edpdistrelatcontas2002portclientes apostando, de forma continuada, na melhoria da qualidade de...
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ESTAMOSPRESENTESONDE OSNOSSOSCLIENTES
‘02|RCRelatório e ContasConsolidadas
O ano de 2002 foi o ano da modernização da EDP Distribuição nas principais áreas de actividade
da empresa, envolvendo um grande esforço financeiro e de recursos humanos na implementação
de novos sistemas comerciais, técnicos e de gestão.
A modernização na Área Técnica foi marcada pela introdução de novos e modernos sistemas
de planeamento e de condução de redes (Dplan e Genesys), de novos sistemas de apoio ao projecto,
à construção e à manutenção das instalações (GeoEDP e PS/PM) e por um claro reforço
do investimento na automatização das instalações e dos equipamentos.
Na Área Comercial foram alargados os canais de atendimento, pelo que passámos a colocar
à disposição dos nossos clientes, para além das lojas próprias e dos pontos de energia credenciados,
a rede dos CTT, assegurando, desta forma, a presença da EDP Distribuição em todas as sedes
de Concelho. Uma forte aposta foi feita na Internet, com a Loja Virtual, e o atendimento telefónico
foi transformado num centro de contactos. Com o novo sistema comercial, mais potenciado e flexível
(ClienteMais), procurou-se conhecer e apoiar, cada vez mais e melhor, todos os nossos clientes.
Na Área de Gestão, a introdução da quase totalidade dos novos sistemas de que o Grupo EDP dispõe
(módulos SAP) marcou claramente o ano de 2002. Contudo, a aposta na modernização levou a que
se tenha revelado necessário introduzir novos métodos e processos, com novas formas de organização
do trabalho, potenciando desta forma a optimização de recursos quer humanos, quer materiais.
As dificuldades associadas à introdução, em simultâneo, de tantos sistemas, e a superação
das mesmas, só foi possível graças à continuada mobilização, envolvimento e esforço de cada um
dos trabalhadores da EDP Distribuição.
O Programa Eficiência, lançado no Grupo EDP em meados de 2002, é fundamental para a EDP
Distribuição, uma vez que assenta no reconhecimento da necessidade e da vontade de nos tornarmos
cada vez mais eficientes e mais eficazes. Este Programa permitiu analisar, com grande profundidade,
as principais áreas de actividade, identificando um conjunto de melhorias susceptíveis de aumentar
a eficiência da empresa, reduzindo custos e garantindo a sustentabilidade do negócio.
Em 2002, foram concretizados os principais objectivos constantes do Plano e Orçamento,
nomeadamente em termos de realização dos investimentos projectados, no esforço de contenção
dos custos dos fornecimentos e serviços externos, na realização de acções de manutenção
e principalmente na melhoria dos indicadores de qualidade de serviço técnica.
MENSAGEM DO PRESIDENTE
‘02RC
2 | 3
Terminámos o ano com cerca de 93 milhões de euros de resultados líquidos, montante claramente
inferior ao resultado obtido em 2001 (menos 50%), consequência do enquadramento regulatório
vigente.
Esta situação, extremamente gravosa para a EDP Distribuição, tem tendência para manter-se apesar
dos esforços já efectuados na contenção de custos e na melhoria da eficiência, pois que as tarifas
que têm vindo a ser publicadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) continuam
a não reconhecer os efectivos custos de exploração da empresa.
Os esforços que têm vindo a ser desenvolvidos em termos de reforço e manutenção das redes
e dos sistemas de informação tornaram possível que, em 2002, se obtivessem melhores níveis
de qualidade de serviço.
Ao desafio da abertura de mercado, a empresa tem procurado responder com a fidelização dos seus
clientes apostando, de forma continuada, na melhoria da qualidade de serviço e empreendendo
acções, de âmbito comercial, com o objectivo de uma maior aproximação aos clientes
e do conhecimento das suas necessidades e expectativas.
No próximo exercício a EDP Distribuição ter-se-á que afirmar como empresa eficiente e competitiva,
estrategicamente orientada para o cliente, apostada na melhoria da qualidade de serviço e capaz
de vencer o desafio da liberalização.
Francisco de la Fuente Sánchez
Presidente do Conselho de Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ MENSAGEM DO PRESIDENTE
ENQUADRAMENTOEMPRESARIAL
EDP Distribuição - Energia, S.A.
ASSENTAMOSA NOSSA CONDUTANOS VALORESDA CIDADANIAEMPRESARIAL,QUALIDADEE COMPETÊNCIA’
‘02|RC
MACROESTRUTURA
4 | 5
‘ASSEMBLEIA
GERAL
‘CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
‘ASSESSORESDO CA
GAB. DE PLANEAMENTO,
CONTROLO E REGULAÇÃO
GAB. DO PROJECTO DO
SISTEMA COMERCIAL
GAB. DE AUDITORIA
GAB. DE SISTEMAS
E INFORMÁTICA
GAB. DE ACOMPANHAMENTO
DO CLIENTE
GAB. DE COMUNICAÇÃO
E IMAGEM
GAB. JURÍDICO
DIR. PLANEAMENTO DE REDE
DIR. DE DESPACHO
E CONDUÇÃO
GAB. DE NORMALIZAÇÃO
E TECNOLOGIA
GAB. DE GESTÃO
DE TELECONTAGEM
GAB. DE SISTEMAS
TÉCNICOS
DEP. DE PLANEAMENTO
ECONÓMICO E APOIO À GESTÃO
DIR. DE GESTÃO E SISTEMAS
COMERCIAIS
DIR. DE MARKETING
DIR. DE CLIENTES RESIDENCIAIS
E PEQUENAS EMPRESAS
DIR. COMERCIAL DE REDES,
EMPRESAS E AUTARQUIAS
GAB. DE COMPRA DE ENERGIA
GAB. DE TRANSFORMAÇÃO
E INOVAÇÃO
DIR. DE RECURSOS HUMANOS
DIR. ADMINISTRATIVA
E FINANCEIRA
DIR. DE APROVISIONAMENTOS
DIR. DE SERVIÇOS DE REDE
NORTE
DEP. DE
INFRAESTRUTURAS
ÁREA DE REDE
GRANDE PORTO
ÁREA DE REDE
MINHO
ÁREA DE REDE
AVE SOUSA
ÁREA DE REDE
TRÁS-OS-MONTES
DIR. DE SERVIÇOS DE REDE
CENTRO
DEP. DE
INFRAESTRUTURAS
ÁREA DE REDE
BEIRA LITORAL
ÁREA DE REDE
COIMBRA/LOUSÃ
ÁREA DE REDE
BEIRA INTERIOR
ÁREA DE REDE
LITORAL CENTRO
DIR. DE SERVIÇOS DE REDE
SUL
DIR. DE
INFRAESTRUTURAS
ÁREA DE REDE
GRANDE LISBOA
ÁREA DE REDE
OESTE
ÁREA DE REDE
VALE DO TEJO
ÁREA DE REDE
PEN. DE SETÚBAL
ÁREA DE REDE
ALENTEJO
ÁREA DE REDE
ALGARVE
GAB. DE TELECOMUNICAÇÕES
DEP. DE APOIO À GESTÃO
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4 | 5
‘ORGÃODE FISCALIZAÇÃO
CORPOS SOCIAIS
‘02‘02
ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO
Efectivo : Bernardes, Sismeiro & Associados - SROC
Suplente : Dr. Poças Esteves - ROC
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Eng. Augusto Manuel Valente Vaz Presidente
Dr. António José Marrachinho Soares Secretário
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Eng. Francisco de la Fuente Sánchez Presidente
Eng. António Manuel Barreto Pita de Abreu Vogal
Eng. Arnaldo Pedro F. Navarro Machado Presidente da Comissão Executiva
Eng. João José Gomes de Aguiar Vice-Presidente da Comissão Executiva
Eng. José Alberto Marcos da Silva Vogal
Bach. José Celestino Oliveira Rocha Vogal
Eng. Manuel Luís Machado Norton Brandão Vogal
ASSESSORES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Eng. António Ribeiro dos Santos
Dr. Francisco J. C. Espírito Santo
Eng. João José Gomes AguiarVice-Presidente
6 | 7
‘COMISSÃO EXECUTIVA
Eng. Arnaldo Pedro F. Navarro MachadoPresidente
Eng. José Alberto Marcos da SilvaAdministrador
Dr. José Celestino Oliveira RochaAdministrador
Eng. Manuel Luís Machado Norton BrandãoAdministrador
QUADROS DIRIGENTES
‘02‘02ÁREA DE APOIO AO CA
GABINETES
Eng. João Carlos Campos GuimarãesGabinete de Planeamento, Controlo e Regulação
Eng. Jorge Manuel Vaz VenturaGabinete de Transformação e Inovação
Eng. João Carlos Campos GuimarãesGabinete do Projecto do Sistema Comercial
Dr. Eduíno Guilherme PiresGabinete de Auditoria
Eng. António Alves CoelhoGabinete de Sistemas e Informática
Eng. Rui Alberto Matos CunhaGabinete de Acompanhamento do Cliente
Dr.ª Maria Antónia FonsecaGabinete de Comunicação e Imagem
Dr.ª Maria Virgínia Bastos SantosGabinete Jurídico
ÁREA COMERCIAL
Eng. Carlos Ferreira BotelhoDirecção de Gestão e Sistemas Comerciais
Dr. José Carlos RibeiroDirecção de Marketing
Eng. Fernando Pinto de CarvalhoDirecção de Clientes Residenciais
e Pequenas Empresas
Eng. Carlos Ferreira BotelhoDirecção Comercial de Redes, Empresas
e Autarquias
Eng.º Valdemar TabordaGabinete de Compra de Energia
ÁREA DE SUPORTE
Dr.ª Isabel Ramires RamosDirecção de Recursos Humanos
Dr. José Manuel Basílio ChorãoDirecção Administrativa e FinanceiraÁREA DE GESTÃO DE REDE
Eng. Francisco José Barroso MiraDirecção de Planeamento de Rede
Eng. Ângelo Manuel SarmentoDirecção de Despacho e Condução
Eng. Jorge Manuel Moreira MartinsGabinete de Normalização e Tecnologia
Eng. Carlos Alberto M. Portugal AbreuGabinete de Gestão de Telecontagem
Eng. António Manuel Alves FonsecaGabinete de Sistemas Técnicos
Eng. José Manuel Fernandes CamachoDepartamento de Planeamento Económico
e Apoio à Gestão
8 | 9
ÁREA DE SERVIÇOS DE REDE
Eng. Rui Bravo MartinsDirecção de Aprovisionamentos
Eng. António José Machado VazDirecção de Serviços de Rede-Norte
Eng. António Manuel Marques de SousaÁrea de Rede Grande Porto
Eng. Mário Cunha R. GuimarãesÁrea de Rede Minho
Eng. António B. Santos FerreiraÁrea de Rede Ave Sousa
Eng. Carlos Alberto Bexiga FilipeÁrea de Rede Trás-os-Montes
Eng. José António Vieira de SousaDepartamento de Infraestruturas Norte
Eng. Fernando Leonel Ganso BarãoDirecção de Serviços de Rede-Centro
Eng. José António Garcia MendesÁrea de Rede Beira Litoral
Eng. António José Geraldo TabordaÁrea de Rede Coimbra/Lousã
Eng. José António MarméÁrea de Rede Beira Interior
Eng. Manuel Luciano Costa GomesÁrea de Rede Litoral Centro
Eng. Fernando Jorge Pais RochaDepartamento de Infraestruturas Centro
Eng. Manuel São Miguel OliveiraDirecção de Serviços de Rede-Sul
Eng. José Alberto TeixeiraDirecção de Infraestruturas Sul
Eng. António Oliveira ChaleiraÁrea de Rede Vale do Tejo
Eng. António João Cunha PinheiroÁrea de Rede Península de Setúbal
Eng. Jorge Alexandre C. Silva GouveiaÁrea de Rede Alentejo
Eng. Damião Martins ParenteÁrea de Rede Algarve
Eng. António Campos CristinoGabinete Telecomunicações
Dr. Eduardo PinheiroDepartamento de Apoio à Gestão
Eng. António Manuel Aires MessiasÁrea de Rede Grande Lisboa
Eng. Rui Manuel Oliveira SantosÁrea de Rede Oeste
‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
APOSTAMOS DE FORMACONTINUADA NA MELHORIADE QUALIDADE DE SERVIÇO’
ÍNDICE
[ RELATÓRIO DE GESTÃO
‘13
‘17
‘24
‘28
‘31
‘37
ENQUADRAMENTO EMPRESARIAL
13 REORGANIZAÇÃO
13 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E ENERGÉTICO
15 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
16 PROCURA DE ELECTRICIDADE
ACTIVIDADE COMERCIAL
17 POLÍTICA COMERCIAL
18 BASE DE CLIENTES
19 COMPRA E VENDA DE ENERGIA
22 FACTURAÇÃO E COBRANÇA
22 DÍVIDAS DE CLIENTES
23 QUALIDADE DE SERVIÇO COMERCIAL
REDE ELÉCTRICA
24 DESENVOLVIMENTO DA REDE
25 INDICADORES DE UTILIZAÇÃO
25 QUALIDADE DE SERVIÇO
26 PROJECTO E CONSTRUÇÃO
26 MANUTENÇÃO
26 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E SISTEMAS
27 AMBIENTE
RECURSOS HUMANOS
28 QUADRO DE PESSOAL
29 FORMAÇÃO PROFISSIONAL
30 PREVENÇÃO E SEGURANÇA
EVOLUÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
31 BALANÇO
31 CUSTOS E PROVEITOS
33 CONTA DE RESULTADOS
34 INVESTIMENTO
35 CONSERVAÇÃO
35 FINANCIAMENTO
36 PRINCIPAIS INDICADORES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
37 PERSPECTIVAS PARA 2003
37 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
37 NOTA FINAL
12 | 13
[ REORGANIZAÇÃO
Na sequência dos desafios colocados quer pela nova fase de
liberalização do sector eléctrico quer pelas acrescidas exigências
decorrentes da legislação aplicável ao sector, nomeadamente
as decorrentes do Regulamento da Qualidade de Serviço (RQS)
foram, no primeiro semestre de 2002, criadas duas novas
estruturas na EDP Distribuição – Gabinete de Telecontagem
e Gabinete de Acompanhamento do Cliente.
No caso do Gabinete de Telecontagem, a sua actividade
desenvolve-se na área de sistemas de medida, por telecontagem,
e no relacionamento com os clientes servidos por aquele sistema,
bem como na implementação do Plano de Telecontagem imposto
pelo Regulamento de Relações Comerciais.
Quanto ao Gabinete de Acompanhamento do Cliente, a sua
criação resulta da crescente orientação para o cliente por parte
da empresa, e centra a sua actividade na gestão de todos
os pedidos de informação e reclamações apresentadas pelos
clientes, entidades, instituições ou fornecedores de energia,
por forma a garantir a elaboração de respostas com qualidade
e coerência, respeitando os prazos estabelecidos no RQS.
[ ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E ENERGÉTICO
Apesar da retoma, ainda que moderada, da economia dos Estados
Unidos, assistiu-se no ano 2002 a um agravamento da situação
económica no conjunto dos países da União Europeia (UE 15),
em que o crescimento real do Produto Interno Bruto (cerca de
1%), ficou ainda aquém da taxa registada no ano anterior
(1,5%).
Em Portugal, o desempenho da economia situou-se mesmo
abaixo da média dos restantes parceiros comunitários – o
crescimento real do Produto foi de apenas 0,5%, o que
corresponde a um terço do verificado em 2001.
O fraco desempenho da economia portuguesa é essencialmente
explicado pelo forte abrandamento da procura interna, na
sequência dos elevados níveis de endividamento, a par da perda
de competitividade associada ao forte crescimento dos custos
unitários do trabalho. Com efeito, a taxa de inflação manteve,
em 2002, um nível bastante superior ao dos principais parceiros
comunitários, devido ao grande contributo dos bens não
transaccionáveis, em que o acréscimo de preços foi de 5,4%.
Como consequência deste facto, o crescimento do preço implícito
no Produto Interno Bruto (PIB) foi significativamente superior
ao do Índice de Preços no Consumidor (IPC) – cerca de 4,6%
e 3,6%, respectivamente.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
‘02|RC
1.1ENQUADRAMENTOEMPRESARIAL
????????????
Produto Interno Bruto(variações reais em 2002)
UE 15
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UM
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5I
4I
3I
2I
1I
0
(%)
Fontes: Comissão Europeia (Estimativas do Outono de 2002) e INE (Contas Nacionais
Trimestrais)
A decomposição do PIB por sector de actividade económica
revela, para além duma quebra no nível de actividade do sector
industrial, uma forte redução do crescimento dos serviços que,
nos últimos anos, tinham sido os grandes dinamizadores
da actividade económica.
A comparação entre o crescimento do nível de actividade
económica e do consumo de electricidade no ano 2002 mostra
que, apesar do maior dinamismo na procura de electricidade
dirigida às redes da EDP Distribuição (Rede Pública),
o diferencial entre estas duas variáveis ficou bastante aquém
do registado entre 1999 e 2001.
Com efeito, as elevadas taxas de crescimento do consumo
de electricidade abastecido pela Rede Pública a que se assistiu
no referido triénio (superiores a 6% em 1999 e 2000 e quase 5%
no ano 2001, enquanto que o nível de actividade económica estava
já em forte abrandamento) foram em grande parte explicadas
pela evolução dos preços relativos – os sucessivos decréscimos
do preço da electricidade, acompanhados por crescimentos
significativos nos preços dos combustíveis, induziram fortes quebras
no preço relativo da energia eléctrica. A inversão desta tendência
no ano 2002 agravou a tendência para o abrandamento no ritmo
de crescimento dos consumos de electricidade, induzido pela
mais desfavorável conjuntura económica.
A análise do comportamento dos preços das diferentes formas
de energia, nos últimos anos, permite evidenciar que os acréscimos
definidos pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos para
os preços de venda de electricidade no ano 2002, essencialmente
associados à compensação dos mais elevados custos com os
Índices de PreçosTaxas de variação
??????????
1997 1998 1999 2000 2001 2002
PIB - PORTUGAL
IPC - PORTUGAL
PIB - UE15
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3I
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0
(%)
Fontes: INE e Comissão Europeia
Crescimento económico por sectorTaxas de variação
20021970 1974 19821978 1986 1990 1994 1998
25I
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-5I
-10I
-15
[ SERVIÇOS[ INDÚSTRIA [ PIB
Fontes: 1970-1977 - Estimativas baseadas nas Contas Nacionais do INE; 1978-2002 Contas
Nacionais do INE
Consumo de electricidadee crescimento económicoDiferencial das taxas de crescimento
??????????
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Electricidade (Rede Pública)
PIB
Diferencial
8I
6I
4I
2I
0(%
)
Fontes: DGE, EDP Distribuição e INE
Preço Relativo(Preço da electricidade em MAT, AT e MT/Preço do fuelóleo)
120I
100I
80I
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40I
20I
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1970M 1974M 1982M1978M 1986M 1990M 1994M 1998M 2002M
Índ
ice
s: 1
970
= 1
00
C
Fontes: DGE e EDP Distribuição
14 | 15
combustíveis suportados pelo sector eléctrico dois anos antes,
surgiram em 2002 num contexto de quebra nos preços dos restantes
combustíveis. Assim, seria de esperar algum abrandamento no
crescimento do consumo de electricidade no Continente, agravado
no caso particular do consumo abastecido pelas redes da EDP
Distribuição pela inversão na quebra do autoconsumo, cuja utilização
tinha deixado de compensar, em termos económicos, com os níveis
de preços relativos dos anos anteriores – no ano 2001 assistiu-se
a uma quebra de 4% no autoconsumo de energia eléctrica.
[ CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
A EDP Distribuição, titular da licença vinculada de distribuição de
energia eléctrica em Média e Alta Tensão no território do Continente
bem como das concessões para a distribuição de energia em Baixa
Tensão, integrava 6 981 trabalhadores, no final do ano de 2002.
Em 2002 a EDP Distribuição forneceu directamente, a cerca
de 5 700 milhares de clientes do Sistema Eléctrico Público (SEP),
35 973 GWh o que corresponde a cerca de 90% do total
do consumo final de energia eléctrica do Continente.
O restante está relacionado com o autoconsumo em empresas
com produção própria (8% do consumo do Continente),
e com o consumo dos clientes que abandonaram o SEP para aderir
ao Sistema Eléctrico não Vinculado (SENV), o qual representou
um pouco mais de 2% do consumo total do Continente.
As vendas de energia eléctrica a clientes finais do SEP (não
incluindo os outros distribuidores) registaram um crescimento
de apenas 1,3%. Este abrandamento do crescimento do consumo
de energia eléctrica foi claramente influenciado pelo abrandamento
da economia, uma vez que se se considerar a energia saída
das redes de distribuição, para alimentar clientes do sistema
vinculado e não vinculado, a taxa de crescimento passa para 2,5%,
claramente inferior às registadas nos últimos dois anos (6% em
2000 e 5% em 2001).
A facturação relativa aos fornecimentos de energia eléctrica a
clientes do SEP, incluindo as empresas do grupo EDP, foi de cerca
de 3 545,2 milhões de euros, ou seja, mais 5% do que em 2001.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
????????????
Preços da Energia (variações nominais)
80I
70I
60I
50I
40I
30I
20I
10I
0I
-10I
-20
(%)
(%)
1999 20012000 2002
????????????
30I
25I
20I
15I
10I
5I
0I
-5I
-10
200120001999 2002
Usos industriais
Usos domésticos
[ Gás Natural[ Propano a granel[ Electr. AT/MT[ Gasóleo[ Fuelóleo
[ Gás Natural[ GPL Canalizado[ Butano[ Electricidade BT
Fontes: DGE, EDP Distribuição e Lisboagás
MINHOM393C5151 TRÁS-OS-MONTESM
283C3148
AVE SOUSAM414C7776
GRANDEMPORTOM626C7855
BEIRA LITORALM468C7538
BEIRA INTERIORM281C4132
COIMBRA/LOUSÃM364C5855
VALE DO TEJOM291C6210
LITORALMCENTROM316C7194
OESTEM369C6896
GRANDEMLISBOAM848C6452 SETÚBALM
430C6852
ALENTEJOM238C6168
ALGARVEM345C5160
NORTEC1716C6441
CENTROC1429C6363
SULC2521C6354
TOTALM5666C6382
SEPMMILHARES DE CLIENTES)kWh/CLIENTE
Áreas de Rede - Número de Clientese Consumo/Cliente - 2002
Em termos globais o consumo de energia eléctrica por cliente
registou um ligeiro decréscimo (-0,1%), em resultado da redução
do consumo verificado em algumas das Áreas de Rede caso
do Grande Porto (-2,8%), Beira Litoral (-1,2%) e Oeste (-1,5%).
A empresa investiu neste exercício 366 milhões de euros, a custos
técnicos (excluindo encargos financeiros), o que representou
um acréscimo superior a 40% relativamente ao exercício anterior.
Este aumento do investimento visou por um lado a melhoria
da qualidade de serviço nas redes da distribuição e por outro esteve
relacionado com o investimento realizado nos sistemas informáticos
e respectivas infraestruturas tecnológicas de suporte.
Os custos totais com conservação foram de 165,6 milhões de euros.
[ PROCURA DE ELECTRICIDADE
A tendência já verificada em 2001 para um certo abrandamento
nos fornecimentos de energia eléctrica a clientes do SEP,
acentuou-se claramente em 2002.
De facto, a taxa de crescimento global foi de 1,3% (cerca
de 4% em 2001), enquanto que para a AT e MT se verificou
um decréscimo de 1,6% (crescimento de 2,7% em 2001).
Esta evolução só em parte pode ser justificada pelo aumento
do ritmo de passagem de clientes MT do SEP para o SENV,
ocorrido no 2º semestre de 2002, uma vez que considerando
o total de energia saída das redes de distribuição para abastecer
SEP e SENV, o acréscimo em AT e MT foi de apenas 1,3%
(cerca de 5% em 2001).
No período compreendido entre 1996 e 2001 os consumos em
Muito Alta Tensão e Alta Tensão cresceram a taxas médias anuais
superiores a 3%, enquanto que em Média Tensão e Baixa Tensão,
naquele período, o crescimento médio anual foi superior aos 5%,
taxas claramente superiores às verificadas entre 2001 e 2002.
Esta evolução acentua o peso que o consumo em BT representa
no total dos fornecimentos: 57% (56% em 2001).
Da análise da evolução do consumo pelos diferentes usos finais
constata-se que continua a tendência para uma redução do peso
do sector industrial, com uma subida dos sectores residencial
e dos serviços.
Na repartição do consumo, em 2002, o sector industrial, incluindo
elevação de água, representa 35% do total do consumo associado
aos clientes SEP, enquanto que o peso do sector residencial
e dos serviços é de 29% e 34%, respectivamente.
46,0%�[ BTNC
3,0%�[ IPC
2,5%�[ MATC
9,4%�[ ATC
8,0%�[ BTEC
31,1%�[ MTC
Estrutura em 2002
GW
h
Consumo SEP por tipos de usos
20021997 1998 20001999 2001
40 000I
35 000I
30 000I
25 000I
20 000I
15 000I
10 000I
5 000I
I
[ INDÚSTRIA + EL. ÁGUA[ AGRICULTURA[ SERVIÇOS[ RESIDENCIAL
35%
34%
2%
29%
[ Indústria + El. Água
[ Serviços
[ Agricultura
[ Residencial
(por tipos de usos)
Estrutura do consumo SEP - 2002
Vendas de energia eléctrica
(GWh) 2002 2001 ∆%
MAT 875 797 9,8
AT 3 396 3 462 -1,9
MT 11 198 11 369 -1,5
BTE 2 891 2 810 2,9
BTN 16 534 16 021 3,2
IP 1 080 1 065 1,5
Total 35 973 35 524 1,3
inclui vendas a empresas do Grupo
16 | 17
[ POLÍTICA COMERCIAL
Ao longo de 2002 a EDP Distribuição continuou a sua adaptação
ao “novo” mercado de energia decorrente das alterações
verificadas por via da liberalização do sector, designadamente
com o alargamento do acesso ao SENV a todos os clientes MT.
A adequação das estruturas comerciais à nova realidade, obtida
através da sua verticalização, a uniformização informática das
funções, o levantamento e análise dos métodos e processos
utilizados na função comercial, bem como a formação sistemática
de todos os colaboradores, consubstanciaram as políticas adoptadas
para a concretização dos objectivos fixados, que visam,
fundamentalmente, a fidelização dos clientes através de mais
e melhor serviço, tendo-se, para o efeito, investido fortemente
no aumento e controlo da qualidade do serviço prestado.
A gestão integrada da informação, associada à revisão dos métodos
e processos utilizados, foram determinantes para o acréscimo nos
ganhos obtidos ao nível da decisão operacional, factor fundamental
para fazer face à especificidade do mercado energético.
A entrada em vigor, durante o 2º semestre de 2002, de novos
métodos e processos relacionados com as ligações às redes,
clarificou a sua autonomia relativamente às restantes vertentes
do relacionamento da empresa com os clientes, do SEP e do SENV.
Ao mesmo tempo, a alteração verificada nas formas de cálculo dos
orçamentos e do respectivo pagamento, associada à implementação
dos novos sistemas informáticos, ocasionou alguma perturbação
na agilização do processo de ligação às redes, o qual foi revisto
e reformulado no âmbito do projecto PROEDIS.
O alargamento, durante o ano, da liberalização do mercado
de energia eléctrica a todos os clientes alimentados em MT,
complementado posteriormente com regras mais acessíveis na
tramitação do processo administrativo da passagem para o SENV,
processo esse aprovado pela ERSE no seguimento de proposta
conjunta da EDP Distribuição e da REN, estiveram na génese
de um acentuado crescimento na passagem de clientes para
o regime liberalizado.
A EDP Distribuição continuou a sua adaptação à realidade
existente tendo elegido como objectivo primordial a satisfação
dos seus clientes, pelo que prosseguiu na política de aproximação
aos clientes, através da dinamização das equipas de Gestores
de Clientes e do aumento de Equipas de Contacto Directo a
Clientes, nos segmentos empresarial e residencial, respectivamente.
Estas acções foram essenciais para o levantamento das prioridades
e a caracterização das expectativas dos diferentes segmentos
de clientes, com o objectivo de reforçar a credibilidade da empresa
junto dos mesmos.
A manutenção de um relacionamento próximo e de estreita
colaboração com as Autarquias, só possível devido à existência
de um espírito de abertura nas relações com a Associação Nacional
de Municípios Portugueses e à disponibilidade e/ou capacidade
demonstrada na resposta às questões que foram colocadas
pelas Edilidades, permitiu que o resultado da renovação dos
contratos de concessão de energia eléctrica fosse positivo,
encontrando-se já assinados 92% do total.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
‘02|RC
1.2ACTIVIDADECOMERCIAL
Clientes do SENV
2002 2001 ∆
AT 5 4 1
MT 488 29 459
Total 493 33 460
A diversificação das formas de acesso dos clientes à empresa
foi, igualmente, objecto de medidas específicas sendo de
salientar a abertura, em Lisboa, de mais uma Loja do Cidadão,
a implementação nas estações dos CTT de funções de
atendimento, designadamente as relativas a contratação,
alteração e rescisão de contratos e comunicação de leituras,
bem como a extensão da rede de cobrança através dos Pontos
de Energia e da PayShop. Encontra-se em preparação a entrada
em funcionamento dos Postos de Atendimento ao Cidadão
(PAC’s), sob o patrocínio do Instituto para a Gestão de Lojas
do Cidadão (IGLC), em parceria com as Autarquias.
Ainda no âmbito da informação a prestar aos clientes, é de referir
a introdução de um novo e mais amigável formato das facturas,
e a institucionalização da prática de inserção, regular e contínua,
de mensagens informativas e/ou promocionais, nomeadamente
a “Campanha de Informação e Divulgação de Alternativas e
Locais de Pagamento”.
Relativamente ao atendimento telefónico é de salientar o
acréscimo substancial do recurso ao mesmo por parte dos clientes,
o que determinou a instalação de ACD’s (Automatic Calls
Distribution) regionais no Porto e em Lisboa, de forma a permitir,
no caso de aumento de chamadas por factos anómalos,
o atendimento descentralizado das chamadas telefónicas.
No âmbito das novas tecnologias de informação e como resposta
ao aumento significativo verificado na utilização da página
da EDP, na Internet, foram disponibilizados novos conteúdos
e funcionalidades, designadamente de cariz comercial.
Com o objectivo de promover, junto dos clientes da EDP
Distribuição, a divulgação da utilização da energia eléctrica como
forma de obtenção de maiores níveis de conforto, continuaram
a ser levadas a cabo campanhas de promoção do sistema
de aquecimento através de acumuladores de calor, tendo sido
disponibilizada uma linha telefónica especialmente para
o efeito – Linha Conforto – e seleccionado um segmento
de clientes para envio de folhetos informativos.
Em 2002, foi celebrado e devidamente acompanhado um protocolo
com a Agência Nacional para a Energia (ADENE), envolvendo
um conjunto de estudos no âmbito de Utilização Racional
de Energia Eléctrica.
Também neste domínio, foi cometida pela primeira vez à EDP
Distribuição a organização do concurso nacional – Prémio EDP2002 – para distinguir as entidades do sector industrial e do
sector dos serviços e outras actividades que tivessem adoptado
medidas que permitissem aumentar a sua eficiência energética
e a sua produtividade em resultado duma utilização mais racional
da energia eléctrica.
A adesão a esta edição do Prémio EDP 2002 foi bastante
significativa, o que se traduziu na apresentação dum número
recorde de candidaturas.
Em suma, apesar das profundas alterações verificadas durante
o ano de 2002 no mercado da energia eléctrica terem
introduzido alguma perturbação no funcionamento da empresa,
nomeadamente em termos do relacionamento comercial, foi
possível reforçar a imagem de confiança e seriedade que a EDP
Distribuição detém junto dos seus clientes e do mercado em geral,
saldando-se assim o ano por resultados globalmente positivos.
[ BASE DE CLIENTES
Em 31 de Dezembro o número de clientes era de cerca de 5 665
milhares (incluindo empresas do Grupo), dos quais 99,6% eram
clientes em Baixa Tensão. Registou-se assim entre 2001 e 2002
um crescimento de 2,2% no número de clientes.
A estrutura dos clientes por nível de tensão tem-se mantido
sensivelmente constante nos últimos anos.
99,6%
0,4%
[ BT
[ MAT, AT e MT
Estrutura em 2002
Nº de clientes
2002 2001 ∆%
MAT 11 11 0,0
AT 117 112 4,5
MT 20 465 19 594 4,4
BTE 27 361 26 547 3,1
BTN 5 575 989 5 455 505 2,2
IP 41 113 39 959 2,9
Total 5 665 056 5 541 728 2,2
Inclui empresas do Grupo EDP
18 | 19
Nos últimos cinco anos continuou a observar-se o contínuo
crescimento do número de clientes, a uma taxa da ordem dos 2,5%
para os dois primeiros anos do período e com uma ligeira quebra
a partir de 2000. Continua a verificar-se um crescimento diverso
consoante se trate de clientes BT (2,4% ao ano) ou clientes
em tensões diferentes de BT (4% ao ano).
É patente, para a generalidade dos níveis de tensão, um claro
abrandamento do consumo médio por cliente, que em termos
globais decresceu 0,9% entre 2001 e 2002. O crescimento
verificado em MAT é resultado do acréscimo de consumo verificado
neste nível de tensão (+9,8% relativamente a 2001, acréscimo este
decorrente das alterações introduzidas no processo produtivo
por parte de um dos clientes).
[ COMPRA E VENDA DE ENERGIA
As compras de energia apenas cresceram 0,6%, reflexo da evolução
verificada nas vendas de energia eléctrica ao SEP. A diminuição
das compras à REN, parcela que passou a representar 89,3% do
total das compras de energia da EDP Distribuição (91% em 2001),
foi de alguma forma contrabalançada pelo aumento das compras
no âmbito do Sistema Eléctrico Independente (SEI). É de destacar
a parcela relativa às aquisições aos Produtores em Regime Especial
(PRE), que representou 7,2% do total das compras. As aquisições
ao Sistema Eléctrico não Vinculado tiveram um contributo de 3,5%.
Nos últimos cinco anos as aquisições de energia eléctrica no âmbito
do SEI registaram, em termos médios, um acréscimo da ordem
dos 11% (9,7% no caso dos PRE e 13,1% para as compras
no âmbito do SENV).
A evolução das compras (crescimento de 4,3% ao ano) e dos
fornecimentos de energia eléctrica a clientes finais (4,5% ao ano),
desde 1997, observa-se na figura seguinte.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
(milhares)
Número de clientespor nível de tensão
1997
2,4% ao ano
4% ao ano
1998 1999 2000 2001 2002
em
BT
em
MA
T, A
T e
MT
5800I
5600I
5400I
5200I
5000I
4800I
4600
22I
21I
20I
19I
18I
17I
163,5%
7,2%
89,3%
[ SENV
[ PRE
[ REN
Estrutura em 2002
GW
h
Compras de energia eléctrica
20021997 1998 20001999 2001
37 500I
30 000I
22 500I
15 000I
7 500I
0
[ REN[ SENV[ PRE
Consumo médio por cliente
MWh 2002 2001 ∆%
Compras de energia eléctrica
REN 34 801 35 282 -1,4
SENV 1 354 891 51,9
PRE 2 817 2 552 10,4
Total 38 972 38 726 0,6
MAT 79 531 72 432 9,8
AT 29 024 30 915 -6,1
MT 547 580 -5,7
BTE 106 106 -0,2
IP 26 27 -1,4
kWh
BTN 2 965 2 937 1,0
Total 6 350 6 410 -0,9
(GWh) 2002 2001 ∆%
A extensão, desde o início do ano, da liberalização a todos
os clientes alimentados em MT, conduziu a que se verificasse
o aumento significativo do número de entidades actuando no SENV
e consequentemente o crescimento, em mais de 80%, da energia
saída das redes da distribuição, para alimentar clientes deste sistema.
Em 2002, os trânsitos de energia para o SENV conduziram
a 6,8 milhões de euros de proveitos, correspondentes ao Uso
e Comercialização das Redes de Distribuição, sendo a maior parcela
relativa ao uso da rede de MT. A este valor acresce o montante
de 6,1 milhões de euros relativos ao Uso Geral do Sistema
e ao Uso da Rede de Transporte.
Neste exercício, as compras de energia totalizaram 38 972 GWh,
o que correspondeu a 2 347 milhões de euros e inclui 6,1 milhões
de euros relativos ao Uso da Rede de Transporte e ao Uso Global
do Sistema por parte dos clientes do Sistema não Vinculado.
O valor das compras é 14,6% superior ao verificado no ano
anterior, o que, não tendo equivalência em termos de vendas,
obrigou a uma forte redução das margens da Distribuição.
O fornecimento de 35 973 GWh a clientes do SEP, conduziu
a cerca de 3 373 milhões de euros de proveitos (líquidos de descontos
e sem IVA), valor superior em cerca de 5% ao do ano anterior.
O aumento dos proveitos de venda em relação a 2001 resultou
essencialmente do acréscimo do preço médio de venda a clientes
finais (3,7%), tendo o consumo aumentado apenas 1,3%.
GW
h
Fornecimentos de energia eléctricaa clientes finais
20021997 1998 20001999 2001
37 500I
30 000I
22 500I
15 000I
7 500I
0
[ MAT e AT[ MT[ BT
Índ
ice
10
0 =
19
98
Margem Bruta Unitária
20021998 20001999 2001
120I
100I
80I
60I
40I
20I
0
(preços 2002)
3%�[ IPC
1%�[ MATC
4%�[ ATC
23%�[ MTC
8%�[ BTEC
61%�[ BTNC
Estrutura dos Proveitos - SEP (2002)
Valores líquidos de descontos. Inclui as vendas a empresas do Grupo e energia em contadores
????????????
Preços médios de venda ao SEP em 2002
14I13I12I11I10I9I8I7I6I5I4I3I2I1I0
(cê
nti
mo
s/k
Wh
)
MAT BTNBTEMTAT IP
Preço médio
Inclui fornecimentos às empresas do Grupo. Não inclui energia em contadores.
Energia saída das redes de distribuição
(SENV)
(GWh) 2002 2001 ∆%
Energia saída Vendas Preço médio(GWh) (mil euros) (cêntimos/kWh)
AT 182 176 3,3
MT 776 344 125,7
Total 958 520 84,3
AT 182 191,2 0,11
MT 776 6 645,1 0,86
Total 958 6 836,2 0,71
20 | 21
O preço médio de venda de energia eléctrica ao SEP foi de 9,4
cêntimos/kWh.
Em termos do preço médio de venda ao SEP, observa-se a partir
de 1999 e coincidindo com a entrada em funções da ERSE, uma
forte redução das tarifas justificada, por aquela entidade, pela
necessidade de fazer convergir os preços em Portugal com a média
da União Europeia. Assim, no período 1997/2002 verificou-se
uma diminuição média anual de 0,8% no preço médio.
A mesma análise feita a preços constantes de 2002 mostra que
os preços reais tiveram um decréscimo médio anual de 4% no
quinquénio.
A diminuição dos preços é bastante mais acentuada em MAT, AT
e MT, onde os decréscimos tarifários se fizeram sentir com maior
intensidade (em termos reais 6% ao ano no quinquénio).
O aumento de 3,7% no preço médio de venda a clientes finais
verificado em 2002, tem subjacente uma forte redução nos
preços médios relativos à actividade da EDP Distribuição (Uso
e Comercialização das Redes e Comercialização no SEP) – redução
de 12,5% em contraponto com um acréscimo de 12,9% do preço
médio de aquisição de energia eléctrica (AE).
A parcela relativa às actividades desenvolvidas pela EDP
Distribuição na formação do preço médio de venda a clientes
finais, tem vindo a diminuir de forma significativa, situando-se
actualmente em menos de um terço do total.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
Preços correntes
BT: -0,6% ano
Global: -0,8% ano
MAT, AT e MT: -2,4% ano
BT: -3,6% ano
Global: -4,0% ano
MAT, AT e MT: -6,0% ano
(cê
ntim
os
/k
Wh
)(c
ên
tim
os
/k
Wh
)
Preço de venda da electricidade
20021997 1998 20001999 2001
14I
12I
10I
8I
6I
4I
2I
0
Preços constantes de 2002
20021997 1998 20001999 2001
16I
14I
12I
10I
8I
6I
4I
2I
0
Fontes: EDP Distribuição e INE
????????????
Variações nas componentes do preçomédio de venda a clientes finais
25I
20I
15I
10I
5I
0I
-5I
-10I
-15I
-20I
-25
(%)
Preço médio +3,7%
12,9%
-12,5%
[ Distribuição[ AE
(%)
Peso da EDP Distribuiçãono Preço Médio de Venda
20021998 20001999 2001
45I
40I
35I
30I
25
[ FACTURAÇÃO E COBRANÇA
Em 2002, a facturação de energia eléctrica a clientes do SEP
(incluindo IVA), atingiu o montante global de 3 545 milhões de
euros o que representa um acréscimo de cerca de 5% relativamente
ao exercício anterior. Assumem particular importância os
fornecimentos de energia eléctrica em BT, que representam uma
parcela muito importante da facturação de energia eléctrica (72%
do total facturado).
À semelhança de anos anteriores, a aplicação dos descontos
previstos nos Regulamentos do Tarifário e das Relações Comerciais
relativos aos grandes clientes, provocaram uma redução da
facturação da ordem dos 30 milhões de euros.
No decurso de 2002, a facturação aos clientes do SENV (que inclui
o Uso da Rede de Transporte, o Uso Global do Sistema e o Uso
e Comercialização das Redes de Distribuição) atingiu o montante
de cerca de 13,6 milhões de euros (valor que inclui o IVA).
Relativamente à cobrança, a continuação da aplicação das acções
anteriormente desencadeadas, visando a recuperação de créditos,
continuou a produzir resultados cada vez mais significativos.
Verifica-se assim que, relativamente ao nível do rácio
cobrança/facturação, o índice global da cobrança das facturas
referentes a fornecimentos de energia eléctrica atingiu os 101,0%,
o que evidencia a evolução positiva registada.
[ DÍVIDAS DE CLIENTES
As dívidas de clientes de electricidade no fim do ano 2002,
ascendem a 592,4 milhões de euros e representam cerca de 17%
das vendas de energia eléctrica, traduzindo um desagravamento
de cerca de 6,5%, comparativamente com o exercício anterior.
A sua desagregação é a seguinte:
Observa-se que, para a evolução verificada no total da dívida
de clientes (menos 41 milhões de euros), contribuíram
decisivamente os clientes do Sector Empresarial e Particulares
e do Estado e Organismos Oficiais, com menos 53 e 3 milhões
de euros, respectivamente.
Para a recuperação verificada foi decisiva a adopção de
um conjunto de medidas preventivas, designadamente
o estabelecimento de contactos mais frequentes junto dos clientes
de níveis de tensão mais elevados e o alerta enviado, de modo
sistemático, aos restantes clientes.
44%�[ AutarquiasC
51%�[ Sector EmpresarialC
e ParticularC
5%�[ EstadoC
e Organismos OficiaisC
Estrutura da dívida em 2002
Facturação relativa aos Fornecimentos de
Energia Eléctrica a clientes SEP
2002 2001
MAT 33,2 29,8
AT 143,0 144,4
MT 816,8 811,0
BTE 284,8 274,9
BTN 2 174,4 2 028,8
IP 93,0 88,1
Total 3 545,2 3 377,1
Inclui fornecimentos a empresas do Grupo. Inclui IVA
Evolução do Rácio Cobrança/Facturação
2002 2001
Estado e Organismos Oficiais 102,5% 97,5%
Autarquias 83,6% 96,0%
Sector Empresarial e Particular 102,0% 97,7%
Total 101,0% 97,6%
Dívidas de clientes
2002 2001 ∆%
Estado e Organismos Oficiais 26,7 29,5 -9,5
Autarquias 261,9 246,9 6,1
Sector Empresarial e Particular 303,9 357,0 -14,9
Total 592,5 633,4 -6,5(milhões de euros)
(milhões de euros)
22 | 23
[ QUALIDADE DE SERVIÇOCOMERCIAL
A garantia da prestação de serviços com elevada qualidade tem
estado, desde sempre, presente nas preocupações da EDP
Distribuição, pelo que a fixação dos seus objectivos pretende
responder a este binómio: mais e melhor serviço com elevados
padrões de qualidade.
Esta determinação, que sempre norteou a actividade desenvolvida
na EDP, foi reforçada com a definição de padrões para a sua
actividade, impostos pelo Regulamento da Qualidade de Serviço
(RQS), os quais têm vindo a ser implementados.
A aferição dos padrões de qualidade de serviço comercial exigiram
um grande investimento em todos os sistemas informáticos e nos
métodos e processos, nomeadamente no âmbito comercial, de
forma a ser possível proceder ao controlo e contagem dos tempos
de execução de alguns serviços específicos. A alteração dos métodos
e processos, bem como dos sistemas informáticos, determinou,
igualmente, a necessidade de formação.
Como resultado das alterações implementadas foi possível
quantificar a generalidade dos indicadores definidos no RQS,
à excepção do relativo a “clientes com tempo de reposição
de serviço até quatro horas, na sequência de interrupções
de fornecimento acidentais”. A não quantificação deste indicador
explica-se por problemas informáticos que se prevê sejam
ultrapassados a breve prazo.
Importa referir que as alterações introduzidas nos procedimentos
com o objectivo de se alcançar maior eficácia no relacionamento com
os clientes, designadamente no relacionamento comercial, poderão
ajudar a explicar algumas perturbações sentidas, nomeadamente no
que se refere à “Elaboração de Orçamentos” e “Execução de Ramais”.
Pese embora o facto dos resultados alcançados, por via das
alterações informáticas e procedimentais, ainda não responderem,
na íntegra, às metas previamente definidas pela empresa,
constata-se que durante o ano de 2002 já foi possível atingir,
e nalguns casos superar, alguns dos padrões definidos no RQS,
esperando-se que em 2003 esta situação abranja todos os
indicadores.
Com o objectivo de introduzir melhorias visando a satisfação
dos seus clientes, a empresa tem continuado a recolher elementos
relativos ao seu grau de satisfação, no que se refere à qualidade
dos serviços prestados.
Durante 2002, a EDP Distribuição voltou a realizar um inquérito
junto dos seus clientes empresariais, tendo a informação sido
recolhida através de um questionário auto-administrado enviado
a todos esses clientes. Dos clientes que responderam ao inquérito
apenas 14% afirmaram estar “pouco ou nada satisfeito” com
o serviço prestado.
Relativamente ao universo dos clientes domésticos, foram feitas
mais de 3200 entrevistas telefónicas a uma amostra
estatisticamente significativa, tendo sido efectuada uma
adequada supervisão e controlo de qualidade das entrevistas
realizadas, nomeadamente através da reinquirição parcial de
alguns dos entrevistados. Através de um modelo econométrico
de estimação da satisfação do cliente obtiveram-se os seguintes
índices médios de qualidade.
Conclui-se que, num e noutro caso, os resultados obtidos
evidenciam uma valoração positiva da EDP Distribuição.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
????????????
Avaliação da satisfação global - clientesempresariais
Não respondeI
Sem opiniãoI
Muito satisfeitoI
SatisfeitoI
Assim-assimI
Pouco satisfeitoI
Nada satisfeitoI
1,3%I
1,1%I
5,6%I
53,6%I
24,3%I
10,3%I
3,9%I
Qualidade dos produtos e serviçosM
70,6
Qualidade do atendimentoM
67,0
65,7M
M
Qualidade do piquete de urgência
66,5MServiço de comunicação M
telefónica de falhas Mde corrente eléctrica
73,1 Qualidade da leitura e determinaçãoM do consumo
71,4M Qualidade da informaçãoM fornecida nas facturas
Qualidade da Miluminação pública M
65,5
Qualidade globalM
M
70,8
AcessibilidadeM
65,7
75
????????????
Índices médios de qualidade- clientes domésticos
50
[ DESENVOLVIMENTO DA REDE
A rede de distribuição teve um desenvolvimento marcado pela
entrada em serviço de novas subestações e pela reconstrução
parcial de instalações existentes, melhorando as condições de
abastecimento de um conjunto significativo de clientes, tanto no
que respeita à qualidade da tensão como na continuidade de serviço.
Simultaneamente, a ligação de Produtores em Regime Especial,
sobretudo parques eólicos, condicionou a actividade que foi
crescente ao nível de instalações de Alta Tensão.
Não obstante, são de assinalar as dificuldades de obtenção
de terrenos adequados à construção de subestações destinadas
à alimentação dos principais centros urbanos e de estabelecimento
de linhas, mesmo em zonas pouco densamente habitadas.
Estas dificuldades, que se vêm acumulando, são susceptíveis de vir
a condicionar, pontualmente, a qualidade do fornecimento
de energia eléctrica.
Na Média Tensão a principal preocupação foi, além da construção
da rede associada às novas subestações, a constituição de fusos,
permitindo a bi-alimentação de um número crescente de postos
de transformação e a adequação das secções aos trânsitos
de energia em jogo.
Na Baixa Tensão prosseguiu a reposição de adequadas condições
de tensão aos clientes, na sequência de novas ligações ou de
aumento de consumos verificados. Assim, foram construídos novos
postos de transformação e reforçada a rede de Baixa Tensão.
‘02|RC
1.3REDEELÉCTRICA
2001 Entradas Retiradas Alterações 2002em serviço de serviço no ano
Subestações
Nº de subestações 368 8 1 -2 373
Nº de transformadores 651 8 1 1 659
Potência instalada (MVA) 12 971 120 32 154 13 213
Linhas (incluindo ramais, em km) 68 530 1 812 434 0 69 909
Aéreas 57 637 1 344 424 0 58 556
AT (60/130 kV) 6 925 190 18 0 7 097
MT (<6/10/15/30/40 kV) 50 712 1 153 406 0 51 460
Cabos Subterrâneos 10 893 469 10 0 11 352
AT (60/130 kV) 352 8 2 0 357
MT (<6/10/15/30/40 kV) 10 542 461 7 0 10 995
Postos de Transformação
Unidades 49 165 1 969 552 51 50 633
Potência instalada (MVA) 13 432 749 189 102 14 094
Redes BT (km) 118 104 2 775 640 0 120 238
Aéreas 95 059 1 831 626 0 96 265
Subterrâneas 23 044 943 14 0 23 973
Movimentos do ano
24 | 25
A reconfiguração da rede de Média Tensão está crescentemente
facilitada pelos Órgãos de Corte Telecomandados, na rede aérea,
para a operação dos quais houve que potenciar a rede de
telecomunicações.
Verificou-se o arranque do Programa AGRIS, co-financiado por
fundos comunitários, destinado ao abastecimento de unidades
agrícolas.
Durante o ano, com a optimização das subestações já existentes
e com a entrada em serviço de oito novas subestações, duas
das quais de tecnologia SF6, a potência instalada aumentou
242 MVA.
A reconfiguração da rede de Alta Tensão, bem como a alimentação
das novas subestações levou a que, no final de 2002, estivessem
em exploração mais 178 km de linhas a 60 kV (172 km de linhas
aéreas e 6 km de cabos subterrâneos).
No final do ano, em termos de realizações na rede de Média Tensão,
estavam em serviço mais 747 km de linhas aéreas e 454 km
de cabos subterrâneos.
Relativamente à rede de Baixa Tensão, estavam em serviço mais
1 205 km de linhas aéreas e 929 km de redes subterrâneas e com
a entrada em serviço de 1 468 novos postos de transformação,
a potência instalada em postos de transformação aumentou 662 MVA.
Na sequência do disposto no novo Regulamento de Relações
Comerciais, de que os equipamentos de medição de instalações
eléctricas ligadas às redes do SEP em MT, AT e MAT devem dispor
de características que permitam a sua integração em sistemas
centralizados de telecontagem, a EDP Distribuição deu início ao
Projecto Telecontagem ao abrigo do qual irá proceder à instalação
de telecontagem naquelas instalações, até ao final de 2005.
O projecto compreende, além da instalação de equipamento,
a implementação de Sistemas Centralizados de Recolha de Dados.
A instalação far-se-á prioritariamente nos clientes que passem
para o SENV, nos novos clientes e gradualmente em todos os
restantes clientes de MT e AT.
[ INDICADORES DE UTILIZAÇÃO
A evolução verificada para os indicadores de utilização dos
activos são a expressão do esforço, continuado, de optimização
dos mesmos.
Assim, a utilização da rede MT situou-se nos 520 MWh/km,
cerca de 1% acima do valor verificado no ano anterior, e a da
rede BT rondou os 170 MWh/km, superior em mais de um ponto
percentual à utilização verificada em 2001.
[ QUALIDADE DE SERVIÇO
No âmbito da qualidade de serviço técnica, em 2002, destacam-se
a execução do Plano Anual de Monitorização da Qualidade
e Continuidade da Onda de Tensão nas redes da distribuição
que permitiu continuar a recolher medições relativas a indicadores
de Qualidade de Serviço em todos os Concelhos do País.
Em Novembro foi apresentado à Direcção-Geral de Energia
(DGE), para aprovação, o Plano relativo a 2003.
A DGE aprovou os Planos de Melhoria da Qualidade de Serviço
que, ao abrigo do nº 2 do artigo 20º do RQS, lhe tinham sido
apresentados em 2001, criando-se assim condições para prosseguir
o normal decorrer das obras neles previstas, seleccionadas
pelo seu impacte na melhoria da Qualidade de Serviço percebida
pelos clientes das zonas abrangidas.
Ainda em 2002, foi elaborado e publicado o Relatório Anual
de 2001 da Qualidade de Serviço da EDP Distribuição, bem como
o Anuário 2001 que resume os principais factos, indicadores
e acções desenvolvidas pela empresa nesse ano.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
Indicadores de utilização
540I
520I
500I
480I
460I
440I
420
1997 1998 1999 2000 2001 2002
MW
h/k
m
180I
170I
160I
150I
140I
130
1997 1998 1999 2000 2001 2002
MW
h/k
m
Utilização da rede de BT
Utilização da rede de MT
A evolução dos valores globais dos principais indicadores de
qualidade de serviço das redes eléctricas da distribuição registou
uma clara melhoria, relativamente aos valores verificados nos
dois anos anteriores. Este facto reflecte os esforços desenvolvidos
no reforço das redes e nos sistemas de informação, por forma
a permitir uma maior rapidez na reposição do serviço.
Merece destaque a actividade de análise e despistagem de
problemas associados à Qualidade da Onda de Tensão nos Clientes
Empresariais. Foram visadas, nomeadamente, algumas das áreas
geográficas consideradas mais críticas, como sejam as zonas
da Marinha Grande e de Estarreja.
A análise à qualidade da energia eléctrica englobou não só
o diagnóstico da situação encontrada, como também a elaboração
de propostas tendentes à resolução dos problemas que estiveram
na origem das perturbações registadas.
[ PROJECTO E CONSTRUÇÃO
Foram igualmente realizados trabalhos de ampliação e/ou
remodelação, com diversos graus de intervenção, em instalações
já existentes com o objectivo de resolver problemas de
obsolescência e melhorar as condições de exploração.
Foi dada continuidade aos trabalhos de uniformização, tendo-se
recorrido, sempre que possível, à execução de projectos tipo de
subestações com os reconhecidos ganhos associados. Os projectos,
em zonas condicionadas, como sejam os casos em que se verifique
uma forte densidade populacional, impuseram soluções específicas.
Durante o ano de 2002, prosseguiram as actividades de construção
de linhas aéreas, com o objectivo de promover a alimentação às
novas subestações, de permitir a ligação quer de novos clientes
quer de Produtores em Regime Especial e de aumentar a fiabilidade
da rede, de forma a melhorar a qualidade de serviço em termos
de continuidade.
[ MANUTENÇÃO
Durante o ano de 2002, a empresa continuou a desenvolver
a actividade de manutenção e conservação de acordo
com o objectivo de Promoção da adequada manutenção
das instalações em serviço, de modo a garantir os melhores
índices de disponibilidade e eficácia dos equipamentos
em serviço, bem como o prolongamento da sua vida útil.
Refere-se que dos custos incorridos com a conservação das redes
de distribuição, mais de 2/3 foram utilizados nas redes de Baixa
Tensão, sendo igualmente de referir que 77% dos custos de
manutenção associados com “avarias” foram afectos à Baixa Tensão.
[ INVESTIGAÇÃO,DESENVOLVIMENTO E SISTEMAS
A EDP Distribuição elaborou, pela primeira vez, um Plano Plurianual
de Investigação e Desenvolvimento (I&D), o qual visa, através
de estudos a realizar em parcerias com a Comunidade Científica
e Empresas, a optimização da exploração das redes de distribuição,
o aumento da eficiência e a melhoria dos níveis de qualidade de
serviço. Destacam-se os estudos destinados a avaliar os impactos
da Produção em Regime Especial nas redes MT e AT da EDP
Distribuição, bem como da Micro-Geração Distribuída nas suas
redes BT.
Face à crescente importância dos sistemas de informação
georeferenciada como suporte aos processos empresariais
e organizacionais da EDP Distribuição, foi mantida, em 2002,
a aposta na modernização dos sistemas das áreas técnicas através
do Programa GeoEDP, desenvolvido em estreita parceria com
a IT-Geo (Edinfor).
O Programa GeoEDP, focado nas áreas técnicas da EDP Distribuição,
consiste num enquadramento multi-projecto dirigido à gestão de
informação espacial e integração de sistemas, com o objectivo de
garantir acesso generalizado a funcionalidades e a repositórios de
dados abrangentes, como suporte ao novo ciclo de trabalho e aos
diferentes processos e fluxos de informação da gestão do negócio.
Assumindo a informação como a base de uma arquitectura de
sistemas homogénea e integrada, assente numa base cartográfica
georeferenciada, verificou-se a expansão significativa do repositório
de informação de rede eléctrica, conseguida por levantamentos
de informação no terreno. No final de 2002 já se encontrava
disponível a informação de toda a rede AT e de uma parte
significativa da rede de MT, sendo igualmente de referir
a realização de alguns levantamentos da rede BT e a expansão
da informação da rede de Telecomunicações, bem como
o enriquecimento significativo da base cartográfica disponibilizada.
26 | 27
Durante o ano de 2002 foram registadas cerca de 12 000 visitas
ao e-SIT (componente que permite o acesso a toda a informação
do Sistema de Informação Técnica através da intranet do Grupo
EDP) correspondentes a 820 utilizadores regulares, o que revela
a rápida incorporação deste tipo de ferramenta nos procedimentos
normais de trabalho, facto que potencia a rentabilização sustentada
do investimento efectuado.
[ AMBIENTE
A empresa tem procurado desenvolver e implementar
procedimentos, medidas e orientações no sentido de dar
continuidade à melhoria do processo de gestão e promoção
da qualidade ambiental.
Assim, numa linha de continuidade com a política ambiental
do Grupo EDP, durante o Verão de 2002, desenvolveu-se uma
iniciativa de divulgação da Bicicleta Eléctrica em parceria com
empresas, representantes em Portugal, deste tipo de veículos.
Em 2002 foi aprovado pela ERSE o Plano de Promoção da
Qualidade Ambiental, a executar durante o período de regulação
2002-2004, e ao abrigo do qual serão implementadas um conjunto
de acções e medidas que contribuirão para a preservação
e promoção da qualidade do ambiente.
Ao abrigo daquele Plano é de referir a execução das seguintes
acções:
• Implementação de um conjunto de medidas, enquadradas pela
legislação ambiental aplicável, com o objectivo de se proceder
ao controlo e gestão dos resíduos de lâmpadas de descarga,
de postes de betão e de equipamento e consumíveis de
informática;
• Controlo e monitorização de ruído e de campos
electromagnéticos;
• Preparação de um Protocolo relativo à minimização dos impactos
resultantes da interacção entre as linhas de alta e média tensão
e a avifauna, a estabelecer entre a EDP Distribuição, o Instituto
de Conservação da Natureza (ICN), a Sociedade Portuguesa
para o Estudo das Aves (SPEA) e a QUERCUS;
• Integração no meio envolvente de linhas e instalações de
distribuição, sendo por vezes a sua realização directamente
influenciada por critérios de natureza ambiental, nomeadamente
imposições legais;
• Recuperação e valorização de instalações desactivadas.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
[ QUADRO DE PESSOAL
Em 31 de Dezembro de 2002, o número de colaboradores colocados
na EDP Distribuição era de 7 179, dos quais 145 se encontravam
requisitados pela Holding e 53 eram trabalhadores cujo vínculo
laboral com a EDP Distribuição estava suspenso por razões diversas.
Em 2002, verificaram-se 378 saídas e 175 entradas.
No final de 2002 prestavam serviço efectivo na EDP Distribuição
6 981 trabalhadores, dos quais 6 973 pertenciam ao quadro
permanente e 8 eram contratados a termo. A sua distribuição
por categoria profissional pode ser observada no quadro seguinte.
‘02|RC
1.4RECURSOSHUMANOS
Evolução de Activos
31.12.2001 Movimento 2002 31.12.2002 Variação
Entradas Saídas Saldo (%)
Quadro Permanente Activo 7 166 158 351 -193 6 973 -2,7
Contratados a Termo 18 17 27 -10 8 -55,5
Total 7 184 175 378 -203 6 981 -2,8
7,4%�[ Profissionais EspecializadosC
0,1%�[ Contratos a TermoC
12,5%�[ DirigentesC e Quadros SuperioresC
2,8%�[ Quadros MédiosC e Chefias SecçãoC
21,4%�[ Profissionais Alt. QualificadosC
55,8%�[ Profissionais QualificadosC
Estrutura em 2002
Efectivos por categoria profissional
2002
Dirigentes 105
Quadros Superiores 770
Quadros Médios 47
Chefias Secção 150
Profissionais Alt. Qualificados 1 494
Profissionais Qualificados 3 894
Profissionais Especializados 513
Contratos a Termo 8
TOTAL 6 981
28 | 29
Em 2002, a EDP Distribuição prosseguiu a estratégia de adequação
dos Recursos Humanos às necessidades da sua actividade, através
da formação profissional e do rejuvenescimento dos seus quadros,
tendo sido admitidos 56 quadros superiores e 53 electricistas.
Um dos indicadores utilizados para medição da produtividade na
Distribuição é o Número de Clientes por trabalhador. Este indicador
tem evoluído de uma forma positiva, conforme se observa no
gráfico seguinte e apresentava, em 31 de Dezembro de 2002,
o valor de 811 clientes por trabalhador.
O indicador relativo à energia fornecida por trabalhador tem
registado, igualmente, uma evolução bastante positiva,
apresentando para 2002 o valor de 5,3 GWh.
[ FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Em 2002 a formação profissional centrou a sua acção na melhoria
do funcionamento interno e no reforço da cultura da empresa,
através do desenvolvimento da polivalência dos trabalhadores
na sua área de intervenção, da preparação da implementação
de novos meios técnicos e da interacção entre as diversas áreas
de negócio. Assumiu relevo a metodologia e-learning, associada
à consolidação da implementação dos novos sistemas de informação
e ao desenvolvimento de competências.
Realizaram-se 567 acções de formação profissional, com um total
de 6 792 participações, o que corresponde a uma taxa
de participação de 97% e uma taxa de ocupação de 1,2%.
A participação, por área de formação, no ano de 2002 foi
a seguinte:
Merecem destaque a formação em Redes (28,4%) e a formação
em Prevenção, Riscos e Segurança (34,5%).
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
Nº de clientes por trabalhador
1000I
800I
600I
400I
200I
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002
GWh/trabalhador
6I
5I
4I
3I
2I
1I
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002
34,5% [ Prev. e Riscos Segurança
7,9% [ Financeira
6,4% [ Informática
6,1% [ Gestão
5,5% [ Controlo de Gestão
5,5% [ Diversos
2,9% [ Comercial
2,6% [ Desenvolvim. Pessoal
0,2% [ Recursos Humanos
28,4% [ Redes
Participações por Área de Formação
[ PREVENÇÃO E SEGURANÇA
A implementação da política de segurança concretizou-se no
desenvolvimento das actividades de prevenção e de protecção
de riscos profissionais, constantes do Plano Estratégico e Operacional,
com o objectivo de se alcançar a meta “zero acidentes” e de ser
assegurado o bem estar no trabalho.
Na prossecução destes objectivos realizaram-se 157 acções
de sensibilização em segurança, que versaram temas relacionados
com a prevenção de riscos: eléctricos, rodoviários, trabalhos em
altura e trabalho com écrans de visualização, com os procedimentos
de evacuação em caso de emergência e com as responsabilidades
de segurança no acompanhamento de obras, acções estas que
envolveram 1 907 participantes.
Em matéria de formação, foram conduzidas acções sobre Segurança
e Gestão de Risco, Segurança para Executantes, Trabalhos de Limpeza
em Tensão e Trabalhos em Tensão nas Redes de Baixa Tensão.
No acompanhamento das actividades, com vista à avaliação
dos riscos e controlo dos procedimentos e sistemas de segurança
pré-estabelecidos, foram realizadas 65 auditorias de segurança
e 2 287 visitas a trabalhos e instalações.
No âmbito do sistema de gestão da segurança, realça-se
a renovação da Política de Segurança e a homologação
dos documentos: Manual de Prevenção do Risco Eléctrico,
Regulamento para a Emissão dos Títulos de Habilitação
e Passaporte de Segurança.
No domínio social, realizaram-se intervenções sobre prevenção de
riscos eléctricos em conferências promovidas, nomeadamente pela
Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, acompanharam-se
estágios escolares e visitas de estudo e assegurou-se representação
em diversos eventos sobre segurança, promovidos por entidades
públicas e empresas.
Registaram-se 93 acidentes de trabalho com baixa, incluindo
2 acidentes mortais e 13 acidentes “in itinere”.
Os valores do índice de incidência e frequência representaram
em 2002, respectivamente, 13,01 acidentes por mil trabalhadores
e 6,93 acidentes por milhão de horas trabalhadas. O índice
de gravidade registado foi de 1,67 dias perdidos por mil horas
trabalhadas, tendo sido particularmente afectado pelos dias
correspondentes aos acidentes mortais e à atribuição de
incapacidades permanentes parciais.
Da sinistralidade com prestadores de serviços, há a lamentar
a ocorrência de 8 acidentes mortais, sendo que 6 foram de origem
eléctrica e 2 por queda em altura.
30 | 31
[ BALANÇO
A evolução da situação patrimonial foi a seguinte:
No lado do Activo as rubricas apresentam uma certa estabilidade
com excepção dos Acréscimos e Diferimentos que aumentaram
significativamente devido ao ajustamento tarifário (50 milhões
de euros).
Do lado do Passivo, o acréscimo de 29% das Dívidas a Curto
Prazo por oposição ao decréscimo de 7% no Médio e Longo
Prazo resultou, essencialmente, de parte da rubrica
“Empréstimos – Holding” no valor de 131,7 milhões de euros ter
passado em 2002 para “Curto Prazo” e do significativo aumento
das “Dívidas a Fornecedores”.
Neste contexto, alguns indicadores apresentam variações
significativas, com a Estrutura Financeira reforçada nos 1,4
(1,3 em 2001), mas assistindo-se à degradação na Liquidez Geral
(46,9) e na Cobertura do Imobilizado (61,5), quando se comparam
com os de 2001, respectivamente 56,1 e 66,0.
A redução do Capital Próprio está associada a uma diminuição
do Resultado Líquido, na ordem dos 92 milhões de euros, situação
que se reflecte na rentabilidade dos Capitais Próprios cujo indicador
(6,1%), representa cerca de metade do valor verificado em 2001
(11,7%), evolução idêntica à da rentabilidade económica, dada
pela relação entre o Resultado Operacional e o Activo Total, que
em 2002 apresenta uma taxa de apenas 1,8%. Por outro lado,
o indicador da Solvabilidade Total sofre uma ligeira redução para
1,4 (1,5 no ano anterior), bem como o da autonomia financeira
(de 32% em 2001 para 30% em 2002).
[ CUSTOS E PROVEITOS
Os custos operacionais do exercício foram de cerca de 3 562
milhões de euros, representando um acréscimo de 9,2% em
relação ao ano anterior. As compras de energia eléctrica, que
representaram 66% dos custos, ascenderam a 2 346,8 milhões
de euros e incluem 6,1 milhões de euros relativos ao Uso Global
do Sistema e ao Uso da Rede de Transporte por parte dos clientes
do SENV. No gráfico seguinte pode observar-se, relativamente
a 2002, a estrutura dos custos operacionais.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
‘02|RC
1.5EVOLUÇÃO ECONÓMICAE FINANCEIRA
66% [ Compras de electricidade
11% [ Encargos com pessoal
6% [ FSE
4% [ Rendas de concessões
9% [ Amortizações
2% [ Consumo de materiais
2% [ Outros
Custos Operacionais
2002 2001 ∆%
ACTIVO
Imobilizado Líquido 4 330 169,7 4 248 905,5 1,9
Circulante 651 224,9 608 159,3 7,1
Acréscimos e Diferimentos 159 956,7 111 025,5 44,1
TOTAL 5 141 351,3 4 968 090,3 3,5
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO 1 519 189,8 1 578 935,9 -3,8
PASSIVO 3 622 161,5 3 389 154,4 6,9
A médio e longo prazo 1 145 095,1 1 225 555,6 -6,6
A curto prazo 1 189 636,4 921 932,6 29,0
Acréscimos e Diferimentos 1 287 430,0 1 241 666,2 3,7
Total 5 141 351,3 4 968 090,3 3,5
(milhares de euros)
Apesar do claro abrandamento verificado em 2002 no programa
de redução de efectivos (redução de 3% no número de efectivos,
contra 13% verificado em 2001), os custos com pessoal sofreram
um acréscimo de 3,4%, o que é explicado pelo acréscimo dos
valores relativos às reformas antecipadas (aumento de 31,5%)
e ao Fundo de Pensões (aumento de 16,4%), uma vez que os
encargos associados com as remunerações do pessoal incluindo
as contribuições para a Segurança Social diminuíram cerca de 4%,
apesar das acelerações de base remuneratória ao abrigo do Acordo
Colectivo de Trabalho (ACT) e do aumento da tabela salarial.
Os proveitos operacionais em 2002, num total de 3 656 milhões
de euros, apresentaram um acréscimo da ordem dos 6% em
relação ao ano anterior. A rubrica “vendas de electricidade”, num
total de 3 456,4 milhões de euros, representou cerca de 95%
do total. Neste valor das vendas estão incluídos os valores relativos
ao Uso e Comercialização das Redes de Distribuição pelos clientes
do SENV, bem como as parcelas relativas ao Uso Global do
Sistema e ao Uso da Rede de Transporte pelos mesmos clientes.
O valor das vendas encontra-se, igualmente, afectado pelos
ajustamentos resultantes da aplicação do Regulamento Tarifário,
cujo efeito no ano de 2002 é de cerca de 50 milhões de euros
a favor da EDP Distribuição (excluindo juros, bem como quaisquer
estimativas de proveitos permitidos para recuperação de custos
de protecção do ambiente ou em projectos de gestão da procura).
Este valor resulta essencialmente dos valores facturados
por aplicação da tarifa de energia e potência aos fornecimentos
a clientes finais em MAT, AT e MT terem sido inferiores ao valores
pagos à concessionária da RNT ao longo de 2002, no âmbito
da actividade de Aquisição de Energia Eléctrica.
Contudo, a este valor foi acrescido o ajustamento correspondente
a 2000, que induziu um aumento nos proveitos de cerca de 20,5
milhões de euros, tendo-se, assim, um acréscimo global nos
proveitos de 2002 de cerca de 70,5 milhões de euros, o que
corresponde a 1,9% do total.
A comparação dos Proveitos com os Custos Operacionais, permite
concluir que os Resultados Operacionais apresentam uma
diminuição de 97 milhões de euros (-50,9%), em relação ao ano
anterior.
No gráfico seguinte pode observar-se a evolução dos resultados
operacionais, que em grande parte foram condicionados pela
evolução dos tarifas de venda de energia eléctrica a clientes finais.
O quadro que se segue ilustra o impacto da evolução dos custos
e proveitos no Valor Acrescentado e nos Resultados da empresa.
????????????
Resultados Operacionais *
500I
450I
400I
350I
300I
250I
200I
150I
100I
50I
0
10
6 e
uro
s
1998 200120001999 2002
* No período anterior a 2000, os valores referem-se ao conjunto das 4 empresas, cuja fusão
deu lugar à EDP Distribuição
preços correntes
+16.4%
+3,4%
+31,5%
-3,7%
????????????
Encargos com Pessoal
450I
400I
350I
300I
250I
200I
150I
100I
50I
0
milh
õe
s d
e e
uro
s
20022001
[ F. Pensões e out. reformas[ Reformas antecip.[ Remun. e outros encargos
32 | 33
[ CONTA DE RESULTADOS
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
2002 2001 Variação %
Vendas de electricidade 3 456 384,5 3 258 484,9 6,1
Outras vendas e prestações de serviços 23 311,2 21 515,1 8,3
Trabalhos para a própria empresa (a) 155 465,3 148 269,5 4,9
Produtos e trabalhos em curso 0,0 0,0
Outras receitas correntes 6 958,1 6 992,5 -0,5
Proveitos Inerentes ao Valor Acrescentado (+) 3 642 119,1 3 435 262,0 6,0
Compras de electricidade 2 346 799,9 2 047 706,3 14,6
Consumo de materiais diversos 80 120,5 107 544,4 -25,5
Fornecimentos e serviços externos 203 302,1 213 288,5 -4,7
Impostos Indirectos 1 447,0 1 412,5 2,4
Consumos Intermédios (-) 2 631 669,6 2 369 951,7 11,0
Valor Acrescentado Bruto (=) 1 010 449,5 1 065 310,3 -5,1
Despesas com o pessoal (-) 379 552,1 367 004,1 3,4
Outros encargos de exploração (-) 155 397,1 146 597,2 6,0
Outros proveitos de exploração (+) 8 522,9 13 523,9 -37,0
Excedente Bruto de Exploração (=) 484 023,1 565 232,9 -14,4
Despesas financeiras (-) 64 139,1 39 399,9 62,8
Receitas financeiras (+) 17 376,3 14 715,3 18,1
Imputação de despesas financeiras a TPE (+) 5 226,0 5 237,6 -0,2
Resultados extraordinários (b) (+) 57 955,1 57 339,5 1,1
Estimativa de IRC (-) 40 007,9 71 817,0 -44,3
Meios Libertos Líquidos (Cash-Flow) (=) 460 433,5 531 308,4 -13,3
Amortizações (líquidas) (-) 330 239,2 324 576,4 1,7
Provisões (líquidas) (-) 37 373,9 21 477,5 74,0
Resultado Líquido (=) 92 820,4 185 254,5 -49,9
(a) Sem encargos financeiros imputados a investimento
(b) Expurgados das regularizações de amortizações e provisões, não consideradas nos resultados operacionais
(milhares de euros)
Pode assim constatar-se que, à semelhança do já ocorrido no ano
anterior, o crescimento dos proveitos em 2002 ficou aquém
do forte acréscimo nos consumos intermédios, essencialmente
associado ao aumento das compras de electricidade (14,6%).
Assim, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) sofreu um decréscimo
da ordem dos 5%, contribuindo, deste modo, para uma forte
quebra do Excedente Bruto de Exploração (-14,4%), com
expressão directa na diminuição dos Meios Libertos Líquidos
(-13,3%) para a qual a quebra do Imposto sobre o Rendimento
de 31,8 milhões de euros foi parcialmente anulada pelo
agravamento nos Encargos Financeiros (24,7 milhões de euros;
+62,8%).
Neste contexto, as contas da EDP Distribuição apresentam
um resultado líquido de 92,8 milhões de euros, verificando-se
uma diminuição de cerca de 92 milhões de euros em relação
ao ano anterior, ou seja, um decréscimo de 49,9%.
[ INVESTIMENTO
A evolução do investimento a custos técnicos pode ser observada
no gráfico seguinte:
Em 2002, o investimento excedeu o do ano anterior em cerca
de 16% em AT e MT e em cerca de 3% em BT, no âmbito
de uma política de melhoria da qualidade de serviço.
Na rubrica “Outros” o aumento verificado (mais de 250%)
prende-se com o facto de em 2002 o investimento realizado
em sistemas administrativos, técnicos e comercial, bem como
nas respectivas infraestruturas tecnológicas de suporte, ter sido
imobilizado nas contas da empresa.
Conforme se apresenta no quadro seguinte, durante o exercício
de 2002 o investimento atingiu, a custos totais, 371 187 milhares
de euros, incluindo 5 226 milhares de euros de encargos financeiros
intercalares.
O investimento a custos técnicos, no valor de 365 961 milhares
de euros, foi superior ao realizado no ano anterior em 40,5%.
As comparticipações financeiras atingiram o montante de 56 853
mil euros, o que representa 21,4% do investimento específico
a custos técnicos, tendo-se registado uma redução de 27%
relativamente ao valor das comparticipações no ano anterior.
(preços correntes)
milh
õe
s d
e e
uro
s
Investimento a Custos Técnicos
20021999 2000 2001
400I
350I
300I
250I
200I
150I
100I
50I
0
[ OUTROS[ AT e MT [ BT
Custos EncargosActividades Técnicos Financeiros Total
AT e MT 95 760 3 646 99 406
BT 146 523 1 202 147 725
Outras 123 678 378 124 056
Total 365 961 5 226 371 187
(milhares de euros)
34 | 35
[ CONSERVAÇÃO
Os custos totais de conservação no ano 2002 foram de 165 599
mil euros (mais 5,4% do que em 2001), correspondendo cerca
de 60% a redes de BT.
Considerando o imobilizado específico, os custos de manutenção
(a custos totais) foram, em 2002, de 29,23 € por cliente e de
4,48 € por MWh entregue pelas redes de distribuição.
[ FINANCIAMENTO
A evolução da dívida da EDP Distribuição em 2002, integralmente
constituída pelos débitos à Holding, é mostrada no quadro seguinte:
Em 2002 e no cumprimento do plano de amortizações previsto,
verificou-se uma redução da dívida em cerca de 131 651 milhares
de euros.
Assim, os encargos com a mesma totalizaram 43 229,5 milhares
de euros, o que representou um acréscimo de cerca de 29%
relativamente ao ano anterior (33 574 milhares de euros).
A taxa de juro que no final de 2002 se situou nos 4,0%, fixou-se
no final deste exercício em 4,1%.
No final de 2002 as Disponibilidades em Caixa e Bancos totalizavam
um saldo de 10,7 milhões de euros, enquanto a conta financeira
da Holding apresenta um saldo credor de 430 milhões de euros.
Em consequência do referido, a conta-corrente de curto prazo
com a Holding gerou um custo de 20,6 milhões de euros, o que
representa um agravamento quase 8 vezes superior ao valor
de 2,6 milhões de euros do ano anterior.
A gestão de tesouraria de curto prazo, englobando os descontos
de pronto pagamento de Fornecedores, gerou um custo financeiro
de cerca de 19 550 milhares de euros, face aos 623 milhares
de euros no ano anterior.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa continua a evidenciar
a forte aplicação dos fluxos em actividades de Investimento
e de Financiamento realizadas durante o exercício.
Os compromissos da empresa para com o Accionista e o Estado
encontram-se integralmente satisfeitos.
Os fluxos de Tesouraria em 2002 (monetários e escriturais)
resumem-se no quadro
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
58%�[ BTC
2%�[ OutrosC
10%�[ ATC
30%�[ MTC
Estrutura em 2002
Actividades 2002
AT 16 689
MT 49 018
BT 96 974
Outras 2 919
Total 165 599
(milhares de euros)
Saldo em 01.01.2002 -306 769
Recebimentos 3 731 314
Pagamentos 3 861 543
Saldo em 31.12.2002 -436 998
(milhares de euros)
(milhares de euros)
Dívida Saldo Inicial Saldo Final
Médio e Longo Prazo 909 775,3 87,4% 778 124,7 85,5%
Curto Prazo 131 650,6 12,6% 131 650,6 14,5%
Total 1 041 425,9 100,0% 909 775,3 100,0%
[ PRINCIPAIS INDICADORES
A análise da rendibilidade e da estrutura financeira da EDP
Distribuição pode ser feita através do conjunto de indicadores
apresentado no quadro seguinte:
A análise do quadro permite destacar um acréscimo significativo
nos indicadores de produtividade, com acréscimos da ordem
dos 5% no Valor Acrescentado Bruto (VAB) por trabalhador
e dos 18% nas Vendas por trabalhador (a preços correntes).
INDICADORES 2002 2001
Rendibilidade dos Capitais Próprios
Resultado Líquido / Capital Próprio (%) 6,11 11,73
Rendibilidade Económica
Resultado Operacional / Activo Total (%) 1,83 3,85
Rendibilidade das Vendas
Resultado Líquido / Vendas (%) 2,67 5,65
Rotação do Activo Total
Vendas/Activo (%) 67,68 66,03
Autonomia Financeira
Capital Próprio / Activo Total (%) 29,55 31,78
Liquidez Geral
Activo Circulante (*) / Passivo de Curto Prazo (%) 46,92 56,13
Estrutura Financeira
Capital Próprio / Passivo de Médio e Longo Prazo 1,33 1,29
Capacidade de Autofinanciamento
Cash Flow / Investimento a Custos Técnicos 1,26 2,04
Cobertura do Imobilizado
Capitais Permanentes / Activo Imobilizado (%) 61,53 66,01
Solvabilidade Total
Activo / Passivo 1,42 1,47
Prazo Médio de Recebimento (meses) 1,10 1,16
Taxa de Cobertura das Existências
Existências/Consumos x12 2,52 1,58
VAB por trabalhador (milhares de euros)
VAB/Efectivos Médios (**) 141,34 134,09
Vendas por trabalhador (milhares de euros)
Vendas/Efectivos Médios (**) 486,74 412,84
(*) Deduzidos dos Créditos de MLP
(**) Sem os efectivos requisitados pela Holding
36 | 37
[ PERSPECTIVAS PARA 2003
O quadro regulatório que enquadra a actividade regulada exercida
pela empresa, do qual se destaca a entrada em vigor do novo
Regulamento da Qualidade de Serviço, mais exigente que
o anterior, e a acção desenvolvida pelos nossos competidores
num mercado crescentemente liberalizado, tornam os desafios
a enfrentar em 2003 ainda maiores do que os ultrapassados
em 2002.
A abertura do mercado e a transferência de um crescente número
de clientes para o Sistema não Vinculado num quadro em que
se perspectiva algum abrandamento no crescimento do consumo
de energia eléctrica, a par de um acréscimo das tarifas para 2003
(3%), face aos recentes aumentos dos preços de aquisição de
electricidade à REN em consequência do acréscimo nos preços
dos combustíveis, terá que ser acompanhado por um grande
esforço de todos no sentido de serem eliminados custos
desnecessários e aumentar a eficiência.
Para respondermos com eficácia a estes desafios, 2003 terá
de ser o ano da afirmação da empresa, com uma empresa eficiente
e competitiva, estrategicamente orientada para o cliente,
apostada na melhoria da qualidade de serviço, seremos capazes
de vencer o desafio da liberalização.
[ PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Nos termos do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais
e do artigo 27º dos Estatutos da EDP Distribuição – Energia,
o Conselho de Administração propõe que o resultado líquido
do exercício de 2002, no valor de 92 820 610,11 euros, tenha
a seguinte repartição:
Para Reserva legal 4 641 100,00
Para Dividendos 71 000 000,00
Para Resultados Transitados 17 179 510,11
92 820 610,11
[ NOTA FINAL
O Conselho de Administração agradece a todos os trabalhadores
da Empresa, que, com grande envolvimento e continuada
mobilização, enfrentaram os novos desafios, permitindo que
a EDP Distribuição, funcionando como um todo, os vencesse.
O Conselho agradece a colaboração das Entidades da
Administração Pública com quem a Empresa se relaciona.
O Conselho agradece a colaboração e o apoio que o Conselho
de Administração da Holding do Grupo EDP sempre disponibilizou.
O Conselho manifesta particular apreço ao Revisor Oficial
de Contas pela inteira disponibilidade demonstrada.
Lisboa, 7 de Março de 2003
O Conselho de Administração
Francisco de la Fuente Sánchez
António Manuel Barreto Pita de Abreu
Arnaldo Pedro F. Navarro Machado
João José Gomes de Aguiar
José Alberto Marcos da Silva
José Celestino de Oliveira Rocha
Manuel Luís Machado Norton Brandão
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO
‘02|RC
1.6CONSIDERAÇÕESFINAIS
‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
DISTRIBUIMOS 99%DA ELECTRICIDADECONSUMIDA EM PORTUGAL’
Balanço Analítico em 31 de Dezembro de 2002
10 Imobilizado:
Imobilizações incorpóreas 340 325,32 197 678,77 142 646,55 184 396,77
03.a/14 Imobilizações corpóreas:Imobilizações corpóreas (DL 344-B/82) 259 915 573,61 243 265 126,85 16 650 446,76 20 934 323,11
00.d Terrenos e recursos naturais 17 720 829,65 17 720 829,65 34 573 284,51Edifícios e outras construções 155 642 822,86 68 645 050,10 86 997 772,76 97 522 320,04Equipamento básico 9 229 955 906,48 5 350 100 063,18 3 879 855 843,30 4 008 033 785,34Equipamento de transporte 43 061 193,78 27 970 493,68 15 090 700,10 15 937 641,54Ferramentas e utensílios 1 619 912,17 1 206 961,24 412 950,93 547 335,33Equipamento administrativo 76 392 828,09 34 208 387,52 42 184 440,57 27 064 503,26Diferenças de câmbio 10 374 703,26 3 325 490,01 7 049 213,25 7 393 405,77Outras imobilizações corpóreas 1 915 199,54 1 014 047,96 901 151,58 981 096,68
03.e/7/11 Imobilizações em curso 262 712 203,07 262 712 203,07 35 149 815,36Adiantamentos p/ conta imob. Corpóreas 259 494,91 259 494,91 380 978,29
10 059 910 992,74 5 729 933 299,31 4 329 977 693,43 4 248 702 885,99
03.b/10 Investimentos financeiros:Investimentos em imóveis 535 514,81 343 566,81 191 948,00 202 658,29
535 514,81 343 566,81 191 948,00 202 658,29
Circulante:
Existências03.b/41 Matérias-primas, subsid. e consumo 16 857 118,90 16 857 118,90 15 093 448,06
16 857 118,90 16 857 118,90 15 093 448,06
Dívidas de Terceiros – Médio Longo Prazo:Autarquias – Dívida de 31/12/88 s/ acordo 56 999 068,82 56 999 068,82 0 0
00.d/03.a.i i i/14 Autarquias – Dívida de 31/12/88 c/ acordo 124 935 819,93 44 322 878,71 80 612 941,22 81 067 704,48Imobilizados em integração compensados 19 246 239,07 12 421 025,70 6 825 213,37 7 859 131,47
48.b Outros devedores 2 170 767,95 2 170 767,95 2 170 748,00203 351 895,77 113 742 973,23 89 608 922,54 91 097 583,95
Dívidas de Terceiros – Curto Prazo:Autarquias – Dívida de 31/12/88 c/ acordo 3 408 292,14 3 408 292,14 3 301 060,13Clientes c/c 277 451 587,28 277 451 587,28 271 736 772,86
23/34 Clientes de cobrança duvidosa 129 648 361,00 122 410 488,56 7 237 872,44 71 001 649,3948.f Estado e outros entes públicos 27 137 093,87 27 137 093,87 5 232 598,0923/48.b Outros devedores 189 631 153,61 6 732 042,76 182 899 110,85 140 581 945,96
627 276 487,90 129 142 531,32 498 133 956,58 491 854 026,43
Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 46 624 930,93 46 624 930,93 10 114 243,75Caixa 0 0 0
46 624 930,93 46 624 930,93 10 114 243,75
Acréscimos e Diferimentos:48.c Acréscimos de proveitos 146 499 109,29 146 499 109,29 97 894 216,4203.d/48.c Custos diferidos 13 457 596,23 13 457 596,23 13 131 259,37
159 956 705,52 159 956 705,52 111 025 475,79
Total de Amortizações 5 730 276 866,12Total de Provisões 242 885 504,55
TOTAL DO ACTIVO 11 114 513 646,57 5 973 162 370,67 5 141 351 275,90 4 968 090 322,26
NOTAS ACTIVO 2002 2001AB A/P AL AL
‘02|RC
2.1
40 | 41
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço Analítico em 31 de Dezembro de 2002
Unidade: EUR
Capital Próprio:36/37/40 Capital 1 024 500 000,00 1 024 500 000,00
Reservas:40.a Reservas legais 90 992 147,23 81 729 147,2340.b Reservas livres 247 255 362,65 247 255 362,65
40.c Resultados transitados 63 621 669,91 40 196 927,40
Subtotal 1 426 369 179,79 1 393 681 437,28
Resultado líquido do exercício 92 820 610,11 185 254 503,22
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 1 519 189 789,90 1 578 935 940,50
Passivo:34 Provisões para riscos e encargos
Prémios p/ pensões 11 453 500,00Outras provisões p/ riscos e encargos 300 981 036,22 282 008 850,47
312 434 536,22 282 008 850,47
29 Dívidas a terceiros – Médio longo prazo:Empresas do Grupo – Empréstimos 778 124 719,63 909 775 344,91
48.b Outros credores 37 885 393,28 12 837 083,6103.a.a iii/14/29 Conta de regularização (DL 344-B/82) 16 650 446,76 20 934 323,11
832 660 559,67 943 546 751,64
Dívidas a terceiros – Curto prazo:Dívidas a instituições de crédito 35 959 684,73 50 178 163,64
29 Empresas do Grupo – Empréstimos 131 650 625,28 131 650 625,3548.d Fornecedores c/c 481 726 335,10 285 123 924,5848.d Fornecedores – Fact. em recepção e conf. 20 140 561,88 60 041,2948.d Fornecedores de imobilizado c/c 34 000 618,74 39 460 977,9448.a Estado e outros entes públicos 56 312 917,09 96 010 359,6448.b Outros credores 429 845 624,64 319 448 529,04
1 189 636 367,46 921 932 621,48
48.c Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de custos 47 285 190,39 45 772 973,05Proveitos diferidos 1 240 144 832,26 1 195 893 185,12
03.a i /48.c 1 287 430 022,65 1 241 666 158,17
TOTAL DO PASSIVO 3 622 161 486,00 3 389 154 381,76
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 5 141 351 275,90 4 968 090 322,26
NOTAS CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2002 2001
Demonstração dos Resultados do Exercício de 2002
41 Custo das existências vendidas e consumidasElectricidade 2 346 799 947,01 2 047 706 319,95Materiais diversos 80 120 498,93 2 426 920 445,94 107 544 356,22 2 155 250 676,17
Fornecimentos e serviços externos 203 302 138,01 213 288 480,68
07/43 Custos com o pessoalRemunerações 246 525 884,87 237 698 315,06
Encargos sociais:03.g Pensões 31 203 759,09 26 628 257,88
Outros 101 822 448,69 379 552 092,65 102 677 565,38 367 004 138,32
03.a/10.b Amortizações do exercício 330 239 155,17 324 576 466,6634 Provisões do exercício 65 093 579,82 395 332 734,99 54 655 177,06 379 231 643,72
Impostos 1 672 449,04 1 666 773,8400.d/48.f Outros custos e perdas operacionais 155 171 714,53 156 844 163,57 146 342 929,76 148 009 703,60
(A) – Custos e Perdas Operacionais 3 561 951 575,16 3 262 784 642,49
45 Juros e custos similaresRelativos a Empresas do Grupo 63 962 372,22 36 173 950,68Outros 176 777,55 64 139 149,77 3 225 985,82 39 399 936,50
(C) – Custos e Perdas Correntes 3 626 090 724,93 3 302 184 578,99
46 Custos e perdas extraordinárias 30 324 992,39 28 852 351,73
(E) – Custos e Perdas do Exercício 3 656 415 717,32 3 331 036 930,72
06 Imposto sobre o rendimento do exercício 40 007 865,76 71 817 000,14
(G) – Custos Totais 3 696 423 583,08 3 402 853 930,86
40 Resultado líquido do exercício 92 820 610,11 185 254 503,24
TOTAL 3 789 244 193,19 3 588 108 434,10
NOTAS CUSTOS E PERDAS 2002 2001
‘02|RC
2.2
42 | 43
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração dos Resultados do Exercício de 2002
Unidade: EUR
44 VendasDe energia eléctrica 3 456 384 512,72 3 258 484 893,67Outras 1 737 811,30 1 619 684,99
Prestação de serviços 21 573 349,31 3 479 695 673,33 19 895 449,08 3 280 000 027,74
48.e Trabalhos para a própria empresa 160 691 349,31 153 507 103,88
Proveitos suplementares 6 958 069,43 6 992 512,31Subsídios à exploração 108 329,92 1 820 785,69Outros proveitos e ganhos operacionais 8 414 534,30 15 480 933,65 11 703 139,40 20 516 437,40
(B) – Proveitos e Ganhos Operacionais 3 655 867 956,29 3 454 023 569,02
45 Rendim. de tit. negoc. e out. aplic. financeirasOutros 40 911,34
Outros juros e proveitos similares:Outros 17 376 292,30 14 674 410,78 14 715 322,12
(D) – Proveitos e Ganhos Correntes 3 673 244 248,59 3 468 738 891,14
46 Proveitos e ganhos extraordinários 115 999 944,60 119 369 542,96
F – Proveitos Totais 3 789 244 193,19 3 588 108 434,10Resultados Operacionais (B)-(A) 93 916 381,13 191 238 926,53Resultados Financeiros [(D)-(B)]-[(C)-(A)] -46 762 857,47 -24 684 614,38Resultados Correntes (D)-(C) 47 153 523,66 166 554 312,15Resultados Antes de Impostos (F)-(E) 132 828 475,87 257 071 503,38Resultado líquido do exercício (F)-(G) 92 820 610,11 185 254 503,24
NOTAS PROVEITOS E GANHOS 2002 2001
ÍNDICE
[ DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
‘40
‘42
‘45
‘60
‘61
BALANÇO ANALÍTICO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2002
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
44 | 45
00. [ INTRODUÇÃO
a] Objecto e detentores do Capital
A EDP Distribuição – Energia, S.A. tem por objecto a distribuição
e venda de energia eléctrica nas áreas onde se encontra
legalmente autorizada, sendo o seu Capital Social totalmente
detido pela EDP – Electricidade de Portugal, S.A.
b] Regime de preços de compra de energiaeléctrica
Às compras de energia eléctrica no âmbito da parcela livre
aplicam-se os seguintes contratos:
• Aquisições de energia eléctrica a centrais com potência
aparente superior a 10 MVA pertencentes às empresas EDP
Energia, S.A., HDN Energia do Norte, S.A. e HIDROCENEL
Energia do Centro, S.A. – É aplicado o acordo tarifário
celebrado em 2000 entre a EDP Distribuição e cada uma
daquelas empresas, pelo qual a valorização da potência
e a energia eléctrica fornecidas por estas centrais está indexada
à tarifa de energia e potência (TEP) e ao preço, na fronteira,
para agentes externos que actuam no mercado espanhol.
• Aquisições de energia eléctrica à Hidrocantábrico – É aplicado
o acordo tarifário celebrado em 2002 entre a EDP Distribuição
e aquela empresa, pelo qual a valorização da potência
e a energia eléctrica adquiridas àquela empresa está indexada
à tarifa de energia e potência (TEP) e ao preço, na fronteira,
para agentes externos que actuam no mercado espanhol.
A partir de Outubro de 2002, as centrais com potência aparente
inferior a 10 MVA pertencentes às empresas EDP Energia, S.A.,
HDN Energia do Norte, S.A. e HIDROCENEL Energia do Centro,
S.A., passaram a ver o seu regime de produção regulado pela
legislação aplicável aos Produtores em Regime Especial.
As condições de aquisição de energia eléctrica a produtores
em regime especial são reguladas pelos Decretos-Lei números
189/88 de 27 de Maio, 186/95 de 27 de Julho, 313/95
de 24 de Novembro, 538/99 de 13 de Dezembro, 313/2001
de 10 de Dezembro, 339-C/2001 de 29 de Dezembro e ainda
pela Portaria 399/2002 de 18 de Abril.
c] Regime de preços de venda da energiaeléctrica
Os preços de venda da energia eléctrica (tarifas) foram fixados
por Despacho n.º 24657-A/2001 da Entidade Reguladora
do Sector Eléctrico, publicado no Diário da República
n.º 279/2001 (II Série), de 3 de Dezembro de 2001.
Nos 3º e 4º trimestres de 2002, em resultado dos ajustamentos
trimestrais dos encargos variáveis de aquisição de energia, os
preços de venda a clientes finais de MT, AT e MAT foram objecto
de actualização (Despachos n.º 13 725-A/2002, publicado
no Diário da República n.º 138 (II Série) de 18 de Junho
e n.º 20 255-A/2002, publicado no Diário da República
n.º 213 (II Série) de 14 de Setembro).
Pelo Despacho n.º 17 573-B/2002 publicado no Diário da
República n.º 181 (II Série) de 7 de Agosto houve lugar a uma
fixação extraordinária de tarifas a vigorarem para os clientes
BTE e MT a partir de 1 de Outubro. No mesmo Diário da
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
‘02|RC
2.3ANEXO AO BALANÇOE À DEMONSTRAÇÃODOS RESULTADOS
República foram publicadas tarifas opcionais para MAT e AT
a vigorarem durante o ano de 2002.
d] Regime de concessão da distribuição de energia eléctrica em baixa tensão
De acordo com o estabelecido em legislação específica
(Decreto-Lei nº. 344-B/82), o direito de distribuir energia
eléctrica em baixa tensão está atribuído aos Municípios.
A empresa, no entanto, procede à distribuição de energia eléctrica
neste nível de tensão, com base em contratos de concessão
estabelecidos com os Municípios da sua área de exploração.
Esta concessão tem como contrapartida o pagamento de uma
renda aos Municípios concedentes (Nota 48.f).
Em conformidade com o diploma legal acima referido,
a concessão da distribuição de energia eléctrica em baixa tensão
não envolve a alienação dos patrimónios próprios dos Municípios
concedentes, os quais se conservarão na propriedade destes
sem prejuízo da sua afectação à exploração da Empresa.
Na base desta disposição, a Empresa considera o valor de tais
patrimónios nas contas de imobilizações corpóreas (Notas 03.a.iii
e 10.a), sendo as mesmas compensadas por uma conta incluída
no passivo a médio e longo prazo (Nota 03.a.iii).
e] Indicações gerais
As notas que se seguem respeitam a numeração definida
no Plano Oficial de Contabilidade.
As notas omitidas ou não são aplicáveis à Empresa ou a sua
apresentação não é relevante para a compreensão das
demonstrações financeiras.
Os valores indicados são expressos em euros, salvo indicação
em contrário.
01. [ PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS
As demonstrações financeiras foram preparadas segundo
a convenção dos custos históricos, modificada pela reavaliação
de certos bens das imobilizações corpóreas e na base da
continuidade das operações, em conformidade com os princípios
contabilísticos fundamentais da prudência, consistência,
substância sobre a forma, materialidade e especialização
dos exercícios.
03. [ CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOSE VALORIMÉTRICOS
a] Imobilizações corpóreas
i) Imobilizações de propriedade da Empresa
As imobilizações corpóreas estão mostradas pelos valores que
resultaram do processo de reestruturação da EDP em referência
a 94/01/01 e ao custo de aquisição ou construção para os bens
adquiridos posteriormente. As imobilizações incluem encargos
financeiros capitalizados durante a fase de construção,
resultantes de empréstimos contraídos para as financiar,
como indicado nas alíneas e) e f) desta mesma nota.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas
constantes, a taxas específicas segundo uma tabela aprovada
nos termos do Art.º. 39º. do Estatuto da EDP – EP, por despacho
do Secretário de Estado da Energia e Indústrias de Base
de 79/02/01 e do Secretário de Estado do Orçamento
de 79/03/28, de forma a reintegrarem os activos durante a vida
útil estimada para cada classe de imobilizações. Os encargos
financeiros e os encargos de estrutura imputados às
imobilizações são amortizados às mesmas taxas das classes
de imobilizado que afectam.
Os imobilizados comparticipados por terceiros são amortizados
na mesma base e às mesmas taxas dos restantes imobilizados
da Empresa, sendo o respectivo custo compensado em
proveitos e ganhos extraordinários (Nota 46.c), pela
amortização das comparticipações registadas em Acréscimos
e diferimentos – Subsídios para investimento.
As despesas de reparação e manutenção corrente do imobilizado
são consideradas como custos do exercício no ano em que ocorrem.
As despesas relacionadas com grandes reparações e benfeitorias
são consideradas como custos diferidos e transferidos para custos
do exercício num período máximo de 6 anos, conforme alínea d)
desta mesma Nota e da Nota 48 c).
ii) Imobilizações em regime de locação financeira
As imobilizações adquiridas mediante contratos de locação
financeira, bem como as respectivas responsabilidades, são
contabilizadas pelo método financeiro, pelo que o correspondente
valor e as responsabilidades estão reconhecidos no Balanço.
Consequentemente, as amortizações destes bens e os juros
incluídos nos valores das rendas são registados na demonstração
de resultados do exercício a que respeitam.
46 | 47
iii) Imobilizações afectas às concessões
Nos termos do Decreto-Lei nº 344-B/82, conforme alínea d)
da Nota 00, a concessão da distribuição de energia eléctrica
em baixa tensão não envolve a alienação dos patrimónios dos
Municípios concedentes, os quais se conservarão na propriedade
formal destes, sem prejuízo da sua afectação à exploração pela
Empresa. Em conformidade com o precedente, os imobilizados
afectos à concessão são mostrados em Imobilizações corpóreas
(Nota 10.a), com contrapartida no passivo a médio e longo
prazo.
Os valores destes imobilizados estão mostrados pelos valores
resultantes da sua avaliação à data do encontro de contas entre
os Municípios e a EDP e das diversas reavaliações efectuadas
ao abrigo de diplomas legais.
Os imobilizados afectos às concessões são amortizados na mesma
base e às mesmas taxas a que são amortizadas as imobilizações
próprias da Empresa, sendo o respectivo custo compensado
em proveitos e ganhos extraordinários (Nota 46.c), pela redução,
em igual montante, da responsabilidade para com os Municípios
(registada em Outros Devedores e Credores – Conta de
regularização – Regime DL 344-B/82).
b] Existências
Estão valorizadas ao custo de aquisição, sendo as saídas
de armazém (consumos) valorizadas ao custo médio ponderado.
c] Dívidas a terceiros em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são contabilizadas
ao contravalor em euros.
d] Custos diferidos
As despesas relacionadas com grandes reparações e benfeitorias
são contabilizadas em Acréscimos e diferimentos – Custos
diferidos e transferidas para resultados num período máximo
de 6 anos (Nota 48.c).
e] Encargos financeiros
Os encargos financeiros são repartidos entre os que são
considerados como resultantes de empréstimos contraídos
para financiar as imobilizações em curso, calculados pela aplicação
de uma taxa de juro média sobre o valor médio dos investimentos
em curso, e os considerados como resultantes de outros
empréstimos. Os primeiros são imputados a Imobilizações
em curso (Nota 11), sendo os outros contabilizados
em Resultados do exercício.
A partir do Exercício de 1995, inclusivé, a taxa de juro média
referida resulta apenas dos empréstimos contraídos no mercado
interno, deixando a Empresa de assumir riscos cambiais.
f] Encargos de estrutura
Os encargos dos departamentos responsáveis pela realização
dos projectos de investimento (Encargos directos internos – Nota
48.e) são imputados aos diversos empreendimentos em curso.
Os encargos gerais de estrutura da Empresa (incluindo os custos
de gestão da Holding) são repartidos entre o investimento
(Nota 48.e) e os resultados, em função de determinadas
proporções, sendo a parte referente ao investimento
posteriormente imputada aos diversos projectos em curso.
g] Benefícios sociais a trabalhadores
O Grupo procede à contabilização dos custos resultantes
de pensões e encargos associados de acordo com o disposto
no International Accounting Standard nº 19, derrogando deste
modo e nesta medida o disposto na Directriz Contabilística nº 19
(nota 31.b), a qual corresponde à transposição para o normativo
português da versão anterior daquela norma internacional.
A Empresa tem a responsabilidade de conceder complementos
de pensões de reforma e sobrevivência na parte que excede
as que são concedidas pela Segurança Social.
Para este efeito o Grupo EDP constituiu um Fundo de Pensões
autónomo, comum a todas as Empresas do Grupo resultantes
da cisão da EDP em 1994, para o qual foi transferida a parte
das responsabilidades passadas e já vencidas existentes
em 2002.12.31. As Empresas do Grupo continuarão a dotar este
Fundo com os recursos correspondentes às responsabilidades
que se forem vencendo em cada exercício. Em complemento deste
Fundo de Pensões o Grupo constituiu a nível da Casa-Mãe uma
provisão onde reconheceu o remanescente das responsabilidades
passadas e já vencidas existentes em 2002.12.31.
Os trabalhadores da Empresa têm a possibilidade de optar
pela reforma antecipada, quando se encontrem em determinadas
condições de idade e antiguidade pré-definidas.
Os trabalhadores da Empresa ao passarem à situação de reforma
mantêm o direito à assistência médica em condições similares
às do pessoal no activo.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Para este efeito a Empresa constitui uma Provisão (nota 34)
na qual se encontram reconhecidas as responsabilidades passadas
e já vencidas existentes em 2002.12.31 com este benefício.
A Empresa continuará a reforçar esta provisão na medida
das responsabilidades que se forem vencendo em cada exercício.
h] Vendas de Electricidade
As tarifas de energia eléctrica a clientes do SEP são fixadas
pela ERSE.
A regularização, em tarifas futuras, dos ajustamentos provenientes
de eventuais excessos ou insuficiências decorrentes da não
confirmação de certos pressupostos tarifários, torna necessária
a criação de métodos que permitam registar a periodificação
daqueles excessos ou insuficiências.
Neste sentido, os excessos ou insuficiências apuradas
no exercício, relativamente aos valores aprovados pela ERSE,
encontram-se escriturados em acréscimos e diferimentos e foram
determinados tendo como base o nível de referência de perdas
para o exercício de 2002 indicado pela ERSE.
06. [ IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O Grupo EDP é tributado em sede de IRC pelo lucro consolidado,
conforme autorização concedida pelo Ministro das Finanças,
por um período de 5 anos.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais
estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades
fiscais durante o período de 6 anos. Não é previsível a ocorrência
de qualquer responsabilidade adicional relativamente aos exercícios
de 1997 a 2002 que tenha um efeito significativo para as
demonstrações financeiras.
A Empresa não reconheceu os efeitos, em imposto sobre
o rendimento, das diferenças temporais entre activos e passivos
apurados numa base fiscal e contabilística. Sendo que
as diferenças mais significativas são as respeitantes às provisões
não aceites para efeitos fiscais e à percentagem do acréscimo
de amortizações decorrentes das reavaliações efectuadas,
não foi possível quantificar quais os efeitos atribuíveis
aos resultados transitados e aos do exercício.
07. [ PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESA
O número médio de pessoas ao serviço da Empresa durante
o exercício foi de 7.149 (7.945 em 2001), não existindo
assalariados.
48 | 49
10. [ IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
a] Activo bruto
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Rubricas Saldo Inicial Aumentos Alienações Transferências Regularizações Saldo Finale Abates
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Despesas de Instalação 131 574,27 131 574,27
Despesas de Investigação e Desenvolvimento 208 751,06 208 751,06
TOTAL (1) 340 325,33 0,00 0,00 0,00 0,00 340 325,33
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Imobilizações do Regime do DL 344-B/82 259 915 575,48 -1,87 259 915 573,61
Subtotal (2.1) 259 915 575,48 0,00 0,00 0,00 -1,87 259 915 573,61
Imobilizações próprias
Terrenos e Recursos Naturais 34 573 284,51 37 326,74 -16 889 781,60 17 720 829,65
Edifícios e Outras Construções 168 027 420,03 175 395,77 -12 620 855,14 60 862,00 155 642 822,66
Equipamento Básico: 9 051 078 321,21 54 324 733,80 -1 080 473,00 125 633 324,47 3,39 9 229 955 906,48
Equipamento Técnico Específico 9 044 500 380,65 54 095 191,13 -378 707,44 125 633 324,47 2,63 9 223 850 191,44
Outro Equipamento Básico 6 577 937,17 229 542,67 -701 765,56 0,76 6 105 715,04
Equipamento de Transporte 46 113 898,00 4 195 482,69 -7 098 781,17 -149 405,74 43 061 193,78
Ferramentas e Utensílios 1 557 883,94 63 075,16 -1 046,97 0,04 1 619 912,17
Equipamento Administrativo 52 495 642,40 27 448 119,24 -3 736 552,20 198 298,72 -12 680,07 76 392 828,09
Diferenças de Câmbio 10 374 703,62 -0,36 10 374 703,26
Outras Imobilizações Corpóreas 1 922 920,96 1 646,03 -9 367,42 -0,03 1 915 199,54
Subtotal (2.2) 9 366 144 071,28 86 245 779,68 -41 436 857,50 125 892 485,19 -162 082,77 9 536 683 395,63
Imobilizações em Curso 35 149 815,36 353 195 654,56 -125 633 324,47 0,10 262 712 145,55
Adiantamentos por c/ Imob. Corpóreas 380 978,29 150 665,60 -259 160,72 -12 930,74 259 552,43
Subtotal (2.3) 35 530 793,65 353 346 320,16 -125 892 485,19 -12 930,74 262 971 697,98
TOTAL (2) 9 661 590 440,41 439 592 099,84 -41 436 857,50 0,00 -175 015,38 10 059 570 667,22
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Investimentos em Imóveis 535 514,81 535 514,81
TOTAL (3) 535 514,81 535 514,81
Total Geral (1) + (2) + (3) 9 662 466 280,55 439 592 099,84 -41 436 857,50 0,00 -175 015,38 10 060 446 507,36
b] Amortizações
c] Observações
i) O Equipamento Básico inclui todos os equipamentos
relacionados com a distribuição de energia eléctrica,
conjuntamente com os respectivos terrenos, edifícios
e instalações.
ii) As imobilizações corpóreas do regime do DL 344-B/82
correspondem aos patrimónios afectos à distribuição de energia
eléctrica em baixa tensão transferidos das Autarquias Locais
em regime de concessão. Estes patrimónios que, embora explorados
pela EDP Distribuição – Energia, continuam propriedade
das Autarquias, totalizam em 31 de Dezembro de 2002:
Rubricas Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Despesas de Instalação 155 928,56 41 750,21 197 678,77
TOTAL (1) 155 928,56 41 750,21 197 678,77
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Imobilizações do Regime do DL 344-B/82 238 981 252,37 4 283 876,63 -1,90 243 265 127,10
Subtotal (2.1) 238 981 252,37 4 283 876,63 -1,90 243 265 127,10
Imobilizações Próprias
Edifícios e Outras Construções 70 505 099,99 3 454 030,97 -5 314 080,86 68 645 050,10
Equipamento Básico: 5 043 044 532,48 308 091 638,42 -1 036 107,73 5 350 100 063,17
Equipamento Técnico Específico 5 037 771 939,62 307 802 676,80 -373 984,85 5 345 200 631,57
Outro Equipamento Básico 5 272 592,86 288 961,62 -662 122,88 4 899 431,60
Equipamento de Transporte 30 176 256,46 4 848 101,79 -7 053 864,57 27 970 493,68
Ferramentas e Utensílios 1 010 548,61 197 460,99 -1 048,36 1 206 961,24
Equipamento Administrativo 25 431 139,14 8 918 762,70 -141 514,32 34 208 387,52
Outras Imobilizações Corpóreas 941 824,28 81 512,99 -9 289,31 1 014 047,96
Diferenças de Câmbio 2 981 297,85 344 192,52 -0,36 3 325 490,01
Subtotal (2.2) 5 174 090 698,83 325 935 700,38 -13 555 905,51 5 486 470 493,68
TOTAL (2) 5 413 071 951,20 330 219 577,01 -13 555 906,33 5 729 735 620,78
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Investimentos em Imóveis 332 856,52 10 710,29 343 566,81
TOTAL (3) 332 856,52 10 710,29 0,00 343 566,81
Total Geral (1) + (2) + (3) 5 413 560 736,28 330 272 037,51 -13 555 906,33 5 730 276 866,36
Imobilizado 259 915 573,61
Amortizações -243 265 127,10
Valor líquido 16 650 446,51
Imobilizações regime DL 344-B/82
50 | 51
11. [ CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOSFINANCEIROS
De acordo com o critério contabilístico definido na Nota 03.e),
foram capitalizados no exercício em Imobilizações em Curso juros
de financiamento no montante de 5 226 006,00 euros – Nota 14.b).
12. [ REAVALIAÇÃO DASIMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
As Imobilizações Corpóreas foram reavaliadas pela EDP ao abrigo
dos seguintes diplomas legais:
Decreto-Lei nº 430/78 Decreto-Lei nº 171/85 Decreto-Lei nº 7/91
Decreto-Lei nº 219/82 Decreto-Lei nº 118-B/86 Decreto-Lei nº 49/91
Decreto-Lei nº 399-G/84 Decreto-Lei nº 111/88 Decreto-Lei nº 264/92
Em consequência da reestruturação da EDP e de forma a dar
cumprimento aos aspectos de carácter legal relacionados com
a neutralidade fiscal subjacente àquele acto, estas reavaliações
relevam para efeitos fiscais, nomeadamente no que se refere
ao cálculo das amortizações do exercício.
13. [ QUADRO DISCRIMINATIVODAS REAVALIAÇÕES
• Os valores acima referidos são líquidos de amortizações
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Rubricas Custos Reavaliações Valores contabilísticoshistóricos reavaliados
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Imobilizações (Regime DL 344-B/82) 8 022 663,04 8 627 783,72 16 650 446,76
Terrenos e recursos naturais 5 205 541,46 12 515 288,19 17 720 829,65
Edifícios e outras construções 61 036 821,72 25 960 951,04 86 997 772,76
Equipamento básico 3 203 879 523,25 675 976 320,05 3 879 855 843,30
Equipamento de transporte 15 090 700,10 0,00 15 090 700,10
Ferramentas e utensílios 412 950,94 0,00 412 950,94
Equipamento administrativo (excepto informática) 4 219 133,31 128,58 4 219 261,89
Equipamento informático 37 965 178,68 0,00 37 965 178,68
Diferenças de câmbio 7 049 213,25 0,00 7 049 213,25
Outras imobilizações corpóreas 792 204,32 108 947,26 901 151,58
3 343 673 930,07 723 189 418,84 4 066 863 348,91
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Investimentos em imóveis 9 666,38 182 281,62 191 948,00
2002 2001
Edifícios e outras construções 0 97 834,22
Equipamento técnico específico 5 226 006,00 4 943 286,68
Estudos e projectos 196 526,37
5 226 006,00 5 237 647,27
14. [ OUTRAS INFORMAÇÕESRELATIVAS ÀS IMOBILIZAÇÕES
a] No que se refere à sua localização e afectação (valores líquidos):
* As imobilizações reversíveis correspondem aos patrimónios
afectos à Distribuição de energia eléctrica em Baixa Tensão
em regime de concessão, transferidos das Autarquias Locais.
b] No que respeita aos custos financeirosnelas capitalizados no exercício
15. [ IMOBILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA
Tal como está indicado na Nota 03.a) ii), as imobilizações corpóreas
adquiridas através de contratos de locação financeira e incluídas
no Balanço são:
É a seguinte a previsão dos pagamentos futuros:
16. [ CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
A EDP Distribuição – Energia, S.A. é incluída na consolidação
de contas da EDP – Electricidade de Portugal, S. A., com sede
na Praça Marquês de Pombal,12, em Lisboa.
23. [ DÍVIDAS DE COBRANÇADUVIDOSA
25. [ DÍVIDAS DE E AO PESSOAL
28. [ DÍVIDAS VENCIDAS AO ESTADOE OUTROS ENTES PÚBLICOS
A Empresa não tem dívidas em mora ao Estado e Outros Entes
Públicos, incluindo à Segurança Social.
29. [ DÍVIDAS A TERCEIROS – MÉDIOE LONGO PRAZO
Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço:
2002 2001
2002 2001
Clientes
Clientes de cobrança duvidosa 186 647 429,82 174 386 595,64
Outros devedores e credores
Devedores e credores diversos
– Devedores (Valor da provisão) 19 153 068,46 17 109 283,35
2002 2001
Valores a receber 266 425,25 382 149,02
Valores a pagar — —
2002 de 1 a 5 anos a mais de 5 anos Total
Empresas do Grupo
Empréstimos da Holding 658 253 126,40 251 522 218,51 909 775 344,91
Outros Credores 23 548 222,59 14 337 170,69 37 885 393,28
Cauções recebidas
de Clientes 23 352 884,20 14 337 170,69 37 690 054,89
Outras cauções recebidas 195 338,39 195 338,39
Conta de regularização
(DL 344-B/82) 16 650 446,76 16 650 446,76
681 801 348,99 282 509 835,96 964 311 184,95
2002 2001
Juros de financiamento 5 226 006,00 5 237 647,27
Amortizações do capital em dívida 293 656,83
Encargos financeiros 12 590,30
IVA 58 186,95
364 434,08
Rubricas Activo bruto Amortizações Activo líquido
Equipamento de transporte 642 201,80 -185 534,37 456 667,43
Afectas à Distribuição de Electricidade 3 879 855 843,31 4 008 033 785,34
Não Específicas 169 476 079,67 111 142,50
Implantadas em propriedade alheia 880 979,41 1 811 778,46
Reversíveis * 16 650 446,51 20 934 323,11
Total 4 066 863 348,90 4 030 891 029,41
52 | 53
31. [ COMPROMISSOS FINANCEIROS
a] Compromissos contratuais
No final do exercício encontravam-se por satisfazer encomendas
nos seguintes montantes:
b] Benefícios sociais a trabalhadores
A responsabilidade actual projectada para a data prevista
para a reforma é, em 31 de Dezembro de 2002 de 1 098 884
milhares de euros no que respeita a Complementos de Pensões
de Reforma e reformas antecipadas e de 387 975 milhares
de euros no que respeita a Actos Médicos, encontrando-se ambas
as responsabilidades integralmente cobertas nos montantes
exigidos nesta data pelos normativos aplicáveis, quer por activos
do Fundo de Pensões, quer por Provisões constituídas na própria
Empresa ou na Casa-Mãe.
No exercício foram reconhecidos os seguintes custos:
No apuramento das responsabilidades associadas a estes planos
de pensões, foram utilizados os seguintes pressupostos financeiros
e actuariais:
32. [ RESPONSABILIDADESCONTINGENTES
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Pensões Actos Médicos
Custo dos serviços correntes 8 230 4 578
Custo dos juros 63 573 23 501
Retorno estimado dos activos do fundo de pensões -41 992 0
Gastos / Perdas actuariais 8 199 0
Amortização do período inicial de transição 4 426 1 594
(milhares de euros)
2001 de 1 a 5 anos a mais de 5 anos Total
Empresas do Grupo
Empréstimos da Holding 131 650 625,35 909 775 344,91 1 041 425 970,26
Outros Credores 30 676 059,62 12 690 037,76 43 366 097,38
Cauções recebidas
de Clientes 29 957 458,51 12 690 037,76 42 647 496,27
Outras cauções recebidas 718 601,11 718 601,11
Conta de regularização
(DL 344-B/82) 20 934 323,11 20 934 323,11
162 326 684,97 943 399 705,78 1105 726 390,75
De materiais 17 549 691,00
De serviços 49 519 164,00
2002 2001
2002 2001
Garantias recebidas de clientes 118 337 956,48 118 665 321,58
Garantias recebidas de fornecedores 24 090 528,52 17 790 140,76
Garantias prestadas a Empresas do Grupo 2 170 767,95 2 170 748,50
Garantias prestadas a outras entidades 994 990,00 1 242 565,42
Taxa de rendimento do Fundo 6,5% 7,5%
Taxa de desconto 6,0% 6,5%
Taxa de crescimento dos salários 3,3% 3,5%
Taxa de crescimento das pensões 2,25% 3,5%
Taxa de revalorização dos salários
da Segurança Social 2,0% 2,25%
Taxa de inflação 2,0% 2,0%
Taxa anual de crescimento dos custos
com serviços médicos 4,5% 5,0%
34. [ MOVIMENTO DAS PROVISÕES
36. [ CAPITAL – NÚMERO DE ACÇÕES E VALOR NOMINAL
O Capital Social está representado por 204 900 000 acções
escriturais nominativas de 5 Euros cada uma, encontrando-se
totalmente subscrito e realizado.
37. [ CAPITAL – DETENTORES
O Capital é detido a 100% pela EDP – Electricidade de Portugal, S.A.
40. [ MOVIMENTOS DOS CAPITAIS PRÓPRIOS
a) De acordo com a legislação em vigor, para Reserva Legal
é obrigatória a dotação com um mínimo de 5% dos lucros.
Esta reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos
ou no aumento de capital.
b) A Reserva Livre incluída no capitais próprios da Empresa
representa o património líquido transferido no acto da
reestruturação da EDP, não coberto pelo capital social.
Rubricas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final
PARA COBRANÇAS DUVIDOSAS 235 937 500,46 23 967 079,82 17 019 075,73 242 885 504,55
Dívidas de clientes 218 828 217,11 21 270 855,71 16 366 636,73 223 732 436,09
Outros devedores 17 109 283,35 2 696 224,11 652 439,00 19 153 068,46
PARA RISCOS E ENCARGOS 282 008 850,46 41 126,500,00 10 700 814,24 312,434,536,22
Processos judiciais em curso 3 935 101,40 3 935 101,40
Actos médicos e subsídios morte 277 510 107,44 29 673 000,00 10 700 814,24 296 482 293,20
Revisão contratação colectiva trabalho 563 641,62 563 641,62
Prémios para pensões 0 11 453 500,00 11,453,500,00
517 946 350,92 65 093 579,82 27 719 889,97 555 320 040,77
Rubricas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final
Capital 1 024 500 000,00 1 024 500 000,00
Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 0,00 0,00
Reservas 328 984 509,88 9 263 000,00 338 247 509,88
Reserva legal 81 729 147,23 9 263 000,00 90 992 147,23
Reservas livres 247 255 362,65 247 255 362,65
Resultados transitados 40 196 927,40 185 946 911,51 162 522 169,00 63 621 669,91
Resultado líquido do exercício 185 254 503,22 92 820 610,11 185 254 503,22 92 820 610,11
1 578 935 940,50 288 030 521,621 347 776 672,22 1 519 189 789,90
54 | 55
c) O movimento no exercício da conta de Resultados Transitados
foi o seguinte
41 – DEMONSTRAÇÃO DO CUSTODAS MERCADORIAS VENDIDAS E CONSUMIDAS
43. [ REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
As remunerações atribuídas aos membros dos Órgãos Sociais
foram as seguintes:
(1) Valor relevado em Fornecimentos e Serviços Externos
44. [ VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
Decomposição dos valores evidenciados na Demonstração
de Resultados:
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Saldo inicial 40 196 927,40
Transferência do resultado do exercício de 2001 185 254 503,22
Por aplicação em:
Reserva legal 9 263 000,00
Dividendos 138 000 000,00
Distribuição do resultado aos corpos gerentes 132 100,00
Distribuição do resultado aos trabalhadores 15 127 069,00
Outros -692 408,29 161 829 760,71
Saldo final 63 621 669,91
Movimentos Electricidade Materiais diversos Total
Existências iniciais 15 093 448,06 15 093 448,06
Compras e produções internas 3 370 692 345,72 -941 930 941,33 2 428 761 404,39
Regularização de existências -77 287,61 -77 287,61
Existências finais 16 857 118,90 16 857 118,90
Custo do exercício 3 370 692 345,72 -943 771 899,79 2 426 920 445,94
2002 2001
Mesa da Assembleia Geral 837,00 2 932,93
Conselho de Administração 541 453,00 510 624,40
Fiscal Único (1) 53 338,98 62 649,02
595 628,98 576 206,34
2002 2001
Vendas
De Energia eléctrica – mercado interno
Em Alta Tensão e Média Tensão 964 154 231,93 938 313 789,18
Em Baixa Tensão (>41,4 kVA) 273 447 323,63 261 850 525,23
Em Baixa Tensão 2 061 687 401,48 1 932 184 266,92
Em Baixa Tensão (Iluminação Pública) 86 613 925,78 83 918 057,48
Ajustamento tarifário 70 481 629,90 42 218 254, 27
3 456 384 512,72 3 258 484 893,67
Outras – mercado interno
Materiais diversos 1 737 811,30 1 619 684,99
(1) 3 458 122 324,02 3 260 104 578,66
Prestações de serviços – mercado interno
De electricidade 10 070 374,97 9 235 239,08
De outros 11 502 974,34 10 660 210,00
(2) 21 573 349,31 19 895 449,08
(1) + (2) 3 479 695 673,33 3 280 000 027,74
45. [ DEMONSTRAÇÃODOS RESULTADOS FINANCEIROS
a] A rubrica Juros suportados inclui, entre outros, os seguintes valores:
b] A rubrica Juros obtidos inclui, entre outros,os seguintes valores:
c] A rubrica Outros proveitos e ganhosfinanceiros inclui os seguintes valores:
2002 2001
Juros do financiamento
obtido da Holding 43 229 541,52 33 574 131,34
Juros de gestão de tesouraria
da Holding 20 558 126,40 2 599 819,34
63 787 667,92 36 173 950,68
2002 2001
Compensação por atrasos
de pagamento de electricidade BT 0 3 187,32
Compensação por atrasos
de pagamento de electricidade IP 0 61 092,77
Compensação por cheques
devolvidos de clientes 48 842,81 64 379,84
Outros proveitos e ganhos financeiros 194 512,34 12 225,54
243 355,15 140 885,47
2002 2001
Juros debitados a clientes
MAT/AT/MT/BTE por atrasos
de pagamento de facturação 15 873 460,07 12 533 244,88
Juros suportados 63 962 372,22 39 366 890,71 Juros obtidos 15 883 682,90 12 556 628,53
Diferenças de câmbio desfavoráveis 682,02 165,50 Rendimentos de imóveis 197 813,88 40 911,34
Amortização de investimentos em imóveis 10 710,29 906,81 Diferenças de câmbio favoráveis 433,53 205,60
Outros custos financeiros 165 385,24 31 973,49 Desc. P/pagamento obtidos 1 051 006,84 1 976 696,16
Resultados financeiros -46 762 857,47 -24 684 614,39 Outros proveitos e ganhos financeiros 243 355,15 140 880,48
17 376 292,30 14 715 322,11 17 376 292,30 14 715 322,11
Exercícios Exercícios
2002 2001 2002 2001
56 | 57
46. ] DEMONSTRAÇÃO DOSRESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
a] A rubrica Dívidas incobráveis refere-se aClientes.
b] A rubrica Outros custos e perdasextraordinárias inclui, entre outros, os seguintes valores:
c] A rubrica Outros proveitos e ganhosextraordinários inclui, entre outros, os seguintes valores:
48. [ OUTRAS INFORMAÇÕES
a] Estado e Outros Entes Públicos
Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31
de Dezembro:
Os pagamentos de IRC por conta estão registados em Outros
devedores – Empresas do Grupo (alínea b) desta Nota.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2002 2001
Insuficiência da estimativa
para impostos (1) 12 503 836,78 0
Indemnizações por despedimento 3 501 786,09 8 313 361,67
Regularização Património
Regime DL 334-B/82 — 6 833 883,96
16 005 622,87 15 147 245,63
2002 2001
Saldos devedores
Imposto sobre o rendimento 0 3 764,59
Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA) – A recuperar 27 137 093,87 5 228 833,50
27 137 093,87 5 232 598,09
2002 2001
Saldos credores
Imposto sobre o rendimento 41 802 292,77 83 504 903,18
Retenção de impostos sobre
o rendimento 3 472 105,41 4 359 289,11
Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA) – A pagar — 309 943,04
Restantes impostos 187 860,08 215 700,16
Contribuições para a Segurança Social 5 248 786,48 5 747 648,78
Outras tributações 5 601 872,35 1 872 875,37
56 312 917,09 96 010 359,64
2002 2001
Compensação de amortizações
de imobilizações comparticipadas
(Nota 03.a. i) 66 343 814,24 58 975 798,33
Compensação de amortizações
de imobilizações corpóreas em
regime de concessão (Nota 03. a. iii) 4 283 876,38 4 881 944,51
70 627 690,62 63 857 742,84
Donativos 94 085,31 71 198,41 Restituição de impostos 8 220,18 0
Dívidas incobráveis 8 819 597,90 1 361 189,53 Recuperação de dívidas 167 325,26 397 761,40
Perdas em existências 77 140,55 237 637,29 Ganhos em existências 8 130,41
Perdas em imobilizações 219 754,90 232 345,05 Ganhos em imobilizações 13 641 894,82 2 360 794,52
Multas e penalidades 5 267,25 7 097,89 Benefícios e penalidades contratuais 23 009,46 6 494,35
Provisão p/ processos judiciais 891 750,88 Reduções de amortizações e provisões 27 719 889,97 34 069 462,60
Correcções relativas a exercícios anteriores -2 957,79 3 222 175,47 Correcções relativas a exercícios anteriores 61 273,27 10 280 109,44
Outros custos e perdas extraordinárias 21 112 104,27 22 828 957,21 Outros proveitos e ganhos extraordinários 74 378 331,64 72 246 790,24
Resultados extraordinários 85 674 952,21 90 517 191,23
115 999 944,60 119 369 542,96 115 999 944,60 119 369 542,96
Exercícios Exercícios
2002 2001 2002 2001
(1) O valor indicado refere-se à regularização de dívidas fiscais, DL 248-A/2002, de 14 de
Novembro, e diz respeito a correcções à matéria colectável dos exercícios de 1995, 1997 e 1998.
b] Outros devedores e outros credores
Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31
de Dezembro:
c] Acréscimos e diferimentos
Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31
de Dezembro:
(1) A rubrica “ Ajustamento Tarifário “ refere-se aos valores da tarifa a recuperar dentro de 2 anos
de acordo com o Despacho n.º 16 288-A/98 da ERSE, publicado no DR 213/98, II Série, relativo
ao regulamento tarifário.
(2) A rubrica “Outros Acréscimos de Proveitos” inclui, entre outros, os seguintes valores a
facturar por pessoal cedido: 1.971.005,70.
Os movimentos na rubrica Reparações e beneficiações
do imobilizado foram os seguintes:
(a) Esta rubrica inclui o montante de 20 538 milhares de euros correspondente à estimativa
de encargos financeiros do exercício, resultante do financiamento efectuado pela EDP, S.A.
A taxa de juro média utilizada foi de 4,257% correspondente a um montante de financiamento
de 482 452 milhares de euros.
2002 2001
Outros devedores
Operações com pessoal e Órgãos Sociais 266 425,25 634 802,72
Operações diversas com Empresas
do Grupo 70 421 738,25 103 502 134,85
Operações diversas com terceiros 140 359 997,13 74 971 276,63
211 048 160,63 179 108 214,20
O valor indicado em Operações diversas
com Empresas do Grupo inclui, entre
outros, os pagamentos por conta
de IRC, efectuados pela Holding 62 931 024,00 80 576 146,49
2002 2001
Saldo inicial 135 084,45 327 785,04
Transferências para Resultados -46 625,45 -192 700,59
Saldo final 88 459,00 135 084,45
2002 2001
Outros credores
Remunerações a pagar — 0
Sindicatos 96 362,21 89 389,57
Operações diversas com Empresas
do Grupo 448 703 812,94 276 784 225,02
Operações diversas com terceiros 35 581 289,53 76 093 669,26
484 381 464,68 352 967 283,85
O valor indicado em Operações diversas
com Empresas do Grupo inclui, entre
outros, o saldo da c/c da ligação
financeira com a Holding 447 663 227,44 226 705 105,70
2002 2001
Acréscimos de custos
Férias e subsídio de férias 27 496 267,29 26 128 664,92
Juros e encargos a liquidar 3 112 046,11 3 138 336,61
Compras e Aquisições de Serviços
a empresas do Grupo (a) 23 354 361,34 252 386,75
Mensualização do atendimento telefónico 0 918 985,25
Mensualização de serviços CTT 0 1 457 572,25
Aquisição de energia eléctrica
– mercado interno 0 33 893,32
Ajustamento tarifário -6 708 831,99 13 776 797,92
Outros acréscimos de custos 32 064,32 66 336,03
47 825 907,07 45 772 973,05
2002 2001
Proveitos diferidos
Subsídios para investimento
(Nota 03. a. i) 1 239 993 384,92 1 195 741 735,11
Outros proveitos diferidos 151 447,34 151 450,01
1 240 144 832,26 1 195 893 185,12
2002 2001
Acréscimos de proveitos
Energia em contadores (estimativa) 94 186 377,91 97 548 489,14
Ajustamento Tarifário (1) 49 996 000,00 0
Outros acréscimos de proveitos (2) 2 316 731,38 345 727,28
149 499 108,91 97 894 216,42
Custos diferidos
Reparações e beneficiações
do imobilizado (Nota 03. d) 88 458,25 135 085,15
Encargos de concessões (Nota 00. d) 11 903 482,83 12 207 874,02
Encargos com levantamentos
cartográficos das redes — 728,24
Rendas e alugueres 795 668,66 382 139,04
Outros custos diferidos 669 986,49 405 432,92
13 457 596,23 13 131 259,37
58 | 59
d] Fornecedores
Decomposição dos valores indicados no Balanço em 31
de Dezembro:
e] Trabalhos para a própria Empresa
Decomposição dos saldos evidenciados na Demonstração
dos Resultados em 31 de Dezembro:
f] Outros custos e perdas operacionais
Esta rubrica da Demonstração dos Resultados em 31
de Dezembro, inclui, entre outros, os seguintes valores:
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2002 2001
Fornecedores c/c
Empresas do Grupo 132 270 261,28 43 914 181,86
Outros 349 456 073,82 241 209 739,72
(1) 481 726 335,10 285 123 924,58
Fornecedores – Facturas
em recepção e conferência
Outros 20 140 561,88 60 041,29
(2) 20 140 561,88 60 041,29
Total (1) + (2) 501 866 896,98 285 183 965,87
Fornecedores de imobilizado c/c
Empresas do Grupo 2 686 112,26 11 877 979,07
Outros 31 314 506,48 27 582 999,97
34 000 618,74 39 460 977,94
2002 2001
Imobilizações em curso
Consumo de materiais 67 211 741,80 80 983 030,90
Encargos directos internos (Nota 03. f) 35 004 474,57 27 021 323,60
Encargos de estrutura (Nota 03. f) 53 249 126,94 40 265 101,11
Encargos financeiros e diferenças
de câmbio (Nota 03. e) 5 226 006,00 5 237 648,27
160 691 349,31 153 507 103,88
2002 2001
Rendas e outros encargos
de concessões (Nota 00. d) 153 991 026,35 145 641 942,92
Demonstração dos Fluxos de Caixa – Exercício de 2002
Unidade: EUR
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de clientes 3 473 465 411,85
Pagamentos a fornecedores (2 261 192 153,51)
Pagamentos ao pessoal (393 936 875,95)
Fluxos gerados pelas operações 818 336 382,39
Pagamento do imposto s/rendimento (157 141 574,49)
Outros recebimentos relativos à activ. operacional 101 572 847,34
Outros pagamentos relativos à activ. operacional (266 965 575,32)
Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias (322 534 302,47)
Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 4 010 469,19
Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (8 704 715,35)
Fluxos das actividades operacionais (1) 491 107 833,76
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos:
Investimentos financeiros 197 813,88
Imobilizações corpóreas 41 472 198,08
Subsídios de investimento 110 595 458,40
Sub-total 152 265 470,36
Pagamentos respeitantes a:
Imobilizações corpóreas (444 906 928,39)
Sub-total (444 906 928,39)
Fluxos das actividades de investimento (2) (292 641 458,03)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Sub-total 0,00
Pagamentos respeitantes a:
Amortização de contratos de locação financeira (120 816,88)
Juros e custos similares (58 923 511,20)
Dividendos (269 650 625,35)
Sub-total (328 694 953,43)
Fluxos das actividades de financiamento (3) (328 694 953,43)
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (130 228 577,70)
Efeito das diferenças de câmbio 379,26
Caixa e seus equivalentes no início do período (306 769 024,28)
Caixa e seus equivalentes no fim do período (436 997 981,24)
‘02|RC
2.4
Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa
Dep. bancários imediatam/ mobilizáv. e equiv. a caixa 46 624 930,93 10 114 243,75Descobertos bancários (35 959 684,73) (50 178 163,64)
Devedores diversosLigação financeira com a Holding (447 663 227,44) (266 705 104,39)
Caixa e seus equivalentes (436 997 981,24) (306 769 024,28)
DISPONIBILIDADES CONSTANTES DO BALANÇO (436 997 981,24) (306 769 024,28)
2002 2001DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTESDE CAIXA E S/ EQUIVALENTES
60 | 61
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração dos Resultados por Funções
Unidade: EUR
Vendas e prestações de serviços 3 479 695 673,33 3 280 000 027,74Custo das vendas e das prestações de serviços -2 346 799 947,01 -2 047 706 319,95
Resultados Brutos 1 132 895 726,32 1 232 293 707,79Outros proveitos e ganhos operacionais 293 467 023,08 295 510 866,88Custos de distribuição -1 004 581 258,57 -1 063 413 823,73Custos administrativos -169 297 957,63 -122 395 401,26Outros custos e perdas operacionais -71 763 471,60 -58 153 589,27
Resultados operacionais 180 720 061,60 283 841 760,41Custo líquido de financiamento -48 078 689,32 -26 810 262,11Ganhos (perdas) em filiais e associadasGanhos (perdas) em outros investimentos 187 103,59 40 005,09
Resultados correntes 132 828 475,87 257 071 503,39Imposto sobre os resultados correntes -40 007 865,76 -71 817 000,14
Resultados correntes após impostos 92 820 610,11 185 254 503,25Resultados extraordináriosImposto sobre os resultados extraordinários
Resultados líquidos 92 820 610,11 185 254 503,25
Resultados por acção 0,45 0,90
2002 2001
2.5
Lisboa, 7 de Março de 2003
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O DIRECTOR FINANCEIRO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Rui Guilherme Ferreira Lopes José Manuel Chorão Francisco de la Fuente SánchezAntónio Manuel Barreto Pita de Abreu
Arnaldo Pedro F. Navarro MachadoJoão José Gomes de AguiarJosé Alberto Marcos da Silva
José Celestino de Oliveira RochaManuel Luís Machado Norton Brandão
‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
ASSUMIMOSCOMPROMISSOS.VAMOS CUMPRI-LOS’
ÍNDICE
[ DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
‘65
‘67
‘68
CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO
EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DE ACCIONISTAS
64 | 65
[[ IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
Examinámos as demonstrações financeiras da EEDDPP DDiissttrriibbuuiiççããoo ––
EEnneerrggiiaa SS..AA.., as quais compreendem o Balanço em 31
de Dezembro de 2002, (que evidencia um total de 5.141.351
milhares de euros e um total de capital próprio de 1.519.190
milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 92.821
milhares de euros), as Demonstrações dos resultados,
por naturezas e por funções, e a Demonstração dos fluxos
de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes
Anexos.
[[ RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEESS
É da responsabilidade do Conselho de Administração
a preparação de demonstrações financeiras que apresentem
de forma verdadeira e apropriada a posição financeira
da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa,
bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos
adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno
apropriado.
A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião
profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas
demonstrações financeiras.
[[ ÂÂMMBBIITTOO
O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com
as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria
da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem
que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo
de obter um grau de segurança aceitável sobre as demonstrações
financeiras não contêm distorções materialmente relevantes.
Para tanto o referido exame incluíu: (i) a verificação, numa base
de amostragem, do suporte das quantias e divulgações
constantes das demonstrações financeiras e a avaliação
das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos
pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
(ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas
contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta
as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio
da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se é adequada,
em termos globais, a apresentação das demonstrações
financeiras.
Entendemos que o exame efectuado proporciona e uma base
aceitável para a expressão da nossa opinião.
[[ RREESSEERRVVAA
Conforme referido na Nota 6 do Anexo, a Empresa não tem
como critério contabilístico reconhecer os efeitos das diferenças
temporais, subjacentes aos activos e passivos relevados
no Balanço, no cômputo global de impostos sobre rendimento.
Com base na informação disponível, desta prática resultou
uma subvalorização em rubricas específicas de acréscimos
e diferimentos activos no montante de 106.190 milhares
de euros e passivos no montante de 112.546 milhares de euros
por contrapartida de Resultados transitados em 6.548 milhares
de euros e de Resultados líquidos do exercício em 193 milhares
de euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
‘02|RC
3.1CERTIFICAÇÃOLEGAL DAS CONTAS
[[ OOPPIINNIIÃÃOO
Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos da situação
referida no parágrafo nº 6 acima, as referidas demonstrações
financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada,
em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição
financeira da EEDDPP DDiissttrriibbuuiiççããoo –– EEnneerrggiiaa SS..AA.., em 31
de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações
e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data,
em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites em Portugal.
[[ ÊÊNNFFAASSEE
Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior,
chamamos a atenção para o facto de que, em relação ao plano
de pensões de reforma e conforme referido na nota 3g)
do Anexo, sendo a gestão do Fundo e das eventuais
insuficiências ou excessos de cobertura das responsabilidades
efectuadas pela Empresa-mãe, estas demonstrações financeiras
apenas reconhecem os custos (ou proveitos) que, inerentes
ao período, são liquidados por aquela.
Lisboa, 7 de Março de 2003
Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda.
representada por:
Carlos Marques Bernardes, R.O.C.
66 | 67
Senhores Accionistas,
Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram,
apresentamos o relatório sobre a actividade fiscalizadora
desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório de gestão
e as demonstrações financeiras apresentados pelo Conselho
da EEDDPP DDiissttrriibbuuiiççããoo –– EEnneerrggiiaa,, SS..AA.. relativamente ao exercício
findo em 31 de Dezembro de 2002.
No decurso do exercício acompanhámos, com periodicidade
e a extensão que considerámos adequada, a actividade
da empresa. Verificámos a regularidade da escrituração
contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos
também pela observância da lei e dos estatutos.
Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado,
emitimos a respectiva Certificação Legal das Contas, em anexo,
bem como o Relatório sobre a Fiscalização endereçado
ao Conselho de Administração nos termos do art.º 451º
do Código das Sociedades Comerciais.
No âmbito das nossas funções verificámos que:
o Balanço, as Demonstrações dos resultados por naturezas
e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa,
e o correspondente Anexo permitem uma adequada compreensão
da situação financeira da empresa e dos seus resultados;
as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados
são adequados;
o Relatório de gestão é suficientemente esclarecedor da evolução
dos negócios e da situação da sociedade evidenciando os
aspectos mais significativos;
a proposta de aplicação de resultados se encontra devidamente
explicitada.
Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas
do Conselho de Administração e Serviços e as conclusões
constantes da Certificação Legal das Contas, somos do parecer
que:
Seja aprovado o Relatório de gestão;
Sejam aprovadas as demonstrações financeiras;
Seja aprovada a proposta de aplicação de resultados.
Lisboa, 7 de Março de 2003
O Fiscal Único
Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., L.da.
representada por:
Carlos Marques Bernardes, R.O.C.
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
‘02|RC
3.2RELATÓRIO E PARECERDO FISCAL ÚNICO
Realizada em 26 de Março de 2003
Acta nº 1/2003
“(...)
Foi concedida a palavra ao Engenheiro Francisco de la Fuente
Sánchez, presidente do Conselho de Administração que,
em nome do Conselho, fez uma apresentação breve da actividade
da empresa, realçando o bom resultado do exercício decorrido
num ambiente de intensa exigência regulatória e de crescente
abertura do mercado, assinalando em especial os esforços
desenvolvidos no incremento dos padrões de qualidade
de serviço e no melhor relacionamento com as autarquias
e outros interlocutores institucionais, bem como os Clientes
em geral, terminando com palavras de apreço ao trabalho
realizado e de confiança no futuro.
Concluída a apresentação e apreciação do primeiro ponto
da ordem de trabalhos, foram submetidas a votação e aprovados
os documentos de prestação de contas do exercício do ano
de dois mil e dois.
Passando ao segundo ponto da ordem de trabalhos, o Presidente
da Mesa submeteu à apreciação as propostas do Conselho
de Administração e da accionista única, tendo sido deliberada
a seguinte aplicação do resultado do exercício do ano dois mil
e dois, no valor líquido de 92 820 610,11 euros (noventa e dois
milhões oitocentos e vinte mil seiscentos e dez euros e onze
cêntimos):
Para Reserva Legal – 4 641 100,00 euros (quatro milhões
seiscentos e quarenta e um mil e cem euros);
Para Dividendos – 71 000 000,00 euros (setenta e um milhões
de euros);
Para Distribuição de Resultados aos membros dos Corpos Sociais
– 157 800,00 euros (cento e cinquenta e sete mil e oitocentos
euros);
Para Distribuição de Resultados aos Trabalhadores –
15 407 300,00 euros (quinze milhões quatrocentos e sete mil
e trezentos euros);
Para Resultados Transitados – 1 614 410,11 euros (um milhão
seiscentos e catorze mil quatrocentos e dez euros e onze
cêntimos).
Entrando em seguida no terceiro ponto da ordem de trabalhos,
o representante da accionista, Doutor Manuel de Jesus Martins,
formulou um voto de reconhecimento e confiança ao Conselho
de Administração e ao Fiscal Único, que foi aprovado.
(...)”
‘02|RC
3.3EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIAGERAL DE ACCIONISTAS
68 | 69
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
‘4|ANEXOS
SOMOS UMA EMPRESAESTRATÉGICAMENTEORIENTADA PARAO CLIENTE’
ÍNDICE
[ ANEXOS
‘73
‘74
‘75
‘76
‘77
ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO
PRINCIPAIS ELEMENTOS ESTATÍSTICOS
BALANÇO DE ENERGIA ELÉCTRICA
NÚMERO DE CLIENTES E ENERGIA FORNECIDA DIRECTAMENTE AO CONSUMIDOR FINAL (SEP)
RESUMO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS EM SERVIÇO
72 | 73
1] Artº 447º, Nº5, do Código das SociedadesComerciais
Participações que os membros dos órgãos de administração
e fiscalização da sociedade detêm na EDP – Electricidade
de Portugal, S.A., Holding do Grupo no qual se integra
a EDP Distribuição – Energia, S.A.:
2] Artº 448º, Nº 4, do Código das SociedadesComerciais
Accionistas que, em 31 de Dezembro de 2002, eram titulares
do capital da EDP Distribuição – Energia, S.A.:
EDP – Electricidade de Portugal, S.A., com sede na Praça Marquês
de Pombal, 12, Lisboa: 100% do capital social.
Lisboa, 7 de Março de 2003
O Conselho de Administração
Francisco de la Fuente Sánchez
António Manuel Barreto Pita de Abreu
Arnaldo Pedro F. Navarro Machado
João José Gomes de Aguiar
José Alberto Marcos da Silva
José Celestino de Oliveira Rocha
Manuel Luís Machado Norton Brandão
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘4|ANEXOS
‘02|RC
4.1ANEXO AO RELATÓRIODE GESTÃO
Número de Acções detidasem 31 de Dezembro de 2002
Membros do CA
Francisco de la Fuente Sánchez 7 793
Cônjuge: Maria Berta Pi B. R. de la Fuente Sánchez 2 580
António Manuel Barreto Pita de Abreu 4 590
Cônjuge: Gilda Maria L.B. Pita de Abreu 390
Arnaldo Pedro Figueiroa Navarro Machado 9 680
João José Gomes de Aguiar 11 717
Cônjuge: Maria de Fátima B.M. de Aguiar 994
José Alberto Marcos da Silva 10 685
Cônjuge: Maria Albertina N.M. Marcos da Silva 2 040
Filho menor: José Filipe M. Marcos da Silva 510
José Celestino de Oliveira Rocha 9 757
Cônjuge: Maria Cardoso Roldão 510
Manuel Luís Machado Norton Brandão 7 495
Cônjuge: M. Clara Lopes C. N. F. Norton Brandão 520
‘02|RC
4.2PRINCIPAISELEMENTOS ESTATÍSTICOSRubricas Unidades 1998 1999 2000 2001 2002
COMPRAS DE ENERGIA ELÉCTRICA PARA O SEP GWh 33 243 35 095 37 007 38 726 38 972
VENDAS DE ENERGIA ELÉCTRICA AO SEP GWh 30 363 32 297 34 107 35 524 35 973
a outros distribuidores GWh 111 121 129 137 137
a clientes finais MAT, AT e MT a) GWh 13 909 14 382 15 076 15 491 15 331
a clientes finais BT a) GWh 16 344 17 793 18 902 19 895 20 505
PERDAS (SEP) GWh 2 757 2 756 2 868 3 166 2 972
PROVEITOS DE VENDA DE ELECTRICIDADE b) Milhões euros 2 951 2 943 3 066 3 216 3 373
INVESTIMENTO TOTAL Milhões euros 263 234 237 266 371
INSTALAÇÕES EM SERVIÇO NO FINAL DO ANO
Subestações – Potência de transformação MVA 12 690 12 752 12 902 12 971 13 213
Linhas AT e MT km 55 351 56 289 57 025 57 637 58 556
Cabos subterrâneos AT e MT km 9 683 10 135 10 415 10 893 11 352
Postos de Transformação – Potência instalada MVA 11 663 12 169 12 776 13 432 14 094
Redes BT km 112 075 114 914 117 039 118 104 120 238
Contadores milhares 5 215 5 366 5 635 5 779 5 903
NÚMERO DE CLIENTES NO FINAL DO ANO c) 5 161 391 5 291 520 5 415 304 5 541 728 5 665 056
MAT, AT e MT 17 520 18 242 18 935 19 717 20 593
BT (incluindo IP) 5 143 871 5 273 278 5 396 369 5 522 011 5 644 463
Nº TRABALHADORES NO FINAL DO ANO d) 9 938 9 034 8 225 7 184 6 981
a) A partir de 1999 inclui vendas e exclui trocas entre empresas do Grupo EDP
b) Sem IVA. Inclui vendas ao Grupo EDP
c) A partir de 1999 inclui clientes do Grupo EDP
d) Trabalhadores do activo
74 | 75
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘4|ANEXOS
‘02|RC
4.3BALANÇODE ENERGIA ELÉCTRICA(GWh) 2001 2002 Variação %
COMPRAS DE ENERGIA ELÉCTRICA PARA O SEP 38 726 38 972 0,6
à REN 35 282 34 801 -1,4
aos PRE 2 552 2 817 10,4
ao SENV 891 1 354 51,9
VENDAS DE ENERGIA ELÉCTRICA AO SEP 35 524 35 973 1,3
a outros distribuidores 137 137 0,1
a clientes finais 35 387 35 836 1,3
MAT 797 875 9,8
AT 3 462 3 396 -1,9
MT 11 232 11 060 -1,5
BTE 2 810 2 891 2,9
BTN 16 021 16 534 3,2
IP 1 065 1 080 1,5
TROCAS DE ENERGIA ENTRE EMPRESAS DO GRUPO EDP 13 7 -50,0
AT 5 5 19,1
MT 9 1 -85,4
CONSUMOS PRÓPRIOS 22 20 -8,9
PERDAS (SEP) 3 166 2 972 -6,1
a) 8,3% 7,8% -6,5
TRÂNSITOS DE ENERGIA ELÉCTRICA PARA O SENV
Energia entrada 537 993 85,1
Energia saída 520 958 84,3
PERDAS (SENV) 17 35 107,9
PERDAS (SEP + SENV) 3 183 3 008 -5,5
a) Em percentagem da energia entrada, sem clientes MAT
‘02|RC
4.4NÚMERO DE CLIENTES E ENERGIAFORNECIDA DIRECTAMENTE AO CLIENTE FINAL (SEP) *
2001 2002 Variação %
Número de clientes 5 541 728 5 665 056 2,2
MAT 11 11 0,0
AT 112 117 4,5
MT 19 594 20 465 4,4
BTE 26 547 27 361 3,1
BTN 5 455 505 5 575 989 2,2
IP 39 959 41 113 2,9
Consumo de electricidade (GWh) 35 387 35 836 1,3
Iluminação e outros usos: 18 616 19 241 3,4
Domésticos 10 188 10 513 3,2
Não domésticos 8 428 8 728 3,6
Iluminação de edifícios do Estado, dos Corpos Administrativos, etc. 1 722 1 700 -1,3
Cozinha e aquecimento 8 8 -4,4
Usos industriais 12 882 12 593 -2,2
Usos agrícolas 737 776 5,4
Tracção 358 439 22,5
Iluminação pública 1 065 1 080 1,5
* Exclui consumos próprios da EDP Distribuição e trocas de energia entre empresas do Grupo EDP.
76 | 77
RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘4|ANEXOS
SITUAÇÃO NO FINAL DO ANO 2001 2002 Variação %
Subestações
Nº de subestações 368 373 1,4
Nº de transformadores 651 659 1,2
Potência instalada (MVA) 12 971 13 213 1,9
Linhas (incluindo ramais, em km) 68 530 69 909 2,0
Aéreas 57 637 58 556 1,6
AT (60/130 kV) 6 925 7 097 2,5
MT (<6/10/15/30/40 kV) 50 712 51 460 1,5
Cabos Subterrâneos 10 893 11 352 4,2
AT (60/130 kV) 352 357 1,6
MT (<6/10/15/30/40 kV) 10 542 10 995 4,3
Postos de Transformação
Unidades 49 165 50 633 3,0
Potência instalada (MVA) 13 432 14 094 4,9
Redes BT (km) 118 104 120 238 1,8
Aéreas 95 059 96 265 1,3
Subterrâneas 23 044 23 973 4,0
Contadores (Unidades) 5 779 459 5 902 787 2,1
AT e MT 23 170 24 046 3,8
BT e BTE 5 756 289 5 878 741 2,1
‘02|RC
4.5RESUMO DAS INSTALAÇÕESE EQUIPAMENTOS EM SERVIÇO
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS CONCLUÍDOS EM 2002
Subestações
Nº de subestações 8
Nº de transformadores 8
Potência instalada (MVA) 120
Linhas (incluindo ramais, em km) 1 779
Aéreas 1 309
AT (60/130 kV) 156
MT (<6/10/15/30/40 kV) 1 153
Cabos Subterrâneos 470
AT (60/130 kV) 9
MT (<6/10/15/30/40 kV) 461
Postos de Transformação
Unidades 1 740
Potência instalada (MVA) 632
Redes BT (km) 2 775
Aéreas 1 831
Subterrâneas 943
Contadores (Unidades) 123 328
AT e MT 876
BT e BTE 122 452
78 | 79