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193Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

ISSN 0104-3072

E D I T O R I A L. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

PRESIDENTE

NEWTON MIRANDA DE CARVALHO

DIRETOR CIENTÍFICO

FERNANDO LUIZ TAVARES VIEIRA

SECRETÁRIO EXECUTIVO

CLAUDIO HELIOMAR VICENTE DA SILVA

CONSELHO CONSULTIVO

CARLOS DE PAULA EDUARDO

EDELA PURICELLI

EDMIR MATSON

GERALDO BOSCO LINDOSO COUTO

HEITOR PANZERI

JOSÉ MONDELLI

LUCIANO LOUREIRO DE MELO

MARIA CARMÉLI CORREIA SAMPAIO

MARIA FIDELA DE LIMA NAVARRO

NEY SOARES DE ARAÚJO

NILZA PEREIRA COSTA

ORIVALDO TAVANO

ORLANDO AYRTON DE TOLEDO

ROBERTO VIANNA

SALETE MARIA PRETTO

TATSUKO SAKIMA

A Revista ABO Nacional é uma publicaçãobimestral da ABO Nacional. Sede adminis-trativa da entidade: Rua Vergueiro, 3153,conjs. 82 e 83 - Vila Mariana - São Paulo - SP- CEP 04101-300 - Telefax. (+55 11)5083.4000. - Web: www.abo.org.br / E-mail:[email protected] to correspondence: Rua Vergueiro,3153, conjs. 82 e 83 - São Paulo - SP - Brasil- CEP 04101-300Web: www.abo.org.br

Registrada no Instituto Brasileiro de Infor-mação em Ciência e Tecnologia (IBICT), sobo Número Internacional Normalizado paraPublicações Seriadas (ISSN) 0104-3072.

A Revista ABO Nacional está indexada nasbases de dados Bibliografia Brasileira de Odon-tologia (BBO) e Literatura Latino-americana edo Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs).

Corpo Científico

Revista da AssociaçãoBrasileira de Odontologia

NACIONALNACIONAL

R E V I S T A

m 1884, Salvador escreveu o primeiro capítulo da história do ensino odontológicobrasileiro servindo de berço para a Faculdade de Odontologia pioneira do País.Agora a capital baiana volta a fazer história ao sediar a edição deste ano do

Congresso Anual Mundial da Federação Dentária Internacional, o FDI’2010. O Brasiltem a honra e a responsabilidade de receber a Odontologia mundial, e o faz num momentomais que oportuno, com a ciência, a indústria e as políticas odontológicas nacionaisdesfrutando de prestígio internacional crescente e com a ABO, responsável pelo eventonacionalmente, renovando-se em diversos aspectos.

A exemplo do que faz a FDI ao redor do mundo, a ABO tem empregado esforçospara encurtar ainda mais as distâncias entre os mais de 220 mil cirurgiões-dentistas ematuação em todo o território nacional. Somos uma ABO de todos porque acreditamosque, juntos, podemos muito mais. O Brasil, como o mundo já sabe e vai poder observarde perto na primeira semana de setembro, durante o FDI’2010, avançou a passos largosno desenvolvimento de sua Odontologia, mas ainda tem pela frente um longo caminhoaté o ideal de promoção ampla e irrestrita da saúde bucal em toda a sua população. Temosquantidade – somos quase ¼ do milhão de cirurgiões-dentistas de todo o planeta, masnos concentramos em determinadas regiões, sendo vitimados por problemas demercado, enquanto milhões carecem de nossos cuidados em diversos pontos do Brasil.Temos qualidade – mas poucas são as famílias que têm acesso à excelência da nossaciência e aos avanços da nossa tecnologia.

O horizonte pode parecer distante, mas, ao olharmos para trás, as conquistas daOdontologia nos ensinam que vale a pena combater este bom combate. Como nos mostraa reportagem desta edição da Revista ABO Nacional, que faz um passeio pela históriada Odontologia, partindo das origens da preocupação com a saúde bucal, presente aolongo de toda a história das civilizações. Milenares, os cuidados com a saúde bucalalcançam hoje todo o globo, como evidencia o trabalho da FDI em todos os continentes.No Brasil, a quase centenária ABO está na linha de frente dos esforços de universalizaçãoda Odontologia.

Temos – o presidente da ABO Nacional e do FDI’2010 e o diretor científico daRevista ABO Nacional – a honra e a responsabilidade de receber cirurgiões-dentistasde todo o mundo no congresso máximo da Odontologia internacional. Acompanhe, naspróximas páginas, a trajetória deste evento, das duas entidades que o trazem até vocêe de toda a prática odontológica. É, também, a sua história. São os passos que trouxeramvocê até aqui, ao topo da Odontologia mundial. Bem-vindo!

Fernando Luiz Tavares VieiraDiretor científico daRevista ABO Nacional

Newton Miranda de CarvalhoPresidente da ABO NacionalPresidente do FDI’2010

Saúde bucal para todos e para sempre

EE

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194 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

Produção e Redação: Edita ComunicaçãoIntegrada - Alameda Santos, 1398 - 8º conj.87. Telefax (+11) 3253.6485. CEP 01418-100. São Paulo (SP) - Brasil. E-mail:[email protected] Diretores: JoaquimR. Lourenço e Zaíra Barros. Editora respon-sável: Zaíra Barros (MTb:8989). Repórte-res: Antonela Tescarollo (MTb: 41547),Diego Freire (MTb: 49614), ArmandoStelluto Jr. (MTb: 9827). Copydesk: Ricardo

A Revista ABO Nacional tem como missão promover aatualização técnico-científica profissional da comunidadeodontológica nacional e internacional, através dapublicação de artigos científicos inéditos.

A Revista ABO Nacional tem como objetivo publicarartigos inéditos nas categorias de pesquisa científica erelatos de caso(s) clínico(s). Artigos de revisão da literatura,bem como matérias/reportagens de opinião, só serãoaceitos em caráter especial, mediante convite do ConselhoEditorial Científico.

Lançada em 1993 por Pedro Martinelli - Há 17 anos,desde seu lançamento, quando revolucionou aspublicações científicas de Odontologia ao mesclar apublicação de trabalhos científicos a reportagens sobretemas da área, a Revista ABO Nacional é referência nomercado editorial odontológico. Registrada com oInternational Standard Serial Numbers (ISSN) 0104-3072, que a coloca no catálogo internacional depublicações seriadas, é indexada no Lilacs e BBO deste1998, e tem qualificação equiparada à da maior parte daspublicações odontológicas brasileiras pela Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes): Qualis B. O desenvolvimento de seu padrãoeditorial coincide com o próprio desenvolvimento daOdontologia e da promoção da saúde bucal na população.

Missão

Palmiéri. Imagens: Davi de Barros/Foto-about. Diagramação/artes: Edita/VictorCruz. Diretor de Produção Gráfica: Joa-quim R. Lourenço. Publicidade: MN Design(+11) 2975.3916. Impressão: Margraf.Tiragem: 30 mil exemplares.

Os conceitos e opiniões emitidos em artigosassinados são de inteira responsabilidadedos autores e não expressam necessaria-mente a posição da ABO Nacional. Publi-cidade: a ABO Nacional não se responsa-biliza pelos produtos e serviços das empre-

sas anunciantes, as quais estão sujeitas àsnormas de mercado e do Código de Defesado Consumidor.

É permitida a reprodução dos artigos nãocientíficos desde que citada a fonte. Osartigos científicos ficam sujeitos à autori-zação expressa dos autores.

Solicita-se permuta – Requests exchange– Si solicita lo scambio – Se solicita canje– On demande l’ èchange – Wir bitten umAustausch

Prêmio Colgate – Suas páginas não só divulgam aprodução científica brasileira como chamam a atençãopara a sua função social, como aconteceu, em especial,na série de reportagens sobre Saúde Bucal publicada em2006, premiada por abordar o tema de formamultidisciplinar e socialmente responsável. Em 2008, oassunto voltou a ser tratado em nova série de reportagens,dessa vez enfocando o Futuro da Odontologia.

Força institucional – A abordagem vanguardista daRevista ABO Nacional também foi responsável pelaformulação de políticas públicas, como aconteceu apósa publicação da reportagem “A Odontologia chega àUTI”, em 2007, que deu origem a projeto de lei queobriga a inclusão de cirurgiões-dentistas nas equipesdas UTIs dos hospitais brasileiros.Mais recentemente, em 2009, reportagem da revistaabordando o tabagismo como epidemia global queprecisa ser combatida através de medidas de saúdepública levou a Aliança de Controle do Tabagismo(ACT) a consultar a ABO sobre estratégias para engajara Odontologia nacional em suas campanhas.Após chegar à sua 100ª edição, em março de 2010, aRevista ABO Nacional orgulha-se de não só registrar ahistória da Odontologia brasileira, mas também deajudar a construí-la.

A Revista ABO Nacional está indexada nas bases de dadosBibliografia Brasileira de Odontologia (BBO) e LiteraturaLatino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde(Lilacs).

Expediente

Objetivo

A P R E S E N T A Ç Ã O. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Histórico

Indexação

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195Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

S U M Á R I O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

SERVIÇO FDI’2010Pogramação social

264

229

234

239

244

249

255

FDI’2010 SALVADOR

Odontologia global e milenar

FDI’2010 SALVADOR

Global and millenary Dentistry

198

201

ARTIGOS CIENTÍFICOSSCIENTIFIC ARTICLES

INSTRUÇÕES AOS AUTORESINSTRUCTIONS TO AUTHORS

220

222

259

204

213

209

Rio de Janeiro, sede do FDI’1981

Dos desafios às vitórias

Brasil conquista lugar nocenário internacional

207

2010, o ano do FDI’Salvador208

Confira destaques da gradecientífica nos 5 dias de evento

Ciência: o salto da pesquisaodontológica no Brasil

Exportações odontológicas:superavitárias há 7 anos

214

Relato de CasoClareamento de dentes vitais, realizadoem consultório, sem remoção do gelclareador. Relato de caso clínico

Office bleaching of vital teeth withoutremoval of the gel. Case report

Thiago Vinicius Veras de QueirozPaulo Fonseca Menezes FilhoRaul Costa Farias

Artigo originalEfeito comparativo do extrato etanólicode própolis com dessensibilizante deação oclusiva. Estudomicromorfológico em dentina

Comparative effect of propolisethanolic solution with desensitizing ofocclusive action. Micromorphologicstudy in dentinal substrate

Alexandre Henrique SusinCaroline Flores SilveiraCristina Pandolfo FloresAnelise Fernandes MontagnerJéferson da Costa MarchioriBruno Lopes da SilveiraRoselaine Terezinha PozzobonAleir Antonio Fontana de Paris

Relato de CasoFratura de ângulo mandibular tratadasob anestesia local pela técnica deChampy. Relato de caso

Angle fractures treated under localanesthesia by Champy Technique. ACase Report

Eliezer Freitas LimaGabriel Silva AndradeDaniel Ximenes da SilveiraLécio Pitombeira PintoManoel de Jesus Rodrigues Mello

Relato de CasoCisto dentígero. Relato de um casocom comportamento clínico não usual

Dentigerous cyst. Case report withunusual clinical behavior

Leonardo Henrique de Araújo CavalcanteGustavo Pina GodoyDaliana Queiroga de Castro GomesJozinete Vieira PereiraPatrícia Meira Bento

Artigo originalO ensino de biossegurança nagraduação em Odontologia1

Infection control teaching onDentistry Schools

Wanessa Teixeira Bellissimo-RodriguesFernando Bellissimo-RodriguesAlcyone Artioli Machado

Artigo originalAnálise da disponibilidade deinstrumentos utilizados no controle dobiofilme dentário em supermercadosde João Pessoa (PB)

Analysis of the availability ofinstruments used for the dentalbiofilm control in supermarkets fromJoão Pessoa (PB)

Tricia Murielly Pereira Andrade de SouzaDened Myller Barros LimaIsabelita Pessôa Rafael BomfimVanessa Carvalho JovitoRicardo Dias de Castro

Relato de CasoDiagnóstico e terapia da erosão dentáriaassociada à diminuição da dimensãovertical de oclusão. Relato de caso

Diagnosis and treatment of dentalerosion associated to the reduction ofvertical dimension of occlusion. Casereport

Carla Zaidan AraujoEstevam Augusto BonfanteMargareth CoutinhoPaulo Afonso da Silveira Franciscone

Artigo originalAnálise radiográfica da qualidade dasobturações endodônticas em dentesunirradiculares realizadas no HospitalGeral do Buenos Aires (SUS),Teresina (PI)1

Radiographic evaluation of the qualityof endodontic obturations ofunirradicular teeth in the HospitalGeral do Buenos Aires (SUS),Teresina (PI)

Teresa de Jesus Sousa SampaioIsaac Campelo RodriguesSammuel Nunes da Silveira OliveiraJosé Guilherme Férrer Pompeu

INDEXADA

BBO 1998Lilacs 1998

ERRATA

Na edição 102, Vol. XVIII - Nº 3 - JUN/JUL2010, pág. 135, onde se lê: “... purchase, it isnot specific for ergonomic products. Atualmen-te na ponta da linha de produção das empresasbrasileiras do setor e haja linha de crédito paraaquisição de equipamentos odontológicos, elanão é específica para os produtos ergonô-micos.”, leia-se: “... purchase, it is not specificfor ergonomics products.”

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196 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

ABO/AcrePres. Stanley Sandro da Silva MendesR. Marechal Deodoro, 837, s.469900-210 - Rio Branco - ACTelefax(+68) 3224.0822

ABO/AlagoasPres. Tiago Gusmão MuritibaAv.Roberto M. de Brito, s/n.-Jatiuca57037-240 Maceió - ALTelefax(+82) 3235.1008

ABO/AmapáPres. Daiz da Silva NunesRua Dr.Marcelo Cândia, 635 CP 63568906-510 - Macapá - APTel. (+96) 3244.0202/Fax 3242.9300

ABO/AmazonasPres. Alberto Tadeu do N. BorgesRua Maceió, 86369057-010 - Manaus - AMTel.(+92) 3584.5535/3635-231

ABO/BahiaPres. Antístenes Albernaz Alves NetoR.Altino Serbeto Barros, 13841825-010 - Salvador - BATel.(+71) 2203.4066/Fax 2203.4069

ABO/CearáPres. José Barbosa PortoR. Gonçalves Lêdo, 163060110-261 - Fortaleza - CETel.(+85) 3311.6666/Fax 3311.6650

ABO/Distrito FederalPres. Hamilton de Souza MeloSGAS 616 - lote 115-L/2 Sul70200-760 - Brasília - DFTel.(+61) 3445.4800/Fax 3445.4848

ABO/Espírito SantoPres. Armelindo RoldiR. Henrique Rato, 40 - Fátima29160-812 - Vitória - ESTelefax(+27) 3337.8010

ABO/GoiásPres. Jorivê Sousa CastroAv.Itália, 118474325-110 - Goiânia - GOTel.(+62) 3236.3100/Fax 3236.3126

ABO/Rio de JaneiroPres. Paulo Murilo O. da FontouraRua Barão de Sertório,7520261-050 - Rio de Janeiro - RJTel.(+21)2504.0002 /Fax 2504.3859

ABO/Rio Grande do NortePres. Pedro Alzair Pereira da CostaRua Felipe Camarão, 51459025-200 - Natal - RNTel.:(+84) 3222.3812/Fax: 3201.9441

ABO/Rio Grande do SulPres. Flávio Augusto Marsiaj OliveiraRua Furriel L. A. Vargas, 13490470-130 - Porto Alegre - RSTel.:(+51) 3330.8866/Fax: 3330.6 932

ABO/RondôniaPres. Antonio Carlos PolitanoRua D.Pedro II, 140778901-150 - Porto Velho - ROTel.: (+69) 3221.5655/Fax: 3221.6197

ABO/RoraimaPres. Luiz Carlos SchwindenR. Barão do Rio Branco,130969301-130 - Boa Vista - RRTel. (+95) 3224.0897/ Fax 3224.3795

ABO/Santa CatarinaPres. Nádia Maria FavaRua Dom Pedro I, 224 - Capoeira -88090-830 - Florianópolis- SCTelefax (+48) 3248.7101

ABO/São PauloPres. José SilvestreRua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana02037-000 - São Paulo - SPTel.: (+11) 2950.3332/Fax: 2950.1932

ABO/SergipePres. Martha Virgínia de Almeida DantasAv. Gonçalo Prado Rollemberg, 404 49015-230 - Aracajú - SETel: (+79) 3211.2177 Fax: 3214.4640

ABO/TocantinsPres. Luiz Fernando VarroneAv.LO15 602 Sul-Conj. 02 Lote 0270105-020 - Palmas - TOTel.: (+63) 3214.2246/Fax: 3214.1659

ABO/MaranhãoPres. Marvio Martins DiasAv. Ana Jansen,7365051-900 - São Luiz - MATel. (+98) 3227.1719/Fax 3227.0834

ABO/Mato GrossoPres. Luciano Castelo MoraesRua Padre Remeter, 17078008-150 - Cuiabá - MTTelefax(+65) 3623.9897

ABO/Mato Grosso do SulPres. Paulo Cezar R. OgedaRua da Liberdade, 83679004-150 - Campo Grande - MSTelefax (+67)3383.3842

ABO/Minas GeraisPres. Carlos Augusto Jayme MachadoRua Tenente Renato César, 10630380-110 - B.Horizonte - MGTel. (+31) 3298.1800/Fax 3298.1838

ABO/ParáPres. Lucila Janeth Esteves PereiraRua Marquês de Herval, 2298Tel.: (+91) 3298.180066080-350 - Belém - PA

ABO/ParaíbaPres. Patrícia Meira BuenoAv. Rui Barbosa,3858040-490 - João Pessoa - PBTel.(+83) 3224-7100

ABO/ParanáPres. Osiris Pontoni KlamasRua Dias da Rocha Filho, 62580040-050 - Curitiba - PRTel.(+41)3028.5800/Fax 3028.5824

ABO/PernambucoPres. Luiz Gonçalves de MeloRua Dois Irmãos, 16552071-440 - Recife - PETel.(+81) 3442.8141

ABO/PiauíPres. Júlio Medeiros Barros FortesRua Dr. Arêa Leão, 545 - SUL64001-310 - Teresina - PITel.(+86) 3221.9374

Associação Brasileira de Odontologia - ABONacional, registrada no Conselho NacionalServiço Social sob nº 110.006/54, em 12 dejaneiro de 1955. Filiada à FDI e à Fola/Oral.

Conselho Executivo Nacional (CEN)Presidente: Newton Miranda de Carvalho/MGVice-presidente: Manoel de Jesus R.Mello/CESecretário-geral: Marco Aurélio Blaz Vasques/RO1ª secretária: Daiz da Silva Muniz/APTesoureiro-geral: Wesley Borba Toledo/DF1o tesoureiro: Carlos Augusto J. Machado/MGSuplentes: Dilto Crouzeiles Nunes/RSPaulo Murilo Oliveira da Fontoura Jr./RJ LucilaJaneth Esteves Pereira/PAJúlio Medeiros Barros Fortes/PI

Diretor do Departamento de Avaliaçãode Produtos Odontológicos (Dapo)Oscar Barreiros de Carvalho Jr./SP

Diretor científico da Revista ABO NacionalFernando Luiz Tavares Vieira/PE

Coordenadoria Geral da UniABOCoordenador:Inácio da Silva Rocha/RJVice-coordenador: Daniele Tupinambá/PASecretário-geral: Sérgio Pedrosa/DF

Conselho Nacional de SaúdeEfetivo: Geraldo Vasconcelos/PE

Conselho Deliberativo Nacional (CDN)Presidente: José Barbosa Porto/CEVice-presidente: Nádia Maria Fava/SC

Conselho Fiscal Nacional (CFN)Efetivos: José Silvestre/SP, José Barbosa Porto/CE, Alberto Tadeu do Nascimento Borges/AMSuplentes: Rafael de Almeida Decurcio/GOStanley Sandro da Silva Mendes/AC

Vice-presidentes RegionaisNorte: Luiz Fernando Varrone/TONordeste: Tiago Gusmão Muritiba/ALSudeste: Osmir Luiz Oliveira/MGSul: Nádia Maria Fava/SCCentro-oeste: Jander Ruela Pereira/MT

Assessores da PresidênciaPaulo Murilo Oliveira da Fontoura Jr./RJAntonio Inácio Ribeiro/PRNilsom Tenório Medina de Albuquerque/SPOsiris Pontoni Klamas/PR

D I R E T O R I A A B O N A C I O N A L

A B O N O S E S T A D O S

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198 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010198 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

NNa Europa, no fim do século 19, obolonhês Gugliemo Marconi con-segue enviar sinais pelo telégrafosem fio, entre a Grã Bretanha e oCanadá, provando que as ondas

Odontologia global e milenar

Armando Stelluto Jr. / Diego Freire / Zaíra Barros

não eram afetadas pela curvatura da Terra,como se acreditava. Considerado o inventoroficial do rádio, tinha apenas 23 anos de idadequando patenteou o sistema de telegrafia semfios que lhe assegurou, mais tarde, o PrêmioNobel de Física (1909). Em Paris (França), em1900, um grupo de cirurgiões-dentista lidera-do por Charles Godon funda a FederaçãoDentária Internacional (FDI), entidade mun-dial que congrega, hoje, perto de um milhão deprofissionais. Tem início formalmente, assim, oque mais de um século depois caracteriza aentidade máxima da profissão, que norteia eavaliza a Odontologia mundial. Fala-se for-malmente porque, bem antes, já havia estudossobre a área, como o de Aristóteles (384-322a.C.), que acreditava que o homem tinha maisdentes (32) do que a mulher (30). Mas umárduo e desafiante caminho foi percorrido pelaOdontologia no milênio seguinte, até o séc. 21.Um fato e outro – a descoberta do rádio e afundação da FDI – estão ligados, indisso-luvelmente, por um fator: a comunicação entrepessoas, povos, países, transformando o mundo de antigamente na aldeia global de hoje, permitindo que osavanços científicos e tecnológicos sejam compartilhados cada vez mais rapidamente, num simples clique deum mouse ou num toque na tela. A internacionalização da Odontologia, enquanto ciência e arte, vemseguindo estes passos durante os bem mais de 100 anos de profissão, neles incluído o Brasil, queconquistou definitivamente seu lugar de destaque no cenário internacional.Desde o início de seu processo civilizatório o homem se preocupa com sua saúde bucal, como a China,que no séc. XV inventou a escova de dentes (ilustração). Nestas páginas da Revista ABO Nacional,acompanhe a história e as descobertas desta profissão milenar, que tem como desdobramento naturala realização do Congresso FDI’2010, em Salvador (Bahia).

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199Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010 199Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

RÉSUMÉ - FDI’2010 OO

Brasil, 1900:17 milhões depessoas. Hoje,

são quase200 milhões

Planeta Terra é o mes-mo desde o princípiodo mundo, mas ospovos que o habitam,suas características e

migrações – física e de conheci-mento – foram criando as basesda atual globalização. Assim, nosprimórdios da história, a Odon-tologia estava centrada no VelhoMundo e apresentava suas pri-meiras descobertas.

Em 1900, Augusto Coelho eSouza, considerado o pai daOdontologia brasileira, publicao Manual Odontológico, queserviu de base para a formação demilhares de cirurgiões-dentistas.Coelho e Souza defendeu a clas-se profissional e foi de grandeimportância para a representa-ção do Brasil em congressos noexterior. Exerceu grande influ-ência na Odontologia no País,sendo merecedor até de um capí-tulo especial na história da Odon-tologia brasileira.

O censo demográfico de 1900apontava, no Brasil, 17 milhõesde habitantes, e a expectativa devida do brasileiro era de 33,4anos. O último censo do IBGE,feito em 2009, exibe um salto

In Europe, the end of the 19th century, Gugliemo Marconi, fromBologna, could send signals through the wireless telegraph, between Great Britain andCanada, proving that the waves were not affected by the curvature of Earth, as previouslyit was believed. Considered the official inventor of the radio, he was only 23 years old whenhe patented the wireless telegraphy system that later on assured him the Nobel Prize inPhysics (1909). In Paris (France) in 1900, a group of dentists led by Charles Godon foundedthe Federation Dentaire Internacional (FDI), a worldwide organization that gathers today,nearly one million professionals. Therefore, it was formally started, what more than acentury later represents nowadays, the maximum authority of the profession that guidesand endorses the world Dentistry. It is said formally because, long before, there were alreadystudies on the area, such as Aristotle (384-322 BC) who believed that man had more teeth(32) than women (30). But an arduous and challenging way was made by Dentistry in thenext millennium, up to the 21st century. One thing and another - the discovery of the radioand the FDI foundation - are linked, inextricably, by a factor: communication betweenindividuals, peoples, countries, transforming the world of yesteryear in today’s globalvillage, enabling scientific and technological advances be shared more quickly, in a simpleclick of a mouse or a touch in the screen. The internationalization of Dentistry as a scienceand state of the art has been following these steps during over 100 years of profession,therein including Brazil that finally won its important place in the international scenery.Since the start of its civilizing process man cares about their oral health, such as Chinathat in the 15th century invented the toothbrush. On these pages, one may see the historyand discoveries of this ancient profession that has as natural unfolding the FDI’2010Congress, in Salvador (Bahia).

Global and millenary Dentistry

Augusto Coelho e Souza, considerado o Pai da Odontologia

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200 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010200 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

surpreendente: são quase 200milhões de habitantes (precisos191,5 milhões), com expectativade vida de 72,8 anos. Ou seja, apopulação apresentou cresci-mento de mais de 1.000%, comvida 200% mais longa.

É natural, portanto, que essecrescimento populacional e uma

Charles Godon (França)Florestan Aguilar (Espanha)George Cunningham (Grã Bretanha)Elof Forberg (Suécia)A.W. Harlan (Estados Unidos)E. Sauvez (França)

L. Grevers (Holanda)F. Hesse (Alemanha)

Pichler (Áustria)

bém os grandes eventos interna-cionais, como o FDI’2010, emSalvador, de 2 a 5 de setembro.

O incrível salto dado pelo Paísem pouco mais de 200 anos podeser encarado também como um dosfatores que contribuíram para oavanço verificado – e exigido – emtodos os campos da Odontologia:na prática clínica, na especializa-ção, na produção científica, nodesenvolvimento da indústria dosetor e na internacionalização daOdontologia brasileira.

expectativa maior de vida tenhamsido acompanhados pelo desen-volvimento tecnológico e cien-tífico e o Brasil tenha começadoa trilhar um caminho inverso,passando, nos dias atuais, a ex-portar tecnologia, conhecimen-to, professores, e se tornando alvode preferência para receber tam-

Os profissionais pioneirosque fundaram a FDI

1929: um dos registros históricos mais antigos, de congreso internacional no Rio

1º Conselho Executivo da FDIEleitos pelo 3º Congresso Internacional de Odontologia em ParisPresidente: Charles GodonSecretário-geral: E. Sauvez

Não se pode falar da Odonto-logia nacional sem ressaltar o pa-pel da Associação Brasileira deOdontologia (ABO), pois ambascaminham juntas na busca cons-tante dos mesmos objetivos: avalorização do cirurgião-dentis-ta e a capacitação e atualizaçãodesse profissional para que elepossa desempenhar com excelên-cia a prática clínica e, portanto,tratar melhor da saúde bucal dapopulação.

Um dos primeiros eventosinternacionais de que se tem re-gistro foi realizado no Rio deJaneiro, em 1929, reunindo oscirurgiões-dentistas brasileiros,que já tinham, à época, atuaçãoclassista. Isso porque, já em 1917,sob a identificação de FederaçãoOdontológica Brasileira (FOB),nascia o que se tornou depois aABO, que promovia congressoscom certa regularidade e já tinhacomo pedra angular de sua mis-são a capacitação e a evoluçãoprofissional, com vocação evi-denciada para influenciar os des-tinos da Odontologia.

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atural, pois, que, em 1981, regis-tre-se um marco histórico naOdontologia brasileira e na ABO,o mais forte até então no sentido dainternacionalização, com a vindado 69º Congresso Anual Mundialde Odontologia da FederaçãoDentária Internacional (FDI), comsede no Rio de Janeiro.

A realização do CongressoMundial Anual da FDI no Brasilem 1981 começou a ser desenha-da nove anos antes, em 1972,quando a Associação Brasileirade Odontologia (ABO) consti-tuiu uma comissão para estudar oassunto. As reais conveniências epossibilidades passaram então aser apuradas e analisadas pelogrupo de trabalho formado porEdgard da Cruz Ferreira, HeraldoDias Ribeiro e Reinaldo To-descan. As exigências da FDIcomeçavam pela tradução simul-tânea de todas as atividades doevento para cinco idiomas, nú-mero de convidados e requisitospara a sede do congresso.

Em julho de 1973, a comissãodecidiu manifestar-se favoravel-mente sobre o assunto. O convitefoi feito pela ABO e aceito pelaentidade internacional, para rea-lização em 1981 no Rio de Janei-ro. A discussão pela escolha dasede, São Paulo ou Rio de Janei-ro, foi decidida numa consulta a26 expositores, que, depois deempatados, optaram pelo Rio, por

conta de suas atrações turísticas.Nessa época, o mundo era sacudi-do pela descoberta da Aids, do-ença letal que estava sem contro-le e preocupava diretamente osprofissionais da Odontologiapelo risco de contágio em seusprocedimentos. Na saúde bucal,praticamente todos os 120 mi-lhões de brasileiros de 1980 ti-nham algum problema odon-tológico. Pensava-se, naquelemomento, num programa nacio-nal de saúde que mobilizasseunidades básicas de saúde. Hoje,em 2010, a Aids tem tratamento eduas vacinas já estão em testes. Eos programas públicos de saúde

bucal ganharam Política Nacio-nal, o Brasil Sorridente, reduzin-do o número de extrações (menostrês milhões por ano) e cobrindo85% dos municípios brasileiroscom atenção básica de saúde.

A próxima etapa do projetoFDI/Brasil foi a montagem daComissão Organizadora presidi-da por Paulo Frenkel e coordena-da por Joaquim A. B. Otoni Júniore participação também das se-ções da ABO e sindicatos. A Co-missão Científica, presidida porRoberto Vianna, reuniu-se umavez em 1978 e duas em 1979. Apartir de maio do ano seguinte, osencontros passaram a ser sema-

Rio de Janeiro, sede do FDI’1981

NN

Marco histórico naOdontologia

brasileira rumoà futura

internacionalização

Página histórica registra Frenkel e Comissão Organizadora

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nais. Após os estudos necessári-os, a ABO estabeleceu como ofi-ciais os seguintes temas centraispara serem discutidos durante ocongresso: Odontologia para oAdolescente, Carboidratos e Cá-rie e O Dentista e a Comunidade.Todos foram abordados em trêsseminários, nove simpósios e 12cursos ministrados por professo-res brasileiros, 11 por estrangei-ros, 20 conferências por brasilei-ros e 40 por estrangeiros. Alémdisso, foram realizadas 23 mesasclínicas, abordados 144 temaslivres e exibidos sete filmes. Oscursos durante o congresso atra-íram 1.826 profissionais, sendoos mais procurados os de Odon-topediatria, Dentística e Endo-dontia. Representantes de 32 paí-ses participaram da ConferênciaMilitar.

“Difundir conhecimentos téc-nico-científicos e propiciar melho-res relações sociais entre os cirurgi-ões-dentistas do mundo inteiro é oobjetivo da Associação Brasileirade Odontologia, e, para que isto

seja possível, cuidadosa progra-mação científica e social será apre-sentada”. A afirmação de PauloFrenkel, presidente à época da ABO,constava da Mensagem do Presi-dente na apresentação ao País do69º Congresso Mundial de Odon-tologia, promovido pela Federa-ção Dentária Internacional (FDI)em 1981 no Rio de Janeiro. “É este,inegavelmente, o maior conclavecientífico do mundo e, pela primei-ra vez, será realizado na Américado Sul, cabendo ao Brasil sediar talevento. O Rio de Janeiro se preparapara receber profissionais de todoo mundo e mostrar a tradicionalhospitalidade brasileira”, afirma-va no documento público queconclamava todos a comparecer ea participar do Congresso Mundi-al no Brasil. O congresso foi reali-zado entre 4 e 10 de setembro.

Por essa iniciativa pioneira,Paulo Frenkel foi homenageadopela Assembleia Legislativa dePernambuco, com um voto de con-gratulações, juntamente com JoséJarbas Cardoso Júnior, então presi-dente do Conselho Regional deOdontologia de Pernambuco. Orequerimento nesse sentido foide autoria do deputado ManoelAroucha Filho, datado de 28 deagosto daquele ano. “É de sumaimportância para a classe odon-tológica brasileira a realizaçãono Brasil de evento de tamanhacategoria e de forte cunho sociale científico”, destacou o parla-mentar em sua propositura.

Na época, o regulamento quenormatiza os congressos da FDIfixava a taxa de inscrição mínimaem 100 dólares. A partir dessevalor, a previsão da ABO era deque a presença de 10 mil partici-pantes geraria um lucro em tornode 120 mil dólares. Para os brasi-leiros, a taxa foi paga em cruzei-ros, moeda da época no País. Nofinal, foram 6.234 adesões ao

congresso, que proporcionaramum saldo positivo, “mesmo nãocontando com o apoio da Riotur,na cessão dos ônibus”, como frisao Relatório do 69º CongressoMundial de Odontologia, publi-cado em março de 1982 no Inter-national Dental Journal, órgãoda FDI. Além de profissionais dosetor, acadêmicos e cientistas, par-ticiparam delegados, ministrado-res, congressistas e expositoresdo Brasil, dos Estados Unidos,Reino Unido, República Federa-tiva Alemã, Dinamarca, Espanhae Suécia.

Junto com o congresso cientí-fico, foi realizada uma exposiçãopromocional da indústria e co-mércio que ocupou mais de 2 milm2 dos hotéis Nacional e Inter-continental. Na ocasião, os visi-tantes tiveram a oportunidade deconhecer as últimas novidadesda indústria odontológica de todoo mundo. Além das empresas bra-sileiras e das estrangeiras sediadasno Brasil, a mostra exibiu pela pri-meira vez em estandes próprios osprodutos de mais de 20 firmas dediversas partes do mundo.

Como é praxe nos congressosmundiais da FDI em todo o mun-do, também no Rio de Janeirorealizaram-se, além da programa-ção científica, as Reuniões Ad-ministrativas da entidade, de 30de agosto a 7 de setembro de1981. Entre elas, as AssembleiasGerais A e B nas quais são traçadasas diretrizes e políticas de saúde

Exposição comercial e reuniões paralelas

aconteceramno evento do Rio

Cartaz de divulgação do FDI’1981

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bucal, da prática profissional eciência odontológica.

A agenda do evento de 1981mostra que em seu 69º Congressoa Federação Internacional já reu-nia longa bagagem dos proble-mas que afetam até os dias atuaisa Odontologia mundial. Temasespecíficos, como a questão dosAuxiliares Dentários, Ergonomia ,Higiene, Prevenção e Equivalên-cia da Licenciatura, constavam daagenda. As comissões de Publica-ção, de Educação e Prática Dentale a de Produtos Odontológicos,entre outras, faziam parte da pauta,bem como as discussões das co-missões de Saúde Oral, Investiga-ção e Epidemiologia e de Produ-tos Dentários.

Neste evento aconteceu tam-bém, em paralelo, a 1ª Conferên-cia Militar e a reunião da Comis-são de Serviços Dentários dasForças Armadas; discussão dostemas Epidemiologia e Enfermi-dades Periodontais e Implanto-logia Oral, que ganharam muitaprojeção nos últimos anos e atu-almente apresentam farta litera-tura, pesquisas científicas de altonível e cirurgiões-dentistas ha-bilitados e especializados para aprática clínica.

No Brasil, pode-se dizer que aárea de Implantologia Oral teveum avanço ímpar nos últimos 46anos. Mais recentemente, o Paísrecebeu o sueco P.I Branemark, Paida Implantodontia, que escolheuBauru (SP) para ali instalar institu-to que leva seu nome e atendepacientes carentes que precisemde reabilitações intra e extraoral.

Ao lado do debate das Rela-ções com a Indústria e ComércioOdontológicos, assunto recor-rente na agenda nas reuniões ad-ministrativas a cada congressoda FDI, na prática realizava-setambém a Exposição Comercialdo FDI’1981.

Expositores no FDI’1981InternacionaisA relação das empresas internacio-nais que reservaram espaço mostraa importância do evento:Columbus Dental (USA)Adefo-Chemie GmbH Nürnberg(Alemanha Ocidental)Gebrüder Martin (AlemanhaOcidental)Chiyoda Dental CO., LTD. (Japão)Venture Technology (USA)Aesculap Werke AG. (Alemanhaocidental)Artus Koll, Orgen CO. (USA)Ellman Dental Manufacturing CO.,INC. (USA)Harry J. Bosworth Company (USA)Dendia Werk (AlemanhaOcidental)Van-R Dental Products (USA)Satelec/Suprasson (AlemanhaOcidental)Herodent INC. (USA)Chayes Virginia, INC. (USA)Planmeca Oy (Finlândia)Schuler-Dental (AlemanhaOcidental)Pascal Company (USA)Den-Mat INC. (USA)Friedheim Tool Supply CO. (USA)G. C. Dental Industrial Corporation(Japão)Imex Trading (USA)Midwest American (USA)Niranium Corporation (USA)Prodonta Micro-Mega Export(Suíça)Solid State System Corporation(USA)Spartan Ultrasonics, INC. (USA)Star Dental (USA)Whaledent Dental GroupInternational (USA)Yoshida Dental MFG. CO. LTD.(Japão)William Getz International, INC.(USA)

NacionaisEstes foram os expositores brasilei-ros que participaram do Congressodo Rio de Janeiro:Auri S.A. Equipamentos Médico-Odontológicos Ind. e Com. BayerDental Ltda.Bayer Dental Ltda.Brasil Orthodontic S.A. Ind. Imp. deAparelhos odontológicosCooper Produtos de Higiene Ltda.Dabi-Atlante S.A. Indústrias Médico-OdontológicasDental Indústria e Comércio Ltda.Dental Tenax S. A.Dentco Produtos de Higiene Ltda.Dentsply Ind. E Com. Ltda.Distribuidora Dentária CirúrgicaLtda.Funk - Indústria e Com. de Equipa-mentos de Raio XHerman Josias S. A. Com. Ind.Herpe Produtos Dentários Ltda.Importadora Defama Ltda.Indústria Gaúcha de InstrumentosCirúrgicos Ltda.J. Morita CorporationJohnson & Johnson S. A. Ind. eCom.K. G. Sorensen Ind. e Com. Ltda.Kavo do Brasil S. A. Ind. e Com.Kerr Indústria e Comércio Ltda.Marquart & Cia. Ltda.Ourovião Comércio de MetaisNobres Ltda.Philips do Brasil Ltda.Polidental Ind. e Com. Ltda.Representações Wilcos do BrasilLtda.S. S. White Artigos Dentários Ltda.Siemens S. A.3M do Brasil LimitadaTakara Belmont para América do SulInd. e Com. de Móveis Ltda.Tradbras S. A.Yoshida Dentl do Brasil Ind. Com.Imp. e Exp. Ltda.

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ano de 1981 foi marcante para aciência no Brasil e no mundo. Nocomeço da década de 80, a huma-nidade voltava os olhos para umadoença desconhecida, a Síndro-me da Imunodeficiência Adqui-rida (Acquired Immunodefi-ciency Syndrome, Aids, em in-glês). A infecção provocada pelovírus HIV (Human Immunode-ficiency Virus, em inglês) foi iden-tificada exatamente nesse ano.Era nessa data também que a Or-ganização Mundial de Saúde(OMS) definia metas de saúdebucal para 2000. Especificamen-te no País, já se reconhecia, tam-bém em 1981, a carência da po-pulação por cuidados odon-tológicos, cujo acesso era dificul-tado por barreiras econômicas.

Em junho de 1981, cientistasnorte-americanos identificaramos primeiros casos de Aids. NosEstados Unidos, onde se concen-travam as experiências mais pro-fundas sobre a doença, sabia-sede antemão que se tratava de ummal contagioso e letal. Suas ma-nifestações orais preocupavam

diretamente a Odontologia, emfunção de seu contágio em ambi-entes como os gabinetes dentá-rios. Suas origens identificadasforam bacteriana, viral, fúngicaou neoplásica. A leucoplasia pilo-sa e a candidíase oral tambémsurgiam como os primeiros sinaisda instalação da Aids no organis-mo humano. A biossegurança noconsultório odontológico era fa-tor preponderante para a reduçãodos níveis de contaminação. Atu-almente, duas vacinas estão sen-do testadas e existem hoje 30milhões de pessoas portadorasdo HIV ou com a doença já desen-volvida (um milhão delas sãocrianças). No Brasil, há 500 milpessoas com HIV ou Aids. Dozemilhões de vidas foram perdidaspor conta da doença no mundodesde o início da epidemia, em1981. Calcula-se que na atuali-dade sejam 16 mil novos casospor dia.

Enquanto se começava a en-tender a Aids e suas futuras impli-cações no mundo, no ano do con-gresso da FDI no Rio de Janeiro,

1981, também os rumos da saúdebucal eram discutidos. À época,A OMS definia metas na área paradali a 19 anos, em 2000. Preconi-zava-se um índice CPO-D aos 12anos igual a 3 como satisfatório.No entanto, para 2010, as exigên-cias foram colocadas num graumais elevado: CPO-D menor que1 em indivíduos com até 12 anos;além disso, projetava-se em 90%o número de crianças entre cincoe seis anos de idade com ausênciatotal de cárie.

Com 120 milhões de habitan-tes, o Brasil de 1981 exibia umquadro epidemiológico típico deuma área em desenvolvimento,com fortes dificuldades de aces-so aos cuidados odontológicos.A Revista de Saúde Pública in-formava em sua edição de agostode 1983 a quantas andava a saúdebucal no Brasil. Vitor Gomes Pin-to escreveu: “O País mostra qua-dro típico de uma área em desen-volvimento, com elevada inci-dência de problemas, crescenteoferta de cirurgiões-dentistas edifícil acesso aos serviços oferta-

Dos desafios às vitórias

OO

Saúde bucalteve melhora

significativa nasúltimas

três décadas,apresentando hoje

menos 3 milhões de extrações

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dos, mormente face a barreiras deordem econômica. Visando ex-pandir cuidados odontológicose reduzir a incidência dos princi-pais problemas, propõe-se umprograma de serviços básicos deâmbito nacional”.

Assim foi que na época sereconheceu a baixa contribuiçãodos 66 cursos de Odontologiaexistentes no País, os quais for-mavam cerca de 5.200 CDs porano, para melhorar o nível desaúde oral da população brasilei-ra ou, no mínimo, impedir seuagravamento. A prevalência dacárie dental já despontava comoo problema odontológico maisrelevante no País. A intervençãopública se mostrava bastante tí-mida, diante de um quadro quaseque apenas curativo, e de forte

presença particular, contra açõesoficiais pífias. Calculava-se naépoca que 75% das horas/cirur-gião-dentista eram cumpridasmais no ambiente liberal que nopúblico.

Os dados epidemiológicoseram escassos, mas sabia-se, noentanto, que a prevalência da cá-rie dental em escolares de primei-ro grau era bastante acentuada.Nessas crianças, o índice CPO-Dapresentava-se com valor médiode 1,64 aos 6 anos, atingindo7,25 aos 12 anos. Acima disso,registravam-se 61% de dentesatacados, até os 14 anos de idade.Na década de 80, as pesquisascientíficas indicavam que napopulação de 6 a 59 anos havianecessidade acumulada de trata-mento de 558 milhões de dentes,

o que custaria em termos de setorpúblico – conforme cálculos epara a moeda da época – Cr$ 240bilhões, ou US$ 4,5 bilhões.Quanto aos índices de ocorrên-cia de doença periodontal, esteseram considerados alarmantesentre os brasileiros do campo noano em que o Brasil sediou ocongresso mundial da FDI. Qua-se toda a população brasileira daépoca precisava de um tratamentoodontológico mínimo. Os progra-mas de controle da placa dentaleram raros. Os casos notificados decâncer revelavam um alto percen-tual de localização na boca (8,5%no homem e 2,3% nas mulheres),sendo que nos grupos etários de 15a 44 anos, e de 45 a 64 anos o câncerde boca ocupava o terceiro lugarentre os homens.

O cirurgião-dentista carioca IvanLoureiro classifica a edição de 1981do Congresso Mundial de Odontolo-gia da FDI, realizada no Brasil, comoum divisor de águas na Odontologiabrasileira. Na sua avaliação, o even-to se tornou um marco na organiza-ção dos congressos de Odontologiano País. “Nossas entidades, com todomérito, organizavam seus congres-sos e, mesmo com os parcos recursosentão existentes, obtinham bons re-sultados e o público ficava satisfeito.Porém, faltava muita coisa em termosde organização, em consequência dafalta de disponibilidade de empresas de apoio; naépoca eram poucas e não existia o profissionalismo dehoje”, observa. Para ele, a iniciativa do então presiden-te da ABO Nacional, Paulo Frenkel, foi vitoriosa prin-cipalmente pelos resultados positivos que o congressoproporcionou à Odontologia brasileira, mesmo enfren-tando muitas dificuldades de organização frente àsexigências da FDI.

“Congresso da FDI foi um marco no Brasil”Como o Congresso de 1981 ofereceuuma grande diversidade de ativida-des, em todos os segmentos da Odonto-logia, isso atraiu muitos profissionais,explica Loureiro. “Evidentemente quecom a vinda de professores estrangei-ros, estreitando os laços de amizade etrocando informações científicas, o in-tercâmbio entre profissionais brasi-leiros e estrangeiros aumentou, tra-zendo avanços para a prática da Odon-tologia em nosso País”, disse. Respon-sável pela coordenação do CapítuloMilitar do Congresso, Loureiro lem-bra que as exigências da FDI eram

“assustadoras” e que, com antecedência de um ano, noCongresso Mundial da FDI em Hamburgo, Alemanha,foi necessário apresentar todo o programa montado eprevisto para o congresso do ano seguinte no Rio deJaneiro. Roberto Vianna, hoje presidente da FDI e naépoca na Comissão Científica do FDI’81, também foilembrado por Ivan Loureiro como nome decisivo para aaprovação do programa brasileiro em Hamburgo.

CD Ivan Loureiro

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Um dos principais conferencistas doCongresso Anual Mundial de Odon-tologia da FDI de 1981, no Rio deJaneiro, o professor doutor FlavioFava de Moraes, diretor-geral daFundação Faculdade de Medicina(FFM), volta a participar do eventono regresso ao Brasi do CongressoMundial e pode ser visto como a per-sonificação dos anseios da progra-mação do evento no que diz respeitoà promoção da saúde bucal em todasas populações. Isso porque o cirur-gião-dentista, doutor em Ciências (Bi-ologia Celular e Tecidual) pela Uni-versidade de São Paulo (USP), tem empregado amultidisciplinaridade e a contínua atualização de suaextensa carreira acadêmica ao desenvolvimento daOdontologia a serviço da saúde pública.Essa preocupação deu a tônica de sua participação noFDI’1981, que não se limitou à conferência proferidapelo pesquisador sobre Histofisiologia, estendendo-sea diversos debates travados nos fóruns de discussãopromovidos pelo congresso. Fava deu sua importantecontribuição a reflexões que iam desde a então insipienteepidemia de Aids ao ainda desafiador combate à cárie.Do FDI’2010, o pesquisador diz esperar soluções quetomem proveito dos avanços tecnológicos dos últimos

Apesar desse passado triste,na última década o Brasil avan-çou muito na prevenção e nocontrole da cárie. Como resulta-do, a velha ideia de que o País éuma nação de desdentados estácada vez mais perto de se tornarlenda. Segundo o coordenadornacional de Saúde Bucal, Gilber-to Pucca Jr., o Brasil extrai menostrês milhões de dentes por anograças às melhorias das políticasde saúde bucal para a população.Essas melhorias estão concentra-das na estratégia Brasil Sorriden-te, criada em 2004 pelo Ministé-rio da Saúde, e têm como princi-

pal ferramenta de avaliação deresultados o Levantamento dasCondições de Saúde Bucal daPopulação Brasileira (SB-Brasil),realizado com o suporte da ABOem todo o território nacional.

O cuidado com a saúde bucalpública também tem avançado como aumento do número de cirurgi-ões-dentistas dedicados a esse tra-balho. A quantidade desses profis-sionais no Sistema Único de Saúde(SUS) saltou de 40.850 para 70.023desde o ano passado. Os postos detrabalho foram abertos nos Cen-tros de Especialidades Odonto-lógicas (CEOs), nos hospitais e nas

Equipes de Saúde Bucal (ESBs) –estas já presentes em 85% dos mu-nicípios brasileiros.

Além disso, mais 203 novosLaboratórios Regionais de PróteseDentária (LRPD) foram cre-denciados em todo o País em 2009– segundo o Ministério da Saúde,uma ampliação de 62% no númerode unidades que produzem prótesesatravés do SUS. Com isso, em 2010,o recurso destinado aos laboratóri-os tem acréscimo de cerca de R$ 2milhões, chegando a R$ 24,3 mi-lhões. A expectativa é elevar oatendimento para 382 mil usuáriosdo sistema público de saúde.

“Caminho é a educação continuada”30 anos. “A Odontologia cresceu apassos largos nas últimas décadas,apropriando-se da biologia mole-cular, utilizando-se das possibilida-des oferecidas pela pesquisa comcélulas-tronco e incorporandotecnologias diversas, e toda essaevolução precisa ser usada a favordo que era a preocupação maior noFDI’1981 e que continua sendo noFDI’2010, a promoção ampla eirrestrita da saúde, o acesso plenode todas as populações a medidas deprevenção e a cuidados”, defende.Um dos principais caminhos para

que esse ideal seja alcançado, acredita Fava, é a edu-cação continuada. “O cirurgião-dentista precisa terconsciência de que a necessidade de aprender, de seatualizar, é eterna. Essa consciência era algo latente noFDI’1981, e tem sido desenvolvida com o passar dosanos. Hoje, o profissional dispõe de diversos meios deaprendizado, do ensino a distância a uma infinidade deeventos científicos. Nesse sentido, a volta do CongressoAnual Mundial de Odontologia da FDI ao Brasil repre-senta uma grande oportunidade para o cirurgião-den-tista brasileiro fazer a diferença na maneira como elepensa a Odontologia, no seu exercício profissional e nasua relevância social.”

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Prof. Flavio Fava de Moares

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oram necessários 29 anos paraque a FDI fizesse outro congressono Brasil, desta vez em em Salva-dor (Bahia). Mas nestas quasetrês décadas, a ABO trabalhouincansavelmente para que issoacontecesse. E mais, ainda con-quistou o posto máximo da Odon-tologia mundial, com a eleiçãodo carioca Roberto Vianna à Pre-sidência da entidade – ele pró-prio atuando nos últimos 30 anosna FDI e na ABO –, além de outroscargos em Comissões, Comitês eConselho da FDI.

No entanto, o processo deinternacionalização da Odonto-logia brasileira teve o mesmoprocesso do crescimento de umaárvore frondosa. Plantada a se-mente em terreno fértil, foramnecessários dedicação e cuida-dos para ela alcançar a maturida-de e florescer.

No período entre o CongressoMundial de 1981 e o deste ano, aABO passou por sete presidentes,sendo o atual Newton Mirandade Carvalho (MG), todos com os

Brasil conquista lugar nocenário internacional

olhos voltados para o futuro daentidade e, consequentemente,da Odontologia nacional.

Dos presidentes Paulo Fren-kel a Alfredo Rui Viegas, e deNicolau Tortamano a Pedro Mar-tinelli, foram dados passos deci-sivos para a projeção internacio-nal da Odontologia brasileira.Movimento iniciado por Torta-mano privilegiou a participaçãoda ABO na FDI e na FederaçãoOdontológica Latino-americana(Fola).

Essa iniciativa foi fortemen-te impulsionada por Pedro Mar-tinelli, que levou a ABO a parti-cipar de todos os congressos mun-diais da FDI, a partir de 1989,tendo o País marcado presençasucessiva nos congressos da Ho-landa, Itália, Alemanha, Suécia(2 vezes), Canadá (2 vezes), HongKong, Estados Unidos, Espanha,México, França, Áustria, Austrá-lia, Índia, China, Emirados Ára-bes, Cingapura (2 vezes) e, agora,o Brasil como sede depois de 29anos.

Primeiro como presidente daABO por duas gestões e depoiseleito duas vezes para dirigir aFola, Pedro Martinelli exerceugrande influência internacional,costurando alianças e garantin-do espaços para a Odontologiabrasileira no disputado cenáriomundial. Apesar da perda que aOdontologia sofreu com sua mor-te, em 1998, o legado de Martinellise mantém até hoje. O exemplo dederrubar fronteiras, vencer desafi-os, de empenho e dedicação pas-sou a ser parte intrínseca da ABOna busca do fortalecimento de suarepresentatividade no Brasil e noexterior. Essa herança permaneceviva e é uma das responsáveis pelarealização do FDI’2010 em Salva-dor, Bahia.

Nesse período dos últimos 20anos em que a população do pla-neta se viu transportada do séc.XX para o séc. XXI, a Odontolo-gia brasileira construiu sua pro-jeção, firmou suas bases e fincoudefinitivamente o pé na históriamundial.

FF

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ABO venceudesafios e construiuseu caminho entre oséc. XX e o séc. XXI,firmando sua marcana Odontologiamundial

De Pedro Martinelli a Newton Miranda de Carvalho: projeção internacional da ABO

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omo se vê, a soma de vários fato-res históricos consolidou o papelinternacional da ABO, culminan-do não só na vinda do FDI’2010-Salvador, mas também na eleiçãode Roberto Vianna para a Presi-dência da entidade máxima mun-dial da Odontologia com 70%dos votos.

Também a trajetória de Vian-na foi sendo construída ao longodas últimas três décadas. No iní-cio dos anos 80, durante a gestãode Paulo Frenkel, no primeiroCongresso da FDI no Brasil, queaconteceu no Rio de Janeiro, Ro-

2010, o ano do FDI’Salvador

berto Vianna foi coordenador daComissão Científica do evento,dando início a seu acúmulo deexperiências na FDI, onde vemtendo participação desde então.

Com a intensificação da pre-sença brasileira na Fola e na FDI,durante as gestões de Pedro Mar-tinelli, a partir de 1980 o Brasilpassou a ter três votos nas assem-bleias mundiais. O trabalho tevecontinuidade nas gestões seguin-tes, ganhando mais força com aABO passando a representar to-dos os cirurgiões-dentistas brasi-leiros na Federação Internacio-nal e o Brasil votando com 13delegados - leia-se votos - naAssembleia Geral, consolidando-se como a maior força política naentidade mundial.

O estreitamento de relaçõescom a Fola, entidade que PedroMartinelli presidiu, também foifator de maior representatividadedo continente latino-americano,com todos os 20 países do blocotrabalhando em conjunto nasquestões relacionadas à região eà Federação Internacional.

A presença constante de pre-sidentes da FDI no Brasil também

CCreforça o interesse que a regiãotem despertado no foro internaci-onal, nos anos mais recentes. Aquiestiveram Heinz Erni (Suíça), H. R.Yoon (Coreia, 3 vezes no País),seguido de Dato Ratnanesan (Ma-lásia, 2 vezes), Michèle Aerden(Bélgica, também por 2 vezes) eBurton Conrod (Canadá, váriasvisitas em função do FDI’2010).

Foi nesse contexto que a ABOpostulou a vinda do Congressode 2010 da FDI para Salvador,Bahia, teve o pedido aceito e estárealizando o evento em setembrodeste ano.

208 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

FOCOA seguir, osdestaques

da programaçãocientífica, ampla

e especializada, comfoco na ciência, nopaciente, na clíncia,em negócios e no CD

No Brasil:Yoon (Coreia) e Aerden (Bélgica)

2009: Roberto Vianna, no discurso de posse como presidente da FDI,em Cingapura

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209Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

J. M. (Bob) TenCate, Holanda

YvonneAparecida dePaiva Buischi,Brasil

Luigi Canullo,Itália

209Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

Diagnóstico e Terapia da HalitoseGetulio da Rocha Nogueira Filho,Brasil

Boca Seca, Um Problema ClínicoSignificanteStephen Porter, Reino Unido

TARDEBrasil Sorridente - Um Modelo paraa Promoção da Saúde BucalGilberto Alfredo Pucca Júnior, Brasil

Efeitos da Perda de Elementos Den-tais na Autoconfiança e Qualidadede VidaCarlos E. Francischone, Brasil

Resinas Compostas de Classe In-ternacional - O Estado da ArteMartin Kelleher, Reino Unido

Aspectos Biológicos Relacionadosa Restaurações AdesivasJose Carlos Pereira, Brasil

Protocolos de Sucesso para Trata-mentos Endodônticos em UmaÚnica ConsultaCarlos Estrela Costa, Brasil

Avanços Tecnológicos na Micro-biologia e Ciência dos MateriaisEndodônticosFernando Goldberg, Argentina

Simpósio ColgateAbordagens Baseadas em

Evidências para a Prevenção eControle das Cáries Precoces

É Melhor Tratar o Dente com Do-ença ou Preservar a Saúde do OssoAveolar? Um Paradigma ÉticoMarjorie Jeffcoat, Estados Unidos

QUINTA-FEIRA,2 DE SETEMBRO DE 2010

MANHÃOdontologia do Futuro: Você estáPronto?J. M. (Bob) Ten Cate, Holanda

Saúde Oral ao Redor do Mundo:Desafios e SoluçõesPrathip Phantumvanit, Tailândia

Planejando para o Sucesso na Prá-tica Odontológica ModernaWilliam Cheung, Hong Kong SAR,China

O Valor da sua Marca e MarketingInterativo na OdontologiaPlinio Augusto Rehse Tomaz, Brasil

Diagnóstico e Avaliação de Cáries:Um Novo Paradigma GlobalYvonne Aparecida de Paiva Buischi,Brasil

Flúor na Prática Clínica e em Cui-dados DomésticosJaime Cury, BrasilLivia Tenuta, Brasil

Simpósio GSKImpacto da perda dental na

saúde oral e sistêmica

Endodontia - Atualização daMicrobiologia em Infecções de Ca-nais RadicularesCarlos Estrela Costa, Brasil

Como a Microscopia Clínica podeMelhorar a Efetividade Do Trata-mento EndodônticoSyngcuk Kim, Estados Unidos

Soluções Protéticas para Maxila-res AtróficosLyndon Cooper, Estados Unidos

Diagnósticos e Tratamentos Mo-dernos para Disfunções de ATMRaúl Riva, Uruguai

Abordagem Farmacológica emDisfunções de ATMArt Jeske, Estados Unidos

SEXTA-FEIRA,3 DE SETEMBRO DE 2010

MANHÃDesenvolvimentos de Última Ge-ração em Prótese SobreimplantesLuigi Canullo, Itália

Planejamento: A Chave para o Tra-tamento Estético em Implanto-dontia Considerando o Planeja-mento da Reabilitação OralLaércio Wonhrath Vasconcelos, Brasil

Abordagem do Paciente em Odon-topediatria – Uma Visão Atual Ba-seada em Evidências Conceitosatuais na OdontopediatriaRestauradoraFranklin García Godoy, EstadosUnidos

Odontopediatria AtualizadaMarcelo Bönecker, Brasil

Reabilitação Oral do Paciente Par-cialmente Edêntulo - Prognósticose AlternativasPerspectivas e Alternativas de Tra-tamento InternacionalFraser McCord, Reino Unido

Perspectivas e Alternativas de Tra-tamento RegionalEurípedes Vedovato, Brasil

Confira destaques da gradecientífica nos 5 dias de evento

Plinio AugustoRehse Tomaz,Brasil

Raúl Riva,Uruguai

Todas as especialidades da Odontologia, contempladas em 150 atividades

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210 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010210 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

MauricioGuimarãesAraújo, Brasil

Art Jeske,Estados Unidos

Thomas Hart,Estados Unidos

Simpósio COLGATEUma Nova Abordagem para

Gestão e Tratamento deHipersensibilidade Dentinária

Diagnóstico e Tratamento de Paci-entes com Periodontite AgressivaTi-Sun Kim, Alemanha

Fatores Genéticos no Gerencia-mento da Periodontite AgressivaThomas Hart, Estados Unidos

Tratamento de Periodontite Agres-siva: Uma Revisão CríticaGiuseppe Romito, Brasil

Sessão da IFDEA Assegurando Li-derança Efetiva para a EducaçãoOdontológica no FuturoN. Karl Haden, Estados UnidosJack Dillenberg, Estados UnidosCarlos de Paula Eduardo, Brasil

Simpósio de TSBs, ASBs /Equipe da Clínica Odontológica

TARDEImplantes: Quando as Coisas dãoErrado, Lições Aprendidas e Ex-periênciasPer Olof Glantz, Suécia

Prevenção, Diagnóstico e Terapiana Peri-implantiteMaurício Guimarães Araújo, Brasil

Cimentos Dentais – Desenvolvi-mentos RecentesGilberto Henostroza, Perú

O Futuro da Zircônica na ClínicaOdontológicaNanopartículas de zircônia parapróteses odontológicasCarlos Nelson Elias, Brasil

Aspectos Éticos no Gerenciamentode Pacientes Odontológicos comHIV PositivoSu Naidoo, África do Sul

Protocolos de Avaliação e Trata-mento de Pacientes Odontológicos

Medicamente ComplexosMichael Glick, Estados Unidos

Simpósio GSKHipersensibilidade Dentinária

Cirurgia Oral – Abordagem no Pa-ciente de Trauma SeveroDarceny Zanetta Barbosa, Brasil

Trauma MandibularSM Balaji, Índia

Bases Terapêuticas no TraumaOral e MaxilofacialCarlos Elias Fernández Cambra deFreitas, Brasil

IAPD – Mudanças na Abordagemnos Traumas Dentários na Pedia-tria nos Últimos 20 AnosMichael J. Casas, Canadá

Simpósio de ÉticaOdontológica

SÁBADO,4 DE SETEMBRO DE 2010

MANHÃAs Armadilhas da Prótese Odon-tológica ModernaLyndon Cooper, Estados Unidos

Como Prevenir Complicações Téc-nicas em Reabilitações ProtéticasOsteointegradasCarlos E. Francischone, Brasil

As Potenciais Aplicações para Te-rapias Genéticas em OdontologiaThomas Hart, Estados Unidos

Biomateriais para RegeneraçãoÓsseaHom-Lay Wang, Estados Unidos

Medicina Cosmética – O Valor daAbordagem InterprofissionalCarlos Elias Fernández Cambra deFreitas, Brasil

Tratamento da Maloclusão, umaAbordagem Combinada de Orto-

dontia e CirurgiaCirurgia Ortodôntica e Ortogná-tica para melhorar a Estética FacialPeter Ngan, Estados Unidos

Integração entre Saúde Oral eMédica: Uma Estratégia de SaúdePúblicaGilberto Pucca, Brasil

Aspectos Sociopolíticos e Cultu-rais Relacionados à Prevenção doHIVSu Naidoo, Africa do Sul

Sessão para Técnicosem Prótese Dental

Uma Revisão Crítica sobre Suces-so e Falha da Prótese Parcial Re-movível ConvencionalSamuel Abinadabe, Brasil

Inovações Técnicas na Confecçãoda Prótese Total Removível: O Mé-todo GravitacionalJoão Carlos Reis, Brasil

TARDEClareamento Dental: Novas Fron-teirasMartin Kelleher, Reino Unido

A Nova Geração dos Sistemas Ade-sivosFranklin Tay, Estados Unidos

Drogas Modernas, Maior Segu-rança na Farmacoterapia em Ci-rurgia OralArt Jeske, Estados Unidos

Armadilhas das Técnicas por Ima-gem no Planejamento das Cirurgi-as Orais MenoresIsrael Chilvarquer, Brasil

Cirurgia Oral na Prática ClínicaDiária:ComplicaçõesEdella Puricelli, Brasil

A Utilização da Saliva como umBiofluido para Diagnóstico Preco-ce de Doenças SistêmicasStephen Porter, Reino Unido

Carlos NelsonElias, Brasil

Carlos E.Francischone,Brasil

Lyndon Cooper,Estados Unidos

Ti-Sun Kim,Alemanha

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211Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010 211Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

Heikko Spallek,Estados Unidos

DOMINGO,5 DE SETEMBRO DE 2010

MANHÃMedicina Periodontal - Uma Abor-dagem MultiprofissionalTratamento Periodontal de Paci-entes Medicamente Comprometi-dosTi-Sun Kim, Alemanha

Promoção da Saúde Oral para Pa-cientes Peridontais com DoençasSistêmicas CrônicasRicardo Fischer, Brasil

Fluoreto Como Uma Medida deSaúde Pública: Herói ou VilãoJ.M (Bob) Ten Cate, Holanda

Equipe de Saúde Bucal: Uma Par-ceria de Sucesso na Prevenção daSaúde OralMarcel Lautenshlager Arriaga,Brasil

Desafios na Restauração do Ele-mento Tratado Endodonticamentecom Pino de FibraWiliam Cheung, Hong Kong SAR,China

Uso Clínico de Fibras em SeresHumanosClaes Goran Emilsson, Suécia

Plano de Tratamento Integrado:Restaurando o SorrisoMarcos Díaz Peralta, República Do-minicana

Uso Correto e Incorreto de Enxer-tos ÓsseosHom-Lay Wang, Estados Unidos

Planejamento em Computador deCirurgia OrtognáticaJoao Gonçalves, Brasil

Estabilidade Morfofuncional emCirurgia OrtognáticaRoberto Prado, Brasil

Planejamento de Tratamento deCirurgia OrtognáticaEdela Puricelli, Brasil

TARDEOdontogeriatria - Uma DemandaInterdisciplinar CrescenteIna Nitschke, Suiça

Nutrição e Saúde Oral: Aborda-gem de Saúde Integral para o Pa-ciente IdosoFabíola Bof de Andrade, Brasil

Interpretando Fatores de Risco:Os Efeitos do Etilismo e Tabagis-mo na Saúde OralMichael Glick, Estados Unidos

A Importância do Diagnóstico Pre-coce e Protocolos de Abordagemdo Câncer OralSM Balaji, India

Prevendo o Futuro: O Banco deDados Interativo de Trauma Den-talMonty Duggal, Reino Unido

Uso de Proteína Óssea Morfoge-nética no Trauma DentalBiologia Celular e Aplicações Clí-nicasJose Mauro Granjeiro, Brasil

Uma Abordagem Holística à Orto-pedia Funcional em Odontope-diatria: Intervenções Oportunasque Integram Crescimento Infan-til e Movimentação DentalWilma Alexandre Simões, Brasil

Intervenções Precoces para Movi-mento Dental nos Pacientes Pediá-tricos em OrtodontiaOmar Gabriel da Silva Filho,Brasil

Disparidades na Saúde Oral emApaláchia:Necessidades e Demandas do Tra-tamento OrtodônticoPeter Ngan, Estados Unidos

Engenharia Tecidual na ClínicaOdontológica de HojeMichel Goldberg, França

Regeneração de Tecido Periodontalcom Fatores de CrescimentoHidemi Kurihara, Japão

Fórum do Comitêde Ciência

Federação Dentária Internaciona(FDI) - Atualização na IniciativaGlobal de Combate à Cárie A FDIMichael Glick, Estados Unidos

Remineralização da Lesão nãoCariosaEric Reynolds, Australia

Infiltração de Resina em LesõesPrecocesHendrick Meyer-Lueckel, Alemanha

Cáries Dentárias e a Suscetibilida-de do Paciente: Novas AbordagensGenéticas e MolecularesAlexandre Rezende Vieira, EstadosUnidos

Informações Confiáveis na Inter-net na Prática Odontológica:Onde Procurar a Informação daqual eu Preciso?Heikko Spallek, Estados Unidos

Expandindo Horizontes: Usandoa Internet para a sua EducaçãoContinuadaAntonio Eduardo Ribeiro, Brasil

Sessão para Técnicosem Prótese Dental

Importância do marketing paraaumentar a competitividade em la-boratórios de prótese dentalAntonio Inácio Ribeiro, Brasil

Laminados de Cerâmica, uma vi-são técnica para a clínica e labora-tório de próteseMarcos Celestrino, Brasil

MichelGoldberg,França

Monty Duggal,Reino Unido

Claes GoranEmilsson,Suécia

AntonioEduardoRibeiro, Brasil

HidemiKurihara,Japão

HendrickMeyer-Lueckel,Alemanha

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212 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010212 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

LAC6 - O Protocolo do InstitutoBrånemark - Prótese fixasobreimplantes com alcance socialIsrael Chilvarquer, Hugo Nary Filhoe Eurípedes Vedovato, Brasil

Reabilitação Estética em DentesTratados Endodonticamente. Pi-nos de Fibra e Possibilidades Clíni-cas ConservadorasLeonardo Muniz

TARDELAC7 - Manipulação de TecidosMoles para Estética Peri-implan-tarRino Burkhardt, Suiça

LAC8 - Estética de Nível Interna-cional - Restaurações InvisíveisLuiz Narciso Baratieri, Brasil

Odontologia Restauradora e Odon-tologia Estética ResponsávelMartin Kelleher, Reino Unido

LAC9- Restaurações EstéticasSimplificando Conceitos e Otimi-zando ResultadosMarco Masioli, BrasilCláudio de Pinho, Brasil

LAC10 - Novas Fronteiras para aCariologia - Atualização Clínica eBiológicaClaes Goran Emilsson, SuéciaJaime Cury, BrasilLivia Tenuta, Brasil

LAC11 - Pacientes EdêntulosTratamentos AlternativosFraser McCord, Reino Unido

Pontes Fixas Sobreimplantes, In-dicações e LimitesLuis Felipe Jiménez, Chile

Sobredentadura Retida por Im-plantes, Aspectos Estéticos e Foné-ticosLuciano de Castellucci, Brasil

Dentaduras Totais Convencionaise Atípicas: Desafios e BenefíciosAlex Mersel, Israel

LAC12 - A Importância da Super-fície do Implante Dental para oSucesso Clínico – Uma RevisãoCríticaLuiz Duarte Meirelles, Brasil

Plataforma Switching Ampliada:Acompanhamento Clínico de Lon-go PrazoLuigi Canullo, Italia

Importância das Mircrorroscaspara a Função Biomecânica dosImplantes OraisStig Hansson, Suecia

O papel do Molhamento do Im-plante na OsteointegraçãoFrank Rupp, Alemanhã

FÓRUNS

Jiri Zemen, República ChecaIoannis Tzoutzas, GréciaClaudio G. Pagliane, Itália

Oral

Sessões para especialistas

QUARTA-FEIRA,1 DE SETEMBRO DE 2010

MANHÃLAC1 - Base Biológica para a Ci-rurgia PeriodontalArthur Belém Novaes Júnior, BrasilMauricio Guimarães Araújo, Brasil

LAC2 - Estética de Nível Interna-cional – Análise do SorrisoOtimização Previsível do Resulta-do ProtéticoMauro Fradeani, Itália

LAC3 - Lasers na Odontologia Clí-nica ContemporâneaCarlos de Paula Eduardo, Brasil

LAC4 - O Impacto de Novas Tecno-logias no Resultado de Tratamen-tos EndodônticosSyngcuk Kim, Estados UnidosJosé María Heredia Bonetti, Repú-blica Dominicana

LAC5 - Terapias Estéticas comImplantes Dentais:Protocolos ClínicosNovos Protocolos ClínicosPaulo Maló, PortugalCarlos E. Francischone, Brasil

Livia Tenuta,Brasil

Syngcuk Kim,Estados Unidos

Stig Hansson,Suécia

Arthur BelémNovaes Júnior,Brasil

Jaime Cury,Brasil

MauroFradeani,Itália

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213Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

pesquisa odontológica no Brasilexperimentou aumento signifi-cativo nos primeiros anos do sé-culo XXI, expresso pela maiordivulgação em revistas espe-cializadas, por apresentações emencontros científicos e por suainternacionalização. Apenas en-tre 2001 e 2003, foram registradas898 publicações de artigos brasi-leiros da área na base do Institutefor Scientific Information (ISI),principal banco de informaçõesinternacional relacionadas a arti-gos científicos multidisciplina-res, publicados nas mais relevan-tes revistas científicas internaci-onais. Em todo o século XX fo-ram registradas 854. Hoje, o Bra-sil é o quinto país em número deartigos publicados em revistas deimpacto. A produção científicaodontológica do Brasil tambémteve destaque no Med-Line, mai-

or acervo de revistas científicassobre saúde. Entre 1980 e 1985,a base de dados registrou apenasduas publicações brasileiras; em2009, os trabalhos nacionais jásuperavam a marca dos cinco mil.

O reconhecimento da Odon-tologia brasileira na comunida-de científica internacional tam-bém pode ser percebido no forta-lecimento da presença brasileiranas entidades que a representamundialmente. A cirurgiã-den-tista Maria Fidela de Lima Na-varro, professora titular e secre-tária-geral do Departamento deDentística, Endodontia e Mate-riais Dentários da Faculdade deOdontologia de Bauru da Uni-versidade de São Paulo (FOB-USP), prepara-se para assumir aPresidência da Associação Inter-nacional de Pesquisa Dental(IADR) em 2011. Eleita em 2007,

Ciência: o salto da pesquisaodontológica no Brasil

213Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

a pesquisadora ocupou o cargode vice-presidente da entidadeentre 2008 e 2009, tendo, agora,o título de presidente eleita.

Outro brasileiro eleva a saú-de do Brasil a patamares interna-cionais: o médico e empresárioJosé Carlos Abrahão, presidenteda Federação Internacional deHospitais (IHF). E uma série deoutros pesquisadores brasileirostêm conquistado prêmios rele-vantes na comunidade científicainternacional, como o professorJaime Cury, pesquisador e do-cente da área de Bioquímica daFaculdade de Odontologia dePiracicaba da Universidade Es-tadual de Campinas (FOP-Uni-camp), que recebeu, no últimomês de julho, o Prêmio YngveEricsson em Odontologia Pre-ventiva 2010, maior distinçãodo mundo na área.

AA

Pesquisadorespremiados, altaprodução científica epresença em postos-chave estão entre osmotivos dos avançosda ciênciaodontológicanacional

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214 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

nserida no campo da economiada saúde, a indústria odontoló-gica apresenta características queas diferenciam em vários aspec-tos do restante deste parque pro-dutor de bens – entre elas, parti-cipação expressiva das exporta-ções em relação às importações;diversidade de países consumi-dores; produção realizada majo-ritariamente no próprio País epequena participação do setorpúblico nos canais de comercia-lização. Respondendo por 22%

Exportações odontológicas:superavitárias há 7 anos

de toda a produção da indústriamédico-hospitalar e odontoló-gica, o setor de equipamentos eartigos em Odontologia – forma-do por 93 empresas brasileiras,29 a mais do que há 10 anos – temregistrado bons números que,quando não crescentes, figuramnum patamar estável. Segundo aAssociação Brasileira de Artigose Equipamentos Médicos, Odon-tológicos, Hospitalares e de Labo-ratórios (Abimo), o faturamento dosetor vem crescendo nos últimos

anos, saindo de R$ 728 milhões em2006 para R$ 985 milhões no anopassado. Enquanto o crescimentomédio da indústria médico-hospi-talar em 2009 foi de 8%, o segmen-to odontológico cresceu 16%.

Embalada pela retomada dosinvestimentos, a indústria médi-co-hospitalar e odontológica bra-sileira deve exportar US$ 650 mi-lhões até o fim de 2010, superandoem 17% o saldo do ano passado.Lição reforçada com a última crisefinanceira mundial, a estratégia dosetor para alcançar a meta é a diver-sificação dos mercados.

Apesar da queda das exporta-ções, a indústria odontológica na-cional registrou saldo positivo deUS$ 25 milhões na balança comer-cial pelo sétimo ano consecutivo,mantendo-se a quase uma décadacomo a única indústria supera-vitária no setor, que tem como prin-cipais mercados a Alemanha, osEstados Unidos e a América do Sul.Juntos, Venezuela, Bolívia, Argen-tina, Peru e Chile correspondem a28,4% das vendas ao mercado ex-terior. Os produtos mais comer-cializados são instrumentos e apa-relhos para consultórios, seguidospor cadeiras odontológicas.

214 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

II

Faturamento setor médico-odontológico2006 2009R$ 726 milhões R$ 985 milhões

Crescimento setor médico-hospitalar2009 8%

Crescimento segmento odontológico2009 16%

Crescimento das exportações do setor2010 US$ 650 milhões* 7% maior do que 2009

Com diversidade de países,de consumidores epouca participação do setorpúblico nos canais dacomercialização, segmentocresceu 16% em 2009

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215Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

história da Odontologia no mun-do começou bem antes, desde osprimórdios da civilização moder-na. Entre 4.500 AEC e o séculoXVII não havia distinção formalentre médicos e cirurgiões-den-tistas. Os povos da Mesopotâmia(entre os rios Tibre e Eufrates,hoje Iraque) deram origem aosdocumentos mais antigos sobreMedicina e Odontologia que setem notícia.

Por volta de 4.600 AEC aMedicina começou a ser pratica-da no Egito, mas foi em 3.100AEC. que um curandeiro da cortedo faraó egípcio Zoser Hesi-Retratava dos dentes daqueles quesofriam, conforme registros daépoca, de gengivite, pulpite e dorde dente.

Na Grécia, berço da maiorparte das ciências, por volta doano 500 AEC acreditava-se queos problemas dentais eram here-ditários ou frutos de uma predis-posição natural.

Os romanos conheciam o se-gredo das próteses: restauravamdentes cariados com coroas deouro e providenciavam prótesesfixas em parceria com artesãos,em sistema parecido ao que atu-am hoje CD e TPD.

Os maias cravejavam os den-

tes (2.500 AEC) com pedras pre-ciosas, preparando a cavidade enela fixando o adorno com umtipo de cimento.

Mas o mundo chega à IdadeMédia acreditando que o homemtinha mais dentes do que a mu-lher, por conta da enciclopédiaEtimologias, de autoria do BispoIsidoro de Sevilha (570-636), umdos homens mais cultos da época,que afirmava que o homem tinha32 dentes e a mulher, 30.

Por volta do séc. XIII os barbei-ros, depois cirurgiões-barbeiros,faziam extrações dentárias, sangri-

Uma história de quase 7 mil anos

as, incisões para retirar pedras nabexiga, lancetavam abscessos eraspavam cataratas. Mas foi Guyde Chauliac (1300-1368), médicode três papas, que primeiro des-vendou um pouco a cirurgia den-tal, na obra Inventorium...Chirurgicalis Medicine, descre-vendo a anatomia da dentição en-tre outros detalhes, que saiu emdefesa dos barbeiros e dentatores(primeira menção da história me-dieval a pessoas que tratavam ex-clusivamente de dentes). A ele se-guiram-se Pietro D’Argelata eGiovanni Arcolani, seus sucesso-

215Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

Pierre Fauchard (1678-1761), apóstolo da Odontologia Preventiva

AA

Saúde bucal

4.500 anos Antes daEra Cristão (AEC)

surgem os documentosmais antigos

sobre Medicina eOdontologia

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216 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010216 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

res e que contribuíram com o avan-ço do que viria mais tarde a serconhecida como Odontologia. Emmeados do séc. XVI, surgia a pri-meira documentação sobre o usodo ouro em restaurações dentais:Practisa Copiosa in Arte Chirurgica(1514), de Giovanni da Vigo(1460-1525).

No Renascimento (sécs. XIIao XVI), Leonardo Da Vinci é oprimeiro a distinguir pré-molar emolar. É também nessa época queParacelsus eleva o conhecimen-to da farmacologia a um nívelmais racional e, em 1530, surge aprimeira obra dedicada exclusi-vamente à Odontologia, sob otítulo Pequeno Livro Medicinalde Todo Tipo de Doenças e En-fermidades dos Dentes.

O séc. XVII marca a descober-ta do microscópio por Anton vanLeeuwenhoek e, por conta donovo aparelho, é identificada abactéria aderida à superfície den-tal. A partir daí, o homem avançaem direção à verdade sobre a ori-gem milenar da cárie.

No Islã, Maomé (570-632) in-troduziu os preceitos da higienepessoal entre os seguidores do Islãe o Corão impõe o ritual da lava-gem corporal três vezes ao dia an-tes da prece, acompanhados de 15bochechos por dia. O profeta tam-bém orientou seu povo a limpar osdentes com uma escova improvi-sada com fibras de Salvadorapérsica, árvore típica da região.

Mas foi Avicenna (8980-1037) o mais notável médico doIslã na idade Média, que trata, naobra The Canon, da importânciade reduzir um maxilar fraturado.Seu conterrâneo Albucasis iden-tificou o tártaro como uma dasprincipais causas de problemasperiodontais.

Os chineses foram responsá-veis por um sem-número de inven-ções, como papel, pólvora, com-

passo, ábaco, macarrão, futebol e...escova de dentes (séc. XV). Porvolta do séc. II, no entanto, os chi-neses já utilizam uma espécie deamálgama de prata em restaura-ções. Seus colegas ocidentais sóconheceriam este tipo de técnicaum milênio depois.

John Hunter:estudos

anatômicosválidos até

hoje

Albucasis: descobre que otártaro origina os malesdos dentes

Avicenna, médico do Islã:importância de reduzirmaxilar fraturado

Leonardo Da Vinci (1452 -1519) distingue pré-molarese molares

Guy de Chauliac (1300-1368), 1º a descrever a ana-tomia dental

Os maias cravejavam os dentes (2.500 AEC) com pedraspreciosas

Séc. XVII: oreconhecimentoEm 1685 o Estado de Bran-demburg-Prússia e o parla-mento francês estabelecem oexame compulsório para aprática da Odontologia. Es-tava dado o primeiro passopara a oficialização da pro-fissão de cirurgião-dentistana Europa.Pierre Fauchard (1678-1761) publica a obra Le Chi-rurgen Dentiste, ou Traité desDents, na qual revela toda acomplexidade de sua técnica.Fauchard foi um apóstolo daOdontologia preventiva e es-treou os princípios ergonô-micos do consultório, suge-rindo que o paciente ficasseacomodado em uma cadeiracom apoio para os braços, emvez de sentado no chão. Foiele também quem cunhou otermo cirurgião-dentista paraa profissão, destacando-a dasdemais especialidades cirúr-gicas. Daí em diante, os avan-ços passam a ser muitos e maisrápidos.Em 1771, John Hunter publicasua obra máxima, The NaturalHistory of the Human Teeth:Explaining Their Structure,Use, Formation, Growth andDiseases, com ilustrações mi-nuciosas da anatomia crania-na, e muitos de seus aponta-mentos são válidos até hoje.

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217Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010 217

Fontes*Abimo*An illustratred History - Malvin R. Ring(1985)*Conselho Federal de Odontologia*Internationtal Dental Journal*IBGE*EFE*Fundação Faculdade de Medicina* Ministério da Saúde*Museu de Odontologia Salles Cunha, daABO Rio de Janeiro*Revista ABO Nacional – Edições especiaissobre a História da Odontologia, vols. 6,números 5 e 6 e vol. 7, número 1, 1998/1999. Reportagem de Mardelo de Andrade*Revista de Saúde Pública vol.17 n. 4. SãoPaulo, Aug. 1983 (Scielo)* Sesc São Paulo** Agradecimentos: Dr. Thales Magalhães,diretor do Museu Salles Cunha

1766 - Robertt Woofendal foio primeiro cirurgião-dentistaprofissional a desembarcar nocontinente norte-americano,onde clinicou por dois anos,voltando depois para a Ingla-terra.

1830 - A maioria das grandescidades americanas já contavacom cirurgiões-dentistas resi-dentes.

1883 - Introdução do amálga-ma na América.

1840 - Inaugurada a primeiraescola de Odontologia do mun-do, graças à dedicação dos ci-rurgiões-dentistas Horace Hay-den e Chapin Harris.A primeira turma do BaltimoreCollege of Dental Surgery ti-nha cinco alunos e a duração docurso era de dois anos. Somentedois estudantes receberam o di-ploma.

Destaques

Do sucesso à tragédia1884 - Horace Wells descobre por acasonova aplicação para o gás do riso, a anes-tesia, mas é William T. G. Morton que dariaa primeira demonstração pública do usodo éter como anestésico, segundo instru-ções do químico Charles Jackson. A inca-pacidade de provar a autenticidade dadescoberta levou Wells a suicidar-se;Jackson enlouqueceu e Morton morreu namiséria. Crawford Long, que também dis-putou a autoria da descoberta e o prêmiode US$10 mil, passou o resto de seus diasnuma pacata cidade do interior. Para aAmerican Dental Association e a AmericanMedical Association, Wells é o verdadeirodescobridor da anestesia.

1850 - A guta-percha passou aser largamente utilizada paramaterial não permanente pararestaurações.

1864 - A Goodyear patenteouprocesso de fabricação de denta-duras de borracha.

1868 - Das pranchetas daSSWhite saiu o primeiro protó-tipo de broca dentária elétrica,de autoria do mecânico da com-panhia, George F. Green. O apa-relho começou a ser comerci-alizado quatro anos mais tarde.

1895 - Wilhelm Conrad Roent-gen descobre acidentalmente oprincípio da radiografia, feito quelhe rendeu o Prêmio Nobel deFísica, em 1901.

1900 - Fundada em Paris (Fran-ça) a Federação Dentária Interna-cional (FDI)

1905 - O CD Alfred Civilion Fo-nes treinou sua assistente a fazerprofilaxia em crianças. Estava cri-ada a função de Técnico em Higi-ene Dental, hoje Técnico em Saú-de Bucal.

Cárie: o ataqueà dentina

1890 - Willoughby D. Miller,em Microorganisms of theHuman Mouth, apresentou atese de que os ácidos resultan-tes da fermentação decarboidratos aderidos aos den-tes por componentes bacterio-lógicos presentes na flora bu-cal poderiam descalcificar oesmalte dental, permitindo aentrada de outras bactérias e oataque à dentina.

1920 - Pesquisador FrederickMcKay definiu o índice CPOD,aceito e válido até hoje.

1950 - Como fruto da SegundaGuerra Mundial e do alto grau dedispensa médica por causa deproblemas bucais, faculdades dosEUA incluem no currículo a dis-ciplina Odontologia Social. Es-pecialistas em Saúde Públicacomeçam a prestar atenção aoque diziam os CDs.

Séc. XX - Indústria tem im-primido uma velocidade cadavez maior no lançamento denovos produtos e conceitos daprevenção passaram a ser maisdifundidos.

O séc. XXINovos desafios, como aerradicação do câncer bu-cal, melhoria dos índices desaúde oral nos países menosdesenvolvidos e desenvolvi-mento de biomateriais paraimplante cada vez mais com-patíveis com o tecido huma-no e uma nova conquista emandamento: a erradicaçãoglobal da cárie.

Horace Wellsdescobriu “ogás do riso”

Raio X (1895):WilhelmRoentgen, No-bel em Física

WilliamMorton: étercomoanestésico

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eclarada Patrimônio da Humani-dade pela United Nations Edu-cational, Scientific and CulturalOrganization (Unesco), a sede doFDI’2010 é a terceira cidade maispopulosa do Brasil e primeira capi-tal do País. Tem efervescência cul-tural que exerce grande influência

Salvador: a carado Brasil

na imagem que se tem do brasileirono exterior. Somam-se a isso osatrativos naturais da cidade, quetem algumas das mais famosas prai-as brasileiras, atraindo tanto habi-tantes locais como turistas, princi-palmente, devido à temperaturaagradável da água.

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O coraçãode Salvador

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Ecoturismocom tartarugas

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RESUMOO cisto dentígero é classificado pela OMS como um cisto de desenvolvimento que envolve a coroa de um dente não erupcionado. O presente trabalho tem o propósito de relatar o caso de uma paciente, 10 anos, feoderma, que foi encaminhada à Clínica Odontológica especializada, acompanhada da mãe, devido a um aumento de volume na região posterior esquerda da mandíbula. Ao exame físico intrabucal verificou-se uma tumefação de coloração da mucosa, superfície lisa e de consistência fibrosa, estendendo-se por toda a região de molares inferiores no lado esquerdo da mandíbula, sendo verificada a ausência clínica do dente 36. Foram solicitados exames radiográficos periapical, oclusal e panorâmico, os quais evidenciaram uma lesão bem delimitada envolvendo o 37 ainda em estágio de formação (Nolla 8). Foi procedida uma punção aspirativa da lesão seguida de biópsia incisional a qual revelou ser um cisto dentígero. Após um ano de proservação verificou-se a erupção completa do dente. O caso aqui relatado contribui para reforçar a possibilidade de tratamento de alguns cistos dentígeros sem a remoção do dente associado, possibilitando uma conduta mais conservadora para as lesões associadas a dentes com rizogênese incompleta.

ABSTRACTThe dentigerous cyst is classified by WHO as a developmental cyst that involves the crown of a non erupted tooth. This paper aims to report the case of a patient, age 10, mulatto, who was referred to the Dental Clinic specialist, accompanied by her mother, due to a swelling in the left posterior mandible. On physical examination there was an intraoral swelling of mucosa color, smooth surface and fibrous consistency, extending throughout the region of molars on the left side of the jaw, and verified the absence of clinical tooth 36. We requested radiographic periapical, occlusal and panoramic, which showed a well-defined lesion involving the 37 still in formation stage (Nolla 8). Was performed a needle aspiration of the lesion followed by incisional biopsy which proved to be a dentigerous cyst. After 1 year of follow up there was complete eruption of the tooth. The case reported here helps to strengthen the ability to treat some dentigerous cysts without associated tooth removal, allowing a more conservative approach to the lesions associated with teeth with incomplete root formation.

* Acadêmico do Curso de Odontologia da UEPB.

** Prof. Dr. da Disciplina de Patologia Oral da UEPB.

*** Profas. Dras. da Disciplina de Estoma-tologia da UEPB.

**** Profa. Dra. da Disciplina de Radiologia da UEPB.

Leonardo Henrique de Araújo Cavalcante*Gustavo Pina Godoy**Daliana Queiroga de Castro Gomes*** Jozinete Vieira Pereira*** Patrícia Meira Bento****

Cisto dentígero. Relato de um caso com comportamento clínico não usual

Palavras-chave: Cisto dentígero. Cisto de desenvolvimento. Cisto odontogênico.Keywords: Dentigerous cyst. Cyst development. Odontogenic cyst.

Dentigerous cyst. Case report with unusual clinical behavior

INTRODUÇÃOO cisto dentígero é definido como um

cisto de desenvolvimento, resultante de alte-rações degenerativas do retículo estrelado do

órgão do esmalte, podendo ocorrer durante sua formação ou com origem extrafolicular, causado por infecção periapical proveniente de dentes decíduos adjacentes. Desenvolve-

Relato de Caso

Cavalcante, Leonardo Henrique de Araújo et al. Cisto dentígero. Relato de um caso com comportamento clínico não usual

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-se associado à coroa de dentes inclusos ou impactados, caracterizado por acúmulo de fluido entre a coroa dentária e o epitélio reduzido do órgão do esmalte1,2.

Os cistos dentígeros são os cistos odon-togênicos de desenvolvimento mais comuns, compreendendo cerca de 20% de todos os cistos dos maxilares. Sua maior incidência está associada a terceiros molares inferiores, caninos superiores e terceiros molares supe-riores, entre a segunda e a terceira década de vida, afetando, com maior frequência, a mandíbula, com predileção por indivíduos leucodermas e maior incidência no gênero masculino1,3,4,5,6,7. Raramente acometem dentição decídua, podendo, ocasionalmente, associar-se a dentes supranumerários e odontomas5,8.

Radiograficamente, o cisto dentígero caracteriza-se por ser uma lesão radiolúcida, unilocular, com margens escleróticas bem--definidas e associadas à coroa de um dente não irrompido1,3,5,6,7,9,10. A imagem pode apresentar-se circundando simetricamente a coroa de um dente incluso, ligando-se a ela lateralmente ou envolvendo-o, como se o mesmo estivesse irrompido para o seu interior1,5,7,8,9,11.

Nos cortes histológicos, o cisto dentí-gero mostra cápsula de tecido conjuntivo fibroso arranjado frouxamente, podendo

conter infiltrado inflamatório mononuclear, além de pequenas ilhas ou cordões de restos de epitélio odontogênico. O limitante epite-lial constitui-se de duas a quatro camadas de células epiteliais cúbicas. Na grande maioria dos casos, a camada basal apresenta-se indistinta das demais e sem núcleos pola-rizados. O conteúdo cístico é representado por um exsudato seroso ou hemorrágico com presença eventual de células epiteliais e células inflamatórias1,3,5,12,13,14.

Em geral, o tratamento para este pro-cesso patológico consiste em enucleação cuidadosa do cisto com extração do dente associado5,7,8,11,12,15. Se a erupção do dente é viável, ele pode ser mantido após a remoção parcial da parede cística5.

O objetivo deste trabalho consistiu em relatar um caso de cisto dentígero com comportamento clínico não usual que acometeu paciente de 10 anos de idade do sexo feminino, com devida autorização dos pais, abordando características inerentes a uma possibilidade de tratamento cirúrgico mais conservador.

RELATO DE CASOPaciente M.B.A., gênero feminino,

feoderma, 10 anos, foi encaminhada à Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba, acompanhada pela mãe,

para avaliação de um aumento de volume em corpo de mandíbula do lado esquerdo. Na anamnese, a mãe relatou que o aumento foi percebido há aproximadamente dois meses, no entanto a iniciativa de procurar tratamento surgiu após queixa de dor, du-rante a mastigação. Outro fato importante foi a perda do elemento 36, por cárie, há cerca de 6 meses.

Ao exame extrabucal percebeu-se discreta assimetria facial associada a um aumento de volume, sem sinais flogísticos, na região de corpo de mandíbula esquerdo, sem associação com linfadenopatia regio-nal. Ao exame intrabucal, notou-se tumefa-ção no rebordo alveolar, estendendo-se da porção correspondente ao primeiro molar até a região retromolar, no hemiarco inferior esquerdo, recoberto por mucosa íntegra, sem sinais inflamatórios na região e com ausência de dentes nesta área (Figura 1). A região apresentava consistência macia e flutuante à palpação, sem dor à manobra semiotécnica.

Inicialmente foram solicitados radio-grafias periapicais, no entanto não se obteve uma noção exata da dimensão da mesma, nem sua relação com estruturas vizinhas. Diante disso, solicitou-se radiografia pano-râmica e oclusal. Analisando-se a radiogra-fia panorâmica, constatou-se uma extensa

Fig. 1: Aspecto clínico inicial da lesão.

Fig. 2: Aspecto radiográfico exibindo imagem radiolúcida unilocular envolvendo a coroa do dente 37.

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área de destruição óssea, unilocular, bem delimitada, estendendo-se da distal do 35 à mesial do 38 incluso. Observou-se ainda que o dente 37 apresentava-se em formação (Nolla 8) compatível com a idade da pacien-te, estando o mesmo com a coroa imersa na lesão (Figura 2). Na radiografia oclusal não foi observada expansão das corticais ósseas no sentido vestíbulo-lingual.

Com base na anamnese e exames radio-gráficos formulou-se como hipótese diag-nóstica uma lesão tumoral aparentemente benigna, destacando-se como possibilidades o tumor odontogênico ceratocístico ou le-são central de células gigantes. Diante das evidências, solicitaram-se como exames complementares hemograma completo, glicemia em jejum e coagulograma.

O plano de tratamento foi então esta-belecido sob a proposta de se realizar uma biópsia incisional (Figura 3) sob anestesia local, com punção aspirativa prévia para identificação do material existente no interior da lesão. O material obtido desta punção aspirativa revelou uma amostra considerável de exsudato sanguinolento.

O líquido aspirado reforçou a suspeita de cisto, partindo-se então para biópsia incisio-nal, onde foram removidos três fragmentos de tecido, um na região central da lesão em nível de rebordo, e os outros dois na região

anterior e na região posterior da lesão, com tecido aparentemente sadio. Realizou-se a sutura unindo as bordas do tecido com fio de Nylon 3.0. Os fragmentos de tecidos resultantes da biópsia foram condicionados em formol a 10% e encaminhados para avaliação histopatológica.

Os cortes histológicos corados com hematoxilina-eosina (Figura 4) revelaram fragmentos de lesão cística, revestidos parcialmente por epitélio pavimentoso estratificado não ceratinizado, com pre-sença de células cúbicas em algumas áreas, exibindo degeneração hidrópica. A cápsula cística mostrava-se constituída por tecido conjuntivo fibroso, exibindo áreas focais com moderado infiltrado inflamatório e vasos sanguíneos de calibres variados. O diagnóstico emitido, portanto, foi de cisto dentígero.

Ao retorno, oito dias após a cirurgia para remoção da sutura, observou-se uma dimi-nuição do volume da lesão, no entanto não havia coalescência do tecido incisionado, embora o mesmo não apresentasse sinais de infecção. Como apresentava o dente 37 em erupção e em rizogênese incompleta, não foi preconizada uma segunda intervenção cirúrgica para enucleação total do cisto.

Adicionalmente optou-se pela proservação criteriosa através de exames clínicos e radiográficos da região.

Após 15 dias a paciente retornou para uma nova consulta e foi evidenciada parte do 37 em erupção na cavidade bucal, ainda em infraoclusão. Decorridos três meses após a cirurgia, o aspecto clínico intrabucal não se apresentava muito distinto do aspecto anteriormente citado, no entanto na nova radiografia panorâmica observou-se uma neoformação óssea considerável. Após um ano verificou-se a erupção completa do den-te (Figura 5), confirmando a possibilidade de tratamento mais conservador para casos de cistos dentígeros que englobem a coroa de

Fig. 3: Biopsia incisional da lesão.

Fig. 4: Lesão exibindo epitélio de revestimento cístico pavimentoso estratificado e cápsula de tecido conjuntivo fibroso (HE, 100x).

Fig. 5: Imagem da região após um ano da biopsia exibindo erupção do dente acometido anteriormente pelo cisto dentígero.

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REFERÊNCIAS1. Carli JP, Colpani JT, Linden MSS, Moraes

NP, Damian, MF, Silva SO. Relação diag-nóstica entre folículo pericoronário e cisto dentígero. RGO - Rev Gaúcha Odontol., Porto Alegre, v. 58, n. 2, p. 207-213, abr./jun. 2010

2. Tami-Maury I, Lopez T, Moustarih Y, Moretta N, Montilla G, Rivera H; Quiste dentígero: revisión bibliográfica e presen-tación de un caso. Acta Odontol Venez. 2000;38(2):61-7.

3. Fernandes AM, Souza AF, Mesquita RA, Carmo MAV, Aguiar MCF. Análise das características clínico-histopa tológicas do cisto dentígero: estudo retrospectivo de 10 anos. Cienc Odontol Bras 2006 abr./jun; 9 (2): 56-60

4. Godoy GP, Figueiredo CRLV, Queiroz LMG. Cisto dentígero: estudo epidemi-ológico, correlação clinicopato lógica e caracterização de uma possível variante inflamatória. RPG. V.11, n.1, p.29-28, 2004.

5. Neville BW. et al. Patologia oral & max-ilofacial. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 972p

dentes inclusos com rizogênese incompleta. Exames radiográficos periódicos vêm sendo realizados para acompanhamento do caso.

DISCUSSÃOOs cistos dentígeros constituem o

segundo grupo mais frequente dos cistos odontogênicos do complexo maxilofacial5,8. No entanto, neste trabalho, concorda-se com outros autores7,16, no que se refere à necessidade de distinção do cisto dentí-gero inflamatório do de desenvolvimento, uma vez que representam condições com etiologia, aspectos clínicos e radiográficos distintos.

Fernandes et al.3 e Godoy, Figueiredo e Queiroz4 observaram maior prevalência desse cisto odontogênico nas três primei-ras décadas de vida, com predileção pela segunda, acometendo preferencialmente o gênero masculino. De acordo com Benn e Altini16, Godoy, Figueiredo e Queiroz4 e Neville et al.5, indivíduos leucodermas são os que predominantemente desenvolvem cistos dentígeros. Alguns autores10,16 salien-taram que na região de molares inferiores, o terceiro molar é o mais acometido. O caso aqui relatado foge dos padrões mais frequentes, uma vez que se trata de um indivíduo do sexo feminino, feoderma, no final da primeira década de vida e que apresentou o segundo molar permanente como elemento acometido.

Os achados clínicos e histopatológi-cos deste caso diferem dos relatados por Godoy13 e Godoy et al.14. Essa diferença pode ser explicada pelo fato de que o cisto dentígero apresentado neste trabalho estava associado a um dente permanente e não com decíduos antecessores, o que caracterizaria a variante inflamatória da lesão. Adicionalmente, não se verificou as alterações morfológicas compatíveis com lesão de natureza inflamatória, destacando--se, dentre estas, as projeções arciformes do epitélio de revestimento.

Na avaliação clínico-radiográfica do presente caso, o diagnóstico de cisto dentígero poderia ser aventado, pois as características radiográficas mostravam uma área radiolúcida unilocular, envolvendo simetricamente a coroa e aderido à junção

amelocementária5,9,10,11. Tal hipótese não foi sugerida inicialmente por causa da aparência clínica inicial de uma lesão com comportamento tumoral.

Partindo-se da afirmação de que crianças apresentam maior potencial de regeneração óssea, e dentes em rizogênese incompleta apresentam grande potencial eruptivo11, foi observado que seria possível um tratamento menos invasivo, uma vez que a paciente apresentava apenas 10 anos de idade, o dente envolvido exibia rizogêne incompleta (Nolla 8) apresentando direção eruptiva favorável e espaço na arcada.

Quanto ao tratamento, alguns autores defendem a enucleação, com remoção do dente não irrompido associado, a fim de evitar recidiva da lesão8,12. Ertas e Yavuz12 destacam que, em muitos casos, o profis-sional deve considerar a possibilidade de realizar uma marsupialização em lesões mais extensas, para diminuir seu volume e enucleá-la posteriormente, embora afirmem que exista uma maior tendência à instalação de um processo infeccioso no decorrer do tratamento.

Apesar de o tratamento tradicional basear-se na enucleação da lesão5,8,11,12,15, os autores acham conveniente seguir O’Neil, Mosby e Lowe17, que sugerem que nos casos de lesão que envolve grande perda óssea, uma descompressão local pode proporcio-nar redução gradual do espaço cístico, por aposição periférica de osso. Como ocorreu a regressão do cisto e foi perceptível a erupção do dente pela simples descompressão da lesão, não foi preconizada nenhuma inter-venção cirúrgica complementar. Em seu estudo sobre planejamento de tratamento adequado para cistos dentígeros extensos, Motamed15 afirmou que caso a pressão exercida na luz do cisto seja eliminada e o dente irrompa, o cisto dentígero deixa de ser uma entidade patológica.

Apesar do comportamento biológico deste processo patológico ser benigno, alguns autores2,5,6 reportaram casos clínicos de transformações neoplásicas malignas. Assim, em virtude do tratamento escolhido para o caso em questão não ter seguido os convencionais, uma proservação criteriosa fora efetuada para afastar uma possível reci-

diva, o que não foi constatado confirmando o sucesso do tratamento.

CONSIDERAÇÕES FINAISO exame histopatológico deve ser con-

duta de rotina como auxiliar de diagnóstico nas situações com imagens sugestivas de diferentes entidades patológicas.

Quando não é possível a remoção total do epitélio cístico, o acompanhamento pós-operatório é relevante, realizando-se exames radiográficos periódicos.

A conduta terapêutica preconizada no presente caso ofereceu resultados quanto à reparação da lesão e erupção do dente associado à mesma, sem exigência de um ato cirúrgico mais amplo e traumático, embora requeira um longo período de acompanhamento, pelas razões já citadas anteriormente. No entanto, para que sua eficácia seja realmente confirmada, é ne-cessário que um maior número de casos, seguindo esta conduta, seja realizado, com posterior análise dos resultados alcançados.

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Cavalcante, Leonardo Henrique de Araújo et al. Cisto dentígero. Relato de um caso com comportamento clínico não usual

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6. Shear M. Cistos da região bucoma-xilofacial: diagnóstico e tratamento. 3.ed. São Paulo: Ed Santos; 1999.

7. Vaz LGM, Rodrigues, MTV, Ferreira Junior O. Cisto dentígero: características clínicas, radiográficas e critérios para o plano de tratamento. RGO, Porto Alegre, v. 58, n.1, p. 127-130, jan./mar. 2010

8. Ustner E, Fitoz S, Atasoy C, Erden I, Akyar S. Bilateral maxillary dentigerous cysts: a case report. Oral Surg Oral Med Pathol Oral Radiol Endod. 2003;95(5):632-5.

9. Bento PM, Souza LB, Pinto LP. Estudo epidemiológico dos cistos odontogênicos: Análise de 446 casos. Rev. Odontociência, v.22, n.2, p.125-142, 1996.

10. Hyomoto M, Kawakami M, Inoue M, Kirota T. Clinical conditions for erup-tions of maxillary canines and mandibular

Data de recebimento: 04/07/2010 Data de aceite para publicação: 26/07/2010 Endereço para correspondência:Leonardo Henrique de Araújo CavalcanteE-mail: [email protected]

premolars associated with dentigerous cysts. Am J Orthod. Dentofacial Orthop. 2003;124(5):515-20.

11. Martínez-Pérez D, Varela-Morales M. Conservative treatment of dentigerous cysts in children: report of four cases. J Oral Maxillofac Surg. 2001;59(3):331-4.

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13. Godoy GP. Cisto dentígero inflamató rio: uma nova entidade? Rev Bras Patol. 2004;3:48-9.

14. Godoy GP, Silveira EJD, Lins, RDAU, Souza LB, Freitas RA, Queiroz LMG. Immunohistochemical profile of integrins in enlarged dental follicles and dentigerous cysts. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2007;104:e29-e34.

15. Motamedi MHK, Talesh KT. Management of extensive dentigerous cysts. Br Dental J. 2005;198(4):203-6.

16. Benn A, Altini M. Dentigerous cysts of inflammatory origin. A clinico patho logic study. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1996 Feb;81(2):203-9.

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N. da R.Este artigo, originalmente

publicado na edição 103 da

Revista ABO Nacional

(Vol. XVIII, N. 40 AG/SET

2010), entre as págs. 259 a

263, com erro de diagramação

referente às Figuras 1, 2, 3, 4

e 5, está sendo republicado

corretamente neste número em

respeito aos autores do trabalho

científico e a nossos leitores.

A Redação

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264 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 4 - Agosto/setembro 2010

S E R V I Ç O

Solenidadede aberturaLocal: Centro de Convençõesda Bahia – Teatro YemanjáAv. Simon Bolívar, s/n, JardimArmação, SalvadorData: 2 de setembroHorário: 19h00Grátis para inscritos, sujeito alugares

Na cerimônia de abertura, oFDI’2010 vai mostrar um poucode toda a riqueza cultural daBahia e, por consequência, doBrasil. O espetáculo será umamistura de música, dança, poesiae festa, numa viagem através dacultura popular brasileira.

P R O G R A M A Ç Ã O S O C I A L

Restrições ao fumoO fumo não é per-mitido na maioriados lugares fecha-dos em Salvador,como museus, li-vrarias, elevado-res, teatros, cine-mas, além de veí-culos do serviço público. Para pro-porcionar uma vida noturna agra-dável a todos, também há restri-ções ao fumo em ambientes exter-nos de entretenimento. OFDI’2010, a exemplo de todos osambientes da ABO (escritórios,salas de aula, reuniões e congres-sos, entre outros) é 100% livre dafumaça de tabaco.

Jantar de galaLocal: Estação Ferroviária daCalçada

Noite de SalvadorLocal: Forte São Marcelo (foto)Rampa dos Saveiros, ao ladodo Mercado Modelo, Centro,SalvadorHorário: 19h30Preço: R$ 270,00 por pessoa (to-das as atrações, bebidas e comidasincluídas)

Salvador está na Bahia, “terra dafelicidade”, Ary Barroso já afirma-va em Baixa do Sapateiro. A cida-de é um universo inesgotável deriquezas, que mistura credos, len-das, cores e etnias, artesanato, ar-quitetura, gastronomia, música,dança e um autêntico e peculiarmodo de vida. É desse caldeirão deinfluências de todo canto do mun-do, num cenário encantador, quesurge o Forte São Marcelo.

Largo da Calçada, Calçada,SalvadorHorário: 20h00Preço: R$ 370,00 por pessoa (to-das as atrações, bebidas e comidasincluídas)

Escolhida para receber os ilustresconvidados do jantar de gala doFDI’2010, a Estação Ferroviária daCalçada vai levar os participantes aum passeio surpreendente pelo sé-culo 19, quando o Brasil e, em par-ticular, a Bahia adotaram o estiloneoclássico como linguagem ofici-al da arquitetura e da decoração.

Opções de lazer para acompanhantesO FDI’2010 também conta com umasérie de programas para quem vai aSalvador na companhia de congressis-

tas sem, necessariamente, participardo evento. As opções vão de city tourpelo Centro Histórico de Salvador evistas panorâmicas da cidade a visi-tas a terreiros de candomblé e aulasde culinária baiana. E para todos háainda mais opções, como pacotes tu-rísticos para a Praia do Forte (foto),com hospedagens em pousadas, ho-téis e resorts.

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