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Edição 146 │ Janeiro/Fevereiro de 2014 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Empresários organizam suas finanças para 2014 não ficar no vermelho ESTELIONATO Atenção à cobrança de boletos bancários em nome de ACs fantasmas CERTIFICAÇÃO DIGITAL Acirp se firma como autoridade emissora da identidade virtual no mercado TRENÓ ABASTECIDO Campanha de Natal movimenta Comércio com sorteio de cinco prêmios Educação FinancEira Papo sério

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Edição 146 │ Janeiro/Fevereiro de 2014

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Empresários organizam suas finanças para 2014 não ficar no vermelho

ESTELIONATO

Atenção à cobrança de boletos bancários em nome de ACs fantasmas

CERTIFICAÇÃO DIGITAL

Acirp se firma como autoridade emissora da identidade virtual no mercado

TRENÓ ABASTECIDO

Campanha de Natal movimenta Comércio com sorteio de cinco prêmios

Educação FinancEira

Papo sério

2 Revista Acirp em Ação Setembro/Outubro de 2013

Este material é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial

de São José do Rio Preto/SPRua Silva Jardim, 3099

Centro - CEP 15010-060F. (17) 3214-9433

w w w . a c i r p s j r i o p r e t o . c o m . b r

EDITORA E GERENTE COMERCIAL Stella Coeli (17)3021-9595 / 9771-7664 [email protected] RESPONSávEL Carol Soler (MTB 32.583/SP) [email protected]ÇÃO Bruno AlmeidaPROJETO GRáFICO E EDITORAÇÃO PX (Ivan Iggor Barreto - 17 9655.1313) [email protected] Xavier Neto - (17) 8126-9877 [email protected]ÃO MS. Cleuza IdalgoIMPRESSÃO Fotogravura Rio Preto

PRODUÇÃO

ANO IX - Nº 146 - JANEIRO/FEvEREIRO DE 2014

dirEToria acirP - BiÊnio 2012-2014

PRESIDENTE ADRIANA NEVES

1º vICE-PRESIDENTE LISZT REIS ABDALA MARTINGO

2º vICE-PRESIDENTE INSTITUCIONAL BENY MARIA VERDI HADDAD

3º vICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIvO /FINANCEIRO ALVARO LUIZ ESTRELLA

4º vICE-PRESIDENTE DE SERvIÇOS à ASSOCIADOS STEFANOS ALEXAKIS

DIRETOR TESOUREIRO GERAL VALDECIR BUOSI

DIRETOR 1º TESOUREIRO ANTONIO CARLOS SANCHES NUNES

DIRETOR 2º TESOUREIRO SYLVIO EDUARDO DI JACINTHO SANTOS

DIRETOR SECRETáRIO GERAL PAULO TADEU DE OLIVEIRA SADER

1ª SECRETáRIA FERNANDA CAPRIO D`ANGELO

2ª SECRETáRIA CLEUZA Mª IDALGO FERREIRA ABIB

DIRETORA DO CMEE VERA REGINA RODRIGUES FERREIRA JULIO

DIRETOR DA DISTRITAL NORTE DENILSON CESAR MARZOCCHI

DIRETORA DA DISTRITAL SUL GISELI FLORIANO DE OLIVEIRA XAVIER

DIRETORA DE EvENTOS LILIAMAURA GONÇALVES DE LIMA

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO JOSÉ ROBERTO TOLEDO

DIRETOR DE OUvIDORIA LUIZ FERNANDO GARCIA

DIRETOR DO EMPREENDER EMERSON ARO

DIRETOR DE RELAÇõES PúBLICAS MARCELO MANSANO DE MORAES

DIRETOR CULTURAL DANIEL RODRIGUES

DIRETORA DE AÇÃO SOCIAL CREUSA MANZALLI DE TOLEDO

DIRETOR DE MARkETING SERGIO CIPULLO

DIRETORA DE TREINAMENTO E DESENvOLvIMENTO ANA CAROLINA VERDI BRAGA RAGONHA

DIRETOR DE ASSUNTOS JURíDICOS SÉRGIO HENRIqUE FERREIRA VICENTE

DIRETOR DA INCUBADORA CARLOS ALBERTO VILLANOVA VIDAL JUNIOR

DIRETORA PARA RECURSOS HUMANOS DANIELA BRANDI

DIRETOR DO SETOR DE SERvIÇOS MARCOS AUGUSTO APOSTOLO

DIRETORA DE CONSTRUÇÃO CIvIL DENISE FARINA

DIRETOR SCPC KELVIN KAISER

DIRETOR DO COMÉRCIO JORGE LUIS DE SOUZA

DIRETOR DE TURISMO GIL FONTES

DIRETOR DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL MARCELO TRUZZI OTERO

DIRETOR DE AGRONEGÓCIOS VALDIR FERNANDES

DIRETOR DE COMÉRCIO EXTERIOR MARCIO MARCASSA JUNIOR

DIRETOR DA INDUSTRIA ARMILDO ULLIAN

DIRETOR DE PATRIMôNIO PEDRO LUIZ RIBEIRO RODRIGUES

DIRETOR DE BENEFíCIOS ADIL BERBERT

DIRETOR DE PROMOÇõES CRISTINA BASSITT

DIRETOR DO SETOR DE SAúDE PAULO CESAR BASSAN GONÇALVES

DIRETOR DE vENDAS ROGÉRIO ROSALLES

DIRETOR DE TI MAURICIO MOURÃO

DIRETOR DO NúCLEO DE JOvENS EMPREENDEDORES ARTUR GONÇALVES FILHO

Adriana Cássia NevesP R E S I D E N T E D A A C I R P

aoassociadoe d i t o r i a l

Faz bem ensinar, faz bem aprender

Outro dia, passeando num shopping, vi a seguinte cena: uma mãe estava aga-chada ao lado da filha em frente a uma vitrine de brinquedos. A menina, que não devia ter mais do que 8 anos, estava querendo comprar um brinquedo

que estava exposto. A conversa entre as duas foi muito madura. A menina queria entrar na loja, e a mãe lhe disse: “Filha, vamos fazer assim: você junta mais um pouco de dinheiro e voltamos aqui para levar a boneca, tá bom?”. Não fiquei para ver o final da história, mas isso me chamou muito a atenção por conta da valorização da me-sada ensinada pela mãe. quando a criança entende o real valor e a importância do dinheiro que ganha dos pais, ela vai se conscientizar na hora de fazer suas compras, e saberá poupar quando necessário. A primeira edição do ano da Revista Acirp em Ação trata justamente deste tema em nossa reportagem especial, com o foco voltado para a importância que a Edu-cação Financeira assume na vida das crianças e jovens de hoje. É claro que a cena que presenciei acima ainda não é tão comum de se ver, mas na reportagem você vai poder comprovar o quanto faz diferença ensinar os filhos a poupar e gastar com responsabilidade. Muitos pais estão fazendo isso em casa e, agora, as escolas também estão ajudan-do nessa tarefa. Não é fácil, nem será. Mas os colégios de todo o Brasil estão trazendo essas aulas para sua grade disciplinar e, de mãos dadas com as famílias e o governo, mostram às crianças e aos jovens que o dinheiro possui valores morais e éticos e que devemos gastá-lo com consciência. Dessa forma, estamos criando uma geração que dificilmente entrará no cheque especial ou pagará o rotativo do cartão. Esta, inclusi-ve, é uma medida preventiva e complementar à campanha que realizamos todo ano, junto com a Boa Vista Serviços, chamada de Acertando suas Contas, e que realiza oficinas de Educação Financeira para ensinar esses valores aos consumidores. Ainda nesta edição, e aproveitando o começo de ano, você vai saber planejar estrategicamente sua empresa para 2014 com dicas de quem entende do assunto e sabe bem como o Planejamento Estratégico é importante para o sucesso de seu negócio. Tem ainda Certificação Digital, os ganhadores dos prêmios da Cam-panha de Natal da Acirp, tudo o que rolou no lançamento do livro “São José do Rio Preto – Desenvolvimento e Negócios”, Coluna do Toledo, Bastidores, e muito mais. Como sempre, a revista está imperdível! Boa leitura e um Feliz 2014, com muita energia positiva e grandes conquistas para todos nós!

3Setembro/Outubro de 2013 Revista Acirp em Ação

aLÔ, ASSOCIADO!

dirETo ao assunTo A coluna sugere que os motoris-tas de rio preto usem a seta para melhorar o trânsito. É claro que não temos autoridade para proibir nada. Afinal, não somos guardas pra multar e nem secretário de trânsito para corrigir os erros dos motoristas e da sinalização. O fato é que está difícil dirigir em Rio Pre-to e um dos motivos principais é a falta do uso das setas para indicar manobras no trânsito. Parece que os nossos motoristas fizeram as provas para tirar a carteira de ha-bilitação com um único professor que se esqueceu de dar a aula do pisca-pisca. Em Rio Preto parece regra. Os motoristas gostam de andar pelo lado esquerdo da rua e não usam as setas para manobras. quem vem atrás sofre, se irrita, se estressa com esse gesto impruden-te no trânsito. O apelo para que a regra seja cumprida já chegou até nas redes sociais. Todos em uma só voz pedindo: “use a seta, cara”! Ninguém é vidente para saber para onde você vai virar. Parti-cipe desta campanha enviando sugestões para o e-mail HYPERLINK “mailto:[email protected][email protected]

o sEnEgal é aqui O calor por aqui é de deserto, insu-portável, chegando aos 40 graus, apesar de ser melhor ainda do que os 40 graus negativos (sensação térmica que vem se verificando em Nova York e no Canadá). O que na verdade o colunista quer passar para a sociedade é uma discussão sobre a necessidade

de os advogados, principalmente eles, usarem gravata e paletó no exercício profissional. A OAB (22ª subseção de Rio Preto), por meio de sua diretoria, bem que poderia lançar a campanha “Paletó no verão, não! – Respeito não se mede pelo vestuário”. A proposta não é original, até porque, no Rio de Ja-neiro, a OAB Fluminense dispensou os advogados do uso de paletó e gravata no exercício profissional, permitindo que os causídicos optassem por se apresentar com calça e camisas sociais. A benesse vale até o dia 21 de março, quando chega ao fim o verão. Não sei se é absurdo o raciocínio do colunista, mas aqui na redação da nossa revista tem gente trabalhando de bermuda.

soBE E dEscE Balanço feito com dados do IBGE, CNS e consultorias revela que, no ano passado, no segmento de serviços, os maiores aumentos ficaram por conta do aluguel resi-dencial (11,77%), transporte escolar (9,65%), estacionamento (12,32%) médico (11,73%), fisioterapeuta (11,38%), tratamento de animais (10,16%) e, entre outros, clube (13,12%). E o que mais caiu foi motel (- 9,38%).

BrailE na TV Domingo Marcolino Braile foi convidado e está propenso a aceitar convite para apresentar um programa sobre saúde, na TV da Cidade, Canal 16. O médico do co-ração é apaixonado por microfone e aviação.

acontecenomeio

Em oBra. o primeiro semestre ainda reserva uma grande surpresa: a reforma do centro de convenções da acirp. chan-celado pelo diretor de Patrimônio, Pedro luiz ribeiro rodrigues, a obra está sob o comando das arquitetas Vanessa Paiva e claudia Passarini. o projeto, que segue a todo vapor, promete a otimização do espaço físico, com direito à comodidade, conforto e segurança, além da troca do piso, iluminação e banheiros totalmente remodelados, que remetem à moderna arquitetura de Brasília. é esperar para ver!

união. se o problema maior da aacd são os pacientes da região, parece que a situação vai ficar mais leve. o presidente da ama – associação dos municípios da araraquarense, geninho Zuliani, prefeito de olímpia, colocou a ama para discutir a possibilidade de estabelecer convênios com as cidades associadas e que têm mo-radores em tratamento na unidade de rio Preto. a ama é uma associação que reúne 124 municípios do noroeste do Estado de são Paulo e tem por finalidade contribuir para a solução dos problemas comuns aos municípios que a compõem.

FORAdOEXPEDIENTE

Guilh

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e Ba

ffi

quem ilustra a capa da primeira revista da acirp é, ninguém menos, do que o talentosíssimo lézio Junior. quando a equipe da comunicação se reuniu para discutir a pauta da publicação, foi unânime o nome de quem faria a capa. lézio é nosso orgulho rio-pretense, habilidoso tanto na arte manual quanto na arte digital Photoshop. cursou comunicação social com habilitação em Jornalismo, trabalha com ilustração para o jornal Folha de s.Paulo, faz caricaturas e charges para a coluna mercado aberto e para o jornal diário da região de são José do rio Preto, com ilustração infantil e charge. Para a revista rollingstones ilustra a página Política nacional e para revista Veja tem as caricaturas publicadas na página Panorama Veja Essa. suas publicações incluem ainda o Pasquim 21, o Estadão, diário de são Paulo, Playboy e FuT.

Parte do staff do circo Tihany spectacular visitou a associação para traçar um breve panorama sobre a movimentação econômica, envolvendo turismo, comércio e gastronomia, do espetáculo na cidade. de volta ao Brasil, após 14 anos em excursões internacionais pelas três américas, o Tihany apresenta a rio Preto, até o dia 02 de março, o seu mágico espetáculo “abraKdabra”. o maior

circo da américa latina, com capacidade para mais de 1.700 pessoas, já apresentou esse espetáculo em 18 cidades do Brasil e foi visto por mais de 1,5 milhão de espectadores. são mais de 50 artistas, de 25 nacionalidades, somados à equipe fixa de 140 funcionários, além de 200 novos empregos temporários gerados na cidade. o inesquecível show, dividido em 18 atos com duas horas de duração, está situado na avenida romeo strazzi, ao lado do Plaza avenida shopping.

por RoBERToTOLEDOt o l e d o r o b e r t o @ i g . c o m . b r

léZio Junior

PicadEiro

GOLPE DE MESTREP R A P E N S A R N A F I L A

O caráter é como a gravata; uns usam por gravata uma fitinha preta, são os frívolos; outros um lenço de dois palmos de altura, são os graves. A primeira constipa, a segunda sufoca; eu uso gravata regular.

saúdE TEm PrEssa O número de pessoas que vem fazendo caminhadas nas pistas que ficam às margens da avenida Philadelpho Gouveia Neto, próximo a ponte Maria Bento, é impressio-nante. Pode até ser comparado a rua Bernardino de Campos, no Calçadão, em dias movimentados. A Prefei-tura construiu as pistas e o povo entendeu a mensagem, que andar e correr faz bem à saúde física e mental. Também tem o lado positivo para o Poder Público, que economi-za recursos financeiros ao comprar menos medicamentos, por exemplo, para hipertensão e diabetes.

Jogo limPo Acaba de ser publicado no Diário Oficial Judicial o seguinte texto: A Diretoria da Folha de Pagamento da Magistratura comunica, em face do disposto no § 6º do artigo 39 da Constituição Federal, os valores da base de subsídio da Magistratura do Estado de São Paulo: Magistrados Base Mensal dos Desembargadores R$ 26.589,68 - Juízes de Direito – Entrância Final R$ 25.260,19 - Juízes de Direito – Entrância Intermediária R$ 23.997,18 - Juízes de Direito – Entrância Inicial R$ 22.797,99 - Juízes Substitutos R$ 21.657,29. Pela infor-mação os Promotores estão situados nos mesmos valores.

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A Acirp, por meio de sua Diretoria de Comunicação, lançou dia 16 de dezembro o livro “São José do Rio Preto: Desenvolvimento e Negócios”, de autoria do jornalista

Greison de Melo. “Estamos entregando um banco de dados importantíssimo para mostrar os números que fazem de São José do Rio Preto a 2ª melhor cidade para se viver no Estado e a 5ª melhor do Brasil, referência em serviços e comércio da região, com grande atratividade sobre os municípios do seu entorno, em suma, um dos mais importantes eixos de crescimento do Estado de São

Paulo”, explica o diretor de Comunicação da Acirp, Roberto Toledo. No mesmo dia o Prefeito Municipal, Valdomiro Lopes, juntamente com o seu staff de secretários comunicou que a obra no Calçadão avança para a segunda etapa. “Nesta segunda fase as intervenções estão previstas para a rua Bernardino de Campos, entre as ruas Siqueira Campos e Prudente de Morais e na rua Siqueira Campos, entre a Voluntários de São Paulo e rua General Glicério”, afirma o prefeito na noite do evento e depois através de suas redes sociais. Ao lado, galeria de fotos da noite de lançamento do livro.

indicadorEs Econômicos Em PauTa

indicadoREs Econ

Segunda etapa da revitalização do Calçadão é anunciada durante lançamento de livro na Acirp

ômicos Em pauTa

8 Revista Acirp em Ação Janeiro/Fevereiro de 2014

9Janeiro/Fevereiro de 2014 Revista Acirp em Ação

Boleto recebido pela empresa meta rio Preto representações

comerciais em nome da acEB cobra taxa facultativa de r$299,50.

documento promete descontos, serviços e consultorias ao empresário que se torna

automaticamente associado após o pagamento

Empresários devem ficar atentos ao recebimento de boletos bancários em nome de Associações Comerciais fantasmas

muitos empresários já sofreram com o golpe e continuam a reclamar de boletos bancários recebidos

sem solicitação, com uma cobrança inde-vida ou mal explicada. As entidades, como se auto caracterizam, utilizam nome se-melhante à de Associações idôneas, como FACESP e CACB, e emitem a cobrança sem qualquer tipo de discriminação sobre o serviço cobrado. No verso do boleto há um breve texto direcionando os empresários para um site de consultas, com uma breve orientação de que o empresário torna-se automati-camente associado após o pagamento, comprometendo-se a pagar anuidade ou mensalidade. “O problema é que o boleto induz as empresas ao erro, ao informar que a cobrança é facultativa de modo camufla-do. Com isso, o empresário acaba pagan-do, por medo de sofrer restrições sérias ou de ser levado ao cadastro dos maus pagadores”, explica a presidente da Acirp, Adriana Neves. Embora as instituições aleguem estar

golPE

suPosTa FRaudEdentro da lei e enquadrem a cobrança como “Boleto de Oferta", não são poucos os empresários que reclamam de terem sido induzidos ao pagamento sem desejar tal filiação, e mesmo os que procuraram os serviços, afirmam que não tiveram ne-nhum tipo de prestação das ofertas divul-gadas. O dinheiro pago na contribuição inicial não é devolvido e os empresários podem acionar a Justiça, haja vista que a prática é enquadrada como estelionato. As empresas recém-abertas são as principais vítimas, uma vez que tais asso-ciações obtêm os dados divulgados no Diário Oficial. Por conseguinte, os empre-sários acabam por acreditar na legitimi-dade da cobrança, pois elas são enviadas no mesmo período em que devem pagar taxas e tributos obrigatórios ao governo. O empresário André Luis do Santos Gallego não escapou do golpe e recebe a cobrança há nove anos. “Desde que abri a empresa recebo um boleto da ACEB. Como estranhei na época o alto valor cobrado, que viria a dificultar minhas finanças, levei até meu contador e ele me alertou sobre a facultatividade do pagamento, além do possível golpe que

eu poderia cair caso pagasse”, explica Gallego.

A ressalva da presidente da Acirp é que ao receber um boleto, o

empresário procure o nome da entidade e confira se

ela realmente existe. “Com o CNPJ e o número do código sindical é possí-vel descobrir se ela está relacionada no site do Ministério do Trabalho e Emprego. Nunca pa-gue a fatura sem antes checar as informações e procure um contador

caso a procedência não seja condizente.”

sErViço

cErTiFicação digiTalREúnE TEcnoLogia, sEguRança E agiLidadE

11Janeiro/Fevereiro de 2014 Revista Acirp em Ação

ToKEn: é um dispositivo onde fica armazenado o certificado digital e que se conecta diretamente na por-ta usB do computador, dispensando qualquer tipo de adaptador. Este formato é indicado para advogados e empresários que efetuam transações em constantes viagens.

carTão: neste caso os dados fi-cam armazenados em um smart card e para leitura preciso uma leitora de cartão ou que o computador do usu-ário do certificado já tenha a leitora embutida. Este formato é indicado para contadores e instrutores de auto escola que precisam usar a assina-tura digital em diferentes locais de reconhecimento.

soFTwarE: os dados são arma-zenados diretamente na memória do computador do titular, dispensando qualquer tipo de feramente extra. com apenas dois cliques já é possível executar o sistema. sem contar que neste caso, a instalação da assinatura digital pode ser feita em mais de uma máquina.

REduz cuStOS E SimPliFicA O SEu diA A diA

REduz FRAudES nA cOmunicAçãO diGitAl, PROPiciAndO mEnOR RiScO à SuA ExPERiênciA dE liBERdAdE nA intERnEt

AumEntA A cOnFiAnçA Em tRAnSAçõES ElEtRônicAS

diminui A BuROcRAciA

AtRiBui vAlidAdE JuRídicA A dOcumEntOS ElEtRônicOS

AumEntA cREdiBilidAdE diGitAl dAS PARtES EnvOlvidAS

dá AutEnticidAdE à SuA vOntAdE diGitAl

É EcOlOGicAmEntE cORREtO: mAiS EcOnOmiA E SuStEntABilidAdE

GARAntE PRivAcidAdE

V a n T a g E n s

o certificado digital pode ser adquirido de três formas:

Emissão dos certificados digitais acontece nas dependências da acirp

de forma rápida e segura

12 Revista Acirp em Ação Janeiro/Fevereiro de 2014

Como nunca antes se viu, a nova geração já está entendendo o real valor das palavras empreender e poupar. Escolas, família e governo estão de mãos dadas para ensinar crianças e adolescentes a valorosa Educação Financeira

Finanças

os novos Tios PaTinhas

Já conhecido no mundo todo, o persona-gem que atende pelo nome de Tio Pati-nhas é visto como um velho pato sovina

e “pão duro”. O que muitos não sabem é que Tio Patinhas pode ser um tanto avarento, mas ele é extremamente empreendedor e, como ninguém, sabe o real valor de seu di-nheiro conseguido com muito suor e traba-lho. Seu primeiro emprego, de engraxate, é visto com orgulho aos olhos do velho pato, e a primeira moeda recebida pelo seu trabalho é guardada com muito carinho e escondida a sete chaves. Hoje, muitos Tios Patinhas estão nas-cendo nas famílias brasileiras. Com o apoio das famílias, das escolas e do governo, as crianças estão aprendendo a empreender conscientemente o dinheiro e a entender as adversidades que compõem a economia doméstica, o que contribui para que elas cresçam adultos mais conscientes e respon-sáveis na hora de gastar. A estudante Luana Almendros, de 16 anos, recebe mesada semanalmente há quatro anos do pai, o médico Arnaldo Al-mendros Mello. Os gastos giram em torno de compras e saídas com as amigas. “Jun-to para comprar alguma coisa que sei que meu pai não me dá. Procuro sempre guar-dar um pouco. Meu pai me aconselha para que eu procure guardar e não gastar à toa. quando o dinheiro acaba fico em casa, isso acontece eventualmente”, conta Luana. Ar-naldo Almendros explica que, desde que estabeleceu a mesada, sempre orientou a filha quanto à necessidade de se planejar os gastos. “Na realidade, o sistema de mesada

foi estabelecido para facilitar a com-preensão de que o dinheiro que

se tem é finito, ou seja, a partir do momento que a pessoa

sabe quando e quanto terá, associado à orienta-ção, ela em tese começa

programar e consequentemente controlar os seus gastos, ao que chamamos de Educa-ção Financeira. Foco as orientações no valor real das coisas e, principalmente, as dificulda-des que se tem para ganhar o dinheiro e nas frustrações e intranquilidade que a falta dele pode provocar, enfatizando sempre a neces-sidade de poupar. Não faço complementa-ções de mesada, pois, caso contrário, perco a oportunidade de mostrar e fazer sentir o quão desconfortável é querer e não poder por não ter se planejado adequadamente. Acho esse cenário extremamente didático”, afirma. Natália, 19 anos, é o oposto de Luana. A jovem trabalha como vendedora numa loja da cidade e tem como principal hobbie fa-zer compras. “Compro tudo o que eu quero. Não passo vontade de nada. Tenho centenas de pares de sapato, alguns deles sem nunca ter usado, tenho roupas que também nun-ca usei e uma coleção de bolsas que beira uns 50 modelos diferentes”, conta a jovem. O problema, porém, é mais sério do que se pensa. “Tenho uma dívida grande com meu cartão de crédito. Minha mãe nem sonha com isso. Meu namorado, coitado, até tenta me ajudar, mas é mais forte do que eu. Ele até já escondeu o cartão para eu não com-prar nada. Nunca tive ensinamentos sobre o dinheiro, nem na escola, nem em casa, mas também nunca fui atrás de saber”, con-ta. Não é preciso ser gênio da lâmpada para entender que os jovens educados finan-ceiramente crescem adultos mais res-ponsáveis e mais conscientes na

xavie

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o

hora de consumir. A ausência de uma sólida educação financeira deixou, sim, lá atrás, es-paços vazios na formação de muitos adultos. Hoje, mais do que ensinar aos filhos como gastar corretamente o que recebem, é es-sencial mostrar a eles como estabelecer uma relação saudável, responsável e equilibrada com o dinheiro. Maria Luisa Mendes Mata-razzo Ribeiro, filha do empresário e agrope-cuarista Aimar Matarazzo Ribeiro, acabou de completar 15 anos e dispensou a festa

aluno da coopec, Breno soler participou do projeto ano passado e aprendeu como gerenciar o dinheiro da mesada. “as aulas me ajudaram a aprender a importância de se planejar financeiramente. agora sou mais responsável com o que recebo de mesada e estou economizando porque quero comprar um skate novo. Juntando, eu chego lá”.

14 Revista Acirp em Ação Janeiro/Fevereiro de 2014

Finanças

para pedir ao pai uma viagem de estudos aos Estados Unidos. “Estou pagando todo o curso, mas ela economizou o dinheiro da mesada para fazer compras lá”, conta o pai. A estudante recebe mesada desde os 12 anos e sabe muito bem como gastá-la. “Sempre sobra no final do mês. Maria Luiza é uma me-nina muito controlada”, comenta Aimar, que não se cansa de ensinar e aconselhar a filha sobre como empreender com responsabili-dade seu dinheiro.

consumo rEsPonsáVEl Estudo divulgado ano passado pelo Ibope Inteligência mostrou que o consumo no Brasil em 2013 deverá atingir casa do R$ 1,55 trilhão, um aumento de 10% em relação a 2012. Este valor equivale a 34% do Produ-to Interno Bruto do país. Com a renda 33% maior do que em 2003, o brasileiro hoje é o 5º mais otimista do mundo quando o as-sunto é predisposição ao consumo, segun-do pesquisa global da Nielsen. Os gastos com automóveis estão no topo da lista dos produtos mais consumidos em 2013. Um verdadeiro cenário de contos de fadas para os jovens mais consumistas. São números re-almente animadores, mas perigosos: quem não usar seu dinheiro com sabedoria, pode não conseguir honrar suas dívidas. O jovem estudante Allan, de 20 anos, sabe bem o que é isso. No começo do ano passado, conseguiu comprar seu tão sonhado carro, mas precisou abrir mão em janeiro de 2014. “Me apaixonei pelo carro, fechei o negócio e saí da concessionária com ele, mas não fiz nenhuma conta para saber se conseguiria pagar as parcelas todo mês. Comecei a ter dificuldades, porque não parei para pensar que um gasto a mais ganhando o mesmo salário implicaria em gastar menos nos ou-tros departamentos, como roupas e saídas com os amigos. Me compliquei mesmo. Fiquei devendo para o banco, deixei de sair várias vezes com o carro porque não tinha dinheiro nem pra gasolina e, com muita dor no coração, entendi que precisava consertar a situação. Me faltou, sim, planejamento fi-nanceiro. Hoje, voltei a andar a ônibus, mas agora aprendi a lição e estou poupando para conseguir comprar um à vista daqui 3 anos”. Hoje, mais do que nunca, a educação financeira assumiu um papel de extrema importância na vida das crianças e adoles-centes. Agora, a mesada virou papo sério e o principal desafio é ensinar filhos e alunos a empreender seu dinheiro sem nunca se esquecer dos valores éticos e morais. “A eco-nomia gira em torno de transações financei-ras – o salário que recebemos, as compras que fazemos, os investimentos, o dinheiro

Eu PrEciso! E AGORA? ParaaquelesjovensquenuncativeramaulasdeEducaçãoFinan-ceiranocolégioedesejamaprendermaissobrecomocontrolarsuasfinanças e entender as inúmeras armadilhasque impedema saúdefinanceiradeseudinheiro,ojeitoécorreratrásdecursosepalestrasqueabordemesteuniversofinanceiro.Fluxodeconsumo,poupança,investimento,chequeespecial,créditopessoal,financiamento,cartãodecrédito,aplicaçõesfinanceiras,taxasdejurosedicasparasairdainadimplênciasãoapenasalgunsdositensabordadosemcursoses-pecíficosquetratamdeEducaçãoFinanceira. AnaCarolinacomentaque,doscursosoferecidospelasuaempre-sadeeducaçãocorporativa,odefinançastematraídocadavezmaisumpúbliconuncaantesimaginado:odejovens.“Dopontodevistadefinanças,gerirosvaloresdeumaempresaésemelhanteagerirosvalores de uma família. Temos um curso de Finanças Pessoais que,usandoosmesmosprincípiosdasfinançasempresarias,ensinaaspes-soasacontrolarmelhorseusrecursosfinanceiros.Omaisinteressanteéquetemosmuitosjovensseinteressandoporestetipodecurso,oquenuncaaconteceu.Exatamenteporelesnãoteremtidoumafor-maçãoadequadaquandocrianças,tantoatravésdesuafamília,quan-toatravésdoensinoformal,eles jáestãopreocupadosemmudarasua‘mentalidade’comrelaçãoaodinheiroequeremaprenderdeumaformasaudávelcomoadministrá-lo”. Natália, a jovem estudante citada no início da reportagemqueestáencrencadacomsuasdívidas,jáavisouqueirásematricularnumcursodeEducaçãoFinanceiraepretendeentraroanode2015livrededívidas,comamentefocadaempoupareinvestir.“Queroentenderminhasfinanças, aprendera cuidardomeudinheiroepouparpararealizarmeugrandesonho:fazerumafaculdadedePsicologia”.Boasorte,Natália!

que guardamos para o futuro etc. – e é com nossos pais que começamos a aprender. Precisamos ensinar isso adequadamente na infância para conseguirmos mudar essa mentalidade consumista e imediatista que temos, onde trabalhamos para o dinheiro e não ao contrário do que seria o correto: o dinheiro trabalhar para a gente. Nesta apren-dizagem, a escola e os pais têm importância fundamental, pois toda a formação infantil se dá através desse processo de educação, de transferência do conhecimento”, explica Ana Carolina Verdi Braga, diretora de Treinamen-to e Desenvolvimento da Acirp e empresária do Cegente – Educação Corporativa. A boa notícia é que o que falta atual-mente a alguns adultos, deve sobrar aos futuros jovens daqui a alguns anos. No mun-do todo, as escolas estão puxando para si a responsabilidade de, junto da família, discu-tir o consumo e as finanças sob um aspecto geral, mas com foco na realidade de cada

aluno. Assunto mais do que urgente, o tema gerou o 1º Congresso Nacional de Educação Financeira nas Escolas (Conefe), em setem-bro de 2013, na cidade de São Paulo. Realiza-do pelo Portal EduFin, o objetivo foi discutir como levar a educação financeira às escolas, começando pelo ensino fundamental até as universidades. Educadores, economistas e especialistas em finanças se reuniram para levantar as melhores maneiras de implantar a educação financeira levando em conside-ração o cenário econômico e a relação entre a escola e a família. Várias cidades já estão trabalhando para conseguir que a Educação Financeira tenha espaço cativo nas grades curriculares de seus colégios. A cidade de Manaus (AM), por exemplo, já saiu vencedo-ra: todas as escolas públicas da rede muni-cipal de ensino terão, a partir deste ano, em sua grade curricular, o ensino da Educação Financeira. A Lei nº 1787/2013 foi aprovada pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) e sancionada pela Prefeitura.

15Janeiro/Fevereiro de 2014 Revista Acirp em Ação

Um ótimo exemplo que está fun-cionando em inúmeros colégios de todo o país desde 1996 é o Programa de Educação Financeira, criado e co-ordenado por Cássia D’aquino, educa-dora com especialização em crianças, pós-graduada em Ciências Políticas, autora de artigos e livros sobre edu-cação financeira e representante do Brasil no Global Financial Education Program, iniciativa voltada para o de-senvolvimento da educação financeira da população de baixa renda em todo o mundo. “Este Programa adaptou ao currículo brasileiro os quatro pontos principais da Educação Financeira – Como ganhar dinheiro, Como gastar dinheiro, Como poupar, Como doar tempo, talento e dinheiro. De modo multidisciplinar, e atendendo a crian-ças dos 2 aos 17 anos, o Programa está formando jovens capazes de poupar e de planejar gastos”, explica Cássia em seu site www.educacaofinanceira.com.br. Segundo a educadora, nos países desenvolvidos, a educação financeira

c a s E s D E S U C E S S Ofica sob a responsabilidade da família e cabe à escola apenas reforçar este ensinamento. “No Brasil, infelizmente, a Educação Financeira não é parte do universo educacional familiar. Tampou-co escolar. Assim, a criança não apren-de a lidar com dinheiro nem em casa, nem na escola. As consequências deste fato são determinantes para uma vida de oscilações econômicas, com graves repercussões tanto na vida do cidadão, quanto na do país”, explica. aqui TamBém TEm Em São José do Rio Preto, exem-plos de sucesso não faltam. A escola Coopec – Cooperativa de Ensino Dr. Zerbini já vem introduzindo na sala de aula um projeto nada convencional, chamado de “Empreendedorismo na Coopec”, que visa levar alunos do 7º ano do ensino fundamental a discutir a importância do dinheiro e suas difi-culdades de gerenciamento, a impor-tância do planejamento financeiro no âmbito familiar e empresarial e a des-tinação sólida de recursos. “O projeto atua com a simulação de empresas de diferentes ramos de atuação (à esco-lha dos grupos). Os grupos de alunos constituem suas empresas, discutindo

com os professores a filosofia, a com-posição, os objetivos etc. Criam

logomarcas, identificam o perfil do consumidor e partem para a

ação. A Coopec fomenta o projeto com o capital inicial. Depois, apresentam os resultados mensalmente através de re-latórios, com índices de crescimento da empresa e projeção de metas. No final, todo o dinheiro obtido (lucro + investi-mento da escola) é revertido para Ins-tituições de caridade, escolhidas pelos próprios alunos”, explica o professor de matemática Ms. Luís Fernando Segala. O projeto existe há 5 anos e inte-gra outras disciplinas da escola como Filosofia, Artes, Inglês, Gramática e Redação. Os alunos aprendem as difi-culdades de gerenciamento financeiro e valorizam o dinheiro, sem creditar a ele importância exacerbada, além de aprender a compartilhá-lo, junto de seu tempo, com os menos favorecidos. “A banalização do dinheiro e o consu-mismo escancarado pela mídia leva os jovens a perder a noção da dificuldade de se captar e gerenciar o dinheiro. É importante que mostremos, o quanto antes, a necessidade de planejamento

arnaldo almendros e luana - pai enfatiza sempre a necessidade de poupar e gastar com responsabilidade

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16 Revista Acirp em Ação Janeiro/Fevereiro de 2014

Finanças

aimar ribeiro e maria luisa - economia da mesada para fazer compras durante a viagem de estudo

Tio Patinhas é um dos personagens mais famosos e queridos da disney, criado em 1947 por carl Barks. conhecido pela sua fortuna, e por sua avareza, Patinhas é um

idoso pato branco escocês, tio de donald e tio-avô de huguinho, Zezinho e luizinho, que começou a trabalhar ainda criança, aos 10 anos, como engraxate. a moeda de 10 centavos americanos recebida pelo serviço é guardada a sete chaves pelo persona-gem, que a carrega como um amuleto para sempre lembrar-se de suas origens pobres. Patinhas chegou à américa apenas com a roupa do corpo e conseguiu fazer fortuna com muito custo. abriu diversos tipos de negócio que fracassaram em pouco tempo. mas, apesar das “quedas”, Patinhas nunca desanimou. Foi no canadá, na cidade Yukon, que descobriu ouro e se tornou bilionário dentro de cinco anos, fazendo seu dinheiro render a uma taxa de 300% ao ano. o personagem é visto como um sério homem de família, disposto a de-legar responsabilidades de gestão de seus negócios ao resto de seu clã. as lições de Tio Patinhas? Planeje, invista seu dinheiro em bons negócios e, acima de tudo, saiba gastar com consciência.

qUEM É Tio PaTinhas?

financeiro para que possam simular em situações fictícias as situações mais inesperadas que podem ocorrer (e ocorrem) na vida financeira das pesso-as. Esperamos, assim, antecipar os erros para a situação fictícia e diminuir a pro-babilidade de erros na vida real”, afirma Segala. No Colégio London, a Educação Financeira entrou na grade como cur-so opcional, oferecido aos alunos no período da tarde. “A educação finan-ceira tem grande importância na vida das pessoas, inclusive crianças e jovens devem receber noções de como é im-portante saber utilizar o dinheiro, afinal, na vida pessoal ou profissional, o con-trole receita/despesas é fundamental. No London, essa disciplina é ministrada em cursos modulares opcionais, onde o aluno passa a ter uma noção de como utilizar adequadamente sua mesada e também como entender o sistema fi-nanceiro de sua família. Os jovens que se interessam pelo curso passam a va-lorizar mais seus recursos e gostam do aprendizado adquirido. Aí pode estar a semente para criar no futuro novos empreendedores”, explica o educador e diretor do colégio, Pedro Acquaroni Neto. O ensino da Educação Financeira nas escolas pode ajudar o país a au-mentar a poupança interna e combater a inflação. É isto que dizem os pesqui-sadores do Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento)

após analisarem os resultados prelimi-nares do Projeto Enef (Estratégia Na-cional de Educação Financeira), criado pelo Governo Federal e desenvolvido com 12 mil estudantes em 450 esco-las públicas de cinco Estados, mais o Distrito Federal - Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

O percentual dos estudantes que fazia poupança antes do programa passou de 44% para 49%, entre agosto e de-zembro de 2010. Mas, nem tudo são rosas. O ensino da Educação Financeira nas escolas é um processo que envolve paciência, persistência, treino e, acima de tudo, a integração da família e o apoio do governo. “A Educação Financeira não deve ser confundida com o ensino de técnicas ou macetes de bem adminis-trar dinheiro. Tampouco deve funcionar como um manual de regrinhas moralis-tas fáceis - longe disso, aliás. O objetivo da Educação Financeira deve ser o de criar uma mentalidade adequada e sau-dável em relação ao dinheiro. Educação Financeira exige uma perspectiva de longo prazo, muito treino e persistên-cia”, afirma Cássia D’aquino em seu site.

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18 Revista Acirp em Ação Janeiro/Fevereiro de 2014

Economia

comEcE 2014 pLanEJandoDiante da complexidade do cenário empresarial e das adversidades que compõem o ambiente de negócios, o Planejamento Estratégico é essencial para garantir a saúde e a longevidade das empresas

o ano não será de agonia para quem avaliar a sua situ-ação atual, jurídica e física, definir metas, estabelecer itens de ação e executar e avaliar o seu plano estra-

tégico. Em tempos de economia globalizada, onde cada vez mais não há espaço para amadorismo e improviso, é indis-pensável a existência de um planejamento financeiro. “Para fazer um, primeiramente, o empresário terá de ter controle sobre suas finanças, ou seja, elas devem estar bem organi-zadas. Isso significa não misturar os recursos (dinheiro) da empresa com os dos sócios, ter controle da movimentação do caixa, dos bancos, contas a receber (boletos, cheques pré-datado, cartão de débito e de crédito), das contas a pagar, da apuração do resultado e do fluxo de caixa, pois essas são fer-ramentas básicas para uma boa gestão financeira. É impossí-vel fazer um planejamento sobre algo do qual não temos o controle”, explica o empresário e diretor Tesoureiro Geral da Acirp, Valdecir Buosi. Buosi recomenda atenção na questão de estabelecer o plano de ação, e sugere: “depois das metas definidas, a ges-tão precisa criar um plano de ação, ou seja, criar uma plani-lha com o 5W: What – o que será feito, Why – por que será feito, Where – onde será feito, When – quando será feito e Who – por quem será feito; e os 2H: How – como será feito e How Much – quanto custará fazer. O plano financeiro de uma empresa deve ser composto de itens de ação realistas, ou seja, metas que são possíveis de serem alcançadas. Vale lembrar que os colaboradores precisam ser capacitados para execução do planejamento estratégico, pois do contrário dificilmente será bem executado e, consequentemente, os resultados serão bem diferentes daqueles estabelecidos no planejamento”. O especialista em Planejamento Estratégico, Moises Faus-tino, é um dos exemplos de empresários que não descuidam dessa área em seus negócios. “Minhas empresas estão sem-pre preparadas”, explica o empreendedor do segmento de cosméticos, serviços e contabilidade. Segundo ele, o planeja-mento estratégico, estimula o empresário a trabalhar estraté-gias de curto e de longo prazo para alcançar seus objetivos, evitando que a empresa entre na ‘zona de conforto’. Faustino explica que as principais etapas de um plane-jamento estratégico devem ser iniciadas pela definição de

seu negócio, seguido da Missão, Princípios e Valores, além da análise de ambiente, visão de futuro, estratégias competitivas e plano de ação. “Existem vários métodos de planejamento, uns mais complexos e outros mais simplificados. De qualquer forma, o planejamento deve ser adequado de acordo com o tamanho, grau de complexidade e a necessidade de cada empresa”, afirma o empresário. A receita para os novos e pequenos empresários? Faus-tino é enfático: faça um planejamento de seu negócio, por mais simples que seja. “Cuidado para não confundir plano de vendas, com planejamento empresarial, ele pode cair na armadilha da falta de capital giro. Para isso, deve-se ter um plano financeiro. E, principalmente, o empresário deve bus-car ajuda nas áreas que não domina”, afirma. Caso você ainda não tenha realizado o planejamento fi-nanceiro para o ano de 2014, ainda dá tempo! “Melhor fazer agora, do que não fazer”, recomenda Buosi.

opiniÃo por RogéRioAMATOPresidentedaFederaçãodasAssociaçõesComerciaisdo

EstadodeSãoPauloedaAssociaçãoComercialdeSãoPaulo

dEsaFios E PErsPEcTiVas Para

2014não foi divulgado, ainda, o resultado de todos os indica-

dores da economia brasileira referentes ao ano de 2013. Mas pode-se considerar que o desempenho no ano foi

apenas razoável em termos de crescimento do PIB, que deve ficar pouco acima da casa dos 2,0%, e medíocre no tocante à esperada redução da taxa de inflação, que ficou praticamente no mesmo patamar de 2012 e novamente acima do centro da meta de 4,5%. A produção industrial apresentou recuperação modesta e o setor externo fechou o ano com dados preocupantes. O peque-no saldo positivo da balança comercial foi obtido com mano-bras nos dados sobre a exportação de plataformas de petróleo que não deixaram o país. E aumentou de forma expressiva o déficit na conta de serviços. O ingresso de investimentos diretos do estrangeiro se reduziu. Embora o saldo negativo das contas externas não represente ameaça no curto prazo - graças ao vo-lume das reserva - ele sinaliza para o excesso de consumo sobre a produção doméstica e um eventual desajuste do câmbio, cuja correção terá impacto negativo sobre a taxa de inflação. O desempenho do varejo pode ser considerado positivo, com crescimento superior ao do PIB, na casa dos 4,5% a 5%, sus-tentado pelo aumento do emprego, da renda e do crédito, mas com tendência de desaceleração desses fatores nos últimos meses. A divulgação antecipada do resultado das contas públicas do governo federal, visando a acalmar a “ansiedade” do merca-do, mostrou um “superávit” de R$ 75 bilhões – acima, portan-to, do valor fixado após várias revisões e descontos, de R$ 73 bilhões. O resultado, no entanto, não tranquilizou os agentes econômicos, porque esse saldo foi obtido com receitas temporárias, para cobrir gastos per-manentes, e também porque ainda não se co-nhecem os dados de estados e municípios que devem compor o “superávit primário” total. No entanto, o que mais frustrou o mercado foi a falta do anúncio

do compromisso para 2014 em relação às contas públicas, ano sabidamente mais complicado pela expectativa de menor cres-cimento da receita tributária e maior dificuldade para o controle de gastos em virtude do processo eleitoral e gastos com a Copa do Mundo. Fatos positivos em 2013 foram os resultados dos leilões do Pré-Sal, de aeroportos e de rodovias, após a mudança - embo-ra com grande atraso - da postura do governo, que procurou ajustar as licitações às expectativas do mercado, despertando o interesse do setor privado nas obras de infra estrutura.Para 2014, as projeções dos analistas indicam crescimento mo-desto do PIB, manutenção da inflação no patamar de 2013, isto é, novamente acima do centro da meta, alguma recuperação da indústria e da balança comercial resultante da desvalorização do Real e expansão menor do consumo, em razão do menor au-mento da oferta de emprego e de crédito. É provável que o governo federal fixe meta de “superávit primário” mais modesta neste ano, de forma a poder cumpri-la sem recorrer à “contabilidade criativa”. Mesmo com a redução de alguns incentivos fiscais, é possível que o governo precise recorrer novamente a alguma receita extraordinária, talvez agi-lizando as “privatizações” na área de infraestrutura. As empresas em geral precisam se preparar para um ano atípico, em que a realização da Copa do Mundo deverá provo-car paralisações das atividades em alguns dias de jogos do Brasil. Existe a possibilidade, também, da realização de manifestações. As eleições não deverão alterar as perspectivas de crescimento modesto da economia, pois a difícil situação fiscal da União e dos Estados deverá limitar uma expansão mais acentuada dos gastos públicos. Para os empreendimentos de menor porte, o cenário é de aumento da informatização da burocracia, como o e-Social e a nota fiscal eletrônica ao consumidor, o que exigirá grande esfor-

ço para o seu atendimento. Em contrapartida, espera-se que as medidas que vêm sendo discutidas pela Se-

cretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidên-cia da República e pelo Congresso, no sentido de simplificar procedimentos e de ampliar os be-nefícios, sejam efetivamente implementadas,

propiciando um ambiente mais favorável aos negócios de menor porte.

pREsEnTE dE ano noVoa parceria entre a Acirp, o Sincomercio - Sindicato do

Comércio Varejista de São José do Rio Preto, e a CDL - dos Dirigentes Lojistas de São José do Rio Preto re-

sultou em uma das maiores campanhas de Natal da cidade nos últimos cinco anos. Intitulada “O Natal em Rio Preto Vale Prêmios”, a campanha, que durou de 18 de novembro a 04 de janeiro, teve adesão de mais de 500 empresas e cerca de dois milhões cupons foram depositadas nas urnas espalha-das pelas lojas em toda a cidade. Os consumidores tinham direito a um cupom a cada R$ 25,00 em compras nas lojas participantes, e passavam a con-correr a um carro Citroën C3 zero quilômetro, duas motos Ya-maha, modelo Crypton K115C e duas televisões de LED 40”. Além de preencher os campos obrigatórios com os dados

PrEmiação

pessoais, o cliente teve de responder no cupom a seguinte frase: “qual comércio que dá um carro zero neste Natal?”. Os três sorteios aconteceram na Praça Rui Barbosa, no coração de Rio Preto. O primeiro deles, ocorrido no dia 12 de dezembro, saiu para o mesmo local, o Tonin Superatacado. A ganhadora da televisão foi Ana Claudia de Paula, já a moto saiu para Ana Angélica Custódio. No dia 20 de dezembro, Alessandra Necchi levou a televisão após comprar na Casa Real, já a moto foi para Eliseu Pinto Santana, por intermédio do JJ Supermercado. O varejo alimentício surpreendeu no-vamente no sorteio do dia 09 de janeiro, quando anunciado a ganhadora do carro, Ivete de Oliveira Dorta Rodrigues, que concorreu com 16 cupons em compras realizadas no JJ Su-permercado.

Campanha “O Natal em Rio Preto Vale

Prêmios” sorteou um carro, duas motos e

duas televisões entre mais de dois milhões

de cupons

21Janeiro/Fevereiro de 2014 Revista Acirp em Ação

1. A ganhadora do carro ivete de Oliveira dorta Rodrigues ao lado do marido. Ao fundo, diretoria da Acirp e Sincomercio responsáveis pela campanha

2. A ganhadora da moto Ana Angélica custódio

3. O ganhador da moto Eliseu Pinto Santana

4. luis Henrique representou a namorada Alessandra necchi que levou a televisão de lEd

5. A ganhadora da televisão Ana cláudia de Paula

ganhadorEs

1

2

3 4

5

BasTidoREs

Como é sabido, a engrenagem que mantém o funciona-mento da Acirp continua a todo vapor, ainda que o ano só esteja começando. Tamanho é o empenho dos que direto, ou indiretamente colaboram para que a entidade continue a funcionar, que as datas dos grandes eventos e ações já es-tão com dias e locais agendados, esse ultimo, por sua vez ainda em segredo. Se você não quer ficar de fora, coloque já na agenda. A sétima edição do Costelão Acirp do Produ-tor acontece no dia 02 de agosto; já o Jantar Empresarial e Prêmio Acirp 2014, no dia 29 de agosto. Duas ações que prezam, sobretudo, a reinserção do individuo no mercado e a preocupação social com o próximo também já estão no calendário. O mutirão Acertando Suas Contas acontece nos dias 07, 08 e 09 de novembro, ainda neste mês, no dia 22, acontece a 17ª edição da Caravana Acirp da Cidadania.

A Câmara de Mediação e Arbitragem da Acirp fechou o ano de 2013 com números e casos resolvidos para lá de animadores. Mais de R$ 500 mil fo-ram recuperados em procedimentos conciliados no local. O interessante desta ferramenta é que litígios são resolvidos com métodos alternativos ao invés de recorrer ao Poder Judici-ário Estatal, de forma rápida e sigilosa. Não por acaso, ao longo do ano 153 processos foram acordados e nego-ciados. As sentenças arbitrais, por sua vez, são irrecorríveis, garantindo uma das grandes vantagens de se executar o caso; afinal, uma vez obtido o julga-mento pelo árbitro, não há como re-correr da decisão.

O Senac Rio Preto abriga até o dia 10 de fevereiro a exposição itinerante “Esse lixo é seu”, como parte do projeto “Rio Preto Vivo”. Nela é possível conferir qua-tro caixas de acrílico com o lixo retirado do Rio Preto que chegou a nove tonela-das. Depois desta data, a exposição passará por mais de dez pontos da cidade,

escolhidos pelo grande fluxo de pessoas, até o final de março. O objetivo da mostra é impactar a população e conscienti-zar sobre a importância de não acumular lixo nas ruas da cidade que aca-bam por escorrer para os rios devido às chuvas.

Se os apontamentos realizados pela Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT), de fato, se concretizarem, os indica-dores de empregos formais em 2014 permanecerão estag-nados. Isso porque o cenário, até então positivo, chegou a um momento desafiador, haja vista que os governos latino-americanos não aproveitaram as oportunidades recentes de bonança para consolidar os avanços e gerar mais e melhores empregos. A taxa de desemprego chegou aos 6,3% em 2013, e para este ano, o percentual deve aumentar devido à fragilidade do crescimento econômico no con-tinente, que deverá ser de 3,1%. De acordo com a OIT, para reduzir a informalidade, a expansão deve-ria ser de pelo menos 3,4%.

Exposição

anota aí

desacelerou

Justa e ágil

Adriana Neves junto do ministro-che-fe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, Guilherme Afif Domingos, durante evento na cidade. Na ocasião, a pre-sidente entregou o livro da Acirp ao ministro, que reiterou seu apreço pela entidade e a sua importância para o desenvolvimento da economia local e regional. Afif até visitou, junto de sua equipe, as dependências do Espaço Associado da Acirp e ficou encantado com o ambiente onde estão os alicer-ces aparentes da construção de 1938. “A Acirp é uma associação centenária que tem relevância indiscutível para o cenário das micro e pequenas empre-sas”, comentou Afif.

Visita ilustre

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