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Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación 1 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 618 Educação a Distância em Saúde como Ferramenta de Aperfeiçoamento Profissional BORDALLO FARIAS,T.C;;;SANTOS FILHO,I;PINTO,O.R

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Educação a Distância em Saúde como Ferramenta de

Aperfeiçoamento Profissional

BORDALLO FARIAS,T.C;;;SANTOS FILHO,I;PINTO,O.R

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Educação a Distância em Saúde como Ferramenta de Aperfeiçoamento Profissional

Teresa Cristina Bordallo Farias [email protected]

Ivaldino Alves dos Santos Filho [email protected]

Renato de Oliveira Pinto [email protected]

Kenski (2007) entende a evolução tecnológica como o surgimento de uma nova forma de interação, a “linguagem digital”, na qual a informação se faz por meio digital, permitindo comunicar, interagir e aprender. Esse desenvolvimento do sistema de comunicação tem promovido melhoria na qualidade de ensino em saúde, ele contribui para melhor compartilhamento de conhecimento e qualificação da assistência prestada (GUNDIN, 2009; WEN, 2003).

Melo e Silva (2006) descreveram a importância das telecomunicações no desenvolvimento de serviços ou práticas médicas à distância: em seus relatos citam o desenvolvimento da telemedicina por meio de transmissão de imagem radiológicas e a realização de consultas psiquiátricas à distância no final da década de 50. Várias definições foram propostas no sentido de explicar atuação médica por meio de transmissão via satélite. Na visão de autores como Bashshur e Shannon (2009), o termo telemedicina está mais focado no cuidado ao paciente, a partir da transmissão de conhecimento e cuidados em saúde a distância, enquanto o telessaúde, um termo mais amplo, incorpora outros aspectos além do cuidado ao paciente, como estilo de vida, conhecimento, crenças de consumidores, além de qualidade ambiental. No Brasil, a partir de uma infraestrutura de apoio, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), instituição governamental vinculada aos Ministérios da Ciência e Tecnologia e ao Ministério da Educação (MEC), conseguiu interliga todas as instituições federais de ensino superior e unidades federais de pesquisa. Com base nesse contexto, o Ministério da Saúde, cria através da Portaria nº 402, de 24 de fevereiro de 2010, o Programa Telessaúde Brasil. Esta rede propicia um laboratório para o desenvolvimento experimental de novas aplicações e serviços de rede para benefício de suas organizações usuárias, formando as Redes de Telemedicina/Telessaúde (RUTE), implantadas nos Núcleos Universitários (BRASIL, 2010). Para Wen (2003), essa infraestrutura pode se constituir numa maneira de promover a atualização médica continuada e suprir deficiências educacionais. Reafirma que entre as sociedades de especialidades, as formas mais comuns de atualização médica, no Brasil, são os eventos científicos regionais e os congressos nacionais. É fato que nem todos os profissionais de uma determinada especialidade conseguem se reciclar seja participando de eventos, seja pela vinculação a um serviço universitário.

Apoiada pelos crescentes avanços das telecomunicações e informações a Educação à Distância (EaD) vem apresentando crescimento exponencial, segundo o censo da Associação Brasileira de Educação a Distancia (ABED), ano base de 2008. De um

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total de 2.648.031 alunos, 1.075.272 fazem os cursos regulares, enquanto 1.074.106 estão na modalidade extensão e 498.653 na modalidade corporativa (BRAGA, 2009).

Segundo Alava (2002), ambientes virtuais de aprendizagem utilizando gerenciadores de cursos on-line, são mobilizados para proporcionar atualizações profissionais. Esses ambientes podem ser estruturados de forma á privilegiar autonomia dos aprendizes.

Hoje, vários cursos de capacitação são ofertados à distância. O curso de Capacitação em Saúde Baseada em Evidências é um curso de capacitação realizado pelo Hospital Sírio-Libanês pela portaria GM/MS nº. 3276, de 28 de dezembro de 2007. A proposta visa contribuir para o aperfeiçoamento da formação dos profissionais de saúde que atuam em diversas regiões do país (PADILHA, 2014).

O Curso de Saúde Baseada em Evidências tem por objetivo formar profissionais da saúde com habilidades em avaliação de tecnologias em saúde e atitudes críticas em relação às informações científicas da literatura, as suas aplicações práticas em busca da eficiência e na elaboração de projetos de pesquisa clínica estruturada a ponto de virem a construir evidências científicas respeitáveis, fornecendo, também, habilidades e conhecimento para boa gestão de tecnologias em saúde. Em resumo, um dos focos do curso é ligar a prática à melhor ciência e esta à melhor prática. O curso está estruturado em sete módulos, é destinado a médicos, fisioterapeutas, odontologistas, enfermeiros e demais profissionais da saúde. O curso é ofertado por instituições credenciadas (BORDALLO FARIAS e BRYDE, 2013).

A Rede Universitária de Temedicina e Telessaúde (RUTE) do Hospital Universitário João de Barros Barreto, localizado na Rua dos Mundurucus, nº 4487, bairro do Guamá, Belém, Pará é uma instituição credenciada que participa por meio eletrônico. O processo metodológico do curso se dá por 34 encontros presenciais com aulas expositivas à distância – com o uso de videoconferência e videostreaming – vídeo pela internet – de 2 horas cada, com abertura para perguntas e discussão. E para a conclusão do curso é necessário à entrega de um trabalho de conclusão (BORDALLO FARIAS e NUNEZ, 2010). Abordando a literatura sobre práticas médicas à distância Craig e Patterson (2006), afirmam que provavelmente a primeira forma de comunicação em rede abordando saúde pública tenha ocorrido na Idade Média, com uso de fogueiras a céu aberto para informar sobre o avanço da peste bubônica na Europa. Mas somente no século XIX, com incremento e o desenvolvimento dos serviços postais que a divulgação da prática médica foi se tornando mais comum. A seguir, o telefone começou a ser utilizado em muitos países da Europa e nos Estados Unidos da América (EUA). O inventor, Alexandre Graham Bell realizou uma consulta médica à longa distância, quando um de seus colaboradores sofreu um acidente em seu laboratório (THRALL; BOLAND, 1998).

No século XX, com a difusão da radiocomunicação, a divulgação sobre doenças foi ainda mais ampliada. Os serviços médicos por rádio cresceram de forma substancial, com o objetivo de atender aos que viajavam por longas distâncias (NORRIS, 2002). No entanto, um dos veículos de comunicação em massa, à televisão foi o que mais influenciou o desenvolvimento da telemedicina. No final dos anos 50, com o desenvolvimento das tecnologias da televisão em circuito fechado e vídeo, a Televisão começa a ser reconhecida como ferramenta a serviço da medicina. Nesse período, a transmissão de imagens radiológicas e consultas psiquiátricas à distância passaram a ser comum nos EUA (ZUNDEL, 1996; ROCA, 2001).

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Por volta do final dos anos 50, um trabalho da NASA (Agencia Espacial Norte-Americana) em parceria com o serviço público dos Estados Unidos procurou fornecer às comunidades indígenas papago que habitavam regiões remotas no Arizona, cuidados médicos através da transmissão de eletrocardiogramas e radiografias para centros de referência dotados com especialistas (LOPES, 2010).

Nos EUA, no auge da corrida espacial, nas décadas 1970 e 1980, observou-se um investimento para controlar os dados vitais dos astronautas, à distância. Isso mostrou aos médicos um vasto campo de expansão para atuação clínica, desse modo os investimentos nos serviços médicos que utilizavam a captura de imagens e transmissão de dados foram maiores. As videoconferências passaram a ser realizadas com transmissão de imagens digitais, em radiologia e outras áreas (MELO e SILVA, 2006).

Os termos utilizado em telessaúde vêm acompanhados do prefixo “tele”, que provém do grego “telos” implica distância (LOPES, 2010).

O termo telemedicina foi o primeiro a ser utilizado na assistência à saúde a distância. Em sua primeira definição, o termo telemedicina é entendido como o tratamento do paciente pelo médico à distância. Mas com sua ampliação conceitual, considera a telemedicina como transferência de dados médicos por meio de eletrônico de um local para outro. (NORRIS, 2002; ATA 1999)

O termo telessaúde vem sendo utilizado como sendo o uso de tecnologias de informação e comunicação para atividades à distância relacionadas à melhoria da saúde da população por meio da qualificação. Atualmente, novas terminologias vêm sendo utilizadas como, por exemplo, e-saúde (TELESSAUDE, 2013).

Os termos vêm se modificando conforme as necessidades e o avanço das ferramentas tecnológicas. Pagliari (2005), explica que, o termo e-saúde é um emergente no campo de informações médicas, no qual existe a organização e transmissão de serviços e informações em saúde, utilizando a internet e tecnologias similares. Assim como aponta que os termos atuais, mais comuns usados em telessaúde são: teleconsultorias, telediagnóstico, telecirurgia, telemonitoramento ou televigilância e teleducação.

Desse modo, a conceituação e as derivações dos termos possibilita introdução de novidades em relação ao seu uso e à abrangência. A qualificação de profissionais por meio da teleducação, videoconferência e teleconferência têm favorecido amplamente a assistência a saúde prestada nos setores público e privado (CURRAN, 2006).

As consultas via telemedicina tem se mostrado útil para a melhoria da qualidade da assistência a esses pacientes, resultando em mudanças e na terapêutica. Solicitar uma segunda opinião médica tornou-se mais fácil com a teleconsultorias. A telecirurgia possibilitou a busca de orientações sobre práticas e técnicas cirúrgicas, como também a utilização da robótica em atos cirúrgicos guiados a distância (MARCIN; REZNIK; OZUAH, 2005).

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Considerando a teleducação em saúde é fundamental uma breve revisão sobre a Educação à Distância (EaD).Definida como um sistema de comunicação bidirecional que substitui o contanto pessoal professor/aluno. Constitui-se em uma modalidade educacional ideal para atender as exigências educacionais da sociedade atual, principalmente porque democratiza o acesso ao saber, atende as demandas crescentes da sociedade e supera os processos de exclusão social (GARCIA, 1994; ELISQUEVICE e FONSECA, 2009).

De acordo com Keegan (1991), a Educação à Distância é caracterizada por elementos centrais, dentre esses elementos podem ser citados: a separação do professor e aluno no espaço e/ou tempo; controle do aprendizado realizado mais intensamente pelo aluno do que pelo professor; comunicação entre alunos e professores mediada por documentos impressos ou alguma forma de tecnologia. No Brasil, o conceito de Educação a Distância é definido oficialmente no Decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005 no Art.: Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos (BRAGA, 2014).

Autores como Struchiner; Roschke e Ricciardi (2002) afirmam que EaD constitui uma condição essencial para a consolidação da reforma do setor saúde, mediante a formação e a educação permanente da força de trabalho em saúde, que deve estar preparada para enfrentar mudanças e acompanhar o acelerado avanço científico e tecnológico da sociedade. A Educação à Distância no setor da saúde vai ao encontro do pressuposto político adotado pelo Ministério da Saúde, que tem na Educação Permanente em Saúde, meios de transformar as práticas laborais, a partir de modelos de formação no setor saúde (BRASIL, 2010).

Autores como Gutierrez e Prieto (1994), Medeiros (1999) assim como Preti (1996) defendem as vantagens da EaD apontando como pontos positivos: massificação espacial e temporal; custo reduzido por estudante; população escolar mais diversificada; individualização da aprendizagem; quantidade sem diminuição da qualidade; autonomia nos estudos. Para esses autores a EaD democratiza o acesso à educação, atendendo alunos dispersos geograficamente e residentes em locais onde não exista instituições convencionais de ensino. Os mesmos pesquisadores alertam ainda para os possíveis riscos na adoção dessa modalidade educacional, sendo o ensino industrializado, o ensino consumista, industrializado, autoritário e massificante como pontos negativos.

A EaD passou por quatro estágios ou gerações na sua evolução: primeira geração ou textual, caracterizada pelo estudo por correspondência em que a interatividade era escassa; a segunda geração ou analógica, em que teve seu inicio com o surgimento das universidades, nessa fase combinava-se encontros presenciais, sessões periódicos de tutoriais, transmissão de material gravado através de rádio e televisão, assim como envio de videoteipes; a terceira geração ou digital marcada pela utilização de ambientes virtuais, baseados no uso de computador e internet e a quarta, que utiliza a banda larga de comunicação, levando à maior interação dos participantes com maior qualidade e rapidez, através de redes de comunicação e criação de ambientes virtuais de aprendizagem (RIBEIRO; LOPES, 2006).

As ferramentas utilizadas como apoio à realização da Educação à Distância são, segundo Oliveira (2007), “o material impresso apoiado por transmissão em televisão,

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fitas de vídeo e áudio, CD-ROM, kits de material experimental, orientações por computador, videoconferências, teleconferências, correio eletrônico, Fórum, Chat, orientações presenciais e por correspondência”.

Com a popularização da internet, a ideia de usar a tecnologia on-line em saúde começou a ser discutida. Enfatiza que diante dos resultados do modelo de telemedicina empregado nos Estados Unidos desde 1960, concluiu-se que o Brasil estava pronto para avançar no uso de telemedicina em uma política de saúde e de formação em medicina (ALENCAR, 2014).

Na ultima década do século XX vários projetos nacionais de telessaúde foram iniciados, entre esses a Rede Universitária de Telemedicina, criada em 2006, a RUTE é uma iniciativa que visa apoiar o aprimoramento da infraestrutura para telemedicina já existente e incentivar o surgimento de futuros trabalhos interinstitucional, bem como promover a integração de projetos entre as instituições nacionais e internacionais, permitindo a comunicação e colaboração entre as mesmas (RUTE, 2010). A RUTE é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue), sob a coordenação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) responsável por fornecer a infraestrutura de comunicação (RUTE, 2011).

A RUTE dispõe de uma infraestrutura de alta capacidade: o backbone nacional da RNP (uma rede principal onde todos os dados passam), a rede Ipê, e das Redes Comunitárias Metropolitanas de Educação e Pesquisa (Redecomep). Esta iniciativa complementa o esforço coordenado de prover uma infraestrutura fim-a-fim (nacional, metropolitana e institucional), adequada ao uso de aplicações avançadas de rede. Apresenta serviços essenciais de uma rede universitária de telemedicina (TELESSAÚDE BRASIL REDE, 2013). A RUTE apresentou várias fases de expansão. A primeira fase começou em 2006 com 19 hospitais universitários, a segunda em 2007 com mais 38 instituições incluindo todos os hospitais universitários das universidades federais, em 2008 entram mais 26 instituições de saúde através de um convênio RNP com o programa Telessaúde Brasil do Ministério da Saúde. E em 2009 a terceira fase com mais 75 instituições, incluindo todos os hospitais públicos certificados de ensino. Atualmente, em números, há 88 núcleos em operação, 105 núcleos operacionais até o final de 2014 e 64 Grupos de Interesse Especial (SIGs) (MESSINA e RIBEIRO FILHO, 2013). As atividades da Rede Universitária de Telemedicina /Telessaúde no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), sendo esse hospital um dos hospitais universitários da Universidade Federal do Pará (UFPA). As ações RUTE no HUJBB tiveram inicio em 18 de setembro de 2009 através da portaria nº 139/09 – GAB/HUJBB/UFPA. Através da RUTE é possível, a transmissão de dados da capital Belém, para as cidades que possuem Campi da UFPA no interior do estado, dentre

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elas: Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Capanema, Marabá e Soure (BORDALLO FARIAS 2009). O Estado do Pará esta localizado na Amazônia brasileira, suas características geográficas e sociais devem ser consideradas para entendimento da formação dos profissionais de saúde no estado e das ações realizadas pela UFPA incluindo a implantação e operacionalização da RUTE no HUJBB. O estado é o segundo no Brasil em extensão territorial possuindo 1.247.689.515 quilômetros quadrados distribuídos em 143 municípios. Esse grande território resulta em isolamento dos municípios mais longínquos devido à dificuldade ainda encontrada por meios de comunicação na inclusão destes locais. Contribuindo para obstáculos no acesso aos serviços de saúde observamos predominância de transporte fluvial e precariedade dos outros meios de transporte e da rede viária estadual; as imensas distâncias geográficas e estradas inadequadas são fundamentais para inexistência de especialistas nos municípios e também representam barreiras para realização de qualificações em cidades distantes dos grandes centros (BORDALLO FARIAS e BRYDE, 2013).

A transmissão das atividades ocorre através do uso da tecnologia (METROBEL), que utiliza fibra ótica para transmissão de dado. As atividades realizadas são as de videoconferências, cursos, seminários em educação e saúde, nas áreas de Infectologia, Cirurgia Geral, Endocrinologia, Oncologia, Pneumologia, Geriatria, Clínica Médica e Saúde Bucal. A divulgação das atividades ocorre através de e-mail, redes sociais (TWITTER e MSN), site do HUJBB e site da UFPA (BORDALLO FARIAS e NUNEZ, 2010).

A pesquisa teve como objetivos descrever a percepção dos alunos do curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidências no ano de 2013 sobre EaD em saúde assim como Identificar o perfil profissional dos participantes do curso; apontar o motivo de opção pela EaD em saúde e o grau de satisfação com as aulas ministradas no curso. O estudo realizado foi observacional do tipo transversal, prospectivo, descritivo e analítico dos participantes do curso de Capacitação Baseada em Evidência no HUJBB. A pesquisa foi realizada na Rede Universitária de Temedicina e Telessaúde (RUTE) do HUJBB localizado na Rua dos Mundurucus, nº 4487, bairro do Guamá, Belém, Pará. . As atividades da RUTE do HUJBB são realizadas em uma sala de videoconferências e no auditório do centro de estudos do hospital. Participaram da pesquisa os discentes regularmente matriculados no curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidências, transmitido pela RUTE/ HUJBB, no ano de 2013, no município de Belém. A participação foi voluntária, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário semiestruturado, com 21 perguntas, sendo 17 fechadas e 4 mistas . Os questionários foram enviados por e-mail a todos os participantes do curso, um total de 60 participantes, sendo que apenas 15 participantes retornaram o questionário respondido e o TCLE devidamente assinado escaneado. Os e-mails dos participantes foram cedidos pela coordenação do curso.

As perguntas foram divididas em quatro blocos de questões, descritos a seguir: perfil profissional, conhecimentos sobre telessaúde, motivação e grau de satisfação. A pesquisa obedeceu a Resolução nº 466/12, do Conselho Nacional de Saúde, tendo o

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cuidado de assegurar a confidencialidade dos dados, preservando o anonimato dos participantes e garantindo o sigilo das informações coletadas. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Os dados coletados foram organizados e tabulados no Microsoft Office Excel 2007 em gráficos utilizando-se também os programas Microsoft Office Word 2007 para as tabelas.

Para o tratamento estatístico foi utilizado o programa BioEstat 5.0, utilizando o teste Qui-quadrado ( 2χ ) para amostra esperadas iguais com nível de significância de 5%. Analisando as respostas dos 15 participantes, que nos deram retorno com os questionários preenchidos, foi possível obter os resultados que serão descritos a seguir.

Figura 1: Distribuição dos participantes por gênero no Curso Capacitação Saúde Baseada em Evidencias da RUTE/HUJBB EM 2013.

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Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

Figura 2: Percentual por faixa etária dos participantes do curso Capacitação em Saúde Baseada da RUTE-HUJBB em 2013.

Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

FEMININO 73,33%

MASCULINO 26,77%

Percentual(%)

05

101520253035404550

0 a15

anos

15 a20

anos

21 a25

anos

26 a30

anos

31 a35

anos

36 a40

anos

41 a45

anos

46 a50

anos

51 a60

anos

60 oumais

Colunas4

Colunas3

Colunas2

Colunas1

46,67%

26,67%

20%

6,66%

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Figura 3. Percentual dos participantes por categoria profissional no curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidência na RUTE/HUJBB 2013.

Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

Figura 4: Percentual dos participantes quanto à experiência profissional no curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidência da RUTE/HUJBB 2013

Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

0

10

20

30

40

perc

entu

al(%

)

33,33

26,67

20

13,33

6,67

0

10

20

30

40

50

60

0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 15 a 20 anos Mais de 20anos

perc

entu

al(%

)

60%

33,33

6,67

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Figura 5: Distribuição dos participantes por vinculo institucional do curso Capacitação

em Saúde Baseada em Evidências da RUTE/HUJBB 2013.

Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

Figura 6: Percentual dos participantes por motivação para matricula no curso

Capacitação em Saúde Baseada em Evidência da RUTE/HUJBB 2013.

0

20

40

60

80

100

Perc

entu

al (

%)

Público Privado Misto

87%

6,5% 6,5%

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Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

Figura 7: Resposta dos participantes quanto ao domínio do professor sobre os conteúdos abordados no curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidência da RUTE/HUJBB 2013.

Atividade institucional acadêmica

26,5%

Atividade profissional voluntária

26,5% Melhor

flexibilidade de tempo

para o curso 7%

Qualidade e prestígio da Instiuíção

20%

Outros 20%

percentual(

0

10

20

30

40

50

60

Muito Bom Bom Insatisfatório Razoável

Perc

entu

al(%

)

53,5%

33,5

13%

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Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

Figura 8: Satisfação dos participantes em relação à forma de abordagem dos conteúdos no curso Capacitação em Saúde baseada em Evidência.

Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

Figura 9: Percentual dos participantes quanto a correspondência de expectativas em relação ao Curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidência da RUTE/HUJBB 2013.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Adequada àProposta

Muito superficial Muito profundo

Perc

entu

al(%

)

87%

6,5% 6,5%

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Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

Figura 10: Respostas dos participantes do curso sobre a qualidade da transmissão das videoaulas no curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidências da RUTE/HUJBB 2013.

Fonte: Protocolo de Pesquisa RUTE/HUJBB 2013.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Superou aexpectativa

Atendeu aexpectativa

Atendeu em partea expectativa

Não respondeu aexpectativa

Perc

entu

al(%

)

13,33%

80%

6,67%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Insatisfatório Razoável Bom Muito bom

Perc

entu

al(%

)

6,67%

80%

13,33%

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A análise dos dados indicou que a maioria dos participantes da pesquisa é de jovens na faixa etária de 26 a 30 anos. Esses dados refletem a afirmação já exposta pelos autores Palloff e Pratt (2004), estes em seu trabalho, defendem o conceito de que o “aluno típico” da Educação à distância, tem em média de 25 anos, está empregado, ou com alguma educação superior em andamento, podendo ser em igual proporção entre homens e mulheres. No entanto, pode-se notar um percentual significativo de participantes, não tão jovens, a procura dos cursos EaD, indo de encontro do que é defendido por Kenski (2007), autor da afirmativa: a clientela potencial da educação à distância está se modificando rapidamente, aumentando em número, diversificando-se em termos de demandas específicas.

Em relação aos participantes da pesquisa, os dados mostram que a maior parte destes é composta por médicos. Essa distribuição parece reforça o que já vem sendo defendido por Wen (2006), indicando que a medicina baseada em evidência é um dos pontos importantes da prática médica e não deve ser associada a um simples levantamento de referências bibliográficas, pois ela auxilia em decisões médicas sobre a conduta adequada em circunstâncias clínicas específicas.

A maioria dos participantes do Curso Saúde Baseada em Evidência da RUTE-HUJBB apresenta como experiência profissional entre 0-5 anos. Pode-se constatar com esses dados, que o curso preenche uma lacuna do ensino de graduação e de pós-graduação no Brasil, e, com isso, contribui com uma massa crítica de profissionais de saúde, melhor treinados para o ensino e para a prática profissional, cientificamente embasada em prol da eficiência e da segurança em saúde. Diretamente a RUTE do HUJBB contribui para a melhoria na qualificação dos profissionais na área de educação em saúde no estado do Pará, permitindo ensino de qualidade em saúde, utilizando a Educação à Distância (MESSINA e RIBEIRO FILHO, 2013).

Convém esclarecer que quando questionados sobre a motivação dos participantes pela opção do curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidência por EaD, verificamos que as respostas atividade institucional acadêmica e atualização profissional voluntária foram mais frequentes em relação as escolhas: qualidade e prestígio da instituição. Os resultados descrevem que os participantes da pesquisa buscam no curso uma janela de interação para discussão e compartilhamento de práticas em saúde, pois segundo Padilha (2013), com a divulgação nacional dos conceitos de Saúde Baseada em Evidências em congressos e revistas médicas, a demanda por esse tipo de conhecimento aumentou muito. Tanto os profissionais da saúde como os responsáveis pelas políticas de saúde pública e privada passaram a

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ter interesse por suas metodologias e resultados, bem como a instituir a medicina baseada em evidências nas suas rotinas.

Em referência sobre o domínio dos professores sobre os assuntos abordados no curso, 86,66% dos entrevistados classificaram o curso como muito bom ou bom. Os tutores do curso utilizam, em sua metodologia de ensino à distância, habilidades que permitem aos alunos a realização de análises críticas de artigos da área da saúde, a realização de pesquisas em saúde e a publicação científica na área clínica, produzindo conhecimentos baseados em evidências para tomadas de decisões. Na educação à distância, o tutor deve estar atento para conhecer o aluno, e poder planejar suas ações de acordo com os objetivos educacionais que os alunos pretendem atingir (PADILHA 2013).

As funções básicas da tutoria compreendem motivar, despertar o interesse do aluno e lhe facilitar o processo de aprendizagem, sem limitar sua autonomia. Ao respeitar a autonomia da aprendizagem do aluno, o tutor orienta e supervisiona, permanentemente, o seu processo de aprendizagem e, dessa forma, desperta e mantém o seu interesse e a sua participação. Convém inferir que o aluno da Educação à Distância ao finalizar as atividades de um curso, deve apresentar características próprias: ser maduro, autônomo e apresentar bom rendimento e não dispersar sua atenção ao longo do curso (DIAS, 2010).

Em relação à maneira de apresentação e discussão dos assuntos abordados no curso, 86,66% classificaram como adequados os métodos adotados. Esses resultados sugerem que o aluno do curso de “Capacitação em Saúde Baseado em Evidência” obteve facilidade usando esta tecnologia, inexistindo barreira entre a comunicação do professor e o aluno. Segundo Kenski (2003), as novas tecnologias devem ser percebidas como geradoras de possibilidades de interação de conhecimento entre alunos e professores.

Os dados referentes, as expectativas dos participantes sobre o curso, mostram que 80% apontam as suas expectativas como alcançadas; 13,33% classificam o curso como superando suas expectativas. A partir das classificações, entendemos que o sucesso de um curso EaD depende também do tipo de mídia e tecnologia escolhidas e de como elas são utilizadas. Diversos equipamentos podem ser conectados a esses sistemas, expandindo as possibilidades de aplicações, melhorando a comunicação, configurando-se assim em boa ferramenta de capacitação e atualização profissional (ELIASQUEVICI e FONSECA, 2009).

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Quanto ao conjunto de avaliação do curso de “capacitação em saúde baseada em evidência”, 93,32% consideraram o curso bom ou muito bom. Dessa maneira considera-se o uso das tecnologias de informação e comunicação válidas na atualização dos profissionais de saúde que vivem em locais distantes ou onde existem poucos profissionais na área. É necessário fortalecer o uso de educação tecnológica complementar aos estudantes e esses deveriam poder navegar nos ambientes educacionais das diferentes unidades, ampliando o conhecimento e ação desses profissionais da saúde (ALENCAR, 2014).

Os autores do estudo concluem que os cursos de Educação à Distância em saúde promovem melhoria nas praticas em saúde, sedimentando e fortalecendo o conhecimento dos profissionais. Nesse contexto, acrescenta-se que o curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidência contribui com a formação de profissionais da área da saúde. Identificou-se que o perfil dos participantes do curso de capacitação em saúde baseada em evidências na RUTE-HUJBB apresenta faixa etária entre 26 a 31 anos, do sexo feminino, de nível superior, tendo como a maioria a categoria da área médica, de instituição de ensino público. Identificou-se, os profissionais entrevistados, com pouca experiência profissional, em torno de cinco anos, e vinculados à instituições de saúde pública.

Os participantes apresentam familiaridade com os conceitos sobre telessaúde, videoconferência, e saúde baseada em evidência, abordados na pesquisa. A divulgação sobre o curso não foi identificada pelos meios tradicionalmente conhecidos como e-mail e site da instituição.

Enfocando o grau de satisfação dos participantes, estes classificaram o curso Capacitação em Saúde Baseada em Evidência da RUTE-HUJBB, como muito bom ou bom. Considerando o fator (tempo x espaço) a Educação à Distância garantiu que o curso atingisse seu objetivo maior, representado pelo conhecimento em saúde baseado em evidência. A eficácia da Educação a Distância está inegavelmente comprovada, o que não significa falta de questionamentos e estudos contínuos sobre essa modalidade de ensino.

Diante do exposto refletimos que o uso da Educação à Distância na capacitação e atualização é válido, pois a EaD possui grande potencial para permitir qualidade de ensino e aprendizagem. No futuro, considerando sua proposta, poderá beneficiar grande número de pessoas. Acreditamos que a educação a distância possui grande potencial para gerar oportunidades de desenvolvimento em saúde no estado do Pará, pois permite qualificação de profissionais de comunidades distantes, por interligá-los aos centros de referência da região como HUJBB, produzindo desta forma melhor qualidade na assistência em saúde.

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

FACULDADE DE MEDICINA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

A pesquisa intitulada “Educação a Distancia em Saúde como Ferramenta de Aperfeiçoamento Profissional”, tem como objetivo analisar o perfil profissional, motivação, conhecimento e grau de satisfação sobre o assunto das pessoas que escolheram participar de um curso à distância de Saúde Baseada em Evidências, no HUJBB, em Belém do Pará, por meio de questionários, contendo vinte e duas questões, não causando qualquer risco, também não havendo qualquer benefício direto para os participantes, somente no final do estudo poderemos concluir a presença de algum benefício. Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. A pesquisa é realizada sob a coordenação da Prof. Msc.Teresa Cristina Bordallo Farias (contato: [email protected]) e desenvolvida pelos alunos Ivaldino Alves dos Santos Filho e Renato de Oliveira Pinto do curso de Medicina da Universidade Federal do Pará, que vos convida para participar como voluntário deste estudo.

Havendo total comprometimento dos pesquisadores em não identificar os participantes e nem tão pouco utilizar os dados coletados para outros fins, que não aqueles estabelecidos pela pesquisa. Você tem liberdade para recusar sua participação ou retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo. Não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, também não há compensação financeira relacionada a sua participação. Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelo procedimento neste estudo (nexo causal comprovado), o participante tem direito às indenizações legalmente estabelecidas. Caso haja dúvidas sobre a ética na pesquisa, entre em contato com Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUJBB, Rua dos Mundurucus, nº 4487, telefone (91) 3201-6754, email: [email protected].

Após os esclarecimentos realizados, assine ao final deste documento, em duas vias: uma delas é sua e a outra do pesquisador responsável. Declaro que recebi uma cópia do Termo de consentimento Livre e Esclarecido, que li as informações acima e concordo. E que me sinto esclarecido sobre o conteúdo da mesma, assim como dos riscos e dos benefícios, bem como o fato de minha participação ser isenta de despesas. Declaro ainda que, por minha vontade, aceito participar do estudo, e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem penalidades ou perdas.

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Assinatura do Participante na pesquisa

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Assinatura do entrevistador Assinatura do Pesquisador responsável

RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA, PARA CONTATO EM CASO DE INTERCORRÊNCIAS OU RECLAMAÇÕES.

Pesquisador: Profa. Ms. Teresa Cristina Bordallo Farias – pesquisador (a) principal. Endereço: HUJBB, Rua dos Mundurucus, nº 4487, telefone: 91-32016652.E-mail: [email protected]

Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB),Rua dos Mundurucus, nº 4487, telefone (91) 3201-6754, email: [email protected]. Belém, __/_/__

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Figura 11: Documento de aprovação do Comitê de Ética do HUJBB/UFPA

Fonte: Comitê de Ética do HUJBB/UFPA.

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