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SEXTA-FEIRA, 20 ABRIL 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, N o 1565 (II Série) | Preço: 0,90 Nova ponte entre Serpa e Paymogo O Baixo Alentejo vai ter uma nova ponte in- ternacional. A ligação entre Serpa e Paymogo, sobre a ribeira do Chança, é inaugurada amanhã, por volta das 11 horas. Reclamação antiga das populações de um e do outro lado da fronteira, a nova infraestrutura custou 2,3 milhões de euros. pág. 6 Governo cria bolsa de terras com 600 hectares A ministra da Agricultura anunciou recen- temente a abertura de um concurso público para o arrendamento de cerca de 600 hectares de terras cultiváveis, destinadas a jovens agricultores. Os terrenos situam-se em Évora, Beja e Castelo Branco. O primeiro passo para a criação da Bolsa Nacional de Terras. pág. 6 Desemprego cresce 18 por cento no distrito Já são quase 10 mil desempregados inscritos do IEFP pág. 8 PAULO MONTEIRO PUB PUB Zambujo confirma “Quinto” é o novo álbum do cantautor pág. 13 Margarida promete Roqueira de Cuba surpreende nos “Ídolos” pág. 11 Tributos a Zeca Afonso, con- certos com os fadistas Carlos do Carmo e Carminho, Amor Electro, Tim & Companheiros de Aventura, Brigada 14 de Janeiro, Brigada Victor Jara, Caracol Blues, bandas filarmónicas e cante alentejano são algumas das propostas musicais que marcam as comemorações do 38.º aniversário do 25 de Abril no Baixo Alentejo. págs. 16/17 São Brissos a ver os aviões JOSÉ FERROLHO págs. 4/5

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Duario do Alentejo

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SEXTA-FEIRA, 20 ABRIL 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXX, No 1565 (II Série) | Preço: € 0,90

Nova ponte entreSerpa e PaymogoO Baixo Alentejo vai ter uma nova ponte in-ternacional. A ligação entre Serpa e Paymogo, sobre a ribeira do Chança, é inaugurada amanhã, por volta das 11 horas. Reclamação antiga das populações de um e do outro lado da fronteira, a nova infraestrutura custou 2,3 milhões de euros. pág. 6

Governo cria bolsa de terras com 600 hectaresA ministra da Agricultura anunciou recen-temente a abertura de um concurso público para o arrendamento de cerca de 600 hectares de terras cultiváveis, destinadas a jovens agricultores. Os terrenos situam-se em Évora, Beja e Castelo Branco. O primeiro passo para a criação da Bolsa Nacional de Terras. pág. 6

Desemprego cresce18 por cento no distrito

Já são quase 10 mil desempregados inscritos do IEFP

pág. 8

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Zambujo confi rma“Quinto” é o novo álbum do cantautor pág. 13

Margarida prometeRoqueira de Cuba surpreende nos “Ídolos” pág. 11

Tributos a Zeca Afonso, con-

certos com os fadistas Carlos

do Carmo e Carminho, Amor

Electro, Tim & Companheiros de

Aventura, Brigada 14 de Janeiro,

Brigada Victor Jara, Caracol

Blues, bandas fi larmónicas e

cante alentejano são algumas

das propostas musicais que

marcam as comemorações do

38.º aniversário do 25 de Abril no

Baixo Alentejo. págs. 16/17

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Editorial“Castélo”Paulo Barriga

Perder o castelo de vista. Se é coisa que o bejense não pode é perder o cas-

telo de vista. O “castélo”. Com o é tão aberto como apenas em Beja se consegue pronunciar. A grande torre de pedra é como uma espécie de farol negro no meio dos descampados. Tal como acontece com os náufra-gos, avistá-la ao longe é um si-nal de que a salvação está emi-nente. O bom porto. Terra firme. A redenção do regresso. O cas-telo, tremeluzindo nas lonju-ras sob a agressão solar, é a mais calmante das miragens que po-dem acometer qualquer bejense abalado e regressado. Aliás, era. Quando Beja era ainda uma co-munidade, uma cidade, e não apenas um deserto com algu-mas pessoas em volta. O cas-telo era o seu símbolo maior. O símbolo que os poetas elevavam ainda mais. Que os cantadores entoavam com o é ainda mais redondo. Que as pessoas ofere-ciam galantemente a quem as visitava. El castillo que alguns espanhóis, perdidos, procura-vam entre as dissimuladoras ruelas do centro da cidade. E que acabavam descobrindo, por en-gano, com piada, na loja de plásti-cos do sr. Castilho. Há vários anos a esta parte que o castelo está in-terditado ao público. Acho que já ninguém sabe sequer as razões para tamanha violência. Está fe-chado o acesso à torre de mena-gem. E pronto. Mas o que verda-deiramente está encerrado não é a acessão ao monumento. É o cor-dão umbilical que liga os bejenses à sua cidade que está cortado. Essa ligação quase materna. Impedir as novas gerações de subir as escada-rias encaracoladas, impedi-las de contar os degraus repetida e sem-pre erradamente, de reconhecer em cada pedra a assinatura do seu talhador, de fazer ecoar a sua eu-fórica experiência nas salas inter-médias, de chegar bem, lá bem ao alto, e descobrir as vielas mais re-cônditas da cidade e o horizonte em toda a largura da rosa-dos-ventos, impedi-las de tudo isso é contribuir para o seu desenraiza-mento. Subir ao castelo é a verda-deira comunhão que o bejense es-tabelece com a sua cidade. É aí que ele por ela se enamora. E por isso lhe custa tanto perder o castelo de vista.

O presidente da Assembleia Distrital, António Sebastião, afirmou que não pode aceitar

“a proposta da autarquia bejense (…) por ser demasiado extenso” e vai fazer tudo “para

que sejam cumpridos os documentos previsionais aprovados”. Para o também presidente

da Câmara de Almodôvar, o município de Beja “não tem disponibilidades de tesouraria

para transferir as verbas em falta” e não classifica a situação como “uma prioridade”.

In Rádio Voz da Planície

Raquel Baião,

21 anos, desempregadaNão. Mas também, na ver-dade, nem sei bem quais é que vão ser extintos. Acho que não é uma boa medida. As pes-soas também precisam dos fe-riados. Não está certo as pes-soas terem de ir trabalhar nos dias de feriado que deviam ser gozados. Quanto aos fe-riados religiosos, também acho que não deviam ser ex-tintos, pelo mesmo motivo.

Amílcar Ferreira,

47 anos, empresárioNão tenho uma opinião for-mada acerca disso. Extinguir o 5 de Outubro e o 1.º de Dezembro não será o melhor porque incluem valores nacio-nais. Talvez não seja com es-ses dois dias que o País vai pro-duzir mais. Mas, ao mesmo tempo, o País está tão mau e as coisas sem trabalho não se fazem… Ainda não li muito acerca desse assunto, por isso não sei avaliar bem. O fim dos feriados religiosos certa-mente iria ofender alguém…

José Manuel Mestre,

57 anos, gestor de serviços de saúde É-me indiferente. Eu não tra-balho em Portugal e vou es-tar fora mais uns anos. Mas de qualquer forma quando vol-tar, e se voltar a exercer as mi-nhas funções, pois com certeza que há feriados que nos sa-bem bem. Acho que não tem ló-gica pelo significado do feriado em si. O 15 de agosto não me diz muito, mas o 5 de Outubro e o 1.º de Dezembro são feria-dos carismáticos, que fazem parte da História de Portugal e não deviam ser abolidos.

Alexandra Batista,

36 anos, auxiliar de cozinhaSim, não fará assim tanto mal extinguir alguns feriados. Eu trabalho aos feriados e não me faz mal nenhum. Mas acho que não faz sentido estarem a ti-rar os feriados religiosos. Não é por aí que isto vai ficar melhor. Penso que os religiosos deviam mesmo continuar. Por mim até podiam deixar todos. Não é por aí que o País vai melhorar.

Voz do povo Concorda com a extinção de feriados? Inquérito de Ângela Costa

Vice-versaO presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, propôs à Assembleia Distrital “o pagamento da dívida [relativa ao Museu Regional

de Beja] em quatro anos”, mas sem “estabelecer um valor mensal, porque a Lei dos Compromissos Financeiros não o permite”.

In Rádio Voz da Planície

Fotonotícia Acabadinhos de chegar. Esta segunda-feira aterrou no aeroporto de Beja mais um dos aviões que anda a fazer

ligações entre a Alemanha e o Alentejo. São cerca de 150 turistas que foram direitinhos para a herdade dos Grous e que, por certo, levarão de

volta, na bagagem, um pedacinho do melhor que temos para dar. Pena é que, na precisa ocasião, o primeiro-ministro de Portugal andasse

pelo Montijo a apregoar a utilização daquela base militar enquanto complemento ao aeroporto da Portela. PB Foto de José Ferrolho

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Rede social

Como está a decorrer a iniciativa “Tu és

a biblioteca – Abril mês do livro e da lei-

tura”, que a Biblioteca Municipal José

Saramago recebe até ao final do mês

no âmbito nas comemorações do Dia

Internacional do Livro Infantil e do Dia

Mundial do Livro?

Ainda é cedo para fazer um balanço, mas para já as atividades propostas têm sido bem recebidas pela comuni-dade. Quando pensámos este Abril na Biblioteca, com o lema “Tu és a biblio-teca”, queríamos sublinhar que os livros existem para serem lidos, vividos e re-fletidos. Dentro de cada leitor moram as palavras, as personagens, as histórias que ele foi encontrando e que, por serem significativas para si, integra na sua pró-pria história. Arthur Schopenhauer es-creveu que os livros são “máquinas de mudança, janelas do mundo, faróis, são a humanidade impressa”. As bibliote-cas terão mais força, mais capacidade de apoiar essa mudança, quanto maior for o grau de participação de cada uma das pessoas da comunidade na sua vida. Por isso, “Tu és a biblioteca”.

O que destaca da restante programa-

ção do “Abril mês do livro e da leitura”?

No sábado, 21, “Caminhos da poesia contemporânea portuguesa II”, com José Manuel Vasconcelos e Tatiana Faia à conversa com António Carlos Cortez (17 e 30 horas). Na segunda-feira, Dia Mundial do Livro, as atividades para pais e filhos “Canta-me um conto”, tea-tro para a infância, pela Arte Publica – Artes performativas de Beja (18 horas), e “Restaurante de Leitura, leitura e comida refinada com sopa de Letras e Alice bem cozinhada” (19 horas). E à noite as ativi-dades para o público em geral, como o jantar literário, aberto através de inscri-ção prévia, as apresentações dos livros Eusébio: a biografia autorizada, de João Malheiro, e Os profetas, de Alice Vieira, e ainda “Adversus”, um espetá-culo poético de grande espectro, pela Associação Andante. Na manhã do dia 25 a iniciativa “Columbinas – quando a poesia ganha asas”, com Miguel Horta, e novamente “Canta-me um conto”, pela Arte Pública (18 horas).

Como tem gerido o plano de ativida-

des tendo em conta os cortes orçamen-

tais verificados?

Este projeto cultural tem um patrimó-nio humano imenso, o que nos permite, apesar das dificuldades orçamentais e fi-nanceiras, continuar a acreditar e a tra-balhar, inspirados pelo lema que desde sempre nos acompanhou – “Numa ci-dade acordada, uma biblioteca sem sono”. Contamos com os bejenses para que continuem acordados, que nós pro-metemos que continuaremos sem sono, trabalhando para o enriquecimento da vida cultural da cidade. Nélia Pedrosa

3 perguntasa Maria Paula

SantosDiretora da Biblioteca Municipal

de Beja/José saramago

Semana passada

QUINTA-FEIRA, DIA 12

SINES GNR APREENDE MAIS DE TRÊS MIL QUILOS DE PESCADO

O Destacamento de Controlo Costeiro de Sines da GNR anunciou que apreendeu mais de três mil quilos de sargo legítimo, no âmbito de uma ação de fiscalização no porto de Sines. De acordo com a GNR, a operação surgiu na sequência de informações que indiciavam que embarcações de arte de cerco mantinham a bordo espécies capturadas em percentagens ou quantidades superiores às legalmente fixadas. Os 3 032 quilos de pescado apreendido foram submetidos a primeira venda em lota.

SEXTA-FEIRA, DIA 13

ODEMIRA ABRIU GABINETE DE APOIO À VÍTIMA E AO AGRESSOR

O Gabinete de Apoio à Vítima e ao Agressor (GAVA) de Odemira abriu para intervir em situações de violência doméstica, através de apoio às vítimas e aos agressores, anunciou o município. O GAVA visa também “sensibilizar e informar a comunidade em geral e alguns públicos estratégicos sobre diversas questões de (des)igualdade de género, com o objetivo de contrariar ideias tradicionais e preconceitos que atribuem a homens e mulheres um determinado papel social”. Criado através do “Projeto Igualando”, promovido pela cooperativa Taipa, de Odemira, o GAVA é apoiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 16

MÉRTOLA UNIDADE MÓVEL VOLTA A CUIDAR DOS PÉS

A Unidade Móvel de Mértola deu início è campanha “Cuidados a ter com os Pés”. A iniciativa irá prolongar-se até 13 de julho e pretende dar continuidade ao trabalho dos anos anteriores, “identificando situações, controlando e avaliando outras, como é o caso do pé diabético”, esclarece a câmara municipal. A campanha “é gratuita para todos aqueles que se deslocarem à unidade móvel nas localidades do concelho”. Para além “do tratamento dos pés com massagens e cuidados básicos de higiene, as esteticistas e enfermeiros da unidade alertam os utentes sobre os cuidados a ter com os pés e ajudam a diagnosticar problemas de saúde”. A campanha conta com a colaboração do Centro de Saúde de Mértola.

BEJA CÂMARA PROMOVE “SEMANA ABERTA” NA FREGUESIA DE MOMBEJA

A Câmara de Beja promoveu a quarta edição da iniciativa “Semana Aberta” nas freguesias rurais do concelho, que decorreu na freguesia de Mombeja, com várias iniciativas lúdicas, culturais e sociais. A iniciativa visa “uma aproximação cada vez mais efetiva” entre o executivo e os serviços da autarquia e os munícipes, explica o município. A exposição “Património Natural do Concelho de Beja”, patente na sede da junta de freguesia, uma reunião de câmara, atendimento aos munícipes, atividades lúdicas, como uma sessão sobre saúde e atividade física, e atuações de grupos corais foram algumas das ações levadas a cabo.

VIDIGUEIRA FÓRUM DE EMPRESÁRIOS DA SUB-REGIÃO VITIVINÍCOLA

A Câmara de Vidigueira promoveu o primeiro Fórum de Empresários da Sub-região Vitivinícola de Vidigueira, que incidiu nos domínios da cooperação e da internacionalização empresariais. Segundo o município, o fórum pretendeu “identificar as estratégias de atuação de cada um dos atores empresariais, definir as iniciativas e projetos que possam integrar um plano de atuação de conjunto e estabelecer os alicerces e as metas de cooperação entre os vários agentes envolvidos”.

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Da palavra dita à escrita para crianças Conhecido pela sua extraordinária capacidade de improviso, em stand up comedy, Jorge Serafim encheu há uma semana a Biblioteca de Beja, para uma proposta um pouco diferente. O livro Sonhar ao Longe, “parido” em conjunto com o ilustrador José Francisco.

Banda klezmer à portuguesa São de Lisboa e de Almada mas o que gostam é de celebrar com o público as sonoridades festivas “roubadas” às culturas judaica, cigana, árabe e balcânica. Os Melech Mechaya estiveram no Pax Julia, no último sábado, e fizeram muitos pezinhos levantar do chão.

João Monge & Friends Com raízes em Ficalho, onde foi homenageado no último fim de semana, o letrista já tem anos suficientes nas andanças da música para juntar um bom punhado de amigos em palco. João Gil, Rui Veloso, Tim, Nuno Guerreiro e Paulo Ribeiro estiveram lá.

Houve festa na fronteira E mais uma vez a vila raiana de Vila Verde de Ficalho prestou homenagem a N.ª S.ª das Pazes e São Jorge. Com cante, bailes, concertos, a muito celebrada procissão de domingo e o arraial da praxe, se fez o reencontro de famílias e amigos.

Beja também pelo Serviço Nacional de Saúde Beja também integrou a Marcha Nacional em Defesa do Serviço Nacional de Saúde. No sábado, vários cidadãos, mais ou menos notórios publicamente, alinharam-se num cordão humano entre a Casa da Cultura e o Hospital.

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São Brissos

São Brissos, a terra mais próxima do aeroporto de Beja

A ver os aviões

O caminho que leva a São Brissos é o mesmo que leva ao aeroporto de

Beja. Uma estrada, que é mais do que uma simples ligação rodovi-ária. É um passaporte para que São Brissos possa levantar voo, rumo ao desenvolvimento. O fu-turo, para as gentes da terra, só pode ser um: os aviões a rasgar o céu da aldeia.

Há um ano que o aeroporto de Beja abriu portas. São Brissos é a terra que lhe fica mais pró-xima. “Até agora ainda não se viu grande coisa, mas sempre dá um bocadinho de vida à aldeia. As pessoas mais idosas gostam de ver os aviões poisar e este mês di-zem que vai haver mais uns voos”, conta Manuel Almeida, que faz uma pausa na lida da horta.

No parque infantil não se avis-tam crianças e apenas o vento faz mexer os baloiços que aguar-dam pela chegada dos que fo-ram à escola a Trigaches. A escola da aldeia, por falta de alunos, encerrou.

“Há aqui alguma mocidade, mas trabalha tudo fora”, garante Manuel, explicando a falta de movimento.

O futuro é o que mais inte-ressa a quem habita São Brissos, até porque o presente está à vista e o passado já lá vai. Manuel ou-viu dizer que “pode levar 25 ou 30 anos até que o aeroporto seja conhecido pelos outros países”, para que nele possam “fazer es-cala”. O tempo parece não o as-sustar. “Temos que cá estar. Se houver ali muitos empregos pode a aldeia modificar-se”, considera.

António Guerreiro, por sua vez, encostado às paredes da única padaria da terra, diz que isso já não será no seu tempo. E esclarece: “Oh diabo. Já sou um bocado velho. Tenho quase 80 anos. A mim não me deve dar grande futuro, mas dará aos mais jovens”.

O homem vê quem passa e olha para o horizonte que, como não poderia deixar de ser, al-cança o aeroporto. “Se subir-mos aqui à placa da casa dá para ver as pistas”, afirma, enquanto aponta para as escadas inclina-das. António nunca vai passear ao aeroporto. Prefere ver o mo-vimento do alto do seu terraço, um verdadeiro miradouro privi-legiado, com vista para a infraes-trutura, mas também para a pla-nície. Ao longe Beja, que acabou por dar o nome ao aeroporto.

“Está aqui dentro da freguesia,

Manuel Almeida,António Raposo

e António Guerreiro,três homens da terra,

dão a conhecera vida da sua aldeia

O aeroporto de Beja fez renovar a esperança em São Brissos. A terra que está mais pró-

xima da infraestrutura espera poder embarcar numa viagem, só com bilhete de ida, que

tenha como destino o desenvolvimento. E, enquanto melhores dias não chegam, o povo

está de olhos postos no céu à espera de ver os aviões.

Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

quase arrumado às paredes e chama-se aeroporto de Beja”, diz o homem, que acha que a infra-estrutura deveria ter o nome de “aeroporto de São Brissos”.

As visitas à aldeia ainda não são muitas e os turistas, segundo Salvador Santana, “apenas se avistam quando há voos char-ters”. “Nessa altura avistam-se por aqui, mas em pouca quanti-dade. Frequentam mais é o res-taurante”, garante.

Restaurante este que está no centro do mundo da freguesia, em pleno largo, e que ajuda a atrair gente para São Brissos. Nasceu do sonho de António Raposo, fi-lho da terra, que há quatro anos resolveu investir na aldeia, preci-samente por causa do aeroporto. “Este negócio já esteve melhor, mas a situação é de crise, a nível nacional e mundial”. Ainda as-sim, em seu entender, “o aero-porto trouxe vida à aldeia”, lem-brando, sobretudo, “a fase de construção”, que para o seu negó-cio “foi muito boa”.

O empreendedor não baixa os braços, até porque foi infor-mado de que até ao final do ano vão avançar mais obras. “Vão gastar, ou investir, depende do ponto de vista, mais cinco mi-lhões de euros, nomeadamente para a construção de um hangar para a reparação e manutenção de aeronaves. Vão criar 100 pos-tos de trabalho diretos e isso se-ria muito bom para mim e para todos”, considera.

Quanto ao turismo não tem grandes esperanças. “Não vejo grandes hipóteses. A aldeia não tem nada. A única coisa que tem é estar perto do aeroporto, mas não acredito que as pessoas che-guem ali de avião para vir visitar São Brissos”.

Na taberna do “Tio Augusto” não há clientes, mas não há de-sânimo. “Quando o aeroporto funcionar em pleno virão dias melhores”, garante o dono da ta-berna, que sonha um dia poder apanhar um avião a dois pas-sos de casa e ir, pelo menos, até Faro.

Quem já não pensa em viajar é Rosa Santos. A sua coluna já não a deixa e agora até uma gripe a atacou. “Mas vejo os aviões, que andam aí pelos ares”, conta den-tro da sua barraca de arruma-ções pintada a cal. E, embora o tenha ouvido, não se levanta para ver o que acabou de aterrar na pista, trazendo consigo turistas alemães.

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A aldeia de São Brissos tem condições

para crescer?

Óbvio que tem. Mas estando São Brissos numa zona privi legiada de grandes obras, o seu crescimento será sempre condicionado pelas mesmas.

Quantas pessoas habitam a aldeia?

Cerca de oito dezenas.

O aeroporto de Beja trouxe nova dinâ-

mica à terra? Como pode futuramente

ajudar a combater a desertificação e

contribuir para o desenvolvimento da

aldeia?

Claro que uma obra destas, que de-corre em simultâneo com as dos canais de rega, trouxe para São Brissos um grande movimento humano e logístico, que deu um contributo positivo para o comércio local. Futuramente veremos o que nos reserva a conjuntura a nível económico. Ao mesmo tempo, espera-mos que haja vontade política essencial para rentabilizar uma obra que, aliada ao porto de Sines e ao Alqueva, é consi-derada de vital importância para o de-senvolvimento da região.

Está na calha a extinção de freguesias.

Qual é a posição da freguesia de São

Brissos?

Consideramos injusto e politicamente desastroso, a liás é uma machadada numa das principais conquistas do povo, basta ir às freguesias para facil-mente ver o trabalho que tem sido feito ao longo destes anos por dezenas de au-tarcas. Pensamos também que a extin-ção de freguesias rurais terá um im-pacto muito negativo numa região pouco povoada e envelhecida como é a nossa. Para além disso, o argumento da contenção de custos, num país como o nosso, onde se esbanjam mi-lhões de forma chocante, é uma afronta para quem faz tanto com tão pouco. A nossa posição é frontalmente contra, obviamente.

Tem a particularidade de ter sido eleito

através de um plenário. Como é gerir

esta freguesia de pequena dimensão?

Quero aproveitar a questão para, de uma vez por todas, clarificar algo que tem a ver com as eleições em São Brissos. Não sei com que intenção foi posto a correr o boato que aqui se votava de braço no ar, uma inverdade tremenda. Sempre o voto foi secreto como em qualquer eleição. Quanto ao facto de ser uma al-deia pequena, tem os mesmos proble-mas das outras, numa escala menor, evidentemente.

Sociedade AgrícolaMonte Novo e Figueirinha

A Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha foi fun-dada em 1998 pelo comendador Leonel Cameirinha. Esta sociedade iniciou a sua atividade com a aquisição da her-dade da Figueirinha, em São Brissos, no concelho de Beja, que conta com 300 hectares de solos de barro e planos. O investimento incidiu numa moderna exploração agrícola com a plantação de vinha e olival de regadio. Em 2003 foi construída a Adega da Figueirinha, que produz vinhos re-gionais alentejanos. A empresa aposta no mercado nacio-nal, mas também no mercado externo, exportando para diversos países. Em 2006, depois da plantação de 170 hec-tares de olival, foi construído o lagar de azeite, com uma capacidade de transformação de três mil toneladas de azeitona por ano. Tal como o vinho, o azeite é comerciali-zado a nível nacional e internacional e também conta com vários prémios.

Aeroporto de Beja completou um ano

O aeroporto de Beja, com um custo de 33 milhões de eu-ros, cumpriu este mês um ano. Desde o voo inaugural, que aconteceu no dia 13 de abril de 2011, e até ao passado dia 31 de março, segundo dados oficiais, contabilizaram-se 2 568 passageiros e 104 movimentos de aviões de operações charters e voos privados e executivos. O tráfego de pas-sageiros, segundo foi anunciado aquando da data de ani-versário, “poderá ter um crescimento moderado, mas sus-tentando” a partir de 2017. A aposta recai também sobre a indústria aeronáutica.

Manuel GuerreiroPresidente da Juntade Freguesia de São Brissos

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Esta parcela faz parte da her-dade do Zambujeiro que está nas mãos do Estado

há mais de 20 anos. Veio ainda do processo da Reforma Agrária, es-teve arrendada, mas o rendeiro desistiu e nos últimos anos ape-nas a pastagem tem sido vendida. O Governo decidiu agora fazer novo concurso de arrendamento – conjuntamente com outras parce-las no distrito de Beja e de Castelo Branco – numa altura em que está no Parlamento, para aprovação, a lei que visa criar a Bolsa Nacional de Terras, “a disponibilizar sobre-

tudo a jovens agricultores”, acen-tuou a ministra.

Para Assunção Cristas, a aber-tura deste concurso, “é o pri-meiro passo, simbólico, que marca aquilo que o Governo quer fazer nesta área: encontrar terras que possam ser disponibilizadas para uma produção mais estável e dirigi-las, em particular, para os jovens”.

Segundo a ministra, “todos os hectares que pudermos juntar é bom. Todos são poucos para as nossas necessidades de aumen-tar a produção nacional. Agora

são 600 hectares, amanhã serão mais alguns que estamos a juntar nas direções regionais, depois va-mos mobilizar os outros ministé-rios para nos darem nota de pro-priedades que tenham. Existem outras terras que não têm dono e que procuraremos identificar para que sejam disponibilizadas o mais rapidamente possível”.

Assunção Cristas disse ainda: “é um processo dinâmico porque não vamos estar à espera de ter a fotografia completa do que existe. Vamos dar pequenos passos e à medida que vamos tendo terra, que é identificada e que esteja disponí-vel, colocamo-la no mercado”.

“Nós precisamos muito de mostrar que a agricultura tem um sentido de futuro e que pode ser uma solução boa para os jo-vens e, hoje, vemos que esse inte-resse é maior”, garantiu a minis-tra, acrescentando que os preços dos contratos de arrendamento que vierem a ser celebrados serão

“acessíveis, dentro daquilo que é o mercado”, uma vez que o obje-tivo do Estado “não é tanto tirar daqui um grande rendimento”, mas sim reconhecer “o grande rendimento que o País pode tirar de ter estas terras em produção”.

A bolsa de terras, que o Governo pretende criar, está, no entanto, a suscitar algumas apre-ensões. Luís Mira, secretário ge-ral da CAP, já veio questionar o modo como vai ser feita a iden-tificação e gestão dos terrenos abandonados que o Estado quer integrar no banco de terras, su-blinhando que os solos bons es-tão a ser aproveitados.

Luís Mira, citado pelo “ex-presso on line”, considera tam-bém que as terras abandona-das “não têm a dimensão que o Governo lhes dá” e que as que “não estão a ser exploradas é por-que não têm dimensão ou ca-racterísticas” para a atividade agrícola.

A nova ponte luso-espa-nhola que liga o concelho de Serpa e o município

espanhol de Paymogo (Huelva), uma reclamação antiga das po-pulações e autoridades raianas e que custou 2,3 milhões de euros, vai ser inaugurada amanhã, sá-bado.

A ponte internacional sobre a ribeira do Chança é “muito im-portante” e vai “contribuir para o desenvolvimento das relações económicas e culturais” entre os dois lados da fronteira, disse à Lusa o presidente da Câmara de Serpa, João Rocha.

Por outro lado, a ponte, “uma reclamação antiga” das popula-ções raianas e autoridades locais, vai permitir “encurtar as distân-cias” entre a cidade de Serpa e a po-voação de Paymogo, que “antes fi-cavam mais longe uma da outra”, frisou.

Até há pouco tempo, as fron-teiras mais próximas estavam em Vila Verde de Ficalho (Serpa)

e em Vila Real de Santo António (Faro), lembrou, referindo que a ponte vai também “atrair mais visitantes espanhóis” até Serpa.

Segundo o município de Serpa, a ponte, que já está aberta ao trânsito, será oficialmente inaugurada amanhã, às 11 horas.

A nova ponte transfronteiriça, da responsabilidade da Junta da Andaluzia espanhola, implicou um investimento de 2,3 milhões de euros e foi construída no âmbito do pro-jeto Hubaal – Conexões Viárias entre Huelva, Baixo Alentejo e Algarve.

No âmbito do projeto, a Câmara de Serpa alargou e re-pavimentou o caminho munici-pal entre a Cruz da Cigana, São Marcos e a ponte, junto à ribeira do Chança, com uma extensão de mais de 10 quilómetros.

As obras de alargamento e re-pavimentação do caminho impli-caram um investimento de quase 5,7 milhões de euros, finan-ciado em 75 por cento por fundos comunitários.

Nova ligação luso-espanhola entre Serpa e Paymogo

Ponte internacional inaugurada amanhã

Governo vai criar bolsa de terrenos

A terra a quem a trabalha

Investimento Nova ponte custou 2,3 milhões de euros

Galinhas poedeiras

Por não se ter adaptado às regras comunitárias sobre o “bem estar animal” relativamente às galinhas poedeiras, Portugal corre o risco de ter que eliminar uma parte do seu efetivo,

passando de país exportador para importador de ovos, o que levará também a um aumento dos preços. Há mesmo quem estime a possi-bilidade de cerca de três milhões de galinhas terem que ser abatidas. Confrontada com esta situação, a ministra da Agricultura disse que o Governo “está a acompanhar de muito perto esse processo que, in-felizmente, se arrasta há 12 anos, que foi o tempo que houve para a reconversão”, recusando fazer quaisquer outros comentários. CJ

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Medalhas de méritoA Coordenadora Concelhia de

Beja da CDU, em comunicado

de imprensa, divulgado na

quarta-feira, dia de fecho desta

edição, “apelou ao bom senso da

maioria socialista no executivo

municipal”, no que à atribuição

de medalhas de mérito municipal

diz respeito. Para a CDU, era

necessário que “a proposta

apresentada correspondesse à

base de entendimento alcançada

na reunião de dia 2 de abril”.

Simões no ConservatórioO deputado do PSD, Mário

Simões, visitou, na terça-feira,

17, o Conservatório Regional do

Baixo Alentejo. O objetivo do

deputado social-democrata foi

reunir-se com os responsáveis

da instituição, de modo a poder

inteirar-se dos problemas que

afetam o Conservatório.

Conservatório preocupa CDUOs vereadores da CDU eleitos

por Beja consideram que

“o Programa Operacional

Potencial Humano (POPH) e a

Câmara Municipal de Beja são

os responsáveis pela existência

de salários em atraso no

Conservatório Regional do Baixo

Alentejo”. Para a CDU, “está a

ser posto em causa o normal

funcionamento do ano letivo”.

Ameixa e AlquevaO deputado Luís Ameixa diz

que “o Governo fez parar os

processos de obras de Alqueva”

e que “tem desvalorizado o

projeto”. Para o deputado

socialista, “o Governo retirou

prioridade política a Alqueva,

desinvestiu e não o vai terminar

como estava previsto”.

JS em OuriqueNo domingo passado, em Ourique,

realizou-se a XIV Convenção

Distrital da Federação do Baixo

Alentejo da Juventude Socialista.

Durante o encontro, elegeram-se

os novos órgãos e foram definidas

as linhas estratégicas para o

mandato 2012-2014. Recorde-se

que Rui Faustino, líder da JS no

distrito, foi o único candidato à

presidência.

Afinal não houve qualquer “leilão de terras” como alguns ór-gãos de informação chegaram a noticiar na segunda-feira, junto a Aguiar, no distrito de Évora. Vários jornais falaram mesmo em “leilão das últimas terras da Reforma Agrária”. O que houve foi uma visita da ministra da Agricultura Assunção Cristas a uma das parcelas de terra, num total de 600 hectares, que serão dispo-nibilizadas “a curto prazo e regulamentadas através de concurso público”, segundo informação do ministério.

Texto Carlos Júlio

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1.º aniversário do voo inaugural do aeroporto de Beja

Aníbal Reis Costa, presidente da CM de Ferreira do Alentejo

Foi assinalado, na semana que passou, o 1.º aniversário do voo inaugural com partida do aeroporto de Beja com des-tino à Cidade da Praia, em Cabo Verde, promovido pela Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo. Se é um facto que a data ficará para sempre na história do aeroporto (e

consequentemente da região) não é menos certo, que ficará sendo as-sociado a um município que, em conjunto com mais de 60 entidades e quase três anos de preparação, o desenvolveu sem ter para isso despen-dido um único cêntimo. Foram plenamente atingidos os dois objetivos que tinham sido referidos na altura: visibilidade/futuro da infraestrutura aeroportuária e geminação com a cidade de S. Filipe na ilha do Fogo.

Desenvolveram-se inúmeros contactos com Cabo Verde, tendo as televisões mais vistas naquele País (TCV e RTP África) realizado uma cobertura de grande nível e que projetou a imagem do aeroporto e da região para fora do País. Foram dinamizadas reuniões com a embai-xada de Cabo Verde em Portugal, a Aicep Portugal Global, com a ASA (congénere Cabo Verdiana da ANA) como forma de maior envolvência de diversas entidades em todo o processo, tendo como pano de fundo a internacionalização de empresas na área de influência do aeroporto (e que ainda continua). Os próprios contactos com a TACV (transpor-tadora aérea responsável pelo voo) serviram (e servem) para avaliar as possibilidades de maior envolvimento da empresa no futuro trá-fego aéreo do aeroporto. Pudémos assistir à primeira visita (promo-vida pela ANA com a CMFA) de operadores turísticos ao aeroporto (Abreu, Soltrópico, Solférias e Sonhando) que ficaram deslumbra-dos e extremamente bem impressionados pelas condições oferecidas, manifestando, desde logo, disponibilidade para a consolidação de es-tratégias comerciais que pudessem ser definidas. Integrámos a cha-mada “Parceria geoestratégica”, conjuntamente com os municípios de Alvito, Beja, Cuba e Vidigueira, com vista a uma cooperação estra-tégica em torno dos projetos-âncora regionais (entre os quais o aero-porto), tendo como objetivo o desenvolvimento económico sustentá-vel. Manifestámos, ainda, já durante este ano, a intenção em integrar o eventual (!) Grupo de Trabalho do Aeroporto de Beja, mencionado pelo secretário de Estado dos Transportes, aquando da sua visita a Beja (dezembro de 2011). No Facebook, o grupo de discussão “Contra a Construção do Novo Aeroporto de Lisboa e a Favor do Aeroporto de Beja” é já um dos maiores a nível nacional, nesta rede social, contando com mais de 7 000 membros…

Iremos desenvolver, já na próxima semana, a 24 de abril, em con-junto com patrocinadores privados (SEM CUSTOS PARA A CMFA!) uma iniciativa, porventura bastante mediática, denominada “voo Ano Europeu do Envelhecimento Ativo”, em que 70 idosos de todas as fre-guesias do concelho de Ferreira do Alentejo realizarão uma viagem até ao aeroporto de Faro, com saída do aeroporto de Beja. O nosso con-tributo para o envolvimento da população idosa na dinamização do aeroporto. Estão ainda previstas, ao longo deste ano, visitas de muitos outros idosos do concelho, como forma de se criar uma maior identifi-cação com o projeto.

Tendo o município de Ferreira do Alentejo dedicado o ano de 2012 ao empreendedorismo (com inauguração prevista, no último trimes-tre deste ano, do Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo), também foi com redobrada satisfação que soubemos da intenção de um opera-dor turístico denominado “Amo Viagens” em sedear-se em Ferreira do Alentejo, como “base de operações turísticas ” que se realizarão a partir do aeroporto de Beja. Este novo operador desafiou a Câmara Municipal a associar-se a um projeto arrojado na área do desenvolvi-mento turístico. Concebido por um empresário com dezenas de anos de experiência em turismo e aviação, aquele projeto pretende pro-mover voos não regulares com rotações ligadas a destinos europeus e extraeuropeus e irá trabalhar como alavanca de novos projetos de-senvolvidos por empresas estrangeiras dispostas a assumir riscos par-tilhados em torno da aviação.

Em conclusão, podemos dizer aos que frequentemente se refe-rem depreciativamente ao “nosso” aeroporto de Beja (infelizmente também dentro da nossa região) que poderiam fazer mais (se é que querem)…e falar menos!

Aproveito para desafiar também todas as outras autarquias e de-mais agentes económicos e sociais da região, com influência direta do aeroporto de Beja nos seus territórios, a promoverem iniciativas que confiram maior visibilidade ao aeroporto, com toda a vontade, deter-minação e necessidade darem o seu direto contributo para a afirmação deste pilar fundamental para o desenvolvimento da nossa região…é o que nós em Ferreira, com a colaboração da ANA – Aeroportos, temos feito e continuaremos a fazer…!

“O aeroporto de Beja pode e deve ser o Por-tela+1. Não faz sentido que não seja”. A afir-mação é de Pulido Valente. Para o presidente da Câmara Municipal de Beja, “se tal não vier a acontecer” é porque há “lobbies, junto do Governo, com muito poder económico e com muito poder político, de outras regiões do País, que estão a falar mais forte”.

Texto Carlos Júlio Foto José Ferrolho

O Governo vai anunciar no próximo mês de maio a decisão sobre o aeroporto que fará parceria com o aeroporto da Portela. Esse ae-

roporto, especialmente vocacionado para as compa-nhias low cost, permitirá manter a opção da Portela por mais alguns anos, sem a construção de uma nova infraestrutura aeroportuária.

Em entrevista ao “Diário do Alentejo”, Pulido Va-lente considera que “opções como as bases do Montijo e de Alcochete não fazem sentido nenhum”, sobre-tudo numa altura “em que não há capacidade de in-vestimento e com todo os problemas que haveria para resolver se essas pseudo-opções fossem para a frente, quando temos tudo aqui já preparado. Seria um perfeito disparate”.

O presidente da Câmara de Beja considera que, um ano depois do primeiro voo inaugural, “contra-riando uma imagem que determinados lobbies estão a querer fazer passar e aos quais o Governo tem ce-dido em termos públicos”, o aeroporto de Beja “pro-vou que não é nenhum elefante branco”.

“Este é um aeroporto que tem pernas para andar, todas as empresas e todos os investidores que temos cá trazido reconhecem a sua qualidade, seja em termos de voos, de localização, de ligações, sobretudo quando a autoestrada estiver concluída. Todos reconhecem que o aeroporto tem um grande potencial que está por ex-plorar. É claro que tem que haver uma estratégia de en-quadramento e não faz sentido, em termos nacionais, que tendo aqui este investimento já realizado – e cujo custo foi relativamente baixo no que respeita a outras

alternativas – ele não seja aproveitado”, diz o autarca.Recentemente também foi noticiado que a com-

panhia de low cost apontada para Beja, a Ryanair, te-ria considerado que este era um “destino sem inte-resse” para a empresa. Pulido Valente, que esteve reunido com o executivo da companhia em Dublin, na Irlanda, desvaloriza estas afirmações.

“A Ryanair está a negociar e, como qualquer bom negociador, está a dizer que Beja não lhe interessa porque o que eles querem é Lisboa, como é evidente. Nós falámos com eles em Dublin e eles disseram-nos ‘sim senhor, nós ficamos com Beja se ficarmos tam-bém com Lisboa’. É claro que onde está, para eles e para outras companhias, o filet mignon do negócio é em Lisboa. O que não quer dizer que Beja não lhes in-teresse”, esclarece Pulido Valente.

Para o autarca, neste primeiro ano com o aero-porto a funcionar “Beja já ganhou postos de trabalho, não muitos, mas ganhou”. “Ganhou notoriedade em termos de potenciais investidores, ganhou na afirma-ção de um pilar estratégico no desenvolvimento da região e ganhou também movimento turístico devido ao número de voos que aqui existiu”, diz.

“Este movimento de passageiros agora em 2012 co-meçou mais cedo, já existiram mais voos e mais passa-geiros do que no ano passado, que beneficiam não só Beja, mas todo o Alentejo. Beja está já a ganhar com o aeroporto e ainda há pouco tivemos contactos com mais uma empresa suíça que se quer fixar aqui na área da indústria aeronáutica. Mas estas coisas não se con-seguem no curto, mas sim no médio prazo”, adianta.

Essencial, no entanto, para Pulido Valente, é que “o Governo olhe com outros olhos para o aero-porto”: “O aeroporto de Beja não é um projeto local nem regional. É um projeto nacional, como Alqueva é um projeto nacional, que está localizado na re-gião do Alentejo. E é nessa perspetiva que o Governo tem de olhar para este investimento, que é de quali-dade, tem infraestruturas excecionais, já está reali-zado e onde não é preciso gastar mais dinheiro, mas que precisa de uma grande promoção e de um outro enquadramento”.

Pulido Valente defende que “não há outra opção”

“Só Beja pode ser o Portela + 1”

Pedro Beja Neves é o diretor do aeroporto de Beja. Nomeado pela ANA, a quem compete a gestão de toda a estrutura aeroportuária,

considera que não se deve pronunciar sobre a hipó-tese do aeroporto de Beja ser o Portela+1. No entanto, ao “Diário do Alentejo”, diz que “em Beja está cons-truída uma infraestrutura que tem todas as condi-ções para operar com mais vigor e com maior dina-mismo”: “Não tenho dúvidas sobre isso”.

“Aqui a um quilómetro do aeroporto nasce a au-toestrada que vai ligar Beja à A2 e que vai encurtar a distância até Lisboa, que hoje se faz numa hora e meia

e que poderá ser feita em 80 minutos, colocando-nos, por outro lado, a menos de uma hora das praias alen-tejanas”, sublinha.

“Relativamente à questão da Portela+1 não posso dizer nada, uma vez que é uma questão que não está comigo, está com quem lhe compete resol-ver. Mas esta infraestrutura aeroportuária em que trabalhamos todos os dias, e em que a ANA tem dado o seu melhor para viabilizar, pode correspon-der de facto a desígnios mais elevados”, conclui Pedro Beja Neves.

Carlos Júlio

Pedro Beja Neves aponta

“Desígnios mais elevados”

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O número de desempregados ins-critos nos centros de emprego do País em março aumentou 19,8 por

cento, quando comparado com igual pe-ríodo do ano passado. Segundo o bole-tim de “Informação Mensal do Mercado de Emprego e Formação Profissional”, do IEFP, no Alentejo, no mês passado, esta-vam inscritos 29 979 desempregados, mais 5 853 do que em março de 2011.

Casimiro Santos acha que “há núme-ros escondidos pelo IEFP” já que os valores

avançados pelo “Eurostat são muito diferen-tes”. Para o sindicalista, que baseia os seus dados “na realidade”, para além dos inscri-tos nos centros de emprego, existem mais “35 a 40 por cento de trabalhadores que não recebem subsídio de desemprego”.

E o problema é tanto mais preocupante quando se vê que “o desemprego está a su-bir entre os jovens e os qualificados”, mos-trando que é essencial que “os projetos do aeroporto e de Alqueva precisam de dar um empurrão para fixar gente nova na região”,

afirma o coordenador da USB.De acordo com os dados disponibiliza-

dos pelo boletim de “Informação Mensal do Mercado de Emprego e Formação Profissional”, em Portugal estavam ins-critos mais de 650 mil desempregados, um aumento de 2,1 por cento em relação a fevereiro.

Só no último mês inscreveram-se nos centros de emprego mais 65 429 desem-pregados, sendo os jovens a taxa etária que mais se ressentiu com o aumento do desem-prego, refere o boletim do IEFP, que assi-nala um aumento de 25,4 por cento do de-semprego na população com menos de 25 anos, quando comparado com o mesmo mês de 2011.

Os Açores foram a região com o aumento do desemprego mais acentuado, de 52,2 por cento, em termos homólogos, seguindo-se o Alentejo (24,3 por cento) e Lisboa e Vale do Tejo (22,8 por cento).

Desemprego aumentou 24,3 por cento no Alentejo

Perto de 10 mil desempregadosno distrito de Beja

Evolução do desemprego no distrito de Beja nos últimos oito anos

O Alentejo foi a região de Portugal continental onde a taxa de desemprego mais aumen-tou em março, face ao mesmo mês de 2011, com uma subida de 24,3 por cento de ins-critos nos centros de emprego. Em Beja os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) apontam para 9 695 desempregados, mas Casimiro dos Santos, co-ordenador da União dos Sindicatos de Beja (USB), diz que “os números oficiais têm pouco a ver com a realidade” que, no distrito, “deve rondar os 12 mil desempregados”.

Texto Aníbal Fernandes Infografia José Serrano

FON

TE: I

EFP

Corte da Velha (Mértola) inaugura parque sénior A Câmara Municipal de Mértola

inaugura amanhã, sábado,

pelas 17 horas, as obras de

pavimentação e a recuperação do

edifício da antiga escola primária

em parque sénior em Corte da

Velha. O evento terá lugar às 17

horas, no largo da sociedade,

seguindo-se um lanche convívio

para a população acompanhado

de música. As obras de

pavimentação em Corte da Velha

representam um investimento

municipal que ronda os 350

mil euros. A recuperação e

adaptação da escola primária

custaram 24 mil euros.

Odemira protege crianças e jovens A Comissão de Proteção de

Crianças e Jovens (CPCJ) de

Odemira está a promover durante

este mês ações de sensibilização

em escolas do concelho para

despertar os mais jovens para

a “problemática” dos maus

tratos na infância. As ações de

sensibilização são promovidas

no âmbito do “Mês da prevenção

dos maus tratos na infância”, a

decorrer este mês, e em parceria

com a Fundação Odemira e a

cooperativa Taipa. Hoje, sexta -

-feira, chega ao fim uma semana

de ações de sensibilização nas

turmas do 9.º ano do concelho,

que incluem debates, distribuição

de flyers e construção de laços

azuis (símbolo associado à

causa). Entre os próximos

dias 23 a 27 serão distribuídos

os laços construídos pelos

alunos do concelho, em

cada sede de agrupamento

de escolas e distribuição

de flyers sobre o tema.

Segurança aquática em Odemira O salvamento marítimo, a

segurança em piscinas, a

prevenção do afogamento e os

traumas aquáticos são alguns

dos temas a debater no seminário

“Prevenção e segurança aquática”,

que vai decorrer no próximo dia

24 em Odemira. O seminário,

organizado pela Câmara de

Odemira em parceria com a

Resgate – Associação de Nadadores

Salvadores do Litoral Alentejano,

vai decorrer a partir das 10 horas

no Cineteatro Camacho Costa.

Rui Faustino apoia Hélder Guerreiro Rui Faustino, que foi reeleito presidente da Juventude Socialista do Baixo Alentejo no fim de semana, tornou público o seu apoio a Hélder Guerreiro, vice-presidente da Câmara de Odemira, na corrida à liderança da Federação do Baixo Alentejo do PS. “Terminado que está o processo eleitoral na Federação da Juventude Socialista é tempo de, como militante de base, assumir o meu apoio à candidatura liderada pelo Hélder Guerreiro. A forma como faz uma intervenção inteligente e a postura de congregação de pessoas e ideias que tem fazem de Hélder Guerreiro um presidente de futuro que o Partido Socialista precisa e que a Federação do Baixo Alentejo merece”, diz, em comunicado.

António Paiva, antigo presidente da Câmara Municipal de

Alvito e ex-presidente da Associação de Municípios do Baixo

Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), anunciou que apoia

Pedro Carmo, presidente da Câmara Municipal de Ourique, na

corrida à presidência da Federação do Baixo Alentejo do PS.

Paiva apoia Pedro

do Carmo

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A Turismo do Alentejo, ERT, distinguiu os trabalhos de alunos de oito escolas da

região, no âmbito da segunda edi-ção do concurso “Um turista, um amigo no Alentejo”. Os premiados foram selecionados de entre as can-didaturas apresentadas por escolas do ensino básico, secundário e téc-nico-profissional de vários conce-lhos alentejanos.

O concurso, cuja segunda

edição foi subordinada ao tema “Lendas e Tradições – Vozes do Passado para ouvir no Futuro”, pretende sensibilizar a comuni-dade escolar, em particular os alu-nos, para a importância da valori-zar e promover o vasto potencial turístico da região Alentejo.

Os premiados são: 8.º C da EBI Santa Maria, de Beja; 8.º A da EB 1 c/JI de Ammaia, Portagem; PIEF da EB 2, 3 de Moura; CEF da EBI

Santa Maria, de Beja; 8.ª ano da EBI Dr. Manuel Magro Machado, Santo António das Areias; alunos do 2.º ano técnico de audiovisu-ais da Escola Profissional Fialho de Almeida, de Vidigueira; alu-nos do 10.º ano do curso técnico de turismo da Escola Profissional de Moura; e alunos do 11.º ano do curso técnicos de turismo da Escola Profissional Agostinho Roseta Pólo, do Crato.

“Um turista, um amigo no Alentejo”

Oito alunos da região premiados

em concurso da ERT

Festival Kazantip investigado

A Câmara de Moura está a recolher informação para esclarecer dúvidas sobre a natureza do festival de mú-sica eletrónica Kazantip, cuja primeira edição portu-

guesa, que deverá realizar-se no verão no concelho, está a ser investigada pelo Ministério Público. “Tendo em conta as no-tícias” sobre a investigação, “dei indicações aos serviços, que têm acompanhado o processo, para recolherem o máximo de informação possível para esclarecer todas as dúvidas ou in-terrogações que se coloquem sobre a natureza do festival”, disse à Lusa o presidente do município, José Maria Pós-de --Mina. O autarca falava a propósito do facto de o Ministério Público estar a investigar uma queixa sobre os moldes em que decorrerá o festival, agendado para o verão, entre 20 de julho e 26 de agosto, nas margens da albufeira do Alqueva, em terrenos situados no concelho de Moura.

Numa resposta enviada à Lusa, a Procuradoria-Geral da República explica que a queixa foi remetida no dia 6 de fe-vereiro para o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, onde foi “registada e autuada como inquérito”. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o inquérito está na Polícia Judiciária para investigação. A queixa surgiu de-pois de ter sido colocado, numa página da Internet, um ví-deo supostamente filmado numa das edições do festival, co-nhecido on line como o “festival da orgia”, e que mostra uma criança envolvida numa cena de sexo.

Os interessados em frequentar um curso de nadadores

salvadores a ministrar em Odemira podem inscrever-se até

4 de maio, anunciou o município, que pagará metade do

curso aos candidatos naturais ou residentes no concelho há

mais de um ano. Os candidatos ao curso, que custa 123 euros

e irá decorrer entre 7 de maio e 5 de junho, com o número

mínimo de 15 formandos, deverão preencher a ficha de

inscrição na secretaria da Piscina Municipal de Odemira. O

curso resulta de uma parceria entre a Câmara de Odemira,

a Capitania do Porto de Sines, o Instituto de Socorros a

Náufragos, a Resgate – Associação de Nadadores Salvadores

do Litoral Alentejano e Ecoalga –Escola de Mergulho.

Curso de nadadores

salvadores em Odemira

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É orgulhosamente com a prata da casa que arranca hoje, pe-las 21 e 30 horas, na Basílica

Real de Castro Verde, mais uma edi-ção da Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco. A organização, a cargo da Câmara Municipal de Castro Verde, endereçou o convite ao Conservatório Regional do Baixo Alentejo, que acedeu com uma pro-posta de concerto de primavera, diri-gido por Jaime Branco, que promete viajar pelas sonoridades de alguns dos mais consagrados compositores, como G. Caccini, John Rutter, Michel Richard de la Land, Josef Rheinberger, Chopin, Rachmaninov ou Heitor Villa-Lobos. “Penso que vai ser um dos grandes momentos desta quinzena, provando também como, ao nível re-gional, nós produzimos cultura de qualidade e como ela é importante na formação dos cidadãos”, explica Paulo Nascimento, vereador da Cultura, dei-

xando claro que se trata de uma edi-ção com um “orçamento mais redu-zido”, sem no entanto deixar cair por terra o lema que impulsiona o evento há 22 anos: “Afirmar a cultura como um direito”. Tanto mais que são vários e importantes os motivos de comemo-ração. Os 18 dias de programação en-globam o 17.º aniversário da Biblioteca Manuel da Fonseca, “equipamento fundamental de acesso à educação e à cultura” que decorre da “porta aberta” deixada pelo 25 de Abril de 1974, data também ela aqui celebrada. Agora “mais do que nunca”, reforça o res-ponsável.

Ponto cimeiro da vida cultural e social do concelho, a Primavera no Campo Branco faz-se mais uma vez do equilíbrio entre os “nomes mais sonantes” do panorama na-cional e o contributo dos agentes lo-cais, que este ano surpreendem com novidades. Logo no dia de abertura,

pelas 18 horas, o Parque Infantil de Castro Verde recebe uma interven-ção artística do projeto A Terra Mexe, um coletivo de artistas e artesãos lo-cais que se propõe apresentar “cria-ções inovadoras, mexendo com as gentes que passam, questionando, rompendo com a tranquilidade ha-bitual da vila”. Outro exemplo é a ru-brica Festa no Largo, levada a cabo pelo Grupo da Terra, coletivo infor-mal de naturais e residentes na vila que se juntaram para “fazer chegar a festa às pequenas localidades do con-celho” levando na bagagem a mú-sica, a poesia popular e dois dedos de conversa para partilhar nos largos de Guerreiro e Figueirinha (dia 22), Salto (dia 28), Rolão e Beringelinho (dia 29) e Viseus (dia 6 de maio).

“Se percorrermos o programa da quinzena, encontramos vários momentos em que são os próprios agentes locais que assumem o pro-tagonismo da festa”, destaca Paulo Nascimento, chamando a aten-ção também para algumas obras que vão ser apresentadas no de-correr de mais uma Feira do Livro. Fado, de Napoleão Mira, natural de Entradas (amanhã, sábado), Amores e Sabores, de Cília Campos, quase há três décadas a residir em Castro Verde (dia 23), e Visita à Aldeia da Terra, da poetisa popular Maria

Antonieta Mira. Mas porque a quinzena é tam-

bém “uma porta aberta exte-rior”, logo no primeiro fim de se-mana (amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas), Paulo de Carvalho visita o Cineteatro Municipal de Castro Verde para um concerto evocativo dos seus 50 anos de carreira. Uma longa viagem com paragem em te-mas incontornáveis como “E de-pois do adeus”, “Gostava de vos ver aqui”, “Nini dos meus quinze anos”, “Prelúdio (Mãe Negra)” ou “Os me-ninos de Huambo”, que certamente serão trauteados de memória pelo

público castrense. Algumas horas antes, no Fórum Municipal, Carlos Barretto mostra às gentes locais e vi-sitantes a sua faceta de artista plás-tico, 11 telas que retratam grandes nomes do fado (Alfredo Marceneiro, Carlos do Carmo, Carminho ou Ricardo Ribeiro) reunidas na mos-tra “Solo pictórico – Variações”, que abarca também uma breve atuação a solo, a partir das 18 horas.

Continuando nos espetáculos de sala, o desfile prossegue com os coim-brenses Sean Riley & The Slowriders (dia 28), o humorista Nilton (dia 30), o fadista Ricardo Ribeiro (dia 5 de maio), que estará em Castro Verde para um concerto e dois dedos de con-versa, e João Pedro Pais, num concerto mais intimista que dá pelo nome de “Improviso” (dia 6 de maio). Isto para além da dança, de vários momentos teatrais, das atividades de desporto e de ar livre e da Feira de Velharias e Produtos da Terra, para visitar ama-nhã, na praça da República, entre as 9 e as 17 horas.

Vários pretextos para o encontro, numa época em que urge não deixar morrer “o espírito de partilha e de participação cívica”, numa “casa que tem a dinâmica dos que cá moram e se prepara para receber os que vêm de fora e toda a sua diversidade cultural”, resume Paulo Nascimento.

Programação arranca hoje em Castro Verde, prometendo duas semanas de festa

Primavera cultural chega ao Campo Branco

“Se percorrermos o programa da quinzena, encontramos vários momentos em que são os próprios agentes locais que assumem o protagonismo da festa”

Paulo Nascimento

Paulo de Carvalho Sean Riley & The Slowriders Nilton Ricardo Ribeiro João Pedro Pais

Paulo de Carvalho, Carlos Barretto, Ricardo Ribeiro ou João Pedro Pais são alguns dos “nomes sonantes” que vão passar por Castro Verde até 6 de maio, na 22.ª edição da Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco, cruzando-se com várias propostas dos agentes locais. Uma temporada de “partilha e de participa-ção cívica”, a lembrar o espírito da Revolução de Abril, que tam-bém se comemora por estes dias.

Texto Carla Ferreira

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Margarida Carriço chegou aos “Ídolos”, programa televisivo, e convenceu. A sua prestação parece ter agradado a gregos e troianos e a miúda de Cuba, que gosta de rock, promete dar que falar.

Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

Avançou mais uma caça aos talen-tos do País. O concurso televisivo “Ídolos” está de volta. No Alentejo

também há miúdos a tentar a sua sorte, em-bora uns se destaquem mais do que outros. É o caso de Margarida Carriço, que nos úl-timos dias tem dado que falar na região e não só.

Natural de Cuba, fez-se à estrada e foi a Lisboa mostrar que por estas paragens tam-bém se canta rock e hard rock. É neste es-tilo musical que se sente à vontade, ou não estivesse ela habituada aos ensaios de garagem.

Pelo caminho hesitou no que deveria cantar. Acabou por escolher Led Zeppelin, rock, como não poderia deixar de ser. Seguiu-se Ornatos Violeta e até António Variações. O júri gostou, todos lhe deram um voto favorável.

A miúda descontra-ída e roqueira, como ficou conhecida, pas-sou a primeira etapa. E agora? “Quero muito chegar à final. Esta é uma oportunidade única e não a vou des-perdiçar”, garante Ma rga r ida , sen-tada na redação do “Diário do Alentejo”, depois de repousar os livros que trouxe do liceu.

“Não posso dizer que não quero ga-nhar. Estaria a mentir se dis-sesse o con-trário. Mas se não for a vencedora também não vou fi-car triste. Quero um bom lugar”, avança do alto dos

seus tenros 16 anos de idade, enquanto vê a vida a mudar-se, por causa do mediatismo de um con-curso televisivo. “É tudo muito novo. Há pessoas, por incrível que pareça, que já me reconhecem na rua e isso é muito estranho. Dou entrevistas, vou a programas de televisão. Isso sai tudo muito fora da minha rotina”.

Não esconde que os lados negativos do

mediatismo, bem como da fama, embora ainda seja numa escala muito diminuta, aca-bam por a assustar. Tem noção de que é só uma miúda a seguir o seu sonho. “Concorri porque um amigo meu me incentivou. Ainda hesitei, porque tinha algum receio. Não sabia se era assim que queria iniciar”, conta.

Em Cuba, garante, “estão todos muito fe-lizes”, bem como “no liceu”. Mas é ela quem está mais feliz, até porque não o disfarça. As gargalhadas saem-lhe repetidamente e quase interruptamente. Mas mesmo assim garante: “Posso não parecer, mas sou tímida”.

Tem uma banda, mas a experiência de palco ainda não é muita. “Comecei em ju-lho, agosto. Antes, em Cuba, convidavam --me para cantar em festas e assim, mas nada de especial”. No chuveiro, sim, canta muito.

“É tudo muito engraçado”, é assim que define

esta fase da sua vida. Os amigos, esses, também estão radiantes. “Dizem-me que a minha presta-ção foi muito fixe e tem sido muito bom”, conta.

Nervos, assegura, tem “alguns”, embora se sinta mais à vontade à frente de quem não conhece. “Quando sei que estão ali pessoas que me conhecem é pior”, diz, enquanto lem-bra as horas que teve de esperar para realizar o seu casting. “Estive das 9 às 21 horas à es-pera de ir cantar. E já estava meio aborrecida, mas depois pensei que tinha de deixar isso de lado e dar o meu melhor”. E deu.

A roqueira de Cuba está a concorrer a um programa que procura um ídolo pop, mas garante estar preparada. “O meu objetivo também é mostrar que consigo ser versátil, que me consigo adaptar às circunstâncias”.

Margarida Carriço, um ídolo de Cuba, à procura de um lugar ao sol.

Margarida Carriço segue nos Ídolos

Uma roqueira em Cuba

vançou mais uma caça aos talen-tos do País. O concurso televisivo“Ídolos” está de volta. No Alentejo

também há miúdos a tentar a sua sorte, em-bora uns se destaquem mais do que outros.É o caso de Margarida Carriço, que nos úl-timos dias tem dado que falar na região e não só.

Natural de Cuba, fez-se à estrada e foi a Lisboa mostrar que por estas paragens tam-bém se canta rock e hard rock. É neste es-tilo musical que se sente à vontade, ou não estivesse ela habituada aos ensaios de garagem.

Pelo caminho hesitou no que deveria cantar. Acabou por escolher Led Zeppelin,rock, como não poderia deixar de ser. Seguiu-se Ornatos Violeta e atéAntónio Variações. O júrigostou, todos lhe deram um voto favorável.

A miúda descontra-ída e roqueira, comoficou conhecida, pas-sou a primeira etapa. E agora? “Quero muito chegar à final. Esta é uma oportunidade única e não a vou des-perdiçar”, garanteMa rga r ida , sen-tada na redação do“Diário do Alentejo”,depois de repousar oslivros que trouxe do liceu.

“Não posso dizer que não quero ga-nhar. Estaria amentir se dis-sesse o con-trário. Mas se não for avencedora tambémnão vou fi-car triste.Queroum bomolugar”, avvanaaa ça do alalalalaalalaalalalallala totottttottotoot dos

q g , g ,lizes”, bem como “no liceu”. Maestá mais feliz, até porque não ogargalhadas saem-lhe repetidaminterruptamente. Mas mesmo as“Posso não parecer, mas sou tím

Tem uma banda, mas a exppalco ainda não é muita. “Comlho, agosto. Antes, em Cuba, c-me para cantar em festas e asside especial”. No chuveiro, sim,

“É tudo muito engraçado”, é ass

“Concorri porque um amigo meu me incentivou.

Ainda hesitei, porque tinha algum receio.

Não sabia se era assim que queria iniciar.”

Margarida Carriço

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Mértola acolheu a prova distrital do Concurso Nacional de Leitura

Livros fazem pensar, sonhar

e até dão prémios

Com apenas 17 anos, Leonel Queimada surpreendeu o escritor João Tordo com a

ref lexão que fez sobre o seu mais recente romance, Anatomia dos Mártires. “Disseste coisas so-bre o meu livro que eu próprio não fazia ideia. Percebeste o li-vro melhor do que eu”, comen-tou o Prémio Saramago, que integrou o júri da prova distri-tal do Concurso Nacional de Leitura, disputado na segunda- -feira, 16, em Mértola, com orga-nização da Biblioteca Municipal da Vila Museu.

Leonel frequenta o 11.º ano na Escola Secundária D. Manuel I, em Beja, e sobre o livro de Tordo, que ficciona a investigação de um jornalista em busca da verdade por detrás do mito de Catarina Eufémia, partilhou a seguinte conclusão para o auditório do Cineteatro Marques Duque. Em tom enérgico e seguro: “Mártir é alguém que luta por algo, inde-pendentemente do que for. Somos mártires da nossa própria exis-tência; morremos por vivermos. Todos nós vamos acabar por ser mártires como aquela camponesa, seja do que for”. A sala, entre os 45 candidatos, respetivos professo-res, convidados, e o contador Jorge Serafim, que apresentou e animou a sessão, arrepiou-se.

Com vocação para as “ci-ências”, mas leitor ávido de

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autores portugueses, como José Saramago, ou de livros de “mis-térios”, na linha de Dan Brown, Leonel não vai sozinho à final na-cional, que será transmitida pela RTP, em maio. Com ele, represen-tará também o distrito de Beja, pelo 3.º ciclo, Adriana Catarino, de 14 anos, que frequenta o 9.º ano na Escola EB 2,3 Engenheiro Manuel Rafael Amaro da Costa, em São Teotónio, Odemira. Franzina, de sorriso fácil, Adriana escolheu a obra de Alice Vieira, Meia hora para mudar a mi-nha vida, para dissecar em dois minutos na prova de argumenta-ção. Foi a única dos cinco finalis-tas da sua categoria que não pre-feriu Cão como nós, de Manuel Alegre. Percebe-se porquê – é fã da autora. “Eu leio os livros dela e acho que não consigo encontrar algum de que não goste. São to-dos bons para mim”, confessa, explicando o que retirou do livro recomendado: “Mostra-nos que às vezes nós fazemos escolhas que, aos olhos das outras pessoas, não são as mais corretas. Mas que devemos sempre seguir os nossos sonhos”.

Ainda meio atordoados com a notícia, a dupla de vitoriosos vai explicando, entre felicitações, o que representa a leitura nas suas vidas. “Desenvolve o nosso espírito crítico, a forma como nós interpretamos as coisas.

Ao interpretar os livros, acaba-mos também por saber interpre-tar a própria vida e aquilo por que vamos passando, as situa-ções quotidianas”, avança Leonel Queimada. “Faz-me sonhar, ter uma outra perspetiva sobre o mundo e, acima de tudo, ajuda--me imenso no dia a dia. Sinto que quanto mais leio, mais ima-ginação tenho”, remata Adriana, que, tal como Leonel, também gostaria de trabalhar “em qual-quer coisa que tenha a ver com ci-ências”. Mas sem perder de vista o hobby da literatura.

Estas e outras prestações deixaram a equipa organi-zadora inchada de orgulho. Isabel Martins, da Biblioteca de Mértola, que pela primeira vez foi anfitriã da distrital do con-curso, promovido pelo Plano Nacional de Leitura, confessava no final o seu enlevo. “Ter ali em cima do palco meninos a respon-der a perguntas sobre livros, a partilhar experiências e conver-sas sobre os livros, a fazer uma festa sobre os livros e a leitura, é o que de mais compensador uma pessoa que tem a minha profis-são pode encontrar”.

A bibliotecária exaltou igual-mente o efeito de “contágio” que iniciativas desta natureza po-dem desencadear. Se os alunos que concorrem já serão, à par-tida, leitores, outros poderão vir

a sê-lo “motivados por esta festa, esta brincadeira à volta dos li-vros”. E também, por que não, pelo facto de se ganhar prémios à boleia da literatura, concreta-mente 80, 50 e 30 euros em li-vros, respetivamente para os primeiros, segundos e terceiros lugares, em ambas as categorias, secundário e 3.º ciclo.

O júri, composto por Isabel Martins, João Tordo e Carmo Pinheiro, professora da Escola Secundária de Mértola, foi “unâ-nime” nas pontuações e não pôde deixar de exaltar a prestação de Leonel Queimada.

“Aquele miúdo apropriou-se daquele romance. Isso é que é ler. Ler é nós ref letirmos so-bre as coisas, é pensarmos, apro-priarmo-nos. Aos 17 anos, é um feito absolutamente extraordi-nário. Estou muito orgulhosa e estou convencida de que ele vai fazer um brilharete na final na-cional”, comentou.

Neste momento, e na parte que lhe toca, Leonel está simples-mente “feliz” e promete que vai “fazer o melhor que puder”. Já para Adriana, mais do que repre-sentar o distrito, enche-a de orgu-lho o facto de dar a cara pela sua escola no concelho de Odemira. “Porque é uma escola num sí-tio pequeno e que, a nível nacio-nal, quase ninguém conhece”, conclui.

Na segunda-feira, 16, disputou-se, pela primeira vez em Mértola, a prova distrital do Concurso Nacional de Leitura, que reuniu 45 meninos de vários concelhos da região, entre o 3.º ciclo e o en-sino secundário. Leonel Queimada, 17 anos, e Adriana Catarino, de 14, foram os leitores vitoriosos. Dois alunos que preferem as ciências, mas que encontraram na literatura um instrumento pre-cioso de compreensão do mundo e da própria vida.

Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

“A leitura faz-me sonhar, ter uma outra perspetiva sobre o mundo e, acima de tudo, ajuda-me imenso no dia a dia. Sinto que quanto mais leio, mais imaginação tenho”.

Adriana Catarino

“Desenvolve o nosso espírito crítico, a forma como nós interpretamos as coisas. Ao interpretar os livros, acabamos também por saber interpretar a própria vida”.

Leonel Queimada

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Perfil“Quinto” é o título do mais recente trabalho do cantautor bejense

Cante é a matriz musical de Zambujo A

ntónio Zambujo escapa a definições. Se no início da sua carreira era conhecido sobretudo como fadista, hoje o fado

é apenas uma das várias sonoridades de que o seu canto se reveste. O seu mais recente disco, “Quinto”, demonstra a invulgar versatilidade deste bejense de 37 anos, que combina o fado, o jazz, a música popular brasileira, a morna cabo--verdiana e aquela que diz ser a sua matriz mu-sical – o cante alentejano.

“Nasci em Beja e morei sempre perto do castelo”, diz António Zambujo ao “Diário do Alentejo”. Perto da casa da sua avó, “também junto ao castelo, na rua de S. Gregório, existia a taberna do Cintra”, onde António, com qua-tro anos, ouvia os homens cantarem à alente-jana. Espantava-se com a harmonia das vozes, com a cadência encantatória, quase sacra, da-quele cante que nascia espontaneamente, entre dois copos de vinho. Essa memória perseguiu-o até hoje e está presente em todos os seus discos. “É a minha identidade artística. Estará sempre presente em tudo o que faço”, diz.

Com apenas sete anos, António Zambujo já cantava num coro que chegou a gravar dis-cos com o grupo de música tradicional Trigo Limpo. Um amigo dos pais, professor na Academia de Música de Beja – antecessora do Conservatório Regional do Baixo Alentejo – de-safiou-o a estudar música a sério. António acei-tou o convite e, com oito anos, inscreveu-se na academia, onde aprendeu a tocar clarinete.

Anos mais tarde descobre o fado. Ouve os discos de Amália, Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro, João Ferreira Rosa, Max, e deixa-se impressionar por aquele estilo mu-sical, diferente do cante, mas igualmente sedu-tor. Instintivamente, começou a imitar os seus fadistas preferidos, em sessões informais de fado amador, tertúlias e noitadas. Nessa época não era fácil para um adolescente admitir o gosto por um tipo de música como o fado, tido por conservador e saudosista. “Na infância era complicado dizer que gostava de fado. Mas ti-nha um pequeno grupo de amigos que também gostavam, então juntávamo-nos e ouvíamos os discos meio na clandestinidade”.

Aos 16 anos, convencem-no a inscrever- -se num concurso de fado amador, organizado pelo Centro Cultural e Desportivo do Hospital de Beja, um “concurso pequeno, meio fami-liar”, no qual interpretou a “Marcha” de Alfredo Marceneiro. Ficou em primeiro lugar, o que re-presentou um marco na sua vida e um estímulo para prosseguir na senda da música.

Na segunda metade dos anos 90, decide-se a dar o salto. Embora continue a viver em Beja, co-meça a ir cantar a casas de fado lisboetas, como o Clube do Fado, em Alfama. “No início foi es-tranho, porque tinha muitas saudades de Beja e das pessoas. Depois acabei por ser conquistado pela cidade”, recorda. Em 2000, já mais maduro, é convidado a participar no musical “Amália”,

O alentejano António Zambujo é um dos cantores do momento. A propósito

do lançamento do seu último disco, “Quinto”, o “Diário do Alentejo” conversou

com o artista, que combinou o fado com outros géneros musicais, incluindo

o cante alentejano, que considera a sua matriz musical. O adiamento da can-

didatura do cante a Património Imaterial da Humanidade não o preocupa.

“Mais importante que a candidatura à Unesco é a renovação quer a nível de

intérpretes, quer a nível de temas”, defende.

Texto Alberto Franco

de Filipe La Féria, no qual interpretou, durante quatro anos, o papel do guitarrista Francisco da Cruz, primeiro marido da fadista.

“O Mesmo Fado” e “Por meu Cante”, os dois primeiros discos de António Zambujo, lança-dos em 2002 e 2004, contêm essencialmente fa-dos, mas a originalidade já se fazia sentir nos arranjos musicais e na voz do intérprete, uma voz aveludada, com o “açúcar” que distingue os grandes nomes da música popular brasileira. O Alentejo também lá estava, em temas como “Terra da minha gente”, “Trago Alentejo na voz” ou “Que inveja tens tu das rosas”.

Os trabalhos seguintes evidenciam mais claramente o projeto criativo do cantor alente-jano e a sua abertura a outros géneros musicais para além do fado. “O fado tem tanta impor-tância como têm as minhas outras influências”, previne António Zambujo. Os discos “Outro Sentido” (2007) e “Guia” (2010) mostram como à canção de Lisboa se juntaram a bossa nova e o jazz, sem esquecer o matricial cante alentejano, representado em alguns dos seus espetáculos pelo Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento. “Quinto”, o seu último disco, que será oficialmente apresentado no próximo dia 24, vai ainda mais longe nesta procura de originalidade e no altivo alheamento de categorias musicais que muitas vezes não passam de espartilhos que impedem o crescimento dos artistas.

O reconhecimento nacional e internacional da música de António Zambujo não tem parado de aumentar. Aos concertos nas principais salas de es-petáculos portuguesas, nas capitais europeias, nos Estados Unidos, Canadá e Macau, soma-se a edi-ção dos seus discos um pouco por todo o mundo. O cantor desenvolve uma relação particularmente estreita com o Brasil, país em que a sua música é especialmente bem recebida. Caetano Veloso tece--lhe grandes elogios e compara-o a João Gilberto, nome maior da bossa nova.

O recente reconhecimento do fado como Património Imaterial da Humanidade enche--o de satisfação. “Fico muito feliz com esse re-conhecimento, é fruto de tudo o que foi feito no passado e que é feito no presente pelos intérpre-tes, autores e músicos. Acho que é um justo re-conhecimento”. E que pensa o cantor sobre a atribuição do mesmo reconhecimento ao cante alentejano, momentaneamente frustrado pelo adiamento da candidatura à Unesco? “Não es-tou a par dessa candidatura”, refere António Zambujo. “O cante alentejano é a minha pri-meira memória musical, em todos os concertos toco modas alentejanas, mas acho que deveria ser feito, tal como foi feito no fado, uma renova-ção, quer a nível de intérpretes, quer a nível de temas. Acho que em geral os grupos estão en-velhecidos, o que revela um afastamento da so-ciedade em geral pelas suas raízes e o repertório também não tem sido renovado. Mais impor-tante que a candidatura à Unesco, acho que de-veria ser feito esse trabalho primeiro”.

“Quinto” é o seu último disco, que será oficialmente apresentadono próximo dia 24l

DR

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OpiniãoTirem-nos deste filmeFlorival Baiôa Monteiro Presidente da Associação de Defesado Património de Beja

Há muitos, muitos anos, formou--se uma associação de patrimó-nio em Beja, uma das primeiras em todo o País (1978), e que tinha como objetivos o estudo, pre-servação e promoção do nosso património histórico-cultural, mantendo uma relação estreita com as autarquias, associações e população, para que as memó-

rias e cultura de uma região não se percam como aquelas que fo-ram alvo durante largos períodos de ignorância da nossa história, em que se foram desfigurando aldeias, vilas e cidades da região.

Pensámos nós, mal, que volvidos alguns anos o nosso trabalho estava feito e que a contribuição de cidadãos livres e participativos tinha produzido efeitos positivos naqueles que têm o poder político e a responsabilidade de zelar pelos bens patrimoniais coletivos.

Serão incontáveis as vezes, e às vezes com enormes análises e discussões, que tivemos com pessoas, de forma a criar sensibilida-des e motivações alertando para todas as precauções a ter com o património material, porque consideramos importante ouvir e sa-ber ouvir os técnicos especialistas nas diversas matérias que com-preendem as áreas culturais e artísticas.

Passados todos estes anos, mais de 30 anos (tantos anos!), pa-recemos voltar ao princípio de tudo ou, pelo menos, voltar ao dis-curso das sensibilizações, como se a perspetiva atual não fosse o olhar sobre património como uma herança que, se for bem explo-rado, é propiciador de receitas para o turismo, marketing e produ-tos de oferta, restauração e hotelaria, assim como um instrumento didático de eleição para as componentes locais e regionais do cur-rículo escolares.

Olhar o património como uma despesa é uma perspetiva ultra-passada e ignorante, ou de quem não tem uma visão do presente e, muito menos, do futuro.

Por várias vezes aconselhamos algumas pessoas da região a darem “uma voltinha” aos nossos vizinhos. Locais bem pertinho como Aroche, Badajoz, Vilar de los Caballeros, Mérida, Trujillo ou Sevilha, que estão bem perto e olharem, com olhos de ver, o que se está a fazer e como estas povoações cresceram sustentavelmente, com o contributo do seu património. Vão e olhem, vejam como nós, que também temos potencialidades para crescer. Basta apro-veitar o que se tem.

Esta conversa toda, talvez demasiada, é por causa de um enorme problema que se está a passar em Beja, sendo demasiado grave para não se falar dele e, ainda mais, porque a adpBEJA, que sempre defendeu a importância patrimonial da cidade, poder fi-car sentada no sofá e ver as modas passarem. O Museu Regional de Beja, ou Museu Rainha D. Leonor, está em estado de coma, uma espécie de criança abandonada pelos pais e, o pior do que isso, nin-guém a quer adotar.

O edifício há muito que precisa de obras urgentes de conser-vação. Há tanto, tanto tempo, que os azulejos do claustro estão a cair e as pinturas murais a desaparecer. Há tanto, tanto tempo, que as plantas nascem do telhado e das paredes do lado nascente. Há tanto tempo que chove na sala de pintura. E, há muito mais tempo, o Museu Regional precisa de um verdadeiro projeto que o promova a nível nacional e o faça como um verdadeiro cartão de visita da ci-dade e da região, até porque o seu espólio e as suas memórias estão ao nível dos melhores do País.

E, agora, até parece que nem os seus funcionários recebem os seus salários a tempo e horas. Que perspetivas para eles, para a ci-dade e para a região?

Isto é inimaginável num país moderno, inteligente e que pro-cura, mesmo na crise, um desenvolvimento económico e cultural. Diremos que é absurdo, quase se pode afirmar que é o fim dos fins,

se houver algo parecido a isto.A adpBEJA há muito tempo, tanto que até enjoa, propôs a todas

as vereações da Câmara de Beja e da Assembleia Distrital, a todas elas, projetos e formas de intervenção que protegessem o museu, o edifício e o seu património para o futuro

A adpBeja, tal como fez no passado, não deixará de responsa-bilizar os órgãos autárquicos e regionais pela situação que se está a passar, pela degradação do edifício e espólio, na defesa da nossa História e Identidade e na preservação do património que é de to-dos e não de alguns.

1+1=3João Machado Gestor de empresas

Foi esta a conta que o Governo fez relativa-mente à devolução dos subsídios de férias e de Natal em 2015, quando estava pro-metido que seriam entregues em 2014.

Desde outubro de 2011 que vemos o chefe de governo e seus pares anun-ciar aos funcionários públicos e pen-sionistas cortes absurdos nestes sub-sídios, que representam um direito de tantos e tantos portugueses.

É importante dizer que estamos perante um executivo que nada teme quando se trata de retirar os mais elementares direitos adquiridos aos trabalhadores, com a complacência de um povo acomodado e indiferente a todos estes tiques de malvadez.

Estranho muito o silêncio do tribunal constitucional quanto a esta matéria e não entendo como poderá este assunto arrastar--se mais no tempo.

É importante e fundamental voltar a pensar nas pessoas e não só em números, que só favorecem uns quantos predestina-dos a engordar a sua choruda conta bancária, seja em Portugal ou em offshores no estrangeiro.

A regressão a que estamos a assistir, e que alguns chamam re-gulação ou autorregulação dos mercados, é a prova cabal de uma guerra que estamos a viver, na qual as vítimas morrem às mãos de especuladores que empobrecem países e que levarão certa-mente a atos de desespero como verificámos na Grécia há bem pouco tempo.

Não entender as pessoas e as suas necessidades, ou fazer que as entendem, é um ato de hipocrisia e imoralidade de um execu-tivo comandado por um conjunto de indivíduos sem escrúpulos.

O PSD e o CDS estão a empobrecer, cada vez mais, um povo que já se encontrava aflito e em dificuldades.

Espero e desejo que possamos acordar enquanto país e dizer que basta. Já chega!

Num ano de medidas da troika, faço uma pergunta: o que melhorou em Portugal e na vida dos portugueses?

Sócrates em todas as suas imperfeições sempre teve uma grande mais-valia, ou seja, não se vergou liminarmente aos in-teresses de Merkel e C.ª, como faz este primeiro-ministro de Portugal, que é um aluno disciplinado dos interesses instala-dos em Portugal e na Europa, não se coibindo de maltratar o seu povo, aquele que o elegeu.

É um aluno que teima em tocar nas Parcerias Público- -Privadas e que na primeira oportunidade cortou os subsídios aos funcionários do Estado.

Se Passos Coelho tivesse optado por cortar nas PPP certa-mente os subsídios não teriam sido cortados. A equidade não está a ser aplicada no vocabulário do Governo, pois apenas sacri-fica um tipo de portugueses, os funcionários públicos e pensio-nistas, criando clivagens desnecessárias.

O povo português não é parvo e já se percebeu que em 2015 Passos Coelho prepara-se para devolver parte dos sub-sídios aos portugueses, num ano eleitoral no qual a demago-gia vai reinar.

O cante e as armasViriato Teles Jornalista

A decisão da comissão nacional da Unesco de adiar por um ano da candidatura do cante alente-jano a Património Imaterial da Humanidade é mais um triste exemplo da lógica centralista do poder e da desconsideração que lhe merecem os cidadãos.

Não ponho em causa a even-tual validade dos argumentos

apresentados, de resto merecedores da concordância de es-pecialistas por quem tenho o maior respeito, como o musi-cólogo Rui Vieira Nery. Mas o modo como o processo foi ge-rido, nesta fase final, pelo ministério de Paulo Portas é, no mínimo, revelador de uma total falta de consideração por quantos se empenharam neste objectivo.

Admitamos, portanto, que a candidatura possuía insu-ficiências e carecia de maior sustentação científica. Creio que terá havido tempo mais do que suficiente para corrigir o que precisasse de correcção, sem necessidade de frustrar desta maneira as legítimas expectativas de quem apostou muitos meses de trabalho nesta propositura.

O que se passou com a candidatura do cante é, no fundo, uma metáfora do modo como o Governo (mal)trata o País e as pessoas que vivem nele. Para a equipa de Coelho & Relvas, ou vice-versa, Portugal seria um lugar esplêndido se não fossem os portugueses, que só servem para empatar o pleno desenvolvimento da economia.

A economia, ora aí está. Durante anos, pensávamos que ela deveria estar ao serviço das nossas vidas, mas aconteceu exactamente o contrário. Bens fundamentais, como a água, ou conquistas civilizacionais das sociedades (como a saúde, a educação, a energia, as telecomunicações) vão-se tornando cada vez mais peças avulsas do mesmo mercado global. E, pelo caminho que levamos, não tardará a que voltem a estar acessíveis sem restrições apenas para um pequeno número de “escolhidos”, vá lá saber-se por quem.

A crescente desvalorização do trabalho, e consequente-mente das pessoas que o exercem, e a impunidade com que se movimentam os grandes grupos financeiros, são apenas a face mais branda da indignidade que nos querem impor. Portugal é hoje um país ocupado, gerido por um governo de capatazes da troika para quem tudo se compra e tudo se vende. E a história ensina-nos que é sempre por essa via que se caminha para a barbárie.

Perante o triste estado a que chegámos, defender uma causa como a do cante pode chegar a parecer uma insigni-ficância. Mas não: é da preservação da memória do passado que se caminha para o futuro, e a memória do cante é parte inteira da história do Alentejo e de Portugal. Reparem que falo da memória e não da tradição, uma vez que esta por si só não vale nada se não tiver atrás de si a vivência, a recor-dação e o exemplo dos ancestrais. Dito de outra maneira: é pela observação do que de bom e de mau nos legaram os avós que poderemos fazer um mundo melhor para os netos.

Caso contrário, estaremos apenas a repetir rituais sem sentido, simplesmente porque “sempre foi assim e não pode ser de outra maneira” – e este seria, com certeza, o modo como os (des)governos de cá e de lá de fora gostariam que pensássemos. Ora o cante serve justamente para que não nos esqueçamos das dores passadas, de modo a evitá-las nos tempos vindouros. Nos dias que vivemos, cantar volta a ser um modo de resistir. Mas isso, para os alentejanos, é desde há muito apenas um modo de ser.

*Por opção do autor, este texto não segue o novo acordo ortográfico.

14 “Ultimato!”, clamaram os jornais. Podem, porém, “Governo e empregadores” dormir descansados: a UGT não fará tão hor-rível coisa “no curto prazo” [romper o Acordo de Concertação Social], nem sequer dará qualquer prazo ao Governo para cum-prir. Foi só um acesso de sindicalismo, amanhã passa. Manuel António Pina, “Jornal de Notícias”, 18 de abril de 2012

ANTÓNIO ZAMBUJO tem um novo disco. Chama-se “Quinto”. Que é aquilo que ele é, o quinto álbum do cantautor bejense que tem

conquistado o mundo com as suas brandas e cativantes sonoridades. Onde, lá bem no fundo, se descobrem a espaços fortes influências do cante alentejano. Zambujo, aliás, diz esta semana ao “Diário do Alentejo” que as modas são a sua principal fonte de inspiração. E que o cante, antes de ser reconhecido pela Unesco, necessita mesmo é de quem o prossiga e reinvente. PB

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Cartas ao diretor

A barragem de AlquevaDiamantino António Funcheira

Graças a Deus que D. António Vitalino Dantas, bispo de Beja, na página número um do “Diário do Alentejo” de 30 de março do corrente ano, falou sobre a barragem de Alqueva, dizendo que nada se tem feito a respeito da agricultura e do turismo, com tanta água que Deus mandou e estando ar-mazenada, e sendo também com ajuda do anterior governo.

Os agricultores alentejanos, e tam-bém os outros agricultores do País onde a água possa chegar, pedem com ur-gência ao Governo, que é um atrasado e sem iniciativas, uma maior quantidade de canais para os agricultores fazerem os regadios das suas terras, para que as-sim possam criar mais postos de traba-lho e mais riqueza para o País ir para a frente. Só dando dicas destas ao Governo ele aprende, estando ainda muito com os olhos bem fechados.

Lobby e corJosé Guerreiro Mestre Entradas

Quando as coisas nascem tortas, dificil-mente se endireitam, como é o caso do fa-migerado aeroporto de Beja, ou tecnica-mente falando, do terminal civil da Base Aérea de Beja.

Segundo a comunicação social, o Governo vai decidir até ao fim do mês qual vai ser o “+ um” da Portela e que os lobbies já se estão a movimentar. A propó-sito, ouvi o senhor presidente da Câmara de Beja dizer que o Governo não pode to-mar uma decisão em função dos lobbies. Mas é assim que vai ser como é o costume da Pátria, como diria o padre Antório Vieira. E eu pergunto: de que estão à es-pera as forças vivas da região para cons-tituírem o seu lobby e fazerem o que deve ser feito que é inf luenciar e pressionar se ainda houver tempo? Se estão à espera de tal comissão prometida pelo Governo para resolver o berbicacho do aeroporto, bem podem esperar sentados, até por-que da referida comissão não há novas nem mandados, isto para citar o dr. Brito Camacho.

E já agora um outro assunto que nada tem de aeronáutico, mas que anda a pai-rar nos céus de Beja e que é mais uma guerra de medalhas travada no seio do executivo camarário. Acho que quem as merece que as receba e ponto final. Ou será que o mérito e os serviços relevan-tes prestados à comunidade também são agora uma questão de cor?

Há 50 anosPenteados,estrada larga, homenagense São Gens

“Uma reunião de cabeleirei-ros para apresentação de novos modelos de pentea-

dos”, em Beja, noticiava a 14 de Abril, na primeira página, o “Diário do Alentejo”. Assim: “Com a presença de todos os ca-beleireiros e cabeleireiras bejenses, reali-zou-se ontem à noite, no ‘stand’ de Cavaco Lampreia, á rua Luís de Camões, n.º 5 (frente ao Liceu), uma reunião promovida pela importante firma Henry (Indústrias Colomer, L.da), com sede em Barcelona, a fim de serem feitas demonstrações em modelos profissionais, da nova linha in-ternacional de penteados (...)”.

Uma outra pequena notícia, na edi-ção de 19, na coluna “Beja Dia-a-Dia”: “Começaram as obras da estrada de acesso á futura Base Aérea – Iniciaram-se já as obras da estrada de acesso á Base Aérea que será construída nos arredores desta cidade. Foram adjudicadas á impor-tante firma de Lisboa ‘Alves Ribeiro’ e nos trabalhos em curso está a ser utilizado o mais moderno e potente maquinismo. Segundo julgamos saber, a nova estrada terá uma largura de mais de treze metros e um comprimento de cerca de 6 km”.

Ainda do distrito de Beja: “Vai abrir ao público a Pousada de S. Gens em Serpa – A pousada de S. Gens, construída, em Serpa, no plano turístico do Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo, vai abrir amanhã [15] ao pú-blico. A inauguração oficial, porém, só será realizada no mês de Junho”.

Notícias de ontem e de hoje pelo País: “Homenagens aos srs. ministros do Ultramar e do Exército – Por motivo da passagem do primeiro aniversário das suas posses nos respectivos cargos, fo-ram homenageados pelas individualida-des dependentes dos seus gabinetes os srs. ministros do Ultramar e do Exército, res-pectivamente Prof. Adriano Moreira e ge-neral Mário Silva”.

Ainda ecos, no dia 20, da perda da Índia: “O comandante do ‘Afonso de Albuquerque’ chega hoje a Lisboa – É es-perado hoje em Lisboa, procedente de Goa, num avião, o sr. capitão de mar-e-guerra Cunha Aragão, que comandava o aviso ‘Afonso de Albuquerque’ quando se deu a agressão das forças armadas da União Indiana á Índia Portuguesa”.

No mesmo dia, do estrangeiro: “De Gaulle ordena a destruição do Exército Secreto, empregando-se todos os meios – O general Charles De Gaulle ordenou ao novo comandante francês na Argélia que destrua a pressão do Exército Secreto con-tra Oran e outras cidades. Em Argel, mi-lhares de muçulmanos mostram-se enfu-recidos pelos actos cobardes do O.A.S.”.

Carlos Lopes Pereira

Histórias de Abril (3)

Oficial e cavaleiro

Santa Vitória, outubro de 1975. No quintal da Casa do Povo é instalado um palco provisório, onde se instalam os convidados daquele momento histórico: a formação da

primeira UCP – Unidade Coletiva de Produção – que adotara um sugestivo nome, Vanguarda do Alentejo.

A história começara um ano atrás, no monte do Outeiro, quando o seu proprietário, além de não aceitar os trabalhadores que tinham sido colocados pela comissão formada por represen-tantes do sindicato, dos agricultores (ALA) e do governo, despe-dira a maioria dos que aí laboravam, alguns já de idade avançada e com muitos anos de trabalho (e de fidelidade) nessa herdade.

Essa colocação de trabalhadores que acontecia um pouco por todo o Alentejo, visava, por um lado, diminuir o elevado de-semprego que se verificava e, por outro, rentabilizar as herdades que tinham vastas parcelas subaproveitadas. O que era o caso do monte do Outeiro, onde uma parte das suas centenas de hectares estava por cultivar, servindo principalmente para caçadas, onde era figura assídua o então Presidente da República, Américo Tomás. E onde os habitantes locais não podiam sequer entrar, perseguindo alguma perdiz, pois que se arriscavam a ser pena-lizados pela justiça.

A Vanguarda do Alentejo, nesse dia 17 de outubro, era consti-tuída, para além do Outeiro, por diversas outras herdades da fre-guesia que tinham entretanto sido ocupadas pelos trabalhadores, com o apoio dos militares e do governo de então. Por isso, lá es-tava a representar o poder político o major Brissos de Carvalho, governador civil, bem como outras entidades civis e militares. Entre elas um representante da GNR, oficial garboso e orgulhoso da farda que vestia, ao serviço do jovem estado democrático.

Passada aquela cerimónia, de aparente unidade entre os pre-sentes, começam a surgir divergências entre os trabalhadores, fruto de dois conceitos diferentes do que deveria ser a Reforma Agrária: de um lado, os defensores da UCP, que preconizavam a existência de uma única estrutura produtiva, onde estivessem integradas todas as terras ocupadas (apoiados pelo PCP) e, do ou-tro, os que defendiam a existência de cooperativas autónomas, formadas a partir de cada uma das herdades que compunham as UCP (apoiados pelo PS).

Assiste-se, então, à tentativa de separação de algumas dessas herdades – Carriços, Corte Ripais, Chaminé, entre outras, num processo conflituoso e traumático entre os próprios trabalhado-res e que divide a comunidade local.

Setembro de 1976, monte da Chaminé do Passarinho. Algumas centenas de trabalhadores da Vanguarda do Alentejo, suas famílias e outros habitantes locais estão concentrados para evitar a desanexa-ção da propriedade e a formação de uma cooperativa independente. Viviam-se os primeiros tempos do primeiro governo constitucional, após os diversos governos provisórios. O primeiro-ministro é Mário Soares, vencedor das primeiras eleições legislativas, e o ministro da Agricultura é Lopes Cardoso, que aprova essa desanexação.

Para cumprir as ordens governamentais e desalojar os con-testatários, uma força da GNR, num aparato bélico impressio-nante: guardas a cavalo e em jipes, carros blindados e até am-bulâncias. Na estrada nacional os veículos que aí passavam não podem parar ou sequer diminuir a velocidade.

A comandar essa força estava o mesmo oficial que assistira à formação da UCP, um ano antes. Desta vez, assumindo o papel de cavaleiro orgulhoso da sua farda, levanta a voz para os mani-festantes, dando-lhes cinco minutos para dispersar, sob a ame-aça de “levar tudo à sua frente”.

Gritos, choros, revolta, medo, resistência, de tudo um pouco se assiste. Valem a clarividência e o bom senso dos dirigentes da UCP que, vencidos mas não convencidos, apelam à retirada. Para que não houvesse vítimas, para que não surgissem novas Catarinas no Alentejo.

Três anos depois, em setembro de 1979, em Santiago do Escoural, Caravela e Casquinha, 65 e 17 anos, serão as vítimas que então se evitam, os mártires dessa época de sonhos e de utopias.

José Filipe Murteira

Há uma miúda de Cuba cheia de graça e de pedalada e de alegria que está a concorrer ao programa televisivo “Ídolos”. Passou a

primeira fase do concurso com o seu sorriso persistente, a sua irreverência, e interpretando bandas tão inesperadas como Led Zeppelin e Ornatos Violeta. Nesta edição do “Diário do Alentejo”, MARGARIDA CARRIÇO, de 16 anos, aluna do Liceu de Beja, não canta, mas conta quais são as suas aspirações no mundo da música. O sonho comanda a sua vida. PB

Esta segunda-feira reuniram-se em Mértola dezenas de alunos do ensino básico e secundário na etapa distrital do Concurso

Nacional de Leitura. LEONEL QUEIMADA, de 17 anos, e ADRIANA CATARINO, de 14 anos, foram os vencedores oficiais de uma prova em que todos os participantes ganharam e deram uma grande lição àqueles que pensam que as gerações atuais estão simples e freneticamente ligadas às novas possibilidades tecnológicas. PB

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25 de Abril

Tributos a Zeca Afonso, concertos com os fadistas Carlos do Carmo e Carminho, Amor Electro, Tim &

Companheiros de Aventura, Brigada 14 de Janeiro, Brigada Victor Jara, Caracol Blues, bandas filarmónicas

e cante alentejano são algumas das propostas musicais que marcam as comemorações do 38.º aniversário

do 25 de Abril no Baixo Alentejo, onde não faltarão também os tradicionais espetáculos de fogo-de-artifício.

Aljustrel

Almodôvar

Alvito

Beja

Alcacér do Sal

Uma sessão sobre “Os 50 anos da 1.ª emissão da Rádio Portugal Livre”, que contará com a partici-pação de Aurélio Santos, está agen-dada para amanhã, dia 21, pe-las 21 horas, no Centro Cultural de Ervidel. Na noite de 24, na praça da Resistência, em Aljustrel, pelas 21 e 30 horas, subirá ao palco o grupo Função Publika. Pelo mesmo palco passarão, no dia seguinte, os gru-pos Coral do Centro Republicano Os Cigarras (16 horas) e Maravilhas do Alentejo (16 e 30 horas).

Um espetáculo piromusical, no jardim da Entrada Norte, em Almodôvar, pela meia-noite do dia 24, marca o arranque das comemorações. No dia se-guinte, pela manhã, será inau-gurado o Caminho Santo António/Santo Amaro com a Caminhada Abril em Liberdade.

Sérgio Lucas (vencedor da 2.ª edição do programa “Ídolos”), Gonçalo Oliveira e convidados cantam “Ídolos de Abril”, num concerto a ter lugar na praça Pedro Nunes de Alcácer do Sal, na noite do dia 24, pelas 22 e 15 ho-ras. Segue-se, nas margens do rio Sado, um espetáculo piromusical.

O grupo Vozes do Alqueva atu-ará no dia 24, pelas 22 e 30 ho-ras, na parada dos Bombeiros Voluntários de Alvito. No do-mingo haverá almoços conví-cio com animação musical de Manuel António (parada dos bombeiros, em Alvito) e Márcia Guerreiro (largo da Casa do Povo, Vila Nova da Baronia), com iní-cio previsto para as 13 horas, e a atuação dos grupos corais do concelho também no largo da Casa do Povo, de Vila Nova da Baronia, pelas 17 horas.

A praça da República de Beja re-cebe na noite de 24, pelas 22 e 30 horas, o grupo Oppoente, a que se seguirá o tradicional fogo-de--artifício à meia-noite e as atu-ações da Banda Filarmónica Capricho Bejense (00 e 25 horas) e dos Caracol Blues (1 hora). A noite termina ao som do DJ Tape.

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Castro Verde

Odemira

Santiago do Cacém

Sines

Ourique

Vidigueira

GrândolaCuba

Mértola

Moura

Ferreira do Alentejo

O grupo de música popular Contrabando e as Camponesas de Castro Verde são os protagonis-tas do concerto evocativo do 25 de Abril que terá lugar no dia 24, pe-las 21 e 30 horas, no Cineteatro Municipal de Castro. Segue-se, após o térmico do espetáculo, fogo-de-artifício e arruada pela Banda Filarmónica 1.º de Janeiro. No dia 25 subirão ao palco do an-fiteatro municipal, pelas 16 horas, os grupos corais As Margaridas, de Peroguarda, e os Ganhões, e os ranchos folclóricos da Luz e Os Camponeses de Vale de Mós. No dia 26, pelas 21 e 30 horas, no Fórum Municipal, o cantautor Afonso Dias interpretará “a poe-sia e a música que uniram e mobi-lizaram vontades e se revelaram fulcrais na resistência à ditadura”.

No dia 24, pelas 20 e 30 horas, em vários locais da vila de Cuba, so-arão “Palavras libertadas”, com arruada até ao largo da Bica, lo-cal que recebe o habitual es-pectáculo musical, que con-tará com a atuação dos alunos do Agrupamento de Escolas de Cuba e do Infantário da Santa Casa da Misericórdia de Cuba, dos gru-pos corais do concelho e da Banda da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro. Pelas 22 e 45 horas será a vez da banda Artick Fire e logo de seguida atuará David Antunes & The Midnight Band, a banda que participa no programa da RTP “5 para a meia-noite”.

O lançamento de 12 morteiros no Parque de Exposições e Feiras de Ferreira do Alentejo assinala, pe-las 24 horas do dia 24, o 38.º ani-versário da Revolução de Abril. No dia 25, pelas 11 horas, na gale-ria de arte Capela Santo António, será inaugurada a exposição de fotografia de Augusto Caetano in-titulada “Máquina do tempo”.

“Memórias de Abril” é o nome da exposição de pintura de Rogério Ribeiro que será inau-gurada na Biblioteca Municipal de Grândola no dia 24, pelas 21 e 15 horas. Às 22 e 45 ho-ras terá lugar, nos paços do concelho, um concerto de tri-buto a Zeca Afonso, seguido de um espetáculo de fogo-de-ar-tifício. A inauguração do es-paço requalificado da Adega António Inácio da Cruz (00 e 30 horas), ao som do fado, e um baile no coreto são outros dos atrativos da programação.

O Cineteatro Marques Duque da Vila Museu será palco, na noite do dia 24, pelas 21 e 30 horas, do espetáculo evocativo do 25 de Abril com o grupo Ponte D’Era.

A cidade de Moura acolhe no dia 24, às 21 e 30 horas, na praça Sacadura Cabral, um concerto com a Brigada 14 de Janeiro, e na tarde de 25, às 17 horas, no mesmo local, uma animação mu-sical com o grupo 70 Volts.

Amor Electro (22 horas), um fes-tival piromusical (00 e 15 ho-ras) e Tim & Companheiros de Aventura (00 e 30 horas) são as propostas de Odemira para a noite de 24. No dia seguinte, 25, haverá um festival de folclore (16 horas) e a atuação de Carminho (22 horas). Os concertos terão lu-gar no largo Brito Pais, palco nº 1. O festival de folclore no Cerro do Peguinho, palco n.º 2.

Na Biblioteca Municipal de Ourique é apresentado no dia 24, pelas 21 e 30 horas, o li-vro Suão de Vítor Encarnação, conto vencedor do prémio Casa do Alentejo 2011, com ilustra-ções de Joaquim Rosa. Uma hora depois, no largo dos tá-xis, está agendada uma “free-don night”, com Dou Kontraste e os bares aderentes “Adega do Monte Velho” e “A Moagem”.

A Banda Filarmónica dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira atuará pelas 21 ho-ras do dia 24. O concerto terá lu-gar na Igrejinha Nova. Uma hora depois, no mesmo es-paço, ouvir-se-á cante alente-jano pelo Grupo de Cante da Escola de Música de Vidigueira.

Carlos do Carmo é o convidado do concerto comemorativo da Revolução de Abril em Santiago do Cacém. O espetáculo realiza--se no dia 24, às 21 e 30 horas, no Parque Verde Quinta do Chafariz. O artista, que irá apresentar vá-rios temas que marcaram a sua carreira e alguns mais recentes do seu último álbum gravado em 2010 com Bernardo Sassetti, re-ceberá ainda a Chave da Cidade.

A Brigada Victor Jara sobe ao placo do Centro de Artes de Sines, no dia 24, pelas 22 e 15 horas, para um concerto com entrada li-vre, dentro dos limites da lota-ção do espaço. Antes disso po-rém, no exterior do Centro, pelas 21 e 45 horas, terá lugar a anima-ção/performance “Re-Evolução”, uma criação do Teatro do Mar com a colaboração do grupo Skalabá TUKA e de alguns alunos das Oficinas de Artes Cénicas da companhia. “Ancorada numa má-quina de cena deambulante e ale-górica, esta performance pretende ser uma sátira ao autoritarismo e totalitarismo e uma alusão à me-mória da ditadura fascista e da re-volução de Abril, livremente ins-pirada no Triunfo dos Porcos de George Orwell”. O fogo-de--artifício está marcado para a meia-noite, na baía de Sines.

Esta é a madrugada que eu esperava

O dia inicial inteiro e limpo

Onde emergimos da noite e do silêncio

E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen

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E a vitória esteve tão perto

Um empate sobre o apito final

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DesportoNacional 2.ª Divisão

28.ª jornada

At. Reguengos-Louletano .................................................1-2Monsanto-Fátima .............................................................. 0-5Carregado-Pinhalnovense................................................2-3Sertanense-Juventude Évora ...........................................1-1Torreense-Mafra ..................................................................1-1Tourizense-Caldas.............................................................. 4-0Oriental-Est. Vendas Novas ............................................. 2-01.º Dezembro-Moura ..........................................................1-1

J V E D G P

Oriental 28 16 6 6 49-17 54Fátima 28 16 6 6 47-29 54Torreense 28 14 11 3 45-24 53Pinhalnovense 28 16 4 8 46-30 52Carregado 28 14 8 6 53-36 50Louletano 28 12 7 9 27-30 43Mafra 28 9 15 4 31-21 42Sertanense 28 11 9 8 36-30 42Est. Vendas Novas 28 11 4 13 34-32 37Tourizense 28 7 11 10 26-32 32Juventude Évora 28 8 5 15 26-38 291.º Dezembro 28 6 10 12 25-29 28Monsanto 28 5 11 12 23-40 26At. Reguengos 28 5 10 13 28-45 25Moura 28 6 5 17 24-53 23

Caldas 28 3 8 17 17-51 17

Próxima jornada (22/4/2012): At. Reguengos-Moura, Loule-

tano-Monsanto, Fátima-Carregado, Pinhalnovense-Serta-

nense, Juventude Évora-Torreense, Mafra-Tourizense, Caldas -

-Oriental, Estrela Vendas Novas-1.º Dezembro.

Nacional 3.ª Divisão – Subida

4.ª jornada

Messinense-Aljustrelense ................................................ 1-4Farense-Quarteirense ....................................................... 0-3Esp. Lagos-Sesimbra...........................................................1-1 J V E D G P

Farense 4 2 0 2 5-5 34Quarteirense 4 3 0 1 7-2 27Sesimbra 4 2 1 1 4-3 25Aljustrelense 4 2 1 1 6-2 24Esp. Lagos 4 1 2 1 3-3 24

Messinense 4 0 0 4 3-13 17

Próxima jornada (22/4/2012): Aljustrelense-Farense, Quartei-

rense-Esp. Lagos, Sesimbra-Messinense.

Nacional 3.ª Divisão – Manutenção

4.ª jornada

Lagoa-Redondense ........................................................... 3-0Pescadores-Fabril Barreiro............................................... 3-0Despertar SC-U. Montemor ............................................. 0-3 J V E D G P

U. Montemor 4 3 1 0 9-3 25Lagoa 4 3 0 1 9-5 24Fabril Barreiro 4 2 0 2 6-8 23Pescadores 4 2 0 2 7-5 18Redondense 4 0 1 3 0-6 11

Despertar SC 4 1 0 3 4-8 5

Proxima jornada (22/4/2012): Redondense-Pescadores, Fabril

Barreiro-Despertar SC, U. Montemor-Lagoa.

Distrital 1.ª Divisão

24.ª jornada

Odemirense-Castrense..................................................... 1-0FCSerpa-Almodôvar ...........................................................0-1Ferreirense-Panoias .......................................................... 1-0Rosairense-Sp.Cuba ............................................................2-2S.Marcos-Milfontes ............................................................ 4-6Aldenovense-Vasco da Gama ..........................................1-3Desp.Beja-Guadiana ......................................................... 1-0

J V E D G P

Castrense 24 19 4 1 61-11 61Milfontes 24 18 2 4 54-24 56Ferreirense 24 13 5 6 43-38 44Vasco da Gama 24 13 1 10 61-36 40Aldenovense 24 12 1 11 41-29 37Odemirense 24 11 3 10 37-35 36Almodôvar 24 10 5 9 48-36 35Rosairense 24 9 6 9 41-39 33FCSerpa 24 9 6 9 30-34 33Panoias 24 8 5 11 28-42 29Desp.Beja 24 7 5 12 27-37 26S.Marcos 24 6 4 14 30-68 22Guadiana 24 5 3 16 23-57 18Sp.Cuba 24 2 2 20 19-57 8

Próxima jornada 29/4/2012): Castrense-Rosairense, Panoias -

-Odemirense, Guadiana-Ferreirense, Almodôvar-S.Marcos,

Milfontes-Aldenovense, Vasco da Gama-Desp.Beja, FCSerpa-

Sp.Cuba.

Será no mítico Estádio Alfredo da Silva, na cidade do Barreiro, que o Despertar jogará a próxima partida

da fase de despromoção do Nacional da 3.ª Divisão.

O Fabril reúne todo o favoritismo, pe-rante as conhecidas fragilidades dos bejen-ses que, no último domingo, conheceram mais uma derrota, desta vez um pouco mais pesada do que vinha sendo habitual, com a formação do União de Montemor, que as-sim se guindou para o primeiro lugar da sé-rie com bons auspícios de manutenção.

Despertar, Redondense e Pescadores fe-cham a pauta de pontos como prováveis equipas a despromover. A curiosidade desta jornada prende-se com o facto de determi-nar a despromoção oficial dos bejenses caso não ganhem no terreno do Fabril, onde pro-vavelmente contarão com alguns adep-tos da diáspora alentejana da margem sul, de quem se despedirão nesta época e certa-mente até que a equipa regresse um dia ao patamar nacional.FP

O ponto ganho em Sintra, no recinto do 1.º de Dezembro, adiou a sen-tença de despromoção, mas ainda

é matematicamente possível assegurar a manutenção.

O Moura viaja no domingo para Reguengos, onde disputa a penúltima partida do Nacional da 2.ª Divisão, após um empate em Sintra, cedido já aos 90

minutos, depois de a equipa alentejana ter estado na frente do marcador desde os 11 minutos de jogo. A manutenção ainda é possível, assim o Moura ganhasse em Reguengos e em casa ao Vendas Novas e as equipas que com ele concorrem naquela zona da tabela não pontuassem mais até ao final da época.

O futebol não é uma ciência tão exata

como a matemática, por isso não seria nada que ainda não se tivesse visto, con-tudo, a perda de um único ponto já no pró-ximo domingo antecipará a decisão de re-gresso dos mourenses à terceira divisão nacional, no que pode ser acompanhado apenas pelo Reguengos de Monsaraz, por-que o Juventude de Évora tem um pé na manutenção. Firmino Paixão

O Despertar regressa ao Barreiro

Adeus à diáspora alentejana

3.ª Divisão União de Montemor levou de Beja três pontos preciosos para assegurar a manutenção

Um Farense fragilizado de visita a Aljustrel

Uma força do interior da terraO

Sporting Farense, atua l l íder da série de subida da 3.ª Divisão Nacional (série F), tem um pé na se-

gunda divisão, mas não pontua há duas jor-nadas e joga no domingo em Aljustrel.

O Aljustrelense recebe no próximo do-mingo a formação do Farense, líder des-tacado da fase de subida da 3.ª Divisão Nacional, numa altura em os algarvios vêm de duas derrotas consecutivas (2-0 em Sesimbra e 0-3 em casa com o Quarteirense),

o que sugere que a equipa de Faro atravessa momentos de alguma fragilidades compe-titiva, fator que pode ser aproveitado pelos mineiros para chegar à vitória.

No último domingo, e apesar das notí-cias que davam conta de problemas no plan-tel relacionados com ordenados em atraso, a formação de Eduardo Rodrigues goleou o Messinense no seu próprio terreno.

À partida para esta quarta jornada, em que vão ter que superar a difícil equipa do

Farense, os tricolores ocupam a quarta posi-ção na tabela, com 27 pontos, menos 10 que os de Faro e menos três que o Quarteirense, que é a segunda equipa posicionada em zona de promoção ao escalão superior.

O Mineiro tem tudo a seu favor, joga em casa, tem o seu público à volta do campo, é esquecer os problemas durante 90 minutos e mostrar aquela “raça mineira”, a força que vem de dentro da terra e que lhes tem inspi-rado tantas jornadas de glória. FP

Realiza-se hoje, sexta-feira, a 1.ª jornada da fase de qualificação (play -

-off) do Campeonato Distrital de Futsal da AFBeja. Esta noite, pelas 21

horas, realizam-se os jogos Amodovarense-Politécnico de Beja e Sporting

de Moura. O jogo entre o Politécnico e o Almodovarense, antecipado da 2.ª

jornada, disputa-se no próximo dia 25, às 18 horas, na cidade de Beja.

Taça Distrito de Beja em juniores A 3.ª elimina-tória da Taça Distrito de Beja na categoria de juniores rea-liza-se na tarde de amanhã, pelas 16 horas, com as seguin-tes partidas: Vasco da Gama-Moura e Piense-Desportivo de Beja. A final disputa-se no dia 5 de maio.

Play-off do Distrital

de Futsal da AFBeja

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Campeonato Nacional de Juniores Fase de Manutenção (5.ª jornada): Oeiras-Lusitano Évora, 2-1; Atlético-União Montemor, 2-1; Desportivo Portugal-Farense, 1-0; Despertar-Imortal, 2-1. Classificação: 1.º Atlético, 35 pontos. 2.º Oeiras, 29. 3.º Farense, 21. 4.º Lusitano de Évora, 17. 5.º Despertar, 16. 6.º Desportivo Portugal, 15. 7.º Imortal, 12. 8.º União de Montemor, nove. Próxima jornada (21/4): Despertar-Lusitano Évora; União de Montemor-Oeiras; Farense- -Atlético; Imortal-Desportivo Portugal.

Campeonato Distrital de Juniores (17.ª jornada) : Odemirense-Amarelejense, 8-1; Almodôvar-Aljustrelense, 1-2; Cas-trense-Vasco da Gama, 0-0; Piense-São Domingos, 2-0; Moura-Desportivo de Be ja, 4-0. Classificação: 1.º Moura, 43 pon-tos. 2.º Castrense, 38. 3.º Odemirense, 36. 4.º Desportivo de Beja, 25. 5.º Piense, 23. 6.º São Domingos, 20. 7.º Aljustrelense, 18. 8.º Vasco da Gama, 17. 9.º Almodôvar, 10. 10.º Amarelejense, nove. Próxima jornada (28/4): Amarelejense-Moura; Aljustrelense-Ode-mi rense; Vasco da Gama-Almodôvar; São Domingos-Castrense; Desportivo de Beja --Piense.

Campeonato Distrital de Juvenis (13.ª jornada): Castrense-Desportivo de Beja, 2-3; Sporting de Cuba-Aljustrelense, 4-0; Moura - -Al de novense, 4-0; Boavista-Despertar, 2-6. Classificação: 1.º Despertar, 39 pon-tos. 2.º Desportivo de Beja, 30. 3.º Moura, 27. 4.º Castrense, 18. 5.º Aldenovense, 14. 6.º Sporting de Cuba, 10. 7.º Aljustrelense, nove. 8.º Boavista, sete. Próxima jornada (22/4): Desportivo de Beja-Boavista; Aljustrelense --Cas trense; Aldenovense-Sporting de Cuba; Despertar-Moura.

Campeonato Distrital de Iniciados (23.ª jornada): Odemirense-Serpa (adiado 25/4); Desportivo de Beja-Ourique, 13 --1; Despertar-Bairro da Conceição, 2-1; Almo dôvar-Ferreirense, 4-3; Milfontes - -Mou ra, 1-2; Negrilhos-Guadiana, 0-1. Classificação: 1.º Desportivo de Beja, 61 pon-tos. 2.º Odemirense, 52. 3.º Moura, 49. 4.º Serpa, 41. 5.º Despertar, 36. 6.º Guadiana, 29. 7.º Almodôvar, 28. 8.º Amarelejense, 26. 9.º Milfontes, 22. 10.º Ferreirense, 19. 11.º Bairro da Conceição, 18. 12.º Ourique, oito. 13.º Negrilhos, seis. Próxima jornada (22/4): Serpa-Amarelejense; Ourique-Odemirense; Bairro da Conceição-Desportivo de Beja; Ferreirense-Despertar; Moura-Almodôvar; Guadiana-Milfontes.

Campeonato Distrital de Infantis (3.ª jor-nada): Rio de Moinhos-Despertar A, 1-1; Odemirense-Moura, 3-0; Guadiana-Vasco da Gama, 3-0. Classificação: 1.º Despertar, sete pontos. 2.º Odemirense, seis. 3.º Rio de Moinhos, quatro. 4.º Guadiana, quatro. 5.º Vasco da Gama, três. 6.º Moura, um. Próxima jornada (21/4): Despertar A-Vasco da Gama; Moura-Rio de Moinhos; Odemirense --Guadiana.

Campeonato Distrital de Benjamins (3.ª jornada): Despertar B-Castrense, 7-0; Renascente-Aldenovense, 3-4; Sporting de Cuba-Ferreirense, 2-1. Classificação: 1.º Despertar, sete pontos. 2.º Sporting de Cuba, seis. 3.º Aldenovense, seis. 4.º Ferreirense, quatro. 5.º Castrense, três. 6.º Renascente, zero. Próxima jornada (21/4): Castrense --Ferreirense; Aldenovense-Despertar B; Renascente-Sporting de Cuba.

Taça Dr. Covas Lima (Infantis) 3.ª jor-nada Série A: Sporting de Beja-Despertar B, 3-2; Beringelense-Aldenovense, 1-4; Santo Aleixo-Sporting de Cuba, 8-1. Classificação: 1.º Sporting de Beja, nove pontos. 2.º Santo Aleixo, seis. 3.º Despertar, seis. 4.º Aldenovense, três. 5.º Sporting de Cuba, três. 6.º Alvito, zero. 7.º Beringelense, zero. Próxima jornada (21/4): Despertar B-Santo Aleixo; Aldenovense-Sporting de Beja; Sporting de Cuba-Alvito. Série B: Castrense - -Bai rro da Conceição, 11-1; Ourique-Al-mo dôvar, 0-7; Aljustrelense-Milfontes, 2-1. Classificação: 1.º Castrense, nove pontos. 2.º Almodôvar, sete. 3.º Ourique, seis. 4.º Aljustrelense, quatro. 5.º Milfontes, zero. 6.º Bairro da Conceição, zero. Próxima jor-nada (21/4): Bairro da Conceição-Mil-fontes; Almodôvar-Castrense; Ourique --Aljustrelense.

Taça Joaquim Branco (benjamins) 3.ª jornada: Série A: Bairro da Conceição --Spor ting de Beja, 3-2; Beringelense-Benfica de Beja, 3-1; Alvito-Vasco da Gama, 7-2; Moura-Serpa, 6-0. Classificação: 1.º Bairro da Conceição, nove pontos. 2.º Alvito, nove. 3.º Sporting de Beja, seis. 4.º Moura, seis. 5.º Vasco da Gama, três. 6.º Beringelense, três. 7.º Desportivo de Beja, zero. 8.º Benfica de Beja, zero. 9.º Serpa, zero. Próxima jornada (21/4): Sporting de Beja-Alvito; Benfica de Beja-Bairro da Conceição; Vasco da Gama - -Mou ra; Serpa-Desportivo de Beja. Série B: Despertar A-Milfontes, 1-2; Guadiana-Fi-guei rense, 7-2; Aljustrelense-Odemirense, 6-2; Ourique-Almodôvar, 2-6. Classificação: 1.º Aljustrelense, nove pontos. 2.º Milfontes, nove. 3.º Despertar, quatro. 4.º Odemirense, quatro. 5.º Almodôvar, três. 6.º Guadiana, três. 7.º Ourique, três. 8.º Figueirense, zero. Próxima jornada (21/4): Milfontes - -Al justrelense; Figueirense-Despertar A; Guadiana-Ourique; Odemirense-Al-modôvar.

Futebol juvenil 19

A duas jornadas do termo do campeo-nato, o Castrense continua à procura do ponto que lhe permite festejar um novo título de campeão distrital. A festa vol-tou a ser adiada.

Texto e foto Firmino Paixão

O Castrense viajou para Odemira com a perspetiva de ali festejar a vitória no campeonato. Mas a equipa local

não esteve pelos ajustes e um golo de Ruben Silva nos momentos finais da primeira parte coloriu a vitória justa do Odemirense que foi, também, a primeira e única derrota so-frida pelo conjunto de Castro Verde no pre-sente campeonato. A festa foi adiada para o final do mês, no jogo em casa com a forma-ção do Rosairense, porque no próximo fim de semana chegam as meias-finais da Taça Distrito de Beja.

Mas a antepenúltima jornada teve outros pon-tos quentes, sobretudo os 10 golos vistos por quem se deslocou a São Marcos da Ataboeira, onde o Milfontes triunfou por margem pouco habitual. Também o empate consentido pelo Rosairense, no seu próprio terreno, ante o Sporting de Cuba,

A prova dos nove nas contas do campeonato

A margem vai encurtandoA cinco jornadas do final do campeo-nato tudo é possível. O Cabeça Gorda mantém-se firme na liderança e o Piense deu um passo importante na perseguição ao Ferrobico.

Texto e foto Firmino Paixão

A vitória do Piense no campo do Bairro da Conceição foi um passo determi-nante, senão decisivo, na perspetiva do

clube assegurar um dos dois lugares com vista para a subida de divisão. O Cabeça Gorda ga-nhou em Messejana e segue na frente mora-lizado, e o Amarelejense goleou o Negrilhos e manifestou a sua intenção de entrar nas con-tas finais. O Saboia, empatando em Ervidel, e o Renascente, derrotado em Ourique, podem ter comprometido as suas aspirações. Mas ainda há um caminho muito longo a percorrer, sendo certo que a margem de erro vai diminuindo e to-dos os pontos são preciosos para as equipas que vão no pelotão da frente, mesmo aquelas que pe-rante os percalços da caminhada apregoam que não têm metas definidas. Pois não… O campe-onato sofre nova interrupção até ao próximo dia 28, para dar lugar aos jogos da taça onde já não

2.ª Distrital O Piense conseguiu importante triunfo no Bairro da Conceição

está a competir qualquer equipa deste escalão.Resultados da 21.ª jornada: Vale de Vargo-

Barrancos, 2-1; Messejanense-Cabeça Gorda, 0,1; Alvorada-Saboia1-1; Amarelejense-Negri lhos, 8-0; Bairro da Conceição-Piense, 2-3; Ourique --Renascente, 3-0.

Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 45 pontos. 2.º Amarelejense, 41. 3.º Piense, 40. 4.º Bairro da

Conceição, 39. 5.º Saboia, 36. 6.º Re nas cente, 32. 7.º Ourique, 27. 8.º Alvorada, 21. 9.º Vale de Vargo, 20. 10.º Sanluizense, 20. 11.º Messejanense, 18. 12.º Barrancos, 16. 13.º Negrilhos, quatro.

Próxima jornada (28/4): Barrancos-San lu-izense; Cabeça Gorda-Vale de Vargo; Sa boia - -Messejanense; Negrilhos-Alvorada; Piense-Amarelejense; Renascente-Bairro da Conceição.

Foguete de Ruben Silva estragou a festa ao Castrense

O título preso por um ponto

já despromovido. Depois o triunfo do Vasco da Gama no recinto do Aldenovense, arrumando de vez a questão do quarto lugar. E ainda a vitória do Desportivo de Beja sobre o Guadiana, tangen-cial mas suficiente para dissipar de vez a questão da manutenção. Na luta pela sobrevivência neste

escalão ficam apenas o Guadiana e o São Marcos, um deles juntar-se á ao Cuba na segunda divi-são da próxima temporada. Como remate final, o registo de mais uma vitória, talvez suada, do Ferreirense, no seu campo ante um sempre im-previsível Panoias.

1.ª Distrital O Odemirense venceu e adiou a festa do Castrense

Taça Distrito de Beja: meias-finais jogam-se no domingo A cidade de Serpa e a aldeia do Rosário serão os dois palcos para as meias-finais da Taça Distrito de Beja, compe-tição que joga no próximo domingo com os jogos entre o Serpa e o Almodôvar, a realizar no Complexo Desportivo 25 de Abril, e o Rosairense e o Milfontes, que se joga no Campo 1.º de Maio. Os jogos iniciam-se às 16 horas. A final desta competição está marcada para o dia 13 de maio, na cidade de Beja.

A última jornada do Campeonato Distrital de Seniores Femininos

realiza-se na tarde de amanhã com as seguintes partidas:

Benfica Castro Verde-Odemirense; Serpa-Benfica de Almodôvar

e Ourique-Aljustrelense. Os jogos iniciam-se às 16 horas. A

equipa de Aljustrel já assegurou antecipadamente este título.

Campeonato Distrital de

Seniores Femininos

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A duas jornadas do final

do campeonato, o Moura

Atlético Clube (MAC),

depois do empate (1-1) no

reduto do 1.º de Dezembro

na última ronda, carimbou,

definitivamente, o seu

regresso à III Divisão

Nacional. Para trás ficou

uma prestação onde a

equipa oriunda da velha

Salúquia enalteceu, e bem, o

futebol sul alentejano a nível

nacional, ficando a certeza

que as gentes mourenses

jamais se acomodaram às

peripécias impostas em

cada jornada desportiva.

Sei que em Moura sempre

se viveu o fenómeno

futebolístico com enorme

paixão. Sei, também, que

na liderança do Atlético

sempre esteve gente

competente para “levar a

carta a Garcia”. Pessoas

que, desinteressadamente,

se entregaram de alma

e coração. Gentes

que paulatinamente

construíram um

património invejável.

Aliás, basta esmiuçarmos

a riqueza das suas

infraestruturas desportivas

para de imediato nos

depararmos com obra feita.

Uma obra física que nos

transporta à componente

desportiva. Numa

conceção generalizada

ao seu conteúdo, somos

de imediato conduzidos

a percorrer caminhos

que conduzem o MAC

a píncaros de todo

inolvidáveis. Conhecemos

a verdade do clube da

Margem Esquerda do

Guadiana. Sabemos

a eterna dedicação,

e empenho, dos seus

dirigentes. O carinho pelo

fator formação e a forma

como os atletas vivem

intensamente as cores

amarelas, não obstante o

escalão onde militam. Das

escolinhas, crianças de

tenra idade, aos seniores,

os jogadores bebem de uma

fonte que os faz crescer

como homens e atletas.

Longe vai o tempo do

velhinho Maria Vitória.

Hoje a cidade é detentora

de um complexo desportivo

cuja propriedade é,

unilateralmente, do MAC,

agremiação fundada em

17 de janeiro de 1942.

Na sua montra histórica

erguem-se troféus que

contemplam épocas

doiradas. Agora, perante

a descida confirmada

da equipa sénior para

a III Divisão Nacional,

resta enaltecer o esforço

desenvolvido por todos

aqueles que integraram,

e integram, o staff

mourense. Força, amanhã

outro dia renascerá!

MACJosé Saúde

O Sport Clube Odemirense, fundado em 1 de março de 1923, está à beira dos 90 anos. É um dos clubes mais antigos e com maiores pergaminhos no futebol do distrito de Beja.

Texto e foto Firmino Paixão

Cinco títulos distritais (quatro da primeira divisão e um da segunda) e uma Taça Distrito

de Beja na categoria de seniores, e vá-rias épocas na terceira divisão nacio-nal, ilustram o currículo deste pres-tigiado clube do litoral alentejano, atualmente a disputar o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Beja.

No início da presente temporada chegou a projetar-se como candi-dato ao título, contudo, alguma ins-tabilidade resultante da sucessão de treinadores – Luís Miguel, Nuno Luz e, por fim, Fernando Encarnação – não permitiu sequer uma luta direta com o Castrense, equipa que sofre em Odemira a única derrota no cam-peonato. O atual técnico, Fernando Encarnação, revela um pouco do que foram as dificuldades sentidas neste percurso.

Onde tem andado este Odemirense

que foi a única equipa capaz de ven-

cer o líder e futuro campeão?

O Odemirense tem uma boa equipa, temos feito jogos muito bons mas, infelizmente, os resultados não têm aparecido. A nossa principal con-trariedade é que temos um plantel curto, não temos muito jogadores, depois surgem lesões e castigos e fi-camos com poucas alternativas. Não jogámos hoje com o pensamento de não deixarmos o Castrense fazer aqui a festa, eles têm numa boa equipa, vão subir com mérito e desejo-lhes

a melhor sorte, mas nós também te-mos uma boa equipa, bons jogadores e os resultados estão à vista.

O clube tinha projetado uma eventual

subida de divisão? Quando chegou ao

clube a mensagem não foi essa?

Não sei porque eu não comecei a época com a equipa. A mensagem que me chegou foi para dar continui-dade ao prestígio que o Odemirense tem e levar a equipa o mais acima possível na classificação.

Uma equipa equilibrada com

grande margem de progressão...

Sim, a nossa equipa tem muita juven-tude, mas tem igualmente muita ex-periência. É uma equipa que recen-temente passou pela terceira divisão nacional, e nesse patamar competi-tivo ganha-se, de facto, muita experi-ência. Foi o que aconteceu com esta equipa, e depois vamos lançando os jovens que temos, a nossa prata da casa, é esse o trabalho que temos vindo a fazer.

Estes jogadores são da região e

oriundos da formação?

Só temos dois ou três jogadores que são de Odeceixe, o resto são todos oriundos da formação do Odemirense, jovens que eu próprio treinei desde miúdos e com os quais me reencontrei agora nesta equipa. É um orgulho para mim.

O lugar em que vão terminar o cam-

peonato é justo ou podiam ter su-

bido mais algum degrau?

Podíamos ter ficado uns lugares mais acima, mas agora não vale a pena lamentarmo-nos, foi o que conseguimos.

O clube tem uma boa base de

formação, é uma área onde o

Odemirense está a trabalhar muito

bem…

Uma das coisas boas, um dos pontos fortes deste clube, é trabalhar bem na formação de jovens atletas. Mas de-pois temos um problema. Quando os jogadores chegam a seniores vão es-tudar para fora de Odemira, seguem a vida deles e não os conseguimos ter a jogar na equipa sénior.

Um clube com o historial do

Odemirense, e com as excecionais

condições de que dispõe no estádio

municipal, merece fixar-se num pa-

tamar superior?

Sem dúvida nenhuma. Estou abso-lutamente de acordo com isso, te-mos excelentes condições e muitas passagens pela terceira divisão, mas as dificuldades financeiras impe-dem a concretização de muitos pro-jetos. Para projetarmos determina-das coisas tem que existir dinheiro, mas ele está escasso e as dificuldades são grandes. Mas o Odemirense tem grande potencial para estar num pa-tamar do futebol nacional.

O Odemirense e o Milfontes po-

sicionam-se já entre as melhores

equipas do futebol distrital. O

futebol no litoral parece estar a

afirmar-se e a dar alguns frutos?

Esperamos que seja assim e que estes dois clubes mantenham essa força e essa qualidade, por-que será muito bom para o fute-bol do litoral alentejano e valo-riza também o futebol do distrito de Beja.

Vai manter-se à frente do Ode-

mirense na próxima temporada?

Não sei, gosto muito de futebol e gosto muito do Odemirense, mas também gosto de muitas outras coisas. Não sei, não sei...

Futsal Baronia em casa e Independentes no AlgarveRealiza-se amanhã, sábado, a

22.ª jornada do Nacional da 3.ª

Divisão em futsal, ronda em que

a equipa do Grupo Desportivo de

Baronia recebe no seu pavilhão

(municipal de Alvito) a formação

da Casa do Povo de Messines,

num jogo em que a equipa

alentejana é francamente favorita

à conquista de mais um triunfo.

Os Independentes de Sines

viajam para Vila Real de Santo

António para defrontar a Casa do

Benfica local, sendo igualmente

provável que regressem ao litoral

alentejano com os três pontos.

Na última jornada o Baronia

perdeu na Atalaia (Faro) por

6/4, mantendo o 12.º lugar, e Os

Independentes ganharam em

casa aos Sassoeiros (Carcavelos),

reforçando o 3.º lugar na tabela.

Taça Distrito de Beja IPBeja e NSMoura na finalO Instituto Politécnico de Beja

e o Núcleo Sportinguista de

Moura disputarão a final da Taça

Distrito de Beja em futsal, depois

de ganhos os respetivos jogos

das meias-finais. O Politécnico

bateu o Almodovarense por 7/4

e os Sportinguistas de Moura

ganharam em Serpa à Associação

Desportiva de VNSão Bento por

5/2. A data para a realização da

final ainda não foi divulgada,

mas a mesma só deverá ocorrer

depois de concluída a fase final

do campeonato, prova em

que as duas equipas finalistas

ainda estão empenhadas.

Futebol feminino Seleção da AFBeja em 16.º lugarA seleção sub/17 feminina da

AFBeja que competiu no XI

Torneio Interassociações de

Futebol de 7 Feminino, que se

disputou no Jamor, concluiu a

prova no 16.º e penúltimo lugar.

A prova foi ganha pela equipa

de Leiria. Beja foi derrotada

por Lisboa (5/0) e pelo Porto

(2/0), jogando depois duas vezes

com Portalegre, equipa que em

ambos os casos venceu, por 6-0,

ainda na fase de qualificação,

e 5-0 no apuramento final.

Odemirense projeta futebol do litoral alentejano

Um clube com história

A divisão de desporto do município de Beja, em parceria com

a Geração Radical BTT, organiza no próximo domingo um

passeio de BTT denominado “Trilhos do Concelho”. A prova

terá dois percursos com a extensão de 25 e 40 quilómetros e

a concentração será no Parque da Cidade, pelas 9 horas.

BTT “Trilhos do Concelho”

domingo em Beja

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O Hóquei Clube Patinagem de Grândola tem três anos de atividade e já projetou a sua equipa sénior para o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

Texto e foto Firmino Paixão

O Hóquei de Grândola formou-se em julho de 2009, com origem na

extinta secção de hóquei em patins do Clube Recreativo O Grandolense. Um projeto jo-vem, dinâmico, que concen-trou todas as energias no cres-cimento da patinagem da Vila Morena. Uma equipa de senio-res já promovida à 2.ª Divisão Nacional, que vai disputar o tí-tulo nacional depois de ter che-gado a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Uma base de for-mação que garante o futuro, e de que é exemplo a equipa de infan-tis que participa no campeonato nacional e a patinagem artística em franco crescimento e valori-zação. O rosto mais visível deste projeto é o presidente do clube, Paulo Cesário, que revela aqui as bases de tanto sucesso.

Uma época de excelência no ter-

ceiro ano de atividade do clube?

São três anos de existência deste clube, mas são três longos anos, porque os nossos atletas já prati-cavam a modalidade. A direção que fundou este clube acreditou que eles tinham capacidade de ir mais além. Identificámos as falhas que teriam que ser corri-gidas para que eles conseguis-sem atingir o patamar que atin-giram e o resultado tem sido feito por eles, com grande or-gulho nosso, porque lhes prova-mos que tinham capacidade de chegar onde pensavam que não conseguiam.

Além disso existiram outros fa-

tores determinantes para este

sucesso?

Sobretudo o facto de eles terem ganho confiança, de terem acre-ditado no seu valor e também a vinda de um novo treinador que

trouxe um novo modelo de jogo, uma nova forma de trabalhar que dinamizou a força de von-tade e as qualidades dos jogado-res, adaptando-as ao hóquei que se pratica atualmente.

A experiência que vinha do pas-

sado, um novo ciclo e um novo

técnico?

A vinda de Nelson Mateus, o atual treinador, foi um fator de-terminante para este novo ciclo. O Nelson tem uma longa expe-riência, esteve em vários clubes onde adquiriu esse conheci-mento, tinha uma visão diferente e já conhecia estes jogadores, pelo que soube pegar neles e levá-los onde achava que eles conseguiam ir. Aconteceu assim porque todos nós também acreditámos.

Valeu a pena ter fundado este

clube em claro rompimento com

o passado?

Valeu, porque quando criámos este clube existiam em Grândola 30 atletas nas modalidades de hóquei em patins e patinagem artística e, neste momento, es-tamos com 170. Não estamos em conflito com o passado, estamos aqui pela valorização da mo-dalidade e pelo crescimento do

número de praticantes na nossa terra.

O hóquei em patins é agora a mo-

dalidade mais emblemática no

concelho?

Talvez, devido aos resultados dos seniores, aos resultados também que os infantis atingiram, que es-tão a disputar o campeonato na-cional pelo segundo ano conse-cutivo e os mais pequenos vão retendo estes exemplos. Depois te-mos sempre uma boa assistência no pavilhão, seja em que jogo for, existe muito calor humano à volta das nossas equipas e isto vai con-tagiando a população que acaba nos ser recorrente no seu apoio.

Na 2.ª Divisão as exigências se-

rão a um nível mais elevado...

Já estamos a trabalhar no plane-amento da próxima época, não será fácil, mas queremos, pelo menos, ir conhecer a 2.ª Divisão e lutarmos pela manutenção. Esse será o objetivo inicial por-que não conhecemos esse pata-mar competitivo, a qualidade e o ritmo de jogo são diferentes, te-mos que trabalhar ainda mais e com a vontade que vejo nos atle-tas acredito que vamos assegu-rara a manutenção.

O clube tem uma boa retaguarda

de formação?

Temos um bom nível de atletas, alguns que nem estão a compe-tir porque têm compromissos académicos que os impedem de treinar com frequência, e temos nas camadas jovens uma af lu-ência enorme, o que será o mais importante para dar continui-dade a este projeto de cresci-mento do clube.

A atividade do clube não se es-

gota no hóquei em patins, existe

ainda a patinagem artística. Com

bons resultados?

Conquistámos três segundos lu-gares na disciplina de figuras obrigatórias nos campeonatos distritais e temos quatro atle-tas que vão aos nacionais em Baguim, na região do Porto.

O clube está na crista da onda...

Penso que sim, mas temos que ser humildes, não queremos voos muito altos para as quedas não serem grandes, vamos fa-zendo um trabalho consistente, devagarinho, evitando percal-ços e mantendo os nossos atle-tas, porque são eles os intérpre-tes principais do sucesso deste clube.

Atletismo em Odemira O 32.º Circuito de Atletismo Vila de Odemira realiza-se no próximo domingo a partir das 9 e 30 horas. A prova é organizada pelo Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, em parceria com as autarquias do concelho, e será aberta a atletas de todos os escalões, federados e não federados. A corrida de ju-niores e seniores masculinos terá a extensão de 7 800 metros e corre-se a partir das 11 e 20 horas.

Hóquei em patins Castrense recebe o SeixalDisputa-se na tarde de amanhã a

derradeira jornada do Campeonato

Nacional da 3.ª Divisão em Hóquei

em Patins (1.º fase), ronda em que

folga o Mineiro Aljustrelense e o

Castrense recebe a formação do

Seixal. O Hóquei de Santiago visita

a Juventude Salesiana e o Hóquei

de Grândola, já com bilhete de 2.ª

Divisão, mas afastado da Taça de

Portugal pelo Sporting de Tomar,

pelo resultado de 1/5, viaja para

Estremoz. Na ronda anterior, em

que se descansou o líder da prova, o

Santiago bateu o Estremoz (7/5), o

Aljustrelense perdeu em casa com

o Boliqueime (4/6) e o Castrense

foi derrotado em Azeitão (4/1).

Outros resultados: Nacional de

Infantis (7.ª jornada): H.Grândola -

-Oeiras, 4-3; Boliqueime-Sporting,

2-13; Estremoz-Paço d’Arcos, 0-7.

Próxima jornada (22(4): Oeiras -

-Estremoz; Boliqueime-Grândola.

Nacional de Iniciados (7.ª jornada):

Estremoz-Cascais, 3-1; Benfica -

-Paço d’Arcos, 6-2; CP Beja-Vasco

da Gama, 3-3. Próxima jornada

(22/4): Paço d’Arcos-Estremoz;

Cascais-CP Beja; Vasco da Gama -

-Benfica. Nacional de Juvenis (7.ª

jornada): Carvalhais-Santiago, 10 -

-4; Seixal-Sesimbra, 1-5; CP Beja -

-Benfica, 2-11. Próxima jornada

(22/4): H.Santiago-CP Beja

Andebol Zona Azul joga em AveiroA Zona Azul desloca-se amanhã à

localidade de Monte, no concelho

de Murtosa distrito de Aveiro, onde

disputará, com a equipa local, a

terceira jornada do Nacional da 3.ª

Divisão (fase de subida). Após duas

derrotas caseiras – Boa Hora na

ronda inaugural desta fase (17/24)

e com Módicus há oito dias (31/32),

apenas por um ponto. Boa Hora

e Ílhavo lideram, ambos com seis

pontos. A Zona Azul está no sexto

e último posto, com dois pontos,

tantos quantos tem o Monte,

adversário na ronda de amanhã

(19 horas). Na série de manutenção

o Andebol Clube de Sines, vindo

de uma derrota na Torre da

Marinha (32/17), joga amanhã

em casa com o Oriental (18 horas,

no Pavilhão Municipal de Sines).

Outros resultados: Nacional da 1.ª

Divisão de Iniciados Masculinos

(2.ª fase, 7.ª Jornada): CCP Serpa -

-Sporting, 19/27. Próxima jornada

(21/4) Ginásio do Sul-CCP Serpa.

Hóquei de Grândola na 2.ª Divisão Nacional

Os atletas são a essência do sucesso deste clube

Hóquei em patins A equipa do HCP Grândola promovida à 2ª Divisão Nacional

A pista do Complexo Desportivo Fernando

Mamede, em Beja, recebe na tarde de amanhã,

pelas 15 horas, o 15.º Torneio de Lançamentos

Dr. Carlos Gradiz, prova organizada

pela Associação de Atletismo de Beja.

Realiza-se no próximo dia 25 o 17.º Prémio de Ciclismo do Torrão/

abril 2012, prova organizada pela Associação de Ciclismo de

Setúbal, destinada ao escalão de masters (veteranos). A corrida

terá a extensão de 75,7 quilómetros, com partida às 15 horas, no

largo Bernardim Ribeiro, e chega no mesmo local às 16 e 45 horas.

Torneio de Lançamentos Carlos Gradiz

em Beja

17.º Prémio de Ciclismo

do Torrão para masters

Page 22: Ediçao N.º 1565

Diário do Alentejo20 abril 2012

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Acordo com benefi ciários

da Previdência/ARS; ADSE;

SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA;

GNR; ADM; PSP; Multicare;

Advance Care; Médis

FAZEM-SE DOMICÍLIOS

Rua de Mértola, 86, 1º

Rua Sousa Porto, 35-B

Telefs. 284324157/ 284325175

Fax 284326470

7800 BEJA

RUI MIGUEL CONDUTO

Cardiologista- Assistente de Cardiologia

do Hospital SAMSCONSULTAS

5ªs feiras

CARDIOLUXOR

Clínica Cardiológica

Av. República, 101, 2ºA-C-D

Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa

Tel. 217993338

www.cardioluxor.com

Sábados

R. Heróis de Dadrá, nº 5

Telef. 284/327175 – BEJA

MARCAÇÕES

das 17 às 19.30 horas

pelo tel. 284322973

ou tm. 914874486

MARIA JOSÉBENTO SOUSAe LUÍS MOURA

DUARTE

CardiologistasEspecialistas pela Ordem

dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta

Assistentesde Cardiologia

no Hospital de BejaConsultas em Beja

Policlínica de S. PauloRua Cidade

de S. Paulo, 29Marcações:

telef. 284328023 - BEJA

Análises Clínicas ▼

Cardiologia ▼

FAUSTO BARATAAssistente graduado

de Ginecologiae Obstetrícia

ALI IBRAHIMGinecologiaObstetríciaAssistente Hospitalar

Consultas segundas,

quartas, quintas e sextas

Marcações pelo tel.

284323028

Rua António Sardinha,

25r/c dtº Beja

CLÍNICA MÉDICA

ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia,

Ginecologia, Ecografi a

CONSULTAS

2ªs, 3ªs e 5ªs feiras

Rua Zeca Afonso, nº 16 F

Tel. 284325833

JORGE ARAÚJO

Assistente graduado

de ginecologia

e obstetrícia

ULSB/Hospital José

Joaquim Fernandes

Consultas e ecografi a

2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras,

a partir das 14 e 30 horas

Marcações

pelo tel. 284311790

Rua do Canal, nº 4 - 1º trás

7800-483 BEJA

Ginecologia/Obstetrícia ▼

Dr.ª Heloisa Alves ProençaMédica Dentista

Directora Clínica da novaclinicaExclusividade em Ortodontia (Aparelhos)

Master em Dental Science (Áustria)Investigadora Cientifica - Kanagawa

Dental School – JapãoInvestigadora no Centro de Medicina

Forense (Portugal)

Rua Manuel AntRua Manuel Antóónio de Britonio de Briton.n.ºº 6 6 –– 1.1.ºº frente. 7800frente. 7800--522 Beja522 Beja

tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Terapia da Fala ▼

TERAPEUTA

DA FALA

CATARINA

CHARRUA

Consultas e domicílios

de 2ª feira a sábado

Tm: 967959568

FRANCISCO FINO CORREIA

MÉDICO UROLOGISTA

RINS E VIAS URINÁRIAS

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas

Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20

7800-451 BEJA Tel. 284324690

Urologia ▼

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

Fisioterapia ▼

Psicologia ▼

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Fisiatria

Dr. Carlos Machado

Psicologia Educacional

Elsa Silvestre

Psicologia Clínica

M. Carmo Gonçalves

Tratamentos de Fisioterapia

Classes de Mobilidade

Classes para Incontinência

Urinária

Reeducação dos Músculos

do Pavimento Pélvico

Reabilitação

Pós Mastectomia

Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD,

Medis, Advance Care, Multicare, Seguros

Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S.

Marcações

pelo 284322446; Fax 284326341

R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Neurologia ▼

HELIODORO

SANGUESSUGA

DOENÇAS

DO SISTEMA

NERVOSO

CONSULTAS

às 3ªs e 4ªs feiras,

a partir das 15 horas

MARCAÇÕES pelos

telfs.284322387/919911232

Rua Tenente Valadim, 44

7800-073 BEJA

Consultasde NeurologiaDRª CAROLINA

ARAÚJO

Neurologista do Hospital

dos Capuchos, Lisboa

ConsultórioCentro Médico de BejaLargo D. Nuno Álvares

Pereira, 13 – BEJATel. 284312230

FERNANDO AREALMÉDICO

Consultor de Psiquiatria

ConsultórioRua Capitão João Francisco

Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA

Tel. 284320749

Psiquiatria ▼

JOÃO HROTKO

Médico oftalmologista

Especialista pela Ordem

dos Médicos

Chefe de Serviço

de Oftalmologia

do Hospital de Beja

Consultas de 2ª a 6ª

Acordos com:

ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Marcações pelo telef. 284325059

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia ▼

Oftalmologia ▼

Medicina dentária ▼

Luís Payne Pereira

Médico Dentista

Consultas em Beja

Clínica do Jardim

Praça Diogo Fernandes,

nº11 – 2º

Tel. 284329975

Dr. José Loff

Urgências

Prótese fi xa e removível

Estética dentária

Cirurgia oral/

Implantologia

Aparelhos fi xos

e removíveis

VÁRIOS ACORDOS

Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30

às 19 horas

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.

Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

7800-475 BEJA

Clínica Dentária ▼

AURÉLIO SILVAUROLOGISTA

Hospital de Beja

Doenças de Rins

e Vias UrináriasConsultas às 6ªs feiras

na Policlínica de S. PauloRua Cidade S. Paulo, 29

Marcações pelo telef. 284328023 BEJA

Urologia ▼

DRA. TERESA ESTANISLAU

CORREIAMarcação de consultas

de dermatologia:HORÁRIO:

Das 11 às 12.30 horas

e das 14 às 18 horas

pelo tel. 218481447

(Lisboa) ou

Em Beja no dia

das consultas

às quartas-feiras

Pelo tel. 284329134,

depois das 14.30 horas na

Rua Manuel António de

Brito, nº 4 – 1º frente

7800-544 Beja

(Edifício do Instituto

do Coração,

Frente ao Continente)

Dermatologia ▼

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Médico Especialista

pela Ordem dos Médicos

e Ministério de Saúde

GeneralistaCONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco

de Sousa, 56-A – Sala 8

Marcações

pelo tm. 919788155

Obesidade ▼

DR. J. S. GALHOZ

Ouvidos,Nariz, Garganta

Exames da audição

Consultas a partir das 14 horas

Praça Diogo Fernandes,

23 - 1º F (Jardim do Bacalhau)

Telef. 284322527 BEJA

Otorrinolaringologia ▼

GASPARCANO

MÉDICO ESPECIALISTAEM CLÍNICA GERAL/MEDICINA FAMILIAR

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Clínica Geral ▼

Page 23: Ediçao N.º 1565

Diário do Alentejo20 abril 2012

saúde 23

PSICOLOGIAANA CARACÓIS SANTOS

– Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais;

– Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional;

– Métodos e hábitos de estudo

GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica

Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

CENTRO DE IMAGIOLOGIA

DO BAIXO ALENTEJO

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –

Montes Palma – Maria João Hrotko

– Médicos Radiologistas –

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-

PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,

ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Tms. 924378886 ou 915529387

ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler

TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan

Mamografi a e Ecografi a Mamária

Ortopantomografi a

Electrocardiograma com relatório

Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.

Gerência de Fernanda Faustino

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,

Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________

Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira

e Castro – Jaime Cruz Maurício

Ecografi a | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital

Mamografi a Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan

Densitometria Óssea

Nova valência: Colonoscopia Virtual

Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare;

SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA;

Humana; Mondial Assistance.

Graça Santos Janeiro: Ecografi a Obstétrica

Marcações:

Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339;

Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja

e-mail: [email protected]

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/

Desabituação tabágica – H. Pulido Valente

Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina

Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de

Lisboa

Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja

Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia

Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental

e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro

Hospitalar do Baixo Alentejo.

Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –

Tratamento inovador para deixar de fumar

Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina

Familiar

Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação (difi culdades específi cas de

aprendizagem/dislexias)

Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja

Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/

Diabetes/Obesidade – Instituto Português de

Oncologia de Lisboa

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e

Vias Urinárias – H. Beja

Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria

– Hospital de Santa Maria

Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de

Medicina Interna, doenças de estômago, fígado,

rins, endoscopia digestiva.

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/

Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente

Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia

no Hospital de Beja

Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria

de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar –

Centro Hospitalar do Baixo Alentejo

Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital

de Beja

Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia

Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /

Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar –

Hospital de Beja

Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica –

Hospital de Beja

Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno

do Hospital Garcia da Orta.

Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não

invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata,

redução do tecido adiposo e redução da celulite

Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala

- Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala.

Perturbação da leitura e escrita específi ca e não

específi ca. Voz/Fluência.

Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de

Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade.

Perturbações do Desenvolvimento; Educação

Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.

Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira

especialista em saúde materna/Cuidados de

enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação

pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-

nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528

Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja

[email protected]

Page 24: Ediçao N.º 1565

Diário do Alentejo20 abril 2012

institucional diversos24

* Madeira – FESTA DA FLOR – De 21 a 25 de Abril* Excursão ao Santuário de Fátima – Dia 22 de Abril* Barcelona – Capital do Mediterrâneo – De 25 a 29 de Abril – Autocarro* Feira de Sevilha – Dia 28 de Abril* Nordeste Transmontano, Lagos de Senábria com Cru-zeiro Ambiental no Rio Douro – De 28/4 a 1/5* Arouca e São Macário – Dias 5 e 6 de Maio* Jóias da Beira – Arganil, Piódão, Coja, Góis, Lousã, Arouce, Candal, Castanheira de Pêra, Pedrógão, Sertã, Dormes – Dias 5 e 6 de Maio – Data alterada* Sintra Monumental – Com visita ao Palácio da Pena – Dia 6 de Maio* Turquia – Visitando: Istambul; Ankara, Capadócia, Pamukkale e Éfeso – De 6 a 13 de Maio* Lourdes, Andorra e Zaragoza – Por ocasião da Pere-grinação Militar – De 10 a 15 de Maio* Feira do Cavalo de Jerez de La Frontera – Dias 12 e 13 de Maio* Celebração do 13 de Maio em Fátima – Dias 12 e 13

de Maio* Galiza – 17 a 20 de Maio - Visitando: Sanxenxo - Grove - La Toja - Santiago de Compostela - Corunha - Pontevedra – Vigo* CRUZEIRO “FIORDES DO NORTE” – De 18 a 26 de Maio * Rota dos Judeus em Portugal – 19 a 20 de Maio - Visi-tando: Castelo de Vide - Sortelha - Sabugal - Serra da Mal-cata - Belmonte – Guarda* Cruzeiro no Alqueva – Dia 20 de Maio* Peñiscola e Gandia – De 26 a 31 de Maio - Visitando: Peñiscola – Morella - Benicássim - Oropesa del Mar -Va-lência - Gândia – Denia* MONTE SELVAGEM E FLUVIÁRIO DE MORA – Dia 27 de Maio* Cruzeiros no Douro – VÁRIOS PROGRAMAS DISPONÍ-VEIS TODO O VERÃO!* MOSCOVO E SÃO PETERSBURGO – De 13 a 20 de Julho* CRUZEIRO “LENDAS DO MEDITERRÂNEO” – De 28 de Setembro a 06 de Outubro

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Diário do Alentejo n.º 1565 de 20/04/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJARelação de subsídios e outros benefícios transferidos pelo município de Beja,

nos termos e para os efeitos da lei nº 26/94 de 19 de Agosto

2.º SEMESTRE 2011

BENEFICIÁRIO OBJECTIVO MONTANTE DATA DA DECISÃO

AERO CLUBE DE BEJA Actividade Regular 480,00 15-06-2011

AGRUPAMENTO Nº2 DE BEJA MARIO BEIRAOActividade Regular Pré-Escolar e 1º ciclo

Utilização do Pavilhão Plano Nacional Leitura

19290,00 1000,00 3850,00

02-02-2011 20-07-2011 02-02-2011

AGRUPAMENTO Nº3 BEJA-SANTIAGO MAIOR

Actividade Regular Actividade Regular

Utilização do Pavilhão Plano Nacional Leitura

10245,00 10485,00

1000,00 2900,00

03-11-2010 02-02-2011 20-07-2011 02-02-2011

AGRUPAMENTO Nº1 BEJA-ESCOLA EB 2,3 SANTA MARIA Aquisição Equipam. abertura Centro Escolar 22548,61 01-09-2010

AKABE-ACADEMIA DE KARATÉ DE BEJA Actividade Regular 1201,33 15-06-2011

ASSOCIAÇÃO ALENTEJO XXI Protocolo de Parceria Univ. Sénior

Projecto Piloto Mediador Municipal12420,00

1043,0604-05-2011 19-01-2011

ARRUAÇA-ASSOCIAÇÃO JUVENILApoio - 5ª Festival de Bandas

Subsídio "4ª Edição RASTAFEST"750,00

1000,0002-12-2010 07-07-2010

ASSOCIAÇÂO CULT. REC. DA ZONA AZUL Actividade Regular 2500,00 15-06-2011

ASS. HUMANITÁRIA BOMBEIROS VOLUNTARIOS BEJA Actividade Regular49063,00

375,0019-01-2011 19-05-2010

ASSOCIAÇÃO DE CICLOTURISMO DE BERINGEL Actividade Regular 528,00 15-06-2011

ASSOCIAÇÃO DE JOVENS DA SALVADA Subsídio "Festas Honra Nª Sra. Salvada" 1100,00 02-12-2010

ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE MOMBEJENSE Subs p/ projecto Animação Assoc. Solid. Mombejense 8000,00 16-12-2010

ASS. COM. SERVIÇOS E TURISMO DIST. BEJA Protocolo de Colaboração 12033,75 03-11-2010

APT-ASS. DESENV. REGIONAL PORTAS TERRITÓRIO Apoio Abertura Igreja dos Prazeres 8100,00 07-07-2010

ASSOC. JOVENS CARPE DIEM NA ALDEIAActividades c/ Crianças 1º Ciclo

Actividade Regular Apoio "VI Semana Cultutal Carpe Diem"

6750,00 875,00

1050,00

16-12-2010 19-05-2010 04-08-2010

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE TRIGACHES Actividade Regular 720,00 15-06-2011

ASSOCIAÇÃO JUVENIL PAGAIA SUL Actividade Regular 1040,00 15-06-2011

ASSOCIAÇÃO JUVENIL PAGAIA SUL Subsídio "Vamos à Piscina"-BejaPramad 1680,00 16-12-2010

BEJA ATLÉTICO CLUBE Actividade Regular 1500,00 15-06-2011

CAIXA SOCIAL CULT PESSOAL DA C.M.B.Assistentes Sala

Protocolo Colaboração957,00

3923,0006-07-2011 20-04-2011

CARLOS ALEXANDRE RIJO PALMA Bolsa de Estudo 1580,00 03-08-2011

CASA DO BENFICA EM BEJA Actividade Regular 989,33 15-06-2011

CASA DO POVO DE SÃO MATIAS Actividade Regular 720,00 15-06-2011

CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO DA TRINDADE Actividade Regular 1040,00 15-06-2011

CENTRO CULTURA DESPORTO Bº Nª SRA. CONCEIÇÃO Actividade Regular 2500,00 15-06-2011

CENTRO CULT. RECREIO E DESPORTO STA VITÓRIA Actividade Regular 979,00 15-06-2011

CLUBE BEJENSE AMADORES PESCA DESPORTIVA Actividade Regular 851,00 15-06-2011

CLUBE DE CAÇADORES DO BAIXO ALENTEJO Actividade Regular 1517,67 15-06-2011

CLUBE DE NATAÇAO DE BEJA Actividade Regular 2000,00 15-06-2011

CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA Actividade Regular 2000,00 15-06-2011

CLUBE DESPORTIVO DE BEJA Actividade Regular 2652,80 15-06-2011

CLUBE DESPORTIVO E RECREATIVO SALVADENSE Actividade Regular 1430,50 15-06-2011

CLUBE PORTUGUES DE AUTOMOVEIS ANTIGOS Subsídio "48 horas Automoveis Antigos" 2010 2000,00 03-11-2011

CLUBE REC. E DESPORTIVO CABEÇA GORDA Actividade Regular 2014,00 15-06-2011

CONSERVATÓRIO REG. BAIXO ALENTEJOActividade Regular Apoio Investimento

32500,00 25502,00

15-06-2011 15-06-2011

CORO DE CÂMARAActividade Regular

Subsídio "Concerto para o Natal"650,00

4000,0019-05-2010 16-12-2010

CORO DO CARMO DE BEJA Actividade Regular 1025,00 29-04-2009

DESPERTAR SPORTING CLUBE Actividade Regular 22000,00 15-06-2011

DIOCESE DE BEJAApoio 7ª Edição Festival Terras Sem Sombra Música Scara Baixo

Alentejo-Concerto"En Plein Air"4500,00 03-08-2011

FAMILIAS CARENCIADAS DE ACORDO COM REGULAMENTO Auxilios Económicos 810,00 03-08-2011FREGUESIA DE ALBERNOA Subsídio Feira do Idoso 250,00 15-06-2011

FUTEBOL CLUBE ALBERNOENSE Actividade Regular 1025,33 15-06-2011

GRUPO DE TEATRO JODICUS Actividade Regular 3875,00 19-05-2010

GRUPO DESPORTIVO CASA POVO QUINTOS Actividade Regular 680,50 15-06-2011

GRUPO DESPORTIVO E CULTURAL DAS NEVES Actividade Regular 720,00 15-06-2011

GRUPO DESPORTIVO E CULTURAL DO ALCOFORADO Actividade Regular 680,50 15-06-2011

GRUPO DESPORTIVO E CULTURAL MOMBEJA Actividade Regular 930,50 15-06-2011INOVOBEJA Microgeração 16089,21 18-05-2011

JUDO CLUBE DE BEJA Actividade Regular 2000,00 15-06-2011

JUVENTUDE DESPORTIVA DAS NEVES Actividade Regular 2000,00 15-06-2011

LOUREDENSE FUTEBOL CLUBESubsídio "V Fim Semana Cultural"

Actividade Regular1350,00 1105,00

30-09-2009 15-06-2011

MADDOGS BEJA BASKET CLUBE Actividade Regular 1362,00 15-06-2011

NÚCLEO SPORTINGUISTA DE BEJAActividade Regular

Subsídio-IV Torneio Futebol Juvenil "PAX LEONIUS"1688,00

100,0015-06-2011 16-12-2010

REGIMENTO DE INFANTARIA Nº 3 Apoio "Prog. Comem. 205º Aniversário dia do RI3-11" 1000,00 20-04-2011

STA CASA DA MISERICÓRDIA BEJADesfile Carnaval 2010 Desfile Carnaval 2011

93,00 82,50

24-03-2010 16-03-2011

SKATER CLUBE BEJA Actividade Regular 738,00 15-06-2011

SOCIEDADE COLUMBOFILA ASAS ALENTEJANAS Actividade Regular 496,00 15-06-2011

SOCIEDADE COLUMBOFILA ASAS DE BEJA Actividade Regular 700,50 15-06-2011

SOCIEDADE COLUMBOFILIA ALENTEJANA ST.VITORIA Actividade Regular 428,00 15-06-2011

SOCIEDADE FILARMÓNICA CAPRICHO BEJENSEActividade Regular 2009 Actividade Regular 2010

3000,00 1000,00

29-4-2009 19-05-2010

SOCIEDADE FILARMÓNICA CAPRICHO BEJENSE Campeonato Danças de Salão 150,00 20-10-2010

CEBAL Investimento-Subs. Anual p/ Apoio Activ. de I&D 40000,00 07-05-2010

T.U.B. - ASSOCIAÇAO TROVADORES DE BEJA Festival Internacional Tunas 1300,00 20-10-2010

UNIDADE LOCAL SAÚDE DO BAIXO ALENTEJOJornadas de Psicologia da ULSBA

Jornadas Inter. Médico do B. Alentejo500,00 500,00

25-11-2009 15-09-2010

UNIÃO DESPORTIVA CULTURAL BERINGELENSEActividade Regular

IX Torneio Município de Beja Inatel1500,00

935,0015-06-2011 15-06-2011

Beja, 23 de Março de 2012.

O Presidente da Câmara Municipal de Beja

Jorge Pulido Valente

Comemorações 25 de Abril em Beja

Dia 24 de Abril Na Praça da República

• 20H00 – Concentração na Praça da República • Participação das Colectividades / Clubes com Tasquinhas

• 22H30 – Actuação do Grupo “OPPOENTE” • 00H00 – Comemoração do 38.º Ano da Revolução de Abril

• Fogo de Artifício •00H15 – Actuação da Banda Filarmónica Capricho Bejense • 01H00 – Actuação da Banda de Rock “CARACOL BLUES” • 02H30 – Continuação da Animação c/ o DJ TAPE

No Jardim Público

• 9H00 – Caminhada Urbana com a participação de Grupos Musicais do Conservatório Regional do Baixo Alentejo (Ver programa próprio)

• Organização: Zona Azul

Exibições Desportivas: • 10H00 – Demonstração de Judo (Judo Clube de Beja)

• 10H50 – Patinagem Artística (Clube de Patinagem de Beja)

• 11H30 – Ginástica (Zona Azul) • 12H00 – Andebol (Zona Azul)

Na Igreja da Misericórdia • 12H30 – Sessão Solene

•Intervenções; •Intervenção Musical do Conservatório Regional do Alentejo; •Entrega do Prémio 25 de Abril – “Conta-me como foi”

Dia 28 de Abril No Complexo Desportivo Fernando Mamede

“ XII – Grande Prémio de Pista – Beja Atlético Clube (Ver programa próprio)

Organização: • Assembleia Municipal de Beja (Comissão Organizadora das Comemorações do 25 de Abril) • Colaboração: Câmara Municipal de Beja, Conservatório Regional do Baixo Alentejo, Zona Azul, Beja Atlético Clube, Clube de Patinagem de Beja e Judo Clube de Beja • Apoios: Alentejo Popular, Diário do Alentejo, Rádio Pax, Rádio Voz da Planície e Correio Alentejo

Dia 25 de Abril

Page 25: Ediçao N.º 1565

Diário do Alentejo20 abril 2012

institucional diversos 25

Espera a sua visita às Portas de Moura | Música ao vivo, petiscos, cozinha tradicional alentejana e mediterrânica

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Diário do Alentejo n.º 1565 de 20/04/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA

EDITAL

Jorge Pulido Valente, Presidente da Câmara Municipal de

Beja, em cumprimento do artigo 4.º, da Lei n.º 26/94, de 19

de Agosto, faz publicar a relação das doações efectuadas pelo

Município de Beja, no 2.º semestre de 2011:

Beja, 28 de Março de 2012.

O Presidente da Câmara Municipal de Beja

Jorge Pulido Valente

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Page 26: Ediçao N.º 1565

Diário do Alentejo20 abril 2012

necrologia26

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CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA MATILDE SERRENHO HENRIQUES, de 54 anos, natural de Messejana - Aljustrel, casada com o Exmo. Sr. António Manuel Palma Henriques. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

ALBERNÔA

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO ROSA DE BRITO, de 77 anos, natural de Trindade - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Catarina Silva Santiago de Brito. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, da Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério local.

PÓVOA DE CAMBAS / VILAR BARROCO

†. Faleceu o Exmo. Sr. CÉSAR DOS SANTOS, de 88 anos, natural de Vilar Barroco - Oleiros, casado com a Exma. Sra. D. Alzira Pereira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, da Capela de São Marcos em Castelo Branco, para o cemitério de Vilar Barroco - Oleiros.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. SILVINIA MARIANA ENGELINA, de 100 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. DELFINA BANZA RELVINHAS, de 76 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Capela da Mansão de São José, para o cemitério de Beja.

BEJA / BERINGEL

†. Faleceu o Exmo. Sr. DR. FRANCISCO GUIOMAR DE JESUS MARTELO, de 77 anos, natural de Aljustrel, casado com a Exma. Sra. D. Maria do Nascimento Palma Lança Martelo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Igreja Paroquial do Carmo, para Jazigo de família no cemitério de Beringel.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ EDUARDO CARVALHO BORRALHO, de 73 anos, natural de Vila de Frades - Vidigueira, casado com a Exma. Sra. D. Maria das Graças Barbosa Borralho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANDRESA MARIANA SOUSA, de 83 anos, natural de São João Baptista - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ROSALINA HENRIQUETA ROSA RAPOSO, de 92 anos, natural de São João de Negrilhos - Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Capela da Mansão de São José, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA GUERREIRO, de 84 anos, natural de Panoias - Ourique, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA / NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu a Exma. Sra. D. FRANCISCA D'ASCENSÃO AZEDO HORTA, de 73 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério de Nossa Senhora das Neves.

Às famílias enlutadas

apresentamos as nossas mais

sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

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Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

Vidigueira

AGRADECIMENTO

José Arsénio

Ferro Bonito

Nasceu 26.03.1963

Faleceu 15.04.2012

Sua família na impossibilidade

de o fazer pessoalmente agra-

decem por este meio a todas

as pessoas que o acompanha-

ram á sua última morada ou

de outro modo manifestaram

o seu pesar.

Vidigueira

AGRADECIMENTO

José Francisco

Trole Prego Nasceu 24.07.1933

Faleceu 13.04.2012

Sua família na impossibilidade

de o fazer pessoalmente agra-

decem por este meio a todas

as pessoas que o acompanha-

ram á sua última morada ou

de outro modo manifestaram

o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua das Graciosas, 7

7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 Tel. 284441108

Serpa

PARTICIPAÇÃO

Rita dos Remédios Morais

Faleceu a 13/04/2012

É com pesar que participamos

o falecimento da Sra. D. Rita

dos Remédios Morais, de 81

anos, natural de Serpa, casa-

da com o Sr. Bernardino Maria

Buracos. O funeral a cargo des-

ta Agência realizou-se no dia

14/04/2012 pelas 10.30 horas,

da Casa Mortuária de Serpa

para o cemitério local.

Apresentamos à família as cor-

diais condolências.

Serpa

PARTICIPAÇÃO

Edite Cândida Malveiro PatacaFaleceu a 14/04/2012

É com pesar que participamos

o falecimento da Sra. D. Edite

Cândida Malveiro Pataca, de

87 anos, natural de Serpa. O

funeral a cargo desta Agência

realizou-se no dia 15/04/2012

pelas 18.00 horas, da Casa

Mortuária de Serpa para o ce-

mitério local.

Apresentamos à família as cor-

diais condolências.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

SERPENSE, LDAGerência: António Coelho |

Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344

SERPA

MISSA

Fortunato Mendes Loução

20 Anos de Eterna Saudade

Esposa, fi lhos e netos parti-

cipam a todas as pessoas de

suas relações e amizade que

mandam celebrar missa por

alma do seu ente querido no

dia 20/04/2012, sexta-feira,

às 18.30 horas na Igreja da

Sé em Beja, agradecendo

desde já a todos os que se

dignarem assistir ao piedo-

so acto.

Montes Velhos

AGRADECIMENTO

José João Viegas da Silva

N. 17.01.1970 – F. 12.04.2012

A família, na impossibilida-

de de o fazer pessoalmente,

agradece por este meio a to-

das as pessoas que acompa-

nharam o seu ente querido à

sua última morada ou que de

qualquer forma manifestaram

o seu pesar.

MISSA

António Domingos Beijinho Lopes

10 Anos de Profunda

e Eterna Saudade

Esposa, fi lhos, noras, netos e

restante família recordam com

imensa saudade a ausência

do seu ente querido e parti-

cipam que mandam celebrar

missa pelo seu eterno descan-

so no dia 28/04/2012, sábado,

pelas 18 e 30 horas na Igreja

da Sé em Beja, agradecendo

desde já a todos os que nela

participem.

AGRADECIMENTO

E MISSA 30º DIA

Maria Amélia Barão Guerreiro

Faleceu em 21.03.2012A família, na impossibilida-de de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a to-das as pessoas que acompa-nharam a sua ente querida à sua última morada ou que de qualquer outra forma manifes-taram o seu pesar.Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 21/04/2012, sábado, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde já a todos os que a ela compa-reçam.

PARTICIPAÇÃO,

MISSA DE 30º DIA

E AGRADECIMENTO

Elvira Augusta Martins Silva

Sebastião

Sua irmã e sobrinho, vêm

por este meio cumprir o do-

loroso dever de participar o

seu falecimento ocorrido no

passado dia 23-03-2012 e

que na próxima segunda-fei-

ra, dia 23/04/2012, na Igreja

Paroquial do Carmo em Beja,

será rezada Missa pelo seu

eterno descanso, agradecen-

do desde já a todos quantos

estiverem presentes neste

acto, bem como àqueles que

a acompanharam à sua última

morada, estiveram presentes

nestes momentos tão difíceis

ou que de qualquer modo lhes

manifestaram o seu pesar.

AGRADECIMENTO

A famí l ia de MANUEL

RAPOSO CAVACO , ma-

nifesta reconhecida, o seu

profundo agradecimento

à equipa do Serviço de

Urgência e Hemodiál ise

do Hospital de Beja e Lar

Fundação Joaquim Honório

Raposo de Salvada, pelo

apoio e ajuda prestados du-

rante a doença do seu ente

querido acompanhando-o

sempre com muito carinho

e dedicação.

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Page 27: Ediçao N.º 1565

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27No âmbito do “Abril, Leituras Mil”, projeto de promoção da leitura da Biblioteca Municipal José

Saramago de Odemira, em parceria com as bibliotecas escolares do concelho, será realizado

amanhã, sábado, pelas 15 e 30 horas, na biblioteca, um workshop sobre hortas pedagógicas.

Esta é uma atividade organizada em articulação com a Biblioteca Escolar da EB 2,3 Damião de

Odemira. www.cm-odemira.pt

Hortas pedagógicasna Biblioteca

escolar EB 2,3 de Odemira

Decidimos incluir na vossa página algumas ideias para tornarem os vossos lanches e refeições bem mais divertidos e claro saudáveis. Não te esqueças de mostrar aos teus pais.

A páginas tantas...

Dica da semanaA dica de hoje junta dois em um. Por um lado um jogo divertido que tu podes construir com poucos materiais e, por outro, a paixão pelos angry birds.

Nunca vi uma bicicleta e os patos não me largam de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso, é o mais recente álbum editado pela Planeta Tangerina.Apresentado na grande Feira de Bolonha sobre literatura para a infância, este livro consegue levar-nos para além do que parece ser o óbvio e faz-nos ler nas entrelinhas do narrador, uma criança como tantas.Claro que os pais e a escola querem sempre o melhor para os seus “pequenos”, mas muitas vezes estão tão preocupados em ensinar tudo-e-mais-alguma-coisa, que o mais básico fica esqueciso, como levar-nos a ver uns patos ou ensinar-nos a andar de bicicleta...Um livro divertido, mas com grandes questões como “O que é mais importante?”, “Quantas maneiras há de aprender?” e “Para que serve a escola?”.

Pais ...

Estudar é preciso, mas brincar também. Desafia os teus pais e amigos para uma tarde bem passada. Corda, árvores e destreza são os ingredientes.

Page 28: Ediçao N.º 1565

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Boa vidaComer Cozido de grão com borrego Ingredientes para 6 pessoas:600 gr. grão de bico,2 kg. de perna de borrego, 100 gr. toucinho entreme-ado fresco, 1 l i ng u iça de porco alentejano, 2 batatas médias,100 gr. de abóbora, 200 gr. de feijão-verde, 2 cebolas, 4 dentes de alho,q.b. de salsa, 1 folha de louro, q.b. de sal, q.b. de hortelã, q.b. de água, 1 dl. de azeite, pão caseiro alentejano de véspera.

Confeção:

Deixar o grão de molho de um dia para o outro. No dia seguinte cozer o grão em água e um pouco de sal.Cozer a carne de bor-rego partida aos boca-dos, o toucinho e a linguiçaFazer um refogado com as cebolas, os alhos picados, o azeite e o louro. Quando a cebola estiver loura, junta--se a esta a água da coze-dura do grão e das carnes. Neste caldo são também co-zidos a batata, o feijão-verde e a abóbora, todos estes cor-tados aos cubos.No seguimento corta--se a linguiça às rode-las e o toucinho às tiras. Quando as verduras es-tiverem quase cozidas, junta-se o grão e as car-nes e retificam-se os tem-peros. No final perfuma--se com folhas de hortelã. Servir sobre as fatias de pão.E bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

LetrasComeres com poemas

É um livro de afetos este Comeres com poemas, de António Murteira, e

como tal principia. Como canto de amor ao Alentejo e ao pra-zer de comer. Se, porém, o au-tor faz o elogio e a pedagogia da comida alentejana [não esquece comidas do mundo por onde tem andado] não escamoteia a análise de um processo de mu-dança social e económica em curso na região.

Da pobreza dos campone-ses surgiu a criatividade para compôr o requinte dos sabores e aromas com ervas de comer, mas a revolução que trouxe a democracia trouxe também a mudança da paisagem agrícola e o esvaziamento das montes que não implicou um ganho de gente para as principais povoa-ções alentejanas.

A mudança está em curso mas o amor e a comida esta-rão sempre juntos e este li-vro, que faz um pouco de his-tória, um pouco de sociologia, um pouco de antropologia do Alentejo, é um contributo para fixar o momento de viragem do modo mais pertinente: com receitas tradicionais alenteja-nas descritas com gosto, sim-plicidade e um requinte feito de experiência.

Este receituário fixa um sa-ber de gerações, de gestos que se têm repetido, de geração em geração e que ajudam a definir uma identidade. A cozinha, o cante, e a emoção fazem parte desta identidade (a ordem é aleatória e não estou certa que cada um não orquestre os ou-tros). O que o livro de Murteira – político, escritor, homem de muitos saberes e atual diretor da “Revista Alentejo” – prova é que essa identidade existe e tem uma escrita onde há alma.

Maria do Carmo Piçarra

FilateliaAs emissões de 2012

Nestes ainda incompletos qua-tro meses do ano os correios puseram em circulação nove

emissões de vários produtos filatéli-cos, nomeadamente seis de selos, uma de etiquetas de impressão de franquia automática (Eifas) e duas de inteiros postais (IP).

As emissões de selos são as se-guintes: 12 de janeiro, “175 Anos da Escola do Exército”, emissão com-posta por dois selos e um bloco; 13 de fevereiro, “Vultos da História e da Cultura”, emissão de três selos; 23 de fevereiro, “A Palavra e a Imagem”, emissão composta de quatro selos e dois blocos; 20 de março, “Comunicar a Cores”, emissão com cinco selos; 10 de abril, “Guimarães Capital Europeia da Cultura”, emissão composta de quatro selos e um bloco; 17 de abril, “Erasmus – 25 anos”, emissão com um selo e um bloco.

A emissão de Eifas entrou em cir-culação no dia 28 de março e assinala o Ano Internacional das Cooperativas. Tem as habituais cinco franquias para as ATM Amiel, SMD e E-Post e quatro para as Crouzet.

Os IP tiveram o seu 1.º dia de cir-culação a 12 e 14 de março e assinalam respetivamente o Dia do Estudante e o Dia do Pi – 14.03.2012 destinam-se ao 1.º escalão da correspondência in-terna, o que equivale à franquia de 0,32 €.

Pa ra comemora r o Dia do Estudante, a secção f i latélica da Associação Académica de Coimbra desenvolveu um conjunto de ativi-dades que também foram assinala-das com a emissão de um carimbo comemorativo.

Quanto ao Dia do Pi, na Escola Secundária Dom Manuel Martins, em Setúbal, funcionou um posto tempo-rário de correio, provido de um inte-ressante carimbo comemorativo que regista os 36 primeiros números do PI ou seja 3,14165926535897932384626433832795028.

Geada de Sousa

António MurteiraEdições ColibriPVP: 15 euros296 págs.

28 O Zeus é um cachorro que pesa agora cerca de 13 quilos. É muito simpático e sociável com

pessoas e cães. É ainda muito jovem, com menos de quatro meses, e ficará de porte grande.

Não tem problemas de saúde, exceto o facto de coxear um pouco de uma patinha de trás,

devendo-se isso a uma fratura que está a solidificar, mas em breve vai poder saltar e brincar

à vontade. Venham conhecer este amigo de quatro patas ao Cantinho dos Animais de Beja.

Será vacinado e desparasitado antes da adoção.

Contactos: 962432844; [email protected]

O mundo do vinho em 10 artigos

A compra de vinhos

6As lojas de vinho de bairro e as garrafeiras das grandes superfícies são ponto de encontro de todos os enófilos. Neles se busca, com ou sem

assistência profissional e avisada, a oportunidade para o reforço da sua garrafeira com bons vinhos a melhores preços.

Para quem já não acredita no Pai Natal, as fei-ras de vinho de setembro, na moderna distribui-ção, podem antecipar o maior gasto com presentes

pessoais e profissionais que de-zembro nos reserva. Todos os grupos de distribuição alimen-tar – Continente, Pingo Doce, Auchan, entre outros – mere-cem a sua visita; por vezes exis-tem preços bastante diferencia-dos entre hipermercados para o mesmo vinho; outras vezes al-guns produtores optam por es-tar presentes em apenas uma feira. Prepare-se, com ou sem o auxílio dos guias que vão saindo para o mercado (como o “Guia Popular de Vinhos”), e descu-bra grandes vinhos a melhores preços.

Em Portugal não existem ca-deias de retalho especializado em vinhos, como acontece no Reino Unido ou em França. Cada cidade tem as suas garrafeiras de bairro, muitas delas com ati-vidades regulares de prova de novos vinhos, jantares vínicos, cursos de iniciação à prova de vinhos e um atendimento es-clarecido. No Algarve vale a pena destacar as Garrafeiras Soares e a Garrafeira Veneza, em Paderne. Em Lisboa, entre muitas hipóteses válidas, vi-site as lojas e os sites de www.coisasdoarcodovinho.pt, www.garrafeiracampodeourique.blo-gspot.com e www.garrafeira-nacional.com. Em Coimbra vi-site a Garrafeira Dom Vinho e a Garrafeira de Celas. Em Fátima tem a Garrafeira de Fátima. No Porto também são muitas as op-ções, com destaque para www.wineoclock.com.pt, www.garra-feiratiopepe.pt e para a garra-feira Augusto Leite. No Alentejo, encontrará algumas (poucas) garrafeiras nas cidades capi-tais – Évora, Beja e Portalegre – mas também em vilas e cidades como Elvas, Estremoz, Borba ou Grândola.

Aníbal Coutinho

Vinho de Calendário

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Vinhos para 2012”.

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Page 29: Ediçao N.º 1565

Diário do Alentejo20 abril 2012

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29

Petiscos

O contar das favas

Vamos às sopas quentes, estamos quase nas últimas do ano. Sopa de favas com farinheira frita e pão torrado. Torrado, é uma concessão aos fígados dos meus estimados leitores,

se podemos evitar fritos e mais fritos, com uma adequada substi-tuição por pão torrado, então façamo-lo à discrição.

“Vicia faber” da família das fabaceas, segundo os “especialistas” vieram da zona do mar Cáspio mas são produto do Mediterrâneo por excelência. Comeram-se verdes ou secas desde que as comu-nidades humanas recolectoras do crescente fértil se sedentariza-ram. Terão sido os caucasianos que primeiro as domesticaram, o que significa que a natural evolução e seleção da planta foi inter-rompida artificialmente pelo homem que a condicionou aos seus desejos e necessidades.

Nunca vi uma fava brava, isto é, descendente das que não so-freram essa modificação forçada – nem sei se há – mas vi trigo primitivo, em espiga. São uns baguinhos insignificantes, peque-níssimos. Para chegarmos aos que utilizamos nos nossos dias na panificação, centenas de milhares de agricultores semearam, cul-tivaram, colheram, escolheram e ressemearam os melhores. Foi assim com quase todas as espécies vegetais e animais que empre-gamos na alimentação. Um esforço brutal e permanente.

Mas, da nossa rapaziada, quem é que, hoje, come uma rebus-cada “baguete” de pão branco com carne de porco e molho de mos-tarda – cachorro quente, que raio de nome – e se lembra disto?

Comecemos. Compram-se farinheiras, assim, à “vol-de-oi-seau”, creio que uma farinheira por dois quilos de favas será su-ficiente. Faça as contas…como diria o nosso primeiro Guterres. Cozem poucos minutos em água bem fervente e joga-se fora o lí-quido resultante.

Agora fritam-se num pouco de azeite até estarem bastante secas de gordura. Tira-se a pele, cortam-se as pontas e desfazem-se com um garfo. Guarda-se. Faz-se um refogado com essa gordura, cebola, alho, folhas verdes de cebola e alho, cebolinho, coentros e mais aquilo que seja seu hábito empregar para as cozinhar normalmente. À exceção do louro, aqui não se usa.

Deitam-se agora as favas descascadas, dá-se meia dúzia de vol-tas para encharcar bem na gordura, versa-se água a tapar e mais um dedo. Fica a cozinhar, devem ficar bem quebradas, moles.

Antigamente passavam-se pelo “passe-vite”, agora há varinhas mágicas e outros artefactos movidos pelo serviço que a EDP nos presta. Pelo preço que leva, bem podia mandar para casa dos con-tratantes uma garrafinha de “champagne” e uma lata de caviar. A primeira versão era manual, dava trabalho mas a densidade do produto final era superior.

Essa pasta põe-se a ferver e vai-se acrescentando água até a consis-tência estar agradável, o que é diferente de gosto para gosto. À parte torrou-se pão fintado com isco da amassadura anterior. Pode usar-se uma torradeira mas no forno é mais rápido e leva mais de cada vez. As fatias têm de ser muito, muito finas.

Serve-se pondo um pouco de farinheira em cada prato e a res-petiva porção de pão torrado. Tem de ser servida muito quente, eu diria, a ferver.

Favas, na bacia do romano “Mare Nostrum” e seus arredores, são cultivadas e comidas há cerca de cinco mil anos. Em sopa, vai ver que gosta!

António Amodôvar

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História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mi-nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

Livros e música compõem a programação do fim de semana no espaço Os Infantes,

em Beja. Hoje mesmo, pelas 21 e 30 horas, é lançado o livro Do tamanho das nossas

vidas, de Filipe Chinita, natural de Montemor-Novo e autor de Gente povo todo o dia e

Cantata pranto e louvor. A apresentação ficará a cargo do autor e de José Baguinho, sendo

completada com leituras pelos atores António Revez e Ana Ademar. Amanhã, sábado,

pelas 22 horas, o palco fica por conta do grupo Cantigas do Baú, projeto bejense que

acabou de arrancar e que oferece uma nova abordagem à música de raiz tradicional.

Novo livro e música

tradicional n’Os Infantes

30

Fim de semana

NAVA comemora 23 anos com mostra coletiva O Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel

(NAVA) festeja os seus 23 anos de existência

com mais uma exposição “NAVA Convida”,

que é hoje inaugurada, pelas 18 horas,

no espaço Oficinas, mostrando algumas

das mais recentes obras produzidas

pelos dinamizadores do núcleo, além do

trabalho do convidado deste ano, Rui A.

Pereira. O artista plástico é atualmente

diretor da Galeria dos Escudeiros, em

Beja, e tem desenvolvido a sua atividade

em diferentes áreas de intervenção

– literatura, artes plásticas, teatro,

cinema, publicidade e equipamento –

utilizando o design, ilustração, gravura e

multimédia. A mostra coletiva vai estar

patente naquele espaço até 12 de maio.

Clássicos da literatura viram comédia em Grândola Grandes clássicos da literatura portuguesa,

como Eça de Queirós, Aquilino Ribeiro,

Luís de Camões ou Fernando Pessoa, vão

passar hoje, a partir das 22 horas, pelo

palco do Cine Granadeiro, em Grândola,

pelas mãos dos atores António Machado

e Philippe Leroux, na comédia “Diz-me

Deças”, de António Gonçalves Pereira. Uma

atuação com um “cariz algo especial, dado

tratar-se da Vila Morena e de acontecer nas

vésperas das comemorações da Revolução

dos Cravos”, explica a produtora, a

Publicar, sublinhando o facto de “haver

sempre um texto inédito relacionado com

a localidade em que se está a efetuar a

atuação, feito de forma surpreendente”.

Viera Nery profere conferência na igreja dos Prazeres O 8.º Festival Terras Sem Sombra

prossegue amanhã, sábado, em Beja, desta

feita com uma conferência proferida pelo

musicólogo Rui Vieira

Nery, agendada para

as 17 horas, na igreja

de Nossa Senhora dos

Prazeres, sob o título

latino “Cum liquida

voce et convenientissima

modulatione”.

Vieira Nery é

atualmente professor associado do

Departamento de Artes da Universidade

de Évora, investigador do Instituto de

Etnomusicologia – Centro de Estudos de

Música e Dança, e diretor do Programa

Gulbenkian Educação para a Cultura.

Dupla Bruno Nogueira e Miguel Guilherme em Beja

“É como diz o outro” para rir no Pax Julia

Ourique fotografado e escrito Avança com várias atividades o programa das come-morações do segundo ano de vida da Biblioteca Municipal de Ourique. Hoje, pelas 17 horas, é inau-gurado no auditório o espetáculo “Palavras fotografadas – Duas perspetivas sobre a mesma emo-ção”. Ourique está no centro das atenções, ora nas imagens do fotógrafo Valter Bento, ora através dos textos de Vítor Encarnação. No mesmo espaço, mas no dia 24, o escritor apresenta o livro Suão, com ilustrações de Joaquim Rosa, a partir do conto vencedor do Prémio Casa do Alentejo 2011.

O jovem humorista Bruno Nogueira e Miguel Guilherme, ator já consagrado, juntaram talentos na comédia “É como diz o outro”, que vai apresentar-se hoje, sexta-feira, a par-

tir das 21 e 30 horas, no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja. A peça relata o dia a dia de dois amigos que trabalham juntos, frente a frente, reproduzindo as suas conversas sobre a vida, aspirações,

dúvidas, e ainda confidências trocadas e teorias sobre temas tão complexos e pertinentes como “uma receita de arroz de rodovalho ou a escassez de pedra mármore”. A comédia, encenada por Tiago Guedes, baseia-se nos textos escritos e interpretados por Henrique Dias e Frederico Pombares na rúbrica homónima, emitida no pro-grama “Cinco para a meia-noite”, ainda na RTP 2.

Page 31: Ediçao N.º 1565

Diá

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facebook.com/naoconfirmonemdesminto

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aeroporto de beja

celebra primeiro

aniversÁrio com festa

no macdonald’s

O aeroporto de Beja celebrou o seu primeiro aniversário, o que mereceu uma celebração discreta mas não isenta de toda a pompa e circuns-tância. Segundo apurámos, realizou-se uma festa no MacDonald’s à qual compareceram dois amiguinhos: o aeroporto da Horta e o aero-porto de Badajoz. A festa, com a duração aproximada de uma hora, teve animação a rodos, com destaque para as pinturas faciais, o visiona-mento integral do voo inaugural vindo de Cabo Verde e o espetáculo com os fantoches “Voo Charter” e “ANA Privatizada”, que contou com textos, música e interpretação de Pedro Beja Neves, diretor da infraestrutura. No final do evento, o aeroporto alentejano soprou a vela estra-tegicamente colocada no bolo de aniversário: um queque de noz que até tinha uma noz e tudo – afinal, não é todos os dias que se celebra o primeiro aniversário.

InquéritoEm 2012 celebra-se o Ano Europeu do

Envelhecimento Ativo? Considera-se

um idoso ativo?

VIRIATO JOANETE, 134 ANOS

Ex-contabilista do rei D. Carlos

Gostava de ser, mas não te-

nho vagar. Entre a horta,

a universidade sénior,

o trabalho no call-cen-

ter, ser caixa no Mod... no

Continente..., o curso no

Politécnico, o meu trabalho

como acompanhante mas-

culino, ser cobaia para um medicamento contra a

calvície e o esperma em pó, diga-me lá como é que

envelheço ativamente? Envelhecer ativamente é

para esses meninos ricos com 90 anos que ainda vi-

vem com os pais e ouvem música do demónio como

o Duo Ouro Negro ou a Madalena Iglésias – é uma

chinfrineira que não me deixa dormir!! Desculpe lá,

mas agora deixe-me descansar cinco minutos antes

de ir para as obras...

MANOEL DE OLIVEIRA, 103 ANOS

Pessoa que mudou fraldas a Charles Chaplin

Não penso muito na idade

que tenho, sabe. Só me

preocupo em fazer mais fil-

mes para que o meu neto

tenha trabalho – ele é o

melhor ator do mundo com

a expressividade de um si-

nal STOP, mas eu gosto

muito dele, o que é que se

há de fazer? É bom ser acarinhado! Ainda há pouco

tempo a Universidade de Paris adiou sine die a en-

trega do “Doutoramento Honoris Causa” à mi-

nha pessoa. Se esperam muito, só post mortem.

Desculpe lá, foi uma piada latina que Cícero me

contou pessoalmente...

RATO MICKEY, 83 ANOS

Desenho animado que alterou o status da sua re-

lação com Minnie no Facebook para “É complicado”.

Eu sou um mouro de tra-

balho, ando no mundo

do espetáculo há quase

tanto tempo como o Mário

Crespo… Mas também

não vou negar, houve um

tempo na minha carreira

em que fiquei sem trabalho

e tive de emigrar. Trabalhei

num laboratório com outros ratos, fui cobaia para

tratamentos à próstata e ao óleo de cedro “Bicho

Carpinteiro”. Mas pronto, tenho de continuar a tra-

balhar porque a vida está complicada e a concorrên-

cia é muita no mundo da animação. Se paro, acabo

os meus dias numa gaiola com um hamster violento

e alcoólico.

Como seriao 25 de Abril hoje?Está a chegar mais um 25 de Abril. Cumprem-se 38 anos

sobre a Revolução dos Cravos e a Não confirmo, nem des-

minto decidiu fazer um exercício de altíssimo quilate jor-

nalístico ao nível de um João Gobern a celebrar um golo do

Benfica ou mesmo de um piscar de olho de José Rodrigues

dos Santos no final do Telejornal. E se o 25 de Abril fosse

hoje? Haveria combustível para as chaimites? Os capitães

teriam de mandar um kolmi a Otelo para que ele ligasse de

volta? Seria, certamente, vivido nas redes sociais, como re-

produzimos em seguida.

Candidatos à liderançada Federação do Baixo Alentejo do PS aliciam eleitorescom imitações de figurashistóricas do partido

Realizar-se-ão, no próximo mês de junho, elei-

ções para a Federação do Baixo Alentejo do Partido

Socialista. Os dois candidatos, Hélder Guerreiro

e Pedro Carmo, vice-presidente da Câmara de

Odemira e presidente da

Câmara de Ourique res-

petivamente, andam em

campanha desde o comí-

cio da Fonte Luminosa

em 1975. Ao que apurá-

mos, os candidatos têm

recorrido a todo o tipo de

estratégias para chamar

a atenção, entre as quais

a imitação de figuras len-

dárias do PS ao estilo do

programa da TVI “A tua

cara não me é estranha”.

E os espetáculos têm

feito as delícias dos mi-

litantes, como nos rela-

tou um elemento da sec-

ção do PS de Saboia: “Estes nossos candidatos são

um orgulho… Andam na estrada com uma atua-

ção que faz com que os musicais do La Féria pare-

çam uma sessão de sonambulismo: o Pedro imita

um Mário Soares montado numa tartaruga nas

Seychelles como poucos; já o Hélder, quando espa-

lha pó de talco no cabelo e fica com a voz nasalada,

é um “Socras” de primeira. Só lhe falta um livro de

filosofia debaixo do braço! Estes homens são artis-

tas com H grande!”. Sabemos, também, que já está

marcada uma recriação histórica das reuniões de

Seguro com o grupo parlamentar – nelas o líder do

PS irá jogar paintball contra todos os outros depu-

tados, que deverão usar uma máscara com a cara

de Pedro Silva Pereira e uma t-shirt com a frase:

José Lello rocks!”.

Page 32: Ediçao N.º 1565

Nº 1565 (II Série) | 20 abril 2012

RIbanho POR LUCA

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Nesta sexta-feira o céu deverá apresentar-se muito nublado. A temperatura oscilará entre os oito e os 19 graus centígrados. Amanhã, sábado, também são esperadas nuvens e no domingo o céu deverá manter-se nublado.

Ovibeja dá a provar os melhores azeites do mundoO II Concurso Internacional de Azeite Virgem

Extra – Prémio Ovibeja, integrado na 29.ª edição

da Ovibeja, que abre as suas portas no próximo dia

27, recebeu 63 azeites de diferentes partes do globo

para seleção. Os premiados do concurso vão ser

conhecidos no dia de inauguração da feira. O painel

de provadores, que inclui 23 jurados, “alguns dos

quais gurus internacionais”, reúne-se na próxima

segunda-feira, 23, numa unidade hoteleira da

cidade, para fazer a seleção dos melhores azeites nas

três categorias a concurso: frutado verde intenso,

frutado verde médio e frutado maduro. O júri

do Concurso Prémio Ovibeja, o único no País de

âmbito internacional, é composto por provadores

de Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Chile, “todos

reconhecidos pelo Conselho Oleícola Internacional”.

O II Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra,

uma organização conjunta da ACOS – Agricultores

do Sul, Casa do Azeite – Associação do Azeite de

Portugal, “excedeu, mais uma vez, as expectativas

da organização. Ultrapassou, em cerca de 50 por

cento, a participação do ano anterior”, adiantam

os organizadores. Os visitantes da Ovibeja terão

oportunidade de provar os azeites premiados durante

as provas comentadas de azeites que decorrerão todos

os dias da feira no pavilhão “Vinhos e Azeites”. A

Ovibeja é uma organização da ACOS – Agricultores

do Sul e tem, este ano, como tema central

“+Produção”.

Arte Pública estreia musical para a infância A companhia Arte Pública estreia na próxima

segunda-feira, 23, Dia Mundial do Livro, na Biblioteca

Municipal de Beja, a peça de teatro musical para a

infância “Canta-me um conto”, que se “apropria”

de contos universais como “O Patinho Feio”,

“Capuchinho Vermelho”, “O Gato das Botas” ou “A

Gata Borralheira”. O texto e as canções são de Gisela

Cañamero e a interpretação ficará a cargo dos atores

Catarina Pena e Luís Amaro. A sessões para o público

familiar têm lugar nos dias 23 e 25, pelas 18 horas,

enquanto que os espetáculos para as escolas podem ser

vistos às 10 e às 14 horas, nos dias 23, 24, 26 e 27.

É uma homenagem aos emigrantes da década de 60, tema que o autor con-sidera pouco explorado na ficção de

maior fôlego. Mas Fado, o primeiro ro-mance de Napoleão Mira, contém em si também um tributo inevitável a Amália Rodrigues. É que o autor, que também vem abordando a palavra por via da mú-sica e da performance, sofre de “amalite crónica”. Tal como uma das suas persona-gens, Estrela Carvas, a mulher que acom-panhou a diva nos seus últimos 30 anos de vida. O livro é lançado amanhã, sábado, pelas 16 horas, na Feira do Livro de Castro Verde.

Fado, o seu primeiro romance, é um livro

que relata a história de um grupo de emi-

grantes clandestinos que partem para

França, na década de 60, em busca de um

futuro melhor. Como chegou a este tema?

O tema da emigração é sempre um tema empolgante. Se a ele lhe juntarmos os pe-rigos e dificuldades que aquela geração enfrentou, temos matéria-prima quanto baste para levar a cabo a nossa missão. Depois, sempre achei que era um tema pouco tratado no género do romance. Foi-o recentemente por José Luís Peixoto e por Júlio Magalhães, mas numa aborda-gem naturalmente diferente da minha. De qualquer modo, pretendi com este meu ro-mance homenagear os homens e mulhe-res deste povo que um dia tiveram de par-tir pela calada da noite deixando para trás aqueles e aquilo que mais amavam.

Como surge Amália e a sua maior admira-

dora, Estrela, neste universo ficcionado?

Amália surge no romance já com ele em andamento. Quando escrevo, ouço mú-sica normalmente instrumental e, depois, muito Amália Rodrigues para os espaços

Napoleão Mira, 56 anos, natural de Entradas

Foi colaborador de jornais (“O Campo”, “Diário do Alentejo”, “Correio Alentejo”) e das revistas “30 Dias” e “O Trigueirão”, que fundou e dirigiu entre 1998 e 2000. Daí surge, em 2010, o livro Ao Sul, uma compilação das suas melhores crónicas. Reside no Algarve há quase 30 anos e deve a sua incursão na música e na palavra dita ao filho, o rapper Sam The Kid. Participou no disco “Pratica(mente)”, criou e interpretou, para o primeiro Festival Silêncio, o espetáculo “Palavras Nossas”, e associou-se a outros nomes da cena musical nacional, como Orelha Negra, Dino & The Soulmotion ou Sir Scratch.

em que não escrevo. Dei comigo a ouvir sem conseguir parar o tema “Gondarém”. Senti, então, que fazia todo o sentido in-cluir Amália como personagem impor-tante deste novelo de palavras. Tal como a Estrela, também sofro dessa doença cha-mada “amalite crónica”, daí que, quando decidi incluir a grande diva do fado, fui falar com quem melhor a conhecia e que com ela convivera nos últimos 30 anos da sua vida. A personagem Estrela Carvas surge motivada nessa longa conversa que tivemos e que me pareceu interessante in-cluir neste Fado. De resto, ela ainda nem sequer sonha que lá está!

Como autor, participou em vários traba-

lhos discográficos, nomeadamente de

Sam The Kid, seu filho, mas também tem

feito incursões como intérprete. Como

descreveria a sua relação com a palavra?

A minha relação com a palavra já é an-tiga. Comecei a brincar com ela na ado-lescência, depois andámos de costas vol-tadas durante largos anos, e só talvez nos últimos 15 anos é que voltámos a fazer as pazes. Hoje, não podemos viver um sem o outro. Dessa comunhão têm nascido arti-gos, poemas, crónicas, contos, letras e li-vros, que são o testemunho dessa nossa re-lação. Quanto à minha incursão na música e na palavra dita, esta tem como culpado o meu filho. Primeiro foi o convite para o disco “Pratica(mente)”, depois a parceria no espetáculo “Palavras Nossas”, que levá-mos ao primeiro Festival Silêncio, e, mais recentemente, com os Orelha Negra, para além de outras associações com outros ar-tistas da nossa praça, como o Dino & The Soulmotion, o Cruzfader ou ainda com o Sir Scratch. Tudo gente que tem na palavra o seu ganha-pão.

Carla Ferreira

Fado é lançado amanhã, sábado, em Castro Verde

Aos que partiram pela calada da noite

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