edição nº 124

8
MERCADO & NEGÓCIOS Ministério libera R$ 1,1 bi para cidades atingidas por enchentes Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►04 a 10 setembro de 2012 Ano 4 nº 124 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 País Compra Venda % Fechamento: 03 de SetemBRo de 2012 ►PÁGINA 2 Lei oficializa incentivos à indústria ►PÁGINA 7 Aneel aprova intervenção em empresas de energia A Agência Nacional de Energia Elétrica (Ane- el) aprovou, em decisão unânime, intervenção em oito empresas, todas con- troladas pelo Grupo Rede Energia. A medida foi to- mada em reunião extraor- Governo quer promover desonerações de R$ 15 bilhões D e acordo com Mantega, o montante é extra e não se confunde com as prorrogações de reduções de impostos anunciadas dia 29, que farão o governo deixar de arrecadar R$ 3,9 bilhões em 2013. ►PÁGINA 8 dinária, realizada no últi- mo úiltimo dia 31. ►PÁGINA 4 Valter Campanato-ABr Valor da publicidade: R$ 600,00 Orçamento de R$ 2,140 trilhões Balança tem o melhor superávit do ano em agosto CNI espera redução de 15% no custo de energia elétrica A proposta de Orçamento Geral da União para o ano que vem foi entregue pela ministra do Planejamen- to, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP). Ele traz previsão de aumento nos investimentos dos quatro grandes eixos prioritários para o governo:PAC, Saúde, Educação e Programa Brasil sem Miséria. ►PÁGINA 3 A balança comer- cial brasileira re- gistrou saldo de US$ 3,227 bilhões no mês de agosto. O resulta- do é fruto de exporta- ções no valor de US$ 22,382 bilhões e de importações equiva- lentes a US$ 19,155 bilhões, de acordo com números divul- gados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O índice conirme que foi o melhor superávit mensal do ano, 12,2% maior em compara- ção com o mês ante- rior (julho). A expectativa do setor industrial é que a redução no cus- to da energia elétrica para a indústria, a ser anunciada pelo go- verno nos próximos dias, seja próxima de 15%. A informação é do presidente da Con- federação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. O conjunto de medidas para reduzir o custo da energia elétrica é esperado para ajudar a indústria a reverter o mau desempenho obtido no primeiro semestre deste ano. ►PÁGINA 2 José Cruz-ABr Perdas na safra de grãos afetam produção de carnes Jantar conirma chapa para candidatura na OAB-Caxias A produção de carne de frango, que em 2011 cresceu 4,5%, deve fechar este ano com redução de 4%, segundo estimativas da Conab. O Brasil, que é um dos maiores produtores e consumidores de carne do mundo, tem um cenário de queda projetado para este ano em todos os tipos de produção desse mercado. ►PÁGINA 5 Banco de Imagens União poderá criar 63 mil vagas para cargos públicos em 2013 O s novos postos de trabalho estão previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), que foi enviado ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. ►PÁGINA 2 Banco de Imagens Dolar Comercial 2,031 2,033 0,10 Dólar turismo 1,960 2,170 0,46 ibovespa 57.281,45 0,39 ►PÁGINA 7

Upload: jornal-capital

Post on 29-Mar-2016

238 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Jornal Capital - Edição nº 124

TRANSCRIPT

Page 1: Edição nº 124

MERCADO & NEGÓCIOS

Ministério libera R$ 1,1 bi para

cidades atingidas por enchentes

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►04 a 10 setembro de 2012

Ano 4 ● nº 124www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

País Compra Venda %

Fechamento: 03 de SetemBRo de 2012

►PÁGINA 2

Lei oficializa incentivos à indústria►PÁGINA 7

Aneel aprova intervenção

em empresas de energiaA Agência Nacional de

Energia Elétrica (Ane-el) aprovou, em decisão unânime, intervenção em

oito empresas, todas con-troladas pelo Grupo Rede Energia. A medida foi to-mada em reunião extraor-

Governo quer promover

desonerações de R$ 15 bilhões

De acordo com Mantega, o

montante é extra e não se

confunde com as prorrogações de

reduções de impostos anunciadas dia

29, que farão o governo deixar de

arrecadar R$ 3,9 bilhões em 2013.

►PÁGINA 8

dinária, realizada no últi-mo úiltimo dia 31.

►PÁGINA 4

Valter Campanato-ABr

Valor da publicidade: R$ 600,00

Orçamento de R$ 2,140 trilhõesBalança tem

o melhor

superávit do

ano em agosto

CNI espera

redução de 15%

no custo de

energia elétrica

A proposta de Orçamento Geral da União para o ano que vem foi entregue pela ministra do Planejamen-to, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney

(PMDB-AP). Ele traz previsão de aumento nos investimentos dos quatro grandes eixos prioritários para o governo:PAC, Saúde, Educação e Programa Brasil sem Miséria. ►PÁGINA 3

A balança comer-

cial brasileira re-

gistrou saldo de US$

3,227 bilhões no mês

de agosto. O resulta-

do é fruto de exporta-

ções no valor de US$

22,382 bilhões e de

importações equiva-

lentes a US$ 19,155

bilhões, de acordo

com números divul-

gados pelo Ministério

do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio

Exterior (MDIC). O

índice conirme que foi o melhor superávit

mensal do ano, 12,2%

maior em compara-

ção com o mês ante-

rior (julho).

A expectativa do

setor industrial é

que a redução no cus-

to da energia elétrica

para a indústria, a ser

anunciada pelo go-

verno nos próximos

dias, seja próxima de

15%. A informação é

do presidente da Con-

federação Nacional

da Indústria (CNI),

Robson Andrade. O

conjunto de medidas

para reduzir o custo

da energia elétrica é

esperado para ajudar

a indústria a reverter

o mau desempenho

obtido no primeiro

semestre deste ano.

►PÁGINA 2

José Cruz-ABr

Perdas na safra de grãos afetam produção de carnes

Jantar conirma chapa para candidatura na OAB-Caxias

A produção de carne de frango, que em 2011 cresceu 4,5%, deve fechar este ano com redução de 4%, segundo estimativas da Conab. O Brasil, que é um dos

maiores produtores e consumidores de carne do mundo, tem um cenário de queda projetado para este ano em todos os tipos de produção desse mercado. ►PÁGINA 5

Banco de Imagens

União poderá criar 63 mil vagas

para cargos públicos em 2013

Os novos postos de trabalho estão previstos no Projeto de

Lei Orçamentária Anual (Ploa), que foi enviado ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

►PÁGINA 2

Banco de Imagens

Dolar Comercial 2,031 2,033 0,10Dólar turismo 1,960 2,170 0,46ibovespa 57.281,45 0,39

►PÁGINA 7

Page 2: Edição nº 124

2 ►04 a 10 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,031 2,033 0,10

Dólar turismo 1,960 2,170 0,46

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,918 5,921 0,04

Dólar austrália 1,024 1,024 0,15

Dólar Canadá 0,985 0,986 0,00

Euro 1,258 1,258 0,06

Franco Suíça 0,953 0,954 0,11

iene Japão 78,280 78,320 0,10

libra Esterlina inglaterra 1,588 1,588 0,11

peso Chile 479,700 480,600 0,03

peso Colômbia 1.825,000 1.827,000 0,11

peso livre argentina 4,605 4,655 0,00

peso México 13,188 13,208 0,02

peso Uruguai 21,500 21,700 0,00

bolsa

Valor Variação %

ibovespa 57.281,45 0,39

IbX 20.513,63 0,57

Dow Jones 13.090,84 0,69

Nasdaq 3.066,96 0,60

Merval 2.402,56 0,24

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - brent barril 115,970 115,900 0,00

Ouro onça troy 1.692,290 1.691,510 0,08

prata onça troy 31,980 32,010 0,09

platina onça troy 1.544,240 1.551,750 0,01

paládio onça troy 630,500 635,500 0,24

indicadores

poupança 04/09 0,500

tR 03/09 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,50

Salário Mínimo (Federal) r$ 622,00

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611Endereços eletrônicos:

[email protected]@gmail.com

[email protected]@gmail.com

[email protected]@gmail.com

TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

Salário maternidade pode ser pago aos homens?

Nos últimos dias, duas notícias envolvendo

os direitos dos nascituros foi motivo muito badala-do pela Mídia por razões diferentes e que vão além do interesse do bebê. No primeiro caso, a Justiça Federal em Campinas (SP) reconheceu o direito de um professor, pai pela primeira vez, a uma li-cença de seis meses para cuidar do ilho recemas-cido. A criança é fruto de um relacionamento de poucos meses, mas o professor resolveu assu-mir e criar o ilho, sem oposição da mãe. Ocorre que, nos primeiros me-ses, a criança precisa de alguém próximo, que lhe dê atenção 24 horas por dia. E a licença de 120 dias será ideal para que o pai se desincumba dessa sagrada tarefa.

No outro caso, o Mi-nistério da Previdência Social reconheceu o di-reito de um homem rece-ber salário maternidade

por 120 dias. O Conselho de Recursos da Previdên-cia Social (CRPS) julgou a questão de dois pais ado-tantes, em união homo-afetiva, que receberão o benefício do INSS. A deci-são, inédita, foi tomada no âmbito administrativo do órgão e não pode mais ser contestada pelo instituto, exceto na Justiça.

De acordo com a pre-sidente da 1ª Câmara de Julgamento do CRPS, Ana Cristina Evangelista, que presidiu o julgamento, as quatro conselheiras que participaram do processo acolheram por unanimida-de o direito de os pais re-ceberem, individualmente, o benefício, baseadas na análise da Constituição e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Estamos falando da Pre-vidência reconhecendo salário maternidade para um homem. Não podería-mos negar um direito que existe de fato por causa de uma questão semântica [na legislação, consta que a 'beneiciária' tem direito

ao salário]. A criança tem o direito, o ECA assegura e esse foi o entendimento do colegiado. Isso foi um grande avanço tanto para a área administrativa quanto para a previdenciária”, dis-se a presidente Ana Cristi-na.

Isso não signiica que o INSS irá conceder, de for-ma automática, tal benefí-cio a qualquer casal homo-afetivo, pois a legislação a respeito se refere ao sa-lário maternidade, pago à mulher segurada sempre em decorrência do parto, mesmo que o ilho seja um natimorto, como é comum nos casos de anencefalia. Mas, de qualquer forma, representa um avanço no que diz respeito à proteção à criança. Como os pais nesse caso são, do ponto de vista civil, dois homens, é preciso que a legislação seja adequada à nova situa-ção da família Brasiléia.

No Estado de São Paulo, por exemplo, por decisão do então governador Mário Covas, as casas populares, construídas pelo Governo

e destinadas a famílias de baixa renda ou que vivem em áreas de risco, geralmente famílias for-madas sem “papel pas-sado”, são destinadas às mulheres, que também são chefes de famílias, pois o governo consta-tou que, quando a escri-tura era dada em nome do homem, ele vendia a casa sem dar conheci-mento à companheira, deixando a família sem teto.

Como o Governo tem à mão um conhecido “Severino” à disposição, as chamadas Medidas Provisórias, não será di-fícil à Ministra da Casa Civil, Gleise Hoffman, encontrar um tempinho em sua agenda para ela-borar uma MP mudando a denominação do “Sa-lário Maternidade” para “Auxílio Natalidade”, que poderia ser pago tanto aos pais, quanto às mães, desde que sejam segurados da Previdên-cia Social. Uma simples questão de Justiça!

(*) Fechamento: 03 de SetemBRo de 2012

CNI espera redução de 15%

no custo de energia elétricaA expectativa do setor

industrial é que a re-dução no custo da energia elétrica para a indústria, a ser anunciada pelo gover-no nos próximos dias, seja próxima de 15%. A infor-mação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rob-son Andrade. O conjunto de medidas para reduzir o custo da energia elétrica é esperado para ajudar a indústria a reverter o mau desempenho obtido no pri-meiro semestre deste ano. Dados divulgados dia 31 pelo Instituto Brasileiro de Geograia e Estatísti-ca (IBGE) mostram uma queda de 2,5% no Produ-to Interno Bruto (PIB) da

indústria no segundo tri-mestre de 2012, quando comparado com o trimestre anterior.

- O que esperamos ago-ra, não só com a renovação das concessões [do setor de energia elétrica], mas principalmente com a de-soneração de determinados encargos sobre a energia é que esse custo possa ser re-duzido de maneira signii-cativa e, por outro lado, es-peramos que a redução do custo impacte de maneira diferente cada setor – disse o presidente da CNI após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff, no último dia 31. No dia anterior, a presidenta informou que as medidas para o setor elétri-

co seriam anunciadas nesta semana. Ela explicou que as ações serão baseadas na reversão de concessões depois de vencido o prazo dos contratos e que haverá também a redução de en-cargos.

As medidas para o se-tor elétrico integram um conjunto de iniciativas do

governo para melhorar a infraestrutura e reduzir o custo de produção no país. O ciclo foi iniciado com a concessão de rodovias e ferrovias, no dia 15 de agosto. O pacote de medi-das incluirá ainda a conces-são de portos e aeroportos, prevista também para o mês de setembro.

Wilson Dias-ABr

Governo prevê criação

de 63 mil vagas para

cargos públicos em 2013

O governo federal pre-vê a criação de 63 mil

vagas para cargos públicos em 2013. Os novos postos de trabalho estão previs-tos no Projeto de Lei Or-çamentária Anual (Ploa), que foi enviado dia 30 ao Congresso Nacional. Se-gundo o Ministério do Planejamento, deste total, a previsão é que 61.682 vagas sejam preenchidas já no ano que vem. As va-gas devem ser preenchidas por concurso público. No entanto, as contratações devem obedecer às neces-sidades de contratação dos diversos órgãos e entidades públicas.

Das vagas previstas, 53 mil serão para preencher cargos no Executivo. A

ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou que cerca de 21 mil novas vagas serão para a área da Educação. “São cargos fun-damentais para expansão da rede de universidades e al-cançar a meta de institutos técnicos no país”, disse.

Os novos concursados vão onerar em R$ 3 bi-lhões os gastos do governo com folha de pagamento em 2013. A despesa será adicionada aos R$ 11,3 bilhões concedidos de re-ajuste salarial a cerca de 1,7 milhões de servidores, ativos e inativos, do Execu-tivo. Os três poderes tota-lizam cerca de 1,9 milhões de servidores. A remunera-ção está atualmente em R$ 198,9 bilhões ao ano.

Banco de Imagens

Page 3: Edição nº 124

3►04 a 10 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta dILma RoUSSeFF: [email protected] ou [email protected]

RODOLFO PIRES VASQUES, 56 anos, produtor rural de Uruaçu (GO) - Nós, suinocultores, podemos

contar com algum apoio do governo em nosso

trabalho?

Presidenta Dilma – Rodolfo, nós já adotamos

diversas medidas para diminuir os efeitos do

aumento dos custos de produção e da crise inanceira internacional sobre o setor. No Plano Agrícola e

Pecuário 2012/2013, criamos uma linha de crédito

para inanciar a retenção de matrizes pelos produtores independentes, cujo limite já foi ampliado para R$ 2

milhões por produtor, com taxa de juros de 5,5% ao

ano para operações feitas até 30 de dezembro próximo.

Em agosto, autorizamos a prorrogação do prazo para

pagamento das parcelas do crédito rural de custeio

e investimento para suinocultores. As parcelas de

custeio que vencem em 2012 foram prorrogadas

para pagamento em cinco parcelas anuais, sendo a

primeira em fevereiro de 2013. Criamos, também, uma

linha especial de crédito, com valor inicial de R$ 200

milhões, para os suinocultores adquirirem leitões. A

taxa é de 5,5% ao ano e a linha pode ser acessada por

produtores, pela agroindústria ou por cooperativas.

Além disso, ixamos o preço mínimo para o suíno vivo em R$ 2,30, por quilo, nas regiões Sul e Sudeste, e em

R$ 2,15 no Centro-Oeste. E estamos assegurando a

oferta de milho e farelo de soja a preços competitivos

para a suinocultura. Nossa expectativa é de que essas

ações, mais o trabalho dos suinocultores, consigam

amenizar as diiculdades e assegurar a renda do setor até que o mercado volte à normalidade.

JAIRO REGINO BASTOS LIMA, 42 anos, engenheiro de São Paulo (SP) - Nas férias, levei

meus ilhos ao litoral, mas me decepcionei com o atendimento. Com as Olimpíadas e a Copa do

Mundo no país, não seria a hora do governo treinar

as pessoas? Presidenta Dilma – Jairo, melhorar a qualiicação

dos proissionais é fundamental, tanto para atender a expansão do turismo interno, que cresceu com o aumento

da renda do brasileiro, quanto para recepcionar bem os

turistas estrangeiros que nos visitam e que virão para a

Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo

de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Por isso, criamos o

Pronatec Copa, com cursos gratuitos para formar ou

aperfeiçoar proissionais do setor. Já foram abertas 40 mil vagas e, até 2014, serão 240 mil vagas, em 29

atividades do setor, como agentes de viagem, garçons,

recepcionistas, camareiras e muitas outras proissões. Há, também, cursos de inglês, espanhol e de libras, a

língua brasileira de sinais. O Pronatec Copa ofertará

cursos em 117 municípios, incluindo as cidades-sede da

Copa, municípios no entorno das sedes e os destinos já

consolidados no turismo nacional e internacional e que

estão sendo divulgados pelas operadoras estrangeiras

aos turistas que visitarão o país durante a Copa. As

informações sobre os cursos estão disponíveis em www.

pronateccopa.turismo.gov.br. Esperamos que a maior

capacitação de nossos proissionais permita, Jairo, que brasileiros e estrangeiros tenham ótimas experiências

nas viagens para conhecer as belezas de nosso país.

CASSIA RIBEIRO, 37 anos, operadora de caixa em Itaberaba (BA) - Gostaria de saber por que o

Bolsa Família, que é para as pessoas de baixa renda,

aqui em minha cidade quem recebe são os mais

favorecidos?

Presidenta Dilma – Cassia, nosso compromisso é

garantir que os benefícios do Bolsa Família cheguem

para quem realmente precisa deles. Para combater

eventuais erros e desvios, as famílias beneiciárias devem atualizar seus dados, no mínimo, a cada dois

anos. Aí em Itaberaba, por exemplo, das 8.771 famílias

beneiciadas, 95% já atualizaram suas informações. Essa atualização é feita pelo gestor municipal do Programa,

que tem o dever de cadastrar as famílias e zelar pela

correção dos seus dados. Para que os cidadãos ajudem

a iscalizar o programa, os nomes dos beneiciários são publicados na internet, no site da Caixa Econômica

Federal (https://www.beneiciossociais.caixa.gov.br/consulta/beneicio/04.01.00-00_00.asp). Todo cidadão que tiver conhecimento de alguma irregularidade

pode, e deve, denunciá-la diretamente ao gestor local

ou à Instância de Controle Social do seu município.

Também pode comunicar à ouvidoria do Ministério do Desenvolvimento Social por e-mail ouvidoria@mds.

gov.br ou por telefone 0800-7072003. O Ministério

Público, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União também iscalizam o programa e, junto com o controle de toda a sociedade, ajudam

a garantir que o Bolsa Família chegue realmente às

famílias que precisam dele.

Mantenha-se informado também pelo www.jornalcapital.jor.br

+ conteúdo no site

Crescimento para 2013 sofre redução para 4,5%

Orçamento prevê 11,9% a mais para saúde e educação

(*)aRthUR SaLomÃo É eSPecIaLISta em dIReIto emPReSaRIaL e RecUPeRaÇÃo JUdIcIaL.

Direito Empresarial

Quase metade das empresas não passa do 3º ano de vida

Do total de 464,7 mil empresas abertas

em 2007, 224 mil já ha-viam fechado as portas até 2010 - o equivalen-te a 48,2% -, de acordo com levantamento do IBGE. Segundo a pes-quisa, 23,9% das em-presas fecharam ainda no primeiro ano de vida. Até 2009, apenas 61,3% das empresas abertas em 2007 sobreviveram. De 2007 a 2010, as ati-vidades que apresenta-ram as mais altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais (61,4%), eletri-cidade e gás (60,8%) e água, esgoto, ativida-des de gestão de resídu-os e descontaminação (57,4%). Já as menores

taxas de sobrevivência fo-ram apresentadas por artes, cultura, esporte e recreação (45,6%), outras atividades de serviços (46,5%) e ativi-dades inanceiras, de segu-ros e serviços relacionados (47,4%).

O levantamento do IBGE mostra que a taxa de sobrevivência está re-lacionada ao porte das empresas. Entre as compa-nhias abertas em 2007 sem pessoal assalariado, ape-nas 45,3% permaneciam abertas em 2010. Já entre as que tinham entre 1 e 9 trabalhadores assalariados, a taxa de sobrevivência em 3 anos foi de 70,3%. Entre as de grande porte, o per-centual alcançou 80,2%. “Portanto, as empresas maiores, com maior capi-tal imobilizado, tendem a permanecer mais tempo no

mercado, pois os custos de saída costumam ser eleva-dos, dentre outros fatores”, avalia o IBGE.

De cada cinco empresas em atividade em 2010, uma era nova, segundo o IBGE. Naquele ano, 999.123 en-traram no mercado no país, número 5,5% superior ao registrado no ano anterior. Essas novas empresas ge-raram, no total, 2.294.015 novos postos de trabalho, sendo 1.023.753 assalaria-dos, e foram responsáveis por 6,2% de acréscimo no pessoal ocupado total.

Já as empresas que sa-íram do mercado levaram junto 1.318.293 postos, sendo 363.848 assalariados. “O saldo, considerando as empresas entrantes, sobre-viventes e saídas, perma-nece positivo: de 2009 para 2010, houve um acréscimo

arthur Salomão* de 8,2% no pessoal ocupa-do total (2.830.242) e de 9,1% no pessoal ocupado assalariado (2.582.415)”, aponta o IBGE.

De acordo com o Ca-dastro Central de Em-presas (Cempre), havia no Brasil, em 2010, 4,5 milhões de empresas ati-vas, que ocupavam 37,2 milhões de pessoas. Des-sas, 30,8 milhões (82,9%), eram assalariadas e 6,4 milhões (17,1%) eram sócios ou proprietários. Os salários e outras re-munerações pagos no ano pelas entidades em-presariais totalizaram R$ 566,1 bilhões, com um sa-lário médio mensal de R$ 1.357,99, equivalente a 2,9 salários mínimos mé-dios mensais. A idade mé-dia dessas empresas era de 9,7 anos.

Ministra entrega orçamentofederal ao Congresso

A ministra do Planeja-mento, Orçamento e

Gestão, Miriam Belchior, entregou dia 30 a propos-ta de Orçamento Geral da União de 2013 ao presidente do Congresso Nacional, se-nador José Sarney (PMDB--AP). Segundo Miriam, a peça orçamentária, de R$ 2,140 trilhões, traz previsão de aumento nos investimen-tos dos quatro grandes eixos prioritários para o governo: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Saú-de, Educação e Programa Brasil sem Miséria. Partici-param também da cerimô-nia de entrega da proposta orçamentária a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o relator da matéria na Comissão Mista de Orçamento, senador Ro-mero Jucá (PMDB-RR), e a primeira-vice-presidenta da Mesa Diretora do Sena-do, Marta Suplicy (PT-SP), além de outros parlamenta-res.

Miriam Belchior con-cedeu entrevista coletiva à tarde, no Ministério do Planejamento para detalhar a peça orçamentária. O Or-çamento prevê expansão de 8,9% nos investimentos fe-derais, de R$ 171,7 bilhões em 2012 para R$ 186,9 bilhões em 2013. Esse va-lor inclui os investimentos próprios do governo fede-ral como os investimentos das estatais. Do total au-torizado para investimen-tos, R$ 76,3 bilhões são do Orçamento do governo fe-deral, alta de 17,9% em re-lação ao Orçamento deste ano. As estatais aplicarão os R$ 110,6 bilhões restan-tes, expansão de 3,3%.

Com o reforço das es-tatais, o Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC) somará R$ 126,3 bi-lhões em 2013. Desse total, mais da metade, R$ 74,1 bilhões, corresponderão à fatia das estatais. Os recur-sos do próprio Orçamento

federal totalizarão os R$ 52,2 bilhões restantes, au-mento de R$ 9,709 bilhões (22,8%) em relação ao des-te ano.

De acordo com o mi-nistro da Fazenda, Guido Mantega, os investimen-tos respondem por boa parte do aumento de R$

29,3 bilhões das despesas discricionárias (não obri-gatórias), que passarão de R$ 229,5 bilhões em 2012 para R$ 258,8 bilhões em 2013. “O investimento é um dos eixos desse Or-çamento para assegurar o crescimento do país”, de-clarou.

Sarney diz que eleições não vão prejudicar votação

O presidente do Se-nado, José Sarney

(PMDB-AP), em sessão plenária, comunicou aos parlamentares os prazos para tramitação da maté-ria. Pelo calendário oi-cial, a proposta de Orça-mento para o próximo ano

terá de ser publicada no Diário Oicial da União e distribuída aos parlamen-tares até o dia 5 de setem-bro. Mesmo com atrasos no calendário de votação em anos anteriores, Sar-ney prefere trabalhar com a apreciação da matéria

até 22 de dezembro, quan-do o Congresso inicia o recesso de im de ano. Ele acrescentou que as elei-ções municipais não serão um impedimento para vo-tar a matéria nesse prazo. O presidente do Senado ressaltou que os deputa-

dos e senadores já traba-lhavam com o calendário das eleições municipais. “Não creio que as elei-ções serão impeditivos para votar o Orçamento [de 2013] na data previs-ta pelo calendário”, disse José Sarney.

José Cruz-ABr

Page 4: Edição nº 124

4 ►04 a 10 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

O que nos torna tão diferentes e singulares no mun-do? O potencial criativo pode ser uma resposta.

E pode ser uma saída nesta sociedade em que os paí-ses desenvolvidos estão com suas economias em crise. Nem o modelo europeu, nem o americano se sustentam mais. Nós “do terceiro mundo” temos muito a ensinar. Mas há muito a fazer. Para criarmos um ambiente pro-pício à criatividade, precisamos educar olhares, capa-citar para o trabalho, formar cidadãos aptos a equili-brar o trabalho, o lazer e o estudo. É neste modelo em que a criatividade e a economia criativa prosperam.

O Estado do Rio de Janeiro, apesar do pequeno ter-ritório, tem um potencial incrível para desenvolver os setores que utilizam a criatividade como base. São di-ferentes segmentos de negócios – como moda, design, arquitetura, audiovisual, educação e novas mídias – que já entenderam como a arte e a cultura podem agre-gar valor a bens e serviços. Mas não é preciso apenas criar. Precisamos transformar esta criação em produtos e serviços inovadores, gerando emprego e renda, valor na sociedade. Ao reunir especialistas sobre o tema no Plenário da ALERJ, algumas saídas foram propostas. Ficou claro que é necessário incentivar as atividades de forma segmentada, reconhecendo suas peculiarida-des, e trabalhar para desburocratizar, oferecendo in-centivos iscais para que elas prosperem no território.

Em relação às políticas públicas, especialistas apon-tam que o foco deve ser na promoção do acesso e não na produção, como ocorre hoje. E sugerem que o esta-do pode ser o vetor desta transformação promovendo o acesso a obras que já estão em domínio público, às publicações cientíicas. Também foi proposta a criação de um órgão para gerir as ações de Economia Criativa, que não são exclusivas da Secretaria de Cultura, mas envolvem Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Agricultura, dentre outras. O desaio ago-ra é sedimentar estas propostas e desenhar este cami-nho. Em nome do futuro.

GeIZa Rocha é jornalista e secretária-geraldo Fórum Permanente de desenvolvimentoestratégico do estado do Rio de Janeiro ornalista Roberto marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Criatividade na Economia e nas Ações

Projeto de deputada sobre paternidade

discutido em audiência pública na Alerj

A presidente da Comis-são de Assuntos da

Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada Claise Maria Zito (PSD), disse durante au-diência pública, realizada dia 28, que irá conversar com os parlamentares que apresentaram emendas ao projeto de lei 187/11, de sua autoria, que reco-menda que as escolas do estado solicitem às mães dados dos supostos pais de seus ilhos que não te-nham paternidade reconhe-cida. A intenção é discutir as mudanças e defender a iniciativa. "Houve muitos questionamentos com rela-ção ao projeto e, por conta disso, estamos fazendo um trabalho de conscientiza-ção, informando e tirando as dúvidas. A ideia é que agora ele retorne à pauta e nós consigamos a mobi-lização dos deputados em prol desse projeto", expli-cou a parlamentar.

- Toda criança tem di-reito à iliação. Esse pro-jeto vai garantir o nome do seu pai no registro de nascimento e na sua car-

teira de identidade - de-fendeu Claise.. A juíza da I Vara de Família de Duque de Caxias, Mafal-da Luchesi, auxiliou na redação do projeto. Ela acredita que a escola deva fazer a intermediação en-tre as famílias e a Justiça. "A escola, além de estar isicamente mais próxima da mãe, é a primeira porta de entrada da criança para a sociedade. Então, elas se sentem mais acolhidas, icam mais próximas da comunidade escolar. O

colégio facilita o proces-so", ponderou.

Chefe de Supervisão da Secretária de Educação de Duque de Caxias, onde o processo já ocorre, Nilce Bertolino compareceu à reunião para contar como está sendo o funcionamen-to da iniciativa na cidade. "As diretoras abraçaram a iniciativa e têm conver-sado com as mães, o que não traz transtornos para a escola. Temos observado que muitas crianças que tiveram reconhecimento

de paternidade têm modi-icado seu comportamento na escola", airmou Nil-ce. Também participaram do debate Sérgio Mendes, Chefe de Gabinete da Se-cretaria Estadual de Edu-cação; Daniela Calandra, Defensora Pública da Co-ordenadoria de Defesa das Crianças e Adolescentes, e representantes do Ministé-rio Público e das Secreta-rias de Educação dos mu-nicípios de São Gonçalo, Niterói, Duque de Caxias e Rio de Janeiro.

Divulgação

Aneel aprova intervenção em

empresas de energia elétrica

A Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel) aprovou dia 31, em decisão unânime, a intervenção em oito em-presas, todas controladas pelo Grupo Rede Energia. A medida foi tomada em reunião extraordinária e vai abranger as conces-sionárias Cemat (Centrais Elétricas Matogrossenses), Celtins (Companhia Elétri-ca do Estado do Tocantins), Enersul (Empresa Ener-gética do Mato Grosso do Sul), Força e Luz do Oes-te (PR), Companhia Na-cional de Energia Elétrica

(CNEE), Empresa Elétrica Bragantina (EEB), Caiuá e Vale Paranapanema, no es-tado de São Paulo.

Juntas, elas atendem mais de 3 milhões de uni-dades consumidoras em centenas de municípios. As concessionárias terão um prazo de dois meses para apresentar uma proposta de reequilíbrio inanceiro e readequação técnica para tentar suspender a inter-venção. Segundo a Aneel, se o plano não for consis-tente, a Medida Provisória 577, publicada dia 30, ofe-rece à agência mecanismos

que podem levar, inclusive, à caducidade das conces-sões.

A Celpa (Centrais Elé-tricas do Pará), do mesmo grupo das oito empresas, com dívidas de mais de R$ 2 bilhões e que já entrou com pedido de recuperação judicial, não foi incluída neste processo de interven-ção. A MP 577 impede que as concessionárias de ener-gia recorram à recuperação judicial e permite interven-ção direta do governo em companhias com diicul-dades inanceiras e inadim-plentes com o Estado.

Caso a concessionária vá à falência, a concessão terá de ser licitada novamente. De acordo com a nova re-gra, se o plano apresentado pelas empresas for aceito, elas terão de prestar infor-mações trimestralmente sobre sua implementação até a conclusão do proces-so de recuperação.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo “tem o dever de garantir a qualida-de do fornecimento energé-tico. “Onde a concessão for mal gerida, devemos estar presentes”.

IPI menor para carros, móveis, linha

branca e material de construção

O Diário Oicial da União do dia 31

publicou o decreto que prorrogou a redução do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI) para automóveis, linha branca, móveis e material de construção. Na quarta-feira (29), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anun-ciou a prorrogação, por

dois meses, do Imposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) redu-zido para automóveis. O benefício acabaria no último dia 31, mas foi estendido até o im de outubro.

As medidas farão o governo deixar de arre-cadar R$ 1,6 bilhão em 2012 e R$ 3,9 bilhões em 2013. Os eletrodo-

mésticos da linha bran-ca (fogões, geladeiras, tanquinhos e máquinas de lavar) e móveis, pai-néis e luminárias con-tinuarão com alíquotas reduzidas até 31 de de-zembro. A desoneração da linha branca também acabaria na sexta-feira, e o benefício para os móveis vigoraria até 30 de setembro.

Banco de Imagens

Crescimento do mercado

de TV por assinatura

será menor em 2013

O mercado de TV por assinatura deve cres-

cer menos no ano que vem, conforme previsão do pre-sidente da NET Serviços, José Felix. Segundo ele, desde 2010, o setor vem apresentando crescimen-to anual de 30%, mas no ano que vem, vai expandir entre 22% e 25%. “No en-tanto, esse tipo de serviço de banda larga e televisão pegou de um modo tal para o consumidor, que diicil-mente ele ica sem, inde-

pendentemente do cenário, a não ser que aconteça uma catástrofe”, disse Félix, durante o 56º Painel Pai-nel Telebrasil, promovido pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Te-lebrasil). Segundo Félix, existem 50 milhões de re-sidências urbanas no país e apenas 15 milhões de do-micílios com TV por assi-natura. A previsão é que em 2013 sejam adicionados mais 3,6 milhões de assi-nantes ao mercado.

Page 5: Edição nº 124

5►04 a 10 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Valo

r d

a p

ub

lici

dad

e R

$ 6

00,0

0

Perdas na safra de grãos afetam

produção de carnes no Brasil

A produção de carne de frango, que em 2011

cresceu 4,5%, deve fechar este ano com redução de 4%, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Co-nab). “A redução da oferta mundial de milho e farelo de soja é a principal causa para a queda da produção de carne, haja vista os ele-vados custos de produção, sobretudo aqueles relacio-nados à ração”, destacou relatório divulgado pela companhia. O Brasil, que é um dos maiores produtores e consumidores de carne do mundo, tem um cenário de queda projetado para este ano em todos os tipos de produção desse mercado.

- A complicação para carnes está relacionada ao suprimento de ração, prin-cipalmente em função do milho. Já houve anúncio de aumento de 10% do va-lor de derivados de frango

[cortes] e os produtores já anunciaram redução para alojamento [de aves]. Isso vai signiicar redução de oferta e impactar no pre-ço - airmou Wander Sou-sa, analista de Mercado da Conab. Os suinocultores devem ser ainda mais afe-tados pelo desequilíbrio entre o preço de mercado e o custo de produção. A carne suína, que em 2011 teve um incremento de produção de 5%, deverá sofrer, segundo a Conab, uma inversão da curva com redução de cerca de 5% em 2012.

A seca afetou a produção em todas as regiões do país. Os produtores de feijão do Nordeste já perderam 69% da produção entre outubro do ano passado e abril des-te ano. A produção total da região contabilizada até o momento pela Conab foi de apenas 295 mil tonela-das, enquanto, no ano pas-

sado, o volume alcançou os 961 mil toneladas. No caso do milho, a perda dos pro-dutores nordestinos chegou a 30%, o equivalente a qua-se 2 milhões de toneladas a menos na contabilidade dos agricultores.

O fenômeno da seca deste ano não respeitou

Banco de Imagens

barreiras. Os produtores dos Estados Unidos esti-mam perdas entre 20% e 30% nos cultivos de grãos. A estiagem atingiu grande parte do território norte--americano, agravando a redução de oferta e elevan-do as cotações internacio-nais.

Produtores reivindicam seguro

agrícola de modelo norte-americano

Os produtores norte--americanos de grãos,

que tiveram perdas agríco-las maiores do que as regis-tradas no Brasil em função da seca deste ano, parecem menos preocupados do que os agricultores brasileiros que também contabilizam os prejuízos provocados pela estiagem que afetou o Sul e Nordeste. A cons-tatação é de um grupo de produtores de soja do Brasil que está percorren-do estados produtores dos

Estados Unidos desde o início a semana passada. A justiicativa para o clima de tranquilidade nos campos americanos é o programa de seguro agrícola local.

- O governo dos EUA mantém um programa de seguro que dá segurança real para o produtor. Os americanos estão vivendo a maior quebra de safra e estão sendo prejudicados na totalidade [do territó-rio], mas o seguro garante rentabilidade para o pro-

dutor - airmou Nelson Pi-colli, diretor inanceiro da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aproso-ja). A comparação entre os sistemas de seguro agrícola dos dois países reacende antigo embate entre produ-tores e governo em torno de um modelo de garantias agrícolas.

O seguro agrícola mantido pelo governo brasileiro é dividido por faixas de renda. No caso

de pequenos e médios agricultores, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) garante a quitação de dí-vidas relacionadas às ope-rações do crédito rural de custeio, em casos de per-das provocadas por fenô-menos naturais, pragas e doenças que atinjam reba-nhos e plantações. O posi-cionamento oicial é que o fortalecimento do seguro agrícola é um processo de longo prazo.

Governo vai anunciar plano para a produção de peixes

Será lançado até o inal desta semana pelo go-

verno o plano safra para a área do pescado, que deve-rá destinar R$ 6 bi para es-tímulo à produção, capaci-tação e comercialização de peixes. O anúncio foi fei-to nesta segunda-feira (3) pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Cri-vella. Ele quer que o Brasil

deixe de ser importador de pescados para se tornar ex-portador. Explica que nos países desenvolvidos o pei-xe é a carne mais consumi-da, enquanto no Brasil está em último lugar.

Acompanhado pelo go-vernador Agnelo Queiroz, o ministro participou do lançamento da Semana do Peixe em Brasília, que, em

sua nona edição divulga o slogan "Pescado: dá água na boca e faz bem pra a saúde". O Distrito Federal é uma das unidades da Fe-deração onde mais se con-some pescado no país. En-quanto a média nacional é 9 quilos ao ano por pessoa, no DF chega a 12 quilos por ano.

A Semana do Peixe é

uma temporada de promo-ções para despertar o in-teresse da população pelo alimento. O ministro Mar-celo Crivella destaca que a carne de peixe "pode ser feita de mil formas, com receitas que surpreendem a família. Tem a vantagem de ter baixo teor de gordu-ra e contém ômega 3, que é muito bom para a saúde".

Suco de uva terá

50% de polpa ou

néctar da fruta

O suco de uva produzi-do no Brasil terá de

conter, no mínimo, 50% de polpa ou néctar da fruta. A determinação foi publicada dia 31 no Diário Oicial da União, na Norma Instrutiva 24, assinada pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. Os produ-tores e empresários terão 180 dias para adequação à ordem. Os especialistas di-zem que há diferença entre suco, polpa, sumo e néctar de frutas. De acordo com a legislação brasileira, a maioria dos sucos não pode conter água para pertencer a essa categoria especíica, exceto no caso de alguns frutos, como os tropicais do tipo pitanga e tamarin-do.

O néctar, segundo estu-diosos, é uma bebida adoça-

da e diluída em água, pronta para consumir. Há ainda o chamado refresco da fruta, que é a bebida com menor concentração de fruta. Nos supermercados e mercea-rias do país são vendidos a bebida em pó, o chamado suco de saquinho, que é uti-lizado em água.

O Ministério da Agri-cultura informa que a pro-dução de uva no país ocupa 81 mil hectares, destacan-do as regiões do Rio Gran-de do Sul que concentram 330 milhões de litros de vinhos e os chamados mos-tos - sumo de uvas fres-cas que ainda não tenham passado pelo processo de fermentação. Também há produção de uvas em Pe-trolina (Pernambuco), Jua-zeiro (Bahia) e no Vale do São Francisco.

Banco de Imagens

Anatel vai iscalizar cobranças de

operadoras de celular

A Agência Nacional de Telecomunicações

(Anatel) vai iscalizar o sistema de cobrança de faturas das operadoras de telefonia celular. A me-dida foi motivada por re-clamações de clientes so-bre inclusão nas contas de despesas indevidas, como por exemplo serviços que não foram prestados.O conselho diretor da Ana-tel julgou dois processos, na semana passada, con-tra a Claro e a Vivo, que tratavam de denúncias por

cobrança, nas faturas de clientes, de chamadas que não foram feitas. A Vivo foi multada em R$ 3,4 mil, e a Claro, em R$ 15,3 mil. As operadoras de telefonia celular vêm sendo alvo de punições e denúncias nos últimos meses. Entre ju-nho e agosto, TIM, Claro e Oi icaram 11 dias im-pedidas de vender chips em vários estados do país, por conta do aumento das reclamações quanto à qua-lidade do serviço prestado por elas.

Page 6: Edição nº 124

6 ►04 a 10 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Secretaria de Cultura lança programa

Agentes de Leitura em Duque de Caxias

A Secretaria de Cultura e Turismo de Duque

de Caxias fará o lança-mento oicial do Progra-ma Agentes de Leitura no Município, no próximo dia 5, às 19h, na Biblio-teca Pública Governa-dor Leonel Brizola. Os Agentes promoverão o interesse e o gosto pela leitura para 250 famílias inseridas no Programa Bolsa Família da codade. O Programa é um parceria entreo Governos Fede-ral, estadual e municipal e em Duque de Caxias tem o apoio da Academia Duquecaxiense de Letras e Artes (ADLA). São 11 agentes que por meio de um bicicleta equipada com um acervo literário de alta qualidade e aces-

sível a todos os tipos de público, mobilizarão Du-que de Caxias para tornar--se uma cidade de leitores. “A duração do Programa é de um ano e os jovens te-rão uma hora de dedicação a cada família por semana. Dentre eles, um será o ges-tor do Programa, procuran-do otimizar as ações, con-seguindo compreender os desaios e as fortalezas da proposta por meio de reu-niões mensais”, assinalou o presidente da ADLA, Sid-ney Oliveira.FOTOGRAFIA - A Supe-rintendência de Turismo da Secretaria de Cultura e Turismo de Duque de Ca-xias vai anunciar, durante a solenidade de lançamen-to do Programa Agentes de Leitura, os vencedores do

2° Concurso de Fotograia - Um Olhar Sobre Duque de Caxias, que vai marcar a abertura da exposição com 30 trabalhos selecionados entre os concorrentes. Os três primeiros colocados receberão prêmios em di-nheiro (R$ 1.500 para o pri-meiro lugar, R$ 1.000 para o segundo e R$ 600 para o terceiro), além de Menção Honrosa para três trabalhos escolhidos pela Comissão Julgadora. A exposição i-cará aberta ao público até 30 de setembro, com entra-da franca. O concurso, cujo tema foi livre, recebeu 44 trabalhos de moradores de Duque de Caxias e da cida-de do Rio de Janeiro. REVISTA - A Secretaria de Cultura e Turismo fará ain-da, na mesma data e local,

o lançamento da décima edição da Revista da Cultura e do Turismo Caxiense. Projeto edi-torial concebido pela Secretaria em 2002, tornou-se a primeira publicação oicial per-manente do Poder Exe-cutivo municipal volta-do para a área cultural e que agora está sendo retomado, interrompi-do pela gestão anterior, em 2005. O objetivo é divulgar não só as ati-vidades mais destaca-das da Secretaria mas, também, promover o resgate de fatos e acon-tecimentos e de perso-nalidades que, ao lon-go do tempo, deixaram fortes marcas na história cultural do Município.

Senado publica resoluções que autorizam

empréstimos internacionais de US$ 1,2 bilhão

O Diário Oicial da União publicou na

edição desta segunda--feira (3) sete resoluções do Senado que autorizam a União, alguns estados e municípios a negociar empréstimos internacio-nais para despesas que vão desde pagamento de dívidas até investimentos em infraestrutura, edu-cação e saneamento. O valor total chega a US$ 1,2 bilhão. A resolução, com valor mais elevado, é para o estado de Mato Grosso, que obteve au-torização para negociar crédito de US$ 478,9 milhões com o Bank of America. Os recursos serão aplicados no paga-mento da dívida estadual.

O segundo valor mais alto é destinado ao estado do Rio de Janeiro – US$ 394,5 milhões – negocia-dos com a Agência Fran-cesa de Desenvolvimento (AFD). O dinheiro será investido na melhoria da região metropolitana em projetos de integração e mobilidade. A prefeitura do Recife, capital de Pernam-buco, obteve crédito com o Banco Interamericano para Reconstrução e Desenvol-vimento (Bird), no valor de US$ 130 milhões. Os re-cursos serão aplicados em programas de educação e gestão pública.

A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEE-D) do Rio Grande do Sul negociou

crédito, no valor de US$ 87,4 milhões, com a AFD. O governo do Brasil vai re-ceber US$ 66 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o Programa do Siste-ma Único de Assistência Social.

O município de Novo Hamburgo, no Rio Gran-de do Sul, negociou com

o BID a liberação de US$ 23,9 milhões para o programa de desen-volvimento integrado da região. Já o estado do Amazonas obterá US$ 21,5 milhões de crédito da Corporação Andina de Fomento (CAF) que serão apli-cados no programa es-tadual de turismo.

Banco de Imagens

Salário mínimo será

de R$ 670,95 em 2013

O Ministério do Pla-nejamento ixou

em R$ 670,95 o va-lor do salário mínimo a partir de janeiro de 2013. Essa é a proposta que o governo federal incluiu no Projeto de Lei Orçamentária Anu-al (Ploa) enviado dia 30 ao Congresso Nacional. O novo valor é 7,9% maior que os R$ 622 pagos atualmente.A Ploa traz a previsão de gastos do governo para o próximo ano. O novo valor do mínimo pas-sa a ser pago a partir

de fevereiro, referente ao mês de janeiro. O reajuste inclui a variação de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 e a estima-tiva de que a inlação me-dida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) previsto para o ano de 5%. A estimativa do governo é que cada R$ 1 de avanço no mínimo gere despesas de R$ 308 milhões ao governo. Com isso, o aumento de R$ 48 concedido pelo governo causará impacto de cerca de R$ 15,1 bilhões aos cofres públicos.

R$ 1,1 bi para cidades atingidas por enchentes

O Ministério das Ci-dades anunciou

a liberação de aproxi-madamente R$ 1,1 bi-lhão do Programa de Aceleração do Cresci-mento (PAC) para Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e três cidades da região ser-rana do Rio de Janeiro - Nova Friburgo, Te-resópolis e Petrópolis. Os recursos serão apli-cados na reconstrução de áreas destruídas em decorrência da chuva, enchentes e desmoro-

namentos ocorridos no começo do ano.

Apenas para Belo Hori-zonte serão repassados R$ 322 milhões. Os demais R$ 690,4 milhões serão transferidos para os três municípios luminenses, de acordo com a Portaria n° 442, assinada pelo mi-nistro das Cidades, Agui-naldo Ribeiro. Em janeiro, o Banco do Brasil e a Cai-xa anunciaram uma série de medidas emergenciais para atender às cidades atingidas pelas enchentes em Minas Gerais.

Europa deve se beneiciar de seca nos EUAe Brasil para se tornar exportador de grãos

Enquanto produtores norte-americanos e

brasileiros contabilizam perdas da atual safra de grãos, a seca que preju-dicou a produção em di-versas regiões do mundo, afetou em menor propor-ção os produtores euro-peus de cereais, mesmo com Portugal tendo regis-trado as maiores quebras de produção dos últimos sete anos. Com isso a União Europeia deve ex-portar um excedente de 10 milhões de toneladas de grãos, aproveitando--se da alta dos preços no mercado mundial.

Segundo estimativas da Comissão Européia, as perdas no continente devem representar cerca

de 2,2% da produção. Nos Estados Unidos, os produ-tores estimam prejuízos entre 20% e 30%. Em al-gumas regiões do Brasil, como o Nordeste, uma das mais afetadas pela estia-gem, apenas o cultivo de feijão registra prejuízos de quase 70%.

Os prejuízos da produção

norte-americana têm impac-tado diretamente os preços de grãos no mercado mun-dial desde o ano passado. Os preços do milho, por exem-plo, atingiram nível recorde em agosto, com a redução da produção nos EUA. O mesmo aconteceu com o tri-go, que teve trajetória ascen-dente no valor negociado. O

efeito relexo afeta ain-da o mercado de carnes, com a alta do preço das rações.

As estimativas mundiais apontam que a produção de milho ainda deve diminuir, este ano, cerca de 11%, e a produção de trigo tem queda de 1% es-timada. Diante deste cenário mundial, a Eu-ropa pode posicionar--se como exportadora líquida de cerais, com um excedente de 10 milhões de toneladas de grãos.

Na safra 2007/2008, os produtores europeus registraram déicit de 8 milhões de toneladas de grãos.

Banco de Imagens

Países árabes cobram

im da violência na Síria

Os representantes dos seis países do

Conselho de Coopera-ção do Golfo (CCG) apelaram domingo (2) para que a comunida-de internacional adote “medidas eicazes” de proteção à população da Síria, que há 18 me-ses sofre com a onda de violência. Eles pediram ainda que o governo do presidente Bashar Al Assad colabore com a “transferência pacíica do poder”. A estimati-va é que mais de 20 mil

pessoas morreram na Sí-ria desde março de 2011.

- Pedimos que a co-munidade internacional assuma suas responsabi-lidades e adote medidas eicazes para proteger os civis sírios - diz o docu-mento, assinado pelos re-presentantes de Omã, dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita, do Catar, Bahrein e Kuwait. “[O ideal é que ocorra] “uma transferência pací-ica do poder para con-cretizar as aspirações do povo sírio”.

Page 7: Edição nº 124

7►04 a 10 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie! Ligue: 21 2671-6611

Lei oicializa incentivos à indústria, Investimentos e exportações

Foi sancionada pela pre-sidenta Dilma Rousse-

ff, e publicada dia 31 no Diário Oicial da União, lei federal que oicializa paco-te de incentivos aos inves-timentos, exportações e à indústria. A Lei n° 12.712 refere-se à Medida Provi-sória 564, editada em abril deste ano e adota ações vinculadas ao Programa Brasil Maior, do Minis-tério da Indústria, Desen-volvimento e Comércio

Exterior (MDIC). Entre outras medidas, a lei prevê a prorrogação, para até 31 de dezembro de 2013, de inanciamentos com juros especiais do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DES). Anteriormente, os inanciamentos estavam previstos para durar até o im deste mês. Os emprés-timos, com taxas reduzi-das, destinam-se a inanciar bens de capital (máquinas

e equipamentos) e inves-timentos em tecnologia e inovação.

Além disso, a nova lei cria a Agência Brasilei-ra de Fundos e Garantias (ABGF), destinada a forne-cer garantias contra riscos em operações de crédito, focando nos casos em que não tenham plena cobertu-ra do mercado privado. Ela também autoriza a União a aumentar o capital social dos bancos do Nordeste e

da Amazônia e a conceder subvenções para crédito nos fundos de Desenvol-vimento da Amazônia e do Nordeste (FDA e FDNE). O Programa Brasil Maior é deinido pelo governo como política industrial, tecnológica e de comércio exterior da gestão da pre-sidenta Dilma Rousseff. O programa destina-se à im-plementação de medidas de desoneração dos inves-timentos e das exportações.

Caxias comemora o Mês do Advogado

Cerca de 300 proissio-nais participaram das

comemorações do Mês do Advogado, com um en-contro em um restaurante do Município, no último dia 30, organizado por um grupo de proissionais que atuam na cidade. O atu-al Conselheiro da Ordem dos Advogados (RJ), José Nogueira D’Almeida, que também presidiu a Subse-ção de Duque de Caxias, lembrou que o dia 11 de agosto marca a criação dos cursos jurídicos no Brasil, em 1827.

- Passados 185 anos, nossa proissão, assim como a nossa sociedade, apresenta um processo de constante evolução em suas lutas diárias, digni-

icando e dando cabo de tão importante missão que lhes foi conferida desde os tempos imperiais – assi-nalou o advogado, um dos organizadores do evento. Segundo declarou ao Ca-pital, o advogado, que será candidato de oposição à atual presidência da Sub-seção-Duque de Caxias,

disse que o encontro “fe-chou um pacto entre nos e o Dr. Wagner, professor da Unigranrio e que represen-ta o Grupo da Cidadania, composto por jovens ad-vogados e que irá igurar como vice na chapa que vamos encabeçar”.

Na foto, o deputado fe-deral Alexandre Cardoso

saudou os presentes e fa-lou sobre as necessidades da classe e da população. Ao abordar as eleições na entidade, que acontecerão este ano, desejou boa sorte aos candidatos e disse que não vai interferir na cam-panha que vai escolher o novo presidente da entida-de no município.

Divulgação

Projeção para a inlação oicial tem oitava alta

seguida e chega a 5,2%

A projeção de analistas do mercado inancei-

ro para a inlação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano, subiu pela oitava se-mana seguida, ao passar de 5,19% para 5,2%. A informação consta do bo-letim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), com estimativas para os principais indica-dores da economia. Para 2013, também houve alta, de 5,5% para 5,51%. O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acom-panhar a meta de inlação. Essa meta tem como cen-tro 4,5% e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, as estimativas para o IPCA estão acima do centro da meta, mas abai-xo do limite superior de 6,5%.

A meta de inlação é um alvo do Banco Central que usa, como um dos ins-trumentos para calibrar os preços e inluenciar a ati-vidade econômica, as al-terações na taxa básica de juros, a Selic. Na última semana, o Comitê de Po-lítica Monetária (Copom) do BC voltou a reduzir a

taxa Selic, em 0,5 ponto percentual, para 7,5% ao ano. A Selic vem sendo reduzida desde agosto do ano passado. Os analistas esperam mais um corte na Selic este ano. Desta vez, de 0,25 ponto percentual. Para 2013, a expectativa é que a taxa suba. A proje-ção para o inal do próxi-mo ano passou de 8,25% para 8,5% ao ano.

A pesquisa do BC tam-bém traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Funda-ção Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 4,32% para 4,38%, este ano, e de 4,71% para 4,8%, em 2013. A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 8,16% para 8,17%, este ano, e de 5% para 5,01%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP--M), a projeção subiu de 7,85% para 8,03%, em 2012. Para 2013, a proje-ção para o índice perma-nece em 5%.

A estimativa dos ana-listas para os preços ad-ministrados foi mantida em 3,5%, neste ano, e em 4,3%, em 2013.

Page 8: Edição nº 124

8 ►04 a 10 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie! Ligue: 21 2671-6611

Governo pretende promover

desonerações de R$ 15 bilhões

O governo pretende re-duzir R$ 15,2 bilhões

em impostos no próximo ano, disse o ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, no último dia 30. Ao anunciar o Orçamento de 2013, ele disse que os recursos para essas novas reduções estão garantidos e assegurou que as medidas não prejudica-rão o equilíbrio iscal. De acordo com Mantega, esse montante é extra e não se confunde com as prorroga-ções de reduções de impos-tos anunciadas dia 29, que farão o governo deixar de arrecadar R$ 3,9 bilhões em 2013. “São desonera-ções adicionais”, explicou.

O ministro informou que as reduções de impos-tos poderão ser aplicadas de três formas: desonera-ção da folha de pagamento, redução tarifa de energia elétrica e redução de PIS/Coins para alguns produ-

tos. Ele, no entanto, disse que a equipe econômica não deiniu o montante do incentivo para cada tipo de ação.

Mantega ressaltou que os recursos das desone-rações foram incluídos, no texto do projeto de lei,

Valter Campanato-ABr

como despesas para o pró-ximo ano. Segundo ele, isso abre espaço iscal para essas futuras reduções de impostos, sem comprome-ter o equilíbrio iscal, ape-sar do aumento de gastos. Ele destacou que a equipe econômica projeta déi-

cit nominal (resultado das contas públicas depois do pagamento dos juros da dívida do governo) de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano e que a dívida líquida do setor pú-blico cairá de 35% em 2012 para 32,7% em 2013.

“Crescimento é prenúncio de resultados melhores”

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse

dia 31, na capital paulista, que os números apresenta-dos pelo Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE) que apontam cresci-mento de 0,4% na economia brasileira são bons e, apesar

de não serem extraordiná-rios, mostram tendência de crescimento para o restante do ano. "Esse número que estamos vendo hoje é um nú-mero que estamos olhando pelo retrovisor. Está icando para trás esse resultado. De qualquer forma é bom, com-

parado ao primeiro trimestre. Não é excepcional, mas é o prenúncio de resultados me-lhores que virão no segundo semestre".Mantega disse ain-da que os dados indicam que a economia está acelerando gradualmente e a expectativa é que o país continue nessa

trajetória de aceleração no terceiro e quarto trimestres. "O terceiro e quarto trimes-tres serão ainda melhores que o segundo, que foi forte-mente inluenciado pela crise internacional que não melho-rou e afetou o desempenho dos países emergentes".