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E D U C A R P R A V A L E R 2 0 1 8
R E V I S T A D A E S C O L A
L Í N G U A P O R T U G U E S A
P r o g r a m a E d u c a r p r a V a l e r
2 0 1 8
Revista da EscolaLíngua Portuguesa
FICHA CATALOGRÁFICA
ONG Associação Bem Comum.
Programa Educar pra Valer – 2018/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
V. 1 (2018), Juiz de Fora – Anual
Conteúdo: Revista da Escola – Língua Portuguesa
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
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8
9
2 6
4 8
6 4
Apresentação
Resultados da escola
Itinerário de apropriação dos resultados
Avaliação somativa
Padrões de desempenho e itens
Anexos
S U M Á R I O
Objetivos gerais da Revista da Escola
– Orientar a leitura, a apropriação e a
util ização dos resultados da escola nos
testes de Língua Portuguesa aplicados
no âmbito do Educar pra Valer 2018.
– Contribuir para a reflexão sobre o uso
dos resultados de Língua Portuguesa na
avaliação externa.
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
6
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Olá, educador(a)!
Apresentamos a você a Revista da Escola do Programa Educar pra Valer (EpV) 2018.
Esta publicação tem como objetivo principal orientar a leitura, a apropriação e a utili-
zação dos resultados da sua escola na avaliação de Língua Portuguesa do Educar pra
Valer 2018 apresentados no portal do programa. Para que esses resultados adquiram
significado em sua atuação profissional, disponibilizamos, nas seções que compõem
esta edição, conteúdos que visam a auxiliá-lo(a) na compreensão dos indicadores
apresentados e nas possibilidades de uso que oferecem.
Uma sugestão de itinerário que contribuirá para a leitura, a apropriação e o uso dos
resultados da avaliação abre esta edição. Para tanto, esse itinerário está organizado
em três etapas, de modo a proporcionar um percurso que vai da leitura e do conheci-
mento dos indicadores apresentados, passando pela análise desses indicadores, até
a apresentação de sugestões de como utilizá-los na prática pedagógica, subsidiando
a formulação de estratégias direcionadas à melhoria do desempenho dos estudantes.
A seção seguinte consiste em um relato de experiência do uso pedagógico dos re-
sultados da avaliação educacional em larga escala. Especificamente no relato apre-
sentado, discute-se sobre habilidades desenvolvidas e, em especial, as que ainda
estão por se desenvolver à época da avaliação, considerando sua evolução durante
a trajetória escolar dos estudantes.
Desejamos que esta publicação seja útil ao seu trabalho cotidiano, colaborando para
o redirecionamento das ações pedagógicas e de gestão, com vistas ao pleno desen-
volvimento dos estudantes. Se esse objetivo for alcançado, teremos cumprido nossa
tarefa enquanto educadores: garantir aos nossos estudantes o direito de aprender.
Bom trabalho!
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E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
O acesso aos resultados da sua escola nos
testes de Língua Portuguesa do Educar pra
Valer 2018, em cada etapa de escolaridade
avaliada, deve ser realizado no menu
Resultados , disponível no ambiente restrito do
portal.
Clique nos l inks abaixo para acessar o ambiente
restrito:
E S C O L A A L U N O
As informações apresentadas no link Escola corres-
pondem à participação e ao desempenho dos estu-
dantes nos testes. Observe, em primeiro lugar, a pro-
ficiência média alcançada pelos estudantes em seu
município e sua escola. Em seguida, confira as infor-
mações referentes à participação dos estudantes na
avaliação: número previsto e número efetivo de estu-
dantes, bem como o percentual total de participação.
Na sequência, é possível verificar a distribuição dos
estudantes por padrão de desempenho.
Os resultados das turmas e dos alunos também po-
dem ser consultados no menu Resultados, por meio
do link Aluno. Selecionando a turma desejada, você
poderá conferir os resultados de cada aluno: per-
centual de acerto por descritor e percentual total de
acerto no teste, além da categoria de desempenho,
da proficiência e do padrão de desempenho alcan-
çados pelo estudante.
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
8
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
A p r e s e n t a ç ã o
Objetivos específicos desta seção
– Orientar a leitura, a interpretação, a
análise e o uso dos resultados de Língua
Portuguesa do Educar pra Valer 2018.
– Contribuir para a construção de um
plano de intervenção pedagógica com
base nos resultados da avaliação.
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
9
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Leitura e interpretação dos
indicadores
1 ª E T A P A
D i v u l g a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
nesta seção, é proposto um itinerário
que orientará a leitura, a interpretação e
o uso dos resultados alcançados pelos
estudantes da sua escola nos testes de
Língua Portuguesa do Educar pra Valer
2018.
O objetivo desta proposta é a construção
de um plano de intervenção pedagógica,
com vistas ao aprimoramento das
práticas pedagógicas e à garantia dos
direitos de aprendizagem dos estudantes.
Três etapas compõem este itinerário e, em
cada uma delas, há tarefas importantes a
serem realizadas, a fim de que você possa
se apropriar das informações produzidas
pela avaliação em larga escala.
RERS
RS
RE . Revista da Escola
. Revista do Sistema
1 0
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
A c o m p a n h a m e n t o e a v a l i a ç ã o d a s a ç õ e s d e i n t e r v e n ç ã o p e d a g ó g i c a
Análise dos resultados da escola
2 ª E T A P A Possibilidades de uso dos resultados (plano de intervenção pedagógica)
3 ª E T A P A
1 1
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
1 ª E T A P A
Leitura e interpretação dos indicadores apresentados
Para dar início ao itinerário de apropriação e uso dos resultados da
avaliação externa, é preciso entender o significado dos indicadores
que constituem esses resultados. Esse é o objetivo da primeira eta-
pa deste percurso: conhecer e compreender os principais indicado-
res dos resultados da sua escola na avaliação.
P a r t i c i p a ç ã o
Percentual de participação%
Nº previsto de estudantes
Nº efetivo de estudantes
D e s e m p e n h o
XXX,X Proficiência média
Distribuição dos estudantes por
padrão de desempenho
Percentual de acerto por descritor% D01
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R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Os indicadores de participação e de desempenho da sua escola
divulgados no portal do programa devem ser lidos, inicialmente,
considerando sua caracterização, apresentada a seguir.
P a r a d a 1 - P a r t i c i p a ç ã o
Esse indicador é essencial, uma vez que, por se tratar de avalia-
ção censitária, quanto maior a participação dos estudantes, mais
fidedignos são os resultados dos testes cognitivos. Isso significa di-
zer que é possível generalizar os resultados quando a participação
efetiva for igual ou superior a 80% do total de alunos previstos para
realizar a avaliação. Entretanto, esse percentual é o mínimo para
que se possa generalizar os dados produzidos pela avaliação ex-
terna. É muito importante que a escola se empenhe para que todos
os alunos sejam avaliados, alcançando 100% de participação.
1. ProficiênciaMédia
2. Participação(número de alunos)
3. Evolução do Percentual de Alunospor Padrão de Desempenho
SPAECE 2017
Ceará
Escola
REDE ESTADUAL - REGULAR
Os resultados desta escola
Previsto
Efetivo
Percentual
Escola:
Município:
CREDE:
Previsto
Efetivo
Percentual
CREDE
Previsto
Efetivo
Percentual
Muito Crítico
Crítico
Intermediário
Adequado
270,7
2016 264.6 19,6 38,2 32,7 9,5
2017 273.4 14,8 35,7 36,3 13,2
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
2017 265.9 19,8 35,7 34,3 10,1
2018 313,4 16,0 33,6 37,5 12,9
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
93,7
86996
92825
272,8
LÍNGUA PORTUGUESA3ª SÉRIE EM
273,4
2139
97,2
2079
2016 265.2 16,1 44,3 33,3 6,3
2017 270.7 15,4 36,9 37,3 10,4
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
98,0
241
246
CANINDEITATIRA
EEM NAZARE GUERRA
Número de estudantes previstos
para realizar a avaliação
Número de estudantes que de fato
realizaram a avaliação
Percentual de participação dos
estudantes na avaliação
Confira, nos resultados da sua escola, os dados de participação
dos estudantes na avaliação desta disciplina
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E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
P r o f i c i ê n c i a
Saberes estimados a partir
das tarefas que o estudante
é capaz de realizar na reso-
lução dos itens do teste
P a r a d a 2 – D e s e m p e n h o
Os indicadores de desempenho obtidos por meio da Teoria da Res-
posta ao Item (TRI) e da Teoria Clássica dos Testes (TCT), divulgados
no portal do programa, são:
I . P r o f i c i ê n c i a m é d i a
A proficiência média da escola corresponde à média aritmética das
proficiências dos estudantes, em cada disciplina e etapa avaliadas.
T R I T C T
P r o f i c i ê n c i a m é d i a
P e r c e n t u a l d e a c e r t o p o r d e s c r i t o r
D i s t r i b u i ç ã o d o s e s t u d a n t e s p o r p a d r ã o d e d e s e m p e n h o
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R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
191,2 260,6 374,5 427,8
313,5
Este indicador contribui para o monitoramento da qualidade da
educação ofertada pela escola, especialmente quando se observa
sua evolução entre ciclos de avaliação sucessivos.
Previsto
Efetivo
Percentual
1. ProficiênciaMédia
2. Participação(número de alunos)
3. Evolução do Percentual de Alunospor Padrão de Desempenho
SPAECE 2017
Ceará
Escola
REDE MUNICIPAL - REGULAR
Os resultados desta escola
Previsto
Efetivo
Percentual
Escola:
Município:
CREDE:
Município
Previsto
Efetivo
Percentual
Muito Crítico
Crítico
Intermediário
Adequado
212,0
219,117344
103,1
17874
2015 218.9 18,0 44,0 38,0
2016 219.6 15,4 42,3 42,3
2017 212.0 4,1 18,9 37,8 39,2
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
101,4
74
73
2015 203.7 2,2 23,5 44,1 30,2
2016 214.4 1,5 17,3 41,9 39,3
2017 219.1 1,9 16,3 36,3 45,5
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
2016 210.9 2,2 21,6 38,9 37,3
2017 214.4 2,1 18,8 39,2 39,9
2018 225.3 2,2 16,3 31,1 50,4
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
101,8
103697
101869
225,3
LÍNGUA PORTUGUESA5º Ano do Ensino Fundamental
FORTALEZAFORTALEZA
ESCOLA MUNICIPAL ALMERINDA DE ALBUQUERQUE
Para entender a relação entre a proficiência e o desempenho dos estu-
dantes, é importante observar essa proficiência na escala de proficiência.
1 5
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
A escala de proficiência do 5º ano do Ensino Fundamental no Educar pra
Valer é a mesma utilizada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica
(Saeb), cuja variação vai de 0 a 500 pontos. Essa escala é dividida em
intervalos de 25 pontos, chamados de níveis de desempenho. Com base
nas expectativas de aprendizagem para cada etapa de escolaridade e
nas projeções educacionais estabelecidas pelo Educar pra Valer, os níveis
da escala são agrupados em intervalos maiores, chamados de padrões
de desempenho.
Os padrões de desempenho são, portanto, estabelecidos pelo programa,
e cada um deles corresponde a um conjunto de tarefas que os alunos são
capazes de realizar, de acordo com as habilidades que desenvolveram.
Essa escala possibilita relacionar a proficiência (medida) a diagnósticos
qualitativos do desempenho escolar (desenvolvimento de habilidades e
competências).
Você pode conferir as escalas de proficiência no link a seguir.
E S C A L A S I N T E R A T I V A S
COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas
PADRÕES DE DESEMPENHO '
DOMÍNIOS
Apropriação do sistema da
escrita
Estratégias de leitura
Processamento do texto
1 6
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
É importante observar que a média de proficiência da escola a colo-
ca em um determinado padrão de desempenho. Mas isso não signi-
fica que todos os estudantes obtiveram o mesmo desempenho. Por
isso, é fundamental conhecer a distribuição dos estudantes pelos
padrões de desempenho, de acordo com a proficiência alcançada
no teste. É isso o que veremos a seguir.
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o
Intervalos da escala
de proficiência
correspondentes a
conjuntos de determinadas
habilidades e
competências, nos quais
estão reunidos estudantes
com desempenho similar
P r o f i c i ê n c i a e d e s e m p e n h o
Para entender a relação
entre a proficiência e
o desempenho dos
estudantes, é importante
observar essa proficiência
na escala de proficiência
N í v e i s d e d e s e m p e n h o
COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas
PADRÕES DE DESEMPENHO '
DOMÍNIOS
Apropriação do sistema da
escrita
Estratégias de leitura
Processamento do texto
313,5
191,2 260,6 374,5 427,8
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E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
I I . D i s t r i b u i ç ã o d o s e s t u d a n t e s p o r p a d r ã o d e d e s e m p e n h o e s t u d a n t i l
De acordo com a proficiência alcançada no teste, o estudante apre-
senta um perfil que nos permite alocá-lo em um dos padrões de
desempenho. Em uma mesma turma e escola, podemos ter vários
alunos distribuídos em cada um dos padrões de desempenho. Essa
distribuição é representada em percentuais. É importante saber
quantos estudantes se encontram em cada padrão e o que eles
são capazes de realizar, tendo em vista o seu desempenho.
O s q u a t r o p a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e s t a b e l e c i d o s p a r a o E d u c a r p r a Va l e r s ã o :
A b a i x o d o
b á s i c o
Estudantes apresentam
carência de
aprendizagem em
relação às habilidades
previstas para sua
etapa de escolaridade,
evidenciando
necessidade de
recuperação.
B á s i c o
Estudantes ainda
não demonstram um
desenvolvimento
adequado das
habilidades esperadas
para sua etapa
de escolaridade,
demandando reforço para
uma formação adequada.
I n t e r m e d i á r i o
Estudantes revelam
ter consolidado as
habilidades consideradas
mínimas e essenciais
para sua etapa de
escolaridade, o que
requer empenho
para aprofundar a
aprendizagem.
A d e q u a d o
Estudantes conseguiram
atingir um patamar um
pouco além do que é
considerado essencial
para sua etapa de
escolaridade, exigindo
novos estímulos e
desafios.
Percentuais de estudantes
em cada padrão de
desempenho2018 213.7 4,1 28,6 53,1 14,3
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
1 8
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Esse indicador é imprescindível ao monitoramento da equidade
da oferta educacional em sua escola, ao se constatar que os dois
primeiros padrões de desempenho sinalizam para a necessidade
de ações de intervenção pedagógica. Porém, ainda que os dois
últimos padrões correspondam ao desempenho esperado para a
disciplina e etapa avaliada, é necessário estabelecer ações espe-
cíficas para o aprofundamento da aprendizagem dos estudantes
alocados nesses padrões.
I I I . P e r c e n t u a l d e a c e r t o p o r d e s c r i t o r
Além da proficiência, da distribuição dos estudantes pelos padrões
de desempenho e da participação, nos resultados da avaliação do
Educar pra Valer, você pode conferir quais foram as habilidades
avaliadas e o desempenho dos estudantes em relação a cada uma.
Essas habilidades vêm descritas na matriz de referência por meio
dos seus descritores.
Com base nos percentuais de acerto em cada descritor, é possível
estabelecer as habilidades que necessitam de maior atenção, tan-
to em relação à escola como um todo quanto em relação a cada
turma e a cada aluno individualmente. Para conhecer esses resul-
tados, acesse a página de resultados no link abaixo.
M AT R I Z D E R E F E R Ê N C I A - L í n g u a Po r t u g u e s a
Turma D01 D02 D03 D04
A - TARDE 78,45 68,49 62,97 74,52
B - TARDE 68,37 67,54 61,12 54,44
Consulte as matrizes de refe-
rência no site do programa
M A T R I Z D E
R E F E R Ê N C I A
A L U N O
1 9
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
2 ª E T A P AAnálise dos resultados da escola
O objetivo desta etapa é a análise dos resultados da sua esco-
la. Para auxiliar o desenvolvimento desta fase do itinerário, serão
apresentadas orientações de execução e disponibilizados formu-
lários para registro das informações levantadas e analisadas, que
compõem os Anexos desta publicação.
Para tanto, é fundamental que a escola pare, olhe para os seus
resultados e organize-se para analisá-los e planejar estratégias, de
acordo com o que se pretende alcançar.
Sugerimos, a seguir, um passo a passo para a realização deste iti-
nerário.
P a r a d a 1 – R e u n i ã o c o m a e q u i p e p e d a g ó g i c a e a e q u i p e g e s t o r a
A primeira parada desta etapa consiste na realização de uma reu-
nião entre a equipe pedagógica e a equipe gestora da escola, para
a análise dos resultados alcançados pela escola na avaliação.
Nossa sugestão é que coordenação pedagógica e professores or-
ganizem as informações sobre os resultados alcançados pela es-
cola e apresentados nessa reunião pela equipe gestora. A partir da
análise realizada, é possível partir para a elaboração de planos de
intervenção pedagógica adequados às situações detectadas.
P a r a d a 2 – R e a l i z a ç ã o d a a n á l i s e d o s r e s u l t a d o s
Após a apresentação dos resultados por parte da equipe gesto-
ra, sugerimos que, com o apoio do coordenador pedagógico, seja
realizada a reunião de análise dos resultados. A seguir, listamos
alguns procedimentos importantes para que o processo de análise
dos resultados da avaliação permita a produção de um diagnóstico
consistente sobre o desempenho dos estudantes.
O t r a b a l h o d e
a p r o p r i a ç ã o e u s o
d o s r e s u l t a d o s
d a a v a l i a ç ã o
d e v e s e r f e i t o
c o l e t i v a m e n t e !
20
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
1. Providenciar cópias impressas das matrizes de referência.
2. Imprimir, no portal do programa, os resultados de todas as
turmas e alunos para os participantes ou ter à disposição
computadores com acesso à internet para que os próprios
professores naveguem pelos resultados. Para isso, a senha
de acesso ao sistema de resultados do Educar pra Valer
precisa ser disponibilizada para os professores.
3. Providenciar cópias do Formulário de registro 1 – Análise
dos resultados (Anexo I) para cada grupo de trabalho.
4. Muito importante: convidar e motivar os professores a par-
ticiparem desse momento.
P a r a d a 3 – O r i e n t a ç õ e s p a r a a r e a l i z a ç ã o d a a n á l i s e d o s r e s u l t a d o s
Para que o momento de análise seja produtivo, é fundamental que
todos os professores tenham orientações claras sobre o que devem
fazer. Para isso, listamos algumas sugestões para esse momento.
Novamente, reforçamos que o coordenador pedagógico deverá
apoiar esse processo. Para tanto, ele deve ajudar os professores a:
1. Organizarem-se em grupos, de acordo com as definições es-
tabelecidas na reunião realizada pelo gestor escolar. O crité-
rio para a organização dos grupos deve levar em considera-
ção as áreas de conhecimento com as quais cada professor
trabalha, bem como as especificidades das ações previstas
para a intervenção pedagógica.
2. Com todo o material em mãos, procederem à análise dos
resultados, de acordo com as orientações a seguir.
a. Identificar o padrão de desempenho em que cada estu-
dante se encontra.
b. Organizar, em cada turma, grupos de estudantes de
acordo com o padrão e pensar em estratégias de in-
tervenção específicas para cada um desses grupos. É
fundamental, para isso, utilizar as orientações sobre os
tipos de estratégias, conforme o padrão de desempe-
nho (recuperação, reforço, aprofundamento ou desafio).
O objetivo de organizar
os estudantes em grupos
não é o de enquadrá-los
de forma estrita, mas o
de verificar, ao analisar o
desempenho dos estudan-
tes na avaliação, qual foi o
desempenho predominan-
te em cada turma e buscar
intervenções que sejam
adequadas às necessi-
dades de cada grupo de
estudantes ou de cada
estudante em particular
2 1
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
c. Identificar, com base nos resultados de cada turma, os descrito-
res em que os estudantes alcançaram menos de 50% de acer-
to nos testes de Língua Portuguesa.
d. Verificar se as habilidades avaliadas estão contempladas no
planejamento curricular da escola e nas atividades desenvol-
vidas na sala de aula, sobretudo aquelas que os estudantes
apresentaram maiores dificuldades (menos de 50% de acerto).
É importante, para isso, buscar responder a algumas pergun-
tas, tais como:
» Que tipo de descritores os estudantes menos acertaram?
» O que esse tipo de erro indica, com relação ao processo
de ensino-aprendizagem?
» São habilidades que estão contempladas nos conteú-
dos previstos no planejamento geral da disciplina e nas
atividades propostas nos planos de aula?
» Os descritores menos acertados estão relacionados a
um mesmo tópico da matriz de referência?
» Esses descritores estão relacionados a habilidades com
grau de complexidade maior que as demais habilidades
apresentadas no teste?
» Refletir se os conteúdos avaliados foram trabalhados em
sala de aula.
e. A partir das respostas a esses questionamentos, definir as
ações de intervenção pedagógica, os conteúdos e as com-
petências que serão desenvolvidos, tomando como referên-
cia as necessidades dos estudantes. Para tanto, deverá ser
elaborado um plano de intervenção pedagógica.
2 2
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
P a r a d a 4 – D e f i n i ç ã o d a s a ç õ e s d e i n t e r v e n ç ã o p e d a g ó g i c a
O quarto momento desta etapa do itinerário consiste na definição
das ações de intervenção pedagógica que serão contempladas no
plano de intervenção pedagógica. Para tanto, busque:
1. Conversar sobre o trabalho pedagógico realizado com cada
turma, verificando se esse trabalho tem sido adequado para
o alcance dos objetivos de aprendizagem esperados.
2. Identificar e registrar as práticas pedagógicas consideradas
eficazes.
3. Definir as ações de intervenção pedagógica que deverão
ser contempladas no plano de intervenção pedagógica.
3 ª E T A P APossibilidades de uso dos resultados
O objetivo desta etapa é a construção de um plano de intervenção
pedagógica. Após a análise dos resultados e a identificação das
habilidades com menores percentuais de acerto nos testes de Lín-
gua Portuguesa, é hora de planejar, executar, acompanhar e avaliar
as ações de intervenção pedagógica, com vistas à melhoria dos
processos de ensino e de aprendizagem.
As ações de intervenção pedagógica serão registradas no Formu-
lário de registro 2 – Plano de intervenção pedagógica (Anexo II).
Realizar o registro de todas
as informações levantadas,
utilizando o Formulário de
registro 1 (Anexo I)
2 3
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
P a r a d a 1 – D e t a l h a m e n t o d a s a ç õ e s d e i n t e r v e n ç ã o p e d a g ó g i c a
A finalidade desta parada é o detalhamento das ações de in-
tervenção pedagógica que foram definidas na etapa anterior. É
importante que essa tarefa seja feita pelos grupos de trabalho
definidos anteriormente, de acordo com os critérios: áreas de co-
nhecimento com as quais cada um trabalha e as especificidades
das ações. As orientações abaixo os ajudarão na elaboração, na
execução e no acompanhamento de um bom plano de interven-
ção pedagógica. Para isso, é necessário:
1. denominar as ações de intervenção pedagógica, especifi-
cando os conteúdos, as competências e habilidades que
serão trabalhadas a partir da implementação de cada ação;
2. elaborar a justificativa para a implementação das ações de
intervenção pedagógica. Para isso, utilizar como referência
o diagnóstico realizado na análise dos resultados;
3. definir estratégias para a execução das ações;
4. nomear o responsável pela implementação das ações;
5. estabelecer o período de realização de cada ação;
6. registrar o público-alvo das ações;
7. levantar os recursos materiais e humanos necessários e dis-
poníveis para a execução de cada ação.
P a r a d a 2 – D e f i n i ç ã o d a s t a r e f a s
Esta parada refere-se ao planejamento para a implementação das
ações de intervenção pedagógica, bem como à definição das es-
tratégias de acompanhamento e avaliação das ações.
2 4
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Para isso, cada grupo de trabalho deverá realizar as seguintes tarefas:
1. Definir os resultados esperados para cada ação de inter-
venção proposta.
2. Detalhar as tarefas de preparação, informando as condições
para a execução de cada ação, tais como: capacitação dos
profissionais, elaboração de material didático, escolha dos
estudantes que serão alvo da ação, divulgação etc.
3. Detalhar as tarefas de implementação, aquelas centrais
que se referem a cada ação de intervenção.
4. Especificar as tarefas de avaliação, que são aquelas que
objetivam a observação dos resultados da ação.
5. Definir, também, dentre os membros do grupo, o profissional
que será responsável por conduzir os processos de avalia-
ção e acompanhamento de cada ação.
6. Avaliar o tempo necessário para a execução de cada ação.
Outro ponto fundamental!
Esse é um trabalho que deve ser realizado de maneira
colaborativa. Sobretudo, é essencial que professores e
coordenação pedagógica trabalhem juntos, com o apoio
da direção da escola!
Vamos lá?
Não deixe de realizar o
registro das informações
no Formulário de registro
2 – Plano de intervenção
pedagógica (Anexo II).
Utilize também esse formu-
lário para registrar as infor-
mações de monitoramento
e avaliação das ações
2 5
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
Objetivos específicos desta seção
- Apresentar os padrões de desempenho
estabelecidos para o Educar pra Valer
2018.
- Detalhar as habilidades referentes a
cada padrão de desempenho, de acordo
com os níveis da escala de proficiência.
- Relacionar itens exemplares a
seus respectivos padrões/níveis de
desempenho.
2 6
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Os padrões de desempenho estudantil consistem em uma caracterização do desenvolvimento de habilida-
des e competências, correspondente ao desempenho esperado dos estudantes que realizaram os testes
cognitivos do Educar pra Valer 2018.
De acordo com sua proficiência, cada estudante é alocado em um determinado padrão. Desse modo, tor-
na-se possível orientar as ações de intervenção pedagógica para os grupos de estudantes com resultados
similares.
Esta seção apresenta a descrição pedagógica dos padrões de desempenho estabelecidos para o Educar
pra Valer 2018.
Confira, nas próximas páginas, a descrição das habilidades referentes a cada padrão, e observe os itens
exemplares que ilustram cada padrão/nível de desempenho.
O s i n t e r v a l o s d e p r o f i c i ê n c i a c o r r e s p o n d e n t e s a o s p a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e m
L í n g u a Po r t u g u e s a , d e a c o r d o c o m a e t a p a a v a l i a d a , s ã o :
Abaixo do básico
Básico Intermediário Adequado
5º Ano EF Até 150Maior que
150 a 200
Maior que
200 a 250Maior que 250
2 7
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Abaixo do básico
5º ano do Ensino Fundamental
ATÉ 150 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 1 . ATÉ 125 PONTOS
C Ler frases.
C Localizar informações em frases, em bilhetes curtos e em versos.
C Reconhecer o gênero receita e a sua finalidade de receita.
C Interpretar texto curto com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns.
C Identificar o personagem principal em contos.
2 8
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
A habilidade avaliada nesse item é a de associar uma frase, em
sua estrutura canônica (sujeito, verbo e objeto), a uma imagem que
a represente. Essa tarefa requer que os estudantes associem os
elementos que compõem a cena representada pelo suporte à alter-
nativa que descreve o acontecimento ilustrado pela imagem.
Desse modo, os avaliandos deveriam perceber que na imagem há
um casal dançando e que a frase que a descreve é: “O casal está
dançando.”. Portanto, os estudantes que marcaram a alternativa C,
o gabarito, conseguiram realizar tal associação.
Observe a imagem abaixo.
Disponível em: <http://www.rosaduval.com/>. Acesso em: 11 jul. 2011. (P050560ES_SUP)
(P050560ES) Qual é a frase que mostra o que acontece nessa cena?A) O casal dá um salto.B) O casal está conversando.C) O casal está dançando. D) O casal faz ginástica.
2 9
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
NÍVEL 2 . > 125 A 150 PONTOS
C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como
tirinhas.
C Identificar expressões próprias da oralidade e marcas de informalidade na fala de personagem em
história em quadrinhos.
C Reconhecer o gênero receita e a finalidade de textos informativos.
C Identificar o personagem principal em narrativas simples.
5º ano do Ensino Fundamental
Abaixo do básico
30
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade do estudante reconhe-
cer o gênero textual, com base em sua estrutura e seu
conteúdo. Nesse caso, o texto que serve de suporte
ao item é do tipo instrucional, uma receita, que trata
da preparação de um pão fácil.
Para identificar o gabarito desse item, o estudante de-
veria perceber as escolhas lexicais, como o uso do
tempo verbal no modo imperativo, o formato do texto
e a temática abordada. Além de observar a sequência
de informações desde a listagem dos ingredientes até
o modo de preparo da receita do pão. Nesse sentido,
a escolha pela alternativa C, o gabarito, sugere que o
estudante procedeu corretamente à leitura do texto,
reconhecendo tratar-se do gênero receita.
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://migre.me/fT6Cl>. Acesso em: 28 ago. 2013. (P050066F5_SUP)
(P050066F5) Esse texto é A) um anúncio.B) um convite.C) uma receita.D) uma tirinha.
3 1
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Básico
5º ano do Ensino Fundamental
> 150 A 200 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 3 . > 150 A 175 PONTOS
C Localizar informação explícita em contos, receitas e textos informativos curtos.
C Identificar o assunto principal em reportagens e o personagem principal em fábulas.
C Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e regulamentos.
C Inferir características de personagem em fábulas.
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas e inferir o sentido de expressão em tirinhas.
C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diário.
3 2
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
O objetivo desse item é avaliar a habilidade dos estudantes infe-
rirem o sentido de uma expressão. Nesse caso, utilizou-se como
suporte uma tirinha voltada para o público infantojuvenil, cuja lin-
guagem apresenta marcas de oralidade.
Para identificar o gabarito, os estudantes precisariam retomar a fala
do menino “Já vi que o meu novo plano vai por água abaixo!”, a
fim de compreenderem o contexto em torno do qual o sentido da
expressão se estabelece. A partir das pistas textuais e das infor-
mações extratextuais acerca do significado da expressão, os res-
pondentes que marcaram a alternativa B, o gabarito, conseguiram
inferir que a expressão “por água abaixo” foi usada para indicar que
o plano do menino falhou.
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno12-11.html>. Acesso em: 5 mar. 2014. (P050312G5_SUP)
(P050312G5) Nesse texto, a expressão “por água abaixo” quer dizer que o plano do menino vaiA) cair.B) falhar.C) mergulhar.D) mudar.
3 3
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
5º ano do Ensino Fundamental
Básico
NÍVEL 4 . > 175 A 200 PONTOS
C Localizar informação explícita em contos e reportagens.
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instru-
ções de jogo.
C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.
C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, poemas, tirinhas
e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos.
C Reconhecer o gênero fábula.
3 4
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade dos estudantes localizarem uma informa-
ção que está explícita no texto. Como suporte para a tarefa foi utilizada
uma reportagem que discorre sobre alguns animais que possuem hábi-
tos noturnos surpreendentes.
Para satisfazer a proposta do item, os respondentes deveriam localizar,
no último parágrafo do texto, a informação solicitada no comando do
item, isto é, o que o peixe poraquê usa para caçar suas presas, neste
nesse caso, as descargas elétricas. Nesse sentido, aqueles que marca-
ram a alternativa B, o gabarito, demonstraram ser capazes de localizar
informações explícitas em textos informativos.
Leia o texto abaixo.
5
10
15
Estratégias para a vida noturna
Trocar o dia pela noite pode parecer estranho para nós, mas faz parte do estilo de vida de algumas espécies. À noite, há alguns animais que podem surpreender.
Os animais noturnos têm uma série de características especiais para viver à noite. Por exemplo, o lobo-guará enxerga muito bem, mesmo sem luminosidade. Seu olfato fi ca melhorado e sua audição é uma poderosa aliada, devido às grandes orelhas que ele tem. Além disso, ele tem as patas acolchoadas para não fazer barulho e, assim, chegar bem pertinho da presa sem assustá-la. Diferentemente de outros lobos, ele também se alimenta de frutas.
A audição é um dos sentidos fundamentais para as corujas, assim como a visão perfeita. Além disso, elas têm penas especiais que permitem voar sem fazer barulho nenhum – uma boa estratégia para pegar a presa de surpresa!
O morcego, por sua vez, não faz questão de ser silencioso. Pelo contrário, para poder se guiar na noite, ele emite um barulho e, pelo eco que o som faz, descobre onde estão os obstáculos e alimentos que procura. Essa estratégia, chamada ecolocalização, é usada por outros animais como o boto – que, apesar de não ser considerado noturno, é um mamífero que vive em um ambiente de águas muito escuras, o rio Negro, na Amazônia.
No leito dos rios amazônicos, também vive o poraquê, peixe de hábitos noturnos que usa descargas elétricas para capturar outros peixes para comer.
Ciência Hoje. Ano 22. n. 206. Out. 2009. p. 5. Fragmento. (P050738ES_SUP)
(P050741ES) De acordo com esse texto, para caçar suas presas, o peixe poraquê utilizaA) audição poderosa.B) descargas elétricas.C) olfato melhorado.D) patas acolchoadas.
3 5
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Intermediário
5º ano do Ensino Fundamental
> 200 A 250 PONTOS
NÍVEL 5 . > 200 A 225 PONTOS
C Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.
C Identificar o assunto principal e o personagem em contos e letras de música.
C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.
C Identificar assuntos comuns a duas reportagens.
C Identificar o efeito de humor em piadas.
C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e
poemas.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão
adverbial em contos.
C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas,
fábulas e contos.
C Inferir efeito de humor em tirinhas e histórias em quadrinhos.
C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e contos.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
3 6
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade dos estudantes estabelecerem rela-
ções de causa e consequência entre as partes de um texto. Nesse
caso, o suporte utilizado foi uma fábula, cujos personagens princi-
pais são um gato e uma raposa.
Essa atividade demanda a recuperação, no texto, da informação
marcada no comando do item para, então, relacioná-la à sua cau-
sa. Dessa forma, para resolução do item, os respondentes deveriam
retornar ao sétimo parágrafo do texto, em que há a informação de
que o Gato subiu na árvore porque viu a matilha de cães se apro-
ximando. Assim, aqueles que marcaram a alternativa C, o gabarito,
conseguiram compreender o texto de forma satisfatória e encontra-
ram a resposta solicitada pelo comando.
Leia o texto abaixo.
5
10
15
20
O Gato e a Raposa
Certa vez, um Gato e uma Raposa resolveram viajar juntos. Ao longo do caminho, enquanto caçavam para se manter, um rato aqui, uma galinha ali, entre uma mordida e outra, conversavam sobre as coisas da vida.
E, como sempre acontece entre companheiros, especialmente numa longa jornada, a conversa entre eles logo se torna uma espécie de disputa de egos.
E os ânimos se exaltam quando cada um trata de promover, defender e exaltar, suas qualidades pessoais.
Pergunta então a Raposa ao Gato: “Acho que você se acha muito esperto não? Você deve até achar que sabe mais do que
eu. Sim, porque eu conheço tantos truques que nem sou capaz de contá-los!” “Bem,” retruca o Gato, “Admito que conheço apenas um truque, mas este, deve valer
mais que todos os seus!” Nesse momento, eles escutam, ali perto, o apito de um caçador e sua matilha de cães
que se aproximam. O Gato deu um salto e subiu na árvore se ocultando entre as folhas. “Este é meu truque,” ele disse à Raposa. “Agora deixe-me ver do que você é capaz.” Mas, a Raposa tinha tantos planos para escapar, que não sabia qual deles escolher. Ela
correu para um lado e outro, e os cachorros em seu encalço. Ela duplicou suas pegadas tentando despistá-los; ela aumentou sua velocidade, se escondeu em dezenas de tocas, mas foi tudo em vão. Logo ela foi alcançada pelos cães, e então, toda sua arrogância e truques se mostraram inúteis.
Moral da história: O bom senso é sempre mais valoroso que a astúcia.Disponível em: <http://sitededicas.ne10.uol.com.br/fabula_gato_e_raposa.htm>. Acesso em: 6 abr. 2014. (P050266G5_SUP)
(P050267G5) De acordo com esse texto, o Gato subiu na árvore porque queriaA) caçar para se manter.B) descobrir os truques da Raposa.C) escapar da matilha de cães.D) mostrar sua arrogância.
3 7
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
5º ano do Ensino Fundamental
Intermediário
NÍVEL 6 . > 225 A 250 PONTOS
C Identificar o assunto e a informação principal em reportagens e contos.
C Identificar o assunto comum a cartas e poemas e a poemas e notícias.
C Identificar informação explícita em letras de música e contos.
C Reconhecer assunto em poemas e tirinhas.
C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.
C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e o seu referente em tiri-
nhas, contos e reportagens.
C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.
C Inferir a finalidade de fábula e resenha.
C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e o assunto em fábulas.
C Inferir informação em poemas, reportagens, cartas e fábulas.
C Diferenciar opinião de fato em reportagens e em contos.
C Interpretar efeito de humor e inferir sentido de palavra em piadas e tirinhas.
C Inferir sentido de palavra ou expressão em reportagens.
3 8
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade dos estudantes reconhecerem dife-
rentes formas de tratar um tema na comparação entre dois textos.
Os textos utilizados para essa comparação foram um poema e uma
notícia, que apresentam informações acerca da saída da baleia ju-
barte da lista de espécies ameaçadas.
Sendo assim, era necessário que os estudantes observassem, por
exemplo, no Texto 1, os versos “Não está mais em perigo/ A baleia,
a jubarte.” e “Salve, salve a natureza!/ Preservou mais uma raça.”
e observassem que, no Texto 2, o título já aponta para a temática
textual, além haver uma síntese do assunto abordado no primeiro
parágrafo. Desse modo, o assunto comum entre esses dois textos
incide justamente sobre a alternativa B.
Leia os textos abaixo.
Texto 1 Texto 2
5
10
15
Boa notícia
Ontem li uma notíciaE fiquei muito contente.Vi que tudo tem um jeito,Até o planeta da gente.
Conseguiram, eu te digo!Homem fez a sua parte.Não está mais em perigoA baleia, a jubarte.
Salve, salve a natureza!Preservou mais uma raça.Foi difícil, mas deu certo,Proibindo-se a caça.
Parabéns ao ser humanoQue entendeu mais este alerta.Viu que era um grande engano,Acordou na hora certa!
Disponível em: <http://blogdivertudo.blogspot.com/search/label/poesias>. Acesso em: 1 mar. 2012.
5
10
Promovida, baleia jubarte não está mais sob ameaça
A baleia jubarte está em “vias de recuperação” e não consta mais da lista de espécies ameaçadas de extinção, disse ontem a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). [...]
Segundo Bill Perrin, técnico da IUCN, as jubartes haviam sido reduzidas a alguns milhares de exemplares antes de 1966, quando a pesca comercial da espécie passou a ser proibida.
Hoje, com um crescimento “saudável” de 5% ao ano no norte do Pacífico, as estimativas indicam que a comunidade tem 60 mil animais. [...]
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u432465.shtml>. Acesso em: 1 mar. 2012. Fragmento.
(P050437BH_SUP)
(P050437BH) Esses dois textos falam sobreA) a lista de espécies com maior risco de extinção.B) a saída da baleia jubarte da lista de espécies ameaçadas.C) o crescimento do número de baleias jubarte no Pacífico.D) o papel do homem na preservação do planeta.
3 9
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Adequado
5º ano do Ensino Fundamental
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
> 250 PONTOS
NÍVEL 7 . > 250 A 275 PONTOS
C Identificar opinião em biografia e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens.
C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.
C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges e reportagens.
C Reconhecer relação de causa e consequência em reportagens e relação entre pronomes e seus
referentes em poemas, fábulas e contos.
C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens
e tirinhas.
C Inferir informação em contos e reportagens.
C Inferir moral e efeito de humor em piadas, fábulas e histórias em quadrinhos.
40
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
O objetivo desse item é avaliar a habilidade dos estudantes reali-
zarem operações de retomada pronominal ou lexical, identificando
repetições ou substituições que contribuem para a continuidade do
texto. Nesse caso, utilizou-se como suporte para a tarefa um conto
infantojuvenil que narra a viagem de um jovem ouriço para a cidade.
Para identificar o gabarito, os estudantes deveriam retornar ao texto
e localizar o referente do pronome pessoal reto “ele” presente no tre-
cho “Ele se aproxima...”, na linha 11. Para manter a relação de sentido
do texto, seria necessário que os estudantes percebessem o caráter
anafórico dessa retomada pronominal, que faz referência ao nome
do protagonista da história, “Pipo”, citado na linha 10. Nesse sentido,
aqueles que marcaram a alternativa B, o gabarito, demonstraram ser
capazes de realizar essa operação de retomada pronominal anafóri-
ca, um recurso linguístico que contribui para a coesão textual.
Leia o texto abaixo.
5
10
15
O ouriço viajante
Pipo era um ouriço jovem, desesperado para conhecer a cidade. Tanto que, um dia, ele foi para a estação comprar uma passagem. No dia da partida, com a sua malinha, ele aguarda calmamente sobre a plataforma quase deserta. Mas quando o trem fi nalmente chega, que horror! Os vagões estão cheios de pessoas. “Mas como conseguir um lugar?” – Pipo se pergunta. O jeito é forçar um caminho no meio da multidão, mas, ao tentar isso, ele machuca sem querer todos os passageiros que se aproximam. Os passageiros começam a reclamar, a gritar e, então, Pipo acaba expulso do trem! Pacientemente, o ouriço espera o segundo trem, que chega tão lotado quanto o primeiro e Pipo resolve esperar o próximo. “Isso é demais!” – disse ele – “Já que é assim, não vou mais para a cidade, é isso aí!”. Irritado, Pipo se prepara para sair da estação, quando ouve um grito: “Ei, Pipo! Aquele é o maquinista do próximo trem.” Ele se aproxima e descobre que o maquinista não é outro senão seu primo Pipoca. “Pipo, meu primão! Há quanto tempo, hein? Estou indo para a cidade, você quer vir junto?” E Pipo, todo feliz, senta confortavelmente ao lado de seu primo. Há muito espaço na locomotiva e o melhor é que ali ele não machuca ninguém. O trem apita e lá vai Pipo a caminho da cidade.
MURAT. D’Annie. 365 histórias – uma para cada dia do ano! Martim G. Wollstein (Trad.). Blumenau: Blu editora. 2010. p.108-109. (P050035F5_SUP)
(P050040F5) No trecho “Ele se aproxima...” (ℓ. 11), a palavra destacada está substituindo A) lugar.B) Pipo.C) Pipoca.D) trem.
4 1
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
5º ano do Ensino Fundamental
Adequado
NÍVEL 8 . > 275 A 300 PONTOS
C Identificar o assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.
C Identificar opinião em poemas, crônicas, cartas pessoais e notícias.
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas repor-
tagens.
C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas e contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas, contos e crônicas.
C Inferir informação em fábula, efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens
e letras de música e significado de palavra em textos didáticos.
C Interpretar efeito de humor em piadas e contos.
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.
C Identificar marcas da linguagem formal/padrão em reportagem e as marcas linguísticas que carac-
terizam o público-alvo de textos de orientação.
C Reconhecer a finalidade de textos didáticos.
4 2
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade dos estudantes inferirem o significado
de uma palavra em um texto. Para isso, utilizou-se como suporte um
texto didático cujo tema é a razão de as balas de menta deixarem a
boca fria, um tema adequado à etapa, assim como sua linguagem.
Para a realização da atividade, seria necessário que os estudantes
retornassem ao trecho em que se encontra a palavra em destaque
no comando, para então associar às demais informações da super-
fície textual, como o trecho “têm o poder de simular” usado para
fazer referência às balas de menta. Além disso, eles deveriam rea-
lizar inferências extratextuais com os sentidos possíveis do verbo
“tapear”, percebendo que, nesse contexto, ele foi empregado para
apresentar uma função da bala de menta nos sensores do corpo
humano: “enganar” o cérebro ao criar uma sensação de frescor.
Portanto, os estudantes que assinalaram o gabarito – alternativa
C – conseguiram desenvolver a habilidade em questão.
Leia o texto abaixo.
Por que balas de menta deixam a boca “fria”?
A refrescância de algumas balinhas vem da presença de substâncias como o mentol e o eucaliptol. Elas têm o poder de simular na boca a sensação de frio, tapeando os sensores da mucosa responsáveis por mandar a informação para o cérebro. Um processo semelhante ocorre com a pimenta, que estimula as terminações nervosas sensíveis ao calor. Nos dois casos, não há alteração da temperatura dentro da boca. Como as balas de menta deixam a mucosa mais sensível ao frio, a água em temperatura ambiente ou o próprio ar apenas parecem estar gelados. Em dias de calor e com a geladeira quebrada, chupe uma balinha de menta e tome água natural. Mesmo de mentirinha, vai ser bem refrescante.
Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-balas-de-menta-deixam-a-boca-fria>. Acesso em: 1 abr. 2014. (P050284F5_SUP)
(P050286F5) No trecho “... tapeando os sensores da mucosa...”, a palavra destacada signifi ca o mesmo que A) atrapalhar.B) bater.C) enganar.D) fi ngir.
4 3
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
5º ano do Ensino Fundamental
Adequado
NÍVEL 9 . > 300 A 325 PONTOS
C Identificar assunto principal e opinião em contos e cartas do leitor.
C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em reportagens.
C Reconhecer sentido de locução adverbial e conjunção aditiva em notícia e elementos da narrativa
em fábulas e contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas e reportagens.
C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.
C Inferir informações e o sentido de expressão em poemas narrativos e fábulas.
C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas, piadas e tirinhas.
4 4
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade dos estudantes identificarem entre
fragmentos de um texto aquele que expressa uma opinião do autor.
Para isso, os estudantes deveriam ser capazes de perceber, nessa
reportagem sobre brincadeiras antigas, marcas de posicionamento,
nas quais o locutor deixa transparecer sua opinião, em contrapo-
sição a trechos do texto em que são descritos fatos, os quais não
expressam juízos de valor ou julgamentos.
Aqueles que assinalaram a alternativa D, o gabarito, demonstraram
ter reconhecido no trecho os elementos que demarcam o posicio-
namento do autor sobre os brinquedos antigos, através por meio da
flexão do verbo “apostamos”, indicando a inclusão desse locutor no
discurso, e da sua opinião avaliativa sobre tais brinquedos: “... vão
agradar às crianças de novo!”.
Leia o texto abaixo.
5
10
Brincadeira que vai e vemDivertidos e eternos
Reparou que muitos brinquedos somem e voltam a aparecer? Não importa a época, eles sempre são legais!
Você faz ideia de quantos brinquedos vão e vêm em todas as épocas? Noooossa... é tanto brinquedo! Sabe o brinquedo conhecido como bate-bate ou bate-bag? Não é de hoje que ele existe... Pergunte para os seus pais.
Bambolê, bolinha de gude, cubo mágico, telefone de lata, jogo de damas e bilboquê só são alguns dos brinquedos que estão na lista dos velhos amigos das crianças de todos os tempos.
Repare que esses brinquedos têm uma semelhança: são simples. O que mostra que para se divertir não é preciso muita tecnologia, nem brinquedos ultra-mega-diferentes.
E por que estamos falando disso? É que os antigos brinquedos de vez em quando voltam à moda, e tem gente que nem imagina que eles não são nenhuma novidade. E quando você estiver grande, apostamos que esses brinquedos vão voltar a agradar às crianças de novo! [...]
ANDRADE, Marcella. Gazetinha. A Gazeta. 18 jun. 2011. p. 4-5. (P050274G5_SUP)
(P050275G5) O trecho que apresenta uma opinião sobre os brinquedos antigos é:A) “Você faz ideia de quantos brinquedos vão e vêm em todas as épocas?”. (ℓ. 1)B) “Não é de hoje que ele existe... Pergunte para os seus pais.”. (ℓ. 2-3)C) “... são alguns dos brinquedos que estão na lista dos velhos amigos das crianças...”. (ℓ. 4-5)D) “... apostamos que esses brinquedos vão voltar a agradar às crianças de novo!”. (ℓ. 10-11)
4 5
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
5º ano do Ensino Fundamental
Adequado
NÍVEL 10 . > 325 PONTOS
C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em fábulas e resenhas.
C Reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor.
C Reconhecer a informação comum em duas reportagens.
C Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas.
C Identificar marcas da linguagem informal em trecho de reportagens e contos.
C Identificar o fato gerador do enredo em contos.
4 6
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Nesse item, avalia-se a habilidade de identificar o conflito gerador
do enredo. Como suporte foi utilizado um conto, que apresenta a
história de uma família de bichos-preguiças.
Para realizar essa tarefa, os estudantes deveriam proceder à leitura
do conto e identificar na extensão textual o fato que desencadeou
a história. Os estudantes poderiam se orientar pelo quarto parágra-
fo do texto, no qual é descrito o conflito que fez a história acontecer:
a preguiça da família era tamanha, que não conseguiam segurar na
árvore e por isso caíram no chão.
Portanto, os estudantes que assinalaram o gabarito – alternativa
C – conseguiram desenvolver a habilidade em questão.
Leia o texto abaixo.
5
10
15
Que preguiçaaaa!
Numa árvore no meio da floresta morava uma família de bichos-preguiças! Nesta família ninguém queria saber de fazer nada. O pai pedia para a mãe buscar um copo de água, daí ela pedia para o filho mais velho, que pedia para o filho do meio, que pedia para o caçula... que nem alcançava o armário dos copos ainda.
Quando eles assistiam à televisão, ninguém se mexia nem para mudar o canal. Aí, na época de férias, a coisa piorava. Era uma moleza tão grande que eles só comiam pizza para viagem.
– Pena que ainda não inventaram o “disk copo de água” – reclamava o papai-preguiça.Daí, certo dia, todos eles estavam com preguiça até de segurar na árvore para ficar de
cabeça para baixo! Então, adivinha o que aconteceu: despencou a família toda no chão... papai, mamãe, irmão por irmão. Tum, tum, tum, tum, tum! Foi caindo um por um.
Até que não foi mal. Eles acharam divertido e riram muito um do outro. Aquilo tinha sido o maior acontecimento das férias!
Para subir de volta para casa, eles tiveram um trabalho danado, mas quando chegaram, sentiam-se muito mais dispostos.
– Legal! Estou novo em folha. – disse o papai.– Nós também! – concordaram os outros.E a família descobriu que um pouco de exercício é um ótimo espantalho para preguiça! Pode
acreditar! Se você estiver com aquela preguicite de férias, tente se mexer um pouquinho...HEINE, Evelyn. Disponível em: <http://www.divertudo.com.br/historia20.htm>. Acesso em: 1 abr. 2014. (P050237F5_SUP)
(P050237F5) Essa história aconteceu porque A) o papai-preguiça achou legal subir de volta na árvore.B) o papai-preguiça pediu para a mãe buscar um copo de água. C) os bichos-preguiças caíram da árvore onde moravam. D) os bichos-preguiças descobriram que exercício espanta a preguiça.
4 7
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Objetivos específicos desta seção
- Apresentar um relato de boas
práticas vinculadas aos resultados da
avaliação externa em larga escala.
- Refletir sobre a relação entre
currículo e avaliação.
- Refletir sobre o desenvolvimento
de habilidades, considerando sua
evolução entre as diferentes etapas de
escolaridade.
- Propor práticas que mobilizem as
diferentes áreas do conhecimento para
o desenvolvimento de determinadas
habilidades.
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
O q u e o p r o f e s s o r p o d e f a z e r
c o m o s r e s u l t a d o s
4 8
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
As avaliações externas em larga escala, ou avaliações somativas,
são muito importantes para a escola, pois oferecem diversas pos-
sibilidades para o trabalho dos gestores e professores. Avaliações
de caráter formativo, que ocorrem durante o ano letivo, permitem ao
professor obter resultados mais imediatos e, portanto, intervenções
mais rápidas. Entretanto, é possível extrair informações relevantes
das avaliações somativas – que ocorrem ao final do ano letivo – e
utilizá-las para rever as práticas pedagógicas.
A avaliação somativa está preocupada com os resultados das
aprendizagens. Sua principal característica é a capacidade de in-
formar, situar e classificar o avaliado. Desse modo, a avaliação so-
mativa é essencialmente objetiva, tendo em vista sua capacidade
de sintetizar o que o aluno aprendeu ou não, o que é ou não capaz
de fazer, ao final de cada ciclo de aprendizagem. Além disso, quan-
do há parâmetros sólidos de análise, com base nos indicadores de
desempenho, essa avaliação fornece informações substanciais que
auxiliam na verificação da qualidade da educação ofertada.
Com a ajuda dos indicadores de desempenho, a avaliação soma-
tiva permite situar e informar as escolas se houve avanço efetivo,
pois possibilita a comparabilidade dos dados ao longo do tempo,
em série histórica. Pela diversidade de informações divulgadas,
serve também como devolutiva para professores e gestores, a fim
de ajudá-los a superar as dificuldades de ensino e aprendizagem,
fornecendo subsídios para (re)planejamento de práticas pedagógi-
cas e de gestão.
4 9
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
R e l a t o d e e x p e r i ê n c i a
Apresentamos, nesta seção, um relato de experiência que ilustra si-
tuações vivenciadas por grande parte das escolas, no que se refere
ao percurso realizado pela comunidade escolar para se apropriar
dos resultados das avaliações externas em larga escala e utilizá-
-los para aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.
A fim de destacar aspectos importantes dos resultados da escola,
a experiência relatada mostra, a partir de um contexto ficcional, as
etapas referentes aos processos de leitura, apropriação e uso dos
resultados.
É sempre bom conhecer projetos de sucesso, não exatamente
com a intenção de copiá-los, desconsiderando a diversidade
existente entre as escolas, mas com o intuito de aperfeiçoar as
práticas pedagógicas com base em experiências bem-sucedidas,
em exemplos de estratégias encontradas por profissionais que
proporcionaram, de alguma forma, avanços relacionados à
aprendizagem dos estudantes. Esses relatos de sucesso podem
ser utilizados como motivadores e como ideias a serem adaptadas
para cada realidade.
Os profissionais de cada escola são as pessoas mais indicadas
para avaliar as possibilidades de melhoria da aprendizagem;
são eles que conhecem os seus alunos, a comunidade, a equipe
e os recursos disponíveis. No entanto, compartilhar ideias torna-
se importante para a compreensão de que, apesar dos diversos
desafios encontrados, há muitos profissionais e escolas fazendo a
diferença, e pequenas ações podem gerar resultados significativos.
Ainda nesta seção, sugerimos práticas pedagógicas que visam ao
desenvolvimento de determinadas habilidades, relacionando-as a
outras áreas do conhecimento, bem como à Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), ao currículo da rede e às matrizes de referência
da avaliação externa.
50
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
R e u n i ã o p e d a g ó g i c a
A Escola Municipal Diretora Maria Adelina Fortes atende aos anos
iniciais e finais do ensino fundamental. A equipe gestora conhece
bem a rotina da escola quando são realizadas as reuniões de di-
vulgação de resultados da avaliação externa. É perceptível que
professores e equipe pedagógica conhecem os instrumentos e
conceitos da avaliação em larga escala, assim como os dados que
chegam à escola e o que eles representam. No entanto, não há
uma visão integrada entre os professores dos anos iniciais e dos
anos finais sobre a evolução dos estudantes do 5º ao 9º ano, no
que se refere ao desenvolvimento de habilidades básicas.
A diretora Maria das Graças já havia realizado uma reunião inicial
de leitura e apropriação dos resultados da última avaliação, apre-
sentando os dados da escola para o corpo docente. Esses dados
apontaram que as maiores dificuldades dos estudantes em Língua
Portuguesa, por exemplo, se concentravam nas habilidades: capa-
cidade de inferir informação em um texto; distinguir um fato da opi-
nião relativa a esse fato; e reconhecer diferentes formas de tratar
uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo
tema, em função das condições em que ele foi produzido.
A reunião com os professores de Língua Portuguesa do Fundamen-
tal II, convocada pela coordenadora pedagógica Márcia, contou
também com a participação das professoras do 5° ano. Ela agra-
deceu a presença de todos e deu início à discussão em torno dos
dados da avaliação externa. Como havia professores novatos na
equipe, a coordenadora resgatou as ações definidas na reunião
de análise dos resultados do ano anterior e, sinteticamente, abor-
dou os trabalhos desenvolvidos. Resgatar essas ações também era
necessário, para avaliar uma forma de progredir. Faltava caminhar
ainda mais para uma cultura de avaliação e autoavaliação, era pre-
ciso avançar e estipular ações que efetivamente impactassem as
práticas e os resultados.
Faltava caminhar
ainda mais para uma
cultura de avaliação
e autoavaliação,
era preciso avançar
e estipular ações
que efetivamente
impactassem
as práticas e os
resultados
5 1
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Márcia explicou aos docentes o motivo da presença das professo-
ras do 5º ano. Com base na reunião ocorrida com as professoras
do Fundamental I, observou-se que, apesar de muitas habilidades
do 5° ano apresentarem percentuais de acerto elevados, eles não
estavam tão próximos de 100%, ou seja, mesmo que em uma par-
cela pequena, alguns estudantes iniciavam o Fundamental II com
dificuldades em habilidades consideradas basilares para a conti-
nuidade dos estudos.
Para alertar sobre a complexidade da questão, Márcia informou:
– Nós sabemos que existem várias razões para os meninos irem mal
nos testes. Eles podem ter se distraído na hora da prova, ter sentido
dor de cabeça no dia, enfim, várias situações podem ter atrapalhado
o desempenho deles. Mas a gente conhece bem nossos alunos e
sabe que alguns realmente não desenvolveram habilidades aparen-
temente fáceis para a idade deles. Quando conferimos os resultados
de percentual de acertos por descritor, dá para enxergar isso. A gen-
te vê o que eles acertaram e erraram no teste, e dá para comparar
esses resultados com as avaliações que a gente aplica no dia a dia.
D o s a n o s i n i c i a i s a o s a n o s f i n a i s
A coordenadora fez esse alerta porque sabia que, apesar de algu-
mas ações não serem voltadas para os mesmos alunos que partici-
param da avaliação externa, os professores percebiam que essas
ações poderiam auxiliar na diminuição do problema detectado na
escola. Era necessário discutir, junto à equipe pedagógica, uma tra-
jetória das habilidades que tem início no Fundamental I e passa por
todos os anos do Fundamental II, impactando, inclusive, os resulta-
dos da avaliação em larga escala do 9º ano.
Cláudia, professora do 8° ano, compreendendo o alerta de Márcia,
destacou:
– Pessoal, esse modo de ler os resultados é muito importante. Esse
mesmo raciocínio deveria ser aplicado para analisar os resultados
do 9° ano, pois muitos estudantes estão passando para o ensino
médio com dificuldades em habilidades que deveriam ter sido de-
senvolvidas aqui conosco.
Era necessário discutir
uma trajetória de
habilidades que tem
início no Fundamental
I e passa por todos os
anos do Fundamental
II, impactando
inclusive os resultados
da avaliação do 9º ano
5 2
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Haroldo, professor do 6° ano, argumentou que o trabalho com as
habilidades era realizado de forma diferente ao longo dos anos de
escolarização e acrescentou:
– Vejam bem, o que venho percebendo é que a maioria de nós
leva em consideração os aspectos relacionados à gradação do de-
senvolvimento das habilidades, quer dizer, a gente sabe que pode
aumentar a dificuldade das atividades conforme os alunos vão pas-
sando de uma série para outra. Mas o trabalho ainda está individua-
lizado, cada professor com suas aulas, sem saber ao certo como
está o andamento das propostas de ação que planejamos juntos.
A fala de Haroldo causou silêncio na reunião. Embora todos concor-
dassem, foi um momento complicado, pois os educadores ali pre-
sentes consideravam suas práticas adequadas. Mesmo sendo uma
constatação válida, era preciso encontrar uma forma de ir além,
para que a leitura dos resultados realmente culminasse em inter-
venções pedagógicas efetivas por parte de todos os professores.
C o n h e c i m e n t o e m c o n s t r u ç ã o
Para a professora Olívia, do 9º ano, faltava fazer com que os alu-
nos entendessem quais estratégias de leitura estavam realizando.
O que acontecia era que a habilidade de inferir informações, por
exemplo, esbarrava no fato de os alunos realizarem inferências em
atividades de leitura o tempo todo na sala de aula, mas serem inca-
pazes de reconhecer o conhecimento que estavam construindo, e
isso ficava evidenciado quando eram avaliados.
Cláudia, professora do 8º ano acrescentou que o processo de lei-
tura ocorria em todas as disciplinas, mas os professores de Língua
Portuguesa precisavam ter clareza de que os alunos não estavam
cientes das estratégias que estavam sendo mobilizadas e de como
elas eram ativadas no processo de leitura. Considerar os alunos
como sujeitos ativos nesse processo era fundamental, pois eles de-
veriam ter voz para dizer sobre o que estavam construindo.
Cláudia, compreendendo a situação, deu um exemplo de sua práti-
ca, destacando que, no 8° ano, o trabalho com o texto “Aos jovens”,
de Danuza Leão, publicado na Folha de São Paulo. Ela exemplificou
Era preciso
encontrar uma
forma de ir além,
para que a leitura
dos resultados
realmente
culminasse em
intervenções
pedagógicas
efetivas
5 3
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
o trabalho com a inferência, salientando que uma das atividades
propostas perguntava ao aluno o que a autora do texto pensava
sobre a juventude e quais justificativas ele poderia trazer do tex-
to para fundamentar a resposta. A maioria dos alunos apresentou
respostas literais, ou seja, baseadas apenas no trecho destacado,
revelando o reconhecimento de informações explícitas.
Alguns alunos, entretanto, realizaram inferências com base na in-
formação explícita. Dentre as respostas, algumas se destacaram
por revelar processos inferenciais com base em trechos retirados
do texto, que foram apresentados como justificativas do tipo de in-
terpretação apresentada, como pedia a questão. As respostas in-
ferenciais não eram iguais, apesar de se basearem em fragmentos
do texto e serem leituras plausíveis. Isso revelava que o estudante
percebia o texto de acordo com o fragmento que mais lhe chamava
a atenção. Importa compreender que a inferência é uma ação do
estudante como sujeito ativo do processo de leitura.
Outro ponto importante consistia no reconhecimento de que as res-
postas e os fragmentos do texto não eram sempre os mesmos, o
que demonstrava que a inferência realizada pelos estudantes parte
da interpretação e do modo como eles se relacionam com o texto e
com seu conhecimento de mundo.
P r o t a g o n i s m o d o s e s t u d a n t e s
Era preciso, portanto, que os professores considerassem esse pro-
cesso de leitura inferencial, de forma a buscar a participação oral
dos alunos nas atividades, tendo em vista que a resposta individual
e escrita não possibilitava a esses alunos constatar o processo de
leitura dos demais colegas de turma. Dar voz e protagonismo aos
estudantes era uma forma de intensificar a postura de leitor ativo e
consciente do conhecimento que estava adquirindo e mobilizando.
Beatriz, professora do 5° ano, resgatou alguns pontos importantes
da reunião com os professores do Fundamental I. Ela enfatizou que,
se o aluno possuir dificuldade em localizar a informação explícita,
ele terá dificuldade de realizar as demais relações de interpretação
do texto, ou seja, terá dificuldade não só em inferir, como também
nas demais habilidades leitoras e de produção textual. Olívia acres-
Importa
compreender que
a inferência
é uma ação
do estudante
como sujeito
ativo do
processo de
leitura
5 4
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
centou que os alunos chegavam ao 9° ano ainda com dificuldades
de organizar o raciocínio, inclusive oralmente, pois esse aspecto
também era observado em suas avaliações internas.
Como professora da etapa final do ensino fundamental, ninguém
melhor do que Olívia para perceber o quanto a trajetória escolar
dos alunos interferia em seu trabalho. Ela questionou os demais
professores a respeito das dificuldades relatadas. Ela se sentia
impotente e, ao mesmo tempo, culpada, mesmo sabendo que o
trabalho com os alunos dependia dessa trajetória escolar que os
professores estavam tentando alinhar.
O trabalho com os gêneros textuais precisava resgatar as habilida-
des basilares, até desafiar os alunos a perceberem a complexidade
leitora envolvida nas escolhas do autor na interação com o seu leitor.
Dessa forma, entenderiam que as escolhas vocabulares e os exem-
plos elegidos pelo autor não eram gratuitos, pois revelavam uma in-
tenção que estava associada ao objetivo comunicativo do texto. O
gênero textual elegido para a comunicação e o tipo de leitor espera-
do estavam ligados às características textuais e ao meio de veicula-
ção dos textos. Caminhar para essa complexidade era fundamental.
P r o j e t o i n t e r d i s c i p l i n a r
Miriam, professora do 5° ano, destacou que o trabalho com um gêne-
ro textual por vez, nas aulas, era muito mais comum do que o traba-
lho com a relação entre textos de diferentes gêneros. Haroldo, por
sua vez, sugeriu que a abordagem da relação entre textos do mesmo
tema, junto aos alunos, poderia ser intensificada se o trabalho com
as demais áreas do conhecimento, ou seja, com os professores de
todas as disciplinas, contribuísse para isso. Utilizar um dos temas in-
tegradores e transversais salientados pela Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) poderia ser uma forma interdisciplinar de trabalho.
A coordenadora registrou que era preciso trabalhar melhor com os
alunos para aprimorar suas habilidades de leitores ativos e fazer
com que eles respondessem gradativamente às motivações de lei-
tura, das mais simples para as mais complexas. Ela anotou a neces-
sidade do trabalho com a relação entre textos (do mesmo gênero
Utilizar um
dos temas
integradores
e transversais
salientados pela
BNCC poderia
ser uma forma
interdisciplinar
de trabalho
5 5
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
ou de gêneros diferentes) como uma forma de organização das ati-
vidades, que abarcariam, em suas propostas, o que foi discutido
sobre o leitor ativo e sobre a gradação das habilidades.
Diante dessa leitura dos resultados que culminou na reflexão das
práticas pedagógicas desenvolvidas pela escola, Márcia percebeu
que uma reunião com todo o corpo docente seria necessária para
debater a importância e a necessidade de um trabalho interdisci-
plinar. Nessa reunião, a coordenadora incitaria a discussão para
alinhar essa forma de trabalho, a fim de que as habilidades menos
acertadas de Língua Portuguesa fossem melhor exploradas, bem
como todas as habilidades curriculares que o corpo docente consi-
derasse que precisavam ser consolidadas nas mais diversas áreas
do conhecimento.
R e l a çã o e n t r e t ex t o s
Márcia consultou a BNCC juntamente com professores, e eles apon-
taram o que o documento fornecia orientação para o trabalho com
a relação entre os textos. Para o 5º ano, a orientação era analisar
textos de diferentes gêneros e mídias que abordem o mesmo assun-
to – ainda que com finalidades e intencionalidades diferentes –, mas
que apresentem informações distintas e graus de complexidade va-
riados, levando sempre em consideração a progressão do grau de
autonomia do aluno.
A coordenadora salientou que, com base na BNCC para todas as
etapas do Fundamental II, a orientação era desenvolver habilidades
relacionadas à comparação entre textos, com enfoque no estudo da
composição dos gêneros, considerando a capacidade do aluno de
comparar textos do mesmo gênero e de gêneros distintos. Em segui-
da, os professores se reuniram em duplas, entusiasmados, demons-
trando maior interesse pelo assunto. A coordenadora pedagógica
despertou neles a necessidade de trabalhar mais e melhor a relação
entre textos.
Após a leitura dos resultados associada às discussões sobre as
práticas pedagógicas e à autoavaliação do trabalho desenvolvido,
a equipe sintetizou, como estratégia de intervenção pedagógica,
sete ações norteadoras:
A coordenadora
pedagógica
despertou nos
professores a
necessidade de
trabalhar mais e
melhor a relação
entre textos
5 6
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
1. utilizar os temas transversais por bimestre, de maneira que
todas as áreas do conhecimento trabalhem a relação entre
textos com o mesmo tema, ampliando os processos de lei-
tura dos alunos;
2. selecionar os textos de acordo com a sua complexidade,
explorando-os de forma gradativa;
3. explorar e relação entre textos para desenvolver habilida-
des basilares até desafiar os alunos no desenvolvimento
das habilidades que ainda precisam ser consolidadas;
4. trabalhar a relação entre textos do mesmo gênero textual
ou entre textos de gêneros textuais diferentes, mas que
abordem o mesmo assunto de formas distintas;
5. explorar as leituras dos textos de modo a resgatar habilida-
des basilares e prosseguir para as habilidades que apre-
sentam maior grau de dificuldade entre os alunos;
6. explicitar as estratégias do processo de leitura dos alunos
para que eles entendam sua participação nesse processo, já
que a leitura exige determinadas estratégias interpretativas;
7. explorar práticas de leitura, produção e análise de textos,
nas quais seja possível relacionar as formas de composição
do gênero mencionadas não só às especificidades do cam-
po de atuação em que circulam, como também aos temas
e finalidades dos gêneros e às peculiaridades da mídia em
que são publicadas.
Te m a s t ra n s ve r s a i s
Nesta seção, será apresentada uma proposta de trabalho com base
nos sete pontos estratégicos de intervenção formulados na reunião pe-
dagógica realizada na Escola Municipal Diretora Maria Adelina Fortes.
Conforme estabelecido na BNCC, redes de ensino e escolas, de acordo
com a autonomia que possuem, deverão acrescentar aos seus currícu-
Será apresentada
uma proposta de
trabalho com base
nos sete pontos
estratégicos
de intervenção
formulados na
reunião pedagógica
5 7
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
los e às suas propostas pedagógicas, de maneira integradora, temas
que fazem parte da vida social dos estudantes. Dentre eles, destaca-se
o processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso – ampa-
rado pela Lei nº 10.741/2003 e sugerido pela BNCC.
Nessa proposta, os textos e as atividades abordarão o tema sob diver-
sas perspectivas presentes no relacionamento da sociedade com o en-
velhecimento. Ao dar enfoque a temas relacionados à terceira idade, a
escola, de certa maneira, sugere uma reorientação da compreensão do
envelhecimento, de modo a estimular no aluno a percepção crítico-re-
flexiva sobre valores éticos voltados para o exercício da solidariedade e
da cidadania, especialmente em relação ao idoso.
Assim, o trabalho com temas transversais pode contribuir para o aprimo-
ramento do processo de inferência dos estudantes, bem como do reco-
nhecimento dos diferentes gêneros textuais e formas utilizadas para se
atingir um determinado objetivo comunicativo, ou seja, concorre para o
desenvolvimento das habilidades que ainda precisam ser consolidadas
de maneira geral.
Além de possibilitar as experiências com os textos na escola, busca-se
valorizar as vivências que os alunos trazem consigo, na medida em que,
socialmente, o tema transversal e integrador engloba aspectos da vida
em sociedade e do convívio diário e familiar dos alunos.
O trabalho com gêneros literários, além de utilizar os conhecimentos im-
plícitos para o processo de leitura, é considerado uma forma potencial
de despertar nos alunos a capacidade analítica. Cada escolha voca-
bular e cada arranjo estético lhes possibilitarão uma experiência com a
linguagem para além das percepções da vida cotidiana que os textos
informativos oferecem nos meios de comunicação em massa.
A d e q u a ç ã o à s e t a p a s
O movimento inicial de extrair informação, decodificando letra por
letra, palavra por palavra, deve ocorrer, mas é preciso ir gradativa-
mente possibilitando que o aluno realize processos de leitura mais
sofisticados. Trata-se de estimular uma atividade que implica estra-
tégias de antecipação (levantar hipóteses sobre os textos e quais
seriam as relações que ambos podem ter), de seleção (localização
O trabalho com
temas transversais
pode contribuir
para o
aprimoramento
do processo
de inferência
dos estudantes
5 8
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
da informação explícita), de inferência (processo de compreensão
das informações implícitas dos textos) e verificação (confirmação ou
refutação das hipóteses levantadas), sem as quais não é possível a
aquisição de habilidades e competência essenciais.
Dessa forma, a proposta com os textos selecionados para o trabalho
com o 5° ano permite estabelecer uma relação entre textos verbais, con-
siderando, além do gênero literário, a relação com textos não verbais.
Os textos não verbais utilizam outras estratégias comunicativas que não
são expressas por palavras escritas, embora, ao interpretá-los, a verba-
lização da linguagem seja um processo cognitivo natural. A complexi-
dade das propostas deve ser adequada a cada uma das etapas pelas
quais o aluno passa, assim como a relação com as habilidades que pre-
cisa ser consolidada.
As atividades podem explorar as características do gênero textual, en-
volvendo habilidades como capacidade de inferir informação em um
texto, distinguir um fato da opinião relativa a esse fato e reconhecer di-
ferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema. Associadas a essas habilidades, outras pode-
rão ser resgatadas, como localizar informação explícita no texto, identi-
ficar o gênero textual, identificar o suporte de veiculação do texto apre-
sentado, interpretar textos não verbais, entre outras. Os professores, ao
selecionarem os textos literários, podem incluir produções artísticas que
pertençam ao contexto local e regional das escolas, ou que tenham li-
gação com um contexto mais amplo.
5 ° a n o d o e n s i n o f u n d a m e n t a l
A proposta de trabalho para o 5° ano abordará o livro Bisa Bia,
Bisa Bel, de Ana Maria Machado, e o poema “Retrato”, de Cecília
Meireles.
O livro conta a história de Isabel, uma menina que se encanta pela
fotografia antiga da bisavó, Beatriz, da época em que ela era crian-
ça, e resolve guardá-la consigo, como se fosse uma “tatuagem in-
visível”, “bem junto do coração”. Por gostar tanto de olhar o retrato,
ele ganha vida e voz na imaginação de Isabel e com ela vive as
mais divertidas aventuras. (Fonte: https://www.livrariacultura.com.br)
5 9
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
Já o poema de Cecília Meireles, por meio de uma visão madura,
realista e um tanto melancólica da velhice, mostra as transforma-
ções do corpo e do modo de vida do ser humano durante o enve-
lhecimento.
A partir da leitura dos textos e da observação das imagens, o aluno
poderá reconhecer e selecionar as informações apresentadas, che-
gando, por inferência, a conclusões diversas. Os fatos destacados
pelo professor e o conhecimento de mundo do aluno o auxiliarão
não somente a encontrar os sentidos suscitados pelo texto, como
também outros sentidos possíveis, criados a partir de novas pers-
pectivas que podem ser apresentadas pelo professor. Além dos tex-
tos verbais, duas fotografias, cada uma buscando representar um
texto, deverão ser observadas.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Fonte: MEIRELES, C. Cecília Meireles: poesia. 3. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1996.)
(Fonte: https://br.pinterest.com/pin/
306807793359218771/)
(Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/demencia-tem-muitas-faces/)
60
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Bisa Bia, Bisa Bel
[...] a gente podia contar a história de Bisa Bia assim: dentro do quarto da minha mãe tinha um armário, dentro do armário
tinha uma gaveta, dentro da gaveta tinha uma caixa, dentro da caixa tinha um envelope, dentro do envelope tinha um monte de
retratos, dentro de um retrato tinha Bisa Bia. [...]
Para começar, não era quadrado nem retangular, como os re-tratos que a gente sempre vê. Era meio redondo, espichado. Oval, mamãe explicou depois, em forma de ovo. E não era colorido nem preto-e-branco. Era marrom e bege clarinho. Mamãe disse que essa cor de retrato velho chamava sépia. E não ficava solto, que nem essas fotos que a gente tira e busca depois na loja, num álbum pequeno ou dentro de um envelope. Nada disso. Esse retrato oval e sépia ficava preso num cartão duro cinzento, todo enfeitado de flores e laços de papel mesmo, só que mais alto, como se o papelão estivesse meio inchado naquele lugar — gostoso de ficar passando o dedo por aquele cartão alto. E dentro disso tudo é que estava a fofura maior. Uma menininha linda, de cabelo todo cachea-do. Vestido claro cheio de fitas e rendas, segurando numa das mãos uma boneca de chapéu [...]”— Ah, mãe, me dá essa bonequinha...— Não é boneca, minha filha, é um retrato da vovó Beatriz.— Ué, essa avó eu não conheço. Só conheço a vó Diná e a vó Ester. Tem outras, é?— Tem, mas é minha. Vovó Beatriz. Sua bisavó...[...]— Ah, mãe, me dá a foto, dá... É uma gracinha, parece uma boneca, dá pra mim...— Não posso, minha filha. Pra que é que você quer isso? Você nem conheceu sua bisavó...— Por isso mesmo, para eu ficar com ela para cima e para baixo, até conhecer bem. Levar para a escola, para a praça, para a calçada, pra todo canto. Dá pra mim, dá...O tom de voz da mamãe ficou mais firme:— Não. É o único retrato que eu tenho dela, não posso dar.Mas eu devo ter olhado com uma cara tão pidona que ela ficou com pena:— Está bem. Dar, eu não dou. Mas empresto para você levar
para a escola.Quando eu já ia saindo aos pinotes com o retrato na mão, ela ainda recomendou:— Mas muito cuidado, hem? Não suje o retrato, não amasse. E, principalmente, veja se não larga por aí à toa... É a única foto de sua bisavó quando era pequena.[...]No dia seguinte, Bisa Bia foi comigo para o colégio, bem encaixada na sua moldura cheia de enfeites.[...] Eu estava até pensando que o retrato era grande demais para o bolso, mas depois, com uma amassadinha, dei um jei-to e ele entrou. [...]Na hora de tirar a roupa, dei falta. Onde estava o retrato? Será que tinha caído no meio da rua? [...]Bem nesse instante, minha mãe estava chegando do trabalho, entrou no banheiro e perguntou:— Como é, filha, levou o retrato da vovó Beatriz para a es-cola?Mal consegui disfarçar:— Levei, mãe, fez o maior sucesso. Todo mundo queria ver. Ficaram pedindo emprestado...— Vê lá, hem, Isabel, cuidado para não perder...— Pode deixar, mãe. Não vou perder nunca.[...] Eu guardei ela grudada na minha pele, junto do meu coração, muito bem guardada, no melhor lugar que tinha. E ela gostou tan-to [...] que vai ficar aí para sempre, só que pelo lado de dentro, já imaginou? Também, era fácil, porque eu tinha corrido e estava suando muito, o retrato dela ficou molhado, colou em mim. Igual-zinho a uma tatuagem. Ela ficou pintada na minha pele. Mas não dá para ninguém mais ver. Feito uma tatuagem transparente, ou invisível.
(Fonte: MACHADO, A. M. Bisa Bia, Bisa Bel. 3. ed. São Paulo: Salamandra, 2007.)
6 1
E D u C A R P R A V A L E R - 2 0 1 8
S u g e s t ã o d e a t i v i d a d e
Como ponto de partida, a leitura integral do livro Bisa Bia, Bisa Bel
pode ser proposta pelo professor. Não sendo possível ler todo o
livro em sala de aula, o professor deve estipular um prazo para que
os alunos o façam em casa. Por se tratar de uma obra disponibili-
zada pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) há alguns
anos, é possível que algumas escolas possuam esse livro em seu
acervo, em quantidade suficiente para que todos os alunos tenham
acesso a ele.
Depois da leitura integral do livro, o professor pode conduzir a
atividade, solicitando que os alunos façam a leitura de um trecho
selecionado e leiam também o poema. Em seguida, mostra as
fotografias. Com base na leitura dos textos e na observação das
fotografias, é possível explorar oralmente os textos verbais e não
verbais, perguntando a opinião dos estudantes sobre eles. Qual
imagem corresponde a que texto? Os textos são parecidos? O que
possuem de semelhanças e diferenças? Qual é o tema dos textos?
O que cada um diz sobre o tema? As autoras tratam o envelheci-
mento da mesma maneira?
O texto de Ana Maria Machado é motivado pela suposta fotografia
de Bisa Bia. Nele, as informações estão mais explícitas, podendo
ser facilmente identificadas. Nesse caso, o aluno provavelmente
não precisa fazer muito esforço para compreender e interpretar o
texto, exceto quando Isabel tenta se justificar para a mãe por ter
perdido a fotografia de Bisa Bia. A linguagem metafórica utilizada
pela autora exige que o leitor recorra à imaginação e a seus co-
nhecimentos prévios para compreender que, quando Isabel diz que
a fotografia da avó se transformou em uma tatuagem invisível, isso
significa que não está mais de posse dela, mas não quer confessar
que a perdeu.
Já o poema de Cecília Meireles e a imagem correspondente são
mais complexos. Para compreender a linguagem metafórica do gê-
nero poesia, o estudante precisa fazer associações mais sofistica-
das para compreender as informações implícitas, ou seja, é preciso
que ele já tenha desenvolvido as habilidades de leitura necessárias
para inferir informações implícitas.
6 2
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Por exemplo, quando o eu lírico pergunta “Em que espelho ficou
perdida a minha face?”, o aluno pode recorrer à imagem para tentar
compreender o que o eu poético quis dizer e chegar à conclusão
de que a imagem da jovem ficou perdida em um passado distante.
Mas, se o repertório de informações do aluno não for muito extenso,
ele não conseguirá fazer essa associação. Apenas as informações
explícitas serão identificadas por ele.
Ao utilizar de maneira comparativa, além dos textos não verbais,
dois gêneros distintos que tratam do mesmo assunto, o professor
estimula o aluno a perceber que existem linguagens, perspectivas
e opiniões diferentes sobre um mesmo tema. Quando o aluno con-
segue reconhecer que existem diferentes formas de tratar uma in-
formação na comparação de textos que tratam do mesmo tema,
seu repertório de leitura é ampliado e, em consequência disso, sua
capacidade leitora também.
Ao utilizar de maneira comparativa, além dos textos não
verbais, dois gêneros distintos que tratam do mesmo as-
sunto, o professor estimula o aluno a perceber que exis-
tem linguagens, perspectivas e opiniões diferentes sobre
um mesmo tema. Quando o aluno consegue reconhecer
que existem diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que tratam do mesmo tema, seu re-
pertório de leitura é ampliado e, em consequência disso,
sua capacidade leitora também.
Como se pôde perceber, as habilidades das matrizes de referência
estão contidas no trabalho curricular. Esse trabalho envolve várias
habilidades simultaneamente, pois, nele, as habilidades da oralida-
de e da produção de textos escritos também agem em sintonia para
aprimorar as competências leitoras essenciais para a continuidade
da trajetória escolar dos estudantes.
O professor
estimula o
aluno a
perceber que
existem
linguagens,
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opiniões diferentes
sobre um
mesmo tema
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6 4
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
A seguir, você encontra os formulários e seus respectivos quadros para
registro das informações levantadas e analisadas durante o percurso
proposto no Itinerário de Apropriação dos Resultados.
São eles:
Anexo I – Formulário de Registro 1 – Análise dos Resultados da Escola
Anexo II – Formulário de Registro 2 – Plano de Intervenção Pedagógica
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7 2
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7 3
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7 4
R E V I S T A D A E S C O L A - L í n g u A P O R T u g u E S A
Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora
Marcus Vinicius David
Coordenação Geral do CAEd
Lina Kátia Mesquita de Oliveira
Manuel Palácios da Cunha e Melo
Eleuza Maria Rodrigues Barboza
Coordenação da Pesquisa de Avaliação 2016-2019
Manuel Palácios da Cunha e Melo
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias da Comunicação
Edna Rezende Silveira de Alcântara
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação
Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Supervisão de Construção de Instrumentos e Produção de Dados
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Supervisão de Entregas de Resultados e Desenvolvimento Profi ssional
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