ediçao n.º 1592

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SEXTA-FEIRA, 26 OUTUBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N. o 1592 (II Série) | Preço: 0,90 Os últimos dias da freguesia de Gomes Aires É uma das mais antigas localidades do distrito de Beja. Deve o seu nome ao ca- valeiro moçárabe que lutou na Batalha de Ourique ao lado de D. Afonso Henriques. Mas, em apenas um ano, perdeu a escola primária e a própria junta de fregue- sia. Com cerca de quatro centenas de habitantes, na sua maioria idosos, Gomes Aires “sonha” agora com um centro de dia. págs. 4/5 Cartografia das freguesias a abater Nesta edição do “Diário do Alentejo” publicamos uma infografia com o mapa das freguesias a agrupar ou a extinguir no distrito de Beja, segundo a Associação Nacional de Freguesias. Um processo que está a levantar acesa discussão entre os autarcas da região, que amanhã, pelas 17 horas, saem à rua em manifestação de protesto. págs. 12 e 16/17 Comissão Europeia dá “luz verde” ao financiamento de Alqueva Estado português autorizado a utilizar verbas do Fundo de Coesão pág. 11 e crónica de João Mário Caldeira na pág. 15 Em busca do código genético do sobreiro Ciência de ponta em Beja págs. 6/7 Desde meados do ano que está em funcionamento em Beja a cantina social da Caritas Diocesana. Um equipamento criado ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar que todos os dias fornece uma centena de refeições a 83 utentes. Pessoas que, na sua esmagadora maioria, “tinham uma vida organizada” antes da crise. Reportagem nas págs. 8/9 A pobreza já não olha a classes sociais Amanhã há marcha lenta e buzinão pela construção do IP8 e IP2 pág. 12 Ministra da Justiça mantém encerramento do Tribunal de Mértola pág. 10 Saiba quanto vale para o Governo cada habitante do distrito de Beja pág. 12 JOSÉ FERROLHO JOSÉ SERRANO PAULO MONTEIRO JOSÉ FERROLHO

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SEXTA-FEIRA, 26 OUTUBRO 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1592 (II Série) | Preço: € 0,90

Os últimos dias da freguesia de Gomes AiresÉ uma das mais antigas localidades do distrito de Beja. Deve o seu nome ao ca-valeiro moçárabe que lutou na Batalha de Ourique ao lado de D. Afonso Henriques. Mas, em apenas um ano, perdeu a escola primária e a própria junta de fregue-sia. Com cerca de quatro centenas de habitantes, na sua maioria idosos, Gomes Aires “sonha” agora com um centro de dia. págs. 4/5

Cartografi a das freguesias a abaterNesta edição do “Diário do Alentejo” publicamos uma infografia com o mapa das freguesias a agrupar ou a extinguir no distrito de Beja, segundo a Associação Nacional de Freguesias. Um processo que está a levantar acesa discussão entre os autarcas da região, que amanhã, pelas 17 horas, saem à rua em manifestação de protesto. págs. 12 e 16/17

Comissão Europeia dá “luz verde”ao fi nanciamento de Alqueva

Estado português autorizado a utilizar verbas do Fundo de Coesão

pág. 11 e crónica de João Mário Caldeira na pág. 15

Em busca do código genético do sobreiroCiência de ponta em Beja

págs. 6/7

Desde meados do ano que está

em funcionamento em Beja

a cantina social da Caritas

Diocesana. Um equipamento

criado ao abrigo do Programa

de Emergência Alimentar que

todos os dias fornece uma

centena de refeições a 83 utentes.

Pessoas que, na sua esmagadora

maioria, “tinham uma vida

organizada” antes da crise. Reportagem nas págs. 8/9

A pobreza já não olha a classes sociais

Amanhã há marcha lenta e buzinão pela construção do IP8 e IP2

pág. 12

Ministra da Justiça mantém encerramento do Tribunal de Mértola

pág. 10

Saiba quanto vale para o Governo cada habitante do distrito de Beja

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012 Editorial

FeirasPaulo Barriga

Quando se fala em feiras, no Baixo Alentejo, no tempo das feiras, fala-se

na Feira de Castro e na Feira de Alvito. A maior parte das restan-tes localidades, começando por Beja, optaram por deixar cair as feiras tradicionais e apostaram fortemente na especialização, na tematização, na pormenoriza-ção. A Ovibeja terá sido a matriz para o ressurgimento das feiras, das novas feiras, um pouco por todo o território. Um modelo atu-alizado, dinâmico, quase assético, que reconciliou as pessoas com as suas feiras. E é nesse reencontro, nessa criação de novos centros de partilha, modernos e organizados, que reside o principal mérito deste tipo de eventos. Porque as feiras, velhas ou novas, tradicionais ou especializadas, são sempre mo-mentos fundamentais para a vida coletiva de uma comunidade. Mas quando se fala em feiras, no Baixo Alentejo, no tempo das feiras, fala - -se na Feira de Castro e na Feira de Alvito. A de Castro aconteceu no último fim de semana. A de Alvito está agendada para o Dia de Todos os Santos. Têm em comum uma certa marginalidade, uma certa anarquia, uma certa personali-dade que nos faz parar no tempo. E nos faz olhar para as coisas da terra e para as pessoas com cará-ter de urgência. É nestas duas fei-ras que ainda escorre a seiva da comunhão, o aconchego da par-tilha, a ânsia do reencontro. Aqui nada é combinado, nada é susce-tível de agendar ou predefinir. As feiras, estas, acontecem por si e em si. São entidades vivas e imprevi-síveis como qualquer bicho sel-vagem. Se hoje em dia queremos encontrar o largo que Manuel da Fonseca tão engenhosamente de-finiu na sua obra temos que mer-gulhar, ao acaso, nos terreiros de Castro e de Alvito (é verdade que aqui , em Alvito, a autarquia ten-tou “domar” a feira, mas o seu es-pírito manteve-se indomesticá-vel). A feira é a rua, a algazarra, o acaso, o improviso. O comércio é apenas um pretexto. Tanto maior, o pretexto, quanto mais rechea-das forem para lá as carteiras. Este é o tempo das feiras. O tempo que medeia entre a Feira de Castro e a Feira de Alvito. O tempo em que se começa a olhar ao tempo. Em que se encerra o verão e as colhei-tas. Em definitivo. Onde as chuvas aparecem pela gaita do amola-te-souras. Onde as romãs mostram toda a sua exuberância. Onde os figos secos se abrem ao miolo das nozes e das amêndoas. Onde o vi-nho ganha força e boas cores nas talhas de barro. Onde as azeitonas gritam para ser colhidas. Onde a natureza se regenera. E as pes-soas também. Ainda que num rijo abraço. Ou num simples “até para o ano”.

O presidente da Câmara de Almodôvar, do PSD, manifestou “satisfação e conforto” com a proposta final do Ministério da Justiça, já que “atendeu aos argumentos e às razões do município” para evitar o fecho do tribunal local e que “foram fortes e com grande suporte”.

António Sebastião, citado pela Lusa

Ilda Carrasco,

65 anos, domésticaNão gosto nada que a hora mude. Anoitece muito cedo e as pessoas saem dos serviços já de noite. Não sei qual a ne-cessidade de alterar o horário. Não lhe encontro função ne-nhuma. A não ser os dias fica-rem mais pequeninos. Quando os dias são maiores sempre vou até ao café um bocadinho. Para estar com as minhas amigas.

Patrícia Guimarães,

26 anos, arqueólogaNão gosto. O meu trabalho é desenvolvido sobretudo à luz do dia. Por isso esta mudança interfere diretamente na mi-nha profissão. Quando anoitece mais cedo trabalho menos, li-mita-me. Acho que para a ge-neralidade da população estas mudanças não trazem qual-quer vantagem. E às seis da tarde ser de noite altera-me o estado de espírito, o humor.

Elizabete Malveiro,

35 anos, assistente socialEstou habituada a que a hora mude. Essa situação não me causa transtorno algum. Também me lembro de uns anos em que não houve modi-ficações no horário. E também ninguém estranhou. Não vejo incómodos nestas alterações que consigam interferir na mi-nha boa disposição. Nem bene-fícios. Mas marca a chegada do inverno. E do período escolar.

Maria João,

39 anos, desempregadaNão concordo. Às cinco da tarde já é de noite e isto bara-lha-nos um bocadinho. Era pre-ferível que o horário se man-tivesse como está. Mas não me altera o dia a dia em nada. Nem nas tarefas domésti-cas me altera a rotina. Faço tudo à mesma hora. Só que em vez de ter sol, está de noite. Não me agrada, mas tam-bém não é nada de grave.

Voz do povo O que acha do horário de inverno?(No próximo domingo às 2 da manhã o relógio atrasa uma hora) Inquérito de José Serrano

Vice-versaPaula Teixeira da Cruz, “que é do PSD, não quis defraudar um autarca do PSD, neste caso o de Almodôvar, e veio propor o encerramento do Tribunal de Mértola, que fica num concelho que não é PSD”.

Jorge Rosa, citado pela Lusa

Fotonotícia Uvas de Vale da Rosa a caminho da China As uvas de Vale da Rosa foram enviadas na semana passada para

a China. O contentor com 15 toneladas, composto por Red Globe, Palieri e Back Pearl, foi o primeiro, mas espera-se que brevemente mui-

tos mais possam seguir viagem. Para a sociedade agrícola Vale da Rosa, “é uma excelente oportunidade para e empresa, mas também para

a fruta portuguesa”, até porque o mercado asiático encontra-se em grande crescimento. Tratou-se, assim, muito mais do que o envio de um

contentor. É que o fruto continua a dar frutos. Diretamente do Alentejo para a China. BS Foto de José Ferrolho

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012Rede social

O que são os Toastmasters?

A Toastmasters Internacional (TM) é uma organização sem fins lucrativos reconhecida em todo o mundo como a principal organização dedicada ao desenvolvimento de competências de comunicação e liderança. O primeiro clube foi fundado pelo dr. Ralph C. Smedley em 1924 no Bloomington, Illinois, procurando responder à necessidade detetada junto dos jo-vens no que respeita às competên-cias de “falar em público e condu-ção de reuniões eficazes”. O conceito encontra-se atualmente espalhado pelo mundo, contando com mais de 270 000 membros em aproximada-mente 13 000 clubes Toastmasters em 116 países. A missão de um clube Toastmasters é “criar um ambiente de aprendizagem positivo e de su-porte mútuo, onde cada membro te-nha a oportunidade de desenvolver as suas capacidades de comunicação e de liderança, que por sua vez per-mitem o aumento da auto-confiança e o crescimento pessoal”.

Como surge o clube em Beja?

O projeto arrancou em março de 2011 e nasceu da vontade de dois bejenses (Carlos Monteiro e Rui Isidoro), com o intuito de trazer o conceito para a cidade, proporcionando à comuni-dade um espaço para treinar e aper-feiçoar ainda mais as suas compe-tências de comunicação e liderança, tendo como parceiro institucio-nal a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPBeja. O arranque das atividades do Beja Tostmasters Club ocorreu no dia 12 de novembro de 2011. Após a inscrição dos primeiros 20 membros fundadores do clube, o Beja TM Club foi registado interna-cionalmente como clube oficial em janeiro de 2012. As sessões regulares do clube realizam-se desde setembro de 2012 no Beja Parque Hotel, par-ceiro do Beja TM Club.

Irá decorrer, no Beja Parque Hotel,

uma sessão que contará com a pre-

sença de Bruno Ferreira. Qual o ob-

jetivo deste evento?

No dia 27 de outubro a sessão regu-lar do Beja TM Club contará com a presença especial de Bruno Ferreira, o talento bejense das mil e uma vo-zes. O evento tem por objetivos divul-gar ainda mais o clube e as suas ati-vidades junto da comunidade, assim como partilhar a experiência e o ta-lento de Bruno Ferreira no domínio da comunicação, enriquecendo e do-tando ainda mais os membros do clube e os convidados de ferramentas úteis neste domínio. A sessão é aberta ao público em geral e gratuita.

Bruna Soares

3 perguntasa Carlos

MonteiroPresidente do Beja Toastmasters Club

Semana passada

QUARTA-FEIRA, DIA 17

ODEMIRA ENCONTRADO CADÁVER DE HOMEM DESAPARECIDO

O cadáver de um homem, de 53 anos, que estava desaparecido foi encontrado no canal da barragem de Santa Clara, no concelho de Odemira. O cadáver do homem foi encontrado pela GNR e foi recolhido e transportado para a morgue do Hospital de Beja, onde foi autopsiado. A GNR está a tentar apurar as causas da morte do homem, que poderá ter sido provocada por um eventual acidente, como a queda no canal, ou poderá tratar-se de um caso de suicídio.

QUINTA-FEIRA, DIA 18

ALJUSTREL SAÚDE SOBRE RODAS

Já circula pelas estradas de Aljustrel a nova viatura da Unidade Móvel de Saúde. Este veículo irá prestar cuidados de enfermagem e atendimento social aos munícipes residentes em localidades onde não existem centros ou extensões de saúde, nomeadamente Aldeia dos Elvas, Jungeiros, Corte Vicente Anes, Rio de Moinhos e Carregueiro. Em Ervidel, Messejana e Montes Velhos esta viatura presta apenas atendimento social. Esta é uma parceria entre a autarquia local, a Administração Regional de Saúde e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

SÁBADO, DIA 20

BERINGEL OBRA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA TERMINADA

A Câmara Municipal de Beja inaugurou a obra de requalificação urbana de Beringel. Para assinalar o final destas obras há muito esperadas, a autarquia, com o apoio da Junta de Freguesia de Beringel e da Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Beja (EMAS), convidou toda a população da freguesia de Beringel a assistir à cerimónia de inauguração das obras. E não faltou um almoço e muita animação.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 22

OURIQUE DESPISTE FAZ SEIS FERIDOS, DOIS DELES GRAVES

Seis pessoas ficaram feridas, duas delas com gravidade, no despiste de uma carrinha de nove lugares, ocorrido no Itinerário Complementar (IC) 1, na freguesia de Santana da Serra, concelho de Ourique, revelaram os bombeiros. O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou que o acidente, que não obrigou ao corte da estrada, ocorreu por volta das 8 horas, ao quilómetro 682 do IC1. Os feridos mais graves foram transportados para o Hospital de Beja, tendo os bombeiros encaminhado também outras das vítimas para o Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Castro Verde.

BEJA PREVENÇÃO SOBRE EFEITOS DAS PRIMEIRAS CHUVAS

O Serviço Municipal de Proteção Civil de Beja realizou vários trabalhos para prevenir efeitos das primeiras chuvas, sobretudo inundações na via pública, como limpeza de bermas e desobstrução de canais de drenagem. Segundo a Câmara de Beja, os trabalhos “são fundamentais para garantir o bom funcionamento das infraestruturas”, num período em que “as primeiras chuvas deste outono já se fazem sentir”.

QUARTA-FEIRA, DIA 24

MÉRTOLA AUTARQUIA FAMILIARMENTE RESPONSÁVEL

A Câmara de Mértola voltou a ser distinguida, pelo segundo ano consecutivo, pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis. A cada município assinalado foi entregue a bandeira verde da iniciativa “Autarquia + Familiarmente Responsável 2012”, numa cerimónia que teve lugar na quarta-feira, 24, no Auditório Nacional dos Municípios, em Coimbra.

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Todos à abertura da Feira da CaçaMais uma edição da Feira da Caça, em Mértola, e foi assim o momento de inauguração. Todos a cortarem a fita, no evento que enaltece uma das potencialidades do concelho, mas também da região. E a animação, lá para os lados do Guadiana, foi muita.

A enchente da Feira de CastroE foram muitos também o que foram à Feira de Castro, ou não fosse esta uma tradição enraizada na cultura das gentes do Alentejo. E até ao largo era vê-los de banca em banca, à procura do melhor artigo, tanto para o menino, como para a menina.

Terminaram as obras em BeringelAplausos e mais aplausos. Chegou o momento da inauguração da obra de requalificação urbana de Beringel. E a festa juntou autarcas e população, até porque as obras eram há muito esperadas e o momento brindou-se com pompa e circunstância.

Contos para pais e filhos As XII Palavras Andarilhas ainda mexem em Beja. E na biblioteca municipal da cidade houve lugar para mais uma estafeta de contos. Pais e filhos debruçados sobre as histórias. Uma tarde inteira de boa disposição e partilha.

Base Aérea de Beja fez 48 anos A Base Aérea de Beja comemorou o seu 48.º aniversário e a banda de música da Força Aérea Portuguesa deu um espetáculo no Pax Julia Teatro Municipal. A entrada foi livre e foram muitos os que se juntaram às celebrações.

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Gomes AiresChega ao fim uma das mais antigas freguesias do distrito de Beja

A derradeira batalha de Gomes AiresG

omes Aires é uma terra de conquis-tas. Melhor, Gomes Aires foi uma terra de conquistas. Deu-lhe o nome um ca-

valeiro moçárabe que combateu ao lado de D. Afonso Henriques na mais sangrenta batalha da chamada Reconquista, que terá acontecido algu-res num cabeço vizinho dos campos de Ourique. Pela bravura e valentia demonstradas em com-bate, o primeiro rei de Portugal terá doado ao seu fiel guerreiro as terras que atualmente perten-cem à freguesia de Gomes Aires. Melhor, as ter-ras que pertenciam à freguesia de Gomes Aires.

É que a Assembleia Municipal de Almodôvar decidiu, no final de setembro, agregar Gomes Aires à freguesia vizinha de Santa Clara-a-Nova. “Uma perda lamentável”, reconhece o ainda pre-sidente da junta, António Guerreiro Francisco. Ainda assim, ajuda José da Palma, “do mal o me-nos, ainda falaram em levar a junta para Aldeia dos Fernandes. Queriam tirar ao pai, para dar ao filho. Isso não se faz”. É que na última revisão ad-ministrativa do território, Gomes Aires foi obri-gada a ceder boa parte do seu território para a criação da freguesia de Aldeia dos Fernandes. Situação que nunca foi bem digerida por aque-las bandas.

Gomes Aires é uma típica aldeia alentejana, com certeza. Com os típicos problemas que às al-deias alentejanas são próprios: despovoamento galopante, desemprego galopante, envelheci-mento galopante. Pela manhã, para além do re-creio da escola primária, o único local onde se denota algum bulício é precisamente a junta de freguesia. Onde diariamente um médico de São Bartolomeu de Messines atende as doenças da velhice. “É a única coisa boa que ainda aqui te-mos”, reconhece a senhora Maria José, que viu os seus cinco filhos abalarem em busca de uma vida melhor e que, por devoção, guarda a chave da igreja de São Sebastião de Gomes Aires.

Já não chegam a 400 os eleitores de Gomes Aires. Razão pela qual a freguesia entrou no le-que daquelas que deixaram de reunir os critérios de organização territorial. E o mais assombroso é que o número de habitantes não difere muito do número de eleitores. O que demonstra a avan-çada idade da população. Até final do período es-colar ainda por ali se vão ouvindo os risos das crianças que brincam no recreio da escola. Mas, a partir de dezembro próximo, também os sorri-sos das crianças viajarão para a escola primária de Santa Clara-a-Nova, cujas obras de beneficia-ção estão quase concluídas.

“Este tem sido um ano terrível para Gomes Aires”, lamenta António Mateus Sequeira, que foi o último regedor da freguesia e que ainda hoje, com 81 anos, atende os clientes na mercea-ria que o seu pai lhe legou, a Casa Mateus, o mais antigo estabelecimento comercial do concelho de Almodôvar. António Mateus Sequeira não se refere apenas à “desastrosa” intenção de agru-par a junta de freguesia que governou durante 18 anos. Lamenta também o súbito falecimento,

Gente Já não chegam a 400 os eleitores de Gomes Aires

Escola A partir de dezembro, as crianças da aldeia vão rumar até à vizinha Santa Clara-a-Nova

A Assembleia Municipal de Almodôvar votou favoravelmente, em setem-

bro último, a agregação das freguesias de Gomes Aires e Santa Clara-a-

-Nova. Terra que levou o nome de um dos cavaleiros mais ativos na

Batalha de Ourique, Gomes Aires, perde assim a junta de freguesia, num

ano em que também perdeu a sua escola primária. Restam pouco mais

de 300 eleitores, e quase tantos habitantes, naquela que é uma das mais

antigas localidades do distrito de Beja.

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

em junho último, do presidente eleito, Manuel da Silva, o encerramento da escola primária e o hipotético fecho da extensão de saúde. “É muita desgraça num só ano”, reconhece.

Mas nem sempre foi assim. Gomes Aires, na década de 1960, “tinha mais gente numa só rua do que a população que hoje vive na freguesia. Os campos aqui à volta estavam todos cultivados, fazia-se negócio… chegámos a trocar mais de 26 mil quilos de trigo por farinha. Isto num só mês”, recorda o merceeiro que foi “obrigado” a ser re-gedor. “O problema maior desta terra”, comple-menta Silvina Mestre, “é que os novos vão em-bora e aqueles que saem já não regressam, como acontece nas outras freguesias aqui perto”.

Silvina Mestre é presidente da única coletivi-dade da freguesia, a Associação Sonho e Verdade. Uma denominação que não esconde uma certa ironia face aos trilhos que Gomes Aires tem cal-correado nos últimos tempos. “Sonhar”, reco-nhece, “é das poucas coisas que ainda nos vão restando. É muito triste que uma freguesia com oitocentos e tal anos de história tenha que se juntar a outra”. Mas a história que a Associação Sonho e Verdade quer contar é outra. É a histó-ria da criação de um centro de dia para os idosos de Gomes Aires. Uma história com mais de duas dezenas de anos e que, agora, parece estar a le-var algum rumo. “O projeto para o centro de dia está quase concluído e no dia 15 de dezembro ire-mos apresentá-lo aos sócios. Temos o terreno que a Câmara de Almodôvar nos cedeu e vamos es-perar que haja uma candidatura que possa fazer avançar o equipamento”, sonha Silvina Mestre: “os novos abalam e é com os velhos que nos te-mos de preocupar”.

Excluindo alguns postos de trabalho que fo-ram criados com as portagens na A2, os habi-tantes de Gomes Aires vivem essencialmente do pouco que as terras enrugadas da serra lhes ofe-rece. A apicultura, a criação de gado e os cereais de sequeiro são as principais atividades agríco-las que ali se praticam. Isto sem falar, claro, da in-dispensável aguardente de medronho. Na soleira das portas de habitação da aldeia, como aliás acontece em todo o concelho, são desenhadas cruzes brancas por altura do São Martinho. “É uma brincadeira que cá temos”, explica Manuel Mestre, um antigo pedreiro agora com 80 anos, “Fazem-se cruzes à porta daqueles que são mais bubedanas”.

O sinal da cruz, repetido a cada passagem em frente ao altar da igreja de São Sebastião de Gomes Aires, é o que faz Maria. Este ano, em vir-tude do falecimento do autarca local, as festas do santo padroeiro não saíram à rua. “Para o ano logo se verá”, diz com algum desânimo a guar-dião da igreja, “estamos a ficar sem nada. Têm le-vado tudo daqui para fora. A única coisa que não conseguem levar é a nossa igreja e a nossa fé”. A fé incondicional num santo mártir, numa terra que ficou com o nome de um guerreiro que terá lutado abnegadamente por ela. Pela fé.

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O últimopresidente da junta…

António Guerreiro Francisco f icará para a história como o último presi-dente da Junta de Freguesia de Gomes Aires. Algo que não o afeta propria-mente. Este trabalhador agrícola de 57 anos ocupa o cargo desde meados do presente ano. Chegou em substituição do malogrado Manuel da Silva, que fa-leceu a 9 de julho, e que encabeçou as listas do Partido Socialista naquela que é a única freguesia “rosa” do con-celho de Almodôvar. António Guerreiro Francisco lamenta o annus horribilis por que está a passar a sua freguesia. Primeiro foi a morte do amigo e com-panheiro Manuel da Silva, depois foi o anúncio do fecho da escola primá-ria e, por f im, a anexação de Gomes Aires à freguesia vizinha de Santa Clara-a-Nova. “É a política, diga lá… a junta nunca deveria daqui abalar. Esta é uma das freguesias mais anti-gas de Almodôvar, uma freguesia com muita história… mas pronto, os polí-ticos lá acharam por bem…”. Os polí-ticos, no discurso de António Guerreiro Francisco, aparecem sempre conjuga-dos na terceira pessoa. “Eu cá não fui feito para a política. Gosto de assumir as coisas e de cumprir com elas e a polí-tica não é assim. Eles dizem uma coisa e depois não fazem… “. Se calhar, questiona, foi o que aconteceu com a extinção da sua freguesia: “Vieram cá dizer que tinham que acabar com 25 por cento das freguesias rurais, com aquelas que tinham menos eleitores, grande parte das pessoas aceitou que a junta fosse para Santa Clara. Por cor política ou sei lá… é muito provável que haja política metida nisso. Cá para mim não concordava, mas não sou eu que mando… a população manifes-tou-se assim… até me calei, não disse nada”.

… e o último regedor

António Mateus Sequeira tem o nome às avessas. Herdou da mãe, Rosa Sequeira, o apelido, mas é pelo nome do pai, Manuel Mateus, que ainda hoje é conhecido. E não é para menos. António tinha apenas um ano quando o pai abriu ao público a Casa Mateus. Uma daquelas mercearias de encher o olho, repleta dos mais surpreendentes ar tigos, pejada das mais envolventes histórias. E ainda hoje, passadas oito décadas, a Casa Mateus continua de portas abertas de par em par para a principal rua de Gomes Aires. “É o estabelecimento comercial mais antigo do concelho de Almodôvar ”, garante o ge-rente de 81 anos. Os tempos é que são ou-tros. Hoje as pessoas abastecem-se nos cen-tros comerciais, “mas não há muito tempo chegámos a trocar mais de 26 mil quilos

de trigo por farinha. Isto só num mês”. Isto era na época em que a freguesia de Gomes Aires, para além de dezenas de montes em seu redor, incorporava também a localidade de Aldeia dos Fernandes. E nessa altura António Mateus Sequeira era o regedor da freguesia. “Fui obrigado a ir para regedor em 1960. O presidente da Câmara nessa al-tura, Manuel Monteiro Martins, chamou-me a Almodôvar e disse-me que tinha que acei-tar o cargo. Nunca quis saber daquilo, tinha uma casa aberta e não queria perder clien-tes. Mas tudo correu bem. Fiquei até 1978 e nunca cheguei a ser exonerado. Nunca fiz mal a ninguém”. Talvez por isso veja com tristeza o que está a acontecer à sua fre-guesia: “nem sequer gosto de pensar que vão acabar com a freguesia de Gomes Aires. Ainda tenho uma esperança que isso não há de acontecer”.

Um cavaleiro de bom nome

A povoação de Gomes Aires existirá desde o início da Nacionalidade, em-bora achados arqueológicos na região, nomeadamente no monte da Abóbada, indiquem que a sua existência poderá ser anterior à dominação romana na Península Ibérica. Mas a denominação de Gomes Aires, aliás São Sebastião de Gomes Aires, estará intimamente rela-cionada com um guerreiro moçárabe que terá ajudado o primeiro rei de Portugal a sovar os mouros na mítica

Batalha de Ourique. Segundo escreveu António J. Gonçalves na sua Monografia da Vila de Almodôvar, Gomes Aires, o ca-valeiro que se terá evidenciado na mãe das batalhas da Reconquista, “avanta-jou-se a todos quantos combatiam por D. Afonso Henriques”. Bravura e va-lentia que el-rei quis recompensar do-ando-lhe as terras que formam atual-mente aquela freguesia. O cavaleiro, “que era respeitado e querido na re-gião, fundou então a aldeia a que deu o seu nome, perpetuando assim a sua bravura e o bom nome deixado”.

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EntrevistaCebal, hoje com 20 investigadores, está ainda a um terço do seu objetivo inicial

“Neste momento é crucial crescermos”O Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e

Litoral (Cebal) vai liderar, já a partir de 2013, um projeto de investigação

pioneiro a nível internacional, cuja missão é desvendar o código genético

do sobreiro. O estudo, que integra cerca de 30 cientistas de várias institui-

ções portuguesas, abre portas para um avanço no conhecimento sobre a es-

pécie florestal com maior interesse económico no País. E surge numa altura

decisiva do percurso do próprio Cebal que, após quatro anos de investiga-

ção em várias frentes, centrando-se sobretudo na valorização dos recursos

endógenos, sente uma necessidade premente de “crescer” e de aprofun-

dar a sua ligação com os produtores da região. Para tal, precisa do apoio do

Estado e é nesse sentido que recebe, já na segunda-feira, 29, a visita da se-

cretária de Estado da Ciência.

Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

O Cebal foi formalmente constituído em

agosto de 2006, na sequência de um projeto

delineado por si. Que balanço faz destes seis

anos de trabalho?

João Lopes Baptista (JLB): O centro não co-meçou logo a trabalhar. Começou a trabalhar só em 2008. O que se fez, entretanto, foi anga-riar fundos regionais para conseguir abrir con-cursos para alguns investigadores, que se junta-ram em Beja e também no sentido de conseguir equipamentos e instalações. Como é que evo-luiu o centro? Evoluiu muito bem, mas não atingimos ainda aquele objetivo que tínhamos planeado no início. Estamos a cerca de um terço desse objetivo. Evoluiu muito bem, e não sou só eu a dizê-lo. Nós tivemos aqui há dias a visita da Comissão de Acompanhamento Técnico-científico, constituída por pessoas de alto gaba-rito, nacional e internacional, que também veri-ficou que as pessoas que se nos juntaram, e que hoje são os chefes de grupo, têm tido uma qua-lidade muito boa. Neste momento temos dois grupos já totalmente constituídos, e outros dois em fase de constituição. Temos cerca de 20 pes-soas, quando o nosso objetivo era atingir entre 60 a 80 pessoas a trabalhar aqui.

O que significa, concretamente, estar a um

terço do objetivo inicial?

JLB: Significa que nós precisamos de aumen-tar o número de grupos e de contratar chefes de grupo, investigadores de grande qualidade, cerca de cinco ou seis. Um deles terá até um ob-jetivo que estava delineado desde o início, e que a própria comissão de acompanhamento fri-sou que era importante: ir ao terreno ver quais são as necessidades, trazê-las para o centro, e levar ao conhecimento do campo as potencia-lidades que aqui existem. Continuo a pensar que o centro, com a dimensão que tem, é muito vulnerável. É uma dimensão relativamente pe-quena ainda. A ambição que temos é a de criar um centro de investigação, não só de nível na-cional como também de nível internacional, e isso tem sido conseguido naquilo em que esta-mos a trabalhar, mas há várias outras áreas em que temos que atuar, para que a transversali-dade que pensámos no início venha a ser pos-sível. Nós quisemos criar aqui um Sporting de Braga a nível científico, e isso não vai ser con-seguido só com o apoio local. Neste momento, estamos a pressionar fortemente para que o go-verno central também, de uma forma direta, apoie a possibilidade de criarmos aqui novos grupos. Temos dois investigadores principais, a tempo inteiro, e cerca de 20 pessoas a trabalhar. Cada grupo criado vai concorrer a projetos, que quando se ganham são uma espécie de um con-trato para efetuar aquele projeto, ou seja, o cen-tro não cresce por causa disso. O que nós pre-tendemos é formalizar, com o Ministério da

Cebal Claudino Matos, diretor científico; João Lopes Baptista, presidente da Comissão de Acompanhamento Técnico-científico; Sónia Gonçalves, investigadora principal e diretora executiva

Educação e Ciência, um contrato programa para cinco anos, com objetivos bem precisos. Queremos formalizar isso até ao fim do mês. Nesse sentido, virá cá visitar-nos a senhora se-cretária de Estado, no próximo dia 29 de outu-bro. Uma visita que é apenas ainda para verifi-car o que é que aqui se tem feito.

No domínio da biotecnologia, aplicada concre-

tamente às atividades económicas “de futuro”

na região, quais têm sido as áreas em que têm

concentrado os vossos esforços?

Sónia Gonçalves (SG): O Cebal tem nesta al-tura quatro grupos de investigação. O grupo da

Genómica Agronómica, que se dedica às ques-tões da genética e está muito focado no estudo do sobreiro. Depois temos outro grupo, o dos Compostos Bioativos, que se concentra no es-tudo da valorização dos recursos endógenos, uma temática central no Cebal. Trata-se de pro-curar novas formas de valorizar recursos natu-rais, como sejam o sobreiro, a esteva, o cardo, e este grupo foca-se exatamente na pesquisa de produtos de valor acrescentado, os tais com-postos com atividade biológica. Um exemplo concreto é o de um projeto que está a decorrer em torno do cardo: verificou-se que a planta do cardo tem propriedades antitumorais. São

novas formas de valorização que podem ser aproveitadas pelos agricultores para desen-volver novas oportunidades de negócio, ob-viamente trazendo valor às espécies locais e à região. Outro grupo, o da Valorização de Agroalimentos, trabalha sobre produtos de origem animal e de origem vegetal. Dando um exemplo concreto, há um projeto a decor-rer que visa a alimentação de animais com es-teva, um dos tais recursos endógenos. E verifi-cou-se que a carne desses animais é uma carne que tem maior capacidade antioxidativa, ou seja, não oxida com tanta rapidez como a carne normal. Mais uma vez, há aqui uma estratégia de valorização mas na vertente da alimentação animal. Depois, temos ainda outro grupo, o da Engenharia de Processos, que é complemen-tar aos vários grupos porque permite desen-volver metodologias de obtenção desses extra-tos das plantas. Um trabalho em concreto tem a ver com tratamentos de águas residuais. Há uma unidade desenvolvida, que trabalha com tecnologia de membranas, que permite o tra-tamento dos resíduos das queijarias da região. As águas que resultam do fabrico do queijo têm que ser tratadas e com esta tecnologia de mem-branas é possível concentrar o resíduo a tratar, trazendo também mais-valias às próprias em-presas locais.

A quem interessa mais diretamente o conheci-

mento que é aqui gerado?

Claudino Matos (CM): O nosso objetivo é fazer investigação, em primeiro lugar para os nossos associados, que são associações empresariais, que representam agricultores, empresários das várias atividades, e também câmaras munici-pais. Obviamente, a ação do Cebal não se es-gota nos associados. Nós queremos chegar mais além e daí haver a necessidade de encontrarmos um grupo, uma figura que nos leve, cada vez mais, a fazer a transferência de tecnologia para a produção. Estamos a trabalhar nisso e even-tualmente vamos consegui-lo, pensamos nós através deste contrato programa que pretende-mos estabelecer com o Ministério da Educação e Ciência. No fundo, a ideia seria levar às em-presas aquilo que nós estamos a produzir em termos científicos e trazer das empresas as ne-cessidades que elas têm. Há a necessidade de fa-zer esta ponte.

O regadio de Alqueva tem aberto portas a

um conjunto de novas culturas em solo alen-

tejano. Qual o papel do Cebal no desenvolvi-

mento desta “nova agricultura”?

JLB: Há aqui um produtor de ameixa que es-tuda, juntamente com o COTR, o efeito da al-teração da rega na produção. E nós, concreta-mente, estamos a estudar as alterações que isso

Nós quisemos criar aqui um Sporting de Braga a nível científico,

e isso não vai ser conseguido só com o apoio local. (...) O que nós

pretendemos é formalizar, com o Ministério da Educação e Ciência,

um contrato programa para cinco anos, com objetivos bem precisos.

João Lopes Baptista❝

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Sobreiro vai deixar de ter segredos

Até ao momento, em todo o mundo só foi feita a sequenciação do genoma de uma espécie de árvore, o choupo. O sobreiro, de uma outra famí-lia, as fagáceas, será a próxima a ter o seu código genético desvendado

e no âmbito de um projeto liderado pelo Cebal, que terá início em 2013. O es-tudo envolve uma equipa de perto de 30 cientistas, provenientes de instituições como o ITQB (Instituto de Tecnologia Química e Biológica), o iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica), a Biocant - Associação de Transferência de Tecnologia, o INRB, atual INAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), e o IGC (Instituto Gulbenkian de Ciência), parceiras do Cebal na candidatura aprovada pela comissão diretiva do Inalentejo. Ao longo de 30 meses, o que se pretende é conhecer “toda a informação genética do sobreiro, de uma ponta à outra”, o que abre caminho para “conseguir identificar genes importantes em vários processos”, como a formação da cortiça, as respos-tas ao stress e a resistência a doenças, por exemplo, refere Sónia Gonçalves, inves-tigadora principal do Cebal e coordenadora do projeto denominado “GenoSuber – Sequenciação do genoma do sobreiro”. Portugal detém à volta de 30 por cento do montado de sobro mundial, uma área cuja parte de leão – mais de 70 por cento – se encontra situada em território alen-tejano. Portugal é, como tal, o maior exportador de cortiça do mundo, com uma produção de cerca de 150 mil toneladas por ano, o que representava, segundo da-dos de 2007/2008, à volta de um por cento do Produto Interno Bruto e 2, 3 por cento do valor das exportações nacionais. “Toda esta importância que o montado tem justifica plenamente um projeto desta natureza e desta envergadura”, subli-nha Claudino Matos, diretor científico do Cebal, concluindo que “este trabalho pioneiro pode, a médio ou longo prazo, dar respostas muitos importantes para o setor florestal na nossa região”. Carla Ferreira

induz nas qualidades organoléticas do fruto. A área de fruticultura no Alentejo está a aumen-tar. E para tudo isso é preciso otimizar, me-lhorar e até obter informações sobre capacida-des de aproveitamento dos subprodutos. Um claro exemplo disto foi feito num projeto que te-mos, e que está quase a acabar, com uma indús-tria de Alvito – a Ucasul – que recolhe e queima o bagaço da azeitona. E verificou-se aqui que aquele bagaço que era queimado contém um produto de grande interesse para a indústria farmacêutica. SG: Há uma série de novas culturas que têm sur-gido, cujos produtores nos têm contactado para darmos apoio científico. Temos, por exemplo, um novo projeto, na área da romã, para dar apoio cien-tífico-tecnológico a nível da valorização de resí-duos e de desenvolvimento de novos produtos. CM: Também é importante referir que a EDIA é uma entidade associada do Cebal, logo existe aqui uma interação que é importante e que tem que ser fortalecida. Ao estabelecerem-se novos agricultores e novas culturas aqui no Alentejo, certamente irão sedimentar-se e aprofundar-se mais esse tipo de contatos já referidos e nós estamos aqui no centro precisamente para res-ponder a essas solicitações. Daí a necessidade de haver um crescimento do centro, com inves-tigadores de qualidade e um número de pessoas aceitável, de maneira a dar resposta a todas as solicitações.

Em termos de retenção de massa crí-

tica, o Cebal tem dado o contributo que

pretendia?

JLB: Uma coisa importante no desenvol-vimento, em qualquer região e em qual-quer país, são as pessoas. E são as pessoas melhor formadas que mais capazes são de o fazer. Há vários níveis de formação. Na etapa do doutoramento, que demora três, quatro anos, a pessoa tem um problema e fica a trabalhar nele até encontrar solu-ções por si próprio. Desenvolve-se essa ca-pacidade, o que permite, ou a criação de empresas, ou a criação de uma mais-va-lia importante dentro de uma empresa. As pessoas que temos connosco estão em for-mação a esse nível. Estamos a fazer vá-rios doutoramentos; os alunos são orienta-dos aqui, em coorientação com professores de universidades, sendo que o trabalho de-corre principalmente aqui. São, de facto, alunos que nós atraímos para aqui. Não só estamos a conseguir reter os que são daqui como atraímos gente de qualidade que vem de fora. Para isso, tem que se lhes dar con-dições. Quando começámos, o executivo

mas não é decisivo, ou seja, só em casos de igualdade em termos académicos é que pre-ferimos pessoas daqui.

Quais são os vossos parceiros de peso ao nível

das instituições de ensino superior e investiga-

ção portugueses?

SG: Temos uma parceria com o Instituto Superior de Agronomia, um forte parceiro nas questões agrícolas. Depois temos também par-cerias com o Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), com o Ipatimup, no Porto, com a Faculdade de Ciências Veterinárias, em Lisboa, com o IBMC e as universidades de Évora, Algarve e também de Aveiro, com a qual temos uma li-gação muito forte. Desde 2010 que os investiga-dores do Cebal estão integrados no laboratório associado Ciceco, e portanto há um grande di-namismo de trocas de alunos, programas douto-rais, uso de equipamentos e desenvolvimento de trabalho em comum. Nós, os investigadores, tra-zemos os nossos contactos dos sítios de onde vi-mos e obviamente que, ao longo do trabalho que vamos desenvolvendo, vamos fortalecendo es-sas ligações. Porque é fundamental trabalhar em rede – sem isso não conseguimos ter dimensão na investigação que estamos a fazer. CM: Obviamente, temos também como par-ceiro o Instituto Politécnico de Beja, que é onde temos as nossas instalações agora, provisórias, e onde vamos reforçar a nossa capacidade de ins-talação com a mudança para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que está em fase de fina-lização da construção. Isto vem, não só reforçar a aposta que o IPBeja tem neste centro como forta-lecer a interação com os investigadores do IPBeja, que é aquilo que nós esperamos no futuro.

Como tem evoluído o apoio das entidades re-

gionais que, de início, foi fundamental para o

arranque do centro?

JLB: Tem havido algumas dificuldades. Temos entre 15 e 20 associados. Alguns estão atrasa-dos nos pagamentos, um ou dois desistiram. Felizmente, contámos com o grande dina-mismo das pessoas que vieram para aqui, que com os projetos que conseguiram têm colma-tado um pouco isso. Mas também captámos novos associados. E se passarmos a ter aquilo a que se chama “dinamizador industrial” eu es-tou convencido que, aí, muito mais facilmente vamos conseguir novos associados. Às vezes até há solicitações às quais não somos capazes de responder porque não temos pessoas. Neste momento, é crucial crescermos. CM: O Cebal é um centro privado, com os as-sociados de que já falámos e que subsidiaram o centro num montante que andará à volta dos 700 mil euros. Apesar de um tecido empresarial que se apelida de “fraco”, já existe esta contra-partida. Com as potencialidades de desenvolvi-mento que se adivinham, com os investimentos que estão no terreno, nós pensamos que mais adesão privada virá no futuro e que poderemos ter algum desafogo se complementarmos este investimento privado com um reconhecimento por parte da tutela. Esse contrato programa se-ria uma contrapartida por parte do Estado para colmatar, eventualmente, estas dificuldades que temos sentido ultimamente.

anterior da Câmara de Beja promoveu um programa através do qual os primeiros in-vestigadores que chegaram, os investigado-res principais, tiveram direito a uma casa, durante dois anos. Para nós conseguirmos atrair os melhores, não lhes podemos dar as mesmas condições que se dão em Lisboa, Porto ou Coimbra. As pessoas não querem, eventualmente, vir para o Alentejo e é pre-ciso que sejam atraídas. Aí houve um pa-pel muito importante por parte da Câmara de Beja. Se nós conseguirmos este contrato programa e atrairmos pessoas, estou con-vencido de que o executivo atual também seguirá a nossa perspetiva. Os outros inves-tigadores vêm com bolsas de doutoramento, de pós-doutoramento, às vezes também de mestrado, ou de projeto. Recebemos pes-soas desde o Porto até ao Algarve; há aqui um equilíbrio entre o Alentejo e outras re-giões. A proveniência é um fator importante

“Nós, os investigadores, trazemos os nossos contactos dos sítios de onde vimos e, ao longo do trabalho que vamos desenvolvendo, vamos fortalecendo essas ligações. É fundamental trabalhar em rede – sem isso não conseguimos ter dimensão na investigação que estamos a fazer”.

Sónia Gonçalves

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AtualDesemprego e corte nos rendimentos levam bejenses a pedir auxílio alimentar

Cantina da Caritas fornece 100 refeições diárias

A cantina social da Caritas Diocesana de Beja, criada em meados do ano ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar, fornece atualmente 100 re-feições diárias, sete dias por semana, a 83 pessoas. São na sua maioria “pes-soas que tinham uma vida organizada”, mas que devido “a uma situação de de-semprego ou de diminuição de rendi-mentos” se viram confrontadas com carências a nível alimentar. O proto-colo assinado com a Segurança Social cessa em dezembro, mas a presidente da direção da Caritas acredita que o mesmo “poderá ser prorrogado”. Da parte da instituição, diz, “há abertura” para aumentar o número de refeições protocoladas.

Texto Nélia Pedrosa

Ilustração Paulo Monteiro

Com as prestações do Rendimento Social de Inserção (RSI) canceladas desde maio último, em consequência

da desistência de um curso de formação por incompatibilidade de horário, Laura*, 38 anos, separada, mãe de dois filhos em idade escolar, viu-se obrigada a recorrer à cantina social da Caritas de Beja, estando há perto de um mês a receber três refeições diárias, sete dias por semana. Uma ajuda que con-sidera preciosa, porque, diz, “não pode-mos passar sem nos alimentarmos”. “Há pessoas que dizem que se o apoio é ir bus-car comida [à cantina] então que não que-rem. Infelizmente ainda há muita gente que reage assim, porque querem é dinheiro. As pessoas pensam que a comida não é uma grande ajuda, mas eu acho que é a maior ajuda, porque é para onde vai a maior parte do nosso dinheiro”.

A vida de Laura mudou há pouco mais de dois anos. Em todos os sentidos. Vítima de violência doméstica durante 12 anos, em junho de 2010 decidiu colocar um ponto fi-nal na relação que mantinha com o pai do seu filho mais novo e saiu de casa, abdi-cando da estabilidade económica em fun-ção do seu equilíbrio emocional e afetivo. “Eu tinha uma vida estável, não posso di-zer que era uma pessoa rica, mas tinha uma vida normal. Tinha três carros pagos, casa montada, só que devido aos maus tratos vi--me obrigada a sair de casa. Um dia decidi que chegava”, conta.

Na ocasião trabalhava como gestora co-mercial e motorista, emprego que entre-tanto teve de abandonar porque não tinha a

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Procura de apoio “vai aumentar” A procura de apoio junto da Caritas, diz Maria Teresa Chaves, “vai certamente aumentar”: “Para 2013 a perspe-tiva que temos de orçamento e o campo de manobra é relativamente curto porque o País está totalmente endividado. Portanto não vejo que haja muitas pers-petivas de melhoria, antes pelo contrário, as famílias vão sentir as carências aumentarem e a necessidade de recorrerem a este tipo de instituições”. Face ao cenário atual, e às perspetivas futuras pouco animadoras, a responsável defende “que todos” devem trabalhar “de uma forma mais articulada”, devendo as empresas “que tenham uma situação razoável” incrementar “o seu sentido de responsabilidade social” apoiando assim as “instituições que prestam ajuda di-reta”. “Tem de haver uma conjugação de esforços, temos que estar todos mais unidos e as pessoas também devem estar atentas aos vizinhos do lado, há que re-forçar os laços de proximidade e de entreajuda e possivelmente encontrar alguma criatividade à medida que as situações acontecem”, conclui.

quem deixar o filho após o período escolar. Por não ter familiares por perto, e por não poder “recorrer sempre às amigas”, Laura já teve de recusar “alguns trabalhos”. E foi precisamente devido à inexistência desse suporte familiar que se viu obrigada a desis-tir de um curso de formação que estava a frequentar através do centro de emprego, tendo automaticamente deixado de be-neficiar do RSI. Laura diz que quando iniciou o curso não foi informada “que teria de trabalhar também aos fins-de-semana e aos feria-dos” e que havia dias em que ti-nha que entrar “ao meio-dia e sair às 10 da noite”: “Isso par-tiu-me as pernas por causa do meu filho”.

Laura já expôs o seu caso ao Centro Distrital de Beja da Segurança Social quer por es-crito, quer presencialmente. “Como tive que desistir da for-mação cortaram-me o RSI, deixei de rece-ber qualquer ajuda e dizem que só posso recorrer à mesma em maio do ano que vem. Dizem que é assim que fun-ciona”, frisa. Desde que saiu da formação, há cerca de quatro me-ses, Laura e os filhos têm “sobrevivido com a pen-são de alimentos [entre-gue pelos pais dos filhos]” e com “a ajuda da minha mãe, da minha irmã e do namorado”.

Não fosse o processo de “partilha de bens” ainda estar a “decorrer em tri-bunal” e Laura provavel-mente já teria saído da re-gião. “Continuo inscrita no centro de emprego, mas não tenho perspetivas ne-nhumas, muito sincera-mente, porque não tenho aqui ninguém e isso é muito complicado. Se a partilha de bens estivesse resolvida iam--me embora, mas depois tenho a questão dos filhos, porque tam-bém não sei, com a idade que eles têm, como é que vão reagir. Chegamos a uma

certa idade, com dois filhos, vemo-nos sem nada e começamos a viver só para os nos-

sos filhos, porque a verdade é essa, é o que eu faço hoje em dia, vivo

para os meus filhos”.Ao contrário de Laura,

Maria*, utente da can-tina social há cerca de

três meses, não con-seguiu manter junto

de si os seus dois fi-lhos após ter ficado desempregada.

As crianças es-tão neste mo-mento a viver com o pai, que tem “a guarda partilhada”. À espera de be-nef ic ia r do R SI, Ma r ia ,

de 34 anos, re-c e b e a t u a l -

mente “apoios da Segurança Social”

para pagar o aluguer do quatro onde vive, as contas da água e da luz e alguma ajuda da Caritas de Beja “para comprar

produtos de higiene”. “O que mudou

tudo foi eu ter ficado sem trabalho”,

diz, sem es-conder o de-

salento. “Há já uns meses que te-

nho andado enleada com isto, com o RSI,

e até hoje ainda não re-cebi nada. Assinei con-trato este mês, estou há espera já há muitos me-ses”, refere. Passar a be-neficiar do RSI vai per-mitir-lhe continuar a pagar o quarto arrendado e algumas despesas, mas

será insuficiente para sus-tentar os filhos. Não “é com

189 euros, pagando 150 de quarto e mais 30 ou 40 de des-

pesas, sem falar noutras” que isso “vai ser possível”, diz. E mesmo que ar-

ranje um emprego muito dificilmente o

Os cinco funcionários da Antena Miróbriga, rádio local

com sede em Santiago do Cacém, estão com salários em

atraso devido às dificuldades financeiras da empresa,

que levaram já à mobilização da população para

tentar salvar a emissora. Os trabalhadores ainda não

receberam o salário de setembro, estando também em

falta parte do salário de julho e o subsídio de férias.

Trabalhadores da Antena Miróbriga

com salários em atraso

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Empreendedorismoem Cuba

A Câmara Municipal de Cuba criou o

Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento

Económico, que, no âmbito das suas

valências, desenvolveu o projeto

“Cuba Empreende”, que conta com

um vasto plano de atividades, que

pretendem envolver a população de

todo o concelho. O objetivo é promover

o empreendedorismo, fomentando

este espírito junto da população, em

especial dos mais jovens. O projeto

iniciou, no princípio do mês, com

uma formação modular na área do

empreendedorismo.

Beja integra projeto europeu para empresas

A Câmara de Beja anunciou que

integra o projeto Difass, constituído

por 26 parceiros de várias regiões da

União Europeia para implementar

instrumentos para apoiar a

internacionalização e facilitar o

acesso a financiamento de pequenas

e médias empresas. Segundo o

município, as regiões que integram

o Difass vão desenvolver um plano

de implementação, baseado em boas

práticas e em trocas de experiências

com outras regiões europeias, com

vista ao desenvolvimento e à melhoria

de políticas próprias para facilitar

o acesso das pequenas e médias

empresas a financiamento, inovação,

internacionalização e crescimento

sustentável. O projeto Difass é apoiado

pelo programa Interreg IVC, que é

financiado pelo Fundo Europeu de

Desenvolvimento Regional (Feder) e

visa melhorar a eficácia das políticas

e instrumentos regionais e financia a

cooperação inter-regional em toda a

Europa.

Formação para empresários em Odemira

Odemira acolhe no dia 6 de novembro,

pelas 9 e 30 horas, na Biblioteca

Municipal José Saramago, uma ação

de formação sobre “PME Criativas”,

promovida pelo Instituto de Apoio

às Pequenas e Médias Empresas e à

Inovação (Iapmei). A iniciativa destina-se

a empresários e gestores de PME, e será

orientada por Rita Vilela, da Academia de

PME, que irá abordar temáticas tais como

o recurso da criatividade para a resolução

de problemas, procura de soluções e

inovação, criação de condições favoráveis

ao desenvolvimento da criatividade na

PME e a utilização de técnicas concretas

na geração e seleção de ideias ajustadas à

realidade empresarial.

Mais de 5 500 pessoas apoiadas entre janeiro e setembro

Para além das 100 refeições diárias confecionadas na cantina social, a Caritas apoia 20 utentes no âmbito da valência refeitório social com quatro refeições por dia (pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar). A

valência engloba ainda “o tratamento de roupas (lavagem e passagem a ferro), distribuição de vestuário e higiene pessoal na instituição”. Esta resposta di-reciona-se essencialmente “a indivíduos e famílias em situações de margina-lização (sem-abrigo, passantes, reclusos ou ex-reclusos, toxicodependentes e alcoólicos em recuperação, doentes do foro psiquiátrico) e imigrantes. Esta é “sempre uma resposta temporária”, diz Maria Teresa Chaves, mas em casos de “problemas psiquiátricos”, em que não se “consegue inserir as pessoas e encontrar soluções”, a ajuda acaba por prolonga-se no tempo.

A Caritas é também a instituição mediadora do concelho de Beja do Programa Comunitário de Ajuda a Carenciados (Pcaac), que visa “distribuir produtos alimentares às pessoas mais necessitadas na comunidade europeia”, e que este ano vai beneficiar “2 565 pessoas” do concelho, um número supe-rior ao verificado no ano transato. De acordo com a presidente da direção da instituição, o referido programa destina-se a pessoas “cujo rendimento per capita seja igual ou inferior a 189,52 euros”, sendo que a seleção dos be-neficiários é feita pela Segurança Social que depois encaminha as listagens para a Caritas que procede à distribuição dos alimentos com a ajuda dos seus voluntários.

A Caritas distribui ainda produtos alimentares provenientes do Banco Alimentar Contra a Fome, entrega vestuário e calçado, brinquedos e mobili-ário e apoios económicos através do Fundo de Emergência Social da Diocese de Beja, criado em dezembro de 2010 pelo bispo de Beja. Entre janeiro e se-tembro a instituição apoiou através do fundo diocesano e do fundo nacional (a que recorre duas vezes por mês) 1 280 pessoas, disponibilizando 56 mil eu-ros, um valor superior ao registado durante todo o ano de 2011 (43 900 euros). Este apoio traduz-se essencialmente no pagamento de medicamentos, contas de água, eletricidade e gás, rendas e prestações da casa.

E porque o fundo depende em exclusivo de donativos, e os pedidos de ajuda continuam a aumentar, a atribuição das verbas tem de obedecer a cri-térios muito rigorosos. “É claro que o fundo está sempre carenciado, digamos assim, de donativos”, diz Maria Teresa Chaves, adiantando que o mesmo “não tem capacidade para apoiar situações que se vão prolongando no tempo”, daí que os casos de carência prolongada terão de ser acompanhados de outra forma, “tentando através de outros apoios ajudar a família para que ela não necessite de recorrer novamente ao fundo”, ajuda essa que pode passar “pela cantina social ou por receber géneros alimentares”, esclarece a responsável.

No total, contabilizando as pessoas que foram apoiadas entre janeiro e setem-bro através do atendimento social da Caritas (2 990) – que encaminha os pedidos para as várias valências –, e os beneficiários do Pcaac (2 565), a instituição apoiou nos primeiros nove meses deste ano “mais de 5 500” bejenses. NP

conseguirá. “Estou inscrita no fundo de de-semprego, já coloquei currículos em todo o lado e mais algum, mas está tudo muito di-fícil. Qualquer coisa de onde viesse dinheiro já era bom, mas mesmo assim vai ser difí-cil porque não se consegue uma casa por menos de 200, 300 euros, ora os ordenados rondam à volta dos 500, 500 e poucos euros, pagar água e luz, se não tiver ajudas de al-guém como é que consigo sustentar dois fi-lhos? Não se consegue”.

Maria só quer que o atual contexto eco-nómico “mude um bocadinho”: “Isto está tudo tão mal em questão de trabalho, em tudo, se calhar se mudarem de Governo, digo eu, não sei, eu pouco percebo dessas coisas, mas isto cada vez está pior”.

Apesar de estar desempregado há perto de dois anos e de a mulher se encon-trar na mesma situação, Sérgio*, 44 anos, diz que continua “a ser otimista em tudo”. Com duas filhas menores, o casal está a ser apoiado através da cantina social há cerca dois meses. Antes disso beneficia-ram de géneros alimentares do Banco Alimentar Contra a Fome, também dis-tribuídos pela Caritas de Beja. “A minha

mulher é professora só que não conseguiu colocação; eu estava num bar, que faliu, e portanto não há outro recurso, não há melhorias de trabalho, nada mesmo”.

Sérgio deverá entretanto ser integrado no Programa Vida-Emprego, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, participando num estágio de integração socioprofissional. Mas para isso terá que voltar a ser acompanhado pelo centro de atendimento a toxicodependentes (CAT), dado que já fez “medicação com meta-dona”. Há oito anos que está “completa-mente fora”. “Isto parece irónico, mas para poder ter uma perspetiva de pro-jeto de vida-emprego tive que reiniciar as consultas no CAT, porque faz parte do protocolo deles. Vou frequentar uma es-pécie de estágio de nove meses e depois quem sabe se haverá ou não continuação”. Embora tenha larga experiência na indús-tria hoteleira, Sérgio está aberto a qual-quer proposta. Caso não consiga algo na sua área será encaminhado “para a cons-trução civil”.

Com a frequência do estágio remune-rado, a situação do casal, diz, irá melhorar,

“mas também não vai ser uma coisa por aí além”. Será “sempre melhor do que es-tar parado”, mas o ideal, claro, seria que os dois conseguissem um emprego, adianta. “No centro de emprego já alarguei a minha área porque estava referenciado apenas no ramo da indústria hoteleira, da vigilância, e de umas formações que fiz. Pedi, já em 2009, que abrangesse tudo, nem que fosse varrer ruas, apanhar lixo, fosse aquilo que fosse”. A mulher também “tem ido ao cen-tro de emprego com regularidade e tem en-tregado currículos em todas as instituições onde possa vir a desemprenhar funções”: “Ela tem feito serviço de copa, tem traba-lhado na ação educativa, tudo aquilo que aparece, tem-se adaptado”.

Cantina fornece 100 refeições diárias,

sete dias por semana A cantina social da Caritas, criada em meados do ano ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar, promovido pelo Governo, for-nece atualmente 100 refeições diárias, sete dias por semana, a 83 pessoas – al-gumas levam duas refeições por dia, o al-moço e o jantar; outras só o almoço.

“A cantina social é uma nova res-posta que foi protocolada com o Centro Distrital de Segurança Social de Beja. É uma resposta temporária, de emergên-cia para a atual situação de carências ali-mentares, mais direcionada para pessoas que ficaram desempregadas, pessoas que eram, digamos, de classe média e que ti-nham uma vida organizada mas que de-vido ao desemprego, devido também ao abaixamento dos rendimentos, se viram confrontadas com situação de carência alimentar”, explica Maria Teresa Chaves, presidente da direção da Caritas de Beja.

Esta nova resposta permitiu ainda in-tegrar algumas pessoas que estavam a ser apoiadas através da valência refeitório social/cantina da instituição, mas “sem qualquer protocolo com a Segurança Social”, ou seja, “tudo à custa da Caritas”: “Nós temos um protocolo para 20 uten-tes no refeitório social e tudo o que es-tava para além disso era suportado pela Caritas, o que se torna um bocado compli-cado porque nós não temos rendimentos, não temos qualquer atividade lucrativa, portanto é só protocolos estabelecidos com o Estado ou donativos”.

O protocolo referente à cantina social cessa em dezembro, mas Maria Teresa Chaves acredita que o mesmo “poderá ser prorrogado”. Da parte da Caritas, diz, “há abertura” para aumentar o número de re-feições protocoladas “caso a Segurança Social esteja disponível”. Até porque, acres-centa, “todos os dias vão surgindo novos casos de carência alimentar”. “É claro que sempre que houver uma situação de emer-gência social não é por já termos ultrapas-sado o número do protocolo que essas pes-soas não poderão comer”, conclui.

* Nomes fictícios

A Comissão Política Concelhia de Alvito e a Distrital de Beja do

PSD aprovaram o candidato que será o cabeça de lista à presidência

da Câmara Municipal de Alvito nas próximas eleições autárquicas.

A escolha recaiu em Manuel Maria Barroso, 55 anos, natural de

Alvito, que exerce atualmente as funções de assessor da presidente

da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

PSDescolheu

candidatoà Câmara de Alvito

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Ministra da Justiça acusada de partidarismo

Tribunal fecha em Mértola

Centro de Promoção de Património e Turismo abre em Castro Verde O Centro de Promoção de Património e Turismo de Castro Verde, criado pelo município, abriu para conciliar as funções de posto de turismo e de espaço para promoção do artesanato e dos produtos da região. O novo equipamento, que ocupa as antigas instalações do mercado municipal de Castro Verde, que foram remodeladas, alberga o posto de turismo, uma loja de venda de artesanato e produtos locais e três oficinas de artesãos. O centro inclui também uma sala polivalente, para exposições e ensaios de grupos corais e outras manifestações ligadas ao património imaterial, e uma área de mercado dedicada à venda de frutas e legumes.

A Câmara Municipal de Cuba organiza hoje,

sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, no auditório da

biblioteca municipal, a conferência “Cristóvão

Colon, bastardo da Casa de Avis e natural de

Cuba”. A iniciativa pretende assinalar os 520

anos da chegada do navegador à ilha de Cuba.

Conferência sobre Cristóvão Colon em Cuba

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O Tribunal de Mértola é o único a fechar no Baixo Alentejo, caso a proposta final de reorganização do mapa judicial, levado a cabo pelo Ministério da Justiça, vá para a frente. Jorge Rosa, presidente do muni-cípio, acusa a ministra Paula Teixeira da Cruz de ter tomado uma “decisão parti-dária”, fechando o tribunal por estar num município PS, apesar de ter mais proces-sos do que o de Almodôvar.

O autarca manifesta-se “imensamente desgostoso e chateado”, e lamenta que estejam a “a ser penalizados só porque

não somos do partido do Governo”, o que é “in-justo e ridículo que aconteça numa sociedade democrata como a nossa”.

Segundo Jorge Rosa, o Tribunal de Mértola não estava incluído na primeira proposta de re-organização do mapa judiciário, que, para o distrito de Beja, previa só o fecho do tribunal do concelho vizinho de Almodôvar, que seria substituído por uma extensão judicial.

A segunda proposta já previa o fecho dos tri-bunais de Mértola e de Almodôvar, que seriam substituídos por extensões judiciais. No en-tanto, a proposta final do Ministério da Justiça, retirou da lista o Tribunal de Almodôvar e manteve o fecho do Tribunal de Mértola, onde irá funcionar uma secção de proximidade.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, “que é do PSD, não quis defraudar um autarca do PSD, neste caso o de Almodôvar, e veio propor o encerramento do Tribunal de Mértola, que fica num concelho que não é PSD”, disse Jorge Rosa à Lusa.

O município vai “contestar” a proposta final de fecho do tribunal com base “em factos e nú-meros”, os quais, segundo o autarca, “compro-vam, exatamente, que os números do Tribunal de Mértola são maiores do que outros tribunais que vão ficar a funcionar, nomeadamente o de Almodôvar”.

O número de processos existente no Tribunal de Mértola, as dificuldades de mobilidade, a idade média dos munícipes, a maioria idosos, e as distâncias e dispersão geográfica do concelho são alguns argumentos invocados pela autar-quia para que o tribunal permaneça aberto.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Almodôvar, António Sebastião, do PSD, manifestou “satisfação e conforto” com a proposta final do Ministério da Justiça, já que “atendeu aos argumentos e às razões do muni-cípio” para evitar o fecho do tribunal local e que “foram fortes e com grande suporte”.

O Ministério da Justiça quer que os mu-nicípios se pronunciem até ao próximo dia 31 sobre dois documentos com algumas cente-nas de páginas, um relativo à proposta de Lei de Organização do Sistema Judiciário e outro sobre a proposta de Regime de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciários.

Na nota enviada aos municípios é expli-cado que não foi “possível finalizar mais cedo os documentos” e que “o prazo está condicio-nado pela necessidade imperativa, decorrente do compromisso assumido com a troika, de fa-zer a entrega do projeto de Reforma Judiciária no parlamento, devidamente aprovado em Conselho de Ministros, até ao final do mês de novembro”.

Central duplica capacidade hidroelétrica

Mais energia em Alqueva

A nova central do Alqueva injetou pela primeira vez eletricidade na rede. Esta etapa, de acordo com um comu-

nicado enviado pela EDP, “faz parte do con-junto de ensaios de entrada em serviço do re-forço de potência da central hidroelétrica de Alqueva (Alqueva II)”. Esta primeira ligação à Rede Nacional de Transporte, concretizada na passada sexta--feira, envolveu um dos dois gru-pos reversíveis que equipam o novo empreen-dimento. Os ensaios no outro grupo, segundo a EDP, “decorrem a bom ritmo”, esperando-se que a sua primeira ligação possa ter lugar “até ao final do presente mês”. “O reforço de potência, consti-tuído por uma segunda central com caracterís-ticas técnicas muito similares à da central exis-tente (Alqueva I), é equipado com dois grupos

geradores reversíveis (turbinas-bombas), que duplicarão a potência atualmente instalada na central de Alqueva I, a qual passará de 260 MW para cerca de 520 MW”, pode ler-se ainda no co-municado enviado. A produção média anual da nova central de Alqueva II será de 381 GWh, su-ficiente para abastecer, na zona do empreendi-mento, os consumos agregados dos concelhos de Beja, Moura e Vidigueira, Portel e Évora. A cons-trução do novo empreendimento, que envolveu um investimento de cerca de 190 milhões de eu-ros, permitiu criar entre 2009 e 2012, segundo a EDP, “um número médio de 1 500 postos de tra-balho” entre diretos e indiretos. Dos “350 postos de trabalho diretos”, cerca de “27 por cento cor-responderam a mão de obra residente num raio de 30 quilómetros do local da nova central”.

SPZS organiza plenários no distrito

O Sindicato de Professores da Zona Sula

(SPZS) está a organizar plenários em toda a

região. Esta semana tiveram lugar plenários

sindicais de professores e educadores em

Aljustrel e Beja, que contaram com a presença

de Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.

Debateu-se, entre outros assuntos, a greve geral,

anunciada para o dia 14 de novembro.

Vereadores da CDU visitaram Beringel

Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de

Beja promoveram, na quarta-feira, uma visita

ao Outeiro do Circo, em Beringel. O objetivo

foi “elencar algumas propostas que promovam

a continuidade do projeto”. No mesmo dia os

vereadores da CDU visitaram ainda a freguesia

para tomar conhecimento do resultado das

obras, recentemente concluídas, da rede de

águas, esgotos e pavimentos, processo que teve

início no mandato da CDU.

Combatentes homenageados em Beja

A Liga dos Combatentes – Núcleo de Beja, à

semelhança do que tem feito em anos anteriores,

realiza, no próximo dia 2 de novembro, pelas 11

horas, uma romagem ao Cemitério Municipal

de Beja, com o intuito de prestar homenagem

aos combatentes ali sepultados.

Testemunhas de Jeová reúnem-se em Aljustrel

Realiza-se este fim de semana, no pavilhão

Armindo Peneque, em Aljustrel, a Assembleia

de Circuito Anual das Testemunhas de

Jeová, que este ano será subordinada ao tema

“Proteja sua Mente”. O momento junta várias

congregações do Baixo Alentejo e prevê-se

que marquem presença mais de 800 pessoas.

No sábado, da parte da manhã, terá lugar o

batismo das novas Testemunhas de Jeová.

O programa conta ainda com 20 discursos,

todos relacionados com o tema abordado na

assembleia.

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Governo pode usar verbas do Fundo de Coesão

Comissão Europeia dá “luz verde” ao Alqueva

Em 2013 estarão disponíveis 68 mil hectares de regadio

Alqueva regou quase 34 mil hectares

“Os Verdes” contra milho transgénico NK 603

“Os Verdes” entregaram na Assembleia da

República um Projeto de Resolução que

prevê a aplicação do princípio da precaução

relativamente ao milho transgénico NK 603,

impedindo a sua comercialização em Portugal.

Atualmente o milho transgénico NK 603 ainda

não é produzido na União Europeia, mas a

sua comercialização encontra-se autorizada

desde julho de 2004, sendo utilizado, no espaço

europeu, para alimentação animal e também

para alimentação humana. “Os Verdes”

consideram urgente “respeitar o princípio da

precaução, em defesa da saúde humana e animal

e recomendam, nesta iniciativa legislativa, que

seja acionada a cláusula de salvaguarda e se

suspenda, de imediato, a comercialização do

milho NK 603 em Portugal”.

Secretário de Estado da Roménia visitou Alqueva

O secretário de Estado da Agricultura, José

Diogo Albuquerque, acompanhou, na quarta-

-feira, o secretário de Estado da Agricultura

da Roménia, Daniel Botanoiu, numa visita ao

Alqueva, a convite do Governo português. José

Diogo Albuquerque teve ainda uma reunião de

trabalho com o seu homólogo romeno, com o

objetivo de discutir a Reforma da PAC.

Vitifrades comemora São Martinho

A Vitifrades – Associação de Desenvolvimento

Local organiza, no dia 11 de novembro,

um convívio para comemorar o Dia de São

Martinho. A iniciativa realizar-se-á pelas

19 horas, na Adega Vitifrades, em Vila de

Frades, e não faltará, segundo a associação, “a

prova do vinho novo e petiscos”. As inscrições

encontram-se abertas até ao dia 6.

“Hortas do Convento” avançam em Mértola

Vinte e cinco pessoas já assinaram contratos

para começarem a produzir produtos agrícolas

em hortas do Convento de São Francisco, em

Mértola, através de um projeto do município,

que disponibiliza espaços para prática da

horticultura. O projeto “Hortas do Convento”,

promovido em parceria com a proprietária

do Convento de São Francisco, a Associação

Entre Dois Rios e a cooperativa Alsud, visa

“fomentar” o cultivo de produtos agrícolas de

qualidade, saudáveis e de forma económica, o

lazer e o recreio ativo e produtivo e o convívio e

a boa vizinhança. Para tal, a Câmara de Mértola

entregou 25 talhões, com cerca de 80 metros

quadrados cada, que vão permitir aos inscritos

começar a atividade produtiva no Convento

de São Francisco, onde a atividade agrícola

de subsistência, através de hortas, foi uma

atividade exercida desde tempos imemoriais.

O secretário de Estado da Agricultura revelou que o Governo já tem “luz verde” da Comissão Europeia para po-der usar verbas do Fundo de Coesão para financiar parte dos 530 milhões de euros necessários para concluir Alqueva.

As “dúvidas” sobre se o Governo pode usar verbas do Fundo de Coesão para financiar o Alqueva “estão,

cada vez mais, a desaparecer, porque te-mos a luz verde da Comissão Europeia” para tal e, assim, “o caminho está aberto” e “agora é uma questão de reprogramação e de gestão dos fundos”, disse José Diogo Albuquerque.

Segundo o secretário de Estado, o Governo está a fazer uma “operação de limpeza” do Fundo de Coesão, ou seja, pro-jetos que estão há mais de seis meses sem avançar são cancelados e libertam-se fun-dos para novos projetos, o que “irá permitir

gerar os fundos necessários para se poder começar a financiar Alqueva através do Fundo de Coesão”.

José Diogo Albuquerque falava aos jornalistas em Beja, antes de uma vi-sita à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), acompanhando o secretário de Estado da Agricultura da Roménia, Daniel Botanoiu, que visitou infraestruturas do empreendi-mento a convite do Governo português.

Segundo informações da EDIA facul-tadas à Lusa por fonte do Ministério da Agricultura, para financiar as obras ne-cessárias para concluir o projeto global de Alqueva são necessários 530 milhões de euros.

Deste montante total, 270 milhões de euros serão para obras já lançadas ou a lan-çar este ano e os restantes 260 milhões de euros serão para obras a lançar em 2013.

De acordo com o secretário de Estado, as obras que faltam no âmbito da rede

primária, que assegura o transporte de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão para toda a área a beneficiar pelas infra-estruturas de rega, serão financiadas com verbas do Fundo de Coesão.

As obras da rede secundária, constitu-ída pelas infraestruturas de distribuição de água até à entrada das explorações agríco-las situadas nos perímetros de rega, serão financiadas com verbas do Programa de Desenvolvimento Regional (Proder), mas o Governo está também “a procurar uma via alternativa ou complementar” no âmbito do Fundo de Coesão.

“Isto permite, por um lado, a mate-rialização da obra e, por outro lado, folga para, cada vez mais, podermos usar fun-dos estruturais” para financiar as obras do Alqueva e “libertar verbas do Proder” para financiar projetos de investimento em re-gadio no interior das explorações, da res-ponsabilidade dos agricultores e incluídos na rede terciária.

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Quase 34 mil hectares, mais de me-tade olival, foram regados na cam-panha de rega deste ano com 47

milhões de metros cúbicos de água da al-bufeira do Alqueva.

Segundo dados prestados à agência Lusa pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), o volume de água retirado da albufeira na campanha deste ano serviu para regar 33.600 hectares de culturas, sendo 53 por cento olival.

A água serviu também para regar mi-lho (13 por cento), vinha (oito por cento), pastagens e forragens (oito por cento), cul-turas arvenses (seis por cento), hortícolas (cinco por cento), fruteiras (três por cento) e girassol (três por cento), entre outras (um

por cento).De acordo com a EDIA, atualmente, a

área efetivamente regada por Alqueva é de 33.600 hectares e na próxima campanha de rega, em 2013, estarão disponíveis 68 mil hectares de regadio.

Atualmente, a albufeira do Alqueva, si-tuada no rio Guadiana e o maior lago arti-ficial da Europa, com uma área inundável de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.100 quilómetros de margens, armazena 3.003 hectómetros cúbicos de água e está à cota de 147 metros.

Ou seja, a albufeira do Alqueva está a 72,3 por cento da sua capacidade máxima, que é de 4.150 hectómetros cúbicos de água, à cota de 152 metros.

A albufeira do Alqueva atingiu, pela pri-meira vez, a capacidade máxima a 12 de ja-neiro de 2010, quase oito anos após ter co-meçado a encher, a 8 de fevereiro de 2002, quando se fecharam as comportas da bar-ragem alentejana.

A conclusão do projeto Alqueva, num total de 118 mil hectares de regadio, ini-cialmente prevista para 2025, foi revista pelo anterior Governo PS para 2015 e, de-pois, antecipada para 2013, o que o atual executivo PSD-CDS/PP já disse que “não é possível”.

Entretanto, a 30 de abril deste ano, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu o compromisso do Governo de concluir as obras em 2015.

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OE prevê transferir para as autarquias o mesmo valor de 2012

Cada habitante de Beja vale menos de 300 euros

Os mais de 96 milhões de euros que o Governo pretende transferir para as autarquias em 2013 é um va-

lor muito próximo do que foi inscrito no Orçamento do Estado de 2012. Mas a seme-lhança fica-se por aí. O aumento de 33 por cento nos descontos para a Caixa Geral de Aposentações, e o confisco dos subsídios aos funcionários, leva a que o Estado trans-

fira para as autarquias substancialmente menos dinheiro do que no ano transato. Quem o afirma é José Maria Pós-de-Mina. O autarca esclarece que “entre 2008 e 2012 o Governo reteve cerca de 1,2 mil milhões euros”, curiosamente “a verba que agora disponibilizou às autarquias através do Programa de Apoio às Economias Locais”, cobrando juros dos empréstimos.

Para o presidente da Ambaal, “este Orçamento do Estado é altamente penaliza-dor dos interesses das populações” e contri-bui “para a asfixia dos municípios”.

Os fatores que presidem à distribuição do dinheiro pelas autarquias são vários, e deve-riam “beneficiar” os concelhos com menos receita fiscal própria, tendo ainda em consi-deração a demografia de cada território.

De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2013, e em particular com o Fundo de Equilíbrio Financeiro, cada habi-tante de Beja “vale” menos de 300 euros por ano; já os barranquenhos são valorizados, cada um, em 1 670 euros. Se o critério apli-cado for o da dimensão territorial de cada concelho, Barrancos volta a ser o mais “ba-fejado”, com 18 255 euros por quilómetro

quadrado, contra Ourique que recebe ape-nas 663 euros.

Ter um território mais vasto ou mais habi-tantes pode dar uma conta de encher o olho. Mas, vistos à lupa, os números não são aquilo que aparentam. Concelhos como Barrancos, com 168 quilómetros quadrados, Cuba (172), Vidigueira (316), Aljustrel (458) ou Alvito (265) batem aos pontos os gigantes do distrito: Odemira (1 721), Mértola (1 293), Beja (1 147), Serpa (1 106) ou Moura (958) (ver quadro).

E per capita a situação mantém-se com Barrancos a comandar, com 1 670 euros por habitante, mas, neste caso, acompanhado por Mértola (1 384), Alvito (1 222), Ourique (1 109) e Almodôvar (1055). No fim da lista aparece a capital de distrito com 287 euros por habitante.

O valor previsto, na proposta de Orçamento do Estado para 2013, no que respeita às transferências para os municípios do distrito de Beja, é consideravelmente o mesmo que no exercício anterior. No entanto, José Maria Pós-de-Mina, presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, e da Câmara Municipal de Moura, lembra que desde 2008 os municípios foram espoliados em 1,2 mil milhões de euros, devido à não aplicação da Lei de Finanças Locais.

Texto Aníbal Fernandes

Amanhã, sábado, dia 27, Beja vai assis-tir, pelas 16 horas, à entrada de cinco colunas automóveis, em marcha lenta, em defesa da construção do IP2 e do IP8. Uma hora mais tarde, no jardim do Tribunal, as freguesias protestam con-tra a sua extinção.

São cinco os percursos que servirão para mostrar a indignação contra a suspensão das obras, decidida pelo

Governo, das vias estruturantes do IP2 e IP8: Serpa, Vidigueira, Aljustrel, Castro Verde e Ferreira do Alentejo serão os pon-tos de partida, mas os outros concelhos, organizados pelas respetivas câmaras

municipais, também se juntarão ao per-curso.

Barrancos e as freguesias orientais de Serpa iniciarão o percurso na Cidade Branca; Moura iniciará o percurso em Vidigueira, enquanto Cuba, Alvito e a fre-guesia de São Matias se juntarão à caravana, mais tarde, no IP2; à coluna que parte de Aljustrel, juntar-se-ão várias freguesias de Beja; Castro Verde é o ponto de partida para os manifestantes de Almodôvar e Ourique, que, mais tarde, terão a companhia dos car-ros de Mértola; de Ferreira do Alentejo, a coluna partirá de Santa Margarida do Sado, e contará logo com a participação das fre-guesias de Beja.

A chegada ao antigo governo civil deverá acontecer por volta das quatro da tarde. E as horas de partida das diferentes carava-nas são decididas caso a caso, em função das distâncias a percorrer, e que constam de um folheto divulgado pela comissão or-ganizadora – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, Núcleo Empresarial de Beja e Turismo do Alentejo –, e que foi distribuído em todos os conce-lhos, e que apela “à participação de autar-cas, empresários e população”.

Freguesias também protestam Tal como o “Diário do Alentejo” tinha anunciado na última edição, a lei de reorganização

administrativa autárquica vai ser alvo de um protesto a realizar também amanhã, dia 27, a partir das 17 horas, no jardim do Tribunal, em Beja.

A concentração será uma das muitas que ocorrerão em todo o País, e é promovida pela Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias e pela estrutura regio-nal da Associação Nacional de Freguesias (Anafre).

Álvaro Nobre, coordenador regional de Beja da Anafre, apela à participação de to-dos, para impedir o desaparecimento de fre-guesias “contra a vontade das populações”, contra uma lei que vai contra “os interesses das freguesias e do próprio Estado”.

Pela construção do IP2 e IP8 e contra a extinção de freguesias

Dia 27: o sábado de todos os protestos

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal)

organiza, amanhã, sábado, pelas 10 horas, no auditório da

ExpoBeja, um encontro de eleitos locais. Em debate vai estar

o Regime Jurídico das Autarquias Locais e o Estatuto das

Entidades Intermunicipais. Durante a iniciativa será posta

à apreciação/votação a proposta de declaração do encontro.

Cimbal organiza

encontro de eleitos locais

Foi aprovado, em Conselho de Ministros, o diploma que estabelece

a concessão dos aeroportos nacionais à ANA – Aeroportos de

Portugal. Recorde-se que, apesar de a empresa ser a gestora dos

aeroportos, até à data não existia qualquer contrato assinado com o

Estado. O Terminal Civil de Beja, após a certificação pelo Instituto

Nacional de Aviação Civil, integrará a rede da ANA – Aeroportos.

Aprovada concessão

do Terminal Civil de Beja

à ANA

Ferreira e Beja avançam com ação judicial contra o Estado Os municípios socialistas de Ferreira do Alentejo e Beja decidiram avançar com uma ação ju-dicial contra o Estado para serem ressarcidos pelos da-nos ambientais e económicos causados pelo “abandono”

da construção de lanços da A26. Apenas os municípios de Ferreira do Alentejo e Beja vão avançar com a ação judicial, mas as outras entidades que participaram na reunião, que se realizou em Ferreira do Alentejo, estão “solidárias” com a decisão das duas autarquias, apesar de não se juntarem ao

processo. A reunião contou com a participação da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e das autar-quias de Castro Verde (CDU) e de Grândola (PS).

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Casal alemão instalou-se em São Luís, Odemira

Artesanato de oliveira do Alentejo conquista Europa

Um casal alemão criou uma marca de ar-tigos de moda e decoração em madeira de oliveira, que exporta de um monte na freguesia de São Luís, em Odemira, para vários países europeus. A “Alentejo Azul” começou a “desenhar-se” no final da dé-cada de 1980, mas foi há cerca de cinco anos, após os produtos serem colocados numa plataforma de vendas na Internet, que o negócio mais cresceu.

Stephan Thielsch, de 55 anos, e Anette Wörner, de 47, ambos oriundos do norte da Alemanha, conheceram-se e apaixo-

naram-se em Vila Nova de Milfontes, no con-celho de Odemira.

Apaixonados também por Portugal e pelo “carinho das pessoas”, decidiram ficar e radicaram-se num monte na localidade de Cortinhas, freguesia de São Luís (Odemira), onde estão instaladas a marcenaria e a loja.

As primeiras peças de artesanato nasce-ram de um lote de madeira de oliveira com-prado em 1988, “bastante caro” e com recurso ao crédito, disseram à agência Lusa.

Esses artigos, espelhos de parede e peque-nas mesas com tampos em xisto, “não tiveram muita saída”, o que os fez optar por peças me-nores, como botões e brincos.

Segundo o casal, o projeto foi-se desen-volvendo “pouco a pouco” e, atualmente, dá trabalho a oito pessoas, embora nem todas a tempo inteiro.

Para Hélder Campos, de 35 anos, de São Luís, arranjar emprego na oficina dos alemães, há cerca de oito anos, foi “ouro sobre azul”.

O funcionário mais antigo da empresa tra-balhava na construção civil, mas o desemprego levou-o a procurar alternativas e agora asse-gura que é um ofício gratificante, lamentando apenas ter de se vender as peças mais bonitas.

Da “Alentejo Azul” sai uma variada gama de produtos, como fruteiras, taças, pratos, sa-boneteiras, cadeiras, bancos, mesas, brincos, pulseiras, ganchos para cabelo ou alianças de casamento.

A maioria dos artigos é feita a partir de

madeira de oliveira, mas também são utiliza-dos a cortiça, o xisto e o vidro.

Em 2010, algumas peças feitas com garra-fões e garrafas de vinho reutilizados participa-ram na exposição de design português promo-vida pelo Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque (EUA).

Apesar de terem as peças à venda na sua e noutras lojas e de participarem nalgumas fei-ras de artesanato, a aposta no sítio na Internet DaWanda, onde têm disponíveis 372 produtos, foi o impulso para o crescimento do projeto.

Essa plataforma permite-lhes vender em todo o mundo, embora a maioria dos pedi-dos cheguem de Alemanha, Áustria, França, Suíça e Inglaterra.

Na maior parte do ano, expedem uma mé-dia de 500 encomendas por mês, mas estas po-dem ultrapassar as 3.000 por altura do Natal.

Anette Wörner garantiu que a distância e os portes de correio não atrapalham o ne-gócio, até mesmo quando se trata das peças

maiores e mais pesadas.“Quem compra uma mesa por mil euros

não vai desistir por causa do custo do trans-porte de 120 euros”, exemplificou.

A realizar um volume de vendas que ronda os 100 mil euros por ano, o casal disse acre-ditar que o projeto vai crescer, embora reco-nheça algumas limitações.

“Aqui é Parque Natural [do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina], não podemos construir mais nada e a oficina está nos limi-tes”, confessou a empresária.

Nestes dias, a oficina tem trabalhado “em força” em manípulos de madeira de oliveira encomendados por uma fábrica italiana, que pretende comercializar uma “edição especial” de máquinas de café.Os artesãos preparam-se também para co-meçar a satisfazer as encomendas feitas para o Natal, que, de acordo com Stephan Thielsch, “representam cerca de 40 por cento do total de vendas”. Agência Lusa

Educação internacional para adultos em Vidigueira O Centro de Estudos Aquiles Estaço, entidade pro-prietária da Escola Profissional Fialho de Almeida, em Vidigueira, di-namiza nos próximos dois anos um projeto europeu no âmbito do Programa Grudtvig_Parcerias. Um programa que envolve a mobili-dade de formandos e formadores e cujo objetivo passa por reforçar

a cooperação europeia na área da educação para adultos, de modo não formal. Desta parceria europeia, para além da EPFA, fazem parte instituições da Alemanha, Roménia, Turquia e Itália. A ideia central passa por fomentar as boas práticas na área da educação para a saúde e criar atividades para a ocupação dos tempos livres da população adulta.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro realiza, entre os dias 1 e 4

de novembro, o seu peditório anual e o Núcleo Regional do Sul

junta-se à iniciativa. Recorde-se que “a liga depende exclusivamente

de donativos para a continuidade da sua atividade” e, neste

sentido, apela “ao apoios e à solidariedade da comunidade”.

Peditório da Liga Contra

o Cancro em novembro

Feira do Chocolate regressa a Grândola

A Feira do Chocolate regressa ao Parque

de Feiras e Exposições de Grândola entre

os dias 8 e 11 de novembro. Esta é a sexta

edição do certame e, de acordo com a Câmara

Municipal de Grândola, “a gastronomia

aliada ao chocolate e às castanhas” é uma

das grandes apostas deste ano. A exposição

e produção ao vivo de peças artísticas em

chocolate, licores, espetadas de frutas com

chocolate, bombons, bolos, crepes, chocolates

artesanais, e muitas outras tentações doces

são outras das atrações que podem ser

descobertas ao percorrer-se a feira. Destaque

ainda para a música, nomeadamente para

a atuação de Pedro Miguéis (dia 9, 21 e

30 horas), Danger Line (dia 9, 23 horas) e

Micaela (dia 10, 21 e 30 horas).

“Sonoridades & Sabores” pelo interior de Odemira

Começa em novembro, no concelho de

Odemira, o roteiro de música tradicional

e petiscos “Sonoridades & Sabores”. Os

serões de convívio acontecem em Santa

Clara-a-Velha, Colos, São Teotónio e

Relíquias. Esta iniciativa acontece desde

2006, com organização da Associação para

o Desenvolvimento de Amoreiras-Gare, em

parceria com o município de Odemira, e este

ano conta com o apoio das juntas de freguesia

de Santa Clara-a-Velha, Colos, São Teotónio

e Relíquias. O evento tem como objetivo

“reavivar tradições antigas e divulgar a

gastronomia e cantares populares do interior

do concelho de Odemira”.

Aluno do IPBeja campeão europeu de Web Design

Tiago Conceição, aluno do curso de

Engenharia Informática do IPBeja,

sagrou-se campeão europeu na modalidade

de Web Design. A competição, EuroSkills

-Campeonato Europeu de Web Design,

teve lugar em Bruxelas no início do mês. O

aluno do IPBeja trouxe ainda a medalha de

bronze, através do 3.º lugar em Cross Media

Publishing – Equipa. Tiago Conceição já

tinha ganho outros prémios em Portugal

e em 2013 irá participar no WorlSkills, em

Leipzig (Alemanha), onde disputará os

melhores do mundo em Web Design.

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OpiniãoIgual mas diferenteAna Paula Figueira Docente do ensino superior

A cegueira e a obstinação dos ho-mens lembra-me às vezes a ce-gueira e a obstinação das va-rejeiras enfrenizadas contra as vidraças. Bastava um mo-mento de serenidade, dez réis de bom senso, e em qualquer fresta estava a liberdade. Mas o demónio da mosca, quanto mais a impossibilidade se lhe

põe diante, mais teima. O resultado é cair morta no peitoril.Assim escrevia Miguel Torga no seu Diário I em 1943…

Trouxe-me à lembrança uma recente conversa a propó-sito dos dois subsistemas de ensino superior em Portugal – universitário e politécnico – e da falta de uma imagem que identifique este último, com prejuízo do seu valor pró-prio. Comecemos pelo princípio: Quando e por que é que surge o ensino superior politécnico em Portugal? Depois da Revolução de Abril de 74, aumentou exponencialmente a procura pelo ensino superior. As universidades, sedea-das nas grandes cidades, não estavam preparadas, tanto ao nível de infraestruturas como de recursos humanos, para dar resposta a essa procura. Por outro lado, as escolas de ní-vel intermédio – de enfermagem, magistério primário, etc. – começaram a exigir a sua classificação como ensino su-perior. Foi nesse contexto que se organizou o ensino supe-

rior politécnico, sob uma base, diria, política e federativa. A distinção plasmada na Lei de Bases do Sistema Educativo não foi, a meu ver, muito clara, as-semelhando-se muito mais um manejo de palavras, facilitando a diferença por truncamento: as universidades conferiam o grau de licenciado (quatro, cinco ou seis anos de curso) e os politéc-nicos, o de bacharel (três anos de curso). As alterações legis-lativas posteriores permitiram que o ensino politécnico pas-sasse a conferir licenciaturas e, mais tarde, mestrados. Porém, as universidades mantêm o pri-vilégio dos estudos de doutora-mento, tal como a atribuição do título académico de agregado. Agora que ambos os subsiste-mas leccionam cursos de licen-ciatura com a duração de três anos, a incerteza ainda é maior. Afinal, qual a diferença en-tre uma licenciatura do ensino politécnico e uma do universi-tário? Se atentarmos à Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro, pa-rece-me razoável afirmar que a formação dada pelas universi-dades é de natureza científica e tecnológica e a dos politécnicos, de natureza profissional ou téc-nica. Mas isto não chega para tornar clara a missão do ensino politécnico! Apesar de existir um conjunto de competências

transversais que deve ser comum aos dois subsistemas de ensino (por exemplo, a capacidade crítica e analítica, a cria-tividade, a inovação, a proactividade, o empreendedorismo e a constante vontade de aprender), considero importante que os institutos politécnicos procurem ter em atenção o se-guinte: 1) a criação de uma cultura institucional que não seja uma reprodução daquela que é a das universidades (tipos de cursos e métodos de ensino, composição e formação do pes-soal docente, modelo organizativo e governação, essência e condição da sua investigação científica); 2) o “saber fazer” deve ser a base da formação ministrada, só conseguida se grande parte decorrer em ambiente de trabalho. Quanto aos docentes dos institutos politécnicos, a sua carreira deve ser pautada por intervenções profissionais no meio económico e social; a investigação produzida, deve ser aplicada e, de preferência, em parceria com as empresas ou entidades em-pregadoras. É até risível e contra-sensual que a avaliação de um docente do ensino superior politécnico possa contem-plar, por exemplo, o número de doutorados que tenha orien-tado, na medida em que, e como já referi, o ensino politéc-nico não pode leccionar cursos de doutoramento.

No dia 14 de Setembro último, assisti à edição espe-cial que a RTP1 dedicou ao ensino superior. Foi entrevis-tado o senhor presidente do Conselho Nacional de Reitores das Universidades Públicas. Apenas. E o senhor presi-dente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos? Será que foi convidado? A verdade é que os institutos politécnicos não estiveram representados e, como tal, a sua opinião não foi ouvida. Este é mais um exemplo que contribui para dificultar a afirmação do ensino politéc-nico e a conquista de reconhecimento pela opinião pública. É urgente que o ensino politécnico crie uma forte identi-dade, em torno do seu valor social, e intensifique a forma-ção articulada com o meio envolvente e em ambiente pro-fissional. Sou, orgulhosamente, docente do ensino superior politécnico. Igual mas desejavelmente diferente do “clás-sico” ensino universitário.

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

Tabaco avulso– ai que saudadesFrancisco Pratas Jornalista

Na passada segunda-feira, ao abrir logo de manhã a im-prensa generalista do dia, num dos jornais, a notícia sal-tou-me à vista: “está a aumen-tar a venda ilícita de tabaco avulso”, consequência óbvia do preço elevado por que está a passar este produto.

Naturalmente, a prática deste sistema é ilegal, aliás sempre assim foi, independente-mente das voltas que a Lei tem dado, só que, mais forte que os governos que as fazem legislar, são as muitas carências económicas por que este martirizado povo sempre tem pas-sado. Assim nasceu o “mercado negro”, assim quase se ofi-cializou o “contrabando”.

Eu, e tantos como eu, iniciei-me como fumador, como “moço da rua”, depois como estudante. A compra do tabaco avulso era a única forma possível dos já viciados moços e os mais pobres da população satisfazerem o seu viciozinho.

Porque neste país não é só a bandeira que está de cabeça

para baixo, mas porque tudo está de pantanas, é bem possí-vel que a cambalhota seja tal, que o que já há muito estava esquecido, volte à memória até daqueles que só agora (pa-rece), começaram a pensar.

Assim a ASAE que não se esfalfe. Só muito dificilmente poderá suster o vício do tabaco, pois que nem a falta do di-nheiro no bolso dos mais pobres o faz exterminar. E é tão complicado como a força do seu domínio. Há momentos que por um cigarrinho ou por uma “ponta” esquecida no bolso, quando isso nos falta, o poder sugestivo desta velha droga, que um dia veio substituir o “rapé”, bem mais ba-rata que as outras, e inclusive menos perigosa em relação à saúde dos utentes. Pior do que esta é a fome quando falta o pão em casa e isso… é que é uma droga, e extremamente pe-rigosa convenhamos! Alerte-se então quem de direito para a combater.

A mentiraJoão Machado Gestor Empresas

É cada vez mais evidente a falta de sensibilidade social deste governo, assim como a estratégia que se en-contra definida de empobrecimento da população.

Como se pode acreditar num go-verno que anda constantemente aos ziguezagues, que estuda mal os dos-siês e que apresenta medidas imo-rais como a redução da TSU para as

empresas à custa da subida da taxa para os trabalhadores?Como é possível tolerar os comportamentos de minis-

tros como Miguel Relvas ou Vítor Gaspar que mentem a sor-rir e que contam todos os dias “o conto do vigário”?

A população já acordou e está a ter atitudes dignas, au-sentes de violência barata, que muitos destes ministros que-riam que acontecesse.

Como pode um ministro das Finanças mentir a todos os funcionários públicos e pensionistas referindo que lhes vai devolver um dos subsídios espoliados, se depois o vai retirar com a subida do IRS?

A imoralidade e a falta de verdade é apanágio deste go-verno de teorias experimentalistas que, como frisei ante-riormente, tem como alvo o roubo descarado das pessoas, ou, como alguns comentadores referiram, um “saque à po-pulação” ou mesmo um “napalm fiscal”.

Para a maior parte das pessoas, os políticos e a classe po-lítica deixam de fazer sentido pois tudo aquilo que prome-tem nas campanhas eleitorais, não se cumpre. Para o efeito basta ver o programa eleitoral do PSD e reparar no que Passos Coelho prometeu: Não cortar os subsídios de férias e de Natal; não aumentar os impostos; cortar as gorduras do Estado, incluindo a extinção de fundações e institutos; re-negociar as Parcerias Público Privadas.

E eu pergunto: o que fez este governo?Mentiu aos portugueses e do meu ponto de vista deixou

de ter legitimidade política para governar na medida em que não cumpriu o que apresentou ao eleitorado e no programa de governo e está a defraudar e a “matar” a população.

Tenho esperança que o povo continue a lutar e não ador-meça pois quando acordar pode não existir nada à sua volta.

Num país com um Presidente da República ausente, só podemos contar connosco para pressionar no sentido de se verificar uma mudança de política e de governança.

É urgenteque o ensino politécnico crie uma forte identidade,em torno do seu valor social, e intensifique a formação articuladacom o meio envolventee em ambiente profissional. Sou, orgulhosamente, docente do ensino superior politécnico. Igual mas desejavelmente diferentedo “clássico” ensino universitário.

A “corrupção”, para a qual a justiça não dá suficiente resposta, reside no facto de os atualmente insuportáveis impostos que pagam não chegarem para custear os serviços públicos, que a Constituição prevê, enquanto financiam negócios obscuros, cuja utilidade, proveito e controlo escapam a todos. António Cluny, “I”, 23 de outubro de 2012

14 Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral. Uma denominação quase tão extensa quanto o extraordinário

trabalho que lá se desenvolve. No CEBAL, para os amigos, cerca de duas dezenas de cientistas investigam diariamente a forma de melhorar o desempenho das empresas agrícolas da região. E para o ano vão empenhar-se a fundo na sequenciação do genoma do sobreiro. Um trabalho que trará, por certo, resultados inestimáveis para o melhor aproveitamento da árvore que é símbolo nacional. PB

Tal como o Governo, o povo também já não tem mar-gem… Já não tem margem para acreditar que vale a pena, para esperar por promessas “eleitorais” (lá para o fim do mandato), para se levantar em cada manhã e dizer: “Hoje vou tentar dar o melhor pelo meu país”. Nuno Santos, “Público”, 23 de outubro de 2012

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Apesar da obstinação do Governo e dos pesados sacrifícios exigidos, as metas para a redução do défice, este ano, não foram al-cançadas e está generalizada a convicção de que a insistência na mesma política e nos mesmos erros irá agravar ainda mais a nossa já precária subsistência coletiva e enredar-nos fatalmente numa espiral de endividamento sem fim. Pedro Bacelar de Vasconcelos, “Jornal de Notícias”, 19 de outubro de 2012

15 Está agendada para amanhã uma manifestação de desagrado em relação ao abandono das obras no

IP8 e IP2. O protesto, que consta de uma marcha lenta com buzinão pelas duas picadas que são as principais ligações rodoviárias a Beja, está agendado para as 15 horas, no parque de estacionamento da ExpoBeja. Vamos a ver se é desta que nos fazemos ouvir fortemente, lá em Lisboa. PB

O Governo recuou quanto ao fecho do tribunal de ALMODÔVAR. Mas manteve a intenção de fechar em

definitivo as portas do de MÉRTOLA. Que é, aliás, a única baixa a registar no Baixo Alentejo quanto à recente reformulação do mapa judiciário. Numa altura em que os cortes orçamentais e o fecho de instituições de proximidade é uma prática recorrente, especialmente no interior, é importante manter a solidariedade com Mértola. PB

Tirando o litoral, o Alentejo sem-pre foi terra de sequeiro. Ainda que assombro-samente assea-dos, os alenteja-nos aprenderam a v iver com pouca água. A

consumi-la com reservas, dizendo “que quem não poupa a água e a lenha, não poupa o mais que tenha”. Mas, tal como a fome, não há sede que não dê em far-tura. Depois de muito reivindicarem, um dia ofereceram-lhes de bandeja o maior lago da Europa, aprisionando, em Alqueva, o Guadiana. Os que viviam nas proximidades do modesto caudal do rio, viram-se de um momento para o outro com o mar à porta. Caminhos reais por onde saíam com as parelhas, desaguavam agora no lago. Uma grande fatia do céu alentejano viu-se de repente espelhada na água. Os bicos dos serros, assomando à superfície, acabaram me-tamorfoseados em ilhas. Foi o espanto. Muito dificilmente acreditariam que para servir as aldeias das margens ha-viam de ser montados oito cais flutuan-tes!

Entre os naturais, tornaram-se ine-vitáveis os delírios aquáticos. Tudo ima-ginado em profundidade, relembrando a terra antiga que mais de uma vez ti-nham pisado. No sítio onde uma lebre dissimulara a cama, aí chegaria um dia o primeiro peixe, incrédulo, aprovei-tando a mesma cova para se esconder. Numa velha quartelha de porcas nasce-ria um cardume de barbos substituindo a ninhada de leitões.

Sobre as águas, outros alenteja-nos arriscavam piadas superficiais. Que agora os pastores trocariam o pe-lico pelo colete salva-vidas. Que as ove-lhas seriam obrigadas a usar boia, tran-sitando em jangada, à procura de prado verde. Que o regolfo de Alqueva alber-garia um arquipélago de muitas ilhas, entre elas Monsaraz, a Estrela, a Luz, Mourão e outras mais. Alguns arrisca-vam mesmo que o queijo deixasse ser de Serpa para chamar-se de S. Jorge dadas as semelhanças com os Açores. Em pou-cas alturas a graça f lutuou tão à tona. Em terra tradicionalmente de chão firme parecia já não mandar o Deus ro-mano, mas Neptuno!

Mas para que a barragem passasse de sonho a realidade alguns pagaram preço alto, como os da Luz. Perderam

as casas e as terras herdadas da famí-lia ao serem obrigados a mudar de sítio, transferindo consigo até os mortos en-terrados e as pedras das igrejas. Os mais velhos sentiram que lhes estavam es-frangalhando a alma, apagando-lhes a memória dos sítios, roubando-lhes a re-ferência que assentava nessas marcas. Todos somos feitos de ruas, de largos, de cantos, de caminhos. Aí nascemos, brincámos, namorámos, nasceram fi-lhos, morreram pais. Nesses lugares concretos sobrevivem sentimentos. Os expatriados da Luz perderam parte im-portante de si. Muitas raízes da sua his-tória ficaram submersas. Todavia ali-nharam com o Alentejo na pressão para que se fizesse a barragem. As atenções que lhes foram justamente prodigaliza-das no sítio de acolhimento, todas são poucas para o desassossego em que os puseram.

Entretanto que temos hoje para além da água imensa? Enfim o regadio, ainda de rede incompleta mas propor-cionando já um manto verde de olivais em grandes áreas onde penosamente sobrevivia o trigo. Também o milho, esse quase estranho para as gentes do Sul, desponta agora pela primeira vez em muitos sítios com um vigor surpre-endente. Insipiente ainda é a impensá-vel cultura do amendoim (com promes-sas megalómanas de investimento que agora vieram a público) e também a da papoila ou a da cebola em extensivo. Os velhos campos de seara pintaram-se de cores inesperadas. O verde sobre-pondo-se ao castanho de antigamente. É a água, palavra quase tabu para os naturais!

Para além disso, a produção elétrica

parece já dar frutos, os empreendimen-tos turísticos despontam, aqui e ali, em-bora nada que espante, mesmo nas “al-deias de água” onde, a princípio, as promessas eram mais do que muitas. Os desportos náuticos e a pesca despor-tiva dão um ar da sua graça.

Entretanto, não foi ainda com Alqueva que o Alentejo fugiu ao sufoco em que vive desde há muito. As povo-ações, mesmo as ribeirinhas, são depó-sitos de idosos onde, numa crueldade sem limites, fecham as escolas, o aten-dimento médico, as farmácias, os cor-reios, os postos da GNR e outros servi-ços essenciais.

Todos dias os mais novos são obri-gados a partir, não desarvorando à vela, como os antigos, pela vastidão das águas que lhes colocaram à porta, mas em autocarros que os despejam sazonalmente nos pomares da Suíça, da França ou da Alemanha, colhendo a fruta que depois chega embalada aos nossos supermercados.

Indiferente ao desespero das popu-lações, resta, comprido e largo, o grande espelho de água. Uma reserva para o que der e vier. Como que uma f lor no peito dos alentejanos, fartos de tanta seca. Há quem diga que tempos virão em que a água será tão valiosa como hoje é o petróleo. Seremos então muito ricos, se os poderosos não vierem cá roubá-la como fazem com aquele nos lugares onde existe deixando as popula-ções à míngua.

Mas, para lá de tudo, Alqueva ainda é uma esperança, uma promessa líquida no meio da desesperança nacional em que os governos nos puseram. Oxalá não fiquemos só a ver navios!

Há 50 anosDisco voadorou meteoritovisto em Beja?

No “Varandim da Cidade”, de Melo Garrido, na edição de 22 de outubro de 1962:

“Nem sempre, deste posto de observação, se descortinam os mais falados ou palpitantes assuntos locais com a rapidez que seria de de-sejar... Por isso há a confessar hoje uma falta, pedindo para ela a benevolência dos leitores...

De facto, falhou, na nossa edição de ante-ontem, o registo de um caso que despertou a curiosidade, ou mesmo a emoção, de um nu-meroso sector da população bejense: nada menos que um ‘corpo estranho’ e brilhante que, na manhã de sábado, cerca das 7 horas, foi visto a deslizar vertiginosamente sobre a cidade, no sentido do centro para a igreja do Salvador, e que por cima daquele templo se desfez em três partes, as quais, poucos segun-dos depois, deixaram de se tornar visíveis, as-sim como o rasto de luz que por instantes os acompanhavam.

É esta a versão de várias testemunhas ocu-lares, uma delas merecendo a nossa confiança e que hoje cedo veio à nossa redacção a dar- -nos conta do insólito fenómeno.

Evidentemente que várias hipóteses se imaginam para a sua explicação. Desde os já famosos discos voadores até ao banalíssimo aerólito.

Mesmo as numerosas pessoas que não o observaram, por estarem ainda entregues às delícias do sono, têm a sua opinião formada...

De qualquer maneira, o caso merece a re-ferência que hoje lhe fazemos, embora algo atrasada.

E a nós, que também não o presenciámos, agrada-nos mais ‘admitir’ que se trate de um disco-voador, pois Beja, até agora, estava to-talmente esquecida por estes enigmáticos ocupantes do espaço aéreo.

E era uma ‘desconsideração’ que a cidade não merecia...”.

Dois dias depois, o jornalista Melo Garrido voltava ao assunto:

“A propósito do fenómeno meteorológico de sábado passado, a que nesta secção fizemos anteontem referência, recebemos a seguinte informação:

‘Precisamente à hora em que nesta cidade foi observada a explosão de qualquer objecto a grande altitude, no sítio de N.ª Sr.ª da Cola, 12 quilómetros a sul de Ourique, alguns tra-balhadores que ali chegavam para começarem a tarefa diária nas escavações arqueológicas, avisaram o dirigente destas de terem acabado de ouvir um grande estampido, que por al-gum tempo reboou, que se não parecia com trovão nem com barreno de pedreira, antes fazia lembrar um fortíssimo tiro de canhão. E o estrondo parecia vir da costa do Algarve, na direcção da serra de Monchique. (...)

Conjugadas as observações de Beja e Sr.ª da Cola, parece não haver lugar para dúvidas: tratou-se efectivamente de um meteorito.’

Sendo assim, temos que lamentar o facto de não ter sido ainda desta vez que Beja rece-beu a honra da visita de um ‘disco voador’...”.

Carlos Lopes Pereira

Crónica

Alqueva, o sonho à tona de águaJoão Mário Caldeira

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Infografia

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Faro do Alentejo

Vila Alva

Vila Ruiva

Cuba

Vila Ruiva (468)

1Gomes Aires (355)

Graça de Padrões (398)

Almodôvar

Gomes Aires

Rosário

S. Clara - a - Nova

Santa Cruz

São Barnabé

Graça de Padrões

Aldeia dos Fernandes

Almodôvar

25%

2S. Agostinho* (4364)

S. Amador (411)

S. João Baptista* (4069)

Amareleja

Póvoa de S. Miguel

Safara

S. Agostinho (Moura)

S. Aleixo da Restauração

S. Amador

S. João. Baptista (Moura)

Sobral da Adiça

Moura

25%

2Peroguarda (364)

Canhestros (412)

Alfundão

Ferreira do Alentejo

Figueira dos Cavaleiros

Odivelas

Peroguarda

Canhestros

F. do Alentejo

33%

2Casével (447)

S.M. da Ataboeira (333)

Casével

Castro Verde

Entradas

S. Bárbara de Padrões

S. Marcos da Ataboeira

Castro Verde

40%

2S.Maria* (1300)

S.Salvador* (1814)

Luzianes - Gare (426)

B. dos Pinheiros* (1673)

18%

Colos

Relíquias

Sabóia

S. Clara - a - Velha

S.Maria (Odemira)

S. Luís

S. Mar. das Amoreiras

S.Salvador (Odemira)

São Teotónio

Vale de Santiago

Vila Nova de Milfontes

Pereiras - Gare

Bicos

Zambujeira do Mar

Luzianes - Gare

Longueira/Almograve

Boavista dos Pinheiros

Odemira

3Quintos (265)

Salvador* (6582)

S. Maria da Feira*(4597)

Santiago Maior* (7508)

S. Brissos (108)

S. João Baptista* (6337)

Trindade (274)

Trigaches (448)

Albernoa

Baleizão

Beringel

Cabeça Gorda

Mombeja

Neves

Quintos

Salvada

Salvador(Beja)

S. Clara do Louredo

S. Maria da Feira(Beja)

Santa Vitória

Santiago Maior

S. Brissos

S. João Baptista(Beja)

S. Matias

Trindade

Trigaches

Beja

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S. S. Dos Carros (222)

11%

Mértola

Alcaria Ruiva

Corte do Pinto

Espírito Santo

Mértola

Santana de Cambas

S. João dos Caldeireiros

S. Miguel do Pinheiro

S. Pedro de Solis

S. Sebastião dos Carros

Conceição

Garvão

Ourique

Panoias

Santa Luzia

Santana da Serra

Ourique

17%

Conceição (86)

1

Pedrógão

Selmes

Vidigueira

Vila de Frades

Vidigueira

25%

1Vidigueira* (2951)

Vila de Frades* (942)

Aljustrel

Ervidel

Messejana

S. João de Negrilhos

Rio de Moinhos

Aljustrel

Alvito

Vila Nova da Baronia

Alvito

Barrancos

Barrancos

Salvador* (4359)

Santa Maria* (1870)

1

Vila Nova De São Bento

Brinches

Pias

Salvador (Serpa)

Santa Maria (Serpa)

Vale de Vargo

Vila Verde de Ficalho

Serpa

14%

%Percentagem de juntas de freguesia

em risco de extinção por concelho.

nºNúmero de juntas de freguesia em

risco de extinção por concelho.

*Das freguesias assinaladas apenas uma não

será excluída (distância da sede do

municipio menor que 3 Km).

( ) Número de habitantes por freguesia.

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Em todo o distrito de Beja, apenas as Assembleias Municipais de Almodôvar e de Odemira se pronunciaram em tempo útil, 15 de ou-

tubro, sobre a nova reorganização administrativa territorial autárquica, prevista na Lei 22 de 2012. No caso de Almodôvar, o único con-

celho da região liderado pelo PSD, a assembleia municipal deu luz verde à agregação das freguesias de Senhora da Graça dos Padrões

(PSD) e de Gomes Aires (PS), respetivamente a Almodôvar e a Santa Clara-a-Nova. Uma deliberação em sintonia com a proposta

da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (Utrat), criada para o efeito pela Assembleia da República.

Entidade, aliás, que terá sempre a última palavra a dizer sobre a extinção ou agregação de freguesias.

Já em Odemira, onde o PS é maioritário, a assembleia municipal deliberou extinguir as freguesias de Bicos, Pereiras-Gare e

Zambujeira do Mar e pela fusão das freguesias urbanas de São Salvador e Santa Maria. Cabe agora a Utrat validar esta proposta

onde aparecem freguesias que não constam da listagem das “freguesias que não reúnem os critérios de organização territorial”.

Como, aliás, se constata na infografia que o “DA” faz publicar com base nos dados disponibilizados pela Associação Nacional de

Freguesias, segundo os quais serão afetadas 23 freguesias do distrito de Beja.

De salientar que, no que respeita a esta matéria, o número de freguesias abrangidas por este processo é bastante variável e que o

novo mapa ainda não está definitivamente estabelecido. Pelo que muitas alterações ainda serão, por certo, apresentadas ao longo

dos próximos meses. Dado importante é que a grande maioria das assembleias municipais da região deliberou contra a extinção

ou agregação de freguesias, passando esse ónus para a Utrat. Segundo os dados que agora revelamos, que contrariam outros já vin-

dos a lume, apenas não haverá mexidas nas freguesias pertencentes aos concelhos de Aljustrel, Alvito e Barrancos. Está agendada

para amanhã, em Beja, uma manifestação contra a extinção de freguesias prevista na reorganização administrativa territorial au-

tárquica. Texto Paulo Barriga Infografia José Serrano

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Futebol juvenil

O Almodôvar venceu no Rosário e colou-se ao Odemirense

Dupla isolada no comando

18

Desporto

Campeonato Distrital de Benjamins (2.ª jornada): Série A: Ferreirense A-Alvito, 15-1; Figueirense-Bairro Conceição, 3-2; Sporting Cuba-Vasco Gama, 2-3; Aljustrelense-Despertar A, 0-5. Folgou o Desportivo Beja. Líderes: Ferreirense e Figueirense, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Bairro Conceição -Ferreirense A; Alvito-Desportivo Beja; Vasco Gama-Figueirense; Despertar A-Sporting Cuba. Folga o Bairro Conceição. Série B: Despertar B-CB Beja, 0-5; NS Beja-Sobral da Adiça (adiado); Serpa-Santo Aleixo, 3-4; Piense-Ferreirense B, 6-0. Folgou o Moura. Líder: Santo Aleixo, 6 pon-tos. Próxima jornada (27/10): CB Beja-Sobral da Adiça; Santo Aleixo-Moura; Ferreirense B-Serpa; NS Beja-Piense. Folga o Despertar B. Série C: Odemirense-São Marcos, 9-0; Renascente-Almodôvar, 2-3; Boavista --Mil fontes A, 4-3; Milfontes B-Ourique, 4-4; Rosairense-Castrense, 1-21. Líderes: Castrense e Odemirense, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Milfontes A-Odemirense; São Marcos-Almodôvar; Ourique-Boavista; Castrense-Milfontes B; Renascente-Ro sai-rense.

Campeonato Distrital de Infantis (2.ª jornada): Série A: Vasco Gama-Sporting Cuba, 1-3; Alvito-Despertar A, 1-3; Bairro Conceição-Alvorada, 7-0; Desportivo Beja - -Ferreirense, 1-9. Folgou o NS Beja. Líder: Despertar A, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Despertar A-Vasco Gama; Sporting Cuba-NS Beja; Alvorada-Alvito; Ferreirense - -Bairro Conceição. Folga o Desportivo Beja. Série B: Amarelejense-Aldenovense, 6-1; Guadiana-Piense, 13-4; Despertar B-Serpa, 3-1; CB Beja-Moura, 0-11. Folgou o Operário. Líderes: Guadiana, Amarelejense e Despertar B, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Piense - -Ama relejense; Aldenovense-Operário; Serpa-Guadiana; Moura-Despertar B. Folga a CB Beja. Série C: Aljustrelense-Milfontes A, 12-1; Milfontes B-Castrense A, 6-6; Castrense B-Boavista, 3-1; Almodôvar-Odemirense, 3-4. Folgou o Renascente. Líder: Aljustrelense, 6 pontos. Próxima jornada (27/10); Castrense A-Aljustrelense; Milfontes A-Renascente; Boavista-Milfontes B; Odemirense-Castrense B. Folga o Almodôvar.

Campeonato Distrital de Iniciados (1.ª jornada): Odemirense-Amarelejense, 4-0; B.º Conceição-Ourique, 0-1; Despertar-Vasco Gama, 1-3; Rio Moinhos-Serpa, 3-0; Sporting Cuba-Milfontes, 1-1; Guadiana-Moura, 2-2. Líderes: Odemirense, Rio Moinhos, Vasco Gama e Ourique, 3 pontos. Próxima jornada (28/10): Ourique-Odemirense; Vasco Gama --B.º Conceição; Serpa-Despertar; Milfontes - -Rio Moinhos; Moura-Sporting Cuba; Al jus-trelense-Guadiana.

Campeonato Nacional de Iniciados (7.ª jornada): Louletano-Lagos, 2-1; São Luís-V.Setúbal, 0-5; Desportivo Beja-Despertar, 1-3; Olhanense-Imortal, 0-0; Odiáxere-Lusitano VRSA, 2-3. Líder: V.Setúbal, 18 pontos. 7.º Despertar, 7. 9.º Desp.Beja, 3. Próxima jor-nada (28/10): Despertar-São Luís; Imortal --Des portivo Beja.

Campeonato Nacional de Juvenis (6.ª jornada): Odemirense-Despertar, 0-2; Lusitano-Imortal, 0-1; Oeiras-BM Almada, 3-0; Cova Piedade-V.Setúbal, 3-3; Estoril --Lou letano, 0-1. Líderes: Oeiras e Louletano, 15 pontos. 9.º Despertar, 4. 10.º Odemirense, 1. Próxima jornada (28/10): Odemirense-Lu-si tano. Despertar-Louletano.

Campeonato Nacional de Juniores (6.ª jornada): Barreirense-Atlético, 1-2; BM Almada-Farense, 2-2; Lusitano VRSA-Oei-ras, 0-3; Moura-Louletano, 3-2; Lusitano --Olímpico, 0-2. Líder: Oeiras, 18 pontos. 8.º Moura, 4. Próxima jornada (27/10): Oeiras --Moura.

Campeonato Distrital de Futsal (2.ª jornada): Politécnico Beja-NS Moura, 3-7; Desportivo Beja-Vila Ruiva, 8-1; Ferreirense-AD VNSBento, 10-3; Luzerna-Al-co forado, 1-5; Safara-Baronia, 2-9; Barrancos Futsal-Almodovarense, 1-5. Folgou o Vasco Gama. Líderes: Almodovarense, Baronia, Desportivo Beja, N.S.Moura, 6 pontos. Próxima jornada (26/10): Vasco Gama-Poli-técnico Beja; NS Moura-Desportivo Beja; Vila Ruiva-Ferreirense; ADVNS Bento-Luzerna; Alcoforado-Safara; Baronia-Barrancos Futsal. Folga o Almodovarense.

Campeonato Distrital de Seniores Femininos (1.ª jornada): Ourique-Serpa, 0-3; Vasco Gama-CB Castro Verde, 4-9; Odemirense-Almansor, 1-3. Folgou a CB Almodôvar. Líderes: C.B.Castro Verde, Serpa e Almansor, 3 pontos. Próxima jornada (27/10): Serpa-Vasco Gama; CB Castro Verde - -Almansor; Odemirense-Almodôvar. Folga o Ourique.

3.ª Divisão – Série F

5.ª jornada

Esp. Lagos-Aljustrelense .................................................. 1-0At. Reguengos-Vasco da Gama........................................2-1 Juventude Évora-Sesimbra .............................................. 2-0 Lagoa-Lusitano VRSA .........................................................2-2Monte Trigo-Moura ........................................................... 0-2U. Montemor-Castrense ................................................... 0-0 J V E D G P

Moura 5 4 0 1 14-4 12Esp. Lagos 5 3 2 0 6-1 11U. Montemor 5 3 2 0 6-3 11At. Reguengos 5 3 1 1 6-3 10Juventude Évora 5 2 1 2 5-6 7Aljustrelense 5 2 1 2 5-3 7Sesimbra 5 2 1 2 5-7 7Vasco da Gama 5 2 0 3 9-9 6Lagoa 5 1 2 2 6-10 5Lusitano VRSA 5 1 1 3 7-13 4Monte Trigo 5 1 0 4 9-10 3Castrense 5 0 1 4 4-13 1

Próxima jornada (28/10/2012): Aljustrelense-U. Montemor,

Vasco da Gama- Esp. Lagos, Sesimbra-At. Reguengos, Lusitano

VRSA-Juventude Évora, Moura-Lagoa, Castrense-Monte Trigo.

1.ª Divisão – AF Beja

4.ª jornada

Aldenovense-Odemirense ...............................................1-1 Serpa-Amarelejense .......................................................... 3-0 Praia Milfontes-Desp. Beja ............................................... 0-0 Rosairense-Almodôvar ......................................................1-3 São Marcos-Sp. Cuba ..........................................................4-2 Bairro da Conceição-Piense..............................................1-1 Guadiana-Cabeça Gorda ...................................................2-1 J V E D G P

Odemirense 4 3 1 0 7-1 10

Almodôvar 4 3 1 0 8-4 10

Serpa 4 2 2 0 7-2 8

Rosairense 4 2 1 1 8-5 7

Piense 4 2 1 1 8-5 7

Aldenovense 4 2 1 1 5-4 7

São Marcos 4 2 1 1 7-6 7

Cabeça Gorda 4 1 1 2 4-7 4

Praia Milfontes 4 1 1 2 5-5 4

Bairro da Conceição 4 1 1 2 4-5 4

Guadiana 4 1 0 3 4-9 3

Desp. Beja 4 0 2 2 1-4 2

Sp. Cuba 4 0 2 2 2-7 2

Amarelejense 4 0 1 3 1-7 1

Próxima jornada (28/10/2012): Aldenovense-Serpa, Amarele-

jense-Praia Milfontes, Desp. Beja-Rosairense, Almodôvar-São

Marcos, Sp. Cuba-Bairro da Conceição, Piense-Guadiana, Ode-

mirense-Cabeça Gorda.

O derby da Margem Esquerda entre Aldenovense e Serpa é a partida que elegemos para “Jogo da Jornada”, numa ronda em que os líderes têm adversá-rios, aparentemente, superáveis.

Texto Firmino Paixão

É um Serpa ainda invicto, aquele que no domingo visitará o vizinho Aldenovense, para uma partida de

desfecho imprevisível, como sempre se re-velam os derbies. Depois, e na linha de cres-cente incerteza de resultado, olhemos para a deslocação do Rosairense para Beja, so-bretudo, depois do inesperado empate com que os bejenses regressaram de Milfontes. O Praia de Milfontes viaja para o Campo

das Cancelinhas, em Amareleja, onde os lo-cais ainda não pontuaram, pelo que se es-pera que o candidato ao título ali retifi-que o mau resultado da última jornada. O Sporting de Cuba joga em casa, com o Bairro da Conceição, e não terá um jogo fá-cil. Depois, e em linha com previsões mais teóricas, não são esperadas dificuldades para os triunfos do Odemirense (sobre o Cabeça Gorda), Piense (Guadiana) e Almodôvar (São Marcos). Da ronda anterior, e para além da referência já feita ao Beja, destacamos o em-pate do Odemirense, em Vila Nova de São Bento, e o triunfo do Almodôvar, no campo do Rosairense, que permitiu aos almodova-renses igualarem o anterior líder. Uma dupla perseguida pelo Serpa (a dois pontos) e por um respeitável quarteto (com menos três).

As quatro equipas sul alentejanas atuam na condição de visitadas

O regresso de todos a casaVem aí uma jornada em que se espera que todas as equipas sul alentejanas sejam bem sucedidas. O Moura deverá manter a liderança da prova e o Castrense pode chegar à primeira vitória.

Texto e foto Firmino Paixão

O Nacional da 3.ª Divisão regressa no próximo domingo, numa ronda que tem a particularidade de todas

as equipas do distrito de Beja jogarem em casa. O Moura, atual líder isolado da Série F, recebe o Lagoa, equipa que nos dois jogos

já realizados na condição de visitante em-patou, em Sesimbra, e perdeu, em Aljustrel. Natural favoritismo para os alentejanos que se deverão manter na frente da classi-ficação. Em Castro Verde a turma local joga com o Monte Trigo, uma partida a preceito dos locais averbarem a sua primeira vitória, sobretudo depois do moralizador empate em Montemor-o-Novo de onde, por pouco, não saíram com os três pontos. O União de Montemor, ferido com essa perda de pon-tos no seu terreno, está de visita a Aljustrel, onde jogou um amigável em pré época. O Mineiro terá que se apresentar ao seu me-

lhor nível para vencer esta partida. Depois de um início de campeonato muito prome-tedor, o Vasco da Gama da Vidigueira não ganha há duas jornadas e o adversário da próxima ronda, o Lagos, é uma equipa di-fícil, mas acreditemos no seu potencial para superar os algarvios e galgar a barreira do sexto lugar na tabela. O Lagos e o Montemor são os dois perseguidores mais diretos do lí-der, Moura, pelo que os bons resultado do Mineiro e do Vasco da Gama se revelarão um bom empurrão, se é que precisa, para o Moura se destacar mais no comando desta série.

Distrital O central João Correia (Odemirense) deu pouco espaço a Luís Carrega (Aldenovense)

Futsal Campeonato Nacional da 3.ª Divisão (2.ª jornada): Louletano-Oficinas S.José, 3-1; U.Montemor-Quinta Conde, 3-2; Os Indefetíveis-Os Independentes, 5-3; Sonâmbulos-Miratejo, 8-3; Fonsecas e Calçada-Piendense, 7-4; Sporting Viana-Alte, 2-1; Pedra Mourinha-Sassoeiros, 3-3. Líder: Fonseca e Calçada, 6 pontos. Próxima jornada (27/10): Louletano-U.Montemor; Os Independentes-Pedra Mourinha; Piedense-Sporting Viana.

A pista simplificada de atletismo do Estádio Municipal 25 de

Abril, em Castro Verde, recebe no próximo dia 3 de novembro

o III Meeting Jovem, uma prova destinada a atletas populares

ou federados, nas categorias de benjamins, infantis, iniciados

e juvenis. A prova é organizada pela Câmara Municipal de

Castro Verde, com o apoio da Associação de Atletismo de Beja.

III Meeting Jovem

em Castro Verde

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012Nuno José Neves

Rosado da Luz

Terminou prematuramente a carreira de jogador, aos 23 anos, por lesão, quando

representava o Castrense, na 3.ª Divisão Nacional, mas o per-curso formativo fê-lo em dois clu-bes do seu concelho, Odemirense e Boavista dos Pinheiros. Aos 16 anos disputou o Nacional de Juniores com a camisola do Odemirense, clube que ainda de-fendeu na 1.ª Distrital e na 3.ª Divisão Nacional. O seu inquestio-nável valor projetou este “ponta de lança” alentejano para o Nacional da Madeira (Liga de Honra) e para o Vasco da Gama de Sines (3.ª Divisão), de onde saiu para Castro Verde. Durante este trajeto sagrou - -se Campeão Distrital de Juniores e Seniores, pelo Odemirense, e, na época 94/95, foi galardoado como Melhor Marcador do Distrital de Beja. Iniciou a carreira de treina-dor nos escalões de formação do Odemirense, com títulos distritais nas categorias de escolas, infan-tis e juvenis, e, na época anterior, ficou ligado à histórica manuten-ção do Odemirense no Nacional de Juvenis. Hoje, com 36 anos, Nuno Luz é o técnico principal da equipa de seniores do Sport Clube Odemirense, tida como uma das principais favoritas ao título.

(1) ALDENOVENSE / SERPADeverá ser um jogo com muita entrega das equipas, porque trata-se de um derby, mas o Aldenovense, que joga em casa, é favorito.

(2) AMARELEJENSE/MILFONTESO recinto do Amarelejense é um campo complicado para qualquer equipa. O Milfontes tem argumentos para ven-cer, apesar de jogar fora de casa.

(X) DESPORTIVO DE BEJA/ROSAI-RENSEDepois de um resultado positivo em Milfontes, o Desportivo está motivado, porém, encontrará uma equipa que en-trou muito bem neste campeonato.

(X) ALMODÔVAR/SÃO MARCOSO Almodôvar é claramente favorito, tendo em conta os resultados das pri-meiras jornadas, que têm demonstrado tratar-se de uma equipa forte.

(X) SPORTING CUBA /BAIRRO DA CONCEIÇÃOPrevê-se uma partida muito equili-brada, pelo que o meu prognóstico é o empate.

(1) PIENSE/GUADIANAO favoritismo é do Piense, não obs-tante as dificuldades que o Guadiana lhe irá criar.

(1) ODEMIRENSE/CABEÇA GORDAO favoritismo é do Odemirense. Joga em casa e tem um histórico de bons re-sultados nas jornadas anteriores. Mas o Cabeça Gorda não facilitará.

19Hoje palpito eu...

O Piense Sporting Clube, emblema que na última época regressou, por mérito, ao escalão principal do futebol bejense está a dar boa conta das suas novas responsabilidades.

Texto e foto Firmino Paixão

É um histórico do futebol sul alente-jano, com alto e baixos no seu currí-culo desportivo, por vezes obrigado a

algumas travessias do deserto, de onde sai com invulgar dignidade e uma enorme am-bição para se afirmar em definitivo no qua-dro de honra do futebol distrital. A época começou bem, para um conjunto que revela um espírito lutador e um perfil de ganha-dor, à imagem do seu treinador, José Manuel Rações, que aqui assina um discurso rea-lista, não fosse ele um profundo conhecedor da realidade desportiva local.

O Piense entrou no campeonato com o pé

direito. Prenúncio de uma boa época?

Estamos no início do campeonato, não é uma prova fácil, nós não somos candida-tos a nada, simplesmente preparamos a equipa para lutar sempre pelos três pontos. Queremos fazer um bom campeonato para dignificarmos o nome do clube, nada mais do que isso.

Quem se bate dentro do campo como o

Piense tem vindo a fazer, senão não é candi-

dato, esconde alguma coisa?

Não, não escondemos nada. Temos um bom grupo de trabalho e ter um pouco de sorte também faz parte do futebol. O Piense re-forçou-se com jogadores que vieram ajudar muito os que cá estavam, e temos um plantel para discutir os pontos em qualquer jogo.

A equipa vai bater-se bem em todos os

campos?

A minha vontade é essa e o que digo aos jo-gadores é que, seja onde for, e seja quem for o adversário, temos que entrar sempre em campo com o pensamento na vitória. A mi-nha mentalidade é de ganhador e é esse sen-timento que procuro transmitir aos jogado-res. Sei que nem sempre será fácil, vamos ter jogos bastante difíceis e nem sempre se-remos bem sucedidos. Mas a equipa que nos ganhar, ou que nos tirar pontos, tem que provar no campo que trabalhou e se esfor-çou mais do que nós.

O Piense reforçou-se bem, relativamente à

época anterior?

Os jogadores que fomos buscar não são

Piense Sporting Clube pode ser a boa surpresa deste campeonato

Candidatos? A jogar futebol bonito!

atletas de grande nome, mas são jogadores novos, vieram apenas dois com um pouco mais de idade, que eu já conhecia, até jo-guei à bola com eles, mas os novos que vie-ram têm muita qualidade, estavam na época passada no Despertar e são jogadores que querem mostrar-se no futebol distri-tal. Espero que eles façam uma boa época e que possam ganhar nome.

Moura não foi um bom mercado

para o Piense, com tantos jogado-

res que ali ficaram disponíveis?

Olhe, eu tinha dois jogadores de Moura quase certos no plan-tel, mas o Aldenovense ofereceu - -lhe mais dinheiro e o Piense está com um or-çamento muito ba i xo. O d i-nheiro está cada vez mais difí-cil de conseguir e para o futebol é cada vez pior. No Piense li-mitamo-nos ao que pode-mos. O proto-colo que existe entre a direção e os jogado-res é manter-mos o com-promisso até ao fim da época. O clube passou por uns tempos difí-ceis e agora está na fase de es-tabilização, por isso, fazemos as coisas com norma, nós pa-gamos pouco, mas pagamos sempre.

O que espera o Piense deste

campeonato?

Sinceramente, e neste meu pri-meiro ano como treinador na primeira divisão, esperamos uma classificação honrosa para o Piense. Teria prazer em ter a equipa a jogar um futebol bonito, para o enquadramento competi-tivo onde estamos inseridos, que é a primeira divisão distrital, e que as pessoas gostem de ver a equipa jogar, seja em casa ou fora.

Um campeonato atípico, em que metade

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eonato atípico, em que metade

das equipas estava há um ano na segunda

divisão …

É triste que estas coisas estejam a aconte-cer, mas temos que nos moldar às necessi-dades e às situações que surgem a cada mo-mento. As pessoas que estão no comando

do futebol distrital pensaram assim, va-mos ver se para o ano aquelas equi-

pas vão descer todas. Temos que es-perar pela evolução da prova, mas se não existirem descidas de divisão o campeonato começa a não ter piada

nenhuma. Tem que existir um cam-peão e tem que existir luta pela

não despromoção, senão a prova não é competi-tiva. E isso tem que

ser afirmado pela associação, para

que as pessoas conheçam, antecipada-mente, as regras do jogo. Mas as equi-pa s que

vieram da 2.ª Divisão também t ê m a l -

guma quali-dade e, a jogar em casa, serão difíceis de bater.

Quem são os seus

candidatos?

Sinceramente acho que existe um grupo forte constituído pelo Milfontes, Aldenovense, Almodôvar, Odemirense e o Serpa, cuja probabilidade é maior. Estas equipas destacam-se mais no meu favoritismo.

São estes os sérios candida-tos a vencer o campeonato e subir de divisão.

E logo a seguir vem o

Piense...

Era bom que sim, que o Piense viesse a seguir, em to-

dos os campeonatos costuma aparecer uma equipa sur-presa a destacar-se pela posi-

tiva. Essa equipa este ano pode-ria ser o Piense, esperemos que sim,

porque desejamos muito fazer um bom campeonato.

Patinagem Artística - Taça da Europa: Inês Aragão (ca-dete) e Emanuel Salvadinho ( júnior), patinadores do Sport Clube Serpa Patinagem Artística, estão a competir na Taça da Europa de Patinagem Artística que ao longo da semana tem estado a decorrer no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo

(Paredes). A prova, que amanhã se conclui, reuniu mais de 200 patinadores de todas as categorias, em representação de 10 países. A seleção nacional integrou 34 patinadores, sendo os serpenses Aragão e Salvadinho os únicos representantes de clubes alentejanos.

Campeonato Nacional de Seniores Masculinos 3.ª Divisão (3.ª Jornada): Olhanenses -

-Lagoa, 9-24; Zona Azul-Naútico, 26-20; Redondo-Lacobrigense, 61-23; Costa d’Oiro-

-Sines, 29-21. Folgou o CCP Serpa. Líderes: Redondo, Zona Azul e Costa d’Oiro,

6 pontos. Próxima Jornada (27/10): CCP Serpa-Costa d’Oiro; Sines-Redondo;

Lacobrigense-Zona Azul; Náutico-Olhanenses. Outros Resultados: Nacional de

Iniciados Masculinos (1.ª Jornada): Zona Azul-Évora, 16-20; Portalegre-CCP Serpa,

7-34; Torneio Abertura Infantis Masculinos (5.ª Jornada): CCP Serpa-Zona Azul, 19-14.

Campeonato Nacional

de Seniores de andebol

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Divago no tempo e deparo-me com imagens que marcaram os verdes anos da minha juventude. Com um saco na mão - qual emigrante com uma mala de cartão pronto para desbravar fronteiras marcadas por vigilâncias imutáveis - eis-me, com 16 anos, a caminho de Lisboa. A tarde de agosto ia a meio. Perto das 17 horas caminhei à estação de caminhos de ferro, em Beja, onde apanhei o comboio que me transportou à capital. A “guia de marcha” indicava-me a apresentação no Sport Lisboa e Benfi ca. Para trás fi cava o Despertar. Assim, depois de uma viagem carregada de sonhos e da travessia do Tejo – Barreiro/Lisboa de barco-, aportei no Terreiro do Paço, onde me aguardava o antigo jogador encarnado Ângelo, que me conduziu ao Lar do Benfi ca, na Calçada do Tojal. O Ângelo era, em 1967, o treinador da equipa de juvenis. Instalado no lar deparei-me com a infl exibilidade da disciplina interna. Ao sentar e ao levantar da mesa, almoço e jantar, havia uma regra de ouro: pedir licença ao jogador mais antigo. O Kiki, o Matine, o Malta da Silva, o Calado, entre outros, assumiam o comando das “operações”. E nós, putos, aceitávamos literalmente a norma. Depois vieram os treinos. Com o senhor Coluna, Eusébio, Simões, Cruz, Zé Torres, José Augusto, Jaime Graça, para além de uma panóplia de estrelas, comecei a aprender o abc do mundo da bola. Treinávamos em Pina Manique. O relvado da Luz estava em manutenção. Bebi, então, dicas nos bastidores que me levaram, depois, a caminho do Sporting. Hoje resvalo no desígnio das virtualidades que nos levam a conjeturar que o futebol é um desporto onde colhemos infi ndáveis ensinamentos que nos remetem para hilariantes histórias de saudade. Ficou a aprendizagem e a certeza que hoje já nada é como dantes, começando pelo estatuto dos craques.

Histórias de saudade

José Saúde

Os atletas João Figueiredo, do Clube Natureza de Alvito, e Ana Catarina Dias, do Núcleo Despor tivo e Cultural de Odemira, foram vencedores absolutos da IV Escalada de São Gens, em Serpa.

Texto e fotos Firmino Paixão

João “Mega” Figueiredo, 20 anos, engenheiro mecâ-nico, conquistou o título de

Campeão Distrital de Escalada ao vencer a prova de Absolutos Masculinos da IV Escalada de São Gens “Terra Forte” (Campeonato Distrital de Montanha), prova organizada pela Associação de Atletismo de Beja com o patro-cínio do Município de Serpa. A prova assinalou o início da tem-porada e teve a participação glo-bal de 131 atletas (32 femininos e 99 masculinos), representando 12 clubes filiados nas associações re-gionais de Beja (8), Algarve (3) e Évora (1).

Uma corrida de acentuada di-ficuldade, com duas subidas ao cerro de São Gens, antecedida pe-las provas urbanas para os esca-lões de formação e que marcou, também, a estreia do fundista e antigo campeão nacional, Carlos Calado, com a camisola do Beja

Classificações:

Benjamins Masculinos 600 m

1.º Diogo Conceição (CNAlvito), 2,7’

Benjamins Femininos 600 m

1.ª Patrícia Pardal (BejaAC), 2,2’.

Infantis Masculinos 1200 m

1.ª Henrique Bule (Serpa), 4,3’.

Infantis Femininos 1200 m

Ana Morais (B.ºConceição), 4,2.

Iniciados Masculinos 1800 m

1.º Lucas do Carmo (BºConceição), 6,1’.

Iniciados Femininos 1800m

1.ª Cristina Reis (CNAlvito), 7,2’.

Juvenis Masculinos 3800 m

1.º Mussa Djau (BejaAC), 13,3’.

Juvenis Femininos 3800 m

1.ª Sara Inácio (JDNeves), 16,2’.

Juniores Masculinos 7600 m

1.º João Caeiro (CNAlvito), 32.2’.

Juniores Femininos 7600 m

1.ª Ana Catarina Dias (NDCOdemira), 15,6’

Seniores Femininos 7600 m

1.ª Paula Alves (Ourique), 24,2.

Veteranos Femininos 7600 m

1.ª Emília Silveira (BejaAC), 19,2’.

Veteranos Masculinos 7600 m

1.º Carlos Calado (BejaAC), 47’.

Seniores Masculinos 7600 m

1.º João Figueiredo (CNAlvito), 26,5’.

João “Mega” e Ana Dias vencem IV Escalada de São Gens

Uma engenharia para bem subirAtlético Clube, a contratação mais sonante da temporada.

João “Mega, atleta de elite na modalidade de Orientação, disse no final: “O objetivo era ava-liar como me sentiria. Treino há duas semanas, certamente que to-dos os atletas que aqui vieram es-tarão como eu, ainda um pouco longe da melhor forma, mas foi um bom início, com a particula-ridade de ser uma prova onde me sinto confortável, porque, nor-malmente, treino em terrenos de muito desnível”.

O novo Campeão Distrital de Montanha sucedeu ao seu co-lega de equipa, Carlos Papacinza, vencedor em 2011, e referiu: “Começar a época com um título é bom, ainda que um título mais fechado, de âmbito distrital, mas é obvio que nos leva logo a sonhar com outros objetivos, a treinar duro e a saber que se está a fa-zer um bom trabalho, não apenas eu, mas todo o meu clube, isto é o resultado do bom trabalho que o meu clube tem vindo a fazer nesta região”.

Sem definir muitos objeti-vos para a temporada, segunda como sénior, o atleta sublinhou que a sua primeira modalidade é a orientação e referiu: “Quero evo-luir, para quando estiver nos meus

25 anos poder ser uma referência a nível nacional em orientação e atletismo”. Ao nível académico, o futuro engenheiro mecânico ex-plicou que está “no mestrado in-tegrado, acabando a licencia-tura”, que este ano talvez possa ficar concluída”. “Agora é que es-tamos na verdadeira engenha-ria, mas dá para conciliar as duas coisas, o desporto e a vida acadé-mica”, disse, concluindo: “Adoro a vida que levo e acho que não con-sigo viver sem isto”.

No setor feminino o triunfo ab-soluto pertenceu, com naturali-dade, à odemirense Ana Catarina Dias, 18 anos, a atual melhor fun-dista do distrito, que sublinhou: “Foi uma prova difícil, a subida para São Gens é bastante dura, mas com sacrifício tudo se faz. Sabe muito bem começar a época com uma vitória e um título dis-trital, espero conseguir mais ao longo da temporada”. Para a época que agora se inicia Ana Dias tem objetivos que passam por “melho-rar as marcas nacionais e, se tudo correr bem, estar presente nos eu-ropeus, é um objetivo ambicioso mas atingível, pelo menos o meu treinador espera isso de mim, ele diz que eu serei capaz, terei ape-nas que trabalhar bem para o con-seguir”, assegurou.

Escalada de S. Gens Ana C. Dias (NDC Odemira) a vencer a prova feminina

Escalada de S. Gens IV escalada Terra Forte foi muito participada

Escalada de S. Gens João Mega Figueiredo (CN Alvito) venceu destacado

Nacional da 3.ª Divisão (2.ª Jornada): Vialonga-Castrense, 4-1;

Azeitonense-Marítimo, 3-2; H.Santiago-Boliqueime, 4-3. Folgou

o Estremoz. Líder: Marítimo, 3 pontos. Próxima Jornada (27/10):

Castrense-Estremoz. Folga o H.Santiago. Nacional da 2.ª Divisão

(3.ª Jornada): Sporting Tomar-H.Grândola, 5-2; Santa Cita-Vasco da

Gama, 7-3. Líderes: Alenquer, Tomar e Biblioteca, 9 pontos. Próxima

jornada (27/10): H.Grândola-Sesimbra; Vasco da Gama-Mealhada.

Nacional da 3.ª Divisão em hóquei em patins

Diário do Alentejo26 outubro 2012

21institucional diversos

VENDE-SEExploração agrícola

Rio de Moinhos/Aljustrel

144,5 ha (divididos em 5 parcelas juntas), vedada,

2 charcas + furos, será abrangida pelo plano de

rega do Alqueva na última fase de construção.

Contactar pelo tm. 917824571

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR

EDITAL N.° 163/2012EXUMAÇÃO DE SEPULTURAS

JOÃO ANTÓNIO VALE SOARES RODRIGUES PALMA, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Al-modôvar.

TORNA PUBLICO: Que os serviços irão proceder à exumação das

sepulturas temporárias abaixo indicadas:

NOME COVAL RESIDÊNCIA ÓBITO

Sebastião Jacinto das Dores 425 Fontes Ferrenhas 10.09.2005

Joaquim da Costa 1234 Panóias 23.11.2005

Nestes termos, deverão os interessados até ao dia

31 de Dezembro de 2012, dirigir-se à Secretaria da Câmara Municipal, a fi m de ser acordado quanto à data da Exumação e sobre o destino que pretendem dar às ossadas.

Decorrido o prazo fi xado no presente Edital, sem que tenha sido promovida qualquer diligência, será feita a exumação, considerando-se abandonadas as ossadas existentes.

Para que não se alegue desconhecimento, mandei publicar este e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos do costume.

Município de Almodôvar, 09 de Outubro de 2012

O Vice-Presidente da Câmara,Dr. João António Vale Soares Rodrigues Palma

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA

AVISOTOMÉ ALEXANDRE MARTINS PIRES, VEREADOR

DO PELOURO DE URBANISMO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO;

FAZ SABER, nos termos do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 26/2010 de 30 de Março, que a Câmara Municipal de Serpa, em sua reunião realizada em 03 de Outubro do corrente ano, emitiu o alvará de loteamento urbano nº 2/2012, de que é loteador Alice da Conceição Carrasco, contribuinte fi scal nº 121485803 para o prédio rústico descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número 293/19890906, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 181 Secção C, o prédio rús-tico tem a área 3,8125 hectares, localizado na freguesia de Vale de Vargo, designado “Lagares”, o qual confronta a Norte com a Rua Álvaro Cunhal, a Sul com Bento Soares Neves, a Nascente com Bento Soares Neves e a Poente com herdeiros de António Guerreiro. Cuja área a lotear é de 1.912,95 m2, a área total de implantação é de 710,87 m2, e é constituído por 5 lotes, numerados de um a cinco, com as seguintes características:

Lote nº 1 – com a área de implantação de 64,80 m2, e de construção de 64,80 m2

Lote nº 2 – com a área de implantação de 66,95 m2, e de construção de 66,95 m2;

Lote nº 3 – com a área de implantação de 66, 53 m2, e de construção de 66,53 m2;

Lote nº 4 – com a área de implantação de 103,66 m2, e de construção de 103,66 m2;

Lote nº 5 – com a área de implantação de 408,93 m2, e de construção de 408,93m2;

Paços do Município de Serpa, ao décimo quinto dia do mês de Outubro de 2012

O Vereador do Pelouro de Urbanismo

e Ordenamento do Território

Tomé Alexandre Martins Pires

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA

AVISO

TOMÉ ALEXANDRE MARTINS PIRES, VICE-PRESI-DENTE DA CÂMARA:

FAZ SABER, nos termos do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 26/2010 de 30 de Março, que a Câmara Municipal de Serpa, em sua reunião realizada em 19 de Setembro do corrente ano, emitiu o alvará de loteamento urbano nº 3/2012, de que é titular a Casa do Povo de Serpa, contribuinte fi scal nº 501119035 para o prédio rústico descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número 3058/20090521, e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 3891-P, localizado na freguesia de Salvador, o qual confronta a sul com Rua Luís de Camões, a poente com Espaço Público, a norte com Espaço Público, e a nascente com a Rua Manuel de Moura Manuel. Cuja área a lotear é de 979,16 m2, a área total de implantação é de 810,45 m2, e é consti-tuído por 16 lotes, numerado de um a dezasseis, tendo estes, dois piso e destinados a moradia unifamiliar, com as seguintes características:

Lote 1 – com a área de implantação de 49,70 m2, área de construção de 83,10 m2

Lote 2 – com a área de implantação de 47,10 m2, área de construção de 66,91 m2

Lote 3 – com a área de implantação de 57,89 m2, área de construção de 96,31 m2

Lote 4 – com a área de implantação de 57,45 m2, área de construção de 91,30 m2

Lote 5 – com a área de implantação de 52,85 m2, área de construção de 86,42 m2

Lote 6 – com a área de implantação de 54,65 m2, área de construção de 87,74 m2

Lote 7 – com a área de implantação de 51,92 m2, área de construção de 83,54 m2

Lote 8 – com a área de implantação de 49,34 m2, área de construção de 80,94 m2

Lote 9– com a área de implantação de 41,17 m2, área de construção de 71,46 m2

Lote 10 – com a área de implantação de 61,24 m2, área de construção de 93,39 m2

Lote 11 – com a área de implantação de 48,92 m2, área de construção de 78,85 m2

Lote 12– com a área de implantação de 61,63 m2, área de construção de 93,67 m2

Lote 13 – com a área de implantação de 53,61 m2, área de construção de 77,89 m2

Lote 14– com a área de implantação de 35,13 m2, área de construção de 59,86 m2

Lote 15 – com a área de implantação de 44,38 m2, área de construção de 68,57 m2

Lote 16 – com a área de implantação de 43,47 m2, área de construção de 71,41 m2

Paços do Município de Serpa, ao décimo quinto dia do mês de Outubro de 2012.

O Vice-Presidente da Câmara,Tomé Alexandre Martins Pires

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

CENTRO INFANTIL

CORONEL SOUSA TAVARES

CONVOCATÓRIA

Nos termos do Artigo Trigésimo dos Estatutos do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, convocam-se todos os Sócios para uma Assembleia - Geral a realizar no próximo dia 22 de novembro de 2012, pelas 20 horas, na sede da Instituição com a seguinte ordem de trabalhos:

1 – Apreciação e Votação da Conta de Exploração Pre-visional e Orçamento de Investimentos e Desinvestimentos para o Ano de 2013;

2 – Apreciação e votação do Plano de Atividades para 2013;

3 – Outros Assuntos.Se à hora marcada não estiver presente mais de metade

dos associados com direito a voto a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de presentes.

Beja, 17 de outubro de 2012.

O Presidente da Assembleia GeralJoão da Silva Martins

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL

NOTÁRIA Fátima Duarte

EXTRACTO Cristina Isabel Guerreiro Castilho Mestre, colaboradora, registada na

Ordem dos Notários em trinta e um de Janeiro de dois mil e onze sob o

número cento e trinta e sete/um, por delegação de competências – nos

termos do artigo 8° número 1 do Decreto-Lei 26/2004, de 4 de Fevereiro, de

Maria de Fátima Catarino Duarte, Notária do Cartório Notarial de Montijo,

sito no Edifício João XXIII, na Rua Joaquim Serra, número 249, em Montijo,

CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura de dezassete

de Outubro de dois mil e doze, lavrada a folhas oitenta e nove, do livro

de escrituras diversas número cento e setenta e três-A, deste Cartório, -

JOAQUIM BAIÃO DIAS SALGADO, natural da freguesia de Figueira dos

Cavaleiros, concelho de Ferreira do Alentejo, e mulher MARIA DEOLINDA

DE JESUS, natural da freguesia de Vimeiro, concelho da Lourinhã, ca-

sados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua das

Várzeas, número 15, Casal da Barreirinha, A-dos-Cunhados, Torres Vedras,

contribuintes números 165 736 399 e 165 736 380, declararam que, são

donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do prédio rústico

com a área de seis mil e quinhentos metros quadrados, composto cultura

arvense, curso de água e oliveiras, que confronta do norte com Ribeira de

Figueira dos Cavaleiros, do sul com Caminho Público, do Nascente com

António Rita dos Remédios Penedo e do poente com Mariete Guerreiro

Dantas, sito em Vinhas do Careca, freguesia de Figueira dos Cavaleiros,

concelho de Ferreira de Alentejo, inscrito na matriz predial rústica em

nome de Herdeiros de José Joaquim Baião sob o artigo 72 da secção F,

com o valor patrimonial tributário de 49,40 euros a que atribuem o valor

de dois mil euros.

Que os identifi cados prédios encontram-se omissos na Conservatória

do Registo Predial de Ferreira do Alentejo.

Está conforme.

Montijo aos dezassete de Outubro de dois mil e doze.

A Colaboradora

Cristina Isabel Guerreiro Castilho Mestre

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIÊNCIA

DE PEDRÓGÃO DO ALENTEJO

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo e no cumprimento do disposto nos artigos 12º n.º1, 13º nºs 1 e 2, convoca-se a Assembleia Geral desta Associação, e todos os seus associados no pleno gozo dos seus direitos, para comparecerem no Centro de Convívio da Junta de Freguesia de Pedrógão do Alentejo, no dia 10 de Novembro de 2012, (Sábado) pelas 09 horas com a seguinte ordem de trabalhos:

Período antes da ordem do dia – Assuntos relacionados com o funcionamento da ABPA

-Diversos Ordem do Dia PONTO UM: – Apreciação e aprovação do Plano de Ação para o ano

de 2013; PONTO DOIS: – Apreciação e aprovação do Orçamento para o ano de

2013; Nota: Se há hora marcada não estiverem presentes a maioria

dos sócios a assembleia-geral iniciar-se-á às 10 horas. Pedrógão do Alentejo, 23 de Outubro de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral josé mâncio rosa soeiro

Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

Associação de Mulheres Do Concelho de Moura

ASSOCIAÇÃO DE MULHERES

DO CONCELHO DE MOURA

CONVOCATÓRIA

Assembleia Geral

Ao abrigo do art. 28º dos Estatutos desta Associação,

convocam-se todas as associadas, para reunirem em Assem-

bleia Geral, que se realizará na Sede da Associação, dia 14 de

Novembro de 2012 (quarta-feira), pelas 20.30h.

Ordem de trabalhos:

Apreciação e votação do orçamento e programa de acção

para o ano de 2013;

Outros assuntos de Interesse da Associação.

Moura, 15 de Outubro de 2012.

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Maria Celeste Barata

Diário do Alentejo26 outubro 2012

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Diário do Alentejo26 outubro 2012

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Diário do Alentejo26 outubro 2012

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Diário do Alentejo n.º 1592 de 26/10/2012 Única Publicação

Maria Vitória Amaro

NOTÁRIA DE OURIQUE

CERTIFICADOCertifi co, para fi ns de publicação, que no dia oito de Outu-

bro do ano dois mil e doze, no Cartório Notarial em Ourique, a folhas trinta e cinco e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Cinquenta-D, se encontra exarada uma escritura de Justifi cação, na qual António Guerreiro Silva, divorciado, natural da freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, onde reside no Monte das Figueiras, N.I.F. 123 074 681 e Alzira Afonso Palma, divorciada, natural da freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, onde reside no Monte das Figueiras, N.I.F. 123 074 657, se declaram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, situados no Monte das Figueiras, freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar;

1)-Urbano, constituído por um armazém composto por duas divisões, com a área de trinta e seis virgula quarenta metros quadrados, confrontando do nascente com José Guerreiro e José Bárbara e dos restantes lados com via pública, inscrito na matriz, em nome do justifi cante António Guerreiro Silva, sob o artigo 1335, com o valor patrimonial de €870,00, igual ao atribuído.

b)-Urbano, constituído por um talhão de terreno para cons-trução, com a área de cento e setenta e dois metros quadrados, confrontando do norte e nascente com Maria José Clara, sul com via pública e do poente com António Guerreiro Silva, inscrito na matriz, em nome do justifi cante António Guerreiro Silva, sob o artigo 1336, com o valor patrimonial de €2.730,00, igual ao atribuído.

c)-Urbano, constituído por um talhão de terreno para construção, com a área de trinta e cinco metros quadrados, confrontando do norte com Maria José Clara, sul com via pública e António Guerreiro Silva, nascente com António Guerreiro Silva e do poente com via pública, inscrito na matriz, em nome do justifi cante António Guerreiro Silva, sob o artigo 1337, com o valor patrimonial de €1.110,00, igual ao atribuído, todos omissos na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar.

Que os justifi cantes não possuem qualquer título para efectuar o registo a seu favor, deste prédio, na Conservatória, embora sempre tenham estado, há mais de vinte e seis anos, na detenção e fruição dos citados prédios, tendo os mesmos vindo à sua posse por os terem adquirido, no estado de casados segundo o regime da comunhão de adquiridos, por acto não titulado, por compra, meramente verbal, feita a José Silvério, viúvo, residente que foi no Monte das Figueiras, freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, no dia dezasseis de Julho de mil novecentos e oitenta e seis, não tendo outorgado a respectiva escritura, mas tendo desde logo entrado na posse e fruição dos prédios, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte e seis anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la.

Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse, e traduziu-se nos factos materiais con-ducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades dos prédios designadamente, utilizando-os, fazendo as necessárias obras de conservação, e pagando os respectivos impostos.

É assim tal posse pacífi ca, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade dos citados prédios por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.

Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justifi cá-los nos termos legais.

Está conforme o originalCartório Notarial em Ourique, da Notária, Maria Vitória

Amaro, aos oito de Outubro de 2012.A Notária,

Maria Vitoria Amaro

Diário do Alentejo26 outubro 2012

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Nossa Senhora

das Neves

Joaquim Manuel

Espada Burrica2.º Ano de Eterna Saudade

Recordamos-te sempre com

muita saudade e com o vazio

que nada preenche.

De tua esposa e fi lhos

Foi celebrada missa pelo seu

eterno descanso no dia 22 de

outubro, segunda-feira, pelas

18 e 30 horas, na Igreja da

Sé, em Beja.

Maria Julieta Tavares Dórea de Perianes Palma

(Majú)A família Perianes Palma participa o falecimento da sua querida

Majú e convida os amigos a participarem da missa dia 30, na

próxima terça-feira, no cemitério de Beja, jazigo de família.

PARTICIPAÇÃO,

AGRADECIMENTO

E MISSA DE 7.º DIA

Joaquim dos Santos

Quintino

Esposa, irmãos e restante

família cumprem o doloroso

dever de participar o faleci-

mento do seu ente querido

ocorrido no dia 21/10/2012

e, na impossibilidade de o

fazerem pessoalmente, agra-

decem por este meio a todas

as pessoas que o acompa-

nharam à sua última morada

ou que de outra forma mani-

festaram o seu pesar.

Será celebrada missa pelo

seu eterno descanso no dia

27/10/2012, sábado, às 18 e

30 horas, na Igreja da Sé, em

Beja. Os familiares agrade-

cem desde já a todos os que

se dignarem a comparecer.

Nossa Senhora

das Neves

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Maria Libânia

da Silva

Filhas, fi lhos, noras, genros

e restante família cumprem

o doloroso dever de parti-

cipar o falecimento da sua

ente querida, ocorrido no dia

18/10/2012, e na impossibili-

dade de o fazerem pessoal-

mente agradecem por este

meio a todas as pessoas

que a acompanharam à sua

última morada ou que de

outro modo manifestaram o

seu pesar. Mais agradecem

a todo o pessoal da Casa de

Repouso Henry Dunant, em

Beja, pelo apoio e ajuda pres-

tados, e pelo carinho sempre

demonstrado durante a sua

estadia na instituição.

Ferreira do Alentejo

AGRADECIMENTO

Luís Correia Júnior

N. 25/02/1937 – F. 18/10/2012

Seu irmão, sobrinha e cunha-

da, na impossibilidade de o

fazerem pessoalmente, vêm

por este meio agradecer a

todas as pessoas que acom-

panharam o seu ente querido

à sua última morada ou que

de outro modo manifestaram

o seu pesar, agradecendo

de forma especial a toda a

equipa do sexto piso do hos-

pital de Beja, bem como à

sr.ª enfermeira Catarina, dos

cuidados paliativos, e ao dr.

Pedro Costa, pela forma hu-

mana e carinhosa com que

sempre trataram o seu ente

querido.

MISSA

José Fernando

Ravasco da Palma

Guerreiro

3.º Ano de Eterna Saudade

A sua família participa a todos

as pessoas de suas relações

e amizade que será celebra-

da missa pelo eterno descan-

so do seu ente querido no dia

03/11/2012, sábado, pelas

18 e 30 horas, na Igreja do

Carmo, em Beja, e agradece

desde já a todos os que nela

participarem.

ASSINATURA

Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail [email protected]

Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail [email protected]

Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo:

Assinatura Anual (52 edições): País: 28,62 € Estrangeiro: 30,32 €

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Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________

Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________

Morada ______________________________________________________________________________

Localidade ___________________________________________________________________________

Código Postal ________________________________________________________________________

Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________

Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

Vila de Frades

AGRADECIMENTO

Joaquim Manuel

Pinheiro Lameira Nasceu 25.05.1931

Faleceu 18.10.2012

Sua família, na impossibi-

lidade de o fazer pessoal-

mente, agradece por este

meio a todas as pessoas

que o acompanharam à sua

última morada ou que de

outro modo manifestaram

o seu pesar.

Vidigueira

AGRADECIMENTO

José António

Bacalhau Coxinho Nasceu a 04.06.1935

Faleceu a 18.10.2012

Sua família, na impossibi-

lidade de o fazer pessoal-

mente, agradece por este

meio a todas as pessoas

que o acompanharam à sua

última morada ou que de

outro modo manifestaram

o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Tm.963044570 – Tel. 284441108

Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

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CABEÇA GORDA

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. ANTÓNIO ARSÉNIO, de 75 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Maria Pereira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

ERVIDEL

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOÃO BAPTISTA CORREIA, de 54 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Ervidel, para o cemitério local.

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA LIBÂNIA DA SILVA, de 99 anos, natural de Entradas - Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor BERNARDINO VULTOS, de 74 anos, natural de Alcórrego - Avis, casado. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.

ERVIDEL

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA ALBINO LOPES, de 74 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Ervidel, para o cemitério local.

FERREIRA DO ALENTEJO

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ MANUEL FELÍCIO RAMIRES, de 63 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, casado com Exma. Sra. D. Maria Helena Vargas Caetano Felício Ramires. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Ferreira do Alentejo, para o cemitério local.

BEJA / ALCARIA RUIVA

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOAQUIM DOS SANTOS QUINTINO, de 82 anos, natural de Algôdor - Alcaria Ruiva, casado com a Exma. Sra. D. Maria Virgínia do Nascimento Quintino. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Alcaria Ruiva.

CABEÇA GORDA

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. FRANCISCO RAMOS DIAS, de 82 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Pardal Guerreiro Rosa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

CUBA

†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO JORGE BANCALEIRO MOREIRA, de 59 anos, natural de Sobral da Adiça - Moura, Casado com a Exma. Sra. D. Dulce Maria Carreteiro Martins Moreira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Cuba, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor DAMIÃO TEIXEIRA GUEDELHA, de 71 Anos, natural de São Sebastião dos Carros - Mértola, casado com Exma. Sra. D. Turíbia Perpétua de Matos Teixeira Guedelha. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 24, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Beja.

BEJA / VILA DE FRADES

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOÃO ANTÓNIO ROQUE GONÇALVES, de 62 anos, natural de Vila de Frades - Vidigueira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Vila de Frades.

Às famílias enlutadas

apresentamos as nossas mais

sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

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012

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de 23 970 residentes da região, apoio informativo e soluções para todos os que

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cessação tabágica através da terapia Soft Laser.

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A antiga arte de fazer azeite

Ramos Catarino conclui lagar de azeite em Serpa

Investindo num dos produtos na-cionais mais reconhecidos mundial-mente, a Herdade Maria da Guarda, propriedade da Casa Agrícola Cortez de Lobão, inaugurou, no passado dia 1, com a presença de Assunção Cristas, ministra da Agricultura, um novo lagar de azeite em Serpa, ava-liado em 14 milhões de euros, o maior investimento de sempre no setor, segundo refere o proprietário da empresa agrícola, João Cortez de Lobão.

Publireportagem Sandra Sanches

Desde 2006 que a casa Cortez tem apostado no mercado do azeite, sendo que a construção do lagar

fazia parte do plano estratégico da em-presa, cujo projeto representa o “maior investimento privado 100 por cento por-tuguês no setor agrícola”, adianta o pro-prietário, Cortez de Lobão.

A Ramos Catarino, empresa de enge-nharia e construção de Portugal, concluiu

assim a construção do lagar de azeite para a Herdade Maria da Guarda, pro-dutora do prestigiado azeite “Lagaretta”. A intervenção da Ramos Catarino nesta obra, cujo projeto é de responsabilidade do arquiteto Carlos Morgado, foi total, desde a movimentação de terras até à construção da estrutura e acabamentos, numa área que abrange uma zona indus-trial com 1100 metros quadrados, com mais um acrescento de 300 metros qua-drados de área de escritórios. Com uma área de 575 hectares e um milhão de oli-veiras, o novo lagar tem capacidade de moagem para 450 toneladas de azeitonas por dia, com perspetivas para aumentar, nomeadamente com a plantação de no-vas árvores.

O peso das exportações na Casa Agrícola Cortez de Lobão é notório. Só no ano passado as exportações repre-sentaram 75 por cento do volume de ne-gócios da empresa, calculando-se que no presente ano possa chegar aos 80/90 por cento. Maioritariamente, a empresa exporta azeite a granel para o Brasil, que, até à data, é o principal comprador,

seguindo-se os Estados Unidos e China.Relativamente ao mercado do azeite

embalado, ainda não é visível um grande peso nas exportações da empresa nacio-nal, sendo Itália o maior exportador e o primeiro comprador de azeite a granel.

A produção do azeite na Herdade Maria da Guarda, “Lagaretta”, segundo o proprietário, “é um azeite extra virgem com uma acidez inferior a 0,3 por cento. Distingue-se pelo seu paladar frutado, macio, sabor suave, único com tons de tomate fresco e um final levemente pi-cante, capaz de melhorar qualquer prato ou apenas para molhar o pão ”.

Desde a sua fundação, a casa agrí-cola tem tentado preservar a compo-nente tradicional na produção de azeite da Herdade Maria da Guarda, respei-tando as evoluções tecnológicas. Ainda assim responde aos requisitos de vá-rias gerações “com o melhor dos néc-tares”. Segundo o lema da herdade, “o azeite virgem extra ‘Lagaretta’ combina o melhor da modernidade para a tradi-cional qualidade, a antiga arte de fazer azeite”.

Vinho de Vidigueira premiado em concurso internacionalPublicados os resultados do Concurso

“International Wine Challenge 2012”, foi a

Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e

Alvito que conquistou o respetivo prémio

com o vinho branco “Vila dos Gamas”

Antão Vaz, da colheita de 2011. O principal

objetivo do concurso é reconhecer

tecnicamente as equipas que produzem

os vinhos, sensibilizar o mercado para

os vinhos de excelência produzidos em

todo o mundo e promover a imagem dos

produtores premiados.

Conferência sobre agricultura nacional em Beja

Beja acolheu, na quarta-feira, no

Teatro Pax Julia, a conferência “A

Cadeia de Valor da Indústria Agrícola:

do Produto ao Prato e do Prato ao

Produto”. A iniciativa foi promovida

pelo Continente e pelo jornal “Correio

da Manhã” e contou com o patrocínio do

Ministério da Agricultura. Realizou-se

no âmbito do “Prémio Agricultura 2012

– Escolha Portugal”, com o objetivo de

promover, incentivar e premiar os casos

de sucesso da agricultura nacional.

Vários empresários da região marcaram

presença e a sessão da abertura contou

com a presença de Jorge Pulido Valente,

presidente da Câmara Municipal de

Beja, Margarida Pereira, diretora da

Escola Superior Agrária de Beja, Filipe

Pombeiro, presidente da Associação

Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, e

Eduardo Mendoça, diretor de Unidade

de Negócio Talho, direção Comercial de

Perecíveis, Sonae MC.

Grupo Delta Cafés reforça aposta no mercado internacional

O grupo Delta Cafés, líder do setor do

café em Portugal, renovou a sua imagem,

tornando-a mais moderna, atual e

inovadora, com o objetivo de reforçar

a globalização da marca na conquista

de novos mercados internacionais. A

mudança de imagem do grupo Delta

Cafés será feita gradualmente, a nível

nacional e internacional, uniformizando,

pela primeira vez, a sua comunicação em

todo o mundo. Esta inovação irá incluir

mudanças ao nível de packaging, bem

como outros materiais de comunicação.

O grupo reforça assim a sua aposta

no eixo da internacionalização e

exportação, apoiados através da

inovação, com o objetivo de crescer

sustentadamente, mas mantendo todas

as características inerentes à marca.

EmpresasAAA A RaRamomomomm ssss sss CCaCaCCCaaaCaCCaCCCC ttatat riririnnonononoooo, , , cococoomm m mmmm mmamamammmamamaamaamaaaaaaisisisisssssiss ddedededeededee 33 3 30 0 0 anannanooooosossoooo d ddde ee aatatttivvivididddiddididdididddddddddadadadadadadadadadadddadadadadde,e,e,e,e,e,e,e,e,eee,ee,,eee, é éé é éééé éé u u u uummamammmmmmmmmmaaaaa dadadaddadd sss s s mamamamaaisisisisssss dd d d dddddininnninnâmâmâmâ icici asasassssss eee eeee eeee empmpmpmpmpmppmppppmppmmmpmmpppppppprrrrererererrrrrrrrrrr sassasaaaasassssssss sss ssssdedddedeedd engngngennnnnnnnennnhhaahahaaahariririririaa a aa a ee eeeeeee cocococooconsnsnsnnnnnnsn trtrrt uçuçuuçuçuçuçuçuçuçuçuççuçuçuççuçççãoãooãooooo ddddeeedd PPororortutuuuut ggggagagaagaagaag l.l. ÉÉ eee espspppececececececiaiaaiaiaiaiaaalililililiiliilistststststttstss a a a aaa nnanananaaaaaaann

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Boa vida

28 A partir do livro Oh, as cores a Biblioteca de Vila Nova de Santo André propõe

uma série de ateliês onde desafia os mais pequenos a criar poemas coloridos.

O autor, Jorge Luján, percorre toda a gama cromática com pequenos poemas,

associando cada cor a elementos da natureza, emoções ou sensações e a par das

delicadas palavras, mas com um forte poder sugestivo, estão as aguarelas de

Piet Grobler. Uma actividade a não perder.

Poesia colorida em Vila Nova

de Santo André

Pais

Páginas tantas... Apesar de as últimas semanas terem sido dedicadas ao Hallo-ween e a tudo o que tem sido im-presso, filmado ou criado em volta deste tema, a página do “Vitória, Vitória” tem de pres-tar uma última homenagem a um grande escritor e poeta que fa-leceu esta semana, Manuel An-tónio Pina, deixando a literatura portuguesa francamente mais pobre. Nomeadamente a lite-ratura infantil onde também se sente a sua enorme criatividade e um grande sentido crítico, num permanente jogo de imagina-ção em que o brincar com as pa-lavras tornava-se uma espé-cie de labirinto, dando ao lei-tor o trabalho de desconstruir o texto de modo a encontrar uma saída. Sem te falarmos num li-vro em particular, convidamos--te a descobri-lo, ou na biblio-teca escolar ou na municipal, li-vros como O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), reeditado recentemente, Gigões e Anantes (1978), O Têpluquê (1976), também com uma edição recente, Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1986), Os Piratas (1986), O Inven-tão (1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Uma Viagem Fantástica (1996), Morket (1999), Histórias que me contaste tu (1999), Pequeno Livro de Desmatemática e muitos outros.

À soltaClaro que quando se fala em Halloween, fala-se de múmias e esta é a combinação perfeita. Massa folhada recheada com salsichas, bem ao gosto dos mais pequenos.

De JeJeMae, uma artista nova- -iorquina, uma mão cheia de bo-necos que são uma boa ideia caso queiras decorar a tua noite de 31 de outubro. Podes ver mais do seu trabalho em http://www.flickr.com/photos/jejemae/

Dica da semanaHoje decidimos expli-car-te um pouco mais sobre o Halloween que só há meia dúzia de anos chegou ao nosso País como tu o conhe-ces, com abóboras en-feitadas e “doçura ou travessura”. Em Por-tugal a tradição é ce-lebrar o Dia de Todos os Santos (1 de novem-bro), e uma fatia subs-tancial da população desloca-se ao cemité-rio numa homenagem aos entes queridos (Dia dos Finados), en-quanto as crianças pe-dem o “Pão por Deus”. Um costume que re-monta ao grande terra-moto de 1755 que de-vastou Lisboa, onde eram ofertadas coi-sas como romãs, cas-tanhas, maçãs e por vezes algumas moe-das. Por outro lado, no México temos uma ce-lebração deste dia um pouco diferente, muito pelo modo como enca-ram a morte. Uma tra-dição que remonta ao tempo dos Astecas e onde se constroem al-tares dedicados à pes-soa que morreu com tudo aquilo de que ela mais gostava, acredi-tando que Deus deixa que eles venham visitar os familiares nesse dia. Como não podia deixar de ser damos-te uma pista de uma artista mexicana que contri-buiu muito com a sua arte e que está intima-mente ligada a esta tradição. Falamos de Frida Kahlo. Na pró-xima semana vamos mostrar-te um pouco mais do seu trabalho.

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Boa vida

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Comer Túberas de “fricassé”Ingredientes:1,5 kg de túberas;2 cebolas;4 dentes de alho;1 dl de azeite;1 folha de louro;1 ramo de salsa;Sumo de 1 limão;6 gemas de ovos;Sal.

Preparação:Escovar muito bem as túberas com uma escova. Lavar e descascar, partindo-as às rodelas grossas. Num tacho deitar azeite, cebola picada, a lho picado e louro. Deixar fritar um pouco. Juntar as túberas e colocar um pouco de sal e deixar cozer (as túberas largam um pouco de água).Quando estiverem apu-radas retirar do lume.Num recipiente colocar as gemas com sumo de limão e salsa picada. Mexer com as varas de arame e juntar às túberas d e v a g a r, m e x e n d o sempre.Levar ao lume nova-mente para engrossar sem que os ovos talhem.

António Nobre Chefe executivo de co-

zinha – Hotéis M’AR

De AR, Évora

LetrasTodas as palavras, poesia reunida

O Prémio Camões em 2011, Manuel António Pina, mor-

reu precocentemente, aos 68 anos. Jornalista, cronista, po-eta, autor de livros infantis e amante de gatos – em quase todos os seus últimos retra-tos lá estão, os gatos, ao lado do seu sorriso, doce e triste (alguém disse que o sorriso era uma janela aberta para o seu coração) – Pina descre-veu perfeitamente a procura que levou a cabo. Sobre essa busca escrevia já nos anos 60: “Falta-me uma palavra essen-cial, / um som perverso para morrer: um sonho.” Com al-guns dos seus livros indispo-níveis nas livrarias, tornava--se fundamental a compilação de toda a sua poesia – todas as palavras – nesta obra, essen-cial, editada em junho pela Assírio & Alvim.

Escritor político (no sen-tido clássico), implicado na realidade – assombrado pela realidade do país que comen-tou com coragem e fronta-lidade nas suas crónicas no “Jornal de Notícias” (onde, ao longo de trinta anos, foi jorna-lista, editor e chefe de redação) Pina já não esperava, nos últi-mos anos, que a redenção che-gasse pela palavra. “Não abras a porta, / se for o sublime diz que não estou, /já temos pala-vras de mais, sentimentos de-mais”, escreveu. O sonho, mo-via-o, sempre mas depois da acumulação de palavras, de emoções, seria pela ação que (des)esperava? D. Januário Torgal Ferreira chamou-lhe “escultor de palavras” – jun-tou a palavra e a ação, portanto – na homília de despedida, no Porto. Lançou a pergunta: “Porquê poetas em tempo de penúria?”. Pelo sonho (dos po-etas) é que se avança, é sabido.

Maria do Carmo Piçarra

JazzTim Berne “Snakeoil”

O trabalho do saxofonista alto e compositor Tim Berne tem sido caracterizado pela dis-

persão por inúmeros projetos e for-mações, não raras vezes reconfigura-ções operadas a partir de um núcleo relativamente restrito de colaborado-res próximos. Não seria, pois, de es-tranhar que nesta sua estreia como lí-der para a ECM se rodeasse de alguns desses habituais comparsas (como Craig Taborn ou Michael Formanek, por exemplo). Mas o prazo de vali-dade criativa de grupos como Science Friction e Hard Cell parece estar a expirar e Berne chama três músi-cos emergentes – porém de predica-dos mais do que reconhecidos – com os quais se tem apresentado ao longo do último par de anos sob a designa-ção Los Totopos: o clarinetista Oscar Noriega, o pianista Matt Mitchell e o baterista Ches Smith. Depois de nos últimos anos o saxofonista se ter de-dicado particularmente à livre impro-visação e a contextos mais abrasivos, a estreia na casa de Manfred Eicher alimentou fundadas expetativas so-bre a forma como se encaixaria numa editora de estética tão marcada. E pa-rece não restarem dúvidas de que há em “Snakeoil” dedo do fugidio ale-mão. Mantendo-se presentes as pre-missas que objetivam a sua aborda-gem, resulta claro que vai mais longe em termos de construções mais espa-çosas e delicadas. Berne apresenta um conjunto de peças em que avulta um notável equilíbrio entre o apurado ri-gor e complexidade composicionais e a liberdade e fluidez das improvi-sações, numa combinação de câmara que surpreende pela riqueza dos mo-tivos, pelas longas e insinuantes me-lodias e pelas mudanças súbitas de atmosfera, alternando passagens dis-sonantes e austeras, com outras de re-finado lirismo. O sopro mais visce-ral e serpenteante de Berne contrasta com a abordagem mais melódica de Noriega – é evidente a química exis-tente entre ambos em peças como “Spare Parts” e “Not Sure” – supor-tados pelo pianismo requintado de Mitchell (que atinge momentos de verdadeiro brilhantismo, como nos instantes iniciais de “Simple City” e em “Scanners”) e pela excelente pres-tação de Ches Smith, responsável por um trabalho textural de grande con-tenção. Apontado diretamente ao topo da lista dos melhores de 2012.

António Branco

FilateliaNovo selo e carimbo para a história do Estado Novo

Por iniciativa da secção de filatelia da Arpca – Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Almada acaba de ser posto em circulação um selo personalizado que muito enri-

quece a história do Estado Novo, nomeadamente da repressão sobre o livre pensamento. Para obliteração do selo no dia da sua entrada em circulação, passado dia 20, os correios criaram um carimbo comemorativo de desenho idêntico ao selo; ambos reproduzem o monumento “Os Perseguidos” exis-tente na cidade.

O pretexto para a emissão destas duas peças filatélicas foi a inauguração da 6.ª Mostra de Filatelia e Colecionismo realizada pela Arpca e cuja inauguração aconte-ceu no passado sábado, pelas 15 e 30 horas.

Em 80 quadros (faces) estiveram expostas 26 coleções de Filatelia Tradicional (seis coleções); Inteiros Postais (uma); Filatelia Temática (três); Maximafilia (quatro); Um Quadro (três); Marcofilia (uma); Classe Aberta (filatélico-numismática, uma); Juventude (sete).

Em exposição esteve ainda um interessante conjunto de outros materiais de colecionismo, nome-adamente material filomenístico (fósforos), vinhetas, postais ilustra-

dos de azulejos e de chafarizes, notas ibero-americanas, diversos produtos de moti-vos olímpicos, porcos miniatura, ampulhetas e bonecas “barbies”.

A exposição encerra dia 28 e é uma ocasião a não perder. Sobre o motivo do selo e do carimbo “Os Perseguidos” trata-se de um monu-

mento concebido em homenagem a todas as mulheres e homens vítimas de persegui-ção por terem ideias políticas contrárias ao regime deposto em 25 de Abril de 1974.

Este monumento foi concebido em bronze e representa um casal à escala real, sendo o primeiro a ser colocado no espaço público após o 25 de Abril de 1974.

Foi erigido por subscrição pública e inaugurado no dia 24 de junho de 1979, dia da cidade de Almada e está localizado na Praça do M.F.A., a cerca de 50 metros do local onde está a decorrer a exposição.

Esta edição contou, no dia da inauguração, com a presença do músico da banda rock UHF, António Manuel Ribeiro, para uma sessão de autógrafos e lançamento de um selo personalizado, que nos mostra o músico em plena atuação, e que foi com base num retrato do fotógrafo Sérgio Costa (Silves) feito em 30 de junho.

Literatura e Personagens Literárias em selos de Macau A última emissão de selos de Macau “Literatura e Personagens Literárias – O Pavilhão das Peónias”́ (I grupo) vai entrar em circulação no dia 30 de novembro. Trata-se de uma emissão de seis selos e um bloco com a franquias de 1,5, 2 e 3,5 patacas. Serão emitidos dois selos diferentes de cada uma destas franquias. O bloco tem apenas um selo com a fran-quia de 12 patacas.

O plano de emissões para o próximo ano também já foi divulgado. Embora ainda não se conheçam as datas das emissões nem as suas franquias, já se co-nhecem os seus nomes. São 13 e versarão os seguintes assuntos: Ano Lunar da Cobra; Centenário da Associação Comercial de Macau; Vistas Cénicas do Continente (V grupo); Ano Lunar da Cobra (Etiquetas Postais); 20.° aniversário da Promulgação da Lei Básica de Macau; 130.° aniversário do Estabelecimento do Corpo de Bombeiros; Museus e Peças Museológicas III; Crenças e Costumes – Na Tcha; Literatura e Personagens Literárias – O Romance dos Três Reinos (II grupo); Ruas de Macau (II grupo); Natal; Caligrafia e Pintura Chinesa - Artistas Ilustres de Macau e 60.° Grande Prémio de Macau.

A filatelia de Macau pode ser visitada em www.macaupost.gov.mo

Dia Mundial da Poupança No CCD do Hospital decorre desde hoje e até ao dia 6 de no-vembro, uma mostra de literatura filatélica exclusivamente do tema poupança. As muitas dezenas de peças em exposição são do filatelista bejense António Oliveira.

Excetuando os dois domingos e o dia feriado, a exposição pode ser visitada to-dos os dias a partir das 20 horas.

Geada de Sousa

Manuel António PinaAssírio & Alvim400 págs.20 euros

Tim Berne – “Snakeoil”Tim Berne (saxofone alto), Oscar Noriega (clarinete e clarinete baixo), Matt Mitchell (piano) e Ches Smith (bateria, percussão).Editora: ECMAno: 2012

O espaço Infantes, em Beja, acolhe hoje, sexta-

-feira, às 22 horas, o ciclo “1 ator/ 1 músico”. A

performance aborda o universo do amor platónico

e junta Ana Ademar (atriz) e Jorge Moniz (músico)

em palco. É uma produção da Lendias d’Encantar

e a direção encontra-se a cargo de António Revez.

Ciclo“1 ator/1 músico” hoje nos Infantes

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História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mi-nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

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Fim de semana

O Centro de Artes de Sines acolhe, amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas,

a Orquestra de Sopros do Algarve. Com mais de 40 concertos realizados

e 60 instrumentistas, a Orquestra de Sopros do Algarve é composta

por alunos e professores de música. Visa a projeção e valorização dos

melhores alunos a frequentar o ensino especializado da música e pretende

contribuir para uma oferta musical diferente e pela sua composição única

no Algarve. A orquestra será dirigida pelo professor João Rocha.

Feira da Ladra anima Ferreira do Alentejo

A Feira da Ladra, que já

vai na segunda edição,

está de regresso a Ferreira

do Alentejo. A iniciativa

acontece amanhã, sábado,

entre as 9 e as 17 horas,

na rua Conselheiro Júlio

de Vilhena (junto ao

museu e biblioteca). De

acordo com a autarquia,

“esta é uma oportunidade

para vender, comprar ou apenas observar

as roupas, acessórios, livros e todo o

tipo de objetos em segunda mão”.

Histórias por aquie por ali em SerpaA Biblioteca Municipal de Serpa vai tirar

os livros das prateleiras, pegar nos seus

animadores de leitura e contadores voluntários

e sair à procura de quem quiser ouvir as

histórias que carrega. A iniciativa “Andar por

aí…”, que se insere no âmbito do Dia Mundial

da Terceira Idade, sai para rua às 10 e 30

horas e deverá passar pela Academia Sénior,

pelo hospital de Serpa e pelo lar da vila.

Encontro de Bandas Civis em GrândolaGrândola comemora a atribuição da Carta de

Foral, atribuída em 1544, e agendou diversas

iniciativas para o mês de outubro, integrando

nas comemorações o 16.º Encontro de Bandas

Civis, que acontecerá amanhã, sábado, pelas 16

horas, no Cine Granadeiro Auditório Municipal.

Leonor Colaço apresenta Sombra Luminosa em OdemiraLeonor Isabel Colaço apresenta hoje, sexta-feira,

pelas 18 e 30 horas, no auditório da Biblioteca

Municipal de Odemira, a sua obra de ficção juvenil

Sombra Luminosa. Trata-se

do primeiro livro de uma

trilogia juvenil que apresenta

Annayad de Laryesol, uma

jovem nobre revoltada com a

guerra para a qual o seu pai,

cavaleiro real, é enviado.

Leonor Isabel Colaço divide a

sua vida entre Odemira, sua

vila natal, e Lisboa. É formada

em Psicologia e mestre em Psicologia Clínica. A

escrita tem estado presente na sua vida desde muito

cedo. Sombra Luminosa é a sua primeira grande

obra, publicada pela editora Transversal Editores.

Orquestra de Sopros

do Algarve mostra-se em Sines

JOSÉ

A. P

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STA

JOSÉ

FER

ROLH

O

Cultura na Casa do Alentejo em Lisboa Alexandra Rosada apresenta o seu recente livro Depois do mar amanhã, sábado, pelas 16 e 30 horas, na casa do Alentejo, em Lisboa. Um acontecimento que será acompanhado pelas vozes do grupo coral “Os Sadinos”. No mesmo dia, mas às 20 e 30 horas, é a vez da fadista Susana d’Ayres apre-sentar o seu disco “Devo a Deus”. Uma iniciativa inserida no movimento de angariação de fundos para a recuperação da Casa do Alentejo.

Certame tradicional no Parque de

Exposições e Feiras

XI Feira do Livro abre

portas hoje em Aljustrel A XI Feira do Livro de Aljustrel, uma iniciativa da câ-

mara municipal, abre portas hoje, sexta-feira, dia 26, pelas 20 horas, no pavilhão do Parque de Exposições

e Feiras, com a inauguração da exposição de pintura “Os Resistentes”, da autoria de Eurico Reis. Segue-se a apresen-tação do livro Este ano não há Natal, de Helena Machado. Uma história de amor, que tem as margens do Guadiana como pano de fundo.

A noite termina com um serão cultural, onde não faltarão as modas campaniças e outras músicas.

O programa é vasto e, este ano, dezenas de editoras vão marcar presença no certame. De acordo com a autarquia, “vão estar disponíveis milhares de títulos, com uma grande variedade de temas e géneros literários”. O objetivo é, mais uma vez, fomentar a leitura e permitir uma maior e melhor aproximação do livro ao leitor.

Será ainda apresentado, na segunda-feira, 29, pelas 10 horas, o “Grande Circo da Pulguinha” pelo Gteatro, desti-nado a crianças do pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico. No mesmo dia, às 21 horas, será dado a conhecer ao público o portal da Rede Concelhia de Bibliotecas. Segue-se ainda a apresentação do livro Sonhar ao Longe, de Jorge Serafim e do ilustrador José Francisco. A noite encerra com a atuação do grupo de contadores de histórias da biblioteca munici-pal “PIM PAM PUM”, que irá declamar poemas subordina-dos ao tema “O Meu País”. A Feira do Livro prolongar-se-á até terça-feira, dia 30.

Paralelamente, também no Parque de Exposições e Feiras, realiza-se, entre amanhã, sábado, e domingo, a tradicional feira de outubro, onde os frutos secos estão em destaque.

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facebook.com/naoconfirmonemdesminto

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comunicadoFoi publicado recentemente um estudo sobre o riso que afirma que este é terapêutico e que quem ri frequentemente tem, em média, mais quatro anos de vida. Baseado neste estudo, o autor desta página decidiu coletar-se como médico e começou a cobrar taxa moderadora sobre a leitura da mesma. A partir de agora, todos os leitores que ainda não sejam amigos da “Não confirmo, nem desminto” no Facebook deverão tornar-se seguidores desta página na rede so-cial sob risco de este lhes deixar de fornecer os seus serviços. Os não amigos da página não têm direito a visitas ao domicílio, massagens com edições vintage da mesma, nem a um suminho de laranja natural para prevenir gripalhadas, mas podem levantar receitas para comprar óleo de fígado de bacalhau na redação do “DA”. http://www.facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Mau cheiro da fábrica de Alvito não é tóxico mas pode provocar efeitos secundários como o aparecimento de guelras

É raro o dia em que, na zona de Alvito e

nos concelhos limítrofes, não se sente um

cheiro nauseabundo vindo da fábrica da

Ucasul, local que faz com que o Barreiro te-

nha a qualidade de ar do Quénia. Apesar

das inúmeras queixas que chegam dia-

riamente à Quercus e à Direção Geral do

Ambiente, estudos confirmam que o cheiro

(nome técnico de bedum asfixiantae) não

é tóxico. Porém, segundo um relatório

da L.A.B.I.A. (Liga Ambientalista de Beja,

Índico e Amareleja) o mau cheiro, apesar de

aparentemente inofensivo, pode provocar

alguns efeitos secundários que reproduzi-

mos em seguida: aparecimento de guelras;

explosão das papilas gustativas; com tem-

peraturas superiores a 15 graus, as pessoas

podem tornar-se albinas; desejo repentino

de ouvir dois discos dos Pólo Norte – do-

ença Bipólonortar; caspa radioativa; bor-

bulhas nos lóbulos das orelhas; espasmos

no fémur; tendinite de descacar favas e/ou

ervilhas; estrabismo; e hermafroditismo.

Caso manifeste algum destes sintomas,

consulte o seu médico de família ou o pro-

fessor Fofana, pois também pode ser algum

mau-olhado lançado pela sua cunhada.

Mudança da hora: Governo decide acertar o fuso horário com o de Berlim

No próximo domingo, dia 28 de outubro, terá

início a “Hora de inverno”: os relógios deve-

rão atrasar-se 60 minutos às 2 horas da ma-

drugada de domingo, em Portugal continen-

tal e em S. João dos Caldeireiros, e à 1 hora

do mesmo dia, nos Açores e em Vila Azedo.

Todavia, esta pode ser a última vez que tere-

mos de acertar os relógios deste modo, já que

o Governo se prepara para alterar o fuso horá-

rio português (o mesmo de Londres) para o de

Berlim, de modo a agradar à senhora Merkel e

mostrar aos mercados que queremos estar na

linha da frente – o próximo passo será obri-

gar-nos a pintar o cabelo com Golden Claudia

Schiffer 36 e a colocar lentes de contacto

azuis. Oganismos internacionais já afirmaram

que Portugal está no bom caminho, mas para

se aproximar do fuso horário de Casablanca:

“Se fosse português, não me preocuparia

muito com a mudança de hora nos próximos

tempos, até porque, com o rumo que as coisas

estão a seguir, o mais provável é que o pessoal

venha a penhorar tudo o que é supérfluo, in-

cluido os relógios…”, indicou-nos fonte do

Centro Internacional de Fusos Horários de

Amoreiras-Gare.

Inquérito NASA defende que vida no planeta pode ter começado numa vila alentejana. Qual é a sua opinião?

DEODATO TUBO DE ENSAIO, 96 ANOS

Pessoa com hálito a enxofre

Oh, isso não é novidade nenhuma! Só não vê quem não quer... Dizem

que encontraram em Cabeço de Vide uma bactéria que só há em Marte.

Essa informação já estava no foral atribuído à vila pelo rei D. Manuel

I, mas teve de ser um cientista a dizer para os senhores acreditarem. É

uma bactéria do mais desenrascado que há: dá a patinha, gosta muito

de ossos de vaca e de jogar à bola com os miúdos. Ainda ontem lhe fiz

festinhas na barriga. É rija a magana da bactéria, aguenta com tudo:

desde as invasões napoleónicas ao Orçamento de Estado para 2013,

passando pelos Trio Odemira.

JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS, 48 ANOS

Se o Dan Brown e a Danielle Steel tivessem

um filho genial, seria ele

Esse é apenas mais um dos factos surpreendentes que pode ler no meu

novo livro – A Mão do Diabo – que já se encontra nas melhores livrarias

e só por acaso foi editado perto do Natal. Esta obra foi a que mais tra-

balho me deu. Foram quase 3 dias de trabalho entre a investigação e

a escrita. Nele vai-se descobrir toda a verdade… Literalmente. Nesta

minha 29.ª obra-prima explico como é que a humanidade nasceu, a

origem das crises financeiras, revelo quem matou Trotsky, Kennedy

e Sá Carneiro e ensino a tirar nódoas de polpa de tomate de camisas

de seda.

JAIME RUPESTRE, JÁ NÃO SE LEMBRA DA IDADE

pessoa que não está bronzeada mas sim

encardida

É verdade, sim senhor. Basta consultar o Censos para confirmar que

fui a primeira forma de vida do planeta, nascida e criada em Cabeço

de Vide. Porquê aí? Por causa das termas e porque fica mais perto do

calista, que mora em Fronteira. Como é que era no princípio? Pouca

gente, muito isolado… Na realidade não é muito diferente daquilo

que é hoje… Só conheci as primeiras pessoas quando já era adulto…

Um casal estranho: ele era Adão, ela Eva, e passavam o tempo às tur-

ras por causa de uma maçã. Já se sabe como é que é! Cheiravam a

aguardente…

Freguesias ameaçadas pela extinção ponderam declarar independência de Portugal: Quintos pode tornar-se o Mónaco do Alentejo!O processo de reorganização administrativa do território nacional ainda decorre. As assembleias municipais tiveram até ao dia 15 deste mês para se pronunciar sobre a extinção de freguesias. Ao que apurámos, a revolta começa a tomar conta dos habitantes das freguesias que estão na calha para desaparecer, e já começaram a surgir os primeiros grupos independentistas como a F.R.A.Q.U.E. (Frente Revolucionária Anarquista de Quintos Unido e Estalinista) que reinvidicam o direito à autodeterminação: “Queremos um referendo para a independência de Quintos, como os catalães e os escoceses! Temos todas as condições para sermos o Mónaco do Alentejo! Só nos falta um Grande Prémio de Fórmula 1, um casino, bons acessos, hospitais, escolas, uma equipa de futebol de renome, uma bolsa de valores, terrenos imobiliários caríssimos, paparazzi e um regente careca, ligeiramente obeso, e que ainda não saiu do armário. De resto, é só vantagens: temos uma praia moderna. Nessa medida, podemos anunciar que o primeiro artigo da nossa constituição será «Na praia de Quintos o topless não só é permitido, como passa a ser obrigatório.» Ainda vamos decidir qual será o nosso hino nacional: estamos indecisos entre o “Wind of Change”, dos Scorpions, e o “Passear Contigo”, dos Broa de Mel. O povo de Quintos é, e será sempre, soberano!”. – declarou Edgar Luta Armada, dirigente da F.R.A.Q.U.E., com a voz distorcida.

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Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Hoje, sexta-feira, podem cair alguns aguaceiros na região. A temperatura oscilará entre os 14e os 18 graus centígrados. Amanhã, sábado,esperam-se algumas nuvens e no domingoo céu deverá estarpouco nublado.

Alvito na tradição dos frutos secos

A Feira dos Santos e Frutos Secos realiza-se este ano

entre quarta-feira, 31 e 3 de novembro, em Alvito.

Aquela que é uma das mais tradicionais feiras do

Baixo Alentejo conta com a atuação de Ana Malhoa,

Morango Tango, Campos do Alentejo, Abel Fava,

espetáculos de sevilhanas e sessões de cante alentejano

com os corais do concelho. A não perder também

a oficina do cante que decorrerá nas instalações do

grupo “Papa Borregos” e a mostra de produtos e

serviços locais e regionais, que nesta edição da Feira

dos Santos reúne cerca de 40 expositores.

Promoção dos vinhos da Costa

Acontece, hoje, sexta-feira, na Herdade Barradas

da Serra, em Grândola, o I Encontro de Produtores

de Vinho da Costa Alentejana. O certame, que é

promovido pela Entidade Regional de Turismo do

Alentejo Litoral e pela Associação de Desenvolvimento

do Litoral Alentejano, vai contar com a participação de

um vasto leque de produtores vitivinícolas da região.

“Dar a conhecer a qualidade dos vinhos produzidos na

região junto dos principais decisores e influenciadores

do setor, críticos, restauração, retalho e público em

geral” é o grande objetivo do encontro.

Dia Europeu do Enoturismo em Beja

A Câmara Municipal de Beja celebra o Dia Europeu

do Enoturismo e, entre os dias 9 e 11 de novembro,

as unidades de enoturismo do concelho abrem as

suas portas para provas de vinhos. Para assinalar a

data, no dia 10, a autarquia organiza o passeio “Por

entre vinhas e adegas”, com partida agendada para

as 9 e 15 horas, junto à piscina coberta. As inscrições

encontram-se abertas no Posto de Turismo e são

limitadas a 35 pessoas.

Vidigueira Zen este fim de semana

Vidigueira acolhe este fim de semana a iniciativa

“Espaço Zen”, que terá lugar no museu municipal. Yoga,

oficinas de reiki, de acupuntura e de reflexologia são

algumas das atividades previstas. Acontecerá ainda uma

exposição e venda de produtos naturais e artesanais.PUB

Como surge Plano Bullying - Como apa-

gar o bullying da escola?

O bullying existe em todas as escolas, em todo o mundo e desde sempre, ape-nas não se utilizava o termo bullying. Diferencia-se de outras formas de vio-lência porque se trata de um conjunto de comportamentos (físicos, verbais, psicológicos, sexuais e virtuais, estes últimos designados por cyberbullying) realizados entre alunos, de modo re-petido e intencional e onde existe um desequilíbrio de poder entre agressor e vítima. Em média, afeta cerca de 25 a 30 por cento dos alunos, ou seja, pelo menos um em cada quatro alunos en-contra-se envolvido em situações de bullying, seja como vítima ou como agressor. No que respeita a livros que abordem a questão da violência e bullying em meio escolar, deparamo--nos com publicações essencialmente teóricas. O nosso principal objetivo com a publicação do Plano Bullying é apresentar uma nova abordagem a este fenómeno, um plano B que alie à componente teórica, que é fundamen-tal, uma forte vertente prática.

Este é um livro que resulta de um es-

tudo em parceria?

Plano Bullying resulta de uma par-ceria entre dois amigos e psicólo-gos (Luís Fernandes e Sónia Seixas) que trabalham há já vários anos na área da violência e bullying nas esco-las e conta com o prefácio da profª. dra. Margarida Gaspar de Matos, uma das principais investigadoras nacio-nais na área do bullying e coordena-dora do programa “Aventura Social” da Universidade Técnica de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana. É igualmente importante realçar o papel essencial do prof. dr. José Morgado, que durante muitos anos foi diretor

do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) de Beja, que foi deter-minante na concretização do Plano Bullying e na nossa intenção de con-tribuir para melhorarmos a interven-ção de toda a comunidade educativa no que respeita à prevenção e combate ao bullying.

A que necessidade responde?

Pensamos que este livro é uma mais--valia, inovando muito em termos de intervenção já que aborda a temática numa perspetiva diferente do que tem sido feito até agora no País. Este livro contém um CD com cerca de 100 ma-teriais extremamente lúdicos e práti-cos, divididos em três tipos: Recursos, Instrumentos e Atividades, em for-mato editável. Ou seja, podem ser (re)adaptados por todos aqueles que os pretendam utilizar, permitindo a sua adaptação a uma determinada turma ou escola, ajudando todos os profes-sores, técnicos e outros intervenientes que trabalhem em contexto educativo, a intervir de modo mais objetivo e efi-caz nesta problemática.

O que gostaria de alcançar?

Um aluno de 12 anos de uma escola de Beja disse-me: “Luís tens de con-tinuar a falar no bullying. Estou farto de gritar para dentro”. Deste modo, paralelamente à publicação do Plano Bullying, irá ser criado um e-mail e uma página no Facebook para que possamos ir dialogando e partilhando experiências, assim como receber de-poimentos e experiências de todas as pessoas que se interessem por esta te-mática. Vamos ainda tentar estar on line e, deste modo, refletir em tempo real com todas as pessoas que se inte-ressem pelo tema.

Bruna Soares

Luís Fernandes38 anos,natural de Amora

É licenciado em Psicologia Educacional e mestre em Observação e Análise da Relação Educativa. Foi docente do Ensino Superior, no ISPA, de 2002 a 2009, onde lecionou várias disciplinas no âmbito da psicologia educacional. Desde 2008 que desenvolve a sua atividade profissional na Associação “Sementes de Vida”, em Beja. Na última década tem coordenado e supervisionado vários projetos na área do bullying e violência na escola em todo o País, através dos quais ministra ações de formação e sensibilização dirigidas a pessoal docente e não docente, alunos, pais/encarregados de educação e outros técnicos que trabalhem em contexto escolar.

Luís Fernandes apresenta livro com componente prática

Um plano B para combater o bullying

Luís Fernandes, em parceria com Sónia Seixas, amigos e psicólogos, resolveram escrever a obra Plano Bullying – Como apagar o bullying da escola?. O objetivo? Apresentar uma nova abordagem a este fenómeno. Um plano B que alie à componente teórica uma forte vertente prática. A intenção é contribuir para o melhoramento da intervenção de toda a comunidade educativa no que respeita à prevenção e combante ao bullying, até

porque o fenómeno existe em todas as escolas, em todo o mundo, e desde sempre.

quadro de honra

O “DA” está no canal 475533 doNº 1592 (II Série) | 26 outubro 2012