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SEXTA-FEIRA, 25 JANEIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N. o 1605 (II Série) | Preço: 0,90 Pela estrada fora em defesa das freguesias pág. 9 Vera Cruz fechada a sete chaves págs. 4/5 Marilyn Monroe na Agrária de Beja págs. 16/17 Museu do Relógio Agora os dias já têm “24 Horas” pág. 32 Miguel Ângelo em Beja Temos cinco convites para oferecer pág. 30 €1,20 Veja como na página 25 Postos BP Beja Este VALE na PUB A informação é vasta, gratuita, e fácil de pesquisar. Imagens, trabalhos jornalísticos e académicos, vídeos, bibliografia, uma cronologia histó- rica, um mapa com a localização e a caraterização do património, e ainda o “mural”, uma ferramenta colaborativa semelhante à wikipédia. Ao todo, são 250 os documentos que o Centro de Estudos da Mina de São Domingos disponibiliza on line. pág. 11 Regressar ao fundo da Mina de São Domingos PS já tem candidatos para os 14 concelhos do distrito de Beja Para Alvito segue Natália Caeiro e para Vidigueira José Miguel Almeida FOTO: CENTRO DE ESTUDOS DA MINA DE SÃO DOMINGOS Entrevista a Pedro do Carmo nas págs. 6/7

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Page 1: Ediçao N.º 1605

SEXTA-FEIRA, 25 JANEIRO 2013 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1605 (II Série) | Preço: € 0,90

Pela estrada fora em defesa das freguesias

pág. 9

Vera Cruz fechada a sete chaves

págs. 4/5

Marilyn Monroe na Agrária de Beja

págs. 16/17

Museu do Relógio

Agora os dias já têm “24 Horas”

pág. 32

Miguel Ângelo em Beja

Temos cinco convites para oferecer

pág. 30

€1,20Veja como na página 25 Postos BP Beja

Este

VALE

na

PUB

A informação é vasta, gratuita, e fácil

de pesquisar. Imagens, trabalhos

jornalísticos e académicos, vídeos,

bibliografia, uma cronologia histó-

rica, um mapa com a localização

e a caraterização do património, e

ainda o “mural”, uma ferramenta

colaborativa semelhante à wikipédia.

Ao todo, são 250 os documentos

que o Centro de Estudos da Mina

de São Domingos disponibiliza

on line. pág. 11

Regressar ao fundo da Mina de São Domingos

PS já tem candidatos para os 14 concelhos do distrito de Beja

Para Alvito segue Natália Caeiro e para Vidigueira José Miguel Almeida

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3 EditorialSítioPaulo Barriga

Ainda a propósito da re-portagem da SIC – aque la que usou uns quantos

protagonistas cá do sítio para precisamente deitar abaixo as coisas que se fazem cá no sítio –, ainda a esse propósito se fez um debate. Na última segunda-feira. Onde participaram alguns dos protagonistas cá do sítio que fo-ram usados na reportagem da SIC e outros que não o foram porque não estavam ali à mão de semear. Pontos essenciais a reter do debate, em ordem crescente de importância. Um: os malan-dros da SIC esquartejaram, es-premeram, esmifraram, desen-quadraram os depoimentos dos protagonistas cá do sítio. Dois: está em marcha uma campanha gigantesca e inominável cá con-tra o sítio. Três: é fatal e impres-cindível cá para o sítio que os protagonistas cá do sítio se co-mecem a dar bem uns com os outros. Apreciação ao ponto nú-mero um a reter do debate, res-peitando a ordem proposta: O meio é a mensagem, disse-o há algumas décadas atrás uma es-pécie de profeta da comunicação de massas canadiano. Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, disse-o pela primeira vez o avô de alguém de roda de um lume. Não te envaideças por dois mi-nutos de glória televisiva, digo-o eu. Ponto dois: quando cá no sí-tio as coisas correm mal, a culpa nunca é da malta cá do sítio. É sempre de alguma organização ultracabalística, ultramontana, ultrassecreta, ultrajante que de tempos em tempos se forma para deitar abaixo cá o sítio e os protagonistas cá do sítio, igual-mente. No creo en brujas pero que las hay las hay, disse-o um campónio iletrado espanhol e disse-o a maioria dos protago-nistas cá do sítio. Apreciação ao derradeiro ponto, ainda assim central, a reter do debate: os pro-tagonistas cá do sítio sentiram-se de tal forma atacados pela tal reportagem da SIC que fala mal cá do sítio que estão dispos-tos a fazer política conjunta (lo-bbying, disseram-no diferentes protagonista cá do sítio) em de-fesa cá do sítio. A reportagem afetou deveras o sistema ner-voso dos protagonistas cá do sí-tio. E só por isso, afinal, sempre terá valido a pena o jornalista da SIC ter vindo fazer cocó in-formativo cá ao sítio. Por fim, os protagonistas cá do sítio, to-dos juntos, querem dar protago-nismo não a eles próprios, mas cá ao sítio. Resta saber se ainda haverá sítio, tal como o conhe-cemos, para os protagonistas o protagonizarem. Resta saber se cá o sítio ainda quer ser protago-nizado por estes protagonistas. Que cá há.

Não seria necessário extinguir a ExpoBeja se o parceiro Câmara Municipal tivesse pago as suas dívidas. A estratégia utilizada [pela

autarquia] foi intencional, para acabar com o parque, para ser só um a gerir e para servir os interesses não de um partido, mas de uma pessoa.

Manuel Castro e Brito, presidente da ACOS, à Voz da Planície, 17 de janeiro de 2011

Margarida Cláudio

32 anos, professora do 1.º cicloNos ordenados, nos subsí-dios, nas reformas, nas mordo-mias da classe política. Em to-dos os gastos supérfluos que os políticos continuam a ter e a não deixar de prescindir. Em investimentos desneces-sários. O povo já não pode pri-var-se de mais nada, os tra-balhadores da função pública já não aguentam mais sacrifí-cios. Sei do que falo, sou pro-fessora e sinto isso na pele.

Mónica Vicente

33 anos, auxiliar de educaçãoComeçava por cortar nos sa-lários dos políticos. Ganham muito, e para além de darem cabo da vida dos portugueses, pouco mais fazem. Tirava-lhes os carrinhos de luxo e obri-gava-os a viver com 500 eu-ros por mês. Para ver se con-seguiam subsistir. O povo trabalha imenso e pouco conse-gue. Quando deixarmos de ter comida para os nossos filhos chegará uma nova revolução.

Andreína Silva

24 anos, estudanteO Estado devia gastar me-nos nas despesas dos polí-ticos. No nosso País, o sim-ples facto de se pertencer à classe política já acarreta be-nefícios, luxos de que não ab-dicam. São sempre os mais beneficiados. As diferenças en-tre eles e os outros são notó-rias. E os bons exemplos de-viam partir de quem governa. Entretanto o povo vai continu-ando a sofrer. Cada vez mais.

Rita Valadas

35 anos, administrativaO Estado deveria cessar de ime-diato os benefícios à banca. Nomeadamente a aplicação de dinheiros públicos nos bancos já há muito falidos. Esse capital era mais que suficiente para sa-tisfazer as sempre urgentes exi-gências da troika. Mas corta no básico de um estado que se diz social: na saúde, na educação, no emprego. Isto não faz qual-quer sentido. É um escândalo.

Voz do povo O que cortaria na despesa do Estado? Inquérito de José Serrano

Vice-versaA ACOS voltou a recusar mais uma proposta de protocolo apresentada pela autarquia, sendo que é já a terceira proposta recusada, para o futuro modelo de gestão do Parque de Feiras e Exposições de Beja.

Nota da Cãmara Municipal de Beja à comunicação social

Fotonotícia A notícia hoje somos nós. O mau tempo que se fez sentir no fim de semana um pouco por toda a região, especial-

mente as fortes rajadas de vento, causaram vários estragos. Foi no litoral e na freguesia de Vidigueira, especialmente nas estruturas agrícolas, que

os prejuízos mais se notaram. Pelo interior, a queda de árvores foi a ocorrência mais comum. Este velho acipreste decidiu descansar em paz bem em

cima do telhado de um anexo do Arquivo Distrital de Beja. A dois passos mal medidos da redação do “Diário do Alentejo”. PB Foto de José Ferrolho

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Rede social

Quando é que o núcleo distrital de Beja

da JuveBombeiro foi criado e com que

finalidade?

A JuveBombeiro foi fundada a 1 de abril de 2001, com o objetivo de mobilizar e motivar os jovens bombeiros para os va-lores do associativismo, do voluntariado e da solidariedade e promover os bom-beiros junto dos mais jovens de forma a incentivar o seu ingresso nos mesmos.

Que tipo de atividades tem vindo a de-

senvolver e o que é que tem agendado

para curto/médio prazo?

As nossas atividades centram-se na pro-moção e divulgação dos bombeiros e, em conjunto com os núcleos locais, apoia-mos jovens do nosso distrito com neces-sidades especiais, através da recolha de tampinhas e entrega de cabazes, e pro-movemos também a camaradagem en-tre os bombeiros. Para o curto/médio prazo desejamos realizar uma gala dis-trital, onde iremos reconhecer bombei-ros e dirigentes, entre outros elementos, que se têm destacado ao longo dos anos. Pretendemos ainda organizar um con-vívio entre jovens e menos jovens bom-beiros. Anualmente organizamos o já tradicional acampamento distrital e, pontualmente, desenvolvemos forma-ções e convívios para os bombeiros mais jovens.

Qual é a situação atual dos núcleos da

JuveBombeiro existentes no distrito?

Atualmente temos ativos 11 dos 15 nú-cleos existentes, com cerca de 200 elemen-tos, que, pontualmente, realizam diver-sas atividades, no entanto, notamos uma baixa no ingresso de novos jovens nos bombeiros, o que poderá, futuramente, pôr em causa o voluntariado. Mas esta-mos a trabalhar no sentido de inverter esta tendência, apesar de vermos esse trabalho dificultado pelas políticas seguidas nos úl-timos anos, que não ajudam, pois os bene-fícios que incentivavam o recrutamento de novos elementos cada vez são menos.

A JuveBombeiro Distrital de Beja lançou

recentemente um site, em substituição

do blogue existente. Que tipo de infor-

mação será disponibilizada?

O blogue era, e é, um excelente meio de comunicação, porém, não nos possibili-tava a criação da nossa própria imagem da forma que pretendíamos, como a cria-ção de contas de email com domínio pró-prio. No site a informação que iremos disponibilizar irá incidir na divulgação das nossas iniciativas, assim como apro-ximar a JuveBombeiro dos seus elemen-tos, dando-lhes a conhecer as atividades desenvolvidas, bem como as que futura-mente se irão concretizar, mas também chegar ao público mais jovem, com o ob-jetivo de recrutar novos elementos para os nossos corpos de bombeiros.

Nélia Pedrosa

4 perguntasa João Lemos

Coordenador distrital da JuveBombeiro do Distrito de Beja

Semana passada

QUINTA-FEIRA, DIA 17

ALJUSTREL DETIDO POR RECETAÇÃO

A GNR de Aljustrel deteve, na manhã de quinta-feira, na Estrada Nacional (EN) 263, um homem por suspeita de recetação de material furtado. O homem, de 26 anos, permaneceu nas instalações da guarda até ter sido apresentado em tribunal.

ODEMIRA DUAS PESSOAS DESALOJADAS DEVIDO A DESLIZAMENTO DE TERRAS

Duas pessoas ficaram desalojadas depois de um deslizamento de terras ter atingido um edifício na vila de Odemira disse à Lusa fonte dos bombeiros. A fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja precisou que o deslizamento de terras atingiu um edifício onde viviam as duas pessoas e existem escritórios, espaços comerciais e um consultório médico.“Há danos no edifício, mas não põem em causa a sua estrutura”, adiantou a fonte, citando os técnicos do município que acompanham a situação. Estiveram no local seis bombeiros da corporação de Odemira, apoiados por uma viatura, elementos do serviço municipal de proteção civil de Odemira e a GNR.

SÁBADO, DIA 19

ALFUNDÃO SKATE PARQUE FOI INAUGURADO

O Skate Parque de Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo, foi inaugurado no sábado, após um investimento de 79,3 mil euros, para promover a prática de desporto e diversificar a oferta desportiva naquela freguesia. O parque foi construído no âmbito da operação de Valorização Ambiental e Requalificação Urbana Funcional de Alfundão, promovida pela Câmara de Ferreira do Alentejo, e cofinanciado em 85 por cento por fundos comunitários.

DOMINGO, DIA 20

BEJA MAU TEMPO PROVOCA QUEDA DE ÁRVORES

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Beja, no distrito foram registadas, no decorrer do mau tempo que de verificou no fim de semana, mais de 40 ocorrências relacionadas com quedas de árvores e limpeza de vias. Segundo a mesma fonte, no distrito de Beja foram registadas quedas de árvores em Odemira, Aljustrel, Alvito e em Santa Clara do Louredo, no concelho de Beja, sendo que nesta localidade duas viaturas ficaram danificadas, devido a quedas de árvores. Já no concelho de Santiago do Cacém, uma casa ficou sem telhado provocando quatro desalojados.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 21

MÉRTOLA PORTAL DA REDE DE BIBLIOTECAS APRESENTADO

O portal de Internet da Rede de Bibliotecas de Mértola, uma estrutura aberta às bibliotecas e aos centros de recursos do concelho, foi apresentado na passada segunda-feira. A rede reúne a biblioteca municipal, as do agrupamento de escolas, a do Campo Arqueológico e o Centro de Recursos em Conhecimento da Associação de Defesa do Património de Mértola. Segundo a câmara, a rede visa o desenvolvimento da ligação entre as bibliotecas e os centros de recursos do concelho, “otimizando atividades e recursos, através de uma parceria efetiva”.

TERÇA-FEIRA, DIA 22

SINES QUEDA DE POSTE MATA JOVEM

Morreu em Sines, na terça-feira, um jovem de 24 anos, na sequência da queda de um poste de eletricidade, motivada pelo embate de um veículo ligeiro que se despistou. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal acrescentou à Lusa que o acidente ocorreu na zona industrial de Sines, no Terminal XXI, junto ao terminal de carvão. De acordo com o CDOS, estiveram envolvidos no socorro cinco bombeiros da corporação de Sines, apoiados por dois veículos e a viatura médica de emergência e reanimação do Hospital do Litoral Alentejano.

03

A chuva não os assustaFoi mais uma ronda da Câmara Municipal de Beja pelas freguesias do concelho. Santa Clara do Louredo e Penedo Gordo receberam a visita dos serviços camarários. E a chuva não demoveu a realização de mais uma Semana Aberta.

Simulacro na Escola D. Manuel I em BejaO aparato foi grande, mas nada de grave a assinalar. Foi apenas um simulacro de um incêndio promovido pelo Serviço Municipal de Proteção Civil na Escola D. Manuel I, em Beja. Alunos e funcionários não deixaram de colaborar no treino de evacuação.

Rodas já deslizam no Skate Park de AlfundãoFoi inaugurado o Skate Park de Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo. E foram muitos os que lhe começaram a dar utilização logo no primeiro dia. Uns mais acrobáticos, outros menos, mas todos com a mesma determinação: incentivar a prática desportiva.

Bibliotecas de Mértola em redeFoi apresentado publicamente o Portal da Rede de Bibliotecas de Mértola. Tudo em prol do desenvolvimento da ligação entre as várias entidades, otimizando atividades e recursos. E o primeiro passo, esse, já está dado.

“Um dia pela Vida” em Aljustrel“Um dia pela Vida”. A iniciativa encheu o auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel. E foram vários os especialistas que se associaram a esta ação. Falou-se de cancro e a sociedade civil mobilizou-se na luta contra a doença.

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Vera CruzTerra de peregrinação

Uma fé inabalável no Santo Lenho

Vera Cruz (de Marmelar), povoação situ-ada a cerca de 10 quilómetros de Portel, sede de concelho, é local de peregrina-

ção. Um pequeno fragmento de madeira que se crê ter pertencido à cruz de Cristo, e que se en-contra embutido num relicário, atrai à pequena aldeia de casas baixas e brancas inúmeros cren-tes e curiosos oriundos de todos os pontos do País. Chegam, na sua maioria, à procura de alí-vio “para os seus tormentos espirituais”. Diz-se que a relíquia do Santo Lenho, que era destinada à Sé de Évora, terá sido trazida da Palestina por frei Afonso Pires Farinha, numa das suas várias peregrinações.

“Ainda ontem [quinta-feira, dia 17] veio um grupo de pessoas. Não houve missa, ninguém es-tava preparado para as receber, porque o senhor prior tinha avisado que só em fevereiro é que iria retomar os atendimentos. Afinal as pessoas não souberam e apareceram, mas o senhor padre fa-lou com elas”, diz Etelvina Aragão, 87 anos, da comissão fabriqueira, enquanto nos abre a porta da igreja de São Pedro e nos conduz à pequena capela, localizada à esquerda do altar-mor, onde está guardada a relíquia. O Santo Lenho, explica a professora primária aposentada há três déca-das, “só pode ser visto” aos domingos durante a missa, nos dias de atendimento assegurado pelo padre José Lello (primeira e terceira quintas-fei-ras do mês) e na tradicional procissão, no decor-rer das festas que se realizam em setembro. E ainda em casos muito especiais, como viríamos a descobrir mais à frente.

“Uns vieram [no dia 17] de Grândola, an-tes de ontem vieram uns de Serpa. Têm vindo de Trás-os-Montes, Porto, Braga. Do Algarve vêm quase todas as semanas, costumam vir à missa de domingo e à quinta-feira quando têm possibilidade. Dia 23 [ontem] vamos ter aqui uma peregrinação e no dia 27 vai haver outra, de Fátima”, continua Etelvina, revelando que os visitantes, na sua grande maioria “doentes psi-cológicos”, procuram conversar “com o senhor padre e rezar com ele, e ele benze-os com a cruz do Santo Lenho”.

Tempos houve em que os párocos da aldeia estavam autorizados a fazer exorcismos. Entre meados e finais dos anos 80 do século pas-sado, a GIFI – Associação Portuguesa para a Investigação realizou “uma investigação de ra-zoável envergadura” acerca da prática de exor-cismos em Vera Cruz, na sequência de uma notícia sobre a matéria publicada num jornal diário nacional. Segundo a referida associação, “à data da investigação os exorcismos eram to-talmente públicos, o que permitia o acesso a jornalistas e investigadores”. “É um facto que não se assistiu a qualquer fenómeno qualificá-vel como insólito, pelo que fica essencialmente o registo de um facto sócio religioso muito per-turbante”, concluiria a GIFI após quase três anos de investigação.

Etelvina mostra-se algo relutante em fa-lar de exorcismos. Sem se alongar, afirma que “o padre que fazia exorcismos era o que estava cá quando eu era miúda”. A guardiã das chaves da igreja do Santo Lenho prefere centrar a con-versa no trabalho que o atual pároco tem vindo a desenvolver ao longo da última década, traba-lho esse que atrai cada vez mais peregrinos, diz.

“Ultimamente têm vindo mais, porque o senhor padre atende-os com muita paciência. Reza com eles, dá-lhes conselhos. Ainda ontem [dia 17] veio um rapaz, que se calhar ainda não tem 20 anos, que os pais dizem que se quer sui-cidar, e o senhor prior esteve ali tempo sem fim a falar com ele”, diz a professora aposentada, frisando que muitos forasteiros chegam à igreja “quando a missa de domingo já está no fim”, só “para a bênção do Santo Lenho”.

Maria Teresa Honorário, 88 anos, irmã de criação de Etelvina Aragão, é quem costuma acompanhar as pessoas que chegam em pere-grinação. “Vêm peregrinações marcadas e ou-tras que não o são, mas estas são recebidas à mesma, o que não têm é padre, porque ele não pode vir. As pessoas vão ver a igreja mas o Santo Lenho não veem, só a capela. O Santo Lenho só pode se visto na missa e quando nós entende-mos que é alguém de confiança ou quando vem

mandado pelo senhor padre. Veio aí um rapaz de famílias de cá, mas nem se calculava quem era – afinal é neto de uma rapariga que eu co-nheci – rezou ali um terço que parecia um pa-dre, nós até nos fartámos de chorar. Rezou um terço tão lindo e então foi digno de ver o Santo Lenho”, conta a antiga modista, adiantando que a Vera Cruz chegam “pessoas doentes com espí-ritos e outras com outros problemas, de mari-dos, namorados. Contam-lhe [ao padre] a vida toda e depois ele aconselha, tira o Santo Lenho e benze-as”.

As que “vêm com espíritos”, diz Maria Teresa, são logo reconhecidas, “porque não querem entrar na igreja”. Mas acabam por en-trar, “obrigadas” e “lá dentro gritam e dizem tudo”: “Ainda um ano destes veio uma família com uma rapariga que andava estudando far-mácia. Eu e a minha irmã de criação estávamos ao pé da capela do Santo Lenho e a rapariga en-trou muito mal, gritando, gritando. Era o espí-rito da avó que pedia que a perdoassem porque tinha tratado muito mal a neta em miúda, mas disse que não a largava nunca. A rapariga ainda vem à missa, eles vivem na área de Lisboa, e quando vem diz que está bem. Mas o senhor prior não puxa [os espíritos], os outros antigos puxavam”. E também alguns padres que vêm de fora, devidamente autorizados. Maria Teresa recorda o caso de um padre de Lisboa que “veio no ano passado fazer um exorcismo” e “que gri-tava, gritava”, numa prática nunca antes vista: “A rapariga estava estendida no meio do chão e ele em cima a benze-la e depois a rapariga gri-tava e ele gritava. Era véspera da festa [anual] e andavam todos aqui limpando as ruas, encheu --se ali tudo de gente”, recorda, entre risos.

No entender de Maria Teresa, o aumento do número de peregrinos que se tem vindo a regis-tar nos últimos anos está ligado à informação sobre a freguesia e a sua história que tem vindo a ser disponibilizada, caso da obra Igreja Vera Cruz de Marlemar, da autoria de Ana Pagará, Vítor Serrão e Nuno Vassallo e Silva, coorde-nada pela Câmara de Portel, e cujo exemplar,

autografado, guarda com carinho. “Todo o dia o telefone toca, todo o dia [para

confirmar as datas de atendimento com o pa-dre José Lello]”, acrescenta a octogenária, adiantando que faz falta um padre em perma-nência na aldeia: “Mas nós não queremos que este abale, já há 10 anos que cá está. É uma pes-soa digna, o nosso padre José Lello”, conclui.

Numa aldeia “morta, paradinha”, onde o desemprego é preocupante e em que a maioria dos habitantes em idade ativa é obrigada a tra-balhar a uns bons quilómetros de casa, as “ca-mionetas cheias” de peregrinos sempre impri-mem uma dinâmica diferente a Vera Cruz, diz Maria Rosa Negas, 51 anos, proprietária de um minimercado. “Nesses dias mexe mais, temos mais pessoas, se bem que não tenha influência no comércio”, garante, adiantando que a “igreja enche-se ao domingo”. Maria Rosa, que antes de se estabelecer por conta própria trabalhava no campo, revela, no entanto, que fica incomo-dada quando vê “pessoas doentes na igreja”, pelo que prefere afastar-se: “Venho-me embora, não gosto de ver isso”.

Já Luís Ordem, 65 anos, aposentado, embora não consiga precisar datas, recorda-se de assis-tir à chegada “de pessoas com espíritos” à igreja do Santo Lenho que, após umas rezas, “saiam boas”. “Dizem que o Santo Lenho faz milagres e as pessoas vêm cá. Vêm aí pessoas de fora que chegam mal e regressam bem. As dos espíritos vão curadas, agora outras doenças não, aquilo não cura outras doenças, pelo menos é o que di-zem e é o que a gente tem visto”.

Maria dos Anjos Deodato, 54 anos, desem-pregada há dois anos, também se lembra de ver “pessoas que vinham muito doentes”: “Não sei qual era a doença, sei que a pessoa entrava para lá quase desmaiada e saía de lá andando pelo pé dela”. “É a fé das pessoas. Vêm à procura de uma esperança, de uma cura, de uma confor-mação ou consolação, como a pessoa o quiser interpretar”, diz. Mas dos exorcismos não tem grandes memórias, até porque “era miúda e não ligava muito a isso”.

Numa aldeia “paradinha”, onde o desemprego é preocupante e em que a

maioria dos habitantes em idade ativa é obrigada a trabalhar a uns bons

quilómetros de casa, as “camionetas cheias” de peregrinos sempre im-

primem uma dinâmica diferente a Vera Cruz. Oriundos de vários pontos

do País, chegam, na sua maioria, à procura de alívio “para os seus tor-

mentos espirituais” junto do Santo Lenho.

Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho

Relíquia O Santo Lenho terá sido trazido da Palestina por frei Afonso Pires Farinha

As guardiãs do templo Etelvina Aragão e Maria Teresa Honorário

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Vera Cruz beneficia de alguma forma do facto de a

igreja de São Pedro guardar, segundo se crê, um pe-

queno fragmento da cruz de Cristo?

Certamente. Desde muito cedo que a relíquia do Santo Lenho assume grande importância e é determinante na vivência religiosa, sociocultural e económica da freguesia. É um forte motivo de atração para peregrinos e romeiros de todas as partes, ultrapassando o local ou o regional. É um património com reconhecido valor nacional e inter-nacional. No decorrer do ano, são muitos os visitantes que se deslocam até à nossa freguesia, movidos pela fé, mas também pela importância da arte, da arquitetura e da his-tória de Vera Cruz, da qual toda a população se orgulha. Todo este movimento é fundamental para o desenvolvi-mento da aldeia e para o pequeno comércio local. Quero também referir que a igreja é mais conhecida por igreja do Santo Lenho.

Por que é que o Museu da Aldeia, que se situa junto à

igreja do Santo Lenho, encerrou? Está prevista a sua

reabertura?

Importa dizer que o Museu da Aldeia foi uma inicia-tiva da Associação Museu da Aldeia, a qual já encerrou a sua atividade há vários anos. Quando iniciei as funções no ano de 2005 grande parte do espólio encontrava-se numa das salas de arrumos do edifício da junta, sendo percetível que ali permaneceu durante alguns anos. No ano de 2009, após uma grande intervenção de requali-ficação do edifício já referido, o executivo decidiu solici-tar todas as peças e o seu arquivo documental aos mem-bros da extinta associação, com o objetivo de preservar, defender e valorizar o património etnográfico da comu-nidade, reabrindo o museu numa sala ampla do próprio edifício da junta, considerando que cada peça institui a nossa identidade cultural. O espólio concentrado repre-senta a ruralidade, a vida doméstica, as tradições comu-nitárias e o setor agrícola.

Quais são os principais problemas da freguesia?

Desde que iniciei funções que tenho procurando mini-mizar os problemas da freguesia e da sua população, im-plementando novos serviços, numa perspetiva de pro-ximidade, criando condições para trazer os serviços até à população e evitar que a população se desloque. O de-semprego e a falta de transportes públicos são os prin-cipais problemas que têm afetado a freguesia, todavia, não podemos baixar os braços e nada fazer, há sempre motivo para lutar e empenharmo-nos com todas as for-ças, de forma a contribuir para a melhoria das condições de vida e bem-estar da comunidade. Percebemos quais eram os principais serviços que a população procurava fora da freguesia e foi com grande satisfação que através de parcerias e da nossa dedicação conseguimos imple-mentar diversos serviços na nossa terra.

Quantos habitantes tem a freguesia, de acordo com o

Censos 2011?

A freguesia tem 458 habitantes. Do número referido, 52 por cento é população ativa, 24 por cento idosa, 15 por cento são crianças e nove por cento são jovens. Comparando com os dados de Censos anteriores não perdeu população.

A que setores de atividade se dedica a população em

idade ativa?

O setor agrícola é dominante, seguindo-se o da constru-ção civil.

Mosteiro Hospitalário de Vera Cruz de Marmelar D. João Peres de Aboim, homem de confiança

do rei D. Afonso III, terá doado, em 1258, “o

mosteiro de Marmelar com todas as suas per-

tenças e possessões à Ordem de São João de

Jerusalém ou do Hospital, na figura de frei

Afonso Pires Farinha”. De acordo com informa-

ção disponibilizada na igreja do Santo Lenho,

essa “doação destinava-se à fundação de um

novo estabelecimento monástico, que garan-

tiria a presença de uma ordem militar no terri-

tório que lhe havia sido concedido pelo conce-

lho de Évora e que veio a constituir o senhorio

de Portel, génese do atual município”.

O mosteiro hospitalário de Marmelar “tor-

nou-se uma das comendas mais importan-

tes que a Ordem do Hospital, designada de

Malta a partir de 1530, teve em Portugal”. A

designação de Vera Cruz terá surgido a par-

tir do reinado de D. Afonso IV, e “está aparen-

temente relacionada com o facto de ter sido

a relíquia do Santo Lenho que se guarda e

ainda hoje se cultua nesta igreja”.

O conjunto arquitetónico subsistente da ex-

tinta comenda “é composto pela igreja, clas-

sificada imóvel de interesse público desde

1939, e pelo antigo paço dos comendadores

de Vera Cruz, que lhe está anexo a nascente,

atualmente em ruínas”.

A construção da igreja hospitalária (segunda

metade do século XIII) foi promovido por

D. João Peres de Aboim e frei Afonso Pires

Farinha. “Na sua edificação aproveitaram-se

estruturas do mosteiro primitivo de Marmelar,

nomeadamente dois espaços que vieram a for-

mar as capelas colaterais da cabeceira da nova

igreja”.

Rui Miguel CaeiroPresidente da Junta de Freguesia de Vera Cruz (de Marmelar)

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Com exceção de Cuba, PS recandidata os atuais presidentes de câmara

Socialistas querem pintaro mapa de cor-de-rosa

Ainda não foram divulgados os nomes dos 14 candidatos do PS às câma-

ras do distrito de Beja. Mas todos eles estão escolhidos desde o início do

ano. Quem o afirma é Pedro do Carmo. O presidente da Federação do Baixo

Alentejo do Partido Socialista acredita que o seu partido tem boas possibi-

lidades em todas as câmaras da região. Embora não apresente candidatos

“Batman” em nenhum dos concelhos. É contra o “esquartejamento” do

mapa regional. E teme que aconteça um amplo “boicote por falta de com-

parência” nas eleições de outubro, em resposta à nova lei de ordenamento

do território. Pedro do Carmo recandidata-se à Câmara de Ourique.

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

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Autárquicas2013

Houve autarquias em que ficámos muito próximos nas eleições de 2009 e que hoje sinto estarmos mais perto de as conquistar. Há autarquias em que os presidentes não se podem recandidatar, onde até há um certo vazio de poder… Por isso apoiamos as escolhas das concelhias e estamos em crer que iremos aumentar o número de câmaras no distrito de Beja.

O PS em 2009 conquistou sete au-

tarquias no distrito de Beja. O que

poderá ser um bom resultado elei-

toral em 2013?

Um bom resultado passa por au-mentar o número de eleitos nas próximas eleições autárquicas. É esse o nosso objetivo. Nunca esque-cendo que, naturalmente, o obje-tivo final é aumentar o número de câmaras municipais, juntas de fre-guesia e assembleias.

Nas últimas eleições o PS con-

quistou à CDU dois dos

seus bastiões autárqui-

cos mais emblemáti-

cos: Beja e Aljustrel.

São municípios para

manter?

Beja e Aljustrel

são dos concelhos onde os atuais presidentes de câmara já anuncia-ram a sua recandidatura, a sua dis-ponibilidade em continuar o seu projeto autárquico. Penso que o tra-balho desenvolvido está à vista, e que são duas autarquias a manter.

Está muito confiante…

O PS tem boas possibilidades em todas as autarquias do distrito de Beja. Somos o partido com maior abrangência e transparência na es-colha dos candidatos autárquicos. Os novos estatutos vieram permi-tir que o PS possa chamar à parti-cipação e à decisão da escolha dos candidatos pessoas independentes. Mais nenhum partido faz isto. Ou seja, a abrangência é total em ter-mos da sociedade. Quem quer fa-zer parte do projeto vem às con-celhias e é ouvido, a sua opinião conta. As concelhias têm efetuado as suas reflexões e têm feito as suas escolhas quanto aos candidatos. À Federação do PS cabe apoiar in-condicionalmente as escolhas das concelhias. Neste momento temos assegurado a escolha dos 14 candi-datos ao distrito de Beja.

Ainda não são todos conhecidos…

Isso tem a ver com a estratégia es-pecífica de cada concelhia. Cada caso é um caso. Houve autarquias em que ficámos muito próximos nas eleições de 2009 e que hoje sinto estarmos mais perto de as conquistar. Há autarquias em que os presidentes não se podem recan-didatar, onde até há um certo va-zio de poder… Por isso apoiamos as escolhas das concelhias e esta-mos em crer que iremos aumentar o número de câmaras no distrito de Beja.

No caso da Câmara de Beja, é pú-

blico um certo desconforto em

relação a este executivo. Acha

que Pulido Valente é o candidato

certo?

A escolha do candidato foi sufra-gada pelas estruturas concelhias e a Federação apoia incondicio-nalmente essa escolha. Não é num mandato de quatro anos que se consegue desenvolver um projeto para a capital de distrito.

Os mandatos são para quatro

anos…

A realidade económica e social do País tem marcado todos os man-datos autárquicos. Cada vez menos os presidentes de câmara podem dar as respostas que pretendem. É muito difícil para quem chega de novo, como foi o caso, dar a res-posta adequada… Mas estou em crer que tornará a haver uma forte mobilização para manter Beja.

Aparentemente uma das regras

que tem presidido à escolha de

candidatos por parte do PS é a re-

candidatura dos atuais presiden-

tes de câmara…

O PS não impõe regras.

Não pode negar que existe aqui

uma linha condutora…

O PS não impõe regras, nem impõe um modelo de conduta autárquico, como nalguns partidos acontece. O PS dá um mandato a um autarca para desenvolver o seu projeto e ir ao encontro das necessidades das pessoas e da realidade do seu con-celho. Isso é uma verdade absoluta no Partido Socialista.

Bom, mas excluindo Francisco Ore-

lha, que não pode recandidatar-se

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a Cuba, o PS faz avançar os res-

tantes seis atuais presidentes de

câmara.

O PS não tem nenhum caso no dis-trito de Beja onde um autarca que tenha atingido o limite de man-datos volte a ser candidato a outro município. Isto é o respeito claro da ética política. O que entendemos é que não há candidatos do PS a ou-tros municípios, não há candidatos “Batman”. Porque isso cheira a tru-que, cheira a estratégia. Tal como discordo que candidatos que atin-giram o limite de mandatos nalgu-mas freguesias, quando acontece a agregação de freguesias, já podem voltar a ser candidatos.

Gostava de ver essa sua interpre-

tação plasmada na própria lei de li-

mitação de mandatos? Gostava! Não precisava de estar lá escrito, mas parece que para al-guns é necessário. Há quem goste dessas estratégias, desses truques, dessas fugas.

Mas não respondeu à questão das

recandidaturas dos atuais presi-

dentes de câmara.

Nos outros municípios, onde os presidentes de câmara têm desen-volvido um excelente trabalho, um só mandato autárquico não dá para expor o seu projeto. Todos os pre-sidentes de câmara socialistas que se vão recandidatar deram provas e têm prestado um excelente ser-viço público, têm desempenhado um excelente mandato autárquico e são as próprias estruturas locais e as populações que querem que eles continuem.

Raquel Soudo é a candidata pos-

sível ou é a candidata necessária

para manter Cuba na esfera do PS?

É a candidata da estrutura. É a can-didata que a concelhia de Cuba es-colheu depois de um debate amplo e muito abrangente. A Federação regozija-se com a escolha por dois motivos: pelo facto de o atual pre-sidente da câmara apoiar este pro-jeto e por não ter havido nenhum

candidato em oposição. Já temos duas candidatas mulheres, o que é um sinal de modernidade e de pa-ridade na participação de ambos os sexos na vida política.

Uma em Cuba e outra em Alvito,

Natália Caeiro. Por que razão os

partidos políticos estão tão forte-

mente apostados num concelho

tão pequeno e tão pouco popu-

loso como este? Alvito é assim tão

valioso para o equilíbrio das con-

tas autárquicas?

É valioso, mas não é só por isso. Alvito tem uma especificidade: não há um presidente de câmara que seja reeleito em Alvito. E já to-dos os quadrantes políticos foram detentores de mandato autárquico em Alvito. Naturalmente que não é segredo para ninguém que haverá mudanças em Alvito. Das câmaras que não temos, esta é uma que o PS acredita que vai ganhar.

Quando fala de “vazios políti-

cos” está a falar, por exemplo, na

Câmara de Serpa? Diz-se que o

PS vai avançar com Paulo Pisco, é

verdade?

Vamos concorrer a Serpa para ga-nhar. Serpa só conheceu um presi-dente de câmara. Não se pode com-parar o trabalho realizado… Mas a escolha do PS está feita, a estrutura já debateu amplamente o processo, e o PS terá um candidato forte. Está tudo em aberto, em Serpa…

Há concelhos como Barrancos,

Castro Verde ou Vidigueira onde o

PS também ainda não anunciou os

candidatos. Mas aí parece que o PS

não tem propriamente soluções.

Concorda?

Totalmente errado. O PS tem neste momento fechado a escolha dos candidatos aos 14 concelhos. Com um processo do mais transparente e do mais participado. Apenas não tornou público todos os candida-tos porque cada estrutura conce-lhia assim o entende. O PS anun-cia os seus candidatos depois de um amplo debate, com grande

maturidade, com grande elevação. Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira escolha, é a sua esco-lha. Veja o caso de Moura, foi uma escolha participada, com grande nível de discussão, democrática, e o candidato, Canudo Sena, já é co-nhecido há muito tempo.

A saída do Pós-de-Mina de Moura

poderá abrir portas a Canudo

Sena. É daqueles sítios onde se cria

também o tal “vazio”?

Moura também é um dos municí-pios onde não tenho dúvidas que iremos ganhar, até porque temos um candidato forte. Um candi-dato que conseguiu a unanimidade de toda a estrutura partidária. É inédito em Moura não haver uma única contestação e o partido estar envolvido e em consonância com o candidato.

E em Almodôvar, ainda existe PS

após António Saleiro?

Penso que sim. A forma como o Partido Socialista trabalhou esta candidatura do António Bota é disso exemplo. Há meses que a es-colha está feita e só agora foi tor-nada pública com grande energia e convicção. Já o que se passa do outro lado, no PSD, parece sempre uma grande confusão.

Enquanto autarca acha que ainda

vale a pena ser presidente de câ-

mara com todas estas restrições

e responsabilizações agora legal-

mente impostas?

Valer a pena não vale, e não com-pensa. Mas também quem quer ser presidente de câmara por valer a pena ou por compensar financei-ramente pode ir embora. Ser pre-sidente de câmara é algo mais do que dinheiro. Sentimos que somos escolhidos pelos nossos pares para poder desempenhar um serviço à causa pública, poder fazer mais pe-las nossas origens, saber que aquilo que nos identifica é a nossa terra, são as pessoas. Fazer mais pelas pessoas e pela nossa terra não há dinheiro nenhum no mundo que

pague. Tenho o maior orgulho em ser autarca. Às vezes digo na brin-cadeira que até era capaz de pagar para ser presidente de câmara por-que adoro aquilo que faço, adoro ajudar as pessoas, adoro servir.

Como é que observa Odemira fora

da Comunidade Intermunicipal do

Baixo Alentejo?

Odemira faz parte do Baixo Alentejo. E a região não morreu, independentemente destas esqui-zofrenias legislativas que a vão cas-trando, a vão esquartejando aqui e além. A Federação do PS irá envol-ver-se no contínuo projeto de man-ter viva a chama do Baixo Alentejo.

Quando fala do Baixo Alentejo fala

do distrito de Beja ou fala do Baixo

Alentejo também com os conce-

lhos do litoral?

Falo dos cinco concelhos do lito-ral. A sensibilidade dessas pessoas sempre esteve relacionada com o resto da região, cultural e social-mente, e não com as áreas metro-politanas. Ainda hoje a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo continua a dar resposta a mui-tos utentes que vêm do concelho de Odemira. Mas as taxas de fi-nanciamento do Orçamento do

Estado não vêm para Beja, vão para o Hospital do Litoral. Estão a fazer essa compensação só que as pes-soas não querem ir para lá, querem vir para Beja. É mais uma prova de que fazer essas reformas e tomar essas decisões contra as pessoas não resulta. Por isso, temos de ou-vir toda essa gente do litoral alente-jano que continua a querer identifi-car-se com o Baixo Alentejo.

Está a falar de um referendo a ní-

vel local?

Se todos apelamos à democra-cia participativa não devemos ter medo de auscultar as populações. Se calhar, o que acontece neste mo-mento é algum adormecimento ou perda de força de vontade de lu-tar contra leis e regras que estão a ser impostas. Isso é o que eu sinto. Cada vez mais os políticos ou os re-presentantes das instituições não se solidarizam porque acham que é uma batalha perdida à partida. Esta governação toma as decisões, manda-as aplicar, com ou sem pro-testos, e não escuta as alternativas que possam existir. Isto é que eu acho muito preocupante.

O Presidente da República man-

dou alguns recados aos deputados

sobre a lei da reorganização do ter-

ritório. Qual o seu entendimento

em relação a esta matéria? O Presidente da República pro-mulgou, mas com caldos de ga-linha. Isso prova a insegurança com que uma reforma destas foi feita. Porque se esta reforma tivesse sido feita com um clara participa-ção dos cidadãos, uma clara parti-cipação dos vários partidos políti-cos, não seria necessário o senhor Presidente da República ter pedido uma cautela dessas. Aquilo que me assusta é que haja muita população a viver nessas freguesias que vão ser extintas e que efetivamente, se isso vier a acontecer, nunca mais votará na vida.

Teme um amplo boicote a esta

eleição?

Temo um boicote por falta de com-parência, por desânimo, por de-sacreditar. Não é um boicote de revolta, de não deixar abrir a sec-ção de voto, nada disso. É por des-prezo, por ofensa… temo que haja um grande desligamento da par-ticipação democrática e cívica, e isso é muito preocupante. Sou cla-ramente contra esta reforma da forma como ela foi imposta. Não é o caminho, não é assim que se go-verna e não é assim que se exerce a democracia.

Temo um boicote por falta de comparência, por desânimo, por desacreditar. Não é um boicote de revolta, de não deixar abrir a secção de voto, nada disso. É por desprezo, por ofensa…

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AtualAlentejo na Feira de Nuremberga

Produtos biológicosna Alemanha

Trinta produtores do Alentejo e do Algarve participam na edição deste ano da feira internacional de agricul-tura biológica BioFach, que vai decor-rer em fevereiro na cidade alemã de Nuremberga, para mostrarem produ-tos 100 por cento biológicos daquelas regiões.

A participação dos produtores na BioFach, “uma das mais importan-tes” feiras internacionais dedicadas

à agricultura biológica e cuja edição deste ano vai decorrer entre 13 e 16 de fevereiro, é promovida pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM).

A ADPM explica que a participação dos produtores inclui a presença na BioFach através de um stand conjunto, visitas guia-das à feira, organização de provas e degus-tações e reuniões com potenciais compra-dores internacionais.

No stand, e através das provas e degusta-ções, os produtores vão poder mostrar e dar a provar produtos do Alentejo e do Algarve e de “produção 100 por cento biológica”, como aguardente de medronho, figo-da-índia, mel, vinho, alfarroba e plantas aromáticas.

A comitiva de 30 produtores será liderada pelos presidentes da ADPM e da Câmara de Almodôvar e contará com a presença do presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal).

A participação dos produtores na BioFach é promovida no âmbito do pro-jeto “Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo”, uma estratégia de eficiência coletiva para as áreas rurais de baixa densi-dade do sul de Portugal, que pretende con-tribuir para a “valorização económica” dos recursos endógenos dos territórios do Baixo Alentejo e do interior do Algarve.

Segundo a ADPM, o projeto, cofinanciado por fundos comunitários, pretende também “criar uma dinâmica de empreendedorismo” naqueles territórios, “tendo como foco temá-tico o cluster’ dos recursos silvestres”.

O projeto, no âmbito do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (Provere), envolve a Câmara de Almodôvar, o “chefe de fila”, os muni-cípios alentejanos de Barrancos e Ourique e os algarvios de Loulé, Silves e São Brás de Alportel e vários parceiros públi-cos e privados, como a ADPM, a entidade dinamizadora.

Obras de Alqueva danificam via, diz PCP

Estrada de Aljustrel “calamitosa”

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Laboratório da EMAS de Beja cresce em 2013 Poucos dias depois do início do ano, o Laboratório da EMAS de Beja “tem já fechada uma carteira de serviços superior à do ano pas-sado”, revela a empresa municipal, em comunicado de imprensa, adiantando que “neste momento estão consolidadas prestações

de serviços na matriz águas para consumo humano e águas resi-duais para cerca de 15 empresas”. O Laboratório trabalhará ainda diretamente com os municípios de Barrancos e Aljustrel, “onde procederá igualmente ao controlo da qualidade da água das pis-cinas municipais”.

Semana Aberta

em Santa Clara do Louredo

e Penedo Gordo

Chega hoje ao fim, sexta-feira, mais uma edição da Semana Aberta, desta vez em Santa Clara do Louredo e Penedo

Gordo, promovida pela Câmara Municipal de Beja. A iniciativa tem como objetivo, esclarece a autarquia, proporcionar

uma aproximação cada vez mais efetiva do executivo e dos serviços aos seus munícipes. Do programa para hoje destaque

para, para além das intervenções na área geográfica das localidades, do apoio técnico e das ações de diagnóstico,

“Conversas à volta de uma mala”, pela divisão de bibliotecas (15 e 30 horas), prelação sobre “valores naturais” da

freguesia de Santa Clara do Louredo, com apresentação de imagens, por Dinis Cortes (17 horas); atuação do Grupo Coral

do Centro Social do Lidador e do Grupo Coral Feminino Rosinhas de Santa Clara (17 e 30 horas); e lanche convívio.

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Avaliações

Gratuitas

Orçamento de Almodôvar 2013Almodôvar apresenta para este ano um

orçamento de 13 644 051 euros, dos quais 7

986 295 dizem respeito a receitas e despesas

correntes e 5 657 756 a receitas e despesas

de capital. As Grandes Opções do Plano

e Orçamento para 2013 foram aprovadas

por maioria, refere a Câmara Municipal

de Almodôvar, frisando que o documento

“espelha a estratégia definida e planeada

pelo executivo municipal para o concelho”.

Odemira preside à CimalO presidente da Câmara Municipal de

Odemira, o socialista José Alberto Guerreiro,

é o novo presidente da Comunidade

Intermunicipal do Alentejo Litoral (Cimal),

sucedendo a Carlos Beato, que deixou o cargo

após ter renunciado à presidência da Câmara

de Grândola.

Os Verdes querem urgências O deputado José Luís Ferreira, do grupo

parlamentar “Os Verdes”, questionou o

Governo sobre o encerramento das urgências

do Hospital de São Paulo, em Serpa. Segundo

Os Verdes, “a acontecer este encerramento,

é mais um ataque ao acesso aos cuidados de

saúde para os habitantes do concelho de Serpa

e outros”. O Partido Ecologista lembra ainda

que “grande parte da população servida pelo

hospital de São Paulo, em Serpa, é idosa, não

tem transporte próprio, é financeiramente

débil, tendo dificuldade em pagar transportes

para Beja, que fica a mais de 30 quilómetros”.

Educação no tribunal de BejaO Sindicato Democrático dos Professores

do Sul (SDP-Sul), membro da Federação

Nacional da Educação (FNE), intentou esta

semana, no Tribunal Administrativo e Fiscal

de Beja, “uma ação administrativa comum,

sob a forma de processo ordinário” contra

o Ministério da Educação e Ciência. Nessa

ação o sindicato visa “reconhecer o direito

dos docentes, representados pelo SDP-

-Sul, contratados sucessivamente durante

mais de três anos consecutivos após a data

imposta para a transposição da diretiva

(10 de julho de 2001), à conversão dos seus

contratos de trabalhos em funções públicas

por tempo indeterminado”. O SDP-Sul

considera que “se encontram esgotadas

todas as formas de negociação capazes de

assegurar a correção de uma situação de

precariedade que tem afetado milhares

de docentes ao longo dos últimos anos”.

Carnaval de Sines 2013A Câmara Municipal de Sines aprovou,

recentemente, por unanimidade, o protocolo

para 2013 com a Siga a Festa – Associação de

Carnaval, que estabelece a atribuição pela

autarquia de um subsídio de 50 mil euros

para apoio à edição de 2013 do Carnaval de

Sines, incluindo Carnaval de Verão, caso

venha a realizar-se. Face à decisão anunciada

pelo Governo, de que, em 2013, voltaria a

não ser concedida tolerância de ponto aos

funcionários públicos na terça-feira de

Carnaval, a Câmara Municipal de Sines,

no âmbito das suas competências próprias,

aprovou ainda, também por unanimidade,

conceder tolerância de ponto aos seus

funcionários no dia 12 de fevereiro.

DECO em Odemira

A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa

do Consumidor vai continuar a prestar este ano

apoio jurídico gratuito a consumidores na vila

de Odemira, através de sessões de atendimento

mensais. Tal como em anos anteriores, as

sessões, abertas a todos os consumidores,

vão ser efetuadas por um jurista da DECO e

decorrer um dia por mês, entre as 14 e as 17

horas, nas instalações do Gabinete de Inserção

Profissional em Odemira. O PCP denunciou esta semana o estado “calamitoso” de uma estrada muni-cipal em Aljustrel, devido a obras do

Alqueva, alertando que está “em perigo” a se-gurança dos utilizadores, mas a empresa res-ponsável garante que irá repor os acessos.

Devido a obras de construção de blocos de rega do Alqueva, que decorrem na freguesia de Ervidel, “as vias nacionais e municipais” que atravessam a zona “têm vindo a degradar-se de forma acelerada”, refere a concelhia de Aljustrel do PCP, num comunicado de imprensa.

“Prova disso” é a “destruição” e o estado “calamitoso” da Estrada Municipal (EM) 527, entre Ervidel e São João de Negrilhos, refere o PCP, alertando que é “uma verdadeira aven-tura” percorrer “alguns quilómetros” da via “sem pôr em perigo a segurança dos veículos e a integridade física dos passageiros”.

Valetas, bermas e aquedutos destruídos e consequente formação de bolsas e lençóis de água, sinalização vertical e horizontal degra-dada e lamas em vários troços do percurso, “tornando-o extremamente escorregadio”, são sinais do estado “calamitoso” da EM527

apontados pelo PCP.Trata-se de “um verdadeiro atentado ao

património público”, considera o PCP, lem-brando que a EM527, uma “via estrutu-rante” para o concelho, “há poucos anos, foi totalmente recuperada pelo município de Aljustrel, num investimento de cerca de um milhão de euros”.

Apesar de referir que as obras são “bem--vindas” e “concorrerão para uma maior va-lia no panorama da agricultura” do conce-lho de Aljustrel, o PCP critica “a forma pouco cuidada” como está a decorrer a empreitada, a cargo da Empresa de Desenvolvimento e Infraestrutura do Alqueva (EDIA).

Os comunistas responsabilizam os “exe-cutores” das obras “por eventuais danos ma-teriais e consequências para a integridade fí-sica” dos utilizadores e querem saber “quem se responsabiliza” pela reparação da EM527.

Contactada pela Lusa, fonte da EDIA disse que a empresa, quando as obras terminarem, “irá repor os acessos de acordo com a situa-ção inicial, tal como tem acontecido noutras situações idênticas”.

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Cavaco promulgou Reforma Administrativa do Território

Freguesias em luta,Moura de luto

Caravana Julieta Romão, presidente da Junta de Freguesia de Santa Vitória, no uso da palavra

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Mensagem de Cavaco

“Em face desta alteração profunda no ordenamento territorial do País, com implicações aos mais diversos níveis - e, designadamente, na or-ganização do processo eleitoral -, considero que deverão ser tomadas, com a maior premência, todas as medidas políticas, legislativas e ad-ministrativas de modo a que as eleições para as autarquias locais, que irão ter lugar entre setembro e outubro deste ano, decorram em condi-ções de normalidade e transparência democráticas, assegurando quer o exercício do direito de voto e de elegibilidade dos cidadãos nos termos previstos na lei, quer a total autenticidade dos resultados eleitorais.”

“Neste contexto, importa ter presente que, para além da represen-tação política e do serviço público de proximidade que prestam, as freguesias são as unidades administrativas nucleares em que está alicerçada a organização territorial do recenseamento eleitoral.”

“É, assim, imperioso que a adaptação do recenseamento eleitoral à reorganização administrativa agora aprovada se realize atem-padamente e que os cidadãos eleitores disponham, em tempo útil, de informação referente à freguesia onde votam e ao respe-tivo número de eleitor, de modo a que não se repitam problemas verificados num passado recente, nomeadamente nas eleições presidenciais.”

(…) “Refira-se ainda que as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia têm competências próprias na organização do ato elei-toral e que o seu apoio a esse processo, num momento em que a configuração das unidades eleitorais sofre alterações profundas, reveste-se de importância acrescida.”

“Tendo em conta os pontos atrás referidos, e outros que o Parlamento, o Governo e a Administração venham a considerar relevantes e merecedores de especial atenção, reitero o meu enten-dimento de que devem ser tomadas todas as medidas adequadas a assegurar a boa organização do processo eleitoral, garantindo, assim, o exercício dos direitos constitucionalmente consagrados e o cumprimento pleno das regras democráticas.”

Palácio de Belém, 16 de janeiro de 2013

Comunicado da Anafre

“As Freguesias, como órgão da administração mais próximo das Populações, têm um papel decisivo na participação democrática, na proximidade entre eleitos e cidadãos, na capacidade de inves-timento a custos reduzidos, na resolução de pequenos problemas das comunidades locais e na representação das populações pe-rante outras instituições. Tarefas realizadas com menos de 0,1% do Orçamento de Estado [e] realizadas, em grande parte, por eleitos em regime de voluntariado e espírito de missão.”

“A Reorganização Administrativa do Território das Freguesias (…) exigia um debate alargado e um consenso que sempre estive-ram ausentes neste processo que excluiu a participação dos elei-tos e populações, condicionadas que estavam às condições pré-de-terminadas pelo Governo e Assembleia da República, sem ter em conta as especificidades de cada território, a identidade local ou as necessidades e potencialidades de cada território.”

“A promulgação desta lei pelo Presidente da República, veio coroar este ataque ao Poder Local e às Populações, torpedeando o obje-tivo da aproximação dos serviços públicos às Populações, que os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade sustentam e a Carta Europeia da Autonomia Local, fortemente, recomenda.”

“Mas não veio encerrar o protesto, o inconformismo e a manifesta-ção de alertas à consciência coletiva e específica.”

“Esta lei, que em nada contribui para o desenvolvimento har-monioso e a coesão económico-social do território nacional, con-tém graves atropelos jurídicos, designadamente, do foro consti-tucional e acentua as diferenças entre o litoral e o interior (Arts. 9º, g) e 81º, da Lei Fundamental), já suscitados junto do Tribunal Constitucional. Mas não só!”

“Uma lei que vai colocar em causa o regular e pacífico funciona-mento das eleições autárquicas de 2013 e irá, certamente, contri-buir para o afastamento dos portugueses de uma participação ci-dadã e cívica, aumentando a abstenção nos atos eleitorais, para além de uma enorme trapalhada organizacional, é um irreversí-vel erro político.”

Lisboa, 18 de janeiro de 2013

Sandra Margarida, presi-dente da Junta de Freguesia de Albernoa, acusa o

Presidente da República de “falta de coragem política”. Para a au-tarca, Cavaco Silva, nas várias reuniões que manteve com a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), foi alertado para as con-sequências da aprovação desta lei e “tem consciência da gravidade” do seu ato. Assim, a mensagem que enviou ao parlamento (ver texto nesta página) só pode ser en-carada como uma forma “de des-responsabilização” em relação ao problema.

A autarca, que integrou a cara-vana que no passado dia 20 per-correu as freguesias rurais do con-celho de Beja, disse ao “Diário do Alentejo” que a iniciativa teve como objetivo “alertar as popula-ções para as consequências” desta exigência da troika.

Fátima Soares, presidente da Junta de Freguesia de Mombeja, também participou na manifesta-ção, e lamenta que não tenha ha-vido “mais aderência” por parte das populações que, diz, “ainda não perceberam as mudanças que isto implica”.

No entanto, a líder mombe-jense faz questão de afirmar que

os autarcas das freguesias ru-rais de Beja “estão unidos”, o que prova o documento contra a ex-tinção aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal.

Fátima Soares, que é jurista de profissão, diz que a luta vai con-tinuar e não vão “baixar os bra-ços”. Até porque, a lei, apesar de promulgada pelo Presidente da República, “ainda não foi publicada”.

Por sua vez, Sandra Margarida revela que na próxima semana os presidentes de junta vão voltar a reunir-se para decidir novas for-mas de luta, que poderão pas-sar pelo recurso aos tribunais e pela apresentação de providências cautelares.

Fora de questão está o boicote ao recenseamento eleitoral. Antes pelo contrário: “nós apelamos para que as pessoas vão votar”, contrariando a previsível absten-ção que a aplicação da nova lei pode potenciar.

Fátima Soares considera a lei “um atentado à democracia” e questiona os critérios da UTAR que, no caso da sua freguesia, “nem sequer foram cumpridos”. Para a autarca, esta lei não vai con-tribuir para aliviar o Orçamento de Estado e tem como propósito

“ a extinção de postos de trabalho e afastar as populações do Poder Local”. “Somos todos iguais, mas todos diferentes e, como tal, temos as nossas especificidades”, afirma a presidente da Junta de Freguesia de Mombeja.

Em Beja a lei agora aprovada reduz de 18 para 12 o número de freguesias. Das quatro autarquias da cidade, ficam apenas duas (Santiago Maior com São João Batista e Salvador com Santa Maria da Feira), e nas freguesias rurais surgem as Uniões de Freguesias de Trigaches e São Brissos, Salvada e Quintos, Albernoa e Trindade, Santa Vitória e Mombeja.

Moura de luto O município de Moura cumpriu três dias de luto, com a bandeira a meia-haste, como forma de protesto con-tra a promulgação, por parte do Presidente da República, da lei que extingue mais de mil fregue-sias no País, entre as quais cinco das oito freguesias neste concelho.

Em comunicado, a autar-quia informou que “por decisão do Presidente da Câmara, em si-nal de luto concelhio”, foi colo-cada a bandeira do Município de Moura a meia-haste, nos Paços do Concelho, entre os dias 16 e 18 de janeiro, e apelou a que as fregue-sias manifestassem, igualmente, o seu desagrado.

José Maria Pós-de-Mina anuncia ainda que irá propor, na próxima reunião de câmara, “que sejam consideradas per-sonas non grata no município de Moura todas as pessoas en-volvidas na tomada de decisão da extinção das freguesias, me-dida antidemocrática que me-receu o repúdio de todos os ór-gãos autárquicos do concelho e gravemente lesiva dos interesses das populações”, lê-se no mesmo comunicado.

Insensível aos protestos contra a extinção e agregação de fre-guesias, Cavaco Silva promulgou, no passado dia 16 de janeiro, o decreto da Assembleia da República n.º 110/XII – “Reorganização Administrativa do Território das Freguesias”. No entanto, o Presidente da República, na mensagem que enviou ao parla-mento, admite que, caso não sejam tomadas medidas, as próximas autárquicas podem não decorrer com “normalidade” e “transpa-rência”. Em Beja, as freguesias rurais realizaram, domingo, uma caravana por todo o concelho, alertando “para as graves conse-quências desta decisão”. Em Moura, o município declarou três dias de luto, e vai propor que “todas as pessoas envolvidas na to-mada de decisão da extinção das freguesias” sejam considera-das personas non grata naquele concelho da margem esquerda do Guadiana.

Texto Aníbal Fernandes

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Festa da Batata Doce no Carvalhal A fre-guesia de Carvalhal, no concelho de Grândola, recebe este domingo, 27, a partir das 10 horas, mais uma edi-ção, a 12.ª, da Festa da Batata Doce. A acompanhar a exposição, venda e degustação, o certame contempla

um programa de animação que começa às 16 e 30 ho-ras, com um espetáculo de stand-up comedy com Jorge Serafim, a que se seguem as atuações do Grupo Coral e Etnográfico COOP e do Grupo de Dança Típica da Queimada. A festa termina com um baile popular,

pelas 21 horas, e dá também espaço ao debate atra-vés do encontro “Crescimento, Desenvolvimento Económico e Social ao Serviço das População Rurais das Freguesias do Carvalhal e Comporta”, marcado para as 10 e 30 horas.

O presidente da Turismo do Alentejo, ERT, Ceia da Silva, foi distinguido

com o Prémio Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América

Latina (Ipdal) – Vista Alegre, numa cerimónia realizada no Grémio

Literário em Lisboa. A “colaboração e o empenho” do responsável

da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo com o Ipdal, no

que respeita ao fortalecimento das relações com os países da América

Latina, motivou, segundo o instituto, a atribuição do galardão.

Ceia da Silva distinguido com

o Prémio Ipdal

“Qualidade e excelência” no setor turístico

Prémios Turismo do Alentejo

O presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT), Ceia da Silva, considerou no último sábado,

quando falava à margem da cerimó-nia de entrega dos Prémios Turismo do Alentejo 2012, realizada no Fluviário de Mora, “fundamental” premiar a “quali-dade e a excelência” do trabalho no setor turístico na região, sobretudo na altura de crise que o País atravessa.

“Um fator essencial em tudo na vida é a questão da motivação e, portanto, ter-mos estímulos em relação ao nosso tra-balho e sentirmos que é reconhecido e premiado, ainda mais em tempos de crise, é fundamental”, argumentou.

A iniciativa, que vai na terceira edi-ção, teve este ano sete categorias a con-curso, disputadas por 57 projetos, tendo ainda sido atribuídos três galardões extraconcurso.

A Turismo do Alentejo, segundo Ceia da Silva, pretende “reconhecer e pre-miar o mérito, estimular o empreende-dorismo e agradecer aos empresários e às autarquias pelo trabalho que realizam

na dinâmica turística” da região. Os pré-mios, acrescentou, traduzem ainda um “apelo ao futuro” para “continuar o tra-balho de excelência e de qualidade, por-que os destinos turísticos fazem-se por estes pormenores”.

Nos galardões extraconcurso, o Prémio Especial Turismo do Alentejo foi conquistado pelo município de Elvas, pela candidatura das fortificações da ci-dade a Património da Humanidade, aprovada em julho pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

O Prémio Comunicação Alentejo foi entregue ao suplemento Fugas, do jornal “Público”, e à revista espanhola “Condé Nast Traveler”.

Noel Josephides, do operador turís-tico britânico Sunvil Discovery, e Paulo Machado, do Turismo de Portugal no Brasil, foram distinguidos com o Prémio Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo.

Quanto às categorias a concurso, a valorização das Ruínas Romanas de

Troia foi eleita Melhor Projeto Público, com menção honrosa para o Centro de Interpretação da Batalha dos Atoleiros.

O L’AND & Vineyards, em Montemor-o-Novo, foi eleito Melhor Empreendimento Turístico, enquanto o prémio de Melhor Turismo Rural foi re-partido entre a Imani Country House e o Monte do Giestal, cabendo à Herdade do Esporão o título de Melhor Enoturismo.

Melhor Evento foi o Festival Músicas do Mundo de Sines, sendo também en-tregues três menções honrosas: Festas do Povo de Campo Maior, Festival do Crato e Festa do Castanheiro e Feira da Castanha.

Os restaurantes D. Joaquim, em Évora, e Cadeia Quinhentista, em Estremoz, ganharam, respetivamente, o prémio e uma menção honrosa na Melhor Gastronomia.

A Melhor Animação Turística fi-cou na posse da reserva animal Monte Selvagem, em Montemor-o-Novo, com menções honrosas para a Carvalhal Surf School e o projeto Um Dia no Campo.

ABRE BREVEMENTE

Rua Sousa Porto, n.º 23BEJA

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Odemira abandona Conservatório

A Câmara Municipal de Odemira decidiu abandonar

o Conservatório Regional do Baixo Alentejo. O

presidente da autarquia, José Alberto Guerreiro,

justifica a decisão com o facto de “uma série de

compromissos” assumidos pela instituição nunca

terem sido cumpridos, nomeadamente a instalação

no concelho de um polo do Conservatório e a revisão

dos valores da comparticipação anual do município,

avaliada em cerca de 9 000 euros, e que a autarquia

“sempre cumpriu religiosamente”, ao contrário

“de outros”. O autarca considera que o projeto do

Conservatório “já não é de âmbito distrital mas sim de

apenas alguns municípios”.

Novas pós-graduações no Politécnico

O Instituto Politécnico de Beja tem a decorrer até hoje,

sexta-feira, as candidaturas para a nova pós-graduação em

Contabilidade e Finanças. No início desta semana terminou

também o período de candidatura para outra nova pós-

-graduação, em Intervenção Comunitária e Dinâmicas

Locais. As aulas terão início em fevereiro e março.

Internet para necessidades especiais

A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM)

vai criar “em breve” um sítio na Internet adaptado a

cidadãos com necessidades especiais do distrito de Beja,

para “aumentar e diversificar” o tipo de públicos que

recorre às novas tecnologias. O sítio, que vai ser criado

através do projeto “Tudo a Monte”, de “cariz social” e

“inovador”, pretende “contribuir para a promoção da

sociedade de informação para todos com o objetivo de

minimizar as desigualdades de oportunidades e promover

de forma mais alargada os recursos da região”.

Medições do sinal de TDT em Ferreira

A PT voltou a fazer medições do sinal de Televisão Digital

Terrestre (TDT) em Ferreira do Alentejo com o objetivo

de encontrar soluções para “resolver as falhas” de receção

em várias localidades do concelho. As medições, que

começaram na freguesia de Odivelas e vão decorrer

nas restantes freguesias do concelho, foram acordadas

numa reunião entre a Câmara de Ferreira do Alentejo e

responsáveis da PT.

Comunidade Educativa em Moura

Moura recebe até amanhã, sábado, mais uma edição da

Semana da Comunidade Educativa, a decorrer desde

segunda-feira, e que apresenta propostas diversificadas

que, em grande parte, têm como destinatários os jovens.

O tema do evento deste ano é “Moura Concelho Educador

– Mais Jovem”, que está relacionado com a criação do

programa “Mais Jovem”, que será apresentado amanhã (23

horas), dia de encerramento do evento.

Sines requalifica largo Poeta Bocage

A Câmara de Sines aprovou por unanimidade o lançamento

de um concurso público para a requalificação dos espaços

exteriores do largo Poeta Bocage, contíguo ao castelo.

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Centro de estudos com plataforma de informação na Internet

Um “museu” on line da Mina A informação é vasta, gratuita, e fácil de pesquisar. Imagens, trabalhos jornalís-ticos e académicos, vídeos, bibliogra-fia, uma cronologia histórica, um mapa com a localização e a caraterização do património, e ainda o “mural”, uma fer-ramenta colaborativa semelhante à wi-kipedia. Ao todo, são 250 os documen-tos que o Centro de Estudos da Mina de São Domingos disponibiliza on line. A pensar também no desenvolvimento fu-turo da antiga povoação mineira.

Texto Carla Ferreira

Quase meio século após o fim da ex-tração de minério na Mina de São Domingos, o interesse à volta desta

localidade do concelho de Mértola, que se fez povoação por força de uma impor-tante jazida de cobre, continua bem vivo. Em busca das suas especificidades sociais e históricas, vários estudiosos – em áreas tão díspares como a engenharia, a arqui-tetura, a arqueologia e a sociologia – e até mesmo só curiosos, levados pelo impulso de conhecer mais acerca das respetivas ra-ízes, esbarraram com a dificuldade de che-gar aos registos documentais que contam a história do aglomerado, nascido oficial-mente em 1858. Sobretudo pela dispersão desde espólio, entre coleções, públicas e pri-vadas, no território nacional e além-fron-teiras. Recorde-se que a exploração da mina é concedida à sociedade anónima mi-neira La Sabina, representada por Victor Ernesto Deligny, engenheiro de minas fran-cês, Louis Decazes, duque de Glucksbierg, e Charles Eugéne Duclerc, banqueiro e se-nador parisiense. E que, uma vez adquirido este direito, a La Sabina arrendou a explora-ção da mina a uma empresa inglesa entre-tanto constituída, a Mason & Barry.

Mas o que importa de momento é que a tarefa de reconstituição histórica está agora facilitada com a criação da morada eletró-nica do Centro de Estudos da Mina de São Domingos (Cemsd), em http://ambitare.com/msd. Uma plataforma de “partilha in-tegrada” de informação sobre a temática, que conta atualmente com cerca de 250 do-cumentos disponíveis e que “está acessível a todos, sem qualquer tipo de restrição”, con-firma Luís Baltazar, geógrafo e coordena-dor do projeto. O trabalho de recolha, “efe-tuado por diversas pessoas e ao longo de muito tempo”, adianta o responsável, che-gou a fontes tão improváveis como a bi-blioteca do Congresso dos Estados Unidos, onde foram “descobertos uns mapas”. Ao Museu de Artes e Ofícios de Paris, onde foi encontrada documentação sobre uma roda de esgoto romana, resgatada no início dos

Contrastes Uma família inglesa (em cima); casamento de um mineiro (em baixo)

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Câmara de Castro Verde instala sinalé-tica em monumentos e edifícios A Câmara de Castro Verde está a instalar placas de sinalética pa-trimonial junto de obras de arte pública de maior re-levo e de edifícios e monumentos mais marcantes do núcleo urbano da vila. Segundo o município, as placas,

já instaladas em 18 locais, contêm breves descrições históricas dos elementos, monumentos e edifícios, em português, inglês e espanhol, para valorizar o seu “entendimento” e facilitar a compreensão da infor-mação por parte do público que visita Castro Verde. A iniciativa decorre no âmbito da Rede Urbana para o

Património, através do pacto para a competitividade e inovação urbanas, ao qual aderiram várias autarquias, como a Câmara de Castro Verde, e cujo principal ob-jetivo é “projetar o património histórico e cultural de cada concelho, dinamizando as suas potencialidades turísticas”.

O património da igreja de Nossa Senhora da Estrela, na aldeia da Estrela, no concelho de

Moura, vai ser alvo de uma empreitada de conservação, restauro e valorização, “há muito

desejada” pela população, anunciou o município. Segundo a Câmara de Moura, o contrato

relativo à empreitada já foi assinado entre a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia da Estrela

e a empresa que vai efetuar as obras. O município refere ainda que vai atribuir à Fábrica

da Igreja Paroquial da Estrela um subsídio de 150 mil euros para custear a empreitada.

Património da igreja da Estrela

(Moura) vai ser restaurado

Vida à inglesa

A exploração mineira e a consequente presença de estrangeiros, maioritaria-

mente ingleses, fez com que a po-voação da Mina de São Domingos se distinguisse das restantes al-deias do concelho de Mértola e do contexto nacional, de uma forma geral. Foi pioneira na introdução de técnicas e tecnologias, à época consideradas de vanguarda, como os métodos de extração de cobre por cementação, a implementa-ção de uma linha de caminho-de-ferro, ou o uso de energia elé-trica e de telefones. Também no aspeto social, e embora a estrati-ficação social fosse “muito mar-cada” e sem muita abertura para a convivência informal entre gru-pos sociais, a presença de estran-geiros deixou marcas nos costu-mes. “Principalmente na área do lazer”, sublinha Luís Baltazar, dando os exemplos da criação de clubes, “vários de acordo com a proveniência social dos mem-bros”, de bandas de música e dos passeios de barco na Tapada.

trabalhos de desobstrução das galerias e oferecida ao museu parisiense por Deligny, um dos primeiros donos da mina. Ou ainda à Biblioteca Nacional e a outras instituições públicas portuguesas.

Paralelamente às raridades, os investi-gadores ou os simples curiosos interessados contam ainda com a ajuda de uma cronolo-gia histórica da Mina de São Domingos, uma barra em que se alinham todos os aconteci-mentos internacionais e nacionais, com im-pacto direto ou indireto na localidade, bem como as ocorrências de âmbito estritamente regional e local. Incluem-se aqui, por exem-plo, a descoberta, em 1854, pelo italiano Nicolau Biava, da antiga mina romana da serra de São Domingos, achado que o mi-neiro regista em seu nome, transferindo-o depois para as mãos de La Sabina, o que dá origem ao início da exploração. Ou, cerca de um século e meio mais tarde, a inauguração da praia f luvial da Tapada Grande, numa fase já de renascimento da vida local, após o impacto do encerramento da exploração, em meados dos anos 60.

Para aligeirar as pesquisas, também lá consta um mapa com a localização e a ca-raterização do património e “uma ferra-menta colaborativa”, a que se deu o nome de “mural” e que, com uma forma de fun-cionamento muito similar à da conhecida wikipedia, “permite que qualquer pessoa interessada coloque lá informação relati-vamente às pessoas que trabalharam e vi-veram na Mina de São Domingos, e aos lu-gares de interesse”, adianta Luís Baltazar. Esta será, justamente, uma área a desen-volver “num futuro próximo”, uma vez que o centro de estudos já possui “uma lista muito completa dos funcionários da em-presa inglesa que explorou a mina” e quer, doravante, também “contar as histórias in-dividuais e familiares dos nossos antepassa-dos”. Algo que, nota o coordenador, só pode ser feito “de uma forma colaborativa e com a participação ativa dos descendentes”.

O Cemsd, projeto que “até ao momento não custou um cêntimo”, uma vez que se tem sido desenvolvido graças ao trabalho voluntário dos seus colaboradores, a maioria

com ligações à Mina de São Domingos – de sangue, naturalidade ou residência – existe também numa “base de total independên-cia” face às instituições locais. Mas, escla-rece Luís Baltazar, “não pretendemos subs-tituir-nos a nenhuma delas. Simplesmente tivemos uma ideia, que surgiu de uma ne-cessidade, e em vez de exigir que alguém a pusesse em prática, decidimos reunir as condições mínimas e avançámos”.

Suscitar o debate, contribuindo para o desenvolvimento da localidade e da região, é também um dos objetivos dos respon-sáveis da plataforma, para quem o estudo do património e das especificidades am-bientais decerto “aumentará o seu valor”. Assim, numa perspetiva de futuro, con-sideram “importante, e mesmo urgente, reunir os diversos atores com interesse e responsabilidade na administração e ges-tão da Mina e discutir qual é o futuro que se quer para a localidade: uma aldeia viva ou apenas uma estância de veraneio? E em função das respostas delinear um plano de desenvolvimento”.

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ACOS tem laboratório com características únicas no País

Ao serviço da azeitona e do azeiteN

ão há uma seta, uma placa iden-tificativa que, à primeira vista, mostre o caminho para o labora-

tório de análises de azeite e azeitona. Mas ele existe e está em funcionamento desde outubro de 2012, em Beja. Mais propria-mente no edifício da associação ACOS – Agricultores do Sul, mentora do projeto.

Uma porta, outra e mais outra. Equipamento de alta tecnologia, técnicos de bata branca envergada e amostras de azeite sobre as bancadas. Pipetas, balões volumétricos, tubos de ensaio. E se dúvi-das ainda houvesse, uma vez lá chegados, dissipar-se-iam.

“Surgiu da necessidade que existia no setor oleícola, que não tinha nenhum la-boratório de análise de azeitona que per-mitisse processar o grande número de amostras que existe na altura da campa-nha”, começa por explicar ao “Diário do Alentejo” Helena Monteiro, responsável

pelo laboratório. Mas para onde ia, até então, a maioria

das amostras? “Estavam a ser todas enca-minhadas para laboratórios espanhóis”, avança a técnica. “Existia realmente, aqui, uma lacuna. Era necessário preen-cher esta necessidade”, até porque, como conta, “existem em Portugal laboratórios que trabalham em azeites e em azeitona”. São, contudo, “laboratórios de referên-cia”, que “utilizam métodos mais demo-rados, que são importantes para aferir outras técnicas”, mas que “não têm capa-cidade para processar um grande número de amostras num curto espaço de tempo”. Resposta, esta, que é “necessária aos laga-res e aos produtores”.

O laboratório da ACOS, com estas ca-racterísticas, segundo Helena Monteiro, poderá, assim, considerar-se “único no País”, tendo em conta “a região e a capaci-dade instalada para processar um grande

número de amostras”. Mas antes, antes do laboratório, está o

crescente desenvolvimento do setor oliví-cola na região. Segundo um estudo anual do Instituto Nacional de Estatística (INE), realizado em 2012, e que indica o local de proveniência da azeitona (região agrária), só no Alentejo são contabilizadas “315 787 toneladas”, sendo que em Portugal o total aponta para as “510 733 toneladas”, o que demonstra a importância da produ-ção do fruto na região.

Analisadas as necessidades e a reali-dade agrícola da região, a ACOS avançou para a criação de um laboratório que sem-pre pretendeu “independente”. Isto é, que não estivesse ligado a nenhum lagar, a ne-nhuma entidade que processe azeitonas.

Ainda este ano a associação pre-tende avançar com a sua acreditação. Nada mais, nada menos que o reco-nhecimento da competência técnica da

infraestrutura. “Não existem laboratórios acreditados em Portugal para a análise de azeitona e pretende-se que esta seja uma característica que também o distinga fu-turamente”, avança Helena Monteiro. Na verdade, o laboratório quer dar aos pro-dutores “uma garantia de qualidade e de independência”.

Dar resposta às grandes áreas de pro-dução de azeitona da região e aferir a qua-lidade dos azeites é, sem dúvida, um dos objetivos. Pode, no entanto, também, por exemplo, direcionar-se para a azeitona de mesa. “A grande lacuna que existia cen-trava-se na rapidez da resposta que era necessário dar ao produtor, que é pago, quando entrega a azeitona no lagar, em função da sua qualidade, tendo em conta a quantidade de gordura e a acidez. A la-cuna incidia, assim, ao nível da produção de azeitona para transformação de azeite e não tanto ao nível da azeitona de mesa.

Laboratório Equipamentos de alta tecnologia permitem dar resposta rápida

12 O Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral vai

realizar entre os dias 1 e 3 de março, nas suas instalações, o Festival do

Petisco. Um evento que consiste “numa mostra gastronómica do distrito de

Beja, onde todos os concelhos vão estar representados com uma tasquinha”. O

programa do certame reserva, para além do festival gastronómico, a realização

de diversos concursos gastronómicos, uma feira de sabores com produtos

tradicionais e diferentes colóquios/debates sobre a gastronomia regional.

Nerbe promove Festival

do Petisco

A ACOS colocou ao serviço da região um laboratório que se dedica ao setor oleícola. Com características singula-res, o que o torna único no País. O ob-jetivo? Colmatar as necessidades sen-tidas e dar uma resposta ao grande número de amostras que surgem na al-tura da campanha e que, na sua grande maioria, seguem para Espanha para se-rem analisadas. Um laboratório ao ser-viço da azeitona e do azeite.

Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho

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ACOS Helena Monteiro é a responsável pelo laboratório da associação

13O Centro de Informação Rural de Beja, em

colaboração com as organizações de agricultores

da região, promove na próxima segunda-feira, dia

28, no auditório da Escola Superior Agrária de Beja,

uma sessão de esclarecimento aos agricultores. O

evento tem início agendado para as 10 horas.

Sessão de esclarecimentos

aos agricultores na Escola Agrária

Intempérie provoca dois milhões de prejuízos na agricultura em OdemiraAs más condições meteorológicas que

assolaram o território do concelho de

Odemira entre os dias 17 e 20 deixaram

um rasto de destruição nas produções

agrícolas, “com prejuízos superiores a

dois milhões de euros”, refere a Câmara

Municipal de Odemira. De acordo com

a autarquia, “os ventos fortes e a chuva

intensa destruíram diversos campos

de cultivo e infraestruturas de estufas,

sobretudo na faixa litoral do concelho

de Odemira, estando a ser realizado

o levantamento exaustivo de todos

os estragos provocados”. Os estragos

“incidiram sobretudo na agricultura,

mas registaram-se igualmente danos na

rede viária municipal, em habitações e

equipamentos, bem como longos períodos

de corte no fornecimento de energia

elétrica. Dezenas de árvores caíram,

tendo sido interrompida a circulação em

diversas estradas”. O Serviço Municipal de

Proteção Civil de Odemira e os bombeiros

voluntários de Odemira e de Vila Nova

de Milfontes “estiveram no terreno desde

a primeira hora, tendo atuado de forma

coordenada e em articulação com os

serviços distritais”, conclui a câmara.

Vidigueira debate empreendedorismo agrícola

“Empreender por novos caminhos”

é o título do colóquio que a Terras

Dentro, em parceria com a Câmara

de Vidigueira, vai promover no dia

30, no âmbito do Contrato Local de

Desenvolvimento de Vidigueira.

O evento, que terá lugar no Centro

Multifacetado de Vidigueira, com

início às 9 e 30 horas, contará com

dois workshops, em simultâneo,

onde serão abordadas as temáticas

“Empreendedorismo agrícola:

uma nova realidade” e “ Inovar

no comércio tradicional: novas

soluções”. Pretende-se, por um lado,

“estimular aprendizagens, transferir

conhecimentos, sugerir boas práticas

e desencadear um ambiente propício à

reflexão dos agricultores e dos novos

empreendedores agrícolas para a

realidade emergente que o regadio

de Alqueva potenciará no concelho

de Vidigueira”, e, por outro, “refletir

sobre a modernização do comércio

tradicional e a sua afirmação no

quadro de uma sociedade moderna,

cada vez mais dependente das novas

tecnologias, o que implica a adoção de

novas soluções, estratégias e técnicas de

vendas que poderão ser decisivas para a

sua sobrevivência e evolução”, esclarece

a autarquia.

Mas quem analisa uma azeitona pode analisar a outra. E, claro, que se houver interesse também o poderemos fazer”, completa a técnica.

Laboratório, este, que não se quer cingir apenas às fronteiras da região. E Helena Monteiro explica: “Queremos re-ceber azeitona de vários sítios. 2012 foi o ano de arranque, em que quisemos de-senvolver o processo rigorosamente e com calma, de modo a avaliarmos todas as situações. Julgo que este ano será o da consolidação”.

Na ACOS fazem-se agora análises à acidez, ao teor de gordura e humidade das azeitonas e do bagaço, desenvolvendo-se ainda metodologias para análise da qua-lidade do azeite e de parâmetros para uso, como ferramentas na gestão dos olivais como a determinação de azoto nas folhas.

“Nesta campanha processámos cerca de 100 amostras por dia, uma vez que não tínhamos ainda toda a capacidade ins-talada e trabalhámos sem alargamento de horários. Trabalhámos só com um moinho e, neste momento, já contamos com mais dois. Também já adquirimos mais um espectrofotómetro NIR (Near Infrared). Se aumentarmos o número de

horas de trabalho do laboratório conse-guimos multiplicar o volume de amostras analisadas. “Temos, assim, capacidade para muito mais”, garante a responsável.

O laboratório tem dois clientes princi-pais: os lagares, que recebem as azeitonas e que as pretendem analisar, de modo a saberem que azeite é que podem produzir com aquelas azeitonas e também para per-ceberem qual a qualidade do fruto, para o poderem pagar aos produtores; e depois os próprios produtores que também re-correm ao laboratório para perceberem a qualidade do fruto que entregam.

“Apesar de ainda não existir grande divulgação deste serviço da ACOS, já há vários lagares e produtores que reco-nhecem esta mais-valia para a região”, avança Helena Monteiro, enquanto mos-tra os equipamentos que repousam sobre as bancadas brancas.

Os técnicos observam minuciosamente as amostras, que perderam a identidade a partir do momento em que deram en-trada no laboratório. Os especialistas dei-xam de saber de onde chegam, passando as mesmas a ter um número interno. Após o fruto estar moído, começa a análise de pasta de azeitona e do aclamado líquido.

Durante esta campanha analisou-se um número muito significativo de amos-tras, que foi aumentando ao longo da cam-panha. “Foi um bom começo”, considera Helena Monteiro, que relembra ainda as várias parcerias que foram sendo estabe-lecidas com outras instituições, que per-mitem, por exemplo, “o encaminhamento de amostras para controle de qualidade das análises efetuadas pelo laboratório, para que sejam aferidos resultados”.

Moinhos, centrifugas, espectrofotó-metros NIR (Near Infrared), que permi-tem uma resposta rápida, são alguns dos equipamentos que compõem este labora-tório, que contou com financiamento do INAlentejo. Um investimento de cerca de 300 mil euros.

A aposta da ACOS, porém, não quer fi-car restrita apenas à azeitona e ao azeite. “Queremos futuramente, depois de iden-tificadas as necessidades da região, rea-lizar outro tipo de análises. Talvez, por exemplo, a análise de solos”, adianta a técnica. E acrescenta: “Agora que a época da azeitona acalma é tempo de avaliar ou-tras áreas”.

“Acho que este laboratório tem um po-tencial muito grande de utilização. Está numa zona onde fazia mesmo muita falta. Está ligado a uma associação, o que tam-bém lhe dá credibilidade e tem uma sé-rie de vantagens e de características que acreditamos que lhe vão permitir crescer. Pode desempenhar, sem dúvida, um bom trabalho”, afirma Helena Monteiro.

Os técnicos continuam a passar, rigo-rosamente equipados, e todos os cuida-dos são poucos. Os tubos de ensaio, devi-damente identificados, assentam sobre o suporte. Apenas um número os distingue. E, se numa primeira fase, este laboratório está a dar resposta à produção mais lo-cal, futuramente pretende alargar os ser-viços a outras regiões do País e Helena Monteiro não tem dúvidas: “É importante para o reconhecimento da região como zona dinamizadora deste setor”.

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OpiniãoNos bastidoresda queda do governo de SócratesMário Beja Santos Jurista

Resgatados, os bastidores da ajuda financeira a Portugal, por David Dinis e Hugo Filipe Coelho, A Esfera dos Livros, 2012, é uma reportagem de importância pri-mordial para se conhecerem os mecanismos do poder governa-mental e as suas ligações tanto aos meios de comunicação social como a outras diferentes instân-

cias, com peso para o setor financeiro e parceiros sociais. Aliás, os dois jornalistas identificaram como relevantes os grupos-chave: Governo, partidos de oposição, Presidência da República e conselheiros de Estado, instituições inter-nacionais e diplomatas, setor financeiro e parceiros sociais, jornalistas e diretores de órgãos de comunicação social.

Tudo começa em 6 de janeiro de 2011, a notícia do juro da dívida acima dos sete por cento parece tornar irreversí-vel o pedido de auxílio financeiro. As manchetes são gra-vosas para o Governo, do tipo “Receios por Portugal au-mentam com escala do custo da dívida”. Fala-se mesmo que a Alemanha e a França pressionam o Governo para pe-dir ajuda da UE e do FMI, havia urgentemente que travar o efeito contágio da crise da dívida que podia abalar a zona do euro. As manchetes não têm sossego: Teodora Cardoso, ad-ministradora do Banco de Portugal, diz à Lusa que Portugal precisa de ajuda a curto prazo. Sócrates bem se esforça di-zendo que Portugal não precisa de ajuda. A imprensa in-ternacional fala na tensão dos mercados. Em maio, Jean- -Claude Trichet, durante a cimeira de líderes da zona euro diz abertamente que a situação se está deteriorar a enorme velocidade, Portugal está na lista das grandes preocupações. Sócrates regressa a Lisboa ciente de que tem que tomar me-didas drásticas que acelerem a redução do défice público. Teixeira dos Santos teria mandado estudar uma solução ra-dical: uma taxa extraordinária sobre os rendimentos acima do rendimento mínimo que atingiria funcionários públi-cos, do setor privado e pensionistas. Sócrates recusa, quanto maior fosse a austeridade mais o consumo diminuiria e mais a economia ia afundar. Ensaia-se mais engenharia fi-nanceira: a transferência para o Estado dos fundos de pen-sões dos trabalhadores da PT. E assim se foi para o verão.

A preparar o orçamento de 2011, Teixeira dos Santos pôs em cima da mesa um corte médio de 7,5 por cento nos salários da função pública e dos pensionistas, aplicado aos rendimentos acima dos salários mínimos. Sócrates irá ce-der aos cortes apenas no final de setembro. O Governo põe-se em andamento, era necessário desmontar a polí-tica desenhada em 2008 para responder à crise. As linhas gerais do orçamento foram aprovadas no final de setem-bro, haveria corte dos salários em cinco por cento e pro-porcional a partir dos salários de 1500 euros, ficando as pensões congeladas. Em outubro, em entrevista, Teixeira dos Santos não exclui a hipótese de recorrer ao FMI e ao fundo europeu. A receita para evitar o descalabro grego está em marcha. No Governo, na previsão de que se ini-ciaram medidas de austeridade e que estas não abran-darão, há quem já fale em coligação governamental. Em novembro, Teixeira dos Santos já estava convencido da ne-cessidade de um pedido de ajuda. O Governo aprecia no-vas medidas para a redução da despesa, intensificam-se as

conversações com a Comissão Europeia, Berlim exige me-didas inequívocas aos diferentes endividados, começa-se a estudar a reforma do Fundo de Estabilização Financeira. O fecho das contas de 2010 revela como o défice é elevado, Sócrates, no entanto, pensa que há condições para resis-tir ao resgate.

Esta reportagem lê-se compulsivamente, é um thriller de alto nível, os autores estão bem equipados e desenvol-vem com mestria o andar dos acontecimentos. O leitor pa-rece que está sentado no gabinete de Sócrates ou viaja com ele, é inserido no seu núcleo duro, acompanha o trabalho de Teixeira dos Santos e vê a oposição movimentar-se. Até aqui, o leitor já está com os olhos desorbitados: fica a saber que os primeiros-ministros de Portugal telefonam diaria-mente aos diretores dos jornais e dão-lhes instruções, fica igualmente a saber que os partidos da oposição, a come-çar pelo PSD, estão plenamente informados da situação crí-tica que se vive. Cavaco Silva, recentemente reeleito, passa ao ataque. O governador do Banco de Portugal também não ilude ninguém: são insustentáveis a trajetória da dívida pú-blica e a trajetória da dívida externa. Sócrates agiganta-se, procura recuperar espaço, acredita numa estabilidade fi-nanceira quimérica, a oposição só fala em irresponsabi-lidade, conhecedores da situação culpam o Governo e não abrem mão de alternativas.

Passos Coelho é induzido de que chegou o seu tempo, os PEC I e seguintes estão ultrapassados, são precisas me-didas mais duras, sente que o Governo está fragilizado, chegou o momento de tirar o tapete a Sócrates. Os auto-res, para que não haja ilusões de que temos um PSD bem--intencionado, revelam, ponto por ponto, como a dire-ção do PSD sabe de tudo quanto se está a passar. Já não chega os cortes no investimento público, em estradas e em escolas, é preciso mudar as tabelas do IVA, energica-mente contestadas pelo PSD. Começa a euforia para der-rubar Sócrates, a partir de março. Sucedem-se as reuniões. Há mesmo uma moção de censura. As instâncias interna-cionais apelam a que não haja crise governamental, a te-rapêutica a seguir será muito mais dolorosa. Os bancos nacionais, entretanto começaram a ter enormes dificul-dades em obter financiamento. Paulo Portas recusa-se ao aumento de impostos. Sócrates continua a recusar o res-gate. Por seu lado, Paulo Portas diz que não percebe por-que é que se teme o FMI. E subitamente os banqueiros ape-lam a um pedido de assistência. Teixeira dos Santos clama como pode, pede para se recorrer aos mecanismos de fi-nanciamento disponíveis no quadro europeu. As relações entre Sócrates e Teixeira dos Santos, já deterioradas, che-gam à rutura, deixaram de se falar. Em abril, Sócrates é re-eleito secretário-geral, Passos Coelho está na sua fase te-atral, apoia pedidos de ajuda mas não passa cheques em branco. A troika tinha aterrado em Lisboa. Teixeira dos Santos fala num resgate de 80 mil milhões. As reuniões entre o PS e PSD sucedem-se a um ritmo febril. As man-chetes fazem o seu dever, enchem a atmosfera de fuligem: FMI quer subsídio de Natal pago em títulos de tesouro. O PSD não gostou do PEC IV. A troika já dá ordens: privati-zações na EDP, REN, RTP e Águas de Portugal; redução do mapa autárquico; TSU e golden-shares. Os títulos são cada vez mais alarmantes: Portugal precisa mais de 100 mil milhões; FMI e Bruxelas querem cortar pensões acima dos 600 euros. Está na hora do PSD lançar a bomba. E lan-çou-a. Tem o essencial a seu favor, faz questão de dizer que é contra os aumentos, os impostos, o Estado social anár-quico, etc. E Sócrates resigna.

É indispensável ler esta reportagem, ir aos bastidores da teimosia cega, do cinismo político, das mentiras desca-radas, da hipocrisia em fazer oposição. Porque depois de tudo quanto aconteceu estamos resgatados e não se sabe até quando.

Dizer-lhe ainda que…Bruno Ferreira Humorista

Desde há uns tempos a esta parte que nos habituámos a ouvir os pivôs dos telejornais introdu-zir notícias da seguinte forma: “Dizer-lhe ainda que…”. Dizer-lhe ainda que? Mas onde raio é que está o princípio da frase? O “Gostaria de”, ou o “Teria o maior prazer de”? O pior é que este fenómeno tem o modus

operandi de um vírus. Isto pega-se. E pega-se a um ritmo ver-tiginoso. Depois dos jornalistas, também os comentadores, a classe política, e por aí fora, passaram a aplicar este modelo de frase digamos… incompleta.

Eu acho ótimo andar na moda e, apesar de me fazer confu-são, confesso que fiz um esforço e ontem entrei num café, di-rigi-me ao empregado e disse “Pedir-lhe um café”. Ele ficou a olhar para mim de sobrolho franzido e preferiu não me con-trariar. Contudo, denotei a sua preocupação. Isto traz um pro-blema aos empregados de café. O que fazer com a velha e boa piadola que adoram soltar depois de dizermos: “Queria um café, por favor”, que é: “Queria, então já não quer?”

Mantendo-nos no café, isto leva-me a refletir sobre a quan-tidade de palavras estranhas que clamam para serem ditas em português. Recordo o novo gelado da Olá. Diz a marca, que nos habituou a nomes como Corneto, Dedo, ou Pé, que agora existe o novo Olá Swirl. Swirl? Em inglês quer dizer remoinho. Agora não obriguem a minha língua a andar em remoinho dentro da boca, de rojo contra os dentes todos até conseguir pronunciar este emaranhado de carateres que parece que foi escolhido de-pois de ver os símbolos que vieram a boiar numa colherada de sopa de letras. E depois não chega ser um Swirl, mas diz a Olá que ainda traz pedaços de brownie, e topping de morango, en-voltos em soft ice de baunilha. O que é isto? Swirl de brownie com topping de soft ice? Se for numa pastelaria do Soho, ainda vá, mas o que dirá desta indecifrável sobremesa um empregado de café de Selmes? Ou de Porto Peles?

Este novo gelado está quase ao nível daquele… coiso… do MacDonald’s, que dá pelo nome de Wrap. Mas como é que isso se pronuncia? Não é Rap, é Urap? Urep? Em português parece um arroto, mas o nome vem do verbo inglês to wrap, que sig-nifica embrulhar. Os Wraps são justamente sanduíches em-brulhadas em fatias de massa fina. Pior do que isto tudo é comer um Snack Wrap Ranch e logo a seguir um Swirl de bro-wnie com topping de soft ice. Não contem comigo. E não é por causa dos fritos, do açúcar ou da gordura. É que sou um con-servador linguístico, não quero colesterol na minha semântica. Por exemplo, eu comeria de bom grado uma Refeição Leve de Embrulhado Rancho logo seguida de um saboroso Gelado de Remoinho com Bolo de Chocolate e Cobertura de Gelo Macio. Mas é que sem pestanejar.

E como gosto de saborear estas iguarias refastelado no sofá, iria ao IKEA buscar uma poltrona Ektorp Jennylund, ou uma chaise-longue Härnösand. E depois assistiria à televisão bem assente no móvel Borgsjö, mesmo ao lado da estante de livros Vittsjö. Esta parte foi só para encher.

Para terminar, e porque sou um ouvinte atento dos notici-ários, constato que as recentes e constantes greves dos maqui-nistas da CP não tiveram o mínimo eco na imprensa. De ma-quinistas e comboios parados, nada. Agora parece que têm existido bastantes jornadas de luta no setor dos “macnistas”. Que são aqueles senhores que, como todos sabemos, conduzem as “macnas”. O que são as “macnas”? Pois, não sei. Mas os “macnis-tas” andam aí. Dizer-lhe ainda que, apesar de não parecer, esta crónica foi escrita tendo por base o novo acordo ortográfico.

14 A ACOS, sem grandes alaridos, colocou ao serviço dos agricultores da região um novo laboratório

inteiramente vocacionado para analisar a azeitona e o azeite. Análises que, até há bem pouco tempo, tinham que ser efetuadas no estrangeiro. Faz todo o sentido: na maior região produtora de olival do País devem existir todas as valências desta fileira. PB

O PCP vai testando sensibilidades, percebendo os riscos, es-tudando melhor o assunto. E demora! Deixando passar a ideia que essa demora é calculada, estratégica e necessária. Nada mais falso. António José Brito, “Correio Alentejo”, 18 de janeiro de 2013

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15 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, igual a si próprio. Promulgou a lei que permite uma

revisão territorial em Portugal como não acontecia há quase dois séculos. Sabe que é uma má iniciativa legislativa. Perigosa. Di-lo mesmo em nota marginal à promulgação. Mas mesmo assim assina por baixo. O absurdo não tem limites neste país. PB

Ninguém as escuta. Mas elas, as FREGUESIAS desta região e de todo o País, continuam a manifestar a sua

opinião contrária à lei que reorganiza o território nacional. Este fim de semana saíram à rua em marcha automóvel pelo concelho de Beja. E em Moura, autarquia e freguesias, colocaram as bandeiras a meia-haste. Pode ser que algum dia os ouçam. PB

Há 50 anos

A violação “terrorista”e o saiotedo escocês

Nos primeiros dias de 1962, o P a r t i d o A f r i c a n o d a Independência da Guiné e

Cabo Verde (PAIGC), dirigido por Amílcar Cabral, lançou um ataque mi-litar contra o quartel de Tite, no cen-tro da Guiné, dando início à luta ar-mada de libertação nacional que havia de conduzir aqueles dois países à inde-pendência.

O ataque dos guerrilheiros foi no-ticiado pelo “Diário do Alentejo” só na edição do dia 25 de janeiro, com 10 li-nhas na primeira página e nos seguin-tes termos – em matéria de guerra co-lonial a Censura fascista era ainda mais severa:

“A fronteira da Guiné foi violada por terroristas – Comunica agora o Secretariado da Defesa que, em Dezembro último, grupos de terroris-tas “recrutados, armados e organiza-dos em território estrangeiro” pene-traram na fronteira da Guiné, sendo repelidos e eliminados pelas forças portuguesas.

Nesses recont ros perdera m a vida dois soldados – acrescenta a informação.”

Na edição anterior, noutro tom, mais ligeiro, o vespertino bejense publi-cava, também no cimo da primeira pá-gina, um “recorte” (transcrição) de um jornal não referido mas provavelmente de Évora:

“Um escocês de saiote foi ridicula-rizado em Évora e teve de ser protegido pelas autoridades – Em viagem turís-tica, esteve em Évora um cidadão esco-cês que deambulou pela cidade acom-panhado de um formoso exemplar canídeo.

Talvez para vincar bem a sua ori-gem, o visitante envergava o tradicio-nal saiote e as coloridas meias axadre-zadas que identificam os cidadãos da terra dos clãs.

A sua curiosa figura despertou certo interesse e curiosidade, como não podia deixar de ser, mas para uma minoria de eborense, ainda mentalizados á [sic] época das conquistas, os atavios do es-cocês provocaram o riso e mofa, sendo necessária a intervenção das autorida-des policiais que o protegeram, man-tendo-o num automóvel para o furta-rem ao escândalo que se avizinhava.

Boas palavras irá o infeliz turista pronunciar entre os amigos, sobre a hospitalidade eborense quando recor-dar na Escócia a sua viagem à Évora!...”.

Carlos Lopes Pereira

Carta ao diretor

Em que ruanasceuo cante?Eduardo M. Raposo Almada

A propósito da recente entrevista ao an-tropólogo Paulo Lima.

Começamos por dar os parabéns ao amigo Paulo Lima, pela sua nomeação recente para gestor da Casa do Cante, em Serpa.

E começamos também por deixar claro que, enquanto alentejanos, mas também como investigadores e jornalis-tas, como não podia deixar de ser, esta-mos, como qualquer alentejano que ame profundamente o Alentejo e a (nossa) alma, inteiramente com a candida-tura do cante a Património Imaterial da Humanidade. Isto que fique bem claro.

A questão é esta: o Paulo diz que, cito, “o cante como nós o entendemos”. Não sabemos o que isto significa. Não sendo especialistas em cante – nem et-nomusicólogos, como o Paulo também não o é – e nem sequer indo a fontes como o Padre Marvão, que remete para o século XV (monges da Serra de Ossa) ou às similitudes na Córsega ou no Magrebe – Revista Estudios Extremeños (“O canto e o Cante, a alma do povo”, 2006. 1032) ou até para o Livro Quinto das Ordenações Filipinas (1607) SALOMÉ, Tão pouco e tanto: 2003, que sancionava com prisão e multas cantadores e tocadores; mas é o pró-prio Ranita Nazaré – Música tradicio-nal portuguesa – Cantares do Baixo Alentejo (NAZARÉ, 1979, 30-31), que cita autores que já em 1902 caracteriza-vam o cante, como o conhecemos hoje, estruturado e formalizado, o remetiam, para, pelo menos o século XIX. Há que tratar, sem esta ligeireza, o apareci-mento deste movimento e bem cultu-ral que personifica muito da nossa alma alentejana, no Baixo Alentejo. O cante não é datável sincronicamente como o regicídio ou a instauração da República. “No verão de 1907, em Serpa”?

Esta postura, parece-nos, não é a mais credível e nós precisamos de o ser, dar o caráter científ ico ao que, genuinamente os nossos cantado-res entoam, seja na antiga taberna do Engrola, em Serpa, seja na Casa da Música, onde o Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo atuou em 2007. Nós, os que trabalhamos em defesa da cultura alentejana, temos que ser rigorosos para que a Unesco eleve o (nosso) cante a Património Imaterial da Humanidade.

Poemário

Tudo o que temprincípio tem fimMaria Catarina da Silva Ourique

2012 vais emboraJá acabaste o contrato2013 chega agoraQual será o seu retrato.

Até 2012 já chegueiAgora até quando não sei nãoSaudades dos passados eu seiE sinto-os no coração.

Dizem que não têm sido bonsMas chegámos até aquiGritam alto e em bons sonsNão me metem medo a mim.

Nesta vida de passagemO bilhete é de ida e voltaTomem todos muita coragemQuem abala já não volta.

O teu contrato são 12 mesesSabes o que tens que fazerÉ difícil tantas vezesNo que tem o vizinho também querer.

Eu vou tentar ajudarE a Deus vou pedirQue a juventude fosse trabalharE o velhinho onde dormir.

Que houvesse fé e muita pazO amor e a amizade não acabarTodos juntos éramos capazCom esta guerra terminar.

Há muita gente que se iludePor causa de meio tostãoA maior riqueza é a saúdePerdemo-la e assim para o coração.

Tanto ódio tanta invejaTodos querem ser doutoresNa bonita cidade de BejaNão se conhecem os senhores.

Tanto luxo tanta vaidadeQua vai neste paísTantos Dr. na sociedadeAinda o couveiro vai ser juiz.

2012 tanto mal te fizeramTens pena de ter abaladoNão te ajudaram não quiseramForam de férias para outro lado.

Eu de ti me despeçoCom um grande e forte abraçoA 2013 eu lhe peçoQue não se deixe ir mais abaixo.

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Exposição

16 Marilyn verde. Num dos corredores de acesso ao Museu Botânico da Escola Superior Agrária de Beja está patente, até 3 de maio, uma instalação fotográfica evocativa da carreira da atriz norte-americana Norma Jeane,

que se imortalizou sob o nome de Marilyn Monroe. As fotos agora expostas mostram diferentes momentos em que Marilyn interage com a natureza ou com elementos naturais.

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ROLH

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3Futebol juvenil

Moura venceu em Castro e consolidou o segundo lugar da tabela

E que bom seria...

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Desporto

Campeonato Distrital de Benjamins (13.ª jornada) – Série A: Aljustrelense-Sporting Cuba (adiado); Vasco da Gama-Ferreirense, 1-1; Bairro da Conceição-Desportivo Beja, 1-3; Despertar A-Figueirense, 14-1. Folgou o Alvito. Líder: Despertar, 31pontos. Próxima jornada (26/1): Ferreirense-Despertar; Desportivo Beja-Vasco Gama; Figueirense-Aljustrelense; Alvito-Bairro Conceição. Folga o Sporting Cuba. Série B: Santo Aleixo-Despertar B, 9-0; NS Beja-CB Beja, 7-0; Ferreirense-Moura, 0-1; Piense-Serpa, 1-4. Folgou o Sobral da Adiça. Líder: NS Beja, 33 pontos. Próxima jornada (26/1): Despertar-Ferreirense B; Sobral da Adiça-Santo Aleixo; Moura-Piense; Serpa-NS Beja. Folga a CB Beja. Série C: Ourique-Ode-mirense, 1-3; Milfontes A-Almodôvar, 0-8; Renascente -São Marcos, 6-3; Rosairense-Mil-fontes B (adiado); Castrense-Boavista, 11-0. Líder: Odemirense, 37 pontos. Próxima jornada (26/1): Odemirense-Cas trense; Almodôvar --Ou rique; São Marcos-Mil fontes A; Boavista --Ro sairense; Milfontes B-Renascente.

Campeonato Distrital de Infantis (13.ª jornada) – Série A: Alvorada-Vasco Gama (adiado); Desportivo Beja-Bairro da Conceição, 0-3; Ferreirense-Alvito (adiado); Despertar-N Sport. Beja, 2-1. Folgou o Sporting Cuba. Líder: Despertar A, 33 pontos. Próxima jor-nada (26/1): Alvito-Des portivo Beja; Vasco Gama -Ferreirense; NS Beja-Al vorada; Sporting Cuba-Despertar. Folga o Bairro da Conceição. Série B: Moura-Guadiana, 1-7; Serpa-Amarelejense, 0-4; Piense-Operário, 7-3; CB Beja-Despertar B, 0-11. Folgou o Aldenovense. Líder: Amarelejense, 33 pon-tos. Próxima jornada (26/1): Aldenovense-Pi-ense; Amarelejense -Mou ra; Operário-Serpa; Guadiana-CB Beja. Folga o Despertar. Série C: Castrense A-Renascente, 6-0; Boavista-Al-jus trelense, 3-3; Odemirense -Mil fontes B, 2-1; Almodôvar-Castrense B, 10-0. Folgou o Milfontes A. Líder: Odemirense, 33 pontos. Próxima jornada (26/1): Milfontes A-Castrense A; Aljustrelense-Odemirense; Renascente --Boa vista; Milfontes B-Almodôvar. Folga o Castrense B.

Campeonato Distrital de Iniciados (13.ª jornada): Ourique-Despertar, 2-0; Serpa--Spor ting Cuba, 2-1; Milfontes-Guadiana, 4-1; Vasco da Gama-Rio Moinhos, 2-1; Amarelejense-Bairro da Conceição, 2-0. Folgaram Odemirense e Moura. Líder: Odemirense, 30. Próxima jornada (3/2): Moura-Guadiana; Amarelejense-Odemirense; Serpa-Rio Moinhos; Vasco Gama-Despertar; Ourique-Bairro Conceição; Milfontes-Sporting Cuba.

Campeonato Distrital de Juvenis (3.ª jornada): Despertar-Serpa, 4-2; Desportivo Beja-Cas trense, 4-0; Aljustrelense-Moura, 1-1. Folgou o Almodôvar. Líder: Moura 10 pontos. Próxima jornada (27/1): Moura-Des-pertar; Serpa-Desportivo Beja; Almodôvar-Al-justrelense.

Campeonato Distrital de Juniores (10.ª jornada): Despertar-Sobral da Adiça, 7-1; Vasco Gama-Cabeça Gorda, 10-0; Alde no-vense-Des por tivo Beja, 2-0; Castrense-Ode-mirense, 0-3. Líder: Despertar, 24 pon-tos. Próxima jornada (2/2): Desportivo Beja-Despertar; Sobral da Adiça-Vasco Gama; Odemirense-Cabeça Gorda; Castrense-Alde-novense.

Taça Distrito de Beja em seniores femi-ninos (2.ª eliminatória): CB Castro Verde --Odemirense, 5-1; Ourique-Vasco Gama, 4-2.

Campeonato Distrital de Futsal (12.ª jornada): Barrancos-Luzerna, 3-8; Almodovarense -Fer rei rense, 7-4; Baronia --Des portivo Beja, 3-2; Alcoforado-IP Beja, 4-3; ADVN São Bento-Vasco Gama, 3-6; Vila Ruiva-NS Moura, 0-4; Líder: Baronia, 33 pon-tos. Próxima jornada (25/1): IP Beja -ADVN São Bento; Safara-Barrancos; Ferreirense -Ba ronia; Luzerna-Almodovarense; Vasco Gama -Vila Ruiva; Desportivo Beja-Alcoforado.

3.ª Divisão – Série F

15.ª jornada

U. Montemor-Esp. Lagos ..................................................1-0 At. Reguengos-Aljustrelense ..........................................1-0 Juventude Évora-Vasco da Gama .................................. 0-0 Lagoa-Sesimbra.................................................................. 1-2 Monte Trigo-Lusitano VRSA ............................................1-0 Castrense-Moura................................................................ 1-2 J V E D G P

U. Montemor 15 10 4 1 31-10 34

Moura 15 9 5 1 32-11 32

At. Reguengos 15 8 4 3 21-13 28

Esp. Lagos 15 7 6 2 28-14 27

Sesimbra 15 6 5 4 21-25 23

Juventude Évora 15 5 6 4 16-15 21

Aljustrelense 15 5 4 6 15-13 19

Vasco da Gama 15 4 5 6 20-24 17

Monte Trigo 15 4 2 9 16-24 14

Lusitano VRSA 15 2 5 8 14-25 11

Castrense 15 3 2 10 14-27 11

Lagoa 15 1 4 10 14-41 7

Próxima jornada (27/1/2013): Aljustrelense-Esp. Lagos, Vasco

da Gama-At. Reguengos, Sesimbra-Juventude Évora, Lusitano

VRSA-Lagoa, Moura-Monte Trigo, Castrense-U. Montemor.

1.ª Divisão – AF Beja

15.ª jornadaOdemirense-Amarelejense .............................................3-0 Desp. Beja-Aldenovense ..................................................0-3 Almodôvar-Serpa ...............................................................3-1 Sp. Cuba-Praia Milfontes .................................................. 1-1 Piense-Rosairense ..............................................................3-1 Cabeça Gorda-São Marcos ...............................................7-0 Guadiana-Bairro da Conceição .......................................2-0 J V E D G P

Almodôvar 15 12 3 0 36-14 39Praia Milfontes 15 9 3 3 30-17 30Odemirense 15 9 3 3 25-12 30Serpa 15 8 5 2 27-13 29Aldenovense 15 7 5 3 26-17 26Piense 15 7 4 4 29-18 25Rosairense 15 5 4 6 22-22 19Sp. Cuba 15 5 4 6 17-17 19Cabeça Gorda 15 4 5 6 30-24 17São Marcos 15 4 1 10 12-36 13Guadiana 15 4 0 11 17-37 12Bairro da Conceição 15 3 2 10 11-29 11Desp. Beja 15 2 5 8 13-25 11

Amarelejense 15 3 2 10 15-29 11

Próxima jornada (27/1/2013): Aldenovense-Amarelejense,

Serpa-Desp. Beja, Praia Milfontes-Almodôvar, Rosairense-Sp.

Cuba, São Marcos-Piense, Bairro da Conceição-Cabeça Gorda,

Guadiana-Odemirense.

Vem aí uma jornada cheia de curiosida-des, aquela que põe todas as equipas do distrito a jogar nos seus campos e em que os resultados de uns podem ser úteis aos outros.

Texto e foto Firmino Paixão

Comecemos pelo Moura, que tem um jogo aparentemente fácil diante da formação do Monte Trigo. E o “apa-

rentemente” deriva da memória do recente encontro com o Lusitano de Vila Real, em que o favoritismo dos mourenses era eleva-díssimo e não conseguiram ganhar aos al-garvios. Mas não há jogos iguais e o que se

O Almodôvar derrotou o Serpa e reforçou a sua condição de líder

E no domingo vai à praia...É um pouco cedo? Talvez! Mas arris-camos que o jogo do próximo domingo, entre o Praia de Milfontes e Almodôvar, pode ser determinante na decisão do campeonato.

Texto Firmino Paixão

Será o grande jogo da jornada. Uma partida em que o Milfontes, ferido com o empate de Cuba, não quer per-

der qualquer ponto com aquele que é o seu adversário direto na luta pelo título.

Mas os almodovarenses também já mos-traram que não é por acaso que lideram e que, às vezes, os tem acompanhado a estre-linha da sorte.

Depois, o Odemirense, que também está na luta, pode vir a beneficiar do que suceder

na Foz do Mira, obrigando-se a vencer em Mértola.

O Serpa caiu para o quarto lugar e tem agora pela frente o Desportivo de Beja, o Aldenovense (recebe o Amarelejense) e o Piense (joga em São Marcos). Parecem sufi-cientemente afastados para já não entrarem nas contas do título.

Mas ainda estão 33 pontos em disputa e “até ao lavar dos cestos é vindima…”.

Na metade inferior da tabela, Rosairense (a recuperar), Cuba (travou o Milfontes) e Cabeça Gorda (7-0 ao São Marcos) estão a dar boa conta do recado.

O quarteto final Guadiana, Bairro da Conceição, Desportivo de Beja e Amarelejense lutam pela sobrevivência, alternando entre si o lugar de “lanterna vermelha”.

espera é que a equipa consolide uma posição cimeira. Até porque o União de Montemor joga em Castro Verde e quem sabe se o Castrense não conseguirá dar uma mão-zinha para o destronar da posição de líder. E que bom seria! Para os próprios e para o Moura. Mas o Moura terá que olhar tam-bém para os lugares inferiores da tabela.

Persegue-o o Reguengos (menos quatro pontos), equipa que no domingo se apresen-tará em Vidigueira. E que bom seria se o Vasco vencesse essa partida, para os próprios e para o Moura. E logo a seguir vem o Esperança de

3.ª divisão O Castrense marcou primeiro mas o Moura procurou mais o triunfo

Estágio em Mértola da seleção de

juniotres de canoagem

Termina amanhã em Mértola o estágio que ali

decorre há uma semana com a presença de 10

atletas da seleção nacional de juniores. Os atletas

repartiram a sua preparação entre o centro de estágio

do Clube Náutico de Mértola e o rio Guadiana. A

restante comitiva nacional desta categoria tem

feito idêntico trabalho em Vila Nova de Gaia.

Vieira recordista Os atletas Francisco Vieira e Felipe Silva, am-bos iniciados do Bairro da Conceição, estiveram em excelente plano do Torneio Larga Eclético organizado pela Associação de Atletismo do Algarve. Vieira bateu o recorde distrital dos 60 m/barreiras (pista co-berta) com o registo de 9.27’’. Felipe Silva melhorou a sua marca pessoal nesta distância e venceu a competição (60mb+comprimento+peso).

Lagos (menos cinco pontos), formação que vi-sitará o Mineiro Aljustrelense, que jogando ao seu melhor nível tem potencial para derrotar os algarvios. E que bom seria para os mineiros e também para o Moura.

Da ronda anterior sobressai o magní-fico empate do Vasco da Gama no terreno do Juventude e o triunfo do Moura no derby de Castro Verde, onde esteve muito tempo em desvantagem, sofrendo, nos minu-tos finais, para conseguir os três pontos. O Aljustrelense foi derrotado em Reguengos pela margem mínima de uma bola a zero.

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3António Aleixo “Manero”

Manero é uma daque-las pessoas que conhece com invulgar profun-

didade e surpreendentes detalhes a história e as “estórias” do des-porto no Alentejo. António Gil Palma Aleixo, um proverbial ci-dadão e desportista bejense, hoje com 79 anos, herdou a alcunha de “Manero” da sua progenitora, se-nhora de ascendência espanhola. A sua vivência durante todos es-tes anos é como um longo poema cujas métricas se confundem en-tre a generosidade e a cordialidade com que olha o próximo. Na vida, como no desporto, que dela não se pode dissociar, foi sempre uma pessoa de fortes convicções, ad-quiridas no ambiente em que cres-ceu e moldadas no dia a dia, logo quando se iniciou na prática des-portiva no chamado futebol de rua, que, no seu tempo, se desenhava nos baldios do antigo largo da feira. Sempre amador, o primeiro compromisso oficial foi com o Oriental, há mais de 60 anos, trei-nado por Mariano Amaro. A sau-dade da terra natal fê-lo regressar a Beja, num percurso que começou pelo Despertar (recorda Manuel Trincalhetas e Hilário Lança), mais tarde ao Desportivo (na equipa de Camiruaga), concluindo a carreira no Ferreirense. Jogador do meio campo para a frente, preferia o lu-gar de “interior esquerdo” (só podia ser assim, privilegiar a esquerda, como sempre). Treinou a primeira equipa do Despertar que esteve num nacional de juniores e teve ex-periências muito gratas nas escoli-nhas de futebol. Como dirigente foi “capitão-geral” do Desportivo, mas destacou-se ao serviço do seu clube de sempre, o Despertar. E ainda lhe sobrou tempo para alinhavar algu-mas crónicas para “O Ás” sempre acutilantes e de refinado humor. Vejamos aos seus prognósticos.

(1) ALDENOVENSE/AMARELEJENSEEquipas com potencial diferente com clara vantagem para os visitados.

(1) SERPA/DESPORTIVO DE BEJAO Serpa tem uma boa equipa, está mo-tivado e não vai perder mais pontos.

(X) MILFONTES/ALMODÔVARUm jogo muito tát ico em que o Milfontes aposta tudo, com um adver-sário que jogará para não perder.

(X) ROSAIRENSE/CUBAEquipas equilibradas mas o Cuba tem ganho alguns pontos fora de casa.

(2) SÃO MARCOS/PIENSEO São Marcos não está bem e o Piense pode aproveitar o mau momento.

(X) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/CABEÇA GORDAO Bairro não quer perder pontos em casa, mas o Ferrobico anda motivado.

(2) GUADIANA/ODEMIRENSEDuas equipas com objetivos e recursos diferentes. O Odemirense é favorito.

19Hoje palpito eu...Taça Fundação Inatel – 10.ª jornadaSérie A: Sobral da Adiça --Pedrógão (não se realizou); Luso Serpense-Brinches, 0-3; Salvadense-Quintos (não se realizou). Folgou o Ficalho. Líder: Ficalho, 16 pontos. Próxima jornada (26/1): Brinches-Ficalho; Pedrógão - -Sal vadense; Quintos-Luso Serpense. Folga o Sobral da Adiça.

Série B: AC Cuba-Faro do Alentejo, 0-2; Beringelense - -Neves, 3-1; Louredense --Penedo Gordo (não se rea-lizou). Folgou o São Matias. Líder: Penedo Gordo, 21 pon-tos. Próxima jornada (26/1): Neves-São Matias; Faro do Alentejo-Louredense; Penedo Gordo-Beringelense. Folga a AC Cuba.

Série C: Figueirense-Mom-beja, 4-0; Santa Vitória --Alvorada, 2-2; Vale d’Oca - -Jungeiros, 1-0. Folgou o Messejana. Líder: Vale d’Oca, 25 pontos. Próxima jornada (26/1): Alvorada-Messejana; Mombeja-Vale d’Oca; Jun-geiros-Santa Vitória. Folga o Figueirense.

Série D: Sanjoanense-Alber-noense, 2-3; Alcariense-Sete, 0-1; Trindade-Fernandes, 1-2. Líder: Fernandes, 19 pon-tos. Próxima jornada (26/1): Alcariense-Sanjoanense; Fer-nan des-Albernoense; Sete --Trindade.

Série E: Luzianes-So ne-guense, 4-0; Amoreiras-Cer-calense, 1-0; Santa Luzia - -Co lense, 2- 0. Folgou o Relíquias. Líder: Luzianes, 22 pontos. Próxima jornada (26/1): Cercalense-Relíquias; Soneguense-Santa Luzia; Colense-Amoreiras Gare. Folga o Luzianes.

Série F: Campo Redondo --Mil fontes, 1-2; Boavista - -Sa boia, 0 -4; Malavado --Ca valeiro, 2-0. Folgou o Bemposta. Líder: Saboia, 23 pontos. Próxima jornada (27/1): Saboia-Bemposta; Milfontes-Malavado; Cava-lei ro -Boavis t a. Folga o Cam po Redondo.

Série G: Pereirense-San-taclarense, 1-2; Almodo va-rense-Serrano, 3-6; Na ve re-dondense-Santa Clara-a-Nova, 0-6. Líder: Santaclarense, 19 pontos. Próxima jornada (26/1): Almodovarense-Pe-reirense; Naveredondense --Santaclarense; Serrano-Santa Clara-a-Nova.

É uma referência no futebol feminino e no atletismo regional. Sportinguista de coração, jogadora da Casa do Benfica de Castro Verde e atleta do Núcleo de Messejana. Tem o coração dividido.

Texto e foto Firmino Paixão

Ana Inês Capeta, 15 anos, nasceu em Aljustrel e joga futebol na Casa do Benfica de Castro Verde. Esteve no

Jamor mostrando as suas capacidades à se-lecionadora nacional de sub/17, tentando ser uma das escolhas de Susana Cova para a equipa que disputará o Torneio Uefa.

A jovem diz que a notícia da convoca-tória foi: “Um momento mágico, dos mais felizes que já tive, treino e jogo por puro prazer, sem pensar em chamadas às se-leção nacional”. Mas era um sonho, re-conhece a atleta, confessando ter ficado muito feliz e realçando o apoio dos pais: “Ficaram muito felizes e orgulhosos, como todos os meus amigos e colegas de equipa”.

Um lugar entre as eleitas para o Torneio Uefa?, perguntamos. “Tenho esse objetivo, sabendo que terei de trabalhar imenso para garantir um lugar entre as melhores, mas quem corre por gosto não cansa e eu tenho uma enorme paixão pelo futebol”. E o que poderá mudar com a abertura desta janela? Ana refere: “Terei oportunidade de traba-lhar com as melhores jogadoras do País e

Bruno Helena, José Ameixa e João Coelho são os três columbófilos sul alentejanos que estão representados na 33.ª Olimpíada Columbófila que, até do-mingo, está a decorrer na Eslováquia.

Texto Firmino Paixão

O trio de alados é liderado pela pomba Pardaloca, do bejense Bruno Helena (Asas de Beja), campeão nacional de

fundo na última Exposição Nacional e Pré --Olímpica, realizada nas Caldas da Rainha, certame de onde José Ameixa (Asas de Beja) e João Coelho (Asas Verdes) trouxeram, am-bos, terceiros lugares nas especialidades de meio fundo e velhos, respetivamente.

Em vésperas de partir para o leste

europeu, Bruno Helena confessou: “Não é todos os dias que se é campeão nacional, apesar de eu já ter sido três vezes, mas este título de fundo tem um impacto maior”. E acentuou as virtudes do seu alado: “Voou muito bem em dois anos consecutivos na categoria de fundo, que é a especialidade mais difícil entre as que nós concorremos. Atualmente é o melhor pombo, mas o pai desta fêmea foi também um grande pombo e os outros irmãos têm sido igualmente muito bons”.

Com uma colónia constituída por 30 pom-bos adultos e 50 borrachos, Bruno Helena é um columbófilo relativamente recente, mas que nos últimos anos emergiu com a con-quista de vários títulos: “Os resultados têm aparecido nos últimos cinco anos, período

em que me tenho mantido sempre no topo da columbofilia distrital. Ganhei todos os cam-peonatos que tinha para ganhar, tanto na co-letividade, como no distrito. Na última época fui campeão distrital de fundo e já fui cam-peão nacional de maratonas”.

Pouco lhe falta já ganhar, mas o colum-bófilo mantém o espírito de que “temos que ter sempre ambição para ganhar mais campeonatos, neste desporto que é ma-ravilhoso”. E da Eslováquia o que espera? “Representar Portugal numas olimpíadas é sempre o ponto máximo da nossa ativi-dade, independentemente da classificação que a minha fêmea alcançar na Eslováquia. Espero que ela conseguia ficar entre os seis primeiros e se surgisse uma medalha seria ouro sobre azul”.

Três pombos do distrito de Beja procuram medalhas na Eslováquia

Os voos largos da columbofilia bejense

Aljustrelense Ana Capeta procura afirmar-se na seleção feminina

A goleadora do coração dividido

Casa do Benfica de Castro Verde Ana Capeta (em primeiro plano) na seleção feminina Sub17

com uma estrutura mais profissional. Acho que vou crescer como jogadora. Treinar e jogar no Jamor sempre foi um sonho”. Um sonho bem dimensionado: “Ainda sou jo-vem, mas quero ser jogadora profissional. Esta é uma etapa muito importante, espero que seja a primeira de convocatórias nas se-leções nacionais”.

Capeta sucede a Joana“ Carona” e Marta Bernardo (duas alentejanas antes convoca-das para a seleção sub/19), todas bons exem-plos para trazerem mais mulheres para o

futebol: “As raparigas precisam de perder a vergonha, jogarem na escola e na rua e jun-tarem-se a equipas de futebol, foi o que eu fiz”. Consciente de que “a vida de futebo-lista será uma aventura que tenho de agar-rar para conseguir os meus objetivos, nem que seja no estrangeiro”, quer mostrar que “no Alentejo existem grandes jogadoras”. E deixa uma promessa final: “Enquanto pu-der vou conciliar o atletismo com o futebol, ajuda-me a desenvolver a minha resistência e espírito de luta”.

Futebol Realiza-se na tarde de amanhã as meias-finais da Taça Distrito de Beja na categoria de juniores, com os jogos Vasco da Gama-Cabeça Gorda e Desportivo de Beja-Despertar. As parti-das iniciam-se às 15 horas.

Atletismo O 11.º Grande Prémio de Atletismo Circuito José Afonso realiza-se no próximo dia 3 de fevereiro na vila de Grândola, com organização da junta de freguesia local. A prova é aberta apenas a atletas seniores e vetera-nos e as inscrições são limitadas a 1 000 atletas.

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No evoluir das calendas desportivas de Beja descobrimos histórias que nos conduzem ao limiar de um êxtase que na nossa modesta conceção não encontra entraves para enaltecer inolvidáveis homens que souberam literalmente honrar a sua afeição pela sumptuosidade do mundo desportivo. Revejo, como exemplo, a modalidade de ciclismo e as Voltas ao Alentejo em Bicicleta. Em 2013, segundo anunciou oportunamente a União Ciclista Internacional, a famosa Alentejana, 31.ª edição, irá para a estrada entre os dias 20 e 24 de março. Lembro que na sua projeção ao longo do tempo sempre estiveram homens que, incansavelmente, conseguiram levar a carta a Garcia, sabendo--se o mar de difi culdades em que as organizações mergulhavam. Porém, a força do poder autárquico alentejano superou obstáculos e lá foi colocando no asfalto um pelotão animado de som e de mestria. Reconheço que os tempos hoje são outros. A sua máquina organizativa é sustentada por um sport publicitário que tem atrás outras benesses. Conheci a sua verdadeira essência. Homens, alguns já partiram para o além, que se entregavam à causa ciclística por mera devoção. Recordo com saudade os fi nais das etapas. Os convívios. Os petiscos. Os momentos de ócio intermédios. O serpentear do multicolorido pelotão. As metas. As fugas. A população que comungava religiosamente com os feitos dos ases do pedal. O cruzar a plenitude da planície. O deslumbramento das rádios locais em levar aos ouvintes a notícia em primeira mão. Tudo é passado. Mas num recuar longínquo ao universo da modalidade, dou por mim a constatar um dos pioneiros ciclistas de Beja: Luís da Rocha Júnior, um homem que, para além de fundador do Grupo Sportivo Bejense, foi também um ciclista que em 1912 com a sua pedaleira evidenciou engenho e arte em provas velocipédicas na velha Pax Julia. Coisas de outros tempos!

Ciclismo

José Saúde

Diversificar a oferta despor-tiva existente na freguesia de Salvada e desafiar a popula-ção para hábitos saudáveis de prática desportiva, foram os princípios que ancoraram a criação do BTT Salvada, sec-ção desportiva da casa do povo local.

Texto Firmino Paixão

A necessidade de enquadra-mento dos inúmeros uti-lizadores de bicicleta exis-

tentes na freguesia em práticas desportivas e de lazer estimulou a fundação de uma secção que en-quadrasse essas variantes e daí até à fundação do BBT Salvada foi um pequeno passo, conta Nelson Mestre: “Começámos com uma

A partilha do espaço público viário urbano entre todos os meios de transporte e mais respeito pelos peões e ciclis-tas foi mote para a manifesta-ção nacional promovida pela Federação Por tuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (Fpcub).

Texto e foto Firmino Paixão

A praça da República, em Beja, foi o local de concen-tração dos ciclistas da re-

gião, numa ação a que o mau tempo terá retirado alguma expressão, sem deixar, contudo, de cumprir os desígnios da iniciativa.

Perante algumas dezenas de amantes da bicicleta, Manuel Silveira Nunes, membro da Fpcub, deu ex-pressão pública a um manifesto onde se recorda: “As últimas semanas fo-ram tristemente marcadas por notí-cias de vários atropelamentos de ci-clistas e peões”. E frisou que cerca de 39 000 peões e utilizadores de bici-cleta são anualmente atropelados em Portugal, em acidentes mortais ou com feridos graves, “mas que são re-lativizados, numa sociedade cada vez mais motorizada”.

Proximidade com Guadiana proporciona “magníficas paisagens”

Privilegiar contacto com a natureza

Um apelo à conquista de espaço público para peões e ciclistas

“Basta de atropelamentos”

O documento alerta para “a pri-vação do espaço que é imposta a crianças e idosos ao não puderem andar livremente e seguros nas ruas das cidades e aldeias, pois o perigo da circulação rodoviária está em quase todo o lado, até nos parques desportivos e de lazer”.

Entre os manifestantes foi co-mum o sentimento de que “basta

de atropelamentos”, em conso-nância com o desejo que “os pla-neadores, decisores e utilizadores saibam que a integração e a co-erência da vida urbana também passam pela forma e construção de espaços urbanos onde as pes-soas possam usufruir do espaço público sem medo e onde as crian-ças possam brincar na rua com

mais segurança”. O manifesto realça que “as bi-

cicletas são veículos de pleno di-reito, não devem ser vistos mera-mente como brinquedos, mas sim como um meio de transporte tão válido como outro qualquer”.

A ação terminou com um pas-seio pelas artérias da cidade de Beja.

Beja Utilizadores de bicicleta manifestaram-se na cidade

brincadeira, fizemos um passeio seguido de uma sardinhada, tudo de uma forma espontânea e des-comprometida como qualquer ati-vidade regular”.

E o crescimento foi rápido, as-sinala o dirigente: “Nessa altura éramos cerca de 20 participantes e já somos 47 elementos”. Com a particularidade de o praticante mais novo ter sete anos e o mais velho 70: “Uns praticam ciclotu-rismo, outros BTT, mas todos com o mesmo entusiamo”.

Agora, a secção propõe-se carim-bar a sua primeira organização: “Esse é o caminho lógico e no dia 7 de abril vamos promover um passeio guiado, ainda não temos muita margem de manobra para organizarmos um raide, daí que comecemos por esse passeio”, diz Nelson Mestre.

E para já contabilizam a rea-ção positiva da comunidade sal-vadense: “As pessoas reagiram e acolheram muito bem a nossa iniciativa e foram muitos aqueles que já se disponibilizaram para nos ajudar sempre que organize-mos qualquer evento”, revela o dirigente.

Nelson Mestre elegeu os apoios do comércio local, junta de fre-guesia, casa do povo e da fun-dação Honório Raposo como determinantes para atenuar o in-vestimento em equipamentos e revela as prioridades do BTT Salvada: “Privilegiamos o contato com a natureza, porque a nossa freguesia tem uma grande proxi-midade ao rio Guadiana, em cujas margens podemos observar paisa-gens magníficas”. Nelson Mestre

Basquetebol O Beja Basket Clube recebe no próximo domingo, pelas 17 horas, a equipa do Portimonense, em jogo relativo à 6.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Os bejenses ocupam o 5.º lugar, com seis pontos, menos quatro que o Ferragudo, atual líder da Zona Sul.

Hóquei em Patins Realiza-se amanhã a primeira eliminatória da Taça de Portugal em Hóquei em Patins, etapa em que as equipas alentejanas terão os seguintes compromissos: H.Grândola-Salesiana; Castrense-H.Vasco da Gama e Vialonga-Estremoz. O Hóquei de Santiago fi-cou isento desta fase.

Voleibol: o Moura

perdeu em casa

O Moura Volei Clube perdeu em casa com o

Atlético de Albufeira, por 1-3, em jogo referente

à última jornada da fase zona do Campeonato

Nacional da 3.ª Divisão. A derrota não

comprometeu as aspirações do Moura, já apurado

(tal como o Albufeira) para a segunda fase da

prova, cujo sorteio se realiza a 6 de fevereiro.

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Diário do Alentejo25 janeiro 2013

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Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação

Maria Vitória Amaro

Notária de Ourique

CERTIFICADO

Certifi co, para fi ns de publicação, que no dia quinze de Janeiro do ano dois mil e treze, no Cartório No-

tarial em Ourique, a folhas cinquenta e nove e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número

Cinquenta e Um - D, se encontra exarada uma escritura de Justifi cação, na qual Jesuíno Viegas Guerreiro,

casado com Maria Edite Guerreiro, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia de São

Barnabé, concelho de Almodôvar. residente na Estrada de São Barnabé, nº 35, em Almodôvar. N.I.F.152 340

858; Isabel Maria Guerreiro Gonçalves, viúva, natural da freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar,

residente no Sítio de Vale Barriga, Caixa Postal 405-Z, freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho

de Silves, N.I.F.136 810 055 e Joaquim Dias Guerreiro. solteiro, maior, natural da freguesia de São Barnabé,

concelho de Almodôvar, onde reside no Monte do Canafi xal, N.I.F.160 259 134, declaram:

Que, na freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, existia um prédio rústico denominado “Monte

das Portelas”, composto de cultura arvense. sobreiros, prado natural, leito e curso de água, inscrito na matriz

sob o artigo 48 da Secção E, em nome dos justifi cantes, com o valor patrimonial de €12.877,93 e a área de

quarenta e nove hectares oito mil e quinhentos centiares, descrito na Conservatória do Registo Predial de

Almodôvar sob o número mil duzentos e vinte e dois - São Barnabé

Que o identifi cado prédio pertencia a Elisa da Conceição, viúva, residente que foi no Sitio de Vale da Velha,

freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves.

Que, no verão do ano de mil novecentos e cinquenta e nove, por ato não titulado e nunca reduzido a

escritura pública, aquela Elisa da Conceição fez doação do identifi cado prédio, em comum, a Jesuíno Viegas

Guerreiro, a Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e, a Joaquim António Guerreiro, solteiro, residente que foi em

São Barnabé, freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, pai de Joaquim Dias Guerreiro.

Que, seguidamente, nesse mesmo verão de mil novecentos e cinquenta e nove, os donatários, Jesuíno

Viegas Guerreiro, Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e Joaquim António Guerreiro, procederam à divisão e

demarcação do identifi cado prédio cm três quinhões que passaram a constituir três novos prédios distintos e

demarcados, a saber:

a) Rústico denominado “Monte das Portelas/Sul”, sito na freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar,

composto de cultura arvense, sobreiros e prado natural, com a área de vinte e seis hectares três mil cento e cin-

quenta e sete centiares, confrontando do norte com Joaquim Dias Guerreiro e Isabel Maria Guerreiro Gonçalves,

nascente com Barranco e Manuel Narciso (herdeiros), sul com Joaquim Guerreiro e outros e do poente com

Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e Joaquim Guerreiro e outros, a que atribuem o valor de três mil euros.

b) Rústico denominado “Monte das Portelas/Poente”, sito na freguesia de São Barnabé, concelho de

Almodôvar, composto de cultura arvense, sobreiros e prado natural, com a área de sete hectares seis mil e

trinta e quatro centiares, confrontando do norte com Joaquim Dias Guerreiro e outros, nascente com o prédio

de Joaquim Dias Guerreiro e Jesuíno Viegas Guerreiro, sul com Manuel Avelino e outros e Jesuíno Viegas

Guerreiro e do poente com Manuel João e outros, a que atribuem o valor de mil euros

c) Rústico denominado “Monte das Portelas/Norte”, sito na freguesia de São Barnabé, concelho de Al-

modôvar, composto de cultura arvense, sobreiros e prado natural, com a área de quinze hectares nove mil

trezentos e oito centiares, confrontando do norte com Manuel João e outros, nascente com Manuel Narciso

(Herdeiros), sul com o prédio de Jesuíno Viegas Guerreiro e do poente com Isabel Maria Guerreiro Gonçalves,

a que atribuem o valor de dois mil euros.

Que, os identifi cados prédios não possuem ainda inscrição própria na matriz, tendo sido destacados da

descrição predial mil duzentos e vinte e dois-São Barnabé, bem como da inscrição matricial 48 da Secção E.

Que, o primeiro prédio fi cou a pertencer ao primeiro outorgante identifi cado na alínea a), Jesuíno Viegas

Guerreiro.

Que, o segundo prédio fi cou a pertencer à primeira outorgante identifi cada na alínea b), Isabel Maria

Guerreiro Gonçalves; e,

Que, o terceiro prédio fi cou a pertencer ao referido Joaquim António Guerreiro, pai do primeiro outorgante

identifi cado na alínea c), Joaquim Dias Guerreiro.

Que, cada um deles tomou posse imediata dos seus quinhões, devidamente demarcados, semeando-os

e colhendo os respetivos frutos, extraindo a cortiça, sem oposição de quem quer que fosse, situação que se

mantém desde o verão de mil novecentos e cinquenta e nove.

Que, por testamento, o citado Joaquim António Guerreiro, legou ao fi lho, Joaquim Dias Guerreiro, o

prédio identifi cado em c),que desde a data do falecimento de seu pai, continuou a usufruir o prédio tal como

anteriormente.

Que, por não possuírem títulos da doação e nem da divisão, mal aconselhados, concordaram em que o

original prédio, Monte das Portelas, fosse partilhado em escritura pública lavrada em quinze de Novembro de

mil novecentos e noventa e cinco no Cartório Notarial de Silves, conjuntamente com outros bens da herança da

citada Elisa da Conceição, embora esta já tivesse feito a doação do prédio denominado Monte das Portelas.

Que, por essa escritura, esse original prédio fi cou a pertencer, em comum, aos mencionados Jesuíno

Viegas Guerreiro, Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e Joaquim António Guerreiro, na proporção de um terço

para cada um, o que não correspondia à realidade, tendo sido feito o registo a seu favor.

Que por sua vez, a terça parte que se encontrava registada a favor daquele Joaquim António Guerreiro,

encontra-se registada a favor do seu fi lho, Joaquim Dias Guerreiro.

Que, apesar dessa partilha, nada se alterou com relação à divisão que havia sido feita no verão de mil

novecentos e cinquenta e nove, continuando os primeiros outorgantes na posse e fruição dos três identifi cados

quinhões ou prédios, fruindo-os, ininterruptamente, como seus donos e legítimos possuidores, sem oposição

de quem quer que seja, sendo assim, continua e de boa fé.

Que, os justifi cantes não possuem título para efectuar os registos a seu favor, embora por si e seus

antepossuidores com relação Joaquim Dias Guerreiro, sempre tenham estado na posse, ininterruptamente,

dos identifi cados prédios, tal como foram constituídos desde o verão de mil novecentos e cinquenta e nove,

portanto há mais de cinquenta anos.

Que a posse exercida sobre os identifi cados prédios foi sempre em nome próprio e do antepossuidor

Joaquim António Guerreiro e após a sua morte do seu legatário.

É assim tal posse pacífi ca, pública, contínua e de boa fé durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a

aquisição do direito de propriedade dos citados prédios por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza,

não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.

Nesses termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justifi ca-los

nos termos legais.

Está conforme o original.

Cartório Notarial em Ourique, da Notária Maria Vitória Amaro, aos 15 de Janeiro de 2013.

A Notária

Maria Vitória Amaro

Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA1.º Juízo

ANÚNCIOProcesso: 1487/12.4TBBJA

Interdição / Inabilitação

Requerente: Grigore Golub

Requerido: Dumitru Golub

N/Referência: 2472583

Data: 14-01-2013

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/

Inabilitação em que é requerido Dumitru Golub, com residência na Rua

São João de Deus, 5 em Aljustrel, para efeito de ser decretada a sua

interdição por anomalia psíquica.

A Juiz de Direito,

Drª Celine Alves

O Ofi cial de Justiça,

Rosa Maria Ribeiro Feixeira

Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação

CERCIBEJA

CONVOCATÓRIA

Nos termos do artigo 45º, do ponto 3 do Código

Cooperativo, convocam-se todos os Sócios efectivos

da CERCIBEJA para uma Assembleia Geral Extraor-

dinária no dia 05 de Fevereiro de 2013, pelas 16:00

horas, nas Instalações da CERCIBEJA, sito na Quinta

dos Britos, com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto Único: Eleição dos Corpos Gerentes da

Cercibeja para o triénio dois mil e treze, dois mil e

quinze.

Se à hora marcada não estiver o número de sócios

legalmente estabelecido para o seu funcionamento, a

Assembleia, começará uma hora depois (17:00) com

qualquer número de presentes.

Beja, 21 de Janeiro de 2013

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Paula Pinto Mendes

institucional diversos

Page 22: Ediçao N.º 1605

Diário do Alentejo25 janeiro 2013

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Clínicas de Beja, Lda.

Dr. Fernando H. Fernandes

Dr. Armindo Miguel

R. Gonçalves

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Superior de Medicina

Dentária de Lisboa)

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Urinária

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Reabilitação

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de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

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Fax 284326341

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Especialista pela Ordem

dos Médicos

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de Oftalmologia

do Hospital de Beja

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Acordos com:

ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

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Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

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Oftalmologia ▼

Medicina dentária ▼

Luís

Payne Pereira

Médico Dentista

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Clínica do Jardim

Praça Diogo Fernandes,

nº11 – 2º

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Hospital de Beja

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e Vias Urinárias

Consultas às 6ªs feiras

na Policlínica de S. Paulo

Rua Cidade S. Paulo, 29

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FAUSTO BARATAAssistente graduado

de Ginecologiae Obstetrícia

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quartas, quintas e sextas

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Rua Zeca Afonso, nº 16 F

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ConsultórioRua Capitão João Francisco Sousa 56-A

1º esqº 7800-451 BEJATel. 284320749

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OLIVEIRA

Psiquiatra no Hospital

de Beja

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a partir das 8:30 horas

na Policlínica de S. Paulo

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Page 23: Ediçao N.º 1605

Diário do Alentejo25 janeiro 2013

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Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/

Desabituação tabágica – H. Pulido Valente

Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina

Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de

Lisboa

Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja

Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.

Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –

Tratamento inovador para deixar de fumar

Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar

Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação

Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H.

de Beja

Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/

Obesidade – Instituto Português de Oncologia de

Lisboa

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias

Urinárias – H. Beja

Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de

Évora

Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-

talar de Lisboa (H.Júlio de Matos).

Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças

de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/

Alergologia Respiratória/Apneia do Sono

Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e

Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar

do Baixo Alentejo

Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital

de Beja

Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia

Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) –

Hospital da Cuf – Infante Santo

Dr. Jorge Araújo – Ecografi as Obstétricas

Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças

do Sangue – Hospital de Beja

Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica –

Hospital de Beja

Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia

da Orta.

Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/

Orientação Vocacional

Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala

Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação

Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira

especialista em saúde materna/Cuidados de

enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação

pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-

nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503

Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja

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e aos sábados, das 8 às 13 horas

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Tms. 960284030 ou 915529387

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TAC – Corpo, Neuroradiologia,

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Ortopantomografi a

Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício

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Page 24: Ediçao N.º 1605

Diário do Alentejo25 janeiro 2013

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†. Faleceu o Exmo. Senhor MÁRIO ALEXANDRE ALVES JANEIRO, de 89 anos, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

ROMÉNIA / BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor ION POPESCU, de 51 anos, natural de Roménia. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, da Casa Mortuária do Hospital de Beja, para o cemitério desta cidade.

BALEIZÃO

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ DO CARMO, de 78 anos, natural de Baleizão - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Domitília Mariana dos Santos. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

QUINTOS

†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO MANUEL, de 92 anos, natural de Quintos - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Joaquina Bicas. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.

ALJUSTREL / VALES

MORTOS

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOÃO GARCIA PARREIRA, de 81 anos, natural de Santa Maria - Serpa, casado de/com Exma. Sra. D. Maria Bárbara Fernandes Parreira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Aljustrel, para o cemitério de Vales Mortos - Serpa.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOAQUIM MESTRE LAMPREIA LOPES, de 87 anos, natural de São Brissos - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras

condolências.

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Joaquim António

Coelho Patrocínio Nasceu a 10.02.1933

Faleceu a 20.01.2013

Sua família, na impossibilida-

de de o fazer pessoalmente,

agradece por este meio a to-

das as pessoas que o acom-

panharam à sua última mo-

rada ou que de outro modo

manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.Tm.963044570 – Tel. 284441108

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AGRADECIMENTO E

MISSA DO 30.º DIA

José Manuel

Cacito Espada

Esposa, fi lhas, irmão e gen-

ros vêm por este meio agra-

decer a todas as pessoas que

acompanharam o seu ente

querido à sua última mora-

da ou que de outro modo

manifestaram o seu pesar.

Mais agradecem a médicos,

enfermeiros e auxiliares do

6.º e 4.º pisos do Hospital de

Beja pelo profi ssionalismo,

carinho, dedicação, apoio

e ajuda prestados duran-

te a sua doença e interna-

mento. Informam ainda que

será celebrada missa pelo

seu eterno descanso no dia

02/02/2013, sábado, pelas

18 e 30 horas, na Igreja do

Carmo, em Beja, agradecen-

do desde já a todos os pre-

sentes no piedoso acto.

AGRADECIMENTO

Adelino Gabriel

Dias CoimbraFaleceu em 09/01/2013

Filhos, nora, genros, netos

e restante família, na im-

possibilidade de o fazerem

individualmente, agradecem

reconhecidamente a todos

quantos se dignaram acom-

panhar o seu ente querido

à sua última morada ou que

de outro modo manifestaram

o seu pesar.

Expressam ainda uma espe-

cial gratidão ao senhor Padre

Henrique, pela sua profunda

amizade, bem como a toda

a sua equipa de colabora-

dores que o acompanhou,

no Centro Paroquial e Social

do Salvador, com elevado

profi ssionalismo, distinta de-

dicação e estima, nos seus

últimos anos da sua vida.

MISSA

António Manuel

Fialho Veríssimo2.º Ano de Eterna Saudade

A família participa a todas as

pessoas de suas relações e

amizade que será celebrada

missa pelo eterno descanso

do seu ente querido no dia

28/01/2013, segunda-feira,

às 18 e 30 horas, na Igreja do

Carmo, em Beja, agradecen-

do desde já a todos os que se

dignarem comparecer.

António Nerval

Entradas Parreira28-01-2013

28 Anos de Eterna Saudade

O tempo passa, e embora

tenha o conhecimento da re-

alidade, o mesmo não con-

segue com que esqueça o

bom fi lho e amigo que sem-

pre foste. Foi uma luz que

se apagou nesta casa, mas

continuarás sempre vivo na

minha memória e no meu co-

ração. Agora estou sozinha,

o teu pai já partiu ao teu en-

contro e eu continuo vivendo

atormentada pela saudade e

pela dor.

Page 25: Ediçao N.º 1605

Diário do Alentejo25 janeiro 2013

diversos 25

Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

EDITAL Nº 5/2013CONCURSO PÚBLICO PARA ARRENDAMENTO DE UM ESPAÇO

PARA OFICINA / LOJA DESTINADO A ARTESÃOS,

NO CENTRO DE PROMOÇÃO DO PATRIMÓNIO E TURISMO

Francisco José Caldeira Duarte, Presidente da Câmara

Municipal de Castro Verde:

Faz saber que, de harmonia com a deliberação tomada

em reunião ordinária desta Câmara Municipal, realizada no dia

16 de janeiro de 2013, se encontra aberto concurso público

para arrendamento de um espaço para ofi cina / loja destinado

a artesãos, no centro de promoção do património e turismo,

sito na Rua de Mértola, em Castro Verde.

1. Local e data limite para apresentação das propostas: As

propostas deverão ser entregues até às 17:30 horas do dia 28

de fevereiro de 2013, sob pena de não serem admitidas, na

Secção Financeira e Património ou remetidas pelo correio sob

registo e com aviso de receção.

2. Processo de concurso: O Programa de Concurso e

Caderno de Encargos podem ser consultados na secção Fi-

nanceira e Património, durante as horas normais de expediente:

das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30 h ou na página

da Internet do município: www.cm-castroverde.pt

3. Documentos que devem acompanhar a proposta: Os que

vêm referidos no art. 6.º do Programa de Concurso.

4. Valor da Renda mensal por ofi cina / loja: 60,00 €/mês.

5. Adjudicação: A adjudicação é feita ao concorrente que

tiver apresentado a proposta que melhor se enquadre na fi lo-

sofi a do funcionamento do Centro de Promoção de Património

e Turismo, de acordo com os critérios mencionados no art.º

10.º do programa de concurso

6. Prazo pelo qual é celebrado o contrato de arrendamento:

Um ano a contar da data de celebração do concurso, podendo

renovar-se por períodos sucessivos de um ano se nenhuma

das partes se tiver oposto à renovação do mesmo.

7. Outras condições: As demais condições de adjudicação

da cessão da exploração do estabelecimento comercial cons-

tam no caderno de encargos do concurso.

Município de Castro Verde, 21 de janeiro de 2013

O Presidente da Câmara,

Francisco José Caldeira Duarte

Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação

CIMBAL – COMUNIDADE INTERMUNICIPAL

DO BAIXO ALENTEJO

EDITAL

António José Ventinhas, Presidente da Mesa da Assem-

bleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo

Alentejo, faz saber, nos termos do art2. 912 da Lei n2. 169/99,

que em reunião de 10 de Dezembro de 2012, foram aprovados

os seguintes documentos:

– Plano Plurianual de Investimentos;

– Grandes Opções do Plano para 2013;

– Orçamento para 2013;

– Mapa de Pessoal.

Os documentos em causa, podem ser consultados nos

serviços desta Comunidade das 9h às 12h30m e das 14h às

17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis.

Para constar, se publica o presente que vai ser afi xado

nos lugares públicos do costume.

Beja, 14 de janeiro de 2013.

O Presidente da Mesa da Assembleia

Intermunicipal da CIMBAL

António José Ventinhas

Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS

DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL

EDITALJorge Pulido Valente, Presidente da Mesa da Assembleia

lntermunicipal da Associação de Municípios do Baixo Alentejo

e Alentejo Litoral, faz saber, nos termos do art.º 91.º da Lei

n.º 169/99, que em reunião de 10 Dezembro de 2012, foram

aprovados os seguintes documentos:

– Plano Plurianual de Investimentos;

– Grandes Opções do Plano para 2013;

– Orçamento para 2012;

– Mapa de Pessoal.

Os documentos em causa, podem ser consultados no

serviço de Secretariado da Administração das 9h às 12h30m

e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos

dias úteis.

Para constar, se publica o presente que vai ser afi xado

nos lugares públicos do costume.

Beja, 14 de Janeiro de 2013.

O Presidente da Mesa da Assembleia

Intermunicipal da AMBAAL

Jorge Pulido Valente

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1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e

BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado

no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou supe-

riores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abasteci-

mento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com ou-

tras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda,

roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou

não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7.

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326 Amanhã, sábado, o BejaParque Hotel vai realizar a segunda edição do evento “Casamentos

a Sul”, que decorrerá entre as 14 e as 22 horas nas instalações daquela unidade hoteleira.

O evento integra um conjunto muito representativo de empresas especializadas na

prestação de serviços de suporte à realização das cerimónias matrimoniais, com o

propósito de proporcionar uma visão integrada da oferta existente na região de Beja a

todos os noivos e noivas que estão interessados em programar o seu casamento.

Evento “Casamentos

a Sul” 2013

Jovens empresários de Beja unem esforços

Lojas BP de Beja lançam campanha promocional

Os postos de abastecimento BP em Beja colocam a partir de hoje à disposição dos seus clientes, através do “Diário do Alentejo”, vales de desconto em com-bustível. Uma campanha que se pro-longa até abril e que oferece aos seus clientes e aos leitores do jornal um vale de desconto no valor de 1,20 euros para abastecimento superior a 20 litros. Uma forma de promover o incentivo ao co-mércio regional. Os empresários dizem “abdicar dos lucros que esta campanha poderá trazer” como retorno, preferindo assim oferecer ao cliente um desconto que consideram ser importante, na me-dida em que contribui para uma pou-pança significativa no final do mês.

Publireportagem Sandra Sanches

A partir de hoje, em qualquer um dos três postos de abastecimento BP em Beja – posto BP variante, junto ao

BejaParque Hotel; posto BP centro, junto aos bombeiros, o posto BP, junto à Skoda –, é pos-sível usufruir-se de uma campanha promocio-nal. A campanha, que vem no enquadramento do que anteriormente já foi feito em alguns ór-gãos de comunicação social, cujo feedback foi positivo, obedece a uma mecânica própria de funcionamento: ao adquirir o jornal “Diário do Alentejo” em formato impresso é-lhe ofe-recido o respetivo cupão que confere ao leitor//cliente um vale de 1,20 euros para desconto num abastecimento igual ou superior a 20 li-

tros, sendo esta campanha válida até abril e não acumulável com outras campanhas em vigor, nomeadamente vales e cartões de des-conto já existentes nos vários postos BP.

Estes empresários concorrentes, que acima de tudo são amigos e colegas de profissão, zela-dores das suas empresas, tentam dar o exem-plo daquilo que poderia ser feito em termos de parcerias e sinergias locais, porque defen-dem que é importante que exista espírito de entreajuda entre as diversas empresas locais. E é precisamente esse espírito de colaboração que estes jovens, em conjunto com o “Diário do Alentejo”, estão a desenvolver em prol dos clientes.

Questionado quanto ao negócio dos com-bustíveis, Luís Borba diz: “Este negócio é muito sensível e delicado, primeiro porque é muito descortinado pelo público e pelos meios de comunicação social. Se a gasolina ou o ga-sóleo sobem um cêntimo é motivo de aber-tura do telejornal”. O que para este empresário é um perfeito escândalo, pois acaba por favo-recer a irracionalidade de algumas pessoas, que acabam por não se preocupar com aquilo que é de qualidade. Neste sentido, Luís Borba chama a atenção, face à despreocupação exis-tente da população, para os tipos de combustí-vel com que abastecem os seus veículos e para o tempo que perdem em deslocações mais lon-gínquas para obterem um determinado tipo de abastecimento, tendo como consequência, entre outros problemas, o possível aumento da conta da oficina.

Estes empresários dizem não ser

“imediatistas” e, nesse sentido, não têm dúvi-das em relação ao produto de qualidade que vendem. A sua estratégia é, acima de tudo, transmitir confiança aos clientes. Os três pos-tos de abastecimento da BP também colocam à disposição do cliente uma diversidade de pro-dutos como pão e vinho.

Levar para estas lojas um ambiente regio-nal é uma das apostas dos dois empresários bejenses. Vítor Luzia considera que em regiões como a de Beja, “maltratadas pela administra-ção central e pelos meios de comunicação so-cial nacionais”, a única forma de se tentar so-breviver “é juntarmo-nos todos” e, “ao invés de se comprar fora, comprar cá dentro, às em-presas da nossa região”. “Diferenças irrisórias [de valores], absorvidas pelo transporte e nas deslocações, progressivamente dão origem ao fecho das empresas em Beja”, salienta. Os em-presários apelam assim à população para que compre “cá dentro”, numa lógica de protecio-nismo, pois só assim se conseguirá combater o fecho das empresas, o desemprego e o poder de compra reduzido das pessoas.

Quanto às perspetivas para 2013, Vítor Luzia e Luís Borba lutam, dia a dia, para que as mesmas não sejam tão negativas. As empre-sas, neste momento e à semelhança de muitas outras, segundo refere Luís Borba, “com me-nos negócio”, “menos rentabilidade”, ainda se consideram estáveis. Mantêm os mesmos pos-tos de trabalho, com os mesmos vencimentos, e têm a situação financeira em dia. “União” é a palavra chave para o que necessitam, con-cluem os empresários.

Grupo Pestana convida ao romance no Dia dos NamoradosOs hotéis do grupo Pestana preparam uma

noite de sonho, com direito a tratamento

exclusivo e um mimo especial, para o Dia dos

Namorados. Para quem escolher os hotéis da

Madeira e Algarve do grupo Pestana, bem

como as respetivas pousadas, basta levar as

flores e deixar-se mimar. Para oferecer têm

tratamento VIP, cenários idílicos, paisagens

de tirar o fôlego e a garantia de uma noite

passada na melhor das companhias,

tudo com 20 por cento de desconto. As

promoções são válidas para reservas entre

os dias 1 e 12 de fevereiro e estadias de 14

a 16 de fevereiro. Para mais informações

ou reservas os interessados deverão

consultar os sites www.pestana.com ou

www.pousadas.pt. E para esta estadia estão

reservadas também várias surpresas, bem

como morangos e espumante à sua espera,

jantares temáticos, noite em quarto duplo e

possibilidade de check-out até às 16 horas.

Adega de Borba abre o ano com uma nova colheita do prestigiado Rótulo de CortiçaA Adega de Borba assinala o início do novo

ano com o lançamento do Rótulo de Cortiça

Reserva Tinto 2011, um verdadeiro ex -

-líbris que vai deliciar os apreciadores com

a excelência da qualidade da colheita desse

ano. O Rótulo de Cortiça Reserva Tinto 2011

carateriza-se por uma cor rubi com nuances

vermelhas e o vinho é feito com uvas das

castas mais típicas do Alentejo – Aragonez,

Alicante Bouschet, Castelão e Trincadeira.

Este DOC Alentejo apresenta um sabor

macio, equilibrado, notando-se um frutado

maduro e uma elegância no final da prova.

De referir que o vinho Rótulo de Cortiça

é uma marca com mais de 45 anos que se

impôs como uma das referências no Alentejo,

produzido apenas em anos excecionais, cuja

primeira colheita data de 1964 e tem um dos

maiores volumes de vendas no seu segmento.

Adega Cooperativa de Vidigueira distinguida como PME LíderA Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba

e Alvito foi distinguida, pelo segundo

ano consecutivo, com o estatuto de PME

Líder 2012. Esta distinção, atribuída pelo

Instituto de Apoio a Pequenas e Médias

Empresas e à Inovação (Iapmei) e por um

conjunto de entidades independentes,

constitui o reconhecimento da solidez

financeira, qualidade e liderança da gestão

da adega. José Miguel Almeida, presidente

da adega Cooperativa de Vidigueira, realça

a importância do galardão, pois revela

que “a empresa está no bom caminho”.

TR abriu em Beja A cidade de Beja conta com um novo espaço comercial. A TR, que abriu portas esta se-mana, é uma loja que coloca à disposição tudo o que os clientes, particularmente do sexo feminino, necessi-tam: roupa e acessórios, como malas, sapatos e lenços. A proprietária, Telma Rosado, refere que “a cidade já precisava de algo assim”, com preços acessíveis, um espírito juvenil, com um estilo semelhante a lojas como Berska e Zara. A empresária acredita que, mesmo numa época pouco favorável a investimentos, “as coisas vão correr bem” e prova disso, afirma, “é já a recetividade positiva” tida até à data.Empresas

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qqqqqq q qq qq q qqqqqqqqqqqqqq qqq qqqqqqueueueueueueueuue éé é éééééééé é é éé ééé é éééééééééééééééééééé ii ii ii iiii i i mpmpmpororrrororrrrrtatatattaaaatatatatttatattatattaaattttt ntntntntntntntttnntnte ee eeeee e a a aa aaaaaaaaa ununuununununununununnnunununununununununununuunnnuunnununuununununuuunununununnu iãiãããiããiãiãiãiãiãiãão ooooooo ooooooo eeeeeeeeee eeeee eee eeeeeeeeeeeee e eeee e eeeee e e eeeeeeeeeeeeeeeeeee nãnãnãnãnãnãããnãnãnãnnãnãnãnãnãnnããnãão o oooooooooooooooo o oo o o o o ooooooooooooooo ooooo o dddddededdedededededededededddddddedededededededededeeedeeeeddddededdd smsmsmsmsmsmsmsmsmsmsmmsmsmmsmsmsmsmmmmsmemememememememeeeeeeeemeemeeemememmemeememeememeeeeememeee brbrbrbrbrbrrrbrbrrbrbbbbbbbbbbrbbbbbrbrbbbbbbrbrbbbbbbbrbbbbbbbrbrbrbbbbbbbbbrbbrrbrbrrramamamamamamamamammmaa enenenennnnenenennnnnnnennnenenennnennnnnntototototototottot dadadaddadadadadaddaddaddadddadadadassssss s ssssss ememememememememmemememeemmememmmmmememmme 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27Inaugurou, no dia último dia 12, a exposição de banda desenhada de André Diniz na

Bedeteca de Beja e contou com a presença do autor. Se não conseguiste estar presente

aproveita agora e vai ver “O Morro da Favela” título do livro que deu o nome à exposição e que

nos conta a história de Maurício Horta, morador do morro da Providência, no Rio de Janeiro.

Um relato a preto e branco sobre as suas memórias, “sua relação com a vida e a morte, a

polícia e os bandidos, a prisão e a liberdade e o contraste entre o morro e o asfalto”.

“Morro da Favela”

de André Diniz na Bedeteca

de Beja

Dica da semanaDecidimos mostrar-te um pouco mais do trabalho de Anna Nina Masini, ou, como ela assina, Ninamasina, para perceberes que muitas vezes o recurso a ou-tras técnicas podem resultar em belíssimas ilustra-ções. Esta artista italiana alia o seu trabalho a mui-tas outras coisas que fazem parte daquilo de que mais gosta, como a fotografia e até o gosto pela leitura. Se quiseres conhecer um pouco mais vais perceber que ela pinta, ilustra, fotografa e ainda cria personagens em 3D. Podes visitá-la no site oficial (http://www.ni-namasina.it) ou segui-la através do blog http://ninama-sina.blogspot.pt/

Pela tua mãoO livro do paraísoHá uns anos, uma menina cha-mada Carolina estava a ver se encontrava a sua boneca no só-tão, e, de repente tropeçou num livro antigo. Carolina, como era muito curiosa, foi logo ver de que se tratava o livro. Repa-rou que o título do livro era: His-tórias de outro mundo. Não hesi-tou e abriu-o. A história do livro era sobre quatro crianças que ti-nham descoberto uma passagem secreta para um mundo estranho e fantástico. Na contracapa do livro estava, não se sabe como, a morada da casa onde se encon-trava a passagem secreta e um mapa para lá chegar. Carolina viu a morada e ficou espantada quando viu que esta era a mesma que estava na sua caixa do cor-reio. Quando foi ver o mapa, um pouco mais assustada, viu que era a planta exata da sua casa.“Não pode ser!”, exclamou ela.– “Amanhã vou ver se con-sigo encontrar a dita passagem, agora vou continuar à procura da minha boneca…”. Disse e fez, no dia seguinte acordou bem cedo e foi começar a sua procura. Não foi muito fá-cil, passado duas horas lá encon-trou uma porta, mas não foi ca-paz de a abrir: “Abro, não abro, abro, não abro, abro…”, pensava Carolina, enquanto se decidia se abria mesmo a porta ou não. Fi-nalmente decidiu-se, e abriu a porta. Lá dentro estava um para-íso, com árvores exóticas e mui-tas aves de outro mundo, dedu-ziu logo que fosse aquilo de que a história que tinha lido no dia an-terior queria dizer. Entrou e olhou para o relógio: – “Tenho de estar em casa ao meio-dia, para almoçar, por isso tenho…perto de …duas horas e meia, que bom, tenho imenso tempo para me divertir aqui neste local exótico e espetacu-lar!!”, exclamou. Passado algum tempo, Carolina começou a ouvir uma espécie de despertador, e assustou-se, pen-sou que era uma buzina, para um alarme qualquer naquele mundo de fantasia. Depois ouviu a mãe dela a chamá-la: “Carolina, le-vanta-te, tens de ir para a es-cola!!!!!!”. Assim, Carolina per-cebeu que não passava de um simples sonho.

Mariana Guerreiro Fonseca6ºA / E.B.2,3 Damião de Odemira

A páginas tantas... Quando se diz que o cão é o me-lhor amigo do homem, não se anda muito longe da verdade. Em Arturo, Davide Cali parte dessa máxima, mas constrói a narrativa através dos olhos de um cão que, vagueando pelos lugares de uma cidade que conheceu na com-panhia do dono, espera ansiosa-mente pelo seu regresso a casa. A ilustração, ao contrário de tantos livros que te temos trazido aqui, passa para o domínio da fotogra-fia e é da autoria da artista Nina-masina (Anna Nina Masini). O cão da nossa história é representado através de um peluche com um ar verdadeiramente triste.Mais do que um livro sobre um cão à procura do seu dono, Ar-turo é uma história sobre o amor e a sua perda, sobre a constru-ção de rotinas de devoção e ami-zade que, muitas vezes, terminam de forma mais ou menos inespe-rada. Se pensarmos um pouco, é essa busca de um amor incondi-cional o que nos move enquanto seres humanos.À solta

Não tarda nada e está aí o Car-naval. Na semana passada o dis-farce que sugerimos talvez fosse mais para meninas, por isso esta é a tua semana. Estejam atentos porque mais ideias vão surgir.

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Boa vida

O Torradinha foi encontrado completamente desorientado

a vaguear pelas ruas da cidade. Está agora no Cantinho

à espera de uma nova oportunidade. É ainda um jovem

com uns dois anitos, muito meigo e calmo.

Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja.

Contactos: 962432844; [email protected]

ComerDourada assada no forno com limão e laranja

Ingredientes para 4 pessoas:4 douradas com 300 g cada;2 cebolas cortada em rodelas finas;4 dentes de alho laminados;1 folha de louro;1 laranja descascada e sem a pele branca;1 limão descascado e sem a pele branca;q.b. de azeite;q.b. de sal grosso;q.b. de pimenta branca moída;8 batatas médias cortadas aos gomos;1 molho de coentros;Legumes cozidos (cenoura, brócolos, feijão verde).

Preparação:Num tabuleiro de forno ou pirex, coloque a cebola, alho, azeite, louro e rodelas de la-ranja e limão.Por cima coloque as douradas já arranjadas e temperadas com sal e pimenta (estas com uns golpes no lombo). Regue com um pouco de azeite, forre com folha de alu-mínio e leve ao forno a 160ºC, durante 25 a 30 minutos.Entretanto coza as batatas e os legumes em água tem-perada com sal. Escorra e reserve.Coloque o peixe no centro de uma travessa com a cebola, a laranja e o limão por cima e em volta as batatas e os legu-mes cozidos.Salpique com coentros picados.Bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

LetrasMercado Media em Portugal no período marcelista

Prémio Fundação Calouste G u l b e n k i a n , H i s t ó r i a Moderna e Contemporânea

de Portugal em 2012, a tese de doutoramento de Suzana Cavaco analisa o cruzamento de agenda política marcelista com os negó-cios privados e revela as motiva-ções que, entre 1968 e 1974, con-duziram à compra de jornais por parte de grandes grupos económi-cos.

Cavaco começa por anotar a trajetória de Marcello Caetano e analisar a sua perspetiva do Estado Novo previamente a es-tudar a proximidade que culti-vou com a imprensa ainda antes de ser Presidente do Conselho. Enuncia as esperanças e desen-cantos que sobrevieram às elei-ções de 1969 e destaca a criação da agência jornalística of iciosa Informa. Ao longo destes capítu-los, a autora vai caracterizando a relação de Caetano com a im-prensa escrita – do “Expresso” à “Capital”, passando pelo “Diário de Lisboa” e pelo “Diário Popular” – e aprofunda o caso da candi-datura de Pinto Balsemão pela União Nacional. Segue-se a ca-racterização dos media durante o marcelismo no que respeita ao contexto, regulação, autorregu-lação, consumidores, empresas e mercados e especifica-se como era então a saúde f inanceira da rá-dio, televisão e imprensa escrita. Finalmente, a historiadora ana-lisa a dinâmica da imprensa entre o poder político e o económico.

Trata-se de um estudo ampla-mente anotado, rigoroso, e que é um contributo fundamental e iné-dito sobre a história contemporâ-nea portuguesa, política mas tam-bém mediática.

Maria do Carmo Piçarra

A tradição taurina manda que a aber-tura oficial de cada temporada acon-teça a 1 de fevereiro na vila de Mourão,

com o festival taurino que aí se realiza anu-almente, por ocasião das festas em honra de Nossa Senhora das Candeias.

Já são conhecidos os nomes que compõem os primeiros cartéis de 2013.

Assim, em Mourão, na próxima sexta- -feira, 1 de fevereiro, será prestada homena-gem ao engenheiro Joaquim Murteira Grave e estarão em praça os cavaleiros Tiago Carreiras e Marcelo Mendes, com os matadores de toi-ros Uceda Leal, António Ferrera, Javier Solis e o novilheiro Manuel Dias Gomes, que lidarão um curro composto pelas ganadarias Varela Crujo e Murteira Grave. As pegas estarão a cargo dos forcados da Póvoa de São Miguel.

No fim de semana seguinte, dia 9, ali bem perto, na Granja, realiza-se outro festival, que

vai ficar marcado pela prova de praticante de Andreia Oliveira, e conta ainda no seu elenco com a presença de Joaquim Bastinhas, Tito Semedo, Francisco Cortes, Alberto Conde e Pedro Salvador.

A 17 de fevereiro será a primeira praça do País, o Campo Pequeno, em Lisboa, a receber um festival de homenagem e solidariedade para com o forcado Nuno Carvalho, grave-mente colhido nesta praça em 30 de agosto de 2012, onde serão lidados sete novilhos-toiros gentilmente oferecidos por vários ganadeiros e que serão pegados por um grupo de forca-dos constituído por representantes dos diver-sos grupos filiados na Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), amigos do homenageado, tendo este grupo como cabo o fundador do grupo de Aposento da Moita, José Manuel Pires da Costa. Os cavaleiros em praça serão Joaquim Bastinhas, José Luís Cochicho, Fermín Bohorquez (rojoneador es-panhol), João Salgueiro, Rui Fernandes, João Telles Jr. e o praticante Miguel Moura.

Mais tarde, no sábado de Páscoa, será Serpa a receber o seu festival taurino, cuja re-ceita reverte a favor dos bombeiros voluntários locais, e que conta no cartel, integrado nas fes-tas em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, com os cavaleiros Luís Rouxinol, Sónia Matias, Filipe Gonçalves e Luís Rouxinol Jr. e nas li-des a pé conta com a presença dos novilheiros Manuel Dias Gomes e Diogo Peseiro.

Os toiros pertencem às ganadarias Murteira Grave, Engenheiro Luís Rocha, Falé Filipe, Ascenção Vaz, Passanha e Varela Crujo e serão pegados pelos grupos de forcados ama-dores de Moura e de Beja.

A temporada 2013 está prestes a começar assim desejamos a todos os intervenientes… “Que Deus reparta sorte!”

Vítor Morais Besugo

Suzana CavacoEdições Colibri616 págs.25 euros

ToirosOs festivais de início de temporada

No sábado de Páscoa, será Serpa a receber o seu festival, cuja receita reverte a favor dos bombeiros locais, e que conta no cartel, integrado nas festas de Nossa Senhora de Guadalupe, com os cavaleiros Luís Rouxinol, Sónia Matias, Filipe Gonçalves e Luís Rouxinol Jr.

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O bicentenário do nascimento dos compositores Richard Wagner e de Giuseppe Verdi é assinalado na pró-

xima quinta-feira, dia 31, com uma emissão de dois selos, ambos da franquia de E 20g e dois blocos filatélicos (1,50 euros cada) que repro-duzem, respetivamente, os rostos dos homena-geados e cenas das suas óperas “A Valquíria” e “Falstaff”. O design é do Atelier B2 .

Sobre a emissão, permitimo-nos reprodu-zir o texto da pagela anunciadora da emissão, da autoria de Maria do Céu Novais. Diz-nos a autora que ambos “Partilham o ano de nasci-mento e um talento magistral que os catapultou para o primeiro plano da história da Música. Não há registo de que alguma vez se tenham cruzado em vida. Mas foram companheiros no tempo e geniais artistas numa Europa român-tica, abalada por grandes convulsões políticas e sociais. Richard Wagner e Giuseppe Verdi nas-ceram em 1813. O primeiro na cidade alemã de Leipzig, no dia 22 de maio. O segundo em Roncole, Itália, a 10 de outubro.

Artista completo, de formação autodidata, Wagner foi compositor, diretor de orquestra, poeta e teórico musical. Com os seus ‘dramas musicais’, baseados no conceito de ‘obra de arte total’ (Gesamtkunstwek) − que seria a síntese de todas as linguagens artísticas –, Wagner re-volucionou o género da ópera. Escrevia os seus próprios libretos, dotando as obras de uma con-tinuidade dramática em que sobressai o fluir de motivos condutores (Leitmotive), entretecidos num discurso de caráter sinfónico.

Verdi, que teve aulas regulares de música, não escrevia os libretos, mas trabalhava em estreita colaboração com os seus libretistas. Apropriou-se dos cânones da tradição italiana para os transformar e inovar, na busca da ver-dade e do realismo dramáticos.

Wagner move-se no universo mítico das lendas medievais de origem escandinava. Já Verdi inspira-se em temas históricos retratados em romances ou peças de teatro.

Ambos nasceram no seio de famílias hu-mildes, mas os fios do destino cruzaram-se a fa-vor das suas vocações.

Na infância de Wagner terá sido determi-nante o padrasto, ator, pintor e poeta. Por sua in-fluência, despertou cedo para as Artes, em par-ticular para a Literatura, sua primeira paixão. Foi o fascínio pelas obras de Weber e Beethoven que acabou por impor a música na sua vida. Começa a revelar traços da sua forte persona-lidade musical na ópera ‘O Navio Fantasma’, mas é com a tetratologia ‘O Anel do Nibelungo’ e com a obra ‘Tristão e Isolda’ que o músico ale-mão definitivamente se impõe.

Em ‘A Valquíria’, segunda ópera das quatro que integram o ciclo ‘O Anel’, Wagner trata de questões intemporais, como a busca do amor e a disputa do poder. A personagem princi-pal é Brunnhild, uma das nove valquírias (se-mideusas, na mitologia nórdica) filhas do deus Wotan.

Incentivado a estudar música sob a pro-teção de um comerciante de Busseto que pre-cocemente se apercebeu do seu talento, Verdi consagra-se como compositor em 1842 com ‘Nabucco’, ópera triunfalmente recebida pela crítica e pelo público. Inicia então um intenso período de trabalho do qual resultam obras de lugar cativo no repertório lírico mundial, como é o caso de ‘Rigoletto’, ‘Il Trovatore’, ‘La Traviata’ e ‘Aïda’.

Aos 80 anos compõe aquele que se-ria o seu último trabalho e também a sua pri-meira comédia: a ópera ‘Falstaff’, baseada em Shakespeare. Nela são narradas as peripécias do obeso Falstaff, um velho libertino e sedutor, que acaba ele próprio burlado. Este seu ‘canto do cisne’ é tido como uma obra-prima de virtu-osismo músico-teatral.

Verdi morre em Milão aos 88 anos. Antes, em 1883, na cidade alemã de Bayreuth, Wagner sucumbira a problemas cardíacos, com 70 anos incompletos, no apogeu da sua carreira”.

Geada de Sousa

FilateliaQuinta-feira há novos selos

g Carneiro – (21/3 - 20/4)

Neste momento, a principal ambição do nativo Carneiro

é alcançar o sucesso profissional, sequência do seu es-

forço e empenho desenvolvidos, principalmente durante

o passado ano. Além dos seus projetos também as rela-

ções com os seus amigos e a sociedade em geral estarão

beneficiados. A sua maneira de estar na vida tornará es-

sas relações mais criativas, mais interessantes do ponto

de vista intelectual através da partilha de ideias livre de

convenções ou regras. Andará mais otimista e com von-

tade de abraçar o mundo.

hTouro – (21/4 – 21/5)

No trabalho estará em harmonia e tranquilidade devido

ao momento que atravessa. Altura ideal para fazer planos

para o futuro e desenvolver a disciplina e perseverança

necessária ao seu êxito. Terá oportunidade de estabe-

lecer contactos com pessoas extraordinárias que o en-

riquecerão a nível pessoal e intelectual com as suas ex-

periências, educação e personalidade. Estes contactos

poderão vir a ser muito importantes no seu futuro devido

aos conhecimentos que lhe transmitirão sobre a vida for-

çando-o a ter horizontes mais alargados.

iGémeos – (22/5 – 21/6)

Aceite, adapte, recomece, sorria. Nunca como agora

terá tantas oportunidades de melhorar a sua vida. No

campo amoroso receberá algumas propostas român-

ticas e grandes hipóteses de encontrar a sua alma gé-

mea. Trocará televisão por música. Frequentará expo-

sições, conferências e sentirá necessidade de conviver

com pessoas pouco fúteis. Quanto à saúde, andará mais

fortalecido e resistente. Cuidado com eventuais proble-

mas com a lei.

jCaranguejo – (22/6 – 22/7)

Estará sob a influência positiva de um fluxo de energia

que aumentará a sua capacidade de ação. Eficaz, com in-

tegridade, tomará iniciativas que exigem antevisão, pla-

neamento e autoconfiança. Alargará o âmbito das suas

intervenções e terá maior liberdade de movimentos.

Oportunidade para reestruturar e consolidar relações afe-

tivas. Os amores e os amigos ocuparão um lugar de des-

taque na sua vida e retribuir-lhe-ão o afeto que recebem.

Aproveite esta semana para ir ao cinema ou ao teatro.

k Leão – (23/7 – 23/8)

Com a autoestima em franca ascensão, estará determinado

a ser bem-sucedido em tudo o que fizer. Favorecidos os re-

lacionamentos de amizade e profissionais. Altura para cla-

rificar algumas situações dúbias que deverão ser ultrapas-

sadas devido à facilidade de diálogo com os seus colegas.

Aproveite esta oportunidade pois nem sempre a conjuntura

é tão favorável. Fase de fácil integração em qualquer am-

biente. Na saúde, descontraia com terapias alternativas.

lVirgem – (24/8 – 23/9)

Atravessa um momento favorável à sua criatividade que

lhe dará oportunidade de desenvolver novos projetos

profissionais com sucesso. No entanto, e sem razão apa-

rente sentirá alguma ansiedade e nervosismo que deverá

contrariar ocupando-se mais de si próprio através de

uma alimentação equilibrada e exercício físico. Também

deverá aproveitar o acréscimo de atividade que surgirá

através dos seus amigos, com novos e excitantes interes-

ses. Romanticamente, poderá iniciar uma fase brilhante

e promissora.

aBalança – (24/9 – 23/10)

Vida afetiva harmoniosa. Os nativos comprometidos esta-

rão mais caseiros do que nunca, recolherão ao ninho, cal-

çarão os chinelos e saborearão a verdadeira felicidade

doméstica. Os descomprometidos espalharão energia, vi-

talidade e sedução atraindo com facilidade o interesse do

sexo oposto. Os nativos de Balança sentirão, nesta altura,

vontade de fazer tudo ao mesmo tempo e deverão apro-

veitar essa energia para se dedicarem aos seus afazeres

profissionais. Ótima fase para praticar exercício físico, es-

queça o frio.

bEscorpião – (24/10 – 22/11)

Harmonize-se com a família, estes afetos alimentam-

-lhe a alma. Assim, dê-lhe assistência incondicional

sem esperar nada em troca a não ser momentos de tran-

quilidade e harmonia. Criar bom ambiente, além de ser

um fator de equilíbrio na sua vida, transmite aos outros

uma imagem de si positiva e com boas energias. Boas

oportunidades a nível profissional. Sentirá necessidade

de se isolar a fim de resolver algo que o preocupa. Evite

os excessos alimentares, o seu estômago agradece.

cSagitário – (23/11 – 21/12)

Evite o isolamento e procure a companhia dos outros

o mais que puder. Vai passar por uma fase diferente do

que tem passado. O seu poder de comunicação estará

no máximo e a sua inspiração fará que os outros enten-

dam e aceitem as suas ideias. Prevê-se um otimizar nos

seus relacionamentos no aspeto profissional. As suas

relações familiares estarão a melhorar e procurará es-

tar com familiares que há muito não vê ou com quem

perdeu o contacto. Com o nível de vida e as despesas

em ascensão, necessitará de controlar os rendimen-

tos. Esteja atento à superficialidade exagerada de cer-

tos relacionamentos que mantém.

dCapricórnio – (22/12 – 20/01)

Plenitude será o sentimento dominante esta semana.

Amigo fiel e dedicado continuará em grande forma para

apoiar quem necessita. Na família será um pilar essen-

cial para todos. Atravessará um período de necessidade

de distração e fuga das obrigações do dia a dia. Dedique

mais tempo ao lazer. Profissionalmente, conseguirá ul-

trapassar as dificuldades dos últimos tempos. Faça uma

dieta rica em vitaminas e sais minerais.

eAquário – (21/1 – 19/2)

Nesta semana, o amor é o que mais se destaca. O nativo

de Aquário pensa sempre em nome dos outros. É uma

pessoa que cultiva a reflexão, a meditação, é uma pes-

soa pura e alegre. Despreocupado consigo mesmo, in-

transigente e genial para com os outros, raramente se

lembra de si. Vá às compras, presenteie-se, cuide da

sua autoestima. A sua força interior e a sua personali-

dade atingirão um nível elevado. Também a autocon-

fiança é imprescindível para aproveitar um aspeto favo-

rável esta semana: equilibrar e melhorar as finanças.

fPeixes – (20/2 – 20/3)

Sentirá necessidade de clarificar os seus objetivos de

vida diante deste novo ano. Deve tentar partilhar ideias

e projetos com os seus amigos e colegas através de um

saudável convívio. Cuidado com tudo o que envolva do-

cumentos contratuais. Faça uma alimentação variada e

procure ambientes ao ar livre. Lembre-se de que no ca-

minho que percorremos não recebemos a sabedoria,

descobrimo-la depois de um percurso pessoal que nin-

guém pode fazer por nós, ou poupar-nos a ele.

Previsões – Semana de 26 de janeiro a 1 de fevereiro

Características do signo Touro

Os nativos de Touro gostam de estabilidade e de comodidade. São carinhosos e pacientes, mas tendem a

ser teimosos e possessivos. Argumentativos e egocêntricos não se dão bem com pressões. Têm força de

vontade e sentido de justiça, mas reagem mal às mudanças. Gostam de paz e tranquilidade.

Ana Maria Batista – Beja

Taróloga – Método Maya

Contacto para marcação de consultas: 968117086

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Miguel Ângelo apresenta “Primeiro” em Beja

“A arte torna-nos pessoas

melhores”O

Teatro Municipal Pax Julia será o palco de ar-ranque da digressão de “Primeiro”, o verdadeiro disco inicial da carreira a solo do músico Miguel

Ângelo. Um concerto que está agendado para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, e que permitirá ao antigo vo-calista dos Delfins voltar a uma sala que já conhece de ou-tras andanças e a uma cidade da qual guarda “boas me-mórias”, como confessou ao “Diário do Alentejo”. “É bom começar a Sul, quando a maior parte das datas são a Norte”, reconheceu, prometendo um espetáculo em que velhos temas dos Delfins “irão conviver saudavelmente com as novas canções”. É que “Primeiro”, sendo de facto o primeiro registo de um percurso a solo – “Timidez”, de 1998, foi apenas “um disco piloto” – não surge de um im-pulso de rutura com um caminho na música que já leva mais de 25 anos. “Vejo hoje em dia a minha vida como uma timeline única e coerente, em constante progressão, onde cada passo novo só é possível graças ao caminho dos anteriores, de êxitos e de fracassos”, explica.

Escritos, compostos e produzidos pelo próprio, os 13 temas de “Primeiro”, introduzidos pelo single “Precioso”, são como tal “muito mais autobiográficos do que nos Delfins”, um universo pessoal que, não deixando de ser um reflexo do mundo exterior, também não pretende re-portá-lo de uma forma direta. É também, assumida e ho-nestamente, um disco “otimista”, numa tentativa delibe-rada de contrariar o clima psicológico geral. “Não tentei fugir a nenhum assunto mas também não senti obrigato-riedade de fazer jornalismo de opinião. Para isso já exis-tem muitos cronistas e opinadores. Acho que qualquer tipo de criação artística deve estar acima disso”, consi-dera. E defende que a fruição da música, e das artes em geral, tem a capacidade, não só de nos tornar “pessoas melhores; melhores gestores, políticos ou amigos”, como representa “uma abertura de porta ou janela que nos con-vida a agir. E a não ficar parado, na letargia dos dias”.

“Primeiro”, que os bejenses conhecerão amanhã em primeiro mão, é parte de uma trilogia que já está em mar-cha. A pré-produção de “Segundo” já começou, aliás, e o músico confessa que “são tempos como estes” que o “mo-tivam para criar, trabalhar sem parar”. “Foi sempre assim, esta vontade de produzir sem encomenda, sem garantia de nada, de com muito prazer criar e largar canções, de atirá-las contra o vento. E com a felicidade de haver mui-tas pessoas que continuam a agarrá-las!”, conclui.

Os cinco primeiros leitores do “DA” que mostrarem esta edição na bilheteira do Pax Julia recebem entradas grátis. Válido até 30 minutos antes do início do espetáculo.

História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mi-nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

Decorre amanhã, sábado, a partir das 16 horas, no Centro Multifacetado de Novas

Tecnologias de Vidigueira, uma sessão gratuita de yoga do riso, dinamizada por Maria

Cândida dos Santos. O yoga do riso, desenvolvido a partir de 1995 pelo médico indiano

Madan Kataria, é uma atividade realizada em grupo, na qual se partilha a alegria de

“gargalhar”. Destina-se a pessoas de todas as idades e, mesmo não sendo considerada como

terapia, é frequentemente encarada como uma atividade potencialmente terapêutica.

Os benefícios são diversos e a vários níveis: fisiológico, psicológico e social.

Yoga do riso para passar

a tarde em Vidigueira

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Fim de semana“Sermão aos peixes” em Serpa Um casal de sem-abrigo dá voz, diante do público, ao

“Sermão de Santo António aos Peixes”, fazendo notar

o muito que há ainda de atual neste texto do século

XVII, proferido pelo padre António Vieira. É esta, em

traços gerais, a trama da peça “Sermão aos Peixes”,

que o Trigo Limpo Teatro Acert apresenta hoje, sexta-

feira, no Cineteatro de Serpa, em duas sessões: pelas

15 horas, para o público escolar; e a partir das 21 e 30

horas, para o público em geral. A produção, encenada

e também interpretada por Pompeu José (com Raquel

Costa), insere-se na quarta edição do ciclo Novos

Palcos, promovido pela companhia de teatro Baal 17.

Serão de Cante Alentejano em Castro Amanhã, sábado, decorre, no Cineteatro Municipal

de Castro Verde, mais uma edição da iniciativa Serão

de Cante Alentejano, dinamizada pela associação

Os Ganhões. Em palco, a partir das 21 e 30 horas,

estarão os grupos corais As Estrelas do Alentejo,

de Tires, As Camponesas e Os Ganhões, ambos de

Castro Verde, o Grupo Coral Alentejano da Amadora

e ainda o Violas Campaniças, projeto educativo da

escola secundária local. Um evento que, afirmam os

promotores, “pretende afirmar e promover o cante

alentejano, evidenciando a sua importância como

expressão genuína do património imaterial da região”.

Anaquim agora sim em Mértola Parece que vai ser desta.

O concerto dos Anaquim

em Mértola, cancelado no

último sábado devido ao

mau tempo, foi reagendado

para amanhã, mantendo

local e hora: Cineteatro

Marques Duque, pelas

21h30. As entradas são

gratuitas para o primeiro

concerto do ano da banda

de Coimbra que está a

promover o novo disco,

“Desnecessariamente Complicado”. Um álbum,

diz-se, “em que a música está mais próxima do rock,

embora sem nunca pôr de parte a paleta sonora que

antes os caracterizava: o swing, a country, o jazz

manouche, o cabaret ou a música portuguesa segundo

os mandamentos de Sérgio Godinho ou José Afonso”.

Bedeteca de Beja com novas exposiçõesA Bedeteca de Beja começou o ano com um novo par

de exposições, que vão estar patentes até ao final

de fevereiro. A primeira, individual, do premiado

autor brasileiro André Diniz, dá pelo nome de

“O morro da favela e outras histórias” e reúne

trabalhos de várias obras, que têm em comum a

técnica inspirada na xilogravura e na arte africana.

A segunda, coletiva, reúne desenhos de Afonso

Ferreira, André Valente, Catarina Gil, Daniela Viçoso,

Diogo Campos, Fábio Araújo, Fernando Madeira,

Filipe Cardoso, Lucas Marques, Luís Nogueira, Luís

Silva, Pedro Horta e Silvestre Francisco (Véte), entre

muitos outros, sob o título “Avenida Marginal”.

Luís Saturnino na Adega Raposo em Ervidel Ervidel recebe amanhã, sábado, mais uma das Noites Decantadas, desta feita na Adega Raposo e protago-nizada pelo fadista Luís Saturnino. O ciclo, com uma programação que contempla a música, o teatro e a poesia, decorre até 11 de fevereiro, sob a responsabilidade da junta de freguesia local, que assume a responsabilidade de “promover, defender e valorizar a cultura do vinho” e, em simultâneo, “o desenvolvimento económico, so-cial e cultural” da terra.

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Empresário alentejanolança migas com entrecosto instantâneas

Depois do ovo estrelado instantâneo patenteado pela Derovo e conseguido com o auxílio do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho, chegou a vez da gastro-nomia alentejana entrar no mundo das refeições rápidas. Ao que apurámos, a empresa Cagulo estará a preparar umas mi-gas com entrecosto instantâneas, como nos explicou o seu CEO, Julião Rábano, que já mandou patentear a iguaria: “Trata-se de um processo revolucionário! O nosso prato de migas não tem gorduras, não tem hidratos de carbono, não tem coran-tes, não tem conservantes, não tem alho, não tem banha de porco, não tem pão e não tem entrecosto! Além disso, pode ser comido por bebés e por aqueles esquisitos que não apreciam carne. O produto vem dentro de uma embalagem especial e pode ser confecionado num forno, micro-ondas, com um ma-çarico ou um lança-chamas…” Segundo informações da com-panhia, este manjar terá como principais clientes o aeroporto de Beja, o mercado asiático, sempre disposto a inovar, a Asso-ciação de Alpinismo de Mombeja, o Instituto de Socorro a Náu-fragos de Quintos e a própria NASA, que já demonstrou inte-resse em dar aos seus astronautas, duas vezes por semana, uma refereição caseira. Entretanto, a ASAE anunciou que irá investigar o produto. A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica terá decidido monitorizar este petisco devido aos inúmeros relatos de efeitos secundários, como o albinismo ou a gaguez, e pelo facto de o folheto informativo relativo ao mesmo referir que a refeição poderá “conter vestígios de car-tolina, panrico, diluente e pedaços de Belle Dominique.”

Autárquicas 2013:candidaturasjá começarama enviarspam para o emaildos eleitores

É verdade que ainda faltam uns meses para a campanha eleitoral das autárquicas, mas os partidos e movimentos independen-tes já colocaram as suas candidaturas no terreno. Uma investigação Não confirmo, nem desminto/Exame Informática/Steve Jobs revela que começaram a ser envia-dos os primeiros emails com spam para os endereços eletrónicos dos eleitores alen-tejanos. Deixamos-lhe aqui alguns exem-plos: “Leia o programa Beja Capital, envie--nos o quiz final e ganhe um ‘Penis enlar-gement’ – oferta válida para os primeiros cinco questionários totalmente corretos”; “Camarada, acompanha o programa da CDU – oferecemos às primeiras 150 subs-crições uma cópia do filme para adultos ‘O Violador Neoliberal’”; “Venha à reunião do PSD Beja – estamos no stand 189 da Feira de Time-Sharing de S. Marcos da Atabo-eira”; “Jovem, esperamos o teu contributo para o programa do Bloco – aparece que oferecemos djambés, tofu e djambés feitos de tofu”; “Usa o pullover pelas costas para evitar resfriados? Tem uma coleção de sa-patos de vela? Então apareça nas reuniões de preparação do programa eleitoral do CDS/PP em Beja. Não sabia que havia CDS em Beja? Nós também não...”.

Lance Armstrongconfessa a Oprahque correu na Volta ao Alentejo dopado com sopas de caçãoe pão de rala

A recente entrevista do americano Lance Armstong causou grande alvoroço no pa-norama desportivo mundial. O ex-ciclista, em entrevista à Oprah (a Felícia Cabrita dos Estados Unidos), admitiu ter-se do-pado através do consumo de substâncias como a EPO, testosterona e até café espa-nhol. Todavia, houve declarações de Arms-trong, às quais tivemos acesso, que fica-ram fora da entrevista difundida mundial-mente. Reproduzimo-las aqui em primeira mão: “Foi tudo uma grande mentira! Co-meçou numa Volta ao Alentejo há muitos anos... Nessa altura utilizámos um método único que consistia no consumo de subs-tâncias como sopas de cação ou pão de rala. Era muito complicado enfiar um pão de rala num saco de soro e injetá-lo para a veia, mas a verdade é que conseguimos… As pessoas pensavam que porque eu era rápido e ganhava no capítulo da aerodi-nâmica por ter só um testículo, mas nunca desconfiaram do poder energético da do-çaria conventual que injetava 10 vezes ao dia…”, declarou.

Inquérito Uma sondagem recente revelaque “94 por cento dos portuguesesnão acredita na classe política”. Acha que têm motivos para isso?

ANTÓNIO JOSÉ SEGURO, 50 ANOS

Pessoa que tem o ar de quem acabou de des-

cobrir que o seu hamster tem leucemia

Eu queria dizer aqui, de uma forma muito clara, que os portugueses não

têm razões para isso. Eu, ao contrário de outros políticos que só gostam

de folhas de Excel e de políticas recessivas, preocupo-me com as pessoas e

os seus problemas. Ao contrário daqueles insensíveis do Governo, eu cho-

rei quando vi o “Bambi”. E quero afirmar, de uma forma muito clara, que o

PS está pronto para discutir com o Governo o que for necessário. Nós não

fugimos, nem inventamos desculpas: estou apenas à espera que o arroz

acabe de cozer para ir a São Bento...

ANTÓNIO PIRES DE LIMA, 50 ANOS

Pessoa que está com o Governo às ter-

ças e quintas, e que está contra o Governo

às segundas, quartas e sextas

As pessoas têm razão para se sentirem insatisfeitas. Eu já tinha dito que

Portugal precisava de uma direita sexy… E, até hoje, não fizemos nada

de sexy… Até disse à Assunção Cristas para usar uma saia acima do jo-

elho com duas rachas de lado e evitar as calças que lhe fazem as per-

nas parecer uns troncos, mas não valeu de nada. Para quando o Nuno

Crato com umas lantejoulas e uma blusa bem decotada para realçar os

pelos do peito? E o Paulo Macedo com cinto de ligas para realçar aque-

les presuntos, pá? Vamos lá, pessoal, ‘bora lá mostrar essa pele e aba-

nar as anquinhas!

MIGUEL RELVAS, 51 ANOS

Pessoa que quer vender o Mosteiro dos

Jerónimos ao primeiro colombiano e/ou an-

golano que apresente uma proposta

Os portugueses são uns ingratos. Esquecem-se de grandes homens

que deram o seu melhor pelo País. Tomara muitos portugueses te-

rem o jeito para os negócios de Dias Loureiro, o talento para escrever

letras de hinos partidários do Dias Loureiro, ou a mestria a aparar bi-

godes do Dias Loureiro. Isto para não falar do Duarte Lima, que é me-

nino para dar boleia a senhoras idosas sem pedir nada em troca! Às

vezes sinto que os portugueses têm mas é inveja de mim… Não te-

nho culpa de ter ganho uma licenciatura na raspadinha!

Aeroporto de Beja: mau tempo leva ao cancelamento

dos voos Beja-Gasparões, Beja-Canhestros e Beja-Vila Azedo.

Miguel Ângelo canta em Beja no próximo sábado,

o que obrigou a Proteção Civil a colocar a cidade em alerta vermelho.

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FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO

ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e

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Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Aníbal

Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão

Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João

Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho

Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@

sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares

Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Hoje, sexta-feira, espera-se chuva em toda a região e a temperatura deverá oscilar entre os 11 e os 14 graus centígrados. Amanhã, sábado, o céu apresentar--se-á muito nublado e no domingo prevêem-se aguaceiros.

“Ribanho” para ver no Centro Multifacetado de Vidigueira

A Galeria do Centro Multifacetado de Novas

Tecnologias de Vidigueira acolhe, até 16

fevereiro, a exposição de banda desenhada

“Ribanho”, com trabalhos publicados na tira

homónima, de Luís Afonso (texto) e Carlos

Rico (desenho), publicada na última página do

“Diário do Alentejo” ao longo de quase uma

década. “Ribanho” nasceu no início de 2003, a

partir de um convite feito pelo então diretor do

jornal. Das duas primeiras letras dos nomes dos

autores surgiu o pseudónimo da dupla “luca”, que

criavam as personagens em conjunto, dividindo

tarefas: Luís escrevia semanalmente os textos e

Carlos encarregava-se dos desenhos e da “tradução

para alentejano”. Passados quase quatro anos

e quase 200 tiras, foi editado o livro, com uma

seleção do melhor de “Ribanho”, ordenada por

ordem cronológica, até que, em outubro de 2012,

a série chegou ao fim. Os autores, numa tentativa

de não deixar morrer definitivamente o projeto,

estão agora no blog ribanho.blogspot.pt onde,

semanalmente, vão publicando todas as tiras da

série, por ordem cronológica.

Mértola prepara 7.º Festival Islâmico para maio

A Câmara Municipal de Mértola está a finalizar

o programa do 7.º Festival Islâmico, evento que

decorrerá entre os dias 16 e 19 de maio e que

pretende “valorizar e divulgar a herança islâmica

da Vila Museu”. Mais do que o souk (mercado) que

se instala no centro histórico, diz a autarquia, o

festival de 2013 “aposta em projetos culturais como

seminários, exposições, concertos, teatro, dança e

animação de rua”. O projeto Festival Islâmico de

Mértola nasceu em 2001 e desde o início “é uma

referência no panorama da animação cultural e

turística do concelho de Mértola e de toda a região,

assumindo um papel de relevância fundamental na

economia local”, acrescenta a câmara, adiantando

ainda que “o sucesso da iniciativa desde a primeira

edição, e os mais de 50 mil visitantes da última

edição, em 2011, motivam, mas também impõem

à câmara municipal a enorme responsabilidade de

se superar nesta 7.ª edição”.

O Museu do Relógio lançou ontem o

seu primeiro relógio de parede. Pode-

-nos apresentar essa peça?

Desde 2001 que o museu, a pedido de co-lecionadores e dos “Amigos do Museu”, produz anualmente um relógio mecâ-nico. Desde então, o museu fez 14 reló-gios de pulso e bolso em homenagem a cidades ou regiões de Portugal. Este ano partimos do conceito individua-lista do relógio de pulso para o coletivo de um relógio de parede. Foi um projeto de nove meses de investigação, design de peças e componentes, tentativas, monta-gem e produção dos protótipos. É uma peça ímpar pela sua função de 24 horas – o ponteiro das horas dá uma volta por dia, ao contrário das duas que estamos habituados – num design contemporâ-neo tal como as tendências atuais por parte das famílias modernas, hotéis, res-taurantes ou instituições. É de destacar termos desenvolvido um relógio de pa-rede que não tem som, procurando sa-tisfazer os que se queixam do ruído do “bater as horas” durante a noite! Toda a madeira que faz de “pano de fundo” ao relógio é fruto da parceria com o Museu do Marceneiro, em Évora.

O Museu do Relógio abriu, não há

muito, um polo em Évora. Serpa estava

a tornar-se pequena em demasia para a

vossa coleção?

O museu procura “levar o museu a quem não pode ir a Serpa”. Porto, Figueira da Foz, Estoril, Vilamoura e Évora foram algumas anfitriãs, sendo que na última tivemos um fantástico acolhimento. Acabámos por abrir em dezembro 2011. Encontrámos o parceiro “ideal”, a Fundação Inatel, que hoje, para além de nosso “senhorio”, é um fiel parceiro

ativo do nosso humilde mas dinâmico museu! Com esta expansão reforçamos diariamente a marca “Serpa” e com isto estimulamos o fluxo turístico onde está

o verdadeiro museu… em Serpa!

O que é hoje em dia o Museu do

Relógio?

O museu é a continuação de um legado deixado por um alentejano – António Tavares d’Almeida, 1948-2012 – que por sua conta e risco criou uma cole-ção ímpar de 2 300 relógios mecâni-cos desde 1630 até 2012. Reconhecido como o único museu autossustentável em Portugal, sem subsídios ou financia-mentos do Estado, autarquia ou empre-sas, este (sobre)vive fruto da paixão e do imenso esforço diário por parte da famí-lia proprietária e dos seus colaboradores. A sua lojinha e a sua oficina de restauro procuram garantir receitas para as ele-vadas despesas e compromissos. O mu-seu é pró-ativo e procura permanente-mente criar parcerias, tendo hoje mais de 40 parceiros.

É correto afirmar que a maior riqueza

do Alentejo é o tempo, é o uso que se

faz do tempo?

Definir o tempo é algo tão difícil como definir o amor! A perceção do tempo não é universal, varia de indivíduo para indivíduo, de cultura para cul-tura. O tempo não é o mesmo para um adulto, uma criança ou um idoso. O tempo flui de forma diferente na Europa ou na África. Os chineses che-garam a pensar dominar o tempo. Para eles este repetia-se num ciclo sem fim e cada imperador marcava o início de uma Era. Já para os cristãos o tempo é linear, representando o progresso e o caminho para a perfeição. No “nosso” Alentejo o tempo é uma joia por lapi-dar… alguns valorizam-na outros me-nosprezam-na! Paulo Barriga

Eugénio Tavares

d’Almeida32 anos, natural de Serpa

Estudou num colégio católico interno e formou-se em gestão turística e hoteleira. Após diversas experiências na hotelaria de luxo, que o levaram até ao Dubai, regressou à sua cidade natal, Serpa, em 2006 onde deste então tem procurado dinamizar o Museu do Relógio, que agora também tem um polo em Évora.

Museu do relógio lança relógio de parede “24 horas”

“No Alentejo o tempoé uma joia por lapidar”

O Museu do Relógio, que tem sede em Serpa e um polo em Évora, lançou ontem, 24, o seu primeiro relógio de parede. Uma peça em madeira, construída em articulação

com o Museu do Marceneiro, que tem a particularidade de mostrar as 24 horas do dia.Ou seja, o ponteiro das horas dá apenas uma volta completa

por dia, ao contrário das duas que estamos habituados. Uma forma diferente de mostrar o tempo, essa grandeza “tão difícil de definir quanto o amor”.

quadro de honra

O “DA” está no canal 475533 doNº 1605 (II Série) | 25 janeiro 2013

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