (C) e número de fibras imaturas (D). Os valores estão expressos em (ANOVA/Tukey), *p< 0,05.
Controle Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP
0
200
400
600
800
1000
Mio
ne
cro
se
/mm
2
*
*
*
1 dia 3 dias 7 dias
Controle Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP
0
2000
4000
6000
8000
10000
Célu
las I
nfl
am
ató
ria
s/m
m2
*
*
*
1 dia 3 dias 7 dias
Controle Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP0
50
100
150
200
250
Va
so
s S
an
gu
íne
os
/mm
2
*
1 dia 3 dias 7 dias
Controle Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP0
20
40
60
80
100
Fib
ras
Im
atu
ras
/mm
2
*
*
1 dia 3 dias 7 dias
A B
C D
40
6.2 Análise Qualitativa e Quantitativa de Fibras Colágenas
O grupo controle apresentou o tecido normal com colágeno organizado e
distribuído adequadamente no endomísio, perimísio e epimísio (figura 6A). Após 1 e 3
dias, os grupos lesão sem tratamento e grupo lesão com terapia laser foram semelhantes
na distribuição de colágeno, apresentando fibras dispersas na região do infiltrado
inflamatório e fibras necróticas nos espaços celulares. O grupo 7 dias lesionado tratado
apresentaram melhor organização das fibras de colágeno, comparado ao grupo 7 dias
lesionado não-tratado, que apresentou colágeno desorganizado. A quantificação do
colágeno realizada a partir das imagens obtidas sob luz polarizada, demonstrou que não
houve diferença na quantidade de colágeno nos grupos avaliados após 1, 3 e 7 dias.
Contudo, o grupo 7 dias tratado com laser apresentou melhor organização de colágeno
comparado aos demais grupos tratados e não-tratados estudados. Também foi possível
observer no grupo após 7 dias, comparado ao grupo controle, uma concentração
aumentada de colágeno no grupo criolesionado sem tratamento e no grupo criolesionado
submetido a laserterapia (p<0,05).
41
Picrosirius Picrosirius-luzpolarizada
Controle
A
LESÃO
1dia
3dia
7dia
B
C
D
LESÃO+LBP
E
F
G
6.2 Análise da distribuição e organização do colágeno
Figura 13. Fotomicrografia de corte histológico do músculo corado com Picrosirius Red com ou sem luz polarizada (aumento original X 400). As figuras ilustram imagens usadas para quantificar a porcentagem de fibras colágenas por área, feitas em microscópio de luz polarizada. (A) Músculo Controle, mostrando morfologia normal; (B) grupo Lesão após 1 dia; (C) grupo Lesão + LBP após 1 dia; (D) grupo Lesão após 3 dia; (E) grupo Lesão + LBP após 3 dia; (F) grupo Lesão após 7 dia; (G) grupo Lesão + LBP após 7 dia.
42
Figura 14. Quantificação de fibras colágenas no músculo tibial anterior em relação a área total do músculo;
valores expressos em media e desvio padrão (ANOVA/Tukey); * p <0.05 em comparação do grupo controle com os grupos 7 dias lesionado e grupo 7 dias lesionado e tratado.
43
6.3 Análise da Expressão IL-6 e IL-1 Beta por Imunohistoquímica em células do
músculo tibial anterior.
A expressão de IL-6 do grupo controle comparado com os grupos 1, 3 e 7 tratados
e não-tratados com LBP apresentou diferença significante (p< 0,05), sendo que todos os
grupos tiveram expressão de IL-6 aumentada em relação ao controle. Porém, não houve
diferença significante da expressão de IL-6 entre os grupos lesionados sem tratamento e
os tratados com LBP.
A expressão de IL-1 beta no grupo controle foi menor quando comparada aos
grupos 1, 3 e 7 tratados e não-tratados com LBP diferente (p< 0,05). Com relação aos
grupos tratados e não com o LBP é possível verificar que não houve diferença
significante entre eles nos três períodos avaliados.
44
Figura 15. Imagem ilustrativa de Imunohistoquímica de secções fotomicrografia histológica do músculos tibial anterior expressando IL-1 Beta. Foram avaliados os grupos lesão e lesão tratado após 1, 3 e 7 dias.
1dia-Lesão
3dia-Lesão
1dia–Lesão+LBP
3dia–Lesão+LBP
7dia-Lesão
7dia–Lesão
+LBP
Controle
45
Figura 16. Imagem ilustrativa de Imunohistoquímica de secções fotomicrografia histológica do músculos tibial anterior expressando IL-6. Foram avaliados os grupos lesão e lesão tratado após 1, 3 e 7 dias.
1dia-Lesão
3dia-Lesão
1dia–Lesão+LBP
3dia–Lesão+LBP
7dia-Lesão
7dia–Lesão+LBP
Controle
46
Controle Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP
0
20
40
60
IL-6
*
1 dia 3 dias 7 dias
Controle Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP Lesão Lesão+LBP0
20
40
60
80
IL-1
Be
ta
*
*
1 dia 3 dias 7 dias
*
Figura 17. Dados estatística da análise quantitativa da imunoexpressão de IL-6 e IL-1beta em corte histológicos corados com H&E DAB e analisados no software Image J. Os valores estão expressos em
(ANOVA/Tukey), *p< 0,05.
47
7. DISCUSSÃO
Esse estudo propôs avaliar a modulação do laser baixa potência (LBP) na
inflamação aguda em modelo de lesão muscular em ratos idoso. O modelo de criolesão,
usado neste trabalho, já foi realizado por muitos grupos de pesquisa, avaliando
parâmetros distintos. Muitos desses estudos foram publicados na literatura,
demonstrando que o LBP tem efeito no processo de reparo do musculo esquelético,
apesar dos diferentes parâmetros dosimétricos empregados (Rodrigues et al, 2014;
Pinheiro et al, 2011; Pires et al, 2011).
A maioria desses estudos restringem-se a estudar modelos de animais jovens e
adultos, ou não citam a idade do animal usado na pesquisa. Há poucos trabalhos
publicados que utilizam animais idosos (Vatansever et al., 2012; Pertille et al., 2012).
Acreditamos que um dos motivos para a falta de estudos com animais idosos esteja na
dificuldade de adquiri-los ou mantê-los nos biotérios por um tempo prolongado até o
envelhecimento. Outra razão, pode ser o fato de muitos desses animais não resistirem as
consequências do envelhecimento, ocasionando a perda prematura do animal. Contudo,
há a necessidade de aprofundar o conhecimento nessa faixa etária, pois a dinâmica do
envelhecimento modifica o processo de reparo tecidual.
Para estudar os efeitos do LBP em idosos e compará-los com os efeitos já
descritos em animais jovens e adultos, mantivemos nesse trabalho os mesmos
protocolos e parâmetros dosimétricos utilizados em estudos prévios do nosso grupo de
pesquisa (Alves et al., 2013) e que evidenciaram efeito modulatório positivo em diversos
aspectos do processo de reparo incluindo a redução de citocinas inflamatórias (Mesquita-
Ferrari et al, 2011, Fernandes et al 2013 checar datas), melhor organização de colágeno
(Batista et al 2011, Silva et al 2012), aumento de fibras musculares jovens (Ribeiro et al.,
2015), redução da mionecrose e infiltrado inflamatório (Agnelo, et al., 2013) entre outros
achados.
Os estudos na literatura demonstrarm que a regeneração muscular é mais lenta
em animais idosos (Tidball 2005; Mann et al, 2011; Arsic et al, 2004). Essa diferença em
relação aos animais jovens e adultos pode também estar relacionada com a redução do
suprimento vascular no músculo esquelético, estímulos quimiotáticos menos potentes e
inflamação persistente (Poel et al., 2011; Tidball 2005; Grounds, Sorokin, 2005;
Kääriäinen et al., 2000; Wynn 2008; Carlson, Faulkner 1996).
Nossos resultados corroboram com estes dados encontrados na literatura.
Observamos, diminuição do infiltrado de células inflamatórias nos animais idosos
lesionados e tratados LBP durante 7 dias após lesão enquanto que este mesmo achado
foi encontrado em animais jovens adultos submetidos ao mesmo modelo de lesão já a
partir do 3o dia de tratamento. Quanto a mionecrose, houve tendência a redução após 7
48
dias de tratamento nos animais idosos contudo esta não foi estatisticamente significante
diferentemente do que ocorreu em animais adultos uma vez que o LBP induziu uma
redução significante após 1 dias (Alves et al., 2013; Alves et al., 2014).
O efeito do LBP sobre o aumento de vasos sanguíneos e fibras musculares
imaturas em animais idosos aparentemente foi mais tardio (7 dias) quando comparado ao
realizado em animais jovens adultos (3 dias) (Alves et al., 2013).
Com relação ao remodelamento da MEC, especialmente do colágeno, durante o
reparo do músculo de ratos idosos, os resultados presentes demonstram que o LBP não
causou uma diferença significante na área do colágeno assim como observado em
animais jovens (Alves et al., 2013), porém promoveu uma melhor organização dos feixes
de colágenos após 7 dias, fato este observado mais precocemente (3 dias) em animais
jovens (Alves et al 2013).
Com relação as citocinas avaliadas foi possível verificar que não houve diferença
na imunomarcação de ambas quando comprados os grupos que receberam tratamento
com LBP ou não.
Em conclusão os resultados evidenciaram que o LBP promoveu um efeito positivo
no reparo do músculo esquelético de ratos idosos contudo, como já verificado na
literatura, esta modulação foi temporalmente diferente em relação aos animais adultos.
49
8. CONCLUSÃO
O LPB modulou de forma positiva o processo de reparo muscular em animais idosos,
reduzindo o número de células inflamatórias e a mionecrose. Estimulou a formação de
novas fibras imaturas e vasos sanguíneos.
Os animais idosos responderam mais lentamente ao LBP sobre o reparo tecidual,
comparado com dados de animais jovens adultos publicados na literatura.
O LBP promoveu melhora na organização e remodelamento das fibra colágenas
somente após 7 dias de tratamento, comparado ao grupo controle.
50
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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57
10. ANEXOS
10.1 Aprovação no Comitê de Ética (CEUA-UNINOVE), sob protocolo n. An0002/2014.
10.2 Participação da 30a Reunião Anual da FeSBE, realizada nos dias 09 a 12 de
setembro de 2015, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em
São Paulo – SP.
10.3 Artigo de Revisão Sistemática a ser submetido a publicação.
58
ANEXO 1. APROVAÇÃO DO CEUA-UNINOVE
59
60
ANEXO 2. PARTICIPAÇÃO EM EVENTO
61
ANEXO 3. REVISÃO SISTEMÁTICA
Adriana de Brito
Departamento de Pós Graduação, Biophotonics Applied to Health Sciences, Universidade
Nove de Julho – UNINOVE, Rua Vergueiro, 249, Liberdade, CEP 01504001 São Paulo,
SP, Brazil.
e-mail: [email protected]
Kristianne Porta
Departamento de Pós Graduação, Biophotonics Applied to Health Sciences, Universidade
Nove de Julho – UNINOVE, Rua Vergueiro, 249, Liberdade, CEP 01504001 São Paulo,
SP, Brazil.
e-mail: [email protected]
Sandra Bussadori
Departamento de Pós Graduação, Rehabilitation Sciences and Biophotonics Applied to
Health Sciences, Universidade Nove de Julho – UNINOVE, Rua Vergueiro, 249,
Liberdade, CEP 01504001 São Paulo, SP, Brazil.
e-mail: [email protected]
Raquel Agnelli Mesquita
Departamento de Pós Graduação, Rehabilitation Sciences and Biophotonics Applied to
Health Sciences, Universidade Nove de Julho – UNINOVE, Rua Vergueiro, 249,
Liberdade, CEP 01504001 São Paulo, SP, Brazil.
e-mail: [email protected]
62
PHOTOTHERAPY EFFECT ON FATIGUE AND SKELETAL MUSCLE REPAIR
DURING AGING: A SYSTEMATIC REVIEW
INTRODUCTION
Fatigue is characterizes for intense contractile activity causes a dramatic decline in the
force and velocity generating capacity of skeletal muscle within a few minutes (Debold,
2015). Muscle damage can occur in some activities where skeletal muscle fatigue
develops. This damage is characterized by structural abnormalities that affect functional
status of muscle tissue and varies widely in both pathologic and physiologic conditions.
These facts represent an index of cellular necrosis and tissue damage following acute and
chronic muscle injuries (Cheung, Hume, Maxwell, 2003; Szumilak, Sulowicz, Walatek;
1998).
Muscle wasting occurs systemically in older people. Old age is associated by the
progressive non-pathological loss of muscle mass, a decrease in force, power, fibers and
function with concomitant fibrosis and matrix extracellular (ECM) deposition (Herbst et
al., 2013; Mann et al., 2011; van der Poel et al., 2011; Prasad, Sung, Aggarwal 2011). In
humans, 40% of muscle mass is lost between the ages of 20 and 80 (Evans 1997; Lexell,
Taylor, Sjostrom, 1988) with persons aged 60 years or older representing the fastest
growing segment of the worldwide population, there will continue to be a corresponding
increase in the prevalence of mobility limitations (Reid, Fielding, 2012).
In addition, increase the risk falls, fracture and other injuries in the elderly. It indicates
regenerative changes influenced by modification in the neuromuscular system, blood
hypoperfusion and sarcopenia, which lead to inability to maintain strength and motor
control (Vatansever et al., 2012; Alway, Lowe, Chen, 2001). It is well recognized that this
is due to atrophy of individual myofibres, although the reasons for this are still the subject
of intense research (Smythe et al., 2008).
In normal muscle repair after acute injury, such as in experimental animals and in humans
after sports injuries, damaged or dead fibers are first removed by inflammatory cells, and
they are then repaired or replaced by tissue-resident muscle stem cells known as satellite
cells (Mann et al., 2011; Mauro 1961).
The inflammatory response is regulated by cytokines and growth factors are released from
both the injured blood vessels and from inflammatory cells (Chazaud et al., 2009; Tidball,
Villalta, 2010; Tidball 2005).
Activated inflammatory cells produce a wide range of cytokines and chemokines, such as
63
interleukin-1 (IL-1), IL-6, IL-8, IL-17, IL-18, and others (Fukuda et al., 2013). Cytokine is
a generic term used to designate a large group of molecules (proteins, interleucinas,
chemokines, interferons, transforming growth factor, and tumor necrosis factor) produced
by T cells, inflammatory cells (leucocytes) and some endothelial cells. The cytokines are
involved with signal emissions that promote communication between cells during the onset
of immune responses and repair (Fukuda et el., 2013; Kelso 1998).
The proinflammatory state of aging has been implicated in the development of sarcopenia
due to the effect of increased cytokines on reduced muscle protein synthesis. Older person
is characterized for high plasma levels of IL-6, TNFa, and IL-1 (Evans et al., 2010). TNF-a
and IL-6 have been associated with muscle loss and lower strength in a large sample of
older persons. In particular, IL-6 appears to play a role in accelerating sarcopenia and
frailty (Visser et al. 2002; Schaap et al. 2009).
TNF-α is a potent pro-inflammatory cytokine that influences various cell types and the
chronic inflammatory process by recruiting polymorphonuclear cells and other immune
cells, thereby contributing to the amplification and progression of the inflammatory
process (Mesquita-Ferrari 2011; Herbein et al., 2000). However, the higher number of
neutrophils and macrophages in the injured area results in a greater concentration of
reactive oxygen and nitrogen species (ROS and RNS) (Toumi, Best 2003).
ROS/RNS are chemically reactive molecules making them capable of transiently or
permanently damaging cell membranes and proteins. ROS were originally generated in the
mitochondria as a by-product of oxidative phosphorylation and the free radicals are
continually produced in muscle cells. At rest, low levels are generated and to play an
important role in maintaining normal muscle function when levels of ROS are low, as
might occur at rest or even in the early stages of fatigue, they appear to enhance not inhibit
force production and may even help to delay the onset of fatigue. However, as contraction
intensifies and/or becomes prolonged, ROS/RNS become elevated and are inhibit proper
function of muscle proteins. In addition, at higher concentrations, certain ROS inhibit
contractile function in isolated muscle fibers. When excessively elevated, the reactive
nature of ROS/RNS mean that they can induce structural modifications to contractile
proteins. Skeletal muscle fatigue from intense contractile activity could result from the
failure anywhere along the muscle activation pathway (Debold, 2015).
During the inflammatory phase, factors such as phagocytic stimuli increase the
regeneration of reactive oxygen species (ROS), leading to oxidative stress (Luo et al.,
2013; Cuzzocrea et al., 2004). A condition of oxidative unbalance can cause additional
injury, amplifying the inflammatory response and expanding the injured area (Mantineo et
64
al., 2014; Luo et al., 2013).
Acute injury to healthy muscle produces rapid and controlled inflammation that removes
dead and damaged myofibers, and promotes replacement of the injured muscle. However,
in conditions of chronic injury, as occurs in the muscular dystrophies, chronic
inflammatory events result in the excessive accumulation of ECM components, which
inhibit myogenic repair and lead to muscle being replaced by fibrotic and/or scar tissue
(Mann et al., 2011; Porter et al., 2002).
Muscle regeneration is a complex phenomenon, involving replacement of damaged fibers
by new muscle fibers. During this process, there is a tendency to form scar tissue or
fibrosis by deposition of collagen that could be detrimental to muscle function (Assis et al.,
2013). The survival of an organism can often depend on the ability to rapidly repair
damage to muscle from mechanical trauma, exposure to toxins or infections. This rapid
resolution of tissue injury requires a sequential and well-orchestrated series of events
(Grounds et al., 2005; Kaariainen et al., 2000; Wynn 2008; Mann et al, 2011).
The capacity of adult muscle to regenerate or repair in response to injury stimuli represents
an important homeostatic process (Carosio et al., 2011). With aging, muscle tissue
homeostasis is progressively disrupted and the ability of the satellites-cell (SC) to repair
injured muscle markedly declines. Recent studies show that the SC are progressively
undergo cell-intrinsic alterations that profoundly affect stem cell regenerative function
with aging (Blau et al., 2015).
Muscle regeneration involves several highly organized molecular and cellular processes
that ideally lead to structural and functional recovery of the injured muscle (Assis, et al.,
2013; Filippin et al., 2011). However, aging process has been attributed to the reduced
capacity of skeletal muscle to synthesize new proteins thus injured skeletal muscle
generally regenerates less efficiently (Smythe et al., 2008; Evans et al., 2010; Albright and
Albright 2000).
Myofiber growth after damage differs in young and aged muscles. In young muscles in
response to injury, the satellite cells under the basal lamina can be activated by
environmental cues released by the neighboring cells (a local milieu composed of
fibroblasts, interstitial cells, resident macrophages, fibro/adipogenic progenitors (FAPs)
and microvasculature associated cells) to eventually form new fibers almost
indistinguishable to the pre-existing ones (Mann et al., 2011; Uezumi et al., 2010; Arsic et
al., 2004). Muscle regeneration is slower in older animals, which coincides with slowed
phagocytosis by inflammatory cells. The animals depleted of neutrophils and monocytes
also showed more tissue debris in injured muscles, which suggested the possibility that the
65
impaired capacity to remove tissue debris by phagocytes could slow the regenerative
process (Tidball 2005).
The neutrophils has a phagocytic function to clear the injury of necrotic cells, and enhance
the inflammatory response via the release of pro-inflammatory cytokines such as
interleukin-6 (IL-6) and tumor necrosis factor-alpha (TNFa) (Van der Poel et al., 2011).
In aged muscles, the repair process will result in reduced size of newly formed myofibers
and thickening of the basal lamina by enhanced deposition of extracellular matrix (ECM)
components, which could potentially be ascribed to the increased presence and activity of
resident fibroblasts (and/or FAPs), and to decreased satellite-cell myogenic potential.
Conversion of myogenic into fibrogenic cells could also contribute to ECM accumulation.
These new microenvironment conditions within the satellite-cell niche will impede
efficient satellite-cell functions and muscle repair (Mann et al., 2011; Uezumi et al., 2010;
Arsic et al., 2004).
A secondary phase of the inflammatory response is indicated by an influx of macrophages,
which appears to coincide with a decline in neutrophil numbers. Both inflammatory cells
are associated with an increase in a number of pro-inflammatory cytokines such as IL-1b,
tumor necrosis factor (TNF), and transforming growth factor beta-1 (TGF-b1) (van der
Poel et al., 2011; Carosio 2011).
Several animal and human trials have been performed that show the modulatory effect of
laser radiation on inflammatory markers (PGE2, TNF-α, IL-1β, plasminogen activator) and
on the inflammatory process itself (reducing edema, hemorrhagic formation, necrosis,
neutrophils influx) (Pallota et al., 2012; de Almeida et el., 2011).
Last years, phototherapy has also shown very interesting effects in modulation of both
cyclooxygenase isoforms (COX-1 and COX-2). The COX-1 and COX-2 represent a key
role in inflammation process, and that an ideal anti-inflammatory therapy in most cases
would be expected to reduce COX-2 activity (Wallace 2006; Capone et al., 2010; de
Almeida et al., 2011). However, to the best of our knowledge, it has a lack of studies
investigating effects of common recovery modalities employed to enhance restitution after
exercise on cyclooxygenase isoforms (de Almeida et al., 2011).
Recent evidence strongly supports the notion that molecular inflammatory processes play a
pivotal role in the aging process and in age-related diseases. During aging, the generation
of cyclooxygenase (COX)-derived reactive species (RS) increases and the expression of
particular genes is upregulated, including interleukin (IL)-1β, IL-6, tumor necrosis factor
alpha (TNF-α), COX-2, and inducible nitric oxide synthase. COX activity and the
production of thromboxane A2 and prostaglandin also increase during aging. Other pro-
66
inflammatory proteins, such as adhesion molecules (e.g., vascular cell adhesion molecule
1, intercellular adhesion molecule 1, and P- and E-selectin), are all upregulated during
aging (de Melo Rambo et al., 2014; Chung et al., 2009).
The treatment of muscle injuries is a common practice at rehabilitation centers (Alves et al,
2014). Several promising therapeutic agents are in development, and major advances in
our understanding of the cellular mechanisms that regulate the protein balance in muscle
include the identification of several cytokines, particularly myostatin, and a common
transcriptional programme that promotes muscle wasting (Cohen, Nathan, Goldberg
2015).
Currently, investigations have been carried out to demonstrate the positive effects of low-
level laser therapy LLLT either alone or in combination with other therapies for the
treatment of skeletal muscle and tendon injuries, rheumatic diseases,
osteoarthromyopathies, neuromuscular disorders, sports injuries, among others. The LLLT
has demonstrated anti-inflammatory, analgesic, and reparative properties. These properties
may be related to the action of the laser in the activation of cell metabolism, increase cell
proliferation and collagen synthesis, the activation of lymphocytes and angiogenesis.
Several animal and human trials have shown positive effects of LLLT on inflammatory
disorders both in acute and in chronic phases (Huang et al., 2009).
The LLLT is used in the treatment of inflammatory disorders to promote tissue
regeneration or repair (Fukuda et al., 2013; Silveira et al., 2009), however, there are very
few studies associating the laser with the regeneration of skeletal muscle in old age and
many discrepancies of the optimal parameters of stimulation.
One of these novel application areas is LLLT for muscle fatigue and muscle injury. Since
it is becoming agreed that mitochondria are the principal photoacceptors present inside
cells, and it is known that muscle cells are exceptionally rich in mitochondria, this suggests
that LLLT should be highly beneficial in muscle injuries. The ability of LLLT to stimulate
stem cells and progenitor cells means that muscle satellite cells may respond well to LLLT
and help muscle repair. Furthermore the ability of LLLT to reduce inflammation and
lessen oxidative stress is also beneficial in cases of muscle fatigue and injury (Ferraresi et
al., 2012).
Some authors have used low-level laser therapy (LLLT) to accelerate these metabolic and
structural changes in muscle with the goal of preventing or reducing muscle fatigue Studies
on this issue have used experimental models to identify possible effects of LLLT on
muscle tissue subjected to mechanical and metabolic stress from exercise (Ferraresi et al.,
2012).
Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Fonte: 12 pt
Formatado: Fonte: 12 pt
67
A recent study has revealed that antioxidant levels are a major determinant of the
regenerative capacity of muscle stem cells. It has been reported that LLLT promotes
cellular redox activity. However, other studies reported that LLLT can restrain oxidative
stress by increasing anti- oxidant levels or activity (Luo et al., 2013).
Pertille et al., 2012 demonstrated that LLLT (wavelength 830 nm; power output 30 mW;
energy 4 J) on the muscle regeneration of old experimental rat models after contusion
induced in the tibialis anterior muscle was effective for muscle regeneration in old rats,
however only through its anti-inflammatory effect.
De Melo Rambo et al., 2014 analyses the effect of LLLT (wavelength 660 nm; power
output 30 mW; total energy 2 J) in cutaneous wound healing and showed that LLLT was
effective in the treatment of skin wounds in aged animals at different stages of the tissue
repair process.
Vatansever et al., 2012 evaluate the effects of LLLT (wavelength 830 nm; total energy
0.87 J) on the tibialis anterior (TA) muscle of aged rats, which was increased the
maturation of satellite cells into myoblasts and myotubes, enhancing the regenerative
process of aged rats irradiated with laser.
Despite the benefits reported in experiments conducted in vitro, studies conducted on
different animal models, and a number of clinical trials, divergent findings have been
described. This is mainly because of the variability in the irradiation parameters and
treatment protocols used. In addition, studies that investigated laser as a treatment for
muscle regeneration in aged rats are difficult to access and the effects of this therapy on the
repair process, when associated with aging are still little known.
The aim of this study was to review the literature regarding of the treatment and
applicability of LLLT in the treatment and regeneration of skeletal muscle lesions of older
animals.
68
METHODS
The literature search was conducted using the MEDLINE online database (Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online) and SCOPUS for original article
regarding the modulation effect of low-level laser therapy (LLLT) on skeletal muscle
regeneration in experimental model older animal, combinations of the following keywords
and Medical Subject Headings (MeSH): animal, rat, mice, aged, aging, aged animals, old,
older, elderly, fadigue, laser, laser therapy, low-level laser therapy, phototherapy,
photobiomodulation, skeletal muscle, repair, regeneration. Ten years was the date limit
applied to the search. Additional studies were identified from the reference list of original
articles or review articles.
This article included studies that reported the following established criteria:
Old animals studies involving experimental models of muscle injury, laser
therapy and fatigue.
Studies describing the dosimetric parameters as shown in table 1:
Total energy (joules) and energy density (joules per square centimeter).
Energy density in joules and power density in watts per square centimeter
Beam spot size in square centimeters.
Power in milliwatts or watts.
Frequency of treatments in hertz.
Treatment time in seconds and dose per treatment session in joules.
Irradiation time were obtained using traditional formulas.
Wavelength (lambda) in nanometers.
Pulse in nano-seconds or duty cycle of device in percentage.
This article excluded studies that reported the following established criteria:
Articles not written in English language.
Noninclusion of an injury group without treatment, fatigue, or not skeletal
muscle injury.
In vitro studies or involving human subjects.
Studies that do not adequately describe the mode of application (contact),
energy lost, power and other parameters not described, not allowing the
reproducibility.
Case reports or review studies.
69
RESULTS
The search identified 151 potentially relevant studies. On the basis of an analysis of the
abstracts, 144 articles were excluded considering the exclusion criteria according described
in figure 1. Fifty-four articles were then selected for the full-text analysis, but seven were
excluded in this review of which was excluded because not used skeletal injury or fatigue,
twenty-three not submitted to laser irradiation, seventeen used young animals or mention
age of the animal. Thus, seven studies of which used laser irradiation in the continuous
irradiation on the treatment of fatigue and/or muscle injuries of old experimental rat
models in the. Some studies used different irradiation parameters to treat muscle injuries
and different of experimental models were included to experimentally induce muscle
injury, fatigue and the cryoinjury (table 2).
DISCUSSION
Many studies can be found in the literature about the effects of laser irradiation on cells
associated with this inflammatory response. The low-level laser therapy (LLLT) can
improve muscle regeneration through many biochemical process modulations, including
the production of pro-inflammatory and anti-inflammatory cytokines such as
cyclooxygenase enzyme, increased collagen synthesis, maintenance of the functional
integrity of muscle fibers, enhanced mitochondrial respiration, and adenosine triphosphate
(ATP) formation (Rodrigues et al., 2014; Pinheiro et al., 2011; Pires et al., 2011).
Improved knowledge of the specific physiologic mechanisms that mediate impairments in
physical functioning will be crucial for developing effective therapeutic interventions for
preserving mobility and independence among older people (Reid, Fielding 2012).
LLLT promotes oxidative balance by increasing the levels of superoxide dismutase (SOD)
enzyme. Higher expression of SOD causes less expression of cyclooxygenases and a lower
release of prostaglandins. The interactions between SOD, RNS and ROS, subsequent to
LLLT, seem to balance the oxidants beneficial and harmful effects by reducing the
oxidants concentration without compromising cell proliferation (Mantineo et al., 2014;
Lim et al., 2007; Assis et al., 2012).
The cause to explain of the age-related impairment in skeletal muscle regeneration and the
exact mechanisms remain elusive, despite of different hypotheses proposed. Modified
muscle use or injury can produce a stereotypic inflammatory response in which neutrophils
70
rapidly invade, followed by macrophages. This inflammatory response coincides with
muscle repair, regeneration, and growth, which involve activation and proliferation of
satellite cells, followed by their terminal differentiation (Tidball 2005). Therefore,
perturbation of any of these stages can result in unsuccessful muscle regeneration, typically
characterized by persistent degeneration of myofibers, inflammation and fibrosis (Grounds,
Sorokin, White 2005; Kaariainen et al., 2000, Wynn 2008).
The repair process of damaged tissue involves the coordinated activities of several cell
types in response to local and systemic signals. Following acute tissue injury, infiltrating
inflammatory cells and resident stem cells orchestrate their activities to restore tissue
homeostasis. However, during chronic tissue damage, such as in muscular dystrophies, the
inflammatory cell infiltration and fibroblast activation persists, while the reparative
capacity of stem cells (satellite cells) is attenuated (Grounds et al., 2005; Kaariainen et al.,
2000; Wynn 2008; Mann et al, 2011).
The reduced regenerative capacity is related to aging in association with changes in the
function of satellite cells. However, activation of satellite cells requires a controlled
increase in the MRFs expression and the muscle specific genes. In the muscles of older rats
the MRFs expression are high enough; however, they are ineffective in action. According
to Alway et al., 2001, gene expression of MRFs can increase in aged muscles; however, it
cannot increase as much and with the same rates after injury, which is an impairing factor
in the regenerative process.
Work by Carlson and Faulkner and their colleagues over several decades showed that the
recovery from skeletal muscle injury was prolonged in aged rats. An altered inflammatory
response may affect the cellular processes required for optimal muscle remodeling. This
form of injury which involves a loss of vascular supply to the muscle resulted in delayed
regeneration in old compared with younger mice, a finding attributed to a less than
vigorous inflammatory response by old host mice and a less potent chemotactic stimulus
produced by the damaged muscles of old mice (Poel et al., 2011).
71
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