educação e midia_propostas para trabalhar educomunicação

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    EDUCAO E

    MDIAPROPOSTAS

    PARATRABALHAR

    EDUCOMUNICAO

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    EDUCAO E MIDIA

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    Copyrigth 2014

    Jefferson Jos Ribeiro de MouraNeide Aparecida Arruda de Oliveira

    CAPADiego de Magalhes Barreto

    REVISONeide Aparecida Arruda de Oliveira

    DIAGRAMAO

    Jefferson Jos Ribeiro de Moura

    M29e Moura, Jeferson Jos Ribeiro de

    Educao e Mdia: Propostas para trabalhar

    Educomunicao / Jeferson Jos Ribeiro

    de Moura; Neide Aparecida Arruda de Oliveira

    (Organizadores).Lorena. Editora Instituto Santa

    Teresa,2014.

    p. 338 (Coleo Bicho Carpinteiro ,1)

    ISBN: 978-85-99189-32-0

    1. Educao 2. Edu comunicao I. Ttulo

    CDD-37

    Todos os direitos reservados. proibida a reproduo total ou parcial, dequalquer forma ou por qualquer meio. A violao dos direitos de autor (Lei n

    9.610/98) crime estabelecido pelo artigo184 do Cdigo Penal.

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    PROPOSTAS PARA TRABALHAR EDUCOMUNICAO

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    Organizao

    Jefferson Jos Ribeiro de MouraNeide Aparecida Arruda de Oliveira

    COMUNICAO E MIDIAPROPOSTAS PARA TRABALHAR

    EDUCOMUNICAO

    Editora Instituto Santa TeresaAvenida Peixoto de Castro n 539Vila Zlia

    Lorena, SPCEP 12606-580Tel. 12 2124 2888

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    SUMRIO

    ApresentaoJefferson Jos Ribeiro de Moura, Neide AparecidaArruda de Oliveira

    7

    Tecnologia na Educao: a aprendizagem daLngua Inglesa por meio da rede social LiveMochaNeide Aparecida Arruda de Oliveira, Francini MenguiCampos

    9

    A Escola na Tela da TV: Experincias daLinguagem Ficcional Televisiva na Escola PblicaDbora Burini, Jefferson Jos Ribeiro de Moura

    39

    O Facebookcomo ferramenta de ensino eaprendizagem de lngua estrangeiraAna Cludia da Cruz Silva

    57

    O Jogo Ang ry Birds Space como FerramentaEducativaAdriano Matheus da Cunha Pereira

    81

    Produo de Rdio para crianas do ensino debase em Lorena-SPJeferson Diego da Silva

    113

    Educomunicao: uma anlise das tcnicaspublicitrias como ferramenta de ensino-aprendizagem na formao do senso crtico comalunos do 7 ano das redes pblica e particular deensinoPedro Henrique Monteiro Whately Martins

    133

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    Gnero Discurso Pea Teatral: Uma Adaptao daObra Dom CasmurroKarina Pereira Ferreira 161

    Uso da Comunicao Social como ferramentacomplementar de educao para educandos daCasa do PequenoHelaine Aparecida Pelegrini Silva

    185

    Uso da tecnologia como mediao pedaggica

    Ralphy Batista dos Santos

    207

    A utilizao do roteiro como estratgia de ensino-aprendizagemThamyres Yumi Crte-Real Santos Kubo

    239

    Educomunicao - Um campo de conquistas edesafios a partir de prticas educomunicativas

    Camila Alves da Silva Rodrigues Pimentel

    263

    A rdio comunitria como ferramenta no exerccioda cidadaniaArildo Silva de Carvalho Jnior

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    APRESENTAO

    Este menino est com bicho carpinteiro...

    Era assim que na nossa infncia os mais velhos sereferiam as crianas que no tinham parada, ativas,curiosas, cheias de perguntas e prontas a repartirdescobertas.

    A Coleo Bicho Carpinteiro pretende resgataressa atitude; a busca constante do conhecimento, odebate e a troca de informaes.

    A cada ano, um novo livro ser editado a partirdos Trabalhos de Finalizao de Especializao doCurso de Educao, Mdia e Novas Tecnologias daFATEA e de autores convidados. E disponibilizado a

    todos que se interessarem.Queremos proporcionar ao ps graduando no

    apenas saber organizado e um certificado. Mas espritode pesquisa e humildade para partilhar e aprender.

    norma para os textos publicados ao invs daconcluso fazerem o fechamento com consideraesfinais. No acreditamos em respostas definitivas.

    Oferecemos aqui projetos, propostas, ideias, geradorasde conhecimento e discusso, sem verdades absolutas.

    Esta obra representa a picada do BichoCarpinteiro. Apresenta como sintomas curiosidade,dvida e apetite pelo saber. Pretendemos contaminarmuita gente.

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    PROPOSTAS PARA TRABALHAR EDUCOMUNICAO

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    A Coleo Bicho Carpinteiro no quer acumular

    saber. Quer socializar conhecimento.Outubro de 2013

    Jefferson de MouraNeide de Oliveira

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    TECNOLOGIA NA EDUCAO: A APRENDIZAGEM DA

    LNGUA INGLESA POR MEIO DA REDE SOCIALLIVEMOCHA

    Neide Aparecida Arruda de Oliveira

    Mestre em Lingustica Aplicada pela Universidade de TaubatUNITAU. Professora das Faculdades Integradas Teresa Dvila

    FATEA. Coordenadora da Especializao em Educao,

    Mdia e Novas Tecnologias da FATEAFrancini Mengui Campos

    Graduada em Letras Portugus/Ingls pelas FaculdadesIntegradas Teresa D'vilaFATEA. Ps Graduanda em

    Educao, Mdia e Novas Tecnologias na FATEA

    INTRODUOH 30 anos seria impossvel imaginar uma sala de

    aula sem o quadro ou uma pesquisa escolar feita sem umaenciclopdia. Muito menos, que esses instrumentosconsagrados seriam substitudos por modernas lousas digitaise inmeras obras virtuais disponveis na Internet. Mas ostempos mudaram, sim, e a presena da tecnologia na

    educao avana a cada dia.

    A aplicao de novas tecnologias na educao vemmodificando o panorama do sistema educacional e, por isso,pode-se falar de um tipo de aula antes e depois da difuso demdias integradas e tecnologias avanadas de comunicaodigital. Os resultados das aplicaes de tais tecnologias esto

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    criando condies objetivas para questionarem a real

    necessidade de se preparar para o ensino virtual.Hoje, h a percepo de algumas tendncias relativas aosnovos modelos de ensino e aprendizagem de idiomasmediados por computador. Uma dessas tendncias aaprendizagem por meio de Redes Sociais ou ComunidadesVirtuais de Aprendizagem.

    O objetivo deste artigo refletir sobre os processos de

    ensino e aprendizagem em meio virtual com auxlio das novastecnologias em uma comunidade virtual conhecida comoLivemocha. Trata-se de um ambiente virtual que buscapromover a aprendizagem de idiomas de forma colaborativa,uma vez que o aprendiz de lngua estrangeira no Livemochatambm passa a ser professor de sua lngua materna.Segundo informaes do prprio site, a comunidade possui

    mais de 9,5 milhes de membros espalhados ao redor domundo, aprendendo mais de 35 idiomas.

    Este artigo concentra-se em uma pesquisa descritiva,de natureza bibliogrfica que segundo Lakatos e Marconi(2001) um procedimento de investigao que consiste nautilizao de informaes coletadas por outros estudiosos, porintermdio de levantamento de documentao indireta ou

    fontes secundrias.

    EDUCAO E AS NOVAS TECNOLOGIAS

    Atualmente a escola no satisfaz mais os estudantes,eles no tm interesse nos contedos apresentados, poismuitos esto fora de suas necessidades e conforme estudos

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    desenvolvidos, o trabalho por projetos surge do interesse dos

    estudantes, onde o mesmo buscar o conhecimento suprindoas suas necessidades e com isso sua aprendizagem setornar efetiva e significativa.

    Santom (1998, p. 206), afirma que: o processoeducacional precisa apoiar-se nos interesses dos estudantes,mas tambm deve gerar novos interesses. Um bom projetocurricular tem que ser prazeroso e educacional ao mesmo

    tempo; tem de propiciar uma certa continuidade nosaprendizados.

    O uso da rede mundial de computadores, comoferramenta de grande utilidade para o processo de educaoa distncia, no deve apenas resolver as questes referentesa distncias.

    Com a modernidade, a vida corrida do dia-a-dia,computadores ligados Internet e o estudo a distnciaganham espao efetivo na vida das pessoas. Muitos so osbenefcios, principalmente quanto qualidade de vida,entretanto, a competitividade profissional que exige que osprofissionais sejam cada vez mais qualificados,impossibilitando a muitos jovens que no possuem acesso asTICs Tecnologia da Informao e Comunicao a

    insero a trabalhos mais dignos. A opinio de muitosestudiosos que a atualizao hoje, uma questo desobrevivncia.

    Segundo o pedagogo Lima Jnior (2011 apudANJOS,2007) o acesso s redes digitais de comunicao importantepara o funcionamento e o desenvolvimento de qualquer

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    instituio social, especialmente para a educao que lida

    diretamente com a formao humana. Cabe educao umaresponsabilidade tanto na compreenso crtica do(s)significado(s) dessa transformao, quanto na formao dosindivduos e dos grupos sociais. Estes devem assumir comresponsabilidade a condio social de tal virada, provocadaentre outros fatores, pela revoluo nas dinmicas sociais decomunicao.

    A tecnologia baseada no computador, que permiteacesso rpido e imediato a fontes ampliadas de informao eagiliza seu tratamento, poder com certeza contribuir paraajudar a escola a se transformar em um local onde se constriconhecimento e onde se desenvolvam habilidades.

    Os processos ou estratgias para a melhoria daeducao envolvem riscos, e, por isso, relutamos em disparar

    um processo de mudana. E, no estado atual da educao,seria irresponsabilidade recusar-se a correr riscos (JOLY,2002).

    No Brasil as tecnologias de informao estopresentes nas instituies educacionais desde o surgimentodos computadores como produtos comerciais. A princpio emalgumas Universidades como objeto de pesquisa e de acesso

    bastante restrito. Posteriormente, como mquinas de ensinardestinadas a jovens e adultos e, atualmente, na perspectivade auxiliares da aprendizagem para todos os nveis escolares.

    As primeiras iniciativas na utilizao de tecnologias ematividades de ensino envolvendo a educao bsica datam dadcada de 1980 com o projeto EDUCOM (VALENTE, 2002).

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    Deste ento muitas aes se sucederam na tentativa de

    incorporar as Tecnologias de Informao e Comunicao(TIC) ao contexto educacional e vrios grupos de pesquisaforam constitudos nas universidades brasileiras(FERNANDES, SANTOS, 1999).

    Segundo Lvy (1999), a tecnologia no pode serconsiderada autnoma, separada do homem, ou maisespecificamente separada da sociedade e da cultura, pois

    um produto desta mesma sociedade e cultura. As atividadeshumanas interagem com ideias e representaes e tambmcom partes materiais, naturais e artificiais.

    No adianta virtualizar o ensino tradicional. Atecnologia como apoio ao ensino limitada e atdesnecessria. O que se pretende que a tecnologia sejausada como uma ferramenta para a aprendizagem. A postura

    pedaggica do professor define qual utilizao ser feita.

    A integrao das Tecnologias de Informao eComunicao (TIC) aos processos educacionais uma dastransformaes necessrias escola para que esteja mais emsintonia com as demandas geradas pelas mudanas sociaistpicas da sociedade contempornea, de economiaglobalizada e cultura mundializada.

    Cunha Filho et al (2000 apud TORRES, MARRIOTT,2006) atribuem tecnologia a sustentao do processocolaborativo, ou seja, a tecnologia oferece meios que facilitamo processo de cooperao, seja ele educativo, seja ele docampo laboral.

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    A aprendizagem colaborativa assistida por computador

    pode ser um caminho a ser considerado nesses processos deformao desde que no se limite a conectividade distncia.O que deve ser valorizado a troca do conhecimento emrede. Deve-se encontrar um meio termo entre o que seconhece hoje como ensino presencial e o que se pretendecom o ensino distncia. Ambos tm as suas limitaes, maspara se adaptarem s necessidades atuais e obteremmelhores resultados pedaggicos devem ser integrados.

    O SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAO TIS

    A (TI) , seguramente, um dos maiores campos depesquisas e discusses deste final de sculo. Para se ter umacompreenso adequada de sua influncia atual na vida dasorganizaes, sejam pblicas ou privadas, conveniente

    observar sua trajetria desde seu surgimento.

    Em 1969, um jovem engenheiro eltrico chamado TedHoff teve uma ideia ao mesmo tempo simples e inteligente.Holf acabara de ingressar na Intel Corporation, uma empresaque se iniciava no ramo dos semicondutores e fora designadopara um projeto a fim de produzir um conjunto de dozemicrochips para uma nova calculadora em desenvolvimentopela empresa japonesa de produtos eletrnicos Busicon.Cada chip seria destinado a uma funo diferente: umexecutaria os clculos, um controlaria o teclado, um exibiriaas imagens na tela, um controlaria a impresso e assim pordiante. Tratava-se de uma misso delicada, alguns chipsprecisariam conter at 5.000 transistores, e todos eles

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    pelo WordStar, o primeiro processador de textos para PC

    (personal computer), e pelo primeiro sistema de banco dedados relacional Oracle. Em 1982, a introduo do TCP/IP,um conjunto de protocolos de comunicao por rede, abriucaminho para a moderna internet. Em 1984, chegou oMacintosh, com sua interface grfica fcil de usar, assimcomo a primeira impressora a laser de mesa. Em 1989, os e-mails comearam a fluir pela internet, e em 1990, foiinventada a World Wide Webpor Tim Berners-Lee. medidaque a dcada de 1990 prosseguia, proliferavam os websites eas intranets corporativas. Cada vez mais transaescomerciais comearam a ser realizadas on-line, e osfabricantes de softwares criaram novos programassofisticados para administrar tudo, desde aquisio desuprimentos at a destruio de produtos paracomercializao, alm das vendas.

    Juntamente com a retirada das restriesgovernamentais sobre o comrcio, a proliferao dosequipamentos e programas de computao foi o principal fatora dar forma aos negcios ao longo dos ltimos quarenta anos.Atualmente, poucos ainda questionam que a tecnologia dainformao tornou-se a espinha dorsal do comrcio no mundodesenvolvido. Ele sustenta as operaes de empresasindividuais, estabelece a unio de cadeias de abastecimentodispersas e relaciona cada vez mais empresas com osclientes a que elas atendem (CARR, 2009, p. 3).

    Uma pesquisa de opinio feita em 1997 conduzidapela Faculdade de Economia de Londres revelou que osexecutivos chefes e diretores de grandes empresas, norte-

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    americanas e europeias acreditavam que, at o final da

    dcada, 60% das suas iniciativas na TI seriam voltadas paraobter vantagem competitiva em vez de apenas manter-seatualizado ou sobreviver. Isso representa uma reviravolta totalnas opinies expressas na dcada de 1980 e no incio dosanos 1990.

    A reviravolta perfeitamente resumida pela histria deWelch que explorou pessoalmente o funcionamento da

    internet antes de 1999, quando, durante um perodo de friasno Mxico, a esposa colocou-o diante do seu laptop emostrou-lhe como enviar e-mail e usar um navegador da rede.

    Com o colapso do estouro da internet, o pndulocomeou a oscilar para trs. Ao longo dos ltimos anos, medida que ficava dolorosamente claro que muitos dosinvestimentos em tecnologia da dcada de 1990 tinham ido

    para o lixo, comeou os olhares indiferentes tanto em relaos propostas quanto a grandes iniciativas em novastecnologias.

    Segundo Levy (1996, p. 20) a palavra virtual vem dolatim medieval virtualis, derivado por sua vez de virbus, fora,potncia. Na filosofia escolstica, virtual o que existe empotencia e no em ato. O virtual tende a atualizar-se, sem ter

    passado, no entanto, concretizao efetiva ou formal. Emtermos rigorosamente filosficos, o virtual no se ope aoreal, mas ao atual: virtualidade e atualidade so apenas duasmaneiras de ser diferentes.

    Segundo Lvy (1996, p. 21), durante o ato dacomunicao, em um primeiro momento, ocorre a transmisso

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    de informao e, num segundo momento, essa mesma

    informao carrega em seu bojo uma certa intencionalidade,que, durante o dilogo, ganha sentido. Seria a transmissode informaes a primeira funo da comunicao? Decertoque sim, mas em um nvel mais fundamental o ato decomunicao define a situao que vai dar sentido smensagens trocadas (LVY, 1996, p. 21).

    Em plena era da informtica, a Internet o veculo de

    comunicao em que a informao processada em temporeal, de uma forma interligada e globalizada. Quando umindivduo se depara com um texto escrito em seumicrocomputador, incondicionalmente busca conhecer ocontedo desse texto, seguido logicamente de seu prpriointeresse.

    UTILIDADES DAS TICS

    No decorrer dos tempos, as tecnologias utilizadaspelos educadores como: quadro-negro, giz e livros didticos jno so mais vistas como tecnologias educativas, pois limitamo acesso s informaes no suprindo as necessidades dosestudantes e professores. Essas tecnologias ainda sousadas e sero por muito tempo, mas nem por isso podemosfechar os olhos para as novas Tecnologias da Informao eComunicao, as denominadas TICs que esto presentes emnosso meio social.

    A escola, como um espao privilegiado para aapropriao e construo de conhecimento, tem como papelfundamental instrumentalizar seus estudantes e professores(...) (NEVADO,1999, p. 2).

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    A escola muda lentamente em relao aos avanos

    tecnolgicos da sociedade, mas o importante ela no parar,estar em constante busca, inovando para que seusestudantes encontrem nela recursos tecnolgicos queenriquecem o ambiente de aprendizagem onde todosinteragem com um fim comum, a busca do conhecimento.

    Com os avanos tecnolgicos no meio social, a escolatambm sente a necessidade de oferecer aos seus

    estudantes meios que possam ser utilizados para desenvolvera aprendizagem e tomarem conhecimento dos recursos que jfazem parte da realidade em que vivem. Visando aproximarmais as questes tericas, cabe agora, de forma simples emodesta, apresentar uma alternativa de experimentao dasmesmas. Assim segue o delineamento de uma proposta detrabalho por projetos a ser executada durante as prticas

    pedaggicas.Com o uso das TICs, professores e alunos tm a

    possibilidade de utilizar a escrita para descrever/reescreversuas ideias, comunicar-se, trocar experincias e produzirhistrias. Assim, em busca de resolver problemas docontexto, representam e divulgam o prprio pensamento,trocam informaes e constroem conhecimento, num

    movimento de fazer, refletir e refazer, que favorece odesenvolvimento pessoal, profissional e grupal, bem como acompreenso da realidade. Temos assim a oportunidade deromper com as paredes da sala de aula e da escola,integrando-a comunidade que a cerca, sociedade dainformao e a outros espaos produtores de conhecimento,aproximando o objeto do estudo escolar da vida cotidiana e,

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    ao mesmo tempo, nos transformando em uma sociedade de

    aprendizagem e tambm da escrita (ALMEIDA, 2001, p. 4).Com a chegada das novas Tecnologias da Informao

    e Comunicao nas escolas, a Internet entra como mais umafonte de pesquisa, trocas de informaes, comunicao einterao no processo de aprendizagem.

    De acordo com Hamacher (2000, p. 21) oconhecimento tcnico importante, porm no o suficiente.

    Em um processo de implantao de um ambiente de apoiodecises, como o da ferramenta proposta, o primeiro conceitoque embasa o seu desenvolvimento o de Sistemas deinformaes (SI). Conhecer os SI proporciona uma viso deconjunto que favorece a efetividade nos momentos de tomadade deciso.

    Baseados na Tecnologia de Informao eComunicao (TICs), os SI devem sem capazes de processartransaes de forma rpida e precisa; armazenar e acessarrapidamente grande volume de dados; prover comunicaorpida; reduzir sobrecarga de informaes, alm de fornecersuporte para a tomada de decises.

    Albertin e Moura (2002, p. 176) definem que os

    benefcios de TICs podem ento ser definidos como custo,produtividade, flexibilidade, qualidade e inovao, sendo queestes benefcios podem ser entendidos como a oferta queesta tecnologia traz para as instituies. Os vrios usos deTICs podem apresentar propores diferentes dos benefciosoferecidos, de acordo com o tipo de aplicao e nvel dereconfigurao.

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    Assim, o uso da TICs na educao caminha no sentido

    da produo compartilhada de conhecimento, favorecida pelaresoluo de problemas ou desenvolvimento de projetos, nosquais a escrita, por meio da TICs, induz liberdade deexpressar e comunicar sentimentos, registrar percepes,ideias, crenas e conceitos, refletir sobre o pensamentorepresentado e reelabor-lo.

    A aprendizagem por projetos ou situaes-problema

    ocorre por meio da interao e articulao entreconhecimentos de distintas reas, conexes estas que seestabelecem a partir dos conhecimentos cotidianos dosalunos, cujas expectativas, desejos e interesses somobilizados na construo de conhecimentos cientficos. Osconhecimentos cotidianos emergem como um todo unitrio daprpria situao em estudo, portanto sem fragmentao

    disciplinar, e so direcionados por uma motivao intrnseca.Cabe ao professor provocar a tomada de conscincia sobreos conceitos implcitos nos projetos e sua respectivaformalizao, mas preciso empregar o bom senso parafazer as intervenes no momento apropriado (MORAES,1997, p. 2).

    Atualmente a escola no satisfaz mais os estudantes,

    eles no tm interesse nos contedos apresentados, poismuitos esto fora de suas necessidades e conforme estudosdesenvolvidos, o trabalho por projetos surge do interesse dosestudantes, onde o mesmo buscar o conhecimento suprindoas suas necessidades e com isso sua aprendizagem setornar efetiva e significativa.

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    Santom (1998, p. 206), afirma que: o processo

    educacional precisa apoiar-se nos interesses dos estudantes,mas tambm deve gerar novos interesses. Um bom projetocurricular tem que ser prazeroso e educacional ao mesmotempo; tem de propiciar uma certa continuidade nosaprendizados.

    O uso da rede mundial de computadores, comoferramenta de grande utilidade para o processo de educao

    a distncia, no deve apenas resolver as questes referentesa distncias.

    O uso da TICs no desenvolvimento de projetos ou naresoluo de situaes-problema permite o registro desseprocesso construtivo, funcionando como um recurso dediagnstico sobre o nvel de desenvolvimento dos alunos,suas dificuldades e potencialidades, e, principalmente,

    favorecendo-lhes a identificao e correo dos erros e aconstante reelaborao, sem perda do que j foi criado.

    As tecnologias trazem um mar de possibilidades parautilizao no mbito educacional, entre eles um melhoraproveitamento pedaggico, de forma a potencializar oprocesso de ensino aprendizagem. Podemos encontrarmuitas propostas de metodologias, ferramentas e atividades a

    serem desenvolvidas pelos alunos na rede interna dasinstituies e tambm na internet. Realmente enquantoeducadores no podemos ficar parados diante de tantasoportunidades que nos afrontam. No s devemos, mastemos o dever de aproveit-las da melhor forma, o dever de

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    buscar novos pensamentos e de estarmos sempre

    atualizados.Independente das novas tecnologias necessrio

    inovar o fazer pedaggico na educao. As redes decomunicaes possibilitam espaos para que a aprendizagemcooperativa ocorra dentro e fora das salas de aula, a Internetvem facilitar essa cooperao.

    Cabe a ns professores, aproveitar essas tecnologias

    em benefcio da educao, fazendo com que os estudantessaiam da escola preparados para a vida, para enfrentarem acompetitividade do mercado de trabalho, conscientes darealidade que osespera.

    APRENDIZAGEM COLABORATIVA EM AMBIENTES VIRTUAIS

    A aprendizagem seja em ambiente virtual ou no,

    deve ser proporcionada a partir da participao de todos osenvolvidos garantindo uma rede de interaes propiciada porrecursos comunicacionais. Num ambiente virtual deaprendizagem a interao fator fundamental na construodo conhecimento, onde professor e aluno devem ter garantidouma bidirecionalidade na emisso e recepo de mensagens,potencializando a comunicao. atravs da colaborao e

    participao que se d a aprendizagem significativa(SANTOS, 2004).

    A questo manter uma educao distncia em queos envolvidos mantenham uma postura na qual cada umpossa garantira a interatividade no grupo, seja questionando,buscando informaes, trocando ideias e textos escritos,

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    propiciando uma formao baseada em interesse que mesmo

    comum a todos, seja possibilitado a cada integrante construirseu conhecimento a partir das especificidades de cada um, ouseja, ser capaz de atender as demandas dos novosambientes onlinede aprendizagem, (...) de se perceber comoparte de uma comunidade virtual de aprendizagemcolaborativa e desempenhar o novo papel a ele reservadonesta comunidade (SANTOS, 2004, p. 57)

    De acordo com Franco, Braga e Rodrigues (2011, p.15) a aprendizagem colaborativa em cursos virtuais pode serdefinida como um processo estratgico de comunicaoeducativa no qual dois ou mais sujeitos constroem o seuconhecimento atravs da discusso, da reflexo e da tomadade decises. Nesse contexto, os recursos da tecnologia dainformao atuam como importantes e eficazes mdias do

    processo de ensino-aprendizagem virtual, presencial,semipresencial ou distncia.

    Os ambientes e seus recursos tecnolgicosproporcionam uma interatividade entre o aluno e o ambiente,criando no aluno uma conscincia de sala de aula virtual queo incentiva sua aprendizagem.

    Na aprendizagem colaborativa, o aluno responsvel

    pela sua prpria aprendizagem e pela aprendizagem dosoutros membros do grupo. Os alunos constroemconhecimento atravs da reflexo da discusso em grupo. Atroca ativa de informaes instiga o interesse e o pensamentocrtico, possibilitando aos alunos alcanarem melhoresresultados do que quando estudam individualmente. Na

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    aprendizagem colaborativa, os professores deixam de ser

    uma autoridade para se transformarem em orientadores(FULKS et al, 2006, p. 369).

    Na aprendizagem colaborativa valoriza-se aparticipao do aprendiz e suas competncias em resolverproblemas. Se o aluno demonstrou ter as competnciasnecessrias a partir de suas participaes no curso, entopassa de fase, de modo semelhante ao que ocorre nos

    videogames.Alm dos recursos para administrao de contedos,

    tarefas, etc., esses ambientes so compostos por ferramentasque, segundo Franco, Braga e Rodrigues (2011, p. 16), entreoutras coisas proporcionam: a interao por meio deatividades sncronas e assncronas, entre alunos/contedos,alunos/formadores, formadores/alunos e alunos/alunos; o

    compartilhamento de informaes pessoais e profissionais(que constam num perfil, por exemplo): conhecimento prviodas experincias pessoais, profissional, lnguas e culturas dosalunos e dos professores; a troca de ideias entre professorese alunos; a participao em discusses temticas (conduzidasou no), a valorizao da adversidade, das diferenas, etc.; odesenvolvimento de trabalhos em grupos; o compartilhamento

    entre colegas de trabalhos individuais, e, a construo doconhecimento do aluno com a colaborao dos outrosparticipantes do grupo.

    A EaDEnsino a Distncia - caracterizada quando oensino e a aprendizagem acontecem em sala aula virtualmediada por tecnologias onde a comunicao estabelecida no

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    ambiente onlinedeve favorecer o intercmbio de informaes

    entre participantes do processo. Os ambientes virtuais paraEaD so elaborados por vrios profissionais de conhecimentoespecfico, o que contribui para um bom desenvolvimento doensino da aprendizagem, pois o mesmo deve ser construdo afim de favorecer o envolvimento do aluno de formacolaborativa no ambiente e o leve a sistematizar sua prticade estudos, promovendo assim, o processamento dasinformaes para gerar conhecimento (SANTOS, 2004).

    Este um processo pedaggico que ultrapassa osespaos da escola, permitindo que professores e alunostenham a possibilidade do desenvolvimento da aprendizagemcolaborativa atravs do intercmbio de informaes.

    O ENSINO DA LNGUA INGLESA

    A linguagem o principal instrumento para aexpresso do ilimitado leque de relaes que constituem aexistncia do homem. Com a evoluo da tecnologia e cinciavem dependendo cada vez mais da troca de informaes, oque coloca a linguagem no cerne da questo da eficincia edo controle dessas informaes. A globalizao dainformao, graas a Internet, que permite a instantneapartilha dessa informao, implica a necessidade de uminstrumento lingustico comum entre os povos para permitiresse intercmbio.

    De acordo com Celani (1996 apudNICHOLLS, 2001)o desconhecimento de uma lngua estrangeira constitui,muitas vezes, um entrave que fecha o acesso ao mundomoderno, que impede o consumo de conhecimentos

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    produzidos no estrangeiro, alm de cercear a contribuio

    ativa e eficiente na produo e no desenvolvimento cientficoe tecnolgico internacional.

    Nos dias atuais torna-se indispensvel oconhecimento de pelo menos uma lngua estrangeira, para seter mais acesso a informaes e para maior participao domundo moderno, o que contribuir positivamente para ocrescimento pessoal, cultural, cientfico e profissional.

    Atualmente, a LDB 9.394, favorvel ao ensino delnguas estrangeiras, tornando compulsria a incluso de,pelo menos uma lngua estrangeira no currculo escolar e deensino fundamental e mdio.

    A aprendizagem do ingls, tendo em vista o seu papelhegemnico nas trocas internacionais, desde que hajaconscincia crtica desse fato, pode colaborar naformulao de contra-discursos em relao sdesigualdades entre pases e entre grupos sociais(...). Assim, os indivduos passam de merosconsumidores passivos de cultura e de conhecimentoa criadores ativos: o uso de uma lngua estrangeira uma forma de agir no mundo para transform-lo. Aausncia dessa conscincia crtica no processo deensino e aprendizagem de ingls, no entanto, influi namanuteno do status quo ao invs de cooperar parasua transformao. (BRASIL, 1998, p. 40).

    A aprendizagem de lngua inglesa uma possibilidadede aumentar a autopercepo do aluno como ser humano ecomo cidado. Por esse motivo, ela deve centrar-se noengajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em suacapacidade de se engajar e engajar outros no discurso demodo a poder agir no mundo social.

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    Todo tempo tempo de conhecer e de exigir um novo

    modelo de ensino. Um ensino interativo; um ensinointeressante, atual e real. E, principalmente, um ensinoexigente, que desperte no estudante a responsabilidade deatualizar-se, de buscar informaes e de manter-se atento smudanas.

    Este novo posicionamento no ensino, implica aprendera aprender, traduzindo a capacidade de refletir, analisar e

    tomar conscincia do que se sabe, buscar novas informaes,adquirir novos conhecimentos resultantes da rpida evoluo.

    Segundo Fabiano (1999) reconhece-se a importnciade focalizar o processo de aprendizagem, mais do que ainstruo e a transmisso de contedo, lembrando que hoje mais relevante o como voc sabe do que o que e o quantovoc sabe. Aprender saber realizar. Conhecer

    compreender as relaes, atribuir significados s coisas,levando em conta no apenas o atual, mas tambm opassado.

    O que se observa que no se aprende a lngua parafins comunicativos, ensina-se falar sobre a lngua, mas no afalar a lngua, a fazer uso dela para se comunicar, numa tristedemonstrao do total desprezo ou mesmo desconhecimento

    dos princpios e pressupostos que subjazem ao ensino delnguas,

    A lngua inglesa com meio de comunicao de vriascomunidades interage dentro de um espao geogrfico e estapor sua vez se relaciona com outras comunidades no mundo,

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    promovendo um processo de ensino-aprendizagem

    transformador da sociedade.O ensino da lngua inglesa vem mostrando sinais de

    mudanas atravs da sua aplicabilidade, apesar de suatendncia tradicional, um ensino de uma lngua estrangeiraorientada para o desenvolvimento de habilidades especficasfaz aumentar a motivao do aluno pelo rpido aprendizado.E, diante dessa nova realidade, a insero da tecnologia no

    processo de aprendizagem da lngua inglesa contribui muitopara uma mudana na vida dos agentes de aprendizagem.

    LIVEMOCHA UMA REDE SOCIAL PARA ENSINO DA LNGUAINGLESA

    A utilizao das Novas Tecnologias de Informao eComunicao (NTIC) na educao tem gerado nos ltimos

    tempos muitas opinies no mbito escolar em relao as suasvantagens e desvantagens, envolvendo interrogaes ereflexes acerca da atual situao das escolas pblicas. umprocesso lento, mas percebem-se pequenos resultados, entreos quais, a conscincia de muitos docentes, devido sconstantes transformaes e revolues tecnolgicas.

    Enfatizando essa questo, Proserpio e Gioia (2007

    apud REGO, 2010, p. 64) apontam que a rotina dos jovens dehoje inclui vrias horas em frente ao computador, seja emcasa ou em cibercafs. grande a disseminao dasferramentas de Internet, simulaes e jogos de computador eferramentas de comunicao mediada por computador navida cotidiana da nova gerao de estudantes. Taisestudantes participam ativamente de comunidades virtuais, se

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    relacionam por mensagens instantneas e buscam

    informaes sobre diversos temas na Internet.O site Livemocha uma comunidade mundial de

    aprendizagem de idiomas com mtodos de aprendizagemcom a prtica onlinee interao com falantes nativos ao redordo mundo. Foi lanado em 2007 e conta com 14 milhes demembros em mais de 195 pases, com destaque para ademanda internacional por uma abordagem envolvente e

    colaborativa para aprendizagem de lnguas.A etimologia da palavra Livemocha, segundo estudos

    de Quadros (2011), vem do casamento entre duas palavras:Live e Mochaccino. A palavra "Live referida como todo otipo de comunicao em tempo real do site, em que ossujeitos da comunidade interagem atravs de chats,mensagens e correes de lies feitas por um membro ao

    mesmo tempo. J a palavra Mocha tem origem italiana(mochaccino) e denota um tipo de caf com chocolate.

    A justificativa dada pelos fundadores do ambientevirtual para a escolha do nome Livemocha trata de salientarque a empresa que presta esse servio est situada nosEstados Unidos, na cidade de Seattle, conhecida pelo seucaf tradicional. Outra referncia dada ao prazer que as

    pessoas dessa cidade tm em se encontrar para beber umcaf e assim fazem uma analogia ao prazer de se encontrarvirtualmente para aprender um idioma.

    A Internet est revolucionando a questo socioculturaldas pessoas e, atualmente, os indivduos tm o compromissode se familiarizar com essa ferramenta, j que cobrado esse

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    tipo de conhecimento imprescindvel para qualquer rea.

    Marshall (2010 apud QUADROS, 2011) tece a ideia de quequando h uma grande promoo na comunicao interativa,hipertextual e virtual, a Internet se configura em um ambienteamistoso para o desenvolvimento do aprendizado de umalngua estrangeira. Segundo a autora, a comunicao entreindivduos no meio eletrnico possibilita que a abordagemcomunicativa se torne efetiva na ao pedaggica, ainda a serconsolidada efetivamente na escola. Para tanto, o estudantede uma lngua estrangeira precisa se envolver em situaes,contextos sociais e culturais autnticos na lngua-alvo. importante que ele realmente produza sentidos de formacolaborativa com seus interlocutores, buscando agirsocialmente.

    A aprendizagem da lngua inglesa no Livemocha

    interpretada na teoria como o objeto/motivo. Os sujeitosmotivados a aprender o idioma estrangeiro buscamtransformar esse objeto em resultado. Essa transformao s possvel por conta do domnio oriundo da prtica comacertos e erros que os sujeitos tm sobre o computador etodas as possibilidades tecnolgicas. A Internet, em especial,o site do Livemocha, vista na Teoria da Atividade como aferramenta de mediao (QUADROS, 2012).

    O site oferece recursos para iniciar conversas ao vivoem texto ou udio com outros estudantes. A prpria rede depessoas no curso oportuniza opes de reviso de textos econversas.

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    Quadros (2011) nos explica que o Livemocha divide as

    lies em quatro partes: a) aprender Nesse item, o alunotem mais de 30 lies para ler e ouvir o texto e o udiocorrespondente; b) Reviso Aqui o aprendiz tem umaaleatria srie de exerccios de leitura, compreenso oral,visando reforar o que foi desenvolvido no curso; c) escrever A partir da compreenso da escrita das palavras com acompreenso do vocabulrio aprendido, o indivduo far suasprimeiras produes de texto, sendo para realizar descriesou especificaes de um determinado item; d) falar Nessalio o aluno pode gravar uma mensagem para praticar suashabilidades de expresso oral e recebe dicas da comunidadedo Livemocha.

    H uma forma de avaliao de desempenho noaprendizado de um idioma entre os usurios ocorre atravs

    de um sistema de pontos, chamados mochapoints, umrecurso que determina o desenvolvimento do aprendiz, cujoacmulo permite aos associados avaliar as contribuiesentre si e monitorarem a proficincia lingustica.

    CONSIDERAES FINAIS

    As TIC, amplamente disseminadas nos espaoscotidianos, impulsionadoras de integrao entre pessoas dediferentes partes do mundo, ainda no foram suficientementeincorporadas nos sistemas educacionais. A educao adistncia, que seria facilitada com o uso das mesmasreproduz na prtica o modelo de transmisso unilateral,adotado pelo ensino presencial.

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    Constata-se que as TIC tm na prtica educacional um

    papel extremamente reduzido. Para os sujeitos envolvidos noprocesso, especialmente nos processos de educao adistncia, evidente que as TIC tm o potencial de diminuiras fronteiras e ampliar a circulao da informao,ocasionando a construo do conhecimento.

    Aprender um idioma por meio de uma rede social j realidade. Segundo o site do Livemocha, mais de 12 milhes

    de pessoas so membros dessa comunidade, onde cerca de5 milhes so brasileiros aprendendo uma nova lngua pormeio de recursos como bate-papo, recursos multimdia como vdeos de aprendizado, e-books, audio-books e outrosmateriais de estudo.

    Os dados sugerem que, mesmo um ambiente virtualpossuindo os melhores recursos disponveis para a

    aprendizagem, relevante a aprendizagem ser acompanhadapor uma pessoa com mais experincia ou mesmo umprofessor. Esse fator para a manuteno e sustentaodessa aprendizagem virtual. evidente que essa realidadedepender de uma iniciativa pessoal.

    Outro ponto que se acrescenta o aspecto socialdeste mtodo de aprendizagem online, pois o sujeito est

    imerso em uma realidade de aprendizagem autntica, com apossibilidade de estabelecer laos de amizade e parceriaautnticos, podendo ser valiosos para o futuro dessesaprendizes. Nesse sentido os nativos de uma determinadalngua meta seriam capazes de dar aos sujeitos ajudaadicional fora da sala de aula.

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    A integrao da tecnologia na aprendizagem de

    lnguas pode potencializar a aprendizagem dos alunos. Noentanto, o professor precisa manter um monitoramento efetivoa fim de verificar a eficincia dos alunos nesse ambientevirtual, buscando regular as estratgias e evitar que os alunosse dispersem ou se desinteressem pelo aprendizado online.

    REFERNCIAS

    ALBERTIN, A. L.; MOURA, R. M. Amplie seus horizontes.

    Information week, Revista de Administrao de Empresas, vol.,41, n. 3, jul./set. 2002.

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    MORAES, M. C. O paradigma educ acional emergente. Campinas:

    Papirus, 1997.

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    ALVES, Lynn. Prticas pedaggicas e tecnologias digitais. Riode Janeiro: E-papers, 2006.

    VALENTE, J. A. A espiral da aprendizagem e suas tecnologias dainformao e comunicao: repensando conceitos. IN.: Atecnologia no ensino: implicaes para a aprendizagem. SoPaulo: Casa do Psiclogo, 2002.

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    A ESCOLA NA TELA DA TV: EXPERINCIAS DA

    LINGUAGEM FICCIONAL TELEVISIVA NA ESCOLAPBLICA

    Dbora Burini

    Doutora em Comunicao Social pela UniversidadeMetodista de So PauloUMESP. Professora do Curso deImagem e Som da Universidade Federal de So Carlos -

    UFSCar

    Jefferson Jos Ribeiro de Moura

    Mestre em Lingustica Aplicada pela Universidade de TaubatUNITAU. Coordenador dos Cursos de Comunicao Socialdas Faculdades Integradas Teresa Dvila - FATEA. Professor

    do Curso de Comunicao da UNITAU. Coordenador daEspecializao em Educao, Mdia e Novas Tecnologias da

    FATEA

    INTRODUO

    Em sociedades com baixo ndice de leitura e acesso abens culturais em geral, como o caso do Brasil, o poder dateleviso espantoso, particularmente a televiso aberta,comercial, considerando a facilidade com que entra nas casas

    e nas mentes, fomentando identidades coletivas.J o ensino bsico (segundo e terceiro ciclos) trabalha

    com uma faixa etria que compreende a pr adolescncia eadolescncia, fases em que o educando est vivendo suaauto-afirmao, assim, um projeto que lhe d protagonismo de grande importncia, para promover aos jovens da redepblica a oportunidade de conferir suas competncias e

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    habilidades de aplicao do conhecimento adquirido em sala

    de aula.Assim, alinhado com o curso de Imagem e Som da

    Universidade Federal de So Carlos, que atua entre outrascoisas, como um elo entre a teoria e a prtica audiovisual,promovendo a reflexo crtica sobre os contedos abordadosnos meios de comunicao, nasce o projeto A Escola na Telada TV Educomunicadores em Ao operando nodesenvolvimento de habilidades gerenciais necessrias

    produo audiovisual, e que visam o desenvolvimento dopensamento cientfico aplicado pesquisa no campo doaudiovisual com os estudantes da rede pblica de educao eauxiliando na construo de sua identidade cultural.

    A construo do imaginrio social determinada, emgrande parte, pelo poder cultural e simblico da comunicaoem suas mltiplas formas de mediao e suportes, queestabelecem consensos fabricados e no negociados,

    como seria prprio de sociedades democrticas. Ahistoricidade mediada faz parte do cotidiano das pessoas. Osefeitos dessa mediao do espao pblico, em que arealidade elaborada no mais a partir de experincias, maspelas informaes e imagens fornecidas pela tela dateleviso, que oferece uma janela para o mundo, vem sendoobjeto de reflexo de diferentes autores.

    Bosi (1972), j alertava para os riscos da colonizao

    pelos meios de comunicao de massa e reivindicava ocarter plural da cultura.

    Dos meados do sculo XX em diante, passa a sercolonizada em escala planetria a alma de todas asclasses sociais. Colonizar quer dizer agora massificara partir de certas matrizes poderosas de imagens,opinies e esteretipos. Apesar dos mil e um estudoscientficos e de todos os hosanas ou maldies que

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    h meio sculo pairam sobre a indstria cultural e,particularmente, sobre a televiso, continua em aberto

    a tarefa da inteligncia que pretenda decifrar o quevem acontecendo com as mentes e coraes de umpblico vastssimo e, de algum modo, aindatrabalhado pela cultura erudita ou pela culturalpopular. (BOSI, 1972, p.383)

    Quase 40 anos depois, apesar da globalizao dacomunicao, da desterritorializao do espao e do tempoprovocados pela comunicao por satlite, e pela web, apopulao brasileira ainda repete, diariamente, a rotinadescrita por Bosi em seu clssico livro Dialtica daCivilizao, da dcada de 70, como um processo corrente dedifuso na sociedade de consumo, onde os bens simblicosso consumidos principalmente pelos meios de comunicaode massa.

    Numa democracia no deveria existir nenhum poderpoltico incontrolado. Ora, a televiso tornou-se hojeem dia um poder colossal; pode-se mesmo dizer-se

    que potencialmente o mais importante de todos,como se tivesse substitudo a voz de Deus. No podehaver democracia se no submetermos a televiso aum controle, ou, para falar com mais preciso, ademocracia no pode subsistir de uma formaduradoura enquanto o poder da televiso no fortotalmente esclarecido. (POPPER, 1995, p.29).

    Nessa perspectiva, o direito e o acesso informaomultifacetada e produzida por diferentes atores sociais tem

    um papel fundamental para garantir a diversidade cultural, econtribuir para a formao crtica do cidado, e desta forma,permitir que ele possa se tornar sujeito de sua prpria histria.

    Em 1974, no livro Television: technology and culturalform, Raymond Willians desenvolvia suas reflexes partindoda idia/concepo de que a televiso o lugar onde seentrelaam trs importantes processos: o tecnolgico, o

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    institucional e o cultural. Isto leva a uma compreenso do

    ponto de vista das relaes entre a dimenso tecnolgica e acultural na televiso. Entender essa relao pressupecompreender a histria dos meios de comunicao, emespecial da televiso, e como ela se constituiutecnologicamente ao longo dos tempos para determinarformas de comunicao que at hoje se mantm presentes.Ainda que os avanos tecnolgicos propiciem tecnologias deplasma ou cristal lquido LCD (Liquid Cristal Display), LED(Diodo Emissor de Luz), e em 3D (dimenses), a televiso

    segue sendo o meiocom maior audincia e popularidade.

    No Brasil, dados do Censo 2000 do IBGE e doMinistrio das Comunicaes indicam que a televiso estpresente em boa parte dos lares brasileiros, e seu alcancechega quase totalidade da populao brasileira.

    Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra deDomiclios (PNAD) 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica IBGE, a TV aberta atingia 95,7% dos domicliosbrasileiros e considerado o meio audiovisual maisabrangente do pas. Suas receitas representaram, em 2011,63% do mercado publicitrio brasileiro. Trata-se de umacategoria de servios audiovisuais que deve ser valorizada,mas precisar adequar-se s novas exigncias colocadaspelo processo de digitalizao e pelo novo ambiente deconcorrncia.1

    Por qualquer indicador que se escolha estrutura,nmero de usurios, tempo dirio dedicado ao consumo oufaturamento , a TV aberta representa a principal forma decontato da populao brasileira com as obras audiovisuais.

    1 Disponvel em: http://www.ancine.gov.br/sites/default/files/consultas-publicas/PDM%20-FINAL.pdf acesso em 2 de fevereiro de 2010.

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    Arlindo Machado (2001) critica as pesquisas sobre

    televiso e a viso de diferentes pesquisadores sobre essemeio, que deixam a impresso que na tev no existe nadaalm do comum, do superficial. Segundo Machado, por maisque paream avanar os estudos sobre a televiso,permanece muito amplamente disseminada a idia antiga deque televiso meramente um servio, um sistema dedifuso, fluxo de programao, ou, numa acepo maisintegrada, produo de mercado, sem considerar osaspectos positivos do prprio meio e sem discutir o modusoperandi e de produo mais diretamente relacionados aomeio como business, do que ao prprio meio.

    Martn-Barbero (2006), considerado um dos principaistericos da Amrica Latina, analisa a televiso como relato,dispositivo cultural e indstria; que busca compreender suasformas, lgicas e conexes; e se prope como meio centralda comunicao contempornea, uma vez que a telatelevisiva tornou-se o local da visualidade que ritualiza formasde interpretar o mundo, e classifica as maneiras de versocialmente aceitas.

    Por outro lado, considerando que a televiso entra empraticamente todos os domiclios do pas, e competediretamente com a escola, no processo de formao cultural, necessrio refletir sobre o sistema brasileiro de televiso ede rdio, que at recentemente foi marcado pelas emissoras

    privadas comerciais, apesar de suas concesses seremreguladas pelo Estado, cuja legislao, o Cdigo Brasileiro deRadiodifuso, de 1962 ainda considerado anacrnico,apesar dos remendos existentes e face s constantesmudanas tecnolgicas do setor e s demandas sociais.

    Os meios de comunicao, portanto, assumem umpapel importante no momento em que transferem de maneira

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    veloz aos cidados informaes e mensagens, que podero

    alterar ou definir novas formas de mobilizao entre aspessoas. Como indstria de consumo e entretenimento, ateleviso abocanha uma fatia de quase 60% da publicidadenacional. apresentada como um meio capaz de colaborarpara alterar uma sociedade, desde que responda snecessidades e expectativas dos pblicos que a assistam.

    A LINGUAGEM E A RECEPO

    A linguagem da televiso passou por um processo

    evolutivo que conduziu o modo de edio, antes determinadopelos planos-sequncia, para um modelo fragmentado, noqual prevalece a esttica da velocidade em detrimento daesttica da profundidade.

    No incio preponderavam as entrevistas de estdio eos comentrios. As reportagens externas eram realizadas empelcula, com o predomnio de longos planos-sequncia. Porconta do equipamento no havia a gravao do som direto. Oudio normalmente era composto por locues acrescentadasa posteriori. Devido ao tempo destinado revelao/montagem, as matrias externas eram mais frias. Areferncia da linguagem audiovisual era o cinema.

    Com a inveno do video tapesurge a possibilidade derealizar reportagens em vdeo com equipamento de gravaoexterna. Ainda h a predominncia dos grandes planos-

    seqncia, porm comea a surgir uma linguagem maisespecfica para o veculo TV, baseada em uma construoque utiliza planos de cmera variados, apoiada pelapossibilidade da edio eletrnica, mais rpida e simples. Aedio, segundo Becker (2008) precisa ser muito rpida, complanos curtos e fechados, muita ao o tempo todo, de modoa manter o espectador permanentemente motivado einteressado na trama.

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    Esta linguagem vai se tornando cada vez mais

    dinmica, e a conscincia de manter o pblico telespectadorligado vai desenvolvendo cada vez mais uma preocupaoda esttica visual para apoiar o contedo.

    Com a popularizao do controle remoto nosaparelhos de TV, o desafio de manter o telespectadoraumenta consideravelmente. Paralelamente a evoluo dosequipamentos de captao e edio permite odesenvolvimento de uma linguagem mais rpida, dinmica e

    em alguns momentos fragmentada. Uma linguagem que seaproxima da esttica do vdeo clipe.

    Baseado nesta anlise determina-se dois momentosque marcam a esttica audiovisual na TV brasileira. Como setrata de uma mudana marcada por uma evoluo cultural etecnolgica contnua, no h como estabelecer datas, oumomentos de quebra explcitos. Tudo acontece em umprocesso de adequao aos novos desafios.

    A discusso proposta que se uma exclui a outra. Seos novos desafios para prender o telespectador geram umaesttica visual que determina padres especficos para ocontedo.

    Do ponto de vista da esttica da profundidade a ediodinmica, veloz e fragmentada e a grande quantidade denotcias transforma a informao em um show/espetculo que

    ser esquecido assim que o prximo programa entrar no ar.Falta informao. Do ponto de vista da esttica da velocidadea edio lenta, mais explicativa, com notcias com um tempomaior, transforma o telejornal em um programa pouco atrativo,que ser substitudo rapidamente pelo controle remoto. Faltaentretenimento.

    No podemos negar o olho do novo telespectador, que

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    reflete uma sociedade altamente estimulada pela evoluo

    tecnolgica. O olhar multimdia. O tempo acelerado. Obanquete muitas vezes superficial. Porm a informao nodeve ser escrava da esttica. preciso criar alternativas emque se oferea um contedo mais crtico que permita aotelespectador aprender a ler alm da superfcie.

    [...] no se controla a comunicao audiovisual se nose conhecerem os mecanismos emocionais einconscientes a partir dos quais ele atua [...] oanalfabetismo audiovisual mais perigoso que o

    verbal. O analfabeto verbal consciente de sualimitao. No poder ter acesso informao escrita,mas tampouco poder ser manipulado por ela. Oanalfabeto audiovisual, no entanto, ser presa fcil damanipulao audiovisual, porque ter acesso smensagens sem capacidade de anlise e, ao mesmotempo, sem uma atitude de defesa, de controle.(FRRES, 1998, p.273)

    A convergncia multimiditica aliada plataforma

    digital refora que os atuais modelos de TV no poderopermanecer da forma como esto, e exigem a ampliao dasdiscusses em torno de mecanismos que garantam adiversidade de contedos, aliado a uma convergncia, queno s de suporte, e sim crtica, de dilogo capaz defomentar novos contedos. Uma espcie de repositrionatural gerado a partir do avano da tecnologia.

    O novo cenrio possibilita uma experimentao de

    linguagem na produo audiovisual, uma vez que os custosde produo so baixos e h espao para a veiculao emoutros suportes.

    Na nova televiso (digital e interativa), a estticatelevisiva atinge outro patamar. Profundidade e velocidadepassam a conviver em um mesmo espao, e a deciso pelaescolha de um ou de outro passa a ser do telespectador. Seu

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    desejo pode ser atendido instantaneamente pela internet,ele

    est livre da grade de programao das emissoras e daslinhas editoriais. A possibilidade de participar ativamente daprogramao permite ao telespectador experimentar aalternncia de ritmos, dependendo do seu interesse.

    Levando em conta a velocidade da mdia (agoradigitalizada), o que se v num primeiro momento opredomnio da esttica da velocidade. Textos curtos (agora otexto faz parte da mensagem televisiva), vdeos curtos, que

    com edio dinmica atingem a superfcie da informao.Porm a possibilidade do hipertexto autoriza o telespectador abuscar por si, um aprofundamento da informao atravs decliques em links de texto, vdeos e lbuns de fotos. Apossibilidade de participar de um frum ou chat podeaumentar ainda mais esta profundidade.

    A convergncia entre televiso e internet torna-se umfator inquestionvel na lgica do mercado digital. Mas h

    muitas questes a serem respondidas, principalmente,relacionadas ao tipo de contedo que essa fuso exigir. nessa convergncia miditica que surge a necessidade deproduo de contedos especficos para o suporte.

    No basta ter a inteno de estabelecer umacomunicao dialgica a partir da televiso precisoestabelecer um universo comum de competnciascomunicativas, que permitam ao telespectador sua real

    participao. O uso das tecnologias dever combinar a melhormaneira de conseguir uma interatividade com a presenafsica, que oferea acesso, disposio para criar, capacidadede resolver problemas, e produo dos contedos pelainvestigao da comunidade, gerando assim, odesenvolvimento de conhecimento local, respeitando-se ascaractersticas do ambiente.

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    O ser humano essencialmente um agente em suas

    atividades, as quais no comportam serem definidas emtermos de simples reaes ou respostas. Conhecer, sabermanusear, entender o modo de expresso da televiso criauma competncia importante no sentido de utiliz-la comeficincia na produo de contedos esperados pelostelespectadores envolvidos na comunicao.

    O desenvolvimento das tecnologias de produoaudiovisual digital, ocorrido no final do sculo XX, mais

    precisamente nos anos 90, foi responsvel por gerar umapluralidade de meios de recepo, captao e de programasde edio de imagens e sons.

    Este cenrio tem redefinido o papel tanto das grandesemissoras de broadcasting, que realizam a comunicaomassiva, centralizada, vertical e unidirecional, quanto o papelpoltico e social exercido pelo digital, que cumpre a funo dedescentralizao e democratizao da comunicao.

    Assim, j possvel produzir contedos com umpequeno oramento, com equipamentos semi-profissionaisutilizando cmera digital, computador, e softwares de ediode som e imagem. Alm do baixo custo, estes equipamentosapresentam qualidade prxima profissional e soresponsveis pelo aumento da produo, uma vez que ainternet um grande repositrio, dos portais como YouTube,MySpace, entre outros.

    Os novos ambientes de comunicao vo unir cadavez mais solues textuais, visuais e audiovisuais em umaforma integrada e atraente, que altera os conceitos clssicosde emisso, recepo e produo, e que est em constanteconstruo e re-elaborao. Estamos vivenciando a EraDigital, um momento de transformao da lgica decomunicao de massa, para uma comunicao multilateral e

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    colaborativa.

    O CONSUMIDOR/PRODUTORQuando falamos de democratizao ou popularizao

    dos meios de produo, o primeiro ponto o acesso aoequipamento. Cmeras de vdeo de baixo custo (fita mini DV,DVD, carto de memria), com manuseio descomplicado.Cmeras fotogrficas digitais com opo de gravao emvdeo. Celulares com cmeras integradas com razovelqualidade de imagem e capacidade de armazenamento.Softwaresde edio de som e imagem com operao simplese interface amigvel em verses free. Cmeras integradas acelulares ou no, que agregam softwares de edio deimagens e geradores de efeitos. O mesmo podemos dizersobre a captao e edio de udio, com gravadores digitaiscom sada USB, celulares, tocadores de MP3, MP4 comgravadores integrados. E tudo isso oferecido a preosconvidativos, com distribuio em grandes magazines. Alm

    de inmeros softwaresde distribuio gratuita que podem serbaixados da web.

    Mas sem canal de distribuio, essa acessibilidadetecnolgica ficaria restrita a pequenos grupos familiares e deamigos, como foi o Super-8e o vdeo cassete. Aqui surge osegundo ponto importante: a facilidade de distribuio paraum grande nmero de pessoas atravs de sites dearmazenamento e acesso (YouTube, Vimeo etc.) na web.

    Basta abrir uma conta, seguir os passos determinados pelosite e pronto! E sem a censura tcnica, muitas vezestravestida de controle de qualidade das emissoras de rdio eTV, sejam elas grandes redes, pequenas emissoras regionaisou at mesmo emissoras comunitrias.

    O consumidor de televiso, da televiso pr-digital,era menos ativo do que o usurio da internet, que tem

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    mais recursos para trabalhar na edio dos materiais,interromper e selecionar, ir e voltar. s vezes o

    telespectador o imita, porque o controle remotopermite esse jogo, mas, em geral, ele se mostra maisrgido em sua fidelidade. (GARCIA CANCLINI, 2008,P. 52)

    O grande boom da descoberta, a utilizao massivadestes sitesde armazenamento e acesso vem transformandoos ento telespectadores e radiouvintes, emconsumidores/produtores de informao. O nmero de

    acessos (j no se fala em audincia) de determinados vdeosna web, supera muitas vezes a audincia de programas dateleviso aberta, sua aferio representa em muitos casos,mais credibilidade que o clculo estatstico dos institutos depesquisa, responsveis pelos ndices de audincia dateleviso. Como cada vez mais os vdeos da internet soutilizados de forma indiscriminada em programas de televiso,o que se v so jovens (muitas vezes com idades inferiores a10 ou 11 anos) que acabam buscando na produo dessescontedos amadores, divulgar ou expor colegas em situaesperigosas e vexatrias.

    O caso do Brasil nos leva a repensar as suposies ehipteses de inmeras teorias que vm estudando odesenvolvimento dos meios de comunicao,principalmente a televiso, nos pases perifricos e emespecial no Brasil. Exatamente por isso acreditamosque estudos de caso podem ser de maior utilidadepara se compreender o crescimento da mdia no Brasil

    do que muitas abordagens que tentam estudar aevoluo da televiso brasileira a partir, e unicamente,de uma perspectiva global. (MATTOS, 2000, p.14)

    Como foi o caso ocorrido na Escola Estadual Jesunode Arruda, na cidade de So Carlos, aps repercusso de umvdeo feito em dezembro de 2010, que mostrava cenas de sexooral entre dois adolescentes. As imagens foram feitas pelos

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    prprios colegas de classe e as cenas se espalharam

    rapidamente pela internet, principalmente entre os jovens,atravs de celulares equipados com o sistema Bluetooth. O casomotivou a coordenao pedaggica da escola a propor umaatividade que unisse ao mesmo tempo, educao ecomunicao, no sentido de conscientizar os alunos para ainfluncia socializadora permitida pelo vdeo, e corrigir a distoroque havia sobre a compreenso e o consumo do vdeo entreeles.

    O projeto prope tambm aperfeioar graduados,profissionais da rea de Educao e reas afins para autilizao eficiente, tica e responsvel das ferramentasaudiovisuais, propiciando uma reflexo prtica e tericavoltada para o processo de criao e realizao de produtosmiditicos a serem utilizados em sala de aula, assim como doenriquecimento da interao entre produtor e pblico.Construindo dessa forma um senso crtico sobre os meios decomunicao.

    Nesse momento ocorre uma aproximao entre a escolapblica e o Departamento de Artes e Comunicao daUniversidade Federal de So Carlos, atravs do projeto deextenso A Escola na Tela da TV Educomunicadores emAo, que prope uma discusso no campo da produo decontedo audiovisual a partir da experincia vivida pelosalunos do curso de Imagem e Som.

    A atividade realizada simultaneamente em So Carlose na cidade de Lorena, no interior paulista atravs de umaparceria com o Curso de Especializao de Educao Midia,e Novas Tecnologias das Faculdades Integradas TeresaDvila - FATEA, onde o Professor e um dos Coordenadoresdo curso Jefferson Jos Ribeiro de Moura, co-autor desteartigo, contribui para descrever realidades distintas entre

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    escolas pblicas no estado de So Paulo.

    Atravs da unio entre educao e comunicao comprocessos multimdia de forma colaborativa e interdisciplinar,o projeto possibilitou uma experimentao de linguagem pelosjovens estudantes da escola pblica, alinhados com os alunosdo curso de imagem e som, na produo de um programa-piloto, que segue as caractersticas da narrativa ficcionalseriada para televiso

    O projeto busca trabalhar o conceito audiovisual com

    uma funo social dentro da escola, alm de promover aosjovens da rede pblica a chance de empregar os conhecimentose aptides alcanados em sala de aula na produo audiovisual.O programa-piloto ser transmitido pela TV Educativa local,que opera pelos canais 48UHF na TV Aberta e 11NET nocabo. A iniciativa foi uma oportunidade desses jovensaprenderam a fazer televiso, o que tambm promove umareflexo a respeito dos temas tratados nos meios de

    comunicao.CONSIDERAES FINAIS

    Um novo produto/produtor comea a surgir. Semtcnica, sem ideologia, mas com coragem de se expor eapresentar suas idias, que pode ser de um simples fatoengraado/trgico flagrado pelo celular, at um projetoproduzido com o objetivo mais definido de exibir uma idia.

    Talvez esse novo produtor no tenha conscincia de sua forae poder. Talvez a idia da inatacabilidade da televiso e dordio convencionais, no tenha ainda permitido que elecompreenda seu poder.

    A organizao em redes possibilita exercer a cidadaniapara alm do que a modernidade esclarecida eaudiovisual fomentou para os eleitores, os leitores e osespectadores. Diariamente esto sendo difundidas

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    informaes eletrnicas alternativas que transcendemos territrios nacionais e so desmentidos em milhares

    de webs, blogs e e-mails os argumentos falsos comque os governantes justificam as guerras, a tal pontoque as emissoras de rdio e televiso, que repetiam afalsidade, s vezes se vem obrigadas a reconhecer oembuste. (GARCIA CANCLINI, 2008, P. 30)

    Porm, outro ambiente que no o espao tradicionalda mdia eletrnica (rdio e TV broadcast) oferece umabrecha, permitindo que a populao em geral tenha acesso ameios de produo e divulgao em uma mdia mais simplese barata. Isso quer dizer que h lugar para todas as formas decomunicao. Da mesma forma que o mundo eletroeletrnicono aboliu a escrita, o novo paradigma digital no anula asformas de representao mediadas pelos dispositivosanalgicos, ou seja, as formas massivas.

    As funes ps-massivas, como por exemplo,massivas existentes na internet e nas novas mdias digitais,

    como nos grandes portais jornalsticos, no representam aabolio da comunicao de massa, mas, ao contrrio,apresentam-se como um processo complexo do momentoanterior. Portanto, no se pode recusar o modelo tradicionalde mdia massiva, pois, todos os modelos (massivos e ps-massivos) podem coexistir, sincronicamente, num mesmoespao social.

    Hoje, estamos cada vez mais conscientes de que omdium no um simples meio de transmisso dodiscurso, mas que ele imprime certo aspecto a seuscontedos e comanda os usos que dele podemosfazer. O mdium no um simples meio, uminstrumento para transportar uma mensagem estvel:uma mudana importante do mdium modifica oconjunto de um gnero de discurso.(MAINGUENEAU, 2001, p. 71,72)

    Nesse sentido, desenvolver a cidadania, estimular a

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    reflexo e a leitura crtica de contedos audiovisuais, provocar

    o debate, desmistificar o modus operandi, democratizar ainformao, so algumas das possibilidades permitidas. Serisso, quando reivindicado um novo tipo de conhecimento, umconhecimento por participao.

    Quanto ao contexto multimiditico brasileiro atual necessrio criar possibilidades para romper com as barreirashistricas da produo de contedos audiovisuaisindependentes atravs de projetos em parcerias com

    universidades, escolas, instituies etc. Incentivar amanuteno de polticas pblicas que auxiliem naorganizao e gesto. Potencializar a entrada e participaode novos agentes, aqui identificados comoconsumidores/produtores, que renam elementos capazes decriar contedos audiovisuais comprometidos com ainformao, educao e o entretenimento. Alm de facilitar aacessibilidade aos contedos produzidos nesse cenrio deconvergncia, por meio das diversas redes e plataformasdisponveis.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BECKER, Beatriz e MACHADO, Arlindo. Pantanal: A Reinvenoda Telenovela. Natal-RN: Intercom, 2008.

    BONASIO, Walter. Televiso.Manual de produo & direo. BeloHorizonte: Leitura, 2002.

    BOSI, Alfredo. Dialtica da Colonizao. Cia das Letras, SoPaulo, 1972.

    FERRS, Joan. Televiso subliminar. Socializando atravs decomunicaes despercebidas. Porto Alegre: Artmed, 1998.

    GARCIA CANCLINI, Nstor. Leitores, espectadores e internautas.So Paulo: Iluminuras, 2008.

    MACHADO, Arlindo. A televiso levada a srio. 2 ed, So

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    O FACEBOOKCOMO FERRAMENTA DE ENSINO E

    APRENDIZAGEM DE LNGUA ESTRANGEIRA

    Ana Cludia da Cruz Silva

    Especialista em Educao, Mdia e Novas Tecnologias pelasFaculdades Integradas Teresa Dvila FATEA. Licenciada em

    Letras (Ingls e Portugus) pela Faculdade Salesiana deFilosofia, Cincias e Letras de Lorena (UNISAL) e em

    Pedagogia com Administrao Escolar de 1 e 2 graus pelaFaculdade de Educao de Guaratinguet. Atualmenteexerce o cargo de Professora do Ensino Bsico Tcnico-

    tecnolgico da Escola de Especialistas de Aeronutica (EEAR),com a especialidade Bsico de controle de trfego areo.

    INTRODUO

    Este estudo se originou da necessidade dereestruturao do ensino de Lngua Inglesa para os alunos docurso tcnico-profissionalizante da rea de controle de trfegoareo, na Escola de Especialistas de Aeronutica (EEAR),devido s exigncias de proficincia na Lngua Inglesaprevistas no Manual de Implementao da Organizao deAviao Civil Internacional (2004). Partindo dessa premissa,esse artigo prope uma reflexo sobre a utilizao do sitede

    rede social Facebook.come suas ferramentas com o objetivode proporcionar atividades que complementem as aulaspresenciais de Lngua Inglesa, na EEAR. Esta proposta visaressaltar a necessidade do uso das TICs como parteintegrante do processo de ensino e aprendizagem de lnguaestrangeira.

    indiscutvel que a tecnologia na sala de aula

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    proporciona novas vertentes para o ensino e a aprendizagem.

    Ela reorganiza, transforma e possibilita o compartilhamentodos conhecimentos. De acordo com Pretto (2012, p.30) Atecnologia no pode ser vista como uma ferramenta auxiliarpara realizar o mesmo tipo de ensino. Ela nos traz uma novaforma de organizar a produo de conhecimento.

    Este estudo, em um primeiro momento descreve operfil do aluno militar: sua faixa etria, as disciplinas que elecursa, o material que se destina a ele. Em um segundo

    momento, descreve o perfil do grupo criado no Facebook.comcom suas caractersticas e ferramentas, e por fim soapresentadas estratgias a serem aplicadas ao educando eanlise de aprovao do grupo In seach of English 4ATCOs.

    AS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

    Quando pensamos em sala de aula, muitas vezes nosvem mente a ideia de um mestre que transmite seusconhecimentos a um grupo de alunos que, na maioria dasvezes, recebe esses conhecimentos e os memoriza por meiode um mecanismo de repetio. Porm, esse panorama temse modificado. De acordo com Machado (2007, p. 32),[...] aconcepo de ensino-aprendizagem memorstica est sendosubstituda pela viso interacionista, o que leva o educador avalorizar o contexto do aluno na organizao didtica dasatividades pedaggicas desenvolvidas pela escola.

    Por essa razo torna-se imprescindvel a participaodo educador e dos educandos em um processo colaborativoe, para atingir melhores resultados nesse processo o empregodas tecnologias se torna indispensvel. Ainda, Machado(2007) afirma:

    [...] o uso das tecnologias na escola contribui paraexpandir o acesso informao atualizada, permiteestabelecer novas relaes com o saber que

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    ultrapassam os limites dos materiais tradicionais,favorecem a criao de aprendizagens cooperativas.

    [...] O uso das tecnologias educacionais favorece acriao e a utilizao contnua de uma redecolaborativa formada por pessoas de toda acomunidade educativa. Por isso, essencialmenterelevante a conscientizao de que a rede deinformaes e conhecimentos tecida no coletivo daescola no apenas um recurso tecnolgico. Elaconstitui um organismo vivo, cujo sistema tem umacapilaridade de que se realimenta do prprio contextoe do que gerado no ambiente externo, fortalecendo o

    ser humano e potencializando o desenvolvimento dascompetncias individuais, assim como mudanas decomportamentos, valores e atitudes.

    certo que, com o impacto das novas tecnologias, asrelaes entre elas e seus usurios e entre seus usurios e orestante do mundo convergiu para uma vasta gama deconhecimentos e assim tambm em uma mudana decomportamentos na sociedade. Parece adequado aqui

    acrescentar a definio de ciberespao e ciberculturapreconizada por Lvy (2011, p. 17):

    O ciberespao (que tambm chamarei de rede) onovo meio de comunicao que surge da interconexomundial dos computadores. O termo especifica noapenas a infraestrutura material da comunicaodigital, mas tambm o universo ocenico deinformaes que ela abriga, assim como os sereshumanos que navegam e alimentam esse universo.Quanto ao neologismo cibercultura, especifica aqui oconjunto de tcnicas (materiais e intelectuais), deprticas, de atitudes, de modos de pensamento e devalores que se desenvolvem juntamente com ocrescimento do ciberespao.

    Todo o universo de novas tecnologias veio aproporcionar uma preocupao com o sistema de educao.Os saberes adquiriram uma nova conotao e uma

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    velocidade incrvel de renovao. Lvy acrescenta: Trabalhar

    quer dizer, cada vez mais, aprender, transmitir saberes eproduzir conhecimentos.

    E de que forma a cibercultura pode contribuir para oemprego de estratgias a serem empregadas no ensino delngua estrangeira? Pierre Lvy (2011) aponta que asimulao (como parte de uma tecnologia intelectual) pode-seapresentar como ponto fundamental. Ela [...] amplifica aimaginao individual e, com o compartilhamento entre os

    grupos faz com que haja um aumento da inteligncia coletiva.Ainda, As tcnicas de simulao, em particular aquelas queutilizam imagens interativas, no substituem os raciocnioshumanos, mas prolongam e transformam a capacidade deimaginao e de pensamento. Mais ainda, a simulao temhoje papel crescente nas atividades de pesquisa cientfica, decriao industrial, de gerenciamento, de aprendizagem, mastambm nos jogos e diverses (sobretudo nos jogosinterativos na tela). (LVY, 2011, p. 168)

    Aqui, podemos retornar ao incio desse estudo,quando afirmamos uma mudana no papel da aprendizagem:do sistema clssico utilizao de recursos interativos, achamada aprendizagem cooperativa. O novo papel dosprofessores ento seria:

    Fala-se ento em aprendizagem cooperativa assistidapor computador (em ingls: Computer Supported

    Cooperative Learning, ou CSCL). Em novos campusvirtuais, os professores e os estudantes partilham osrecursos materiais e informacionais de que dispem.Os professores aprendem ao mesmo tempo que osestudantes e atualizam continuamente tanto seussaberes disciplinares como suas competnciaspedaggicas. (LVY, 2011, p. 173)

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    O PAPEL DAS REDES SOCIAIS

    Parafraseando Marques e Noronha (2005), as redessociais se originam do prprio relacionamento pessoal eafetivo entre os indivduos e So espontneas, que derivamda sociabilidade humana.

    As redes sociais so fontes imensurveis de difusode informaes que podem atender s necessidades pessoaisou coletivas. Ainda segundo Marques e Noronha, elas estodivididas em trs grupos: primria (relacionamento entre

    familiares, amigos, vizinhos); secundria (profissionais efuncionrios de instituies pblicas ou privadas,organizaes, comunidade); e intermediria (grupos,instituies que defendem interesses comuns); de ondeobservamos o grande poder de influncia que elas exercemsobre os indivduos e grupos.

    Como exemplos de redes sociais virtuais podemoscitar o myspace.com, o Orkut, o LinkedIn, o Twitter, oFacebook.com. Todas elas exercendo um grande fascniosobre os jovens da chamada gerao y (perfil dos alunospesquisados neste artigo) e gerao z.

    Com o apoio da tecnologia da informao, as redessociais esto aumentando o seu poder de atuao.() Por isso as redes sociais esto inseridas nodomnio da tecnologia da informao: seja o Orkut,seja o candango, seja o correioweb, seja qualquer

    outro site que atue como rede social, as redes sociaispermitem que as pessoas encontrem com maisfacilidade e mais rapidamente a informao desejada.(MARQUES e NORONHA, 2005, p.136)

    O FACEBOOK.COM

    De acordo com Mezrich (2010), em seu livroBilionrios por Acaso, a histria do facebook se iniciou com

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    uma amizade entre Eduardo Saverin e Mark Zuckerberg, dois

    estudantes de Harvard, E.U.A., o primeiro brasileiro e o outroamericano.

    Parafraseando Mezrich (2010), os dois estudantes sesentiam deslocados no ambiente de Harvard e a primeiraideia foi criar um sitedentro da faculdade onde os estudantespudessem ter acesso a fotos dos prprios colegas e assimmanter um possvel relacionamento, principalmente com asmulheres do campus. Ento, na ltima semana de outubro de

    2003, surgiu a primeiro esboo com o nome deFacemash.com. A princpio, o siteseria utilizado apenas comoum lbum de fotos digitala palavra facebook, originalmente,significa lbum de fotos.

    Zuckerberg era exmio na arte da computao ehackeou o lbum de fotos da Universidade. O suposto sitecausou um enorme sucesso entre os colegas, porm tambmcausou uma advertncia por parte dos superiores da escola.

    De acordo com o prprio Zuckerberg, o Facemashainda poderia ser uma comunidade on-linede amigos, comfotos, perfis, em que se poderia clicar, visitar, passear. Umaespcie de rede social, mas que fosse exclusiva - a pessoa sentraria se fosse convidada (MEZRICH, 2010, p.76). E,dessa forma, para deixar o site mais simples, Zuckerbergresolveu cham-lo de Facebook. E como o siteprecisava definanciamento para continuar, Saverin se associou a Mark

    como diretor financeiro. Para Saverin, a rede era simples,sexy e exclusiva (MEZRICH, 2010, p. 79).

    Em 4 de fevereiro de 2004, foi lanado o sitethefacebook.comque tinha como possibilidades de uso:

    Procurar pessoas em sua faculdade;Descobrir quem faz as mesmas aulas que voc;Conhecer amigos de seus amigos;

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    Visualizar a prpria rede social (MEZRICH, 2010, p.89)

    Com o crescimento do site Zuckerberg e Saverinchamaram mais dois colegas para ajud-los em seu novoempreendimento: Dustin Modkovitz e Chris Hughes. Dustinauxiliaria Mark nas questes relacionadas computao eChris na rea de publicidade e divulgao. Saverin continuariaa procurar anunciantes.

    Dessa forma, a partir de Harvard, eles expandiram osite por Yale, Columbia e Standford.

    Em maro de 2004, o site atraiu um grande investidor emprogramas de computao - Sean Parker. E foi Parker quemprimeiro se aliou a Zuckerberg com fins lucrativos. Em 13 deabril do mesmo ano, Saverin e Zuckerberg se tornaram sciosoficialmente, criando o Thefacebook LLC, registrada naFlrida, onde vivia a famlia de Saverin. Paralelamente,Zuckerberg resolveu criar um projeto chamado de Wirehog

    (um programa gratuito onde as pessoas poderiamcompartilhar msicas, vdeos, fotos com amigos), projeto esteque seria um aplicativo do thefacebook.

    Porm a distncia entre Zuckerberg e Saverin foiaumentando medida que o primeiro decidiu ficar naCalifrnia e dar prosseguimento ao seu projeto e o segundodecidiu manter seus negcios em Nova York e gerenciar othefacebook a distncia. Em julho de 2004, Saverin decidiu

    bloquear a conta conjunta deles, fato que desencadearia aexcluso de Saverin como scio do thefacebook.

    Zuckerberg tambm se associou a Peter Thiel (donode fundo de investimento multibilionrio) e assim, recebeuuma ajuda de $500,000 para tocar seu projeto em diante.Para simplificar, o nome do site passou a ser simplesmenteFacebook.com.

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    Em outubro de 2004, o nmero de cadastrados no face

    j estava chegando casa dos 750 mil usurios e algunsrecursos foram instalados: uma funo chamada mural (wall)que permitia que as pessoas se comunicassem com umaabertura at ento indita nas redes sociais (MEZRICH,2010, p. 191). E grupos que poderiam ser criados egerenciados por seus prprios membros.

    Em 3 de dezembro de 2004, Thiel e Zuckerbergplanejaram novos recursos para o site: novas verses para o

    mural e um aplicativo de compartilhamento de fotos.Em 4 de abril de 2005, o escritrio do facebook j

    possua novas e caras instalaes, novos monitores decomputador e seus prprios advogados e foi a que Saverinpercebeu que estava fora de sua prpria empresa. Foi esse omotivo que o levou a promover um processo contraZuckerberg. Saverin voltou para Harvard e concluiu comsucesso o seu curso. Trs meses depois estava lanado o

    aplicativo de compartilhamento de fotos a ideia de que oFacebook agora era um lugar onde voc compartilhava evisualizava imagens que retratavam a sua vida social(MEZRICH, 2010, p. 219).

    ENSINO E APRENDIZAGEM DE LNGUA INGLESA

    Sabemos que redigir ou falar uma lngua estrangeira,seja ela qual for, vincula-se necessidade de uma exposio

    constante ao idioma e a sua prtica continuada. Porm, paraque esse processo se desenvolva adequadamente, e oaprendiz continue internalizando as regras aprendidas, htambm a necessidade de se buscar a interao en