jornal abo - edição 124 - março/ abbril de 2010

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J A B O 124 Jornal da Associação Brasileira de Odontologia Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 A DOR QUE TIRA O PRAZER E O SORRISO ESPECIAL: Hipersensibilidade dentinária Hipersensibilidade dentinária cervical é a primeira das reportagens especiais programadas neste ano para o JABO. Mudanças nos hábitos ali- mentares, maior busca por prevenção e qualidade de vida e aumento da expectativa de vida da população colocam-na como questão eminente na Odontologia. Nesta edição, os especialistas Antônio Wilson Sallum, Wagner Leal Serra e Silva Filho e Rodrigo Bueno de Moraes compartilham suas experiências científicas e clínicas com os cirurgiões-dentistas brasileiros, mos- trando características, causas, terapias, etiologia e agen- tes dessensibilizantes. Págs. 6, 7 e 19 Tabaco e o papel do CD 31 de Maio, Dia Mundial Con- tra o Tabaco, terá como tema defi- nido pela OMS “Tabaco e o Gêne- ro”. No Brasil, a data volta a aten- ção para “Mulheres e o Tabagis- mo”. Completando 5 anos do trata- do internacional Convenção Qua- dro para o Controle do Tabaco, do BRASÍLIA CEN e sen. Valdir Raupp: em pauta, cursos da UniABO O presidente da ABO Newton Miranda de Carvalho e os diretores Wesley Borba Toledo e Marco Aurélio Blaz Vasques reuniram-se com o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para buscar apoio à regularização dos cursos de pós-graduação da UniABO. Pág. 11 RECIFE 5 mil participantes no XX Copeo A ABO Pernambuco come- mora o sucesso de seu vigésimo congresso. O registro de 5 mil participan- tes é creditado à adoção da gratuidade a todos os CDs associados à ABO, à maior organização do evento e consequente conforto para os congressistas. Pág. 10 Foi apresentada em Recife, durante o XX Copeo, a 100ª edição da Revista ABO Nacional, que resgata em suas páginas a história da entidade, de suas publicações e do Selo ABO. A edição foi exibida pelo diretor científico da Novo presidente no Conselho Deliberativo Nacional Estender mais benefícios a todos os cirurgiões-dentistas brasileiros e resolver proble- mas da classe odontológica motivaram a adoção de medidas conjuntas da ABO e Revista ABO Nacional chega à 100ª edição revista, Fernando Tavares Vieira, na presença do presi- dente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, do secretá- rio-executivo da publicação, Cláudio Heliomar Vicente da Silva e convidados. Págs. 10 e 14 José Barbosa Porto (ABO/CE) e Nádia Maria Fava (ABO/SC) tomaram posse como presidente e vice-presidente, res- pectivamente, do Conselho Deliberativo Nacional da ABO, no XX Copeo. Pág. 10 PARCERIA ABO e APCD unem forças em torno de eventos da APCD, entre elas, parce- ria para o sucesso do FDI’2010 e do congresso dos 100 anos da APCD, em 2011. Pág. 3 Imagens cedidas por Antônio Wilson Sallum (FOP/Unicamp) qual Brasil é signatário, ainda há muito o que fazer para alcançar as metas propostas. Este é um mo- mento importante para o cirur- gião-dentista exercer sua com- petência específica para o diag- nóstico precoce de lesões bu- cais malignizáveis e dar sua contribuição na prevenção desse mal que afeta 25 mi- lhões de brasileiros e que tem como fator de risco o tabaco. Com informações do pato- logista Jacks Jorge Júnior e do pneumologista Ricardo Meirelles. Págs. 16 e 17 5º Ciopi: programação cidadã, de 26 a 30/5 FDI’2010: o mundo a caminho do Brasil Trabalho conjunto da FDI e da ABO trazem a Salvador (Bahia) o Congresso Anual Mundial de Odontologia, entre os dias 2 e 5 de setembro deste ano. Parceria entre as duas entidades oferece preços especiais a todos os cirurgiões-dentistas brasileiros. Inscrição e informações em www.fdi2010.com.br. Págs.4 e 5 Quase 2 mil CDs aderem a programa de reciclagem de amálgama Pág. 24 UniABO: MT, SC e PB apresentam seus cursos nesta edição A ABO Piauí reúne em Teresina sete eventos paralelos ao 5º Congresso Internacional do Piauí, com caráter multidisciplinar e cidadão, sob o tema Odontologia, Saúde Pública e Evidência Científica na Prática Clínica. Pre- ços especiais para acadêmicos e CDs associ- ados à ABO e inscrição on-line podem ser conferidos em www.ciopi.com.br . Pág. 10 Acadêmicos em dia com a Seção Pará terão adesão gratuita ao 9º Congresso Internacional de Odontologia da Amazônia (Cioa), que acontece de 3 a 6 de junho próximo, em Belém. Programação e mais informa- ções: www.abopa.org.br. Pág. 10 ABO/PA realiza 9º Cioa de 3 a 6/6 Pág. 15

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Jornal ABO Edição 124 Março/ Abril de 2010 Distribuição nacional gratuita, a cada dois meses, com informações de interesse para todos os cirurgiões-dentistas. A 124ª edição já está nas mãos dos leitores de todo o Brasil, com novidades. Boa leitura!

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Page 1: Jornal ABO - Edição 124 - Março/ Abbril de 2010

J A B O124

Jornal da Associação Brasileira de OdontologiaAno XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

A DOR QUE TIRA OPRAZER E O SORRISO

ESPECIAL: Hipersensibilidade dentinária

Hipersensibilidade dentináriacervical é a primeira das reportagensespeciais programadas neste ano parao JABO. Mudanças nos hábitos ali-mentares, maior busca por prevençãoe qualidade de vida e aumento daexpectativa de vida da populaçãocolocam-na como questão eminente na Odontologia.Nesta edição, os especialistas Antônio Wilson Sallum,Wagner Leal Serra e Silva Filho e Rodrigo Bueno deMoraes compartilham suas experiências científicas eclínicas com os cirurgiões-dentistas brasileiros, mos-trando características, causas, terapias, etiologia e agen-tes dessensibilizantes. ● Págs. 6, 7 e 19

Tabaco e o papel do CD

31 de Maio, Dia Mundial Con-tra o Tabaco, terá como tema defi-nido pela OMS “Tabaco e o Gêne-ro”. No Brasil, a data volta a aten-ção para “Mulheres e o Tabagis-mo”. Completando 5 anos do trata-do internacional Convenção Qua-dro para o Controle do Tabaco, do

BRASÍLIACEN e sen. Valdir Raupp:

em pauta, cursos da UniABO

O presidente da ABO Newton Miranda de Carvalho e os diretoresWesley Borba Toledo e Marco Aurélio Blaz Vasques reuniram-secom o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para buscar apoio àregularização dos cursos de pós-graduação da UniABO. ● Pág. 11

RECIFE5 mil participantes no XX Copeo

A ABO Pernambuco come-mora o sucesso de seuvigésimo congresso. Oregistro de 5 mil participan-tes é creditado à adoção da

gratuidade a todos os CDsassociados à ABO, à maiororganização do evento econsequente conforto paraos congressistas. ● Pág. 10

Foi apresentada emRecife, durante o XXCopeo, a 100ª edição

da Revista ABONacional, que resgata

em suas páginas ahistória da entidade,de suas publicações

e do Selo ABO. Aedição foi exibida

pelo diretor científico da

Novo presidente no ConselhoDeliberativo Nacional

Estender mais benefícios atodos os cirurgiões-dentistasbrasileiros e resolver proble-mas da classe odontológicamotivaram a adoção demedidas conjuntas da ABO e

Revista ABO Nacionalchega à 100ª edição

revista, FernandoTavares Vieira, napresença do presi-dente da ABO,Newton Miranda deCarvalho, do secretá-rio-executivo dapublicação, CláudioHeliomar Vicente daSilva e convidados.

● Págs. 10 e 14

José Barbosa Porto (ABO/CE) e NádiaMaria Fava (ABO/SC) tomaram possecomo presidente e vice-presidente, res-pectivamente, do Conselho DeliberativoNacional da ABO, no XX Copeo. ● Pág. 10

PARCERIAABO e APCDunem forçasem torno deeventos

da APCD, entre elas, parce-ria para o sucesso doFDI’2010 e do congressodos 100 anos da APCD, em2011. ● Pág. 3

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qual Brasil é signatário, ainda hámuito o que fazer para alcançar asmetas propostas. Este é um mo-mento importante para o cirur-gião-dentista exercer sua com-petência específica para o diag-nóstico precoce de lesões bu-cais malignizáveis e dar suacontribuição na prevençãodesse mal que afeta 25 mi-lhões de brasileiros e que temcomo fator de risco o tabaco.Com informações do pato-logista Jacks Jorge Júnior edo pneumologista RicardoMeirelles. ● Págs. 16 e 17

5º Ciopi: programaçãocidadã, de 26 a 30/5

FDI’2010: o mundo a caminho do Brasil

Trabalho conjunto da FDI e da ABO trazem aSalvador (Bahia) o Congresso Anual Mundial deOdontologia, entre os dias 2 e 5 de setembro deste

ano. Parceria entre as duasentidades oferece preçosespeciais a todos oscirurgiões-dentistasbrasileiros. Inscrição einformações emwww.fdi2010.com.br.● Págs.4 e 5

Quase 2 mil CDsaderem a programa

de reciclagemde amálgama

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● Pág. 24

UniABO: MT, SC ePB apresentam

seus cursosnesta edição

A ABO Piauí reúne em Teresina sete eventosparalelos ao 5º Congresso Internacional doPiauí, com caráter multidisciplinar e cidadão,sob o tema Odontologia, Saúde Pública eEvidência Científica na Prática Clínica. Pre-ços especiais para acadêmicos e CDs associ-ados à ABO e inscrição on-line podem serconferidos em www.ciopi.com.br .● Pág. 10

Acadêmicos em dia com a SeçãoPará terão adesão gratuita ao 9º

Congresso Internacional deOdontologia da Amazônia(Cioa), que acontece de 3 a 6de junho próximo, em Belém.

Programação e mais informa-ções: www.abopa.org.br.

● Pág. 10

ABO/PA realiza9º Cioa de 3 a 6/6

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2 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

E D I T O R I A L

Diretoria Nacional

Registrada no Conselho Nacional do Serviço Social (nº 110.006/54), em12 de janeiro de 1955. Filiada à FDI e à Fola/Oral. SEDE ADMINISTRATIVA:Rua Vergueiro, 3153 conjs.82 e 83 - CEP 04101-300 - São Paulo - SP -Telefax: (+11) 5083.4000. E-mail: [email protected] - Site: www.abo.org.br

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADE ODONTOLOGIA

ABO/AcrePres. Stanley Sandro da Silva MendesR. Marechal Deodoro, 837, s.469900-210 - Rio Branco - ACTelefax(+68) [email protected]

ABO/AlagoasPres. Tiago Gusmão MuritibaAv.Roberto M. de Brito, s/n.-Jatiuca57037-240 Maceió - ALTelefax(+82) [email protected]

ABO/AmapáPres. Daiz da Silva NunesRua Dr.Marcelo Cândia, 635 CP 63568906-510 - Macapá - APTel. (+96) 3244.0202/Fax [email protected]

ABO/AmazonasPres. Alberto Tadeu do N. BorgesRua Maceió, 86369057-010 - Manaus - AMTel.(+92) 3584.5535/[email protected]

ABO/BahiaPres. Antístenes Albernaz Alves NetoR.Altino Serbeto Barros, 13841825-010 - Salvador - BATel.(+71) 2203.4066/ Fax [email protected]

ABO/CearáPres. José Barbosa PortoR. Gonçalves Lêdo, 163060110-261 - Fortaleza - CETel.(+85) 3311.6666/Fax [email protected]

ABO/Distrito FederalPres. Hamilton de Souza MeloSGAS 616 - lote 115-L/2 Sul70200-760 - Brasília - DFTel.(+61) 3445.4800/Fax [email protected]

ABO/Espírito SantoPres. Luiz Carlos Bourguignon dosSantosR. Henrique Rato, 40 - Fátima29160-812 - Vitória - ESTelefax(+27) [email protected]

ABO/GoiásPres. Jorivê Sousa CastroAv.Itália, 118474325-110 - Goiânia - GOTel.(+62) 3236.3100/Fax [email protected]

ABO/MaranhãoPres.Marvio Martins DiasAv. Ana Jansen,7365051-900 - São Luiz - MATel. (+98) 3227.1719/Fax [email protected]

ABO/Mato GrossoPres. Luciano Castelo MoaresRua Padre Remeter, 17078008-150 - Cuiabá - MTTelefax(+65) [email protected]

ABO/Mato Grosso do SulPres. Paulo Cezar R. OgedaRua da Liberdade, 83679004-150 Campo Grande - MSTelefax (+67)[email protected]

ABO/Minas GeraisPres. Carlos Augusto Jayme MachadoRua Tenente Renato César, 10630380-110 - B.Horizonte - MGTel. (+31) 3298.1800/Fax [email protected]

ABO/ParáPres. Lucila Janeth Esteves PereiraRua Marquês de Herval, 229866080-350 - Belém - PATel. (+91) 3277.3212/Fax [email protected]

ABO/ParaíbaPres. Patrícia Meira BuenoAv. Rui Barbosa,3858040-490 - João Pessoa - PBTelefax(+83) [email protected]

ABO/ParanáPres. Osiris Pontoni KlamasRua Dias da Rocha Filho, 62580040-050 - Curitiba - PRTel.(+41)3028.5800/Fax [email protected]

ABO/PernambucoPres. Fernando Luiz Tavares VieiraRua Dois Irmãos, 16552071-440 - Recife - PETel.(+81) [email protected]

ABO/PiauíPres. Júlio Medeiros Barros FortesRua Dr. Arêa Leão, 545 - SUL64001-310 - Teresina - PITel.(+86) [email protected]

Conselho Executivo Nacional (CEN)Presidente:Newton Miranda de Carvalho (MG)Vice-presidente:Manoel de Jesus R. Mello(CE)Secretário-geral:Marco Aurélio Blaz Vasques (RO)Tesoureiro-geral:Wesley Borba Toledo (GO)1ª secretária:Daiz da Silva Nunes (AP)1o tesoureiro:Carlos Augusto Jayme Machado(MG)Suplentes: Dilto Crouzeiles Nunes(RS)/ Paulo Murilo Oliveira daFontoura Jr.(RJ)/ Lucila JanethEsteves Pereira (PA)/ Júlio MedeirosBarros Fortes (PI)

Conselho fiscalEfetivos: José Silvestre (SP)/ José

Barbosa Porto (CE)/ Paulo JorgeAlves Martins (TO)Suplentes: Rafael de AlmeidaDecúrcio (GO)/ Alberto Tadeu doNascimento Borges (AM)/ StanleySandro da Silva Mendes (AC)

Vice-presidentes RegionaisNorte: Luiz Fernando Varrone (TO)Nordeste: Tiago Gusmão Muritiba (AL)Sudeste: Osmir Luiz Oliveira (MG)Sul: Nádia Maria Fava (SC)Centro-oeste: Jander Ruela Pereira (MT)

UniABOCoordenador:Inácio Rocha da Silva (RJ)Vice-coordenador:Danielle Tupinambá Emmi(PA)Secretário:Sérgio de Freitas Pedrosa (DF)

ABO nos Estados

J A B OE X P E D I E N T E

A ABO não se responsabiliza pelos serviços e produtos das empresas que anunciam no JABO, as quais estão sujeitasàs normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor. Artigos assinados ou conceitos emitidos são deresponsabilidade exclusiva dos autores. Permitida a reprodução de textos do jornal desde que citada a fonte.

JABO é uma publicação bimestral da Associação Brasileira de Odontologia, de circulação nacional. Filiadoà Aberje. Produção e edição : Edita Comunicação Integrada. Alameda Santos, 1398 - 8º and. conj. 87. Telefax(+11) 3253.6485 e (+11) 3284.1348. CEP 01418-100 - São Paulo - SP - Brasil. E-mail: [email protected]: Joaquim R. Lourenço e Zaíra Barros. Editora: Zaíra Barros (MTb: 8989). Repórteres: AntonelaTescarollo (MTb: 41.547) e Diego Freire (MTb: 49.614); diagramação/artes: Edita/Victor Cruz; fotos:Edita/Davi de Barros/Fotoabout - e-mail: [email protected]. Publicidade: MN Design - Tel.: (+11)2975.3916; e-mail [email protected] e Ponto 4 Propaganda Ltda. - Tel (+11) 3816.0328; [email protected]. Fotolito e impressão: Plural Gráfica/Vitor Mango. Tiragem 100.000 exempla-res. Distribuição gratuita. Circulação nos meses de fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro.

Visite o Portal ABO em www.abo.org.br

Assessores da PresidênciaPaulo Murilo O. da Fontoura Jr. (RJ)Plínio Tomaz (SP)Sinval Santos Pereira Silva (ES)Antônio Inácio Ribeiro (PR)

Diretor do Departamento deAvaliação de ProdutosOdontológicos (Dapo)Oscar Barreiros de Carvalho Jr. (SP)

Diretor científico da Revista ABONacionalFernando Luiz Tavares Vieira (PE)

Conselho Nacional de Saúde (CNS)Efetivo: Geraldo Vasconcelos (PE)

Conselho DeliberativoNacional (CDN)Presidente: José Barbosa Porto/CEVice-presidente:Nadia Maria Fava/SC

ABO/Rio de JaneiroPres. Paulo Murilo O. da FontouraRua Barão de Sertório,7520261-050 - Rio de Janeiro - RJTel.(+21)2504.0002 /Fax [email protected]

ABO/Rio Grande do NortePres. Pedro Alzair Pereira da CostaRua Felipe Camarão, 51459025-200 - Natal - RNTel.:(+84) 3222.3812/Fax: [email protected]/www.aborn.org.br

ABO/Rio Grande do SulPres. Flávio Augusto Marsiaj OliveiraRua Furriel L. A. Vargas, 13490470-130 - Porto Alegre - RSTel.:(+51) 3330.8866/Fax: 3330.6 [email protected]

ABO/RondôniaPres. Antonio Carlos PolitanoRua D.Pedro II, 140778901-150 - Porto Velho - ROTel.: (+69) 3221.5655/Fax: [email protected]

ABO/RoraimaPres. Luiz Carlos SchwindenR. Barão do Rio Branco,130969301-130 - Boa Vista - RRTel. (+95) 3224.0897/ Fax [email protected]

ABO/Santa CatarinaPres. Nádia Maria FavaRua Dom Pedro I, 224 - Capoeira -88090-830 - Florianópolis- SCTelefax (+48) [email protected]

ABO/São PauloPres. José SilvestreRua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana02037-000 - São Paulo - SPTel.: (+11) 2950.3332/Fax: [email protected]

ABO/SergipePres. Martha Virgínia de Almeida DantasAv. Gonçalo Prado Rollemberg, 40449015-230 - Aracajú - SETel: (+79) 3211.2177 Fax: [email protected]

ABO/TocantinsPres. Luiz Fernando VarroneAv.LO15 602 Sul-Conj. 02 Lote 0270105-020 - Palmas - TOTel.: (+63) 3214.2246/Fax: [email protected]

Construindo umnovo patamar

om passos firmes, a ABO trilha caminhos em direção anovos patamares para a entidade e seu foco primário: oscirurgiões-dentistas brasileiros. Ao reforçar nossa atençãoC

aos problemas que prejudicam estes profissionais – desde oacadêmico que vê sua formação afetada pela má qualidade deensino; a concentração desproporcional dos cirurgiões-dentistase dentro de mercados predatórios; até a sua capacitação eaprimoramento técnico e científico para a prática clínica esbar-rando em regulações nem sempre acertadas - o que vislumbramosadiante é a melhora não só da Odontologia mas, comoconsequência, a da saúde bucal da nossa população.

Com a experiência herdada de nossos antecessores nessesmais de 90 anos de história da nossa entidade - relatada naedição especial de número 100 da Revista ABO Nacional –aprendemos que o início do que hoje se constitui na grandefamília ABO, com suas 321 unidades no País, se deu pela vonta-de de fortalecer a classe através da união de todos. E essacontinua sendo, até os dias atuais, a mola mestra que deve nosimpulsionar às nossas conquistas.

Para ampliar e fixar estes conceitos, reforçar a necessária uniãoentre nossos pares, o poder público, a sociedade e nossos parceirosinstitucionais e iniciativa privada, a ABO coloca-se, ao mesmotempo, como catalizadora e disseminadora de ideias, projetos eprogramas que visem essa imprescindível transformação.

As publicações da ABO - o JABO, a Revista ABO Nacional,o ABO On-line, o Portal ABO - estão abertas a esta sinergia entretodos os segmentos. Prova disto é o início nesta presente ediçãodo jornal, de reportagens especiais que unem em seu conteúdo asduas pontas da profissão: a ciência e a prática, compartilhando osaber de especialistas com todos os CDs.

O Selo de Qualidade ABO - que traz a experiência de 25 anosde busca pelo aperfeiçoamento do produto odontológico nacio-nal - é prova inequívoca de que parcerias dão certo quando oresultado é mais qualidade e benefícios de ponta a ponta, até oconsumidor final, que é a população.

Já a vinda ao Brasil neste ano, do FDI’2010-Salvador, devemovimentar a máquina do setor odontológico e se transformar emótima oportunidade para a abertura de uma vitrine brasileira aomundo. Ao mesmo tempo, oferece a chance de atualizaçãocientífica sob a bandeira da FDI, fundada há 110 anos e realizan-do em Salvador seu 110º Congresso Anual MundialOdontológico. E, ressalte-se, com vantagens para os cirurgiões-dentistas brasileiros, que pagarão preços especiais de adesão aoevento, graças a acordo entre ABO e FDI.

É com muito orgulho que vamos receber os colegas de todo omundo em Salvador. E com satisfação, exibir a experiência daABO, entidade que consegue mobilizar cerca de 50 mil partici-pantes nos congressos que realiza anualmente.

Newton Miranda de CarvalhoPresidente da ABO Nacional

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 3A B OA B OA B OA B OA B O A B O A B O A B O A B O A B O

o dia 30 de abril acontece,em Foz do Iguaçu (PR), o IFórum sobre o Exercício Pro-

ABO participa do Fórumsobre exercício da

Odontologia no MercosulSecretarias Municipais de Saúde(Conasems) e do Programa Latino-americano de Convergência noEnsino Odontológico (Placeo).

Na outra metade do dia, os pre-sidentes de seis CROs (AM, MS,PR, RR, RS e SC) apresentarão asexperiências fronteiriças relacio-nadas ao exercício profissional. Emseguida, será aberto o debate. Aofinal, serão apreciadas as suges-tões a serem encaminhadas ao Mi-nistério da Saúde sobre a MatrizMínima de Registro de Profissio-nais de Saúde do Mercosul.

No último 5 de março, tomouposse a nova Diretoria da ABOMato Grosso, presidida por Lucia-no Castelo Moraes, para a gestão2010-2013. Durvalino de Oliveiraassumiu como vice-presidente,Carlo Juliano Cáceres R. da Silva,como secretário-geral, e AdrianaMaria Bueno Brandão, como te-soureira. Moraes, que também éprofessor da UniABO de MatoGrosso, substituiu Jander RuelaPereira, que agora está no Conse-lho Fiscal da Seção.

Nova Diretoriana ABO/MT

Informação em um click.Veja em www.abo.org.br

PortalABO

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otivadas pelo desejo de resolver osproblemas da classe odontológica

Colaboração em benefício do CD

Nfissional da Odontologia noMercosul, em que será discutido oconjunto dos acordos firmados pe-los países membros do Mercosulsobre o exercício profissional emsaúde. O evento é promovido peloConselho Federal de Odontologia(CFO), com apoio dos 27 ConselhosRegionais de Odontologia, e reuniráinstituições de ensino e entidadesodontológicas, como a ABO Nacio-nal, representada pelo cirurgião-den-tista Sérgio de Freitas Pedrosa.

A parte da manhã do eventoserá dedicada a palestras de repre-sentantes do Ministério da Saúde(Diretoria de Gestão e da Regulaçãodo Trabalho na Saúde), ConselhoNacional de Secretários de Saúde(Conass), Conselho Nacional de

Mbrasileira, bem como de oferecer a todos osprofissionais mais e melhores benefícios, aABO Nacional e a APCD vêm se aproximan-do e se organizando em medidas conjuntas.Um novo passo neste entendimento foi acorda-

do entre o presidente da ABO Nacional, NewtonMiranda de Carvalho, e o da APCD, SilvioCecchetto, para que, juntas, as duas entidadestrabalhem pelo sucesso do CongressoFDI’2010, em setembro, na cidade de Salvador,mantendo, nos sites das duas entidades,banner do evento.Da mesma forma, haverá colaboração nadivulgação do congresso comemorativo dos 100anos da APCD, que acontece em 2011.Neste mesmo espírito de apoio mútuo e união,Cecchetto já havia estado presente, em feverei-ro último, na posse da nova Diretoria da ABONacional, em Belo Horizonte (MG).“Os CDs estão buscando se organizar melhorpor percebermos que só através de um espíritode corpo poderemos resolver nossos proble-mas. Sem dúvida, a solução passa por estecaminho de união”, afirma Miranda de Carvalho.

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4 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

econhecida nacional e inter-nacionalmente como a enti-dade de maior representação

FDI’2010: o mundo a caminho do BrasilTrabalho conjunto da FDI e da ABO vai culminar na realização do Congresso Anual Mundial de

Odontologia em Salvador (BA), entre os dias 2 e 5 de setembro próximo. Graças à parceria, todos oscirurgiões-dentistas brasileiros e latino-americanos terão acesso ao evento com preços especiais

Salvador e o Centro de

Convenções da Bahiaaguardam os congressistas

Rda Odontologia brasileira, a ABOgarante a todos os mais de 220 milcirurgiões-dentistas do País, semrestrição, acesso facilitado aoFDI’2010, que acontece de 2 a 5 desetembro, em Salvador (BA).

Serão cerca de 100 atividades,entre cursos, conferências, simpó-sios, debates, ministrados por espe-cialistas de diversos países, todosreunidos em nome do tema centralda edição deste ano do maior eventoda Odontologia internacional: “Saú-de oral para todos – desafios locais,soluções globais”. A programaçãocompleta está disponível no sitewww.fdi2010.com.br, onde tambémé possível se inscrever no congressoe submeter trabalhos científicos.

Para ter acesso ao preço especi-al, basta comprovar sua formaçãoprofissional e ficar atento aos pra-zos: até 28 de maio, R$ 305,00; até28 de junho, R$ 350,00; até a rea-lização do congresso, R$ 420,00.Os valores valem também paraprofissionais latino-americanosassociados à entidade nacionalfiliada à FDI.

O pagamento pode ser feito porboleto bancário ou cartão de crédi-to (Visa, Master e Diners), sendoque, no cartão, é possível parcelá-lo em até três vezes. A taxa deadesão inclui acesso a todas asatividades da programação cientí-fica, à exposição comercial, à sole-nidade de abertura e à documenta-ção e pasta do congresso. Para oscursos pré-congresso, que aconte-cem no dia 1º de setembro, deve serfeita inscrição à parte.

Cerca de 140 países estarãoem Salvador, representandomais de um milhão de cirurgi-ões-dentistas de todo omundo, para debater importan-tes tópicos durante duasAssembleias Gerais, trêsfóruns abertos e outras reuni-ões das diversas comissões eorganizações filiadas à FDI.Tais encontros produzirãodocumentos que influenciam aOdontologia de todo o planeta.Além da International DentalManufacturers (IDM), estarãopresentes representações daOrganização Mundial daSaúde (OMS), Organizaçãodas Nações Unidas (ONU),International and AmericanAssociation for DentalResearch (IADR), InternationalOrganization for Standardization(ISO), International Associationof Dental Students (IADS),Forças de Defesa, Organiza-ções Regionais da FDI, Seçãode Saúde Pública da FDI eSeção das Mulheres Dentistasda FDI, entre outras.

Parlamento Mundialda Odontologia

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 5

Ciência e cidadaniaO tema do FDI’2010 – “Saúde

oral para todos: desafios locais, so-luções globais” – reflete a crescenteconsciência científica e política glo-bal de que a saúde oral é frequente-mente negligenciada, mesmo sendode importância crucial para todos.

Além da saúde oral pública e daeducação em saúde, a programa-ção do evento explora os avança-dos da Odontologia clínica, daformação acadêmica e da pes-quisa científica. Quem já parti-cipou de congressos da FDI veráo aumento do uso de mul-timídia interativa nas ativi-dades científicas da edição

deste ano, com tecnologia de co-municações e transmissões em rede.

Você, cientistaÉ possível inscrever trabalhos

A cidade escolhida parasediar o FDI’2010 tem papelfundamental na história daOdontologia brasileira.Declarada Patrimônio daHumanidade pela Unesco, acapital do Estado da Bahiaabriga o primeiro curso deOdontologia do Brasil,fundado em 1884, no dia 25de outubro – data mais tardeinstituída como Dia Nacionaldo Cirurgião-dentista e daSaúde Bucal. E a cidadetem muito mais históriapara contar...Primeira capital do País,Salvador consegue reunirpassado e presente comharmonia. Além de suaspraias e de sua culináriamuito apreciada, o cartãopostal da cidade é o bairroPelourinho, ladeira com ruasestreitas, calçadas porescravos em pedras pé-de-moleque rodeadas porsobrados e igrejas dosséculos XVII e XVIII.Totalmente restaurado, olocal é pródigo em bares,restaurantes, casas deshows e lojas de artesanato,e museus e igrejas barrocasse encontram espalhadospelas ladeiras.E uma cidade que se divideentre “alta” e “baixa” sópodia mesmo ter um grandeelevador para servir detradicional cartão postal.O Elevador Lacerda foiconstruído em 1873, encra-vado na rocha de umamontanha. Ele interliga os 72metros da Praça Tomé deSouza, na cidade alta, àPraça Cayru, na cidade baixa,transportando cerca de 28 milpassageiros por dia. Naspróximas edições, o JABOvai mostrar mais do sem-número de atrativos da capitalda Odontologia mundial em2010, sede do CongressoMundial Anual da FDI.

Salvador, berçodo ensino

odontológicobrasileiro

para sessões de pôsteres e temas li-vres no FDI’2010 até o dia 3 de maio,através do site oficial do congresso(www.fdi2010.com.br), onde tam-bém estão disponíveis as normaspara submissão de resumos. Não épermitida a apresentação de traba-lhos já publicados ou apresentadose nem a menção de produtos comer-ciais ou técnicos, e todas as comuni-cações devem ser escritas em portu-guês ou espanhol.

Na avaliação dos trabalhos se-rão considerados os seguintes cri-térios: interesse clínico ou cientí-fico pela questão a ser avaliada; sedados suficientes foram forneci-dos; inovação; impacto clínico. Oresumo será rejeitado se não forsubmetido on-line; for recebidoapós o prazo de 3 de maio; excedero número máximo de 150 pala-vras; não estiver acompanhado de

inscrição e pagamento; e se o mes-mo tipo de apresentação já tiversido submetido.

A FDI reestruturou a sessão decomunicações livres de seus con-gressos para oferecer ao jovem pro-fissional de Odontologia a oportu-nidade de se apresentar em um even-to de nível internacional e participarde treinamento para palestrantes. Asáreas a serem tratadas são: promoçãode saúde oral; Implantodontia; Esté-tica; e Cariologia.

Indústria odontológicaem peso no evento

Com a parceria da InternationalDental Manufacturers Association(IDM), a Exposição Mundial da FDIem Salvador vai receber mais de 300companhias globais, entre elas asbrasileiras, configurando-se umaplataforma comprovada para a in-

dústria odontológica expor suas úl-timas novidades em produtos e ser-viços, além dos já largamente testa-dos em todo o planeta.

Após o lançamento oficial doFDI’2010 no Brasil, no último dia 31de janeiro, em São Paulo (SP), aprocura por estandes da exposiçãocomercial foi grande. Nos dias se-guintes à apresentação, a organiza-ção já estava com 60% dos espaçosreservados e a procura tem crescidocom a proximidade do congresso.

Mantenha-se informadoAtualizações contínuas sobre

a programação do FDI’2010 emuitas outras informações estãodisponíveis no site oficial do even-to (www.fdi2010.com.br), no daentidade mundial (www. fdiworldental.org) e no Portal ABO (www.abo.org.br).

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6 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

- Técnica de escovação incorreta - Defeitos na junção cemento/esmalte- Hábitos alimentares - Defeitos na formação dentária- Hábitos sociais - Doenças periodontais- Trauma oclusal - Doenças sistêmicas:- Procedimentos clínicos: BulimiaTratamentos ortodônticos Anorexia NervosaRetração gengival excessiva HipertireoidismoCirurgias periodontais Distúrbios gástricosDesgastes das estruturas

H I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I A

A DOR QUE TIRA O PRAZER E O SORRISOPesquisadores, cirurgiões-dentistas e entidades, como a FDI,concordam: a hipersensibilidade dentinária cervical é umaquestão eminente na Odontologia. Este contexto é composto pormudanças nos hábitos alimentares, maior busca por prevenção equalidade de vida e pela crescente expectativa de vida dapopulação. Ao profissional, é preciso atualização científica ehabilidade clínica para lidar com este problema multifatorial, dediagnóstico delicado (e crucial), que pode ser abordado comterapias diversas e requer a colaboração do paciente. Este temadá início à série de reportagens especiais com o objetivo de levarinformação científica a ser aplicada à prática clínica do cirurgião-dentista

Por Antonela Tescarollo

uando algo prazeroso, comotomar um sorvete, um sucorefrescante, ou imprescin-

da hipersensibilidade é confirmada,com 10% a 30% da população mun-dial afetada pelo problema, varian-do muito conforme os hábitos decada uma. O dado é citado no artigo“Hipersenbilidade dentinária”, deAntônio Wilson Sallum, professortitular da disciplina de Periodontiada Faculdade de Odontologia dePiracicaba (FOP) da Unicamp, eWagner Leal Serra e Silva Filho,mestre e doutor em Periodontia pelamesma instituição. O artigo foi pu-blicado na Revista Perio News(www.perionews.com.br/Ar-tigo_4.asp) e também é utilizadocomo material didático na FOP/Unicamp.

De fato, a hipersensibilidade éuma questão eminente na Odonto-logia atual, como propõe a Federa-ção Dentária Internacional (FDI),que indica um número maior dejovens adultos com o problema,“provavelmente devido à exposi-ção a alguns fatores predisponen-tes, como dietas ácidas, escovaçãotraumática, hábitos pessoais e usoinadequado de produtos de bran-queamento dentário” (veja mais

na pág.19, em Resoluções da FDI).Bueno de Moraes também obser-va: “Ao mesmo tempo, a atençãoao bem-estar e à qualidade de vida,bem como o crescimentodo conceito de prevenção, tornamas pessoas menos tolerantes aquaisquer desconfortos bucais, queanteriormente suportavam, espe-cialmente pelo medo de visitaro cirurgião-dentista, ou pela difi-culdade de acesso aos serviços”.

Além dos hábitos de alimenta-ção e outras ações que podem levarà exposição da dentina e, conse-quentemente, à hipersensibilidade,ela está ligada ao contexto atual daSaúde e da Odontologia, conformeaponta Antônio Sallum: “A popu-lação está vivendo mais e com maisdentes preservados na boca, comisso novos eventos sistêmicos ebucais vão acontecendo”.

Ponto crucial“O passo mais importante para o

sucesso no tratamento da hiper-sensibilidade dentinária é o corretodiagnóstico e a identificação dosfatores etiológicos. Apesar de nãoser considerada uma doença, apre-senta sintomas que podem confun-di-la com eventos patológicos queacometem os elementos dentários.”Assim colocam Antônio Sallum eSilva Filho, deixando clara a impor-tância de se conhecer bem o fenôme-no, entender os mecanismos quecausam e explicam a sensibilidade,além de saber reconhecê-lo atravésda anamnese do paciente, análisedos sintomas, exame clínico e ra-diográfico detalhados.

E informação para isso está dis-ponível. “O clínico-geral da últi-ma década vem tendo boas oportu-nidades de receber conhecimentoe de se atualizar neste assunto, poismuitos congressos, jornadas e pu-blicações científicas ou não estãoabordando a hipersensibilidadecom frequência. A gente só podever o que sabe que existe. Então,além da experiência, o conhecimen-to também leva a uma boa práticaclínica”, avalia Antônio Sallum.

O periodontista Bueno de Mo-raes concorda e ainda lembra que oacesso constante à reciclagem deconceitos científicos e clínicos co-loca os CDs brasileiros em boascondições para lidar com a hiper-sensibilidade, já que os profissio-nais daqui se destacam na prática etécnica da Odontologia.

O paciente por inteiroO correto diagnóstico nestes ca-

sos deve começar com uma anamne-se que avalie, primeiramente, os há-bitos alimentares do paciente de for-ma criteriosa, para identificar, porexemplo, a frequência e a quantida-de de consumo de sucos e alimentoscítricos, de doces e de refrigerantes.Uma dieta rica em vegetais e tempe-ros também pode contribuir com aerosão dos dentes, segundo AntônioSallum e Silva Filho.

Como um dos principais de-sencadeadores da hipersensi-bilidade é a escovação traumáti-ca, é preciso investigar também otipo de escova, a técnica de es-covação e o dentifrício (mais oumenos abrasivo) adotados pelopaciente. Ainda nesta etapa, ohistórico médico deve ser bemexplorado, para a aferição de even-tos intrínsecos que favorecem oproblema, como refluxos gástri-cos, vômitos provocados em de-corrência de distúrbios alimen-tares como a bulimia e anorexia,síndromes de secura bucal e dia-betes. Além disso, há os fatoresextrínsecos a serem observados,como o uso abundante de medi-camentos ácidos (aspirina e vita-mina C), fumo, entre outros.

“Devemos sempre lembrar quepor trás de um surto de hipersen-sibilidade pode-se esconder umasérie de desequilíbrios bucais e /ousistêmicos, que exige atenção dosprofissionais e, por vezes, integraçãocom outras especialidades da Odon-tologia ou outras áreas da saúde. Avisão de que os tratamentos desaúde devem ser vistos como mul-tidisciplinares está crescendo e ga-nhará espaço contínuo”, destaca ain-da Bueno de Moraes.

Exame clínico detalhadoMas este é só o início de um

diagnóstico que nem sempre émuito simples, devido à diversi-dade de respostas sensoriais e to-lerância à dor entre os pacientes eà dificuldade em realizar um diag-nóstico precoce. No exame clíni-co, é preciso estar atento a váriasinformações, sendo imprescindí-vel a identificação dos estímulosdesencadeantes e, também, a du-ração, frequência e localização da

dor, segundo Antônio Sallum eSilva Filho no artigo “Hipersensi-bilidade dentinária”. Esta avalia-ção deve ser feita com o auxílio dojato de ar e/ou da água da seringa,exame de percussão, teste deestresse de mordida e ainda o testetérmico, com cubo de gelo ou spraygelado.

Os pesquisadores também cha-mam atenção para as particularida-des presentes em cada elementodentário apontado como queixa eque podem levar à sensibilidade:identificação de trincas da coroadentária, fratura, restaurações maladaptadas ou com falhas, cárie,sensibilidade pós-restauração, den-tes com hiperfunção. “Ainda éimportante o exame das condiçõesteciduais. Uma região com tecidogengival mais delgado e apresen-tando pequena ou nenhuma faixade tecido queratinizado pode seralvo de maior trauma de escovação.Pacientes com diagnóstico de do-ença periodontal também podemapresentar sinais e sintomas, prin-cipalmente aqueles já submetidosa tratamento.”

É preciso lançar mão ainda deexames radiográficos, que auxili-am a não confundir o problema dahipersensibilidade com outra pa-tologia ou lesão da polpa. Outrassituações que apresentam sinto-mas semelhantes são cárie, fraturado elemento dental e de restaura-ções e infiltração marginal em res-taurações.

AGENTES DESSENSIBILIZANTESAGENTES DESSENSIBILIZANTESs terapias citadas abaixosão utilizadas como

Qdível, como beber água, vem acom-panhado de uma dor aguda e passa-geira, a perda em qualidade de vidae bem-estar é grande. E,mesmo semsaber que o nome completo e cor-reto é hipersensibilidade dentiná-ria cervical – ou hiperestesia denti-nária -, muitos pacientes levam aoconsultório odontológico esta quei-xa, em busca de um diagnóstico e umtratamento que nem sempre sãomuito simples e rápidos.

Pelo que observa em seu consul-tório e estuda, o periodontista Ro-drigo Bueno de Moraes, coautor dolivro Fundamentos da Periodontia:Teoria e Prática, diz notar que ahipersensibilidade dentinária é umfenômeno clínico bastante comum.As descrições de dor e desconfortomais comuns entre seus pacientesestão relacionadas à mastigação,ingestão de líquidos, respiração,oclusão e até mesmo na fala. Naliteratura científica, a alta prevalência

Principais causas das lesõesdentárias cervicais não cariosas

Fonte: Hipersensibilidade dentinária, Antônio Wilson Sallum eWagner Leal Serra e Silva Filho.

Causas Exógenas Causas Endógenas

Dor de origem não patogênica (alodontia)

Perda de esmalte e/ou cemento

Resposta variável aos estímulos térmicos, químicos e táteis

Desaparecimento rápido da dor com a remoção dos estímulos

Controle das fases agudas e crônicas com agentes anti-hiperestésicos

Sem evidência radiográfica de patologia apical

Principais características clínicasque ajudam a definir o diagnóstico da

hipersensibilidade dentinária

Fonte: Hipersensibilidade dentinária, Antônio Wilson Sallum eWagner Leal Serra e Silva Filho.

AAAtentativas para solucionar oproblema e fugir da condutaradical, que seria o tratamentoendodôntico do dente hipersen-sível. Esta opção não deve serconsiderada de início, mas éuma possibilidade quando nãoexiste sucesso no tratamento,ou se a tolerância à dor causa-da pela exposição dentinária dopaciente é muito pequena.

Ação Neural■ Nitrato de Potássio: agentede ação prolongada que atuana redução da atividadesensorial nervosa da dentina.

Ação anti-inflamatória■ Corticoesteróides: atuam notecido inflamado reduzindo apressão tecidual e, com ela, a

6 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010E S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A L

Antonio Wilson Sallum, Rodrigo Bueno eWagner Silva Filho (sentido horário)

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 7

TERAPIAS DIVERSAS ETRATAMENTO COLABORATIVO

evantadas todas asinformações necessá-rias para o correto di-

AGENTES DESSENSIBILIZANTESAGENTES DESSENSIBILIZANTESAGENTES DESSENSIBILIZANTES

ETIOLOGIA: CONHECERPARA TRATAR E PREVENIR

esumidamente, a hipersensi-bilidade acontece quando asuperfície da dentina fica ex-

prio organismo, como o ácido clorí-drico. A erosão por este último meioé comum pela regurgitação em paci-entes com anorexia nervosa oubulimia, tornando o diagnóstico des-ta lesão pelo cirurgião-dentista maisimportante ainda. O desgaste dentalpor erosão ocorre em todas as facesda coroa clínica, em especial na re-gião cervical, onde o esmalte é maisfino.

■ Abfração: esta lesão ocorredevido a forças oclusais exageradas,que resultam em microfraturas noesmalte por tensões de tração e com-pressão. Como consequência, ocor-re ruptura dos cristais do esmalte,tornando a região mais suscetível àerosão e à abrasão. São caracteriza-das como lesões em forma de cunha,profundas e com margens bem defi-nidas, podendo ser encontradas emum único dente.

■ Atrição: ocorre devido aocontato dente com dente, podendoocasionar desgastes naturais (fisi-ológicos) ou por hábitos parafun-cionais, como o bruxismo.

Além da exposição da superfí-cie da dentina, a hipersensibi-lidade também está relacionada àabertura do sistema de túbulosdentinários e à consequente co-municação direta com o tecidopulpar, o que leva ao desconfortoe à dor. “A dentina hipersensívelapresenta um maior número detúbulos dentinários abertos, quan-do comparada à dentina não sen-sível. Algumas observações suge-rem que o cemento presente naregião cervical do dente é rapida-mente perdido, e dificilmente en-contrado em dentes com retraçãogengival”, segundo AntônioSallum e Silva Filho.

Os especialistas ainda lem-bram que às vezes a dentina ex-posta é coberta por uma camadade smear layer, ou pode ter seustúbulos obliterados por depósitosde fosfato de cálcio, derivados dasaliva, o que reduz o grau de sen-sibilidade. No entanto, essa prote-ção natural pode ser removida pelaação química ou mecânica, abrin-do novamente a comunicação en-tre os túbulos e o meio bucal.

ticos disponíveis à necessidade eàs particularidades de cada caso.Nas últimas décadas foram propos-tas e desenvolvidas diversas tera-pias para a dessensibilização ner-vosa pulpar ou fechamento dostúbulos dentinários expostos, noentanto, ainda não se chegou a umagente ideal para controlar a hiper-sensibilidade e de forma duradou-ra. “Temos hoje tantas técnicasdiferentes para este tratamento jus-tamente porque não se chegou anenhuma que seja definitiva e to-talmente eficaz. Então, está se bus-cando sempre uma melhor”, afirmaAntônio Wilson Sallum, professortitular da disciplina de Periodontiada Faculdade de Odontologia dePiracicaba (FOP) da Unicamp.

Assim, para se chegar à terapiamais indicada para cada caso, é pre-ciso conhecer o que há disponível,as ações e benefícios de cada umadelas. Em 1935, Grossmann publi-cou trabalho, até hoje citado na lite-ratura científica, em que relacionacaracterísticas que devem ser leva-das em consideração no momentoda escolha do agente dessensibi-lizante, que pode ser de ação neural,anti-inflamatória e de cobertura ouobliteração dos túbulos dentinários(veja mais no quadro abaixo). Estasinformações são consideradas atuaise devem ser seguidas na rotina daclínica. Entre elas estão: a não irritaçãodo tecido pulpar, facilidade de apli-cação, alívio rápido da dor, efeti-vidade duradoura, baixo custo e nãoalteração da cor dos dentes. Alémdisso, é preciso considerar que a res-

posta do paciente é subjetiva e de-pende da sensação de dor de cada um.

No consultório e em casaO tratamento mais completo para

a hipersensibilidade dentinária é oque concilia as terapias aplicadasem consultório com a manutençãofeita em casa. Os pacientes podemusar alguns agentes dessensibili-zantes, na forma de dentifrícios ousoluções para bochechos diários. Osmais utilizados são: nitrato de potás-sio, fluoretos (sódio e estanhoso) ecloreto de estrôncio, não havendocomprovação da superioridade deum sobre o outro. Os cremes dentaisespecíficos ainda são o meio maiscomum e mais acessível aos pacien-tes, além de haver evidências de quepromovem benefícios pela reposi-ção do esmalte ou cemento.

A novidade nesta área é um produ-to à base de arginina, disponível tantoem concentração para uso profissio-nal quanto caseiro - associada a cremesdentais. “Esta tecnologia recente ten-ta revolucionar o processo de dessensi-bilização propondo um tampona-mento mais profundo e duradouro dotúbulo dentinário e oferecendo, assim,maior resistência”, diz Sallum

estimulação das terminaçõesnervosas que causam a dor.Presume-se que podem induzir amineralização da dentina peri-tubular. Como não há evidênciasda eficácia, seu uso ainda équestionado.

Agentes de cobertura ouobliteração dos túbulosdentinários■ Brunidura: o polimento dasuperfície de dentina exposta comum bastão de madeira é umprocedimento simples e rápido,embora extremamente dolorido. Ésugerido que essa ação mecâni-ca possa produzir smear layer.■ Hidróxido de cálcio: age naoclusão dos túbulos por meio dadeposição de cristais e aumenta amineralização da dentina expos-ta. Ainda é atribuída a ele apropriedade de coagulação de

proteínas, alterando acondutividade hidráulica dadentina. Um ponto negativo é airritação dos tecidos gengivais.■ Oxalato de potássio: age porefeito imediato, pordespolarização neural, e tambémmediato, bloqueando os túbulospor deposição de cristais, que têma capacidade de manter aimpermeabilidade dentinária,mesmo após o ataque ácido.■ Cloreto de estrôncio: presenteem alguns dentifrícios, o agentereage com o cálcio da dentina,obliterando a luz dos túbulosdentinários.■ Fluoreto de sódio: estudos têmmostrado que o tratamento dassuperfícies radiculares expostascom dentifrícios fluoretados oucom soluções fluoretadas concen-tradas é eficaz na redução dahipersensibilidade. Os bons

resultados parecem ocorrerdevido ao aumento da resistênciada dentina à descalcificação porácidos e à precipitação doscomponentes do agente nostúbulos. O uso dos fluoretoscomo dessensibilizante éencorajador, apesar de algunspacientes relatarem permanênciada sensibilidade mesmo após ouso constante.■ Fluoreto de estanho: usado naforma de gel 0,4% ou soluçãoaquosa, apresenta bons resulta-dos na redução dahipersensibilidade. Entretanto,seu uso é limitado por ter altocusto, curto prazo de validade einduzir manchamento dos dentes.■ Iontoforese (fluoretos): noscasos de hipersensibilidade, esteprocesso possibilita a penetraçãodos íons flúor mais profundamen-te nos túbulos dentinários e

permite a precipitação intratubularde fluoreto de cálcio. Algunsautores mostraram que aiontoforese tem ação imediata naredução da sensibilidade, mas ossintomas retornam em um períodode 6 meses■ Seladores dentinários emateriais restauradores: o usode materiais restauradores,incluindo resina composta eionômero de vidro, é bastantecomum, principalmente quandohá grande perda cervical daestrutura dental (abrasão eabfração). O princípio é baseadono selamento dos túbulos expos-tos e bloqueio imediato dastransmissões nervosas à polpa.■ Terapia periodontal cirúrgica:inúmeras são as técnicas para orecobrimento da superfícieradicular exposta. Dentre elas:retalho deslocado lateralmente,

enxertos gengivais livres,enxertos subepiteliais, posicio-namento coronário do retalho,enxerto de matriz dérmicaacelular, regeneração tecidualguiada e associações destastécnicas. Porém, alguns dessesprocedimentos têm maior índicede previsibilidade que outros.■ Terapia com laser: nosúltimos anos, esta terapia temsido bastante utilizada notratamento dos casos dehipersensibilidade dentinária,apresentando resultadosefetivos na redução do proble-ma. Desde os primeiro trabalhoscom laser já se observavaefetividade na redução dahipersensibilidade por meio doselamento dentinário.

Fonte: “Hipersensibilidade dentinária”,Antônio Wilson Sallum e Wagner LealSerra e Silva Filho

H I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I AH I P E R S E N S I B I L I D A D E D E N T I N Á R I A

Lagnóstico, é possível op-tar pelo plano de trata-mento mais indicado, bemcomo fornecer as melho-res orientações e recomen-dações ao paciente, quedeve estar disposto a co-laborar para o melhor con-trole e tratamento do pro-blema, assim como de suaprevenção. “Em geral, tra-tamentos relacionados aocontrole da dor, como oda hipersensibilidade, contam comampla colaboração dos pacientes.Mas o que observamos comfrequência é que, uma vez vencidaa etapa mais aguda da dor, algunspacientes tendem a relaxar nas ins-truções ou na continuidade do tra-tamento”, relata o periodontistaRodrigo Bueno de Moraes. E essaatitude acaba aumentando as chancesdos sintomas voltarem e da necessi-dade de novos tratamentos.

Outros fatores muito importan-tes e que requerem a colaboraçãodo paciente é a atenção à técnica deescovação, à escova e ao dentifrí-cio usados, e também o controledos hábitos alimentares. “O cuida-do com a dieta pode ser acompa-nhado ainda pelo maior consumode água e de alimentos levementeadstringentes, como maçã, iogur-tes e pêra. Se necessário, devemosencaminhar ao médico ou nutri-cionista para o mais perfeito ajustedesse quadro”, recomenda o cirur-gião-dentista.

O próprio ato de escovar os den-tes também colabora com a dessensi-bilização, estimulando a reconstru-ção da smear layer. O processo na-tural de recuperação, embora lento,ocorre ainda pela ação tampão dasaliva, que ajuda na remineralizaçãoe fechamento dos túbulos denti-nários.

Além deste trabalho em con-junto com o paciente, Bueno deMoraes também considera um de-safio no tratamento da hipersen-sibilidade dentinária adequar aenorme gama de recursos terapêu-

Nas imagens demicroscópio (acima),a diferença entredentina com túbulosabertos e fechadosfica clara

Rposta, por perda do esmalte querecobre a coroa dental, ou pelodesnudamento da área radicular,decorrente da perda do cemento e/ou da recessão gengival. Junto aisso ocorre a abertura e exposiçãodos sensíveis túbulos dentinários,que estruturam este tecido.

Mas a origem de tudo está naslesões dentárias cervicais nãocariosas, que culminam na exposi-ção da dentina e são resultado dequatro processos: erosão, abrasão,atrição e abfração, sozinhos ou as-sociados. Segundo os periodon-tistas e pesquisadores Antônio Wil-son Sallum e Wagner Leal Serra eSilva Filho no artigo “Hipersensi-bilidade dentinária”, esses proces-sos podem ser definidos como:

■ Abrasão: é o desgaste mecâ-nico da estrutura dental, pela cons-tante fricção efetuada por um cor-po estranho e mais duro que o es-malte, principalmente pela esco-vação traumática, considerandoforça, duração e frequência. A le-são resultante é caracterizada porser rasa, polida e lisa na superfícievestibular. Relacionada à abrasãoestá a recessão gengival, que, alémda escovação, pode ter origem nadoença periodontal.

■ Erosão: é quando a perda deestrutura dental ocorre devido à dis-solução por ácidos, não bacterianos,provenientes de alimentos (frutascítricas), bebidas (refrigerantes e vi-nhos), medicamentos e ainda do pró-

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 7E S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A L

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A ABO/PA realiza, de 3 a 6 dejunho próximo, no Hangar Centrode Convenções e Feiras da Amazô-nia, em Belém (PA), o 9º CongressoInternacional de Odontologia daAmazônia (Cioa). A programaçãodo evento, cujo tema é Valorizaçãoda Odontologia: o Profissional emTempos de Reconhecimento, já estádisponível no site da entidade(www.abopa.org.br), onde tambémé possível obter informações sobreinscrição.

A organização da grade da pro-gramação científica foi elaboradacom o cuidado de não causar confli-to de horário entre as atividades liga-das a uma mesma especialidade ou aáreas afins, e a entrega dos materiaisdo evento aos inscritos será feitaatravés das secretarias de Saúde esta-dual e municipal, para evitar con-gestionamentos na chegada ao con-gresso. Também entre as novidadesda edição deste ano está a isenção da

ABO/PIAUÍ

5º Ciopi tem programaçãomultidisciplinar e cidadã

ABO/PI realiza, de 26 a 30de maio próximo, no RioPoty Hotel, em Teresina

apoiada na promoção da saúdebucal como fator principal no res-gate da cidadania da população.

A programação do 5º Ciopi seráaberta por mesa redonda sobre Saú-de Pública, com a participação docoordenador nacional de SaúdeBucal, Gilberto Pucca Jr. Entre asatividades científicas nas mais di-versas especialidades, estão: cur-sos em Dentística, com EwertonNocchi; Odontogeriatria, comRoberto Chaib Stegun; Ortodontia,com Daniel Ianne; ReabilitaçãoEstética Funcional, com ArturNapoleão P. de Araújo; Perio-dontia, com Claudio Júlio Lopes;

Prótese Parcial Removível, comFernando Chaib Stegun; Pacien-tes Especiais, com Ravena SoutoDiogo Lopes; Osteoporose ePeriodontia, com Erivan Clemen-tino Gualberto Jr.; Endodontia,com Carlos Eduardo da SilveiraBueno; Prótese, com FabianoCarlos Marson.

A programação do 5º Ciopiinclui, ainda, ciclo de atualizaçãopara auxiliares e técnicos em Saú-de Bucal (ASBs e TSBs), com vári-as atividades específicas: Otimi-zação do Atendimento do ASB emPrótese e Dentística Restauradora;Conceitos Básicos sobre Procedi-mentos Radiológicos na ClínicaOdontológica;Trabalho Auxilia-do – Eficiência e Produtividade noConsultório Odontológico;Papel doASB no Consultório Ortodôntico;APostura do ASB no AtendimentoEndodôntico; Protocolo de Atendi-mento em Cirurgia;AtençãoBiopsicossocial do Trabalho deASBs: Atendimento Humanizadocom Qualidade; Condutas Auxilia-res no Atendimento Odontope-diátrico.

AG da ABO em 29/5Durante o evento ainda vão ser

realizadas a Assembleia Geral daABO, no dia 29/5, e a reunião daUniABO, no dia 28/5.

Em paralelo ao 5º Ciopi, acontece o 4º Encontro do Capítulo III doColégio Brasileiro de CTBMF, com atividades sobre os temas: EstágioAtual dos Biomateriais para Reconstrução Óssea em Implantodontia;Uso de Biocêramicas a Base de Hidroxiapatita em ReconstruçõesFaciais; Previsibilidade dos Materiais Aloplásticos em Grandes Recons-truções Ósseas; Enxertos Autógenos para Grandes Reconstruções;Planejamento Virtual em Cirurgia Ortognática; Rotação de Plano Oclusalem Cirurgia Ortognática; Tratamento Cirúrgico da Face Longa – Implica-ções Cirúrgico-ortodônticas; Como ter Sucesso no Tratamento deAssimetrias Faciais; Expansão Cirurgicamente Assistida de Maxila eSegmantação Maxilar – Quando Optar.Também serão realizados o 12º Congresso Piauiense de Odontologia;4º Congresso Teresinense de Odontologia; 3º Congresso Piauiense deAcadêmicos de Odontologia; 4º Congresso de Técnicos de PróteseDentária do Piauí; 3º Encontro de Ex-alunos da EAP-ABO/PI; e 1ºCongresso da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial –Seção Piauí (ABOR-PI).

A capital do Piauí é abraçada por dois rios – da Serra dasMangabeiras, na divisa com Tocantins, desce o Parnaíba, osegundo maior rio do Nordeste, depois do São Francisco; daSerra da Joaninha, no Ceará, vem o Poti, que dá nome aohotel sede do 5º Ciopi. Os dois se abraçam no bairro PotiVelho, criando o belo fenômeno do encontro das águas.Mesmo com sua natureza pujante, Teresina nasceu urbanis-ticamente moderna. Foi uma das primeiras cidades do Brasilem que o projeto chegou antes da ocupação do espaçourbano. Mas a modernidade harmoniza-se com a tradiçãodos povos que habitam a “cajuína cristalina”, como tambémé conhecida a cidade. Parte da cultura local pode ser apreci-ada no Centro de Artesanato, que abriga cerca de 25 lojas deprodutos artesanais, um auditório completo, galerias, lancho-netes e oficinas de arte. Em frente à Praça Pedro II, nocentro de Teresina, seu nome presta justa homenagem a umdos mais expressivos artesões populares do Piauí, MestreDezinho de Valença, morto em fevereiro de 2000.Fontes: Piemtur e Semdec

Teresina, a cidadeverde do Meio-Norte

Evento 8 em 1

ABO/PARÁ

Adesão gratuita para acadêmicosem dia com a ABO/PA

taxa de adesão para os acadêmicosde Odontologia em dia com a anui-dade da ABO/PA.

A programação conta com pa-lestrantes de todas as regiões brasi-leiras, que vão tratar de assuntosigualmente diversos. Estão confir-madas as presenças de Zan Mustacchi(SP), que falará sobre Pacientes Es-peciais; Saul Martins Paiva (MG),com palestra sobre Cariologia;Robson Frederico Cunha (SP), sobreOdontopediatria; Marco Frazão(CE), Radiologia; Filipe Modolo

Siqueira (SC), Patologia; LaurindoZanco Furquim (PR), Ortodontia;Helena Araújo Rodrigues (PA), Bios-segurança para TSBs e ASBs; IlanVale (CE), Endodontia; EduardoFerrancio (SP), Periodontia; e Anto-nio Carlos Pereira, Saúde Coletiva.

Durante o 9º Cioa acontece aExpo Odonto, feira comercial que,segundo a organização do evento,deve ter fluxo de mais de oito milvisitantes durante o congresso.Mais informações:www.abopa.org.br

A(PI), o 5º Congresso Internacionalde Odontologia do Piauí (Ciopi).Com o tema Odontologia, SaúdePública e Evidência Científica naPrática Clínica, a comissão orga-nizadora propõe um evento com-prometido com a Odontologia mo-derna, humanista e interdisciplinar,

O XX Congresso Pernambucanode Odontologia (Copeo), realizadode 25 a 28 de março em Recife, pelaABO Pernambuco, teve grande su-cesso, com público de aproximada-mente 5 mil participantes. Uma no-vidade do congresso deste ano foi aadesão gratuita a todos os associa-dos à Rede ABO em dia com a anui-dade, além do envio prévio dos cra-chás aos congressistas, oferecendomais conforto.

XX Copeo: sucessoentre os congressistas

Revista ABO chegaao número 100

Durante o Copeo foi apresenta-da ainda a edição 100 da RevistaABO Nacional, com a participaçãodo novo editor científico da publi-

cação, Fernando Luiz Tavares Viei-ra, também presidente da ABO/PE,do secretário-executivo da revista,Cláudio Heliomar Vicente da Sil-va e de Newton Miranda de Carva-lho, presidente da ABO Nacional.A apresentação foi no dia 26 demarço no estande da ABO/PE.

O evento ainda sediou o lança-mento de três livros. Passo a Passo daEndondontia: Visão do Aprendiz,de Sandra Sayão e colaboradores;Manual de Referências para Proce-dimentos Clínicos em Odontope-diatria - Associação Brasileira deOdontopediatria, obra coordenadapor Paulo César Rédua e Maria deLourdes Massara; e Reabilitação Esté-tica em Dentes Tratados Endodon-ticamente - Pinos de Fibra e Possibi-lidades Clínicas Conservadoras, deLeonardo Muniz e colaboradores.

CDN: novo presidenteO Copeo reuniu ainda vários

diretores da entidade na reunião daUniABO – Escolas de EducaçãoContinuada e na Assembleia Geralda ABO. Nesta última, José BarbosaPorto (CE) tomou posse como presi-dente do Conselho Deliberativo Na-cional (CDN) da entidade e NádiaMaria Fava (SC) foi eleita vice-pre-sidente.

C O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O SC O N G R E S S O S

Inscrição on-line e preçosespeciais para associados:veja em www.ciopi.com.br

9º Cioa publica programação no site

Mercado Ver-o-Peso é atração turística em Belém

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 11

MAIOABO Piauí

V Congresso Internacional deOdontologia do Piauí27 a 30 de maioTeresina – PIInformação: (+86) 3221.9374www.ciopi.com.br

JUNHOABO Pará

IX Congresso Internacionalde Odontologia da Amazônia3 a 6 de junhoBelém – PAInformação: (+91) [email protected]

JULHOABO Rio Grande do Sul

XVIII CongressoOdontológico Rio-grandense14 a 17 de julhoPorto Alegre - RSInformação: (+51) [email protected]

2010, ano doFDI’Salvador

Um congresso que vale por mui-tos. Trata-se do FDI’2010, queacontecerá em Salvador, Bahia,trazendo para o Brasil a sedeinternacional da Odontologia noperíodo de 2 a 5 de setembrodeste ano. A programação cien-tífica já está disponível no site daABO. Informações no site doevento e na pág. 4.

Confira a grade científica:www.fdi2010.com.br

CalendárioOficial de

Congressos2010 da

REDE ABO

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Diretores do Conselho ExecutivoNacional da ABO reuniram-se, emBrasília, no fim de março, com o sena-dor Valdir Raupp de Matos (PMDB-RO) e com o coordenador de SaúdeBucal, Gilberto Pucca Jr. O objetivodos encontros foi buscar apoio para aregularização dos cursos de pós-graduação da UniABO – Escolas deEducação Continuada. Com Pucca,foram discutidos os programas con-juntos da ABO com o governo federal.Na foto, o presidente da entidade,Newton Miranda de Carvalho, o secre-tário-geral, Marco Aurélio BlazVasques, e o tesoureiro-geral, WesleyBorba Toledo, com Raupp.

C E NC E NC E NC E NC E N C E N C E N C E N C E N C E N

Diretoria da ABO reúne-se com senador Raupp

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12 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

m apenas quatro anos, o Pro-Odonto, programa de atuali-zação a distância em Odon-

Pro-Odonto já contacom 6 especialidades

garante pertinência dos temas quecompõem cada módulo, com aaplicabilidade no dia a dia do con-sultório.”

A ABO outorga certificado de180 horas-aula aos aprovados naavaliação final do ciclo. Se o par-ticipante estiver inscrito em maisde um programa, recebe certifica-dos diferentes para cada um deles.

Os programas Pro-Odonto sãoestruturados em ciclos, cada umcom duração de 12 meses e com-posto por quatro módulos. Cadamódulo traz em média cinco arti-gos, que passam por processamentopedagógico para tornar a leituramais interativa e dinâmica, facili-tando o aprendizado. Um dos ci-clos mais procurados é o Pro-Odonto Ortodontia, que traz, nasua terceira edição, a interdisci-plinaridade no diagnóstico e notratamento das más oclusões. Se-gundo os diretores acadêmicosDaniela G. Garib e Omar Gabriel daSilva Filho, a preocupação foi reu-nir conhecimentos de áreas inte-gradas à especialidade.

Os profissionais inscritos nosprogramas Pro-Odonto ainda con-tam com o e-Learning, portal ex-clusivo com atividades de inte-ração, clipping diário na área desaúde e acesso irrestrito à Dentistry& Oral Sciencies Source (DOSS),completo banco de dados em todasas áreas da Odontologia, com 134periódicos científicos e 30 livros,todos com textos completos e atu-alizações diárias. Também é possí-vel esclarecer dúvidas on-line, atra-vés da Central de Informações.

Etologia desenvolvido pela parce-ria entre a ABO e a Artmed Pana-mericana Editora, através do Siste-ma de Educação em Saúde Conti-nuada a Distância (Sescad), cres-ceu consideravelmente. Já são seisespecialidades contempladas: Es-tética, Implante, Cirurgia, Preven-ção, Ortodontia e Prótese. Desde2006, foram publicadas mais dequatro mil páginas sobre Odontolo-gia, em 212 artigos com temas vari-ados relacionados às seis especiali-dades, e mais de 9.200 profissionaisjá conheceram os programas e ates-taram a qualidade dos conteúdos.

Uma das premissas do Pro-Odonto é propiciar aos cirurgiões-dentistas educação permanente,através de uma visão clínica am-pliada, com autores que são refe-rência em suas especialidades. Taisprofissionais estão ligados à pes-quisa de ponta, incorporando co-nhecimentos ao programa – con-tribuição importante para quemnão está tão próximo de grandescentros, como avalia o cirurgião-dentista Márcio Pavoni, de Ere-chim, Rio Grande do Sul: “Com oPro-Odonto, a necessidade de des-locamento para cursos de aperfei-çoamento em centros maiores ébem pontual, pois o programa su-pre muitas necessidades”. Inscritono Pro-Odonto Estética e no se-gundo ciclo do Pro-Odonto Orto-dontia, Pavoni salienta que estanão é a única vantagem dos progra-mas. “Cada módulo traz de quatroa cinco diferentes temas, dentro decada especialidade. Esta multipli-cidade de abordagens não deixaque o aprendizado se torne maçan-te. Além disso, a chancela da ABO

4ª ADEALideranças femininas daOdontologia se reúnem emSalvador, de 5 a 8 de setembro

De 5 a 8 de setembro, a American Dental Education(ADEA) realiza sua 4º Conferência Internacional de Lideran-ças Femininas, em Salvador (BA). O objetivo do evento éreunir,em palestras e debates, professoras, pesquisadoras,

profissionais e gestoras, além deincentivar alianças globais e definirlideranças estratégicas entre mulhe-res para promover saúde bucal esaúde feminina em comunidades detodo o mundo.O evento acontecelogo após a realização do CongressoMundial da Federação DentáriaInternacional (FDI) em Salvador, de2 a 5 de setembro. A cirurgiã-dentista Claudia Tavares, coordena-

dora geral do FDI’2010, faz parte docomitê organizador deste encontro.Mais informações: www.abo.org.br e [email protected]

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Mais informações:[email protected]

(+51) 3025.2550

PLANOSAté 30/4, abertas asinscrições ao Prêmio Sinog

Estão abertas até 30 de abril as inscri-ções para a 9ª edição do Prêmio Sinogde Odontologia, destinado aos cirurgi-ões-dentistas e estudantes de Odontolo-gia. Na categoria cirurgiões-dentistas, otema é Cirurgiões-dentistas e PlanosOdontológicos: Fatores de Sucesso

Recíproco dessa Parceria em Prol da Melhoria da SaúdeBucal da População Brasileira. Na categoria estudantes deOdontologia, o tema é Atuação Multiprofissional: NovasPerspectivas para um Atendimento Odontológico Integrado eEficaz. Na modalidade cirurgiões-dentistas o prêmio é de R$13 mil, além de diploma e troféu. Para os estudantes, apremiação é de R$ 8 mil, além do diploma e troféu. Caso otrabalho vencedor tenha sido supervisionado por um professororientador, o docente receberá como homenagem umamenção honrosa e a participação na solenidade de premiação.A Faculdade de Odontologia cujo trabalho apresentado porseu estudante for o vencedor também receberá um troféu. Apremiação acontecerá dia 26 de maio, em São Paulo, duranteo jantar oficial de abertura da feira Hospitalar.Mais informações: www.sinog.com.br/premio e (+11) 3289-7299.

E D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã O

DEBATEEncontro científico da RegionalGovernador Valadares (MG)

A ABO Governador Valadares, Regional de Minas Gerais,realizou, de 8 a 10 de abril, o 1º Encontro Científico da ABO-GV e Univale, em parceria com a Universidade Vale do RioDoce. Com cerca de 330 participantes, entre cirurgiões-dentistas e acadêmicos, o encontro aconteceu juntamente à27ª Semana Acadêmica do Curso de Odontologia da Univale.A programação dos eventos contou com palestras e apresen-tação de casos clínicos, com destaque ainda para o debateOdontologia: Desafios e Perspectivas. O debate foi conduzidopor Osmir Luiz Oliveira, diretor da ABO/MG e vice-presidenteregional do Sudeste da ABO Nacional; Luiz Carlos TorresMartins, do Conselho Regional de Odontologia de MinasGerais; e Armando Lacerda Gobira, professor da Univale.

Martins (CRO-MG), Sérvulo Teixeira, presidente ABO-GV, Ana Angéli-ca Coelho, reitora da Univale, e Oliveira (ABO Nacional)

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 13B R A S I LB R A S I LB R A S I LB R A S I LB R A S I LB R A S I LB R A S I LB R A S I LB R A S I LB R A S I L

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14 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

edição 100 da RevistaABO Nacional (fev/mar2010) comemorou a gran-

O passado, o presentee o futuro da ABO

HISTÓRIA

través do trabalho desenvolvido em as-sessoria de imprensa, a ABO Nacionalvem firmando cada vez mais sua visibi-

Cresce a credibilidade e avisibilidade da ABO na mídia

Folha de S. Paulo

Globo News

Viagem com informação

A ABO também está na televisão e, em ape-nas uma matéria em que representante da entida-de participou de debate realizado no canal Glo-bo News sobre a situação atual da saúde bucal dobrasileiro, ao lado do coordenador de SaúdeBucal do Ministério da Saúde, Gilberto PuccaJr., com duração de 15 minutos, teria sido neces-sário pagar o equivalente a R$ 622.000,00 emespaço publicitário. Neste caso, por ser TV pagae o primeiro canal brasileiro de notícias 24 horasno ar, detém audiência de 22 mil a 33 milexpectadores, números que podem ser poten-cializados uma vez que seus programas podemser vistos via internet.

A boa penetração da entidade na mídia tam-bém pode ser medida pelo tamanho do públicoque alcançam as informações que divulga. Umbom exemplo foi a participação da ABO noconteúdo da TV Minuto e Next Mídia, canaisespeciais transmitidos nos trens do metrô de SãoPaulo e em rodoviárias de São Paulo e Rio deJaneiro, respectivamente. Na programação es-pecial do Dia Mundial da Saúde, comemoradoem 7 de abril, foram transmitidas várias dicas decuidados com a saúde bucal indicadas pelaABO, durante uma semana inteira, atingindo 16milhões de pessoas

A TV Minuto passa em 5.232 monitores colo-cados em 109 trens do metrô de São Paulo, por ondepassam cerca de 3 milhões de pessoas por dia. Já aNext Midia está presente em 75 televisores espa-lhados por quatro rodoviárias, inclusive nas mai-ores das capitais paulista e fluminense. No total,por esses terminais rodoviários, circulam cerca de212 mil pessoas diariamente. Ou seja, as informa-ções da ABO foram disponibilizadas, em umasemana, para um público de cerca de milhões depessoas.

Jornal Folha de S. PauloJornal de maior circulação no Brasil.Tiragem de 295 mil exemplares,auditados pelo IVCExemplo de matéria: Trauma dental,entrevista com fonte ABOData: 13 de março 2010Espaço: 182,5 cm por coluna(x R$ 774,00)Custo equivalente (se pago):R$ 141.225,00Ganho: como as demais divulgadaspela ABO, não é matéria paga,portanto o jornal endossa ainformação, o que dá credibilidadeaos dados e à fonte, com grandealcance em todo o País

Globo News1º canal brasileiro de notícias 24horas no arMatéria: situação da Saúde Bucal dobrasileiro – debate do qual participouPucca, fonte da ABO e outrosData: 9 de março de 2010Duração: 15 minutos ou 900segundos, medida de TV(x R$ 20.733,00)Custo equivalente (se pago):R$ 622.000,00Audiência: 22 mil a 33 mil pessoasGanho: informação séria levada aformadores de opinião classe A,potencializada por ser acessadatambém via internet

NextMídia75 monitores em 4 estaçõesrodoviárias paulistas e fluminensesMatéria: Dicas de saúde bucal dadaspor fonte da ABOData: 5 a 9 de abril, durante 5 dias dasemana em que se comemora o DiaMundial da Saúde (7 de Abril)Público: cerca de 1 milhão no períodode 5 diasCusto: média de R$ 20.800,00Ganho: a informação “viaja” com opúblico de todas as classes sociaispara vários destinos brasileiros

TV Minuto5.232 monitores em trens do Metrôde São PauloMatéria: Dicas de saúde bucal dadaspor fonte da ABOData: 5 a 9 de abril, durante 5 dias dasemana em que se comemora o DiaMundial da Saúde (7 de Abril), cercade 200 inserçõesPúblico: 3 milhões de pessoas pordia, com total de público de 15milhõesCusto equivalente: cerca deR$ 62.400,00Ganho: visibilidade da ABO para 15milhões de pessoas de todos osníveis, atingindo as várias classes dasociedade, durante 5 dias

sempre muito precisa e contínua,mas indicam transformações im-portantes e que ajudaram a cons-truir os pilares sustentam a ABOaté hoje. Assim, a partir da décadade 1940, começaram a ser realiza-dos congressos científicos nacio-nais, história que recebe destaquena reportagem, assim como a dasEscolas de Educação Continua-da e, mais para frente, a do JornalABO, a da própria Revista ABONacional e a do Selo de Qualida-de ABO.

Dando continuidade a estahistória de realizações, chega-se àABO Nacional hoje, a entidadeodontológica de maior alcance epenetração no Brasil, forte na re-presentação política dos cirurgi-ões-dentistas e também no ensinoe atualização científica. E, a partirdo seu passado e presente, a edi-ção histórica da Revista ABO Na-cional também apresenta o que éesperado e pretendido para o futu-ro da entidade.

Ade marca a que a publicaçãochegou com uma reportagem es-pecial sobre a história da ABONacional, enfocando também aposição da entidade hoje e seusplanos e perspectivas para o fu-turo.

A parte histórica da ediçãoparte de 1917, ano por volta doqual começou a se formar o em-brião do que é hoje a ABO Naci-onal, com a criação da FederaçãoOdontológica Brasileira (FOB),que depois se tornou UniãoOdontológica Brasileira, até quepassou a se chamar AssociaçãoBrasileira de Odontologia, nomejá usado e cedido pela que veiose tornar a Seção Rio de Janeiroda ABO.

Estas mudanças, entre outrosacontecimentos, colhidos de fon-tes diversas e esparsas, contam ahistória da entidade de forma nem

4 exemplos de divulgação x custos hipotéticos x ganhos

Edição número 1 da RevistaABO Nacional, de 1993

Edição número 100: históriada ABO comemora o marco

A UniABO – Escola deEducação Continuada daRede ABO está com inscri-ções abertas para seu Prêmiode Excelência em Odontolo-gia, que vai selecionartrabalhos clínicos e científicosrealizados pelos alunos dasescolas. As inscrições para aprimeira etapa devem serfeitas até 15 de junho, nasRegionais da ABO, e até 10de julho, nas Seções Estadu-ais. O prêmio é dividido nascategorias caso clínico epesquisa científica, e oprimeiro colocado em cadauma ganha R$ 3.000,00 e apublicação do seu trabalho naRevista ABO Nacional. Aseleção dos ganhadoresacontecerá nas etapasestadual e regional. A terceiraetapa, a nacional, teminscrições até 15 de julho evai selecionar os vencedoresentre oito trabalhos finalistasde cada categoria. A seleçãofinal será realizada durante oCongresso da FederaçãoDentária Internacional (FDI),que acontece em Salvador(BA), de 2 a 5 de setembro.Mais informações na UniABOda sua Seção Estadual ouRegional da ABO.

Inscriçõespara PrêmioUniABO até15 de junho

Autoridades e empresas dosetor odontológico se reuni-ram, no último dia 25 defevereiro, em São Paulo (SP),para o lançamento comercialdo Congresso Internacional deOdontologia da ABO/SP(Cinosp). O evento acontecenos dias 4, 5 e 6 de setembrode 2011, no Palácio dasConvenções do Anhembi.O secretário-geral da ABONacional, Marco Aurélio BlazVasques, participou dolançamento e comemorou avolta do congresso da ABO/SP. “Trata-se de um evento deextrema importância nocalendário odontológiconacional, que atrai a participa-ção da indústria e da comuni-dade acadêmica”, disse. Otema do evento é EvidênciasCientíficas Aplicadas na PráticaOdontológica; os coordenado-res científicos são JoséSilvestre, Yvonne Buischi,Fábio Bibancos, EurípedesVedovato, Hugo Nary, MarioSergio Limberte, IsraelChilvarquer, Jurgen Jacobsen,Mario Goes, José Alves de O.Pereira e Gilberto Cortese.Mais informações, telefone(+11) 2950.3332.

ABO/SP lançaCinosp 2011

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Limberte, Vasques e Silvestre

V I T R I N EV I T R I N EV I T R I N EV I T R I N EV I T R I N EV I T R I N EV I T R I N EV I T R I N EV I T R I N EV I T R I N E

Alidade e, acima disso, credibilidade diante dosveículos de imprensa e do público em geral.Isso porque este espaço é conquistado na mídiapela confiança depositada na entidade comofonte em Odontologia, diferentemente de umespaço publicitário, por exemplo, obtido me-diante pagamento.

A ABO e seus consultores científicos, in-clusive, são muito procurados por jornalistasquando querem checar alguma informação queestá sendo divulgada por outras fontes, paraverificar se está correta, ou para consultar umasegunda opinião sobre o tema. Veja exemplos:

Assim, além de transmitir grande credi-bilidade, a visibilidade conquistada pelaABO na imprensa – relatórios recentes dosresultados comprovados indicam que a im-prensa publica notícia da ABO em 25 dos 30dias do mês - quando equiparada ao mesmoespaço na publicidade, mostra-se tambémmuito valiosa financeiramente. Para citar umexemplo: em cálculo comum feito no traba-lho de assessoria de imprensa, se o mesmoespaço de uma matéria publicada no jornalFolha de S. Paulo sobre trauma dental, em quea ABO foi ouvida, fosse ocupado por umanúncio, ele valeria R$ 141.225,00. Só nostrês primeiros meses deste ano forampublicadas outras quatro reportagens nestemesmo jornal citando a entidade. É tambémimportante destacar que a Folha de S. Pauloé o jornal de maior circulação do Brasil,auditado pelo IVC em 295 mil exemplaresdiários. A mesma comparação feita com umamatéria publicada sobre tratamento restaura-dor atraumático no jornal Diário de S. Paulochegaria ao valor de R$ 35 mil.

Page 15: Jornal ABO - Edição 124 - Março/ Abbril de 2010

JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 15

Especialização em PeriodontiaDuração: 24 mesesCorpo docente:José Roberto C. Papaleo(coordenador)Marco Aurélio RechIvan Borges JúniorRubens Rodrigues FilhoDelmo Tavares

Especialização em OrtodontiaDuração: 24 mesesCorpo docente:Murilo Rosa (coordenador)Afonso Eugênio WunderlichJúniorAlda Maria Ferro KalafatásCláudia UlbrichtGuido Ritter BonmannPaulo Sérgio Galletta

Especialização em EndodontiaDuração: 24 mesesCorpo docente:Cesar Augusto Pereira Oliveira(coordenador)Bráulio Pasternak JúniorOswaldo Loureiro de Mello NetoGuy Martins Pereira

Especialização emImplantodontiaDuração: 24 mesesCorpo docente:André Luiz Irschlinger(coordenador)Sérgio AbrahamLuiz Henrique ZaniolMurilo Ferreira LimaAdemir FantucciJosé Carlos M. da RosaDelmo TavaresRubens Rodrigues FilhoLuiz Felipe BaierCesar Arruda

ABO/MTMais de mil CDs em cursos

ais de mil cirurgiões-den-tistas já passaram pelas sa-

quadrinho

ABO/SCComeço internacional

o dia 13 de maio de 1974 foicriada a EAP da ABO/SC,

cente é altamente qualificado, sen-do composto, em sua maioria, pormestres e doutores, e sua grade decursos contempla as diversas espe-cialidades da Odontologia.

A ABO/SC disponibilizou asseguintes informações sobre seuspróximos cursos:

ABO/PBPioneirismo no NE

ABO/PB inaugurou sua Es-cola de Aperfeiçoamento

Especialização em Endodontia, 7ª turmaÁlvaro H.Borges, doutor, mestre e especialista em EndodontiaDurvalino de Oliveira, mestre e especialista em EndodontiaRosane G. Ribeiro, mestre e especialista em EndodontiaFábio Luis Miranda Pedro, doutor, mestre e especialista emEndodontiaNúmero de vagas: 12Periodicidade: módulos mensaisDuração: 20 meses

Especialização em Prótese Dentária, 7ª turmaAdemir Galati, doutor em Prótese Bucomaxilofacial e espe-cialista em Prótese DentáriaAna Carla Rupp L. Zortea, especialista em Prótese DentáriaJander Ruela, especialista em Prótese Dentária e especi-alizando em ImplantodontiaLuciano Castelo Moraes, especialista em Implantodontia,Prótese Dentária e Periodontia, especializando em CTBMFRogério Adib Kairalla, doutor, mestre e especialista emPrótese DentáriaNúmero de vagas: 12Periodicidade: módulos mensaisDuração: 24 meses

Especialização em Odontologia Legal, 2ª turmaCelso Aparecido S. da Silva, mestre em Odontologia LegalCélio Spadacio, mestre e doutorando em Odontologia LegalGerson Santiago M. Velos, mestre em Odontologia LegalMoacyr da Silva, doutor em Odontologia LegalEduardo Daruge, doutor em Odontologia LegalRodolfo Francisco Melani, doutor em Odontologia LegalLuiz Francischini Júnior, doutor em Odontologia LegalRogério N. de Oliveira, doutor em Odontologia LegalNúmero de vagas: 12Periodicidade: módulos mensaisDuração: 18 meses

Especialização em Dentística, 6ª turmaOscar Barreiros de Carvalho Júnior, doutor, mestre e es-pecialista em DentísticaCássia Thereza Monteiro Godoy, especialista em DentísticaPaulo Afonso S. Francisconi, doutor, mestre e especialistaem DentísticaNúmero de vagas: 12Periodicidade: módulos mensaisDuração: 24 meses

Especialização em Implantodontia, 5ª turmaAdemir Galati, doutor em Prótese Bucomaxilofacial e espe-cialista em Prótese DentáriaErnane Lacerda de Oliveira, especialista e mestrando emImplantodontiaJoão Alfredo Silva, especialista em Implantodontia e emPrótese DentáriaJosé Albino Pereira da Silva, especialista em Implantodontia,Periodontia e CTBMFJosé Sebastião Lemos Freire, especialista em Periodontia,

ração com o poder público namelhoria do ensino odontológico,promoção de congressos, jornadase outras atividades científicas e

apoio a iniciativas afins.A ABO/MT disponibilizou as

seguintes informações sobre seuspróximos cursos:

U N I A B OU N I A B OU N I A B OU N I A B OU N I A B O U N I A B O U N I A B O U N I A B O U N I A B O U N I A B O

de Radiologia, com um aparelhopanorâmico e dois aparelhos radio-gráficos periapicais; uma sala paradiagnóstico e uma câmara escuratipo quarto; dois laboratórios deprótese; quatro salas de aula comcapacidade para até 30 pessoas; umauditório com capacidade para 180pessoas; biblioteca; sala de reuniãopara professores; mini-copa e ou-tros ambientes, como salas destina-das às diretorias da ABO e daUniABO – todos climatizados.

Ao longo de seus 14 anos defuncionamento, a escola da ABO/PBpromoveu vários cursos de especiali-zação, aperfeiçoamento e apro-

mestrando em ImplantodontiaLuciano Castelo Moraes, especialista em Implantodontia,Prótese Dentária e Periodontia, especializando em CTBMFMaurício Marcelo Harlos, especialista em Implantodontia eem Prótese DentáriaRogério Adib Kairalla, doutor, mestre e especialista emPrótese DentáriaNúmero de vagas: 12 vagasPeriodicidade: módulos mensaisDuração: 30 meses

Especialização em Odontopediatria, 7ª turmaGisele Pedroso Moi, mestre em Odontopediatria e douto-randa em CariologiaCarla Bertaia, especialista em Odontopediatria e em Orto-pedia Funcional dos MaxilaresEliane Silveira Leite, especialista em Odontopediatria eOrtodontia e Ortopedia FacialFernando B. de Araújo, mestre e doutor em OdontopediatriaPatrícia Xavier, especialista em Odontopediatria e Ortope-dia Funcional dos MaxilaresRossimary Coelho Freitas Santos, especialista em Odonto-pediatria e em Didática do Ensino Superior, especializandoem OrtodontiaNúmero de vagas: 12Periodicidade: módulos mensaisDuração: 24 meses

Especialização em Ortodontia, 5ª turmaGervásio Yoshio, mestre em Ortodontia, especialista emOrtopedia Funcional dos MaxilaresCarlos Antunes, especialista em Ortodontia e em Didáticado Ensino SuperiorCarlos Furlan, especialista em Ortodontia e em OrtopediaFuncional dos MaxilaresGisele Dileta Stechow, especialista em Ortodontia e emDidática do Ensino SuperiorMasato Nobuyasu, mestre e especialista em OrtodontiaRosário Casalenuovo Júnior, especialista em Ortodontia,Ortopedia Funcional dos Maxilares e Disfunção Temporo-maxilar e Dor OrofacialTarcisio J. Gebert, especialista em Ortodontia e em Orto-pedia Funcional dos MaxilaresNúmero de vagas: 12Periodicidade: módulos mensaisDuração: 36 meses

Especialização em Periodontia, 6ª turmaAlex Semenoff Segundo, doutor, mestre e especialista emPeriodontiaAlessandra N. Porto, doutora, mestre e especialista emPeriodontia, com especialização também em Ortodontia eem RadiologiaDenise L. Pedrini, especialista em Periodontita e em PróteseNúmero de vagas: 12Periodicidade: módulos mensaisDuração: 18 meses

UniABO MT:mais de100 cursosoferecidos

SC - 36 consultórios na UniABO: 19 cursos

Mlas de aula da UniABO no MatoGrosso, participando de pelo me-nos um dos 36 cursos de especiali-zação e 70 de aperfeiçoamento járealizados pela ABO/MT.

Através da UniABO, a Seçãomato-grossense tem promovido aformação de especialistas e o aper-feiçoamento profissional em cur-sos de excelência, numa estruturafísica adequada para o desenvolvi-mento de suas atividades, além deiniciativas de assistência odonto-lógica à comunidade da região. Otrabalho também envolve coope-

Nquando foi celebrado convêniocom a Universidade Federal deSanta Catarina (UFSC), onde oscursos da escola eram ministrados.O primeiro deles, de atualização,aconteceu nos dias 24 e 25 de ju-nho daquele ano – Atualização noEmprego Clínico de MateriaisDentários, ministrado pelo prof.Gunar Ryge, da University of thePacific School of Dentisty, em SãoFrancisco, Califórnia (EUA).

No ano seguinte, aconteceu aaula inaugural do Curso de Espe-cialização em Prótese DentáriaReabilitação Oral, ministradotambém em convênio com aUFSC. Tratava-se do primeirocurso em Santa Catarina ofereci-do por entidade de classe aten-dendo às normas estabelecidaspelo Conselho Federal de Odon-tologia (CFO). Em 1994, a EAPsaiu das dependências da UFSC epassou para instalações próprias,com apenas uma clínica e 12 con-sultórios. Em 2002, devido à gran-de demanda por cursos, a escolafoi transferida para o prédio atu-al, que possui área de 1.200 m²,com três clínicas, 36 consultóri-os dentários, um centro cirúrgicocom três consultórios, dois labo-ratórios, sala de revelação, esteri-lização, raios X, quatro salas deaula, auditório e biblioteca.

Em 2008, já sob a presidênciade Nádia Maria Fava e tendo comodiretor Élito Araújo, a escola so-freu reformas significativas em suaestrutura física. Passou por proces-so de revitalização da comissãopedagógica e de biossegurança,estruturando-se de acordo com asnormas exigidas. Atualmente, aUniABO em Santa Catarina contacom cerca de 50 professores e 300alunos, oferecendo 19 cursos deatualização, aperfeiçoamento e es-pecialização, registrados e apro-vados pelo Conselho Federal deOdontologia (CFO). O corpo do-

AAProfissional (EAP) no dia 21 deabril de 1996, sendo uma daspioneiras na região Nordeste,oferecendo cursos em Radiolo-gia Odontológica, Ortodontia,Prótese Dentária, Periodontia eOdontopediatria.

Em 2004, a escola ganhousede própria: um prédio de quasemil m², com duas clínicas, cadauma com 12 consultórios; setor

fundamento, além de cursos rápidosaos fins de semana, nas mais diversasespecialidades da Odontologia, en-globando aproximadamente 350 es-

pecialistas em suas atividades.As informações acima sobre os

próximos cursos foram disponi-bilizadas ao JABO pela ABO/PB.

ESPECIALIDADE COORDENADORES

Dentística Robinson Viegas MontenegroEndodontia Fábio D’AssunçãoImplante Francisco FranceschiniOdontologia do Trabalho Sérgio d’ÁvilaOdontopediatria Margarida PontesOrtodontia Irene Ueti LombardiPatologia Oral Pollianna MunizPeriodontia Ezynar CayannaPrótese Dentária Harrinson A. DantasRadiologia eImaginologia Odontológica Patrícia Meira

PB: 24 consultórios instalados

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16 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

ia 26 de fevereiro, a Con-venção Quadro para o Con-trole do Tabaco (CQCT),

TABACO: 5 ANOS DA CONVENÇÃOQUADRO. E MUITO AINDA A ALCANÇAR

TABACO X MEIO AMBIENTE

Poluição domiciliarFumar em ambientes fechados leva o nível

de partículas suspensas no ar além do limiteaceitável (60 mcg/cm³). Em uma festa,pode atingir 200 mcg/cm³; em bares e

restaurantes, 400 mcg/cm³

Onde há fumaça, há fogoCerca de 20% dos incêndios são provocados

por pontas de cigarros jogadas nas matas

Desmatamento e agrotóxicosMatas são desmatadas para o plantio do fumo

e produção de lenha para abastecer os fornos quesecam as folhas de tabaco. No cultivo do fumo sãoempregados potentes agrotóxicos, que contaminam

o solo, os animais e o próprio agricultor

TABACO X MEIO AMBIENTEambientes fechados, públicos e pri-vados, em todo o País. Neste mês demarço, foi dado mais um passonesse sentido, com a aprovação doprojeto na Comissão de Constitui-ção e Justiça (CCJ) do Senado Fe-deral, seguindo agora o documen-to para o exame da Comissão deAssuntos Sociais (CAS), antes de irpara a Câmara dos Deputados.

PLs se arrastam desde 1996Em 2009, o principal impulso

que a implementação da CQCTganhou foi a adoção de ambientesfechados 100% livres de fumo emvários Estados e municípios brasi-leiros, inspirados principalmentepela lei antifumo do Estado de SãoPaulo, conforme artigo 8 da CQCT.Este artigo afirma que a única pro-teção efetiva à saúde da populaçãoé a não exposição à fumaça ambi-ental do tabaco.

No entanto, a lei federal 9294/96, que proíbe o fumo em ambien-tes fechados, mas cria exceção paraos fumódromos, está defasada pe-rante à CQCT. O projeto de leifederal, no. 315/08, de autoria dosenador Tião Viana, que modificaesta legislação, garantindo queambientes fechados sejam total-mente livres de fumo, recebeu pa-recer favorável da relatora, a sena-

dora Marina Silva. Mas outro pro-jeto de lei, o PL316/08, do sena-dor Romero Jucá, propõe a possi-bilidade de manutenção de áreaspara fumantes, que são compro-vadamente ineficazes em locaisfechados.

Mônica Andreis, vice-diretorada ACT questiona “porque o sena-dor Romero Jucá insiste em apre-sentar um projeto de lei contrárioao que se recomenda hoje mundi-almente em termos de saúde públi-ca? O próprio estado que represen-ta, Roraima, já discutiu e aprovoulegislação de ambientes livres dotabaco”. A expectativa é que a leiseja votada em breve.

No final de março, organiza-ções internacionais de saúde pú-blica enviaram uma carta ao Sena-do, pedindo a aprovação do PL315/08. As organizações aprovei-taram para alertar sobre os esforçosfeitos pela indústria do tabaco, emtodo o mundo, para evitar ou enfra-quecer leis de controle do tabagis-mo e parece que funcionou e teveum avanço: o PL 315 foi finalmen-te votado e aprovado na Comissãode Constituição e Justiça (CCJ) doSenado Federal, em 10 de março, esegue agora para aprovação naComissão de Assuntos Sociais(CAS), antes de ir para a Câmarados Deputados.

População apoiaNa ausência de uma lei federal

eficaz, leis que criam ambientesfechados 100% livres do fumo têmsido aprovadas nos últimos 12meses em diversos estados, capi-tais e municípios brasileiros.

Os ambientes livres de fumaçasão desejados pela população. Pes-quisa ACT/Datafolha, de 2008,constatou que 88% dos brasileirosapóiam a proibição do fumo emlocais fechados. É interessanteobservar que até os fumantes sãocontrários a que se fume em ambi-entes fechados (cerca de 80%).

Uma outra pesquisa da ACT/Datafolha, feita entre julho e agos-to de 2009, no período de entradaem vigor da lei antifumo de SãoPaulo, mostrou que o conhecimen-to dos paulistas era quase total arespeito da lei: 99%. Para mais de90% dos entrevistados – fumantese não fumantes – a lei antifumo:● Traz benefícios à própria saúdee da sua família● A proibição de fumar em ambien-tes fechados é justa, em função dosbenefícios que vai trazer● Permitirá às pessoas reclamarseus direitos de respirar ar puro

31 de Maio, Dia Mundial contra o Tabaco: OMS elegeu otema Tabaco e Gênero. Lançamento em Brasília da publicação

“As mulheres e o tabagismo – uma nova questão na agendafeminista”

*Relatório sobre a implementação daCQCT no Brasil em 2009 e as reco-mendações no site da ACT, disponí-vel em: http://actbr.org.br/uploads/conteudo/366_relator io_som-bra_2009 final.pdf

*Carta na íntegra entregue emBrasília, no site da ACT, em http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/382_Brazil_Letter_Portuguese_final.pdf

* Informações da OMS:http://www.who.int/mediacentre/news/notes/2010/fctc_20100226/en/index.html

*Site da Convenção-Quadro: www.fctc.org

*Site da ACT: www.actbr.org.br

*Decreto em que o Brasil ratifica aCQCT: www2.mre.gov.br/dai/m_5658_2006.htm

Saiba mais

A OMS elegeu o tema Tabaco e Gênero para comemorar o DiaMundial sem Tabaco deste ano. Para a data, a Aliança de Controledo Tabaco (ACT) está programando o lançamento de pesquisarealizada com organizações de mulheres no Brasil, intitulada “Asmulheres e o tabagismo – uma nova questão na agenda feminista”.Desenvolvido pela Rede Feminista de Saúde no ano de 2009,em parceria com a entidade Coletivo Feminino Plural e com oapoio da ACT, o estudo teve também o apoio técnico do NúcleoInterdisciplinar de Estudos Sobre a Mulher e Gênero da Universi-dade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Deve ser relança-da na mesma ocasião, publicação da ACT sobre o impacto dotabagismo na saúde feminina, de autoria da ginecologista Edinade Araujo Veiga. Dia 7 de maio a ACT comemora um ano daassinatura da lei antifumo em São Paulo.

No Dia 31 de Maio, ACT lança “As Mulheres e o Tabagismo”

Em carta enviada às autoridades, a ACT e demais entidadespedem urgência na tramitação e votação do Projeto de Lei 315/08, que cria ambientes 100% livres de fumo em todo o País, eaproveita a data do Dia Mundial da Saúde para fazer uma sériede recomendações ao governo brasileiro, de acordo com osartigos da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco(CQCT). Uma das principais medidas para proteger a populaçãoda exposição à fumaça do tabaco é a adoção de ambientesfechados livres de fumaça.Outras medidas importantes, entretanto, ainda precisam ser imple-mentadas no Brasil, a exemplo do aumento de preços e impostos(artigo 6 da CQCT), combate ao mercado ilegal (artigo 15), proibiçãode publicidade, promoção e patrocínio (artigo 13) e interferência daindústria do tabaco nas políticas de saúde pública (artigo 5.3).Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), éfundamental que os países que ratificaram a CQCT, como oBrasil, tenham realmente um comprometimento com estasmedidas e protocolos. Há que fiscalizar sua implementação ecumprimento, promover os avanços necessários, reverter ospontos negativos e, cada vez mais, estar atento à interferênciada indústria do tabaco, cumprindo com o artigo 5.3.Veja a íntegra da carta em http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/382_Brazil_Letter_Portuguese_final.pdf

Dtratado internacional da Organi-zação Mundial da Saúde (OMS),que tem a adesão do Brasil, com-pletou 5 anos de implantação in-ternacional. A data foi comemora-da em Genebra, sede mundial daOMS. No entanto, no Brasil, ape-sar de alguns avanços, ainda hápouco a comemorar devido à len-tidão da tramitação dos projetosde lei e da interferência da indús-tria do tabaco contra as medidaspreconizadas para reduzir o que éconsiderado uma epidemia em pro-porções mundiais.

A CQCT estipula uma série demedidas que devem ser adotadaspelos países signatários do acor-do, aí incluídos temas como propa-ganda, publicidade e patrocínio,advertências, marketing, tabagis-mo passivo, tratamento de fuman-tes, combate ao comércio ilegal eimpostos, entre outros.

Como parte de sua preocupa-ção com o meio ambiente e asaúde da população brasileira, aAssociação Brasileira de Odon-tologia (ABO), que já aderiu àcampanha de ambientes 100%livres de tabaco em suas 321 cé-lulas, deu mais um passo nessesentido ao firmar, em janeiro úl-timo, acordo para dar apoio àsações da Aliança de Controle doTabagismo (ACT), e levar infor-mação e conscientização sobre aquestão ao contingente de cirur-giões-dentistas brasileiros. Es-tes, como profissionais de saúde,têm papel preponderante no con-trole da pandemia, face ao traba-lho de prevenção que estão habi-litados a executar, e ao diagnós-tico precoce de lesões bucais.Como é sabido, o tabaco é um dosmaiores fatores de risco de doen-ças, como o câncer em geral e,especificamente, câncer bucal.

Por sua vez, a ACT e outrasentidades de saúde reivindicam avotação urgente do Projeto de Lei315/08, que proíbe o fumo em

Para a ACT, permitir fumódro-mos, como previsto na atual lei fede-ral 9294/96, é ir na contramão dahistória, do consenso científico e docompromisso assumido internacio-nalmente pelo Brasil com a Conven-ção Quadro para o Controle do Taba-co (CQCT). Não existe qualquerdúvida na comunidade médica ecientífica de que a exposição à fuma-ça do tabaco, tóxica e cancerígena,faz mal à saúde de fumantes e nãofumantes, e que não há nível segurode exposição a ela. Além disso, estácomprovado que não existe sistemade ventilação eficaz que elimine eisole todas as toxinas existentes nafumaça do tabaco.

Recomendações da ACT

Uma vitória: PL por ambientes 100% em todo oBrasil livres de tabaco finalmente é aprovado no CCJ

e segue para a CAS no Senado Federal

12 de maio: previsto o lançamento da FrenteParlamentar de Controle do

Tabaco na Câmara dos Deputados

ESPECIALO CD, prevenção e diagnós-tico de doenças do tabaco.Veja mais na pág. 17

16 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010E S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A L

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 17

em se falado muito de tabacoe, especialmente, maneiras decontrolá-lo, evitá-lo e restrin-

de Campinas (Unicamp), institui-ção em que é professor adjunto, epós-doutor pela Eastman DentalInstitute University College Lon-don, um dos mais importantes –mas com certeza não o único –efeitos do tabaco para o sistemaestomatognático é o carcinomaespino-celular, tumor que afeta amucosa bucal e também pode ocor-rer por onde mais a fumaça passar,como orofaringe, nasofaringe epulmão.

“Manchas brancas não raspá-veis, as leucoplasias, e manchasvermelhas, as eritroplasias, tam-bém estão associadas ao tabagis-mo e podem se malignizar com opassar do tempo”, diz Jorge. Aslesões iniciais do câncer bucal tam-bém se caracterizam por feridasque não cicatrizam e não têm causaaparente, enquanto as avançadassão reconhecidas pela presença degrandes ulcerações, áreas de ne-crose, odor fétido, nódulos endu-recidos na região cervical e perdada mobilidade da língua.

O paciente também pode mani-festar rouquidão e dificuldade defalar e de deglutir alimentos, alémde mobilidade e perdas dentáriasem caso de lesões que envolvam o

O TABACO E O PAPEL DO CD

Tgi-lo. A situação é resultado dogrande volume de informação ci-entífica e estatística sobre o tema.Já se sabe, por exemplo, que subs-tâncias tóxicas do produto atin-gem praticamente todos os órgãose que fumantes passivos têm risco30% maior de desenvolver câncerde pulmão que os não expostos àfumaça. Na saúde bucal, os efeitostambém são expressivos, sendo otabagismo um dos principais fato-res de risco para o câncer bucal epara lesões que podem se mali-gnizar, além de causar danos paraa gengiva e tecidos de suporte,manchas nos dentes e na mucosa,piora na cicatrização e até xeros-tomia. Estes males são causadostambém pelo tabaco sem fumaça,que pode ser aspirado, mascado ouaplicado sobre a mucosa, e queparece ser uma saída para a indús-tria tabagista driblar as restriçõesao seu produto. Neste contexto, ocirurgião-dentista pode desempe-nhar importante papel de profissi-onal de saúde e promover, no dia adia do consultório, informações,orientações e conselhos para ospacientes pararem de fumar, ouainda melhor, para que nunca co-mecem o vício.

Efeitos colateraisOs cirurgiões-dentistas devem

conhecer e estar atentos aos diver-sos danos que o tabaco pode causarna boca, e, principalmente alertarseus pacientes tabagistas sobre eles.Segundo o cirurgião-dentista JacksJorge Júnior, doutor em PatologiaBucal pela Universidade Estadual

Em nível odontológico, não há como evitartodos estes efeitos do tabagismo, apenastratá-los, na medida do possível. “No caso daslesões malignas já instaladas e das maligni-záveis, o cirurgião-dentista tem papel funda-mental ao contribuir para o diagnóstico preco-ce delas, para que sejam tratadas rapidamentee de acordo com o grau de alteração celular etecidual, aumentando as chances de cura dopaciente com menos sequelas e melhorqualidade de vida”, explica Jorge.Se o CD não tiver treinamento em diagnósti-co bucal, ou preferir não executar estesprocedimentos, o especialista indica que eleencaminhe o paciente com sintomas suspei-tos a algum serviço de saúde que conte comestomatologista. O paciente confirmado comcâncer bucal também deve receber tratamen-to odontológico diferenciado e completo, paraque não sofra com os efeitos indesejados dotratamento do câncer.Em relação aos problemas gengivais e perio-

dontais, o paciente tabagista deve receber omesmo tratamento que os demais, porém aresposta a ele nem sempre é tão positiva. Aspigmentações podem ser polidas ou passarpor outro tratamento estético, como o cla-reamento, alertando o paciente de que elasdeverão voltar se ele continuar a fumar. Comrelação à xerostomia ocasionada pelo fumo, oespecialista da Unicamp esclarece que não háformas adequadas e sem efeitos colaterais deaumentar a salivação.

Ações odontológicas

● 1 cigarro tem de 0,6 a 1,1 mg de nicotina ácida● Quem fuma 20 cigarros por dia recebemais de 70 mil doses de nicotina por ano● As substâncias chegam ao cérebro emmenos de 10 segundos● Os efeitos duram apenas 1 hora. Depois,o organismo pede que o ciclo recomece

Fugaz e fatal

Tabaco age da cabeça aos pés

O tabaco foi responsável por 1bilhão de mortes em todo o mundono século passado. Tal feito foipossível porque as mais de quatromil substâncias tóxicas do produ-to atuam em praticamente todos osórgãos do corpo, sendo o gatilhode inúmeras e graves doenças. Otabaco faz com que o cérebro liberesubstâncias neurotransmissorasque dão sensação de bem-estar aoorganismo. Entre elas:

rebordo alveolar. “Recentementetem havido o aparecimento de le-sões de câncer em pessoas jovens eem pessoas fora do perfil clássico derisco, o que aumenta a responsabi-lidade dos profissionais de saúde,em particular do cirurgião-dentis-ta, no sentido de examinar adequa-damente seus pacientes”, alerta oespecialista da Unicamp.

Mas mesmo sem chegar à gravi-dade do câncer bucal, o uso dotabaco causa outros sérios proble-mas para a saúde, o bem-estar e aestética relacionados à boca: afetaa gengiva e os tecidos de suportedental, piorando os quadros de do-ença periodontal; impregna dentese restaurações estéticas com tons demarrom e negro; a mucosa tambémpode apresentar manchas marronsassociadas à precipitação demelanina; e o lábio apresenta maisrugas. Jacks Jorge também alertaque o fumante pode não ter cicatri-zação pós-cirurgia adequada e mai-or prevalência de xerostomia, alémde menor capacidade gustativa eolfativa, sentindo menos os alimen-tos, bebidas e perfumes.

Leucoplasia em ventre de língua,em estágio intermediário

Carcinoma do lábio, emestágio inicial

Carcinoma de língua, pequeno, emestágio precoce

A grande armadilha do cigarroé o prazer. Isso porque o cérebro dequem fuma tem mais receptores denicotina que dependem de suassubstâncias para funcionar adequa-damente. Estimulados por elas,esses receptores liberam substân-cias neurotransmissoras que dãosensação de bem-estar ao organis-mo, como a serotonina e a dopa-mina, que diminuem o apetite, es-tabilizam o humor e aliviam osefeitos da abstinência; a nore-pinefrina e a acetilcolina, que dãosensação de alerta ao cérebro; avasopressina e o glutamato, quemelhoram a memória; e a betaen-dorfina, que reduz a ansiedade.Assim, o dependente de nicotinaacredita que o hábito de fumar édesestressante e companheiro.

Foi graças a esse mecanismoque o cigarro conquistou um dospúblicos mais fiéis da indústria:estima-se que 60% dos que fumampor mais de seis semanas continu-am fumando por mais de 30 anos.

Feito o prejuízo no cérebro, aschances de ele se estender a outrosórgãos é enorme. Muitas das maisde quatro mil substâncias tóxicasàs quais os fumantes são expostossão cancerígenas, o que faz do ta-bagismo o maior fator de risco evi-tável de câncer, dos mais variá-veis: de pulmão, laringe, pâncreas,fígado, bexiga, rim, leucemiamieloide e, associado ao consumode álcool, câncer de cavidade orale esôfago. “Fumar de um a novecigarros por dia é o suficiente paraaumentar em seis vezes as chancesde um câncer se desenvolver”, aler-ta o pneumologista RicardoMeirelles.

O câncer de pulmão é o maisfortemente associado ao tabagis-mo. Os casos de morte pela doençaentre fumantes são 15 vezes maisfrequentes do que entre pessoasque nunca fumaram. Ex-fumantestambém padecem mais da doença– suas chances são quadriplicadas.E os efeitos são cumulativos: quemfuma de um a 14 cigarros por diatem risco oito vezes maior de de-senvolver câncer de pulmão; de 15a 24, 14 vezes mais; acima de 25,24 vezes. Assim, deixar de fumar oquanto antes pode fazer diferença– a cessação aumenta a sobrevidamédia em nove anos.

Segundo o Inca, 90% dos casosde câncer no pulmão são causadospelo tabagismo. O hábito aindaresponde a 30% das mortes decor-rentes de outros tipos de câncer,25% das mortes por doença co-ronariana – angina e infarto domiocárdio; 85% das causadas porbronquite e enfisema; e 25% dasdoenças vasculares (entre elas,derrame cerebral). Também há in-dícios científicos que relacionamo tabagismo ao aumento do riscode mortes prematuras, catarata,osteoporose e, portanto, fraturas.

Patologista Jacks Jorge Júnior

Pneumologista Ricardo Meirelles

Fumantes passivos

O não fumante exposto à fu-maça do tabaco tem:

30% mais chances de de-senvolver câncer de pulmão

24% mais chances de de-senvolver doenças cardio-vasculares

Maior frequência de infecçõese outros problemas respirató-rios

Menor progresso da funçãopulmonar

O tamanho doproblema

Brasil tem quase 25 milhõesde fumantes

Mais de 17% da populaçãocom 15 anos ou mais fuma

Em 2008, incidência dotabagismo era maiorentre os homens

Dados do IBGE divulgados em 31de março de 2010 referentes aoPnad 2008

Um dos efeitos do tabaco no sistemaestomatognático é carcinoma espino-celular

Tumor afeta a mucosa bucal e por onde passar afumaça, como orofaringe, nasofaringe e pulmão

Mais de 4 mil substâncias tóxicas do tabacoatingem o organismo como um todo

● Norepinefrina e acetilco-lina, que dão sensação dealerta ao cérebro● Serotonina e dopamina,que diminuem o apetite eestabilizam o humor● Vasopressina e o gluta-mato, que melhoram a me-mória● Betaendorfina, que re-duz a ansiedade

JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 17E S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LE S P E C I A LIm

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18 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010

ntre as metas da nova gestãoda ABO Nacional está o for-talecimento da atuação soci-

ATUAÇÃO

Responsabilidade socioambiental:fortalecendo marcas da ABO

com a Aliança de Controle do Ta-bagismo (ACT). A união foi firma-da em encontro do presidente e dosecretário-geral da ABO Nacional,Newton Miranda de Carvalho eMarco Aurélio Blaz Vasques, res-pectivamente, com a vice-diretorae a advogada da Aliança de Con-trole do Tabagismo (ACT), Môni-ca Andreis e Adriana Pereira deCarvalho. Um dos objetivos é ori-entar e conscientizar a população,em especial os cirurgiões-dentis-tas, sobre os malefícios do tabacopara a saúde bucal e geral. ParaDaiz, a conscientização será o ca-minho para o fortalecimento detodas as outras ações de responsa-bilidade socioambiental da ABO.“A mudança de paradigmas e de

postura frente à profissão, a lutapara abrangência da Odontologiaem todos os serviços da saúde pú-blica e privada, a mudança depostura do cirurgião-dentista quan-to à sua importância na sociedadevão definitivamente nos dar direi-to pleno nas ações sociais, políti-cas e ambientais que precisamospleitear, e nada melhor do que umaassociação de classe comprometi-da com a Odontologia e com osprofissionais.”

Parcerias pelo meio ambienteOutra importante parceria que

está sendo desenvolvida para oalcance destes objetivos é com aorganização não-governamentalTurma do Bem, que desenvolve

de porte que possuem recursos fi-nanceiros para investir em proje-tos socioambientais. O profissio-nal da área da saúde é de extremaimportância nesse processo, queinfluencia diretamente na quali-dade de vida e na saúde”. A padro-nização das ações socioambientaisda ABO prevê a distribuição demanuais e materiais de campanhaentre as Seções e Regionais daentidade, que serão utilizados emâmbito nacional.

Do local para o globalA interação com as células da

ABO é uma via de mão dupla. As-sim, iniciativas das Seções e Regi-onais da entidade estão sendo for-talecidas e ampliadas, ganhandoabrangência nacional e novas im-plicações. Foi assim com o seloABO Amiga do Peito, idealizadopela ABO/TO e apresentado pelaDiretoria da ABO Nacional em suaposse solene, no último dia 5 defevereiro, em Belo Horizonte (MG).A ideia inicial, de apoiar o Bancode Leite Humano em Tocantins,foi abraçada pela entidade nacio-nalmente, que estuda ações deconscientização da população paraa importância da amamentação nodesenvolvimento orofacial da cri-ança e na sua saúde integral.

Através do Departamento deResponsabilidade Social e Ambi-ental, esta e outras ações da ABOpassarão a impactar , sensibilizar emotivar a sociedade, destacando aOdontologia no cenário nacionalcomo uma das profissões mais im-portantes para a saúde humana, compostura social, ambiental e políticaestabelecida e bem implementada.

ações de caráter social. A ONG foifundada em 2002 pelo cirurgião-dentista Fábio Bibancos e contacom o trabalho voluntário de seismil cirurgiões-dentistas em todo oBrasil, já ajudou 12 mil jovenscom atividades de atenção à saúdee à cidadania. Para a ABO, a parce-ria com a Turma do Bem vai ser defundamental importância para aimplantação do projeto DentistaVerde, um marco na história daOdontologia nacional e internaci-onal: o cirurgião-dentista cidadãopreocupado e colaborador das po-líticas de defesa do meio ambiente.Para a coordenadora Daiz, “o com-promisso com o meio ambientenão é responsabilidade só dasmultinacionais e empresas de gran-

Eal e sustentável da entidade, atra-vés da criação do Departamento deResponsabilidade Social e Am-biental, responsável por elaborar econcentrar ações em nível nacio-nal e coordenar e dar suporte ainiciativas já em desenvolvimen-to nas Seções e Regionais. A medi-da confere unidade e homoge-neidade a todas as iniciativas naárea, consolida a vocação de en-gajamento socioambiental da ABOe agrega novos conceitos à suaatuação multidisciplinar.

Para isso, o departamento apostaem parcerias com o poder público, ainiciativa privada e a própria socie-dade, como explica a responsávelpela nova área da ABO, Daiz Nunes,também presidente da ABO/AP. Paraela, a integração do cirurgião-den-tista com todas as instâncias sociaisprecisa ser um reflexo da importân-cia da Odontologia para a saúdesistêmica e coletiva. “O cirurgião-dentista precisa entender de uma vezpor todas que a profissão passou pormudanças e que nós somos e preci-samos ser politicamente inseridosem todas as áreas da sociedade. Anossa responsabilidade com a saúdedo ser humano e do meio ambienteé de extrema importância para valo-rização e estabilidade de nossa clas-se”, defende.

Consciência limpa dafumaça do tabaco

Uma das ações mais recentes daABO nesse sentido foi o fortaleci-mento de seu engajamento no com-bate ao tabaco através de parceria

Unidos de Vila Maria capacita gratuitamente3 mil trabalhadores para o carnaval

Com o objetivo deformar mão de obraqualificada paraatender a crescentedemanda da indústriado carnaval, o Ministé-rio do Trabalho e Emprego (MTE)destinou verba de R$ 7,46 milhõespara cursos de capacitação profissio-nal e social oferecidos à população decinco Estados brasileiros (São Paulo,Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espíri-to Santo e Maranhão). Em São Paulo,onde as primeiras turmas já começa-ram a ter aula na semana de 5 abril(estamparia, percussão e cavaco), otrabalho está sendo administrado pelaEscola de Samba Unidos de VilaMaria, única selecionada pelo ministé-rio no Estado. Os outros cursos já

programados são dedecoração, a partir de12/4, e costura, a partirde 19/4. As aulas terãoduração de 200 horas,divididas entre teóricas

e práticas, e serão ministradas naquadra da Unidos de Vila Maria (R.Cabo João Monteiro da Rocha, 448,Jardim Japão) e em espaços de parcei-ros. Os cursos serão divididos em 100oficinas, cada uma com 30 alunos(acima de 16 anos), e vão contemplar,além de ensinamentos técnicos,noções de cidadania, empreendedoris-mo e sustentabilidade, entre outras,beneficiando 9 mil pessoas.Informações e inscrições:www.unidosdevilamaria.com.br e(11) 2939.2067

O ConselhoNacional de Saúde(CNS) realizou,nos dias 7 e 8 deabril, em Brasília,sua 208ª Reunião

Ordinária (RO), ocasião em que tambémpromoveu ato solene em comemoraçãoao Dia Mundial da Saúde (7/4). Partici-param do evento o ministro da Saúde,José Gomes Temporão, o presidente doCNS, Francisco Batista Júnior, repre-sentante da Organização Pan-americanada Saúde (Opas), Renato Tasca, erepresentante do Ministério das Cidades,Elcione Diniz Macedo. A ABO Nacionalfoi representada por Geraldo Vasconce-los, que ocupa o cargo de conselheiroefetivo no CNS. Este ano, o temaescolhido pela Organização Mundial de

ABO participa de comemoraçãodo Dia Mundial da Saúde

Saúde (OMS) para a data, comemoradano mundo todo, foi 1000 Cidades, 1000Vidas, para destacar o efeito da urbani-zação sobre a saúde coletiva e individu-al de maneira global. “Este tema é degrande interesse e repercussão mundiale, no Brasil, reconhecido constitucional-mente como prioridade. Além disso,saúde é um instrumento social e econô-mico e está intimamente relacionadocom a paz, educação, habitação eequidade”, diz Vasconcelos.Os objetivos globais da OMS com acomemoração deste ano foi de abrir, em1000 cidades, espaços públicos para asaúde. Em paralelo, houve a apresenta-ção de 1000 histórias bem-sucedidas desaúde urbana, em que simples medidascausaram impactos significativos nasaúde das suas cidades.

C I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I AC I D A D A N I A

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 19

hipersensibilidade dentiná-ria é caracterizada por doraguda decorrente da dentina

ATUALIZAÇÃO

FDI tem três novasresoluções

A partir desta edição, o JABO publica as novas resoluções da FDI,adotadas na última Assembleia Geral da entidade, em setembro de

2009, em Cingapura – a começar pelo tema HipersensibilidadeDentinária. As outras duas resoluções – Edentulismo e Problemas Gerais

de Saúde na Velhice e Efeitos da Eficiência Mastigatória naSaúde Geral – serão apresentadas nas próximas edições.

HipersensibilidadeDentinária

■ A compreensão da etiologia e dos fatores predisponentes e o diagnós-tico adequado são cruciais para gerenciar efetivamente a hipersensibilidadedentinária■ Não há provas suficientes para estabelecer uma orientação específicapara a gestão da hipersensibilidade dentinária■ Há uma grande variedade de opções de tratamento que podem modi-ficar, bloquear ou alterar o fluxo de fluido através dos túbulos dentinários eimpedir, assim, resposta do nervo da polpa■ Após a identificação de fatores predisponentes e do diagnóstico apropri-ado, a hipersensibilidade dentinária poderia ser co-gerida por profissionais desaúde bucal e pelos pacientes em casa, conforme cada caso■ Geralmente, os fatores predisponentes relevantes devem ser dirigidose adequados ao reforço de medidas de prevenção. Tratamentos menosinvasivos podem ser realizados primeiro, e, se necessário, tratamentosinvasivos podem ser fornecidos posteriormente pelos cirurgiões-dentistas.Outras investigações multidisciplinares sobre o assunto são incentivadas.

Referências1. Canadian Advisory Board

sobre hipersensibilidade dentinária.Consenso de recomendações para abase do diagnóstico e do tratamentoda hipersensibilidade dentinária. JCan Dent Assoc 2003; 69:221-226

2. Orchardson R, Gillam DG.Gerenciamento de hipersensibili-dade dentinária. JADA 2006;

A FDI reconhece que:

137:990-9983. Drisko C. Higiene oral e

periodontal em considerações deprevenção e gestão de hipersensi-bilidade dentinária. Int Dent J2007; 57:399-410

4. West NX. O paciente comhipersensibilidade dentinária – pa-cote de gerenciamento total. IntDent J 2007; 57:411-419

O Departamento de OdontologiaAmib/ABO, parceria firmada entre

a entidade e a Associação deMedicina Intensiva Brasileira

(Amib) vem realizando diversasatividades, com o objetivo de

divulgar e conscientizar osprofissionais de saúde da impor-

tância da atuação do cirurgião-dentista nos hospitais e, em

especial, nas Unidades deTerapia Intensiva (UTI). No dia 8 de abril, a

CD Teresa Márcia Nascimento de Morais(foto), coordenadora do Departamento Amib/

ABO e da área de Odontologia da Santa Casa

Parceria ABO/Amib divulgaOdontologia hospitalar

de Misericórdia de Barretos (SP),ministrou o curso de extensão “Asdiversas faces da OdontologiaHospitalar”, na Faculdade deOdontologia da UniversidadeFederal de Goiás. Antes disso,Teresa já havia participado, emfevereiro, do I Simpósio deOdontologia Hospitalar: da Discus-são à Prática, promovido peloHospital Mãe de Deus, de Porto

Alegre (RS). O evento contou com o apoio daABO Rio Grande do Sul e o presidente daSeção, Flávio Augusto M. Oliveira, tambémministrou palestra sobre o tema.

Aexposta, mais comumente na áreacervical do dente, em resposta a es-tímulos (tipicamente térmico, deevaporação, tátil, osmótico ou quí-mico), mas que não pode ser atribu-ída a quaisquer outros defeitos den-tais, doenças ou tratamentos restau-radores. Ocorre em muitos adultosem vários níveis de prevalência,variando de 3% a 57%, devido àsdiferenças nas populações estuda-das e aos métodos de investigaçãoutilizados. Em geral, pacientes comperiodontite têm prevalência relati-vamente maior de hipersensibi-lidade dentinária, presumivelmentepor causa do maior risco e grau deexposição da raiz, como resultadode destruição periodontal.

Nos últimos anos, houve aumen-to do número de jovens adultos comeste nocivo problema, provavelmen-te devido à exposição a alguns fato-res predisponentes, como dietas áci-das, escovação traumática, hábitospessoais e uso inadequado de produ-tos de branqueamento dentário. Poroutro lado, um crescente número depacientes está à procura de cuidadosprofissionais para este problema.

A exposição da abertura dostúbulos dentinários devido à perdade esmalte e/ou recessão gengival,com subsequente perda de cementoe/ou da dentina, é considerada aprincipal causa da hipersensibili-dade dentinária. Além disso, a hiper-sensibilidade dentinária pode mui-tas vezes se apresentar combinadacom outras condições, como erosão,abrasão, atrito, abfração, bruxismo econdições genéticas e periodontais.

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A maior cobertura doPrograma Saúde daFamília (PSF), estraté-gia de atenção dentrodo Sistema Único deSaúde (SUS), está emMinas Gerais, onde o

percentual da população atendida pelasequipes do programa saltou de 54,89% em2003 para 69,13% em dezembro de 2009,segundo o governo mineiro. Os dados tam-bém indicam que quase metade dos municí-pios do Estado tem 100% da cobertura doPSF - mais de 420 deles já recebem orepasse mensal de recursos do governoestadual para efetivar e melhorar a qualidadeda atenção básica. Para o governo mineiro, aresponsabilidade pela melhoria pode sercreditada ao Programa Saúde em Casa, pormeio do qual um incentivo financeiro mensal

PSF

Saúde da Família: maiorcobertura está em MG

é repassado às equipes de Saúde da Famí-lia para investimento na construção ereforma de Unidades Básicas de Saúde(UBS). De acordo com o secretário deEstado de Saúde, Antônio Jorge de Souza,“Minas Gerais investiu, até outubro de 2009,mais de R$ 555 milhões do Tesouro doEstado em infraestrutura, qualificação depessoal, compra de equipamentos e materialpara melhorar a atuação das equipes doprograma. Desse total, foram aplicadoscerca de R$ 245 milhões na compra deequipamentos, material de consumo ecusteio”. A previsão para 2009-2010 é quemais 358 municípios sejam beneficiadospelo Saúde em Casa. Desse modo, acobertura do programa será ampliada para97,65% do território mineiro. Neste período,o programa de melhoria da infraestruturareceberá investimentos de R$ 120 milhões.

SOCIALCongresso de Saúde BucalColetiva será em julho, no ES

Estão abertas asinscrições para o XXEncontro Nacional deAdministradores eTécnicos do ServiçoPúblico Odontológico(Enatespo) e o IXCongresso Brasileirode Saúde Bucal

Coletiva, que acontecerá de 29 a 31 de julho de 2010 noCentro de Convenções de Vitória (ES). O tema do IXCBSBC será A Saúde Bucal no Contexto Atual dosDeterminantes Sociais e das Iniquidades. Os trabalhospodem ser inscritos até 23 de abril. O objetivo do evento édiscutir e avaliar a política nacional, estadual e municipalde saúde bucal e propor encaminhamentos para superaçãode dificuldades e limitações de acesso à atenção, à integri-dade e à qualidade dos serviços.Mais informações: www.enatespo.org.br (+27) 3325-2002

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SISTÊMICACongresso sobre Diabetesvai incluir Odontologia

A Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad)vai realizar, de 23 a 25 de julho, em São Paulo, o 15ºCongresso Brasileiro Multidisciplinar e Multiprofissional emDiabetes, que conta com o apoio daABO Nacional. No evento, serãoministrados simpósios e pales-tras multidisciplinares paracirurgiões-dentistas, médicos,enfermeiros, nutricionistas eoutros profissionais envolvidosnas complicações decorrentesda diabetes. O objetivo édivulgar informações que permi-tam uma atuação preventiva nocontrole da enfermidade, evitandocomplicações decorrentes.Na programação pré-congresso, no dia 22 de julho, aindaserão realizados os cursos básico e avançado de Diabetesem Odontologia. Os profissionais também podem participarno Tema Livre, apresentando trabalhos originais oralmenteou em pôster. A data limite para inscrição dos trabalhos édia 15 de junho. Paralelamente ao congresso ainda aconte-ce a 15° Exposição Nacional de Produtos e Alimentos paraPortadores de Diabetes.Mais informações: www.anad.org.br

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FORENSEForp promove encontro deOdontologia Legal

Estão abertas as inscrições para o 1º Encontro de Odonto-logia Legal da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Pretoda Universidade de São Paulo (Forp/USP), que será reali-

zado nos dias 28 e 29 de maiopróximo. Segundo a organização, umdos objetivos do evento é integrar aOdontologia com as demais discipli-nas das ciências forenses e atrairnovos talentos para a área. Entre osconferencistas estão professoresuniversitários, peritos policiais eperitos forenses de institutos médi-cos legais. Na programação, serãoabordados temas como Marcas deMordida: Aspectos de Interesse

Pericial; Tecnologia do DNA em Odontologia Legal; Desas-tres em Massa e a Odontologia Legal; Violência Domésticae o Papel do Cirurgião-dentista; Antropologia Forense: aInterface Odontologia Legal e Medicina Legal no Desafio daIdentificação Humana. O envio de resumos de trabalhospode ser feito até o dia 18 de maio.Mais informações: www.forp.usp.br

Gestão e Marketing

Comunicar é preciso!

G E R A LG E R A LG E R A LG E R A LG E R A LG E R A LG E R A LG E R A LG E R A LG E R A L

Antônio Inácio Ribeiro

Odontologia brasileira en-tra na nova década precisan-do aproveitar conquistas e

Assessor de Marketing e Gestão daABO Nacional, professor deMarketing do MBA Gestão de Ne-gócios na Área da Saúde da SãoLeopoldo Mandic, MBA em Ma-rketing pelo ISAE da FundaçãoGetúlio Vargas, especialista emMarketing pela PUC-PR e admi-nistrador pela Universidade Ma-ckenzie de São Paulo. [email protected]

serviços odontológicos ao conhe-cimento da população. De formaágil e rápida.

Fazer o que todo esse materialse propõe e ainda inovar é o queagora propomos, usando os meiosinterativos. Entrar definitivamen-te na internet é a solução imediatapara nossa realidade, informando,esclarecendo, conscientizando emotivando as pessoas a cuidaremda sua saúde bucal. De uma formaativa com o envio de e-mails peloscirurgiões-dentistas à sua comuni-dade de amigos, parentes, conhe-cidos e pacientes, em forma de lis-tas de presentes e futuros clientes.

Não ficando só na proposta edeixando muitos apenas na vonta-de, sem ter o que ou como fazer,disponibilizamos já aos leitoresdo Jornal da ABO um trabalho ela-borado em forma de livro, que seencontra esgotado na versão im-pressa: 100 Motivos para ir aoDentista, no qual, em linguagem

leiga, são apresentadas as princi-pais situações que deveriam levaras pessoas aos consultóriosdentários, motivando-as. Para tersua versão interativa sem nenhumcusto, basta solicitá-lo por e-mailao endereço eletrônico apresenta-do ao lado.

Assim todos terão já o que en-viar, em forma de e-mails semanaisà sua lista, fazendo o que, em nossoentender, falta para muitos viremmais vezes aos consultóriosdentários: comunicação! Sem cus-tos, contando apenas com sua ASBque se encarregará de enviar sema-nalmente um destes motivos à todaa sua lista, mais o hábito de muitos,que, ao receberem a mensagem per-cebida como importante, a enca-minham aos amigos, difundindoesta informação de forma ágil eeficiente, que ao ter seus dados nofinal, o consultarão.

Estes envios farão melhorar aautoestima de todos os cirurgiões-dentistas por estarem participandoefetivamente do processo deconscientização da populaçãoquanto aos seus problemas de saú-de bucal, democratizando a infor-mação, ao tempo em que estarãodisponibilizando-se para soluçõesque são encontradas nos consultó-rios dentários. Algo inovador quepoderá ser alternativa a ser apre-sentada ao mundo. Usando a ferra-menta que revolucionou a comu-nicação entre as pessoas e deu aces-so universal a informação: a in-ternet!

Esta será a característica destacoluna doravante. Apresentar al-ternativas de soluções que sejamsimples e acessíveis a todos, semnovas despesas ou custos. Ter paracada problema uma solução. Sermotivo de estímulo a melhores diasno exercício da profissão. E incen-tivo a ações que valorizem o cirur-gião-dentista, colocando à sua dis-posição o que possa tornar seusdias mais produtivos, na filosofiada ABO de Todos!

Aapresentar caminhos. Solucionar-se! Ter um em cada cinco cirurgi-ões-dentistas do mundo, a maiorquantidade de Faculdades de Odon-tologia, a maior rede de especiali-zação e o maior mercado de servi-ços odontológicos do mundo. É, aum só tempo, motivo de orgulho epreocupação.

Conquistas foram atingidascom números indiscutíveis, masque precisam transformar-se emrealidade positiva aos que par-ticipam deste mercado. Ser a maiortem seus desafios. Um deles é anun-ciar-se como tal. Fazer com que aspessoas saibam que tem à sua dis-posição o melhor serviço odon-tológico do planeta. Dar-se a co-nhecer e fazer mais pessoas teremacesso a estas vantagens. São te-mas que fazem pensar os que sededicam à gestão e ao marketingcom foco na Odontologia.

Toda a estrutura odontológicabrasileira será motivo de curiosi-dade e cópia de modelo pelo mun-do inteiro no próximo FDI 2010, oCongresso Mundial da FederaçãoDentária Internacional, a realizar-se no Brasil, em Salvador, de 2 a 5de setembro próximo. Uma opor-tunidade para passar e receber ex-periências. Para definitivamenteinserir-se no mundo odontológicoglobalizado. Com característicasinovadoras. Sem ter que copiar ecom algo a apresentar, para ser re-conhecida.

Na recente feira de Chicagoestava disponível um livro de 100páginas com ofertas de folhetos,vídeos, livros, modelos, quadros,painéis, cartões e outros, num totalde mais de 1.000 itens de marketinge gestão para a Odontologia, ofere-cidos à venda pela ADA para umaOdontologia de primeiro mundo.Temos que ser conscientes da nos-sa realidade e criativos para algoalternativo fazer e assim levar os

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 21

MS lança guia para o usode fluoretos no Brasil

Ministério da Saúde, atra-vés da Coordenação Naci-onal de Saúde Bucal, lan-

mecanismos de ação do flúor, mei-os coletivos de uso, dentifríciosfluoretados, enxaguatórios bucais,vernizes, materiais dentáriosliberadores de flúor, fluorose den-tária e efeitos adversos do flúorpara a saúde geral. Segundo o mi-nistério, com o auxílio da publica-ção, os profissionais da saúde po-derão, a partir do diagnóstico dasua realidade, optar pelo métodoou associação de métodos a basede fluoretos mais adequado.

O material foi produzido porprofissionais vinculados ao ensi-no, pesquisa e extensão universi-tária: Marco Aurélio Peres, do De-partamento de Saúde Pública daUniversidade Federal de SantaCatarina; Jaime Aparecido Cury eLivia Maria Andaló Tenuta, da

Faculdade de Odontologia dePiracicaba da Unicamp; PauloCapel Narvai, do Departamento dePrática de Saúde Pública da Facul-dade de Saúde Pública da USP;Simone Tetu Moyses, do Curso deOdontologia da Pontifícia Univer-sidade Católica (PUC) do Paraná;e Valéria Marinho, do CochraneOral Health Group, na Inglaterra. Otrabalho foi supervisionado porClaunara Schilling Mendonça, doDepartamento de Atenção Básicado Ministério da Saúde, e GilbertoAlfredo Pucca Jr., coordenadornacional de Saúde Bucal.

Para ler e fazer o download doGuia de Recomendações para oUso de Fluoretos no Brasil, acessewww.saude.gov.br/dab, no itemPublicações, Saúde Bucal.

VENCEDORES

No dia 19 de março, o Conse-lho Federal de Odontologia (CFO)divulgou os vencedores do PrêmioBrasil Sorridente/Conselhos deOdontologia: São Gonçalo do A-marante (CE), na categoria até 50mil habitantes; Horizonte (CE) eEstância (SE), ambos premiadosentre os municípios com popula-ção de 50 a 300 mil; e Aracaju (SE),na categoria acima de 300 mil ha-bitantes. Todos os ganhadores re-ceberão um consultório odontoló-gico, fornecido pela empresa DabiAtlante.

Criado pelo CFO, com apoioda Coordenação Nacional de Saú-de Bucal do Ministério da Saúde,o Prêmio Brasil Sorridente nasceupara homenagear e incentivar osmunicípios que ostentam númerospositivos em políticas de saúdebucal e é a única iniciativa nacio-nal nesta área. A entrega da pre-miação acontece no dia 23 de abril,no Rio de Janeiro, durante a sole-nidade de aniversário dos Conse-lhos de Odontologia.

As prefeituras participantesforam avaliadas em 10 critérios.Além de uma boa cobertura popu-lacional alcançada pelo atendi-mento odontológico, o município

precisa apresentar números satis-fatórios na relação entre habitante/cirurgião-dentista da rede públi-ca/carga horária mensal, assimcomo na relação entre equipes deSaúde Bucal e equipes da Estraté-gia de Saúde da Família.

Foi verificada também a com-provação de que o município pos-sui o número de policlínicas e deCentros de Especialidades Odonto-lógicas (CEOs) adequado às suasnecessidades. Outras exigênciassão a realização de exames epi-demiológicos de cárie e doençasbucais na população acima de 12anos, nos últimos três anos, e me-nor índice epidemiológico de cá-rie em escolares até 12 anos, obtidode acordo com as normas da Orga-nização Mundial de Saúde (OMS).Completam a lista os seguintesitens: programas de educação con-tinuada aos profissionais de saúdebucal da rede pública; promoçãode concurso público ou processoseletivo para contratação; melho-res condições salariais e de traba-lho; e acesso adequado da popula-ção ao sistema público de abaste-cimento de água fluoretada.Mais informações: http://cfo.org.br/premio-prefeituras

Sorridente vai para quatromunicípios do CE e SE

Oçou, em janeiro, o Guia de Reco-mendações para o Uso de Fluoretosno Brasil, publicação que objetivaapresentar as várias formas de uti-lização de fluoretos, tanto comométodo preventivo no âmbitopopulacional quanto para o usoindividual. A produção do livroestá de acordo com a Política Naci-onal de Saúde Bucal, que tem entreseus eixos orientadores ações depromoção e proteção à saúde, in-cluindo a fluoretação das águas,educação em saúde, higiene bucalsupervisionada e aplicações tópi-cas de flúor. A publicação está dis-ponível on-line.

O guia aborda temas como os

niciada a campanha nacionalde imunização contra a gripeA, o presidente da ABO Nacio-

GRIPE A

ABO reforça prevenção noconsultório odontológico

Inal, Newton Miranda de Carvalho,entrou em contato com o coorde-nador nacional de Saúde Bucal,Gilberto Pucca Jr., solicitando ex-plicação para a exclusão dos cirur-giões-dentistas autônomos na pri-meira fase da vacinação, que seencerrou no dia 19 de março.Esclarecida a intenção do Ministé-rio da Saúde de priorizar os profis-sionais do serviço de atenção bási-ca em saúde, que estariam maisexpostos a riscos de contágio devi-do ao atendimento de grande nú-mero de pessoas, a ABO reforça aorientação aos profissionais de saú-de bucal na prevenção da doençano consultório odontológico, se-guindo os protocolos de biosse-gurança já conhecidos na área.

A Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) disponi-biliza on-line a Cartilha de Prote-ção Respiratória contra AgentesBiológicos para Trabalhadores deSaúde, que orienta o profissional acuidar da sua saúde durante o aten-dimento, prevenindo diversas in-fecções, inclusive pelo vírus daGripe A. O conteúdo completo dacartilha pode ser lido em www.anvisa.gov.br/divulga/public/cartilha_mascara.pdf.

A Organization for Safety andAsepsis Procedures (Osap) tambémmantém publicado em seu site(www.osap.org), no item InfectionControl Issues, documentos cominformações detalhadas sobre oscuidados em biossegurança reco-mendados com relação a doençasrespiratórias. Um deles é o Protocolfor Managing Dental Patients withConfirmed or Suspected Respira-tory Infection and for DentalPatients with Confirmed or Sus-pected Tuberculosis.

Além destas orientações, no

Portal ABO (www.abo.org.br) estádisponível para download o Infor-me Técnico sobre a Gripe A, elabo-rado pela Sociedade Brasileira deInfectologia (SBI) e pela Associa-ção Médica Brasileira (AMB), comdiversas orientações para o profis-sional de saúde. No site do Minis-

A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, envioua Nota Técnica nº 19 ao presidente da ABO Nacional, Newton Mirandade Carvalho, em resposta ao questionamento da entidade sobre ainclusão dos cirurgiões-dentistas nos grupos prioritários na vacinaçãocontra a Gripe H1N1. No documento, datado em 15 de março último,Carla Magna A.S. Domingues, diretora substituta do Departamento deVigilância Epidemiológica, relata o histórico da gripe, desde 2009, e adeclaração dela como pandemia pela Organização Mundial de Saúde(OMS), em 11 de junho passado, além das medidas eficazes e indispen-sáveis preconizadas para “intensificação da vigilância, detecção preco-ce, tratamento dos casos e controle das infecções em todos os serviçosde saúde”, entre outras determinações.

Entre as estratégias de vacinação contra a Influenza Pandêmica(H1N1) estipuladas pela Organização Panamericana de Saúde (Opas)está que ela tenha como “objetivo manter o funcionamento dos serviçosenvolvidos na resposta à pandemia e diminuir a morbimortalidadeassociada à pandemia da influenza”. A partir deste contexto, foramdefinidos os grupos a serem vacinados em ordem prioritária (desde 8 demarço), sendo o primeiro deles “o dos trabalhadores dos serviços desaúde envolvidos na resposta à pandemia”.

No documento, ainda é esclarecido que as estratégias de vacinação noBrasil, bem como a definição dos grupos a serem vacinados foramacordadas com o Grupo Técnico Assessor do Programa Nacional deImunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde, contando também coma participação de entidade de saúde. E, para garantir o sucesso destaestratégia, o documento ressalta ser “fundamental que todo o Sistema Únicode Saúde (SUS) esteja unido e empenhado em atingir as metas preconiza-das, ou seja, que no mínimo 80% da população seja imunizada”.

Carla Domingues ainda esclarece que a exemplo de outros paísesdo mundo, não está sendo recomendada a vacinação de toda a popu-lação brasileira, sendo o objetivo da vacinação “o funcionamento dosserviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia e a diminuição damorbimortalidade associada à pandemia da influenza”.

Estas são as duas últimas fases da vacinação: idosos ( + de 60 anos)com doenças crônicas – 24/4 a 7 de/5 e adultos saudáveis de 30 a 39anos – 10 a 21/5.

Governo esclarece: prioridade é ofuncionamento dos serviços de saúde

tério da Saúde (www.saude.gov.br)também estão disponíveis os do-cumentos Protocolo de Procedi-mentos para Manejo de Casos eContatos de Influenza A (H1N1) eProtocolo de Notificação e Inves-tigação de Casos, entre outras in-formações e recomendações.

P R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã OP R E V E N Ç Ã O

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OdontoPrev chega a4 milhões de vidas

O D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/A

Colgate-Palmolive lançatrês escovas dentais

As escovas dentais Colgate360º Cabeça Ultra Compacta,Colgate Orthodontic e Colgate360º Actiflex são os novos lança-mentos da Colgate-Palmolive.

A Colgate 360o Cabeça UltraCompacta ganha uma versão comcabeça compacta, limpador de lín-gua, cerdas interdentais, margensgengivais e cerdas polidoras deborracha para a remoção de man-chas extrínsecas.

Já a Colgate Orthodontic éideal para usuários de aparelhosortodônticos, possui sistema decerdas V-Trim, que funciona nalimpeza dos dentes e ao redor deaparelhos ortodônticos. Suas cer-das externas e macias permitemlimpeza suave da superfície dos

dentes e gengiva, e as cerdas inter-nas de tipo médio, promovem lim-peza em torno do aparelho. O caboda Colgate Orthodontic é anatô-mico e emborrachado, proporcio-nando mais conforto durante aescovação.

Com cabeça exclusivamenteflexível, a Colgate 360º Actiflexlimpa em todas as direções, possuiponta limpadora elevada, para pro-

mover a limpeza dos lugares maisdifíceis de alcançar na boca e entreos dentes. Um limpador de línguae bochechas de textura macia pro-porciona limpeza no interior dasbochechas e remove bactérias dalíngua que causam o mau hálito.Outro recurso da nova escova é oacesso interproximal, maior do queuma escova dental comum comcerdas retas.

VigilânciaSanitáriasuspende

raios XOdontomax

A Vigilância Sanitária do Esta-do de São Paulo suspendeu a fabri-cação e comércio de aparelhos deraios X odontológicos fabricadospela empresa Astex, conforme infor-mou o Instituto Brasileiro de Audi-toria em Vigilância Sanitária (Inbra-visa). O Comunicado 50/2010 di-vulgado esclarece que o registro dosprodutos na Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa) encon-tra-se expirado desde julho de 2007.

Os equipamentos suspensos sãoOdontomax 70/7P, nos modelosFixo no Piso Convencional, Fixo noPiso Pantomatic, Móvel Convenci-onal, Parede Convencional e ParedePantomatic, e Odontomax Super 70e suas versões, fabricados oudisponibilizados ao mercado a par-tir de 24 de julho de 2007. A Astexfica responsável pelo recolhimentodestes produtos.

Óxido nitroso:Clean Line faz

curso em parceiracom ABOs

Em parceria com várias Se-ções e Regionais da ABO de todoo Brasil, a Clean Line está pro-movendo o curso de SedaçãoConsciente por Óxido Nitroso(Scon). Para a prática desta téc-nica, o profissional deve se ca-pacitar por meio de curso, comduração de 96 horas, em entida-des filiadas ao CFO.

Para atender o maior númerode profissionais interessados nes-te tipo de capacitação, a CleanLine está realizando promoçãoem alguns Estados. Assim, o pro-fissional que adquirir o aparelhoRelaxy, desenvolvido pela em-presa para a prática da Scon, rece-be o curso gratuitamente.

Mais informações sobre o pro-duto e a promoção da Clean Linepodem ser acessadas no endere-ço: http://www.cleanline.com.br/rl.php.

A OdontoPrev anunciou, dia 24 defevereiro, os resultados consoli-dados do quarto trimestre de

2009 e do ano todo. Onúmero de associados da

OdontoPrev cresceu69,7%, passando de2.460.211 em 2008para 4.174.621 um

anos depois, umacréscimo de

1.714.410, dos quais1.463.705 são proveni-

entes da BradescoDental. A receita operacio-

nal líquida totalizou R$100,603 milhões no quarto

trimestre do ano passado, 15,8%acima do mesmo período em 2008. Em 2009,

acumulou R$ 379,454 milhões, 19,2%

superior a 2008. As informaçõesoperacionais e financeiras da

companhia são apresentadascom base em números

consolidados e emmilhares de reais, nãoincluindo consolidaçãodas contas de resulta-do da Bradesco Dentalem dezembro de 2009,conforme a legislaçãosocietária, plano de

contas da AgênciaNacional de Saúde

Suplementar (ANS) epráticas contábeis adotadas

no Brasil.Mais informações: Na página de

relações com investidores da Odontoprev:www.odontoprev.com.br/ri

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JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010 23O D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/AO D O N T O S/A

Listerine recebe selo daAcademia de Periodontia

A Academia Internacional de Periodontia (IPA) concedeu seu selode aprovação para o enxaguatório bucal Listerine, comprovan-

do sua eficácia no combate e na prevenção de doençasperiodontais. Com isso, o produto torna-se o primeiro

enxaguatório bucal de uso diário a receber o selo. “Istosignifica que o produto é considerado seguro e eficaz

por cirurgiões-dentistas de todo o mundo”, afirmaMarcelo Araújo, diretor científico de Oral Care da

Johnson & Johnson. Para receber o selo, uma equipeinternacional de cientistas, especializados em

Periodontia, avalia dados e estudos clínico-laboratoriaispara identificar se o produto é um aliado efetivo no

aprimoramento da saúde bucal da população, por meio docontrole da placa bacteriana. A fabricante acrescenta que

Listerine existe há mais de 100 anos e conta com mais de 50estudos clínicos comprovando sua eficácia e segurança.

Speed Graphaproxima CDs e

pacientes

A Speed Graph, empresa espe-cializada em desenvolver produ-tos e serviços de marketing e co-municação para cirurgiões-dentis-tas, possui produtos que auxiliamna valorização do atendimento eserviços prestados pelo CD. Osprodutos estimulam a consulta pre-ventiva, lembram o dia de ir aocirurgião-dentista e aproximam oprofissional do paciente, como oscartões de Natal.

O cartão de aniversário faz par-te do conjunto desses produtos.Todos os anos são criadas novascoleções e novos formatos dos car-tões de aniversário. Neste ano, ainovação é o Cartão de Aniversá-rio Especial, que vem com uma fita,simulando o embrulho de um pre-sente: uma surpresa para quem rece-be e satisfação para quem envia.

Mais informações podem serobtidas no site da empresa, www.speedgraph.com.br, ou pelo tele-fone 0800 701 6870, solicitandoum catálogo.

A reportagem sobre Hipersensi-bilidade Dentinária foi a primeira deuma série programada paras as pró-ximas seis edições do jornal. Oprojeto inclui, ainda, outras amplasreportagens especiais, como a pu-blicada neste número do JABO so-bre Tabaco.

O objetivo é ir além do fato,oferecendo ao cirurgião-dentista aoportunidade de se aprofundar so-bre o tema, tanto sob o ponto de vistada ciência quanto da aplicação prá-tica na clínica.

Nas próximas edições, serãoenfocados em reportagens especi-ais, os seguintes temas:

JABO 125: CLAREADORES

JABO 126: ESPECIAL FDI’2010

JABO 127: COBERTURA do FDI’2010

JABO 128: IMPLANTES (circula noCiosp)

JABO 129: ENXAGUATÓRIOS

JABO teráedições comreportagens

especiaistemáticas

Page 24: Jornal ABO - Edição 124 - Março/ Abbril de 2010

24 JABO - Ano XXVIII - Número 124 - Março/abril - 2010P R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã O

Cresce participação de CDs emPrograma de Reciclagem de Amálgama

Desenvolvido desde2005 na Faculdade de

Odontologia de Bauru(FOB-USP), já tem a

adesão de quase 2 milCDs, tendo processado16 kg de amálgama erecuperado 8,4 kg demercúrio, contribuindo

para a preservaçãoambiental

Programa de Reciclagemde Amálgama, parceria daFOB-USP e empresa Odon-

programa, recuperando 8,4 quilosde mercúrio. Cada restauraçãodentária utiliza em média 2 gramasde amálgama. “O resultado espera-do é a proposição de tecnologiaslimpas, com a finalidade de conser-vação do meio ambiente”, afirmaVera Zanuto, gerente de Sustenta-bilidade da empresa. Esses profissi-onais estão contribuindo para me-lhorar as condições do meio ambien-te pois a recuperação do mercúriodas sobras do amálgama utilizadonos consultórios evita que o metaltóxico seja descartado na natureza.

A cada ano, a operadora ampliae aprimora o trabalho do Programade Reciclagem de Amálgama. Umdesafio à sua implementação nosconsultórios dentários era o enviodo material coletado pelos dentistaspara a FOB-USP. No entanto, essaquestão já foi resolvida com a cria-ção de um tubo confeccionado emplástico contendo tampa com roscae lacre e incluindo um suporte emacrílico para mantê-lo na posiçãovertical , o que possibilita o descartee envio seguro do amálgama parareciclagem. A embalagem foi apro-vada pelo Instituto de PesquisasTecnológicas (IPT) e está em confor-midade com a Resolução nº 358, doConselho Nacional do Meio Ambi-ente (Conama), referente ao trata-mento e disposição final dos resídu-os dos serviços de saúde.

Cadeia produtivaDurante o processamento do

amálgama, os especialistas recupe-ram dois componentes principais: aprata e o mercúrio, que voltam paraa cadeia produtiva. Eles são destina-dos a laboratórios e instituições depesquisa conveniados. A pequenaporção restante (mercúrio mais pra-ta respondem por quase 90% da com-posição do amálgama) também so-fre um processamento para o descar-te adequado. Geralmente, é descar-tado em esgoto após algumas análi-ses de segurança. O material recupe-rado também pode ser reaproveitadoem pesquisas na própria instituiçãoou em outras, por meio de doação.

O mercúrio é um metal pesado,líquido em temperatura ambien-te, que pode se acumular e contami-nar o solo, plantas e afluentes, alémde, consequentemente, ser ingeridopelos seres humanos por meio daágua e plantas contaminados. Seusprincipais efeitos nos seres vivos,mamíferos principalmente, são da-nos ao sistema nervoso central. Osefeitos em humanos descritos são:perda da sensibilidade em extremi-dades; prejuízo da visão, fala e audi-ção; e má formação dos fetos. Emcasos mais severos de envenenamen-to (altas concentrações), pode levar àcegueira, coma e morte.

A Federação Dentária Internaci-onal considera o uso do amálgamaseguro, desde que tomadas as devi-das medidas de segurança para opaciente e para o meio ambiente.Mais informações:www.odontoprev.com.br/inst.news2910.jspwww.anvisa.gov.servicosaude/arq/residuos/base_legal.pptwww.fdiwordental.org

OtoPrev, já tem a participação de1.954 cirurgiões-dentistas creden-ciados à operadora e ganha abran-gência nacional. A OdontoPrev,maior operadora de planos odonto-lógicos da América Latina, desen-volve o programa desde 2005, patro-cinando e reequipando o Laborató-rio de Bioquímica, além de fornecertodos os materiais necessários e re-munerar os pesquisadores.

Até agora, 16 quilos de amálga-ma já foram processados por meio do

Kit: tubo com tampa e rosca esuporte para mantê-lo na posição vertical