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EDUCAÇÃO E CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL CARTA FAMILIAR CARTA AO AUTOR MENSAGENS CURTAS: TELEGRAMA MENSAGENS CURTAS : BILHETE QUEM PAGA A CONTA? C ONTAS A PAGAR CONVITE E RESPOSTA EM BUSCA DE EMPREGO: CURRÍCULO CARTA COMERCIAL : SOLICITAÇÃO DE EMPREGO CARTA COMERCIAL REQUERIMENTO D EU A LOUCA NA SECRETÁRIA 8

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

CARTA FAMILIAR�

CARTA AO AUTOR�

MENSAGENS CURTAS: TELEGRAMA�

MENSAGENS CURTAS: BILHETE�

QUEM PAGA A CONTA?�

CONTAS A PAGAR�

CONVITE E RESPOSTA�

EM BUSCA DE EMPREGO: CURRÍCULO�

CARTA COMERCIAL: SOLICITAÇÃO DEEMPREGO�

CARTA COMERCIAL�

REQUERIMENTO�

DEU A LOUCA NA SECRETÁRIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA FORMANDO JOVENS CIDADÃOS

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Secretaria de Estado da EducaçãoPraça da República, 53 Centro01045-903 São Paulo SPTelefone: (11) 3218-2000www.educacao.sp.gov.br

Governador do Estado de São PauloGeraldo AlckminSecretário de Estado da EducaçãoGabriel ChalitaSecretário AdjuntoPaulo Alexandre Pereira BarbosaChefe de GabineteMariléa Nunes ViannaCoordenadora de Estudos e Normas PedagógicasSonia Maria SilvaCoordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São PauloAparecida Edna de MatosCoordenadoria de Ensino do InteriorElcio Antonio Selmi

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

8

Autoria

SECRETARIA DEESTADO DA EDUCAÇÃO

Realização

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CENPEC - CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EMEDUCAÇÃO, CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIAR. Dante Carraro 68 Pinheiros05422-060 São Paulo SPhttp://www.cenpec.org.br

Diretora presidenteMaria Alice SetubalCoordenação geralMaria do Carmo Brant de Carvalho

Coordenação do Projeto (Equipe Currículo & Escola)Maria Silvia Bonini Tararam (Coord.)e-mail: [email protected] José Reginato RibeiroMarilda F. Ribeiro de MoraesAutoria do módulo CorrespondênciaAmérica dos Anjos Costa MarinhoJorge Miguel MarinhoMaria Alice Mendes de Oliveira ArmelinEquipe técnicaAmérica A.C.MarinhoElizabeth BarolliMarlene C. AlexandroffRonilde Rocha MachadoAssessoriaIsa Maria F. R. GuaráYara SayãoEdição de TextoTina Amado

A equipe agradece a contribuição dos educadores daFEBEM/SP, participantes dos encontros de discussãoque subsidiaram a produção deste material entreoutubro de 2000 e fevereiro de 2001

Edição de ArteEva Paraguassú de Arruda CâmaraJosé Ramos NétoCamilo de Arruda Câmara RamosIlustraçãoLuiz Maia

São Paulo, 2003

Coleção Educação e Cidadania, módulo 8Material produzido no âmbito do projetoElaboração e Implementação de Proposta Pedagógica para Adolescentes emSituação de Conflito com a Lei, desenvolvido pelo CENPEC paraa FEBEM/SP – Fundação para o Bem-Estar do Menor do Estado de São Paulo eSEE/SP - Secretaria de Estado da Educação

Correspondência / Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura eAção Comunitária – CENPEC – São Paulo; CENPEC; FEBEM, SEE/SP;2003. Coleção Educação e Cidadania.

Módulo de oficinas culturais 8Ilustr.; 10 fichasISBN: 85-85786-30-2

Educação e Cidadania: proposta pedagógica 1. Educação, ponte para omundo 2. Família e relações sociais 3. Justiça e cidadania 4. Saúde,uma questão de cidadania 5. O trabalho em nossas vidas 6. Artesvisuais e cênicas 7. Conto 8.Correspondência 9. Educação ambiental:problemas globais, ações locais 10. Hora de se mexer 11. Jogos davida 12. Jornal 13. Música e movimento 14. Poesia 15. Ponto deencontro I. Título II. CENPEC III. FEBEM

CDD-370.11

Wagner Mendes Soares CRB-8 – 038/2002

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SUMÁRIO

Introdução 6

Oficina 1 Carta familiar 8

Oficina 2 Carta ao autor 10

Oficina 3 Mensagens curtas: telegrama 11

Oficina 4 Mensagens curtas: bilhete 12

Oficina 5 Quem paga a conta? 14

Oficina 6 Contas a pagar 15

Oficina 7 Convite e resposta 16

Oficina 8 Em busca de emprego: currículo 17

Oficina 9 Carta comercial: solicitação de emprego 18

Oficina 10 Carta comercial 19

Oficina 11 Requerimento 19

Oficina 12 Deu a louca na secretária 21

Referências bibliográficas 23Sugestões para o acervo da Unidade 23

Fichas 25

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6EDUCAÇÃO E CIDADANIA

INTRODUÇÃO

O objetivo destas oficinas é levar osparticipantes a conhecer e utilizar osdiferentes textos que fazem parte dacomunicação por correspondência. E por queisso é importante para os meninos e meninasque estão nessa situação especial? Primeiro,porque a carta familiar é o gênero de textomais presente entre eles, já que permite acomunicação com pessoas queridas de quemse acham temporariamente afastados.Segundo, porque a correspondência incluioutros gêneros da esfera coloquial igualmenteimportantes, como o bilhete, o telegrama, oconvite, o cartão, e mesmo contas querecebemos pelo correio, como de água e luz,extratos bancários, impressos. E, ainda, é útilconhecer os gêneros de uso mais específico,como a carta comercial, o curriculum vitae,carta de solicitação de emprego, ofício,requerimento etc. que, embora não façamparte de suas necessidades mais imediatas,são importantes instrumentos para oexercício da cidadania.

Estas oficinas propõem atividades em que osjovens, na medida do possível, se sintamproduzindo para um destinatário real – seusfamiliares, amigos, membros de instituiçõesjurídicas, leitores de jornal e outros –, o quevai exigir boa apresentação, legibilidade,clareza e coerência de seus textos, paracomunicar-se cada vez melhor. Todavia, oobjetivo das oficinas não é torná-losespecialistas em correspondência: éfamiliarizá-los, de uma forma leve e lúdica,com os vários gêneros de texto, de modo que,em cada situação, possam optar por aqueleque melhor atende as suas necessidades.

Dada a situação especial em que essesjovens se encontram, é preciso que saibamtambém da existência de regras, dentro dainstituição, que restringem o envio erecebimento de correspondência semcensura prévia. Contudo, isso não os deveimpedir de vivenciar as oficinas decorrespondência, mesmo que em situaçõeshipotéticas, como uma experiência rica e

prazerosa, permitindo levar sua palavra aosmais diferentes receptores.

Organização deste móduloEste fascículo contém orientações e sugestõesde procedimento para o desenvolvimento de12 oficinas. Cada uma é apresentada em trêspartes: Aquecimento, Atividade (diferentesetapas) e Fechamento. Contém também, aofinal, a reprodução do material para osparticipantes. O material para os jovensconsiste em 9 fichas, numeradas conforme aoficina (em alguns casos, uma mesma folhatraz, na frente e no verso, fichas para duasoficinas); as fichas trazem tanto os textosprovocadores quanto as propostas deatividade. Na verdade, são 8 fichas para asoficinas de Correspondência mais a ficha“zero”, com orientações para uso dodicionário e para o trabalho em grupo, quetambém integra outros módulos de oficinas.Leia com eles essa ficha sempre que houverum número razoável de participantes novos,pedindo que façam as atividades aí propostas.

Seguem-se sugestões de atividades, quepartem da análise de diversos textos decorrespondência e outras correlatas, quepodem originar produções escritas. Assugestões de oficinas deste módulo podemser enriquecidas ou adaptadas àsnecessidades de cada grupo. Leia todas aspropostas previamente, para poder seprogramar e fazer as adaptações que julgarnecessárias. Providencie também, junto àcoordenação, os materiais de que precisará;são listados no começo de cada oficina.O disquete que integra este módulo trazarquivos para impressão das fichas.

O trabalho com a produção detextosSabe-se que escrever é difícil, mesmo paraescritores bem-sucedidos. Imagine, então,como não será para os participantes dasoficinas, alguns dos quais provavelmente nãotiveram contato mais freqüente com a escrita,ou vêm de um meio onde esta não évalorizada. Como coordenador das oficinas deCorrespondência, cabe a você ajudá-los a

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7CORRESPONDÊNCIA

superar eventuais limitações, criando umclima de confiança e respeito que permita atodos atuar sem inibições. Além disso, éimportante que você garanta a participaçãoefetiva de todos, de acordo com as habilidadesou capacidades de cada um. Isso significa queo aluno com dificuldade para escrever, masque sabe desenhar, poderá ter um atuaçãomaior nas atividades orais, sem contudodeixar de participar das atividades escritas:ele também vai escrever, com sua ajuda e ados colegas. É no ato da escrita que ele vaisuperar suas dificuldades.

Para que os alunos percebam e sefamiliarizem com a organização dos textos decorrespondência, vendo-se ainda desafiados aapropriar-se dos elementos que o compõem,buscamos diversificar as propostas. Assim,além da leitura e discussão de textospertinentes a cada tipo de correspondência –seja ela familiar, comercial ou oficial –,sempre que possível procuramos dar umcaráter lúdico às atividades, como forma degarantir que aspectos mais áridos e nãomenos importantes também pudessem sertrabalhados.

Acompanhe a produção dos textos, oferecendoajuda, informações e sugestões; estimulando-os quando demonstrarem desânimo ou poucapredisposição para a atividade; agrupando osparticipantes de modo que possam se ajudarmutuamente; ajustando as atividades aotempo disponível; valorizando cada uma dasconquistas, mesmo as mais simples e revise otexto com eles.

VALORIZE O PORTFÓLIOIndependentemente das diferentes possibilidadesde divulgação, todas as produções dos jovens(ou cópias delas) devem ser guardadas em seusportfólios.

O trabalho com os jovens não-alfabetizadosProvavelmente você terá na sala jovens comdiferentes experiências em leitura e escrita;

muitos sequer conhecerão as letras e o quea escrita representa. Mas isso não deve serimpedimento para sua participação nasatividades propostas nas oficinas. Aocontrário – embora saibamos que o tempode participação desses jovens em uma oficinanão é suficiente para fazer com eles umtrabalho consistente de alfabetização –, épossível aproximá-los um pouco mais domundo da escrita.

Participar das atividades propostas para asdiversas oficinas e módulos e entrar emcontato com diferentes tipos de texto escritopermitem que o sujeito internalize asdiferentes formas de organização textual edescubra o que a escrita representa e comose organiza. Quando você (ou um colegaalfabetizado) lê para o aluno, ele também setorna leitor, porque atribui sentido ao textolido. Quando você (ou um colega alfabetizado)registra as idéias do aluno não-alfabetizadoem um texto coletivo, ele também é autor dotexto.

À medida que ele participa dessas atividades,vai internalizando o discurso escrito,reconhecendo letras, relacionando-as aossons. Internalizar o discurso escrito significair conhecendo e sabendo utilizar diferentesorganizações textuais, recursos expressivos esinais gráficos convencionais para que o textoproduzido cumpra sua função. Por exemplo,uma carta, um ofício ou convite devem serclaros, coerentes e coesos, além de cumprirsua função, que é a de informar ou solicitar.Para que isso ocorra, algumas vezes sãoprecisos pequenos ajustes nas propostas,mas sobretudo um trabalho muito grande decooperação. Por exemplo, um leitor maisexperiente, professor ou colega, ajuda oaprendiz a progredir na leitura e na escrita,dando-lhe seu testemunho de leitura,apontando onde está lendo. Os menosexperientes podem ditar o que têm a dizerpara que outros escrevam, registrar comosouberem (inclusive por meio de desenho)e ter uma participação oral mais ativa.O importante é que as atividades permitama inclusão de todos e contribuam para a

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8EDUCAÇÃO E CIDADANIA

OFICINA 1CARTA FAMILIARMaterial necessário: ficha 1; dicionários; lápis,borracha, caneta.Conhecer a organização de uma carta familiar éduplamente importante para os jovens: além de(esta ainda) ser um dos tipos de correspondênciamais comuns em todas as classes sociais, no casodeles, é uma das formas mais fáceis decomunicação com pessoas de quem estãotemporariamente afastados.AquecimentoPergunte aos participantes se costumam enviar ereceber cartas. Quem costuma mandar essas cartascom mais freqüência? Gostam de recebê-las e derespondê-las? Por quê? Sobre que assuntoscostumam escrever em geral? Houve algumacarta cujo recebimento os emocionou em especial?Por quê? Deixe que falem, que exponham suasopiniões e façam comentários, cuidando apenas paraque essas falas aconteçam de forma organizada, umade cada vez. Assim, todos falam e todos ouvem.Encerrado esse primeiro momento dedescontração, explique que vão fazer umaatividade a partir de uma carta familiar, umaespécie de jogo e que devem ficar bem atentos asuas orientações.Atividade1a etapaDistribua a ficha 1, que traz duas cartasfamiliares. Na primeira foram “apagados” algunsverbos. Peça que a leiam, tentando inferir pelocontexto o que está faltando. Eles poderãotrabalhar em duplas, pois isso facilita a troca deidéias e permite que se ajudem mutuamente.

superação das dificuldades de cada um. Alémdisso, você pode:

� dispor materiais de leitura ao alcance detodos;

� ler sempre os textos para eles – não sãoapenas os que não sabem, que gostam deouvir alguém ler;

� preparar-se antes para a leitura,demonstrando prazer nela e, se o textopermitir, fazer suspense, desafiá-los aadivinhar o que virá depois;

� escrever na lousa ou em um cartaztrechos do texto lido;

� de vez em quando, pedir que reproduzam oque você tiver lido, através de desenho ouescrita, como souberem;

� comentar livros ou outros textos que vocêtenha lido e achado interessantes;

� aproveitar o trabalho com os textos quepermitem memorização (poesias,parlendas, adivinhas) e incentivar osalunos que ainda não lêem a fazer “leiturade memória” – sabendo o texto de cor,fazem de conta que estão lendo;

� propor que façam a leitura de imagens esinais em jornais, revistas, textosilustrados, perguntando o que acham queestá escrito aí;

� procurar ler o que os alunos rabiscam outentam escrever, indagando o que queriamescrever e traduzindo para a escritaconvencional, sem apagar o que o alunofez (deixar as duas formas juntas);

� sempre que possível, fazer produçãocoletiva de textos: enquanto eles criam otexto, você vai escrevendo na lousa ou empapel pardo – reproduza esses textos paraque possam colá-los no caderno.

Elogie todas as tentativas que fizerem.Comemore com eles cada progresso, nãopermita que se acomodem ou desistam.Impulsione-os sempre para vôos maiores efaça com que sintam que você está com eles.

Bom trabalho!

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9CORRESPONDÊNCIA

Diga que podem escrever a lápis naprópria ficha as palavras que se“apagaram”. Determine um tempopara recomporem a carta. Se notar quetêm dificuldade, dê algumas dicas oufaça você uma leitura pausada,“saltando” as palavras apagadas,incentivando-os a descobrir o que faltapara dar sentido ao texto.2a etapaQuando terminarem de completar aspalavras, peça a voluntários que façama leitura do texto já reorganizado. Cadaum pode ler um trecho, em voz alta.Você irá fazendo os comentários eobservando se as respostas dadas sãopertinentes, pois em vários casos hámais de uma resposta possível. Por fim,leia a carta tal como foi escritaoriginalmente por Maria Rita (v. box),reforçando que, dependendo do caso,alguns trechos podem ser completadoscorretamente com outras palavras. Àmedida que lê, vá tecendo comentáriossobre a estrutura da carta familiar,mostrando que, em toda carta, háalguns elementos que não podemfaltar: remetente (aquele que escreve acarta); destinatário (aquele para quem acarta foi escrita); local e data (o lugar eo dia em que foi escrita), evocação (omodo de chamar a pessoa a quem sedestina a carta – querido amigo,amados pais); e desfecho (oencerramento da carta). Pergunte secostumam utilizar esses elementos emsuas cartas, pois sem eles a compreensãoda carta pode ficar comprometida. Omesmo acontece quanto ao envelope: senão fornecermos todos os dadosnecessários sobre o destinatário, a cartapode não chegar; se faltarem dados doremetente, ele pode não receberresposta.Finalmente, chame a atenção dosjovens para o fato de Maria Rita teracrescentado algo, depois de encerrada

A CARTA ORIGINAL DE MARIA RITASão Paulo, 18 de fevereiro de 2001Querida mainha, saudades!Já estou em São Paulo e escrevo esta carta para a senhora sabercomo foi a minha chegada aqui e como estou me saindo mais doque bem.Cheguei na rodoviária, tomei o metrô e um ônibus, e fui recebidana casa de dona Joana como se já fosse da família. Agradeça pormim ao seu Nicanor pela carta que ele mandou antes, fazendo asminhas recomendações.Com a graça de Deus, já estou empregada. Trabalho na casa dadona Joana todos os dias, a não ser domingo que é a minha folga.Ela, o marido, os filhos e uma sobrinha que mora na casa dela,todos são muito bons e atenciosos comigo. Tenho um quarto sópara mim, com banheiro e até uma televisãozinha. Só não gostodo bairro, que é muito barulhento, tem muita loja, muita gentecorrendo e passa carro na rua dia e noite. O bairro se chamaPinheiros e, quando a senhora escrever para mim, não esqueça decolocar o CEP no envelope, senão a carta não chega.Mas isto é o de menos, mainha, deu certo e agora é trabalhardireito e não fazer feio. Eles gostaram da minha comida, o bolo demacaxeira fez o maior sucesso e os meninos adoraram como eupasso as roupas. O diabo é que tem muita roupa para lavar, masnão há céu que não tenha um pingo de fel.Mainha, eu sei que a senhora se preocupa comigo, mas não hámotivo. Eu estou bem de saúde e de espírito, só a saudade dasenhora e dos manos é que me deixa um pouco aperreada, masem janeiro do próximo ano eu passo as minhas férias com vocês.Quanto à escola, eu ainda estou esperando a vaga que a diretorame prometeu. Ela disse que eu estava bem no começo da lista deespera e que muita gente se matricula e logo desiste. O estudo queeu vou fazer se chama Supletivo e é para gente como eu que ficoumuito tempo sem estudar e quer recuperar o tempo perdido.E por aí como vai tudo? A Marluci já teve criança? Não vejo a horade receber uns retratos. E o calor está muito? Fiquei preocupadacom as notícias da seca que passou aqui na televisão. Ainda bemque vocês estão aí na cidade.E a senhora, minha mãe, melhorou da coluna? Tem botado osemplastros que o médico mandou? E o pai, largou ou não docigarro para acabar com aquela tosse que é o único barulho que anossa terra faz?Bem, eu vou terminando por aqui que amanhã eu acordo cedo etodo mundo daqui levanta e toma café cedo também. Dêlembranças minhas a todos e diga a eles que todos vocês nãosaem um instante do meu coração.Maria Rita

PS. Adorei a blusa de labirinto que a senhora me fez. Muita gentegostou e quis encomendar uma, mas eu disse que a senhora nãotem mais coluna para passar a noite fiando e se consumindo.

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10EDUCAÇÃO E CIDADANIA

a carta. Pergunte ao grupo que sinal ela usou paramostrar que tinha mais alguma coisa a dizer.Explique que PS. significa post-scriptum em latim,ou seja, depois do escrito; também se usa E.T., quequer dizer “em tempo”, indicando que a pessoa selembrou de um acréscimo depois de terminar acarta e incluiu no final.FechamentoSe houver tempo, leia com eles a outra carta noverso da ficha. Ela foi escrita pelo poeta Mário deAndrade para sua grande amiga, a pintora AnitaMalfatti, que havia ganho uma bolsa de estudospara ficar cinco anos na Europa. Mário atrasou-separa a despedida na estação de trem e mandou-lheum telegrama (reproduzido na ficha 2) e, logo emseguida, esta carta. O texto é belíssimo e, emboracoloquial, a linguagem é mais elaborada do que nacarta de Maria Rita à sua mãe.Note que a carta não foi escrita com a finalidade deser publicada; trata-se de uma carta pessoal. Foramos herdeiros de Anita Malfatti que, após sua morte,cederam a correspondência da pintora, comocontribuição para ampliar os estudos sobre sua vidae obra, bem como sobre a arte moderna brasileira.Ao transcrevê-la neste material didático, optamospor conservar sua forma original. Destaque adespreocupação do poeta com a formalidade dasregras: por exemplo, a data não traz vírgula entre acidade e o dia, o mês vem com inicial maiúscula, oautor usa números em vez de escrever quantidadespor extenso (o que é considerado mais elegante).A intimidade entre ele e a amiga é marcada pelouso do “tu”. A emoção transparece nas frasesentrecortadas, nas repetições, nas súplicasreiteradas para que a amiga o perdoe. Tudo issomesclado de explicações prosaicas sobre o atrasodo automóvel encomendado (hoje seria chamadode táxi), o cafezinho, a multa a ser paga caso nãoconseguisse comprar a passagem de trem comantecedência (a partida de São Paulo era na estaçãode trem; o poeta manifesta a intenção, frustrada, deacompanhar a amiga no trem até Santos, onde elatomaria o navio).Leia a carta com eles. Se tiverem dificuldades comvocabulário, sugira que tentem primeiro adivinharo significado das palavras pelo contexto, para sóentão procurá-las no dicionário.

OFICINA 2CARTA AO AUTORMaterial necessário: ficha 2; dicionários; papel (oucadernos), lápis, borracha, caneta.Esta oficina tem por objetivo aplicar osconhecimentos dos participantes sobre a cartafamiliar numa atividade que joga com acriatividade e com a imaginação dos jovens, poiseles deverão se colocar na pele de um famosopersonagem de história infantil e escrever ao autordessa história, solicitando uma mudança em seudestino.AquecimentoComece perguntando se conhecem alguma históriainfantil, um conto de fada, da carochinha etc.Provavelmente alguém se lembrará de algumasdelas, porque ouviram, leram ou assistiram aversões filmadas ou desenhadas dessas histórias.Caso nenhum jovem se manifeste, tome umadessas histórias tradicionais que você conheça bem(O Gato de Botas, Cinderela, Branca de Neve,A Bela Adormecida, Pinóquio...) e conte-aresumidamente. Se vários jovens citarem uma emespecial, peça que relembrem esse conto: quemeram os personagens, o que aconteceu com eles etc.Atividade1a etapaEm seguida, sugira que tentem se imaginar comoum dos personagens das histórias de fada, vivendoa seguinte situação: durante séculos forambonzinhos ou malvados, mas estão cansados disso equerem mudar radicalmente seu destino. Paratanto vão escrever uma carta ao autor da históriapara reclamar, sugerir ou solicitar algumasmudanças. O que será que gostariam de dizer oupedir nessa carta? Talvez o Lobo Mau não tenha

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11CORRESPONDÊNCIA

vontade de devorar a Chapeuzinho e sua avó,talvez a Bruxa da Branca de Neve não queira sertão malvada, talvez os Três Porquinhos estejamcansados de construir casas ou o Lobo não queiramais perseguir os Porquinhos mas, sim, associar-sea eles no ramo da construção civil...2a etapaDistribua a ficha 2 e leia com eles a carta ao autorali impressa. Deixe que comentem o que leram.Chame sua atenção para o fato de que é possívelfazer um texto bem engraçado subvertendo osacontecimentos, modernizando a história,modificando o modo de ser e agir dospersonagens.Depois, peça que em duplas ou individualmenteescrevam suas cartas ao autor. Cada um poderáescolher o personagem e a história que quiser. Acarta deve ser familiar, já que se supõe que devaexistir intimidade entre o autor e seus personagens.FechamentoUma vez terminadas, as cartas podem ser trocadasentre os participantes, para que leiam o que foiproduzido. Depois de corrigidas, devem serpassadas a limpo e expostas em painel ou mural.Uma cópia deve ser guardada no portfólio juntocom a ficha.Procure orientá-los quanto à correção procedendoà reescrita coletiva (veja Introdução do módulo deoficinas de Conto), se houver tempo e você sesentir à vontade para fazê-la. Caso não consigafazer a correção desse modo, procure orientá-losindividualmente ou em duplas, para que se ajudeme corrijam suas produções. É importante que ostextos expostos não contenham erros. Se você nãoestiver seguro de alguma correção, procure ajudano dicionário, numa gramática ou peça acolaboração de outros colegas.

OFICINA 3MENSAGENS CURTAS:O TELEGRAMAMaterial necessário: ficha 3 (verso da ficha 2);dicionários; papel, lápis, borracha, caneta.AquecimentoPergunte aos jovens que tipo texto se costumaescrever quando se quer mandar uma mensagemcurta para alguém que está distante. Provavelmenteeles responderão bilhete, carta, e talvez se lembremdo telegrama. Diga que a própria palavra telegramasignifica “escrita a distância” (em grego, Tele =distância, grama = escrita, letra).Indague se já receberam ou enviaram umtelegrama e se sabem qual é a característicaprincipal desse tipo de texto. Caso não tenhamvisto um telegrama, ou não consigam responder,explique que nos telegramas, em geral, paga-sepela quantidade de palavras escritas. Portanto, ogrande desafio é escrever uma mensagem claracom o menor número de palavras. Assim, elimina-se tudo que é dispensável, isto é, cuja falta nãoatrapalha a compreensão da mensagem.Explique, ainda, que o telegrama teve muitaimportância no final do século passado e no iníciodeste, quando era a forma mais rápida decomunicação a distância. Hoje ele vai sendosubstituído pelo telefone, pelo fax, pelo correioeletrônico (e-mail), mas ainda é a única maneira denos comunicarmos rapidamente com muitaspessoas que não têm acesso a esses outros meios decomunicação.Atividade1a etapaPeça-lhes que observem os telegramas

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12EDUCAÇÃO E CIDADANIA

reproduzidos na ficha 3 (verso da ficha 2) eapontem as diferenças que apresentam em relaçãoa outros textos. Estimule-os a pensar e a discutirsobre o porquê dessas diferenças.Leve-os a reparar também que, assim como acarta, o telegrama enviado por Mário de Andradea Anita Malfatti transborda de emoção.Proponha-lhes que transformem este segundotelegrama num bilhete — que também é um tipo detexto apropriado para mensagens curtas —pontuando o texto e completando-o com as palavrasque faltam, chamando a atenção para a semelhançade organização desses dois tipos de texto: aindicação do destinatário, o corpo da mensagemenxuto, a assinatura do remetente e a data.A seguir, peça que alguns alunos mostrem como ofizeram e comparem os resultados. Se vocêperceber que os jovens têm dificuldades narealização da tarefa, faça essa etapa coletivamente,isto é, eles sugerem as possibilidades detransformação, o grupo decide qual a melhor evocê registra na lousa.2a etapaProponha agora que descubram o está escrito notelegrama “estranho”. Diga-lhes que o segredo édescobrir qual estratégia foi usada para redigir essetexto. Deixe que tentem e estipule um tempo. Casotenham muita dificuldade, dê uma pista: diga queo telegrama foi enviado do “País do Contrário” (asfrases e as palavras do telegrama estão escritas dadireita para a esquerda). Se as dúvidas persistirem,“traduza” uma ou duas palavras e deixe queterminem.Terminada a atividade, confira com eles a“tradução”:

FechamentoPara encerrar a oficina, faça a seguinte proposta:se pudessem mandar um telegrama, o queescreveriam? A quem o enviariam? Peça queescrevam seus textos, colocando todos oselementos necessários a um telegrama real (data,hora, destinatário com endereço completo,remetente). Como o telegrama é algo pessoal,seria indelicado pedir que mostrassem suasproduções, mas você pode se colocar à disposiçãodos que quiserem ajuda. Os telegramasproduzidos podem ser passados a limpo eguardados no portfólio.

OFICINA 4MENSAGENS CURTAS:O BILHETEMaterial necessário: ficha 4; dicionários; papel,lápis, borracha, caneta.Nesta oficina os jovens vão trabalhar com obilhete, que é uma forma bastante simples ecomum de comunicação. Complementando,temos atividades de caráter lúdico: o bilhete donáufrago, os bilhetes desencontrados e o bilheteenigmático.AquecimentoDistribua a ficha 4 aos participantes e peça queobservem o bilhete ali impresso. Explique que obilhete, como o telegrama, é um tipo de textoescrito bem simples usado para uma comunicaçãorápida no dia-a-dia. Dele constam: o vocativo, istoé, o nome ou apelido da pessoa a quem se dirige orecado; o assunto , motivo do bilhete, que deve serexposto em poucas palavras e numa linguageminformal; a assinatura e a data e hora (nãoobrigatórias).

.OTNEMASAC SNÉBARAPPARABÉNS CASAMENTO.

,AICNÊSUA A MEPLUCSEDDESCULPEM AUSÊNCIA,

.ETNEOD ULAMMALU DOENTE.

.ZAP ,ROMA ,SEDADICILEF SOMAJESEDDESEJAMOS FELICIDADES, AMOR, PAZ.

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13CORRESPONDÊNCIA

Atividade1a etapaProponha a seguinte situação:

Você estava em um navio que naufragou e foiparar em uma ilha deserta. Você tem apenas umpedaço de papel, um lápis, e uma garrafa comtampa. Escreva um bilhete com um pedido desocorro.

Coloque-se à disposição dos jovens: dê orientaçõese sugestões sempre que solicitado, ou quando virque o participante está com dificuldade. Diga quenão se esqueçam de colocar no bilhete uma pistaque facilite sua localização, como o dia, hora e anodo naufrágio, o local aproximado onde ele ocorreu,se há sinais de terra próxima, ilhas etc. Faça comque troquem os bilhetes produzidos entre si e queprocurem observar se há lapsos, ou seja, se faltamelementos estruturais, se o autor deu pistas a umpossível receptor. Depois, eles podem passar alimpo seus bilhetes e ao final da oficina expô-losem painel ou mural.2a etapaConvide os jovens a participar de mais umaatividade: os bilhetes desencontrados. Divida aclasse em duplas e entregue a cada dupla duasmetades de uma folha de papel: um participante

então lê o bilhete e a resposta desencontrada.O efeito da troca com certeza será engraçado.Também aqui o que for produzido deve serpassado a limpo e, ao final, pode ser exposto deforma desencontrada, procurando extrair omáximo de comicidade das trocas.3a etapaEm seguida, os jovens vão trabalhar com o bilheteenigmático que está no verso da ficha. Conforme odomínio da escrita dos participantes, proponhatrabalharem em duplas ou trios, distribuindo osleitores mais experientes.Esta é uma atividade lúdica, já bastante conhecida.O código para decifrar o bilhete não consta daficha, para que eles ponham em jogo tudo o quesabem sobre a escrita, seja com relação àorganização de textos, seja com relação aosaspectos morfossintáticos.Para ajudá-los na decodificação, leia com eles asdicas que vêm na frente da ficha. Lembre-os deque um bilhete normalmente se inicia com o nomeou apelido da pessoa a quem se destina e terminacom uma despedida e a assinatura do remetente.Nesse caso, as fórmulas usuais de despedida sãomais fáceis de identificar (um abraço, um beijo, atébreve etc.). Também é fácil decifrar as palavras

escreve um bilhete e ooutro, a resposta a essebilhete. Cada dupladefine, sem deixar queos outros saibam, oassunto de seu bilhete(por exemplo, umafesta, uma partida defutebol, um passeioetc.) e os escreve(bilhete e resposta).Lembre-os que obilhete deve conteruma pergunta ou outroelemento que justifiquea resposta. Quandoacabarem, recolhaapenas as respostas e,propositalmente,devolva-as trocadas àsduplas. Cada dupla

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menores, formadas de uma, duas ou três letras (o,a, e, da, com, em, não, no, que). Outra pista é dadapelos sinais de pontuação. Lembre-os ainda que, àmedida que tiverem decifrado vários símbolos, osrestantes em uma palavra podem ser inferidos pelosentido (por exemplo: na expressão “…den?ro dacai?a”, certamente as letras que faltam são o “t” e o“x”).Enquanto realizam a atividade, circule entre elesdando dicas e ajudando-os: por exemplo, tentardescobrir primeiro as vogais e registrá-las emtodos os lugares onde houver o símbolo quecorresponde a elas. Para facilitar seu trabalho,reproduzimos aqui o bilhete decodificado.FechamentoAo terminarem, confronte com eles a “tradução”do bilhete. Sugira que, fora do horário da oficina,como passatempo, podem criar novos bilhetes comoutros símbolos e dar para um colega decifrar.

já observaram ou tentaram ler uma dessas contas.Explique que é importante saber ler esse tipo decorrespondência, quer dizer, compreender osignificado dos dados escritos nos diversoscampos, pois assim é possível comparar índicesde consumo, valores pagos e, portanto, planejar ouso mais racional e menos oneroso desses serviços– e até reclamar, quando se constatamirregularidades.Atividade1a etapaEntregue aos participantes a ficha 5 e uma folhade papel. Peça que observem minuciosamente ascontas ali reproduzidas. Em seguida proponha quelocalizem nas contas as informações solicitadas naficha embaixo. As respostas serão registradas nafolha e numeradas de acordo com a ordem dosdados pedidos. Também devem especificar seaqueles dados se referem à conta de água ou luz.Feito isso, cada um coloca seu nome na folha eregistra o que foi pedido. Diga-lhes queentreguem a folha à medida que foremterminando. Em seguida, troque as folhas entreeles e peça que ajudem a conferir as respostas doscolegas. Se o grupo não tiver dificuldade, vocêpode ditar as respostas para que corrijam. Casocontrário, você deve escrever na lousa, para queconfiram as respostas. Depois, cada um devolve afolha a seu dono.2a etapaAgora, diga-lhes que cada um vai se imaginarcomo destinatário das duas contas. Vai descobrirquanto irá gastar, efetuando a soma dos doisvalores. O passo seguinte é verificar se tem saldo, apartir do extrato reproduzido na ficha, e preenchero cheque no valor total das contas; e, ainda,descobrir quanto lhe restará de saldo no banco.Oriente-os no preenchimento do cheque,explicando o que devem colocar em cada espaço,caso tenham dúvida. Depois, confira com eles oresultado das operações e o preenchimento docheque, anotando as respostas na lousa.FechamentoDiga-lhes que guardem bem suas fichas, pois farãomais atividades a partir da observação de contas napróxima oficina.

OFICINA 5QUEM PAGA A CONTA?Material necessário: ficha 5; dicionários; papel,lápis, borracha, caneta.Quase diariamente, pelo correio, chega às casas deboa parte da população um tipo decorrespondência cujo objetivo é cobrar serviçosprestados, como por exemplo o fornecimento deágua, luz ou telefone. Todavia, boa parte daspessoas não compreende os dados relacionadosnesse tipo de texto, e muito menos como controlare reduzir seus gastos. Por essa razão, sugerimos,nesta e na próxima oficina, atividades sobre ascontas de serviços.AquecimentoDiga aos jovens que irão trabalhar com a leitura ecompreensão de contas de água e luz. Pergunte se

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OFICINA 6CONTAS A PAGARMaterial necessário: ficha 6 (verso da ficha 5);boletos de contas pagas de luz, água e telefone (nomínimo 3 de cada); papel, lápis, caneta; cartolina,canetas coloridas.Para desenvolver esta oficina, você deve recolherpreviamente, junto a colegas, amigos e familiares,contas de luz, água e telefone e trazê-las (ou cópiasxerox das mesmas). Como você trabalhará com osjovens divididos em três grupos, cada gruporeceberá um tipo de conta (água, luz ou telefone) edeverá ter no mínimo três contas de valoresdiferentes.AquecimentoPergunte aos participantes se já observaramatentamente duas contas de água, luz ou telefonecom valores diferentes e se já se questionaramsobre o porquê dessas variações. Deixe queexponham suas opiniões a respeito e depoisexplique que nesta oficina vão comparar contas,buscar as razões para maior ou menor consumo econscientizar a si próprio e aos outros de que épossível racionalizar esse consumo.Atividade1a etapaOrganize os participantes em três grupos edistribua o material trazido, de modo que cadagrupo tenha um tipo de conta. Dê-lhes tambémfolhas de papel e peça que leiam as contas eprocedam como na oficina anterior, preenchendocom informações os itens do quadro proposto nafrente da ficha (da oficina 5). Em seguida,solicite que comparem os dados das diferentescontas de um mesmo serviço. Para que possamrealizar essa comparação, combine com eles que

vão imaginar que essas contas são de famíliassemelhantes, com o mesmo padrão de vida; escrevana lousa ou em papel pardo afixado na paredealgumas invariantes, por exemplo: as contas são defamílias de quatro pessoas, todas moram em casascom o mesmo número de cômodos, têm rendaequivalente, têm os mesmos aparelhos (umchuveiro, uma televisão, um aparelho de som, umamáquina de lavar, um telefone etc.). Certamentehaverá variações de consumo de conta para conta.Estimule-os a falar sobre as possíveis razões dessasvariações; muito provavelmente, virão a discutir aquestão do desperdício e suas causas (vazamentos,excesso de aparelhos ligados ao mesmo tempo,luzes ligadas sem necessidade, uso do chuveiro emhorários de pico, lavagem de quintal commangueira, telefonemas prolongados, interurbanosfreqüentes etc.).2a etapaA partir da discussão feita, ainda em grupos, osparticipantes vão elaborar por escrito algumasorientações ou regras para o uso racional da água,da energia elétrica e do telefone. Depois, cadagrupo exporá oralmente o que produziu. Procureanotar na lousa as sugestões dos vários grupos,organizando-as de modo a eliminar redundâncias,repetições e incoerências. A seguir, os participantespodem copiá-las.3a etapaDiga a eles que, de acordo com estudos, já sãoprevistos colapsos no fornecimento de energiaelétrica e, ao que tudo indica, daqui a duas décadasas reservas de água potável terão uma reduçãoviolenta. Por isso é importante que as pessoasfaçam uso equilibrado desses recursos e quealertem os demais para fazerem o mesmo. Por suavez, apesar da constante modernização em funçãodos avanços tecnológicos, também a telefonia épassível de colapsos.Agora proponha aos grupos que, levando em contaas sugestões que fizeram para o uso racional daágua, da energia elétrica e do telefone, elaboremslogans para uma campanha contra o desperdício.Explique que os slogans são frases dirigidas aopúblico e que buscam vender um produto ou umaidéia, tentando convencer e seduzir o consumidor.Frases como “Lojas Marabraz, preço menor

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ninguém faz!” às vezes ficam de tal forma gravadasem nossa memória que, ao ver determinadoproduto, o slogan imediatamente nos vem àlembrança e vice-versa. Da mesma forma, umamensagem como “Perca um minuto na vida, masnão perca a vida num minuto” pode sensibilizarpedestres e motoristas – e, quem sabe, salvar vidas.Oriente-os sobre a necessidade de escrever frasescurtas e marcantes para se ter um bom slogan.FechamentoAs frases criadas pelos grupos devem sercorrigidas, copiadas e transcritas em cartazes queserão afixados na instituição ou fora dela (embares, padarias, farmácias, supermercados daregião). Distribua cartolina e canetas coloridas eoriente a confecção dos cartazes. Lembre-os deque servirão para divulgar e conscientizar apopulação a respeito do problema. E com certeza,os jovens ficarão satisfeitos por estarem prestandoum excelente serviço à população.

Converse com eles explicando que os convitesinformais são os mais comuns e, geralmente, feitosapenas verbalmente. Dessa forma, convidamospessoas, por exemplo, para um passeio, uma visita,uma ida ao cinema etc. Mas há ocasiões queexigem necessariamente um texto escrito, contendodados como local, data, hora, motivo do evento epessoas envolvidas, além do destinatário (nomeadono envelope e às vezes na evocação) e doremetente. Dependendo do evento, o convite serámanuscrito ou impresso, empregando linguagemformal ou informal e até ilustrações.Atividade1a etapaPara iniciar a atividade, distribua as fichas: osjovens observarão os modelos de convite aíreproduzidos, comparando-os quanto à formacomo se apresentam. Abra espaço para queexponham seus comentários.Depois, observarão também a resposta dada a umconvite, também reproduzida na ficha e, empequenos grupos, tentarão elaborar um convitecom base nas informações aí contidas. Você poderáauxiliá-los, propondo que façam, coletivamente, olevantamento dos dados contidos na resposta aoconvite. Anote as respostas dos grupos na lousa ouem papel pardo para afixar na parede.2a etapaEm seguida, distribua papel e canetas e cadagrupo poderá elaborar o convite da forma comoachar conveniente. Ao terminar os textos, podemtrocá-los entre si, para conhecerem o que foiproduzido. Garanta que façam observações ousugestões sobre o trabalho dos colegas, explicandoque essa troca de idéias ajuda bastante no processode aprendizagem. Faça você também suasobservações, lembrando a importância dadisposição que as palavras podem ter num convite,tornando o visual mais convencional ou maisarrojado.FechamentoPara encerrar a atividade, proponha que passem alimpo seus textos em cartolina que pode serrecortada no formato de um convite. Poderãoilustrar seus convites com desenhos coloridos ouescrever o próprio texto em cores. Podem utilizar

OFICINA 7CONVITE E RESPOSTAMaterial necessário: ficha 7; papel, lápis, caneta;cartolina, tesoura, canetas coloridas.O objetivo desta oficina é que os participantesconheçam a organização textual de um tipo detexto bastante comum nas relações sociais – oconvite –, bem como a forma de responder a ele.AquecimentoPergunte aos participantes se já receberam ouenviaram convites. Em que ocasiões isso ocorreu?Que relação há entre o evento e o tipo de conviteque se faz? Abra espaço para que se manifestem econvide-os a aprender um pouco mais sobre essetipo de texto tão usual nas relações sociais.

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computadores, digitá-los e ilustrá-los com osrecursos disponíveis. Os convites devem serexpostos, para que todos apreciem o trabalhorealizado pelos grupos. Alternativamente, conversecom os colegas previamente para verificar sehaverá algum evento, promovido em outra oficina(apresentação de jornal falado, de música ououtra). No caso positivo, proponha estefechamento para produzirem convites “reais”;anote na lousa os dados (evento, local, dia, hora)para transcreverem nos convites. Depois, é sódistribuí-los ao pessoal da Unidade.

mesma finalidade: registrar informações doscandidatos a uma determinada ocupação.Atividade1a etapaEm seguida, reúna-os em duplas paracompletarem o currículo de Juliana Lima cominformações que acharem adequadas. ComoJuliana é uma personagem fictícia, eles irãoinventar essas informações. Explique, se nãosouberem, o que são as siglas no alto do currículo,cujos números deverão ser informados: RG(Registro Geral) é a carteira de identidade; CPF(Cadastro de Pessoas Físicas) é um númerofornecido pela Receita Federal, diferente para cadapessoa, que deve constar das transações queenvolvem pagamento (note que consta do chequetranscrito na ficha 6); e CTPS é a sigla da Carteirade Trabalho e Previdência Social.Terminada a tarefa, podem trocar as fichas entre si,de forma a que uns vejam o trabalho dos outros eque possam se auxiliar, fazendo observações paraaprimoramento dos textos.2a etapaNeste segundo momento da oficina, solicite aosparticipantes que elaborem seus próprioscurrículos, tendo em vista uma ocupaçãoprofissional que gostariam de ter. Caso o autor nãoqueira se expor, pode colocar dados fictícios. Umavez terminada a produção, proceda como na etapaanterior, de modo a socializar os textos e melhorá-los, caso haja falhas na organização ou nos aspectosmorfossintáticos. Oriente-os você também durantea correção.FechamentoDepois de revisados, os currículos podem serpassados a limpo e expostos. Depois, cada umguarda o seu junto com a ficha, no portfólio.

OFICINA 8EM BUSCA DEEMPREGO: CURRÍCULOMaterial necessário: ficha 8 (verso da ficha 7);papel, lápis, caneta.Esta oficina tem como objetivo trabalhar um tipode texto relacionado aos procedimentos usuais parasolicitação de emprego.AquecimentoConverse com os jovens explicando que, para seconseguir um trabalho, quase sempre sãonecessárias informações a respeito do candidato,além de uma carta de solicitação de emprego.Entregue a ficha onde se acha impresso ummodelo de currículo (às vezes também chamadocurriculum vitae, em latim). Peça que observemcomo ele se organiza e que dados são solicitadosali. Explique que esse tipo de texto é produzidopelo empregado, mas que também osempregadores costumam entregar ao candidato umformulário para ser preenchido com informaçõespessoais e profissionais. Ambos os textos têm a

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OFICINA 9CARTA COMERCIAL:SOLICITAÇÃO DEEMPREGOMaterial necessário: ficha 9; papel, lápis, caneta.O objetivo desta oficina é trabalhar com os jovensa carta de solicitação de emprego, no sentido decolaborar com sua reinserção social.AquecimentoConverse com os participantes e procure saber sejá tiveram algum tipo de ocupação remunerada.Era um emprego formal ou uma atividadeinformal? O que faziam? Quanto ganhavam?Tinham carteira assinada? Alguma vez tiveram defazer uma carta pedindo emprego ou preencheralgum formulário com essa mesma finalidade?Abra espaço para que falem e teçam seuscomentários. Diga que, para participar do mercadode trabalho, há certos procedimentos com os quaisirão se familiarizar durante a atividade.

VOCÊ PODE SER FIRME COMSERENIDADE

Caso algum participante faça referência a atividaderelacionada à contravenção, você deve contornar asituação: sem descartar a fala do jovem, expliqueque, nas oficinas e na Unidade em geral, só nosreferimos a atividades lícitas; interessam apenas asocupações socialmente aceitas.

Atividade1a etapaEm seguida a esse bate-papo inicial, distribua aficha 9, que reproduz uma carta de solicitação de

emprego. Eles deverão lê-la e estabelecercomparações com a carta familiar. Verifique quaisdos presentes participaram da oficina 1 e incentive-os a comentar as diferenças encontradas quanto àlinguagem, ao assunto tratado e à forma como esteé apresentado. Auxilie-os, fazendo observações quetenham omitido. Caso não haja jovens que tenhamparticipado da oficina 1, pergunte se escrevem paraou recebem cartas de familiares, retomando ascaracterísticas destas para compará-las àscomerciais.2a etapaLeia com eles, pedindo que o/a acompanhem,a “conversa” da ficha. Verifique se reconhecemos vários elementos da carta comercial. Emseguida proponha aos participantes a situação-problema transcrita na ficha: como Juliananão foi feliz na elaboração da carta de solicitaçãode emprego (transcrita no verso da ficha), elesdeverão ajudá-la.

MELHORANDOA CARTA DE JULIANA

Veja os principais problemas da carta de JulianaLima: a falta de data; a evocação e a despedidaindevidamente íntimas, informais (“Seu Eduardo”,“Um abraço, assinado”) e a ausência de sobrenomesão incompatíveis com esse tipo de texto.No corpo da carta, devem ser feitas mudanças paraobter uma linguagem mais formal. Veja estassugestões (acréscimos ou alterações sublinhados);outros arranjos são possíveis no corpo da carta:

Supermercados… etc.Embu-Guaçu, 10 de março de 2001

Prezado Senhor Gerente: Venho, por meio desta, me apresentar comocandidata à vaga de caixa em sua empresa. Tenho dois anos de experiência nas lojas Peg-Lev, conforme está indicado no meu currículo,anexo a esta carta. Certa de estar apta a desempenhar bem essafunção, aguardo resposta favorável.Atenciosamente,Juliana Lima

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19CORRESPONDÊNCIA

Proponha aos jovens, reunidos em duplas, auxiliarJuliana fazendo uma reorganização do texto, paratorná-lo mais adequado à finalidade a que sedestina. Peça-lhes que leiam carta na ficha, paraproceder à reescrita. Circule entre os gruposdurante a realização dessa tarefa, procurandoauxiliá-los sempre que for preciso.Ao terminarem, voluntários poderão ler seus textospara os demais e você fará as intervençõesnecessárias no sentido de que as duplas aprimoremseus trabalhos.FechamentoHavendo tempo, você pode sugerir que, paraencerrar esta oficina, escrevam cartas de solicitaçãode emprego em vista de uma ocupação profissionalque gostariam de ter. Essas cartas, revisadas,podem ser passadas a limpo e expostas. Se o autornão quiser se expor, assinando a carta, pode adotarum nome fictício. Depois, lembre-os de guardarsuas cartas no portfólio.

Atividade1a etapaAgora, peça que observem as semelhanças ediferenças entre esta carta comercial e a carta desolicitação de emprego impressa na frente da ficha.Incentive-os a expressar suas conclusões para oscolegas. Chame atenção para o fato de que as duascartas têm finalidades diferentes: a primeira é dealguém que se dirige a uma empresa pedindoemprego; a segunda, de uma empresa a outra,justificando um problema e comprometendo-se asolucioná-lo rapidamente. Quanto à estrutura e àlinguagem, ambas são bastante semelhantes. Orientecoletivamente o preenchimento do quadro da ficha.2a etapaEm seguida, peça que se coloquem na situação deum adulto à procura de um emprego. Essetrabalhador está tentando conseguir um empregojustamente na Distribuidora de Papéis Corumbá.Entregou à empresa sua carta de solicitação deemprego e recebeu da empresa um formulário quedeverá preencher com seus dados pessoais eprofissionais. Distribua a ficha 10A e diga quecada participante deverá preencher o formulário aíimpresso. Não são necessárias informações reais,elas podem ser fictícias.FechamentoFaça com que troquem as fichas entre si, paraleitura e comentários.

OFICINA 10CARTA COMERCIALMaterial necessário: ficha 10 (verso da ficha 9);papel, lápis, caneta.Nesta oficina os participantes retomam a cartacomercial, mas sob um novo aspecto: esta é enviadapor uma empresa a outra empresa.AquecimentoEntregue aos jovens a ficha 10 (ou peça aos que játêm a ficha, da oficina 9, que a retomem) e leia comeles a carta comercial ali reproduzida. Explique aogrupo, relembrando com aqueles que estiverampresentes na oficina 9, os elementos característicosda carta comercial.

OFICINA 11REQUERIMENTOMaterial necessário: ficha 11; papel, lápis, caneta.Nesta oficina os participantes vão lidar com umtipo de texto que utiliza bastante a linguagemformal: o requerimento.

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20EDUCAÇÃO E CIDADANIA

AquecimentoInicie conversando com os jovens a respeito dotema da oficina. Que significa requerimento? Jáviram ou já fizeram um? Para que serve? Peça queprocurem no dicionário o sentido dessa palavra eregistre-o na lousa.Requerer, segundo o dicionário Aurélio, significa“pedir, solicitar, por meio de requerimento;encaminhar (petição) a autoridade ou pessoa emcondições de conceder o que se pede”. Expliqueque em muitas ocasiões somos obrigados arequerer algo: seja para obter, por exemplo, umdocumento escolar, a revisão de uma cobrançaindevida, uma cópia ou segunda via de umdocumento que se extraviou etc.Na maioria das vezes, os órgãos públicos, poruma questão prática, já têm requerimentosimpressos, para serem completados compreenchimento de alguns poucos dados. Todavia,às vezes, pode-se deparar com situações em quese é obrigado a redigi-lo por inteiro. De qualquerforma, devemos conhecer as características dessetipo de texto.Atividade1a etapaDistribua a ficha 11 e peça aos participantes que,em pequenos grupos, leiam o exemplo derequerimento. (A ficha traz também um modelo deofício, que será discutido na próxima oficina.)Solicite que observem bem como o requerimentose organiza, o que tem de diferente das cartascomuns e em que se assemelha a outros tipos detextos da correspondência comercial e oficial. Aseguir, cada grupo expõe o que descobriu arespeito do texto. Anote na lousa, evitando repetiras mesmas observações. Depois, cada um anotaestas características: evocação (Ilmo. Sr. Diretor daUnidade...), desfecho específico (Nestes termos,pede deferimento); uso pertinente de vocabulário(linguagem formal: “Fulana de Tal vem muirespeitosamente requerer...”); clareza eobjetividade na exposição do assunto (“autorizaçãopara receber funcionário...”), correta utilização depronomes de tratamento e da concordância verbo-nominal, diagramação específica (desfechocentralizado, data no final).

2a etapaFeito isso, em grupos, os jovens deverão elaborarum requerimento à direção da Unidade,solicitando algo que considerem importante para ogrupo, e que seja compatível com as normas. Porexemplo, a definição de um espaço para exposiçãopermanente das produções dos internos nas váriasoficinas. Como já têm um modelo de requerimentona ficha, a maior dificuldade será produzir o corpodo requerimento. Procure ajudá-los, dando dicas esugestões.Ao terminarem, faça circular as versões dosdiferentes grupos, de forma a que todos possamver os vários requerimentos produzidos. Emseguida, proponha que discutam, escolhendocoletivamente qual dos textos está melhororganizado, o que é necessário ajustar etc.Incentive os jovens a observar se estão presentes ecorretos a evocação e o desfecho, se há clareza eobjetividade na exposição do assunto, usopertinente de vocabulário (linguagem maisformal), de pronomes de tratamento...Registre na lousa a forma definitiva dorequerimento e peça que a copiem. Combine comeles quem deverá assinar o requerimento em nomeda turma. Se nenhum aluno se dispuser a fazê-lo,faça-o você mesmo/a.FechamentoAo final, o requerimento pode ser digitado emcomputador ou passado a limpo em papel almaçopor um dos participantes que tenha boa letra.Depois, é só entregá-lo ao Diretor da Unidade.Lembre-os de guardar sua cópia no portfólio juntocom a ficha.

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21CORRESPONDÊNCIA

OFICINA 12DEU A LOUCA NASECRETÁRIAMaterial necessário: ficha 12 (verso da ficha 11) eficha 12 A; papel, lápis, caneta.

OFÍCIO E CARTA DO LEITOR

O objetivo desta oficina é trabalhar de formalúdica com textos da correspondência formal eoficial, cuja abordagem se torna árida em funçãodo tipo de linguagem e da forma padronizada.AquecimentoPeça aos participantes que leiam o modelo deofício, reproduzido na ficha 11, atentando parasuas características. O ofício exige umaorganização especial — que obedece a um modelofixo —, requer formas de tratamento específicas elinguagem formal. Diga-lhes que fiquem atentosàs informações que você vai dar, pois vão ajudá-losa resolver o problema que lhes será apresentadodepois. Fale também da carta do leitor (se algumdos presentes tiver participado da oficina de Jornal,deve conhecê-la). Veja essas informações no box.

O ofício é um tipo de texto mais ou menospadronizado, usado para solicitar algo de algumaautoridade que tem poder para atender ou não aesse pedido. Para impressionar bem aquele aquem se vai fazer a solicitação, ele é sempreescrito em linguagem formal e bem cuidada.Assim como no requerimento, na carta comercial,na carta ao juiz ou a outra autoridade, há algumasregras que devem ser observadas:� em geral, é escrito em papel timbrado,

especialmente destinado para este fim. Otimbre, geralmente pré-impresso, traz onome do órgão a que pertence o solicitante(Unidade de Internação Provisória ...) escritosob o nome do órgão que lhe éhierarquicamente superior (FundaçãoEstadual para o Bem-Estar do Menor –FEBEM).

� A primeira informação é o número do ofício(para ser facilmente localizado no arquivo); namesma direção do número do ofício, mas àdireita, coloca-se o local e a data de emissão;

� em linha logo abaixo, vem o assunto a sertratado, em forma bem concisa;

� abaixo do assunto, à esquerda, vem aevocação, feita em nome do cargo ocupadopela pessoa a quem nos dirigimos (SenhorDiretor, Senhora Chefe), com as iniciais emmaiúsculas e seguido de dois pontos;

� em seguida, com inicial maiúscula, inicia-se a

solicitação. Esta deve ser feita da forma maisclara e breve possível, assim como devem serdadas todas as informações necessárias, paraque não haja mal-entendidos;

� na despedida, reitera-se o pedido (Contandocom a atenção de V. Sa.; Cientes da atenção deV. Exa.) e mostra-se respeito pela decisãotomada (Respeitosamente, Atenciosamente);

� a pessoa que assina o ofício deve seridentificada pelo nome legível e pelo cargo queocupa;

� finalmente, no canto inferior esquerdo, vem aidentificação da pessoa a quem nos dirigimos,organizada na seguinte ordem: a expressão detratamento (Ilmo. Sr. / Exma. Sra.), o nome dapessoa, com as letras todas maiúsculas, ocargo que ocupa (DD. Diretor), o endereçocompleto).

Já a Carta do Leitor tem estrutura semelhante à dacarta familiar (local e data, vocativo, assunto,despedida e assinatura), mas a linguagem é mais oumenos formal, de acordo com o perfil da revista oujornal e do leitor. Serve para manifestar a opiniãosobre um artigo publicado; acrescentar informaçõesao que foi tratado; criticar, elogiar ou comentar algo,alguém ou um assunto abordado pela imprensa;solicitar algo. Como as revistas e jornais têm poucoespaço, costumam publicar apenas uma parte dacarta, aquela que contém as informações maisimportantes. Por isso, nem sempre é possívelobservar por completo sua estrutura e sua linguagem.

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22EDUCAÇÃO E CIDADANIA

Atividade1a etapaConte para o grupo a situação de Emília,apresentada a seguir:

Emília, a secretária do senhor Benedito Santos,apesar de toda a boa vontade do mundo, é umtanto quanto desorganizada. Assim, algumasvezes ela acaba ficando numa situaçãoembaraçosa, pois o serviço se acumula, seu chefepede-lhe várias coisas, ela não se acha em meio atanta papelada e... acaba criando confusão.Como no dia em que, entre outras tantas coisas,deveria preparar um ofício, uma carta ao jornale outra ao Departamento de Trânsito. PobreEmília! Ela misturou tudo. E agora?

Diga aos participantes que caberá a eles ajudar essasecretária a não perder o emprego. Para tanto, vãose juntar em três grupos e organizar os textos daEmília, deixando-os prontos para serem assinadospor seu chefe. Distribua a ficha 12 A. Cada grupocorrige uma das cartas. Oriente-os para guiar-sepelos modelos, pelas informações dadas e, também,pelo assunto tratado em cada texto.

2a etapaAssim que os grupos terminarem a tarefa, cada um seencarregará de expor para os demais como organizouum dos textos. Os demais farão intervenções nosentido de melhorar a proposta do grupo que estáse apresentando. Registre os textos em sua versãodefinitiva na lousa e peça que eles os copiem.

CORRIGINDO ASCARTAS DE EMÍLIA

Veja os principais problemas dos textos (trechossublinhados):1) Carta ao Jornal O Estado de S. Paulo:São Paulo, 2 de janeiro de 2001Ilmo Sr. Diretor do Jornal O Estado de São Paulo:(Muito formal. Melhor dizer “Prezados Senhores”:)Como leitor assíduo e assinante desse conceituadojornal, solicito que V. Sa. autorize a publicação deminha carta, em que critico nosso ex-prefeito.(Inadequado: parece um ofício, pois solicitaautorização... Melhor dizer, por exemplo, “Gostaria decomentar as últimas afirmações do nosso ex-prefeito”.)Celso Pitta se retira do governo dizendo ter feitouma boa administração. No entanto, o caos em quedeixou as finanças da Prefeitura e a cidade comoum todo provam o contrário. E esse Sr. ainda afirmaque pretende continuar na vida pública,candidatando-se a deputado!Espero que nenhum paulistano esqueça o que elerepresenta e que ele nos poupe de reencontrá-lonas próximas eleições.Sem mais, agradeço,(O agradecimento não se justifica, pois não se estápedindo nada. É dispensável.)Respeitosamente,(Também dispensável, pois é muito formal.)Benedito Santos

2) Carta ao Diretor do Departamento de Trânsitode São PauloSr. Diretor:(Referindo-se à autoridade, caberia dizer “Ilmo. Sr.Diretor do Departamento de Trânsito de São Paulo”)Solicito a Vossa Excelência (tratamento inadequado;o correto é Vossa Senhoria ou V.Sa.) ocancelamento da multa a mim atribuída porultrapassagem do sinal vermelho na esquina da RuaRosa com a Rua Cravo, na Aclimação, às 14 horasdo dia 20/11/00.Alego não ter cometido tal inflação (o correto é“infração”), pois, no dia e horário citados, meu carroachava-se retido na Concessionária GuaraúAutomóveis para revisão periódica, conforme atestaa declaração em anexo. (o correto é “anexa”)Muito obrigado,(Inadequado. Melhor dizer, por exemplo: “Certo decontar com um parecer favorável, agradeço”.)Benedito Santos

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23CORRESPONDÊNCIAREFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICASBATISTA, Marta R. (org..) Mário de Andrade: cartas a

Anita Malfatti (1921-1939). Rio de Janeiro: ForenseUniversitária, 1989.

CENPEC – CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS PARAEDUCAÇÃO, CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA.Ensinar e aprender. 4 v. São Paulo: CENPEC;Curitiba: SEED/PR, 1998.

CEREJA, William R., MAGALHÃES, Thereza C. Todos ostextos: 7ª série. São Paulo: Atual, 1998.

SUGESTÕES PARA O ACERVODA UNIDADELivrosBANTOCK, Nick. Agenda de Sabine. São Paulo: Marco

Zero, 1995.

FREIRE, Ricardo. Postais por escrito. São Paulo:Mandarim, 1999.

________. Griffin & Sabine. São Paulo: Marco Zero,1994.

Filmes / vídeosCENTRAL do Brasil (dir. Walter Salles) Rio de Janeiro,

1998.

Mulher (Fernanda Montenegro) que escreve cartaspara analfabetos, na estação Central do Brasil, noRio de Janeiro, ajuda menino (Vinícius de Oliveira),após sua mãe ser atropelada, a tentar encontrar opai que nunca conheceu, no interior do Nordeste.

MENSAGEM PARA VOCÊ – You’ve got mail (dir. NoraEphron). Estados Unidos, 1998. (120")

Proprietária de uma pequena livraria, que está noiva,“trai” o noivo ao manter correspondência com umdesconhecido pela internet que, por sua vez, tambémestá noivo. De repente, a vida dela é abalada com achegada na cidade de uma megalivraria que ameaçaacabar com seu negócio. Ela detesta o executivo quecomanda essa temível concorrente, sem imaginar queé o mesmo homem com quem conversa pelainternet...

NUNCA TE VI, sempre te amei – 84 Charing Cross Rd(dir. David Jones). Inglaterra, 1987.

Separados pelo Oceano Atlântico, uma americanaamante de livros antigos e o dono de uma pequenalivraria londrina trocam correspondência durante 20anos. O que começa como fria correspondênciacomercial – um simples pedido de livro – transforma-se numa troca calorosa, sem que os dois jamais seencontrem – até que ela vai a Londres...

FechamentoPara encerrar, os textos podem ser passados alimpo também em folhas de sulfite ou papel pardoe expostos como modelos de ofício, carta formal ecarta do leitor. Mostre-lhes os verso da ficha 12A,reforçando que há formas de tratamento específicasdependendo da importância do destinatário dacarta formal. Diga-lhes para guardar bem estaficha: Quem sabe um dia farão eles próprios umacarta para o juiz, ou mesmo, para o Presidente daRepública?

3) Ofício ao Diretor da Companhia deEngenharia de Tráfego (CET):COLÉGIO MAUPASSANTRua Piranjiba, 213, São PauloOfício nº03/2001 São Paulo, 15 de janeirode 2001Assunto: (Não foi colocado. Poderia ser, porexemplo, “Solicita faixa de pedestre”)Excelentíssimo Senhor Diretor: (Tratamentoinadequado. É dispensável)Solicitamos de V. Exa. (tratamento inadequado; ocorreto é V. Sa.) a implantação de uma faixa depedestres na Rua Piranjiba, à altura do nº213, a fimde que a travessia de nossos alunos seja feita commais segurança.Esclarecemos que já contamos com a presença deum guarda de trânsito que nos auxilia na entrada esaída de cada período. Todavia, acreditamos que afaixa tornará seu trabalho mais eficaz.(Falta aqui a reiteração do pedido: “Contando com aatenção de V. Sa.”,)Atenciosamente… etc.(A assinatura e indicação de cargo do solicitante,bem como identificação e endereço do destinatárioestão corretos.)

O Cenpec e os autores deste módulo agradecem a gentilcessão de direitos para reproduzir a carta e o telegramade Mário de Andrade a Anita Malfatti (p.28 e 30).

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FICHA 0CORRESPONDÊNCIAEDUCAÇÃOE CIDADANIA

NOME DATA

DICIONÁRIO: orientações para usoEsta ficha mostra como está organizada essa grande lista de palavras que é o dicionário.Dicionário é o livro que registra um conjunto de palavras organizadas alfabeticamente.A ordem alfabética é usada para organizar listas de todos os tipos, dicionários,enciclopédias, catálogos e outros.O dicionário da língua portuguesa, além de mostrar como são escritas as palavras, trazseu significado e algumas informações gramaticais.Para consultar o dicionário, o principal é conhecer bem o alfabeto.� Para treinar um pouco, complete as seqüências abaixo com as letras que estão

faltando:F , , , , , L S, , , , , ZL , , , , , Q B, , , , , GN, , , , , S A, , , , , F

� Escreva as palavras abaixo em ordem alfabética:CAVALINHO, VAGALUME, ESTRELA, TERRA____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

NOITE, BRINQUEDO, FADA, SONHO, CORAÇÃO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Como as palavras acima não começam com a mesma letra, para pô-las em ordemalfabética você precisou prestar atenção só à primeira letra de cada uma. Noentanto, é claro que muitas palavras começam com a mesma letra. Para pôr emordem palavras com a mesma letra inicial, é preciso observar as letras restantes.Observe as palavras abaixo:

GOIABA, GIRAFA, GARRAFA, GRADE, GELÉIATodas começam com a mesma letra. Portanto, temos de ordená-las prestandoatenção nas segundas letras. Faça um círculo em torno da segunda letra de cadapalavra.

� Experimente colocá-las agora em ordem alfabética.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� Ordene agora estas palavras guiando-se pela segunda letra:BRINQUEDO, BARULHO, BOLINHO, BEIJU____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

CAFÉ, CHAVE, CLARA, CORRIDA____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

TAMBÉM, TUIM, TORRE, TRAVE, TESOURA____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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FICHA 0 VERSOCORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

� Faça um círculo em volta da terceira letra de cada palavra:FAÇANHA, FADIGA , FAÍSCA, FARAÓ, FATIGAR

� Agora ponha-as em ordem, reparando na ordem alfabética da terceira letra.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� Faça o mesmo para as seguintes listas de palavras:PEREGRINO, PENETRAR, PESADO, PEQUENO, PELÚCIA____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

RECUPERAR, RENDOSO, REFLEXO, RELÂMPAGO, RETRATO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Muitos trabalhos que você está fazendo nestasoficinas são propostos para ser realizados em grupo.Isso porque acreditamos que as pessoas aprendemumas com as outras e que todas podem sedesenvolver muito mais, quando têm oportunidadede confrontar suas idéias com as dos colegas.Entretanto, isso só acontece se todos participaremigualmente de todas as atividades e disserem o quepensam realmente, se todos se esforçarem.Quando há um trabalho para ser feito em grupo, denada adianta dividi-lo e distribuir um pedaço paracada um, porque assim cada participante ficasomente com a visão da sua parte e perde a visãodo todo. Pior ainda é quando só um ou doistrabalham (porque o grupo acha que são maisinteligentes, ou mais estudiosos) e os outros ficam

olhando, sem coragem ou com preguiça departicipar. Além disso, não seria justo: os que nãoparticipam deixam de aprender.Mesmo não sabendo direito como é para fazer, épreciso tentar. É assim que a gente aprende. Asatividades propostas podem ser realizadas por todosos alunos, especialmente se uns ajudarem osoutros. Quando um colega não sabe, a gente devedar dicas, fazer junto, mas não fazer por ele.Quando a gente faz pelo outro, a gente não ajuda,atrapalha, impede o outro de aprender. Às vezes, hácolegas que acham que não sabem (porque nuncatentaram), mas eles podem se surpreender edescobrir que têm muito o que ensinar para ogrupo. Não deixe que o outro faça por você: exijaseu direito de participar.

ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO EM GRUPOS

DicasVocê já sabe que, para achar uma palavra no dicionário, não basta prestar atenção só naprimeira letra: é preciso olhar também para as outras. Agora veja mais uma dica.Procure no dicionário a palavra CONVENCIDA. Encontrou? Não? Então, procureCONVENCIDO. Encontrou, não é? Então, tente FAMOSO e FAMOSA. Qual das duas vocêencontrou? Sabe por quê? Quando as palavras têm o mesmo sentido no masculino e nofeminino, o dicionário só registra o masculino.Outra dica: procure no dicionário a palavra AFLITOS. Não encontrou, não é? Mas encontrouAFLITO, não? O dicionário registra as palavras no singular.Finalmente a última dica, por enquanto. Procure no dicionário as palavras: OLHOU, CAÍA,FUJAM. Não achou nenhuma, não é?Agora procure: OLHAR, CAIR e FUGIR. Entendeu? Isso mesmo: é que os dicionários nãotrazem os verbos conjugados, mas apenas no infinitivo (o nome do verbo).Com essas dicas, você já pode encontrar quase tudo no dicionário.

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FICHA 1CORRESPONDÊNCIAEDUCAÇÃOE CIDADANIA

NOME DATA

Oficina 1 Carta familiarUm pouco de conversa

Quando a mãe de Maria Rita recebeu esta carta, ela estava lavando roupa. A alegriafoi tanta que acabou respingando toda a carta com alvejante. Assim, algumas letras seapagaram. Preencha as lacunas e ajude essa mãe tão saudosa a ler a carta da filha.

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FICHA 1 VERSOCORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

Então, gostou da carta? Simples e bem escrita, não é? Observe que ela tem:� Cidade e data em que foi escrita: São Paulo, 18 de fevereiro de 2001� Saudação: Querida mainha, saudades� O texto, com um assunto de cada vez: fala da chegada a São Paulo e do lugar onde

trabalha; manda agradecer a carta de recomendação; conta como é o emprego; dizcomo está; fala da escola; pede notícias.� Despedida: Bem, eu vou terminando por aqui...� Assinatura: na carta familiar, não se costuma usar sobrenome.� PS (post scriptum, expressão latina que significa depois do escrito): quando se lembra

de mais alguma coisa, depois de ter encerrado a carta.� Apresentação: boa, sem borrões (não foi ela que borrou) e com uma letra caprichada.� E, no envelope, Maria Rita escreveu todos os dados necessários para que a carta

chegasse às mãos de sua mãe. Veja como ficaram a frente e o verso do envelope:Destinatário: Lindalva Soares da Silva Remetente: Maria Rita da Silva

Rua das Pedras, 201 Rua Fradique Coutinho, 250362320-000 Canindé CE Pinheiros

05416-012 São Paulo SPAgora, leia a carta que o poeta Mário de Andrade enviou a sua amiga, a pintoraAnita Malfatti, no dia em que ela embarcou para a Europa, para fazer um curso decinco anos.

S. Paulo 21 de AgostoQuerida amiga:

0 sinal (...) indica queum trecho foi saltado.

Estás a partir talvez a esta hora... E eu te es-crevo. Escrevo-te com a alma saudosa, desejo-sa de tua companhia. E ainda te escrevo porqueé a única maneira de me perdoar a mim mesmoda pena que me fiz. Não imaginas a dor que sen-ti quando, ao chegar à estação, vi que o trem játinha partido. Uma surda raiva contra as circuns-tâncias me estonteou. Mandei-te aquele telegra-ma tristonho e fui distrair-me, a vagar por aí, semnexo, sem direção. Depois trabalhei. (…) É ter-ça-feira. Mas perdura a amarga decepção de nãoter podido te abraçar mais uma vez.

Mas, Anita, vê como sou egoísta. Penso naminha dor e a descrevo, como se só eu existis-se; e nem me lembro de te pedir perdão da mal-dade que pratiquei. A sra. Graz e Débora, queencontrei ainda à porta da estação, disseram-meque te entristeceras com minha ausência. Per-doa. Sou tão desastrado que mesmo no instanteem que mais te desejara coberta de prazeres,em vez de prazeres causo-te um pesar. Perdoa.Mas, Anita, o que me torna intolerável o sofri-mento é imaginar que poderias tomar meu ges-to como um princípio de ingratidão e uma pri-meira falha à amizade tão linda e incomensurá-vel que nos une. Acredita: não foi nada disso.Como é meu costume chego sempre tarde à

estação. Desta vez chamei o automóvel com 20minutos de antecedência! E isso porque preten-dia de qualquer maneira ir até Santos. Nem quefosse sem passagem. Estava disposto a pagar amulta. Chamei o automóvel e descansei nele. To-mei meu café, tranqüilíssimo. Fui vestir o sobre-tudo. Olho no relógio. Faltavam 5 minutos para apartida do trem. Saio a correr. Nada de automó-vel. Só no Largo das Perdizes encontro um. Eramjá 7 e 50. Mas uma esperança desesperada fa-zia-me pensar num atraso do trem. Vôo. Mas játinhas partido. E com a imagem de minha ingra-tidão. Acredita, Anita, que muito sofri. O desaba-far agora, contigo mesma, amaina um pouco omeu remorso.

Vai, Anita. Olha, trabalha, estuda. Sofre. (…)Eu tenho sofrido muito, mas nunca me abando-nou a felicidade porque quando a dor chega eume ponho a pensar na alegria que virá depois.Sê como eu. Todos nós aqui estamos ansiososde ti, do que farás, do que serás. Pensa em nóse corresponde à nossa riquíssima esperança.

Bem: adeus. Rasga esta carta louca. Sê feliz.Um longo, longo, longo abraçoMário

[Transcrito de Batista, 1989, p.63]

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FICHA 2CORRESPONDÊNCIAEDUCAÇÃOE CIDADANIA

Oficina 2 Carta ao autorDepois de ler esta carta, você vai experimentar fazer uma parecida. Divirta-se!

Carta do Príncipe da Bela Adormecida ao autor da históriaParis, 10 de janeiro de 2001Caro autor,Como está você? Espero que esteja com melhor saúde do que eu. Escrevo-lhe esta

carta para lhe fazer um pedido que, tenho certeza, você vai realizar depois de ouvir meusargumentos: eu não quero mais ter de entrar naquele maldito castelo e beijar aquelamocinha adormecida há cem anos! É que depois da primeira vez que fiz isso, minha vidavirou um inferno!

Logo que ela acordou, se deu conta de que estava toda amarrotada, vestida fora damoda, com mau hálito, muitas rugas e muita celulite! (Também, coitadinha, pudera! Cemanos ali, parada, dormindo! Não era para menos!) E aí, desandou a fazer exigências: queriafazer plástica, botar silicone nos seios, fazer lipoaspiração, implantar novos dentes,comprar um monte de roupas de marca, contratar um personal trainer para orientar nosexercícios físicos etc.

Bem que eu quis fugir quando ouvi aquela ladainha toda, mas não deu, meu destinoestava traçado! Resultado: gastei tudo o que tinha, empobreci e agora sou eu que andofora de forma e fora da moda! Por isso lhe peço: modifique a minha história, arrume outropríncipe para aquela chata! Sei que é possível, pois você é muito criativo!

Bom, vou me despedir antes que a megera chegue e descubra o que estouplanejando. Um grande abraço!

Príncipe RodolfoPS: Mande-me uma resposta urgente!

Um pouco de conversaGostou da carta? Veja que, nela, o príncipe procura mostrar uma realidade totalmentediferente da que é típica dos contos de fada. Além disso, aparecem modernizações(plástica, silicone nos seios, personal trainer etc.), coisas que não existiam na época. Tudoisso foi utilizado para tornar o texto engraçado!Note também que a carta do príncipe contém os elementos característicos da cartafamiliar: cidade, data, saudação, assinatura e até o post scriptum.Agora é sua vez: faça também a sua carta ao autor. Escolha uma história, um personagem,use a criatividade e com certeza seu texto ficará muito bom! Depois de corrigi-lo com aajuda do professor, passe-o a limpo e mostre a todos o seu trabalho. Guarde uma cópiajunto com esta ficha.� Escreva aqui o nome do personagem e da história

que você escolheu para escrever a seu autor.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

NOME DATA

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FICHA 3CORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

NOME DATA

Oficina 3 Mensagens curtas: o telegramaUm pouco de conversaO telegrama é um tipo de mensagem curta queescrevemos para alguém que está distante. Hojeexistem muitos outros meios para fazer isso: otelefone, o fax, o correio eletrônico (e-mail), mas otelegrama ainda é bastante utilizado, pois nem todasas pessoas têm acesso a esses outros meios decomunicação. Esse tipo de texto tem um aspecto

bem interessante: como é cobrado pela quantidadede palavras, o grande desafio é usar o menor númeropossível de palavras, mas de jeito que a mensagemfique clara. Por isso, eliminam-se os artigos,preposições, acentos, enfim, tudo que é possíveldescobrir pelo sentido do texto. Leia este telegrama edescubra que palavras foram eliminadas.

� Note que, além da mensagem, este telegrama traz nome e endereço do destinatário e do remetente,bem como a data e a hora em que foi passado.Leia agora o telegrama a que Mário de Andrade se referia na carta que ele escreveu a Anita Malfatti(ficha 1). Veja como ele despreza a pontuação, certo de que será entendido pela amiga.

Agora é com você! Siga as orientações do professor para fazer estas tarefas:� Descubra o que está escrito neste telegrama que chegou de um lugar muito estranho, onde as

pessoas escrevem assim atrapalhado. Depois, quando o professor corrigir, confira sua resposta.

� Agora, que você já sabe o que é e como é um telegrama, que tal escrever um que você gostaria demandar para alguém, dando alguma notícia? Ao terminar, você pode pedir ajuda ao professor parafazer as correções necessárias.

25112000 2057 � data e hora em que o telegrama foi passadoURGENTE REMETENTEANA MARIA SIQUEIRA MARTINS LEO MARTINSSR. PAULO DE ALENCAR, 226 ALAMEDA BARAO DE PIRACICABA 87586023-100 BAURU SP 01216-101 SAO PAULO/SPMAE VENHA URGENTE. VOVO INTERNADA. PRECISA DOADOR SANGUE. TELEFONE TIO JUCA.LEO

URGENTEANITA MALFATTIPASSAGEIRA VAPOR MOSELLASANTOSQuerida amiga choro de raiva automóvel maldito escrevo hoje contando minha saudadee desespero perdoa mil beijos nas tuas mãos divinas boa viagem felicidadesMarioSão Paulo 21-8-1923[Transcrito de Batista, 1989, p.62]

URGENTE REMETENTELUÍS E ANA BONFINITO CLÁUDIO E MARIA LUÍSA MARTINSR. RIO AZUL, 270 RUA DO AVESSO 42037440-000 CAXAMBU MG 19475-000 TERRA VIRADA PCE T N E O D U L A M , A I C N Ê S U A A M E P L U C S E D . O T N E M A S A C S N É B A R A P__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Z A P , R O M A , S E D A D I C I L E F S O M A J E S E D__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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FICHA 4CORRESPONDÊNCIAEDUCAÇÃOE CIDADANIA

Oficina 4 Mensagens curtas: o bilheteNOME DATA

Um pouco deconversaO que você vê ao lado é um bilhete,outra forma bastante simples ecomum de comunicação, apropriadapara se mandar mensagens curtas.Observe como se parece com umtelegrama, e em parte com a cartafamiliar: tem o vocativo, isto é, onome ou apelido da pessoa a quemse dirige o recado; o assunto, motivodo bilhete, que deve ser exposto empoucas palavras e numa linguageminformal; a assinatura e a data e hora(não obrigatórias).Agora, use a imaginação para brincar um pouco. Siga as orientações do educador e use seusconhecimentos para elaborar bilhetes. Primeiro, você vai escrever o bilhete do náufrago. Depois,divertir-se com os bilhetes desencontrados!Copie aqui seu bilhete de náufrago:

Júnior,Já fui trabalhar. Tem comida

no forno. Não fique brincando,senão a comida esfria.

E depois, vá fazer a lição. Nãoquero reclamação da escola.

Beijos,Mãe

Quinta-feira, 12:30h.

� Agora, o mais complicado: decifrar o bilhete enigmático que vem no verso desta ficha. Seachar difícil, trabalhe com um ou mais colegas. Fique ligado na pontuação e nestas dicas:� normalmente, um bilhete começa com o nome (ou apelido) da pessoa para quem se

escreve e termina com a despedida (um abraço, até breve) e o nome de quemescreveu;

� um símbolo isolado só pode corresponder a palavra de uma letra só (a, o, e…);� grupos de dois ou três símbolos representam palavras menores, formadas de apenas

duas ou três letras; pense nas mais comuns: com, da, de, mas, não, que, um, uma…;� dois símbolos iguais e seguidos podem representar consoantes repetidas, como rr, ss;� assim que você descobrir a qual letra corresponde um símbolo, escreva-a abaixo dele.

Verifique se ele aparece mais vezes e substitua-o em todas as palavras onde aparece.� quando você já tiver descoberto várias letras de uma palavra, procure descobrir a letra

que falta pelo sentido.Ao final, confira o que você fez com o bilhete depois de decifrado, que o professor vai mostrar.

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Bilhete enigmáticoO texto abaixo está escrito em português. Parece impossível de ser lido, mas não é. Cadasímbolo corresponde a uma letra do alfabeto e os sinais de pontuação são os mesmos queconhecemos.

� Se quiser, experimente depois criar outros bilhetes enigmáticos, com outros símbolos,para seus colegas decifrarem.

� � / �

FICHA 4 VERSOCORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Oficina 5 Quem paga a conta?NOME DATA

� 1) Endereço da unidade consumidora.� 2) Mês a que se refere a conta.� 3) Data da apresentação da conta.� 4) Vencimento (data até quando a conta deve ser paga).� 5) Consumo atual, de meses anteriores e/ou consumo médio.� 7) Data da leitura (no caso de água e luz).� 8) Valores em R$ de _____________ : fornecimento; impostos; juro

de mora (multa por atraso, se houver); total a pagar.� 9) Mensagem (quando constar).

Um pouco de conversaExamine com atenção estascontas e localize asinformações listadas abaixo.

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FICHA 5CORRESPONDÊNCIA

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Agora que você já conferiu suas observações e aprendeu a ler as contas, vai seimaginar como destinatário delas e descobrir quanto terá que gastar para pagar aágua e a luz desse mês.

NOME DATA

Oficina 6 Contas a pagarUm pouco de conversa

Descobriu? Então, verifiqueseu extrato bancário. Vocêtem dinheiro para pagaressa despesa?Então, preencha o cheque,sem errar, porque esta é aúltima folha do seu talão!E quanto vai lhe sobrar desaldo? Faça as contas!Meu novo saldo:R$__________________________Pronto? É só conferir asrespostas com o professor.

Nas contas que o professor distribuiu, localize asinformações listadas na frente da ficha. Anotenuma folha avulsa, conforme as orientaçõesrecebidas.Depois, você e seu grupo vão comparar o consumoe os valores pagos nas diferentes contas quereceberam, supondo que essas contas são defamílias semelhantes em termos de tamanho epadrão de vida. Há diferenças de consumo e valorde uma família para outra? Por que será? Será quehá vazamentos, desperdício, muitas luzes acesas

ao mesmo tempo, telefonemas demorados oumuitos interurbanos? Anote na folha as conclusõesdo grupo.Ainda com seu grupo, vocês vão criar um cartazcom um slogan, isto é, uma frase curta e de efeitoque ajude a conscientizar as pessoaspara economizar água, luz ou telefone.Os cartazes da turma podem ser expostos naUnidade e talvez fora dela, em locais públicos.Assim, vocês estarão promovendo uma campanhade utilidade pública!

� Copie aqui o slogan que seu grupo criou.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nono Nonono NonoCPF 000 000 000 - 00

61 VERSOCORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Oficina 7 Convite e respostaNOME DATA

Alê,O grupo Afrodança convidavocê para a apresentação de

estréia.A turma toda vai estar lá pra me

ver dançar!Te espero. Andréia

Local: Rua da Paz, no 1.000Dia: 10 de abril de 2001

Horário: 20 horas

Um pouco de conversaObserve bem os convites acima. Percebeu como têm formas e linguagens diferentes?Certamente porque se referem a acontecimentos também diferentes, não?Agora, observe a carta-resposta abaixo:

São Paulo, 2 de dezembro de 2000Querido Vanderson,Parabéns pela apresentação do seu grupo de pagode! Recebi seu convite, masnão vou poder ir, pois trabalho à noite e dia 10 não é minha folga. Arrumeium serviço como caixa no Supermercado Peg Lev.Mas, se vocês se apresentarem num domingo, garanto que vou estar lá!Beijos, Cristina

A pessoa que escreveu essa carta-resposta estava agradecendo e se desculpando por nãopoder comparecer ao show. Com base nos dados que estão nela, você e seu grupo vãoprocurar reconstituir o texto do convite. Se faltar algum dado, vocês podem inventar.Quando terminarem e corrigirem com a ajuda do professor, vocês podem elaborar esseconvite da forma como o imaginarem, usando cartolina, desenhando, pintando,escrevendo em cores e até digitando e imprimindo no computador, se for possível.Depois, exponham seus trabalhos. O que é bonito e caprichado merece ser visto portodos!

A você que estimamos, um convite muito especial...

Nós, Pedro e Ana, vamos nos casar.

O dia: 15/05/2001 A hora: 18:30

O local: Igreja de Nossa Senhora da Paz

Pça. Olegário Mariano, 207, Vila Verde, Caieiras

Nossos pais

Ângela e Antonio Pereira Maria Clara e José Augusto Ramos

agradecem a sua presença.

R. Lagoa Azul, 310 R. Sebastião Praxedes, 1400

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FICHA 7CORRESPONDÊNCIAEDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Oficina 8 Em busca de emprego: currículoCurriculum VitaeJuliana LimaRua Pedro I , 310 RG: ____________________________________________08048-200 Embu Guaçu SP CPF: ___________________________________________Tel. (04l) 4383 2539 (recados) CTPS: _________________________________________

Informações pessoaisEstado civil: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Nacionalidade: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Idade: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Local de nascimento: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Pais: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________e __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Experiência profissional______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Escolaridade__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Declaro que estou disponível para assumir o cargo ao qual se destina este Curriculumvitae.Itapecerica da Serra, 5 de novembro de 2000

Juliana Lima

NOME DATA

Um pouco de conversaLeia os itens do currículo acima. Veja como

se organiza esse texto. Discuta com o professore os colegas o que você percebe quanto à orga-nização do texto e aos elementos que nele apa-recem.

Agora, em dupla com outro colega, você vaipreencher o currículo de Juliana Lima. Como elaé um personagem inventado, vocês podem colo-car os dados que quiserem. Caso tenham dúvida

sobre algum item, peçam ajuda ao professor. De-pois, com a turma, confiram o que fizeram.

Para terminar, você vai elaborar seu própriocurrículo. Para isso, pense numa ocupação pro-fissional que gostaria de ter e, de acordo comela, prepare as informações necessárias. Em umafolha avulsa, você pode fazer seu currículo comdados reais ou imaginários. Depois, guarde-o noportfólio junto com esta ficha.

FICHA 8CORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Oficina 9Carta comercial: solicitação de empregoLeia a carta abaixo.

Maria Adelaide Benevides

Rua do Horto, 432

03025-000 Taboão da Serra SP

Supermercados BBB

Av. Santos Dumont, 1250

01333-100 São Paulo SP

São Paulo, 8 de março de 2001

Prezado Senhor Gerente:

Venho pela presente expressar meu interesse em exercer a função de auxiliar

de escritório em sua empresa. Meu currículo encontra-se anexo para sua

apreciação.

Embora não tenha experiência, uma vez que este será meu primeiro emprego,

considero-me apta a desempenhar a função, pois acabo de me formar no curso

de Serviços Gerais de Escritório. Além disso, terei grande empenho em

aprender.

Na expectativa de poder demonstrar minha capacidade de trabalho e minha

boa vontade, subscrevo-me,

Atenciosamente,

Maria Adelaide Benevides

NOME DATA

� Agora, leia no verso a carta que Juliana Lima, estudante do 2o Grau no período noturno, escreveu. Elatrabalhou como caixa numa loja dos Supermercados Bom Demais. Conta com essa experiência de doisanos de trabalho para empregar-se no concorrente Supermercados Peg-Lev.Apesar da experiência profissional, Juliana não foi feliz na elaboração de sua carta de solicitação deemprego. Então, ajude-a e aperfeiçoe sua carta. Observe a primeira carta e siga as orientações do professorpara reescrever a carta dela.

� Para terminar, pense um pouco no futuro: imagine uma empresa em que gostaria de trabalhar e qualfunção você teria... Como seria sua carta de solicitação de emprego? Escreva-a. Ao terminar, peça aoprofessor para ajudá-lo, fazendo as correções.

� Caso você tenha participado da oficina 8 e já tenha preparado seu currículo, incorpore as informações aliescritas na sua carta de solicitação de emprego.

� Não se esqueça de juntar suas produções a esta ficha e guardá-las em seu portfólio.

Um pouco de conversaAlguma vez você já tinha lido uma carta comercial?

Que diferenças você nota entre esta e a carta familiar?Converse sobre essas diferenças com os colegas.

Analise a carta comercial. Localize no texto as se-guintes informações: remetente, destinatário, local edata, evocação (a forma de dirigir-se ao responsávelpela empresa), assunto e despedida. Veja que na evo-cação aparece “Prezado Senhor”, forma muito usadana correspondência comercial e oficial. Nestas, as for-mas de tratamento variam conforme a atividade que odestinatário desempenha.

Agora, observe o desfecho e veja como é diferentedos que normalmente são usados nas cartas familiares.Nas cartas comerciais as formas mais usadas são “Aten-ciosamente,” e “Respeitosamente,”, seguidas da assi-natura.

Anexo é adjetivo, por isso concorda comcurrículo – currículo anexo. Assim, se você se

referisse à carta, seria carta anexa. Muita gente diz“currículo em anexo”, mas está errado.

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FICHA 9CORRESPONDÊNCIA

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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NOME DATA

Juliana Lima

Rua Pedro I , 310

CEP: 08048-200

Embu Guaçu SP

Supermercados Bom Demais

Av. Bonjardim, 1241

CEP: 02123- 123 - Itapecerica da Serra/ SP

Seu Eduardo:

Gostaria de trabalhar como caixa em sua empresa.

Tenho dois anos de experiência nas lojas Peg-Lev, conforme está escrito no

meu currículo em anexo a esta carta.

Espero ser escolhida e fico aguardando resposta. Um abraço,

assinado,

Juliana

Oficina 10 Carta comercialLeia esta carta.

DISTRIBUIDORA DE PAPÉIS CORUMBÁR. Mauá, 92304030-200 Campinas SPTel./Fax (019) 3352 0001

Campinas, 12 de fevereiro de 1999Papelaria do Estudante

Av. Pedro de Souza, 304

07013-300 São Paulo SP

Ilmos. Srs.

Tivemos um pequeno problema em nossos computadores. Em virtude disso, vimos pela presentejustificar o atraso na entrega dos materiais solicitados por V. Sas., no pedido nº 5.236/01.

Esclarecemos, também, que já estamos providenciando a regularização do serviço de entrega eestimamos que a mercadoria chegue a sua conceituada firma até o dia 16 (dezesseis) docorrente.

Esperamos com isso, sinceramente, não afetar as vendas de início de ano e, mais uma vez,desculpamo-nos pelos transtornos que involuntariamente possamos ter causado.

Atenciosamente,

Nélson Lisboa

Gerente de Vendas

Um pouco de conversaQue semelhanças e diferenças você percebe entre esta carta comercial e a que vem reproduzida nafrente da ficha? Discuta com os colegas e com o professor aquilo que percebeu nessa comparaçãoe preencha o quadro:

Aspectos observados Carta 1 (frente da ficha) Carta 2 (acima)ObjetivoLinguagemOrganização do texto

� Carta de Juliana para corrigir:

FICHA 10CORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Oficina 10 Carta comercial (cont.)Imagine que você está tentando conseguir um emprego na Distribuidora de PapéisCorumbá. Você entregou à firma a carta de solicitação de emprego e o currículo; eleslhe deram este formulário para preencher.Preencha o modelo de ficha para ser preenchida pelo candidato a emprego com seusdados (reais ou inventados).

NOME DATA

F O R M U L Á R I O P A R A S O L I C I T A N T E D E E M P R E G O(CONFIDENCIAL)DADOS PESSOAISNome Sexo M F Fumante Não fumanteRua no BairroCEP Cidade Telefone Tel. p/recadosFiliação: Pai MãeData de nascimento Estado civil: solteiro casado viúvo outrosNome da/o cônjugeTem filhos? S N Quantos? Quantos menores de 14 anos?CTPS no no PIS RGEstá quites com o serviço militar? S N no Série É reservista? S NCONDIÇÕES PARA ADMISSÃOQue cargo pretende? Que salário pretende?Submete-se ao prazo de três meses para experiência? S NTem preferência por horário de trabalho? S N Qual?Concorda em trabalhar em qualquer cidade ou estado? S N Qual prefere?Tem relações pessoais nesta firma? S N Com quem?É parente? S N Pode dar fiança? S NSubmete-se a exame físico por médico de nossa escolha? S NESCOLARIDADE / QUALIFICAÇÃOCursou 1o grau? S N Escola Até que série?Cursou 2o grau? S N Escola Até que série?Cursou escola superior? S N Qual? Até que ano?Estuda atualmente? S N O quê? Onde?Que diploma(s) tem?Que outra(s) língua(s) domina? Nível: Básico Médio FluenteDirige automóvel? S N Sabe usar calculadoras? S N Máquina de escrever? S NComputadores? S N Quais softwares?SITUAÇÃO ECONÔMICAPossui alguma propriedade? S N Está livre de ônus? S N Proporciona renda? S NTem compromisso financeiro em atraso? S N Está em condições de saldá-lo? S NTem automóvel? S N Que marca?Tem seguro de vida? S N Em que seguradora?Pessoas que dependem de V.Sa.:Parcialmente exclusivamente

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FICHA 10ACORRESPONDÊNCIA

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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VIDA SOCIAL E CÍVICAPertence a algum clube ou sociedade? S N Qual?Passatempos favoritos:Moradia: residência particular pensão ou hotel com a família de origemNacionalidade Reg. Estrangeiro: tipo Permanência definitiva? S NTempo de residência no país Nacionalidade dos filhos dos paisEMPREGOS ANTERIORES E REFERÊNCIASNome da firma Cargo Nome do chefeSalário Data entrada Data saída Por que saiuEndereço CidadeNome da firma Cargo Nome do chefeSalário Data entrada Data saída Por que saiuEndereço CidadeNome da firma Cargo Nome do chefeSalário Data entrada Data saída Por que saiuEndereço CidadeQueira indicar abaixo pessoas que possam dar referências de V.Sa., que não sejam parentes ou antigos patrões:Nome ProfissãoEndereço CidadeNome ProfissãoEndereço CidadeNome ProfissãoEndereço CidadeComo entrou em contato com esta firma?

Queira escrever abaixo uma carta de próprio punho, indicando as aptidões que possui e por que julga a vir ser útil a esta firma: de de 20....

Entrevistado por Local EmObservações:

As declarações aqui prestadas serão guardadas na mais estrita confiança; fica subordinado à veracidade delas qualquer entendimento entre a firma e ocandidato.

_____________________________________________ __________________________________________________

FICHA 10A VERSOCORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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NOME DATA

Oficina 11 Requerimento e ofícioLeia esta carta, que é de um tipo especial.

Um pouco de conversaVocê já viu ou redigiu umrequerimento? Sabe para queserve? Procure no dicionário o quesignifica requerer e, com ajuda doprofessor, tente identificar ascaracterísticas dorequerimento.Depois, em grupos,vocês irão elaborar umrequerimento (por exemplo, podemrequerer um espaço para exposiçãopermanente dos trabalhosproduzidos nas oficinas). Quandoterminarem, comparem asproduções dos grupos, escolham omelhor e corrijam, se necessário,com ajuda do professor. Copie esserequerimento em uma folha eguarde-a junto com esta ficha.

Agora observe este exemplo de outro tipo especial de carta formal, o ofício.

ILMO. SR. DIRETOR DA UNIDADE DE INTERNAÇÃOPROVISÓRIA...

Carolina Pires, agente educacional, responsável pela Oficinade Correspondência, lotada nesta Unidade, registro funcionalno 56.761, vem mui respeitosamente requerer de V.Sªautorização para receber o funcionário dos Correios Sr. Carlosda Silva, portador do RG 6.424.368, que virá fazer uma palestraaos participantes da Oficina de Correspondência, na próximaterça-feira, dia . . . de . . ., às . . . horas.

Esclareço, ainda, que já entrei em contato com o diretor daAgência dos Correios – Centro, que me informou ser possívelagendar a visita para esse dia e horário.

FUNDAÇÃO PARA O BEM-ESTAR DO MENOR – FEBEMUNIDADE DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIA ... – UIP...Ofício no. 04/2001 São Paulo, 05 de março de 2001Assunto: Solicita envio de funcionárioSenhor Diretor:Solicitamos de V. Sa que se digne autorizar a visita de um dos funcionários dos Correios a esta unidade, coma finalidade de ser entrevistado pelos menores internos, sobre os serviços prestados por esta agência, em diaa ser determinado de comum acordo com V. Sa.A autorização de V.Sa muito contribuiria para o trabalho que vimos desenvolvendo nas Oficinas deCorrespondência, nas quais os participantes aprendem sobre os diferentes tipos de mensagem que noschegam pelo Correio.Esclarecemos ainda que, como as oficinas realizam-se às terças-feiras às 15 horas, seria interessante que avisita ocorresse nesse dia e horário. Caso não seja possível, estudaremos um remanejamento das turmas.Certos da atenção de V. Sa,

Respeitosamente,Carolina PiresCarolina PiresAgente Educacional

Ilmo. Sr.JOSÉ DOS SANTOS ANDRADEDD. Diretor dos Correios – Agência CentroPça. da Esperança, 21701313-000 São Paulo SP

Nestes termos,

Pede deferimento.

Carolina Pires Carolina Pires

São Paulo, 9 de março de 2001

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FICHA 11CORRESPONDÊNCIA

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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Oficina 12 Deu a louca na secretáriaUm pouco de conversaSeu professor falou-lhes a respeito das cartas formais, como o ofício, e da carta do leitor.Agora, prepare-se para resolver um problema que não é seu, mas da Emília. Quem é aEmília? Preste atenção ao que o professor vai contar e leia os textos que Emília digitou nocomputador, a pedido de seu chefe. Ela se atrapalhou e misturou elementos do ofício, dacarta de leitor e da carta formal de recurso.

NOME DATA

Rascunhos da Emília1 Carta ao jornal O Estado de S. Paulo

São Paulo, 2 de janeiro de 2001

Ilmo. Sr. Diretor do Jornal O Estado de S. Paulo:

Como leitor assíduo e assinante desse conceituado jornal, solicito que V. Sa.autorize a publicação de minha carta, em que critico nosso ex-prefeito.

Celso Pitta se retira do governo, dizendo ter feito uma boa administração.No entanto, o caos em que deixou as finanças da prefeitura e a cidade como umtodo provam o contrário. E esse Sr. ainda afirma que pretende continuar na vidapública, candidatando-se a deputado!

Espero que nenhum paulistano esqueça o que ele representa e que ele nospoupe de reencontrá-lo nas próximas eleições.

Sem mais, agradeço, Respeitosamente,

Benedito Santos

FICHA 12CORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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� Com os colegas, você vai reorganizar as cartas, corrigindo as formas de tratamento eoutros enganos da Emília. Quando terminarem e o professor revisar, copie-as eguarde-as como modelos de carta formal, ofício e carta do leitor.

2 Carta ao Diretor do Departamento de Trânsito de São Paulo

Sr. Diretor:

Solicito a Vossa Excelência o cancelamento da multa a mim atribuída porultrapassagem do sinal vermelho na esquina da Rua Rosa com a Rua Cravo, naAclimação, às 14 horas do dia 20/11/00.

Alego não ter cometido tal inflação, pois, no dia e horário citados, meu carroachava-se retido na Concessionária Guaraú Automóveis para revisão periódica,conforme atesta a declaração em anexo.

Muito obrigado,

Benedito Santos

3 Ofício ao Diretor da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)

COLÉGIO MAUPASSANTRua Piranjiba, 213, São Paulo

Ofício no 03/2001

São Paulo, 15 de janeiro de 2001

Excelentíssimo Senhor Diretor:

Solicitamos de V.Exa. a implantação de uma faixa de pedestres na RuaPiranjiba, à altura do no 213, a fim de que a travessia de nossos alunos seja feitacom mais segurança.

Esclarecemos que já contamos com a presença de um guarda de trânsito quenos auxilia na entrada e saída de cada período. Todavia, acreditamos que a faixatornará seu trabalho mais eficaz.

Atenciosamente,

Benedito Santos

Diretor de Escola

Ilmo. Sr.ROBERTO ALVES CORREIADD. Diretor da Companhia de Engenharia de Tráfego - CETRua Brusque, 31504303-000 São Paulo SP

Rascunhos da Emília (continuação)43

FICHA 12 ACORRESPONDÊNCIAEDUCAÇÃO

E CIDADANIA

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Cartas formais e formas de tratamentoEm cartas formais, é muito importante saber como se dirigir à pessoacorretamente: isso fará com que ela fique predisposta a dar atenção ao pedido,reclamação ou opinião. Eis algumas informações para quando precisar:

A quem No envelope No começo da carta Ao longo da cartaPresidente da Digníssimo Presidente Excelentíssimo/a Vossa Excelência – V.República da República Federativa Senhor/a Presidente/a Exa.

do Brasil ou Ao da RepúblicaExcelentíssimo SenhorPresidente da República

Ministro de Estado A Sua Excelência o/a Excelentíssimo/a Vossa Excelência – V.Senhor/a Digníssimo/a Senhor/a – Exmo. Sr, V Exa.Ministro/a Fulano/a de Exma. Sra..Tal

Membros do Congresso, A Sua Excelência o/a Excelentíssimo/a Vossa Excelência – V.Assembléia Legislativa, Senhor/a Senador/a / Senhor/a – Exmo. Sr, Exa.Câmara Municipal Deputado/a / Vereador/a Exma. Sra.

Governadores e Ao Excelentíssimo/a Excelentíssimo/a Vossa Excelência – V.Prefeitos Senhor/a Fulano/a de Senhor/a Exa.

Tal ou DD Governador/a / Governador/a /Prefeito/a Fulano/a de Tal Prefeito/a

Desembargadores e Ao/À Meritíssimo/a Meritíssimo/a Senhor/a Vossa Excelência – V.Juízes Senhor/a Fulano/a de Tal Juiz/a Fulano/a de Tal ou Exa.

ou DD. Juiz/a Fulano/a de Digníssimo/a Senhor/aTal Fulano/a de Tal

Secretários Municipais e Ao Senhor/a Fulano/a de Ilustríssimo/a Senhor/a – Vossa Senhoria – V.Sa.Delegados de Polícia Tal ou A Sua Senhoria o/a Ilmo/a Sr/a. ou Prezado/a

Senhor/a Fulano/a de Tal Senhor/aPessoas que ocupem Ilustríssimo/a Senhor/a Ilustríssimo/a Senhor/a Vossa Senhoria – V.Sa.cargos importantes em Fulano/a de Talempresa ou órgão públicoPessoas com quem não Ao/À Senhor/a ou Ao/ Prezado/a Senhor/a Senhor/a ou Vossase tem intimidade À Ilustríssimo/a (ou Senhoria – V.Sa.

Ilmo /a.) Senhor/aFulano/a de Tal

Papa A Sua Santidade o Papa Santíssimo Padre Vossa SantidadePresidente da CNBB A Sua Excelência Excelentíssimo Senhor – Vossa Excelência

Reverendíssima Exmo. Sr.Dom Fulano de Tal Reverendíssima

FICHA 12 A VERSOCORRESPONDÊNCIA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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ISBN 85-85786-30-2

Autoria

SECRETARIA DEESTADO DA EDUCAÇÃO

Realização