avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

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Londrina 2016 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO JULIANA SERPELONI DE ALMEIDA AVALIAÇÃO DE CÉLULAS FIBROBLÁSTICAS SUBMETIDAS À TERAPIA LASER DE BAIXA POTÊNCIA

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Page 1: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

Londrina 2016

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO

JULIANA SERPELONI DE ALMEIDA

AVALIAÇÃO DE CÉLULAS FIBROBLÁSTICAS

SUBMETIDAS À TERAPIA LASER DE BAIXA POTÊNCIA

Page 2: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

JULIANA SERPELONI DE ALMEIDA

Cidade Ano

Londrina

2016

AVALIAÇÃO DE CÉLULAS FIBROBLÁSTICAS SUBMETIDAS À TERAPIA LASER DE BAIXA POTÊNCIA

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação (Programa Associado entre Universidade Estadual de Londrina - UEL e Universidade Norte do Paraná - UNOPAR), como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências da Reabilitação.

Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Franco de Oliveira

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação-na-publicação

Universidade Norte do Paraná

Biblioteca Central

Setor de Tratamento da Informação

Almeida, Juliana Serpeloni de

A448a Avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia

laser de baixa potência / Juliana Serpeloni de Almeida.

Londrina: [s.n], 2015.

60f.

Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ciências da

Reabilitação). Universidade Norte do Paraná.

Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Franco de Oliveira

1 - Reabilitação - dissertação de mestrado - UNOPAR

2- Terapia laser de baixa potência 3- Fibroblastos 4- Cultura

celular 5- Expressão genética 6- proliferação celular I-

Oliveira , Rodrigo Franco de ; orient. II –Universidade Norte

do Paraná.

CDU 62:61

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JULIANA SERPELONI DE ALMEIDA

AVALIAÇÃO DE CÉLULAS FIBROBLÁSTICAS SUBMETIDAS

À TERAPIA LASER DE BAIXA POTÊNCIA

Dissertação apresentada à UNOPAR, no Mestrado em Ciências da Reabilitação

(Programa Associado entre Universidade Estadual de Londrina [UEL] e Universidade

Norte do Paraná [UNOPAR]), como requisito parcial para a obtenção do título de

Mestre conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:

____________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Franco de Oliveira

(Orientador) Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

____________________________________ Profª. Dra. Deise A. A. Pires Oliveira

(Membro interno) Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

____________________________________ Profª. Dra. Luciana Prado Maia

(Membro externo) Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE

Londrina, 30 de Março 2016.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família por ser minha fonte de incentivo e amor.

Page 6: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a Deus, pelo dom da vida e por ter conduzido

os meus caminhos e minhas escolhas para conseguir chegar até aqui. E a Nossa

Senhora, por ser uma Mãe tão acolhedora e bondosa.

À minha família: meu pai Benedito, minha mãe Fatima, minha irmã

Fernanda, meu cunhado Guilherme e minhas sobrinhas Catarina e Manuela por

serem o meu porto seguro, a minha fonte de amor, meu incentivo constante e

incondicional! Obrigada por serem sempre presentes, mesmo que de longe, por

entenderem a minha ausência, meu cansaço e meu mau humor. Eu amo muito

vocês!

Ao meu namorado Ricardo, que nunca me deixou desanimar, que

me fez estudar quando a vontade faltou, que me ajudou diminuindo a minha

sobrecarga de atividades e principalmente porque soube entender a minha ausência

durante todo esse último ano! Eu também te amo muito!

Ao meu orientador, Prof. Rodrigo, pela oportunidade e por ter

trilhado esse caminho comigo com muita paciência, confiança e leveza. Obrigada

por dividir seu conhecimento comigo!

À Prof.ª Deise e à Prof.ª Regina, pela simpatia e disponibilidade em

me ensinar e por me ajudarem a concluir uma parte importante da pesquisa!

À Prof.ª Cristina e toda sua equipe por terem me recebido tão bem

em “sua casa” e por terem contribuído de forma tão importante e especial neste

trabalho!

Aos meus amigos e familiares por torcerem sempre por mim e por

estarem sempre presentes! Em especial minha amiga e sócia Ligia, que mesmo

vivendo a sua própria atribulação no mestrado, sempre me ajudou e me apoiou!

A toda equipe do LACCEL, principalmente Nayara, Stheace, Priscila,

Leandro e Larissa, por me ajudarem durante esse período, por entenderem as

dificuldades enfrentadas, as angústias e por toda a ajuda recebida durante a

caminhada!

A todos os meus queridos pacientes que foram muito compreensivos

com as remarcações, as ausências e a minha agitação! Vocês todos foram ótimos!!!

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“Verdades não podem ser deduzidas por meio de incertezas; você deve testá-las."

(Antoine de Saint-Exupéry)

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ALMEIDA, Juliana Serpeloni de. Avaliação de células fibroblásticas submetidas à Terapia Laser de Baixa Potência, 61p. Dissertação do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação (programa associado entre a Universidade Estadual de Londrina [UEL] e a Universidade Norte do Paraná [UNOPAR]) – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2016.

RESUMO Introdução: A Terapia Laser de Baixa Potência (TLBP) é utilizada para acelerar a cicatrização, diminuir a dor, promover a síntese de proteínas, organização de fibras colágenas, neovascularização, aumentar os níveis intracelulares de ATP (Adenosina trifosfato) e de cálcio, e atua também como recurso anti-inflamatório nos processos de regeneração tecidual. Objetivos: analisar a viabilidade celular, a estrutura celular e a expressão gênica dos genes interleucina-6 (IL-6) e fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) após TLBP (λ = 660 nm) em células fibroblásticas L929. Metodologia: Células fibroblásticas L929 cultivadas em garrafas de 25 cm2 (TPP, Switzerland, Europe) com DMEM/HAM F12 suplementado com 5% SFB (Soro Fetal Bovino) e 1% de antibiótico e antimicótico mantidos em uma estufa de CO2 em atmosfera 5% a 37 º C, foram plaqueadas em placas TPP e em seguida irradiadas com laser de baixa potência (λ = 660 nm) nos tempos 24, 48 e 72 horas, de acordo com os grupos: G1 – controle (não irradiado); G2 – 4 J/cm2; G3 – 6 J/cm2. Após cada período de 24 horas de incubação pós-irradiação, as culturas foram avaliadas pelo método MTT de citotoxicidade [3-(4,5-dimetthylthiazol-2-yl)2,5-diphenyltetrazolium bromide] para avaliação da viabilidade celular. As alterações morfológicas referentes ao citoesqueleto e retículo endoplasmático (RE) foram analisadas através da microscopia de fluorescência (MF) com os marcadores rodamina-faloidina e DIOC6, respectivamente. Para análise da expressão dos genes IL-6 e VEGF foi utilizado o método RT-qPCR. Resultados: Em relação à viabilidade celular, encontrou-se significância estatística na realização na Anova de dois fatores (F = 40.53; p = 0.017), porém na análise do pós-teste em relação ao tempo e dose não foi encontrada diferença significante; no entanto o G3 apresentou maior curva de crescimento no tempo 48 horas em relação aos demais grupos. Na avaliação da MF a dose 6 J/cm2, nos tempos 24 e 48 horas, apresentou efeitos biomodulatórios positivos em relação ao citoesqueleto com maior distribuição e organização dos filamentos de actina e também com aumento e melhor distribuição das vesículas de RE no citoplasma em relação ao grupo controle. Quanto à expressão dos genes VEGF e IL-6 foi possível encontrar diferença significativa no G3, em 48 horas nos genes transcritos, sendo de estimulação de 1,82 para o VEGF e de inibição de 36,75 para a IL-6. Conclusão: a TLBP promove efeitos biomodulatórios positivos em cultura celular de fibroblastos favorecendo a proliferação celular, aumento da atividade de RE e alterações morfológicas de citoesqueleto; acelera o processo cicatricial através da inibição do processo inflamatório e estimulação de fatores de crescimento, neovascularização e produção de colágeno. Palavras-chave: Terapia laser de baixa potência; fibroblastos; cultura celular; expressão gênica; proliferação celular.

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ALMEIDA, Juliana Serpeloni de. Assessment of L929 fibroblast cells submitted to Low Level Laser Therapy. Dissertation Master in Rehabilitation Sciences Program (program associated between the State University of Londrina [NFB] and the University of North Paraná [UNOPAR]) - University of Northern Paraná, Londrina, 2016.

ABSTRACT Introduction: The Low Level Laser Therapy (LLLT) is used to accelerate healing, reduce pain, promote protein synthesis and arrangement of collagen fibers, neovascularization, increases intracellular levels of ATP (adenosine triphosphate) and calcium, and also acts as an anti-inflammatory use in tissue regeneration processes. Objectives: To analyze cell viability, cell structure and gene expression of the Interleukin-6 gene (IL-6) and Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) after LLLT (λ = 660 nm) in fibroblast cells L929. Methodology: L929 cells were cultured in bottles of 25 cm2 (TPP, Switzerland, Europe) with DMEM/HAM F12, supplemented with 5% FBS (fetal bovine serum) and 1% antibiotic and antimycotic kept in a CO2 incubator in an atmosphere 5 % at 37 ° C were plated in TPP plates and irradiated followed by low-power laser (λ = 660 nm) at the time 24, 48 and 72 hours, according to the groups: G1 - control (non-irradiated) ; G2 - 4 J/cm2; G3 - 6 J/cm2. After each 24 hours period post-irradiation incubation, the cultures were assessed by MTT cytotoxicity [3- (4,5-dimetthylthiazol-2-yl) -2,5-diphenyltetrazolium bromide] to assess cell viability. The morphological changes related to the cytoskeleton and the endoplasmic reticulum (ER) were analyzed by fluorescence microscopy (FM) with rhodamine-phalloidin and DIOC6 markers respectively. For analysis of expression of IL-6 and VEGF genes was used RT-qPCR method. Results: In relation to cell viability, showed statistical significance in achieving the two-way Anova (F = 40.53, p = 0.017), but in the post hoc analysis with respect to time and dose was no significant difference (p> 0.05), however Group 3 presented a higher growth curve at 48 hours in relation to other groups. In assessing the FM the dose 6 J/cm2 at the time 24 and 48 hours, showed positive biomodulation effects on the cytoskeleton with greater distribution and organization of actin filaments and also to increase and better distribution of endoplasmic reticulum in the cytoplasm in the control group. Regarding the expression of VEGF and IL-6 genes were found significant difference in G3 at 48 hours in transcribed genes, and stimulation of 1.82 to VEGF and inhibiting 36,75 for IL-6. Conclusion: LLLT promotes biomodulatory positive effects on fibroblast cell culture promoting cell proliferation, increased ER activity and morphological changes of the cytoskeleton; accelerating wound healing through inhibition of inflammation and stimulating growth factors, neovascularisation and collagen production. Key words: Laser Therapy, Low-Level; Fibroblasts; Cell culture techniques; Gene expression; Cell proliferation.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 OBJETIVO .............................................................................................................. 12

2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................................................. 12

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................................... 12

3 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 13

3.1 LASER ............................................................................................................................................ 13

3.1.1 Laser de Baixa Potência ........................................................................................................ 18

3.2 CÉLULAS FIBROBLÁSTICAS .................................................................................................................. 20

3.2.1 Composição das Fibras Colágenas ........................................................................................ 21

3.3 CICATRIZAÇÃO ................................................................................................................................. 22

3.4 LASER DE BAIXA POTÊNCIA E EFEITOS NA CICATRIZAÇÃO ....................................................................... 24

3.5 LASER X CULTURA CELULAR ............................................................................................................... 25

4 ARTIGO ..................................................................................................................28

5 CONCLUSÃO GERAL............................................................................................ 47

6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 48

ANEXOS ...................................................................................................................52

ANEXO A - NORMAS DE FORMATAÇÃO DO PERIÓDICO LASERS IN MEDICAL SCIENCE ........................................ 53

Diretrizes para Autores ................................................................................................................. 53

Apresentação Preparação Checklist .............................................................................................. 56

Aviso de direitos autorais .............................................................................................................. 57

Declaração de privacidade ............................................................................................................ 58

ANEXO B - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ...................................................................................... 59

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1 INTRODUÇÃO

Lesões musculares, ligamentares, ósseas e ulcerações de pele

ocorrem rotineiramente e o desafio do profissional é tratar essas lesões de forma

eficaz, estimulando o reparo tecidual para que o novo tecido formado seja ainda

mais forte e resistente. Diante desse fato o processo de reparação tecidual está

fortemente presente no universo da fisioterapia.

Neste contexto, a Terapia Laser de Baixa Potência (TLBP) tem sido

usada por mais de 20 anos na prática clínica como moduladora de vários processos

biológicos (Kandra, et al., 2005), sendo considerada como um recurso físico não

invasivo, indicado para reduzir a dor, acelerar o processo cicatricial e atuar de forma

importante nos processos inflamatórios (KREISLER, et al., 2002).

A TLBP acelera reações bioquímicas, promove ativação de

fibroblastos, síntese e organização das fibras colágenas, neovascularização,

aumento da atividade de fagócitos e leucócitos, aumenta os níveis de ATP

(Adenosina trifosfato) e os níveis intracelulares de cálcio e síntese de proteína.

Assim, diversos tipos de lasers de baixa potência (LBP) e com comprimento de onda

variando de 524 a 904 nm têm se mostrado eficazes no tratamento de feridas, no

aumento da produção de colágeno, na melhora da diferenciação epitelial e no

aumento da vascularização da derme em vários modelos animais (OLIVEIRA, et al.,

2008; LIRANI-GALVÃO, JORGETTI E SILVA, 2006; MOORE, et al., 2005;

BRONDON, STADLER E LANZAFAME, 2005).

Lirani-Galvão, et al., (2006) relatam que os mecanismos físicos

também afetam a atividade elétrica do tecido, estimulando a angiogênese, a

permeabilidade vascular às células de granulação na fase aguda de uma lesão.

Assim, este processo inibe a atividade inflamatória, resultando na produção de

mediadores químicos que ativam a proliferação de fibroblastos. Subsequentemente

essa ativação leva ao acúmulo precoce de células endoteliais no tecido, bem como a

promoção de síntese de colágeno através da estimulação do influxo de cálcio e uma

mudança na permeabilidade das membranas, o que favorece a síntese e maturação

do colágeno, bem como a formação de tecido cicatricial (RENNÓ, et al., 2011;

HAWKINS E ABRAHAMSE, 2006; WARDEN, et al., 2006; CARVALHO, et al., 2006).

Da mesma forma Kandra, et al., (2004) referenciam que estudos in

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11

vitro de cultura celular de fibroblastos humanos da mucosa oral associados a TLBP

demonstraram aumento do número de células, aumento da síntese de DNA e

aumento da produção de colágeno.

Portanto, os resultados obtidos nessa pesquisa nortearão para o

incremento do processo de estimulação e proliferação de células fibroblásticas a

partir da TLBP, correlacionando com o processo de reparo.

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2 OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar os efeitos da Terapia Laser de Baixa Potência em cultura

celular de fibroblasto L929.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a viabilidade celular por meio do ensaio de citotoxicidade e

sobrevivência celular MTT.

Avaliar as estruturas celulares como Retículo Endoplasmático e

Citoesqueleto, de células fibroblásticas a partir de microscopia de fluorescência.

Avaliar a expressão gênica dos genes IL-6 (interleucina – 6) e VEGF

(fator de crescimento endotelial vascular).

Identificar parâmetros de dosimetria de acordo com a irradiação do

laser de baixa potência.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 LASER

O termo Laser é o acrônimo de “Light Amplification by the Stimulated

Emission of Radiation” (Luz Amplificada por Emissão de Radiação) (KOUTNÁ,

JANISCH, VESELSKÁ, 2003).

Os princípios envolvidos na geração desse tipo de luz iniciaram-se

com Albert Einstein em 1917, mas foi em 1960 que Theodore Maiman construiu o

primeiro aparelho de Laser (Laser de Rubi) nos Estados Unidos (Watson, 2009).

Desde então, vários equipamentos foram desenvolvidos a partir desse primeiro

protótipo, e sua evolução permitiu o emprego desse recurso não somente na

medicina, mas também na fisioterapia, odontologia e em vários outros dispositivos

como, por exemplo, leitores de códigos de barras.

O aparelho de laser é formado por uma cavidade ressonante, ou

cavidade óptica. Essa cavidade consiste em um tubo reto contendo um meio ativo,

um par de espelhos (um totalmente e outro parcialmente refletor) dispostos

paralelamente. Genovese, (2000) afirma que o meio condutor é constituído por

materiais que podem produzir a radiação laser. Podem ser sólidos (ex: laser de rubi),

gasosos (ex: HeNe), líquidos (ex: Dy laser), semissólidos (ex: Nd-YAG),

semicondutores (ex: AsGaAl) e excímeros (ex: KrF e XeCl) (WATSON, 2009;

GENOVESE, 2000).

Através de energia elétrica o meio condutor é excitado e seus

átomos começam a emitir fótons que se deslocam em várias direções dentro da

cavidade ressonante. Os que se deslocam em paralelo ao eixo da cavidade

ressonante podem encontrar outro átomo excitado e estimular a emissão de fótons

adicionais. Dessa forma, ocorre um processo de amplificação luminosa gerando um

grande feixe de luz que será transmitido para o exterior através do espelho

parcialmente refletor (WATSON, 2009).

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Figura 1 - Ilustração de funcionamento do laser.

Fonte: DAVIDOVICH, L. Os quanta de luz e a ótica quântica. Rev. Bras. Ensino Fís. 2015; 37(4):

4205-1 – 4205-12.

Como citado anteriormente, vários elementos podem ser utilizados

como meio condutor. Assim, vários tipos de feixes de luz são formados. A luz é uma

radiação eletromagnética que pode ser classificada por meio de uma escala: o

espectro eletromagnético (Figura 2). Essa escala divide os tipos de feixes de luz de

acordo com o seu comprimento de onda (distância percorrida por uma porção de

energia em uma oscilação completa da onda) medido em nanômetros (nm).

Dependendo do comprimento de onda a luz pode ser ainda classificada como

ultravioleta, luz visível ou infravermelha (AGNE, 2011).

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Figura 2 - Esquematização do espectro eletromagnético para comprimento de onda (λ).

Fonte: http//images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.teleco.com.br/imagens/tutoriais Pires-Oliveira, 2008. Tese de Doutoramento.

A radiação laser difere da luz comum por suas características

exclusivas: monocromaticidade, coerência e colimação (HAWKINS, ABRAHAMSE,

2007).

Monocromaticidade diz respeito ao fato de que a luz laser é

composta de fótons, todos da mesma cor e com mesmo comprimento de onda (luz

pura) (GENOVESE, 2000).

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Figura 3 - Característica da luz laser em relação à luz branca – monocromaticidade.

Fonte: Blog Laser, disponível em http://projetolaser.blogspot.com.br/2010/05/como-luz-laser-e-

criada.html em 15/01/2016.

A coerência refere-se ao deslocamento ordenado das ondas que

oscilam uniformemente (mesma fase e mesma direção) (AGNE, 2011).

Figura 4 - Característica da luz laser em relação à luz branca – coerência.

Fonte: Site Laserterapia – Conceitos e Aplicações disponível em

http://www.nupen.com.br/Revista_port/fund_fisicos1.php em 15/01/2016.

Page 18: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

17

Por fim, a colimação significa que a luz laser é unidirecional e

paralela, de forma que a energia pode ser propagada durante distâncias muito

longas (GENOVESE, 2000).

Figura 5 - Característica da luz laser em relação à luz branca – colimação.

Fonte: Site Laserterapia – Conceitos e Aplicações disponível em

http://www.nupen.com.br/Revista_port/fund_fisicos1.php em 15/01/2016.

A penetração da luz laser nos tecidos não depende somente das

propriedades anteriormente apresentadas, pois no momento em que o feixe de luz

toca o tecido ocorre reflexão, refração e absorção, e a intensidade desses efeitos vai

depender da natureza e densidade do tecido (AGNE, 2011).

Reflexão é quando uma porção do feixe de luz é refletida ao entrar

em contato com o tecido. A intensidade da reflexão varia de acordo com o ângulo de

incidência do feixe: quanto menor o ângulo formado entre o feixe e a superfície

irradiada, maior será a reflexão, e esta será mínima quando o ângulo chegar a 90°.

E refração ou transmissão é quando a trajetória do feixe sofre

alteração dependendo da composição do tecido (BRONDON, STADLER,

LANZAFAME, 2005).

Absorção é a parcela do feixe que atravessa e interage com o tecido

por meio de processos bioquímicos, bioelétricos ou por dissipação de energia por

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18

meio do calor (GENOVESE, 2000).

Figura 6 - Interação da luz laser com o tecido – reflexão, refração e absorção.

Fonte: Site Laserterapia – Conceitos e Aplicações disponível em

http://www.nupen.com.br/Revista_port/fund_fisicos1.php em 15/01/2016.

De acordo com a potência de emissão, a radiação laser pode ser

classificada em: laser de alta, média ou baixa potência (AGNE, 2011; GENOVESE,

2000).

3.1.1 Laser de Baixa Potência

Os lasers de baixa potência (LBP) são aparelhos que emitem

radiação de baixa potência (tipicamente menor que 500 mW), em dosagens

consideradas baixas para produzir aquecimento nos tecidos irradiados (WATSON,

2009; GENOVESE, 2000).

Em relação à interação entre o laser e os tecidos, a profundidade da

penetração da luz será proporcional ao comprimento de onda do aparelho: quanto

maior o comprimento de onda, maior a profundidade de penetração (GENOVESE,

2000).

‘ A imagem a seguir exemplifica a profundidade de penetração de

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cada comprimento de onda em um desenho esquemático da pele.

Figura 7 - Interação comprimento de onda x tecido

Fonte: Site BrightenYourMood, disponível em: http://www.brightenyourmood.com/how-does-led-light-

therapy-work/ em 11/10/15.

Dentre os principais efeitos observados na TLBP destacam-se:

analgesia local, redução do edema, ação anti-inflamatória, aumento da circulação

sanguínea local e melhora na cicatrização de feridas de lenta evolução. Os

principais lasers dessa categoria são: HeNe (Hélio-Neônio) e Diodo laser (Arseneto

de gálio – AsGa, Arseneto de gálio e alumínio – AsGaAl e AlGaInP - Arseneto Gálio

Índio Fósforo) (HAWKINS, ABRAHAMSE, 2007; GENOVESE, 2000).

A TLBP tem sido amplamente utilizada para estimular a capacidade

de regeneração tecidual. Esse efeito tem sido atribuído ao aumento da proliferação e

do metabolismo celular, e também na expressão de vários genes, como o fator de

crescimento endotelial vascular (VEGF), que está fortemente relacionado ao

processo de reparação tecidual (BASSO, et al., 2012).

Page 21: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

20

3.2 CÉLULAS FIBROBLÁSTICAS

As células fibroblásticas originam-se de uma célula mesenquimal

indiferenciada, e pode ser considerado como a principal célula presente no tecido

conjuntivo. Ela é responsável pela formação das fibras colágenas, reticulares e

elásticas, além das proteoglicanas e glicoproteínas multiadesivas que fazem parte

da matriz extracelular. As células fibroblásticas são atribuídas também a formação

de fatores de crescimento, que controlam a proliferação e a diferenciação celular

(JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2013; ROSS, PAWLINA, 2012; MORISCOT,

CARNEIRO, ABRAHAMSOHN, 2004).

Podem ser encontrados em sua forma ativa (fibroblasto) ou em

repouso (fibrócito) e são diferenciados pelo seu núcleo e citoplasma. Os fibroblastos

possuem vários prolongamentos citoplasmáticos irregulares, núcleo com cromatina

pouco densa, nucléolo pouco evidente e citoplasma rico em retículo endoplasmático

rugoso (RER) e aparelho de Golgi proeminente. Os fibrócitos, por sua vez, são

menores, delgados, de aspecto fusiforme, com núcleo menor e mais escuro e

citoplasma com pouca quantidade de RER (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2013;

MORISCOT, CARNEIRO, ABRAHAMSOHN, 2004).

Figura 8 - Fibroblastos ativos e quiescentes.

Fonte: JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2013.

Page 22: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

21

Dentre as estruturas presentes nas células, destacam-se

citoesqueleto e RE que são estruturas importantes na morfologia celular, uma vez

que suas funções estão diretamente relacionadas à proliferação celular. O

citoesqueleto desempenha papel importante na morfologia celular por influenciar a

adesão e o crescimento da mesma, sendo constituído principalmente pela proteína

actina, disposta em filamentos e microtúbulos. Essa rede de actina é determinante

para a vida celular, pois fornece uma estrutura rígida de proteção ao núcleo e

confere elasticidade da membrana celular. Alterações no citoesqueleto permitem

que a mesma possa migrar, dividir-se e manter a sua forma, enquanto que o RE é o

responsável pela síntese de proteínas (YOUREK, HUSSAIN, MAO, 2007).

Em adultos, os fibroblastos não se dividem com frequência, exceto

quando há uma sobrecarga funcional ou por lesões (MORISCOT, CARNEIRO,

ABRAHAMSOHN, 2004).

3.2.1 Composição das Fibras Colágenas

As fibras de colágeno são os componentes estruturais mais

abundantes do tecido conjuntivo. Apresentam como características a flexibilidade e

uma grande força tênsil. Cada fibra de colágeno é formada por subunidades

filamentosas finas, as fibrilas de colágeno, e estas por sua vez são compostas por

um arranjo de moléculas de colágeno (ROSS, PAWLINA, 2012).

Existem aproximadamente 29 tipos de colágeno, sendo

diferenciados pela complexidade e pela considerável diversidade em sua estrutura e

função. O colágeno do tipo I é o mais abundante (até 90%) e consequentemente o

mais estudado. Pode ser encontrado nos ossos, tendões, pele, ligamentos, córnea,

pulmão e tecido vascular e desempenha papel importante na cicatrização tecidual,

através da formação do tecido cicatricial, e contribui para o aprisionamento,

armazenamento e entrega de fatores de crescimento e citocinas

(BALASUBRAMANIAN, et al., 2013).

A síntese do colágeno é feita pelos fibroblastos. No núcleo da célula,

os genes codificadores das cadeias α1 e α2 são ativados e produzem o RNA

mensageiro (RNAm). A tradução do RNAm ocorre no citoplasma e as cadeias

polipeptídicas formadas são internalizadas no RE, onde sofrerão hidroxilação dos

aminoácidos e glicosilação. Dentro do RE as cadeias α se organizam em grupos de

Page 23: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

22

3 formando as moléculas de procolágeno (precursora da molécula de colágeno

madura) que serão então secretadas para o meio extracelular. Uma enzima também

produzida pelo fibroblasto, a procolágeno peptidase, digere as moléculas de

procolágeno, que se associarão espontaneamente formando as fibrilas de colágeno

(MORISCOT, CARNEIRO, ABRAHAMSOHN, 2004).

3.3 CICATRIZAÇÃO

O tratamento de feridas é possivelmente uma das áreas mais

antigas da medicina, podendo ser definida como a perda da continuidade do tecido

corporal, com etiologia variada, passível de atingir a epiderme e também estruturas

mais profundas, como músculo, osso e tendão. Dessa forma, após uma lesão

tecidual, o organismo inicia automaticamente um processo de proteção (inflamação)

e posteriormente de reparo desse tecido (CALISTO, et al., 2015; ROSS, PAWLINA,

2012).

A inflamação é uma reação complexa e fundamentalmente protetora

a uma injúria que pode ser causada por bactérias, traumatismo, substâncias

químicas ou qualquer outro fenômeno, e que visa livrar o organismo tanto da causa

inicial quanto das consequências dessa injúria (KUMAR, et al., 2010).

Depois de ocorrida a lesão, é necessário que haja o reparo; esse

processo pode ser dividido em 3 fases: (1) inflamação, (2) proliferação / formação de

tecido de granulação e (3) remodelagem (KITCHEN, BAZIN, 1988).

Segundo Kumar, et al., (2010), a inflamação aguda apresenta três

principais componentes: na primeira fase ocorre alteração no calibre vascular que

leva a um aumento no fluxo sanguíneo; mudanças estruturais na microvasculatura

que permitem que as proteínas do plasma e os leucócitos saiam da circulação e

também emigração de leucócitos da microcirculação para eliminar o agente

agressor.

Essa emigração de leucócitos, principalmente neutrófilos e

macrófagos, ocorrem por ação de mediadores químicos, como, por exemplo, a

histamina, que, liberada a partir da degranulação dos mastócitos, causa dilatação

das arteríolas e aumenta a permeabilidade das vênulas (GENOVESE, 2000).

A segunda fase, ou fase proliferativa, é caracterizada pela formação

Page 24: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

23

de tecido de granulação. Nesta fase a lesão é preenchida por células (em sua

maioria macrófagos e fibroblastos), numerosos vasos sanguíneos e uma matriz de

tecido conjuntivo. Sob essas condições, o principal processo de cura ocorre por

deposição de colágeno e outros elementos da matriz extracelular, promovendo a

formação de um tecido conectivo vascularizado (KUMAR, et al., 2010).

Por fim, a remodelagem: nesta fase o tecido de granulação é

gradualmente substituído por uma cicatriz, que é um tecido relativamente acelular e

avascular. O equilíbrio entre síntese e degradação da matriz extracelular resulta no

remodelamento da trama de tecido conjuntivo – uma importante característica para o

reparo tecidual (KITCHEN, BAZIN, 1988).

A figura a seguir ilustra as 3 fases da cicatrização tecidual de acordo

com os dias de lesão e a presença e quantidade de células em cada fase.

Figura 9 – Fases da cicatrização tecidual ao longo dos dias após o trauma.

Fonte: Site Phytoplenus, disponível em http://phytoplenus.com/produtos em 15/01/2016.

Para Mendonça, et al., (2006), o processo de cicatrização ocorre

para restaurar a integridade anatômica e funcional do tecido, sendo dessa forma um

processo complexo e que envolve diferentes tecidos. As células epiteliais

desempenham um papel importante nos eventos de reparação, pois elas são

responsáveis pela recuperação de áreas lesionadas e estimulação dos tecidos

subjacentes, como os tecidos conjuntivo e endotelial, através da expressão de

fatores de crescimento (BASSO, et al., 2012).

Page 25: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

24

3.4 LASER DE BAIXA POTÊNCIA E EFEITOS NA CICATRIZAÇÃO

A TLBP tem sido amplamente utilizada na medicina, principalmente

em tecidos patológicos que apresentam algum grau de alteração, como nos

processos inflamatórios ou de reparo (KHANDRA, et al., 2005; PEREIRA, et al.,

2002).

Karu, (1988) propôs a teoria de que a luz laser é absorvida na

mitocôndria, por seus componentes, que resulta na ativação da cadeia respiratória e

consequentemente promove alterações no estado redox da mitocôndria e

citoplasma. Essas mudanças afetam a permeabilidade da membrana, aumentando

assim os níveis intracelulares de cálcio. Esse, por sua vez, está envolvido na

produção de nucleotídeos cíclicos que controlam a síntese de DNA e RNA e por fim

a proliferação celular. Esse mesmo efeito altera a atividade elétrica do tecido,

promovendo a degranulação das células na fase aguda pós-lesão e inibindo a fase

inflamatória pela produção de mediadores químicos que ativam a proliferação de

fibroblastos (PIRES-OLIVEIRA, et al., 2009).

Os fibroblastos secretam múltiplos fatores de crescimento durante a

reepitelização da lesão e participam ativamente na formação de tecido de

granulação e na formação da matriz extracelular. Assim, fica claro o importante

papel desempenhado pelo fibroblasto durante o processo de reparo tecidual. A

proliferação e o aumento do metabolismo celular determinam o sucesso da

reparação, uma vez que o colágeno produzido pelo mesmo é responsável pela força

e integridade do novo tecido formado (BASSO, et al., 2012; OLIVEIRA, et al., 2008).

Entre os relatos sobre os efeitos biomodulatórios da TLBP, destaca-

se a formação de novos capilares sanguíneos através da liberação de fatores de

crescimento. A liberação de citocinas e de fatores de crescimento a partir de células

lesionadas é uma importante etapa da cicatrização de feridas, pois estimula a

formação de células epiteliais, novos fibroblastos, aumento da produção de colágeno

e neovascularização (KHOO, et al., 2014).

Estudos têm demonstrado que a estimulação in vitro de fibroblastos

através da TLBP apresenta resultados significativos como, por exemplo, o de Basso,

et al., (2012), que demonstrou diferença estatisticamente significante em relação ao

aumento do metabolismo e ao número de células viáveis após a irradiação do LBP

em relação ao controle, assim como Azevedo, et al., (2006) que também identificou

Page 26: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

25

aumento na proliferação celular de fibroblastos irradiados com laser λ = 660 nm em

relação ao controle não irradiado.

3.5 LASER X CULTURA CELULAR

Os efeitos da estimulação com TLBP a nível celular e molecular têm

sido demonstrados em muitos estudos, mas em função do grande número de

parâmetros envolvidos como o comprimento de onda, potência do equipamento,

tempo de aplicação, densidade de energia e condição fisiológica da célula, é muito

difícil comparar os resultados obtidos nas diferentes pesquisas, razão pela qual os

mecanismos de interação da TLBP nas células ainda não foram completamente

elucidados (BASSO, et al., 2012; KHANDRA, et al., 2005; KOUTNÁ, JANISCH,

VESELSKÁ, 2003; ALMEIDA-LOPES, et al., 2001).

Podemos citar como principais efeitos da TLBP, a nível celular, a

proliferação celular, síntese de colágeno e liberação de fatores de crescimento

celular. Alguns mecanismos foram propostos para elucidar a ocorrência desses

eventos, como a absorção da luz por enzimas mitocondriais, causando excitação da

cadeia respiratória, produzindo a fotoativação dos canais de cálcio, que resulta no

aumento da concentração de cálcio intracelular e a proliferação celular. Essa reação

estimula a duplicação de DNA, o aumento de síntese proteica e a modulação da

produção de fatores de crescimento de fibroblastos, que por sua vez irão estimular a

proliferação celular (BELLETTI, et al., 2014; DANTAS, et al., 2010; MOORE, et al.,

2005).

Karu, (1987) descreve ainda que a irradiação laser exerce efeitos em

células estressadas ou com alterações em seu metabolismo. Dessa forma a

irradiação poderia normalizar o metabolismo dessas células retornando a condições

ideais, sendo que os efeitos em curto prazo são devidos à estimulação mitocondrial

e que os efeitos em longo prazo são devidos à estimulação ou inibição da

transcrição e replicação do DNA.

Damante, et al., (2008) afirmam que a proliferação celular não é o

único evento biológico presente no processo de reparo tecidual, sendo altamente

coordenado por eventos sobrepostos, controlados por uma variedade de células,

fatores de crescimento e enzimas metabólicas no mesmo sítio de reparação

(HOURELD, et al., 2010; DAMANTE, et al., 2008).

Page 27: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

26

Estudos sobre o efeito do laser em cultura celular confirmam as

alterações intracelulares específicas, tal como o metabolismo do cálcio, essas

alterações provocam um estímulo à divisão celular, razão pela qual Azevedo, et al.,

(2006) e Frigo, et al., (2010) encontraram aumento significativo em relação a

proliferação celular quando fibroblastos humanos foram submetidos a TLBP com

laser de comprimento de onda de 660 nm.

Sabe-se que lasers com diferentes comprimentos de onda produzem

efeitos diferentes nos fibroblastos (Almeida-Lopes, et al., 2001). Marques, Pacheco-

Soares e Soares da Silva, (2014) avaliaram os efeitos da TLBP com diferentes

comprimentos de onda (λ = 685 e 830 nm) em células fibroblásticas L929 cultivadas

em diferentes concentrações de SFB (Soro Fetal Bovino) (5 e 10%) com densidade

de energia variando de 0,1 a 30 J/cm2. Em relação ao crescimento celular

encontraram diminuição significativa (p < 0,05) quando irradiado com λ = 685 nm e

dose de 0,1 J/cm2, enquanto que as células irradiadas com maior dose (5 – 30

J/cm2) tiveram a viabilidade aumentada significativamente (p < 0,05) com

concentração de 5% de SFB (λ = 685 nm com dose de 20 J/cm2 e λ = 830 nm e

dose de 10 J/cm2). Na concentração 10% de SFB não houve diferença entre os

diferentes comprimentos de onda.

Ferrielo, Faria e Cavalcanti, (2010) também utilizaram a linhagem

celular L929, λ = 680 nm e dose de 4 J/cm2 e encontraram crescimento celular

aumentado, porém a curva de crescimento não foi estatisticamente significante (p =

0,107) em relação ao controle, ao passo que Damante, et al., (2009) avaliaram

fibroblastos de gengiva humanas, λ = 660 nm e doses de 3 e 5 J/cm2 e verificaram

aumento significativo (p < 0,01) na concentração de bFGF (Fator de crescimento de

fibroblastos), principalmente nas primeiras 48h em relação ao controle.

A proliferação das células fibroblásticas induzidas pela TLBP são

acompanhados também por um aumento no número de algumas proteínas, sendo

as principais a interleucina 6 (IL-6) e o fator de crescimento endotelial vascular

(VEGF). O VEGF é um potente estimulador da angiogênese, que atua estimulando a

proliferação e a migração de células endoteliais, a cicatrização de feridas, a

formação de novos vasos sanguíneos e promove a manutenção da homeostase

vascular em adultos, sendo predominantemente produzido por células endoteliais

em resposta a hipóxia e após a estimulação de fatores de crescimento

(MARTIGNAGO, et al., 2015; KHOO, et al., 2014; ESMAEELINEJAD, BAYAT, 2013;

Page 28: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

27

CÉBER-SUAREZ, et al., 2006; BASSO, et al., 2002).

A IL-6 por sua vez é uma citocina pró-inflamatória com atuação tanto

na resposta imune quanto na adaptativa. É produzida por monócitos, macrófagos,

células endoteliais e fibroblastos (Ceccon, et al., 2006; Souza, et al., 2008).

Desempenha papel essencial na fase inflamatória, controlando a inflamação e

preparando o tecido para favorecer a atividade fagocítica, estimular a migração e

quimiotaxia de queratinócitos e fibroblastos para o sítio de reparação, regular a

liberação adicional de outras citocinas e fatores de crescimento (Esmaeelinejad,

Bayat, 2013). Esses mesmos autores encontraram diferença estatisticamente

significante em relação à estimulação de liberação de IL-6 por fibroblastos humanos

através da TLBP, usando λ = 632,8 nm e densidade de energia de 0,5; 1 e 2J/cm2.

Page 29: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

28

4 ARTIGO

ANÁLISE DA VIABILIDADE CELULAR E A EXPRESSÃO DOS GENES IL-6 E

VEGF APÓS TERAPIA LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM CULTURA CELULAR

FIBROBLÁSTICA.

ANALYSIS OF CELL VIABILITY AND GENE EXPRESSION OF IL-6 and VEGF

AFTER LOW LEVEL LASER THERAPY IN FIBROBLAST CELL CULTURE

(Será submetido ao periódico Lasers in Medical Science)

Juliana Serpeloni de Almeida1, Deise A. A. Pires-Oliveira2, Cristina Pacheco Soares3,

Regina Célia Poli Frederico4,Nayara Tahiana Catenace Pereira1, Stheace Kelly

Fernandes Szezerbaty1,Rodrigo Franco de Oliveira2.

1 – Fisioterapeuta, especialista e mestranda em Ciências da Reabilitação pela Universidade

Estadual de Londrina (UEL) / Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) – Londrina – PR.

2 – Fisioterapeuta, Prof.(a). Dr.(a). Titular do Programa de Mestrado e Doutorado em

Ciências da Reabilitação – UEL/UNOPAR – Londrina – PR.

3 – Bióloga, Prof.ª. Dra. Integral da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) no

Departamento de Biologia Celular e Tecidual – São José dos Campos – SP.

4–Bióloga, Prof.ª. Dra. Titular do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências da

Reabilitação – UEL/UNOPAR – Londrina – PR.

Endereço para correspondência:

Rodrigo Franco de Oliveira

UNOPAR – Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde - Laboratório de Cultura Celular

Rua Marselha, 591. Jd. Piza. CEP: 86.041-140 Londrina – PR.

e-mail: [email protected]

Fonte de Financiamento: Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior

Particular (Funadesp) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES).

Instituição: UNOPAR – Universidade Norte do Paraná. Centro de Pesquisa em Ciências da

Saúde – Lab. de Cultura Celular. R. Marselha, 591. Jd. Piza. CEP: 86041-140. Londrina, PR.

Page 30: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

29

RESUMO

A fotobiomodulação produzida pela Terapia Laser de Baixa Potência (TLBP) é amplamente utilizada para acelerar processos de cicatrização dos tecidos, promover neovascularização, diminuir a dor, aumentar a síntese de DNA e RNA e também atuar nos processos anti-inflamatórios. O objetivo do trabalho foi analisar os efeitos da TLBP em cultura celular de fibroblastos L929 em relação à proliferação, estrutura celular e expressão gênica dos genes Interleucina – 6 (IL-6) e Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Para tanto, células fibroblásticas foram irradiadas com laser de baixa potência (λ = 660 nm) nos tempos 24, 48 e 72 horas, de acordo com os grupos: G1 – controle (não irradiado); G2 – 4 J/cm2; G3 – 6 J/cm2. Após cada período de 24 horas de incubação pós-irradiação as culturas foram avaliadas quanto à viabilidade celular pelo método MTT de citotoxicidade. O grupo que apresentou melhor resultado quanto à viabilidade celular, foi selecionado para avaliação morfológica de citoesqueleto e retículo endoplasmático (RE) analisadas a partir da microscopia de fluorescência (MF) e avaliação da expressão dos genes IL-6 e VEGF a partir do método RT-qPCR. Para análise dos resultados foi utilizado Anova de dois fatores e pós-teste, que não demonstrou diferença significativa em relação ao tempo e a dose (p > 0,05). No entanto, o G3 apresentou maior curva de crescimento no tempo 48 horas em relação aos demais grupos. Na avaliação da MF o G3, nos tempos 24 e 48 horas, apresentou efeitos biomodulatórios positivos em relação ao citoesqueleto com maior distribuição e organização dos filamentos de actina e aumento intenso da atividade reticular. Em relação à expressão gênica dos genes VEGF e IL-6 foi possível encontrar diferença significativa no grupo 3, em 48 horas, de estimulação de 1,82 para o VEGF e de inibição de 36,75 para a IL-6. Conclui-se assim que a TLBP promove efeitos biomodulatórios positivos na estrutura em cultura celular de fibroblastos favorecendo a proliferação celular; a liberação de fatores de crescimento; a neovascularização e inibição do processo inflamatório. Palavras chaves: Terapia laser de baixa potência; fibroblastos; cultura celular; expressão gênica; proliferação celular.

Page 31: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

30

ABSTRACT

The photobiomodulation produced by Low Level Laser Therapy (LLLT) is widely used to accelerate tissue healing processes, promote neovascularization, decrease pain, increase the synthesis of DNA and RNA, and also act as an anti-inflammatory processes. The objective of this study was to analyze the effects of LLLT in fibroblast cell culture L929 regarding proliferation, cell structure and gene expression of genes Interleukin - 6 (IL-6) and Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF). For this, fibroblast cells were irradiated with low level laser (λ = 660 nm) at the times 24, 48 and 72 hours, according to the groups: G1 - Control (non-irradiated); G2 - 4 J/cm2; G3 - 6 J/cm2. After each period of 24 hours incubation post irradiation the cultures were assessed for cell viability by the MTT cytotoxicity. The group received best result and the cell viability had the morphological changes of the cytoskeleton and the endoplasmic reticulum (ER) analyzed by fluorescence microscopy (FM), and assessment of the expression of IL-6 and VEGF genes to the same group using the method RT-qPCR.For data analysis was used ANOVA of two factors and post-test showed no significant difference with respect to time and dose (p> 0.05). However the group 3 had the highest growth curve at the time 48 hours in relation to other groups. In evaluating the FM group 3, the times 24 and 48 hours, show positive biomodulatory effects on the cytoskeleton more distribution and organization of actin filaments and intense increase in the reticular activity. Regarding the gene expression of VEGF and IL-6 genes were found significant differences in the group 3, 48 hours of stimulation to 1.82 and VEGF inhibition 36,75 for IL-6. In conclusion, the LLLT promotes positive biomodulatory effects on the structure of fibroblasts in cell culture promoting cell proliferation; the release of growth factors; neovascularization and inhibition of the inflammatory process. Key words: Laser Therapy, Low-Level; Fibroblasts; Cell culture techniques; Gene expression; Cell proliferation.

Page 32: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

31

INTRODUÇÃO

A Terapia Laser de Baixa Potência (TLBP) tem sido utilizada na

prática clínica como modulador de vários processos biológicos [1]; acelera reações

bioquímicas, promove ativação de fibroblastos, a síntese e organização das fibras

colágenas, neovascularização, o aumento da atividade de fagócitos e leucócitos e

aumenta os níveis de ATP (Adenosina trifosfato), os níveis intracelulares de cálcio e

síntese de proteína [2,3,4]. O laser é considerado um recurso físico não invasivo e

atérmico, indicado para reduzir a dor, acelerar o processo cicatricial e atua de forma

importante nos processos inflamatórios [5].

Os efeitos da estimulação com TLBP a nível celular e molecular têm

sido demonstrados em muitos estudos [1,6,7], porém seus mecanismos de interação

ainda não foram completamente elucidados em função do grande número de

parâmetros envolvidos (comprimento de onda, potência do equipamento, tempo de

aplicação, densidade de energia e estado fisiológico da célula) [1]. Alguns

mecanismos para explicar esses efeitos foram propostos, como a absorção da luz

por enzimas mitocondriais e fotoativação dos canais de cálcio resultando no

aumento da concentração de cálcio intracelular e a proliferação celular [8].

Damante, et al., (2008) [9] afirmam que a proliferação celular não é

o único evento biológico presente no processo de reparo tecidual, pois os fatores de

crescimento também desempenham um papel muito importante. E que a TLBP,

além de induzir a proliferação das células fibroblásticas, promove também um

aumento no número de algumas proteínas, como por exemplo, a interleucina – 6 (IL-

6) e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) [6,10]. Houreld, Ayuk e

Abrahamse, (2014) [11] estudaram a interação de 84 genes com a TLBP, entre eles

a IL-6, e encontraram inibição significativa desse gene em relação ao controle. Já

Esmaeelinejad e Bayat, (2013) [12] apontaram estimulação significativa da IL-6 em

fibroblastos humanos com intensidade de 2 J/cm2 e laser de 632,2 nm. Chiarotto, et

al, (2014) [13] por sua vez, encontraram estimulação (p < 0,05) na formação de

novos vasos sanguíneos, aumento no número de fibroblastos e expressão do gene

VEGF em feridas cutâneas de ratos utilizando laser λ = 670 nm e dose de 4.93

J/cm2.

Os fibroblastos desempenham papel importante no processo

cicatricial, no aumento da proliferação e do seu metabolismo, promovendo maior

Page 33: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

32

produção de colágeno, e este, por sua vez, é responsável pela força e integridade

do novo tecido formado [4]. Essas células também secretam múltiplos fatores de

crescimento durante a reepitelização da lesão e participam ativamente na formação

de tecido de granulação e na formação de matriz extracelular [14].

Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a viabilidade

celular, a estrutura celular e a expressão gênica dos genes IL-6 e VEGF após

irradiação Laser de Baixa Potência em cultura celular de fibroblasto L929.

MATERIAL E MÉTODOS

Cultura Celular

Células L929 de fibroblastos (Mouse conjunctive tissue - ATCC CCL-

1 NCTC) (Instituto Adolfo Lutz - SP, Brasil) foram cultivadas em garrafas de 25 cm2

(TPP, Switzerland, Europe) com 3 ml de meio DMEM/HAM F12 (Dulbelcos Minimum

Essencial Medium) (GibcoTM - Invitrogen Corporation, Grand Island, USA)

suplementado com 5% SFB (Soro Fetal Bovino) (Cultilab, Brazil) e 1% de antibiótico

e antimicótico, mantidos em uma estufa de CO2 em atmosfera 5% a 37 ºC. Células

do tecido conjuntivo de camundongo foram utilizadas neste experimento, conforme a

norma ISO 10993-5, que recomenda a utilização desta linha de células in vitro para

testes de citotoxicidade [15]. O estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética da

Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), sob o protocolo nº 462.478/2013.

Irradiação

Foi utilizado o laser diodo contínuo AlGaInP (Arseneto Gálio Índio

Fósforo) λ = 660 nm, com potência de saída de 35 mW - Endophoton – KLD –

Biosistemas Equipamentos Eletrônicos Ltda, modelo LLTO 0107, devidamente

calibrado pelo fabricante.

Após a cultura apresentar confluência, foi realizada a tripsinização

nas placas TPP de 96 poços, em uma densidade de 5 x 104 células/ml. Em seguida,

as células permaneceram por 24 horas em repouso (overnight) para a

sedimentação. Posteriormente, iniciou-se a intervenção nos intervalos de 24, 48 e 72

horas, respeitando a seguinte separação de grupos: G1: controle (não recebeu

Page 34: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

33

irradiação), G2: 4 J/cm2 e G3: 6 J/cm2, sendo 0,07 e 0,10 segundos o tempo de cada

irradiação respectivamente. Para o momento da irradiação, o meio de cultura foi

substituído por mesma quantidade (1ml) de PBS (phosphate buffered saline /

tampão fosfato-salino) a fim de diminuir a interferência na absorção da energia. A

aplicação ocorreu em ambiente fechado, temperatura ambiente e com mínima

luminosidade. A energia laser entregue à cultura de células via fibra óptica com área

de seção transversal igual a 0,01 cm2, na forma contínua, método de aplicação

pontual, com feixe laser atingindo perpendicularmente a placa com a tampa fechada.

Todo o experimento foi realizado em triplicata. Após cada período, as culturas

tiveram a viabilidade celular avaliada pelo teste de citotoxicidade MTT de acordo

com a figura 1.

Figura 1: Esquema dos tempos de irradiação e avaliação de acordo com o protocolo.

Teste de Citotoxicidade Celular

Os experimentos de citotoxicidade foram avaliados pelo método de

MTT Brometo de [3-(4,5-dimetiltiazol)- 2,5-difeniltetrazólio]. As culturas de células

L929 receberam irradiação Laser nos intervalos de 24, 48 e 72 horas, sendo que

após 24 horas de cada irradiação foi realizado teste de MTT de acordo com ensaio a

seguir: foi retirado o meio de cultura de cada poço e adicionado 50 l de MTT e

incubado por 01 hora a 37C em atmosfera de 5% de CO2. Em seguida, retirou-se o

MTT e foi adicionado 50 l de DMSO (Dimetil sulfóxido) em cada poço, a partir daí

as placas foram mantidas em agitação por 15 minutos para solubilização dos cristais

de formazana e sua concentração quantificada espectroscopicamente por meio de

Page 35: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

34

um leitor de microplacas (Leitor ELISA – SpectraCount – Packards Instrument,

Offeburg – Alemanha), em comprimento de onda de 570 nm.

Microscopia de Fluorescência

Para acompanhar os efeitos da TLBP, por meio de fluorescência, as

células L929 foram subcultivadas sobre lamínulas de vidro à densidade de 5 x 105

células/ml, em placas TPP de 12 poços; o grupo selecionado para analises de MF foi

o grupo que apresentou melhor crescimento celular e no melhor tempo, 24 horas

após a irradiação as lamínulas foram analisadas ao microscópio de fluorescência,

equipado com sistema fotográfico Leica MPS-30. Todos os corantes fluorescentes

usados nos estudos fluorimétricos foram adquiridos da Invitrogen®. As células foram

marcadas com corantes fluorescentes por incubação em meio de cultura contendo o

corante a 37C nas seguintes condições: rodamina-faloidina para citoesqueleto,

DAPI – Fluoreshild (Sigma-Aldrich®, Steinheim, Germanye) para núcleo e DIOC6

(3,3’- dihexyloxa carbocyanine iodide) (Molecular Probes Eugene, Oregon,USA) para

o retículo endoplasmático. Para completa aderência dos marcadores foi utilizado o

fixador Paraformoldeído PA 4% em PBS. Todas as lamínulas foram marcadas com

DAPI e DIOC6, porém uma parte recebeu a marcação rodamina-faloidina. Apenas

para o marcador rodamina-faloidina foi utilizado paraformaldeído (PA) 4% em PBS e

Triton X-100 a 0,1% como fixador do corante.

Extração de RNA e conversão para cDNA

Para a extração do RNA total foi utilizado o PureLink® RNA Mini

Kit (Invitrogen, Life Technologies) de acordo com as instruções do fabricante. Após

sua extração, o RNA foi quantificado em espectrofotômetro NanoDrop Lite (Thermo

Scientific). O cDNA foi sintetizado a partir de 1 μg do RNA total extraído. O volume

final da reação foi de 20 μL, composto por 10% de tampão de reação (200 mM Tris-

HCl (pH 8.4), 500 mM KCl – Invitrogen), 1,5 mM de MgCl2 (Invitrogen), 0,5 mM de

dNTPs (Invitrogen), 80 pmol de Oligo dT12-18 (Invitrogen), 100 pmol de Random

Primers (Invitrogen), 10 unidades da enzima SuperScript III (Invitrogen) e 2 unidades

da enzima RNase Out (Invitrogen).

Para minimizar variações de desempenho da transcriptase reversa e

Page 36: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

35

a possibilidade do efeito Monte Carlo, três reações distintas de síntese de cDNA

foram realizadas para cada experimento, cujos produtos foram incorporados para

obtenção de uma única mistura referente a cada amostra em sua respectiva

condição de cultivo. Os cDNAs sintetizados também foram quantificados para

identificação de possíveis variações da eficiência de reação da transcriptase reversa

entre as diferentes condições de tratamento, e também verificados quanto à sua

qualidade por espectrofotometria. A concentração final de todas as amostras foi

ajustada para 50 ng/μL.

PCR em Tempo Real

As reações em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real foram

realizadas em um termociclador StepOne Plus System (Applied Biosystems) nas

seguintes condições: 10 minutos a 95ºC, 40 ciclos de 15 segundos a 95ºC e 60

segundos a 60ºC seguido pela curva de melting nas seguintes condições: 95ºC por

15 segundos, 60ºC por 60 segundos e para finalizar 95ºC por 15 segundos. A

reação final de 20 μL continha 10 μL do TaqMan Universal Master Mix II (Applied

Biosystems), 1 μL do TaqMan Gene Expression Assays (Applied Biosystems), 8 μL

de H2O ultra pura e 1 μL do cDNA.

Para determinação da expressão relativa dos genes de interesse no

grupo que apresentou melhor crescimento celular e no melhor tempo, foi utilizado o

programa REST – versão 2009 (Relative expression software tool) (QIAGEN),

desenvolvido por Pfafflet, et al., (2002) [16] baseado em seu próprio modelo

matemático de quantificação relativa de dados obtidos por PCR em tempo real, com

correção de eficiência. Os valores obtidos na situação controle (ausência de

tratamento) foram utilizados como referência para comparação e os cálculos foram

normalizados a partir do gene de referência β-Actina. Foram considerados apenas

valores de Cq (quantification cycle) com uma variação de ± 0,5 entre as triplicatas de

reação.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foi utilizado o GraphPad Prism® 6.0 (Graph Pad Software, San

Diego, CA, EUA). Para todos os testes realizados foi adotado um intervalo de

Page 37: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

36

confiança de 95% e nível de significância de 5%. Inicialmente, foi realizado teste de

Shapiro-Wilk para verificar se os dados apresentavam distribuição gaussiana, em

seguida foi realizado Anova de dois fatores com pós-teste de Tukey para verificar os

efeitos entre as diferentes intensidades e em relação ao tempo. Para análise da

expressão gênica, os dados foram expressos segundo o método Pfaffl [17] e

calculados com auxílio do Software Rest 2009 [15], considerando valores de desvio

padrão para o teste estatístico "Pair wise fixed reallocation". Foram considerados

diferencialmente expressos quando comparados à situação controle os genes cuja

alteração foi significativamente diferente considerando o valor de p ≤ 0,001 ou

alterações maiores que 1,5 vezes considerando valor de p < 0,05. Na análise

estatística da expressão gênica utilizou-se o programa SPSS versão 20.0.

RESULTADOS

Os valores de crescimento celular baseados em cada intensidade

estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 – Crescimento Celular

Intensidade 24 h 48 h 72 h

Controle 0.95 (±0.02) 0.91 (±0.05) 0.99 (±0.00)

4 J/cm2 1.10 (±0.15) 0.91 (±0.19) 0.78 (±0.05)

6 J/cm2 0.87 (±0.05) 1.21 (±0.32) 1.14 (±0.17)

Valores apresentados em média e desvio-padrão (±).

Foi observada na realização da Anova de dois fatores significância

estatística (F = 40.53; P = 0.017), mas na análise do pós-teste tanto da diferença

entre os valores das intensidades e do tempo não foram observadas diferenças

estatisticamente significante, estando os dados apresentados na figura 2.

Page 38: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

37

Figura 02 - Crescimento celular em relação ao tempo e intensidade.

Para melhor compreensão do efeito da TLBP sobre estruturas

celulares, analisadas a partir da Microscopia de Fluorescência (MF), realizaram-se

as marcações do Citoesqueleto (rodamina-faloidina) e do Retículo Endoplasmático

(RE) (DIOC6), permitindo analisar as alterações nas estruturas celulares, uma vez

que essas estruturas apresentam papel fundamental no processo de proliferação

celular.

Para a avaliação das células fibroblásticas L929 por MF foi utilizado

a marcação com DIOC6 – sobreposição de marcações (overlay), RE e citoesqueleto

onde observou-se que nas células controle o RE se espalhou pelo citoplasma (Fig.

3 A).

Page 39: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

38

Figura 3 – Microscopia de Fluorescência. A – Grupo Controle – não irradiado, B – 6 J/cm2 24h, C – 6 J/cm2 48h, D – 6 J/cm2 72h. Seta – distribuição de RE; Estrela – Citoesqueleto.

Nos grupos irradiados com laser 6 J/cm2, nos tempos de 24 e 48

horas (Fig. 3 B, C - seta), observou-se um aumento significativo na distribuição do

RE no citoplasma, com maior número de vesículas e intensa marcação, quando

comparado com o grupo controle no qual foi observado um número reduzido de

vesículas. Quanto ao grupo irradiado com laser 6 J/cm2, no tempo 72 horas (Fig. 3

D), observou-se uma diminuição na atividade reticular, quando comparado aos

grupos 24 e 48 horas. Diante destes resultados, infere-se que a intensidade da

fluorescência para todas as células irradiadas foi maior em relação às células não

irradiadas, indicando um aumento na síntese proteica. Em relação ao citoesqueleto,

nos grupos irradiados com laser 6 J/cm2, nos tempos 24 e 48 horas (Fig. 3 B, C -

estrela), observou-se uma maior distribuição e organização dos filamentos actina em

toda célula, caracterizando um evidente efeito biomodulatório do laser, induzindo

assim a remodelagem celular quando comparado ao grupo controle não irradiado

(Fig. 3 A).

A

C D

B A

C D

B

Page 40: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

39

Em relação à expressão gênica dos genes VEGF e IL-6 foi possível

encontrar diferença estatisticamente significante no grupo irradiado em relação ao

grupo controle. Nos transcritos do gene VEGF apresentou-se um aumento de 1,82

enquanto que nos transcritos do gene IL-6 foi observado diminuição de 36,75 como

demonstrado na figura 3, ambos para as células irradiadas com dose de 6 J/cm2 no

tempo 48h em comparação com o G1 – controle.

Figura 4: Gráfico da expressão dos genes VEGF e IL-6.

DISCUSSÃO

A TLBP em cultura celular é amplamente utilizada como recurso

biomodulatório, uma vez que dentre os seus principais efeitos destacam-se a

cicatrização de feridas e o favorecimento das reações celulares [18].

Almeida-Lopes, et al., (2001) [19] relatam que a principal vantagem

dos estudos in vitro é o fato desse tipo de estudo poder isolar uma parte específica

do processo. Assim sendo, a linhagem celular L929 favorece os estudos in vitro por

ser uma célula de fácil cultivo e por ter seus padrões fisiológicos bem conhecidos

[11].

Como mencionado anteriormente, a eficácia da TLBP depende da

combinação de vários parâmetros ideais, como o comprimento de onda, potência do

equipamento, tempo e densidade de energia; dessa forma os estudos variam na

busca dessa combinação ideal como, por exemplo, o estudo de Almeida-Lopes, et

al., (2001) [19] que verificou a proliferação celular usando diferentes comprimentos

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

VEGF IL-6

VEGF

IL-6

*

*

Page 41: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

40

de onda (λ 670 - 786 nm) e intensidade constante de 2 J/cm2, ou o estudo de

Kreisler, et al., (2002) [5], que encontrou aumento da atividade celular ao usar

mesmo comprimento de onda e potência (λ 809 nm / 10mW) porém com densidade

variando de 1,96 a 7,84 J/cm2. Azevedo, et al., (2006) [20], por sua vez, indicam que

densidades de energia entre 2 e 4 J/cm2 apresentam maior efetividade em relação

ao crescimento celular.

Frigo, et al., (2010) [21] afirmam que a literatura ainda não é

unânime em relação aos parâmetros da TLBP para a estimulação da proliferação

celular, porém estudos anteriores referem que o comprimento de onda na faixa do

vermelho (630 – 730 nm) com variação entre 2 a 6 J/cm2 apresentam melhores

resultados na estimulação da proliferação celular e consequentemente favorecem a

cicatrização tecidual [9,18,21].

No presente estudo, de acordo com os resultados encontrados, não

foi identificado diferença estatisticamente significante entre as doses de 4 e 6 J/cm2,

porém, clinicamente pode-se inferir que a dose 6 J/cm2 se destaca na estimulação

da proliferação celular, principalmente no tempo 48h. Semelhante a esse resultado,

Ferriello, Faria e Cavalcanti (2010) [18], que ao utilizarem comprimento de onda de

680 nm, dose de 4 J/cm2 e linhagem celular L929 também obtiveram curva de

crescimento sem diferença estatística (p = 0,107), porém apresentando crescimento

em valores absolutos no grupo tratado em relação ao controle.

O estudo desenvolvido por Kim, et al., (2015) [22] analisou a

proliferação celular com células das linhagens L929 e HGF-1 submetidos a TLBP,

com laser de comprimento de onda de 660 nm, potência de 2,5; 5,5 e 8,5 mW/cm2, e

tempo de exposição de 5, 10 e 15 min. Após 24h de irradiação foi identificado que

para os dois tipos de células irradiadas houve aumento significativo na proliferação

celular (p < 0,01), sendo que para as células HGF-1 a melhor dose correspondeu a

2,55 J/cm2 e para as células L929 a melhor dose correspondeu a 6,6 J/cm2

confirmando os achados do presente estudo.

Damante, et al., (2010) [9] se contrapõem aos resultados aqui

expostos ao utilizarem lasers de comprimento de onda 660 e 780 nm em cultura

celular de fibroblastos de gengiva humana com doses de 3 e 5 J/cm2 para avaliar os

efeitos da TLBP na produção de fator de crescimento de queratinócitos (KGF) e fator

de crescimento de fibroblastos (bFGF); e encontrar diferença estatisticamente

significante (p < 0,01) apenas no grupo tratado com laser λ = 780 nm, tanto para a

Page 42: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

41

produção de KGF quanto de bFGF.

Estudos in vivo também comprovaram a eficácia da TLBP utilizando

lasers na faixa do vermelho (660 e 632 nm) e doses variando de 4 a 10 J/cm2 em

lesões cutâneas produzidas em ratos [23,24]. Porém com relevância clínica e

terapêutica, encontra-se o estudo de Fabre, et al., (2015) [25] através da aplicação

da TLBP (λ = 660 nm e 5 J/cm2) em sítio pós cirúrgico de retirada do 3° molar. Após

7 dias não foi encontrado diferença estatisticamente significante em relação à dor,

edema e trismo do grupo tratado em relação ao controle, porém, melhores

condições foram encontradas no grupo tratado após 24h.

A combinação dos parâmetros físicos que regulam o laser pode não

ser o único fator envolvido nos efeitos produzidos pela TLBP; o estado fisiológico na

célula no momento da irradiação também interfere nos resultados ao estimular

reações que são citotóxicas, estimulando a síntese de proteinas em concentrações

mais baixas [21,26].

Os resultados obtidos neste trabalho através da MF corroboram com

os achados de Pires-Oliveira, et al., (2010) [27] e Carnevalli, et al., (2003) [28]. Pires-

Oliveira, et al., (2010) [27] usaram mesma linhagem celular (L929), comprimento de

onda de 904 nm e intensidades de 50 mJ e 6 J/cm2 e observaram biomodulação

positiva com maior distribuição de RE pelo citoplasma, aumento da fluorescência

nas células irradiadas e melhor distribuição e organização dos filamentos de actina

por todo o citoplasma quando comparado com o grupo controle. Carnevalli, et al.,

(2003) [28] por sua vez utilizaram fibroblastos da linhagem celular CHO-K1, laser

com comprimento de onda de 830 nm e 2 J/cm2 de intensidade e também

observaram efeito biomodulatórios significativo em relação ao citoesqueleto com

perfeita distribuição pelo citoplasma e despolarização dos filamentos intermediários

caracterizando o início da divisão celular.

Com relação à inflamação, a mesma caracteriza-se como um

mecanismo patológico básico presente em uma grande variedade de doenças [29], e

durante esse processo destaca-se a formação do tecido de granulação e matriz

extracelular, a angiogênese e a inflamação, sendo que os fatores de crescimento e

as citocinas não somente controlam esse processo como também influenciam a

expressão dos genes envolvidos na migração, diferenciação e proliferação celular

[11].

Porém, estudos de Esmaeelinejad e Bayat, (2013) [12] referem que

Page 43: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

42

ainda existe conflito na literatura ao interpretar os resultados da expressão do gene

IL-6, pois essa citocina é usada também como medida de proliferação celular e

dessa forma não poderia ser avaliada sozinha. Dessa forma, um aumento da

expressão da IL-6 pode significar tanto um aumento na proliferação celular quanto

um aumento no processo inflamatório.

No presente estudo foi encontrado inibição significativa (p < 0,01) na

expressão do gene IL-6 no grupo irradiado com 6 J/cm2 em relação ao controle, indo

ao encontro com os resultados de Houreld e Abrahamse, (2014) [11] que utilizando

laser de mesmo comprimento de onda (λ = 660 nm) e dose de 5 J/cm2, encontraram

inibição significativa na expressão do gene IL-6 em fibroblastos de pele humana

(WS1) em relação ao controle. Enquanto que Esmaeelinejad e Bayat, (2013) [12]

identificaram estimulação na expressão da IL-6 após TLBP (λ = 632,8 nm / 0,5; 1 e 2

J/cm2) em fibroblastos de pele humana cultivados em meio com alta glicose (15

mM/L).

Estudos in vivo também demonstram inibição significativa (p < 0,01)

na expressão da IL-6 quando submetidas à TLBP com comprimento de onda de 660

e 684 nm e doses de 3 e 7,5 Jcm/2 respectivamente [30,29].

Sendo assim, o reparo tecidual inclui uma resposta angiogênica

fundamental para proporcionar nutrientes para o tecido lesado e a formação do

tecido de granulação, destacando-se o VEGF como um importante mediador

envolvido nesse processo [31]. Segundo Cury, et al., (2013) [31] o processo de

angiogénese inicia-se com a ativação de células endoteliais, acompanhado por

proteólise da membrana basal, possibilitando a formação de rebento abluminal,

proliferação celular e a formação e crescimento dos novos vasos; diante este

processo, o passo crucial de degradação da matriz extracelular (ECM) é feito por

metaloproteinases de matriz (MMPs). Sendo essas enzimas produzidas por vários

tipos celulares, elencando os fibroblastos, células epiteliais, lisas musculares,

endoteliais e células inflamatórias. Diante do fato, podemos destacar que a atividade

das MMP é necessária para degradação da membrana basal vascular e a

remodelação de ECM, estimulando assim a migração de células endoteliais durante

a angiogénese, seguindo o proposito. Estes mesmos autores confirmam o

processo, a partir um experimento in vivo comparando o tratamento de dois

comprimentos de onda (λ = 660 e 780 nm) em lesões induzidas em ratos, utilizando

doses de 30 e 40 J/cm2 para cada comprimento de onda, e encontraram aumento

Page 44: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

43

significativo no número de novos vasos sanguíneos formados e também aumento na

expressão do VEGF quando comparado o grupo não irradiado com os demais

grupos irradiados.

Resultados semelhantes foram encontrados por Chiarotto, et al.,

(2014) [13], quando, ao compararem dois comprimento de onda (λ = 660 e 830 nm)

e doses de 4,93 e 4,48 J/cm2, constataram que ambos os comprimentos de onda

aumentam significativamente a expressão do gene VEGF e a proliferação de novos

vasos sanguíneos e fibroblastos em relação ao controle não irradiado e sem

diferença significante entre os grupos tratados. Portanto, os dados obtidos nessa

pesquisa são também positivos ao apresentar aumento significativo (p< 0,01) na

expressão do gene VEGF no grupo tratado com 6 J/cm2 após 48h de irradiação em

relação ao controle não irradiado.

Para tanto, pode-se determinar que a TLBP é uma técnica relevante

e não invasiva, com grande efeito positivo nos processos inflamatórios, cicatriciais e

analgésicos [32], tornando-se dessa forma alvo de muitos estudiosos para a

definição dos parâmetros ideais de estimulação, uma vez que a magnitude dos

efeitos fotobiomodulatórios do laser dependem do estado fisiológico da célula no

momento da irradiação, confirmando assim os mecanismos moleculares ativados

[24].

CONCLUSÃO

Conclui-se que a Terapia Laser de Baixa Potência apresenta efeitos

significativos na radiação de fibroblastos em cultivo, onde se verifica um aumento da

atividade fibroblástica nas primeiras 24 e 48 horas, aumento da atividade reticular e

melhor organização e distribuição do citoesqueleto no citoplasma. Dessa forma,

pode-se inferir que a dose de 6 J/cm2 no tempo 48h se mostrou mais eficaz quando

analisado o comportamento dos genes IL-6 e VEGF, onde observa-se a expressão

aumentada secreção de VEGF e diminuição da secreção do IL-6, vindo ao encontro

com as primeiras fases do reparo tecidual, confirmando assim o efeito

fotobiomodulador e indicando sua relevância clínica para o tratamento de lesões

teciduais.

Page 45: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

44

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o apoio financeiro da Fundação Nacional de

Desenvolvimento do Ensino Superior Particular (FANADESP) e Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Page 48: avaliação de células fibroblásticas submetidas à terapia laser de

47

5 CONCLUSÃO GERAL

A Terapia Laser de Baixa Potência tem sido amplamente utilizada

ao longo dos anos na prática clínica para acelerar a proliferação celular, diminuir a

dor e atuar nos processos inflamatórios. Os resultados demonstrados neste trabalho

confirmam a condição de interdependência dos diversos parâmetros que regulam o

laser bem como os efeitos biomodulatórios previamente relatados na literatura

através do aumento da atividade fibroblástica, principalmente no tempo 48h e

densidade de energia de 6 J/cm2; aumento da atividade reticular e melhor

organização e distribuição do citoesqueleto no citoplasma. Pode-se inferir também

que a mesma dose e tempo (6 J/cm2 / 48h) se mostraram mais eficazes quando

analisada a expressão dos genes IL-6 e VEGF, vindo ao encontro com as primeiras

fases do reparo tecidual, confirmando assim o efeito fotobiomodulador. Ainda que

estatisticamente a proliferação celular não tenha apresentado resultados

significativos, os achados confirmam a eficiência da Terapia Laser de Baixa Potência

para a prática clínica por ter alcançado, em números absolutos, o maior crescimento

celular levando assim a formação de um tecido mais forte e resistente.

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48

6 REFERÊNCIAS

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52

ANEXOS

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ANEXO A - NORMAS DE FORMATAÇÃO DO PERIÓDICO LASERS IN MEDICAL SCIENCE

Diretrizes para Autores

JLMS publica artigos originais, Artigos de Revisão, Relatos de Casos e breves

relatórios, séries de casos ensaio fotográfico, Cartas ao Editor e comentários nos

campos de laser ou luzes em qualquer campo da medicina, além de artigos técnicos

sobre: O desenvolvimento de novas dispositivos de laser e luz não-laser, sistemas

de fornecimento de luz, sensores para monitorar os efeitos de laser, interações

básicas lasers de tecidos e modelagem de interações de tecidos laser.

■ Tipo de artigos

Artigos Originais: Deve conter página título, resumo, palavras-chave, introdução,

materiais e métodos, resultados, discussão, reconhecimento, referências, tabelas e

figuras. O comprimento do texto deve ser limitado a 4500 palavras, excluindo as

referências.

Artigos de Revisão: Deve ser solicitado pelo editor, mas J Med Sci Lasers também

aceitará comentários apresentados. Os autores de artigos de revisão são

convidados a contactar o Gabinete Editorial antes de preparar um artigo de

revisão. Ambos solicitados e artigos de revisão não solicitadas são submetidos a

revisão editorial, como os papéis originais. Este tipo de artigos devem ser limitados a

5000 palavras.

Relatos de Casos e Relatórios Breves: Não deve exceder 2000 palavras. Ambos

devem incluir resumo, palavras-chave, caso apresentação, discussão,

reconhecimento, referências e 1 a 4 números. Documentações necessárias do caso

(s) como relatórios de testes de patologia e laboratório deve ser incluído no pacote

de submissão. Breves relatos não deve ter mais do que uma figura e / ou tabela.

Caso Series: Ele está incluído todos os relatórios sobre o tratamento especial e

novo procedimento em alguns casos limitados, com bons resultados, mas não

confirmada ainda internacionalmente como uma opção global. Deve ser limitados a

2500 palavras.

Ensaio fotográfico: É um artigo do tipo questionário que deverá ser apresentado por

uma imagem de alta qualidade, uma breve história sobre a imagem e uma pergunta

sobre a melhor modalidade de intervenção. Deve ser limitados a 2500 palavras.

Cartas ao Editor: J Med Sci Lasers aceita cartas ao editor. Letters, a menos de 500

palavras, deve discutir os artigos publicados na revista durante os seis meses

anteriores. Cartas serão sujeitos a processamento peer-review e serão editadas

para melhor compreensão.

Comentário: J Med Sci Lasers aceita o comentário (s) dos peritos na forma de

comentário Carta não mais do que 1000 palavras.

■ Apresentação

A submissão de manuscritos para a J Med Sci Laser só é possível através do

Jornal Submissão de trabalhos on-line página. O manuscrito deve ser

acompanhado por uma carta de apresentação para o Editor-in-Chief, incluindo título

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54

e autor (s) nome e compromisso de que não foi publicado ou apresentado em outros

lugares. No caso de o manuscrito foi anteriormente submetido a algumas outras

revistas e foi rejeitado, os autores devem fornecer informações completas para uma

análise apropriada. O manuscrito deve ser digitado como um documento do

Microsoft Word em espaço duplo na página A-4 tamanho configurado com margens

claras de ambos os lados. Mesas, bem como ilustrações devem ser digitados e

empatou no final do manuscrito, após as referências. Não submeta tabelas como

fotografias. Todos os documentos de texto devem ser enviados em formato

Microsoft Word como um anexo. As figuras devem ser enviadas em formato JPEG

ou GIF de que irá produzir imagens de alta qualidade na edição online da revista.

A Página do Título: O título completo do manuscrito, o nome de todos os autores

com suas mais altas qualificações, o departamento ou instituição à qual estão

ligados, endereço para correspondência com números de telefone, e-mail e número

de fax.

O Abstract: Todos os artigos originais devem acompanhar um resumo estruturado

de até 350 palavras. Deve ser estruturado como o fundo, Métodos, Resultados e

Conclusão seguidos de 3 a 5 palavras-chave. Palavras-chave ajudará os

indexadores na indexação cruzada do artigo que são publicados com abstrato. Use

termos do Medical Subject Headings lista (MeSH) do Index Medicus. Autores

precisa ter cuidado para que o resumo reflete o conteúdo do artigo com precisão.

Introdução: Este deve resumir o propósito e as razões para o estudo. Ele nem

deve rever o assunto extensivamente nem deve ter dados ou conclusões do estudo.

Métodos: Deve incluir método exato ou observação ou experiência. Se um

aparelho é Instruções para Authors Instructions para Authors VII Jornal de Lasers

em Ciências Médicas Volume 2 Número 4 Autumn 2011used, nome e endereço do

seu fabricante deve ser dada entre parênteses. Por favor, note que para qualquer

artigo que trata com detalhes a laser, tais como tipo de laser, energia, duração do

pulso e do tamanho do ponto deve ser mencionado com precisão. Se o método for

estabelecida, dar referência, mas se o método é novo, dá informação suficiente para

que um outro autor ser capaz de executá-lo. Se um fármaco é utilizado, o seu nome

genérico, a dose e a via de administração deve ser determinado. Para os pacientes,

idade, deve ser dada sexo, com idade média ± desvio padrão. Método estatístico

deve ser mencionado e especificar qualquer software de computador usado.

Resultados: Ele deve ser apresentado sob a forma de texto, tabelas e

ilustrações. Os conteúdos das tabelas não devem ser todos repetidos no texto. Em

vez disso, pode ser dada uma referência para o número da tabela. Artigos longos

podem necessitar de subtítulos em algumas seções (especialmente Resultados e

peças Discussão) para esclarecer seu conteúdo.

Discussão: Este deve enfatizar os resultados atuais e as variações ou

semelhanças com outro trabalho feito no campo por outros trabalhadores. Os

aspectos novos e importantes do estudo e as conclusões que deles derivam. Deve

ser indicado se a hipótese de que trata o artigo é verdadeiro, falso ou nenhuma

conclusão pode ser derivada.

Aviso: Todos os contribuintes que não cumpram os critérios de autoria devem

ser abordados na seção reconhecimento. Ele deve incluir as pessoas que

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55

prestaram ajuda técnica, escrita assistência e chefe de departamento que só tem

prestado um apoio geral. Apoio financeiro e material também deve ser reconhecido.

Tabelas: em números limitados deve ser apresentado juntamente com as

lendas colocados acima. Não submeta tabelas como fotografia. Coloque questões

explicativas em notas de rodapé, não no título.

Figuras: Deve ser em número limitado, com obras de arte de alta qualidade e

montado em páginas separadas. As legendas devem ser colocadas abaixo. Os

mesmos dados não devem ser apresentados em tabelas, figuras e texto,

simultaneamente.

Referências: Todos os artigos deverão ser acompanhados de referências

relevantes. O autor deve assegurar referência a estudos publicados localmente,

fazendo boa pesquisa de literatura. Pode não ser possível para o editor e revisores

para verificar a exatidão de todas as citações de referência. Para minimizar tais erros

autor deve conferir as referências com os documentos originais. A referência deve

fornecer as seguintes informações como indicado nos modelos apresentados da

seguinte forma:

1. • Artigo: Tallab TM, Bahamdam KA, Mirdad S, et al. A leishmaniose

cutânea: Calendário para o tratamento intralesional com estibogluconato de

sódio. Int J Dermatol 1996; 35: 594-7.

2. • Capítulo: Bigby M. A hierarquia de provas. In: Williams HC, Bigby M,

Diepgen T, et al. (Eds). Baseada em evidências dermatologia. Oxford: BMJ

Publishing Group; 2003. 44-8.

3. • Livro: Norman IJ, Redfern SJ (Eds). Cuidados de saúde mental para

pessoas idosas. New York: Churchill Livingstone, 1996.

Abreviaturas e símbolos: Usar somente abreviaturas padronizadas. Evite usá-los no

título e resumo. O prazo total para a qual uma abreviatura deve preceder seu

primeiro uso no texto a menos que seja uma unidade padrão de medição.

■ O autor correspondente

O autor correspondente deve ser a pessoa que está disposta e capaz de lidar com

toda a correspondência com o editor da revista, inclusive respondendo aos

comentários dos revisores e revisão da versão final.

■ Diretrizes Éticas

Considerações éticas devem ser abordadas na seção Materiais e Métodos.

1. • Por favor, indique que o consentimento informado foi obtido de todos os

participantes adultos humanos e dos pais ou responsáveis legais de

menores. Inclua o nome do conselho de revisão institucional adequado que

aprovou o projeto.

2. • Indicar no texto que a manutenção e tratamento dos animais experimentais

em conformidade com Institutos Nacionais de Saúde diretrizes para o uso

humano dos animais de laboratório, ou aqueles de seu instituto ou agência.

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56

■ Conflitos de Interesses

Os autores devem reconhecer e declarar as eventuais fontes de financiamento e

conflito de interesses potencial, tais como receber fundos ou taxas por, ou

segurando ações e ações em, uma organização que pode lucrar ou perder através

da publicação de seu papel. Declarando um interesse competindo não vai levar a

rejeição automática do papel, mas nós gostaríamos de ser informados sobre ele.

■ Página Encargos

Não há taxa adicional para a publicação neste Jornal.

■ Processo de Avaliação

Todos os manuscritos são considerados confidenciais. Eles são peer-reviewed por

pelo menos 2 revisores anônimos selecionados pelo Conselho Editorial. O autor

correspondente será notificado o mais rapidamente possível da decisão editor para

aceitar, rejeitar ou exigir modificações. Se o manuscrito é completamente aceitável

de acordo com os critérios estabelecidos nestas instruções, que está prevista para o

próximo número disponível.

Apresentação Preparação Checklist

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a

conformidade da submissão com todos os itens a seguir, e as submissões podem

ser devolvidos aos autores que não aderem a estas orientações.

1. A apresentação não foi publicado anteriormente, nem é antes por outra

revista (ou uma explicação foi fornecida Comentários ao Editor).

2. Os arquivos para submissão estão em formato documento do WordPerfect

Microsoft Word, RTF, ou.

3. Os autores devem garantir que, antes de submeter o manuscrito para

publicação, eles têm tido o cuidado de o seguinte: Página de título deve

conter título, nome do autor / co-autores, as suas qualificações, designação e

instituições que são filiados com e endereço para correspondência para o

futuro correspondência, endereço de e-mail e telefone e número de fax.

4. Resumo em formato estruturado de até 350 palavras.

5. Referências mencionado como indicado na Instrução para a seção Autores.

6. Quando disponíveis, foram fornecidos URLs para as referências.

7. O texto está em espaço simples; usa uma fonte de 12 pontos; emprega itálico

ao invés de sublinhar (exceto em endereços URL); e com figuras e tabelas

são colocados dentro do texto nos pontos apropriados, em vez de no final.

8. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos

em Diretrizes para Autores, que está na seção Sobre a Revista.

9. Certifique-se de posições de tabelas, seus números e legendas das

ilustrações. Não repita as informações em tabelas se estiver coberto no texto.

10. Fotografias / ilustrações junto com suas legendas.

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11. Divulgação sobre fonte de financiamento e conflito de interesses se algum

além de aprovação do estudo pelo Comitê de Ética respectivo / Instituição

Review Board.

12. Carta de apresentação.

Aviso de direitos autorais

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

uma. Direitos autorais

Após a publicação, cada autor concorda que a "aplicação de laser na Medical

Sciences Research Center" é proprietário dos direitos autorais do material publicado

no "Journal of Lasers em Ciências Médicas". Os usuários são livres para copiar,

distribuir e exibir o trabalho; para fazer qualquer uso não comercial razoável da obra,

sujeito a devida atribuição de autoria e propriedade dos direitos. Os autores podem

usar seu material em apresentações e publicações posteriores que escrevem ou

editar-se, desde que "Journal of Lasers em Ciências Médicas" é notificado por

escrito e é reconhecida como a publicação original.

b. Declaração de Autoria

Esta declaração reconhece que cada autor abaixo-assinado, deu um contributo

substancial para o manuscrito e está disposta a assumir responsabilidade pública

pelo seu conteúdo. Autor (es) atestam que todas as pessoas designadas como

autores qualificadas para a autoria e todos aqueles que se qualificam são listados. O

autor correspondente assume a responsabilidade pela integridade do trabalho como

um todo, desde o início do artigo publicado. "Jornal de Lasers em Ciências Médicas"

segue a mais recente definição fornecida pelos Requisitos Uniformes para

Manuscritos Submetidos a Revistas Biomédicas listados abaixo: "O crédito de

autoria deve ser baseado em:

1. Contribuições substanciais para a concepção e desenho, ou a aquisição de

dados, ou análise e interpretação dos dados;

2. Elaboração do artigo ou revisão crítica do conteúdo intelectual;

3. A aprovação final da versão a ser publicada. Os autores devem atender às

condições 1, 2 e 3. "

Todos os outros que contribuíram para o trabalho, mas não são autores (se houver)

são citadas nos Agradecimentos do manuscrito.

c. Conflito de interesses e apoios financeiros

Autor (es) garante que quaisquer interesses financeiros, directos ou indirectos, que

existem ou podem ser percebidos a existir para contribuintes individuais em relação

a este manuscrito foram divulgados na carta de apresentação. Além disso, fontes de

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apoio financeiro do projeto são nomeados na carta de apresentação, bem como dos

Agradecimentos.

d. Requisitos éticos

Autor (es) aqui atestar que todos os estudos em humanos e / ou animais realizados

como parte da investigação de que este manuscrito é derivado, estão em

conformidade com os regulamentos de sua instituição (s) e orientações gerais que

regem esse trabalho. Autor (es) garante que este manuscrito contém nenhuma

violação de qualquer direito autoral existente ou outro direito de terceiros ou

qualquer material de uma obsceno, indecente, difamatório, ou não carácter ilegal e

que o melhor de seu conhecimento do manuscrito não viola os direitos de

outros. Publicações anteriores. Autor (es) certifica que nem este manuscrito nem

outro com conteúdo substancialmente similar sob sua autoria foi publicado ou está

sendo considerado para publicação em outro lugar em qualquer idioma (nem local,

nem revistas internacionais), exceto conforme descrito na carta de apresentação. O

autor abaixo-assinado (s) leu o texto acima e as Instruções aos Autores de "Journal

of Lasers em Ciências Médicas" e aqui cumprir as instruções.

Se este manuscrito não é publicado no imprimir ou versões eletrônicas de "Journal

of Lasers em Ciências Médicas" no prazo de 12 meses após a aceitação (ou

conforme acordado), este acordo será automaticamente rescindido.

Declaração de privacidade

Nós tratamos as informações dos nossos leitores como privadas e confidenciais, e

não vamos divulgar os seus dados a terceiros.Os nomes e endereços informados

nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta

publicação, não sendo disponibilizados para qualquer outra finalidade ou a qualquer

outra parte.

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ANEXO B - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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