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4 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE SAMAMBAIA CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE SAMAMBAIA 3901 7744 EDUCAR PARA INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE SAMAMBAIA SAMAMBAIA/DF, 2018.

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE SAMAMBAIA CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE SAMAMBAIA

3901 7744

EDUCAR PARA INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA

CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE SAMAMBAIA

SAMAMBAIA/DF, 2018.

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“Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem, lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize”.

Boaventura de Souza Santos

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Sumário

1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

2. APRESENTAÇÃO

3. HISTORICIDADE

3.1. Estrutura Física

4. OS ATENDIMENTOS

4.1 Educação Precoce

4.2. Atendimentos do Transtorno Global do Desenvolvimento

4.2.1. Como lidar com o TGD na Escola?

4.2.2. Práticas Pedagógicas para Alunos TGD

4.3. Atendimentos do DMU

4.3.1. Materiais para Estimulação Sensorial

4.3.2. Estimulação Visual

4.4. Deficiência Intelectual

4.5. Momento Coletivo

4.6. Atendimentos das Oficinas Pedagógicas Sócio-motivacionais

4.6.1. Projeto Artes com as Mãos

4.7. Atendimentos em Educação Física

4.7.1. Atendimento com Transtorno Global do Desenvolvimento

4.7.2. Atendimento ao Aluno com Deficiência Múltipla

4.7.3. Atendimento ao Aluno com Deficiência Intelectual

4.7.4. Festival Recreativo Especial - FREC

4.8. Atendimento Interdisciplinar/Complementar

4.8.1. Expressão Corporal

4.8.2. Informática

4.8.3. Educação Ambiental

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4.8.4. Ludoteca

5. DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

5.1. Organização do Atendimento Educacional Especializado

5.2. Classe Especial

5.3. Do Centro de Ensino Especial

6. PRÁTICA PEDAGÓGICA

7. MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS

8. PRINCÍPIOS ORIENTADORES: “EDUCAR PARA INDEPENDÊNCIA E

AUTONOMIA”

8.1. Justificativa

8.2. Objetivo Geral

8.3. Metas Prioritárias

8.4. Prática Pedagógica

8.4.1. Atividades Curriculares

• Currículo Adaptado

• Currículo Funcional

8.5. Ações do Calendário Escolar

8.5.1. Calendário Escolar 2018

9. AVALIAÇÃO

10. PLANO DE AÇÃO DOS PROFESSORES READAPTADOS, SOE,

MONITORES E CID

10.1. Monitoria

10.2. Cid Adaptado Samambaia- 2018

10.3. Projeto videoteca

10.4. Ludicidade no Processo Ensino Aprendizagem

11. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

12. ANEXOS

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1-IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Escola: Centro de Ensino Especial 01 de Samambaia

Entidade Mantenedora: Secretaria do Estado de Educação do Distrito Federal

Coordenação Regional de Ensino de Samambaia

Endereço: QS 303 Conj. 04 Lote 01 – Samambaia Sul

Número do Inep: 530 127 80

Fone: 3901-7744

Email: [email protected]

Cep.: 72.305.505

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2-APRESENTAÇÃO

Todo o trabalho planejado se justifica pela necessidade da construção de uma

escola de qualidade, onde a participação de todos será de extrema importância na tomada

de decisões e na busca das soluções para problemas encontrados, tendo como função

primordial desenvolver ações junto à comunidade escolar, visando assegurar o exercício da

cidadania e do bem comum.

Porém, esta proposta vai além de uma dimensão técnica operacional e política, ela é

acima de tudo filosófica, uma vez que, a educação é compreendida como um processo

amplo de construção da cidadania que tem na escola seu espaço de constituição e

expressão. Para tal, a presente proposta tem como objetivo proporcionar atendimento

educacional especializado que possa desenvolver competências biopsicossociais,

favorecendo o processo de socialização e de preparação do aluno para a inclusão, por meio

do incentivo da independência e autonomia do educando.

Nesse sentido, a criação de instâncias colegiadas é importante para garantir a

representatividade, legitimidade e a continuidade das ações educativas propostas no projeto

político-pedagógico.

No Centro de Ensino Especial 01 de Samambaia, o desafio é a elaboração de um

plano envolvendo toda a comunidade escolar e trazer parcerias que possam auxiliar na

implementação das ações pedagógicas, que foram elaboradas pelos funcionários,

professores, servidores, pais e equipe gestora, na semana pedagógica do ano de 2018 e

demais encontros no decorrer do primeiro semestre nas Reuniões Coletivas e nas reuniões

de pais.

Portanto, será perpetuado o anseio de uma educação especial de excelência, onde

todos os sujeitos desta instituição são agentes transformadores deste contexto escolar e

responsáveis pelo resultado obtido dessas ações.

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3-HISTORICIDADE

Em 28 de outubro de 1998, na QS 303 Conjunto 04 Lote 01- Samambaia Sul, foi

inaugurado o Centro de Ensino Especial 01 de Samambaia – DF, pelo então governador

Cristovam Buarque. Desde então, tal escola vem atendendo a comunidade local, assim

como, cidades satélites vizinhas e entorno.

A instituição supracitada oferece atendimentos de ensino especializado nas

modalidades de Transtorno do Espectro Autista, Deficiência Intelectual, Deficiências

Múltiplas, Educação Precoce, Oficinas Sócio- Motivacional baseado no currículo funcional

e o currículo adaptado da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e oferece ainda os

atendimentos: Interdisciplinar /Complementar para alunos do Centro e alunos inclusos no

Ensino Regular.

Conforme determinação da Gestão Democrática institui-se a seguinte Equipe

Gestora:

Diretora: Magna Costa do Nascimento Macedo

Vice-diretora: Maria Regina M. de Freitas

Supervisora: Ana Cristina Soares R. Paulino

Supervisora: Mariângela Ribeiro Z. Monteiro

Secretária: Hulda Pereira

Coordenadoras: Luciene Sales Nogueira

Rosana César Ferreira Alcântara

Janete Anaíde Guerreiro

Nara Mardones Peixoto

Entre os órgãos de gestão, o Conselho Escolar é concebido como local de debate e

tomada de decisão. É uma das instâncias colegiadas da escola e uma forma de organização

democrática do ensino público. Para tal, o conselho escolar é assim constituído:

Membro nato: Magna Costa do Nascimento Macedo

Presidente: Cláudia Braga de Moura

Secretário: Joana Darc de Araújo Bottino

Seguimento dos pais: Tereza de Souza Silva

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Seguimento de alunos: Maria de Jesus Castro

Seguimento Agente de Educação: Joana Darc A. Bottino

Atualmente, o Centro atende 365 alunos com faixa etária entre 0 (zero) a 21 (vinte

e um anos), prioritariamente, e alunos em oficinas sócio- motivacionais maiores de 21

anos. O quadro funcional é constituído de cento e quatro professores especialistas em

Educação Especial, sendo nove deles, professores readaptados, nove profissionais da

carreira Agente de Educação, uma Equipe Psicopedagógica de Apoio à Aprendizagem

composta por 01 pedagogo, 01 psicólogo escolar , equipe de monitores (três) ,educador

social voluntário, três Agentes de Portaria e 06 Agentes de Vigilância, sendo um do SLU.

3.1- SUA ESTRUTURA FÍSICA:

29 salas de aula;

11 sanitários para alunos;

04 sanitários para uso da administração;

01 sala de professores;

01 sala de mecanografia;

01 sala para a direção da escola;

01 sala para o administrativo;

01 sala para a secretaria;

02 pátios cobertos;

01 cozinha;

01 despensa;

04 depósitos;

02 sanitários para servidores;

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01 depósito para gás inflamável;

01 sala de informática;

01 auditório com sanitário e sala de projeção (150 lugares);

01 anfiteatro;

As oficinas sócio-motivacionais;

01 cozinha experimental;

01 sala do professor de Gestão para o Trabalho;

02 salas da Equipe de Apoio à Aprendizagem;

01 sala para o Orientador Educacional

01 sala de psicomotricidade;

01 sala de atendimento aos pais dos alunos;

03 salas para atendimento na educação precoce;

01 ludoteca;

02 piscinas (média e uma pequena);

01 refeitório;

01 teatro de arena;

01 jardim sensorial;

01 parquinho infantil;

01 guarita;

O1 quadra de esportes coberta;

01 estacionamento para 72 automóveis;

Muro de alvenaria ao redor da escola.

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4. OS ATENDIMENTOS

4.1. EDUCAÇÃO PRECOCE

O QUE É?

A Educação Especial como modalidade educacional, prevista na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional – LDB (Lei 9394/96), articula serviços educativos que levam

em conta as possibilidades do sujeito para aprender, desenvolver-se, interagir, participar da

vida em sociedade e exercitar sua cidadania. Compreendendo este sujeito como um ser de

direitos, a Educação Precoce situa-se enquanto a primeira etapa da educação especial, ao

contemplar a faixa etária da educação infantil relativa à primeira infância.

A Educação Precoce no sentido de oportunizar o desenvolvimento integral das

crianças que possuem necessidades educacionais especiais, tendo suas famílias como

coparticipantes, atua segundo o princípio de atender as necessidades educacionais especiais

o mais cedo possível. Tendo como foco promover o desenvolvimento das potencialidades

da criança com necessidade educacional especial e consideradas de risco, de 0 a 3 anos e

11 meses, no que se refere aos seus aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais e

culturais, priorizando o processo de interação e comunicação, mediante atividades

pedagógicas significativas e lúdicas, assim como orientação e apoio à família e ao processo

de inclusão social e escolar.

Nesta perspectiva, o público da Educação Precoce compreende as crianças que

apresentam prematuridade, necessidades educacionais especiais por serem consideradas de

risco, bem como em decorrência de deficiências (Deficiência intelectual, Deficiência sensorial:

visual, auditiva/surdez, surdocegueira; Deficiência múltipla e Deficiência física), Transtorno

Global do Desenvolvimento/TEA e sinais de precocidade para superdotação, Condutas típicas

de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos e psiquiátricos.

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INSTRUMENTOS:

• Recepção

• Acolhimento

• Agendamento

• Entrevista

• Avaliação

• Observação

• Planejamento:

• Curto

• Médio

• Longo Prazo

• Relatório semestral(Pedagogo/Educador Físico)

• Ficha evolutiva 0 a 3 anos 11 meses

• Ficha de avaliação funcional (Ed. Física)

TIPOS DE ATENDIMENTOS

• INDIVIDUAL:

- duas vezes na semana

- 45 minutos com pedagogo

- 45 minutos com educador físico

• GRUPO DE 2 ANOS:

- duas crianças para cada professor

- 45 minutos com pedagogo

- 45 minutos com educador físico

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• GRUPO DE 3 ANOS:

- quatro crianças para cada professor

- três vezes na semana com pedagogo por 90 minutos

- duas vezes na semana co educador físico por 45 minutos

• ATENDIMENTO TURMA DE PAIS/BEBÊS:

- alunos 0 a 6 meses

- uma vez por semana com pedagogo por 45 minutos

- uma vez por semana com educador físico por 45 minutos

- Seis atendimentos aos pais durante a semana, conforme modulação

• OS PROFISSIONAIS

• 1 Professor coordenador

• Educador físico, sendo 10 profissionais

• Professor regente, sendo 10 profissionais.

• MODULAÇÃO

• Turma de Atendimento aos pais/bebês: 16 alunos, conforme modulação.

• Turma: 18 alunos, conforme modulação.

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• EVENTOS

- FORMATURA

A Educação Precoce de Samambaia realiza a Formatura dos alunos que completam

o ciclo. (48 meses). Sendo este um evento/festa muito significativo para alunos, docentes e

familiares. Já sendo um evento aguardado por toda a comunidade escolar. Assim, faz-se

necessário o apoio para:

- Locação de espaço apropriado para o Evento

- Disponibilidade de ônibus para transporte dos pais e alunos até o local da

Formatura.

- PASSEIO COM A FAMÍLIA

É realizado anualmente um passeio com todos os alunos juntamente com seus

familiares com o objetivo de confraternizar, para isso faz-se necessário o apoio para:

- Disponibilidade de ônibus para o transporte dos alunos e familiares.

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4.2- ATENDIMENTOS DO TRANSTORNO GLOBAL DO

DESENVOLVIMENTO

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações

sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida.

Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como

pelo estreitamento nos interesses e nas atividades.

Os TGD englobam os diferentes transtornos do espectro autista, as psicoses infantis,

a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett.

Com relação à interação social, crianças com TGD apresentam dificuldades em

iniciar e manter uma conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao

toque do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de

comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no lugar de

movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são bastante comuns.

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na

concentração e, eventualmente, na coordenação motora. Mudanças de humor sem causa

aparente e acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam

seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade,

como observar determinados objetos, por exemplo.

Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros -

fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de gestos ou com

uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.

4.2.1- COMO LIDAR COM O TGD NA ESCOLA?

Crianças com transtornos de desenvolvimento apresentam diferenças e merecem

atenção com relação às áreas de interação social, comunicação e comportamento. Na

escola, mesmo com tempos diferentes de aprendizagem, esses alunos devem ser incluídos

em classes com os pares da mesma faixa etária.

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Estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar regras de convívio social são

atitudes de extrema importância para garantir o desenvolvimento na escola. Boa parte

dessas crianças precisa de ajuda na aprendizagem da autorregulação.

Apresentar as atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no processo de

aprendizagem desses alunos. Faça ajustes nas atividades sempre que necessário e conte

com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado

(AEE). Também cabe ao professor identificar as potências dos alunos. Invista em ações

positivas, estimule a autonomia e faça o possível para conquistar a confiança da criança.

Os alunos com TGD costumam procurar pessoas que sirvam como 'porto seguro' e

encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o desenvolvimento.

4.2.2- PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS TGD

Há basicamente seis (6) áreas em que trabalhamos a fim de se estimular e avaliar

cada competência. São elas: Socialização, Linguagem (Emissão e Compreensão),

Cognição, Cuidados Próprios, Motricidade. A seguir farei uma exposição dos Materiais

Pedagógicos utilizados para desenvolvimento das habilidades dos alunos com TGD.

1. Atividade: Como Estou hoje?

O aluno pode demonstrar através

de cartões como está se sentindo:

Irritado, Alegre, Triste, Surpreso.

2. Atividade: Pareamento de letras à vista de uma figura conhecida

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3. Atividade: Conceito Matemático:

Grande X Pequeno

4. Atividade: Conceito Matemático: Cheio X

Vazio ou Muito X Pouco

5. Atividade: Cores

6. Atividade: Conceito Matemático: Tamanho

7. Atividade: Linguagem: História

Seriada, Seqüência de fatos.

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8. Atividade: Linguagem: Alfabeto/Escrita do Nome

9. Atividade: Numerais e Quantidade

10. Atividade: Motricidade e Linguagem

11. Atividade: Linguagem e Motricidade

12. Atividade: Rotina Diária

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13. Atividade: Linguagem, Motricidade

Obs.: Para dar início à habilidade de montar quebra cabeça é importante iniciar com uma

figura única e grande. O corte da figura poderá ser bem simples no início, para se ter

apenas duas partes. Poderá ser um corte horizontal ou vertical, para ir aumentando aos

poucos a dificuldade, 3 peças, 4 peças... e os cortes também serão mais elaborados

conforme a progressão do aluno na atividade.

15. Atividade: Linguagem: Dias da Semana.

16. Atividade: Linguagem e Rotina Diária

17. Atividade: Linguagem: Leitura de História

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18. Atividade: Cores, Pareamento de

Figuras, Pareamento de Palavras

19. Atividade: Encaixe por etapas

21-Atividade Motricidade: Quebra-cabeça

com várias peças e cortes múltiplos

22. Atividade: Rotina

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4.3- ATENDIMENTOS DO DMU

O termo deficiência múltipla tem sido utilizado, com frequência, para caracterizar o

conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, mental,

emocional ou de comportamento social. No entanto, não é o somatório dessas alterações

que caracterizam a múltipla deficiência, mas sim o nível de desenvolvimento, as

possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem que

determinam as necessidades educacionais dessas pessoas.

O desempenho e as competências dessas crianças são heterogêneos e variáveis.

NESSA MODALIDADE SERÁ TRABALHADO O RODÍZIO DAS SEGUINTES

ESTIMULAÇÕES:

• TATO – Experiências com diferentes texturas, consistências e contato: percepção

tátil de diferentes superfícies (lisas, crespas, ásperas e macias...), variação de

temperaturas (quente/frio).

• VISÃO – Experiências com diferentes intensidades de luzes, cores e contrastantes:

nuance com luzes e cores (painel luminoso - amarelo/azul/vermelho/verde),

contrastes - branco e preto / amarelo e preto/vermelho e preto;

• AUDIÇÃO– Experiências com diversos sons e efeitos sonoros: percepção auditiva

com sons variados, (músicas, ruídos e tons diversos).

• OLFATO – Experiências com diferentes odores e aromas: identificar diferentes

cheiros, café, canela, camomila, hortelã etc.

• PALADAR – Experiências orais e com sabores: percepção gustativa, comparando

dois sabores azedo/doce salgado/doce etc.;

 

 

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4.3.1- MATERIAIS PARA ESTIMULAÇÃO SENSORIAL

1. CAIXA TEMÁTICA PARA GUARDAR

OS MATERIAIS

2. CAIXA TÁTIL: Estimulação visual, auditiva e

tátil: caixinhas com diferentes, cores, texturas e sons.

3. CHOCALHOS SENSORIAIS I:

• Estimulação visual, auditiva e

tátil: em PVC com cores e texturas contrates e sons

diferenciados.

• CHOCALHO GRUDA-GRUDA (tecido azul - tampinhas de garrafas/ lixa –

pregos).

• CHOCALHO

SENSORIAL: (E.V.A amarelo -

arroz / lixa preta – feijão).

• CHOCALHO OURO-PRATA:

(tecido prata – moedas / tecido

ouro - pedrinhas.

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ESSES MATERIAIS SÃO ÚTEIS PARA:

• Compreender e identificar os sons;

• Favorecer a abertura das mãos, sua junção na linha média e o desenvolvimento da

coordenação bi manual;

• Desenvolver a coordenação olho-mão, olho-objeto, ouvido-mão;

• Estimular o desejo de estender o braço para tocar, pegar e desenvolver a preensão

palmar;

• Desenvolver a coordenação motora, o movimento e fortalecimento das mãos,

braços, pernas e corpo;

• Desenvolver a habilidade tátil para reconhecimento de forma, textura e grandeza;

4. CHOCALHOS SENSORIAIS II

• Estimulação visual, auditiva e tátil: com cores, texturas, espessura e sons

diferenciados.

4.3.2- ESTIMULAÇÃO VISUAL

CAIXA TEMÁTICA PARA GUARDAR OS MATERIAIS

O atendimento é feito por meio de salas de estimulação sensorial, cada aluno

permanece 45 minutos sendo estimulado em cada uma. As salas são de estimulação Tátil,

Visual, Olfativa, Auditiva e Gustativa e atividades pedagógicas (mesa).

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Sendo, assim, será aplicado nesta modalidade o rodízio de estimulações.

Nessa modalidade também são contemplados atendimentos de Educação Física, e

Atendimento Interdisciplinar (informática dança e ludoteca).

O atendimento da LUDOTECA é específico para os alunos com Deficiências

Múltiplas.

No início do atendimento é feito um momento de socialização, onde são abordados

temas referentes à proposta pedagógica. Compõe este, histórias, calendário, identificação

de cada aluno e as noções de espaço-temporal.

Avaliação – A avaliação é feita de forma processual, por meio de registros (PPI,

Ficha Individual, Relatório), Observação diária do desenvolvimento do aluno frente às

atividades propostas.

4.4-DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades

para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de

tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a

regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as

ações de autocuidado.

A capacidade de argumentação desses alunos também pode

ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para facilitar o

processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira

independência em suas relações com o mundo.

As causas são variadas e complexas, sendo a genética a mais

comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação

fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o

envenenamento por metais pesados durante a infância também

podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento

intelectual.

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As modalidades de Deficiências Múltiplas, Transtorno Global do Desenvolvimento

e Deficiência Intelectual, participam juntas do momento coletivo, onde seguem uma

sequência de atividades e ações programadas que norteiam o início do atendimento. O

quadro ao lado demonstra a rotina ou a agenda do dia. Nele podem-se fazer adaptações ou

alterações conforme a programação do dia, como por exemplo, o dia que tem educação

física, informática, passeio, receita e outros.

4.5-MOMENTO COLETIVO

O Centro de Ensino Especial 01 de Samambaia possui uma rotina bem

estabelecida e planejada. Dessa forma, podemos dizer que rotina da escola procura

desenvolver o trabalho diário por meio de horários, tarefas pré- estabelecidas e atividades

cotidianas organizadas da melhor forma possível. Não é uma tarefa fácil estabelecer uma

rotina, pois para o adulto, muitas vezes, é considerado algo ruim e repetitivo. Porém, para a

criança especial, é fundamental que exista uma rotina para que ela se sinta segura e possa

se organizar internamente e desenvolver a sua autonomia, bem como, ter a previsão das

atividades que irão acontecer.

Dentro desta realidade, está inserido o momento coletivo, onde participam os

alunos de Transtorno Global do Desenvolvimento – TGD, Deficiências Múltiplas – DMu,

Deficiência Intelectual – DI e Oficinas Pedagógicas. Nesse momento são planejadas

diversas atividades com o objetivo de despertar no aluno curiosidades, afetos, sentimentos

e sua identidade cultural. A idéia central é que as atividades planejadas devam contar com

a participação ativa das crianças garantindo às mesmas, a construção das noções de tempo

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e de espaço, possibilitando-lhes a compreensão do modo como as situações são

organizadas e, sobretudo, permitindo ricas e variadas interações sociais.

Vale ressaltar que toda a metodologia e planejamento do Momento Coletivo

provém sempre de dois professores, explorando o calendário, realizando a chamada, a

contagem dos alunos, analisando o clima, contando a história e planejando as atividades

relacionadas à história da semana, conforme a seqüência abaixo:

1. CALENDÁRIO

As crianças vêem todos os dias calendários que contem informações de uso

habitual, cabe à escola ampliar e sistematizar essas experiências para que todas as

crianças possam dar sentido a uma prática. O calendário pode ser utilizado para aprender

sobre o tempo, mas também como fonte de informação e pesquisa para a leitura e registro

de números. Há diferentes tipos de calendários utilizados socialmente (folhinhas anuais,

mensais, semanais) que podem ser utilizados com diferentes funções na escola.

1. CHAMADA

A chamada é feita nomeando e contando o

número de alunos, separando quantas meninas e

quantos meninos. A cada contagem é feita a

representação numérica no quadro "MENINAS E

MENINOS", e no final é feita a soma de todos

juntos.

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3. TEMPO

Nesse momento é criada uma pequena discussão sobre

o clima do dia e explicado como ele afeta o cotidiano

de todos, assim como as diferentes coisas que usamos

quando está calor e quando está frio. Aqui são

apresentadas imagens com diferentes tipos de clima -

nublado, ensolarado e chuvoso.

4. A HISTÓRIA

No momento coletivo, a literatura infantil tem um espaço especial, sua função é

recreativa e pedagógica, assim como lúdica e criativa, porque desperta não só o interesse

pelo mistério, pelo sonho e pela magia, mas também o gosto por criar, reproduzir,

compreender e participar.

Os temas geradores buscam promover a interação da criança com ambientes

chamativos e desafiadores. Por isso, colocar as crianças como protagonistas de suas

aprendizagens significa interagir com as suas narrativas e expressões, interpretá-las e

sempre relacioná-las com a intencionalidade do projeto.

Além da perspectiva formativa, os contos infantis poderão despertar o aluno para o

mundo da leitura, porque o texto ficcional amplia e mobiliza os limites do imaginário

pessoal e coletivo.

Para contar as historias são utilizadas várias técnicas como: apresentações,

ilustrações, fantoches, leitura do livro e outros.

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5. CAMINHADA

Com o término da história, se inicia a caminhada. Ela é feita nos arredores

dentro da escola. Nesse momento são exploradas situações variadas do clima, do meio

ambiente, comportamentos, orientação espacial e outros, e ainda procura estimular a

atividade física ou o simples ato de se movimentar, uma vez que muitos sequer saem de

suas casas, tendo apenas a escola como oportunidade de se socializar.

6. ATIVIDADES DE SALA DE AULA

A escola é o espaço para estabelecer uma

relação entre a literatura, livro e criança, e o professor é quem

irá propor atividades que façam a criança refletir e construir

conhecimentos.

As atividades têm

que ser aplicadas de forma rápida e

prática, uma vez que, em muitos casos o interesse pelas coisas é

muito rápido, demonstrando pouca tolerância a situações e pouca

concentração, atividades estas voltadas para o currículo adaptado

e funcional.

Atividades utilizadas:

-Montagem;

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- Histórias seqüenciadas;

- Pintura com tinta guache e cola colorida;

- Molde vazado;

- Recorte e colagem;

- Pintura com giz de cera, tinta guache e lápis de cor;

- Ver e folhear revista;

- Estimulação visual utilizando Bit’s;

- Manusear argila e massinha de modelar, farinha colorida e gliter;

- Jogo dirigido;

- Atividades de punção e enfiagem ;

- Manipulação de texturas;

- Estimulação dos órgãos dos sentidos por meio de estímulos variados;

- Exploração do pré-nome;

- Esquema corporal;

- Atividades com relevo e limites.

7. RELAXAMENTO

Após o parquinho ou o recreio, os alunos são levados à sala para relaxar no

colchão, ao som de músicas tranqüilas e calmas. Esse momento dura aproximadamente 15

a 20 minutos. Também serve de preparação para começar a próxima atividade.

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4.6- ATENDIMENTOS DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS SÓCIO-

MOTIVACIONAIS

As ações planejadas para as oficinas

durante este ano letivo, serão desenvolvidas

de acordo com o calendário escolar em

conformidade com a orientação pedagógica

vigente.

As oficinas pedagógicas sócio-

motivacionais atendem 16 alunos, conforme estratégia de matrícula. No turno matutino

terão três oficinas pedagógicas, sendo uma de tapeçaria, uma de AVAS-CORREIO e uma

de artesanato-lava jato ecológico.

No turno vespertino teremos três oficinas sócio-motivacionais, sendo as mesmas

do turno matutino.

O atendimento é de segunda á sexta-feira e as mesmas serão trabalhadas em

forma de rodízio, para melhor atender as necessidades e habilidades de cada aluno e

para não tornar o atendimento desinteressante para os mesmos.

Os produtos confeccionados nas oficinas serão comercializados, segundo critério

do professor, podendo os mesmos ser vendidos em exposições, bazares e outros, ou

entregue ao aluno. No caso de venda a renda será revertida para as oficinas e uma quantia

simbólica para cada aluno, para valorizar e estimular o seu trabalho.

4.7. ATENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Clientela: alunos com Deficiências Múltiplas, Transtorno Global do

Desenvolvimento, Deficiência Intelectual e Oficinas Pedagógicas, num total mínimo de 10

turmas e no máximo com 15 turmas, conforme estratégia de matrícula 2017.

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INTRUMENTOS:

- Avaliação funcional anual;

- Entrevista com os pais;

- Análise das pastas dos alunos;

- Planejamento;

- Relatório semestral;

TIPOS DE ATENDIMENTO:

- INDIVIDUAL: Alunos de Deficiências Múltiplas, Transtorno Global do

Desenvolvimento, Deficiência Intelectual e Oficinas Pedagógicas classificados na fase e/ou

ciclo I segundo a Orientação Pedagógica Educacional da Secretaria de Educação do DF

(2006);

- EM GRUPO: Alunos de Deficiências Múltiplas, Transtorno Global do

Desenvolvimento e Deficiência Intelectual e Oficinas Pedagógicas classificados nas fases e

ciclos II, III e IV segundo a Orientação Pedagógica Educacional da Secretaria de Educação

do DF (2006);

OS PROFISSIONAIS:

- Professor de educação física coordenador

- Professores de educação física regente

CLIENTELA:

- 04 a maiores de 15 anos;

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4.7.1- ATENDIMENTO COM TRANSTORNO GLOBAL DO

DESENVOLVIMENTO

Vivência das habilidades motoras básicas e específicas por meio de atividades

afeto-lúdico-desportivas em solo e no meio aquático. Estabelecimento de regras e rotinas

dessas atividades e o trabalho de socialização com alunos de todo o Centro. Participação

nos projetos FRESAM (Festival Recreativo Especial), dança e educação ambiental e

informática.

4.7.2- ATENDIMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

Vivência das habilidades motoras rudimentares e básicas por meio de atividades

afeto-lúdico-desportivas em solo e no meio aquático segundo a Orientação Pedagógica

Educacional da Secretaria de Educação do DF (2006). Trabalho de socialização com

alunos de todo o centro, comunidade escolar de Samambaia e demais CREs. Participação

nos projetos FRESAM (Festival Recreativo Especial), dança e educação ambiental e

informática e ludoteca.

4.7.3- ATENDIMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Vivência das habilidades motoras específicas por meio de atividades lúdico-

desportivas em solo e no meio aquático segundo a Orientação Pedagógica da SEDF.

Trabalho de socialização com alunos de todo o centro, comunidade escolar de Samambaia

e demais regionais. Compreensão de regras e noção de saúde por meio da atividade física.

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4.7.4- FESTIVAL RECREATIVO ESPECIAL

FREC

O festival recreativo

especial é um evento esportivo

recreativo que envolve alunos,

pais e professores dos centros

de ensino especial da rede

pública de Brazlândia,

Ceilândia, Samambaia e Santa

Maria, e tem como finalidade o

desenvolvimento global do aluno com necessidades educacionais especiais tanto no âmbito

escolar, familiar e social. Participam cerca de 350 alunos.

É um trabalho idealizado pelos professores de educação física destas Coordenações

Redionais de Ensino, juntamente com o apoio de suas respectivas equipes gestoras,

funcionários, professores de atividades e pais. Sua realização se dá sempre na semana que

antecede os feriados dos dias 12 e 15 de outubro.

Nele os profissionais de educação física discutem, elaboram, planeja, executam e

avaliam toda a parte pedagógica que vai desde a elaboração das atividades desportivas

(futsal, queimada, atletismo, ping pong, bola ao cesto, corrida de velotrol, caça ao tesouro,

corrida do túneo) às atividades lúdicas recreativas que atendem educação PRECOCE e os

alunos de Deficiências Múltiplas, Transtorno Global do Desenvolvimento, Deficiência

Intelectual e Oficinas Pedagógicas. O foco principal é estimulo à descoberta de seus

potenciais desportivo, social e afetivo.

São 04 dias de evento que inicia

com a abertura do evento, no segundo

dia acontece o festival interno onde a

atividades supracitadas acontecem

cada uma dentro em sua própria escola.

No penúltimo dia o intercambio, onde

os alunos se encontram em um único lugar e competem entre si superando seus limites.

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Encerra-se com um grande passeio onde é realizada a

premiação e a comemoração do dia das crianças.

A cada dia um centro fica responsável pela

organização do evento. Na última edição o Ceilândia ficou

responsável pela abertura (ginásio do SESC de Ceilândia) e o

intercâmbio (centro de ensino especial 02). O encerramento

ficou por conta de samambaia (SEST-SENAT de Samambaia).

Nossa grande dificuldade é conseguir o transporte,

camisetas e lanche para esses dias de evento.

O projeto escrito está em fase de conclusão e logo em seguida será enviado na

íntegra.

Queremos contar com o máximo de apoio dessa diretoria no intuito de que este

evento (pequeno projeto piloto) se estenda para todas as escolas do distrito federal. Nosso

outro objetivo é a participação de alunos

com necessidades educacionais que foram

inclusos no ensino regular dentro desse

evento, para isso precisamos de uma

estrutura tanto organizacional, financeira e

física para que o evento alcance uma

amplitude maior.

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4.8- ATENDIMENTO INTERDISCIPLINAR/COMPLEMENTAR

O atendimento complementar privilegia o desenvolvimento dos alunos e a

superação dos limites intelectuais, motores ou sensoriais. Visa especialmente, o acesso ao

conhecimento, permitindo ao sujeito sair de uma posição passiva e automatizada diante da

aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do próprio saber. O apoio complementar a

formação dos alunos que apresentam deficiência física, mental, sensorial (visual e pessoas

com surdez parcial e total), alunos com transtornos gerais de desenvolvimento e com altas

habilidades. Quando necessário esses alunos devem ser atendidos nas suas especificidades,

para que possam participar ativamente do ensino comum. O atendimento complementar é

realizado no período inverso ao da classe comum freqüentada pelo aluno e em espaço

equipado e organizado. Nessa sala podem ser atendidas crianças da escola e de escolas

vizinhas. O professor deve identificar e desenvolver estratégias educativas visando à

superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos. Ele inclui em suas ações:

avaliação do aluno, a gestão do seu processo de aprendizagem. A atividade desenvolvida

no atendimento complementar tem como referencial as Orientações Curriculares da

Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Ao ser inserido nos atendimentos, o

aluno aprende através das modalidades oferecidas formas e conceitos necessários para o

seu melhor desempenho ao longo da sua vida. O atendimento integra a proposta

pedagógica da escola, envolve a participação da família realizada em articulação com as

demais políticas públicas. O cee01 contempla no Atendimento Complementar em média 30

alunos, no matutino e vespertino, com 02 professores de educação física, sendo um, para

desenvolver o trabalho de dança, um professor de informática e um de cozinha

experimental.

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2.8.1- EXPRESSÃO CORPORAL

Dentro das várias formas de se expressar, a dança é a mais aceita e utilizada

pelos alunos da escola. Diante da especificidade de cada um, são

elaboradas apresentações e coreografias que permitam explorar suas

potencialidades de forma prazerosa, com temas atuais e polêmicos,

dentro de uma perspectiva transversal. Atendimento ofertado a 15

turmas, conforme estratégia

de matrícula 2018.

4.8.2- INFORMÁTICA

A informática como proposta

interdisciplinar torna-se para o centro mais que um

projeto, ela vem como ferramenta básica e

essencial para a viabilização da informação e

comunicação para aqueles que possuem

dificuldades além de biológicas, sociais.

Nesse contexto, promover o acesso do ANEE a tecnologia computacional, é

garantir a ele novas possibilidades na aquisição afetiva, cognitiva e sociocultural.

Basicamente são desenvolvidas atividades de utilização das ferramentas do

Windows, Word, pesquisa na INTERNET e jogos interativos pedagógicos.

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Atendimento ofertado a 15 turmas, conforme estratégia de matrícula 2018

O atendimento de informática enfoca a leitura, escrita, a criação literária, o uso da

tecnologia para um melhor aprendizado da nossa língua, bem como a concentração e

atenção indispensáveis para qualquer atividade que se proponha a fazer.

Atendimento ofertado a 15 turmas, conforme estratégia de matrícula 2018.

A informática como proposta interdisciplinar

torna-se para o centro mais que um projeto, ela

vem como ferramenta básica e essencial para a

viabilização da informação e comunicação para

aqueles que possuem dificuldades além de biológicas, sociais.

Nesse contexto, promover o acesso do ANEE a tecnologia computacional, é

garantir a ele novas possibilidades na aquisição afetiva, cognitiva e sociocultural.

Basicamente são desenvolvidas atividades de utilização das ferramentas do

Windows, Word, pesquisa na INTERNET e jogos interativos pedagógicos.

Atendimento ofertado a 15 turmas, conforme estratégia de matrícula 2018.

4.8.3-EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A aprovação da Lei nº 9.795, de

27.4.1999 e do seu regulamento, o Decreto

nº 4.281, de 25.6.20025, estabelecendo a

Política Nacional de Educação Ambiental

(PNEA).

A definição da educação ambiental

é dada no artigo 1º da Lei nº 9.795/99 como

“os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes

e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do

povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

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Sendo, assim, o profissional que trabalhar com Educação Ambiental, deverá voltar as

suas ações, no sentido, de garantir ao aluno as possibilidades de lidar com o meio ambiente

e conhecer o que dele provêm.

Este profissional deverá trabalhar com a horta, com a conservação e plantio no

interior da escola, com o jardim sensorial, dentre outras necessidades que surgirem no

decorrer do ano letivo.

O profissional que for trabalhar com Educação Ambiental, deverá dar

prosseguimento às atividades já realizadas pelo profissional do ano anterior.

Visando a economia de água, será utilizado regador.

Atendimento ofertado a 15 turmas, conforme estratégia de matrícula 2018.

4.8.4- LUDOTECA

Trata-se de um atendimento que trabalha com a estimulação visual, coordenação

motora, ludicidade e atende as modalidades de TGD e DMU.

Atendimento ofertado a 15 turmas, conforme estratégia de matrícula 2018.

escola.

5- DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

O aluno com necessidades educacionais especiais é aquele que apresenta, em

comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças físicas, sensoriais ou

intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos de caráter permanente, que

acarretam dificuldades em sua interação com o meio físico e social. A classificação desses

alunos, para efeito de prioridade no atendimento educacional especializado

(preferencialmente na rede regular de ensino), consta da política educacional vigente e dá

ênfase aos alunos que apresentam:

• deficiência intelectual, visual, auditiva, física, múltipla e surdocegueira;

• transtorno global do desenvolvimento;

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• altas habilidades/superdotação.

Convém ressaltar que as classificações costumam ser adotadas para dar

dinamicidade aos procedimentos e facilitar o trabalho educacional, embora isso não atenue

os efeitos negativos do seu uso. É importante, ainda, enfatizar, primeiramente, as

necessidades de aprendizagem e as do processo de ensino e de aprendizagem.

5.1-ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Nas instituições educacionais comuns, os ANEE são enturmados em classes

comuns, turmas de integração inversa e classes especiais. A organização da instituição

educacional inclusiva, nesse sentido, deve ter:

• professores capacitados para a regência de classe e professores especializados em salas de

recursos para o atendimento às necessidades especiais do aluno;

• salas de aula em que estejam incluídos alunos com necessidades especiais, de modo que

todos se beneficiem das experiências enriquecedoras promovidas pela diversidade;

• currículos adaptados às necessidades dos alunos;

• serviços de apoio pedagógico, envolvendo professores especializados em áreas

identificadas com as necessidades especiais dos alunos; professor-intérprete de LIBRAS;

professor guia-intérprete; professor de linguagens e códigos aplicáveis à deficiência visual,

física, intelectual e ao autismo;

• salas de recursos;

• professor itinerante para atender os alunos das instituições educacionais que não dispõem

da sala de recursos;

• rede de apoio interinstitucional de saúde, trabalho e serviço social;

• sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem cooperativa em sala de

aula, trabalho de equipe na instituição educacional, constituição de redes de apoio,

participação da família e apoio comunitário; currículo aprofundado e enriquecido para

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atendimento aos alunos com altas habilidades, bem como para aceleração de

aprendizagem.

A inclusão será viabilizada na Educação Básica, cabendo à instituição educacional

regular garantir o acesso e a permanência dos alunos com necessidades educacionais

especiais, apoiando-os, bem como aos seus professores, para que tenham acesso à

aprendizagem.

5.2- CLASSE ESPECIAL

Considerando a perspectiva de inclusão educacional, a Secretaria de Estado de

Educação do Distrito Federal orienta que os alunos com necessidades educacionais

especiais sejam atendidos prioritariamente em classes comuns. Nesse sentido, nos casos

em que o aluno necessitar de um atendimento diferenciado, em decorrência de dificuldades

de comunicação ou socialização, serão mantidas e/ou formadas classes especiais em caráter

temporário e transitório.

Os professores das classes especiais podem desenvolver projetos de integração e de

articulação das atividades pedagógicas em conjunto com uma turma regular, observando-se

a compatibilidade idade e série, de modo que os alunos da classe comum participem das

atividades na classe especial e vice-versa. Essas atividades pedagógicas devem ser

definidas a partir dos interesses e das necessidades dos alunos.

5.3-DO CENTRO DE ENSINO ESPECIAL

O atendimento em instituições especializadas é mantido, em conformidade com a LDB

(Art. 58, § 2o), para alunos cujas condições não lhes possibilitam a integração ou a

inclusão nas classes comuns de ensino regular.

O Centro de Ensino Especial (CEE), no Distrito Federal, constitui uma das

possibilidades de atendimento em Educação Especial e define-se como uma instituição de

atendimento educacional aos ANEE. Esse atendimento é realizado por professores

especializados, que utilizam o currículo funcional, o da Educação Infantil, o do Ensino

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Fundamental (Séries e Anos Iniciais) e o de Educação de Jovens e Adultos (1° Segmento)

adaptados.

São atendidos nos Centros de Ensino Especial, exclusivamente alunos que não

possuam indicação imediata:

• para a inclusão nas classes comuns ou para a integração nas classes especiais ou nas

classes de integração inversa do ensino regular, por motivos relacionados às suas

particularidades, considerando o processo avaliativo;

• alunos com deficiência(s) severa(s) – mental ou múltipla – cujo atendimento requeira

currículo especial;

• crianças do Programa de Educação Precoce (de zero a três anos e onze meses), até que o

sistema de ensino disponha de creches ou Centros de Educação Infantil suficientes;

• integrantes do Programa de Reabilitação;

• alunos com transtorno global do desenvolvimento, quando a gravidade do quadro clínico

ou de suas manifestações de conduta não permitam sua permanência ou imediata inclusão

na rede regular de ensino. O tempo de permanência de atendimento dos alunos no CEE é

estabelecido pela equipe pedagógica da instituição educacional em parceira com a Equipe

de Apoio à Aprendizagem, levando-se em consideração a orientação da Resolução n°

1/2005 – CEDF, no Capítulo IV, Art. 37, § 2°:

A alunos com idade superior a dezoito anos com graves comprometimentos

intelectuais e/ou múltiplos, matriculados nos Centros de Ensino Especial, deverá ser

proporcionado um currículo funcional para atender às suas necessidades individuais. A

oferta desse atendimento far-se-á por meio de programação específica, sob orientação da

Equipe de Apoio à Aprendizagem, e poderá ocorrer em dias e horários alternados,

respeitando as condições de saúde física e mental dos educandos.

Na rede pública de ensino do Distrito Federal, a Educação Especial desenvolve as

funções de complementação e suplementação curricular. Em casos específicos, para alunos

que não apresentam condições de inclusão na instituição educacional comum, há

substituição curricular nos Centros de Ensino Especial, por meio da proposta

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de um currículo funcional que atenda às necessidades e especificidades destes alunos e

lhes possibilite o desenvolvimento de competências e habilidades que favoreçam a sua

autonomia e maior participação na vida em sociedade.

O Atendimento Especializado no Centro de Ensino Especial está organizado em

etapas para atender às necessidades dos alunos conforme o ciclo de desenvolvimento

psico-sócio- emocional:

ü Etapa 1 – Alunos a partir de 4 anos até 8 anos de idade.

ü Etapa 2 – Alunos a partir de 9 anos até 14 anos de idade.

ü Etapa 3 – Alunos a partir de 14 anos de idade.

Além de atender os alunos ANEE, o Centro de Ensino Especial constitui-se como

um setor de Apoio à Inclusão Educacional na Diretoria Regional de Ensino a que pertence.

Seu papel define-se, em linhas gerais, no seguinte artigo da resolução do CNE/CEB nº 02

/2001 Art. 3º: “Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar

um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e

financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação

inclusiva”.

Dessa forma, os Centros de Ensino Especial têm como responsabilidade articular e

coordenar, na sua respectiva Diretoria Regional de Ensino, as ações pedagógicas da

Política de Educação Especial, propostas pela Diretoria de Educação Especial, que apoiam

e favorecem a construção do processo de inclusão educacional.

Nessa perspectiva, vários são os atendimentos especializados oferecidos nos

Centros de Ensino Especial, por meio dos seguintes Programas:

• Programa de Atendimento Educacional Especializado para os alunos ainda não

incluídos: atendimento exclusivo para alunos que, no seu percurso escolar, não foram

oportunizados com convivência e com participação na instituição educacional comum, ou,

ainda, para aqueles que foram integrados e que pelas fragilidades do sistema educacional

não alcançaram sucesso e tiveram que retornar para essas instituições. O programa tem

como objetivo estimular o desenvolvimento global dos alunos com necessidades

educacionais especiais relacionadas à deficiência mental, múltiplas deficiências e

transtorno global do desenvolvimento por meio de currículo funcional, para aquisição de

habilidades psicomotoras, de autonomia, socialização, e maior independência nas

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atividades de vida autônoma e social (AVAS), potencializando suas capacidades, inclusive,

para o processo de alfabetização, com vistas à sua inclusão educacional. Esse programa

engloba o Programa de Atendimento Interdisciplinar e o de

Oficinas Pedagógicas Profissionalizantes e Sócio-Profissionalizantes, este último destinado

aos alunos portadores de necessidades especiais a partir de 14 anos de idade.

• Programa de Educação Física Especial: atendimento educacional especializado que

objetiva o desenvolvimento integral dos alunos para aquisição de um repertório de

competências e habilidades psicomotoras básicas, por meio de atividades com o corpo,

onde o movimento e a ludicidade são compreendidos como aspectos indissociáveis da

aprendizagem. O programa é sistematizado em fases e ciclos que correspondem ao

desenvolvimento neuropsicomotor dos alunos. Para a correta adequação às fases e ciclos e

para o efetivo atendimento às necessidades educacionais dos alunos, faz-se necessária a

realização de avaliação funcional por parte dos professores de educação física.

• Programa de Educação Precoce: atendimento educacional especializado que objetiva

promover o desenvolvimento global e as potencialidades da criança de 0 a 3 anos e 11

meses no que se refere aos seus aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais e culturais

com vistas ao processo de inclusão educacional. Destina-se a crianças com atraso no

desenvolvimento, às consideradas de risco, prematuras e às diagnosticadas com

necessidades educacionais especiais.

• Programa de Atendimento Educacional Especializado Complementar: realiza o

apoio à inclusão escolar. Como um centro de referência, privilegiado por saberes e práticas

na educação de alunos com necessidades especiais, deverá oferecer o apoio educacional

especializado tanto para o aluno como para a instituição educacional e para a família.

Conforme a oferta de vagas para os atendimentos complementares de cada Centro, os

alunos incluídos em classes comuns ou classes especiais que necessitarem desses serviços

especializados poderão ser encaminhados. Os Centros também realizarão apoio à

comunidade escolar por meio de atividades pedagógicas de trocas de experiências com os

professores da instituição educacional comum e promoverão a oferta de curso de

capacitação nas suas áreas de atendimento, em articulação com a Escola de

Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE), na carga de complementação do

professor, no turno contrário ao de regência.

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Os alunos, conforme suas necessidades serão atendidos nas seguintes atividades:

Educação Física Adaptada, Atendimento em Salas de Ambiente Temático; Oficinas

Pedagógicas Profissionalizantes e Encaminhamentos para outros serviços complementares.

•Programa de Apoio e Integração escola-família e comunidade: este programa, dentre

outras funções, coordena a identificação e avaliação das necessidades educacionais

especiais, articulando-se com a área da saúde, quando necessário. O processo de

identificação e avaliação das necessidades educacionais dos alunos dar-se-á no próprio

contexto escolar, com a participação do professor responsável pela turma, equipe

pedagógica da instituição educacional e professor de educação especial. Após a avaliação

pedagógica, o aluno será encaminhado ao Centro de Ensino Especial para a

complementação do diagnóstico diferencial em parceria com serviços de saúde. Além

dessas ações, realiza orientação e apoia a instituição educacional e as famílias quanto às

necessidades dos alunos e formas de atendimento, articulando com instituições públicas e

particulares a inclusão de alunos em programas de esporte, lazer e cultura.

• Programa de Apoio à Inclusão: O Centro de Ensino Especial, como forma de apoiar as

demais instituições educacionais da rede pública de ensino no processo de inclusão

educacional, coordenará estudos e pesquisas para adaptação curricular com apoio da

comunicação assistiva e realizará avaliação e orientação de currículo funcional para os

alunos que não apresentarem condições de currículo adaptado. Além disso, em articulação

com a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE), coordenará a

realização da capacitação e formação continuada dos professores da escola comum, bem

como constituirá momentos de trocas de experiências entre professores da escola comum e

especial.

• Programa de Estudos e Pesquisas: O Centro de Ensino Especial desenvolverá

programas de estudos em comunicação assistiva e avaliação/currículo funcional, com os

objetivos de: apoiar a realização da avaliação funcional para elaboração da proposta de

currículo funcional personalizado para o aluno; coordenar estudos e elaboração de material

didático adaptado de comunicação assistiva para os alunos; possibilitar a utilização de

metodologias inovadoras de desenvolvimento de projetos educativos para favorecer a

comunicação dos alunos especiais e seu acesso aos objetivos gerais da educação; e

desenvolver proposta de acompanhamento e avaliação escolar dos alunos com uso de

comunicação assistiva.

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6-PRÁTICA PEDAGÓGICA

A estrutura de organização e gestão, assistência pedagógica, espaços de discussão e

reflexão são elementos importantes na constituição da escola como espaço de formação e

revisão de práticas pedagógicas.

A formação continuada do professor expressa o compromisso de garantia de

melhores condições de aprendizagem e promoção pessoal e social dos alunos. É importante

ressaltar a não utilização da técnica pela técnica, mas o saber fazer consciente com um

sentido político de construção de uma prática pedagógica que rompa com a seleção e a

exclusão, articulando a teoria à prática, demonstrando uma prática consciente e

transformadora.

A escola pode exercer importante papel no aprendizado para o exercício da

cidadania, entendida como capacidade e possibilidade de participação social nos processos

decisórios e avaliativos. Sabe-se, no entanto, que a escola educa e forma o cidadão por

suas relações pedagógicas (FONSECA, 1994, p. 83). Para que a escola forme para o

exercício da cidadania, portanto, impõem-se uma condição: ser a própria escola um

exercício permanente de práticas democráticas e cidadãs. Nessa perspectiva, evidencia-se o

papel estratégico do modelo de gestão escolar adotado, na consolidação de um projeto

educativo que permita materializar a intenção de "educar para a cidadania".

Para Jesus e Martins (2000, p. 24-25) as condições facilitadoras de aprendizagem

na sala de aula dizem respeito:

- Aprendizagem ativa - oportunidade de realizar tarefas e de assumir projetos concretos;

ensino que fomente a curiosidade e o gosto pela descoberta;

- Negociação de objetivos – importância de o aluno assumir um papel ativo na própria

aprendizagem, baseados no estabelecimento de contratos e compromissos;

- Avaliação contínua – necessidade dos professores e alunos refletirem sobre o seu

próprio processo de aprendizagem e de avaliarem a cada passo o resultado do trabalho

realizado;

- Demonstração, prática e feedback – utilização de modelos práticos e de comentários

sobre o trabalho realizado pelos alunos;

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- Organização do trabalho em pequenos grupos e a aprendizagem cooperativa;

- Colaboração criança-a-criança, de modo a que cada uma possa partilhar com outras os

seus pontos fortes e colaborar, deste modo, no trabalho do professor;

- Apoio – importância da ajuda e da cooperação no processo de aprendizagem.

A forma como o professor trabalha, as estratégias que ele utiliza para ensinar são

definitivas para a aprendizagem do aluno. Uma prática realmente mediadora implica um

trabalho intencionalmente organizado para que o aluno, com ajuda, adquira os conteúdos

planejados.

7-MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS

A instituição integra o Sistema de Ensino do Distrito Federal, inspirado nos

princípios de liberdade e solidariedade humana, e tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho, com plena observância dos fins da Educação Nacional

previstos na legislação de ensino vigente.

O Objetivo é proporcionar ao aluno uma Base Nacional Comum em Nível

Nacional, de conhecimentos que lhe propiciem o desenvolvimento de suas potencialidades,

possibilitando identificar-se com o meio social em que está inserido para que possa

prosseguir seus estudos, desenvolvendo:

I - A compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da

família e dos demais grupos que integram a comunidade;

II - O fortalecimento da unidade nacional;

III - O desenvolvimento integral da personalidade do aluno e sua participação na obra do

bem comum;

IV - O respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem;

V - O preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos recursos científicos e

tecnológicos;

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VI - A preservação e expansão do patrimônio nacional;

VII – A promoção e a valorização do ensino como principal meio do processo educativo;

VIII - A condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção política,

filosófica ou religiosa, bem como qualquer preconceito de classe ou raça.

Sendo assim, a instituição apresenta os seguintes objetivos institucionais, nos

termos de seu Regimento Escolar:

I. Contribuir para a adaptação da criança e do adolescente ao meio do qual faz parte

promovendo a integração escola/família e comunidade;

II. Atender às diferenças individuais dos alunos, adaptando as técnicas de ensino às suas

fases de desenvolvimento;

III. Proporcionar o desenvolvimento de habilidades possibilitando a aquisição de novas

experiências;

IV. Estimular a criatividade da criança;

V. Proporcionar ao educando as condições favoráveis para o desenvolvimento integral das

habilidades intelectuais, físicas, psicológicas, éticas, culturais, sócio-históricas, cognitivas,

perceptivo-motoras, afetivas e sociais.

VI. Colaborar no desenvolvimento de uma consciência ecológica de proteção ambiental e

integração ativa do homem com o meio ambiente.

8- PRINCÍPIOS ORIENTADORES

“EDUCAR PARA INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA”

8.1- JUSTIFICATIVA

A presente proposta pedagógica tem como eixo norteador, o tema “EDUCAR

PARA INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA”, devido à necessidade de desenvolver nos

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alunos desta instituição de ensino, a autonomia e independência dos mesmos, como forma

de melhorar a sua qualidade de vida. Para tal, foi adotada uma metodologia de construção

coletiva, por meio de uma atuante participação do Conselho Escolar, na coleta de sugestões

para a construção desse planejamento, visando contemplar os anseios de toda a

representação deste segmento.

8.2- OBJETIVO GERAL:

Proporcionar atendimento educacional especializado que possa desenvolver

competências biopsicossociais, favorecendo o processo de socialização e de preparação do

aluno para a inclusão, por meio do incentivo da independência e autonomia do educando.

8.3- METAS PRIORITÁRIAS:

• Promover momentos lúdicos, para estimular

o imaginário infantil;

• Ofertar atendimentos complementares para

crianças integradas nas escolas inclusivas;

• Ofertar a cozinha experimental, com o

objetivo de levar o docente a um

desenvolvimento global de suas

potencialidades, inclusive a sua independência;

• Desenvolver no aluno noção de produção de alimentos simples, de organização e

limpeza na cozinha experimental, normas de comportamento e higiene neste

ambiente.

• Realizar trabalhos manuais;

• Levar o aluno a participar de atividades de psicomotricidade para o

desenvolvimento da consciência corporal; locomoção, equilíbrio e organização

espacial;

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51

• Participar de passeios e visitas orientadas a diversos locais onde possam ampliar

seus conhecimentos e tornarem-se mais independentes;

• Criar ambiente físico e material adequado às necessidades educacionais do aluno;

• Utilizar adaptações curriculares adequando às diferentes situações, grupos e

pessoas para as quais se aplica.

• Montar atendimentos de estimulação específicos para a modalidade das

Deficiências Múltiplas - Dmu;

• Produzir materiais interventivos nas coordenações pedagógicas, de acordo com a

necessidade em sala de aula e as respectivas modalidades;

• Intermediar os conflitos existentes na comunidade escolar de forma imparcial,

melhorando e fortalecendo as relações interpessoais;

• Informar as ações realizadas no âmbito pedagógico, administrativo e financeiro,

visando a participação e sugestão de todos os representantes do segmento escolar;

• Promover atividades lúdicas que estimulem o imaginário do aluno, agindo

positivamente na sua aprendizagem e socialização.

• Adaptar o lanche de acordo com as necessidades e horários dos alunos, dentro de

suas especificidades (Deficiências Múltiplas e PRECOCE). Utilizando a horta da

escola para auxiliar no cumprimento das dietas necessárias (líquida, sólida, pastosa

e outros);

• Melhorar e fortalecer as relações interpessoais do grupo de funcionários, por meio

de ações interventivas;

• Oferecer aos pais atendimentos que esclareçam e amenizem suas angústias;

• Montar a sala de AVAs, de forma que possa atender as necessidades dos alunos e

também dar suporte aos professores regentes;

• Levar o aluno a perceber-se integrante, dependente e agente transformador do meio

ambiente, assim como, compreender também a sua responsabilidade em relação à

preservação do mesmo;

• Proporcionar momentos de confraternização buscando uma maior interação e

descontração entre o grupo.

• Viabilizar ambiente adequado para desenvolvimento das funções dos auxiliares de

educação.

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8.4-PRÁTICA PEDAGÓGICA

O Currículo Funcional é uma proposta de ensino que visa à melhoria da

qualidade de vida diária dos alunos com necessidades educacionais especiais. De modo

geral, trata-se de um empreendimento de ensino projetado para oferecer oportunidades

para os alunos aprenderem naturalmente habilidades que são importantes para torná-

los mais independentes, produtivos e felizes em diversas áreas importantes da vida

humana, em família e em comunidade.

Este trabalho busca estratégias de ensino-aprendizagem e atividades funcionais

a serem desenvolvidas com os educandos; oportunizando a vivência das tarefas do

cotidiano (atividades de vida autônoma) no ambiente escolar, possibilitando também o

desenvolvimento de comportamento adequado para o convívio social.

Para tal, foram criados pequenos projetos que contemplam a realidade Do

Centro de Ensino Especial de Samambaia, são eles:

6.4.1. ATIVIDADES CURRICULARES

A proposta pedagógica dos Centros de Educação Especial será organizada

em duas abordagens curriculares, conforme as características e necessidades educacionais

dos alunos:

• CURRÍCULO ADAPTADO

Os alunos com necessidades educacionais especiais na faixa etária de 6 a 14 anos

que, em decorrência das suas especificidades, não apresentarem indicação imediata para

inclusão na instituição educacional comum, terão atendimento educacional especializado,

conforme previsto na legislação vigente, em instituições educacionais especiais. O

atendimento educacional será organizado com base no currículo da Educação Infantil e

Anos Séries/Iniciais do Ensino Fundamental, mais especificamente até a conclusão do

ciclo de alfabetização, e Educação de Jovens e Adultos 1º segmento

com as adaptações necessárias a cada educando, com vistas à sua inclusão na instituição

educacional regular, em classes especiais, integração inversa ou classe comum.

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• CURRÍCULO FUNCIONAL

Será organizado, conforme previsto nas Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica (2001, p.58), para atender os alunos que não apresentarem,

no momento, condições pedagógicas para currículo comum e que necessitam de uma

organização curricular específica, como também para os alunos que, depois de esgotadas

todas as possibilidades pedagógicas previstas nas adequações curriculares, não

apresentarem indicação para a continuidade do processo de escolarização e não puderem

atingir o nível exigido para conclusão do Ensino Fundamental. Nesse último caso, os

alunos receberão a Certificação de Terminalidade Específica, conforme previsto na

LDB9394/96, Cap.V, Art. 59, e serão encaminhados para atendimento educacional com

currículo funcional. Esse currículo tem por objetivo estimular o desenvolvimento global

dos alunos com necessidades educacionais especiais relacionadas à deficiência mental,

múltiplas deficiências e condutas típicas, para aquisição de habilidades psicomotoras, de

linguagem, de cognição e de atividades de vida autônoma e social (AVAs), possibilitando

maior autonomia, independência e promoção da qualidade de vida.

No dia a dia observamos que, são grandes as dificuldades do aluno ANEE no

desenvolvimento das atividades propostas, como também nos cuidados pessoais e

principalmente na sua dependência como pessoa; como cidadão. Nestes últimos anos

esta instituição escolar especializada no atendimento a alunos com deficiência

intelectual, deficiências múltiplas e transtorno global do desenvolvimento, tem

recebido uma clientela com maior comprometimento e limitações, inclusive nas

atividades de vida autônoma. Apresentam dificuldades em adquirir maior autonomia

na execução de tarefas simples, considerando que essas habilidades contribuirão para

melhora de sua qualidade de vida.

Segundo o Prof. Brown, uma atividade funcional “é aquela que se não for

realizada pelo aluno terá de ser realizada por outra pessoa.” Num planejamento

educativo equilibrado é necessário que constem inúmeras atividades funcionais que

são úteis e que contribuem para a auto-estima do aluno que tem consciência de que a

sua participação é necessária. No entanto, é igualmente importante que a sua educação

passe pelas atividades cognitivas, artísticas, pelo desporto ou pelo jogo que,

obviamente, não têm um caráter funcional, mas que contribuem para o enriquecimento

global do ser humano, são elas:

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• Participação do momento coletivo, com a agenda do dia, cantigas e histórias

infantis.

• Exploração do pré-nome por meio de contagem do número de letras, letra inicial e

final, bingo de palavras, pesquisas sobre o significado do seu nome,

• Estimulação da oralidade pela pronuncia de letras, pré-nome e cantigas de roda;

• Atividades de punção;

• Desenvolvimento da apreensão palmar;

• Conhecer as etapas da vida (nascimento, desenvolvimento e morte);

• Reconhecimento do próprio nome, quando este for chamado;

• Exploração de fotos e reconhecimento de pessoas significativas ou conhecidas;

• Exame da auto-imagem no espelho, brincadeiras com o corpo, músicas;

• Estímulos táteis com buchas, lixas, palitos, quente-frio, e outros;

• Estímulos visuais: lanternas com proteção, objetos luminosos, brinquedos e figuras

com contrastes que sejam de interesse do aluno, uso de flash com proteção, perucas

de papel laminado, utilização de bits, trabalhar com as expressões faciais

(triste/alegre, bravo, choro e outros)

• Estímulos olfativos e gustativos: alimentos (salgado/doce/azedo), reconhecimentos

dos alimentos pelo cheiro e pelo gosto, alimentos quente e frio;

• Estímulos auditivos: mostrar sons de diferentes intensidades, sons de animais,

ritmos de palmas, músicas, versos de poemas e histórias, de máquinas elétricas,

como: liquidificador, microondas, rádio, motores,;

• Nomear as partes do corpo, utilizando o espelho;

• Estimulação da atenção e concentração com bits de categorias variadas;

• Identificação das diferenças individuais (cabelo, cor, tamanho (pequeno/grande),

peso (magro/gordo), e confecção de boneco de meia e ou bonecos móveis;

• Atividades para explorar os órgãos do sentido (procurar em revistas), montar partes

do corpo com figuras geométricas, trabalhar conceitos: aberto/fechado, em cima/em

baixo, dentro/fora, utilizando o esquema corporal.

• Montar boneco de papel com as partes do corpo, desenho do amigo com giz no

chão;

• Músicas com as partes do corpo, dar banho em bonecos, como se alimentar

corretamente, comportamento no refeitório (rotinas).

• Montar caixas com objetos de higiene pessoal.

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• Incentivar atividades que promovam a independência do aluno, quanto aos

cuidados pessoais, como: escovação, pentear os cabelos, vestir e despir-se, na

alimentação,

• Exploração da funcionalidade dos objetos, (pente, escova de dente, sabonete e

outros).

• Família

Parentesco: Explorar os membros da família e seus papéis representativos,

de: pai, mãe, irmãos, avós, primos e tios. Álbum da família, número de parentes,

recortes de revistas, desenhos da família, números de pessoas que residem na casa,

representar a família através de dramatizações, desenhos, pintura e modelagem;

• Fazer visitas a família e observar a rotina da criança em casa;

• Explorar os vários tipos de casas (tijolo, prédios, madeira, palafitas entre outros).

• Explorar as dependências da escola, trabalhar a independência e a autonomia da

criança dentro das dependências da escola, revitalização da escola.

8.5- AÇÕES DO CALENDÁRIO ESCOLAR

8.5.1- CALENDÁRIO ESCOLAR 2018

FEVEREIRO

Apresentação dos servidores – 05/02/2018

• Apresentação da Equipe Gestora;

• Análise da portaria para a escolha de turma.

• Início da contagem de pontos.

• ESCOLHA DE TURMA –05 /02/2018

• Contagem de pontos

• Escolha de turma

• INÍCIO DO ANO LETIVO- 15/02/ 2018

• INÌCIO DA RECONSTRUÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA- 06/02/2018

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MARÇO:

Eu, corpo, identidade e autonomia/higiene bucal e corporal;

Semana da conscientização do uso sustentável da água;

Semana do Circo;

ABRIL:

Cores e formas geométricas;

Aniversário de Brasília/dia do índio; passeio aos pontos turísticos – Necessário

transporte

Psicomotricidade jogos e brincadeiras.

MAIO:

Semana das Artes;

Semana da Música;

Semana da Comunicação;

JUNHO:

Festa junina – Necessário transporte

Copa do Mundo

Animais/zoológico – Necessário Transporte.

Meio Ambiente/Sustentabilidade/Reciclagem;

Profissões/Dia dos Pais

2ª Reunião de pais

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JULHO:

Copa do Mundo

Profissões/Dia dos Pais

Recesso Escolar

AGOSTO

Estações do Ano;

Festa da Família/Cultural- Necessário Transporte

Folclore;

SETEMBRO

Semana da Alimentação/Nutrição;

Literatura Infantil;

Dia nacional de luta da Pessoa com Deficiência

Integração Sensorial;

Passeio da Educação Precoce – Necessário Transporte

OUTUBRO

Semana do FRESAM – Necessário Transporte

Semana do dia da Criança

Semana da educação/ Dia do professor e Estudante;

Aniversário do CEE 01 de Samambaia;

Aniversário de Samambaia;

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NOVEMBRO

Semana dos Talentos;

Semana do Trânsito;

Dia nacional da Consciência Negra;

Semana da Paz.

DEZEMBRO

Reunião de Pais;

Formatura  da  Educação  Precoce-­‐  Necessário  Transporte

Festa Natalina para os alunos.

v OBS: PODERÁ HAVER MUDANÇA NAS DATAS DOS PASSEIOS E FESTAS.

9- AVALIAÇÃO

A avaliação é feita de forma processual, por meio de registros PPI,

PORTAGE, Ficha Individual, Relatório semestral, observação diária do

desenvolvimento do aluno frente às atividades propostas. Seguem anexos exemplos do

mecanismo.

Faz-se, necessário ressaltar, que os profissionais que atuam em turma de TGD

deverão realizar o PORTAGE com seus alunos e eles deverão ficar nas pastas dos

mesmos.

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10- PLANO DE AÇÃO DOS PROFESSORES READAPTADOS, SOE,

MONITORES E CID

10.1- MONITORIA

OBJETIVOS METAS AÇÕES AVALIAÇÃO DAS AÇÕES

CRONOGRAMA

Realizar a acolhida e a saída dos alunos, proporcionando maior segurança e mobilidade nos deslocamento nos espaços da escola.

-Implementar ações que venham a dar mais segurança aos educadores e educandos nas atividades de higienização (assepsia), bem como nos deslocamentos dos alunos DMU da cadeira de rodas para outros meios.

-Realizar registro de atividades diárias desenvolvidas pela monitoria, bem como o

Alcançar até o final do ano letivo corrente melhorias significativas no atendimento aos alunos DMU e TGD no tocante a higienização e locomoção proporcionando aos mesmos melhores condições de participação nas demais atividades pedagógicas desta instituição de ensino.

-Dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pela monitoria por meio de registros formais de

Realização de coordenações coletivas envolvendo os demais seguimentos da escola no intuito de conscientizar todas as partes envolvidas no processo educativo da necessidade do trabalho conjunto para um bom acolhimento e devolução dos nossos alunos às famílias, objetivando a preservação da integridade dos mesmos e evitando acidentes.

-Buscar junto a Direção da escola e da Coordenação Intermediária meios que promovam a formação continuada com a finalidade de dar mais profissionalismo às ações desenvolvidas pelos monitores e consequentemente um atendimento especializado aos nossos alunos.

-Confeccionar livro diário para que sejam

A avaliação do projeto será realizada ao final de cada

Semestre do ano letivo de 2016.

MÊS:

Maio:

Implementação do

Livro-diário nos moldes

supramencionados.

-Articulação para viabilizar das

atividades de formação

continuada.

Agosto- Coletiva da monitoria com os demais segui-

mentos da comunidade

escolar.

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registro formal de ocorrências que saiam da normalidade.

atividades.

registradas as atividades cotidianas e intercorrências relacionadas às atividades da monitoria.

10.2- CID ADAPTADO SAMAMBAIA- 2018

Profª: Mara Rúbia M. Lourenço

I

OBJETIVOS METAS AÇÕES AVALIAÇÃO DAS

AÇÕES

RESPONSÁVEIS CRONOGRAMA

Melhorar e ampliar a participação dos alunos com deficiência da rede pública

Captar, até o final de 2014, o número de até 100 alunos com qualquer tipo de deficiência,

Promoção de eventos lúdicos e palestras que envolvam alunos, pais e professores sobre temáticas

A implementação do projeto será analisada no final do 1º semestre e avaliada no

Professores envolvidos no CID Adaptado, juntamente com coordenador específico na área de atuação

Mês:

Abril → 3ª Copa de Bocha Paralímpica do SEST SENAT e Festival de

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de Ensino do Distrito Federal, no projeto de CID Adaptado.

- Implementar um trabalho de cooperação de atividades físicas e psicomotoras dos alunos juntamente com as escolas e projeto CID Adaptado.

com idade entre 6 a 21 anos estudantes da Rede Pública de Ensino de Samambaia e Regionais próximas, para participar das modalidades paralímpicas realizadas pelo CID Adaptado.

- Visitar o máximo de escolas públicas, durante o primeiro semestre de 2014, a fim de divulgar o trabalho do projeto CID Adaptado.

relacionadas aos tipos de deficiência dos alunos em questão, dificuldades e desempenho dos mesmos.

- Reuniões mensais com os demais professores de outros CIDs Adaptados, visando uma discussão e interação do trabalho dos mesmos nas demais Regionais.

- Discutir com outros professores de CID Adaptado, durante reuniões bimestrais como está sendo gasto a ajuda financeira do PDAF.

- Elaborar durante reuniões de coordenação: folder de divulgação, avaliação dos alunos, chamadas, relatórios, datas de realização de

final do 2º semestre de 2014, visando melhorias para o ano posterior.

(Modalidades Paralímpicas).

Natação.

Maio → Após JEDF participação dos mesmos nos Jogos Paralímpicos do Distrito Federal.

→ Participação dos alunos do CID Adaptado no JESAM nas modalidades paralímpicas de Natação e Atletismo.

Agosto → Competição e Festival de Natação no SEST SENAT.

Outubro → Participação nos Jogos Escolares Etapa Nacional em São Paulo, nas modalidades de Bocha e Natação.

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competições e festivais, convidar demais escolas públicas de Samambaia e Regionais que tenham o CID Adaptado para participação de tais eventos.

10.3-PROJETO VIDEOTECA

PROFESSORAS READAPTADAS: Andressa Dantas, Deise Marques e Magali Santos

APRESENTAÇÃO

A linguagem audiovisual é impregnada de sentidos e está presente no nosso

cotidiano na forma de entretenimento e informação. A mídia televisiva é sedutora e explora o

sensorial. A sociedade moderna é caracterizada atualmente pela multiplicidade de linguagens

e por uma forte influência dos meios de comunicação. O uso didático dessa ferramenta avança

da capacidade perceptiva para o campo da cognição e da construção de novos conhecimentos.

Diante disto, é imprescindível que a escola entenda e identifique essas diversas linguagens

com suas peculiaridades de forma a adequá- las a sua prática educativa.

Sabemos que o vídeo ou a televisão, por si só, não produzem uma aprendizagem

educativa. O vídeo pode e deve ser usado como instrumento que vise o desenvolvimento do

processo de ensino e aprendizagem, desde que atenda aos objetivos do planejamento

educacional.

A intervenção do professor é indispensável para o uso destes recursos audiovisuais,

já que ele será capaz de intermediar o conhecimento à realidade de seus alunos, ou seja,

dinamizar a leitura do que se vê. Como afirma Gadotti: “A educação sendo essencialmente a

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transmissão de valores necessita do testemunho de valores em presença. Por isso, os meios de

comunicação e a tecnologia não podem substituir o professor”.

Em se tratando de Educação Especial, deve-se adequar este recurso audiovisual às

necessidades pedagógicas destes alunos, isso se dá através das adaptações curriculares, onde o

professor definirá os objetivos a serem alcançados, através de uma avaliação criteriosa do

aluno, considerando suas particularidades, necessidades e aproveitamento dos mesmos.

A escola deve proporcionar aos alunos com necessidades educacionais especiais um

ambiente onde o fazer pedagógico aproxime esses recursos audiovisuais a fim de permitir aos

alunos o acesso a todo e qualquer tipo de informação, bem como a rapidez com que essas

tecnologias evoluem na sociedade.

Partindo deste princípio, a implantação de uma videoteca é mais do que a

disponibilização de recursos audiovisuais, o vídeo será utilizado quando este contribuir

significativamente para a prática pedagógica, e para isso ocorra, a lista com todo o acervo da

videoteca deverá estar organizado por temas e acessível ao professor regente, que fará uma

análise competente do material disponível, para então inseri-lo em suas aulas mediante os

objetivos que pretende atingir.

Organizar uma videoteca escolar representa criar um espaço para o vídeo na

educação. É preciso considerar o papel da videoteca como um núcleo formador e

disseminador de novas formas de aprendizagem. Os recursos audiovisuais (vídeo/TV) como

parte integrante das atividades pedagógicas, permitem aos alunos o acesso à diversas áreas do

conhecimento. O uso do vídeo no planejamento da escola requer a observação de alguns

pontos:

• A linguagem é acessível aos alunos que assistirão ao filme?

• O filme é adequado à faixa etária e ao nível de compreensão dos alunos?

• Os temas abordados no vídeo vão contribuir significativamente para o desenvolvimento do

trabalho pedagógico?

Dentro deste contexto, a utilização da TV e vídeo na escola podem estar associados

ao entretenimento, desde que o professor não se perca quanto ao seu papel de alfabetizar

visualmente os seus alunos, ou seja, ensinar- lhes a ler o vídeo, trata- se de uma linguagem a

mais que a escola deve inserir para criticar, entender e interagir.

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10.4- LUDICIDADE NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

PROFESSORAS READAPTADAS: Evany e Guiomar Santos

APRESENTAÇÃO

Este projeto é o caminho encontrado pelos professores readaptados, a fim de dar

suporte pedagógico no que se referem a materiais, recursos humanos aos projetos já

existentes na escola. Estamos dando suporte à sala de vídeo e momento coletivo do

CEESAM 01.

Verificamos que a existência destes projetos demanda recursos específicos,

materiais pedagógicos utilizados na sala de vídeo, pen drive, DVD’s infantis, pilhas,

manutenção dos aparelhos de TV e DVD’s, bem como, promover parcerias com grupos de

teatro, circo, dança e outros.

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11-REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Brown, L. e outros (1989). The Madison Strategy for Selecting Nonschool Environments

for Instructional Purposes. Madison: University of Wisconsin and the MMSD.

FONSECA, D. M. Gestão e Educação. In: FONSECA, D. M. Administração Escolar: Um

Compromisso Democrático. Campinas, SP: Papirus, 1994, p. 83.

JESUS, S. N.; MARTINS, M. H. Escola inclusiva e apoios educativos. Porto: Edições

ASA, 2000

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12-ANEXOS

PROJETO: ESTÍMULOS SENSORIAL MOTOR

Consiste em Atendimento Interdisciplinar, com a finalidade de auxiliar e avaliar,

funcionalmente, a visão dos alunos com encefalopatia crônica não progressiva, de forma a

identificar a real necessidade, visando assim, suas competências habilidades.

ELABORADO POR: Maria Angélica Cordeiro

Vera Lúcia

JUSTIFICATIVA

O referido atendimento fará parte do atendimento interdisciplinar do Centro de

Ensino Especial de Samambaia, com a finalidade de auxiliar e avaliar funcionalmente a

visão dos alunos com encefalopatia crônica não progressiva.

Consistirá na qualificação do processo de ensino para esses alunos com

comprometimento visual, devido à necessidade de estímulos visuais específicos de acordo

com a necessidade de cada um, visando assim suas competências e habilidades.

Com esse trabalho de intervenção tentamos compreender as necessidades e facilitar

a construção do conhecimento como um todo, através da intervenção procuramos despertar

a curiosidade e o interesse, estimulando iniciativas de autonomia da pessoa com

necessidades especiais, uma vez que os estímulos sensoriais é um canal de suma

importância para a aprendizagem e para o desenvolvimento do ser.

Uma vez realizada a avaliação funcional do aluno, compreenderemos e

identificaremos a real necessidade, o que dará a intervenção e o planejamento voltado para

as reais possibilidades do aluno, qualificando o processo de ensino-aprendizagem.

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Esse projeto nasceu da necessidade real dos alunos, a partir de uma observação da Serviço

Especializado de Apoio e Aprendizagem do Centro de Ensino Especial de Samambaia,

clamado pelo corpo discente desta instituição.

No momento da avaliação funcional foi verificado que, esses alunos estão sendo

estimulados em outras áreas cognitivas, auditivas, motoras, porém, a parte visual está

sendo comprometida devido alguns fatores que não favorecem a qualidade de ensino,

como o ambiente, a falta de recurso humano especializado, o material específico e um

momento adequado para estimulação desta área específica.

Reforçamos a necessidade deste atendimento devido suas peculiaridades, com o

profissional especializado e com um conhecimento dos alunos em sua essência para que se

consiga atingir os objetivos de uma proposta voltados para o desenvolvimento deste

público alvo.

Devemos considerar a importância inclusive da iluminação do ambiente, que deve

ser diferenciada de acordo com cada patologia, não podendo ignorar este fato, já que

segundo MARAES, Marilda, “A organização do ambiente, a interferência de ruídos e

movimentos podem prejudicar muito a avaliação funcional”

Baseado neste contexto considerou que, não somente a avaliação funcional poderá ser

prejudicada, mas todo o processo de aprendizagem, como: a atenção, concentração a

percepção visual e outros fatores que influenciam diretamente a cognição desses alunos.

“O avaliador deve aguçar a sua sensibilidade para observar a qualidade da

informação e da experiência visual da criança, o nível de consciência visual, autoimagem e

possíveis frustrações desenvolvidas.”

O avaliador deve estar atendo não apenas ao nível de desenvolvimento real, mas

também ao nível de desenvolvimento potencial, para o traçado de um planejamento

pedagógico adequado.

Hoje com a estratégia de matrícula vigente, não atende de forma eficaz as necessidades dos

mesmos, no entanto, com a viabilidade deste projeto saciaremos nossos anseios, dando

uma possibilidade real de amplitude visual e de desenvolvimento das funções cognitivas

superiores, de acordo com a O.P. atual do Ensino Especial da SEEDF, criam-se uma ótica

diferenciada e de qualidade concreta para esses alunos, com o referido atendimento

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interdisciplinar, complementando e acrescentando a excelência do serviço prestado.

Abrindo margens para um atendimento de qualidade, que engrandece os objetivos da

SEEDF, em oferecer um ensino de qualidade para toda rede.

Este projeto é o caminho encontrado pela instituição de ensino, representado pelos

profissionais especializados da educação, para que esses alunos tenham o atendimento

adequado de acordo com a sua necessidade, visando o bem-estar do aluno e o sucesso de

sua autonomia.

É necessário que exista uma estimulação sistemática, e concreta, que abranja todas

aas capacidades para potencializar ao máximo os sentidos da visão, pois a audição, tato,

olfato e paladar já estão sendo devidamente estimulado em sala de aula, sem a necessidade

deste trabalho aqui proposto.

Hoje o Centro de Ensino Especial de Samambaia encontra-se com 17 turmas de

DMu pelo matutino, com mais 17 turmas no período vespertino, necessitando deste

atendimento forma imediata e urgente, além de ter que se pensar em uma fila de espera

para possíveis atendimentos na precoce e dos alunos na área de TGD, se necessário. Desta

forma, podemos considerar que o projeto tem objetivos de caráter emergencial.

OBJETIVOS GERAIS:

• Pretende estimular e avaliar funcionalmente a visão de maneira eficaz, as pessoas

com necessidades especiais, tanto com material elaborado e adaptado e

especificamente para cada aluno deste atendimento, de forma que auxilie os

educandos com deficiências múltiplas especialmente o com paralisia cerebral,

facilitando o processo de ensino-aprendizagem, através da ampliação do campo

visual.

• Desenvolver habilidades e competências através da estimulação que se dará com o

atendimento especializado, em funções viso-perceptivas, que estão associadas ao

nível de assimilação, codificação e integração além de elaboração correta de tais

estímulos, através de vivências socioculturais.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Verificar o nível de consciência a atenção visual, mediante a reação de luz natural e

artificial.

• Adaptação ao escuro e a luz ao brilho, observando a reação aos patrões de alto e

baixo contraste, cor da alta e baixa intensidade, forma simples e complexa ao

contato visual.

• Campo visual e esfera visual, tudo ao que se refere ou provoca uma reação da visão

• Estimular as funções óculo motoras, que são a capacidade de fixação do olho,

acomodação e segmento visual, que é de fundamental importância à orientação

oftalmológica para uma qualidade de vida, com aspecto de nitidez e acomodações

das imagens de seu campo ótico, as funções óticas motor são avaliadas pela fixação

e o segmento de luzes, como exemplos podemos destacar, expressões faciais e seu

reconhecimento.

• A avaliação funcional da visão poderá acontecer com o pedagogo especializado,

será um auxiliador em termos práticos e qualitativos no diagnóstico e conduto

oftalmológico, pois contem observações específicas do desempenho visual,

utilizando a visão residual para interação do mundo a cerca e com as pessoas que

estão envolvidas em seu dia-a-dia, levando em consideração o seu desenvolvimento

visual do aluno.

• No momento em que se finaliza a avaliação funcional da visão, os professores terão

um norteador para as atividades propostas, essa avaliação será articulada pelo

professor especialista do atendimento especifico, assim, caberá ao mesmo a orientar

os profissionais que atuam com essa criança no Centro de Ensino Especial.

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DEFINIÇÕES DE ATIVIDADES/ METODOLOGIA:

O professor responsável pelo direcionamento deste atendimento atenderá o aluno

em aulas de 50 minutos, no mínimo duas vezes na semana para alcançar todos os objetivos

já descritos aqui no projeto.

O professor responsável deve exercer a sua função em regime 20/20 horas

semanais, para que atenda os dois turnos da escola, sem que tenha que onerar mais de um

profissional, seguindo o horário do atendimento complementar, já conhecido pela

instituição.

O ambiente (sala de aula) deve ser com janelas pretas e paredes brancas sem

incentivos coloridos, para que seja facilitador da aprendizagem, dentro dos objetivos

específicos, sem nenhum tipo de luminosidade para que possa ser trabalhado o potencial

dilatador da íris, (contração/ dilatação).

O uso de instrumentos que propiciem o foco na escuridão, como lanternas, objetos

luminosos e brinquedos luminosos, dispositivo a lazer.

A mesa de atividade deverá ser no mínimo forrada com pano preto para que

aconteça o contraste com a folha de papel, que preferencialmente será no papel A3, e/ou

com letras maiúsculas e em negrito, sendo maiores que o padrão, caso necessário.

O conteúdo deve estar vinculado ao conteúdo de sala de aula do professor regente

e de outros atendimentos que o aluno seja contemplado.

A avaliação deve ser acompanhada por um membro do Serviço Especializado de

Apoio a Aprendizagem.

O professor responsável pelo atendimento deverá ser um facilitador inclusive como

apoio para o professor regente, como orientação de confecção de material apropriado para

as deficiências especificas.

Deverá ter na sala recursos materiais que facilitem as atividades proposta como:

lupas, lanternas e outros objetos que trabalhem o segmento visual, a capacitação da visão.

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PÚBLICO ALVO:

• Alunos DMu do Centro de Ensino Especial de Samambaia,

• Alunos com paralisa Especial

• Alunos encefalopatia crônica não progressiva.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ESPECÍFICOS:

Fará parte do projeto um professor de atividades, de preferência pedagogo,

habilitado com curso de pós-graduação em Ensino Especial.

O coordenador do interdisciplinar.

Materiais específicos e adaptados para as pessoas para as pessoas com visão

residual.

São elementos básicos para o melhor aproveitamento da visão residual, a

iluminação, contraste, ampliação, os filtros e os auxílios não ópticos, acessórios como

carteira inclinada, lápis macio, marcadores de ponta fina e grossa, materiais florescentes,

Lupas, papel A3, Brinquedos luminosos, Figuras contrastantes, Dispositivo de laser.

Espaço físico, adaptado para avaliação e realização de atividades que desenvolvam

a área visual.

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PROJETO VIDEOTECA

PROFESSORA: Deise Marques e Guiomar dos Santos

JUSTIFICATIVA

A linguagem audiovisual é impregnada de sentidos e está presente no nosso

cotidiano na forma de entretenimento e informação. A mídia televisiva é sedutora e explora o

sensorial. A sociedade moderna é caracterizada atualmente pela multiplicidade de linguagens

e por uma forte influência dos meios de comunicação. O uso didático dessa ferramenta avança

da capacidade perceptiva para o campo da cognição e da construção de novos conhecimentos.

Diante disto, é imprescindível que a escola entenda e identifique essas diversas linguagens

com suas peculiaridades de forma a adequá- las a sua prática educativa.

Sabemos que o vídeo ou a televisão, por si só, não produzem uma aprendizagem

educativa. O vídeo pode e deve ser usado como instrumento que vise o desenvolvimento do

processo de ensino e aprendizagem, desde que atenda aos objetivos do planejamento

educacional.

A intervenção do professor é indispensável para o uso destes recursos audiovisuais,

já que ele será capaz de intermediar o conhecimento à realidade de seus alunos, ou seja,

dinamizar a leitura do

se vê. Como afirma Gadotti: “A educação sendo essencialmente a transmissão de valores

necessita do testemunho de valores em presença. Por isso, os meios de comunicação e a

tecnologia não podem substituir o professor”.

Em se tratando de Educação Especial, deve-se adequar este recurso audiovisual às

necessidades pedagógicas destes alunos, isso se dá através das adaptações curriculares, onde o

professor definirá os objetivos a serem alcançados, através de uma avaliação criteriosa do

aluno, considerando suas particularidades, necessidades e aproveitamento dos mesmos.

A escola deve proporcionar aos alunos com necessidades educacionais especiais um

ambiente onde o fazer pedagógico aproxime esses recursos audiovisuais a fim de permitir aos

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alunos o acesso a todo e qualquer tipo de informação, bem como a rapidez com que essas

tecnologias evoluem na sociedade.

Partindo deste princípio, a implantação de uma videoteca é mais do que a

disponibilização de recursos audiovisuais, o vídeo será utilizado quando este contribuir

significativamente para a prática pedagógica, e para isso ocorra, a lista com todo o acervo da

videoteca deverá estar organizado por temas e acessível ao professor regente, que fará uma

análise competente do material disponível, para então inseri-lo em suas aulas mediante os

objetivos que pretende atingir.

Organizar uma videoteca escolar representa criar um espaço para o vídeo na

educação. É preciso considerar o papel da videoteca como um núcleo formador e

disseminador de novas formas de aprendizagem. Os recursos audiovisuais (vídeo/TV) como

parte integrante das atividades pedagógicas, permitem aos alunos o acesso à diversas áreas do

conhecimento. O uso do vídeo no planejamento da escola requer a observação de alguns

pontos:

• A linguagem é acessível aos alunos que assistirão ao filme?

• O filme é adequado à faixa etária e ao nível de compreensão dos alunos?

• Os temas abordados no vídeo vão contribuir significativamente para o desenvolvimento do

trabalho pedagógico?

Dentro deste contexto, a utilização da TV e vídeo na escola podem estar associados

ao entretenimento, desde que o professor não se perca quanto ao seu papel de alfabetizar

visualmente os seus alunos, ou seja, ensinar- lhes a ler o vídeo, trata- se de uma linguagem a

mais que a escola deve inserir para criticar, entender e interagir.

OBJETIVO GERAL:

Adotar o vídeo e a televisão nas ações educativas como forma de incorporar as linguagens

presentes no cotidiano aos conteúdos propostos em sala de aula e também nos estudos do

corpo docente visando integrá-los na dinâmica do aprimoramento de métodos e técnicas de

ensino.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Montar uma sala de videoteca, com um acervo que atenda a clientela da Educação

Especial;

• Criar um acervo com vídeos que venham ao encontro das diversas necessidades de

atendimento na Educação Especial;

• Viabilizar materiais audiovisuais que se relacionem, colaborem e enriqueçam a elaboração

e o desenvolvimento dos conteúdos trabalhados nas salas de aulas.

• Disponibilizar acervo audiovisual para o desenvolvimento de atividades pedagógicas bem

como subsídios Teóricos- Metodológicos para a formação do professor.

• Oferecer possibilidades diversificadas de filmes e/ou vídeos que colaborem com educador

no trabalho da formação da vida cultural e intelectual do aluno.

• Disponibilizar ao professor o acervo da videoteca de forma sistematizada a fim de

aproximar os meios de comunicação audiovisuais ao processo de ensinar e aprender.

• Integrar o ambiente escolar como um espaço a mais para a interação social, o

desenvolvimento cultural e entretenimento na escola.

ESTRATÉGIAS:

• Equipar a estrutura física da sala de videoteca com recursos que a tornem confortável,

agradável e eficiente em sua utilização;

• Preparar e organizar acervo;

• Divulgar a lista com os vídeos do acervo para que os professores venham a planejar suas

aulas valendo- se deste recurso tecnológico;

• Disponibilizar uma agenda de funcionamento da videoteca para que os professores

programem suas aulas e, desta forma as diversas modalidades da escola sejam prontamente

atendidas;

• Divulgar o projeto pedagógico da videoteca esclarecendo as suas possibilidades de uso e a

utilização dos recursos disponíveis;

• Fornecer materiais de palestras e vídeos que contribuam com a dinâmica da escola na parte

formativa da comunidade escolar.

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• Definir, conforme o espaço da sala de videoteca, um número máximo de frequentantes por

vez;

• Enfatizar a importância dos agendamentos para uma distribuição igualitária do uso;

PROVIDÊNCIAS:

• Levantar materiais para o acervo;

• Instalar armários com tranca para guarda do acervo;

• Listar acervo por ordem de temas;

• Divulgar a lista do acervo no mural da videoteca para consulta e demais informações;

• Colocar cortinas para coibir a entrada da luz externa;

• Instalar um aparelho de TV/ som/ vídeo adequados à sala da videoteca;

• Preparar o ambiente com cadeiras, puff’s e tapete para receber os alunos das diversas

modalidades da escola;

• Divulgar seu funcionamento, disponibilizando o horário de funcionamento para os

agendamentos e reservas

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PROJETO:

LUDICIDADE NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

PROFESSORAS: Evany dos Santos Correa e Guiomar Santos

INTRODUÇÃO

Este projeto é o caminho encontrado pelos professores readaptados, a fim de dar suporte

pedagógico no que se referem a materiais, recursos humanos aos projetos já existentes na

escola. Estamos dando suporte à sala de vídeo e momento coletivo do CEESAM 01.

Verificamos que a existência destes projetos demanda recursos específicos,

materiais pedagógicos utilizados na sala de vídeo, pen drive, DVD’s infantis, pilhas,

manutenção dos aparelhos de TV e DVD’s, bem como, promover parcerias com grupos de

teatro, circo, dança e outros.

JUSTIFICATIVA

Este trabalho nada mais é do que um conjunto de ações a serem desenvolvidascomo

recursos facilitadores no Processo Ensino Aprendizagem de forma prazerosa e lúdica.

Deverá ser constado no PPP como instrumento essencial, com a finalidade de atuar

como apoio lúdico pedagógico nos projetos: videoteca e momento coletivo.

PROBLEMATIZAÇÂO

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Sabendo da grande importância funcional da ludicidade nas aquisições e

aprimoramento do desenvolvimento psicomotor e cognitivo dos alunos do Centro de

Ensino Especial 01 de Samambaia, no Processo Ensino Aprendizagem, daremos apoio

pedagógicos dos projetos: momentos coletivo e videoteca, através de parcerias, bazares,

rifas e outros.

Público Alvo:

Alunos do Centro de Ensino Especial nº 01 de Samambaia.

OBJETIVOS GERAIS

§ Compreender a importância do lúdico nas atividades educativas no âmbito

escolar no suporte pedagógico como facilitador no Processo Ensino

Aprendizagem.

§ Conscientizar os professores da prática lúdica na Escola Centro de Ensino

Especial nº 01 de Samambaia a alcançar seus objetivos com sucesso.

OBJETIVOS ESPECÌFICOS

§ Contribuir como apoio pedagógico no desenvolvimento, reforçando

as capacidades intelectual, social e motora dos educandos.

§ Estimular o lúdico através de ações interativas onde se aprende

brincando.

§ Desenvolver as atividades interativas como: musicam danças,

histórias, filmes que desenvolva a afetividade e socialização.

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§ Proporcionar aos educandos, aprendizagens através de atividades

agradáveis e interessante. onde o aluno passa a interagir e socializar

de forma prazerosa.

RECURSOS:

Professores, coordenadores do Projeto:

• Evany dos Santos Correa- matrícula 0205426-4;

• Guiomar Fernandes Sabino- matrícula 0204800-0;

RECURSOS HUMANOS:

Professores, monitores e auxiliares em geral.

METODOLOGIA

As ações educativas propostas neste projeto envolvendo o lúdico, buscar através de

parcerias: comunidade escolar, comerciantes locais, rifas e bazares como alternativas de

implementações pedagógicas no auxilio as ações desenvolvidas no momento coletivo e

videoteca.

Para recursos e materiais imediatos, constituem, portanto em projetos qualitativos

com a finalidade de suporte pedagógico visando a ludicidade.

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FUNDAMENTAÇÂO TEÒRICA

As atividades lúdicas é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança,

sendo por isso, indispensável à prática educativa. O lúdico atrai as crianças despertando

um sentimento de prazer, lhes instigam a querer mais, a buscar e a aprender mais.

As atividades com o lúdico precisam ter uma finalidade, que ensinam brincando,

por isso precisam ser elaboradas com seriedade para contribuir com o desenvolvimento do

aluno de forma positiva, abrangendo todas as áreas de ensino. A função pedagógica

subsidia o desenvolvimento integral da criança.

Citação – Kishimoto, Tizuko

“Afirma que o prazer não pode ser considerado a característica definidora do

brinquedo na verdade preenche necessidades como motivas que impelem a criança á ação.”

Citação – Segundo Vygostsky

A escola e principalmente os professores devem tratar a ludicidade como um

sinônimo de aprendizagem atrativa e significativa no desenvolvimento da criança. Segundo

Piaget (1975), o jogo não pode ser tratado somente como uma atividade para desgastar

energia e sim como uma ferramenta importantíssima no processo de desenvolvimento da

criança.

Muito pode ser trabalhado a partir de jogos e brincadeiras, como: contar histórias,

dramatizar, jogo com regras, desenhar entre outras atividades, constituem meios prazerosos

de aprendizagem. A medida que a criança interage com os objetos e com as outras pessoas

, construirá relações e conhecimento a respeito do mundo em que vive.

Aos poucos a escola, a família em conjunto, deve favorecer uma relação de liberdade para

a criança, uma socialização que se dará gradativamente, através das relações que irá

estabelecer com seus colegas, professores e outras pessoas.

Citação – Piaget, Jean.

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APLICAÇÃO DO PROJETO

Este projeto visa buscar parcerias e alternativas como: Bazares, Rifas e outros;

Como forma de implementação pedagógica para viabilizar as atividades desenvolvidas no

Âmbito Escolar.

AVALIAÇÃO

Será realizada com base na observação do desenvolvimento e participação do

educando nas atividades propostas de forma contínua ,pois tanto os educandos e quanto os

professores estão predispostos à mudança e aceitação do diferente.

CRONOGRAMA:

2018 e anos subsequentes.

BIBLIOGRAFIAS

Piaget, Jean: A Formação do Símbolo da Criança: Imitação, jogo e sonho, imagem e

apresentação.

Tradução de Álvaro Cabral e Cristiane Monteiro.

Rio De Janeiro: Zahar, 1975.

Hishimoto, Tizuko: O jogo e a Educação Infantil, São Paulo Pioneira, 1994.

Vygotsky, Levemenovich: Formação Social da mente, São Paulo, Martins Fontes, 1989.