edição nº 105

8
MERCADO & NEGÓCIOS Europa ameaça suspender investimentos na Argentina CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ Ź24 a 30 de aBRIL de 2012 Ano 4 Ɣ nº 105 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % FECHAMENTO: 23 DE ABRIL DE 2012 ŹPÁGINA 2 5 PT confirma o nome de Dalva como candidata em Caxias ŹPÁGINA 7 Brasileiros marcham contra a corrupção Dólar alcança o maior valor M ilhares de pessoas foram às ruas, em vários Estados, potestar conrra a corrupção. Em Brasilia, foram cerca de 1,5 mil, segundo estima- tiva da Polícia Militar do Distrito Federal, que aderiram à marcha na Es- planada dos Ministérios vestindo roupas pretas e carregando faixas e carta- zes que pediam o fim dos desvios de verbas públi- cas. No Rio, os manifes- tantes, munidos de apitos, nariz de palhaço, carta- zes e faixas, se reuniram na praia de Copacabana e pediram a moralização na política e o fim dos des- vios de dinheiro público. A próxima marcha já tem data marcada: 7 de setem- bro, Dia da Independência do Brasil. ŹPÁGINA 5 O dólar chegou a subir mais de 1% durante o pregão de segunda-feira (23) mas perdeu um pouco os ga- nhos ante o real quando tornou-se evidente ao mercado que o Banco Central não atuaria no mercado por meio de leilões de compra de dólares à vista. Na sex- ta-feira (20), o BC fez um leilão à vista, com a moeda em torno de R$ 1,87. O Banco Central realizou compras de dólares no mercado à vista duas vezes por dia em cinco sessões segui- das nas últimas duas semanas, configurando uma atuação mais firme e levando a divisa dos Estados Unidos para próximo de R$ 1,90. Antonio Cruz/ABr Ayres Britto assume a presidência do STF Posse na Representação da Firjan em Caxias Mantega diz que Brasil continuará intervindo no câmbio Exportações superam US$ 5 bilhões na última semana Sobe demanda das empresas por crédito O ministro Carlos Ayres Britto (foto) tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cargo que exercerá nos próximos sete meses. Ele substitui o ministro Cezar Peluso como chefe do Poder Judiciário. Em seu discurso de posse, Brit- to enalteceu a Constituição Federal, a qual considera a "menina dos olhos da democracia". O ministro terá como desafios os jul- gamentos do processo do mensalão, dos planos eco- nômicos e das cotas para negros em universidades públicas. ŹPÁGINA 2 O ministro da Fazenda, Guido Mantega, contes- tou a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Cristine Lagarde, sobre a taxa de câmbio dos países emergentes. Ele disse que o Brasil con- tinuará intervindo para reduzir o valor de sua mo- eda. Em Washington, onde chegou para participar das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, o ministro lembrou que a indústria brasileira tem perdido competitividade por causa da alta do real, supostamente provocada pela falta de ação das au- toridades inanceiras dos outros países. ŹPÁGINA 3 O novo presidente da Representação Regional do Sistema Firjan na Baixada Fluminense Área II - Duque de Caxias, Flávio Abreu (foto), tomou posse na última quarta-feira (18), na sede da Federação, no Rio. Flávio é engenheiro químico e diretor executivo da unidade da Bayer em Belford Roxo. Ingressou na empresa em 1982 e, além de presidente da Representação do Sistema Firjan na Baixada Fluminense, é também membro da diretoria da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e do Siquirj (Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Rio). ŹPÁGINA 4 Antonio Batalha José Cruz/ABr ŹPÁGINA 3 ŹPÁGINA 4 Dolar Comercial 1,881 1,883 0,69 Dólar Turismo 1,820 2,010 0,00 Ibovespa 61,539,38 1,53

Upload: jornal-capital

Post on 22-Mar-2016

221 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal Capital - Edição nº 105

TRANSCRIPT

Page 1: Edição Nº 105

MERCADO & NEGÓCIOS

Europa ameaça suspender

investimentos na Argentina

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ モ24 a 30 de aBRIL de 2012

Ano 4 ズ nº 105www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

FECHAMENTO: 23 DE ABRIL DE 2012

モPÁGINA 2

5

PT confirma o nome de Dalva

como candidataem Caxias

モPÁGINA 7

Brasileiros marcham contra a corrupçãoDólar alcança

o maior valor

Milhares de pessoas foram às ruas, em

vários Estados, potestar conrra a corrupção. Em Brasilia, foram cerca de 1,5 mil, segundo estima-tiva da Polícia Militar do Distrito Federal, que aderiram à marcha na Es-planada dos Ministérios vestindo roupas pretas e carregando faixas e carta-zes que pediam o fim dos desvios de verbas públi-cas. No Rio, os manifes-tantes, munidos de apitos, nariz de palhaço, carta-zes e faixas, se reuniram na praia de Copacabana e pediram a moralização na política e o fim dos des-vios de dinheiro público. A próxima marcha já tem data marcada: 7 de setem-bro, Dia da Independência do Brasil.

モPÁGINA 5

O dólar chegou a subir mais de 1%

durante o pregão de segunda-feira (23) mas perdeu um pouco os ga-nhos ante o real quando tornou-se evidente ao mercado que o Banco Central não atuaria no mercado por meio de leilões de compra de dólares à vista. Na sex-ta-feira (20), o BC fez um leilão à vista, com a moeda em torno de R$ 1,87. O Banco Central realizou compras de dólares no mercado à vista duas vezes por dia em cinco sessões segui-das nas últimas duas semanas, configurando uma atuação mais firme e levando a divisa dos Estados Unidos para próximo de R$ 1,90.

Antonio Cruz/ABr

Ayres Britto assumea presidência do STF

Posse na Representação da Firjan em Caxias

Mantega diz que Brasil continuará

intervindo no câmbio

Exportações superam US$ 5 bilhões naúltima semana

Sobe demanda das empresas por crédito

O ministro Carlos Ayres Britto (foto) tomou

posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cargo que exercerá nos próximos sete meses. Ele substitui o ministro Cezar Peluso como chefe do Poder Judiciário. Em seu discurso de posse, Brit-to enalteceu a Constituição Federal, a qual considera a "menina dos olhos da democracia". O ministro terá como desafios os jul-gamentos do processo do mensalão, dos planos eco-nômicos e das cotas para negros em universidades públicas. モPÁGINA 2

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, contes-tou a chefe do Fundo Monetário Internacional

(FMI), Cristine Lagarde, sobre a taxa de câmbio dos países emergentes. Ele disse que o Brasil con-tinuará intervindo para reduzir o valor de sua mo-eda. Em Washington, onde chegou para participar das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, o ministro lembrou que a indústria brasileira tem perdido competitividade por causa da alta do real, supostamente provocada pela falta de ação das au-toridades inanceiras dos outros países.

モPÁGINA 3

O novo presidente da Representação Regional do Sistema Firjan na Baixada

Fluminense Área II - Duque de Caxias, Flávio Abreu (foto), tomou posse na última quarta-feira (18), na sede da Federação, no Rio. Flávio é engenheiro químico e diretor executivo da unidade da Bayer em Belford Roxo. Ingressou na empresa em 1982 e, além de presidente da Representação do Sistema Firjan na Baixada Fluminense, é também membro da diretoria da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e do Siquirj (Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Rio). モPÁGINA 4

Antonio Batalha

José Cruz/ABr

モPÁGINA 3

モPÁGINA 4

Dolar Comercial 1,881 1,883 0,69Dólar Turismo 1,820 2,010 0,00Ibovespa 61,539,38 1,53

Page 2: Edição Nº 105

2 モ24 a 30 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611Endereços eletrônicos:

[email protected]@gmail.com

[email protected]@gmail.com

[email protected]@gmail.com

TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

(*) FECHAMENTO: 23 DEABRIL DE 2012

Ponto de Observação

Alberto Marques

Pesquisa da UFF retrata a violência nas escolas

Uma pesquisa da Uni-versidade Federal

Fluminense (UFF), feita na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, envol-vendo 13 escolas públi-cas e particulares da Ca-pital e 40 de Niterói (ex capital do antigo Estado do Rio) e São Gonçalo, identiicou a ocorrência de casos constantes de violência em 68% das instituições pesquisadas, sendo que em 85% de-las não havia psicólogos. Além dos meios de comu-nicações, as redes sociais também tem registrado casos de maus-tratos, bri-gas entre colegas e con-litos com professores fo-ram as ocorrências mais comuns.

Realizada entre 2010 e 2011, a pesquisa foi apresentada nesta segun-da-feira (23) durante o 3º Ciclo Internacional de Conferências e Debates: Crises na Esfera Educati-va - Violências, Políticas e o Papel do Pesquisador, na Faculdade de Educa-ção da UFF, em Niterói. A coordenadora da pes-quisa, Marília Etienne Arreguy, doutora em saú-de coletiva e professora

de psicologia do Departa-mento de Fundamentos Pe-dagógicos da Faculdade de Educação da UFF ressaltou que, a partir dos dados qua-litativos, que considera os mais relevantes, é possível identiicar que, mesmo nas instituições em que o ní-vel de violência é relatado como baixo, informações dadas pelos próprios en-trevistados contradizem a airmativa. “Houve entre-vistados que disseram que a violência era baixa e que o camburão da polícia só passava na escola de vez em quando”.

Dentre as instituições pesquisadas, 45% eram es-taduais, 35% municipais, 3% federais e 17% parti-culares. A pesquisadora la-mentou a ausência de pro-issionais de psicologia e de assistência social dentro das escolas, sobretudo nas públicas, e concluiu que a violência crescente nes-sas instituições de ensino é acentuada pela falta de apoio aos alunos envolvi-dos como vítimas ou pro-tagonistas dessa violência. “Alguns funcionários ri-ram quando perguntados se havia psicólogos nas escolas e respondiam que, se faltava professor, ainda mais psicólogos. Apenas uma escola pública, no

Rio, tinha um contingente minimamente razoável de psicólogos”.

Segundo Marília Arre-guy, a maioria dos alunos considerados violentos é encaminhada para o servi-ço público de saúde e mui-tos pais acabam não levan-do os ilhos para a consulta com um psicólogo, por variados motivos, como falta de dinheiro para pagar as passagens, ou de tempo para fazê-lo, pois é grande o número como chefe da família, por preconceito, ou por falta de proissio-nais para atendê-los, en-tre outros. “A violência é fundamentalmente social, contextual e humana. Essa agressividade inerente ao ser humano precisa ser tra-balhada nas escolas para que ela [a agressividadea] não se transforme em vio-lência e ajude o aluno a vi-ver melhor. Esse trabalho não está sendo feito ou está sendo feito de modo inei-ciente. Essas crianças estão sem assistência e acabam, muitas vezes, sendo medi-cadas, como se esse fosse apenas um problema do in-divíduo”.

A educadora criticou as linhas de pesquisa e proje-tos “estigmatizantes” que focam apenas na identiica-ção de crianças que sofrem

"bullying" ou têm per-il violento. “Claro que existem crianças e jovens com mais diiculdade na relação intersubjetiva, mas o problema é mais amplo, é uma questão da sociedade. A violência está sempre ligada à rela-ção de poder, de subjuga-ção de um sujeito em re-lação ao outro, ou mesmo é decorrente de formas de opressão institucionaliza-das”.

O estudo mostra tam-bém que 73% dos prois-sionais entrevistados dis-seram ser a favor da ajuda de um psicólogo atuando em auxílio à educação. Muitos professores dis-seram ter sido agredidos e ameaçados por alunos. “Precisamos de recur-sos públicos, concursos, mais psicólogos e assis-tentes sociais nas esco-las, professor bem pago e trabalhando com satis-fação”, observou Marília Arreguy. Segundo ela, na cidade do Rio, a situação é um pouco melhor que nos outros municípios, já que, na capital, existe contingente de psicólo-gos atuando nas coor-denadorias regionais de educação, oferecendo su-porte proissional a pais e educadores.

Carlos Ayres Britto assume a presidência do STF

O ministro Carlos Ayres Britto tomou posse

dia 19 como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cargo que exerce-rá nos próximos sete me-ses. Em novembro, quan-do completará 70 anos, o ministro vai se aposentar compulsoriamente. Britto substitui o ministro Ce-zar Peluso como chefe do Poder Judiciário. Em seu discurso de posse, Britto enalteceu a Constituição Federal, a qual conside-ra a "menina dos olhos da democracia". "A Consti-tuição conferiu ao magis-

trado o dever de guardá-la sobre pau e pedra, o que faz do compromisso de posse uma jura de amor", disse. E anunciou que, como presente de posse, vai distribuir, aos ministros e convidados, uma versão atualizada da Constituição Federal. O ministro Joa-quim Barbosa assumiu a vice-presidência do STF.

O novo presidente do STF terá como desaios os julgamentos do processo do mensalão, dos planos econômicos e das cotas para negros em universida-des públicas. Seu mandato

primará pelo diálogo aberto com juízes, representantes do Legislativo, do Executi-vo e de entidades diversas e com seus próprios cole-gas de Tribunal para arti-cular assuntos de interesse do Judiciário. Britto é o décimo terceiro presidente do STF e o quinto sergipa-no a ocupar uma cadeira na Suprema Corte. Em sua trajetória jurídica, ocupou, em Sergipe, os cargos de consultor-geral do Estado, procurador-geral e procu-rador-geral do Tribunal de Contas. Ingressou no STF em junho de 2003. Coman-

dou as eleições municipais de 2008 como presidente do Tribunal Superior Elei-toral (TSE). Em 2010, as-sumiu a vice-presidência

da Corte Eleitoral.A cerimônia de posse

no Supremo contou com a presença da presidenta da República, Dilma Rousse-

ff. O discurso de despedida do agora ex-presidente do STF, Cezar Peluso, estava previsto durante a posse, mas ele não se pronunciou.

Jose Cruz-ABr

Operação apreende

material para montagem

de caça-níqueis

Agentes da Operação Barreira Fiscal, da

Secretaria Estadual de Go-verno, apreenderam sábado (21), no Posto de Nhanga-pí, em Itatiaia, uma grande quantidade de equipamen-tos eletrônicos e gabinetes de madeira, material que se-ria utilizado para montagem de uma central de máquinas “caça-níqueis”. Na cami-nhonete, foram encontrados monitores de Led 20” e 15”, processadores, placas-mãe, tripés, além de outros pro-

dutos. O motorista tentou escapar no quilômetro 324 da Rodovia Presidente Du-tra, sentido São Paulo - Rio de Janeiro, mas policiais militares do posto da Barrei-ra Fiscal pararam o veículo e veriicaram que não havia documentação do material transportado. O motorista e o ajudante foram presos em lagrante e conduzidos para a 99ª DP de Itatiaia. Eles foram indiciados pelo Art. 334 do Código Penal (Con-trabando e Descaminho).

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,881 1,883 0,69Dólar Turismo 1,820 2,010 0,00

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,654 5,656 0,51Dólar Austrália 1,031 1,031 0,66Dólar Canadá 0,990 0,991 0,08Euro 1,315 1,315 0,48Franco Suíça 0,913 0,913 0,44Iene Japão 81,170 81,200 0,43Libra Esterlina Inglaterra 1,612 1,613 0,00Peso Chile 488,600 499,500 0,60Peso Colômbia 1.768,500 1.770,500 0,06Peso Livre Argentina 4,360 4,430 0,00Peso MÉXICO 13,180 13,814 0,59Peso Uruguai 19,800 20,000 0,10

BolsaValor Variação %

Ibovespa 61,539,38 1,53IBX 21.400,75 1,06Dow Jones 12,927,17 0,78Nasdaq 2.970,45 1,00Merval 2.309,85 1,22

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 116,800 116,820 1,41Ouro onça troy 1.637,460 1.639,430 0,08Prata onça troy 30,760 30,860 0,13Platina onça troy 1.554,800 1.563,380 0,07Paládio onça troy 669,070 674,640 0,02

Indicadores

Poupança 24/04 0,533Poupança p/ 1 Mês 23/04 0,500Juros Selic meta ao ano 9,00Salário Mínimo (Federal) R$ 622,00

Page 3: Edição Nº 105

3モ24 a 30 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta

DILMA ROUSSEFF:

[email protected] ou

[email protected]

IARA A. FERREIRA, 19 anos, auxiliar administrativa em Contagem (MG) - Ouvindo o seu pronunciamento

no Dia Internacional da Mulher tomei conhecimento

do programa Rede Cegonha. Como estou na

primeira gravidez, gostaria de receber os benefícios

desse programa em meu município. Presidenta Dilma – Iara, o primeiro passo

é procurar um posto de saúde, para iniciar os cuidados do pré-natal e se cadastrar para receber o acompanhamento da Rede Cegonha. A Rede visa garantir assistência integral, desde o planejamento familiar até a conirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança. A gestante poderá solicitar um auxílio transporte de até R$ 50,00, para não faltar às consultas do pré-natal. Em Contagem, você deverá iniciar o acompanhamento pela Rede Cegonha na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência e ter o seu bebê na Maternidade Municipal da cidade, que está sendo ampliada com recursos do governo federal. Foram R$ 3,26 milhões para a qualiicação e custeio de novos leitos de UTI Neonatal e adulto, leito Canguru, leitos de gestação de alto risco e UCI Neonatal. Destinamos também para o seu município R$ 457 mil para custear, por exemplo, a ampliação da oferta dos novos exames de pré-natal. Já aderiram à Rede Cegonha 2.731 municípios, de 25 Estados. Vamos investir R$ 9,4 bilhões até 2014 para aperfeiçoar toda a rede de assistência, ampliar e melhorar as condições de atendimento. Brasileiras como você poderão ter uma gestação segura e dar à luz e cuidar de seus bebês com atendimento adequado e humanizado no Serviço Único de Saúde, o SUS.

ELIANE RIBEIRO, 48 anos, agente comunitária de

saúde em Duque de Caxias (RJ) - Por que o governo não investe mais na prevenção, oferecendo mais cursos de

capacitação aos agentes comunitários de saúde? Presidenta Dilma – Concordo com você que

é fundamental cuidar da prevenção. Para isso, o governo federal desenvolve um conjunto de ações de qualiicação de proissionais em todo o país. Os agentes que atendem nos serviços de Atenção Básica do SUS podem optar pela educação e pela supervisão à distância por meio do Programa Telessaúde Brasil Redes. Especialistas orientam à distância os proissionais que estão em contato direto com o paciente, tornando o aprendizado muito mais efetivo. No ano passado, lançamos a estratégia Saúde Mais Perto de Você – Acesso e Qualidade, que prevê mais recursos para os municípios que cumprirem metas na qualiicação do trabalho nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no Saúde da Família, programa no qual os agentes comunitários estão inseridos. Neste mês iniciamos a terceira etapa de avaliação de 17.482 Equipes de Saúde da Família (ESF) que atendem a 3.972 municípios. Os que tiverem equipes bem avaliadas poderão receber até o dobro dos recursos, o que permitirá preparar os agentes para que ofereçam um atendimento de muito melhor qualidade aos usuários do SUS.

YURI KORELO, 16 anos, liderança estudantil em Ponta Grossa (PR) - Existem rodovias federais

privatizadas por governos anteriores, cujo valor

dos pedágios é absurdo e o investimento que se faz é

mínimo. Com a aproximação do im dos contratos de concessão, queria saber o que será feito pelo governo.

Presidenta Dilma – No Paraná, Yuri, há apenas três trechos de rodovias com concessões em que o poder concedente é o governo federal: dois na BR-116 (São Paulo–Curitiba e Curitiba–Divisa SC-RS), e um na BR-376-101 (Curitiba–Florianópolis). Os contratos foram assinados em 2008, com prazo de validade de 25 anos. As concessões desses trechos já foram feitas seguindo um novo modelo, que prevê a licitação pela menor tarifa de pedágio, e não mais pelo maior valor de outorga que a empresa pagava ao governo. Essa foi a principal mudança, exatamente para beneiciar o usuário. As empresas, por contrato, se comprometem também com a recuperação, duplicação, enim, com a modernização das rodovias. Temos utilizado essa nova forma de licitação para novas concessões ou por ocasião do vencimento dos contratos já existentes. Há outros casos de rodovias em que o poder concedente é o governo estadual, ao qual cabe deinir como serão os contratos de concessão. Isto ocorre no Paraná, onde algumas estradas federais passaram à administração do Estado e, mais tarde, foram concedidas por este à iniciativa privada. Os contratos dessas concessões vencem somente na próxima década, quando haverá oportunidade de o governo estadual repactuar as condições da concessão.

Exportações ultrapassam

US$ 5 bi na última semanaAs exportações brasi-

leiras somaram US$ 5,084 bilhões na sema-na passada, o que dá uma média diária de US$ 1,017 bilhão, no período. Este número representa um au-mento de 11,3% em relação à semana imediatamente anterior. As importações atingiram US$ 4,981 bi-lhões, com aumento de 5,4% pelo mesmo critério. A diferença entre compras

e vendas externas teve su-perávit de US$ 103 mi-lhões entre os dias 16 e 22 de abril. Os números divul-gados nesta segunda-feira (23) pelo Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mos-tram que o melhor desem-penho das exportações, na semana passada, decorreu principalmente do aumento de 2,8% nos embarques de produtos básicos e de 7,6%

dos produtos semimanufa-turados. Houve queda nas vendas de manufaturados (-6,3%).

Mesmo com o resultado positivo obtido na semana passada, o desempenho da balança comercial em abril segue negativo em US$ 177 milhões, em decorrên-cia do fraco desempenho dos embarques externos nas duas primeiras sema-nas do mês. No acumula-

do de abril, as exportações alcançaram US$ 13,310 bilhões e as importações US$ 13,487 bilhões. As importações foram 12,2% superior ao registrado em março de 2012. Os maiores gastos, no mesmo período, decorreram da importação de combustíveis e lubrii-cantes; cobre e suas obras; veículos, automóveis e par-tes, além de aparelhos ele-trônicos e farmacêuticos.

Mantega contesta FMI e diz que Brasil

continuará intervindo no câmbio

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, con-

testou na quinta-feira (19) a chefe do Fundo Mone-tário Internacional (FMI), Cristine Lagarde, sobre a taxa de câmbio dos paí-ses emergentes. Ele disse que o Brasil continuará intervindo para reduzir o valor de sua moeda. Em Washington, onde che-gou para participar das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, o ministro lembrou que a indústria brasileira tem perdido competitividade por causa da alta do real,

supostamente provocada pela falta de ação das au-toridades inanceiras dos outros países. "No caso do Brasil, somos um dos paí-ses que mais sofrem com a valorização do câmbio. Nossa indústira tem per-dido competitividade em parte por causa da desva-lorização das moedas de outros países", disse Man-tega. "Estamos provando, na prática, que fazendo intervenções no câmbio – já que outros países re-solveram usar essa estraté-gia – podemos diminuir a desvantagem que nossa in-

dústria tem tido a partir de um câmbio valorizado", acrescentou.

A declaração de Man-tega foi uma resposta à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, que havia dito que os países emergentes precisam fa-zer ajustes ou aceitar uma taxa de câmbio mais alta. "A Europa não é o único lugar onde é preciso agir. Os mercados emergentes também devem tratar de seus problemas. Outros mercados emergentes pre-cisam icar atentos aos lu-xos de capitais e adminis-

trá-los com as ferramentas de prudência macroeco-nômica necessárias, ajus-tar suas moedas da forma apropriada e aceitar a evo-lução dessas moedas", ti-nha declarado Lagarde.

Mantega classiicou a declaração como "um equívoco". "De jeito ne-nhum. Temos uma relação clara em relação a isso e, inclusive, temos o apoio dos membros do FMI. No nosso caso, ela [a inter-venção no câmbio] é ab-solutamente necessária e vamos continuar fazendo", completou.

Projetos de Claise Maria Zito recebem apoio de Sérgio Cabral

A Assembleia Legislati-va do Rio (Alerj) apro-

vou quarta-feira (18), o pro-jeto de lei 57/09, que inclui no calendário do estado a Semana Estadual de Doa-ção de Leite Materno, a ser realizada anualmente entre os dias 19 e 25 de maio. De acordo com a proposta da deputada Claise Maria Zito (PSD), a administra-ção pública deverá realizar, em parceria com a rede de bancos de leite, campanhas e debates nas comunidades onde estão localizados os bancos. Claise aproveitou para anunciar o inicio de uma campanha a respei-to do armazenamento do leite materno. “Os bancos de leite estão sem os potes adequados, nossa campa-nha terá como meta con-seguir arrecadá-los e cons-cientizar a nossa população sobre a importância da amamentação na saúde de nossos bebês”. Presidente da comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso, Claise aprovei-tou para anunciar que em recente encontro entre os deputados da bancada do PSD na Alerj e o Governa-dor, Sérgio Cabral, recebeu o apoio do Poder Executi-vo para sansão e aplicação de projetos e programas propostos por ela na Alerj. Em pouco mais de um ano de mandato, este é o sétimo

projeto da deputada apro-vado pela Alerj e em bre-ve será o quinto a receber a sansão do governador, transformando-o em lei.

- Acho importante que o nós deputados venhamos a nos preocupar em defender nossos projetos de lei jun-to ao poder executivo, seja na igura do governador ou junto aos órgãos e secreta-rias que terão a competên-cia de colocá-los em práti-ca, pois acredito que esta é a melhor forma de fazer com que estas novas leis e programas criados sejam de fato executados, cum-pridos e iscalizados. Não podemos mais criar uma série de leis que icarão apenas no papel ou cairão no esquecimento. Nosso

papel é criar projetos que realmente tragam benefí-cios diretos a nossa popu-lação ou venham a corrigir e melhorar serviços e pro-gramas públicos já existen-tes - argumenta Claise.

Além dos projetos de lei, ainda no ano passado, Claise Maria viu ser apro-vada uma emenda parla-mentar de sua autoria a um projeto enviado a Alerj pelo Poder Executivo que garantiu uma verba de R$ 100 milhões de reais para investimentos nos com-bates ás enchentes, atra-vés de investimentos em obras de contenção de en-costas, drenagem de rios e pavimentação de ruas, além de retirada de famí-lias residentes em áreas de

Divulgação

risco. Também em 2011, o governador sancionou o Programa de Apoio a Re-cuperação de Dependentes Químicos, do qual Clai-se é uma das idealizado-ras a partir da campanha de combate ao Crack que realizou nos municípios da Baixada Fluminense. O programa nasce com a urgência de levar o aten-dimento o mais próximo possível dos usuários e dependentes de drogas no território luminense. Desta campanha, surgiu também outro projeto já aprovado pela Assembleia e que aguarda sansão do executivo: A inclusão no Calendário Oicial do Es-tado do Dia Estadual de Enfrentamento ao Crack.

Page 4: Edição Nº 105

4 モ24 a 30 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Toma posse novo presidente da

Representação da Firjan em Caxias

O novo presidente da Representação Regio-

nal do Sistema Firjan na Baixada Fluminense Área II (Duque de Caxias), Flá-vio Abreu, tomou posse na última quarta-feira (18), na sede da Federação, com a presença do presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, do ex-presidente da Repre-sentação, Silvio Carvalho, entre outros colaboradores do Sistema e empresários luminenses. “Estou muito honrado por poder estar ati-vamente dentro do Sistema Firjan, que representa hoje mais de 9.800 empresas no estado. O proissionalismo e a seriedade desta casa nos deixam muito confor-táveis”, disse o novo presi-dente, que terá mandato de dois anos, ao lado do vice-presidente Jorge Rodrigues Nascimento.

Flávio Costa Abreu é engenheiro químico e di-retor executivo da unidade da Bayer em Belford Roxo. Ele entrou na empresa como trainee, em 1982, e, além de presidente da Re-presentação do Sistema Firjan na Baixada Flumi-nense, é também membro da diretoria da Câmara de Comércio e Indústria Bra-sil-Alemanha e do Siquirj (Sindicato da Indústria de

Produtos Químicos para Fins Industriais do Rio). O novo presidente comentou durante a posse os compro-missos que está assumin-do. “Propiciar às empresas que participam da regional o acesso às informações. Procurar absorver as de-mandas dos empresários, trazendo aqui para a casa. E também atuar dentro do conselho como polo irra-diador dessas políticas, desses projetos maravilho-sos que temos aqui”.

Eduardo Eugenio Gou-vêa Vieira agradeceu o tra-

balho feito por Silvio Car-valho e deu as boas vindas ao novo presidente, falan-do sobre um dos primeiros desaios que ele terá, o 9º Encontro de Negócios do Grande Rio, que aconte-ce de 29 a 31 de maio, no SESI Caxias. “Nesse even-to vamos divulgar o mape-amento da cadeia produti-va de Petróleo e Gás, cujo foco será nos municípios de Duque de Caxias, Gua-pimirim, Magé, São João de Meriti e Belford Roxo”, adiantou Eduardo. O lan-çamento oicial do Encon-

tro de Negócios aconteceu durante a solenidade. O evento, que acontece há 12 anos, promove o encontro entre empresas de diversos segmentos. Serão rodadas de negócios, palestras e exposição de fornecedores que irão proporcionar aos empresários acesso a novos mercados e informações estratégicas para melhorar a gestão das empresas. A expectativa desta edição é registrar a visita de três mil pessoas e gerar um volume de negócios de R$ 30 mi-lhões.

Divulgação/Antônio Batalha

Demanda das empresas por

crédito sobe 14,4% em março

O número de empre-sas que procuraram

crédito no mercado subiu 14,4% em março ante fe-vereiro, segundo dados divulgados dia 19 pela empresa de consultoria Serasa Experian. Na com-paração com o mesmo mês do ano passado, foi registrada alta de 5,5%. No acumulado do primei-ro trimestre, houve eleva-ção de 0,8% em relação ao mesmo período de 2011. A variação positiva foi inluenciada pelo cresci-mento na procura em to-

dos os setores, de acordo com a Serasa. As empresas de serviços apresentaram a maior demanda por cré-dito (15,8%). Nos setores de comércio e industria, houve elevação de 14% e 12,2% respectivamente.

Na análise por regiões do país, o movimento de alta também é generaliza-do. O maior crescimento ocorreu na Região Sul, com variação de 17,2% sobre fevereiro. Em segui-da aparecem o Nordeste, Norte e Sudeste, com ele-vações de 16,8%, 14,1% e

13% respectivamente. O menor aumento foi apura-do na região Centro-Oeste, 11,6%.

Considerando a classi-icação por porte, as micro e pequenas empresas am-pliaram a demanda por cré-dito em 15,1% em março ante fevereiro. As empre-sas médias registraram au-mento de 4,8% e grandes, de 2,5%. Porém, se consi-derado o acumulado dos primeiros três meses do ano, no comparativo com o mesmo período do ano passado, a maior elevação

na procura foi apurada en-tre as grandes empresas, que ampliaram em 16,1% a sua demanda, e a menor entre as pequenas, com alta de apenas 0,2%. Já nas mé-dias, a busca por crédito foi 9,9% maior no primeiro trimestre de 2012.

Segundo os economis-tas da Serasa, apesar da alta mais expressiva no comparativo mensal, a ligeira aceleração na re-lação anual é um sinal de que a atividade econômi-ca permaneceu fraca neste início de ano.

RODRIGO DE CASTRO é

jornalista e pós-graduado em

Marketing e Comunicação Empresarial

pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Bastidoresda ALERJ

Interesse público

X

Interesse Privado

Na última semana, mais uma polêmica envol-veu a Alerj e em sua relação de amor e ódio

com a imprensa carioca, despertou a opinião públi-ca em torno de um tema que mais uma vez pauta os noticiários políticos. A expressão “desperdício do dinheiro público” virou moda e agora foi utilizada para camular interesses privados de um tradicional escritório de advocacia localizado no antigo prédio da Bolsa de Valores do Estado do Rio de Janeiro. E é exatamente este prédio, o alvo central de toda a polêmica.

Tudo começou com uma reportagem de um grande diário carioca, assinada pelo experiente re-pórter especial Chico Otávio, relatando um decreto do Governador Sérgio Cabral que desapropria o re-ferido prédio de forma que este possa vir a abrigar a nova sede da Alerj. Entra em cena o tal escritório de advocacia que publicou no mesmo jornal infor-me com o seguinte título: “Um bilhão de reais: As-sembleia Legislativa esbanja e povo paga”. Con-forme sugere o título, o informe acusa a Alerj de planejar gastos equivalentes a R$ 500 milhões com a compra do prédio da Bolsa de Valores e outros R$ 500 milhões com a reforma e transferência do Plenário e gabinetes parlamentares, além de depar-tamentos administrativos para o novo endereço.

Existe um interesse real e privado deste escri-tório, obscuro pela justiicativa de ter o dever de protestar contra o desperdício do dinheiro do povo. A supervalorização imobiliária vivida nos quatro cantos do Rio de Janeiro, impulsionou a estes em-presários a uma avaliação própria do valor deste imóvel em torno de meio bilhão de reais, pois pos-suem algumas salas neste prédio e induziu a pre-cipitação o jornal que produziu a reportagem, pois de acordo com a Alerj, foi necessário solicitar o documento de desapropriação com o único intuito de ser possível dentro da lei, solicitar a avaliação dos valores por peritos da Procuradoria Geral do Estado. O custo real do imóvel gira em torno de R$ 115 milhões, mas a mudança ainda será avaliada pela Mesa Diretora da Assembleia e isso será tema de nossa próxima coluna.

Page 5: Edição Nº 105

5モ24 a 30 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Marcha contra a corrupção reúne

jovens na Esplanada dos Ministérios

Um público formado principalmente por jo-

vens se reuniu sábado (21) sob um sol forte de outono na capital do país para pro-testar contra a corrupção. Cerca de 1,5 mil pesso-as, segundo estimativa da Polícia Militar do Distri-to Federal, marcharam na Esplanada dos Ministérios vestindo roupas pretas e carregando faixas e carta-zes que pediam o im dos desvios de verbas públicas. A marcha foi reforçada pelo público que participa das comemorações dos 52 anos de Brasília. No Rio, os manifestantes, munidos de apitos, nariz de palhaço, cartazes e faixas, se reuni-ram na praia de Copacaba-na e pediram a moralização na política e o im dos des-vios de dinheiro público. A Marcha contra a Corrupção aconteceu em diversos es-tados do país. A próxima marcha contra a corrupção já tem data marcada: 7 de setembro, Dia da Indepen-dência do Brasil.

Esta foi a terceira edição da marcha organizada pelo Movimento Brasil contra a Corrupção (MBCC). Os protestos são organizados, principalmente, pelas redes sociais. As principais ban-

deiras desta edição da mar-cha foram o im do voto secreto nas votações do Congresso e celeridade no julgamento do escândalo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os cartazes, havia muitos que pediam a saída do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, citado nas investigações da Polícia Federal que leva-ram à prisão o empresário goiano Carlinhos Cacho-eira, suspeito de comandar um esquema de jogos ile-gais.

Segundo Rodrigo Mon-tezuma, um dos organiza-dores da Marcha, o MBCC

é um movimento apartidá-rio e não tem relação com nenhum grupo político es-pecíico. “Todos os dias nós temos notícia de cor-rupção, no café da manhã, no almoço e no jantar. Os homens públicos que deve-riam zelar pelos recurso es-tão pilhando o dinheiro do contribuinte”.

No Rio de Janeiro, a passeata foi acompanha-da pela Polícia Militar. Os policiais seguiram os manifestantes a pé e com o apoio de quadriciclos e carros de patrulha. A PM não divulgou estimativa do número de pessoas que participaram do protesto.

Um dos organizadores do movimento, Eric Chendo, disse que entre as princi-pais reivindicações dos manifestantes estão o im do voto secreto no Con-gresso Nacional e a tipii-cação da corrupção como crime hediondo. “O povo está cansado da corrupção, temos que dizer um basta. Esse é um pequeno passo para a gente se mobilizar e iltrar nossos políticos. A icha limpa foi um come-ço, mas ainda temos muito a fazer”, disse ele, que se mostrou satisfeito com a adesão dos cariocas à mar-cha, mesmo em um feriado e com tempo nublado.

Antonio Cruz-ABr

Presidente do SITICOMMM apóia greve dos trabalhadores do Comperj

O presidente do Siti-commm-Sindicato

dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Montagem Indus-trial, Mobiliário, Mármo-re e Granito e do Vime de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópo-lis, Magé e Guapimirim, Josimar Campos de Sou-za, o Mazinho, foi convi-dado pelo presidente do Sinticom-Sindicato dos Trabalhadores da Cons-trução Civil e Mobiliário de São Gonçalo e Região, Manoel Vaz, e pelos tra-balhadores do Comperj-Complexo Petroquímico do Estado, para ajudar nas negociações coleti-vas da categoria.

Os 15.000 trabalhado-res do Comperj entraram em greve no último dia 9, reivindicando melho-res condições de traba-lho e aumentos salariais retroativos a 1º de feve-reiro, que é a data base das categorias que atuam em Itaboraí. “Tenho par-ticipado das assembléias juntamente com as ou-tras entidades que estão apoiando e participado no movimento”, disse Mazinho ao Capital. A greve esbarrou em mais um impasse entre empre-sas e trabalhadores, na sexta-feira (20), quando completou 12 dias, em reunião realizada à tar-de na sede do Sindicato

Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sini-con).

As empresas - são 24 consórcios que constroem o complexo - oferecem 9% de aumento, além de rea-justes maiores para algu-mas funções. O Sinicon e o Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do RJ (Sindemon) informaram que ainda não há estimativa para o preju-

ízo com a greve nem para possíveis atrasos na entre-ga das obras. Inicialmente, a conclusão do Comperj estava prevista para março, mas a meta atual é outubro de 2014.

Segundo a Petrobras, o movimento grevista é re-alizado por empregados terceirizados de quatro consórcios e, em nota, in-formou que atrasos na obra por causa da greve ainda não podem ser avaliados.

Divulgação

Caixa anuncia

nova redução de

taxas de juros

A Caixa Econômica Fe-deral anunciou sexta-

feira (20) nova redução na taxa de juros de produtos para pessoa física e jurídi-ca. As novas taxas acompa-nham a decisão do COPOM de reduzir a taxa Selic e passaram a vigorar desde segunda-feira (23). Com as novas reduções, a Caixa reairma seu posicionamen-to de oferecer as melhores taxas de mercado e facilitar o acesso ao crédito a todos os cidadãos brasileiros. A redução para Pessoa Física abrange as taxas mínimas e máximas para o Emprésti-mo Consignado - Aposenta-dos INSS, e as taxas míni-mas para Financiamento de Veículos e Crédito Pessoal - CDC Salário.

Para pessoa jurídica, a redução das taxas abrange novos produtos voltados para as micro, pequenas e médias empresas. O des-taque são as operações de Capital de Giro par-celado - Crédito Especial Empresa com garantia do FGO - Fundo Garantidor de Operações. As empre-sas passarão a contar com

taxas que variam de 1,29% a.m. a 2,05% a.m. A opera-ção de antecipação de rece-bíveis imobiliários - Cons-trugiro - passa a ter uma taxa mínima de 0,97% a.m. e máxima de 1,46% a.m., acrescidas da TR. Essa li-nha é destinada às empre-sas de Construção Civil.

A Caixa destaca as redu-ções signiicativas nas ta-xas de juros que já haviam sido realizadas no Progra-ma Caixa Melhor Crédito, lançado dia. Para o Cheque Especial, a taxa mínima de 1,35% a.m. e a máxima de 4,27% a.m., continuam sendo as melhores taxas do mercado. O novo produto Cartão Azul Caixa, com taxa do rotativo de apenas 2,85% a.m., já apresenta as melhores condições para clientes que recebem ou queiram transferir o salário para a Caixa.

A estratégia dos bancos públicos de reduzirem ju-ros na semana passada e a pressão do governo levou as instituições privadas, como Bradesco e Itaú, a anunciarem cortes das ta-xas, no último dia 18.

Page 6: Edição Nº 105

6 モ24 a 30 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

2º Festival Nacional de Dança de Caxias terá 145 coreograias

O município de Duque de Caxias, pelo se-

gundo ano consecutivo, vai se transformar na ca-pital nacional da dança. O 2º Festival Nacional de Dança Prêmio Braskem será aberto quarta-feira (25), com mostras com-petitivas no Teatro Mu-nicipal Raul Cortez, e exibições fora da com-petição em palcos alter-nativos. Serão premia-dos o Melhor Bailarino (R$ 1.000,00), a Melhor Bailarina (R$ 1.000,00) e o Melhor Grupo (R$ 1.500,00). O evento faz parte das comemorações do Dia da Baixada, fes-tejado dia 30 de abril. A abertura oicial vai contar com a presença do Prefei-to José Camilo Zito e do

Secretário de Cultura e Tu-rismo, Gutemberg Cardo-so. A premiação acontecerá a partir das 19h no dia 29, quando se comemora o Dia Internacional da Dança. O evento, que tem direção de Carlos Mutalla, coordena-ção de Adriana Miranda e Yran Ribeiro e produção de Elaine Marques, é pro-movido pela Secretaria de

Cultura e Turismo e a Es-cola de Dança Adriana Mi-randa.

Dos 30 grupos que par-ticiparão, 11 são de Nova Iguaçu, 7 de Duque de Caxias, 2 de Mesquita, 4 de Nilópolis, 2 de Belford Roxo, 2 do bairro Pavuna (Rio de Janeiro), 1 do bair-ro do Méier (RJ) e 1 da Vila da Penha (RJ). Ao todo, se-

rão 145 coreograias que proporcionarão aos espectadores uma rica viagem cultural por ritmos como o jazz, balé, street dan-ce, folclore e danças populares. O evento contará também Terá ainda a participação de Companhias convi-dadas e workshops.

A COMRUA Cia de Dança é uma das convidadas. Ela fará apresentação especial dia 28

Divulgação

Catadores farão cursos de

qualiicação proissional

A Secretaria Muni-cipal de Assistên-

cia Social e Direitos Humanos de Duque de Caxias (SMASDH), em parceria com o SE-NAC/Rio e o SENAI, estará inscrevendo os catadores do ater-ro sanitário do Jardim Gramacho e seus fa-miliares em cursos de qualiicação proissio-nal. As inscrições se-rão feitas de 24 a 27 de abril, no CRAS do Jar-dim Gramacho, das 8h às 16h, com os cursos tendo início na semana seguinte.

Inicialmente serão ofe-recidos 350 a 400 vagas para as qualiicações de depiladora, camareira, garçom, agente de via-gem, organizador de even-tos, almoxarife, padeiro e confeiteiro, pizzaiolo, cui-dador de idoso, cozinhei-ro, eletricista, montagem e manutenção de computa-dores, entre outros. A du-ração dos cursos depende da carga horária exigida por cada uma das qualii-cações. Tanto o SENAC e o SENAI disponibilizarão ajuda de custo para passa-gem, lanche e material do cursos.

Tecnologia ajuda Receita a identiicar fraudes em declarações do IR

A Receita Federal uti-liza cada vez mais a

tecnologia para preparar novas operações e coibir fraudes na declaração do Imposto de Renda Pes-soa Física (IRPF). Este ano, só em abril, como resultado de cruzamento de dados, foram feitas operações de iscaliza-ção no Paraná e no Dis-trito Federal. De acordo com subsecretário de Fiscalização da Recei-ta Federal, Caio Marcos Cândido, cada unidade da Receita no país tem procurado identiicar, por meio dos sistemas informatizados, os tipos de fraudes para planejar as operações, que devem ser delagradas ainda no

primeiro semestre.No último dia 18, a

Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Pú-blico Federal delagraram a Operação Ferrugem com o objetivo de combater frau-des na declaração do IR em Araucária, região metropo-litana de Curitiba. Dois es-critórios de contabilidade são investigados, suspeitos de enviar, desde o início do ano, cerca de 10 mil decla-rações de IRPF com indí-cios de fraude.

Os prejuízos estimados aos cofres públicos, caso a Receita não descobrisse as fraudes, ultrapassariam os R$ 60 milhões. Entre as principais infrações, estão despesas falsas com prois-sionais de saúde, pensões

alimentícias e previdên-cia privada, que buscavam gerar um abatimento ile-gal no imposto a pagar, ou uma restituição indevida de impostos. No dia 11, o cerco aos contribuintes que fraudam a declaração foi realizado em Brasília por meio da Operação Marca-ção Cerrada. O esquema de fraude nesse caso envolve mais de 1,5 mil contribuin-tes, principalmente funcio-nários públicos.

A Receita informou ain-da que intimidou, até ago-ra, 158.094 mil contribuin-tes que tiveram problemas com declarações até 2011 e abriu mais 200 mil pro-cedimentos de iscalização até o dia 15 de abril de 2012. O contribuinte pode

retiicar a declaração quantas vezes achar necessário, mas se for notiicado não terá alternativa. Terá que provar para a Receita que houve algum tipo de engano. Caso haja sonegação, a multa de ofício mínima é 150%, mas pode chegar a 225%, além de ação criminal por prejuízos aos cofres públicos.

O prazo para a en-trega da Declaração do Imposto de Renda começou no dia 1º de março e termina em 30 de abril. O programa gerador da declaração está disponível na pá-gina da Receita na in-ternet.

Brasil pode diicultar entrada de produtos

argentinos

O ministro da Agri-cultura, Pecuá-

ria e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, criticou a restrição à entrada de carne suína brasileira na Argenti-na e disse que, caso a barreira seja mantida, medidas que diicultem a entrada de produtos argentinos no país po-derão ser adotadas. Ao participar do programa “Bom Dia, Ministro”, produzido pela EBC Serviços em parceria

com a Secretaria de Co-municação da Presidên-cia da República, Mendes Ribeiro lembrou que o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordei-ro, deve se reunir com o ministro da Agricultura do país vizinho, Norber-to Yauhar, para tratar do assunto. “Queremos uma relação extremamente cordial e respeitosa com o país vizinho e, para isso, queremos o comércio dos nossos suínos reestabele-cido”, assinalou.

Depois de expropriação, Europa ameaça

suspender investimentos na Argentina

A União Europeia (UE), formada por

27 países, pediu nesta segunda-feira (23) ao go-verno da Argentina para rever a decisão sobre a expropriação da YPF, pe-trolífera espanhola, sob risco de destruir os in-vestimentos estrangeiros no país. No que depender dos europeus, o caso será levado para deinição na Organização Mundial do Comércio (OMC) para combater as medidas protecionistas na Argen-tina. Os apelos da União Europeia foram encami-nhados à Argentina por meio de carta, enviada pelo comissário europeu para assuntos humanitá-rios, Karel De Gucht. "A

expropriação das ações da Repsol na YPF se juntam a uma lista crescente de deci-sões problemáticas tomadas recentemente pela Argenti-na na área do comércio e do investimento", disse.

Segundo o comissário, as medidas relacionadas com a expropriação da pe-trolífera são "incompatí-veis" com as normas da OMC e geraram "efeitos adversos signiicativos" nas exportações europeias para a Argentina em várias áreas. A União Europeia é o prin-cipal investidor estrangeiro na Argentina com aportes chegando a mais de 50% dos investimentos externos no país.

O assunto é tema da discussão coordenada pela

chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, com os ministros dos negócios estrangeiros, em Luxemburgo. Ashton disse que a Argentina deve respeitar suas "obrigações internacionais". “É impor-tante [a Argentina] não ter-minar em uma posição em que se destruam investi-mentos diretos estrangeiros

[no país]", disse.O ministro dos Ne-

gócios Estrangeiros de Luxemburgo, Jean Asselborn, disse que os europeus têm de ser “solidários” à Espanha e que não se pode acei-tar expropriações que prejudiquem os inte-grantes da União Euro-peia.

Sarkozy e Hollande têm 12 dias de

campanha até o 2º turno das eleições

O presidente da Fran-ça, Nicolas Sarko-

zy, e o socialista Fran-çois Hollande têm 12 dias para intensiicar a campanha na disputa pe-los votos dos indecisos e daqueles que apoiaram os candidatos de cen-tro, da extrema direita e esquerda. O segundo turno das eleições no país ocorre dia 6. Até lá, Hollande está em vantagem por ter obtido 28,6% dos votos, con-tra 27,1% de Sarkozy. O assunto foi destaque nesta segunda-feira (23) na imprensa francesa e

internacional. No domin-go (22), no primeiro turno das eleições presidenciais francesas, Marine Le Pen, da extrema direita, regis-trou recorde, com 18% dos votos. A Frente de Esquer-da, de Jean-Luc Mélen-chon, conquistou 11% e o candidato de centro, Fran-çois Bayrou, obteve 9% dos votos.

Para analistas norte-americanos, a candidata da extrema direita Mari-ne Le Pen poderá decidir os resultados do segundo turno e Hollande se trans-formou no querido dos franceses.

Banco de Imagens

Page 7: Edição Nº 105

7モ24 a 30 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie! Ligue: 21 2671-6611

Projeção do mercado para crescimento do PIB tem ligeira alta

A projeção de analistas do mercado inancei-

ro consultados pelo Banco Central (BC) para o cres-cimento da economia, em 2012, apresentou leve alta de 0,01 ponto percentual. A estimativa para a ex-pansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de to-das as riquezas produzidas no país, passou de 3,2% para 3,21%. Para 2013, a estimativa de crescimen-to foi ajustada para bai-xo e passou de 4,3% para 4,25%. A expectativa para o crescimento da produ-ção industrial subiu de 2% para 2,02%, em 2012, e permanece em 4%, no próximo ano. A projeção para a relação entre a dívi-da líquida do setor público e o PIB passou de 36,15% para 36,2%, este ano, e de 34,7% para 35%, em 2013.

A expectativa para a co-tação do dólar ao inal do ano continua em R$ 1,79,

em 2012, e passou de R$ 1,79 para R$ 1,80, no pró-ximo ano. A previsão para o superávit comercial (sal-do positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 19 bilhões para US$ 19,2 bilhões, neste ano, e permanece em US$ 14,7 bilhões, em 2013.

Para o déicit em tran-sações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa pas-sou de US$ 68,63 bilhões para US$ 69 bilhões, este ano, e de US$ 72 bilhões para US$ 75 bilhões, em 2013. A expectativa para o investimento estrangei-ro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 56,4 bilhões para US$ 57 bilhões, neste ano. Para 2013, a projeção permane-ce em US$ 56,4 bilhões.

Vale arrenda mina da Petrobras para produzir potássio

A presidenta Dilma Rousseff disse nes-

ta segunda-feira (23) que é estratégico para o Brasil aumentar a produção de fertilizantes para reduzir a dependência externa, ba-ratear custos e melhorar a competitividade da agricul-tura brasileira. A declaração

foi feita em Rosário do Ca-tete (SE), na cerimônia de assinatura de contrato entre a Petrobras e a Vale para ar-rendamento de reservas de potássio em Sergipe. “Fer-tilizante é algo crucial para nossa segurança alimen-tar, para a capacidade de abastecer nossa população,

[para] assegurar que nossa agricultura continue com-petitiva e [para] baratear o custo da nossa produção. Um país que tem tecnologia para transformar carnalita em potássio não pode de-pender, como dependemos, de 90% da oferta de potás-sio de países do exterior”,

disse a presidenta.O presidente da Vale,

Murilo Ferreira, informou que Rosário do Catete será a maior planta de extração de potássio no Brasil e terá papel importante para a re-dução da dependência do Brasil na importação de fer-tilizantes.

Divulgação

PT conirma nome de Dalva como candidata em Caxias

Nos últimos dias, sur-giram muitas especu-

lações sobre a possibilida-de de o PT vir a apoiar em Duque de Caxias a candi-datura do PSB, em meio a uma ampla negociação para fortalecer o pré-can-didato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Mas o Diretório Municipal conirmou que vai disputar a eleição lan-çando a educadora Dalva Lazaroni, que já cumpriu todas as exigências regi-mentais do PT, e o assun-to está encerrado. “Estive em Brasília na semana passada, onde passei três dias, tive encontros com os principais dirigentes partidários, membros da Executiva e do Diretório Nacional, para comunicar que estou mantendo minha candidatura. E estamos coniantes na vitória”, dis-se Dalva, que conta com apoio de Benedita da Sil-va, Marcelo Sereno, Laisy Morière, Dolores Otero,

Lourival Casula e Mano-el Severino, entre outras lideranças. O presiden-te regional do PT, Jorge Florêncio, airmou que vai respeitar a convenção promovida em Duque de Caxias e pretende traba-lhar a favor da candidatura própria.

O presidente do Di-retório caxiense, Mano-el Ramos Black, explica que o PT não pode voltar

atrás, porque todas as exi-gências do regulamento eleitoral do partido foram cumpridas e agora não há mais possibilidade de se fazer coalizão com o PSB ou qualquer outro partido. “Primeiro, ouvi-mos a Executiva, depois, houve votação no Diretó-rio, com 70% de votos a favor da candidatura pró-pria de Dalva Lazaroni. Depois, em obediência ao

regulamento, realizamos eleições internas entre os iliados ao partido, para escolher 220 delegados. E a convenção, por maioria absoluta, aprovou a candi-data”, relata Black.

- Agora, já estamos tra-balhando duro na pré-can-didatura, inclusive nego-ciando uma coalizão com seis outros partidos. Não podemos nem devemos in-terromper nosso trabalho, a pretexto de uma negocia-ção com o PSB que nin-guém sabe se vai ocorrer ou não – acrescentou o sin-dicalista, informando que o PT vai concorrer com mui-ta chance, porque é o par-tido preferido por 38% dos eleitores do município. O coordenador da campanha, sindicalista Nilson Cesário, assinala que, ao se decidir pela candidatura própria, o PT de Duque de Caxias apenas seguiu a diretriz do IV Congresso Nacional do PT, realizado em setembro passado.

Page 8: Edição Nº 105

8 モ24 a 30 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Ligue: 21 2671-6611ANUNCIE

E-commerce: Vendas cresceram de

R$ 540 mi para R$ 18 bi em dez anos

Com 75,9 milhões (37,4% da população)

de usuários da internet, o Brasil desponta hoje em quinto lugar entre os 20 pa-íses com maior número de pessoas conectadas na rede mundial de computadores, atrás apenas do Japão, da Índia, dos Estados Unidos e da China. Levantamento fei-to pela assessoria do PT no Senado, com base em dados de institutos governamentais e não governamentais, faz uma radiograia desse setor. A avaliação da assessoria é baseada em informações da

empresa eBit, especializada em comércio eletrônico. O aumento dos valores capta-dos pelas lojas virtuais, no chamado comércio eletrô-nico (e-commerce), de R$ 540 milhões, em 2001, para R$ 18,7 bilhões, em 2011, dá uma dimensão de como o brasileiro tem se mostra-dao cada vez mais à vonta-de diante da vitrine virtual da internet. O valor dessas transações comerciais no ano passado não leva em consideração vendas de au-tomóveis, passagens aéreas e leilões online.

Os dados servem de sub-sídio para que os senadores do partido formem opinião sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que redistribui os recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os estados nas relações comerciais pela in-ternet. A matéria deve ser apreciada na reunião de quarta-feira (25) da Comis-são de Constituição e Justi-ça (CCJ) do Senado. Só nas compras de Natal de 2011, último ano do levantamen-to, o faturamento das lojas

virtuais, no período de 15 de novembro a 23 de dezembro, somou R$ 2,6 bilhões. Esse valor representou um incre-mento nas compras pela in-ternet de 18% se comparado ao mesmo período de 2010.

Os ítens mais procura-dos no varejo nas lojas bra-sileiras especializadas em vendas pela rede mundial de computadores foram os eletrodomésticos (15%), se-guidos por equipamentos de informática (12%) , além de produtos para saúde e bele-za (7%) e moda e acessórios (7%).

Pesquisa do BC revela que cédulas de R$ 10 a R$ 100 são mais bem conservadas

Pesquisa do Banco Cen-tral (BC) mostra que

85% das cédulas nos va-lores de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100 em circulação no país apresentam bom nível de conservação. De acordo com o BC, esse es-tado contribui para a iden-tiicação dos elementos de segurança pela população e diiculta a atuação de fal-sários. O BC também in-formou que as cédulas de R$ 2, R$ 5, R$ 10 e R$ 20 têm vida útil, em média, de 14 meses. Já as cédulas de maior valor - R$ 50 e

R$ 100 - podem durar em média 37 meses. O levan-tamento também estima que 27% das moedas emi-tidas desde o lançamento do Plano Real estejam fora de circulação. Por ano, deixam de circular 7% das moedas de 1 centavo e 3% das de R$ 1. Entre as ra-zões que explicam essa estatística, estão a perda de moedas de baixo valor pela população e o arma-zenamento prolongado.

Segundo o BC, a pes-quisa também alerta para o volume de notas desca-

racterizadas, ou seja, que apresentam riscos, furos, itas adesivas, entre ou-tros. Esse desgaste preco-ce se deve geralmente ao descuido no manuseio das notas ou até mesmo a dano intencional. Ainda segun-do o Banco Central, foram constatadas diferenças de qualidade nas notas em circulação de acordo com as regiões do país. Tais diferen-ças regionais es-tão relacionadas a diversos fatores, como falta de acesso a serviços

bancários e até inluência climática.

Entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, foram feitas 2.013 entrevistas di-rigidas à população, ao co-mércio e aos prestadores de serviços em todo país.