ediçao n.º 1548
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Diario do AlentejoTRANSCRIPT
SEXTA-FEIRA, 23 DEZEMBRO 2011 | DIRETOR: PAULO BARRIGAANO LXXX, N.º 1548 (II SÉRIE) | PREÇO: € 0,90
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Bispo de Beja denuncia trabalho escravo
Há imigrantes a trabalhar na agricultura que “são vítimas de intermediários sem escrúpulos”. Quem o afi rma é António Vitalino Dantas. O bispo de Beja diz que “há casos de pessoas a alimentar-se nos caixotes do lixo”. As condições de habitabilidade destas pessoas “são quase nulas”, afi rma. Os imigrantes trabalham mais horas para compensar a sua deslocação, o que não signifi ca “que sejam tratados como máqui-nas e não como seres humanos”. pág. 7
Vidigueira abandona Conservatório Regional
A decisão de abandonar o Conservatório Regional prende-se com o facto de a autarquia não concordar que as câmaras associadas que não pagam as suas contribuições continuem a ter os mesmos direitos das que têm as contas em dia e a tomarem decisões em assembleia--geral. Manuel Narra, presidente da autarquia vidigueirense, adianta ainda que “os devedores aumentaram os seus débitos” para com o Conservatório Regional. pág. 9
Governo quer grupode trabalho no aeroporto
O Governo quer criar um grupo de trabalho para defi nir “soluções de consenso” para o desenvolvimento do aeroporto de Beja. O “de-safi o” foi lançado em Beja pelo secretário de Estado das Obras Públicas, numa reunião com autarcas, deputados e agentes económicos do Baixo Alentejo. Sérgio Silva Monteiro quer que o aeroporto de Beja seja um “polo de desenvol-vimento, porque, neste momento, é um polo de retração”. pág. 6
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Anonymous alentejanosEstes miúdos querem mudar o sistema
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Já arde o braseiro de Natal no largo central de Barrancos. E este ano, na madrugada de 24 para 25, decorre o III Encontro de Zambombas. Um instrumento ancestral que acompanha os cantares da fronteira. Nesta edição do “DA” reproduzimos um texto de Aboim Inglez sobre o Natal em Aljustrel. E uma imperdível receita de peru que nos oferece António Almodôvar.Págs. 4/5 e 14/15
Natalem Barrancoscom zambombase braseiro
Bancos não fi nanciamEstradas
da Planíciepág. 6
SEXTA-FEIRA, 23 DEZEMBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXX, N.º 1548 (II Série) | Preço: € 0,90
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2011 Editorial
AmigdalitePaulo Barriga
Adquirir uma amigdalite, hoje, é meio caminho andado para apanhar
uma depressão. Especialmente se a amigdalite for daquelas malandras, daquelas que rei-vindicam penicilina, daquelas que deixam o portador à beira da Antártida e no instante se-guinte em pleno Saara, daque-las que pedem caminha. E é aqui, na caminha, que a amig-dalite pode evoluir alegremente para a depressão. Isto se o en-fermo tiver a lembrança de pas-sar as febres a apalpar os botões do comando da televisão. É que num instante pode ficar a saber que no dia seguinte está no de-semprego com uma indemni-zação miserável. Que o Estado vai despedir gente com fartura. Que o Governo percebeu que ha-via pessoas a mais em Portugal e quer mandar alguns para o es-trangeiro. Que a miséria atra-vessa o País de lés a lés. Mas que o FMI acredita que está tudo no bom caminho. Só que o cami-nho, como nas Aventuras do João Sem Medo, é longo, áspero e com muitos mais engulhos do que aqueles que até agora se pas-saram. Sem fim à vista, por-tanto. Uma história simples. José Gomes Ferreira imaginou uma aldeia de choramingas, Chora-Que-Logo-Bebes, rode-ada por uma floresta repleta de seres improváveis e fantásticos. É claro que ninguém naquela al-deia em tempo algum se atreveu a saltar o muro. Até que um dia, João Sem Medo resolveu partir à aventura. E conheceu a Fada dos Dois Caminhos, o Homem sem Cabeça, a Menina de Cristal, o Gramofone com Asas, o Príncipe das Orelhas de Burro, o Cavalo de Dom Quixote, a Princesa n.º 46734, o João Medroso, a Menina dos Pés Ocos. E depois de tanta aventura e conhecimento vol-tou a casa. Não para dizer aos restantes choraquelogobebenses para deixarem de se lamentar, mas sim para abrir uma fábrica de lenços. E enriquecer. Isto, não sei por que razão, faz-me lem-brar o regresso de grande parte dos nossos atuais e ilustrados e bem preparados governantes à Pátria. Ou talvez seja apenas da febre, maldita amigdalite.
António Sebastião, presidente da Câmara Municipal de Almodôvar e da Assembleia Distrital de Beja, destacou a “valia e importância” da reunião com o membro do Governo, que veio
“apontar caminhos por forma a fazer cessar a letargia” em torno dos projetos estruturantes do Baixo Alentejo.
Rosinda Barão,
52 anos, proprietária da livraria LupynandO comércio está mal em todo o lado, seja em que ramo for. Digo eu que tenho 32 anos de experi-ência e quem disser o contrário está a mentir. Nesta época mexe um bocadinho mais mas isto está péssimo. Basta olhar para as montras. Estamos no Natal e toda a gente tem descontos, é di-fícil. Mesmo que estejam a fatu-rar um bocadinho mais nunca será como nos anos anteriores, quando nesta altura se aprovei-tava para se amealhar mais al-gum dinheiro. As pessoas procu-ram o barato e não querem saber das novas coleções. A mim dá--me prazer é vender as novidades.
Lena Pascoal,
55 anos, proprietária da sapataria PopularAs vendas estão péssimas, nem em fevereiro fizemos vendas tão ruins como estamos a fazer em de-zembro. Sou comerciante há 32 anos, no ramo dos sapatos, e nunca me recordo de um ano tão ne-gro. Mesmo que ainda mexa um bocadinho o que se vai vender já não recupera o que não se ven-deu. Não cheira a Natal em lado al-gum e não é só no meu ramo. Ou as pessoas vão deixar para com-prar na última hora ou então vão esperar pelo início do ano, pe-las promoções. Eu vou fazer já uma campanha de Natal para ver se vendo um pouco mais.
Francisco Carrapiço,
61 anos, proprietário da Casa das Lãs Está mais fraco do que é ha-bitual, mas vai indo e ainda vai mexendo, é o que há. Não é igual aos outros anos. Normalmente começam a fa-zer as compras mais cedo, logo nos primeiros dias de dezem-bro, depois para o fim o pes-soal já não tem dinheiro. As pessoas compram as coisi-nhas mais baratas e com o di-nheiro de uma ou duas com-pram logo para o pessoal todo. Isto está muito mau.
Joêl Gillier,
48 anos, proprietário da loja KilimMuito mal, nunca passei por isto, estou a vender menos 40 por cento. A situação geral é que a cidade está a morrer aos poucos, o centro histórico está moribundo. A partir daí só se pode resistir sem grandes pers-petivas de que as coisas mu-dem, porque, na verdade, a si-tuação atual é catastrófica para o comércio tradicional. A crise está a prejudicar-nos bas-tante, sem dúvida, mas a ver-dade é que as pessoas mudaram de hábitos, deixaram de pas-sear no centro histórico. Agora nota-se uma pequena mudança, mas não é aquilo que se espe-rava para uma altura destas.
Voz do povo Como estão a decorrer as vendas de Natal? Inquérito de Ângela Costa
Fotonotícia Luzes com fartura. A Câmara de Beja decidiu: este ano não vai haver luzes. De Natal. Para poupar uns eurinhos. E
“…o pai da criança” também não vem de graça. Todas as luzes apagadas. Todas? Todas não. A “Vivenda Diogo das farturas” resiste à míngua e ilu-
mina toda a rua. É para os bejenses o que a árvore de Natal do Rockefeller Center é para os nova iorquinos. E levam-se lá os miúdos, e os graúdos.
Tiram-se fotografias de família com o presépio por detrás. Ali reinventa-se o Natal. Que sem luzes é sempre mais triste. José Serrano Texto e Foto
Vice-versa“Uma autêntica desilusão”. Foi desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo se manifestou perante as soluções – ou a falta delas – apresentadas pelo secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Ribeiro, num encontro com autarcas do Baixo Alentejo, onde foi discutido o futuro do aeroporto de Beja, da A26 e a eletrificação da linha Casa Branca/Beja.
pal de Ferreira do lo secretário deentejo, onde foianca/Beja.
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2011Rede social
O que procura o visitante do por-
tal Beja Digital?
O visitante vem à procura de in-formações sobre a região, sobre-tudo porque a informação está atualizada, para além de ser bas-tante diversificada (economia, cultura, sociedade, política, em-prego, turismo, ambiente, agri-cultura, comércio e saúde, entre outros). A parceria é composta pe-las 13 câmaras da sub-região do Baixo Alentejo e mais 12 orga-nismos que representam pratica-mente a maioria das forças vivas da região.
Que serviços e informações ofe-
rece o portal?
O portal está estruturado em três vertentes: Investir, Conhecer e Viver na Região. No que diz res-peito ao Investir, aqui encontra-se o Beja Biz com todas as ferramen-tas e informações sobre o tecido empresarial da região (territorial, Beja Empreende/ Negócios, Marca Beja, formação e outras formas re-gulamentares com vista à criação de empresas e captação de inves-timentos). Quanto ao Conhecer e Viver na Região é disponibilizada toda a informação sobre os nossos municípios e os diversos organis-mos que integram o projeto, desde a oferta de produtos e serviços do nosso território, bem como to-das as oportunidades existentes. Desta forma o Beja Digital permi-tiu criar modelos de comunicação interativa, novas formas de negó-cio e ainda disponibilizar compo-nentes de governo eletrónico local, porque agrega numa única pla-taforma web um vasto conjunto de agentes de desenvolvimento regional.
Esperavam atingir os dois mi-
lhões de visitantes em tão pouco
tempo?
Era expectável rececionar um nú-mero elevado de visitantes, pois nesta plataforma converge muita informação permanentemente atualizada sobre a região e o que nela fazem as autarquias e os ou-tros parceiros. Mas o número de visitantes é surpreendente. Há dias que atingem os 1 500. Tal facto agrada à Ambaal (proprie-tária do projeto). É o reconheci-mento do seu trabalho na promo-ção do território. Por outro lado, difundimos a informação também em inglês e espanhol, o que per-mite levar o Alentejo mais longe, ampliando, assim, o número de visitantes.
3 perguntasa Orlando
Pereira
Foram os meninos do Patronato que fizeram este presépioE com as suas reciclagens venceram o primeiro prémio do concurso de montras, que a Câmara de Beja lançou às escolas da cidade.O Patronato de Santo António e a loja Rox estão de parabéns.
Coordenador do projeto Beja Digital
Semana passada
QUINTA-FEIRA, DIA 15 BEJA CÂMARA TEM NOVA VIATURA PARA RECOLHA DE RESÍDUOS NAS FREGUESIAS RURAIS
A Câmara de Beja dispõe de uma nova viatura para recolha de resíduos sólidos urbanos nas freguesias rurais do concelho, cuja compra implicou um investimento de cerca de 127 mil euros. A viatura, com uma capacidade de 15 metros cúbicos e adaptada para recolha de contentores de 800 litros, foi adquirida no âmbito do plano da autarquia de melhoria dos serviços de higiene e limpeza urbana, explica o município. O plano prevê a “substituição gradual” do parque de viaturas de recolha de resíduos da Câmara de Beja, que, atualmente, é composto por 12 viaturas, sendo cinco de recolha de contentores de 800 litros, três de recolha de contentores tipo Molok (duas com compactador), duas para recolha no centro histórico e duas para os vários serviços de limpeza.
SEXTA-FEIRA, DIA 16 GRÂNDOLA PRÉMIO DISTINGUEMELHORES ALUNOS DO CONCELHO
A Câmara Municipal de Grândola atribuiu o prémio Dr. Evaristo de Sousa Gago, que distingue os melhores alunos do concelho nos diferentes ciclos de escolaridade: 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário (ano letivo 2009/10). Os galardoados são o Francisco Campos André, melhor aluno a concluir o 2.º ciclo, Rita Melo Rodrigues, melhor aluna a terminar o 3.º ciclo, e Ana Miguel Oliveira Rodrigues, melhor aluna a completar o ensino secundário. Os prémios a atribuir são de 800 euros para a vencedora do 2.º ciclo e 1 200 euros para os premiados do 3.º ciclo e ensino secundário. A seleção dos melhores alunos é efetuada pelos estabelecimentos de ensino do concelho em função do aproveitamento escolar ao longo de todos os anos que integram um ciclo de escolaridade.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 19 BEJA ROUBO DE COBRE PROVOCA PREJUÍZOSAOS AGRICULTORES
Teve lugar nos últimos dias na zona de Beja mais uma vaga de assaltos de cabos elétricos de equipamentos agrícolas, noticiou a Rádio Voz da Planície. Para os agricultores “estes assaltos podem significar milhares de euros de prejuízos e em alguns casos a perda total de culturas”. Francisco Palma, presidente da AABA – Associação de Agricultores do Baixo Alentejo pede uma fiscalização mais apertada por parte das autoridades. Ainda de acordo com o responsável, a AABA esteve na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar “para sensibilizar os deputados para esta questão e pedir leis mais restritivas no que toca ao comércio do cobre”.
GRÂNDOLA OITO ADOLESCENTES DESAPARECIDOS NA SERRA EM ATIVIDADES ESCOLARES
Oito adolescentes estiveram desaparecidos durante uma hora na serra de Grândola quando participavam em atividades escolares, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal. O alerta foi dado aos bombeiros pelas 17 e 20 horas, depois de os monitores terem dado pelo desaparecimento dos menores, entre os 12 e os 17 anos, que foram encontrados nas redondezas pelas 18 e 18 horas. A Lusa procurou obter mais informações sobre o caso junto dos Bombeiros Voluntários de Grândola, que prestaram o socorro, mas sem sucesso. O CDOS Setúbal alegou não dispor de mais dados.
QUARTA-FEIRA, DIA 21CASTRO VERDE VILA DISPÕE DE CINZEIROS COLETIVOS PARA CINZAS VEGETAIS
Os habitantes de Castro Verde já dispõem de cinzeiros coletivos em vários locais da vila e onde poderão depositar cinzas vegetais de lareiras, braseiras, fornos, recuperadores, salamandras e grelhadores, que não podem ser depositadas nos contentores normais devido ao risco de incêndio. As cinzas serão depois usadas como fertilizante de solos e integradas no composto produzido na Unidade Municipal de Compostagem, que será encaminhado para as hortas comunitárias, explica a câmara.
Estes bolos-rei não são para comer, são apenas para verE que bonita é a decoração que as crianças da Escola Aberta fizaram para a montra do Luiz da Rocha. Ficaram com o segundo prémio, mas nestas coisas da imaginação todos ganharam.
O melhor remédio é aquele que nos dá alegrias destasEsta é a montra da Farmácia Pacheco. Está fantástica. E as pessoas que lá vão à procura de outras curas, ficam logo mais animadas com o trabalho dos meninos de O Avião. 3.º prémio.
Ainda há quem faça coisas bonitas na praça da RepúblicaA loja Primus venceu o concurso do ano passado e este ano mereceu uma menção honrosa devido aos decoradores do Centro Social do Salvador. O bom gosto também mora no centro da cidade.
Com molduras destas vamos todos tirar um retratoA Foto Star é mais uma das lojas tradicionais da cidade. E a criançada do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares soube dar-lhe o valor que ela merece: uma menção honrosa. Para ambos.
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Talvez não chegue à centena o número de zambombas a “roncar” à
volta do gigantesco lume na noite de Natal, frente à igreja. Para já,
fica o apelo da Câmara Municipal de Barrancos, que organiza o III
Encontro de Zambombas, a decorrer na madrugada de 24 para 25,
uma homenagem a um instrumento que os avós da raia foram apre-
sentando aos seus netos ao longo de gerações, como companhia para
os tradicionais cânticos natalícios da vizinha e irmã Espanha. Por es-
tradas sinuosas, a crise também chega a Barrancos. Mas acredita-se
que não terá peso suficiente para vencer o seu peculiar “espírito de
festa” e estragar mais um Natal em comunidade.
Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
Em Barrancos, cumpre-se mais uma vez a tradição do Natal comunitário
Zambombas e braseiro grande para aquecer o menino Jesus
Faltam cinco dias para a véspera de Natal mas a pilha de azinho já atinge a dimen-são certa para aquecer os barranque-
nhos na noite longa que se avizinha. Frente à igreja, na praça que faz as vezes de arena na festa de agosto, vários funcionários da câ-mara local descarregam os últimos troncos e ramos. É o culminar do processo de “an-gariação de lenha para a fogueira” como lhe chama Norberto Franco no livro O porquê de Barrancos, que já dura desde 8 de dezembro, e no qual todos podem e devem participar. Ao final da tarde, finda a procissão em honra da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, os ramos levados simbolicamente pelos fiéis no cortejo são deixados no centro da praça da Liberdade. A partir daí, a pilha vai ganhando corpo paulatinamente e até mesmo as crian-ças da escola participam na tarefa, transfor-
Antigamente, trabalhava-se de sol a sol. O Natal era uma época em que se agrupavam todos, amigos
e família, e aqueles dois ou três dias tinham que ser bem aproveitados, porque logo vinham mais seis
meses de trabalho até à festa. Agora as pessoas convivem todos os dias, todos os dias se veem, todos os
dias bebem copos… Não há menos gente, mas há outra forma de viver a festa”. Francisco Mariano Rodrigues❝
mando-a num ritual. Chegam a cantar pelas ruas e deixam a sua parte.
Em Barrancos o Natal também é das fa-mílias mas ultrapassa esse núcleo exclusivo de pais, irmãos, avós e tios para se estender a toda a comunidade. A uma família maior que se reúne no centro da vila, aquecida pelas cha-mas que muitas vezes se erguem para além da torre da igreja. E que servem, ora para “aque-cer o menino Jesus”, ora para “assar o cata-lão e fazer as migas”, descreve Isabel Sabino, vereadora da Cultura na câmara municipal, a mesma entidade que promove o Encontro de Zambombas, cuja terceira edição decorre amanhã, 24, “ao acender do lume”, ou seja, a partir das seis da tarde. A organização, como apela o cartaz, quer “juntar 100 zambombas a tocar”. Mas a própria vereadora reconhece que “talvez seja um objetivo difícil de cumprir”,
Na capa
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apesar de manter uma fé inabalável no “espí-rito de festa” que Barrancos guarda na sua for-tíssima costela espanhola e que, certamente, não deixará que o povo se deixe abater sob o peso da tão propalada “crise”.
Sobre a zambomba, instrumento de per-cussão de construção simples, ao alcance de qualquer um, e inconfundível timbre roufe-nho, pouco se sabe em Portugal. Se quiser-mos saber das suas origens, teremos que ir ao lado de lá, ao povo vizinho de Encinasola ou a outros pequenos aglomerados das regi-ões espanholas de Andaluzia e Extremadura. Lá não há Natal sem zambomba e zambomba sem villancicos, os tradicionais cânticos nata-lícios espanhóis que em Barrancos, tal como noutros pontos da raia, como Elvas ou Campo Maior, são reproduzidos na língua original e sabidos de memória.
Francisca Branquinho, 70 anos, mulher enérgica e alegre, exemplifica. Pede água para humedecer a mão com que vai friccio-nar a cana que atravessa a pele de coelho, bem esticada no bordo do recipiente cilín-drico, de lata. Ao ritmo do som monocórdico e repetitivo, arranca: “Esta noche es Noche Buena/Noche de hacer briñuelo/Y mi madre no lo hace/Porque no tiene dinero”. Além de recordar tempos de menos abundância, este villancico faz referência a um dos tipos de doces em massa frita que não podem faltar à mesa de uma família barranquenha nesta
quadra. Além dos “brinhólus”, à barranque-nha, há também os “ganhótes”, os “borra-chos”, as “rosas” e os “pinhonates”.
Francisca é vice-presidente da associa-ção de reformados local e uma das guar-diãs mais entusiastas das tradições de Natal em Barrancos, que frequentemente é convi-dada para transmitir este saber aos mais no-vos, como aconteceu há dias na festa de Natal da escola, que decorreu no cineteatro da vila. “Os meninos cantaram muito bem todas as canções espanholas”, elogia, e conta que aprendeu com os pais, “bem pequenina”, ela e os cinco irmãos, a tocar a zambomba, re-cordando com saudade “os natais no campo, nas malhadas, que eram mais bonitos”. O da praça, lamenta, já teve os seus dias. “A mo-cidade agora não gosta disto, querem é dis-cotecas, e os mais velhos, muitos deles, estão doentes, já não têm vontade. Há dois anos, as únicas zambombas que havia eram as do meu marido e dos meus filhos, que vieram de Lisboa. Viemos todos de casa tocando a zambomba até à praça”.
Francisca garante também que, em Barrancos, “homens e mulheres, toda a gente sabe” como tanger este estranho tam-bor de fricção, aparentado com a cuíca brasi-leira, inseparável dos sambistas. Mas encon-trá-los para ouvir o que sabem não é tarefa fácil. Deixamos a manhã de sol de inverno na praça que há de ser um monumental
braseiro e entramos no mundo mascu-lino da Sociedade Recreativa e Artística Barranquense. Francisca serve-nos de guia mas nem o sorriso e o ar despachado conse-guem arrancar aos seus conterrâneos uma palavra que seja. Todos se fecham de cara voltada para o balcão, à exceção de Manuel Rodrigues, um octogenário cujo bom hu-mor contrasta com um certo fatalismo. “Isto está muito diferente… Nem metade já do que era. Antigamente, quase toda a gente tocava nas malhadas, nos montes, mas hoje isto está arrumado já. A vida deu voltas, não há di-nheiro, e a gente anda aborrecida”, declara, enquanto observa o neto de cinco anos, tam-bém Manuel, a quem ensinou como arrancar som de uma lata de conservas. O miúdo finta a mãe que o tenta convencer a mostrar as ha-bilidades numa pequena zambomba à sua escala. Ao fim de uma quantas voltas pelo bar da Sociedade, rende-se e junta-se ao avô e a Francisca junto à pilha de lenha para uma demonstração.
Lá dentro, Francisco Mariano Rodrigues, de 44 anos, respetivamente filho e pai do avô e neto que acabámos de deixar a “zambom-bear”, continua a aviar taças de vinho e chá-venas de café ao balcão. Talvez consiga ir to-car a zambomba na noite de Natal, roubando uma pausa ao serão que costuma ser de “casa cheia”. “A vida é assim: para que uns se divir-tam, outros têm que trabalhar”, resigna-se,
e avança uma explicação para a forma me-nos apaixonada com que se vive atualmente o Natal em Barrancos, segundo os anci-ãos. “O que vai mudando são as pessoas. Antigamente, trabalhava-se de sol a sol e as pessoas não vinham todos os dias ao povo; estavam por esses campos. O Natal era uma época em que se agrupavam todos, amigos e família, e aqueles dois ou três dias tinham que ser bem aproveitados, porque logo vi-nham mais seis meses de trabalho até à festa. Agora as pessoas convivem todos os dias, to-dos os dias se veem, todos os dias bebem co-pos… Não há menos gente, mas há outra forma de viver a festa”.
A autarquia já identificou o desinteresse dos adultos e o cansaço dos decanos e, por isso, há perto de cinco anos que vem apon-tando baterias para os mais novos. “Pôr os mais novos e os mais velhos em contacto é a forma que nós temos de perpetuar a tradi-ção. Esta é a terceira edição do Encontro de Zambombas mas antes disso, de uma forma ou de outra, nós já tínhamos essa preocupa-ção de trabalhar com as escolas, fazendo ate-liês, promovendo a sua participação na festa de Natal, como vai acontecer este ano”, ex-plica Isabel Sabino, convicta de que esta festa comunitária não vai perder-se. Ou não esti-véssemos nós em Barrancos, terra que já pro-vou não abdicar das suas mais arreigadas tradições.
A organização,
como apela o cartaz,
quer “juntar 100
zambombas a tocar”
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Actual
JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHO, LDA.Rua D. Afonso III, Ed. Toyota, Apart 76 7800-050 Beja Tel. 351284311410/12 Fax 351 284 311 419 [email protected]
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O secretário de Estado das Obras Públicas reconheceu esta semana que há trabalhos suspensos nas obras da sub-concessão Baixo Alentejo, devido à “di-ficuldade” da concessionária em obter fi-nanciamento junto dos bancos e à qual o Estado é “completamente alheio”.
“Há pequenos apontamentos em termos de suspensão” de tra-balhos nas obras da subcon-
cessão Baixo Alentejo, que inclui a constru-ção da A26 (Sines/Beja) e a requalificação do IP2 (São Manços/Castro Verde), disse o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro.
Segundo o governante, o que “verdadei-ramente” existe “é uma dificuldade na ne-gociação entre o concessionário [o consórcio Estradas da Planície] e os bancos”, com vista à obtenção de dinheiro para financiar as obras, “na qual o Estado é completamente alheio”. O governante referiu ainda que o Estado “tem procurado criar condições para que a obra retome” e, “dentro do princípio de rigor or-çamental, tem tido uma preocupação: man-ter, na medida do possível, o investimento no interior”.
Sérgio Silva Monteiro falava aos jorna-listas em Beja, após uma reunião com autar-cas, deputados e agentes económicos do Baixo Alentejo sobre o ponto de situação de projetos estruturantes para a região, como a constru-ção da A26 e a requalificação do IP2.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião, o presidente da Câmara de Beja e pre-sidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral disse que a suspen-são das obras “preocupa muito” os autarcas
da região. “A bola está do lado da concessio-nária, que não tem dinheiro para continuar a obra. Isso preocupa-nos muito, porque é si-nal de que a situação não se vai resolver rapi-damente”, disse Pulido Valente. No entanto, frisou, o secretário de Estado garantiu que o consórcio Estradas da Planície vai “retificar” a sinalização nas zonas de obras “para que não haja problemas de segurança”.
“O Governo remete o problema para uma dificuldade de financiamento das empresas” que integram o consórcio Estradas da Planície, “mas é verdade que o Governo impôs uma re-negociação dos contratos que existiam”, disse o deputado do PS eleito por Beja, Pita Ameixa. “Naturalmente que isso pôs em causa o finan-ciamento das empresas e a capacidade que têm de ter crédito junto dos bancos” e, por isso, “é que as obras estão paradas”.
O deputado do PCP eleito por Beja, João
Ramos, lamentou que o secretário de Estado não tenha dito quando as obras da A26 e no IP2 vão continuar e terminar e que tenha afir-mado que a suspensão é “um problema in-terno da concessionária”. Ou seja, as obras es-tão “dependentes de entidades externas e o Governo tem muito pouca capacidade de in-tervenção”, lamentou.
Quanto às ligações ferroviárias, Pulido Valente disse que o secretário de Estado deixou o “compromisso” do Governo em “fazer o projeto de eletrificação” do troço Casa-Branca/Beja da Linha do Alentejo. Segundo o autarca, o Governo prevê avan-çar com a eletrificação do troço no período entre 2014 e 2020, no âmbito do novo qua-dro de apoios comunitários, mas, “se por-ventura haver disponibilidades financei-ras”, a intervenção será antecipada e poderá ocorrer até 2014.
Governo não tem “qualquer responsabilidade”
Obras na A26 e IP2 suspensas por falta de financiamento
Grupo de trabalho
Aeroporto é “polo
de retração”
O Governo quer criar um grupo de trabalho para definir “soluções de consenso” para o desenvol-
vimento do aeroporto de Beja. O “desa-fio” foi lançado em Beja pelo secretário de Estado das Obras Públicas, numa reunião com autarcas, deputados e agentes econó-micos do Baixo Alentejo sobre o ponto de situação de projetos estruturantes para a região, como o aeroporto de Beja.
A criação do grupo “não pretende ape-nas ganhar tempo, mas encontrar solu-ções de consenso dos diversos autarcas, agentes económicos e das forças políticas” do Baixo Alentejo “no sentido de encon-trarmos um modelo de desenvolvimento comum” para o aeroporto, disse Sérgio Silva Monteiro.
O grupo visa “encontrar alternativas para estimular a utilização” do aeroporto e da respetiva zona industrial e “permi-tir que a infraestrutura possa ser, de facto, um polo de desenvolvimento, porque, neste momento, é um polo de retração”, disse. “É um polo de retração”, porque “te-mos contas a pagar, que oneram o Estado e as entidades que participam no capi-tal da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, e não temos nenhuma atividade económica”, explicou.
O grupo de trabalho deverá ser criado “ainda este ano”, tendo o governante pe-dido à Assembleia Distrital de Beja e à Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal) para decidirem que entidades locais “devem es-tar representadas”.
“O Governo quer estar, porque quer ser um facilitador dos negócios”, disse, defen-dendo que “temos de ser capazes, a nível regional e central, de deixar de discutir se a infraestrutura faz sentido ou não e pas-sar para a fase seguinte: acertar todos um plano de viabilização da infraestrutura”.
No final da reunião, o presidente da Câmara de Beja e da Ambaal, Pulido Valente, disse que os autarcas ficaram “mui-tíssimo preocupados, porque não há pers-petivas relativamente a estratégias de de-senvolvimento” do aeroporto. “O Governo mostrou claramente que está sem estratégia nenhuma e que desconhece muito o pro-blema” do aeroporto de Beja, disse por sua vez o deputado do PS eleito por Beja, Pita Ameixa. O deputado do PCP eleito por Beja, João Ramos, referiu que a criação do grupo de trabalho surge, “precisamente, porque o Governo tem muitas dúvidas quanto ao fu-turo do aeroporto de Beja”.
A assembleia intermunicipal da Associação de Municípios do Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral considera que a proposta do Orçamento do
Estado para 2012 é desastrosa e “vem agravar a asfixia financeira do
Poder Local”. A proposta do OE2012 é “desastrosa para o Poder Local
e para os portugueses”, lê-se numa tomada de posição da assembleia
intermunicipal aprovada na última reunião do organismo por “maioria”
e com a abstenção do município de Almodôvar (PSD). A assembleia
considera que a nova redução de participações nos impostos do Estado
a arrecadar pelos municípios é “injusta” e, “acrescida às penalizações de
anos anteriores, vem agravar a asfixia financeira do Poder Local”.
OE 2012 “agrava a asfixia financeira
do Poder Local”, dizem autarcas
Subconcessão Baixo Alentejo Suspensão das obras “preocupa muito” os autarcas da região
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O bispo de Beja denunciou que tem havido casos de “trabalho escravo” de imigrantes em explorações
agrícolas no Alentejo, mas as autoridades com ações de fiscalização no terreno ainda não detetaram qualquer situação este ano. “Tem havido casos também no Alentejo, e em Portugal, de algum trabalho escravo sobretudo de pessoas e grupos” de imi-grantes a trabalhar em explorações agrí-colas e que “são vítimas de intermediá-rios sem escrúpulos”, disse à Lusa António Vitalino Dantas.
Segundo o bispo, que não identificou ex-plorações em concreto, as condições de ha-bitabilidade dos imigrantes, “sobretudo quando vêm em grandes grupos”, “são quase nulas”, porque “em casas já meio abandona-das ou em pré-fabricados ficam muitas pes-soas aglomeradas”.
Os imigrantes “trabalham muitas ho-ras para vantagem deles, porque conseguem usufruir, ao fim do mês, de um salário que compensa um pouco a sua deslocação, mas nada disso justifica que sejam tratados como se fossem máquinas e não seres humanos”.
Segundo o bispo, “tem havido casos de pessoas a alimentar-se nos caixotes do lixo”, como aconteceu em 2010 na zona de Serpa, e há dois anos foram encontrados romenos “a fugir de medo e a tiritar de frio e esfomeados na zona de Selmes” (Vidigueira).
“São pessoas que estavam a trabalhar na agricultura em condições de escravatura”, frisou, referindo que, “às vezes, a culpa nem sequer é diretamente dos agricultores, mas, claro, eles precisam da mão-de-obra para uma agricultura intensiva”.
A Igreja “só sabe” dos casos quando os imigrantes “já não têm defesa e vêm bater à porta” das instituições católicas e paró-quias a pedir ajuda, disse. “Muitos dos no-vos imigrantes, sobretudo da Ásia, como não
dominam a nossa língua e, muitos deles, nem católicos são, por vezes, não batem às portas das nossas instituições, mas sabe-se que apa-recem por aí um pouco abandonados”, disse.
António Vitalino Dantas disse que tem denunciado os casos às autoridades, que es-tão “atentas” e “a fazer um esforço” para os investigar e detetar.
A “posição de alerta” da GNR “é cons-tante” e “este ano não temos caso nenhum de denúncia” de trabalho escravo, “nem atra-vés de terceiros, nem de conhecimento pró-prio através das nossas ações”, disse à Lusa o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, tenente-coronel José Candeias.
Além de ações gerais, a GNR está a reali-zar, desde 1 de novembro e até final de feve-reiro, a operação “Azeitona Segura”, em ex-plorações agrícolas da Margem Esquerda do Guadiana, onde há “muitos imigrantes sa-zonais” a trabalhar na apanha da azeitona, lembrou.
“Até ao momento não temos tido casos de qualquer situação que possa estar relacio-nada com trabalho escravo e quase todos os dias lançamos patrulhas para o campo e para onde trabalham imigrantes”, disse o oficial.
A operação “Azeitona Segura” conta com a colaboração da Autoridade para as Condições do trabalho (ACT), Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e da Segurança Social.
Em declarações à Lusa, a diretora regional do Alentejo da ACT, Guilhermina Coelho, disse que têm decorrido ações de fiscaliza-ção em explorações agrícolas “durante o ano inteiro” e sobretudo desde outubro na ativi-dade de olivicultura e, até agora, “não foram detetadas situações” de trabalho escravo.
“A ACT está no terreno e atenta a possí-veis situações” de trabalho escravo, mas “até ao momento não foram detetadas nenhu-mas”, frisou.
Bispo de Beja denuncia
“Trabalho escravo” de imigrantes
Mário Simões sensibiliza Governo
Escola Secundáriade Odemira precisa de obras
Um total de 200 cabazes foram entregues a famílias carenciadas
do concelho de Santiago do Cacém, numa iniciativa do
município local e da refinaria de Sines da Petrogal. Segundo
a autarquia, a ação só foi possível graças à colaboração dos
trabalhadores da empresa que decidiram este ano prescindir do
jantar de Natal revertendo a verba para a entrega dos cabazes.
A “prenda” para os mais carenciados integra uma garrafa de
azeite e uma de óleo, um chocolate, açúcar, arroz, esparguete,
bolachas, pêssego em calda, bacalhau, grão, farinha, leite, atum,
salsichas e um bolo-rei.
200 cabazes de Natal entregues a famílias
carenciadas de Santiago
A Escola Secundária de Odemira está de-gradada e apresenta “condições pre-cárias de conforto”, alertou o depu-
tado do PSD Mário Simões, que vai sensibilizar o Governo para a requalificação urgente do esta-belecimento.
Em comunicado de imprensa, o deputado Mário Simões mostra-se “apreensivo” com a “de-gradação generalizada”, as “condições precárias de conforto” e o “deficiente padrão de qualidade” das instalações, que visitou recentemente.
Devido ao “nível de degradação das insta-lações e dos equipamentos” da escola, alunos e professores correm “risco de segurança” e es-tão “condicionados” no seu desempenho, refere o deputado, alertando também para as “conse-quências” da situação no “aproveitamento” dos
estudantes.“A Escola Secundária de Odemira precisa
de obras com urgência”, defende Mário Simões, que, seguindo o apelo dos professores, compro-mete-se a sensibilizar o ministro da Educação, Nuno Crato, para a requalificação da escola “com a maior celeridade possível”.
A situação “terá de ser encarada” como “prio-ritária”, devido “às dificuldades que são paten-tes no exercício da atividade escolar”, defende o deputado.
As obras de requalificação da Escola Secundária de Odemira, orçadas em 8,5 milhões de euros, sofreram “sistemáticos adiamentos” desde 2008, lembra Mário Simões, referindo que, devido ao “estado de degradação”, a escola devia estar entre as que “já foram intervencionadas”.
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Foi o Pedro quem começou com o grupo de Anonymous alentejanos, em Évora, há alguns meses. Tem 16
anos, estuda desenho assistido por com-putador e quer seguir engenharia infor-mática. “Já conhecia o movimento há algum tempo e seguia aquilo que se ia fa-zendo, quer na Internet, quer na rua, nou-tros países e soube que havia um grupo de Anonymous em Lisboa. Entrei em con-tacto com eles, conheço-os e decidi criar este grupo, que está formado por pessoas de Évora, mas que queremos alargar a todo o Alentejo. A ideia é criar grupos em todo o País. Aqui, juntei alguns amigos, expli-quei os princípios do movimento e fomos angariando pessoas até termos o grupo que temos hoje e em que somos oito”, diz ao “Diário do Alentejo”.
Os Anonymous, hoje espalhados por todo o mundo e celebrizados pela célebre máscara usada no filme “V de Vingança”, nasceram nos Estados Unidos e tiveram origem num site que reuniu uma vasta comunidade de cibernautas em todo o mundo. De uma forma não organizada, al-guns dos seus membros desencadearam
Anonymous alentejanos
É preciso um restart ao sistema
ataques contra sites oficiais e de em-presas, outros divulgaram informações confidenciais obtidas através de meios informáticos.
Nos últimos anos, funcionando em rede, o movimento tem-se apresentado como defensor da liberdade de expres-são e contra a censura na Internet. Pedro Rosa defende estes princípios, mas explica que “pode pertencer-se aos Anonymous e não ser um barra em computadores. O movimento já evoluiu para a rua, muitas das nossas ações, a que chamamos opera-ções, de protesto são em manifestações e ocupações de espaços públicos, embora a Internet seja ainda um dos nossos instru-mentos de ação preferidos”.
Recentemente, em Portugal, vários gru-pos “atacaram” sites partidários, de em-presas e de organismos oficiais. Pedro Rosa considera que esta é uma “forma de atuar” com que concorda, mas à pergunta se os hackers alentejanos participaram nestas ações responde com um enigmático “talvez”.
“Sou a favor disso. É uma forma de ma-nifestar o nosso desagrado. E algumas
pessoas, que têm esses conhecimentos, uti-lizam-nos para protestarem. São pessoas que podem não gostar de se manifestar na rua, mas manifestam-se doutra maneira e mostram o seu descontentamento”.
Mas descontentamento relativamente a quê? “O poder tenta transformar as pes-soas num rebanho e manda nelas como se fossem autênticas ovelhas. E é preciso aca-bar com isso. Achamos também que há muita censura na sociedade em geral e na Internet e tentamos alertar as pessoas para isso. Com as nossas ações de protesto, seja na Internet, seja na rua, pretendemos mos-trar às pessoas o que se passa e aquilo que os governos e as empresas nos andam a es-conder”, diz o Pedro.
A participar nesta conversa está tam-bém o Diogo, de 15 anos, estudante e um dos elementos do grupo. Partilha as mes-mas opiniões e quando lhe falo do futuro
diz que “logo se verá, mas não há muitas saídas”.
A crise económica já está a fazer sen-tir-se nos meios próximos destes jovens. O Diogo salienta que, apesar de ainda vi-ver com os pais, já sente que estes estão com mais dificuldades económicas. A mãe do Pedro vai começar a receber o subsídio de desemprego em janeiro. As medidas de austeridade e as perspetivas de desemprego futuro estão entre as suas preocupações.
“O mais provável é irmos para o desem-prego. Mesmo quem está na Universidade quando sai o único emprego que consegue arranjar é para caixa de supermercado ou algo parecido”, diz o Pedro.
Mas os dois são hábeis com computado-res. Dizem que aprenderam por eles pró-prios e com a ajuda de “amigos de outros países, que têm mais conhecimentos e que nos ajudam e nos ensinam quando temos dificuldades”.
Aliás, esta marca global é uma carac-terística recorrente. Pedro diz que ainda hoje os Anonymous alentejanos estão muito ligados a alguns sites americanos. “Visitamos esses sites e estou em contacto com várias pessoas nos Estados Unidos que nos vão dando também esclarecimen-tos e indicações sobre as operações de pro-testo. Não sentimos distância nenhuma. Somos amigos, damo-nos bem e perten-cemos todos ao mesmo movimento. E aju-dam-nos quando precisamos”.
Em Évora, este pequeno grupo sai à rua, para distribuir panf letos, uma ou duas vezes por mês. Contactam as pes-soas, explicam quem são e o que que-rem, mas reconhecem que “os jovens são mais recetivos, até porque utilizam mais a Internet e muitos já conhecem o movi-mento”. Vão mascarados, não para per-manecerem incógnitos, mas como uma imagem de marca. Por várias vezes já fo-ram identificados pela polícia, outras ti-veram problemas com os serviços de se-gurança partidários e sindicais, como aconteceu na recente manifestação da CGTP em Évora no dia da greve geral de 24 de novembro.
“Muitos pensam que utilizamos a más-cara para que não nos conheçam ou para fazermos distúrbios ou outros delitos. Mas não. Pelo contrário, os Anonymous são contra a violência nas ruas. Todas as operações que fazemos têm um cará-ter pacífico”, refere o Pedro, salientando que usam a máscara por ser “a imagem do movimento”: “É quase como se fosse uma bandeira e uma forma de dizermos que estamos aqui, que queremos marcar presença”.
Têm entre 15 e 16 anos. Habitam no Alentejo mas sentem-se pertença de um mundo global, sem fronteiras. Protestam, indignam-se e dizem que a liberdade de expressão e a luta contra a censura é aquilo que os move. Mas também a pobreza, as medidas de austeridade e os cenários de desemprego que enfren-tam. Estiveram nas manifestações globais do 15 de outubro. E sentem-se tam-bém representados na escolha da revista norte-americana “Time” que há uma semana destacou como personalidade do ano “The Protester” (o manifestante, o que protesta). Justificação para esta escolha: “Este ano as lideranças vieram da base da pirâmide e não do topo”.
Texto Carlos Júlio
❝Muitos pensam que utilizamos a máscara para que não nos
conheçam ou para fazermos distúrbios ou outros delitos. Mas
não. Pelo contrário, os Anonymous são contra a violência nas
ruas. Todas as operações que fazemos têm um caráter pacífico”.
Os Anonymous, hoje espalhados por todo o mundo e celebrizados pela célebre máscara usada no filme “V de Vingança”, nasceram nos Estados Unidos e tiveram origem num site que reuniu uma vasta comunidade de cibernautas.
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Instituições da região concorrem à Missão SorrisoO Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Alentejo, o Hospital
José Joaquim Fernandes e o Centro de Saúde de Odemira são as três
instituições do Baixo Alentejo que concorrem para receber o apoio
da Missão Sorriso para a implementação de projetos de intervenção
nas áreas de saúde materno-infantil ou do envelhecimento ativo.
Este ano foram recebidos 123 projetos, “um número recorde de
participações, que estão já disponíveis para votação no site do
Continente até 31 dezembro”, adianta a organização. Após esta
votação serão ainda avaliados pelo júri Missão Sorriso, constituído
pela diretora de serviços de administração da Direção Geral de
Saúde, Belmira Rodrigues, pela coordenadora do Observatório
Português dos Sistemas de Saúde, Ana Escoval e pelo administrador
de marketing da Sonae MC, Miguel Osório.
Inatel promove aulas de ginástica de manutenção A agência de Beja da Fundação Inatel tem abertas inscrições para
aulas de ginástica de manutenção. As aulas, que se iniciam a 3 de
janeiro, terão lugar às terças e quintas-feiras, das 18 às 19 horas
(classe feminina) e das 19 às 20 horas (classe masculina).
Beja Digital atingiu dois milhões de visitantesO Beja Digital – portal regional, propriedade da Associação de
Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, atingiu os dois
milhões de visitantes. “O Beja Digital congratula-se com o número
de visitantes que receciona e agradece a todos, porque só assim
podemos chegar mais longe na promoção da nossa região”, adiantam
os responsáveis, em comunicado. O portal difunde a sua informação
em português, espanhol e inglês, “possibilitando um conhecimento
aprofundado da região, como se vive e como se pode investir (através
da plataforma Beja.Biz, em parceria com a Adral). São parceiros do
projeto as câmara municipais do distrito, com exceção da de Odemira,
e um vasto conjunto de organismos de âmbito local e regional.
Associação de Surdos de Beja já têm sede social A Associação de Surdos de Beja, entidade que este ano ganhou alguma notoriedade com a participação de uma equipa nas provas de futsal da Associação de Futebol de Beja, passou a dispor de uma sede social localidade no segundo piso da antiga Escola Primária n.º 4, na rua Infante D. Henrique, criando também um sítio na Internet, através do qual os seus responsáveis
dizem pretender “melhorar e promover com maior empenho e eficácia a comunica-ção entre a associação, os seus sócios e a sociedade, incrementar a atividade dos nos-sos associados, promover a sua participação ativa no nosso desempenho e melhorar de forma significativa e robusta a imagem que têm de nós, na sociedade que esta associa-ção representa”.
A Orquestra Chave D’Ouro, os Sonido Andaluz e o Dj Mikas vão animar o espetáculo de passagem de ano 2011/2012 promovido pela
Câmara de Beja, que vai decorrer na praça da República e promete “diversão para todos os gostos e idades”. A noite de fim de ano arranca
às 23 horas com a Orquestra Chave D’Ouro, que irá atuar durante quase duas horas e oferecer “muita música e animação” e, pelo meio,
à meia-noite, dará as boas vindas a 2012. Após o concerto da Orquestra Chave D’Ouro, segue-se a música dos Sonido Andaluz, que
“prometem animar a noite com a sua energia e boa disposição” até às 3 horas, quando entrará “em cena” o Dj Mikas.
Chave D’Ouro, Sonido Andaluz
e Dj Mikas animam Beja
Proposta baixa à Assembleia Municipal
Câmara de Vidigueira abandona ConservatórioE
stava prevista para ontem, quinta-feira, no decurso da Assembleia Municipal de
Vidigueira, a apreciação e apro-vação da proposta para que a câ-mara municipal deixe de ser asso-ciada do Conservatório Regional do Baixo Alentejo.
A decisão de abandonar o Conservatório Regional prende-se com o facto de a autarquia não con-cordar que as câmaras associadas que não pagam as suas contribuições
continuem a ter os mesmos direi-tos das que têm as contas em dia e a tomarem decisões em assembleia--geral.
O presidente da Câmara Municipal de Vidigueira diz não to-lerar “as atitudes de violação de es-tatutos”, por quem “não tem esse direito”. Manuel Narra adianta ainda que “os devedores aumen-taram os seus débitos” para com o Conservatório Regional do Baixo Alentejo.
O autarca afirma também que a forma como os “autarcas responsáveis gerem” o conservatório “não advoga nada de bom”, pelo que a câmara “não quer estar ligada” à instituição.
A Câmara Municipal de Vidigueira pretende, também, dei-xar de ser associada da Ademo – Associação para o Desenvolvimento de Mu nicípios Ol iv ícolas Portugueses e da Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago de Alqueva.
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mentos são alguns dos bens que a Loja Social de Sines, inaugu-rada no sábado, vai disponibili-zar aos mais carenciados do con-celho. “Este projeto consiste em ajudar, essencialmente, as pes-soas com mais carências”, realçou à Lusa Lénia Santos, presidente da Associação Sines Solidária, enti-dade responsável pela loja social.
A loja está situada no mercado municipal, em instalações cedidas pela câmara municipal. Os benefi-ciários vão ser sinalizados pelos ser-viços do município, centro de saúde,
proteção de menores e outras enti-dades no concelho com atividade no domínio social.
“As pessoas vêm sinalizadas de vários sítios, trazem-nos uma ficha e nós cedemos tudo o que é neces-sário para que tenham uma melhor qualidade” de vida, frisou. Lénia Santos explicou que, até agora, “houve muita gente a contribuir” com artigos para serem disponibili-zados pela loja social.
A presidente da Associação Sines Solidária realçou ainda que, cada vez mais, estas lojas sociais são ne-cessárias para apoiar carenciados. “Sentimos que as coisas estão a ficar um bocadinho mais difíceis para
muitas famílias. Começam a apare-cer famílias mais carenciadas que, até agora, estavam mais camufladas ou não necessitavam mesmo” destes apoios, assegurou.
Questionada sobre o número de pessoas do concelho que a loja so-cial poderá ajudar, Lénia Santos exemplificou que, recentemente, foi feito um levantamento no âmbito da distribuição de cabazes para os mais carenciados, promovida por uma empresa.“Foi feita uma esti-mativa de 250 pessoas. Só que mul-tipliquemos por dois, e muitas famí-lias não têm dois, mas sim quatro elementos, já dá um número muito grande”, frisou.
Mercado Municipal passa a apoiar carenciados
Sines tem loja socialPulido Valente defende orçamento “viável” O presidente da Câmara Municipal de Beja defende que a Assembleia
Distrital deve ter um “orçamento viável” que “garanta o pagamento
atempado dos vencimentos dos funcionários e, se for caso disso, apenas
inclua as despesas fixas obrigatórias”. Pulido Valente diz que “não
vale a pena elaborar um orçamento e dizer que a Câmara de Beja vai
comparticipar com 190 ou 200 mil euros se depois não há qualquer
possibilidade de pagar esses valores”.
PSD de Alvito contesta orçamento O PSD justifica o seu voto de reprovação tendo em conta “o corte de
24 mil euros (ou seja, menos 33 por cento) que decidiram para ações
de apoio social”; o facto de as infraestruturas das zonas industriais
de Alvito e de Vila Nova da Baronia, que já constavam do plano
anterior e constituem indiscutível instrumento de um ambicionado
desenvolvimento local, “sofrerem mais um protelamento de um ano,
pelo que a sua conclusão, se verificará apenas em 2015, na melhor das
hipóteses”; e ainda o facto de o projeto “de sinalização turística, que
deveria estar concluído em 2011, com financiamento (definido) de 17 000
euros, surgir com a sua conclusão adiada para 2015, surpreendentemente
com um orçamento apenas de 2 500 euros” e de o sector do recreio e
desporto “estar contemplado com um orçamento de 533 mil euros (ou
seja, mais 257 mil euros que o valor orçamentado para 2011)”.
Teve lugar na semana passada a escritura que oficializa a cedência da Câmara Municipal
de Santiago do Cacém à freguesia de Santo André, em regime de propriedade plena e a
título gratuito, o prédio urbano, localizado no Bairro Azul (Colectiva B11), onde funciona
a delegação da junta de freguesia. O imóvel em questão foi adquirido pelo município por
transferência do ex-gabinete da Área de Sines.
Santiago cedeu
as instalações da Colectiva B11
CDU acusa Câmara de Aljustrel de “discriminar negativamente” as freguesias A comissão coordena-dora da CDU do concelho de Aljustrel considera que o orçamento para 2012 aprovado pela câmara municipal local “condiciona for-temente a ação das freguesias tendo como reflexo imediato a di-minuição de ações e obras no seu território e eventualmente a
redução dos seus quadros de pessoal, contribuindo assim, de forma inequívoca, para o aumento do desemprego no concelho”. “Como nota mais dominante deste orçamento, realçamos a falta de sen-sibilidade política para com as estruturas autárquicas que mais di-retamente contactam com as suas comunidades, as freguesias. Assim, as mesmas passarão a contar com menos 13 por cento de
verbas provenientes do orçamento camarário, relativamente ao ano do 2011. Para além de um corte de cerca de 5,6 por cento das verbas provenientes do Orçamento Geral do Estado e ainda uma in-flação estimada de cerca de três por cento. Ou seja, globalmente as juntas de freguesia do concelho terão menos cerca 20 por cento das verbas, relativamente ao ano transato”, adianta.
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A “Saúde Plataforma”, mo-vimento de autarcas, sin-dicalistas e representantes
das comissões de utentes do Serviço Nacional de Saúde e reformados, agendou uma ação de protesto junto ao Hospital de Beja, no dia 14 de ja-neiro, pelas 15 horas. De acordo com o vereador da Câmara de Serpa, Tomé Pires, trata-se de uma “ação de pro-testo” para manifestar o “desagrado e repúdio em relação às medidas do Governo” para o setor da saúde.
Segundo a “Saúde Plataforma”, as medidas governamentais para este
setor “estão a tomar proporções as-sustadoras” que poderão levar “ao afastamento da população dos cen-tros de saúde e hospitais por não con-seguirem suportar os custos”.
Em comunicado enviado às reda-ções, este movimento cívico sublinha “as dificuldades de acesso aos cui-dados de saúde, com maiores custos para as famílias e resultados dramá-ticos para a população que vive dos seus salários, reformas e pensões”.
Para além da redução de horá-rios nos centros e do fecho de exten-sões de saúde, do encerramento de
vários serviços no Hospital de Serpa e do aumento das taxas moderadoras, a “Saúde Plataforma” está igualmente preocupada com a limitação do trans-porte de doentes não urgentes por parte das corporações de bombeiros.
“Há indicações de que existem 34 extensões de centros de saúde em risco de encerrar no distrito de Beja”, refere o documento. Que não deixa de salientar o impacto negativo da possí-vel privatização ou encerramento do Hospital de Serpa e da extinção da ma-ternidade de Beja, “por ali não nasce-rem crianças em número suficiente”.
“Saúde Plataforma” manifesta-se em janeiro
Contra a política de saúde do Governo
Comporta é a “praia mais acessível” em PortugalA praia da Comporta, no concelho de Grândola, é a grande vencedora do
concurso “Praia Mais Acessível” na época balnear 2011, promovido pelo
Instituto Nacional para a Reabilitação, anunciou a câmara municipal local.
O prémio atribuído por unanimidade, entre 12 candidaturas admitidas,
integra o projeto “Praia Acessível – Praia para Todos”, um “projeto de
sensibilização para que o acesso às zonas balneares seja um direito de todos,
independentemente da idade, dificuldades de locomoção ou mobilidade”.
De acordo com a autarquia, a distinção “é um reconhecimento merecido
pelas boas práticas instituídas na área das acessibilidades”.
Aluno do 7.º ano cria postal de Natal de Alcácer O trabalho de um aluno do 7.º ano da Escola Secundária de Alcácer do
Sal, apresentado sob o pseudónimo “Beija-flor”, venceu o concurso
lançado pelo município local para a conceção da imagem do postal de
Natal da autarquia. “O postal destacou-se pela grande simplicidade e,
em simultâneo, pela profundidade da mensagem transmitida”, justifica
o município, explicando que a imagem já está patente num outdoor no
centro da cidade, no postal de Natal institucional enviado pela câmara e
na Internet. No total, os alunos da Escola Secundária apresentaram 127
trabalhos a este concurso, o que “excedeu todas as expetativas”, segundo
a câmara municipal, que referiu que o estudante vencedor recebeu uma
caixa com material e equipamento de pintura.
O Desportivo de Beja já tem em funções uma comissão directiva de nove elementos,
presidida por Rogério Palma Inácio que, além da gestão corrente do clube, vai preparar
para fevereiro de 2012 uma assembleia-geral eleitoral para a escolha de um novo
executivo. A maioria dos jogadores do plantel sénior, agora orientado por Nélson
Teixeira, aceitou continuar no clube de forma graciosa.
Desportivo de Beja
tem comissão directiva
Plano de Pormenor da Zona de Expansão Norte de Sines em vigor O Plano de Pormenor da Zona de Expansão Norte da cidade de Sines entrou em vigor, depois de publicado em “Diário da República”, informou o município. O plano abrange uma área de 32 hectares entre a estrada da Costa do Norte e a avenida General Humberto Delgado, uma das áreas prio-ritárias de expansão da cidade, conjuntamente com a Zona Sul-Nascente. A capacidade de alojamento prevista é de 2 800 habi-tantes. O plano reserva espaço para alguns equipamentos estruturantes para a cidade, como é o caso do novo centro de saúde, na zona das Barradas. O grande parque Alameda da Paz, também contido no plano, já está parcialmente construído.
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Opinião
É NATAL. É tempo de partilha. De celebração. Da festa do solstício. Da abundância. Da esperança. E é da esperança, do acreditar, do
crer, que esta consoada se há de regar. Porque, de resto, por agora, não há muitas razões para sorrir. Embora haja um património nosso onde eles nunca poderão cortar: o sonho. O Natal é tempo de sonhar. PB
O Alentejo é o melhor destino turístico do mundo(…) não basta o turista escolher o Alentejo como destino turístico, é necessário que o território possua a essência do produto regional e local. António Ceia da Silva à revista “Pontos de Vista”, dezembro de 2011
Literaturas da GuinéBeja Santos Defesa do consumidor
Não é fatalidade que um país de-primido possua uma literatura deprimente ou insignificante. A Guiné-Bissau debate-se com inúmeras dificuldades: colocado entre os seis países mais pobres do mundo, chegou à indepen-dência com uma taxa avultadís-sima de analfabetismo, sem jor-nais, sem editoras, debatendo-se
compreensivelmente com o problema da identidade linguística, já que ali pesam as narrativas orais de pendor étnico, a língua franca é o crioulo e a língua oficial o português.
Literaturas da Guiné-Bissau: cantando os escritos da his-tória, com organização de Margarida Calafate Ribeiro e Odete Costa Semedo é uma agradável surpresa, traz-nos um impor-tante contributo para o conhecimento de autores guineenses, so-bretudo da atualidade (Edições Afrontamento, 2011).
É uma literatura que procura impor-se quando há conheci-mentos difusos sobre o passado anterior à chegada dos portu-gueses, quando pesa a tradição literária eurocêntrica, e sobre-tudo quando após um surto de escrita à volta da independência se seguiu um desencanto que prevalece em todos os géneros lite-rários atuais.
Em nome da lusofonia, não pode continuar a ignorar-se o va-lor de Félix Sigá, Filinto Barros, Odete Costa Semedo ou Abdulai Sila, entre outros. Em 2010, foi publicada uma antologia poé-tica da nova geração, não chegou ao leitor português. Escreve-se muito e publica-se pouco. Um escritor, Tony Tcheka, não esconde a sua mágoa: “As oportunidades têm-se esfumado nos atos tres-loucados e irresponsáveis de muitos que teriam por obrigação construir e consolidar os alicerces da casa grande Guiné-Bissau. Porém, os escritores, músicos e artistas plásticos negam o esta-tuto de derrotados. Porfiam criando. Insistem na lírica. Optam pela via artística, porventura a mais consentânea com os sinais da terra, com o pulsar do quotidiano e o sentimento escanca-rado nas caras anónimas pungidas de mágoas encruadas”.
Aqui temos uma oportunidade para captar a dinâmica e a ori-ginalidade da escrita dos artistas de Bissau, é uma arte com con-tornos inovadores, sempre muito perto dos cantares guineenses expressos por uma oralidade riquíssima daquela babel de povos.
Leitura imperdível.
Património mundialFrancisco Martins Ramos Antropólogo
A recente atribuição do título de Património Mundial ao fado foi efusivamente saudada em todo o País, como uma afirmação cultural da nossa identidade. E tal atribuição é tanto mais va-lorizada, quanto as avaliações recentes sobre Portugal e os portugueses primam pela me-diocridade, em vários setores. O
atributo da Unesco funcionou como um antidepressivo cole-tivo, mesmo para aqueles que não gostam do fado.
A candidatura foi oportuna, pertinente do ponto de vista social, cultural e artístico e bem gizada do ponto de vista do-cumental e científico, graças essencialmente à intervenção co-ordenadora do musicólogo professor Rui Vieira Nery. Fez-se
lobby que resultou, já que, nos meandros desta atribuição, fa-zer lobby é politicamente correto e desejável para se atingir o sucesso. Não faria sentido a exclusão desta proposta, uma vez que o tango e o flamenco eram parceiras preferenciais que já tinham obtido tal nomeação honorífica.
Não se trata agora de comentar a banalização de um título que, devendo ser exceção, se tornou quase vulgar. Daí a prolife-ração de candidaturas em todo o mundo, incluindo Portugal. Recordemos as potenciais hipóteses de Coimbra, Elvas, o mon-tado, Almeida (?), o cante alentejano, etc. É assunto para abor-dar noutro contexto
Voltando ao fado, trata-se, pois, de uma designação que honra o nosso património intangível. E nesse sentido, gos-taria de referir que a melhor tradução de World Heritage é Património Mundial. E, em qualquer documento da Unesco ou do Icomos, nunca surge a designação de Património da Humanidade, que tem vindo a ser utilizada por conhecedores e ignorantes. Todos sabemos que a expressão Património da Humanidade indicia mais estatuto, consubstancia uma ban-deira mais abrangente, parece soar melhor e ser mais valori-zadora e, não se afasta muito do significado inicial da expres-são utilizada pelos organismos competentes, pelo que não nos choca muito. Mas é incorreta.
São pruridos de linguagem diria um defensor da Mankind ou da Humanity. Mas a apologia do pleonasmo é evidente: fado, Património Mundial da Humanidade!!! (??). Corretamente, o fado é Património Mundial Imaterial.
Querido Pai NatalBruno Ferreira Humorista
Que estamos em crise já todos sa-bemos. Estamos tão em crise, tão em crise que nos faz pare-cer que há apenas um ano atrás vivíamos tempos de prosperi-dade: IVA mais baixo, subsídio de Natal, Scuts... Enfim. Ainda assim, nesta época natalícia, é justo esperarmos uma prenda no sapatinho. Foi o que acha-
ram as figuras que se seguem. As cartas a que tive acesso tor-naram-se públicas graças a mais um ataque dos piratas infor-máticos, desta vez aos serviços centrais dos CTT. Ora vejam.
Cristiano Ronaldo – Mister Pai Natal, este ano penso que tenho tip-tip um pedido a fazer. É assim: eu ganhei duas botas de ouro, muita giras, mas penso que me estão tip-tip um bo-cado apertadas, e era pra pedir ao Pai Natal se me podia ofe-recer outro par de botas, tip-tip, de diamante, ou de platina, ou isso. Mas não se esqueça que eu calço o 45, ok? Atão, vá, fi-que bem!
Pedro Passos Coelho – Querido Pai Natal. Esta é a minha lista de presentes para este Natal: aumento do IVA, IRC, IRS, IMI, IMT, das taxas moderadoras, e do preço da gasolina, e di-minuição da TSU, dos benefícios fiscais, dos feriados, dos sub-sídios de Natal e de férias, mais meia hora de trabalho por dia, acabar com as Scuts e com os apoios às PME. Ah! E um frasco de Restaurador Olex, porque o meu cabelo já não é o que era. Obrigado.
Luís Filipe Vieira – Querido Pai Natal, eu apenas lhe peço que a minha ceia de Natal tenha bacalhau, hum. Porque os ba-calhaus são todos do Benfica, hum. Do Porto é que não são, com certeza! Isso é garantido, porque senão repare: O bacalhau é salgado, certo? E quem é que também era Salgado? Hum? A Carolina. A Carolina Salgado, hum. E por acaso, ela era do Porto? É que se ela era do Porto, então eu sou o Pai Natal, hum?
Pinto da Costa – Viva, dr. Pai Natal. Em primeiro lugar,
queria pedir-lhe que deixasse de se equipar com essa cor de lampião. O Fol Clu Porto terá todo o prazer em enviar-lhe para a Lapónia um lindo fato de Pai Natal da cor mais bonita de que há: azul e branco. Agora as prendas: Ora, era uma frutinha de dormir, um cafezinho com leite, e um pacote de rebuçadi-nhos... E mais nun escrevo, que esta carta pode estar a ser es-cutada. Cumprimentos, Jorge Nuno.
Paulo Portas – Ex.mº sr. Pai Natal. Para este Natal que-ria pedir-lhe, ponto 1: uma boina de agricultor; ponto 2: uma samarra quentinha; ponto 3: um submarino telecomandado; ponto 4: meia dúzia de queijinhos do céu; e ponto 5: ponto final parágrafo. Obrigado, Paulo.
Jorge Jesus – Partantos, shô Pai Natal, em primeiro lugar, a ver se a gente se nos entendemos-se: o senhor é o Pai Natal, mas eu é que sou o Jasus. É que isto é cada macaco no seu man-galho. Prantos. Agora era pra le solicitar as ofrendas: ora é uma camineta com uma carregagem de pastilhame Super Gorilas, sabor de fruti-tute; são tamém duas mães-cheias de pontos pra ver se a gente ganhemos campeonato. Vá. Obrigados.
D. Duarte – Bom, querido Pai Natal. Cá venho eu, mais uma vez, com o meu pedido natalício. Eu não desisto, há mais de 50 anos que lhe peço a mesma prenda todos os natais. Então cá vai: este ano quero ser rei. Pronto, já está. Pode ser que seja desta, é como o Euromilhões. O importante é jogar.
Europa lidera combate às alterações climáticasMaria da Graça Carvalho Deputada europeia
Na 17.ª Conferência das Partes (COP 17), realizada em Durban, na África do Sul, a Europa alcan-çou um resultado histórico. Os 195 países presentes, após uma maratona negocial impressio-nante, aceitaram o roteiro pro-posto pela União Europeia com vista a um acordo global vincu-lativo sobre o combate às alte-
rações climáticas. Este acordo, com a designação provisória de Plataforma de Durban, irá substituir o Protocolo de Quioto.
Em Durban começou a nova era do multilateralismo, na qual os compromissos de todos os países terão o mesmo valor legal. A velha divisão do mundo, característica do século XX, de acordo com a qual os países industrializados cumpriam obrigações e metas vinculativas enquanto os países em desen-volvimento assumiam apenas ações voluntárias, a qual, entre outras incoerências, dava à China o mesmo tratamento que ao Mali, foi definitivamente abandonada.
Para assegurar a continuidade entre o Protocolo de Quioto e o seu sucessor, a Europa concordou com um segundo perí-odo de cumprimento do Protocolo de Quioto. Os detalhes deste segundo período de cumprimento, bem assim como do acordo que irá suceder ao Protocolo de Quioto, serão discuti-dos na próxima COP 18.
A Plataforma de Durban é de uma importância colossal para o futuro do Planeta, pois envolve todos os Países num es-forço conjunto de redução dos gases com efeito de estufa que afetam o clima da Terra.
O novo acordo deverá conciliar a preservação do planeta, o crescimento económico, a erradicação da pobreza e a sus-tentabilidade do bem-estar das atuais e das futuras gerações. Enfim, uma tarefa que se afigura gigantesca.
Não deixa de ser paradoxal que o próximo marco desta caminhada, a COP 18, se vá realizar no Qatar.
Será difícil que alguém tenha na memória um chefe de governo a incitar os respetivos governados a que lhe desam-parem a loja”, João Paulo Guerra, “Diário Económico”, 20 dezembro 2011
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O bispo de Beja foi a Odemira e constatou a existência de casos de MISÉRIA e de EXPLORAÇÃO de trabalhadores asiáticos
nas plantações do litoral. Pelo interior são os cidadãos romenos que inundam as vilas e as aldeias e os campos sem qualquer tipo de condições mínimas de salubridade. A ganância é a antítese do Natal. PB
Por esta altura é provável que a Câmara da Vidigueira já tenha deixado o CONSERVATÓRIO REGIONAL do Baixo Alentejo.
Pondo de parte as razões para tal saída, que até podem ser válidas, esta é uma péssima notícia para o intermunicipalismo e para uma instituição que merece muito mais dos nossos autarcas. PB
EfemérideHá 50 anosA “agressão”a Goae as mentirasde Salazar
Depois de na semana anterior publi-car diversas notícias sobre “os acon-tecimentos na Índia Portuguesa”,
alertando para a “suspeita” de que estivesse “para breve” a “ofensiva indiana sobre Goa”, o “Diário do Alentejo” confirmava as previ-sões na edição de 18 de dezembro de 1961.
Publicava nesse dia uma manchete a toda a largura da primeira página: “Está consu-mada a vil agressão”. E em grandes subtítu-los explicava que “As tropas indianas estacio-nadas na fronteira de Goa desencadearam um ataque brutal contra os territórios da Índia Portuguesa” e que “Na proporção de 1 para 6, as forças portuguesas, cumprindo as ins-truções do Governo, resistem heroicamente em Goa, Damão e Diu”. Havia depois dezena e meia de informações, todas elas relatando pormenores dos “violentos combates” que se travavam e da “resistência heróica das tropas portuguesas” apesar da “inferioridade em nú-mero e armamento”. Uma notícia revelava até a dramática conversa telefónica, já depois da entrada das tropas de Nehru no território da colónia, entre o governador-geral da Índia e o “governo central” em Lisboa, e dava conta das palavras do general Vassalo e Silva: “Somos poucos mas temos ânimo. Havemos de estar à altura das nossas tradições”.
As manchetes das edições seguintes, até à véspera do Natal, alinhavam pelo mesmo tom patrioteiro: “Luto e dor na terra portu-guesa – As nossas tropas continuam a dar pro-vas de extraordinária valentia na defesa da Índia Portuguesa”; “A Pátria sangra em Goa – Não há confirmação oficial de que tenha ter-minado a resistência das tropas portuguesas”; e “O drama da Índia Portuguesa – Há indícios de que os portugueses continuam a oferecer resistência nalguns pontos”.
Compreende-se bem a preocupação da propaganda fascista, bem explícita nas pági-nas do “Diário do Alentejo”, em difundir men-tiras sobre a “resistência heróica” das tropas lu-sas em Goa, Damão e Diu. A verdade histórica é que quase não houve resistência e o governa-dor-geral, face à desproporção das forças mi-litares no terreno (35 mil indianos “por terra, mar e ar” contra 3 500 soldados portugueses mal armados), ordenou a rendição, contra-riando ordens recebidas de Salazar. Evitou as-sim o massacre dos seus homens, que foram tratados como prisioneiros de guerra e cinco meses mais tarde libertados e repatriados.
Regressado a Portugal, o general Vassalo e Silva – que nos anos Quarenta tinha traba-lhado como engenheiro na Câmara de Beja – foi expulso das Forças Armadas pelo “Estado Novo” fascista. Só depois do 25 de Abril o go-verno português reparou a injustiça e reabili-tou o oficial.
Carlos Lopes Pereira
Estou de acordo com a descentralização, mas a descentralização é como o código postal: é meio caminho andado. A regionalização seria a outra parte do caminho. Carlos Beato, “Público”, 19 de de-zembro de 2011
Efeméride31 de dezembro de 1910
Surge, em Beja, o semanário “O Operário”
No último dia do ano em que é pro-clamada a República surge, em Beja, o jornal socialista “O Operário”,
tendo como editor, proprietário e diretor, João Marcelino. Com uma periodicidade sema-nal, editado ao domingo, este jornal, porta-voz do operariado do distrito de Beja, mantém a sua publicação regular até ao seu último nú-mero (189), datado de 20 de setembro de 1914. Folheando os números do jornal do último mês de dezembro em que foi editado, ou seja, dezembro de 1913, encontramos três notícias que merecem atenção, na medida em que nos ajudam a perceber que, se não tivermos cui-dado, sempre nos poderemos transformar naquilo que já fomos.
A primeira destas notícias faz eco da apresentação no Parlamento da República, pelo deputado do distrito, Aureliano de Mira Fernandes, de um projeto de lei referente a um empréstimo que a Câmara Municipal de Beja pretende contrair a fim de poder efetuar obras na cidade. Este deputado, eleito para a Assembleia Constituinte, em 1911, pelo cír-culo de Beja, por desistência de Manuel Duarte Laranja Gomes Palma, nasce na Mina de S. Domingos, concelho de Mértola, em 1884, vindo a falecer na capital do País, em 1958. Depois da instrução primária frequenta o liceu de Beja, seguindo para Coimbra onde conclui o doutoramento em Matemática, no ano de 1911, com a classificação máxima de 20 valores. Mais que político, Aureliano de Mira Fernandes é um académico, destacando-se como professor do Instituto Superior Técnico, de 1911 a 1954.
A segunda das notícias refere-se à cons-tituição, na capital do Baixo Alentejo, de uma comissão promotora de três espetáculos, a re-alizar nos dias 16, 19 e 22 de dezembro, for-mada por membros da elite republicana local, onde se destacam as figuras dos doutores João Rodrigues Palma, Francisco Pereira Coelho e Gomes Palma, todos do Partido Unionista, e cujo objetivo é prestar auxílio às instituições de caridade da cidade. Os espetáculos consistem na representação de três comédias em três atos (“Os Pimentas”; “A Voz do Sangue” e Rédeas do Governo”), atividade cénica que tinha como grande apaixonado o médico do município be-jense, João Rodrigues Palma.
A terceira notícia enfatiza o desinteresse manifestado pelos sócios das diferentes agre-miações da cidade em participarem nas respe-tivas vidas associativas. Assim, refere-se que o Montepio Bejense, tendo mais de 400 sócios, vê a nova direção eleita por 25, que a cooperativa de consumo, tendo cerca meio milhar de coo-perantes, elege os corpos gerentes para o novo ano de 1914 com os votos de 20 desses coope-rantes e que a assembleia-geral da Sociedade Recreativa vai na segunda convocatória sem que se vislumbre a possibilidade de se escolher nova direção.
Parece, pois, que a crise e cidadania são ele-mentos que se repelem.
Constantino Piçarra
PoemárioSonho de Natal
António Machado
Ao sair de casa um diaFiquei deveras espantadoAchei o mundo mudadoQuase nada conheciaVi em todos alegriaEm toda a parte belezaNão vi em ninguém tristezaVi amor em qualquer rostoTudo feliz bem dispostoCom paz, saúde e franqueza
Ficou em mim a certezaDe estar num mundo diferenteCom bem estar para toda a genteNão vi que houvesse pobrezaHavia amor e nobrezaLealdade e compreensãoToda a gente a dar a mãoSem nada querer receberFiquei contente em saberQue havia grande união
Vi crianças ir para a escolaVi crianças a brincarVi homens a trabalharNão vi gente a pedir esmolaOlhei nas flores a corolaNão ouvi ninguém chorarSó senti felicidadeCantei e ti com vontadeDe toda a gente abraçar
Ouvi a todos dizerQue tinha acabado a guerraEm toda a parte da terraJamais ia acontecerPara sempre iria haverPaz, alegria e amorSem haver pranto nem dorToda a gente se estimavaJá ninguém mais se odiavaToda a vida era um primor
As armas para matarTinham sido destruídasSó seriam construídasArmas para trabalharA riqueza ia aumentarA ninguém faltava o pãoQue grande consolação Ter o mundo tal mudançaA nossa infinita esperançaHoje era satisfação
Não havia mais maldadeNem ambições desmedidasHavia em todas as vidasHonra, carinho e bondadeQue imensa felicidadeO presente hoje nos davaToda a gente se adoravaO passado ia esquecendoNovo rumo ia correndo Neste vida que alegrava
Deu-me um baque o coraçãoAcordei em sobressaltoUm mundo belo e tão altoEra uma pura ilusãoQuase perdi a razãoAo ver o mundo realOnde existe tanto malOnde nem tudo é risonhoFoi pena ser só um sonhoLindo sonho de Natal.
Boas festasManuel Dias Horta
Para todos quantos, a vida tem sido um martírioPorta aberta ao delírioCheio de coisas funestas,–Boas festas.
Para ti, meu bom anciãoGuiado pela razãoE julgas que não prestas,– Boas festas.
Para ti, irmão rico ou pobreMas de caráter nobreA quem a bondade emprestas,– Boas festas.
Para ti, rapaz da camisola verdePara que o País herdePessoas sérias e honestas,– Boas festas
E para ti, juventudeGrito de revolta e atitudeQuando te manifestas,– Boas festas
Natal
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Aboim Inglez1
Véspera de Natal em Aljustrel
❝O pé de uma azinheira ardia alegremente na lareira, amortecendo a luz das três bicas do velho
candeeiro de arame. Um cadeirão de castanho e bunho, que o tempo e o fumo enegreceram,
estende-me os braços convidando-me a sentar-me naquele canto onde meu Pai e meu Avô tantos
anos antes o fizeram. Sentei-me. Lá fora o cerraceiro continuava frio, persistente e incómodo”.
Um cerraceiro molha parvos todo o santíssimo dia convidou os aman-tes da lareira ao culto do pote e es-
peto.Não faltava a crepitosa pinga, que desde
o S. Martinho se destilava das balsas para as bojudas talhas; nem os lombos dos nédios porcos; pois embora cedo para as varas dos montados, já no açougue tinham avondo como os cevões que à porta se engordaram.
Trabalhando a mina os meios não faltam.
De manhã já a tia Marianita me ti-nha dito que o Mercado2 era uma Praça da Figueira e até o António Roberto3 notou haver talho de peru em tempo de carne de porco.
Anoitecia.Já a bruma não deixava ver a Senhora do
Castelo.Jantei açorda de alho com poejos e o
clássico lombo assado no espeto em brasas de azinho.
A solidão de um hóspede, em sua própria casa, em dias pardos de cerraceiro, enerva.
Felizmente ao café apareceram pri-mos, compadres e amigos, que me fala-ram do Caminho de Ferro de Aljustrel ao Carregueiro, de Angola e Metrópole, da im-portação de trigos, da perda da azeitona, da falta de boleta pelo burgo, enfim das espe-cialidades da terra.
Fomos cumprimentar o Dr. Camacho4.Lá estava no Centro jogando o burro, tal
como na Lucta em Lisboa.Em vez do Lemos, Ludovico, Porto,
Cascalheira e outros eram aqui parceiros: o Romão5, o Maralhas, o José de Sousa, o Joaquim Silva e outros; mas sempre as mes-mas sinceras dedicações.
Esqueci-me de aprender a jogar as car-tas, não me lembrando que deveria de envelhecer.
Quem não joga incomoda os jogadores, porque se conversa distrai e se está calado encalista.
Tal era a minha situação quando o sino grande da torre deu as dez horas. Os sinos da minha terra são lindos e soam-me na alma como outrora.
O sino grande é sério, grave, não tem o som fúnebre do dobre a finados, lembra apenas o último chamamento dos crentes à missa.
O som do sino abstraiu-me e ao dar conta de mim, anunciava o Dr. Camacho o 4.º co-dilho aos parceiros.
Despedi-me porque voltava a Lisboa. Fui fazer horas para a chaminé.
O pé de uma azinheira ardia alegre-mente na lareira, amortecendo a luz das três bicas do velho candeeiro de arame.
Um cadeirão de castanho e bunho, que o tempo e o fumo enegreceram, estende-me os braços convidando-me a sentar-me naquele canto onde meu Pai e meu Avô tantos anos antes o fizeram.
Sentei-me. Lá fora o cerraceiro con-tinuava frio, persistente e incómodo; ali o ambiente estava morno, tranquilo e agradável.
O cenário, o mesmo que sempre
Ali defendeu meu avô Lobo6 a política do Sr. D. Miguel, de quem era ferrenho partidário.
Ali, àquela lareira, houve grandes dis-putas entre ele e meu outro avô Francisco de Paula7, que sempre pretendeu convertê-lo ao credo liberal, pois era partidário do Sr. D. Pedro.
Os ódios políticos existiam então tão ou
religioso. Ao longe cantares dolentes das modas
alentejanas dão um laivo árabe a esta cena cinematográfica.
Eu revi o meu passado; quanta saudade, quanto pesar; que desalento no futuro.
Meia-noite: repicam os sinos; oiço o da garrida festivamente anunciar que o padre vai para o altar.
Vejo o padre Cardote9 paramentado e com o Francisco Pecheiro saíam da sacris-tia…; vejo o compadre António Honório com a sua opa encarnada, eterno mantene-dor da ordem na igreja…
Ao longe cantam ao Deus Menino. Um tropel de crentes retardatários
corre cantando para a matriz … Então, eu sinto a voz do compadre Chico Ramires10 dizendo:
“Senhor compadre, olhe que perde o comboio que já deu meia-noite”.
Acordei, e aos solavancos de um mau caminho tomo o comboio para Lisboa.
Aljustrel, 24-12-1925 [Crónica publicada no jornal “A Lucta”
n.º 5487, de 1/01/1926, pag. 2. Recolha e ano-tação por Francisco Colaço]
Notas: 1 – António Lobo de Aboim Inglez (Aljustrel,
1869 – id. 1941), eng.º de Minas, director das minas de San Miguel (Huelva), deputado republicano, minis-tro da Agricultura do Governo de António Granja, em 1921, conferencista, professor catedrático do Instituto Superior Técnico, presidente da direcção da Associação Industrial Portuguesa, etc.
2 – Mercado diário de hortaliças e mais géneros de consumo, criado em 1901, na praça 13 de Janeiro.
3 – António Roberto Pinção.4 – Dr. Manuel de Brito Camacho (Aljustrel, 1862 -
Lisboa, 1934), médico, deputado republicano, minis-tro do Fomento do Governo Provisório 1910, Chefe do Partido Unionista, Alto-Comissário em Moçambique, jornalista (fundador e director do diário A Lucta), escritor.
5 – Manuel Romão Sobral (Aljustrel, 1867 – id. 1951) – Filantropo republicano. Ele e a sua esposa, Joana da Conceição Brito (Aljustrel, 1867 - id. 1958), eram popu-larmente conhecidos por Lavradores da Minhota.
6 – António Lobo Camacho (Aljustrel, 1801 - ?) – também avô materno do jornalista e escritor aljustre-lense António Lobo Almada Negreiros (Aljustrel, 1868 – Paris, 1938) e bisavô do pintor, poeta e prosador José Almada Negreiros (Ilha de São Tomé, 1893 – Lisboa, 1970).
7 – Francisco Paula Inglês, proprietário, presidente de Câmara.
8 – Joaquim António Inglez (Aljustrel, 1846 – id. 1919) – foi vice-presidente da Câmara, depois da implan-tação da República.
9 – Pe António Joaquim Baptista Cardote (S. Lourenço do Bairro, Anadia, 1829 – Esgueira, Aveiro, 1919), pároco em Aljustrel, entre 1871 e 1884, onde foi redactor principal do primeiro jornal aljustrelense O Campo d’Ourique, fundado em 1872 por Pedro d’Almada Pereira (Vila Nove de Milfontes, 1835 – Lisboa, 1911), pai do citado António Lobo Almada Negreiros. Foi Capelão-capitão do Regimento de Infantaria de Aveiro).
10 – Francisco Ramires (Aljustrel, 1891 – id. 1955), pai de José Ramires (Aljustrel, 1914 – id. 1997) e Francisco Marques Ramires.
conheci: a grande tripeça de azinho, a can-tareira fronteira, onde os velhos cântaros de cobre desafiam os anos no seu labor; a par de rubras quartas em forma de ânfora de barro de Beringel; a pilheira superior com a bateria de tachos de arame reluzen-tes; o armário da louça completando o mo-biliário; cadeiras de Monchique de vários feitios e épocas.
O cenário é o mesmo; mas os actores têm mudado.
O ambiente era morno, e eu meio ador-mecido ia revivendo cenas do passado.
mais profundos que agora.Meu avô Lobo esteve quinze dias escon-
dido no esquife do Senhor Morto, no altar da Igreja Matriz; só meu avô Paula sabia dele. Quantas vezes ele viria àquela lareira trazer notícias e buscá-las…
Depois… eu via ali meu pai8 com os seus amigos fazerem a apologia da República, no tempo da propaganda.
Onze horas; eu oiço repicar os sinos o primeiro toque para a Missa do Galo.
O sino de vésperas dobrava alegre-mente lançando no ar o seu som fino e es-tridente como um convite fagueiro ao acto
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Simplesmente peru
Muito pensei antes de abrir esta curta crónica sobre o Natal. Assim de repente precisava de duas páginas: o Paulo é um bom amigo mas se lhas pedisse ele mandava-me internar.
Então o quê? Peru, claro, melhor se for do campo, melhor se for perua, melhor será se for dum monte onde engordam para casa, melhor ainda se, no fito voraz dum último par de quilos, o criador não o tiver acabado a farinha.
Não precisa ser grande. Se for muito novo a carne é mais tenra mas com menos sabor, se for mais velho tem que ser bem mortificado mas pode ser uma delícia. Vá pelo campo, olhe para os montes, os bandos de perus costumam estar cá fora. Pergunte ao moço que os guarda, ao almo-creve, à caseira. Vai ver que consegue comprar um.
Com dois dias de antecedência do acontecimento, embebeda-se o ani-mal seis horas antes de o abater, com aguardente misturada com água. Mata-se, arranja-se e põe-se de molho em água com algum sal, pimenta preta em grão e uma boa quantidade de rodelas de laranja.
O peru pode ser recheado com um ou dois recheios. O das cavidades abdominal e torácica e a do papo. No caso de se rechear com um só re-cheio será sempre o do papo, mais rico e complexo. Também se pode as-sar sem nenhum recheio mas nesse caso lardeado, entre a pele do papo e a carne, com fatias de toucinho finas. Use uma faca afiada.
O recheio do interior faz-se com quatro batatas cozidas – rudemente desfeitas em puré – e os miúdos da ave, incluindo o pescoço desossado. Estes são cozinhados ligeiramente em manteiga, com uma cebola e um molho de salsa, tudo bem picado, 10 azeitonas descaroçadas e cortadas. Ligue o conjunto com duas gemas de ovos.
Para o recheio do papo deverá juntar um bom bocado de linguiça sem pele, cebolas, salsa e azeitonas como no anterior. Refoga igualmente em manteiga. Acresce duzentos gramas de carne de porco, o mesmo de carne de vaca, mais cem gramas de toucinho, tudo passado pela máquina. Mistura-se com miolo de pão demolhado em água, em quantidade que dê para encher o papo. E misture com as mãos, não tenha medo, eu já aqui o disse: são o melhor instrumento da cozinha.
Encha as referidas cavidades ou só o papo – não se engane – com o re-cheio próprio e em seguida coza-as com agulha e linha. Ponha as patas do animal na cavidade anal que parece ter sido propositadamente concebida para este fim. Ambos os recheios levam sal, pimenta e noz-moscada.
Unte o peru com uma papa feita de banha, colorau e pimenta. Atenção que já pôs sal inicialmente, não dê cabo da peça.
Leve agora ao forno. Médio, vai demorar algum tempo. Vá molhando com um golpe de vinho branco, depois com o molho do próprio assado. Quando achar que está quase pronto, retire e ponha a esfriar numa cor-rente de ar. “Constipe a ave”, no inverno é fácil. Aqueça em seguida o forno ao máximo e torne a lá meter o peru até estar pronto. A pele e o as-pecto geral, se esta operação for bem-feita, resultam magníficos.
E depois? Bom apetite para um Santo Natal.
António Almodôvar
No âmbito da recolha de alimentos promovida pela Câmara
de Ourique nos passados dias 8, 10 e 11, “e com o sentimento
solidário dos ouriquenses”, foi possível “recolher cerca de uma
tonelada de alimentos destinados a famílias carenciadas do
concelho”. A recolha irá beneficiar 70 famílias carenciadas.
Cabazesde Natal
para famílias de Ourique
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Desporto
Campeonato Nacional de Juniores (17.ª jor n a d a): De sp.Por t u ga l-U.Montemor, 6-0; Despertar-Atlético, 0-4; Internacional-Estoril, 0-4; Farense-BM Almada, 1-1; Lusitano-Olhanense, 1-2; Imortal-Oeiras, 1-2. Líder: Estoril, 38 pontos. 10.º Despertar, 14. Próxima jor-nada (7/1/12): Estoril-Despertar.
Ca mpeonato Naciona l de Juvenis (19.ª jor n a d a): C ov a P ie d a d e - O Elvas, 4-2; Olhanense-Barreirense, 0 -3 ; O d e m i re n s e -V. S e t ú b a l , 1- 4 ; U.Montemor-Imortal, 0-4; Casa Pia--Oeiras, 2-0; Estoril-Amora, 1-1. Líder: Casa Pia, 49 pontos. Próxima jornada (8/1/12): Odemirense-Imortal.
Campeonato Distrital de Juniores (6.ª jornada): A ma relejense-Castrense, 3-4; Aljustrelense-Piense, 1-2; Vasco da Gama-Desportivo de Beja, 0-1; São Domingos-Moura, 0-3; Odemirense--Almodôvar, 1-0. Líder: Desportivo de Beja, 18 pontos. Próxima jornada (7/1/12): A lmodôva r-A ma relejense; Castrense-Aljustrelense; Piense-Vasco da Gama; Despor t ivo de Beja-São Domingos; Moura-Odemirense.
Taça Armando Nascimento – Juvenis (7.ª jornada): Sporting de Cuba-Desportivo de Beja, 1-2; Castrense-Aljustrelense, 5-1; Aldenovense-Boavista, 2-1; Moura--Despertar, 1-1. Classificação final: 1.º Moura, 19 pontos. 2.º Despertar, 19. 3.º Castrense, 15. 4.º Desportivo de Beja, 7. 5.º Sporting de Cuba, 7. 6.º Aljustrelense, 6. 7.º Aldenovense, 4. 8.º Juventude Boavista, 4.
Campeonato Distrital de Iniciados (10.ª jornada): Ser pa-Odemirense, 0-2; Ourique-Desportivo de Beja, 1-7; Bairro da Conceição-Despertar, 0-1; Ferreirense-Almodôvar, 0-9; Moura--Milfontes, 1-0; Guadiana-Negrilhos, 7-1. Líder: Despor t ivo de Beja , 27 pontos. Próx ima Jornada (8/1/12): A ma rele jense-S er pa ; Odem i rense-Ourique; Desportivo de Beja-Bairro da Conceição; Despertar-Ferreirense; A l modôva r-Moura ; Mi l fontes-Gua-diana.
Campeonato Distrital de Infantis – Série A (13.ª jornada): Alvito-Operário, 12-1; Vasco da Gama-Beringelense, 23--0; Despertar A-Sporting Beja, 9-4. Líder: Despertar A, 30 pontos. Próxima jornada (7/1/12): Operário-Bairro da Conceição; Sporting Cuba-Ferreirense; Sporting Beja-Vasco da Gama. Série B (9.ª jor-nada): Moura-Guadiana, 8-4; Piense--Serpa, 1-1; Santo Aleixo-Aldenovense, 12-1; Ba rra ncos-Desper ta r B, 2-1. Líder: Moura, 22 pontos. Próxima jor-nada (7/1/12): São Domingos-Guadiana; Moura-Ser pa ; Piense-A ldenovense; Santo Aleixo-Despertar B. Série C (9.ª jornada): Ourique-Aljustrelense, 1-4; Odemirense-Milfontes, 4-0; Castrense--Operário, 6-8; Renascente-Boavista, 2-0. Líder: Operário R io Moinhos, 24 pontos. Próxima jornada (7/1/12): A lmodôvar-A ljustrelense; Ourique--M i l fontes ; Odem i rense- O perá r io; Castrense-Boavista.
Campeonato Distrital de Benjamins (9.ª jornada) Série A: Ferreirense--Vasco da Gama, 13-0; Beringelense--Figueirense, 8-0; Benfica Beja-Sporting Beja, 2-5; Alvito-Despertar A, 5-2. Líder: Ferreirense, 21 pontos. Próxima jor-nada (7/1/12): Sporting Cuba-Vasco da Gama; Ferreirense-Fig ueirense; Beringelense-Sporting Beja; Benf ica Beja-Despertar A. Série B: Despertar B-Serpa, 11-0; Aldenovense-Desportivo de Beja, 7-2; Amarelejense-Piense, 8-6; Moura-Guadiana, 3-1. Líder: Despertar B, 24 pontos. Próxima jornada (7/1/12): Bairro da Conceição-Serpa; Despertar B-Desportivo de Beja; Aldenovense--Piense; Amarelejense-Guadiana. Série C: Milfontes-Almodôvar, 0-2; Panoias--Castrense, 1-13; Renascente-Rosairense, 16-0; Aljustrelense-Ourique, 8-1. Líder: Renascente de São Teotónio, 24 pontos. Próxima jornada (7/1/12): Odemirense--A l modôva r ; M i l fontes- C a st rense ; Panoias-Rosairense; Renascente-Ou-rique.
Futebol Juvenil
Mineiros anularam desvantagem
Uma recuperação heroica
Moura ganhou ao 1.º de Dezembro
Pontos que tranquilizam
Nos primeiros três lances de ataque o Fabril marcou três golos e ao quarto de hora o Aljustrelense já perdia por três. Mas foram bravos e chegaram ao empate.
Texto e foto Firmino Paixão
O Aljustrelense deu um avanço ex-cessivo ao seu adversário que, de forma inexplicável, conseguiu mar-
car três golos nos primeiros 11 minutos de jogo. Inacreditável! Depois, o Mineiro entrou no jogo, marcou um primeiro golo que o juiz da partida invalidou (mal) e que pode ter tido influência no resultado final. Antes do intervalo ainda redu-ziu a desvantagem e, com uma segunda parte heroica, conseguiu mais dois tentos de garra que lhe ofereceram o empate. Um desfecho injusto e que os tricolores não mereciam pela forma bri-lhante como se bateram no período comple-
mentar da partida. O Mineiro Aljustrelense fe-cha o ano no décimo posto da tabela, quatro degraus abaixo do primeiro objetivo desejado, que será um posicionamento entre o primeiro sexteto de concorrentes. Ainda assim, está, ape-nas, a quatro pontos de distância e um bom re-sultado em Lagoa, no reatamento da prova, em janeiro, pode potenciar essa recuperação.
Em Beja o Despertar vacilou mais uma vez e voltou a perder. O treinador Filipe Felizardo debate-se com o problema de ter entre mãos uma equipa com padrões de qualidade ou de experiência que não estão minimamente de acordo com a exigência deste campeonato e os bejenses não estão (temos que assumir a cora-gem de o dizer) a ser uns bons embaixadores do nosso futebol. Perderam por duas bolas com o Redondense que era uma equipa do seu campe-onato e que ocupa um lugar acima do Despertar, mas a uma diferença já considerável de pontos.
Está cumprida a primeira jornada da segunda volta, o campeonato regressa em janeiro e, nessa altura, a equipa de Beja desloca-se ao recinto do Messines, mas só um verdadeiro milagre evitará a descida do Despertar ao escalão regional.
3.ª Divisão Nacional (12.ª jornada): Pes-cadores-U.Montemor, 1-0; Quarteirense--Farense, 2-1; Lagos-Messinense, 1-0; Des-pertar-Redondense, 0-2; Sesimbra-Lagoa, 1-0; Aljustrelense-Fabril, 3-3.
Classificação: 1.º Farense, 30 pontos. 2.º Lagos, 25. 3.º Pescadores, 20. 4.º Fabril, 19. 5.º Quarteirense, 19. 6.º U.Montemor, 18. 7.º Sesimbra, 16. 8.º Messinense, 16. 9.º Lagoa, 15. 10.º Aljustrelense, 14. 11.º Redondense, 13. 12.º Despertar, 1.
Próxima jornada (8/1/12): Fabril-Pescadores; U.Montemor-Quarteirense; Farense-Lagos; Messinense-Despertar; Redondense-Sesimbra; Lagoa-Aljustrelense.
O Moura ganhou ao 1.º de Dezembro pela margem mínima mas averbou os três pontos que nesta altura do campeo-
nato devem ser o seu objetivo prioritário.Por um se ganha e por um se perde, e o Moura
ganhou com um golo marcado pelo senegalês Dieng, aos 90 minutos, através de uma grande penalidade, e é agora 10.º na tabela classificativa. Carlos Ventura tem agora duas semanas para acer-tar agulhas e projetar as próximas jornadas, sendo que o primeiro jogo dos mourenses no novo ano
será em casa contra o Atlético de Reguengos, pe-núltimo classificado da prova, que vem de um em-pate em Loulé. O Juventude empatou em casa e o Vendas Novas perdeu com o Oriental, atual líder da prova.
2.ª Divisão Nacional (13.ª jornada): Louletano--Reguengos, 0-0; Fátima-Monsanto, 3-1; Pinhalnovense-Carregado, 0-2; Juventude--Sertanense, 2-2; Mafra-Torreense, 0-0; Caldas-Tourizense, 1-0; Vendas Novas-Oriental, 1-3; Moura-1.º de Dezembro, 1-0. Classificação:
1.º Oriental, 27 pontos. 2.º Torreense, 25. 3.º Pinhalnovense, 25. 4.º Fátima, 24. 5.º Vendas Novas, 23. 6.º Carregado, 22. 7.º Louletano, 19. 8.º Mafra, 19. 9.º Sertanense, 18. 10.º Moura, 15. 11.º 1.º de Dezembro, 15. 12.º Monsanto, 12. 13.º Juventude, 11. 14.º Tourizense, 11. 15.º Reguengos, 10. 16.º Caldas, 8. Próxima jornada (8/1/12): Moura--Reguengos; Monsanto-Louletano; Carregado--Fátima; Sertanense-Pinhalnovense; Torreense--Juventude; Tourizense-Mafra; Oriental-Caldas; 1.º de Dezembro-Vendas Novas.
3.ª Divisão Nacional Mineiro Aljustrelense deu três go-los de avanço ao Fabril mas ainda conseguiu empatar
Nacional 2.ª Divisão
13.ª jornada
Louletano-At. Reguengos ............................................... 0-0Fátima-Monsanto ...............................................................3-1 Pinhalnovense-Carregado .............................................. 0-2Juventude Évora-Sertanense ..........................................2-2 Mafra-Torreense ................................................................ 0-0 Caldas-Tourizense ............................................................. 1-0 Estrela Vendas Novas-Oriental .......................................1-3Moura-1.º Dezembro ........................................................ 1-0 J V E D G P
Oriental 13 8 3 2 26-9 27 Torreense 13 7 4 2 23-10 25 Pinhalnovense 13 8 1 4 19-13 25 Fátima 13 7 3 3 19-12 24 Estrela Vendas Novas 13 7 2 4 22-12 23 Carregado 13 6 4 3 21-16 22 Louletano 13 5 4 4 11-10 19 Mafra 13 4 7 2 14-8 19 Sertanense 13 5 3 5 14-14 18 Moura 13 4 3 6 14-27 15 1.º Dezembro 13 4 3 6 9-11 15 Monsanto 13 2 6 5 9-16 12 Juventude Évora 13 3 2 8 13-21 11 Tourizense 13 2 5 6 11-20 11 At. Reguengos 13 2 4 7 9-22 10
Caldas 13 2 2 9 7-20 8
Próxima jornada (08/01/2011): Moura-At. Reguengos; Mon-
santo-Louletano; Carregado-Fátima; Sertanense-Pinhalno-
vense; Torreense-Juventude Évora; Tourizense-Mafra; Orien-
tal-Caldas; 1.º Dezembro-Estrela Vendas Novas.
Nacional 3.ª Divisão
12.ª Jornada
Aljustrelense-Fabril Barreiro ...........................................3-3 Sesimbra-Lagoa ................................................................ 1-0 Despertar SC-Redondense .............................................. 0-2 Pescadores-U. Montemor ............................................... 1-0 Quarteirense-Farense ...................................................... 0-2 Esp. Lagos-Messinense .....................................................3-1 J V E D G P
Farense 12 9 3 0 27-9 30Esp. Lagos 12 8 1 3 25-10 25Pescadores 12 6 2 4 16-13 20Fabril Barreiro 12 6 1 5 21-18 19Quarteirense 12 6 1 5 15-15 19U. Montemor 12 6 0 6 12-11 18Sesimbra 12 4 4 4 15-15 16Messinense 12 5 1 6 14-17 16Lagoa 12 4 3 5 7-11 15Aljustrelense 12 4 2 6 16-19 14Redondense 12 4 1 7 14-17 13Despertar SC 12 0 1 11 5-32 1
Próxima jornada (08/01/2011): Lagoa-Aljustrelense; Messi-
nense-Despertar; Farense -Esp. Lagos; U. Montemor-Quarteirense;
Fabril Barreiro-Pescadores; Redondense-Sesimbra.
Distrital 1.ª Divisão
13.ª jornada
Panóias-Rosairense ............................................................1-2 Serpa-São Marcos .............................................................. 6-0 Praia Milfontes-Desp. Beja .............................................. 2-0 CF Vasco da Gama-Ferreirense .......................................1-2 Guadiana-Odemirense .................................................... 2-0 Castrense-Sp. Cuba ............................................................5-1 Almodôvar-Aldenovense .................................................3-1 J V E D G P
Castrense 13 11 2 0 35-5 35 Praia Milfontes 13 9 1 3 28-12 28 Ferreirense 13 7 3 3 21-16 24 Serpa 13 6 4 3 18-11 22 Rosairense 13 6 3 4 17-16 21 Panóias 13 6 2 5 17-21 20 Odemirense 13 6 1 6 19-16 20 Aldenovense 13 6 0 7 15-14 18 CF Vasco da Gama 13 5 1 7 24-19 16 Desp. Beja 13 4 3 6 17-18 15 Almodôvar 13 4 3 6 22-22 15 Guadiana 13 3 1 9 16-40 10 São Marcos 13 2 3 8 11-33 9
Sp. Cuba 13 2 1 10 13-30 7
Próxima jornada (08/01/2011): Panóias-Castrense; Guadiana-Rosai-
rense; Praia Milfontes Ferreirense; Almodôvar-Desp. Beja; Serpa- Al-
denovense; São Marcos-Sp. Cuba; CF Vasco da Gama- Odemirense .
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O campeonato da divisão secundária ainda tem duas jornadas para atingir o termo da primeira volta. O Cabeça
Gorda empatou em Barrancos, ainda segura a liderança, mas a folga é curta para suportar a próxima jornada, porque fica de descanso. O Amarelejense instalou-se no segundo posto (ainda não cumpriu a jornada de folga), seguido do Piense, todos separados por um ponto, se-guidos de muito perto pelo Bairro da Conceição e pelo Saboia. Falta ainda muito campeonato, o
tempo das decisões ainda está distante, sendo certo que as equipas do Saboia, Messejanense e Renascente terão, ainda que indiretamente, uma palavra a dizer neste campeonato, porque são fortes a jogar em casa.
Resultados da 11.ª jornada: Barrancos--Cabeça Gorda, 0-0; Sanluizense-Saboia, 1-2; Vale de Vargo-Negrilhos, 1-0; Messejanense--Piense, 2-1; Alvorada-Renascente, 1-2; Amarelejense-Ourique, 6-1. Folgou o Bairro da Conceição.
Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 24 pontos. 2.º Amarelejense, 23. 3.º Piense, 22. 4.º Bairro da Conceição, 19. 5.º Saboia, 19. 6.º Messejanense, 16. 7.º Renascente, 16. 8.º Vale de Vargo, 13. 9.º Ourique, 12. 10.º Alvorada, 8. 11.º Sanluizense, 7. 12.º Barrancos, 5. 13.º Negrilhos, 3.
Próxima jornada (7/1/12): Saboia-Barrancos; Negrilhos-Sanluizense; Piense-Vale de Vargo; Renascente-Messejanense; Ourique-Alvorada; Bairro da Conceição-Amarelejense. Folga o Cabeça Gorda.
Distritais regressam em 2012
Uma prova pouco competitivaTerminou a primeira volta do Distrital da 1.ª Divisão, com o Castrense confortavel-mente instalado no primeiro lugar. A prova regressa em janeiro de 2012.
Texto e foto Firmino Paixão
Duas semanas de intervalo no “Distritalão” para rever estratégias ou reequilibrar plantéis. Esta primeira me-
tade da prova teve cinco mudanças de treinador: Pedro Camões renunciou em Almodôvar, Hugo Relíquias deixou o Vasco da Gama, António Rolim saiu de Cuba, Carlos Simão abandonou o Desportivo de Beja e Luís Miguel abriu a vaga em Odemira. Marcaram-se 273 golos, média de 21 por jornada e três por jogo. A equipa com me-lhores índices é, naturalmente, o líder da prova, com 35 golos marcados (25 em casa e 10 fora, 2,7 por jogo) e apenas cinco sofridos, menos me-tade do que a segunda melhor defesa, que é a do Serpa e já leva 11. Com menor capacidade de fi-
nalização surge o São Marcos (11 golos) e a de-fesa mais permeável é a do Guadiana de Mértola (40).
O Castrense é a única equipa invicta, empa-tou por duas vezes fora de casa (em Serpa e em Ferreira do Alentejo), e a maior goleada per-tence ao Milfontes, com 7-0 ao Guadiana na sexta ronda. A equipa orientada por Francisco Fernandes e Carlos Capeta assumiu o comando logo na primeira jornada e não mais deixou o topo da tabela, aumentando progressivamente para sete pontos a vantagem sobre as equi-pas que têm alternado a perseguição ao líder. O campeonato não tem sido tão competitivo como se esperava, gastou-se muita pólvora seca, na pré-época, em torno de supostos opositores à candidatura da turma de Castro Verde, mas até ao momento não se viu alguém com fôlego su-ficiente. O Serpa sobressai com o seu 4.º lugar, não é uma revelação porque é, isso sim, um his-tórico; o Panoias está a fazer um brilharete; e o Aldenovense tem cumprido bem com algumas
intermitências. As duas equipas que vieram do escalão inferior estão no rodapé da tabela, em circunstâncias que podem determinar o seu re-gresso àquele patamar.
Resultados da 13.ª jornada: Serpa-São Marcos, 6-0; Almodôvar-Aldenovense, 3-1; Milfontes-Desportivo Beja, 2-0; Vasco da Gama--Ferreirense, 1-2; Guadiana-Odemirense, 2-0; Panoias-Rosairense, 1-2; Castrense-Sporting Cuba, 5-1.
Classificação: 1.º Castrense, 35 pontos. 2.º Milfontes, 28. 3.º Ferreirense, 34. 4.º Serpa, 22. 5.º Rosairense, 21. 6.º Panoias, 20. 7.º Odemirense, 19. 8.º Aldenovense, 18. 9.º Vasco da Gama, 16. 10.º Desportivo de Beja, 15. 11.º Almodôvar, 15. 12.º Guadiana, 10. 13.º São Marcos, 9. 14.º Sporting de Cuba, 7.
Próxima jornada (8/1/12): Panoias--Castrense; Guadiana-Rosairense; Vasco da Gama-Odemirense; Milfontes-Ferreirense; Almodôvar-Desportivo de Beja; Serpa--Aldenovense; São Marcos-Sporting Cuba.
Cabeça Gorda vai à frente mas folga é curta
A liderança vai mudar
“Distritalão” O Castrense ficou de pé no topo da tabela e o Cuba deitado sobre o último lugar
Vasculhando uma das gavetas do armário que mantenho junto à minha secretária, deparei-me com um rol de crónicas alentejanas desportivas, assinadas pelo saudoso Mário Elias, que serviram de mestria para desencantar antigos atletas do distrito de Beja. O tema era enriquecido com desenhos que ilustravam as personagens citadas. O Mário era um homem simples. Do povo. Recusava entrar pelo interior de uma sociedade que ele próprio intitulava de apodrecida. Corrompida. O seu anarquismo fez dele um senhor. Com ele passei horas a debater as suas ideias. Rejeitava o mundo da vaidade. As suas vestes denunciavam humildade, mas não avareza. Uma humildade que se traduzia numa enorme grandeza de espírito. O Mário era uma personalidade nobre. Pintor, jornalista e escritor foram hobbies que lhe preencheram a alma. Foi aquilo que quis ser. Abdicou de fatos de alta costura e de gravatas de seda. Não usou chapéus de aba larga, botas requintadas, esferográficas de marca esmerada nem excelentes compêndios onde expunha os seus escritos. Conheci-o, aliás conhecemo-lo, de calções, de camisas debutadas, com um gorro de lã na cabeça, quer fizesse frio ou calor, cabelos esbranquiçados ao vento, uns chinelos enfiados nos pés e um maço de papéis desalinhados debaixo do braço que continham parte do seu espólio literário. Olho para os seus ilustres desenhos onde retratava, literalmente, craques do desporto alentejano do antigamente e revejo a dinâmica que o Mário impôs quando um dia se referiu ao seu pai, João Elias, um dos fundadores do Guadiana Foot-Ball Clube no ano de 1926. Confesso que o desenho sensibilizou-me. A energia que o Mário incutiu na tela deu-lhe maior talento, digo eu, quando contemplamos, no fundo da ilustração, o velhinho castelo da vila de Mértola, a urbe que o viu nascer. Mário Elias e a temática desportiva.
Mário Elias e o desportoJosé Saúde
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As equipas femininas da Casa do Benfica de Castro Verde e do Mineiro Aljustrelense repartem o comando da Taça
Distrito de Beja em Futebol, após a realização da segunda jornada, cujos resultados foram os seguintes: Serpa-C.
Benfica Castro Verde, 0-4; C.Benfica Almodôvar-Aljustrelense, 2-11: Ourique-Odemirense, 1-3. Classificação:
1.º Casa do Benfica de Castro Verde e Aljustrelense, seis pontos, 3.º Serpa e Odemirense, 3. 5.º Ourique e Casa do
Benfica de Almodôvar, 0.
Futebol feminino:liderança repartida
Andebol Pai Natal veste de azulA equipa de seniores Zona Azul continua num excelente
momento e, na jornada que encerrou o ano de 2011, foi o
Oriental a vítima da supremacia dos bejenses, que lideram
o campeonato isolados. Em janeiro a Zona Azul jogará em
Almada de olhos postos no resultado do encontro entre o Boa
Hora e o Torrense. Resultados da 13.ª jornada: Redondo-AC
Sines, 43-25; Loures-Lagoa, 28-28; Zona Azul-Oriental, 31-
-20; Costa D’Oiro-Boa Hora, 15-24; Náutico-Almada, 29-37.
Classificação: 1.º Zona Azul, 34 pontos. 2.º Boa Hora, 32. 3.º
Torrense, 29. 4.º Redondo, 26. 5.º Lagoa, 26. 6.º Almada, 23.
7.º Oriental, 22. 8.º Loures, 19. 9.º Náutico Guadiana, 17. 10.º
Costa D’Oiro, 15. 11.º A.C.Sines, 13. Próxima jornada (7/1/12):
Boa Hora-Torrense; Oriental-Costa D’Oiro; Lagoa-Náutico;
A.C. Sines-Loures; Almada-Zona Azul Outros Resultados
– Nacional da 1.ª Divisão Iniciados Masculinos: Almada-
-C.C.P.Serpa, 33-17. Próxima jornada (7/1/12): C.C.P.Serpa-V.
Setúbal. Campeonato do Alentejo de Minis Masculinos: Zona
Azul-C.C.P.Serpa, 22-18; Nacional de Iniciados Masculinos
2.ª Divisão: Ponte Sôr-Zona Azul, 32-24; Évora A.C.-Vasco da
Gama, 28-24. Nacional de Juvenis 2.ª Divisão: C.C.P.Serpa-
-Évora A.C., 38-13; G.Portalegre-Zona Azul, 30-28; Vasco
da Gama-Redondo, 34-23. Nacional de Infantis Masculinos:
Évora A.C.-Zona Azul, 45-15; C.C.P.Serpa-Ponte Sôr, 22-12.
Basquetebol Beja Basket em segundo Mais uma importante vitória do Basket Clube de Beja, desta
vez no pavilhão do Clube de Basquetebol de Tavira, o que dá
outro colorido ao triunfo. A equipa bejense reparte o segundo
lugar da zona sul em igualdade de pontos (10) com o Ferragudo
e os Tubarões de Quarteira. Lideram os Salesianos de Évora,
próximos adversários do B.B.C.,com 12 pontos. Campeonato
Nacional de Basquetebol da 2ª Divisão (7.ª jornada):
C.B.Albufeira-Atlético de Reguengos, 58-55; Salesianos-
-Tubarões de Quarteira, 62-55; C.B.Tavira-Beja Basket Clube,
61-67. Próxima jornada (21/1/12): Reguengos-Ferragudo;
Salesianos-Beja Basket Clube; C.B.Albufeira-C.B.Tavira.
Hóquei Grândola segue na taça O Hóquei de Grândola ganhou ao Seixal por 7-1 e qualificou-se
para a segunda eliminatória da Taça de Portugal em Hóquei
em Patins. Sorte diferente teve o seu vizinho de Santiago do
Cacém que foi eliminado nos Açores. Na próxima eliminatória,
marcada para 21 de fevereiro de 2012, já estarão em prova as
equipas do Aljustrelense, Estremoz e Castrense, que tinham
ficado isentas desta fase preliminar da prova. Taça de Portugal
Masculinos (1.ª eliminatória) zona sul: HCP Grândola-
-Seixal, 7-1. Armada Verde-Micaelense, 2-6; Ilha Terceira-HC
Santiago, 10-0. Isentos: Aljustrelense, Castrense, Estremoz. 2.ª
Eliminatória a 21 de fevereiro de 2012.
Futsal Os Independentes em 4.º lugar A equipa do Grupo Desportivo de Baronia perdeu em
Messines e mantém-se na zona de despromoção na Série
D do Nacional da 3.ª Divisão de Futsal. Os Independentes
de Sines, em quarto lugar, são a equipa alentejana
melhor posicionada na tabela. O campeonato prossegue
no dia 14 de janeiro de 2012 com os jogos Louletano-
-Independentes; Benfica VRSA-Sporting de Viana,
Baronia-Portela e Évora Futsal-Messines. Resultados da
9.ª jornada: Independentes-Benfica VRSA, 7-1; Portela-
-Rangel, 5-2; Atalaia-Évora Futsal, 10-1; Sporting Viana-
-Sassoeiros, 3-1; Indefetíveis-Louletano, 3-2; Quinta
do Conde-Sonâmbulos, 6-5; Messines-Baronia, 5-4.
Resultados do Crosse de Alvito: Benjamins (500 m) – masculinos: 1.º João Alegria (E.Triatlo), 1,43; femininos: 1.º Ana Morais (BNSC), 1,47. Infantis (1 500m) – masculinos: 1.º Francisco Vieira (BNSC), 5,34; femininos: 1.º Ana Braga (BAC), 6,26. Iniciados (2 500m) – masculinos: 1.º Gonçalo Batalha (Diana), 9,41; fe-mininos: 1.º Rosário Silveira (NARM), 10,38. Juvenis (3 500m) – masculinos: 1.º Miguel Lacerda (BejaAC), 12,33; femininos: 1.º Ana Catarina Dias (NDCO), 10,44. Veteranos M50 (3500m): 1.º Ilídio Campos (NDCO),
14.33. Veteranos M40 (6 500m): 1.º Fernando Santos (CNA), 25,09. Absolutos femininos (3 500m): 1.º Ana Sofia Guerreiro (NDCO), 16,57. Absolutos masculinos (6 500m): 1.º João Figueiredo (CNA), 23,43; 2.º Nuno Patrício (CNA), 24,58. 3.º Eduardo Costa (NDCO), 25.09; 4.º Fábio Batista (NDCO), 26.16; 5.º Rui Fontes (BAC), 26,28. Equipas: 1.º Clube Natureza de Alvito, 34 pontos; 2.º Beja Atlético Clube, 27; 3.º Escola Triatlo de Évora, 23; 4.º Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, 20; 5.º Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana, 19.
Crosse Partida da prova de juvenis masculinos/absolutos femininos e veteranos
Os atletas João Figueiredo (Clube Natureza de Alvito) e Ana Sofia Guerreiro (Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira) foram os ven-cedores absolutos do 7.º Crosse de Alvito.
Texto e foto Firmino Paixão
O ainda júnior João Figueiredo, es-tudante de engenharia mecânica e um dos melhores atletas nacio-
nais na modalidade de orientação, venceu destacado o 7.º Crosse de Alvito, simultane-amente Corta Mato de Natal da Associação de Atletismo de Beja. O atleta do Clube de Natureza de Alvito liderou a prova desde o seu início e concluiu os 6,5 quilómetros do percurso com menos um minuto que o segundo classificado. No setor feminino triunfou a atleta odemirense Ana Sofia Guerreiro, de 19 anos, estudante de eco-nomia, irmã gémea da consagrada Rita Guerreiro, do mesmo clube.
A reunião contou com a participação de 14 equipas e mais de uma centena de atle-tas de todos os escalões. Foi disputada numa pista de grandes exigências técnicas e físi-cas, boa panorâmica geral da prova e a orga-nização teve nota elevada. No final da prova, João Figueiredo, vencedor absoluto mascu-lino, relativizou o seu sucesso dizendo: “Os meus colegas de equipa, que são os meus
principais rivais no Alentejo, não puderam competir, uns por lesão, outros por impe-dimento profissional”. E assumiu: “Estou a treinar bem esta época, hoje fui o mais forte, esperava ganhar, não pensei que pudesse chegar tão destacado mas senti-me bem du-rante o percurso, o objetivo é sempre vencer, é a prova do nosso concelho, está aqui a nossa gente, a nossa família, tinha aí a minha mãe a ver, sabe sempre bem ganhar”.
Ana Sofia Guerreiro, por sua vez, re-velou: “A prova correu-me muito bem, no princípio fui logo para a frente, mas depois comecei a sentir a dureza da prova e geri a corrida, é um percurso muito duro, mas acho que no geral foi uma boa prova”, disse, sublinhando: “Gosto muito de representar o Núcleo de Odemira, é um clube por onde têm passado grandes atletas, tem uma equipa numerosa, nos últimos tempos têm vindo a aderir mais atletas, aliás, Odemira é o meu orgulho”. A futura economista reve-lou ainda: “O atletismo sempre foi um ho-bby, mas depois ganhei uma grande paixão pela modalidade e a minha irmã também me impulsionou, espero que ela volte, é me-lhor atleta do que eu e puxava muito por mim”, concluiu.
O diretor técnico regional da moda-lidade, António Machado, comentou a prova dizendo: “Esta altura do ano é sem-pre complicada para estas competições face à proximidade da época festiva mas,
de qualquer forma, tivemos uma reunião em que coincidiram dois bons encontros competitivos, o Corta Mato de Natal da Associação de Atletismo de Beja e o Crosse de Alvito”. O dirigente acentuou ainda: “O Clube Natureza de Alvito teve um apoio muito importante das autarquias do con-celho para que a prova tivesse este sucesso e mesmo assim tivesse um número de pra-ticantes que superou a nossa expectativa. O circuito também é muito bom, estamos a considerar a hipótese de fazer aqui provas com maior envergadura do que esta, vamos ver se uma prova nacional”.
A reunião atlética organizada pelo Clube de Natureza de Alvito teve a parceria técnica da Associação de Atletismo de Beja e os apoios da Câmara Municipal de Alvito e das juntas de freguesias de Alvito e Vila Nova da Baronia.
João Figueiredo na Eslováquia O atleta do Clube Natureza de Alvito vai estar em ju-lho de 2012 nos Campeonatos do Mundo de Orientação, onde promete lutar por um lu-gar no pódio: “Estou mais vocacionado para a orientação, aí é que tenho grandes objeti-vos, dedico muito tempo ao atletismo mas a orientação para mim está primeiro, este é o meu último de júnior, estou a trabalhar para tentar chegar ao pódio do Campeonato do Mundo em julho na Eslováquia, onde espero estar a lutar por uma medalha”.
Triunfos no 7.º Crosse de Alvito
Um engenheiro projetou e uma economista geriu
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 2ª Publicação
PEDRO BRANDÃO
Agente de Execução
C.P. 3877
ANÚNCIOTribunal Judicial de Beja – 2° JuízoAcção ExecutivaProcesso n.° 1235/08.3TBBJAExequente: Banco BPI, SAExecutados: Paulo José Caeiro Rosado, Cármen Dolores Caixei-
rinho Atabão e outros.FAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra
designado o dia 5 de Janeiro de 2012, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem:
Prédio Urbano, propriedade total, sito na Rua 23 de Julho, n.° 1, no Penedo Gordo, Beja, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 2640, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a fi cha 788/19920914 Beja (Santiago Maior).
O bem pertence aos Executados:Cármen Dolores Caixeirinho Atabão Paulino, NIF: 233736603 e
Paulo José Caeiro Rosado, NIF: 223439460VALOR BASE: 16.428,58 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de
11.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base.Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem
juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor.
É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados Cármen Dolores Caixeirinho Atabão Paulino, NIF: 233736603 e Paulo José Caeiro Rosado, NIF: 223439460, residentes na Rua 25 de Abril, n.° 7, Penedo Gordo, Beja.
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Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLAConservador em substituição: Alexandre José da Silva Santos
CERTIDÃO NARRATIVA(Conforme Art.° 100 do Código do Notariado)
Alexandre José da Silva Santos, Conservador em substituição do Cartório Notarial de Mértola, certifi ca:
Que, para efeitos de publicação foi lavrada em dezasseis de De-zembro do ano de dois mil e onze neste Cartório Notarial e exarada a partir de folhas cinquenta e sete a folhas cinquenta e nove do livro de notas para escrituras diversas número trinta – D, uma Escritura de Justifi cação Notarial, na qual Francisco Gaspar Martins, N.I.F.126 018 685 e mulher Maria Helena Ramos Vinagre Martins, N.I.F. 185 219 110, casados segundo o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Alcaria Ruiva concelho de Mértola e ela da fre-guesia de São Sebastião da Pedreira concelho de Lisboa, residentes habitualmente à Urbanização do Pombal, Rua dos Lírios, lote 278, 1º esquerdo, Alcabideche, Cascais, portadores dos bilhetes de identidade, números 6085935 emitido em 30-07-2007 emitido pelos Serviços de Identifi cação Civil de Lisboa e 8195106 emitido em 21-09-2008 pelos Serviços de Identifi cação Civil de Lisboa declararam:
Que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do prédio urbano, localizado em Amendoeira de Cima, freguesia de Alcaria Ruiva, concelho de Mértola, composto de edifício com quatro compartimentos, com a área coberta de quarenta metros quadrados, a confi nar do Norte com Francisco Inácio, do Sul e do Nascente com a via pública e do Poente com José Venâncio, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 578 com o valor patrimonial de 286,30 e atribuído de 1.000,00€.
Que, o prédio não se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Mértola.
Que, o referido prédio veio à posse dos ora justifi cantes já no estado de casados por o haverem adquirido em dia que não podem precisar corria o mês de Abril do ano de mil novecentos e oitenta e sete por partilha meramente verbal feita com os demais interessados da herança aberta por óbito do pai do justifi cante varão, José Manuel Martins, actualmente já falecido, residente que foi em Amendoeira de Cima, Alcaria Ruiva, Mértola.
Que, por sua vez os pais do ora justifi cante varão e mulher Maria Cristina Gaspar, casados que foram sob o regime da comunhão geral, haviam adquirido o prédio ora justifi cado por partilhas meramente verbais e subsequentemente não tituladas, feitas com os demais inte-ressados, das heranças abertas por óbito de José Sebastião Gaspar e Francisca Inácia, avós do justifi cante varão, já falecidos e residentes que foram em Amendoeira de Cima, Alcaria Ruiva, Mértola.
Que, porém desde o ano de mil novecentos e oitenta e sete e sem interrupção, pelo que, continuadamente e em permanência os justifi -cantes entraram na posse e fruição do prédio, usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas como sua segunda habitação onde passam fi ns de semana e férias e suportando os respectivos encargos, contribuições e impostos e com ânimo de quem exercita direito próprio, ignorando lesar direito alheio, à vista e com conhecimento de todos os que habitam na povoação da Amendoeira de Cima, freguesia de Alcaria Ruiva, sendo reconhecidos pelos seus vizinhos como seus donos.
Que, sempre habitaram, permaneceram e melhoraram a casa, pa-gando as respectivas contribuições e impostos tendo portanto adquirido o prédio e, sem qualquer interrupção mantido a sua posse ostensiva-mente sem a oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse própria, pública, porque à vista de todos e sem a menor oposição de quem quer que seja, pacífi ca, porque exercida sem violência, contínua, porque mantida ao longo de todos estes anos e de boa fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que se verifi cam todos os requisitos legais para a aquisição do referido prédio invocando para tanto a usucapião.
Que, dado o modo de aquisição, sem documento algum que titule sufi cientemente o seu direito e lhes permitam para efeitos de registo predial, fazer prova do seu direito de propriedade do aludido prédio justifi cam a aquisição do mesmo no presente acto por usucapião.
É extracto certifi cado da escritura e vai conforme o original, declarando que, da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifi que ou condicione a parte transcrita.
Mértola, dezasseis de Dezembro de dois mil e onze.O Conservador, em substituição
Alexandre José da Silva Santos
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS
VOLUNTÁRIOS DE CASTRO VERDE
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
CONVOCATÓRIADe acordo com o estipulado na alínea a) do N° 2 do artigo
41° Subsecção III dos Estatutos, são convocados os Sócios desta Associação, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 27 de Dezembro do corrente ano, pelas 20 horas (vinte horas) na Sede da Associação, sita na Rua da Seara Nova, n.° 1 em Castro Verde, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto Um: Aprovação do Orçamento da Receita e Despe-sa e do Plano de Actividades para o exercício de 2012.
Ponto Dois: Outros Assuntos de Interesse.Obs: Se à hora marcada para a reunião, não estiverem
presentes o número legal de sócios, esta funcionará com qualquer número de sócios presentes. uma hora depois.
Castro Verde, 09 de Dezembro de 2011.O Presidente da Mesa
Francisco José Faleiro Baltazar Romano Colaço
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA
EDITALSARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESIDENTE
DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA:TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.° 3 do
artigo 84° da Lei n.° 1 69/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.° 5-A/2002, de 11 de Janeiro e artigos 16.° e 38.° do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 29 de Dezembro de 2011, pelas 18:00 Horas, na SaIa de Sessões da Câmara Municipal realizar-se-á uma sessão ordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte:
1. PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA”1.1 Apreciação e votação da acta nº 5/20111.2. Resumo do Expediente1.3. Intervenção dos membros da Assembleia Municipal2. PERÍODO DE «ORDEM DO DIA”2.1. Relatório da Actividade Municipal (Artigos 53º e 68º da
Lei nº 169/99, de 18/09, com a redacção da Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro) – Relatório nº 5/2011
2.2. Grandes Opções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal para 2012
2.3. Proposta de empréstimos – Contrato de fi nanciamento reembolsável
2.4. Proposta de protocolo de delegação de competências na Junta de Freguesia de Santa Maria (Transportes escolares – Circuitos VI, VII e XII)
3. PERÍODO DE “INTERVENCÃO DO PÚBLICO”E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual
teor, que vão ser afi xados nos locais públicos do costume.Serpa, 20 de Dezembro de 2011.
A Presidente da Assembleia MunicipalSara de Guadalupe Abraços Romão
19Sexta-feira,
23 DEZEMBRO 2011Nº 1548 (II Série) institucional diversos
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Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de
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22Diário do Alentejo23 dezembro 2011
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Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
DO BAIXO ALENTEJO
E ALENTEJO LITORAL
EDITALVítor Manuel Chaves Caro Proença, Presidente da Mesa
da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, faz saber, nos termos do artº. 91º da Lei nº. 169/99, que em reunião de 6 Dezembro de 2011, foram aprovados os seguintes documentos:
Plano Plurianual de Investimentos;Grandes Opções do Plano para 2012;Orçamento para 2012;Mapa de Pessoal. Os documentos em causa, podem ser consultados no
serviço de Secretariado da Administração das 9 h às 12h30m e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis.
Para constar, se publica o presente que vai ser afi xado nos lugares públicos do costume.
Beja, 15 de Dezembro de 2011.O Presidente da Mesa
da Assembleia Intermunicipal da AMBAALVítor Manuel Chaves Caro Proença
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicaçãoj
CIMBAL – COMUNIDADE
INTERMUNICIPAL DO BAIXO ALENTEJO
EDITALAntónio João Rodeia Machado, Presidente da Mesa da
Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, faz saber, nos termos do artº. 91º da Lei nº. 169/99, que em reunião de 30 de Novembro de 2011, foram aprovados os seguintes documentos:
Plano Plurianual de Investimentos;Grandes Opções do Plano para 2012;Orçamento para 2012;Mapa de Pessoal.Os documentos em causa, podem ser consultados nos
serviços desta Comunidade das 9 h às 12h30m e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis.
Para constar, se publica o presente que vai ser afi xado nos lugares públicos do costume.
Beja, 15 de Dezembro de 2011.O Presidente
da Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMBALAntónio João Rodeia Machado
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
Margarida Carvalho
Agente de Execução
Cédula 4500
ANÚNCIOVENDA DE IMÓVEL
TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA1.º JuízoProc. 1257/09.7TBBBJAPagamento de quantia certaValor: € 137.226,06Exequente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola, CRL
Executados: Francisco Veríssimo Guerreiro e OutrosNos autos acima identifi cados, foi designado o dia 16 de Janeiro de
2012, pelas 14h00, no 1.º Juízo do Tribunal Judicial de Beja, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal pelos interessados na compra dos seguintes bens:
Verba Um:Tipo de bem: ImóvelDescrição: Prédio rústico denominado “Charneca”, com a área de
3,7 hectares, situado na freguesia de Salvada, concelho de Beja, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o n.º 697 e inscrito na respectiva matriz sob o art.º 460, da Secção B.
Valor base: € 118.571,00Valor de venda: € 82.999,70 (70% do valor base)Verba Dois:Tipo de bem: ImóvelDescrição: Prédio rústico denominado “Charneca”, com a área de 0,75
hectares, situado na freguesia de Salvada, concelho de Beja, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o n.º 831 e inscrito na res-pectiva matriz sob o art.º 394, da Secção B.
Valor base: € 24.285,00Valor de venda: € 16.999,50 (70% do valor base)Os bens pertencem a Francisco Veríssimo Guerreiro e Mariana Natália
Gonçalves dos Santos Veríssimo Guerreiro. Em relação às propostas, não serão aceites as que forem de valor
inferior ao valor de venda e as que não se façam acompanhar de um cheque visado à ordem da Agente de Execução de 5% do valor de venda ou garantia bancária no mesmo valor, nos termos do art.º 897.º do Código de Processo Civil.
A Agente de ExecuçãoMargarida Carvalho
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS
VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
CONVOCATÓRIAEm conformidade com o disposto no nº 2 do artigo 41º
alínea b) dos Estatutos da Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Vidigueira, convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no próximo dia 30 de Dezembro de 2011, pelas 20H00, na sede da Associação, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Apreciação, discussão e votação do Plano de Activida-des e do Orçamento, para o exercício do ano 2012.
2. Outros assuntos de interesse colectivo Se, à hora marcada não se verifi car o número de pre-
senças previstas nos Estatutos, a Assembleia Geral poderá deliberar 30 minutos depois da hora inicial, com qualquer número de presenças, desde que não inferior a três asso-ciados efectivos.
NOTA: Informo que os documentos para análise estarão disponíveis na Secretaria desta Associação, a partir do dia 28 de Dezembro.
Vidigueira, 19 Dezembro 2011.O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
Nuno Alfredo Cordeiro Pelúcia
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO DE SINES
A cargo da Notária
Maria Leonor Domingues Garrett e Castro
CERTIFICO, para efeitos de publicação, que foi lavrada hoje neste Cartório Notarial, de folhas dez a folhas doze do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Quinze-A” uma escritura de justifi cação na qual Pedro Miguel Silva Costa, casado no regime de comunhão de adquiridos com Elizabeth Costa Damásio, natural da freguesia de S. Martinho das Amoreiras, concelho de Odemira, residente na Rua das Flores, Bairro do Montinho, Lote 2, em Vila Nova de Milfontes, declarou ser dono e legítimo possuidor do seguinte bem, que adquiriu por usucapião: Prédio rústico, denominado “Caiada de Cima”, situado na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, composto por uma parcela de terreno de cultura arvense, com a área de três mil melros quadrados, a confrontar do Norte com Herdade da Alpendurada, Sul e Poente com Herdade da Caiada de Cima, e Nascente com caminho vicinal público, inscrito na respectiva matriz cadastral rústica sob parte do artigo 51 da Secção G. Mais declarou que este prédio constitui uma parcela de terreno a desanexar do prédio rústico denominado Caiada de Cima, sito na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número dois mil duzentos e vinte e um da mesma freguesia, e que foi adquirida pelo justifi cante, ainda no estado de solteiro, em dia que não pode precisar do mês de Junho de mil novecentos e oitenta e nove, por compra meramente verbal feita a Rui Manuel da Silveira Ribeiro de Menezes, então titular inscrito, não tendo nunca sido celebrada a competente escritura de compra e venda.
Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifi ca.
Sines, 14 de Dezembro de 2011.
A Notária Maria Leonor Domingues Garrett e Castro
Diário do Alentejo nº 1548 de 23/12/2011 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE
EDITAL Nº 97/2011
FRANCISCO JOSÉ CALDEIRA DUARTE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE CASTRO VERDE.
Torna Público, que não sendo possível apurar a identifi -cação e o paradeiro da totalidade dos proprietários do prédio urbano, sito na Rua do Moinho, nº 12 na localidade dos Geraldos, Freguesia e Concelho de Castro Verde, procede-se de acordo com o disposto, nº 1 alinea d), do Código do Procedimento Administrativo;
Dadas as circunstâncias, ficam pelo presente Edital notifi cados os proprietários do prédio urbano, sito na Rua do Moinho nº 12 em Geraldos, de que foi marcada uma vistoria ao abrigo dos artigos 89º e 90º do Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, na redacção conferida pelo Decreto-Lei nº 26/2010 de 30 de Março, para verifi cação das respectivas condições de segurança, salubridade e arranjo estético;
Mais, faz-se saber que, nos termos do disposto no nº 3 do artigo 90º do mesmo diploma legal, “ até à véspera da vistoria, os proprietários podem indicar um perito para intervir na vistoria a formular os quesitos a que deverão responder os técnicos nomeados”;
A vistoria será efectuada no próximo dia 29 de Dezembro do corrente ano, às 09 h 30 m, pelos técnicos da Câmara Mu-nicipal de Castro Verde, devendo os respectivos proprietários, ou alguém por eles designado, comparecerem no local para permitir o acesso ao interior do prédio;
Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afi xados na porta do imóvel em causa, na sede do Município, na respectiva Junta de Freguesia e nos lugares públicos do costume.
Paços do Município de Castro Verde, aos dezanove dias do mês de Dezembro de dois mil e onze.
O Presidente da Câmara,Francisco José Caldeira Duarte
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António Pedro
Galvão Nasceu 13.02.1937 Faleceu 19.12.2011
Faleceu o Exmo. Sr. António Pedro Galvão, natural de Amieira, casado com a Exma. Sra. Maria Perpétua Fragoso Torrado Galvão.O funeral a cargo desta Agência realizou-se no pas-sado dia 20, da casa mortuá-ria de Marmelar para o cemi-tério local.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7
7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108
Serpa
PARTICIPAÇÃO
Gertrudes Maria
Rebocho
Faleceu a 21.12.2011
É com pesar que participa-
mos o falecimento da Sra.
D. Gertrudes Maria Rebocho,
de 90 anos, viúva, natural
de Serpa. O funeral a cargo
desta Agência realizou-se no
dia 22.12.2011 pelas 11.00
horas, da Casa Mortuária
de Serpa para o cemitério
local.
Apresentamos à família as
cordiais condolências.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
SERPENSE, LDA
Gerência: António Coelho
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Serpa
PARTICIPAÇÃO
Raquel Doidinho
D’Oliveira MateusFaleceu a 15.12.2011
É com pesar que participamos
o falecimento da Sra. D. Raquel
Doidinho D’ Oliveira Mateus,
de 74 anos, solteira, natural de
Serpa. O funeral a cargo des-
ta Agência realizou-se no dia
16.12.2011 pelas 16.00 horas,
da Casa Mortuária de Serpa
para o cemitério local.
Apresentamos à família as cor-
diais condolências.
SERPA / PUEBLA DE GUSMAN - HUELVA
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ LUÍS GONÇALVES GUERREIRO, de 62 anos, natural de Santa Maria - Serpa, casado com a Exma. Sra. D. Manuela Garcia Garcia. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, do Hospital de Beja, para o cemitério de Puebla de Gusman - Huelva, Espanha.
AMIEIRA
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL ANTÓNIO CHARRUA NOGUEIRA, de 57 anos, natural de Amieira - Portel, casado com a Exma. Sra. D. Rosária da Silva Rosado Nogueira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Amieira, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANA BÁRBARA CARVOEIROS, de 83 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BERINGEL
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM MARIA MESTRE COELHEIRO, de 89 anos, natural de Beringel - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA MÓNICA DESCALÇO, de 83 anos, natural de Albernôa - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.
VILA AZEDO / BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ JOAQUIM SERRA, de 71 anos, natural de Torrão - Álcacer do Sal, casado com a Exma. Sra. D. Maria Joana André Barroso. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO SEQUEIRA DA ROSA, de 77 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Baião do Coito Quirino Rosa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.
CASTRO VERDE / PENEDO GORDO
†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO JOSÉ DUARTE MARTINS, de 55 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Francisca Maria da Rosa Duarte Martins. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério do Penedo Gordo.
CASTRO VERDE / SACAVÉM
†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO DOMINGOS DO Ó SILVA de 66 anos, natural de Castro Verde, casado com a Exma. Sra. D. Maria Aldina Carrapito da Mata do Ó Silva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Igreja de Nossa Senhora da Saúde em Sacavém, para o cemitério de Camarate-Loures, onde foi cremado.
Às famílias enlutadas
apresentamos as nossas mais
sinceras condolências.
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Vila de Frades
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Francisco António
do Alpendre Nasceu 24.12.1923 Faleceu 13.12.2011
Sua esposa, filhas, genros, netos e restante família na im-possibilidade de o fazer pesso-almente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo ma-nifestaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7
7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Francisco Sequeira
RosaEsposa, fi lha, genro e netos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorri-do no dia 17/12/2011, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pes-soas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
Albernoa – Toronto/Canadá
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Armando Augusto Ribeiro Viegas, fi lhas, netos, genros e restan-
tes familiares cumprem o doloroso dever de participar a todas as
pessoas de suas relações e amizade o falecimento da sua ente
querida MARIA LÚCIA DE JESUS RODRIGUES GUERREIRO
VIEGAS, de 65 anos, no passado dia 22 de Novembro na ci-
dade de Toronto, após período de doença prolongada, agra-
decendo a todos que se dignaram assistir e acompanhá-la no
seu funeral ou que de qualquer forma lhes manifestaram o
seu pesar, quer na cidade de Toronto, onde era muito estima-
da especialmente pelos emigrantes portugueses uma vez que
foi durante várias décadas colaboradora assídua da Casa do
Alentejo naquela cidade, ou em Albernoa, Portugal.
MISSA
Francisco Aleixo
Dias Gonçalves17º Ano de Eterna
Saudade
Sua esposa e fi lha partici-pam a todas as pessoas de suas relações e amizade que mandam celebrar missa por alma do seu ente querido no dia 27/12/2011, terça-feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agrade-cendo desde já a todos os que comparecerem ao acto religioso.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
SERPENSE, LDA
Gerência: António Coelho
Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315
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Cerca de 100 pequenos leitores (dos seis aos 12 anos) inscreveram-se para participarem no projeto “No Encanto da Leitura”, promovido pela Biblioteca Municipal de Almodôvar e que teve início no mês de novembro com o término em junho de 2012. Este concurso é um incentivo à promoção e divulgação do livro e da leitura. Para saber mais www.biblioleitura-almodovar.blogspot.com
Dica da semanaCom as férias à porta e com muito mais tempo sugerimos--te que peças a um adulto ajuda para construíres a tua árvore, mas só mesmo na hora de fazer os furos.
Um sonhoquatro livros,
quatro trabalhos e uma viagem!
Editado, pela primeira vez, em 1996, com ilustrações de Joana Quental, este divertido conto de Ana Saldanha foi reeditado pela Caminho em 2008 com novas possibilidades de leitura. Um texto marcadamente humorístico que permanece inalterado, no entanto, a ilustração e o próprio grafismo, evidenciam uma nova construção bastante distinta da primeira edição e é feita pelas mãos da ilustradora Madalena Matoso. Um livro que coloca o Pai Natal num quase “mundo às avessas”, sim, porque pela primeira vez ele aparece triste por ninguém se lembrar dele.A tristeza rapidamente dá lugar a um humor subtil com a entrada em cena de figuras de contos tradicionais que as crianças conhecem bem: o Capu-chinho Vermelho, a Gata Borralheira, o João Ratão, a Bruxa da Casinha de Chocolate, a Raposa e o Lobo Mau. Todas elas com um presente para o Pai Natal, que acaba com todos a participarem numa inédita ceia de Natal.
A páginas tantas ...
Recorta pelo contorno, mas atenção ao recortares a cabeça para esta não ficar separada do corpo. Une A com B e põe um pontinho de cola. Podes ainda fazer um pequeno furo para pendurares os teus anjos.
ais tempo sugerimos-construíres a tua
er oso furros.
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2011
Boa vida
PUB
Dois copos de conversaBrinde a 2012
Aproxima-se o fim do ano e 2012 tem que trazer a pro-messa de vida melhor, de uma caminhada para porto seguro, ao abrigo das crises e de um mundo cada vez
mais individualista e cinzentão.Proponho que celebre 2012 com um bom vinho
efervescente. No século XVII, após a vindima e a prensagem, os mos-
tos fermentavam em tonéis de madeira. Por causa do frio a fermentação não arrancava ou parava muito depressa. Os vinhos conservavam, durante o inverno portanto, parte dos açúcares das uvas e a fermentação recomeçava na pri-mavera com a chegada do tempo quente, tão naturalmente como havia parado com o frio outonal. O gás gerado pela re-toma da fermentação provocava o “borbulhar” dos vinhos, que se escapava pela porosidade dos toneis. No final do sé-culo XVII os champanheses começaram a engarrafar o vi-nho de tal modo que a efervescência espontânea e não con-trolada era bem notada nos copos.
A técnica ancestral de colocar um vinho tranquilo em garrafa e adicionar um pouco de açúcar e leveduras, for-çando uma segunda fermentação, designa-se por método clássico, e deriva da tradição de Champagne. Após a se-gunda fermentação o gás carbónico encontra-se dissolvido no vinho contido na garrafa. No momento da sua abertura a parte do gás da zona do gargalo escapa-se, provocando uma ligeira explosão. O resto do gás dissolvido no vinho retoma a pressão atmosférica voltando ao estado gasoso de forma gradual, aproveitando o efeito da capilaridade, provocado por pequenas irregularidades das paredes do copo e por partículas em suspensão no vinho, para gerar trens de bo-lhas que podem atingir as 50 bolhas por segundo. No de-curso da ascensão até à superfície, as bolhas carregam-se com gás e aumentam de dimensão.
Tenha um Santo Natal e o melhor Ano Novo. Se condu-zir não beba.
Aníbal Coutinho
BD
O regresso de Canardo
Depois de uma relativa pausa, aí está de volta, sob edição Casterman, o fa-moso inspetor Canardo, criação ge-nial de Benoît Sokal, em jeito de cari-catura às clássicas histórias policiais. Irresistível aventura, com muita ação e humor desconcertante. Aplausos a Sokal por este “Une Bavure Bien Baveuse”, vigésimo tomo da série “Canardo”.
Júlia & Roem
Com edição Asa, é mais um álbum com a arte, muito peculiar, do sérvio Enki Bilal. Dramático, misterioso e os habituais tons muito carregados. Tem os seus admiradores.
Quer namorar comigo?
É o 34.º tomo da coleção “Turma da Mónica Jovem”, em estilo mangá, sob arte do brasileiro Maurício de Sousa e com edição Panini Comics. História suave e divertida para infan-tes e adolescentes.
Le Piège Bayreuth
Tomo 4.º da extraordinária série Sherman, sob edição Lombard e da autoria da parceria Desberg e Griffo. Uma série que terá seis tomos e cuja leitura não se deve perder.
Luiz Beira
FilateliaO correio de boas festas
Desde há muito que é hábito do nosso povo enviar aos ami-gos e familiares um cartão
com motivos ligados ao nascimento do Menino, desejando-lhes saúde e felicidades na quadra natalícia.Também são vários os clubes filatéli-cos que aproveitam este final do ano para realizarem a última das suas exposições filatélicas. Entre nós, o grupo filatélico da Associação de Dadores de Sangue de Beja há mais de uma dezena de anos que o faz, do-tando a marcofilia portuguesa de ex-celentes motivos, a maioria únicos na nossa filatelia. Isto acontece um pouco por todo o País. Foi o que acabou de acontecer em Estói. O Núcleo Filatélico Juvenil – Os Amiguinhos dos Selos da Escola EB 1 desta localidade realizou no passado dia 5 a sua primeira ativi-dade filatélica através de uma ex-posição. Este núcleo juvenil foi fun-dado e é apoiado pelo docente desta escola dr. Sérgio Pedro. Este filate-lista é também dirigente do Núcleo Filatélico de Faro.Dentro das atividades escolares, o pro-fessor Sérgio Pedro incentivou os alu-nos a escreverem alguns cartões, que foram enviados às mais diversas enti-dades, desejando-lhes boas festas. Veja-se o cartão que ilustra este texto; um simples e barato postal ilustrado da região, que foi dirigido ao agru-pamento filatélicos dos Dadores de Sangue de Beja.Este exemplar foi escrito pela menina Beatriz Neves, aluna do 2.º ano da-quela escola básica.Já aqui o escrevemos várias vezes que são gestos desta natureza que podem incentivar os mais jovens ao colecio-nismo do selo, estimulando em si-multâneo o gosto pela escrita e o en-vio de uma tradicional carta, coisa que hoje – e infelizmente – já rareia muito.
Geada de Sousa
Sede e Armazém
Parque Industrial – Rua da Metalúrgica Alentejana, n.º 15
7800-007 BEJA
Tel.: 284 327 979 l Fax 284 327 993
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Deseja a todos
os clientes
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um Feliz Natal
LetrasInvencívelLaura HillenbrandD. Quixote
PVP: 19,80 euros
510 págs.
Com 93 a nos , L ou ie Zamperini é um herói ao gosto americano e Laura
Hillenbrand – autora do best sel-ler Seabiscuit – Alma de herói”– esteve bem ciente disso ao inves-tigar e escrever sobre as aventuras deste homem que se transcendeu sempre.
Muito novo ainda teve uma pulsão para a deliquência que su-perou através da paixão pelo atle-tismo. A paixão foi correspon-dida e, de recorde em recorde, levou-o aos Jogos Olímpicos de Berlim onde Hitler o quis cumprimentar.
Mas se Hitler lhe estendeu uma mão, com a outra empur-rou-o para a guerra. Em maio de 1943, o tenente da aviação Zamperini e outros dois militares sobreviveram ao despenhamento de um bombardeiro americano no Pacífico. Após sete semanas numa balsa, vagueando no mar infestado de tubarões, e depois de ter percorrido mais de 3 500 quilómetros, o pior estava, po-rém, para vir. Já em terra foi cap-turado por japoneses e, entre 600 prisioneiros, foi o alvo favorito de um oficial japonês sádico. Depois da guerra, depois da luta pela so-brevivência, seguiu-se a luta para vencer o alcoolismo...
Hillenbrand escreve como se para Zamperini não houvesse amanhã. Ou seja, não fora o pa-pel que o seu herói tem desem-penhado na promoção do livro e não fosse óbvio que está vivo e de saúde, a obra teria sempre o mé-rito de manter o suspense quanto ao seu destino.
Maria do Carmo Piçarra
Vinho Diário
Um dos vinhos que mais me impressionou na
recente prova cega que deu origem ao meu
“Guia Popular de Vinhos”, edição 2012, já nas
livrarias e nos supermercados, foi o branco
regional alentejano Conventual 2010.
Vinho de Calendário
Um dos produtores mais emblemáticos, talvez
a grande referência para os consumidores
nacionais, é a Fundação Eugénio de Almeida,
com adega em Évora, à beira do aeródromo. Aí
se faz um dos melhores espumantes alentejanos.
Receba o ano de 2012 com o espumante
Cartuxa, Bruto, um DO Alentejo de 2007.
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Fim de semana
A igreja de São Marcos da Atabueira, em Castro Verde, recebe hoje à
noite, a partir das 21 horas, um concerto de Cante ao Menino, Janeiras
e Reis. A organização é do grupo coral As Atabuas, que também vai
atuar ao lado dos grupos corais Madrigal de Vila Nova de São Bento e
Os Rurais. No mesmo concelho, está previsto para o próximo dia 30,
na igreja de Santa Bárbara dos Padrões, a partir das 20 e 30 horas, um
espetáculo que também celebra a Natividade, desta feita levado a cabo
pelo grupo coral da Associação de Cante Alentejano Os Cardadores, que
evocará as polifonias da região campaniça, ao lado de Os Ceifeiros de
Cuba e Os Camponeses de Vale de Vargo.
Natividade cantada
em Castro Verde
Pintura, escultura e fotografia no Fórum Eugénio de Almeida
Mostra de artistas ibero-americanos
em Évora
Inaugurada há uma semana, a exposição “+ x 10 Jovens Artistas Ibero- -Americanos” vai continuar patente na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, até ao próximo dia 12 de fevereiro. Diariamente, entre as 9 e 30 e as 19
horas, e com entrada gratuita. A mostra reúne 41 obras que representam várias disciplinas e estilos – da pintura à fotografia, passando pela escultura – e é o cul-minar do programa Jóvenes Creadores, promovido pela Fundação Antonio Gala, de Córdoba, Espanha, em parceria com a fundação alentejana que agora a acolhe em sua casa, no âmbito do projeto Conviver na Arte.
“+ x 10 Jovens Artistas Ibero-Americanos” é fruto, não só da visão individual de cada artista, como da evolução operada em conjunto ao longo dos nove meses de dura-ção da bolsa do programa Jóvenes Creadores. A mostra assume-se também como um convite para “uma leitura cruzada de olhares” e pretende, segundo o seu comissário, Andrés Peláez, “dar a conhecer as últimas tendências das artes plásticas em todo o ter-ritório nacional, patentes nas obras dos seus mais jovens artistas”. A iniciativa tem o su-porte financeiro do Programa Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha e ofe-rece várias modalidades de visita, mediante marcação prévia: visitas guiadas (todos os dias, para no mínimo cinco pessoas); programa para escolas (de segunda a sexta-feira); e programa para famílias (sábados e domingos, a partir das 11 horas).
“Alentejo de lonjura” visto por 12 artistas em Aljustrel Com um título sugestivo e poético, a exposição “Doze cruzamentos de pintura e
escultura sobre um Alentejo de lonjura”, inaugurada recentemente, vai manter-se
patente no espaço Oficinas, em Aljustrel, até ao próximo dia 14 de janeiro.
António Inverno, António Neca, Alberto Bemfeita, Dário Vidal, João Samina,
João Velez, José de Almeida, Leandro Sidoncha, Luis Beato, Luis Moutinho,
Vítor Paiva e Vítor Ribeiro são os artistas que se reúnem na galeria aljustrelense
para oferecer ao público as suas visões pessoais sobre o tema Alentejo.
Originais de O amor infinito que te tenho patentes em Sines Quem quiser conhecer e apreciar os originais do recentemente premiado álbum
O amor infinito que te tenho e outras histórias, do ilustrador Paulo Monteiro,
pode fazê-lo na Biblioteca Municipal de Sines até ao próximo dia 31. Esta é a
primeira obra do diretor do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja
que, com ela, já conquistou os galardões de Melhor Publicação Independente,
na nona edição do Troféus Central Comics, e Melhor Álbum de Banda
Desenhada, no âmbito do último Festival Internacional Amadora BD. Além dos
originais, estarão patentes nesta exposição também alguns objetos alusivos às
histórias desenhadas, que se distinguem por uma “forte marca poética”.
António Caturra com “Pintura Biosurrealista” no IPB Sob o título “Pintura Biosurrealista”, o artista plástico bejense António Caturra oferece ao olhar do público, na Galeria AoLado, do Instituto Politécnico de Beja, um conjunto de trabalhos em acrílico sobre tela que po-dem ser visitados até ao próximo dia 30 de janeiro. O autor iniciou-se nas artes plásticas na dé-cada de 70, em 1980 fez a primeira exposição de pintura no Salão do Inatel, em Beja, e a partir desta data contam-se numerosas participações suas em exposições individuais e coletivas.
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cÂmara tem plano
de contingÊncia para retirar
bejenses de beja quando
os espanhÓis comprarem
a cidade
Depois de o governo britânico revelar que tinha um plano para resgatar os seus emigrantes que vivem no nosso país caso os bancos nacionais entrem em falência, chegou a vez da Câmara de Beja revelar um plano de evacuação dos bejenses caso os espanhóis comprem a cidade. O sinal de alerta será dado quando mudarem o nome do largo de Santo Amaro para largo Chanquete e a estátua d’ O Lidador for substituída pela do miúdo gordo do “Verão Azul”.
Inquérito O que vai comer na ceia de Natal?
BEATRIZ LANÇA CHAMAS, 100 ANOS
Profissional das pechinchas e negócios da China
Este ano vou comer as aparas de bacalhau que
caíram no chão da mercearia da minha rua.
Quem corta aquilo é o sr. Meireles, que é vesgo,
marreco e tem a pontaria do Cardozo com a ba-
liza aberta. Ele corta tão mal que no outro dia
trouxe de lá uma posta de bacalhau do tamanho
de um pneu de trator. No reveillon vou lá buscar
camarão tigre, que o bicho deixa cair metade
para o chão por causa do Parkinson.
PEDRO PASSOS COELHO, 47 ANOS
Primeiro-ministro, duque de Massamá e rei das farófias
Vamos comer peru, para ajudar esta indústria
em Portugal. Há demasiados perus que não
são consumidos, ou porque as pessoas não
gostam ou porque foram raptados por defen-
sores dos animais. Já aconselhei os perus por-
tugueses a emigrar, já que aqui não há mer-
cado para eles. Países ricos como o Gabão ou
El Salvador estão à procura de perus bem for-
mados como os nossos são.
MADALENA FONSECAS E BURNAY, 50 ANOS
Super tia, super amorosa, super caturreira e assim…
Olhe, este ano vamos apostar num menu al-
ternativo: vamos comer polvo de tofu com
batatas “a estalo” – era para ser “a murro”,
mas acho plebeu e mais não sei quê… Já há
algum tempo que a nossa comida é assim. A
minha família adorou, apesar de os meus fi-
lhos e marido parecerem não ter reação. Eles
estão só cansados, não é falta de vitaminas.
Depois de provarem a minha sobremesa de pioneses com leite con-
densado de tartaruga fêmea não vão querer outra coisa.
Cante e fado: o que os une e os separaDepois de o fado ter sido considerado Património Imaterial da Humanidade, já está em marcha a candidatura do cante. Esperamos que a candidatura tenha sucesso, porque já não há paciência para aturar os “seguidores do fado”: depois da sua elevação não havia português com mais de três anos de idade que não “ouvisse fado desde o momento da conceção”. E ao que parece também todos se lembravam “dos dias em que andaram à escola com a Amália”. Para percebermos as hipóteses da candidatura alentejana, vejamos quais são as semelhanças e diferenças entre o fado e o cante.
Fado
- Todas as semanas aparece
uma nova voz do fado.
- Algumas das fadistas vestem-
-se como autênticas bombas
sexuais.
- Mariza pinta o cabelo com “Gold
Revisited 241” da Robbialac.
- Há fadistas com carreiras in-
ternacionais que só viajam em
executiva.
- Fadistas só bebem vinhos
reputados.
- Fadistas gravam em modernos
estúdios, muitos deles no es-
trangeiro .
Cante
- Todas as semanas aparece um
calo ao Joaquim do Grupo de
Cantares de Cuba.
- Alguns intérpretes do cante
precisam de uma bomba de oxi-
génio para conseguir cantar.
- Elementos do Grupo de
Cantares de A-do-Pinto pin-
tam o cabelo com graxa dos
chineses.
- Grupos de cantares com 20
elementos viajam numa Toyota
Hiace de nove lugares de 1984.
- Grupos de cante bebem o que
estiver no copo.
- Há grupos de cante que ainda
lançam álbuns em vinil, cas-
sete, Betamax e Super 8.
Serviço Público: “Não confirmo nem desminto” apresenta música de Natal dedicada à região
Vai ter uma consoada com a família toda em casa? Vai receber a visita de um
tio viciado em bolo-rei e com o qual não consegue estabelecer qualquer con-
versa? Tem receio que a sua avó esteja a passar uma seca monstruosa e que
queira ir para a cama às 18 e 30 horas? Agora poderá ultrapassar estes obs-
táculos com a música que lhe oferecemos. Basta cantá-la ao som do mítico
tema “Jingle Bells” e a alegria reinará na sua casa. Já agora, a “Não confirmo,
nem desminto” aproveita para lhe desejar um ótimo Natal, com muito amor,
carinho e um boião de ENO Digestivo para aguentar a ceia.
É Natal, é Natal
há festa no coreto
apesar, de por cá,
não haver graveto! (x2)
Olh’ ó aeroporto, lindo e feito d’ ouro
mas não manda cheiro, como o matadouro.
E as portas de Mértola, que lindas que estão
mesmo com buracos do tamanho do Japão
É Natal, é Natal
tudo em frenesim
nas carteiras reina
a ausência de pilim! (x2)
E os candidatos, todos alinhados
correm em euforia, rumo à autarquia
o Pulido avança, não teme nem amocha
mesmo que o adversário seja o João Rocha
É Natal, é Natal …
Por cá nem tudo é mau
mesmo sem luzes pr’ animar
os bolsos sem cacau! (x2)
Segundo a Estradas de Portugal, o estado do IP2 serve para estimular economia regional, no-meadamente bate-chapas, casas de pneus e funerárias
A crise financeira tem provocado a paragem de algumas obras por todo o
País e o Baixo Alentejo não foi exceção. Destaque-se a suspensão das obras
no IP2 que criou problemas para os automobilistas locais e para os entu-
siastas do carroça racing – uma versão do street racing (corridas ilegais de
carros) mas com carroças com jantes de 17 polegadas e aileron traseiro.
A empresa Estradas de Portugal encara esta situação não como um pro-
blema rodoviário mas como uma oportunidade económica. “O nosso ob-
jetivo é ajudar a economia regional. Com a quantidade de desníveis no pa-
vimento e falta de sinalização, as empresas de pneus e bate-chapas vão
nascer como cogumelos. Esperem pelo fim do inverno, vão aparecer cra-
teras na estrada do tamanho do Fernando Mendes. Será uma alternativa
à montanha russa da Isla Mágica. Virão charters de chineses para ver esta
obra magnífica!”, concluiu um representante da empresa.
Nº 1548 (II Série) | 23 dezembro 2011
RIbanho POR LUCA
FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP
www.diariodoalentejo.pt
Para hoje, sexta-feira, espera-se céu limpo. As temperaturas deverão oscilar entre os quatro e os 15 graus centígrados. No sábado e no domingo o céu deverá manter-se igualmente limpo.
Livro de Alberto Franco candidato aos Gourmand World Cookbook AwardsPorco alentejano, o senhor do montado, do jornalista
mourense e colaborador do “Diário do Alentejo”
Alberto Franco, é um dos seis livros portugueses
de gastronomia candidatos aos Gourmand World
Cookbook Awards que serão anunciados em março,
em Paris. Porco alentejano, o senhor do montado/
El cerdo alentejano, el señor de la dehesa ganhou o
Gourmand Internacional para a categoria “Single
subject”, Portugal, e encontra-se, assim, em
competição para o prémio “Best in the World”, em
que irá, no próximo ano, competir com obras de todo
o mundo na mesma categoria. O álbum bilingue O
Senhor do Montado, com fotografia de José Manuel
Rodrigues, “é um convite à descoberta de tesouros
gastronómicos e paisagens humanizadas”, afirmou
o catedrático da Universidade de Évora José Luís
Tirapicos Nunes. O álbum, editado pela Althum,
com referência à história e a evolução da espécie
suína, destacando a raça que é criada no montado
alentejano, o “porco preto”.
Ovibeja 2012 já está em marchaA Ovibeja 2012 já está em construção, estando
prevista para o período entre 27 de abril e 1 de
maio no Parque de Feiras e Exposições de Beja.
Tendo como tema central “+ Produção”, a comissão
organizadora está a preparar mais concertos, mais
ovinoites, mais festa para reencontro entre amigos,
num evento que reúne “Todo o Alentejo deste
Mundo”.
Mértolarte 2012 já abriu inscrições Estão abertas, até ao próximo dia 1 de fevereiro, as
inscrições para a exposição e concurso Mértolarte
2012. A iniciativa, da Câmara Municipal de
Mértola, visa “dar a conhecer novos artistas e,
simultaneamente, sensibilizar o público para as
artes”. Serão aceites no máximo dois trabalhos por
participante e os vencedores serão distinguidos
com prémios de aquisição. A exposição dos
trabalhos terá lugar na Casa das Artes Mário Elias,
entre 25 de fevereiro e 31 de março.
PUB
O arqueólogo Santiago Macias foi co-missário científico de uma das 13 exposições, concretamente sobre o
período islâmico, que integraram o projeto museológico “Algarve: do Reino à Região”, recentemente distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) com o Prémio Inovação e Criatividade 2011. Um ga-lardão que, reconhece o estudioso, “exprime bem a dinâmica cultural que foi criada” nesta região, atualmente “na dianteira” face ao vi-zinho Alentejo, no que à arqueologia e outros domínios do património diz respeito.
O projeto “Algarve: do Reino à Região”, da
da Rede de Museus do Algarve, foi há dias
distinguida pela Associação Portuguesa
de Museologia (APOM) . Como recebe este
galardão que também lhe diz respeito?
Diz-me um pouco respeito, de facto, tal como diz respeito às centenas de pessoas que constituíram as equipas do projeto. É justo que se diga, contudo, que a parte prin-cipal do mérito desta distinção vai para a coordenação que a Rede de Museus do Algarve conseguiu. No caso do projeto so-bre o período islâmico é importante subli-nhar o excelente entendimento que se con-seguiu com a vereadora da Cultura e com as colegas da Câmara de Silves.
Que narrativa contam os materiais arque-
ológicos, cerca de uma centena, em “Do
Gharb ao Algarve”, patente em Silves?
Optámos por não usar as peças num dis-curso cronológico. Há desequilíbrios sensí-veis entre a fase inicial da islamização, com menos materiais, e épocas tardias, com
Santiago Macias48 anos, natural de Moura
Arqueólogo e especialista no período islâmico em Portugal, Santiago Macias lecionou nas universidades do Algarve e de Évora e é atualmente investigador da Universidade de Coimbra. Juntamente com Cláudio Torres, foi comissário científico das exposições “Portugal Islâmico: os últimos sinais do Mediterrâneo” e “Marrocos-Portugal: portas do Mediterrâneo”. Coordenou também o projeto de museu virtual “Discover Islamic Art” e é membro da direção do Campo Arqueológico de Mértola.
maior número de peças. Preferimos vincar o jogo de opostos da sociedade do ocidente islâmico: entendimento social vs confronto; produções locais vs importações; casas vs palácios; lazer vs trabalho. Importava vin-car a diversidade cultural do Gharb.
Há diferenças significativas entre o sul
alentejano e o vizinho Algarve, no que toca
à presença islâmica e seu legado?
Há paralelos muito significativos. Recordemos que o Gharb era todo o oci-dente e não apenas a região algarvia. O que se encontra em todo o sul, do ponto de vista arqueológico, é, em termos genéricos, muito semelhante. Do ponto de vista da investiga-ção arqueológica e da valorização do patri-mónio islâmico, são territórios onde se co-meçou a trabalhar de forma sistemática há uns 30 anos. Durante muito tempo fomos a par, mas nos últimos tempos o Algarve to-mou, de forma evidente, a dianteira. Na ar-queologia e noutros domínios do patrimó-nio. Este prémio exprime bem a dinâmica cultural que foi criada.
O que persiste ainda hoje?
Sítios arqueológicos como Mértola, com o seu conjunto monumental e o museu. Temos alguns troços de muralha, temos trabalho em locais como Aljustrel, Moura, Beja ou Évora e temos, sobretudo, um enorme potencial. Temos, em particular, condições técnicas para organizar uma ex-posição sobre o território de Beja em época islâmica. Creio que poderia trazer uma acrescida visibilidade à região.
Carla Ferreira
Arqueólogo alentejano distinguido por trabalho no Algarve
Beja islâmica pode dar visibilidade à região
PUB
DR