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ESTAMOS PRESENTES ONDE OS NOSSOS CLIENTES 02 | RC Relatório e Contas Consolidadas

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ESTAMOSPRESENTESONDE OSNOSSOSCLIENTES

‘02|RCRelatório e ContasConsolidadas

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O ano de 2002 foi o ano da modernização da EDP Distribuição nas principais áreas de actividade

da empresa, envolvendo um grande esforço financeiro e de recursos humanos na implementação

de novos sistemas comerciais, técnicos e de gestão.

A modernização na Área Técnica foi marcada pela introdução de novos e modernos sistemas

de planeamento e de condução de redes (Dplan e Genesys), de novos sistemas de apoio ao projecto,

à construção e à manutenção das instalações (GeoEDP e PS/PM) e por um claro reforço

do investimento na automatização das instalações e dos equipamentos.

Na Área Comercial foram alargados os canais de atendimento, pelo que passámos a colocar

à disposição dos nossos clientes, para além das lojas próprias e dos pontos de energia credenciados,

a rede dos CTT, assegurando, desta forma, a presença da EDP Distribuição em todas as sedes

de Concelho. Uma forte aposta foi feita na Internet, com a Loja Virtual, e o atendimento telefónico

foi transformado num centro de contactos. Com o novo sistema comercial, mais potenciado e flexível

(ClienteMais), procurou-se conhecer e apoiar, cada vez mais e melhor, todos os nossos clientes.

Na Área de Gestão, a introdução da quase totalidade dos novos sistemas de que o Grupo EDP dispõe

(módulos SAP) marcou claramente o ano de 2002. Contudo, a aposta na modernização levou a que

se tenha revelado necessário introduzir novos métodos e processos, com novas formas de organização

do trabalho, potenciando desta forma a optimização de recursos quer humanos, quer materiais.

As dificuldades associadas à introdução, em simultâneo, de tantos sistemas, e a superação

das mesmas, só foi possível graças à continuada mobilização, envolvimento e esforço de cada um

dos trabalhadores da EDP Distribuição.

O Programa Eficiência, lançado no Grupo EDP em meados de 2002, é fundamental para a EDP

Distribuição, uma vez que assenta no reconhecimento da necessidade e da vontade de nos tornarmos

cada vez mais eficientes e mais eficazes. Este Programa permitiu analisar, com grande profundidade,

as principais áreas de actividade, identificando um conjunto de melhorias susceptíveis de aumentar

a eficiência da empresa, reduzindo custos e garantindo a sustentabilidade do negócio.

Em 2002, foram concretizados os principais objectivos constantes do Plano e Orçamento,

nomeadamente em termos de realização dos investimentos projectados, no esforço de contenção

dos custos dos fornecimentos e serviços externos, na realização de acções de manutenção

e principalmente na melhoria dos indicadores de qualidade de serviço técnica.

MENSAGEM DO PRESIDENTE

‘02RC

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2 | 3

Terminámos o ano com cerca de 93 milhões de euros de resultados líquidos, montante claramente

inferior ao resultado obtido em 2001 (menos 50%), consequência do enquadramento regulatório

vigente.

Esta situação, extremamente gravosa para a EDP Distribuição, tem tendência para manter-se apesar

dos esforços já efectuados na contenção de custos e na melhoria da eficiência, pois que as tarifas

que têm vindo a ser publicadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) continuam

a não reconhecer os efectivos custos de exploração da empresa.

Os esforços que têm vindo a ser desenvolvidos em termos de reforço e manutenção das redes

e dos sistemas de informação tornaram possível que, em 2002, se obtivessem melhores níveis

de qualidade de serviço.

Ao desafio da abertura de mercado, a empresa tem procurado responder com a fidelização dos seus

clientes apostando, de forma continuada, na melhoria da qualidade de serviço e empreendendo

acções, de âmbito comercial, com o objectivo de uma maior aproximação aos clientes

e do conhecimento das suas necessidades e expectativas.

No próximo exercício a EDP Distribuição ter-se-á que afirmar como empresa eficiente e competitiva,

estrategicamente orientada para o cliente, apostada na melhoria da qualidade de serviço e capaz

de vencer o desafio da liberalização.

Francisco de la Fuente Sánchez

Presidente do Conselho de Administração

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ MENSAGEM DO PRESIDENTE

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ENQUADRAMENTOEMPRESARIAL

EDP Distribuição - Energia, S.A.

ASSENTAMOSA NOSSA CONDUTANOS VALORESDA CIDADANIAEMPRESARIAL,QUALIDADEE COMPETÊNCIA’

‘02|RC

MACROESTRUTURA

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4 | 5

‘ASSEMBLEIA

GERAL

‘CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

‘ASSESSORESDO CA

GAB. DE PLANEAMENTO,

CONTROLO E REGULAÇÃO

GAB. DO PROJECTO DO

SISTEMA COMERCIAL

GAB. DE AUDITORIA

GAB. DE SISTEMAS

E INFORMÁTICA

GAB. DE ACOMPANHAMENTO

DO CLIENTE

GAB. DE COMUNICAÇÃO

E IMAGEM

GAB. JURÍDICO

DIR. PLANEAMENTO DE REDE

DIR. DE DESPACHO

E CONDUÇÃO

GAB. DE NORMALIZAÇÃO

E TECNOLOGIA

GAB. DE GESTÃO

DE TELECONTAGEM

GAB. DE SISTEMAS

TÉCNICOS

DEP. DE PLANEAMENTO

ECONÓMICO E APOIO À GESTÃO

DIR. DE GESTÃO E SISTEMAS

COMERCIAIS

DIR. DE MARKETING

DIR. DE CLIENTES RESIDENCIAIS

E PEQUENAS EMPRESAS

DIR. COMERCIAL DE REDES,

EMPRESAS E AUTARQUIAS

GAB. DE COMPRA DE ENERGIA

GAB. DE TRANSFORMAÇÃO

E INOVAÇÃO

DIR. DE RECURSOS HUMANOS

DIR. ADMINISTRATIVA

E FINANCEIRA

DIR. DE APROVISIONAMENTOS

DIR. DE SERVIÇOS DE REDE

NORTE

DEP. DE

INFRAESTRUTURAS

ÁREA DE REDE

GRANDE PORTO

ÁREA DE REDE

MINHO

ÁREA DE REDE

AVE SOUSA

ÁREA DE REDE

TRÁS-OS-MONTES

DIR. DE SERVIÇOS DE REDE

CENTRO

DEP. DE

INFRAESTRUTURAS

ÁREA DE REDE

BEIRA LITORAL

ÁREA DE REDE

COIMBRA/LOUSÃ

ÁREA DE REDE

BEIRA INTERIOR

ÁREA DE REDE

LITORAL CENTRO

DIR. DE SERVIÇOS DE REDE

SUL

DIR. DE

INFRAESTRUTURAS

ÁREA DE REDE

GRANDE LISBOA

ÁREA DE REDE

OESTE

ÁREA DE REDE

VALE DO TEJO

ÁREA DE REDE

PEN. DE SETÚBAL

ÁREA DE REDE

ALENTEJO

ÁREA DE REDE

ALGARVE

GAB. DE TELECOMUNICAÇÕES

DEP. DE APOIO À GESTÃO

‘ÁR

EA

DE

AP

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DO

CA

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4 | 5

‘ORGÃODE FISCALIZAÇÃO

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CORPOS SOCIAIS

‘02‘02

ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO

Efectivo : Bernardes, Sismeiro & Associados - SROC

Suplente : Dr. Poças Esteves - ROC

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Eng. Augusto Manuel Valente Vaz Presidente

Dr. António José Marrachinho Soares Secretário

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng. Francisco de la Fuente Sánchez Presidente

Eng. António Manuel Barreto Pita de Abreu Vogal

Eng. Arnaldo Pedro F. Navarro Machado Presidente da Comissão Executiva

Eng. João José Gomes de Aguiar Vice-Presidente da Comissão Executiva

Eng. José Alberto Marcos da Silva Vogal

Bach. José Celestino Oliveira Rocha Vogal

Eng. Manuel Luís Machado Norton Brandão Vogal

ASSESSORES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng. António Ribeiro dos Santos

Dr. Francisco J. C. Espírito Santo

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Eng. João José Gomes AguiarVice-Presidente

6 | 7

‘COMISSÃO EXECUTIVA

Eng. Arnaldo Pedro F. Navarro MachadoPresidente

Eng. José Alberto Marcos da SilvaAdministrador

Dr. José Celestino Oliveira RochaAdministrador

Eng. Manuel Luís Machado Norton BrandãoAdministrador

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QUADROS DIRIGENTES

‘02‘02ÁREA DE APOIO AO CA

GABINETES

Eng. João Carlos Campos GuimarãesGabinete de Planeamento, Controlo e Regulação

Eng. Jorge Manuel Vaz VenturaGabinete de Transformação e Inovação

Eng. João Carlos Campos GuimarãesGabinete do Projecto do Sistema Comercial

Dr. Eduíno Guilherme PiresGabinete de Auditoria

Eng. António Alves CoelhoGabinete de Sistemas e Informática

Eng. Rui Alberto Matos CunhaGabinete de Acompanhamento do Cliente

Dr.ª Maria Antónia FonsecaGabinete de Comunicação e Imagem

Dr.ª Maria Virgínia Bastos SantosGabinete Jurídico

ÁREA COMERCIAL

Eng. Carlos Ferreira BotelhoDirecção de Gestão e Sistemas Comerciais

Dr. José Carlos RibeiroDirecção de Marketing

Eng. Fernando Pinto de CarvalhoDirecção de Clientes Residenciais

e Pequenas Empresas

Eng. Carlos Ferreira BotelhoDirecção Comercial de Redes, Empresas

e Autarquias

Eng.º Valdemar TabordaGabinete de Compra de Energia

ÁREA DE SUPORTE

Dr.ª Isabel Ramires RamosDirecção de Recursos Humanos

Dr. José Manuel Basílio ChorãoDirecção Administrativa e FinanceiraÁREA DE GESTÃO DE REDE

Eng. Francisco José Barroso MiraDirecção de Planeamento de Rede

Eng. Ângelo Manuel SarmentoDirecção de Despacho e Condução

Eng. Jorge Manuel Moreira MartinsGabinete de Normalização e Tecnologia

Eng. Carlos Alberto M. Portugal AbreuGabinete de Gestão de Telecontagem

Eng. António Manuel Alves FonsecaGabinete de Sistemas Técnicos

Eng. José Manuel Fernandes CamachoDepartamento de Planeamento Económico

e Apoio à Gestão

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8 | 9

ÁREA DE SERVIÇOS DE REDE

Eng. Rui Bravo MartinsDirecção de Aprovisionamentos

Eng. António José Machado VazDirecção de Serviços de Rede-Norte

Eng. António Manuel Marques de SousaÁrea de Rede Grande Porto

Eng. Mário Cunha R. GuimarãesÁrea de Rede Minho

Eng. António B. Santos FerreiraÁrea de Rede Ave Sousa

Eng. Carlos Alberto Bexiga FilipeÁrea de Rede Trás-os-Montes

Eng. José António Vieira de SousaDepartamento de Infraestruturas Norte

Eng. Fernando Leonel Ganso BarãoDirecção de Serviços de Rede-Centro

Eng. José António Garcia MendesÁrea de Rede Beira Litoral

Eng. António José Geraldo TabordaÁrea de Rede Coimbra/Lousã

Eng. José António MarméÁrea de Rede Beira Interior

Eng. Manuel Luciano Costa GomesÁrea de Rede Litoral Centro

Eng. Fernando Jorge Pais RochaDepartamento de Infraestruturas Centro

Eng. Manuel São Miguel OliveiraDirecção de Serviços de Rede-Sul

Eng. José Alberto TeixeiraDirecção de Infraestruturas Sul

Eng. António Oliveira ChaleiraÁrea de Rede Vale do Tejo

Eng. António João Cunha PinheiroÁrea de Rede Península de Setúbal

Eng. Jorge Alexandre C. Silva GouveiaÁrea de Rede Alentejo

Eng. Damião Martins ParenteÁrea de Rede Algarve

Eng. António Campos CristinoGabinete Telecomunicações

Dr. Eduardo PinheiroDepartamento de Apoio à Gestão

Eng. António Manuel Aires MessiasÁrea de Rede Grande Lisboa

Eng. Rui Manuel Oliveira SantosÁrea de Rede Oeste

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‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

APOSTAMOS DE FORMACONTINUADA NA MELHORIADE QUALIDADE DE SERVIÇO’

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ÍNDICE

[ RELATÓRIO DE GESTÃO

‘13

‘17

‘24

‘28

‘31

‘37

ENQUADRAMENTO EMPRESARIAL

13 REORGANIZAÇÃO

13 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E ENERGÉTICO

15 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

16 PROCURA DE ELECTRICIDADE

ACTIVIDADE COMERCIAL

17 POLÍTICA COMERCIAL

18 BASE DE CLIENTES

19 COMPRA E VENDA DE ENERGIA

22 FACTURAÇÃO E COBRANÇA

22 DÍVIDAS DE CLIENTES

23 QUALIDADE DE SERVIÇO COMERCIAL

REDE ELÉCTRICA

24 DESENVOLVIMENTO DA REDE

25 INDICADORES DE UTILIZAÇÃO

25 QUALIDADE DE SERVIÇO

26 PROJECTO E CONSTRUÇÃO

26 MANUTENÇÃO

26 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E SISTEMAS

27 AMBIENTE

RECURSOS HUMANOS

28 QUADRO DE PESSOAL

29 FORMAÇÃO PROFISSIONAL

30 PREVENÇÃO E SEGURANÇA

EVOLUÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

31 BALANÇO

31 CUSTOS E PROVEITOS

33 CONTA DE RESULTADOS

34 INVESTIMENTO

35 CONSERVAÇÃO

35 FINANCIAMENTO

36 PRINCIPAIS INDICADORES

CONSIDERAÇÕES FINAIS

37 PERSPECTIVAS PARA 2003

37 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

37 NOTA FINAL

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12 | 13

[ REORGANIZAÇÃO

Na sequência dos desafios colocados quer pela nova fase de

liberalização do sector eléctrico quer pelas acrescidas exigências

decorrentes da legislação aplicável ao sector, nomeadamente

as decorrentes do Regulamento da Qualidade de Serviço (RQS)

foram, no primeiro semestre de 2002, criadas duas novas

estruturas na EDP Distribuição – Gabinete de Telecontagem

e Gabinete de Acompanhamento do Cliente.

No caso do Gabinete de Telecontagem, a sua actividade

desenvolve-se na área de sistemas de medida, por telecontagem,

e no relacionamento com os clientes servidos por aquele sistema,

bem como na implementação do Plano de Telecontagem imposto

pelo Regulamento de Relações Comerciais.

Quanto ao Gabinete de Acompanhamento do Cliente, a sua

criação resulta da crescente orientação para o cliente por parte

da empresa, e centra a sua actividade na gestão de todos

os pedidos de informação e reclamações apresentadas pelos

clientes, entidades, instituições ou fornecedores de energia,

por forma a garantir a elaboração de respostas com qualidade

e coerência, respeitando os prazos estabelecidos no RQS.

[ ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E ENERGÉTICO

Apesar da retoma, ainda que moderada, da economia dos Estados

Unidos, assistiu-se no ano 2002 a um agravamento da situação

económica no conjunto dos países da União Europeia (UE 15),

em que o crescimento real do Produto Interno Bruto (cerca de

1%), ficou ainda aquém da taxa registada no ano anterior

(1,5%).

Em Portugal, o desempenho da economia situou-se mesmo

abaixo da média dos restantes parceiros comunitários – o

crescimento real do Produto foi de apenas 0,5%, o que

corresponde a um terço do verificado em 2001.

O fraco desempenho da economia portuguesa é essencialmente

explicado pelo forte abrandamento da procura interna, na

sequência dos elevados níveis de endividamento, a par da perda

de competitividade associada ao forte crescimento dos custos

unitários do trabalho. Com efeito, a taxa de inflação manteve,

em 2002, um nível bastante superior ao dos principais parceiros

comunitários, devido ao grande contributo dos bens não

transaccionáveis, em que o acréscimo de preços foi de 5,4%.

Como consequência deste facto, o crescimento do preço implícito

no Produto Interno Bruto (PIB) foi significativamente superior

ao do Índice de Preços no Consumidor (IPC) – cerca de 4,6%

e 3,6%, respectivamente.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

‘02|RC

1.1ENQUADRAMENTOEMPRESARIAL

????????????

Produto Interno Bruto(variações reais em 2002)

UE 15

AL

EM

AU

SM

BE

LM

DIN

M

ES

PM

FIN

M

FR

AM

GR

EM

HO

LM

IRL

M

ITA

M

LU

XM

PO

RM

R-

UM

SU

E

5I

4I

3I

2I

1I

0

(%)

Fontes: Comissão Europeia (Estimativas do Outono de 2002) e INE (Contas Nacionais

Trimestrais)

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A decomposição do PIB por sector de actividade económica

revela, para além duma quebra no nível de actividade do sector

industrial, uma forte redução do crescimento dos serviços que,

nos últimos anos, tinham sido os grandes dinamizadores

da actividade económica.

A comparação entre o crescimento do nível de actividade

económica e do consumo de electricidade no ano 2002 mostra

que, apesar do maior dinamismo na procura de electricidade

dirigida às redes da EDP Distribuição (Rede Pública),

o diferencial entre estas duas variáveis ficou bastante aquém

do registado entre 1999 e 2001.

Com efeito, as elevadas taxas de crescimento do consumo

de electricidade abastecido pela Rede Pública a que se assistiu

no referido triénio (superiores a 6% em 1999 e 2000 e quase 5%

no ano 2001, enquanto que o nível de actividade económica estava

já em forte abrandamento) foram em grande parte explicadas

pela evolução dos preços relativos – os sucessivos decréscimos

do preço da electricidade, acompanhados por crescimentos

significativos nos preços dos combustíveis, induziram fortes quebras

no preço relativo da energia eléctrica. A inversão desta tendência

no ano 2002 agravou a tendência para o abrandamento no ritmo

de crescimento dos consumos de electricidade, induzido pela

mais desfavorável conjuntura económica.

A análise do comportamento dos preços das diferentes formas

de energia, nos últimos anos, permite evidenciar que os acréscimos

definidos pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos para

os preços de venda de electricidade no ano 2002, essencialmente

associados à compensação dos mais elevados custos com os

Índices de PreçosTaxas de variação

??????????

1997 1998 1999 2000 2001 2002

PIB - PORTUGAL

IPC - PORTUGAL

PIB - UE15

6I

5I

4I

3I

2I

1I

0

(%)

Fontes: INE e Comissão Europeia

Crescimento económico por sectorTaxas de variação

20021970 1974 19821978 1986 1990 1994 1998

25I

20I

15I

10I

5I

0I

-5I

-10I

-15

[ SERVIÇOS[ INDÚSTRIA [ PIB

Fontes: 1970-1977 - Estimativas baseadas nas Contas Nacionais do INE; 1978-2002 Contas

Nacionais do INE

Consumo de electricidadee crescimento económicoDiferencial das taxas de crescimento

??????????

1997 1998 1999 2000 2001 2002

Electricidade (Rede Pública)

PIB

Diferencial

8I

6I

4I

2I

0(%

)

Fontes: DGE, EDP Distribuição e INE

Preço Relativo(Preço da electricidade em MAT, AT e MT/Preço do fuelóleo)

120I

100I

80I

60I

40I

20I

0I

1970M 1974M 1982M1978M 1986M 1990M 1994M 1998M 2002M

Índ

ice

s: 1

970

= 1

00

C

Fontes: DGE e EDP Distribuição

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14 | 15

combustíveis suportados pelo sector eléctrico dois anos antes,

surgiram em 2002 num contexto de quebra nos preços dos restantes

combustíveis. Assim, seria de esperar algum abrandamento no

crescimento do consumo de electricidade no Continente, agravado

no caso particular do consumo abastecido pelas redes da EDP

Distribuição pela inversão na quebra do autoconsumo, cuja utilização

tinha deixado de compensar, em termos económicos, com os níveis

de preços relativos dos anos anteriores – no ano 2001 assistiu-se

a uma quebra de 4% no autoconsumo de energia eléctrica.

[ CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A EDP Distribuição, titular da licença vinculada de distribuição de

energia eléctrica em Média e Alta Tensão no território do Continente

bem como das concessões para a distribuição de energia em Baixa

Tensão, integrava 6 981 trabalhadores, no final do ano de 2002.

Em 2002 a EDP Distribuição forneceu directamente, a cerca

de 5 700 milhares de clientes do Sistema Eléctrico Público (SEP),

35 973 GWh o que corresponde a cerca de 90% do total

do consumo final de energia eléctrica do Continente.

O restante está relacionado com o autoconsumo em empresas

com produção própria (8% do consumo do Continente),

e com o consumo dos clientes que abandonaram o SEP para aderir

ao Sistema Eléctrico não Vinculado (SENV), o qual representou

um pouco mais de 2% do consumo total do Continente.

As vendas de energia eléctrica a clientes finais do SEP (não

incluindo os outros distribuidores) registaram um crescimento

de apenas 1,3%. Este abrandamento do crescimento do consumo

de energia eléctrica foi claramente influenciado pelo abrandamento

da economia, uma vez que se se considerar a energia saída

das redes de distribuição, para alimentar clientes do sistema

vinculado e não vinculado, a taxa de crescimento passa para 2,5%,

claramente inferior às registadas nos últimos dois anos (6% em

2000 e 5% em 2001).

A facturação relativa aos fornecimentos de energia eléctrica a

clientes do SEP, incluindo as empresas do grupo EDP, foi de cerca

de 3 545,2 milhões de euros, ou seja, mais 5% do que em 2001.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

????????????

Preços da Energia (variações nominais)

80I

70I

60I

50I

40I

30I

20I

10I

0I

-10I

-20

(%)

(%)

1999 20012000 2002

????????????

30I

25I

20I

15I

10I

5I

0I

-5I

-10

200120001999 2002

Usos industriais

Usos domésticos

[ Gás Natural[ Propano a granel[ Electr. AT/MT[ Gasóleo[ Fuelóleo

[ Gás Natural[ GPL Canalizado[ Butano[ Electricidade BT

Fontes: DGE, EDP Distribuição e Lisboagás

MINHOM393C5151 TRÁS-OS-MONTESM

283C3148

AVE SOUSAM414C7776

GRANDEMPORTOM626C7855

BEIRA LITORALM468C7538

BEIRA INTERIORM281C4132

COIMBRA/LOUSÃM364C5855

VALE DO TEJOM291C6210

LITORALMCENTROM316C7194

OESTEM369C6896

GRANDEMLISBOAM848C6452 SETÚBALM

430C6852

ALENTEJOM238C6168

ALGARVEM345C5160

NORTEC1716C6441

CENTROC1429C6363

SULC2521C6354

TOTALM5666C6382

SEPMMILHARES DE CLIENTES)kWh/CLIENTE

Áreas de Rede - Número de Clientese Consumo/Cliente - 2002

Page 16: EDPDISTRelatContas2002Portclientes apostando, de forma continuada, na melhoria da qualidade de serviço e empreendendo acções, de âmbito comercial, com o objectivo de uma maior

Em termos globais o consumo de energia eléctrica por cliente

registou um ligeiro decréscimo (-0,1%), em resultado da redução

do consumo verificado em algumas das Áreas de Rede caso

do Grande Porto (-2,8%), Beira Litoral (-1,2%) e Oeste (-1,5%).

A empresa investiu neste exercício 366 milhões de euros, a custos

técnicos (excluindo encargos financeiros), o que representou

um acréscimo superior a 40% relativamente ao exercício anterior.

Este aumento do investimento visou por um lado a melhoria

da qualidade de serviço nas redes da distribuição e por outro esteve

relacionado com o investimento realizado nos sistemas informáticos

e respectivas infraestruturas tecnológicas de suporte.

Os custos totais com conservação foram de 165,6 milhões de euros.

[ PROCURA DE ELECTRICIDADE

A tendência já verificada em 2001 para um certo abrandamento

nos fornecimentos de energia eléctrica a clientes do SEP,

acentuou-se claramente em 2002.

De facto, a taxa de crescimento global foi de 1,3% (cerca

de 4% em 2001), enquanto que para a AT e MT se verificou

um decréscimo de 1,6% (crescimento de 2,7% em 2001).

Esta evolução só em parte pode ser justificada pelo aumento

do ritmo de passagem de clientes MT do SEP para o SENV,

ocorrido no 2º semestre de 2002, uma vez que considerando

o total de energia saída das redes de distribuição para abastecer

SEP e SENV, o acréscimo em AT e MT foi de apenas 1,3%

(cerca de 5% em 2001).

No período compreendido entre 1996 e 2001 os consumos em

Muito Alta Tensão e Alta Tensão cresceram a taxas médias anuais

superiores a 3%, enquanto que em Média Tensão e Baixa Tensão,

naquele período, o crescimento médio anual foi superior aos 5%,

taxas claramente superiores às verificadas entre 2001 e 2002.

Esta evolução acentua o peso que o consumo em BT representa

no total dos fornecimentos: 57% (56% em 2001).

Da análise da evolução do consumo pelos diferentes usos finais

constata-se que continua a tendência para uma redução do peso

do sector industrial, com uma subida dos sectores residencial

e dos serviços.

Na repartição do consumo, em 2002, o sector industrial, incluindo

elevação de água, representa 35% do total do consumo associado

aos clientes SEP, enquanto que o peso do sector residencial

e dos serviços é de 29% e 34%, respectivamente.

46,0%�[ BTNC

3,0%�[ IPC

2,5%�[ MATC

9,4%�[ ATC

8,0%�[ BTEC

31,1%�[ MTC

Estrutura em 2002

GW

h

Consumo SEP por tipos de usos

20021997 1998 20001999 2001

40 000I

35 000I

30 000I

25 000I

20 000I

15 000I

10 000I

5 000I

I

[ INDÚSTRIA + EL. ÁGUA[ AGRICULTURA[ SERVIÇOS[ RESIDENCIAL

35%

34%

2%

29%

[ Indústria + El. Água

[ Serviços

[ Agricultura

[ Residencial

(por tipos de usos)

Estrutura do consumo SEP - 2002

Vendas de energia eléctrica

(GWh) 2002 2001 ∆%

MAT 875 797 9,8

AT 3 396 3 462 -1,9

MT 11 198 11 369 -1,5

BTE 2 891 2 810 2,9

BTN 16 534 16 021 3,2

IP 1 080 1 065 1,5

Total 35 973 35 524 1,3

inclui vendas a empresas do Grupo

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16 | 17

[ POLÍTICA COMERCIAL

Ao longo de 2002 a EDP Distribuição continuou a sua adaptação

ao “novo” mercado de energia decorrente das alterações

verificadas por via da liberalização do sector, designadamente

com o alargamento do acesso ao SENV a todos os clientes MT.

A adequação das estruturas comerciais à nova realidade, obtida

através da sua verticalização, a uniformização informática das

funções, o levantamento e análise dos métodos e processos

utilizados na função comercial, bem como a formação sistemática

de todos os colaboradores, consubstanciaram as políticas adoptadas

para a concretização dos objectivos fixados, que visam,

fundamentalmente, a fidelização dos clientes através de mais

e melhor serviço, tendo-se, para o efeito, investido fortemente

no aumento e controlo da qualidade do serviço prestado.

A gestão integrada da informação, associada à revisão dos métodos

e processos utilizados, foram determinantes para o acréscimo nos

ganhos obtidos ao nível da decisão operacional, factor fundamental

para fazer face à especificidade do mercado energético.

A entrada em vigor, durante o 2º semestre de 2002, de novos

métodos e processos relacionados com as ligações às redes,

clarificou a sua autonomia relativamente às restantes vertentes

do relacionamento da empresa com os clientes, do SEP e do SENV.

Ao mesmo tempo, a alteração verificada nas formas de cálculo dos

orçamentos e do respectivo pagamento, associada à implementação

dos novos sistemas informáticos, ocasionou alguma perturbação

na agilização do processo de ligação às redes, o qual foi revisto

e reformulado no âmbito do projecto PROEDIS.

O alargamento, durante o ano, da liberalização do mercado

de energia eléctrica a todos os clientes alimentados em MT,

complementado posteriormente com regras mais acessíveis na

tramitação do processo administrativo da passagem para o SENV,

processo esse aprovado pela ERSE no seguimento de proposta

conjunta da EDP Distribuição e da REN, estiveram na génese

de um acentuado crescimento na passagem de clientes para

o regime liberalizado.

A EDP Distribuição continuou a sua adaptação à realidade

existente tendo elegido como objectivo primordial a satisfação

dos seus clientes, pelo que prosseguiu na política de aproximação

aos clientes, através da dinamização das equipas de Gestores

de Clientes e do aumento de Equipas de Contacto Directo a

Clientes, nos segmentos empresarial e residencial, respectivamente.

Estas acções foram essenciais para o levantamento das prioridades

e a caracterização das expectativas dos diferentes segmentos

de clientes, com o objectivo de reforçar a credibilidade da empresa

junto dos mesmos.

A manutenção de um relacionamento próximo e de estreita

colaboração com as Autarquias, só possível devido à existência

de um espírito de abertura nas relações com a Associação Nacional

de Municípios Portugueses e à disponibilidade e/ou capacidade

demonstrada na resposta às questões que foram colocadas

pelas Edilidades, permitiu que o resultado da renovação dos

contratos de concessão de energia eléctrica fosse positivo,

encontrando-se já assinados 92% do total.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

‘02|RC

1.2ACTIVIDADECOMERCIAL

Clientes do SENV

2002 2001 ∆

AT 5 4 1

MT 488 29 459

Total 493 33 460

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A diversificação das formas de acesso dos clientes à empresa

foi, igualmente, objecto de medidas específicas sendo de

salientar a abertura, em Lisboa, de mais uma Loja do Cidadão,

a implementação nas estações dos CTT de funções de

atendimento, designadamente as relativas a contratação,

alteração e rescisão de contratos e comunicação de leituras,

bem como a extensão da rede de cobrança através dos Pontos

de Energia e da PayShop. Encontra-se em preparação a entrada

em funcionamento dos Postos de Atendimento ao Cidadão

(PAC’s), sob o patrocínio do Instituto para a Gestão de Lojas

do Cidadão (IGLC), em parceria com as Autarquias.

Ainda no âmbito da informação a prestar aos clientes, é de referir

a introdução de um novo e mais amigável formato das facturas,

e a institucionalização da prática de inserção, regular e contínua,

de mensagens informativas e/ou promocionais, nomeadamente

a “Campanha de Informação e Divulgação de Alternativas e

Locais de Pagamento”.

Relativamente ao atendimento telefónico é de salientar o

acréscimo substancial do recurso ao mesmo por parte dos clientes,

o que determinou a instalação de ACD’s (Automatic Calls

Distribution) regionais no Porto e em Lisboa, de forma a permitir,

no caso de aumento de chamadas por factos anómalos,

o atendimento descentralizado das chamadas telefónicas.

No âmbito das novas tecnologias de informação e como resposta

ao aumento significativo verificado na utilização da página

da EDP, na Internet, foram disponibilizados novos conteúdos

e funcionalidades, designadamente de cariz comercial.

Com o objectivo de promover, junto dos clientes da EDP

Distribuição, a divulgação da utilização da energia eléctrica como

forma de obtenção de maiores níveis de conforto, continuaram

a ser levadas a cabo campanhas de promoção do sistema

de aquecimento através de acumuladores de calor, tendo sido

disponibilizada uma linha telefónica especialmente para

o efeito – Linha Conforto – e seleccionado um segmento

de clientes para envio de folhetos informativos.

Em 2002, foi celebrado e devidamente acompanhado um protocolo

com a Agência Nacional para a Energia (ADENE), envolvendo

um conjunto de estudos no âmbito de Utilização Racional

de Energia Eléctrica.

Também neste domínio, foi cometida pela primeira vez à EDP

Distribuição a organização do concurso nacional – Prémio EDP2002 – para distinguir as entidades do sector industrial e do

sector dos serviços e outras actividades que tivessem adoptado

medidas que permitissem aumentar a sua eficiência energética

e a sua produtividade em resultado duma utilização mais racional

da energia eléctrica.

A adesão a esta edição do Prémio EDP 2002 foi bastante

significativa, o que se traduziu na apresentação dum número

recorde de candidaturas.

Em suma, apesar das profundas alterações verificadas durante

o ano de 2002 no mercado da energia eléctrica terem

introduzido alguma perturbação no funcionamento da empresa,

nomeadamente em termos do relacionamento comercial, foi

possível reforçar a imagem de confiança e seriedade que a EDP

Distribuição detém junto dos seus clientes e do mercado em geral,

saldando-se assim o ano por resultados globalmente positivos.

[ BASE DE CLIENTES

Em 31 de Dezembro o número de clientes era de cerca de 5 665

milhares (incluindo empresas do Grupo), dos quais 99,6% eram

clientes em Baixa Tensão. Registou-se assim entre 2001 e 2002

um crescimento de 2,2% no número de clientes.

A estrutura dos clientes por nível de tensão tem-se mantido

sensivelmente constante nos últimos anos.

99,6%

0,4%

[ BT

[ MAT, AT e MT

Estrutura em 2002

Nº de clientes

2002 2001 ∆%

MAT 11 11 0,0

AT 117 112 4,5

MT 20 465 19 594 4,4

BTE 27 361 26 547 3,1

BTN 5 575 989 5 455 505 2,2

IP 41 113 39 959 2,9

Total 5 665 056 5 541 728 2,2

Inclui empresas do Grupo EDP

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Nos últimos cinco anos continuou a observar-se o contínuo

crescimento do número de clientes, a uma taxa da ordem dos 2,5%

para os dois primeiros anos do período e com uma ligeira quebra

a partir de 2000. Continua a verificar-se um crescimento diverso

consoante se trate de clientes BT (2,4% ao ano) ou clientes

em tensões diferentes de BT (4% ao ano).

É patente, para a generalidade dos níveis de tensão, um claro

abrandamento do consumo médio por cliente, que em termos

globais decresceu 0,9% entre 2001 e 2002. O crescimento

verificado em MAT é resultado do acréscimo de consumo verificado

neste nível de tensão (+9,8% relativamente a 2001, acréscimo este

decorrente das alterações introduzidas no processo produtivo

por parte de um dos clientes).

[ COMPRA E VENDA DE ENERGIA

As compras de energia apenas cresceram 0,6%, reflexo da evolução

verificada nas vendas de energia eléctrica ao SEP. A diminuição

das compras à REN, parcela que passou a representar 89,3% do

total das compras de energia da EDP Distribuição (91% em 2001),

foi de alguma forma contrabalançada pelo aumento das compras

no âmbito do Sistema Eléctrico Independente (SEI). É de destacar

a parcela relativa às aquisições aos Produtores em Regime Especial

(PRE), que representou 7,2% do total das compras. As aquisições

ao Sistema Eléctrico não Vinculado tiveram um contributo de 3,5%.

Nos últimos cinco anos as aquisições de energia eléctrica no âmbito

do SEI registaram, em termos médios, um acréscimo da ordem

dos 11% (9,7% no caso dos PRE e 13,1% para as compras

no âmbito do SENV).

A evolução das compras (crescimento de 4,3% ao ano) e dos

fornecimentos de energia eléctrica a clientes finais (4,5% ao ano),

desde 1997, observa-se na figura seguinte.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

(milhares)

Número de clientespor nível de tensão

1997

2,4% ao ano

4% ao ano

1998 1999 2000 2001 2002

em

BT

em

MA

T, A

T e

MT

5800I

5600I

5400I

5200I

5000I

4800I

4600

22I

21I

20I

19I

18I

17I

163,5%

7,2%

89,3%

[ SENV

[ PRE

[ REN

Estrutura em 2002

GW

h

Compras de energia eléctrica

20021997 1998 20001999 2001

37 500I

30 000I

22 500I

15 000I

7 500I

0

[ REN[ SENV[ PRE

Consumo médio por cliente

MWh 2002 2001 ∆%

Compras de energia eléctrica

REN 34 801 35 282 -1,4

SENV 1 354 891 51,9

PRE 2 817 2 552 10,4

Total 38 972 38 726 0,6

MAT 79 531 72 432 9,8

AT 29 024 30 915 -6,1

MT 547 580 -5,7

BTE 106 106 -0,2

IP 26 27 -1,4

kWh

BTN 2 965 2 937 1,0

Total 6 350 6 410 -0,9

(GWh) 2002 2001 ∆%

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A extensão, desde o início do ano, da liberalização a todos

os clientes alimentados em MT, conduziu a que se verificasse

o aumento significativo do número de entidades actuando no SENV

e consequentemente o crescimento, em mais de 80%, da energia

saída das redes da distribuição, para alimentar clientes deste sistema.

Em 2002, os trânsitos de energia para o SENV conduziram

a 6,8 milhões de euros de proveitos, correspondentes ao Uso

e Comercialização das Redes de Distribuição, sendo a maior parcela

relativa ao uso da rede de MT. A este valor acresce o montante

de 6,1 milhões de euros relativos ao Uso Geral do Sistema

e ao Uso da Rede de Transporte.

Neste exercício, as compras de energia totalizaram 38 972 GWh,

o que correspondeu a 2 347 milhões de euros e inclui 6,1 milhões

de euros relativos ao Uso da Rede de Transporte e ao Uso Global

do Sistema por parte dos clientes do Sistema não Vinculado.

O valor das compras é 14,6% superior ao verificado no ano

anterior, o que, não tendo equivalência em termos de vendas,

obrigou a uma forte redução das margens da Distribuição.

O fornecimento de 35 973 GWh a clientes do SEP, conduziu

a cerca de 3 373 milhões de euros de proveitos (líquidos de descontos

e sem IVA), valor superior em cerca de 5% ao do ano anterior.

O aumento dos proveitos de venda em relação a 2001 resultou

essencialmente do acréscimo do preço médio de venda a clientes

finais (3,7%), tendo o consumo aumentado apenas 1,3%.

GW

h

Fornecimentos de energia eléctricaa clientes finais

20021997 1998 20001999 2001

37 500I

30 000I

22 500I

15 000I

7 500I

0

[ MAT e AT[ MT[ BT

Índ

ice

10

0 =

19

98

Margem Bruta Unitária

20021998 20001999 2001

120I

100I

80I

60I

40I

20I

0

(preços 2002)

3%�[ IPC

1%�[ MATC

4%�[ ATC

23%�[ MTC

8%�[ BTEC

61%�[ BTNC

Estrutura dos Proveitos - SEP (2002)

Valores líquidos de descontos. Inclui as vendas a empresas do Grupo e energia em contadores

????????????

Preços médios de venda ao SEP em 2002

14I13I12I11I10I9I8I7I6I5I4I3I2I1I0

(cê

nti

mo

s/k

Wh

)

MAT BTNBTEMTAT IP

Preço médio

Inclui fornecimentos às empresas do Grupo. Não inclui energia em contadores.

Energia saída das redes de distribuição

(SENV)

(GWh) 2002 2001 ∆%

Energia saída Vendas Preço médio(GWh) (mil euros) (cêntimos/kWh)

AT 182 176 3,3

MT 776 344 125,7

Total 958 520 84,3

AT 182 191,2 0,11

MT 776 6 645,1 0,86

Total 958 6 836,2 0,71

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20 | 21

O preço médio de venda de energia eléctrica ao SEP foi de 9,4

cêntimos/kWh.

Em termos do preço médio de venda ao SEP, observa-se a partir

de 1999 e coincidindo com a entrada em funções da ERSE, uma

forte redução das tarifas justificada, por aquela entidade, pela

necessidade de fazer convergir os preços em Portugal com a média

da União Europeia. Assim, no período 1997/2002 verificou-se

uma diminuição média anual de 0,8% no preço médio.

A mesma análise feita a preços constantes de 2002 mostra que

os preços reais tiveram um decréscimo médio anual de 4% no

quinquénio.

A diminuição dos preços é bastante mais acentuada em MAT, AT

e MT, onde os decréscimos tarifários se fizeram sentir com maior

intensidade (em termos reais 6% ao ano no quinquénio).

O aumento de 3,7% no preço médio de venda a clientes finais

verificado em 2002, tem subjacente uma forte redução nos

preços médios relativos à actividade da EDP Distribuição (Uso

e Comercialização das Redes e Comercialização no SEP) – redução

de 12,5% em contraponto com um acréscimo de 12,9% do preço

médio de aquisição de energia eléctrica (AE).

A parcela relativa às actividades desenvolvidas pela EDP

Distribuição na formação do preço médio de venda a clientes

finais, tem vindo a diminuir de forma significativa, situando-se

actualmente em menos de um terço do total.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

Preços correntes

BT: -0,6% ano

Global: -0,8% ano

MAT, AT e MT: -2,4% ano

BT: -3,6% ano

Global: -4,0% ano

MAT, AT e MT: -6,0% ano

(cê

ntim

os

/k

Wh

)(c

ên

tim

os

/k

Wh

)

Preço de venda da electricidade

20021997 1998 20001999 2001

14I

12I

10I

8I

6I

4I

2I

0

Preços constantes de 2002

20021997 1998 20001999 2001

16I

14I

12I

10I

8I

6I

4I

2I

0

Fontes: EDP Distribuição e INE

????????????

Variações nas componentes do preçomédio de venda a clientes finais

25I

20I

15I

10I

5I

0I

-5I

-10I

-15I

-20I

-25

(%)

Preço médio +3,7%

12,9%

-12,5%

[ Distribuição[ AE

(%)

Peso da EDP Distribuiçãono Preço Médio de Venda

20021998 20001999 2001

45I

40I

35I

30I

25

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[ FACTURAÇÃO E COBRANÇA

Em 2002, a facturação de energia eléctrica a clientes do SEP

(incluindo IVA), atingiu o montante global de 3 545 milhões de

euros o que representa um acréscimo de cerca de 5% relativamente

ao exercício anterior. Assumem particular importância os

fornecimentos de energia eléctrica em BT, que representam uma

parcela muito importante da facturação de energia eléctrica (72%

do total facturado).

À semelhança de anos anteriores, a aplicação dos descontos

previstos nos Regulamentos do Tarifário e das Relações Comerciais

relativos aos grandes clientes, provocaram uma redução da

facturação da ordem dos 30 milhões de euros.

No decurso de 2002, a facturação aos clientes do SENV (que inclui

o Uso da Rede de Transporte, o Uso Global do Sistema e o Uso

e Comercialização das Redes de Distribuição) atingiu o montante

de cerca de 13,6 milhões de euros (valor que inclui o IVA).

Relativamente à cobrança, a continuação da aplicação das acções

anteriormente desencadeadas, visando a recuperação de créditos,

continuou a produzir resultados cada vez mais significativos.

Verifica-se assim que, relativamente ao nível do rácio

cobrança/facturação, o índice global da cobrança das facturas

referentes a fornecimentos de energia eléctrica atingiu os 101,0%,

o que evidencia a evolução positiva registada.

[ DÍVIDAS DE CLIENTES

As dívidas de clientes de electricidade no fim do ano 2002,

ascendem a 592,4 milhões de euros e representam cerca de 17%

das vendas de energia eléctrica, traduzindo um desagravamento

de cerca de 6,5%, comparativamente com o exercício anterior.

A sua desagregação é a seguinte:

Observa-se que, para a evolução verificada no total da dívida

de clientes (menos 41 milhões de euros), contribuíram

decisivamente os clientes do Sector Empresarial e Particulares

e do Estado e Organismos Oficiais, com menos 53 e 3 milhões

de euros, respectivamente.

Para a recuperação verificada foi decisiva a adopção de

um conjunto de medidas preventivas, designadamente

o estabelecimento de contactos mais frequentes junto dos clientes

de níveis de tensão mais elevados e o alerta enviado, de modo

sistemático, aos restantes clientes.

44%�[ AutarquiasC

51%�[ Sector EmpresarialC

e ParticularC

5%�[ EstadoC

e Organismos OficiaisC

Estrutura da dívida em 2002

Facturação relativa aos Fornecimentos de

Energia Eléctrica a clientes SEP

2002 2001

MAT 33,2 29,8

AT 143,0 144,4

MT 816,8 811,0

BTE 284,8 274,9

BTN 2 174,4 2 028,8

IP 93,0 88,1

Total 3 545,2 3 377,1

Inclui fornecimentos a empresas do Grupo. Inclui IVA

Evolução do Rácio Cobrança/Facturação

2002 2001

Estado e Organismos Oficiais 102,5% 97,5%

Autarquias 83,6% 96,0%

Sector Empresarial e Particular 102,0% 97,7%

Total 101,0% 97,6%

Dívidas de clientes

2002 2001 ∆%

Estado e Organismos Oficiais 26,7 29,5 -9,5

Autarquias 261,9 246,9 6,1

Sector Empresarial e Particular 303,9 357,0 -14,9

Total 592,5 633,4 -6,5(milhões de euros)

(milhões de euros)

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22 | 23

[ QUALIDADE DE SERVIÇOCOMERCIAL

A garantia da prestação de serviços com elevada qualidade tem

estado, desde sempre, presente nas preocupações da EDP

Distribuição, pelo que a fixação dos seus objectivos pretende

responder a este binómio: mais e melhor serviço com elevados

padrões de qualidade.

Esta determinação, que sempre norteou a actividade desenvolvida

na EDP, foi reforçada com a definição de padrões para a sua

actividade, impostos pelo Regulamento da Qualidade de Serviço

(RQS), os quais têm vindo a ser implementados.

A aferição dos padrões de qualidade de serviço comercial exigiram

um grande investimento em todos os sistemas informáticos e nos

métodos e processos, nomeadamente no âmbito comercial, de

forma a ser possível proceder ao controlo e contagem dos tempos

de execução de alguns serviços específicos. A alteração dos métodos

e processos, bem como dos sistemas informáticos, determinou,

igualmente, a necessidade de formação.

Como resultado das alterações implementadas foi possível

quantificar a generalidade dos indicadores definidos no RQS,

à excepção do relativo a “clientes com tempo de reposição

de serviço até quatro horas, na sequência de interrupções

de fornecimento acidentais”. A não quantificação deste indicador

explica-se por problemas informáticos que se prevê sejam

ultrapassados a breve prazo.

Importa referir que as alterações introduzidas nos procedimentos

com o objectivo de se alcançar maior eficácia no relacionamento com

os clientes, designadamente no relacionamento comercial, poderão

ajudar a explicar algumas perturbações sentidas, nomeadamente no

que se refere à “Elaboração de Orçamentos” e “Execução de Ramais”.

Pese embora o facto dos resultados alcançados, por via das

alterações informáticas e procedimentais, ainda não responderem,

na íntegra, às metas previamente definidas pela empresa,

constata-se que durante o ano de 2002 já foi possível atingir,

e nalguns casos superar, alguns dos padrões definidos no RQS,

esperando-se que em 2003 esta situação abranja todos os

indicadores.

Com o objectivo de introduzir melhorias visando a satisfação

dos seus clientes, a empresa tem continuado a recolher elementos

relativos ao seu grau de satisfação, no que se refere à qualidade

dos serviços prestados.

Durante 2002, a EDP Distribuição voltou a realizar um inquérito

junto dos seus clientes empresariais, tendo a informação sido

recolhida através de um questionário auto-administrado enviado

a todos esses clientes. Dos clientes que responderam ao inquérito

apenas 14% afirmaram estar “pouco ou nada satisfeito” com

o serviço prestado.

Relativamente ao universo dos clientes domésticos, foram feitas

mais de 3200 entrevistas telefónicas a uma amostra

estatisticamente significativa, tendo sido efectuada uma

adequada supervisão e controlo de qualidade das entrevistas

realizadas, nomeadamente através da reinquirição parcial de

alguns dos entrevistados. Através de um modelo econométrico

de estimação da satisfação do cliente obtiveram-se os seguintes

índices médios de qualidade.

Conclui-se que, num e noutro caso, os resultados obtidos

evidenciam uma valoração positiva da EDP Distribuição.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

????????????

Avaliação da satisfação global - clientesempresariais

Não respondeI

Sem opiniãoI

Muito satisfeitoI

SatisfeitoI

Assim-assimI

Pouco satisfeitoI

Nada satisfeitoI

1,3%I

1,1%I

5,6%I

53,6%I

24,3%I

10,3%I

3,9%I

Qualidade dos produtos e serviçosM

70,6

Qualidade do atendimentoM

67,0

65,7M

M

Qualidade do piquete de urgência

66,5MServiço de comunicação M

telefónica de falhas Mde corrente eléctrica

73,1 Qualidade da leitura e determinaçãoM do consumo

71,4M Qualidade da informaçãoM fornecida nas facturas

Qualidade da Miluminação pública M

65,5

Qualidade globalM

M

70,8

AcessibilidadeM

65,7

75

????????????

Índices médios de qualidade- clientes domésticos

50

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[ DESENVOLVIMENTO DA REDE

A rede de distribuição teve um desenvolvimento marcado pela

entrada em serviço de novas subestações e pela reconstrução

parcial de instalações existentes, melhorando as condições de

abastecimento de um conjunto significativo de clientes, tanto no

que respeita à qualidade da tensão como na continuidade de serviço.

Simultaneamente, a ligação de Produtores em Regime Especial,

sobretudo parques eólicos, condicionou a actividade que foi

crescente ao nível de instalações de Alta Tensão.

Não obstante, são de assinalar as dificuldades de obtenção

de terrenos adequados à construção de subestações destinadas

à alimentação dos principais centros urbanos e de estabelecimento

de linhas, mesmo em zonas pouco densamente habitadas.

Estas dificuldades, que se vêm acumulando, são susceptíveis de vir

a condicionar, pontualmente, a qualidade do fornecimento

de energia eléctrica.

Na Média Tensão a principal preocupação foi, além da construção

da rede associada às novas subestações, a constituição de fusos,

permitindo a bi-alimentação de um número crescente de postos

de transformação e a adequação das secções aos trânsitos

de energia em jogo.

Na Baixa Tensão prosseguiu a reposição de adequadas condições

de tensão aos clientes, na sequência de novas ligações ou de

aumento de consumos verificados. Assim, foram construídos novos

postos de transformação e reforçada a rede de Baixa Tensão.

‘02|RC

1.3REDEELÉCTRICA

2001 Entradas Retiradas Alterações 2002em serviço de serviço no ano

Subestações

Nº de subestações 368 8 1 -2 373

Nº de transformadores 651 8 1 1 659

Potência instalada (MVA) 12 971 120 32 154 13 213

Linhas (incluindo ramais, em km) 68 530 1 812 434 0 69 909

Aéreas 57 637 1 344 424 0 58 556

AT (60/130 kV) 6 925 190 18 0 7 097

MT (<6/10/15/30/40 kV) 50 712 1 153 406 0 51 460

Cabos Subterrâneos 10 893 469 10 0 11 352

AT (60/130 kV) 352 8 2 0 357

MT (<6/10/15/30/40 kV) 10 542 461 7 0 10 995

Postos de Transformação

Unidades 49 165 1 969 552 51 50 633

Potência instalada (MVA) 13 432 749 189 102 14 094

Redes BT (km) 118 104 2 775 640 0 120 238

Aéreas 95 059 1 831 626 0 96 265

Subterrâneas 23 044 943 14 0 23 973

Movimentos do ano

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24 | 25

A reconfiguração da rede de Média Tensão está crescentemente

facilitada pelos Órgãos de Corte Telecomandados, na rede aérea,

para a operação dos quais houve que potenciar a rede de

telecomunicações.

Verificou-se o arranque do Programa AGRIS, co-financiado por

fundos comunitários, destinado ao abastecimento de unidades

agrícolas.

Durante o ano, com a optimização das subestações já existentes

e com a entrada em serviço de oito novas subestações, duas

das quais de tecnologia SF6, a potência instalada aumentou

242 MVA.

A reconfiguração da rede de Alta Tensão, bem como a alimentação

das novas subestações levou a que, no final de 2002, estivessem

em exploração mais 178 km de linhas a 60 kV (172 km de linhas

aéreas e 6 km de cabos subterrâneos).

No final do ano, em termos de realizações na rede de Média Tensão,

estavam em serviço mais 747 km de linhas aéreas e 454 km

de cabos subterrâneos.

Relativamente à rede de Baixa Tensão, estavam em serviço mais

1 205 km de linhas aéreas e 929 km de redes subterrâneas e com

a entrada em serviço de 1 468 novos postos de transformação,

a potência instalada em postos de transformação aumentou 662 MVA.

Na sequência do disposto no novo Regulamento de Relações

Comerciais, de que os equipamentos de medição de instalações

eléctricas ligadas às redes do SEP em MT, AT e MAT devem dispor

de características que permitam a sua integração em sistemas

centralizados de telecontagem, a EDP Distribuição deu início ao

Projecto Telecontagem ao abrigo do qual irá proceder à instalação

de telecontagem naquelas instalações, até ao final de 2005.

O projecto compreende, além da instalação de equipamento,

a implementação de Sistemas Centralizados de Recolha de Dados.

A instalação far-se-á prioritariamente nos clientes que passem

para o SENV, nos novos clientes e gradualmente em todos os

restantes clientes de MT e AT.

[ INDICADORES DE UTILIZAÇÃO

A evolução verificada para os indicadores de utilização dos

activos são a expressão do esforço, continuado, de optimização

dos mesmos.

Assim, a utilização da rede MT situou-se nos 520 MWh/km,

cerca de 1% acima do valor verificado no ano anterior, e a da

rede BT rondou os 170 MWh/km, superior em mais de um ponto

percentual à utilização verificada em 2001.

[ QUALIDADE DE SERVIÇO

No âmbito da qualidade de serviço técnica, em 2002, destacam-se

a execução do Plano Anual de Monitorização da Qualidade

e Continuidade da Onda de Tensão nas redes da distribuição

que permitiu continuar a recolher medições relativas a indicadores

de Qualidade de Serviço em todos os Concelhos do País.

Em Novembro foi apresentado à Direcção-Geral de Energia

(DGE), para aprovação, o Plano relativo a 2003.

A DGE aprovou os Planos de Melhoria da Qualidade de Serviço

que, ao abrigo do nº 2 do artigo 20º do RQS, lhe tinham sido

apresentados em 2001, criando-se assim condições para prosseguir

o normal decorrer das obras neles previstas, seleccionadas

pelo seu impacte na melhoria da Qualidade de Serviço percebida

pelos clientes das zonas abrangidas.

Ainda em 2002, foi elaborado e publicado o Relatório Anual

de 2001 da Qualidade de Serviço da EDP Distribuição, bem como

o Anuário 2001 que resume os principais factos, indicadores

e acções desenvolvidas pela empresa nesse ano.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

Indicadores de utilização

540I

520I

500I

480I

460I

440I

420

1997 1998 1999 2000 2001 2002

MW

h/k

m

180I

170I

160I

150I

140I

130

1997 1998 1999 2000 2001 2002

MW

h/k

m

Utilização da rede de BT

Utilização da rede de MT

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A evolução dos valores globais dos principais indicadores de

qualidade de serviço das redes eléctricas da distribuição registou

uma clara melhoria, relativamente aos valores verificados nos

dois anos anteriores. Este facto reflecte os esforços desenvolvidos

no reforço das redes e nos sistemas de informação, por forma

a permitir uma maior rapidez na reposição do serviço.

Merece destaque a actividade de análise e despistagem de

problemas associados à Qualidade da Onda de Tensão nos Clientes

Empresariais. Foram visadas, nomeadamente, algumas das áreas

geográficas consideradas mais críticas, como sejam as zonas

da Marinha Grande e de Estarreja.

A análise à qualidade da energia eléctrica englobou não só

o diagnóstico da situação encontrada, como também a elaboração

de propostas tendentes à resolução dos problemas que estiveram

na origem das perturbações registadas.

[ PROJECTO E CONSTRUÇÃO

Foram igualmente realizados trabalhos de ampliação e/ou

remodelação, com diversos graus de intervenção, em instalações

já existentes com o objectivo de resolver problemas de

obsolescência e melhorar as condições de exploração.

Foi dada continuidade aos trabalhos de uniformização, tendo-se

recorrido, sempre que possível, à execução de projectos tipo de

subestações com os reconhecidos ganhos associados. Os projectos,

em zonas condicionadas, como sejam os casos em que se verifique

uma forte densidade populacional, impuseram soluções específicas.

Durante o ano de 2002, prosseguiram as actividades de construção

de linhas aéreas, com o objectivo de promover a alimentação às

novas subestações, de permitir a ligação quer de novos clientes

quer de Produtores em Regime Especial e de aumentar a fiabilidade

da rede, de forma a melhorar a qualidade de serviço em termos

de continuidade.

[ MANUTENÇÃO

Durante o ano de 2002, a empresa continuou a desenvolver

a actividade de manutenção e conservação de acordo

com o objectivo de Promoção da adequada manutenção

das instalações em serviço, de modo a garantir os melhores

índices de disponibilidade e eficácia dos equipamentos

em serviço, bem como o prolongamento da sua vida útil.

Refere-se que dos custos incorridos com a conservação das redes

de distribuição, mais de 2/3 foram utilizados nas redes de Baixa

Tensão, sendo igualmente de referir que 77% dos custos de

manutenção associados com “avarias” foram afectos à Baixa Tensão.

[ INVESTIGAÇÃO,DESENVOLVIMENTO E SISTEMAS

A EDP Distribuição elaborou, pela primeira vez, um Plano Plurianual

de Investigação e Desenvolvimento (I&D), o qual visa, através

de estudos a realizar em parcerias com a Comunidade Científica

e Empresas, a optimização da exploração das redes de distribuição,

o aumento da eficiência e a melhoria dos níveis de qualidade de

serviço. Destacam-se os estudos destinados a avaliar os impactos

da Produção em Regime Especial nas redes MT e AT da EDP

Distribuição, bem como da Micro-Geração Distribuída nas suas

redes BT.

Face à crescente importância dos sistemas de informação

georeferenciada como suporte aos processos empresariais

e organizacionais da EDP Distribuição, foi mantida, em 2002,

a aposta na modernização dos sistemas das áreas técnicas através

do Programa GeoEDP, desenvolvido em estreita parceria com

a IT-Geo (Edinfor).

O Programa GeoEDP, focado nas áreas técnicas da EDP Distribuição,

consiste num enquadramento multi-projecto dirigido à gestão de

informação espacial e integração de sistemas, com o objectivo de

garantir acesso generalizado a funcionalidades e a repositórios de

dados abrangentes, como suporte ao novo ciclo de trabalho e aos

diferentes processos e fluxos de informação da gestão do negócio.

Assumindo a informação como a base de uma arquitectura de

sistemas homogénea e integrada, assente numa base cartográfica

georeferenciada, verificou-se a expansão significativa do repositório

de informação de rede eléctrica, conseguida por levantamentos

de informação no terreno. No final de 2002 já se encontrava

disponível a informação de toda a rede AT e de uma parte

significativa da rede de MT, sendo igualmente de referir

a realização de alguns levantamentos da rede BT e a expansão

da informação da rede de Telecomunicações, bem como

o enriquecimento significativo da base cartográfica disponibilizada.

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26 | 27

Durante o ano de 2002 foram registadas cerca de 12 000 visitas

ao e-SIT (componente que permite o acesso a toda a informação

do Sistema de Informação Técnica através da intranet do Grupo

EDP) correspondentes a 820 utilizadores regulares, o que revela

a rápida incorporação deste tipo de ferramenta nos procedimentos

normais de trabalho, facto que potencia a rentabilização sustentada

do investimento efectuado.

[ AMBIENTE

A empresa tem procurado desenvolver e implementar

procedimentos, medidas e orientações no sentido de dar

continuidade à melhoria do processo de gestão e promoção

da qualidade ambiental.

Assim, numa linha de continuidade com a política ambiental

do Grupo EDP, durante o Verão de 2002, desenvolveu-se uma

iniciativa de divulgação da Bicicleta Eléctrica em parceria com

empresas, representantes em Portugal, deste tipo de veículos.

Em 2002 foi aprovado pela ERSE o Plano de Promoção da

Qualidade Ambiental, a executar durante o período de regulação

2002-2004, e ao abrigo do qual serão implementadas um conjunto

de acções e medidas que contribuirão para a preservação

e promoção da qualidade do ambiente.

Ao abrigo daquele Plano é de referir a execução das seguintes

acções:

• Implementação de um conjunto de medidas, enquadradas pela

legislação ambiental aplicável, com o objectivo de se proceder

ao controlo e gestão dos resíduos de lâmpadas de descarga,

de postes de betão e de equipamento e consumíveis de

informática;

• Controlo e monitorização de ruído e de campos

electromagnéticos;

• Preparação de um Protocolo relativo à minimização dos impactos

resultantes da interacção entre as linhas de alta e média tensão

e a avifauna, a estabelecer entre a EDP Distribuição, o Instituto

de Conservação da Natureza (ICN), a Sociedade Portuguesa

para o Estudo das Aves (SPEA) e a QUERCUS;

• Integração no meio envolvente de linhas e instalações de

distribuição, sendo por vezes a sua realização directamente

influenciada por critérios de natureza ambiental, nomeadamente

imposições legais;

• Recuperação e valorização de instalações desactivadas.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

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[ QUADRO DE PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2002, o número de colaboradores colocados

na EDP Distribuição era de 7 179, dos quais 145 se encontravam

requisitados pela Holding e 53 eram trabalhadores cujo vínculo

laboral com a EDP Distribuição estava suspenso por razões diversas.

Em 2002, verificaram-se 378 saídas e 175 entradas.

No final de 2002 prestavam serviço efectivo na EDP Distribuição

6 981 trabalhadores, dos quais 6 973 pertenciam ao quadro

permanente e 8 eram contratados a termo. A sua distribuição

por categoria profissional pode ser observada no quadro seguinte.

‘02|RC

1.4RECURSOSHUMANOS

Evolução de Activos

31.12.2001 Movimento 2002 31.12.2002 Variação

Entradas Saídas Saldo (%)

Quadro Permanente Activo 7 166 158 351 -193 6 973 -2,7

Contratados a Termo 18 17 27 -10 8 -55,5

Total 7 184 175 378 -203 6 981 -2,8

7,4%�[ Profissionais EspecializadosC

0,1%�[ Contratos a TermoC

12,5%�[ DirigentesC e Quadros SuperioresC

2,8%�[ Quadros MédiosC e Chefias SecçãoC

21,4%�[ Profissionais Alt. QualificadosC

55,8%�[ Profissionais QualificadosC

Estrutura em 2002

Efectivos por categoria profissional

2002

Dirigentes 105

Quadros Superiores 770

Quadros Médios 47

Chefias Secção 150

Profissionais Alt. Qualificados 1 494

Profissionais Qualificados 3 894

Profissionais Especializados 513

Contratos a Termo 8

TOTAL 6 981

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Em 2002, a EDP Distribuição prosseguiu a estratégia de adequação

dos Recursos Humanos às necessidades da sua actividade, através

da formação profissional e do rejuvenescimento dos seus quadros,

tendo sido admitidos 56 quadros superiores e 53 electricistas.

Um dos indicadores utilizados para medição da produtividade na

Distribuição é o Número de Clientes por trabalhador. Este indicador

tem evoluído de uma forma positiva, conforme se observa no

gráfico seguinte e apresentava, em 31 de Dezembro de 2002,

o valor de 811 clientes por trabalhador.

O indicador relativo à energia fornecida por trabalhador tem

registado, igualmente, uma evolução bastante positiva,

apresentando para 2002 o valor de 5,3 GWh.

[ FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Em 2002 a formação profissional centrou a sua acção na melhoria

do funcionamento interno e no reforço da cultura da empresa,

através do desenvolvimento da polivalência dos trabalhadores

na sua área de intervenção, da preparação da implementação

de novos meios técnicos e da interacção entre as diversas áreas

de negócio. Assumiu relevo a metodologia e-learning, associada

à consolidação da implementação dos novos sistemas de informação

e ao desenvolvimento de competências.

Realizaram-se 567 acções de formação profissional, com um total

de 6 792 participações, o que corresponde a uma taxa

de participação de 97% e uma taxa de ocupação de 1,2%.

A participação, por área de formação, no ano de 2002 foi

a seguinte:

Merecem destaque a formação em Redes (28,4%) e a formação

em Prevenção, Riscos e Segurança (34,5%).

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

Nº de clientes por trabalhador

1000I

800I

600I

400I

200I

0

1997 1998 1999 2000 2001 2002

GWh/trabalhador

6I

5I

4I

3I

2I

1I

0

1997 1998 1999 2000 2001 2002

34,5% [ Prev. e Riscos Segurança

7,9% [ Financeira

6,4% [ Informática

6,1% [ Gestão

5,5% [ Controlo de Gestão

5,5% [ Diversos

2,9% [ Comercial

2,6% [ Desenvolvim. Pessoal

0,2% [ Recursos Humanos

28,4% [ Redes

Participações por Área de Formação

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[ PREVENÇÃO E SEGURANÇA

A implementação da política de segurança concretizou-se no

desenvolvimento das actividades de prevenção e de protecção

de riscos profissionais, constantes do Plano Estratégico e Operacional,

com o objectivo de se alcançar a meta “zero acidentes” e de ser

assegurado o bem estar no trabalho.

Na prossecução destes objectivos realizaram-se 157 acções

de sensibilização em segurança, que versaram temas relacionados

com a prevenção de riscos: eléctricos, rodoviários, trabalhos em

altura e trabalho com écrans de visualização, com os procedimentos

de evacuação em caso de emergência e com as responsabilidades

de segurança no acompanhamento de obras, acções estas que

envolveram 1 907 participantes.

Em matéria de formação, foram conduzidas acções sobre Segurança

e Gestão de Risco, Segurança para Executantes, Trabalhos de Limpeza

em Tensão e Trabalhos em Tensão nas Redes de Baixa Tensão.

No acompanhamento das actividades, com vista à avaliação

dos riscos e controlo dos procedimentos e sistemas de segurança

pré-estabelecidos, foram realizadas 65 auditorias de segurança

e 2 287 visitas a trabalhos e instalações.

No âmbito do sistema de gestão da segurança, realça-se

a renovação da Política de Segurança e a homologação

dos documentos: Manual de Prevenção do Risco Eléctrico,

Regulamento para a Emissão dos Títulos de Habilitação

e Passaporte de Segurança.

No domínio social, realizaram-se intervenções sobre prevenção de

riscos eléctricos em conferências promovidas, nomeadamente pela

Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, acompanharam-se

estágios escolares e visitas de estudo e assegurou-se representação

em diversos eventos sobre segurança, promovidos por entidades

públicas e empresas.

Registaram-se 93 acidentes de trabalho com baixa, incluindo

2 acidentes mortais e 13 acidentes “in itinere”.

Os valores do índice de incidência e frequência representaram

em 2002, respectivamente, 13,01 acidentes por mil trabalhadores

e 6,93 acidentes por milhão de horas trabalhadas. O índice

de gravidade registado foi de 1,67 dias perdidos por mil horas

trabalhadas, tendo sido particularmente afectado pelos dias

correspondentes aos acidentes mortais e à atribuição de

incapacidades permanentes parciais.

Da sinistralidade com prestadores de serviços, há a lamentar

a ocorrência de 8 acidentes mortais, sendo que 6 foram de origem

eléctrica e 2 por queda em altura.

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[ BALANÇO

A evolução da situação patrimonial foi a seguinte:

No lado do Activo as rubricas apresentam uma certa estabilidade

com excepção dos Acréscimos e Diferimentos que aumentaram

significativamente devido ao ajustamento tarifário (50 milhões

de euros).

Do lado do Passivo, o acréscimo de 29% das Dívidas a Curto

Prazo por oposição ao decréscimo de 7% no Médio e Longo

Prazo resultou, essencialmente, de parte da rubrica

“Empréstimos – Holding” no valor de 131,7 milhões de euros ter

passado em 2002 para “Curto Prazo” e do significativo aumento

das “Dívidas a Fornecedores”.

Neste contexto, alguns indicadores apresentam variações

significativas, com a Estrutura Financeira reforçada nos 1,4

(1,3 em 2001), mas assistindo-se à degradação na Liquidez Geral

(46,9) e na Cobertura do Imobilizado (61,5), quando se comparam

com os de 2001, respectivamente 56,1 e 66,0.

A redução do Capital Próprio está associada a uma diminuição

do Resultado Líquido, na ordem dos 92 milhões de euros, situação

que se reflecte na rentabilidade dos Capitais Próprios cujo indicador

(6,1%), representa cerca de metade do valor verificado em 2001

(11,7%), evolução idêntica à da rentabilidade económica, dada

pela relação entre o Resultado Operacional e o Activo Total, que

em 2002 apresenta uma taxa de apenas 1,8%. Por outro lado,

o indicador da Solvabilidade Total sofre uma ligeira redução para

1,4 (1,5 no ano anterior), bem como o da autonomia financeira

(de 32% em 2001 para 30% em 2002).

[ CUSTOS E PROVEITOS

Os custos operacionais do exercício foram de cerca de 3 562

milhões de euros, representando um acréscimo de 9,2% em

relação ao ano anterior. As compras de energia eléctrica, que

representaram 66% dos custos, ascenderam a 2 346,8 milhões

de euros e incluem 6,1 milhões de euros relativos ao Uso Global

do Sistema e ao Uso da Rede de Transporte por parte dos clientes

do SENV. No gráfico seguinte pode observar-se, relativamente

a 2002, a estrutura dos custos operacionais.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

‘02|RC

1.5EVOLUÇÃO ECONÓMICAE FINANCEIRA

66% [ Compras de electricidade

11% [ Encargos com pessoal

6% [ FSE

4% [ Rendas de concessões

9% [ Amortizações

2% [ Consumo de materiais

2% [ Outros

Custos Operacionais

2002 2001 ∆%

ACTIVO

Imobilizado Líquido 4 330 169,7 4 248 905,5 1,9

Circulante 651 224,9 608 159,3 7,1

Acréscimos e Diferimentos 159 956,7 111 025,5 44,1

TOTAL 5 141 351,3 4 968 090,3 3,5

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO 1 519 189,8 1 578 935,9 -3,8

PASSIVO 3 622 161,5 3 389 154,4 6,9

A médio e longo prazo 1 145 095,1 1 225 555,6 -6,6

A curto prazo 1 189 636,4 921 932,6 29,0

Acréscimos e Diferimentos 1 287 430,0 1 241 666,2 3,7

Total 5 141 351,3 4 968 090,3 3,5

(milhares de euros)

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Apesar do claro abrandamento verificado em 2002 no programa

de redução de efectivos (redução de 3% no número de efectivos,

contra 13% verificado em 2001), os custos com pessoal sofreram

um acréscimo de 3,4%, o que é explicado pelo acréscimo dos

valores relativos às reformas antecipadas (aumento de 31,5%)

e ao Fundo de Pensões (aumento de 16,4%), uma vez que os

encargos associados com as remunerações do pessoal incluindo

as contribuições para a Segurança Social diminuíram cerca de 4%,

apesar das acelerações de base remuneratória ao abrigo do Acordo

Colectivo de Trabalho (ACT) e do aumento da tabela salarial.

Os proveitos operacionais em 2002, num total de 3 656 milhões

de euros, apresentaram um acréscimo da ordem dos 6% em

relação ao ano anterior. A rubrica “vendas de electricidade”, num

total de 3 456,4 milhões de euros, representou cerca de 95%

do total. Neste valor das vendas estão incluídos os valores relativos

ao Uso e Comercialização das Redes de Distribuição pelos clientes

do SENV, bem como as parcelas relativas ao Uso Global do

Sistema e ao Uso da Rede de Transporte pelos mesmos clientes.

O valor das vendas encontra-se, igualmente, afectado pelos

ajustamentos resultantes da aplicação do Regulamento Tarifário,

cujo efeito no ano de 2002 é de cerca de 50 milhões de euros

a favor da EDP Distribuição (excluindo juros, bem como quaisquer

estimativas de proveitos permitidos para recuperação de custos

de protecção do ambiente ou em projectos de gestão da procura).

Este valor resulta essencialmente dos valores facturados

por aplicação da tarifa de energia e potência aos fornecimentos

a clientes finais em MAT, AT e MT terem sido inferiores ao valores

pagos à concessionária da RNT ao longo de 2002, no âmbito

da actividade de Aquisição de Energia Eléctrica.

Contudo, a este valor foi acrescido o ajustamento correspondente

a 2000, que induziu um aumento nos proveitos de cerca de 20,5

milhões de euros, tendo-se, assim, um acréscimo global nos

proveitos de 2002 de cerca de 70,5 milhões de euros, o que

corresponde a 1,9% do total.

A comparação dos Proveitos com os Custos Operacionais, permite

concluir que os Resultados Operacionais apresentam uma

diminuição de 97 milhões de euros (-50,9%), em relação ao ano

anterior.

No gráfico seguinte pode observar-se a evolução dos resultados

operacionais, que em grande parte foram condicionados pela

evolução dos tarifas de venda de energia eléctrica a clientes finais.

O quadro que se segue ilustra o impacto da evolução dos custos

e proveitos no Valor Acrescentado e nos Resultados da empresa.

????????????

Resultados Operacionais *

500I

450I

400I

350I

300I

250I

200I

150I

100I

50I

0

10

6 e

uro

s

1998 200120001999 2002

* No período anterior a 2000, os valores referem-se ao conjunto das 4 empresas, cuja fusão

deu lugar à EDP Distribuição

preços correntes

+16.4%

+3,4%

+31,5%

-3,7%

????????????

Encargos com Pessoal

450I

400I

350I

300I

250I

200I

150I

100I

50I

0

milh

õe

s d

e e

uro

s

20022001

[ F. Pensões e out. reformas[ Reformas antecip.[ Remun. e outros encargos

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32 | 33

[ CONTA DE RESULTADOS

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

2002 2001 Variação %

Vendas de electricidade 3 456 384,5 3 258 484,9 6,1

Outras vendas e prestações de serviços 23 311,2 21 515,1 8,3

Trabalhos para a própria empresa (a) 155 465,3 148 269,5 4,9

Produtos e trabalhos em curso 0,0 0,0

Outras receitas correntes 6 958,1 6 992,5 -0,5

Proveitos Inerentes ao Valor Acrescentado (+) 3 642 119,1 3 435 262,0 6,0

Compras de electricidade 2 346 799,9 2 047 706,3 14,6

Consumo de materiais diversos 80 120,5 107 544,4 -25,5

Fornecimentos e serviços externos 203 302,1 213 288,5 -4,7

Impostos Indirectos 1 447,0 1 412,5 2,4

Consumos Intermédios (-) 2 631 669,6 2 369 951,7 11,0

Valor Acrescentado Bruto (=) 1 010 449,5 1 065 310,3 -5,1

Despesas com o pessoal (-) 379 552,1 367 004,1 3,4

Outros encargos de exploração (-) 155 397,1 146 597,2 6,0

Outros proveitos de exploração (+) 8 522,9 13 523,9 -37,0

Excedente Bruto de Exploração (=) 484 023,1 565 232,9 -14,4

Despesas financeiras (-) 64 139,1 39 399,9 62,8

Receitas financeiras (+) 17 376,3 14 715,3 18,1

Imputação de despesas financeiras a TPE (+) 5 226,0 5 237,6 -0,2

Resultados extraordinários (b) (+) 57 955,1 57 339,5 1,1

Estimativa de IRC (-) 40 007,9 71 817,0 -44,3

Meios Libertos Líquidos (Cash-Flow) (=) 460 433,5 531 308,4 -13,3

Amortizações (líquidas) (-) 330 239,2 324 576,4 1,7

Provisões (líquidas) (-) 37 373,9 21 477,5 74,0

Resultado Líquido (=) 92 820,4 185 254,5 -49,9

(a) Sem encargos financeiros imputados a investimento

(b) Expurgados das regularizações de amortizações e provisões, não consideradas nos resultados operacionais

(milhares de euros)

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Pode assim constatar-se que, à semelhança do já ocorrido no ano

anterior, o crescimento dos proveitos em 2002 ficou aquém

do forte acréscimo nos consumos intermédios, essencialmente

associado ao aumento das compras de electricidade (14,6%).

Assim, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) sofreu um decréscimo

da ordem dos 5%, contribuindo, deste modo, para uma forte

quebra do Excedente Bruto de Exploração (-14,4%), com

expressão directa na diminuição dos Meios Libertos Líquidos

(-13,3%) para a qual a quebra do Imposto sobre o Rendimento

de 31,8 milhões de euros foi parcialmente anulada pelo

agravamento nos Encargos Financeiros (24,7 milhões de euros;

+62,8%).

Neste contexto, as contas da EDP Distribuição apresentam

um resultado líquido de 92,8 milhões de euros, verificando-se

uma diminuição de cerca de 92 milhões de euros em relação

ao ano anterior, ou seja, um decréscimo de 49,9%.

[ INVESTIMENTO

A evolução do investimento a custos técnicos pode ser observada

no gráfico seguinte:

Em 2002, o investimento excedeu o do ano anterior em cerca

de 16% em AT e MT e em cerca de 3% em BT, no âmbito

de uma política de melhoria da qualidade de serviço.

Na rubrica “Outros” o aumento verificado (mais de 250%)

prende-se com o facto de em 2002 o investimento realizado

em sistemas administrativos, técnicos e comercial, bem como

nas respectivas infraestruturas tecnológicas de suporte, ter sido

imobilizado nas contas da empresa.

Conforme se apresenta no quadro seguinte, durante o exercício

de 2002 o investimento atingiu, a custos totais, 371 187 milhares

de euros, incluindo 5 226 milhares de euros de encargos financeiros

intercalares.

O investimento a custos técnicos, no valor de 365 961 milhares

de euros, foi superior ao realizado no ano anterior em 40,5%.

As comparticipações financeiras atingiram o montante de 56 853

mil euros, o que representa 21,4% do investimento específico

a custos técnicos, tendo-se registado uma redução de 27%

relativamente ao valor das comparticipações no ano anterior.

(preços correntes)

milh

õe

s d

e e

uro

s

Investimento a Custos Técnicos

20021999 2000 2001

400I

350I

300I

250I

200I

150I

100I

50I

0

[ OUTROS[ AT e MT [ BT

Custos EncargosActividades Técnicos Financeiros Total

AT e MT 95 760 3 646 99 406

BT 146 523 1 202 147 725

Outras 123 678 378 124 056

Total 365 961 5 226 371 187

(milhares de euros)

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34 | 35

[ CONSERVAÇÃO

Os custos totais de conservação no ano 2002 foram de 165 599

mil euros (mais 5,4% do que em 2001), correspondendo cerca

de 60% a redes de BT.

Considerando o imobilizado específico, os custos de manutenção

(a custos totais) foram, em 2002, de 29,23 € por cliente e de

4,48 € por MWh entregue pelas redes de distribuição.

[ FINANCIAMENTO

A evolução da dívida da EDP Distribuição em 2002, integralmente

constituída pelos débitos à Holding, é mostrada no quadro seguinte:

Em 2002 e no cumprimento do plano de amortizações previsto,

verificou-se uma redução da dívida em cerca de 131 651 milhares

de euros.

Assim, os encargos com a mesma totalizaram 43 229,5 milhares

de euros, o que representou um acréscimo de cerca de 29%

relativamente ao ano anterior (33 574 milhares de euros).

A taxa de juro que no final de 2002 se situou nos 4,0%, fixou-se

no final deste exercício em 4,1%.

No final de 2002 as Disponibilidades em Caixa e Bancos totalizavam

um saldo de 10,7 milhões de euros, enquanto a conta financeira

da Holding apresenta um saldo credor de 430 milhões de euros.

Em consequência do referido, a conta-corrente de curto prazo

com a Holding gerou um custo de 20,6 milhões de euros, o que

representa um agravamento quase 8 vezes superior ao valor

de 2,6 milhões de euros do ano anterior.

A gestão de tesouraria de curto prazo, englobando os descontos

de pronto pagamento de Fornecedores, gerou um custo financeiro

de cerca de 19 550 milhares de euros, face aos 623 milhares

de euros no ano anterior.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa continua a evidenciar

a forte aplicação dos fluxos em actividades de Investimento

e de Financiamento realizadas durante o exercício.

Os compromissos da empresa para com o Accionista e o Estado

encontram-se integralmente satisfeitos.

Os fluxos de Tesouraria em 2002 (monetários e escriturais)

resumem-se no quadro

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

58%�[ BTC

2%�[ OutrosC

10%�[ ATC

30%�[ MTC

Estrutura em 2002

Actividades 2002

AT 16 689

MT 49 018

BT 96 974

Outras 2 919

Total 165 599

(milhares de euros)

Saldo em 01.01.2002 -306 769

Recebimentos 3 731 314

Pagamentos 3 861 543

Saldo em 31.12.2002 -436 998

(milhares de euros)

(milhares de euros)

Dívida Saldo Inicial Saldo Final

Médio e Longo Prazo 909 775,3 87,4% 778 124,7 85,5%

Curto Prazo 131 650,6 12,6% 131 650,6 14,5%

Total 1 041 425,9 100,0% 909 775,3 100,0%

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[ PRINCIPAIS INDICADORES

A análise da rendibilidade e da estrutura financeira da EDP

Distribuição pode ser feita através do conjunto de indicadores

apresentado no quadro seguinte:

A análise do quadro permite destacar um acréscimo significativo

nos indicadores de produtividade, com acréscimos da ordem

dos 5% no Valor Acrescentado Bruto (VAB) por trabalhador

e dos 18% nas Vendas por trabalhador (a preços correntes).

INDICADORES 2002 2001

Rendibilidade dos Capitais Próprios

Resultado Líquido / Capital Próprio (%) 6,11 11,73

Rendibilidade Económica

Resultado Operacional / Activo Total (%) 1,83 3,85

Rendibilidade das Vendas

Resultado Líquido / Vendas (%) 2,67 5,65

Rotação do Activo Total

Vendas/Activo (%) 67,68 66,03

Autonomia Financeira

Capital Próprio / Activo Total (%) 29,55 31,78

Liquidez Geral

Activo Circulante (*) / Passivo de Curto Prazo (%) 46,92 56,13

Estrutura Financeira

Capital Próprio / Passivo de Médio e Longo Prazo 1,33 1,29

Capacidade de Autofinanciamento

Cash Flow / Investimento a Custos Técnicos 1,26 2,04

Cobertura do Imobilizado

Capitais Permanentes / Activo Imobilizado (%) 61,53 66,01

Solvabilidade Total

Activo / Passivo 1,42 1,47

Prazo Médio de Recebimento (meses) 1,10 1,16

Taxa de Cobertura das Existências

Existências/Consumos x12 2,52 1,58

VAB por trabalhador (milhares de euros)

VAB/Efectivos Médios (**) 141,34 134,09

Vendas por trabalhador (milhares de euros)

Vendas/Efectivos Médios (**) 486,74 412,84

(*) Deduzidos dos Créditos de MLP

(**) Sem os efectivos requisitados pela Holding

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36 | 37

[ PERSPECTIVAS PARA 2003

O quadro regulatório que enquadra a actividade regulada exercida

pela empresa, do qual se destaca a entrada em vigor do novo

Regulamento da Qualidade de Serviço, mais exigente que

o anterior, e a acção desenvolvida pelos nossos competidores

num mercado crescentemente liberalizado, tornam os desafios

a enfrentar em 2003 ainda maiores do que os ultrapassados

em 2002.

A abertura do mercado e a transferência de um crescente número

de clientes para o Sistema não Vinculado num quadro em que

se perspectiva algum abrandamento no crescimento do consumo

de energia eléctrica, a par de um acréscimo das tarifas para 2003

(3%), face aos recentes aumentos dos preços de aquisição de

electricidade à REN em consequência do acréscimo nos preços

dos combustíveis, terá que ser acompanhado por um grande

esforço de todos no sentido de serem eliminados custos

desnecessários e aumentar a eficiência.

Para respondermos com eficácia a estes desafios, 2003 terá

de ser o ano da afirmação da empresa, com uma empresa eficiente

e competitiva, estrategicamente orientada para o cliente,

apostada na melhoria da qualidade de serviço, seremos capazes

de vencer o desafio da liberalização.

[ PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais

e do artigo 27º dos Estatutos da EDP Distribuição – Energia,

o Conselho de Administração propõe que o resultado líquido

do exercício de 2002, no valor de 92 820 610,11 euros, tenha

a seguinte repartição:

Para Reserva legal 4 641 100,00

Para Dividendos 71 000 000,00

Para Resultados Transitados 17 179 510,11

92 820 610,11

[ NOTA FINAL

O Conselho de Administração agradece a todos os trabalhadores

da Empresa, que, com grande envolvimento e continuada

mobilização, enfrentaram os novos desafios, permitindo que

a EDP Distribuição, funcionando como um todo, os vencesse.

O Conselho agradece a colaboração das Entidades da

Administração Pública com quem a Empresa se relaciona.

O Conselho agradece a colaboração e o apoio que o Conselho

de Administração da Holding do Grupo EDP sempre disponibilizou.

O Conselho manifesta particular apreço ao Revisor Oficial

de Contas pela inteira disponibilidade demonstrada.

Lisboa, 7 de Março de 2003

O Conselho de Administração

Francisco de la Fuente Sánchez

António Manuel Barreto Pita de Abreu

Arnaldo Pedro F. Navarro Machado

João José Gomes de Aguiar

José Alberto Marcos da Silva

José Celestino de Oliveira Rocha

Manuel Luís Machado Norton Brandão

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘1|RELATÓRIO DE GESTÃO

‘02|RC

1.6CONSIDERAÇÕESFINAIS

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‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DISTRIBUIMOS 99%DA ELECTRICIDADECONSUMIDA EM PORTUGAL’

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Balanço Analítico em 31 de Dezembro de 2002

10 Imobilizado:

Imobilizações incorpóreas 340 325,32 197 678,77 142 646,55 184 396,77

03.a/14 Imobilizações corpóreas:Imobilizações corpóreas (DL 344-B/82) 259 915 573,61 243 265 126,85 16 650 446,76 20 934 323,11

00.d Terrenos e recursos naturais 17 720 829,65 17 720 829,65 34 573 284,51Edifícios e outras construções 155 642 822,86 68 645 050,10 86 997 772,76 97 522 320,04Equipamento básico 9 229 955 906,48 5 350 100 063,18 3 879 855 843,30 4 008 033 785,34Equipamento de transporte 43 061 193,78 27 970 493,68 15 090 700,10 15 937 641,54Ferramentas e utensílios 1 619 912,17 1 206 961,24 412 950,93 547 335,33Equipamento administrativo 76 392 828,09 34 208 387,52 42 184 440,57 27 064 503,26Diferenças de câmbio 10 374 703,26 3 325 490,01 7 049 213,25 7 393 405,77Outras imobilizações corpóreas 1 915 199,54 1 014 047,96 901 151,58 981 096,68

03.e/7/11 Imobilizações em curso 262 712 203,07 262 712 203,07 35 149 815,36Adiantamentos p/ conta imob. Corpóreas 259 494,91 259 494,91 380 978,29

10 059 910 992,74 5 729 933 299,31 4 329 977 693,43 4 248 702 885,99

03.b/10 Investimentos financeiros:Investimentos em imóveis 535 514,81 343 566,81 191 948,00 202 658,29

535 514,81 343 566,81 191 948,00 202 658,29

Circulante:

Existências03.b/41 Matérias-primas, subsid. e consumo 16 857 118,90 16 857 118,90 15 093 448,06

16 857 118,90 16 857 118,90 15 093 448,06

Dívidas de Terceiros – Médio Longo Prazo:Autarquias – Dívida de 31/12/88 s/ acordo 56 999 068,82 56 999 068,82 0 0

00.d/03.a.i i i/14 Autarquias – Dívida de 31/12/88 c/ acordo 124 935 819,93 44 322 878,71 80 612 941,22 81 067 704,48Imobilizados em integração compensados 19 246 239,07 12 421 025,70 6 825 213,37 7 859 131,47

48.b Outros devedores 2 170 767,95 2 170 767,95 2 170 748,00203 351 895,77 113 742 973,23 89 608 922,54 91 097 583,95

Dívidas de Terceiros – Curto Prazo:Autarquias – Dívida de 31/12/88 c/ acordo 3 408 292,14 3 408 292,14 3 301 060,13Clientes c/c 277 451 587,28 277 451 587,28 271 736 772,86

23/34 Clientes de cobrança duvidosa 129 648 361,00 122 410 488,56 7 237 872,44 71 001 649,3948.f Estado e outros entes públicos 27 137 093,87 27 137 093,87 5 232 598,0923/48.b Outros devedores 189 631 153,61 6 732 042,76 182 899 110,85 140 581 945,96

627 276 487,90 129 142 531,32 498 133 956,58 491 854 026,43

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 46 624 930,93 46 624 930,93 10 114 243,75Caixa 0 0 0

46 624 930,93 46 624 930,93 10 114 243,75

Acréscimos e Diferimentos:48.c Acréscimos de proveitos 146 499 109,29 146 499 109,29 97 894 216,4203.d/48.c Custos diferidos 13 457 596,23 13 457 596,23 13 131 259,37

159 956 705,52 159 956 705,52 111 025 475,79

Total de Amortizações 5 730 276 866,12Total de Provisões 242 885 504,55

TOTAL DO ACTIVO 11 114 513 646,57 5 973 162 370,67 5 141 351 275,90 4 968 090 322,26

NOTAS ACTIVO 2002 2001AB A/P AL AL

‘02|RC

2.1

Page 41: EDPDISTRelatContas2002Portclientes apostando, de forma continuada, na melhoria da qualidade de serviço e empreendendo acções, de âmbito comercial, com o objectivo de uma maior

40 | 41

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Balanço Analítico em 31 de Dezembro de 2002

Unidade: EUR

Capital Próprio:36/37/40 Capital 1 024 500 000,00 1 024 500 000,00

Reservas:40.a Reservas legais 90 992 147,23 81 729 147,2340.b Reservas livres 247 255 362,65 247 255 362,65

40.c Resultados transitados 63 621 669,91 40 196 927,40

Subtotal 1 426 369 179,79 1 393 681 437,28

Resultado líquido do exercício 92 820 610,11 185 254 503,22

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 1 519 189 789,90 1 578 935 940,50

Passivo:34 Provisões para riscos e encargos

Prémios p/ pensões 11 453 500,00Outras provisões p/ riscos e encargos 300 981 036,22 282 008 850,47

312 434 536,22 282 008 850,47

29 Dívidas a terceiros – Médio longo prazo:Empresas do Grupo – Empréstimos 778 124 719,63 909 775 344,91

48.b Outros credores 37 885 393,28 12 837 083,6103.a.a iii/14/29 Conta de regularização (DL 344-B/82) 16 650 446,76 20 934 323,11

832 660 559,67 943 546 751,64

Dívidas a terceiros – Curto prazo:Dívidas a instituições de crédito 35 959 684,73 50 178 163,64

29 Empresas do Grupo – Empréstimos 131 650 625,28 131 650 625,3548.d Fornecedores c/c 481 726 335,10 285 123 924,5848.d Fornecedores – Fact. em recepção e conf. 20 140 561,88 60 041,2948.d Fornecedores de imobilizado c/c 34 000 618,74 39 460 977,9448.a Estado e outros entes públicos 56 312 917,09 96 010 359,6448.b Outros credores 429 845 624,64 319 448 529,04

1 189 636 367,46 921 932 621,48

48.c Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de custos 47 285 190,39 45 772 973,05Proveitos diferidos 1 240 144 832,26 1 195 893 185,12

03.a i /48.c 1 287 430 022,65 1 241 666 158,17

TOTAL DO PASSIVO 3 622 161 486,00 3 389 154 381,76

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 5 141 351 275,90 4 968 090 322,26

NOTAS CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2002 2001

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Demonstração dos Resultados do Exercício de 2002

41 Custo das existências vendidas e consumidasElectricidade 2 346 799 947,01 2 047 706 319,95Materiais diversos 80 120 498,93 2 426 920 445,94 107 544 356,22 2 155 250 676,17

Fornecimentos e serviços externos 203 302 138,01 213 288 480,68

07/43 Custos com o pessoalRemunerações 246 525 884,87 237 698 315,06

Encargos sociais:03.g Pensões 31 203 759,09 26 628 257,88

Outros 101 822 448,69 379 552 092,65 102 677 565,38 367 004 138,32

03.a/10.b Amortizações do exercício 330 239 155,17 324 576 466,6634 Provisões do exercício 65 093 579,82 395 332 734,99 54 655 177,06 379 231 643,72

Impostos 1 672 449,04 1 666 773,8400.d/48.f Outros custos e perdas operacionais 155 171 714,53 156 844 163,57 146 342 929,76 148 009 703,60

(A) – Custos e Perdas Operacionais 3 561 951 575,16 3 262 784 642,49

45 Juros e custos similaresRelativos a Empresas do Grupo 63 962 372,22 36 173 950,68Outros 176 777,55 64 139 149,77 3 225 985,82 39 399 936,50

(C) – Custos e Perdas Correntes 3 626 090 724,93 3 302 184 578,99

46 Custos e perdas extraordinárias 30 324 992,39 28 852 351,73

(E) – Custos e Perdas do Exercício 3 656 415 717,32 3 331 036 930,72

06 Imposto sobre o rendimento do exercício 40 007 865,76 71 817 000,14

(G) – Custos Totais 3 696 423 583,08 3 402 853 930,86

40 Resultado líquido do exercício 92 820 610,11 185 254 503,24

TOTAL 3 789 244 193,19 3 588 108 434,10

NOTAS CUSTOS E PERDAS 2002 2001

‘02|RC

2.2

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42 | 43

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstração dos Resultados do Exercício de 2002

Unidade: EUR

44 VendasDe energia eléctrica 3 456 384 512,72 3 258 484 893,67Outras 1 737 811,30 1 619 684,99

Prestação de serviços 21 573 349,31 3 479 695 673,33 19 895 449,08 3 280 000 027,74

48.e Trabalhos para a própria empresa 160 691 349,31 153 507 103,88

Proveitos suplementares 6 958 069,43 6 992 512,31Subsídios à exploração 108 329,92 1 820 785,69Outros proveitos e ganhos operacionais 8 414 534,30 15 480 933,65 11 703 139,40 20 516 437,40

(B) – Proveitos e Ganhos Operacionais 3 655 867 956,29 3 454 023 569,02

45 Rendim. de tit. negoc. e out. aplic. financeirasOutros 40 911,34

Outros juros e proveitos similares:Outros 17 376 292,30 14 674 410,78 14 715 322,12

(D) – Proveitos e Ganhos Correntes 3 673 244 248,59 3 468 738 891,14

46 Proveitos e ganhos extraordinários 115 999 944,60 119 369 542,96

F – Proveitos Totais 3 789 244 193,19 3 588 108 434,10Resultados Operacionais (B)-(A) 93 916 381,13 191 238 926,53Resultados Financeiros [(D)-(B)]-[(C)-(A)] -46 762 857,47 -24 684 614,38Resultados Correntes (D)-(C) 47 153 523,66 166 554 312,15Resultados Antes de Impostos (F)-(E) 132 828 475,87 257 071 503,38Resultado líquido do exercício (F)-(G) 92 820 610,11 185 254 503,24

NOTAS PROVEITOS E GANHOS 2002 2001

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ÍNDICE

[ DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

‘40

‘42

‘45

‘60

‘61

BALANÇO ANALÍTICO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2002

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

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44 | 45

00. [ INTRODUÇÃO

a] Objecto e detentores do Capital

A EDP Distribuição – Energia, S.A. tem por objecto a distribuição

e venda de energia eléctrica nas áreas onde se encontra

legalmente autorizada, sendo o seu Capital Social totalmente

detido pela EDP – Electricidade de Portugal, S.A.

b] Regime de preços de compra de energiaeléctrica

Às compras de energia eléctrica no âmbito da parcela livre

aplicam-se os seguintes contratos:

• Aquisições de energia eléctrica a centrais com potência

aparente superior a 10 MVA pertencentes às empresas EDP

Energia, S.A., HDN Energia do Norte, S.A. e HIDROCENEL

Energia do Centro, S.A. – É aplicado o acordo tarifário

celebrado em 2000 entre a EDP Distribuição e cada uma

daquelas empresas, pelo qual a valorização da potência

e a energia eléctrica fornecidas por estas centrais está indexada

à tarifa de energia e potência (TEP) e ao preço, na fronteira,

para agentes externos que actuam no mercado espanhol.

• Aquisições de energia eléctrica à Hidrocantábrico – É aplicado

o acordo tarifário celebrado em 2002 entre a EDP Distribuição

e aquela empresa, pelo qual a valorização da potência

e a energia eléctrica adquiridas àquela empresa está indexada

à tarifa de energia e potência (TEP) e ao preço, na fronteira,

para agentes externos que actuam no mercado espanhol.

A partir de Outubro de 2002, as centrais com potência aparente

inferior a 10 MVA pertencentes às empresas EDP Energia, S.A.,

HDN Energia do Norte, S.A. e HIDROCENEL Energia do Centro,

S.A., passaram a ver o seu regime de produção regulado pela

legislação aplicável aos Produtores em Regime Especial.

As condições de aquisição de energia eléctrica a produtores

em regime especial são reguladas pelos Decretos-Lei números

189/88 de 27 de Maio, 186/95 de 27 de Julho, 313/95

de 24 de Novembro, 538/99 de 13 de Dezembro, 313/2001

de 10 de Dezembro, 339-C/2001 de 29 de Dezembro e ainda

pela Portaria 399/2002 de 18 de Abril.

c] Regime de preços de venda da energiaeléctrica

Os preços de venda da energia eléctrica (tarifas) foram fixados

por Despacho n.º 24657-A/2001 da Entidade Reguladora

do Sector Eléctrico, publicado no Diário da República

n.º 279/2001 (II Série), de 3 de Dezembro de 2001.

Nos 3º e 4º trimestres de 2002, em resultado dos ajustamentos

trimestrais dos encargos variáveis de aquisição de energia, os

preços de venda a clientes finais de MT, AT e MAT foram objecto

de actualização (Despachos n.º 13 725-A/2002, publicado

no Diário da República n.º 138 (II Série) de 18 de Junho

e n.º 20 255-A/2002, publicado no Diário da República

n.º 213 (II Série) de 14 de Setembro).

Pelo Despacho n.º 17 573-B/2002 publicado no Diário da

República n.º 181 (II Série) de 7 de Agosto houve lugar a uma

fixação extraordinária de tarifas a vigorarem para os clientes

BTE e MT a partir de 1 de Outubro. No mesmo Diário da

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

‘02|RC

2.3ANEXO AO BALANÇOE À DEMONSTRAÇÃODOS RESULTADOS

Page 46: EDPDISTRelatContas2002Portclientes apostando, de forma continuada, na melhoria da qualidade de serviço e empreendendo acções, de âmbito comercial, com o objectivo de uma maior

República foram publicadas tarifas opcionais para MAT e AT

a vigorarem durante o ano de 2002.

d] Regime de concessão da distribuição de energia eléctrica em baixa tensão

De acordo com o estabelecido em legislação específica

(Decreto-Lei nº. 344-B/82), o direito de distribuir energia

eléctrica em baixa tensão está atribuído aos Municípios.

A empresa, no entanto, procede à distribuição de energia eléctrica

neste nível de tensão, com base em contratos de concessão

estabelecidos com os Municípios da sua área de exploração.

Esta concessão tem como contrapartida o pagamento de uma

renda aos Municípios concedentes (Nota 48.f).

Em conformidade com o diploma legal acima referido,

a concessão da distribuição de energia eléctrica em baixa tensão

não envolve a alienação dos patrimónios próprios dos Municípios

concedentes, os quais se conservarão na propriedade destes

sem prejuízo da sua afectação à exploração da Empresa.

Na base desta disposição, a Empresa considera o valor de tais

patrimónios nas contas de imobilizações corpóreas (Notas 03.a.iii

e 10.a), sendo as mesmas compensadas por uma conta incluída

no passivo a médio e longo prazo (Nota 03.a.iii).

e] Indicações gerais

As notas que se seguem respeitam a numeração definida

no Plano Oficial de Contabilidade.

As notas omitidas ou não são aplicáveis à Empresa ou a sua

apresentação não é relevante para a compreensão das

demonstrações financeiras.

Os valores indicados são expressos em euros, salvo indicação

em contrário.

01. [ PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS

As demonstrações financeiras foram preparadas segundo

a convenção dos custos históricos, modificada pela reavaliação

de certos bens das imobilizações corpóreas e na base da

continuidade das operações, em conformidade com os princípios

contabilísticos fundamentais da prudência, consistência,

substância sobre a forma, materialidade e especialização

dos exercícios.

03. [ CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOSE VALORIMÉTRICOS

a] Imobilizações corpóreas

i) Imobilizações de propriedade da Empresa

As imobilizações corpóreas estão mostradas pelos valores que

resultaram do processo de reestruturação da EDP em referência

a 94/01/01 e ao custo de aquisição ou construção para os bens

adquiridos posteriormente. As imobilizações incluem encargos

financeiros capitalizados durante a fase de construção,

resultantes de empréstimos contraídos para as financiar,

como indicado nas alíneas e) e f) desta mesma nota.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas

constantes, a taxas específicas segundo uma tabela aprovada

nos termos do Art.º. 39º. do Estatuto da EDP – EP, por despacho

do Secretário de Estado da Energia e Indústrias de Base

de 79/02/01 e do Secretário de Estado do Orçamento

de 79/03/28, de forma a reintegrarem os activos durante a vida

útil estimada para cada classe de imobilizações. Os encargos

financeiros e os encargos de estrutura imputados às

imobilizações são amortizados às mesmas taxas das classes

de imobilizado que afectam.

Os imobilizados comparticipados por terceiros são amortizados

na mesma base e às mesmas taxas dos restantes imobilizados

da Empresa, sendo o respectivo custo compensado em

proveitos e ganhos extraordinários (Nota 46.c), pela

amortização das comparticipações registadas em Acréscimos

e diferimentos – Subsídios para investimento.

As despesas de reparação e manutenção corrente do imobilizado

são consideradas como custos do exercício no ano em que ocorrem.

As despesas relacionadas com grandes reparações e benfeitorias

são consideradas como custos diferidos e transferidos para custos

do exercício num período máximo de 6 anos, conforme alínea d)

desta mesma Nota e da Nota 48 c).

ii) Imobilizações em regime de locação financeira

As imobilizações adquiridas mediante contratos de locação

financeira, bem como as respectivas responsabilidades, são

contabilizadas pelo método financeiro, pelo que o correspondente

valor e as responsabilidades estão reconhecidos no Balanço.

Consequentemente, as amortizações destes bens e os juros

incluídos nos valores das rendas são registados na demonstração

de resultados do exercício a que respeitam.

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iii) Imobilizações afectas às concessões

Nos termos do Decreto-Lei nº 344-B/82, conforme alínea d)

da Nota 00, a concessão da distribuição de energia eléctrica

em baixa tensão não envolve a alienação dos patrimónios dos

Municípios concedentes, os quais se conservarão na propriedade

formal destes, sem prejuízo da sua afectação à exploração pela

Empresa. Em conformidade com o precedente, os imobilizados

afectos à concessão são mostrados em Imobilizações corpóreas

(Nota 10.a), com contrapartida no passivo a médio e longo

prazo.

Os valores destes imobilizados estão mostrados pelos valores

resultantes da sua avaliação à data do encontro de contas entre

os Municípios e a EDP e das diversas reavaliações efectuadas

ao abrigo de diplomas legais.

Os imobilizados afectos às concessões são amortizados na mesma

base e às mesmas taxas a que são amortizadas as imobilizações

próprias da Empresa, sendo o respectivo custo compensado

em proveitos e ganhos extraordinários (Nota 46.c), pela redução,

em igual montante, da responsabilidade para com os Municípios

(registada em Outros Devedores e Credores – Conta de

regularização – Regime DL 344-B/82).

b] Existências

Estão valorizadas ao custo de aquisição, sendo as saídas

de armazém (consumos) valorizadas ao custo médio ponderado.

c] Dívidas a terceiros em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são contabilizadas

ao contravalor em euros.

d] Custos diferidos

As despesas relacionadas com grandes reparações e benfeitorias

são contabilizadas em Acréscimos e diferimentos – Custos

diferidos e transferidas para resultados num período máximo

de 6 anos (Nota 48.c).

e] Encargos financeiros

Os encargos financeiros são repartidos entre os que são

considerados como resultantes de empréstimos contraídos

para financiar as imobilizações em curso, calculados pela aplicação

de uma taxa de juro média sobre o valor médio dos investimentos

em curso, e os considerados como resultantes de outros

empréstimos. Os primeiros são imputados a Imobilizações

em curso (Nota 11), sendo os outros contabilizados

em Resultados do exercício.

A partir do Exercício de 1995, inclusivé, a taxa de juro média

referida resulta apenas dos empréstimos contraídos no mercado

interno, deixando a Empresa de assumir riscos cambiais.

f] Encargos de estrutura

Os encargos dos departamentos responsáveis pela realização

dos projectos de investimento (Encargos directos internos – Nota

48.e) são imputados aos diversos empreendimentos em curso.

Os encargos gerais de estrutura da Empresa (incluindo os custos

de gestão da Holding) são repartidos entre o investimento

(Nota 48.e) e os resultados, em função de determinadas

proporções, sendo a parte referente ao investimento

posteriormente imputada aos diversos projectos em curso.

g] Benefícios sociais a trabalhadores

O Grupo procede à contabilização dos custos resultantes

de pensões e encargos associados de acordo com o disposto

no International Accounting Standard nº 19, derrogando deste

modo e nesta medida o disposto na Directriz Contabilística nº 19

(nota 31.b), a qual corresponde à transposição para o normativo

português da versão anterior daquela norma internacional.

A Empresa tem a responsabilidade de conceder complementos

de pensões de reforma e sobrevivência na parte que excede

as que são concedidas pela Segurança Social.

Para este efeito o Grupo EDP constituiu um Fundo de Pensões

autónomo, comum a todas as Empresas do Grupo resultantes

da cisão da EDP em 1994, para o qual foi transferida a parte

das responsabilidades passadas e já vencidas existentes

em 2002.12.31. As Empresas do Grupo continuarão a dotar este

Fundo com os recursos correspondentes às responsabilidades

que se forem vencendo em cada exercício. Em complemento deste

Fundo de Pensões o Grupo constituiu a nível da Casa-Mãe uma

provisão onde reconheceu o remanescente das responsabilidades

passadas e já vencidas existentes em 2002.12.31.

Os trabalhadores da Empresa têm a possibilidade de optar

pela reforma antecipada, quando se encontrem em determinadas

condições de idade e antiguidade pré-definidas.

Os trabalhadores da Empresa ao passarem à situação de reforma

mantêm o direito à assistência médica em condições similares

às do pessoal no activo.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Para este efeito a Empresa constitui uma Provisão (nota 34)

na qual se encontram reconhecidas as responsabilidades passadas

e já vencidas existentes em 2002.12.31 com este benefício.

A Empresa continuará a reforçar esta provisão na medida

das responsabilidades que se forem vencendo em cada exercício.

h] Vendas de Electricidade

As tarifas de energia eléctrica a clientes do SEP são fixadas

pela ERSE.

A regularização, em tarifas futuras, dos ajustamentos provenientes

de eventuais excessos ou insuficiências decorrentes da não

confirmação de certos pressupostos tarifários, torna necessária

a criação de métodos que permitam registar a periodificação

daqueles excessos ou insuficiências.

Neste sentido, os excessos ou insuficiências apuradas

no exercício, relativamente aos valores aprovados pela ERSE,

encontram-se escriturados em acréscimos e diferimentos e foram

determinados tendo como base o nível de referência de perdas

para o exercício de 2002 indicado pela ERSE.

06. [ IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O Grupo EDP é tributado em sede de IRC pelo lucro consolidado,

conforme autorização concedida pelo Ministro das Finanças,

por um período de 5 anos.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais

estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades

fiscais durante o período de 6 anos. Não é previsível a ocorrência

de qualquer responsabilidade adicional relativamente aos exercícios

de 1997 a 2002 que tenha um efeito significativo para as

demonstrações financeiras.

A Empresa não reconheceu os efeitos, em imposto sobre

o rendimento, das diferenças temporais entre activos e passivos

apurados numa base fiscal e contabilística. Sendo que

as diferenças mais significativas são as respeitantes às provisões

não aceites para efeitos fiscais e à percentagem do acréscimo

de amortizações decorrentes das reavaliações efectuadas,

não foi possível quantificar quais os efeitos atribuíveis

aos resultados transitados e aos do exercício.

07. [ PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESA

O número médio de pessoas ao serviço da Empresa durante

o exercício foi de 7.149 (7.945 em 2001), não existindo

assalariados.

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10. [ IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

a] Activo bruto

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Alienações Transferências Regularizações Saldo Finale Abates

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de Instalação 131 574,27 131 574,27

Despesas de Investigação e Desenvolvimento 208 751,06 208 751,06

TOTAL (1) 340 325,33 0,00 0,00 0,00 0,00 340 325,33

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Imobilizações do Regime do DL 344-B/82 259 915 575,48 -1,87 259 915 573,61

Subtotal (2.1) 259 915 575,48 0,00 0,00 0,00 -1,87 259 915 573,61

Imobilizações próprias

Terrenos e Recursos Naturais 34 573 284,51 37 326,74 -16 889 781,60 17 720 829,65

Edifícios e Outras Construções 168 027 420,03 175 395,77 -12 620 855,14 60 862,00 155 642 822,66

Equipamento Básico: 9 051 078 321,21 54 324 733,80 -1 080 473,00 125 633 324,47 3,39 9 229 955 906,48

Equipamento Técnico Específico 9 044 500 380,65 54 095 191,13 -378 707,44 125 633 324,47 2,63 9 223 850 191,44

Outro Equipamento Básico 6 577 937,17 229 542,67 -701 765,56 0,76 6 105 715,04

Equipamento de Transporte 46 113 898,00 4 195 482,69 -7 098 781,17 -149 405,74 43 061 193,78

Ferramentas e Utensílios 1 557 883,94 63 075,16 -1 046,97 0,04 1 619 912,17

Equipamento Administrativo 52 495 642,40 27 448 119,24 -3 736 552,20 198 298,72 -12 680,07 76 392 828,09

Diferenças de Câmbio 10 374 703,62 -0,36 10 374 703,26

Outras Imobilizações Corpóreas 1 922 920,96 1 646,03 -9 367,42 -0,03 1 915 199,54

Subtotal (2.2) 9 366 144 071,28 86 245 779,68 -41 436 857,50 125 892 485,19 -162 082,77 9 536 683 395,63

Imobilizações em Curso 35 149 815,36 353 195 654,56 -125 633 324,47 0,10 262 712 145,55

Adiantamentos por c/ Imob. Corpóreas 380 978,29 150 665,60 -259 160,72 -12 930,74 259 552,43

Subtotal (2.3) 35 530 793,65 353 346 320,16 -125 892 485,19 -12 930,74 262 971 697,98

TOTAL (2) 9 661 590 440,41 439 592 099,84 -41 436 857,50 0,00 -175 015,38 10 059 570 667,22

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Investimentos em Imóveis 535 514,81 535 514,81

TOTAL (3) 535 514,81 535 514,81

Total Geral (1) + (2) + (3) 9 662 466 280,55 439 592 099,84 -41 436 857,50 0,00 -175 015,38 10 060 446 507,36

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b] Amortizações

c] Observações

i) O Equipamento Básico inclui todos os equipamentos

relacionados com a distribuição de energia eléctrica,

conjuntamente com os respectivos terrenos, edifícios

e instalações.

ii) As imobilizações corpóreas do regime do DL 344-B/82

correspondem aos patrimónios afectos à distribuição de energia

eléctrica em baixa tensão transferidos das Autarquias Locais

em regime de concessão. Estes patrimónios que, embora explorados

pela EDP Distribuição – Energia, continuam propriedade

das Autarquias, totalizam em 31 de Dezembro de 2002:

Rubricas Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de Instalação 155 928,56 41 750,21 197 678,77

TOTAL (1) 155 928,56 41 750,21 197 678,77

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Imobilizações do Regime do DL 344-B/82 238 981 252,37 4 283 876,63 -1,90 243 265 127,10

Subtotal (2.1) 238 981 252,37 4 283 876,63 -1,90 243 265 127,10

Imobilizações Próprias

Edifícios e Outras Construções 70 505 099,99 3 454 030,97 -5 314 080,86 68 645 050,10

Equipamento Básico: 5 043 044 532,48 308 091 638,42 -1 036 107,73 5 350 100 063,17

Equipamento Técnico Específico 5 037 771 939,62 307 802 676,80 -373 984,85 5 345 200 631,57

Outro Equipamento Básico 5 272 592,86 288 961,62 -662 122,88 4 899 431,60

Equipamento de Transporte 30 176 256,46 4 848 101,79 -7 053 864,57 27 970 493,68

Ferramentas e Utensílios 1 010 548,61 197 460,99 -1 048,36 1 206 961,24

Equipamento Administrativo 25 431 139,14 8 918 762,70 -141 514,32 34 208 387,52

Outras Imobilizações Corpóreas 941 824,28 81 512,99 -9 289,31 1 014 047,96

Diferenças de Câmbio 2 981 297,85 344 192,52 -0,36 3 325 490,01

Subtotal (2.2) 5 174 090 698,83 325 935 700,38 -13 555 905,51 5 486 470 493,68

TOTAL (2) 5 413 071 951,20 330 219 577,01 -13 555 906,33 5 729 735 620,78

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Investimentos em Imóveis 332 856,52 10 710,29 343 566,81

TOTAL (3) 332 856,52 10 710,29 0,00 343 566,81

Total Geral (1) + (2) + (3) 5 413 560 736,28 330 272 037,51 -13 555 906,33 5 730 276 866,36

Imobilizado 259 915 573,61

Amortizações -243 265 127,10

Valor líquido 16 650 446,51

Imobilizações regime DL 344-B/82

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11. [ CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOSFINANCEIROS

De acordo com o critério contabilístico definido na Nota 03.e),

foram capitalizados no exercício em Imobilizações em Curso juros

de financiamento no montante de 5 226 006,00 euros – Nota 14.b).

12. [ REAVALIAÇÃO DASIMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

As Imobilizações Corpóreas foram reavaliadas pela EDP ao abrigo

dos seguintes diplomas legais:

Decreto-Lei nº 430/78 Decreto-Lei nº 171/85 Decreto-Lei nº 7/91

Decreto-Lei nº 219/82 Decreto-Lei nº 118-B/86 Decreto-Lei nº 49/91

Decreto-Lei nº 399-G/84 Decreto-Lei nº 111/88 Decreto-Lei nº 264/92

Em consequência da reestruturação da EDP e de forma a dar

cumprimento aos aspectos de carácter legal relacionados com

a neutralidade fiscal subjacente àquele acto, estas reavaliações

relevam para efeitos fiscais, nomeadamente no que se refere

ao cálculo das amortizações do exercício.

13. [ QUADRO DISCRIMINATIVODAS REAVALIAÇÕES

• Os valores acima referidos são líquidos de amortizações

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Rubricas Custos Reavaliações Valores contabilísticoshistóricos reavaliados

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Imobilizações (Regime DL 344-B/82) 8 022 663,04 8 627 783,72 16 650 446,76

Terrenos e recursos naturais 5 205 541,46 12 515 288,19 17 720 829,65

Edifícios e outras construções 61 036 821,72 25 960 951,04 86 997 772,76

Equipamento básico 3 203 879 523,25 675 976 320,05 3 879 855 843,30

Equipamento de transporte 15 090 700,10 0,00 15 090 700,10

Ferramentas e utensílios 412 950,94 0,00 412 950,94

Equipamento administrativo (excepto informática) 4 219 133,31 128,58 4 219 261,89

Equipamento informático 37 965 178,68 0,00 37 965 178,68

Diferenças de câmbio 7 049 213,25 0,00 7 049 213,25

Outras imobilizações corpóreas 792 204,32 108 947,26 901 151,58

3 343 673 930,07 723 189 418,84 4 066 863 348,91

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Investimentos em imóveis 9 666,38 182 281,62 191 948,00

2002 2001

Edifícios e outras construções 0 97 834,22

Equipamento técnico específico 5 226 006,00 4 943 286,68

Estudos e projectos 196 526,37

5 226 006,00 5 237 647,27

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14. [ OUTRAS INFORMAÇÕESRELATIVAS ÀS IMOBILIZAÇÕES

a] No que se refere à sua localização e afectação (valores líquidos):

* As imobilizações reversíveis correspondem aos patrimónios

afectos à Distribuição de energia eléctrica em Baixa Tensão

em regime de concessão, transferidos das Autarquias Locais.

b] No que respeita aos custos financeirosnelas capitalizados no exercício

15. [ IMOBILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

Tal como está indicado na Nota 03.a) ii), as imobilizações corpóreas

adquiridas através de contratos de locação financeira e incluídas

no Balanço são:

É a seguinte a previsão dos pagamentos futuros:

16. [ CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

A EDP Distribuição – Energia, S.A. é incluída na consolidação

de contas da EDP – Electricidade de Portugal, S. A., com sede

na Praça Marquês de Pombal,12, em Lisboa.

23. [ DÍVIDAS DE COBRANÇADUVIDOSA

25. [ DÍVIDAS DE E AO PESSOAL

28. [ DÍVIDAS VENCIDAS AO ESTADOE OUTROS ENTES PÚBLICOS

A Empresa não tem dívidas em mora ao Estado e Outros Entes

Públicos, incluindo à Segurança Social.

29. [ DÍVIDAS A TERCEIROS – MÉDIOE LONGO PRAZO

Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço:

2002 2001

2002 2001

Clientes

Clientes de cobrança duvidosa 186 647 429,82 174 386 595,64

Outros devedores e credores

Devedores e credores diversos

– Devedores (Valor da provisão) 19 153 068,46 17 109 283,35

2002 2001

Valores a receber 266 425,25 382 149,02

Valores a pagar — —

2002 de 1 a 5 anos a mais de 5 anos Total

Empresas do Grupo

Empréstimos da Holding 658 253 126,40 251 522 218,51 909 775 344,91

Outros Credores 23 548 222,59 14 337 170,69 37 885 393,28

Cauções recebidas

de Clientes 23 352 884,20 14 337 170,69 37 690 054,89

Outras cauções recebidas 195 338,39 195 338,39

Conta de regularização

(DL 344-B/82) 16 650 446,76 16 650 446,76

681 801 348,99 282 509 835,96 964 311 184,95

2002 2001

Juros de financiamento 5 226 006,00 5 237 647,27

Amortizações do capital em dívida 293 656,83

Encargos financeiros 12 590,30

IVA 58 186,95

364 434,08

Rubricas Activo bruto Amortizações Activo líquido

Equipamento de transporte 642 201,80 -185 534,37 456 667,43

Afectas à Distribuição de Electricidade 3 879 855 843,31 4 008 033 785,34

Não Específicas 169 476 079,67 111 142,50

Implantadas em propriedade alheia 880 979,41 1 811 778,46

Reversíveis * 16 650 446,51 20 934 323,11

Total 4 066 863 348,90 4 030 891 029,41

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31. [ COMPROMISSOS FINANCEIROS

a] Compromissos contratuais

No final do exercício encontravam-se por satisfazer encomendas

nos seguintes montantes:

b] Benefícios sociais a trabalhadores

A responsabilidade actual projectada para a data prevista

para a reforma é, em 31 de Dezembro de 2002 de 1 098 884

milhares de euros no que respeita a Complementos de Pensões

de Reforma e reformas antecipadas e de 387 975 milhares

de euros no que respeita a Actos Médicos, encontrando-se ambas

as responsabilidades integralmente cobertas nos montantes

exigidos nesta data pelos normativos aplicáveis, quer por activos

do Fundo de Pensões, quer por Provisões constituídas na própria

Empresa ou na Casa-Mãe.

No exercício foram reconhecidos os seguintes custos:

No apuramento das responsabilidades associadas a estes planos

de pensões, foram utilizados os seguintes pressupostos financeiros

e actuariais:

32. [ RESPONSABILIDADESCONTINGENTES

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Pensões Actos Médicos

Custo dos serviços correntes 8 230 4 578

Custo dos juros 63 573 23 501

Retorno estimado dos activos do fundo de pensões -41 992 0

Gastos / Perdas actuariais 8 199 0

Amortização do período inicial de transição 4 426 1 594

(milhares de euros)

2001 de 1 a 5 anos a mais de 5 anos Total

Empresas do Grupo

Empréstimos da Holding 131 650 625,35 909 775 344,91 1 041 425 970,26

Outros Credores 30 676 059,62 12 690 037,76 43 366 097,38

Cauções recebidas

de Clientes 29 957 458,51 12 690 037,76 42 647 496,27

Outras cauções recebidas 718 601,11 718 601,11

Conta de regularização

(DL 344-B/82) 20 934 323,11 20 934 323,11

162 326 684,97 943 399 705,78 1105 726 390,75

De materiais 17 549 691,00

De serviços 49 519 164,00

2002 2001

2002 2001

Garantias recebidas de clientes 118 337 956,48 118 665 321,58

Garantias recebidas de fornecedores 24 090 528,52 17 790 140,76

Garantias prestadas a Empresas do Grupo 2 170 767,95 2 170 748,50

Garantias prestadas a outras entidades 994 990,00 1 242 565,42

Taxa de rendimento do Fundo 6,5% 7,5%

Taxa de desconto 6,0% 6,5%

Taxa de crescimento dos salários 3,3% 3,5%

Taxa de crescimento das pensões 2,25% 3,5%

Taxa de revalorização dos salários

da Segurança Social 2,0% 2,25%

Taxa de inflação 2,0% 2,0%

Taxa anual de crescimento dos custos

com serviços médicos 4,5% 5,0%

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34. [ MOVIMENTO DAS PROVISÕES

36. [ CAPITAL – NÚMERO DE ACÇÕES E VALOR NOMINAL

O Capital Social está representado por 204 900 000 acções

escriturais nominativas de 5 Euros cada uma, encontrando-se

totalmente subscrito e realizado.

37. [ CAPITAL – DETENTORES

O Capital é detido a 100% pela EDP – Electricidade de Portugal, S.A.

40. [ MOVIMENTOS DOS CAPITAIS PRÓPRIOS

a) De acordo com a legislação em vigor, para Reserva Legal

é obrigatória a dotação com um mínimo de 5% dos lucros.

Esta reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos

ou no aumento de capital.

b) A Reserva Livre incluída no capitais próprios da Empresa

representa o património líquido transferido no acto da

reestruturação da EDP, não coberto pelo capital social.

Rubricas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final

PARA COBRANÇAS DUVIDOSAS 235 937 500,46 23 967 079,82 17 019 075,73 242 885 504,55

Dívidas de clientes 218 828 217,11 21 270 855,71 16 366 636,73 223 732 436,09

Outros devedores 17 109 283,35 2 696 224,11 652 439,00 19 153 068,46

PARA RISCOS E ENCARGOS 282 008 850,46 41 126,500,00 10 700 814,24 312,434,536,22

Processos judiciais em curso 3 935 101,40 3 935 101,40

Actos médicos e subsídios morte 277 510 107,44 29 673 000,00 10 700 814,24 296 482 293,20

Revisão contratação colectiva trabalho 563 641,62 563 641,62

Prémios para pensões 0 11 453 500,00 11,453,500,00

517 946 350,92 65 093 579,82 27 719 889,97 555 320 040,77

Rubricas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final

Capital 1 024 500 000,00 1 024 500 000,00

Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 0,00 0,00

Reservas 328 984 509,88 9 263 000,00 338 247 509,88

Reserva legal 81 729 147,23 9 263 000,00 90 992 147,23

Reservas livres 247 255 362,65 247 255 362,65

Resultados transitados 40 196 927,40 185 946 911,51 162 522 169,00 63 621 669,91

Resultado líquido do exercício 185 254 503,22 92 820 610,11 185 254 503,22 92 820 610,11

1 578 935 940,50 288 030 521,621 347 776 672,22 1 519 189 789,90

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c) O movimento no exercício da conta de Resultados Transitados

foi o seguinte

41 – DEMONSTRAÇÃO DO CUSTODAS MERCADORIAS VENDIDAS E CONSUMIDAS

43. [ REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos membros dos Órgãos Sociais

foram as seguintes:

(1) Valor relevado em Fornecimentos e Serviços Externos

44. [ VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

Decomposição dos valores evidenciados na Demonstração

de Resultados:

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Saldo inicial 40 196 927,40

Transferência do resultado do exercício de 2001 185 254 503,22

Por aplicação em:

Reserva legal 9 263 000,00

Dividendos 138 000 000,00

Distribuição do resultado aos corpos gerentes 132 100,00

Distribuição do resultado aos trabalhadores 15 127 069,00

Outros -692 408,29 161 829 760,71

Saldo final 63 621 669,91

Movimentos Electricidade Materiais diversos Total

Existências iniciais 15 093 448,06 15 093 448,06

Compras e produções internas 3 370 692 345,72 -941 930 941,33 2 428 761 404,39

Regularização de existências -77 287,61 -77 287,61

Existências finais 16 857 118,90 16 857 118,90

Custo do exercício 3 370 692 345,72 -943 771 899,79 2 426 920 445,94

2002 2001

Mesa da Assembleia Geral 837,00 2 932,93

Conselho de Administração 541 453,00 510 624,40

Fiscal Único (1) 53 338,98 62 649,02

595 628,98 576 206,34

2002 2001

Vendas

De Energia eléctrica – mercado interno

Em Alta Tensão e Média Tensão 964 154 231,93 938 313 789,18

Em Baixa Tensão (>41,4 kVA) 273 447 323,63 261 850 525,23

Em Baixa Tensão 2 061 687 401,48 1 932 184 266,92

Em Baixa Tensão (Iluminação Pública) 86 613 925,78 83 918 057,48

Ajustamento tarifário 70 481 629,90 42 218 254, 27

3 456 384 512,72 3 258 484 893,67

Outras – mercado interno

Materiais diversos 1 737 811,30 1 619 684,99

(1) 3 458 122 324,02 3 260 104 578,66

Prestações de serviços – mercado interno

De electricidade 10 070 374,97 9 235 239,08

De outros 11 502 974,34 10 660 210,00

(2) 21 573 349,31 19 895 449,08

(1) + (2) 3 479 695 673,33 3 280 000 027,74

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45. [ DEMONSTRAÇÃODOS RESULTADOS FINANCEIROS

a] A rubrica Juros suportados inclui, entre outros, os seguintes valores:

b] A rubrica Juros obtidos inclui, entre outros,os seguintes valores:

c] A rubrica Outros proveitos e ganhosfinanceiros inclui os seguintes valores:

2002 2001

Juros do financiamento

obtido da Holding 43 229 541,52 33 574 131,34

Juros de gestão de tesouraria

da Holding 20 558 126,40 2 599 819,34

63 787 667,92 36 173 950,68

2002 2001

Compensação por atrasos

de pagamento de electricidade BT 0 3 187,32

Compensação por atrasos

de pagamento de electricidade IP 0 61 092,77

Compensação por cheques

devolvidos de clientes 48 842,81 64 379,84

Outros proveitos e ganhos financeiros 194 512,34 12 225,54

243 355,15 140 885,47

2002 2001

Juros debitados a clientes

MAT/AT/MT/BTE por atrasos

de pagamento de facturação 15 873 460,07 12 533 244,88

Juros suportados 63 962 372,22 39 366 890,71 Juros obtidos 15 883 682,90 12 556 628,53

Diferenças de câmbio desfavoráveis 682,02 165,50 Rendimentos de imóveis 197 813,88 40 911,34

Amortização de investimentos em imóveis 10 710,29 906,81 Diferenças de câmbio favoráveis 433,53 205,60

Outros custos financeiros 165 385,24 31 973,49 Desc. P/pagamento obtidos 1 051 006,84 1 976 696,16

Resultados financeiros -46 762 857,47 -24 684 614,39 Outros proveitos e ganhos financeiros 243 355,15 140 880,48

17 376 292,30 14 715 322,11 17 376 292,30 14 715 322,11

Exercícios Exercícios

2002 2001 2002 2001

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46. ] DEMONSTRAÇÃO DOSRESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

a] A rubrica Dívidas incobráveis refere-se aClientes.

b] A rubrica Outros custos e perdasextraordinárias inclui, entre outros, os seguintes valores:

c] A rubrica Outros proveitos e ganhosextraordinários inclui, entre outros, os seguintes valores:

48. [ OUTRAS INFORMAÇÕES

a] Estado e Outros Entes Públicos

Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31

de Dezembro:

Os pagamentos de IRC por conta estão registados em Outros

devedores – Empresas do Grupo (alínea b) desta Nota.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2002 2001

Insuficiência da estimativa

para impostos (1) 12 503 836,78 0

Indemnizações por despedimento 3 501 786,09 8 313 361,67

Regularização Património

Regime DL 334-B/82 — 6 833 883,96

16 005 622,87 15 147 245,63

2002 2001

Saldos devedores

Imposto sobre o rendimento 0 3 764,59

Imposto sobre o Valor Acrescentado

(IVA) – A recuperar 27 137 093,87 5 228 833,50

27 137 093,87 5 232 598,09

2002 2001

Saldos credores

Imposto sobre o rendimento 41 802 292,77 83 504 903,18

Retenção de impostos sobre

o rendimento 3 472 105,41 4 359 289,11

Imposto sobre o Valor Acrescentado

(IVA) – A pagar — 309 943,04

Restantes impostos 187 860,08 215 700,16

Contribuições para a Segurança Social 5 248 786,48 5 747 648,78

Outras tributações 5 601 872,35 1 872 875,37

56 312 917,09 96 010 359,64

2002 2001

Compensação de amortizações

de imobilizações comparticipadas

(Nota 03.a. i) 66 343 814,24 58 975 798,33

Compensação de amortizações

de imobilizações corpóreas em

regime de concessão (Nota 03. a. iii) 4 283 876,38 4 881 944,51

70 627 690,62 63 857 742,84

Donativos 94 085,31 71 198,41 Restituição de impostos 8 220,18 0

Dívidas incobráveis 8 819 597,90 1 361 189,53 Recuperação de dívidas 167 325,26 397 761,40

Perdas em existências 77 140,55 237 637,29 Ganhos em existências 8 130,41

Perdas em imobilizações 219 754,90 232 345,05 Ganhos em imobilizações 13 641 894,82 2 360 794,52

Multas e penalidades 5 267,25 7 097,89 Benefícios e penalidades contratuais 23 009,46 6 494,35

Provisão p/ processos judiciais 891 750,88 Reduções de amortizações e provisões 27 719 889,97 34 069 462,60

Correcções relativas a exercícios anteriores -2 957,79 3 222 175,47 Correcções relativas a exercícios anteriores 61 273,27 10 280 109,44

Outros custos e perdas extraordinárias 21 112 104,27 22 828 957,21 Outros proveitos e ganhos extraordinários 74 378 331,64 72 246 790,24

Resultados extraordinários 85 674 952,21 90 517 191,23

115 999 944,60 119 369 542,96 115 999 944,60 119 369 542,96

Exercícios Exercícios

2002 2001 2002 2001

(1) O valor indicado refere-se à regularização de dívidas fiscais, DL 248-A/2002, de 14 de

Novembro, e diz respeito a correcções à matéria colectável dos exercícios de 1995, 1997 e 1998.

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b] Outros devedores e outros credores

Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31

de Dezembro:

c] Acréscimos e diferimentos

Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31

de Dezembro:

(1) A rubrica “ Ajustamento Tarifário “ refere-se aos valores da tarifa a recuperar dentro de 2 anos

de acordo com o Despacho n.º 16 288-A/98 da ERSE, publicado no DR 213/98, II Série, relativo

ao regulamento tarifário.

(2) A rubrica “Outros Acréscimos de Proveitos” inclui, entre outros, os seguintes valores a

facturar por pessoal cedido: 1.971.005,70.

Os movimentos na rubrica Reparações e beneficiações

do imobilizado foram os seguintes:

(a) Esta rubrica inclui o montante de 20 538 milhares de euros correspondente à estimativa

de encargos financeiros do exercício, resultante do financiamento efectuado pela EDP, S.A.

A taxa de juro média utilizada foi de 4,257% correspondente a um montante de financiamento

de 482 452 milhares de euros.

2002 2001

Outros devedores

Operações com pessoal e Órgãos Sociais 266 425,25 634 802,72

Operações diversas com Empresas

do Grupo 70 421 738,25 103 502 134,85

Operações diversas com terceiros 140 359 997,13 74 971 276,63

211 048 160,63 179 108 214,20

O valor indicado em Operações diversas

com Empresas do Grupo inclui, entre

outros, os pagamentos por conta

de IRC, efectuados pela Holding 62 931 024,00 80 576 146,49

2002 2001

Saldo inicial 135 084,45 327 785,04

Transferências para Resultados -46 625,45 -192 700,59

Saldo final 88 459,00 135 084,45

2002 2001

Outros credores

Remunerações a pagar — 0

Sindicatos 96 362,21 89 389,57

Operações diversas com Empresas

do Grupo 448 703 812,94 276 784 225,02

Operações diversas com terceiros 35 581 289,53 76 093 669,26

484 381 464,68 352 967 283,85

O valor indicado em Operações diversas

com Empresas do Grupo inclui, entre

outros, o saldo da c/c da ligação

financeira com a Holding 447 663 227,44 226 705 105,70

2002 2001

Acréscimos de custos

Férias e subsídio de férias 27 496 267,29 26 128 664,92

Juros e encargos a liquidar 3 112 046,11 3 138 336,61

Compras e Aquisições de Serviços

a empresas do Grupo (a) 23 354 361,34 252 386,75

Mensualização do atendimento telefónico 0 918 985,25

Mensualização de serviços CTT 0 1 457 572,25

Aquisição de energia eléctrica

– mercado interno 0 33 893,32

Ajustamento tarifário -6 708 831,99 13 776 797,92

Outros acréscimos de custos 32 064,32 66 336,03

47 825 907,07 45 772 973,05

2002 2001

Proveitos diferidos

Subsídios para investimento

(Nota 03. a. i) 1 239 993 384,92 1 195 741 735,11

Outros proveitos diferidos 151 447,34 151 450,01

1 240 144 832,26 1 195 893 185,12

2002 2001

Acréscimos de proveitos

Energia em contadores (estimativa) 94 186 377,91 97 548 489,14

Ajustamento Tarifário (1) 49 996 000,00 0

Outros acréscimos de proveitos (2) 2 316 731,38 345 727,28

149 499 108,91 97 894 216,42

Custos diferidos

Reparações e beneficiações

do imobilizado (Nota 03. d) 88 458,25 135 085,15

Encargos de concessões (Nota 00. d) 11 903 482,83 12 207 874,02

Encargos com levantamentos

cartográficos das redes — 728,24

Rendas e alugueres 795 668,66 382 139,04

Outros custos diferidos 669 986,49 405 432,92

13 457 596,23 13 131 259,37

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58 | 59

d] Fornecedores

Decomposição dos valores indicados no Balanço em 31

de Dezembro:

e] Trabalhos para a própria Empresa

Decomposição dos saldos evidenciados na Demonstração

dos Resultados em 31 de Dezembro:

f] Outros custos e perdas operacionais

Esta rubrica da Demonstração dos Resultados em 31

de Dezembro, inclui, entre outros, os seguintes valores:

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2002 2001

Fornecedores c/c

Empresas do Grupo 132 270 261,28 43 914 181,86

Outros 349 456 073,82 241 209 739,72

(1) 481 726 335,10 285 123 924,58

Fornecedores – Facturas

em recepção e conferência

Outros 20 140 561,88 60 041,29

(2) 20 140 561,88 60 041,29

Total (1) + (2) 501 866 896,98 285 183 965,87

Fornecedores de imobilizado c/c

Empresas do Grupo 2 686 112,26 11 877 979,07

Outros 31 314 506,48 27 582 999,97

34 000 618,74 39 460 977,94

2002 2001

Imobilizações em curso

Consumo de materiais 67 211 741,80 80 983 030,90

Encargos directos internos (Nota 03. f) 35 004 474,57 27 021 323,60

Encargos de estrutura (Nota 03. f) 53 249 126,94 40 265 101,11

Encargos financeiros e diferenças

de câmbio (Nota 03. e) 5 226 006,00 5 237 648,27

160 691 349,31 153 507 103,88

2002 2001

Rendas e outros encargos

de concessões (Nota 00. d) 153 991 026,35 145 641 942,92

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Demonstração dos Fluxos de Caixa – Exercício de 2002

Unidade: EUR

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 3 473 465 411,85

Pagamentos a fornecedores (2 261 192 153,51)

Pagamentos ao pessoal (393 936 875,95)

Fluxos gerados pelas operações 818 336 382,39

Pagamento do imposto s/rendimento (157 141 574,49)

Outros recebimentos relativos à activ. operacional 101 572 847,34

Outros pagamentos relativos à activ. operacional (266 965 575,32)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias (322 534 302,47)

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 4 010 469,19

Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (8 704 715,35)

Fluxos das actividades operacionais (1) 491 107 833,76

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos:

Investimentos financeiros 197 813,88

Imobilizações corpóreas 41 472 198,08

Subsídios de investimento 110 595 458,40

Sub-total 152 265 470,36

Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas (444 906 928,39)

Sub-total (444 906 928,39)

Fluxos das actividades de investimento (2) (292 641 458,03)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Sub-total 0,00

Pagamentos respeitantes a:

Amortização de contratos de locação financeira (120 816,88)

Juros e custos similares (58 923 511,20)

Dividendos (269 650 625,35)

Sub-total (328 694 953,43)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (328 694 953,43)

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (130 228 577,70)

Efeito das diferenças de câmbio 379,26

Caixa e seus equivalentes no início do período (306 769 024,28)

Caixa e seus equivalentes no fim do período (436 997 981,24)

‘02|RC

2.4

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa

Dep. bancários imediatam/ mobilizáv. e equiv. a caixa 46 624 930,93 10 114 243,75Descobertos bancários (35 959 684,73) (50 178 163,64)

Devedores diversosLigação financeira com a Holding (447 663 227,44) (266 705 104,39)

Caixa e seus equivalentes (436 997 981,24) (306 769 024,28)

DISPONIBILIDADES CONSTANTES DO BALANÇO (436 997 981,24) (306 769 024,28)

2002 2001DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTESDE CAIXA E S/ EQUIVALENTES

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60 | 61

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘2|DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstração dos Resultados por Funções

Unidade: EUR

Vendas e prestações de serviços 3 479 695 673,33 3 280 000 027,74Custo das vendas e das prestações de serviços -2 346 799 947,01 -2 047 706 319,95

Resultados Brutos 1 132 895 726,32 1 232 293 707,79Outros proveitos e ganhos operacionais 293 467 023,08 295 510 866,88Custos de distribuição -1 004 581 258,57 -1 063 413 823,73Custos administrativos -169 297 957,63 -122 395 401,26Outros custos e perdas operacionais -71 763 471,60 -58 153 589,27

Resultados operacionais 180 720 061,60 283 841 760,41Custo líquido de financiamento -48 078 689,32 -26 810 262,11Ganhos (perdas) em filiais e associadasGanhos (perdas) em outros investimentos 187 103,59 40 005,09

Resultados correntes 132 828 475,87 257 071 503,39Imposto sobre os resultados correntes -40 007 865,76 -71 817 000,14

Resultados correntes após impostos 92 820 610,11 185 254 503,25Resultados extraordináriosImposto sobre os resultados extraordinários

Resultados líquidos 92 820 610,11 185 254 503,25

Resultados por acção 0,45 0,90

2002 2001

2.5

Lisboa, 7 de Março de 2003

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O DIRECTOR FINANCEIRO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Rui Guilherme Ferreira Lopes José Manuel Chorão Francisco de la Fuente SánchezAntónio Manuel Barreto Pita de Abreu

Arnaldo Pedro F. Navarro MachadoJoão José Gomes de AguiarJosé Alberto Marcos da Silva

José Celestino de Oliveira RochaManuel Luís Machado Norton Brandão

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‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

ASSUMIMOSCOMPROMISSOS.VAMOS CUMPRI-LOS’

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ÍNDICE

[ DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

‘65

‘67

‘68

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DE ACCIONISTAS

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64 | 65

[[ IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

Examinámos as demonstrações financeiras da EEDDPP DDiissttrriibbuuiiççããoo ––

EEnneerrggiiaa SS..AA.., as quais compreendem o Balanço em 31

de Dezembro de 2002, (que evidencia um total de 5.141.351

milhares de euros e um total de capital próprio de 1.519.190

milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 92.821

milhares de euros), as Demonstrações dos resultados,

por naturezas e por funções, e a Demonstração dos fluxos

de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes

Anexos.

[[ RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEESS

É da responsabilidade do Conselho de Administração

a preparação de demonstrações financeiras que apresentem

de forma verdadeira e apropriada a posição financeira

da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa,

bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos

adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno

apropriado.

A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião

profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas

demonstrações financeiras.

[[ ÂÂMMBBIITTOO

O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com

as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria

da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem

que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo

de obter um grau de segurança aceitável sobre as demonstrações

financeiras não contêm distorções materialmente relevantes.

Para tanto o referido exame incluíu: (i) a verificação, numa base

de amostragem, do suporte das quantias e divulgações

constantes das demonstrações financeiras e a avaliação

das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos

pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

(ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas

contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta

as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio

da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se é adequada,

em termos globais, a apresentação das demonstrações

financeiras.

Entendemos que o exame efectuado proporciona e uma base

aceitável para a expressão da nossa opinião.

[[ RREESSEERRVVAA

Conforme referido na Nota 6 do Anexo, a Empresa não tem

como critério contabilístico reconhecer os efeitos das diferenças

temporais, subjacentes aos activos e passivos relevados

no Balanço, no cômputo global de impostos sobre rendimento.

Com base na informação disponível, desta prática resultou

uma subvalorização em rubricas específicas de acréscimos

e diferimentos activos no montante de 106.190 milhares

de euros e passivos no montante de 112.546 milhares de euros

por contrapartida de Resultados transitados em 6.548 milhares

de euros e de Resultados líquidos do exercício em 193 milhares

de euros.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

‘02|RC

3.1CERTIFICAÇÃOLEGAL DAS CONTAS

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[[ OOPPIINNIIÃÃOO

Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos da situação

referida no parágrafo nº 6 acima, as referidas demonstrações

financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada,

em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição

financeira da EEDDPP DDiissttrriibbuuiiççããoo –– EEnneerrggiiaa SS..AA.., em 31

de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações

e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data,

em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente

aceites em Portugal.

[[ ÊÊNNFFAASSEE

Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior,

chamamos a atenção para o facto de que, em relação ao plano

de pensões de reforma e conforme referido na nota 3g)

do Anexo, sendo a gestão do Fundo e das eventuais

insuficiências ou excessos de cobertura das responsabilidades

efectuadas pela Empresa-mãe, estas demonstrações financeiras

apenas reconhecem os custos (ou proveitos) que, inerentes

ao período, são liquidados por aquela.

Lisboa, 7 de Março de 2003

Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda.

representada por:

Carlos Marques Bernardes, R.O.C.

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66 | 67

Senhores Accionistas,

Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram,

apresentamos o relatório sobre a actividade fiscalizadora

desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório de gestão

e as demonstrações financeiras apresentados pelo Conselho

da EEDDPP DDiissttrriibbuuiiççããoo –– EEnneerrggiiaa,, SS..AA.. relativamente ao exercício

findo em 31 de Dezembro de 2002.

No decurso do exercício acompanhámos, com periodicidade

e a extensão que considerámos adequada, a actividade

da empresa. Verificámos a regularidade da escrituração

contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos

também pela observância da lei e dos estatutos.

Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado,

emitimos a respectiva Certificação Legal das Contas, em anexo,

bem como o Relatório sobre a Fiscalização endereçado

ao Conselho de Administração nos termos do art.º 451º

do Código das Sociedades Comerciais.

No âmbito das nossas funções verificámos que:

o Balanço, as Demonstrações dos resultados por naturezas

e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa,

e o correspondente Anexo permitem uma adequada compreensão

da situação financeira da empresa e dos seus resultados;

as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados

são adequados;

o Relatório de gestão é suficientemente esclarecedor da evolução

dos negócios e da situação da sociedade evidenciando os

aspectos mais significativos;

a proposta de aplicação de resultados se encontra devidamente

explicitada.

Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas

do Conselho de Administração e Serviços e as conclusões

constantes da Certificação Legal das Contas, somos do parecer

que:

Seja aprovado o Relatório de gestão;

Sejam aprovadas as demonstrações financeiras;

Seja aprovada a proposta de aplicação de resultados.

Lisboa, 7 de Março de 2003

O Fiscal Único

Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., L.da.

representada por:

Carlos Marques Bernardes, R.O.C.

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

‘02|RC

3.2RELATÓRIO E PARECERDO FISCAL ÚNICO

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Realizada em 26 de Março de 2003

Acta nº 1/2003

“(...)

Foi concedida a palavra ao Engenheiro Francisco de la Fuente

Sánchez, presidente do Conselho de Administração que,

em nome do Conselho, fez uma apresentação breve da actividade

da empresa, realçando o bom resultado do exercício decorrido

num ambiente de intensa exigência regulatória e de crescente

abertura do mercado, assinalando em especial os esforços

desenvolvidos no incremento dos padrões de qualidade

de serviço e no melhor relacionamento com as autarquias

e outros interlocutores institucionais, bem como os Clientes

em geral, terminando com palavras de apreço ao trabalho

realizado e de confiança no futuro.

Concluída a apresentação e apreciação do primeiro ponto

da ordem de trabalhos, foram submetidas a votação e aprovados

os documentos de prestação de contas do exercício do ano

de dois mil e dois.

Passando ao segundo ponto da ordem de trabalhos, o Presidente

da Mesa submeteu à apreciação as propostas do Conselho

de Administração e da accionista única, tendo sido deliberada

a seguinte aplicação do resultado do exercício do ano dois mil

e dois, no valor líquido de 92 820 610,11 euros (noventa e dois

milhões oitocentos e vinte mil seiscentos e dez euros e onze

cêntimos):

Para Reserva Legal – 4 641 100,00 euros (quatro milhões

seiscentos e quarenta e um mil e cem euros);

Para Dividendos – 71 000 000,00 euros (setenta e um milhões

de euros);

Para Distribuição de Resultados aos membros dos Corpos Sociais

– 157 800,00 euros (cento e cinquenta e sete mil e oitocentos

euros);

Para Distribuição de Resultados aos Trabalhadores –

15 407 300,00 euros (quinze milhões quatrocentos e sete mil

e trezentos euros);

Para Resultados Transitados – 1 614 410,11 euros (um milhão

seiscentos e catorze mil quatrocentos e dez euros e onze

cêntimos).

Entrando em seguida no terceiro ponto da ordem de trabalhos,

o representante da accionista, Doutor Manuel de Jesus Martins,

formulou um voto de reconhecimento e confiança ao Conselho

de Administração e ao Fiscal Único, que foi aprovado.

(...)”

‘02|RC

3.3EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIAGERAL DE ACCIONISTAS

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘3|DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

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‘4|ANEXOS

SOMOS UMA EMPRESAESTRATÉGICAMENTEORIENTADA PARAO CLIENTE’

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ÍNDICE

[ ANEXOS

‘73

‘74

‘75

‘76

‘77

ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO

PRINCIPAIS ELEMENTOS ESTATÍSTICOS

BALANÇO DE ENERGIA ELÉCTRICA

NÚMERO DE CLIENTES E ENERGIA FORNECIDA DIRECTAMENTE AO CONSUMIDOR FINAL (SEP)

RESUMO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS EM SERVIÇO

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1] Artº 447º, Nº5, do Código das SociedadesComerciais

Participações que os membros dos órgãos de administração

e fiscalização da sociedade detêm na EDP – Electricidade

de Portugal, S.A., Holding do Grupo no qual se integra

a EDP Distribuição – Energia, S.A.:

2] Artº 448º, Nº 4, do Código das SociedadesComerciais

Accionistas que, em 31 de Dezembro de 2002, eram titulares

do capital da EDP Distribuição – Energia, S.A.:

EDP – Electricidade de Portugal, S.A., com sede na Praça Marquês

de Pombal, 12, Lisboa: 100% do capital social.

Lisboa, 7 de Março de 2003

O Conselho de Administração

Francisco de la Fuente Sánchez

António Manuel Barreto Pita de Abreu

Arnaldo Pedro F. Navarro Machado

João José Gomes de Aguiar

José Alberto Marcos da Silva

José Celestino de Oliveira Rocha

Manuel Luís Machado Norton Brandão

RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘4|ANEXOS

‘02|RC

4.1ANEXO AO RELATÓRIODE GESTÃO

Número de Acções detidasem 31 de Dezembro de 2002

Membros do CA

Francisco de la Fuente Sánchez 7 793

Cônjuge: Maria Berta Pi B. R. de la Fuente Sánchez 2 580

António Manuel Barreto Pita de Abreu 4 590

Cônjuge: Gilda Maria L.B. Pita de Abreu 390

Arnaldo Pedro Figueiroa Navarro Machado 9 680

João José Gomes de Aguiar 11 717

Cônjuge: Maria de Fátima B.M. de Aguiar 994

José Alberto Marcos da Silva 10 685

Cônjuge: Maria Albertina N.M. Marcos da Silva 2 040

Filho menor: José Filipe M. Marcos da Silva 510

José Celestino de Oliveira Rocha 9 757

Cônjuge: Maria Cardoso Roldão 510

Manuel Luís Machado Norton Brandão 7 495

Cônjuge: M. Clara Lopes C. N. F. Norton Brandão 520

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‘02|RC

4.2PRINCIPAISELEMENTOS ESTATÍSTICOSRubricas Unidades 1998 1999 2000 2001 2002

COMPRAS DE ENERGIA ELÉCTRICA PARA O SEP GWh 33 243 35 095 37 007 38 726 38 972

VENDAS DE ENERGIA ELÉCTRICA AO SEP GWh 30 363 32 297 34 107 35 524 35 973

a outros distribuidores GWh 111 121 129 137 137

a clientes finais MAT, AT e MT a) GWh 13 909 14 382 15 076 15 491 15 331

a clientes finais BT a) GWh 16 344 17 793 18 902 19 895 20 505

PERDAS (SEP) GWh 2 757 2 756 2 868 3 166 2 972

PROVEITOS DE VENDA DE ELECTRICIDADE b) Milhões euros 2 951 2 943 3 066 3 216 3 373

INVESTIMENTO TOTAL Milhões euros 263 234 237 266 371

INSTALAÇÕES EM SERVIÇO NO FINAL DO ANO

Subestações – Potência de transformação MVA 12 690 12 752 12 902 12 971 13 213

Linhas AT e MT km 55 351 56 289 57 025 57 637 58 556

Cabos subterrâneos AT e MT km 9 683 10 135 10 415 10 893 11 352

Postos de Transformação – Potência instalada MVA 11 663 12 169 12 776 13 432 14 094

Redes BT km 112 075 114 914 117 039 118 104 120 238

Contadores milhares 5 215 5 366 5 635 5 779 5 903

NÚMERO DE CLIENTES NO FINAL DO ANO c) 5 161 391 5 291 520 5 415 304 5 541 728 5 665 056

MAT, AT e MT 17 520 18 242 18 935 19 717 20 593

BT (incluindo IP) 5 143 871 5 273 278 5 396 369 5 522 011 5 644 463

Nº TRABALHADORES NO FINAL DO ANO d) 9 938 9 034 8 225 7 184 6 981

a) A partir de 1999 inclui vendas e exclui trocas entre empresas do Grupo EDP

b) Sem IVA. Inclui vendas ao Grupo EDP

c) A partir de 1999 inclui clientes do Grupo EDP

d) Trabalhadores do activo

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘4|ANEXOS

‘02|RC

4.3BALANÇODE ENERGIA ELÉCTRICA(GWh) 2001 2002 Variação %

COMPRAS DE ENERGIA ELÉCTRICA PARA O SEP 38 726 38 972 0,6

à REN 35 282 34 801 -1,4

aos PRE 2 552 2 817 10,4

ao SENV 891 1 354 51,9

VENDAS DE ENERGIA ELÉCTRICA AO SEP 35 524 35 973 1,3

a outros distribuidores 137 137 0,1

a clientes finais 35 387 35 836 1,3

MAT 797 875 9,8

AT 3 462 3 396 -1,9

MT 11 232 11 060 -1,5

BTE 2 810 2 891 2,9

BTN 16 021 16 534 3,2

IP 1 065 1 080 1,5

TROCAS DE ENERGIA ENTRE EMPRESAS DO GRUPO EDP 13 7 -50,0

AT 5 5 19,1

MT 9 1 -85,4

CONSUMOS PRÓPRIOS 22 20 -8,9

PERDAS (SEP) 3 166 2 972 -6,1

a) 8,3% 7,8% -6,5

TRÂNSITOS DE ENERGIA ELÉCTRICA PARA O SENV

Energia entrada 537 993 85,1

Energia saída 520 958 84,3

PERDAS (SENV) 17 35 107,9

PERDAS (SEP + SENV) 3 183 3 008 -5,5

a) Em percentagem da energia entrada, sem clientes MAT

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‘02|RC

4.4NÚMERO DE CLIENTES E ENERGIAFORNECIDA DIRECTAMENTE AO CLIENTE FINAL (SEP) *

2001 2002 Variação %

Número de clientes 5 541 728 5 665 056 2,2

MAT 11 11 0,0

AT 112 117 4,5

MT 19 594 20 465 4,4

BTE 26 547 27 361 3,1

BTN 5 455 505 5 575 989 2,2

IP 39 959 41 113 2,9

Consumo de electricidade (GWh) 35 387 35 836 1,3

Iluminação e outros usos: 18 616 19 241 3,4

Domésticos 10 188 10 513 3,2

Não domésticos 8 428 8 728 3,6

Iluminação de edifícios do Estado, dos Corpos Administrativos, etc. 1 722 1 700 -1,3

Cozinha e aquecimento 8 8 -4,4

Usos industriais 12 882 12 593 -2,2

Usos agrícolas 737 776 5,4

Tracção 358 439 22,5

Iluminação pública 1 065 1 080 1,5

* Exclui consumos próprios da EDP Distribuição e trocas de energia entre empresas do Grupo EDP.

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RELATÓRIO E CONTAS 2002 [ ‘4|ANEXOS

SITUAÇÃO NO FINAL DO ANO 2001 2002 Variação %

Subestações

Nº de subestações 368 373 1,4

Nº de transformadores 651 659 1,2

Potência instalada (MVA) 12 971 13 213 1,9

Linhas (incluindo ramais, em km) 68 530 69 909 2,0

Aéreas 57 637 58 556 1,6

AT (60/130 kV) 6 925 7 097 2,5

MT (<6/10/15/30/40 kV) 50 712 51 460 1,5

Cabos Subterrâneos 10 893 11 352 4,2

AT (60/130 kV) 352 357 1,6

MT (<6/10/15/30/40 kV) 10 542 10 995 4,3

Postos de Transformação

Unidades 49 165 50 633 3,0

Potência instalada (MVA) 13 432 14 094 4,9

Redes BT (km) 118 104 120 238 1,8

Aéreas 95 059 96 265 1,3

Subterrâneas 23 044 23 973 4,0

Contadores (Unidades) 5 779 459 5 902 787 2,1

AT e MT 23 170 24 046 3,8

BT e BTE 5 756 289 5 878 741 2,1

‘02|RC

4.5RESUMO DAS INSTALAÇÕESE EQUIPAMENTOS EM SERVIÇO

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INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS CONCLUÍDOS EM 2002

Subestações

Nº de subestações 8

Nº de transformadores 8

Potência instalada (MVA) 120

Linhas (incluindo ramais, em km) 1 779

Aéreas 1 309

AT (60/130 kV) 156

MT (<6/10/15/30/40 kV) 1 153

Cabos Subterrâneos 470

AT (60/130 kV) 9

MT (<6/10/15/30/40 kV) 461

Postos de Transformação

Unidades 1 740

Potência instalada (MVA) 632

Redes BT (km) 2 775

Aéreas 1 831

Subterrâneas 943

Contadores (Unidades) 123 328

AT e MT 876

BT e BTE 122 452

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