edição de outubro de 2015

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Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: [email protected] Ano 10 - n.º 111 - outubro 2015 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira PUB Reportagem Vivacidade Entrevista a Graciano Martinho, presidente da ACIG: “Tenho uma pessoa que gostaria que me sucedesse” > Págs. 8 e 9 Ana Paris: Banda de S. Pedro da Cova aposta no rock com lançamento de EP > Pág. 21 Cultura Dia com Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto: “É fundamental estar próximo das pessoas, sobretudo numa freguesia urbana” > Págs. 26 e 27 Política PUB > Págs. 24 e 25 Presidentes das Juntas e Uniões de Freguesias de Gondomar falam sobre a atual situação política pós-eleitoral Indecisão Quem forma Governo em Portugal?

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Edição de outubro de 2015

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Page 1: Edição de outubro de 2015

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: [email protected]

Ano 10 - n.º 111 - outubro 2015 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira

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ReportagemVivacidade

Entrevista a Graciano Martinho, presidente da ACIG: “Tenho uma pessoa que gostaria que me sucedesse”> Págs. 8 e 9

Ana Paris: Banda de S. Pedro da Cova aposta no rock com lançamento de EP> Pág. 21

Cultura

Dia com Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto: “É fundamental estar próximo das pessoas, sobretudo numa freguesia urbana”> Págs.26 e 27

Política

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> Págs. 24 e 25

Presidentes dasJuntas e Uniões

de Freguesiasde Gondomar

falam sobre a atualsituação política

pós-eleitoral

IndecisãoQuem forma Governoem Portugal?

Page 2: Edição de outubro de 2015

2 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Editorial

FICHA TÉCNICA

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação: Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial: Serafim Ribeiro (Tel.: 910 600 079)Paginação: Carina Moreira

Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de ComunicaçãoSocial, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteTel.: 910 600 078 / 919 275 934

Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, Ana Portela, André Campos, António Costa, António Valpaços, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Luís Monteiro, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira, Sandra Neves e Tiago Nogueira.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio: www.vivacidade.orgFacebook: facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

PRÓXIMA EDIÇÃO19 de novembro

Todos os anos, à medida que o inverno se aproxima, começamos a assistir às pri-meiras podas do arvoredo da via pública. Exercício que se prolonga até próximo da pri-mavera. Faz dó ver repetida-mente as atrocidades que são cometidas sobre as indefesas árvores. Isto porque se insta-lou, há décadas, uma prática insuportável, a que se deu o nome de “podas severas”.

Já aqui foi escrito que estas práticas de mutilação do arvo-redo são hoje profundamente condenadas pelos especialistas da natureza. A Universida-de de Trás-os-Montes e Alto Douro tem um departamen-to altamente especializado, e com aprofundados estudos de investigação, que demons-tram claramente que tais pro-cedimentos não têm qualquer

vantagem e, ao contrário, re-duzem drasticamente a vida da maioria do arvoredo do es-paço público.

Salvo situações muito con-cretas de perigo público de derrocada ou dano para ter-ceiros – nomeadamente as-sombramento ou invasão de prédios particulares – as árvo-res devem crescer livremente, segundo princípios de bom senso e segurança pública.

Não é preciso ser especia-lista para saber que o arvoredo público exerce fundamental-mente três funções: adorno dos espaços de lazer e convi-vência; fornecimento de som-bra no período da canícula; e purificação do ar que respira-mos.

Ora, assim sendo, a devas-

tação exagerada dos ramos contraria totalmente aqueles objetivos. Ou seja, todos ficam a perder, as árvores sofrem, o espaço público empobrece, e a comunidade também.

Por tudo isto, senhores au-tarcas de Gondomar, parem para refletir. Olhem para o que se faz, nesta matéria, na cida-de do Porto, onde há muito as “podas severas” acabaram.

De resto, esta mudança de hábitos e práticas poupa as ár-vores e poupa os dinheiros pú-blicos. E se ainda por cima os recursos são escassos, então, por maioria de razões, devem os senhores autarcas alinhar o passo pelas melhores práticas.

Aqui fica, pois, o apelo: poupem o dinheiro, e as árvo-res… ■

A União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova iniciou a 19 de outubro a instalação de dispensadores de sacos plásticos para limpeza dos dejetos dos cães em pontos centrais das duas freguesias. A iniciativa representa um grande passo na promoção da higiene no território da agregação de freguesias.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Caros leitores,

Ao longo de 10 anos e 111 edições formais, nunca expressei uma opinião política, pois entendo que a posição de editor é incompatível. Vou continuar a fazê-lo, apesar de em algumas edições isso ser difícil.

No entanto sinto-me inteiramente livre para expressar opiniões políticas, quer nas redes sociais, quer em qualquer outro órgão de informação em que não tenha funções editoriais; nomeadamente no recente programa “Sem Rede” da Gondomar FM e que pode ser ouvido no sistema de podcasts do Vivacidade e no nosso site.

O país está numa encruzilhada em que a escolha da solução pode ditar qual vai ser a postura do país durante os próximos anos e o Vivacidade não podia ficar indiferente a essa situação, pelo que fomos ouvir as opiniões das pessoas que estão

mais próximas dos eleitores sobre como se pode construir um país mais digno e procurar a estabilidade política que faz a diferença para o sucesso a longo prazo da estratégia para Portugal.

Este trabalho procura dignificar os representantes mais próximos das pessoas.

Um destaque especial para o trabalho desenvolvido pela Associação Comercial e Industrial de Gondomar, que também merece um especial destaque nesta edição.

Também é de salientar a quantidade de eventos desportivos que têm tido realização em Gondomar. Nesta edição damos um merecido destaque ao ténis de mesa mas também é de registar a concretização da I Gala de Desporto de Gondomar, não só pela gala em si mas especialmente por ser mais um evento mobilizador da nossa terra e das suas gentes.

SUMÁRIO:

BrevesPágina 4

ReportagemVivacidadePáginas 8 e 9

SociedadePáginas 6 a 20

CulturaPáginas 21 a 23

DestaquePáginas 24 e 25

PolíticaPáginas 26 a 31

DesportoPáginas 32 a 37

OpiniãoPáginas 38 a 40

Empresas & NegóciosPágina 42

LazerPáginas 44 e 45

EmpregoPágina 46

A cerimónia de entrega dos contratos de cooperação com o movimento associativo deixou marcas no revestimento de uma das cadeiras do Auditório Municipal de Gondomar. A situação ocorrida na fila I da sala de espetáculos é de lamentar após um investimento da Câmara de Gondomar estimado em cerca de meio milhão de euros.

Poupem o dinheiro e as árvores…BISTURI | Henrique Villalva

Bilhete Postal aos Autarcas de Gondomar

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4 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Breves

26 anos de Museu Mineiro em S. Pedro da Cova

Inaugurado a 29 de setembro de 1989 o Museu Mineiro de S. Pedro da Cova come-morou no final do mês passado, 26 anos. A União das Freguesias de Fânzeres e São Pe-dro da Cova assinalou a data com a evocação da história daquele espaço são pedrense, an-teriormente designado como Casa da Malta. Recorde-se que as Casas da Malta tinham como função albergar os “malteses” – ho-mens oriundos de outras terras que vinham trabalhar para as Minas de Carvão de São Pedro da Cova.

Município apoia Universidade Sénior de Gondomar

A Universidade Sénior de Gondomar (USG) recebeu, a 16 de outubro, um apoio financeiro de 2.500 euros do Município, en-quadrado no contrato-programa na sequên-cia de uma garantia dada por Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, de que proporcionaria condições equivalentes às instituições do concelho que integram a Rede de Universidades da Terceira Idade.

Bairro da Gandra com obras “urgentes” em 2016

A Câmara de Gondomar vai intervir em 2016 no bairro municipal da Gandra, em São Pedro da Cova. Recorde-se que em 2014 os moradores pediram medidas “urgentes” para pôr fim a situações que constituíam “perigo para a saúde”. O Município vai assim avan-çar para a empreitada no próximo ano “com ou sem financiamento”, segundo o presidente Marco Martins.

Aprovado Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil

A Câmara de Gondomar tomou conheci-mento, em reunião pública realizada a 14 de outubro, da aprovação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Gondo-mar. A aprovação do documento, já publica-do em Diário da República foi comunicada à autarquia pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, que recomenda a revisão do plano no prazo máximo de cinco anos.

Multiusos recebe Campeonatos da Europa de Jovens de 2017

Ronald Kramer, presidente da European Table Tennis Union (ETTU) anunciou, a 6 de outubro, que os Campeonatos da Europa de Jovens de 2017 vão realizar-se no Multiusos de Gondomar. Recorde-se que o pavilhão gondomarense também vai receber, em 2016, a Taça da Europa de Ténis de Mesa.

Município capacita cuidadores de doentes com Alzheimer

A Câmara Municipal de Gondomar já ca-pacitou oito cuidadores informais de doen-tes com Alzheimer. No âmbito do programa +Cuidar, Projeto de Apoio ao Cuidador In-formal do Município de Gondomar, foi pres-tada formação aos cuidadores informais do Município. A autarquia informa ainda que em breve serão divulgadas novas datas de formação.

Grafiti comunitário em Jovim

Os “Ratos Suspeitos”, dupla formada por Bruno Moreira e Bruno Oliveira, em colabo-ração com a Associação Querer Ser, deram a conhecer, a 17 de outubro, no Conjunto Ha-bitacional de Jovim, um grafiti comunitário inserido no âmbito da Semana de Combate à Pobreza e à Exclusão Social.

Obras em Baguim do MonteEstão neste momento em curso obras de

alargamento da Rua da Belinha e da Rua do Cheinho. Segundo o comunicado da Junta de Baguim do Monte, as empreitadas vão possi-bilitar “a ligação entre as duas áreas principais da Zona Industrial de Baguim do Monte”. As obras vão facilitar também a circulação de automóveis pesados de mercadorias em toda a zona industrial da freguesia

V Torneio José Álvaro SantosO Fides Gondobasket arrancou a nova

época desportiva com o V Torneio José Ál-varo Santos, este ano disputado nos dias 25 e 26 de setembro, no pavilhão da Escola Se-cundária de Valbom. A prova serve de apre-sentação às equipas de basquetebol do clube valboense.

Iberanime OPO 2015 no Multiusos de Gondomar

Nos dias 24 e 25 de outubro o Multiu-sos de Gondomar recebe o Iberanime OPO 2015, evento dedicado aos amantes da cultu-ra popular japonesa. A internacionalização da competição Cosplay World Masters é o grande atrativo desta edição.

I Encontro de Incubadoras da Euroregião Galiza-Norte de Portugal

O Parque Tecnológico de Gondomar marcou presença, a 20 de outubro, no I En-contro de Incubadoras da Euroregião Galiza--Norte de Portugal, realizado no TECMAIA – Parque de Ciência e Tecnologia da Maia. O encontro de incubadoras teve como princi-pal objetivo a criação de uma maior rede de contactos institucionais e profissionais entre os empresários.

S. Pedro da Cova não esqueceu Dia Mundial da Música

A União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e a Paróquia de São Pe-dro da Cova assinalaram, a 1 de outubro, o Dia Mundial da Música com um espetáculo realizado na Cripta da Igreja da freguesia mi-neira. O evento contou com a participação do Orfeão da Associação Social Estrelas de Silveirinhos, o violoncelista Douglas Pereira e o Orfeão de São Pedro da Cova.

“Uma Mascote para a Educação Especial”

A Câmara Municipal de Gondomar está a organizar um concurso de ideias que “visa a criação de uma figura que possa vir a ser usa-da como mascote aliada à sensibilização para a temática da educação especial no Municí-pio”. A imagem vencedora ficará associada a todas as iniciativas da autarquia associadas à educação especial e vai marcar presença no site da Câmara de Gondomar. As propostas deverão ser apresentadas até 30 de outubro.

Foto DR

Centro Republicano e Democrático de Fânzeres festejou 107 anos

A 5 de outubro (Dia da Implantação da República Portuguesa) o Centro Republica-no e Democrático de Fânzeres assinalou o 107.º aniversário da coletividade. A ocasião foi celebrada a rigor com bolo de aniversário e um momento musical a cargo do duo Ney-mário e Ricardo Vilhena.

Foto DR

Auditório Municipal de Gondomar reabriu ao públicoA Câmara de Gondomar reabriu a 14 de

outubro o Auditório Municipal após obras de beneficiação orçadas em cerca de meio milhão de euros. A empreitada feita ”sem fi-nanciamento externo” dotou o equipamento de uma sala de espetáculos com capacidade para 235 lugares sentados, com uma frente de palco com 11 metros e um fundo de palco com oito metros. A reabertura foi assinalada com a cerimónia de assinatura dos contratos de cooperação com o movimento associati-vo, no âmbito do Programa de Apoio ao As-sociativismo.

Foto DR

Instalações remodeladas na UF Gondomar, Valbom e Jovim

O espaço onde funcionava a oficina da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim passou, desde o dia 16 de outubro, a albergar o refeitório social e o banco alimentar. José António Macedo, presidente da agregação de freguesias, subli-nhou a aposta na melhoria das “condições e qualidade dos serviços” disponibilizados aos utentes.

Foto DR

UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova celebra Move Week

A Junta da União das Freguesias de Fân-zeres e São Pedro da Cova organizou em se-tembro um torneio de boccia, uma aula de ginástica sénior e uma aula de zumba, no âmbito do evento anual Move Week, que se realiza em várias cidades europeias. As ini-ciativas contaram com a adesão de dezenas de pessoas.

Foto DR

Universidade Sénior de Rio Tintoinaugurou novas instalações

A sessão solene da abertura do ano leti-vo 2015/2016 realizou-se a 25 de setembro. A iniciativa serviu também para inaugurar as novas instalações da Universidade Sé-

nior de Rio Tinto, num investimento total da autarquia avaliado em 70 mil euros.

Este ano letivo arranca com cerca de 350 alunos.

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6 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Sociedade

A Câmara Municipal de Gon-domar espera tornar o Gon-domar Gold Park (Parque Tecnológico de Gondomar) uma referência no setor da ourivesaria. Ao Vivacida-de, Carlos Brás, vereador do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo da Câ-mara de Gondomar, admite que espera tornar o equipa-mento “num pólo de atração para ourives e turistas”.

A primeira fase do Gondomar Gold Park (GGP) está prestes a terminar. Findo o prazo da discussão pública do regula-mento do Parque Tecnológico de Gon-domar, a 4 de novembro, o equipamento poderá começar a receber os empresários ligados ao setor da ourivesaria interessa-dos em ocupar os espaços disponíveis no edifício.

Carlos Brás, vereador da Câmara de Gondomar, admite, em entrevista ao Vi-vacidade, que espera tornar o GGP uma referência no setor da ourivesaria. “O Município espera que este equipamento seja um centro de referência e um pólo de atração para visitantes para ourives e tu-ristas”, começa por dizer o vereador.

Para atingir este objetivo o autarca admite ter sido necessário um processo de sensibilização “lento e gradual” para aproximar os empresários gondomaren-ses do equipamento. “Os empresários não conheciam este equipamento e não faziam ideia do que estava a ser feito aqui porque o projeto não era público nem era falado. Este executivo começou por criar grupos de visita com todos os ourives do Município de forma a visitar o equipa-mento. Essa estratégia acabou por mudar a opinião de alguns empresários”, afirma Carlos Brás.

No processo a autarquia contou tam-bém com os “importantes apoios” da CINDOR, da Associação Comercial e In-dustrial de Gondomar (ACIG), do Centro de Emprego de Gondomar e da contras-taria, entidades que ajudaram a divulgar o GGP como “um espaço à disposição de jovens empresários e formandos ligados ao setor”.

Contudo, o autarca gondomarense não esquece as “falhas estruturantes da primeira fase do projeto” que herdou do executivo municipal anterior e lamenta “a necessidade de adaptação do projeto”

Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

Município quer tornar Gondomar Gold Park numa referência da ourivesaria

às condições verificadas no equipamento. “Devia ter sido pensada uma zona para criação de empresas dos ourives que já estão no mercado. Essa zona estava pre-vista para a frente do edifício, no entanto existe uma linha de água que impede essa expansão”, queixa-se Carlos Brás.

Ainda assim, o vereador sublinha o esforço do Município para “revitalizar a indústria da ourivesaria ao dispor os es-paços à utilização dos ourives”.

Após o período de discussão pública do regulamento do GGP, Carlos Brás es-pera abrir a concurso os espaços disponí-veis no equipamento. “No total temos seis oficinas, três salas de formação e seis lojas abertas a concurso. Além disso, queremos rentabilizar o hall de entrada com a orga-nização de algumas iniciativas dinamiza-das pelos empresários”, refere.

Apesar do equipamento não permitir receber e alojar empresas de outros setores, o vereador da Câmara de Gondomar não fecha a porta a empresas de outros ramos de atividade, nomeadamente “nos servi-ços de consultoria e espaços de divulgação temporária”, que vão estar disponíveis para todos os ramos de atividade empresarial.

Já há empresáriosinteressados na incubação

Segundo o vereador do Desenvolvi-mento Económico e Empreendedorismo, o GGP já conta com “projetos empresa-riais em lista de espera” dispostos a ocu-par os espaços disponíveis para as em-presas. “Tem surgido interesse e procura de empresários ligados à ourivesaria e há também a possibilidade de instalarmos aqui um grande projeto nacional ligado ao setor”, revelou o autarca.

Polícia Municipal instaladano equipamento

A segurança do espaço “com períme-tro fechado a partir das 19h” está a cargo da Polícia Municipal de Gondomar, insta-lada no Gondomar Gold Park. “O aloja-mento da Polícia Municipal neste espaço foi importante para conferir confiança na segurança do edifício aos empresários que nos procuram e já permitiu captar inves-tidores que querem apostar na divulgação dos seus produtos”, esclarece Carlos Brás.

A Câmara de Gondomar prepara-se para assinar um protocolo de cooperação com a Associação Nacional de Jovens Empresários. O acordo abrirá a oportunidade de instalação física para projetos empresariais nas áreas da joalharia, ourivesaria, relojoaria e atividades profissionais complementares de joalharia no Gondomar Gold Park.

Protocolo com a ANJE é mais valia para jovens empresários

> Auditório > Salas de formação > Oficina

> Carlos Brás, vereador do desenvolvimento económico da Câmara Municipal de Gondomar

Gondomar Gold Parkna Rota da Filigrana

Recorde-se que o Gondomar Gold Park está inserido na “Rota da Filigra-na”, um roteiro turístico com 360 pontos de interesse no território gondomarense. “Quando a Rota da Filigrana começar a ser percorrida este equipamento vai ser uma montra para dar a conhecer os pro-dutos dos nossos empresários”, conclui o vereador. ■

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8 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Reportagem Vivacidade

Após um período de ausência por motivos de saúde, Gra-ciano Martinho, presidente da direção da centenária As-sociação Comercial e Indus-trial de Gondomar regressou ao exercício de funções a 5 de maio. O dirigente associati-vo admite, em entrevista ao Vivacidade, ter encontrado “uma casa a arder” que de-morou cinco meses a “lim-par”.

Como viveu este período de paragem forçada do seu mandato por motivos de doença?

Em maio do ano passado estive com uma pneumonia no Hospital da Universidade Fernando Pessoa e como estive ausente deixei a direção a cargo de pessoas de

Texto: Pedro Santos Ferreira

Entrevista Graciano Martinho:

“As pessoas que tomaram contatinham capacidade para o fazer”

confiança. Contudo, em setembro a minha situação piorou e só regressei em maio ao exercício das minhas funções na ACIG. Para além de já ter vontade de largar a presidência da associação, porque tenho uma empresa em crescimento, gostava de deixar a presidência a alguém que fosse capaz de assumir este cargo.

Quando retomou o seu mandato em que estado estava a associação?

Encontrei uma casa a arder. Os nossos funcionários estavam a ser vítimas das pessoas que estavam na direção e do presidente da Assembleia-Geral. Eles afirmavam que esta casa devia meio milhão de euros e que tinha dívidas em todo o lado e isso é uma completa mentira. Em sete meses estas pessoas desgraçaram a ACIG.

Na sua opinião, o que se passou com os dirigentes que ficaram responsáveis pela ACIG?

O que se passou foi que as pessoas que tomaram conta da ACIG não tinham capacidade para o fazer. Houve falta de capacidade e falta de conhecimento mínimo de gestão empresarial. Esta casa esteve a ser comandada por pessoas sem capacidade para gerir a ACIG.

Quem ficou responsável pela gestão da ACIG?

Quem deveria ser responsável era o secretário da direção com a coresponsabilidade do tesoureiro.

Eram pessoas da sua confiança?Totalmente! Sempre confiei em

todos os funcionários e diretores desta associação. No entanto, a maior parte foram traidores. Acusaram-me de gestão danosa quando eu até dou donativos do meu bolso a esta associação. Eu construi estas instalações e estão pagas, para não falar dos outros espaços que temos. Somos talvez a Associação Comercial e Industrial de Portugal em melhor situação financeira.

Quando saiu a ACIG tinha uma situação financeira estável e quando regressou a situação era diferente. Como estavam as contas da ACIG?

Estava tudo perdido. Nós temos quase dois milhões de euros de fundos comunitários para executar agora e desses dois milhões tínhamos aprovado o projeto “Comércio Investe” para o tecido empresarial de Gondomar, a que correspondem 720 mil euros, sendo que 350 mil euros são a fundo perdido. Eu já tinha esse projeto preparado antes de ficar doente e quando cheguei à ACIG esse projeto que tinha inscritas 24 empresas já só contava com cinco empresas que estavam prestes a abandonar.

Foi nesse momento que sentiu que tinha que levantar a suspensão do mandato para regressar ao exercício de funções?

Foi quando percebi o que estavam a fazer a esta casa. Cortaram-me o acesso a tudo e durante a minha ausência não soube o que estava a acontecer na ACIG.

Tinha ideia de regressar à presidência da direção da associação?

Não, o meu objetivo era deixar a presidência entregue a quem assumiu a presidência interina durante a minha ausência, o David Santos.

O que teve que fazer para resolver os problemas que encontrou?

Em cinco meses consegui recuperar totalmente a associação e consegui pagar a toda a gente. Não pedi dinheiro a ninguém, só aproveitei os recursos que tinha deixado. As pessoas que ficaram a gerir não souberam aproveitar esses recursos.

Porquê?Havia muito trabalho por executar e

ninguém estava a ser capaz de o executar. Talvez eu só tenha conseguido isso porque ainda há pessoas que acreditam em mim. Quando as pessoas perceberam que eu tinha regressado voltaram a confiar nesta associação.

Confirma que durante a sua ausência houve um conjunto de associados que junto de uma instituição bancária tentaram penhorar estas instalações?

É verdade. Queriam penhorar o meu sangue, o meu suor, as minhas lágrimas e toda a ousadia que tive ao desafiar o poder autárquico e associativo para construir esta sede.

Porque é que tentaram penhorar as instalações?

Não faço ideia. Não posso dizer o que estou a pensar... Só sei que não precisei de nenhum empréstimo para ter dinheiro para dar às empresas.

Além disso, tentaram destituí-lo do seu cargo?

Tentaram e lamento muito que o presidente da Assembleia Geral não conheça os estatutos desta associação. Tive que ensinar-lhe os estatutos. Alguns deles nem tinham as quotas em dia, veja bem. Hoje já todos têm.

Durante esse período as empresas associadas ameaçaram sair da ACIG?

Felizmente essa vontade não se verificou porque nós temos serviços que as empresas carecem. Podemos dar assistência e acompanhamento na contabilidade e no pagamento dos impostos. Perdemos alguns associados mas isso também se verificou nas outras associações comerciais do país.

No seu entender, qual é o papel da ACIG em Gondomar?

Esta casa tem uma responsabilidade tremenda no concelho. A ACIG recebe dois milhões de euros para gerir durante o ano e temos cerca de 700 associados pagantes a quem temos que dar resposta.

A ACIG está a dinamizar programas de apoio financeiro ao comércio gondomarense. Quantos milhares de euros é que já foram entregues?

Entregamos a segunda tranche e daqui a um mês fazemos mais uma entrega. No total são 720 mil euros do programa Comércio Investe de Gondomar. Além

> Edifício-sede da ACIG, na Rua Padre Augusto Maia

Foto Arquivo Vivacidade

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9VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Reportagem Vivacidade

Gostava dever a associação bem entregueapós a minhasaída.

da ACIG nãodisso, estamos a pensar disponibilizar um programa comunitário superior a 400 mil euros para os empresários da zona do Mercado da Areosa. Esse programa já está aprovado. Ainda temos mais 70 mil horas de formação para dar às empresas. Provavelmente a formação só começa em janeiro.

Os programas da ACIG estão a ter grande adesão?

O Comércio Investe de Gondomar está lotado.

O que lhe falta fazer pela associação?Gostava de ver a associação bem

entregue após a minha saída.

Não vai recandidatar-se a um novo mandato?

Não, não faço mais mandatos.

Tem um nome em mente para o suceder?

Tenho uma pessoa que gostaria que me sucedesse. É um grande empresário de Gondomar mas não quero revelar já o nome da pessoa.

Após a sua saída ficará atento ao comércio e à indústria de Gondomar?

Ficarei sempre atento porque também sou empresário e lido com os comerciantes de Gondomar diariamente. ■

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10 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Sociedade

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VIVA MODAAlcina CunhaConsultora de Imagem

A importância da roupa interior

www.alcinacunha.com

Tenho a certeza que em algum dia da sua vida já deu de caras com uma mulher lindíssima, que vestia umas calças brancas justas que lhe assentavam na perfeição. Ela estava perfeita, até que se virou de costas, e aí a atenção recaiu para a marca da cueca vermelha de renda. Estragou logo todo o encanto. E como este exemplo, existem muitos...

Uma boa roupa interior é aquela que não se vê (a menos que a ideia é que se veja, como a tendência que esteve presente nos últimos meses) e que vai ajudar a moldar o seu corpo.

Tenha sempre atenção ao tamanho que escolhe. Por exemplo, a escolha do tamanho de cueca errado pode criar ilusão de ter papos onde eles não existem, além de começar a danificar o corpo com o passar do tempo. Escolha um modelo que respeite as suas curvas, que seja confortável e que a faça sentir sexy. É também importante usar um sutiã que lhe dê o suporte que precisa. Um bom sutiã pode mudar-lhe a vida!

Existem vários modelos de roupa interior, um deles são específicos de modelação e fazem maravilhas quando for usar aquele vestido justo. Não tenha receio em recorrer a esses modelos, eles existem por alguma razão. Os bodys também são ótimos, principalmente para esta altura do ano. Além de aquecerem, colocam tudo no sítio, e existem modelos lindíssimos. Não podia deixar de falar das alças em silicone. Elas são ótimas... para irem para o lixo. Se vai usar algum modelo sem alças, então opte por um sutiã sem alças. Aquela tirinha em silicone estraga-lhe o outfit. Se tem o peito grande e um sutiã sem alças não lhe consegue suportar o peito por algumas horas, então o melhor é optar por outro outfit, um em que possa encaixar o sutiã perfeito. Vai estar muito mais elegante e confortável. Entre estas dicas, existem muitas mais. Tire umas horas da sua semana e vá a uma loja especializada em roupa interior ver as opções que existem atualmente. Vão ser horas bem investidas que podem fazer verdadeiros milagres na sua imagem pessoal. ■

Foto DR

Assalto ao cemitério deBaguim revolta população

Mais de 60 ninhosde vespas asiáticaseliminados pelo Município

Duas dezenas de can-deeiros de campas e ou-tros ornamentos do ce-mitério de Baguim do Monte foram furtados durante a madrugada de 9 de outubro.

A Câmara Municipal de Gondomar destruiu mais de 60 ninhos de vespas asiáticas. O nú-mero de ninhos dete-tados revela um au-mento significativo em comparação com o ano passado.

A população de Baguim está revoltada com os estragos causados no cemitério da freguesia na noite de 8 para 9 de outubro. Cerca de 20 candeeiros de campas

Desde o início de 2015 o Município já destruiu mais de 60 ninhos de vespas asiáticas no concelho. O relatório publicado no site oficial da autarquia informa os munícipes que o Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) registou 170 ocorrências de gondomarenses a informar da presença de ninhos de vespas asiáticas, tendo sido validados 64 casos.

Contudo, o aumento de

e outros ornamentos foram furtados por assaltantes que terão escalado o portão do cemitério. O assalto deixou a população indignada, nomeadamente por uma das campas vandalizadas ser de um bebé que faleceu com apenas nove dias. A Junta de Freguesia tem vindo a alertar os proprietários dos jazigos para que estes comuniquem os prejuízos às autoridades e fez queixa junto da PSP de Rio Tinto, no sentido de investigar o caso e chegar aos autores do furto.

Ao Vivacidade, Nuno Coelho,

presidente da Junta, lamenta a situação. “Na altura dos fiéis acontecem casos destes em que os materiais furtados são posteriormente vendidos no mercado paralelo. Lamentamos que existam pessoas que aceitam comprar esses materiais e outras que os comercializam dessa forma”, refere o autarca. Nuno Coelho considera ainda que a maior parte dos concessionários tem agora “o prejuízo monetário de recuperar os materiais furtado” e o prejuízo sentimental “que não pode ser ressarcido”. ■

casos registados em Gondomar é significativo, pois, em 2014, o SMPC eliminou apenas seis ninhos de vespa.

Assim, a Câmara de Gondomar conta com o apoio dos munícipes para denúncia de novos casos de existência de ninhos. Para o efeito, os gondomarenses devem registar os casos com fotografias e podem informar o SMPC, a Junta de Freguesia ou a Câmara Municipal.

Está também disponível uma plataforma online para denúncias de novos casos [ver caixa].

Recorde-se que a picada da vespa asiática não é mais grave do que a de uma vespa autóctone, mas casos fatais já foram registados, sobretudo devido a alergias resultantes da picada, que levam à morte por asfixia. ■

A vespa velutina, mais conhecida por vespa asiática, é uma espécie não-indígena, predadora de insetos e encontra-se circunscrita a concelhos do norte do País.

A Câmara de Gondomar tem também disponível uma plataforma online para denunciar novos casos de ninhos deteta-dos: www.sosvespa.pt.

A vespa asiática:

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Sociedade

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Selfie romântica na Lomba premiada pelo Município

Alunos galardoados comprémios de mérito escolar

A Câmara de Gondomar desa-fiou os gondomarenses a tirar selfies em locais turísticos para assinalar o Dia Mundial do Turismo. Os premiados foram distinguidos, a 11 de outubro, na Loja Interativa de Turismo de Gondomar.

A União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Val-bom e Jovim premiou, a 23 de outubro, os melhores alunos do 6.º, 9.º e 12.º ano dos Agru-pamentos de Escolas da União.

Vera Ribeiro e Rafaela Ferreira, na categoria Melhor Spot Turístico, Romi Coutinho e Teresa Paiva, na categoria Melhor Selfie em Grupo, e Vítor Borges e Liliana Palma, na categoria Selfie Mais Romântica, foram os vencedores do passatempo #myselfieingondomar, organizado pelo Município. Os premiados foram distinguidos na Loja Interativa de Turismo de Gondomar.

Ao Vivacidade, Carlos Brás confirma o sucesso da iniciativa que contou com a adesão de 20 concorrentes. “Para uma primeira edição fazemos um balanço muito positivo desta iniciativa que

O salão nobre do edifício da Junta de Freguesia de Valbom recebeu a cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Escolar 2014/2015, promovidos pela União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim. No total foram entregues oito prémios divididos pelos melhores alunos do 6.º, 9.º e 12.º ano dos Agrupamentos de Escolas da União. Os oito alunos distinguidos pela autarquia receberam um diploma, uma medalha e um cheque no valor de 200 euros.

No terceiro ano consecutivo da entrega de prémios de mérito escolar, José António Macedo, presidente da União de Freguesias, destacou a importância da formação escolar bem sucedida para o futuro dos jovens alunos gondomarenses. “Por vezes, mais do que um QI muito

está inserida no 1.º aniversário da Loja Interativa do Turismo. Esta foi uma forma de Gondomar dar a conhecer locais de interesse turístico ao grande público”, diz o vereador do Turismo da Câmara de Gondomar.

A autarquia espera repetir o concurso que acarreta “baixos custos para o Município e um intercâmbio de experiências entre as pessoas”, já no próximo ano. ■

elevado, o importante é o empenho e a dedicação e por isso, podemos dizer que em Gondomar temos bons alunos, bons professores e boas famílias”, disse o autarca, em discurso.

Prémios alargados aos alunosdo 4.º ano em 2016

A grande novidade da cerimónia foi dada por José António Macedo, que no final da sua intervenção anunciou que, no próximo ano, também serão contemplados os alunos do 4.º ano de escolaridade “o que perfaz a atribuição de 11 prémios”, sublinhou o autarca. ■

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Sociedade

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Casa da Juventude de Rio Tintocelebrou 10 anos com 10 açõesA Casa da Juventude de Rio Tinto realizou, a 7 de outubro, a última das 10 atividades no âmbito da comemoração dos 10 anos deste espaço riotin-tense. Uma década depois da inauguração o equipamento continua a despertar o inte-resse dos mais e menos jovens.

“A nossa ideia foi demonstrar em dez atividades o que fizemos ao longo de dez anos. A passagem de modelos que organizamos foi uma novidade e quisemos deixar esse evento como marca dos 10 anos deste espaço”, começa por dizer Paula Soares, responsável pela Casa da Juventude de Rio Tinto.

A iniciativa “10 Anos, 10 Ações”, criada para comemorar os 10 anos do equipamento municipal situado na Quinta das Freiras, em Rio Tinto, teve início a 27 de março com a exposição “Reciclar com

> Paula Soares, Sandra Almeida e Hugo Raimundo na Casa da Juventude de Rio Tinto

Arte” e terminou este mês com a iniciativa “(Dez)conversando sobre Desporto de Competição”, com os basquetebolistas André Bessa e Miguel Queiroz do Futebol Clube do Porto. Pelo meio realizaram-se várias iniciativas lúdicas e culturais destinadas aos utilizadores da Casa da Juventude de Rio Tinto.

“Em Rio Tinto criamos atividades diversificadas”

O espaço riotintense está vocacionado para os mais jovens mas não fecha a porta aos menos jovens e utilizadores pontuais que procuram a Casa da Juventude.

Para Sandra Almeida, vereadora do Município responsável pelo pelouro da Juventude, as três Casas da Juventude do concelho têm “diferentes especificidades” e foram criadas “com o objetivo de servir a juventude mas também as pessoas de outras faixas etárias”. “Estes equipamentos são muito importantes para Gondomar em termos de apoio pedagógico e educativo. Em Rio Tinto criamos atividades diversificadas e temos

disponível um espaço internet para fazer as crianças saírem de casa”, acrescenta a vereadora.

Já Paula Soares, coordenadora do espaço, considera que a aposta na diversificação das iniciativas “vai ao encontro das necessidades dos jovens que procuram este equipamento”.

Nos 10 anos da Casa da Juventude de Rio Tinto passaram por este espaço cerca de 380 mil utilizadores. ■

Ao Vivacidade, Sandra Almeida admite a possibilidade do Município criar a quarta Casa da Juventude no território da União das Freguesias de Medas e Melres. “Achamos que faz todo o sentido”, disse a autarca confrontada com a possibilidade. Recorde-se que o concelho dispõe atualmente das Casas da Juventude de Gondomar, Rio Tinto e S. Pedro da Cova.

UF DE MEDAS E MELRES PODERÁ RECEBER QUARTA CASA DA JUVENTUDE DE GONDOMAR

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Sociedade

Outubro é mês de teatroem Fânzeres

InvictaCon 2015 trouxe300 jogos de tabuleiro a Rio Tinto

Arrancou a 10 de outubro o Festival de Teatro em Fân-zeres. A atriz Ana Bola deu o mote para o espetáculo se-guinte, do Grupo Paroquial de Teatro de São Pedro da Cova. Seguem-se as peças do Centro Republicano e Demo-crático de Fânzeres e do Gru-po de Teatro da Associação Social Recreativa e Cultural Bem Fazer Vai Avante.

Pela segunda vez consecuti-va, Rio Tinto recebeu, de 2 a 4 de outubro, o InvictaCon 2015, evento de jogos de ta-buleiro organizado pelo gru-po Boardgamers do Porto. No antigo liceu Martim Fernan-des estiveram à disposição dos interessados cerca de 300 jogos.

A atriz e humorista Ana Bola inaugurou o Festival de Teatro de Fânzeres com a peça “Ana Bola – Sem Filtro”. À semelhança do que tinha acontecido em S. Pedro da Cova, a comediante foi a primeira a subir ao palco no festival que inaugurou também o renovado Salão Paroquial de Fânzeres.

Seguiu-se o Grupo Paroquial de

Jogar e experimentar jogos de tabuleiro. Foi este o desafio lançado por João Gonçalves e Pedro Silva, organizadores do InvictaCon 2015 e representantes do grupo Boardgamers do Porto, que trouxeram ao antigo liceu Martim Fernandes cerca de 300 jogos de tabuleiro para desafiar os adeptos e curiosos do boardgaming.

“A aposta em Rio Tinto surge um pouco por acidente e por não termos conseguido um espaço no Porto. Em 2014, organizamos este evento no

Teatro de São Pedro da Cova, a 17 de outubro, que apresentou a peça “O Morgado de Fafe Amoroso”.

O festival dura até ao dia 31 de outubro e conta ainda com duas peças: “As Fofoqueiras” (24 de outubro),

Centro Cultural de Rio Tinto e este ano o Projet’Arte cedeu-nos este espaço”, explica Pedro Silva.

A InvictaCon – 9ª edição do Encontro Nacional de Jogos de Tabuleiro e RPG do Porto – surgiu em 2006, data da fundação do grupo Boardgamers do Porto, e desde então tem-se realizado anualmente.

Segundo João Gonçalves, o grupo surgiu “por brincadeira” mas rapidamente tornou-se um caso sério para adeptos dos jogos de tabuleiro. “Eu tinha comprado alguns jogos mas faltavam-me pessoas

interpretada pelo Centro Republicano e Democrático de Fânzeres, e “Uma Bomba Chamada Etelvina” (31 de outubro), a cargo do Grupo de Teatro da Associação Social Recreativa e Cultural Bem Fazer Vai Avante.

para jogar. Comecei a levar os jogos para a loja XXL, no Porto, às terças-feiras e encontrei mais duas ou três pessoas que apareciam regularmente para jogar. Acabou por surgir a possibilidade de criar um grupo e assim foi. Hoje temos inscritas mais de 130 pessoas e reunimo-nos semanalmente para jogar”, afirma o organizador do evento.

Assim, Rio Tinto não foi exceção e durante três dias o liceu Martim Fernandes transformou-se numa casa de jogos de tabuleiro para todos os gostos,

Os espetáculos estão marcados para 21h30, no Salão Paroquial de Fânzeres.

Recorde-se que o Festival de Teatro de Fânzeres é organizado pela União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, pela Paróquia de Fânzeres e pelo Centro Republicano e Democrático de Fânzeres.

“A nossa ideia é continuar a di-namizar o Festival de Teatro em Fânzeres e em S. Pedro da Cova”

Ao Vivacidade, Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, confirma a intenção de dar continuidade ao Festival de Teatro em Fânzeres e S. Pedro da Cova. O autarca quer “afirmar a iniciativa e dar às populações um espaço de fruição cultural”.

“A nossa ideia é continuar a dinamizar o Festival de Teatro em Fânzeres e em S. Pedro da Cova. Este festival tem características locais e insere-se num conjunto de iniciativas que procuramos dinamizar”, refere. ■

dos mais familiares aos mais fantasiosos.A InvictaCon 2015 contou ainda

com a estreia de um jogo de tabuleiro que ainda não foi lançado no mercado chamado “The Gallerist”, onde os jogadores encarnam um curador de uma galeria de arte que compra e vende quadros de pintores, melhorando e aumentando o seu valor, e dois jogos em formato de protótipo: “Vinhos” e “Lisboa”.

O evento teve entrada gratuita e esteve aberto à comunidade. ■

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> Não faltaram jogos aos visitantes > O evento despertou o interesse dos gondomarenses

> A atriz Ana Bola inaugurou o Festival de teatro

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Procissão encerrou mês de festa no concelhoDe 5 de setembro a 11 de ou-tubro, os gondomarenses cele-braram as Festas do Concelho. A Feira das Nozes foi encerra-da com a procissão em honra de Nossa Senhora do Rosário e dos padroeiros São Cosme e São Damião.

Milhares de pessoas passaram por Gondomar durante as Festas do Concelho, tradicionalmente designadas por Romaria do Rosário ou Feira das Nozes. A XVI Feira das Tasquinhas, inaugurada a 2 de outubro, voltou a contar com uma adesão significativa repartida por dois fins-de-semana. No total, passaram pelo Mercado Municipal de S. Cosme 26 coletividades que ofereceram aos visitantes iguarias e muito vinho doce.

No mesmo dia, o músico Pedro Abrunhosa chamou 50 mil pessoas para a Via Direcional num concerto único e “imperdível” como tinha prometido aos gondomarenses. Segundo a Câmara de Gondomar, o “espetáculo de música e luz reuniu no Município a maior multidão de sempre em eventos das Festas do Concelho”.

Na noite de 3 para 4 de outubro, os romeiros assistiram à habitual sessão de fogo-de-artifício e, no dia 11 de outubro, saiu à rua a procissão em honra de Nossa Senhora do Rosário e dos padroeiros São Cosme e São Damião. O cortejo religioso tinha sido adiado no dia 5 de outubro devido às condições meteorológicas e só uma semana depois é que foi realizado. Ainda assim, a procissão não deixou de ser abençoada pela chuva, condição que foi insuficiente para afastar as milhares de pessoas oriundas de Gondomar e de concelhos limítrofes que assistiram à passagem da marcha solene. ■

> Militares contribuiram para as festividades > A XVI Feira das Tasquinhas foi inaugurada por Marco Martins

> A procissão chamou milhares de pessoas à rua

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Dia Municipal do Combatente homenageou gondomarenses falecidos ao serviço da pátriaOs ex-combatentes do con-celho de Gondomar nos di-ferentes períodos de guerra foram homenageados a 11 de outubro, no Dia Municipal do Combatente, na Praça Heróis do Ultramar, em Fânzeres.

A Praça dos Heróis do Ultramar voltou a ser palco da cerimónia oficial do Dia Municipal do Combatente que visa homenagear os gondomarenses falecidos ao serviço da pátria durante a Grande Guerra (1914-1918), a Guerra do Ultramar (1961-1974) e missões de paz ao serviço das Nações Unidas.

A iniciativa contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, e do presidente da Liga dos Combatentes do Núcleo do Porto, Coronel José Manuel da Glória Belchior.

O edil gondomarense considerou a homenagem “merecida e justa” num dia “dedicado aos que serviram a pátria”, após descerrar a placa de homenagem aos combatentes do Ultramar.

Em discurso, o Coronel José Belchior considerou o ato “uma justa homenagem de Gondomar a filhos seus que responderam ao chamamento da pátria”. “Perpetuar desta forma a memória dos respetivos militares falecidos em combate é o devido contributo que merecem”, referiu o militar.

Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, também dedicou umas breves palavras em memória dos combatentes falecidos e lembrou que “não há futuro sem memória”.

Fotos PSF

> A cerimónia decorreu junto à estátua do Soldado Desconhecido

Após os discursos foram evocados os nomes de todos os combatentes de Gondomar que faleceram ao serviço da pátria e foram entregues as medalhas que visam homenagear o serviço prestado pelos ex-militares que compareceram à iniciativa.

O Dia Municipal do Combatente contou ainda com a participação do exército português, através do regimento de transmissões do Porto, que expôs vários equipamentos de diferentes épocas de guerra. ■

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POSTO DE VIGIAManuel TeixeiraJornalista e Professor Universitário

ELEIÇÕES BRINDAM-NOSCOM GOVERNOS A PRAZO

1 – Os resultados eleitorais do passado dia 4 ditaram uma sentença óbvia: o novo Governo andará permanentemente de corda ao pescoço, sempre à espera que alguém lhe aperte o garrote da forca. O primeiro-ministro, seja ele quem for, sabe que todos os dias pode acordar com a sentença de morte pendente de um qualquer expediente parlamentar, ou do simples amuo das oposições ou dos próprios parceiros de governação.

É neste quadro político que o país vai viver nos próximos tempos. É mais que óbvio que a atual legislatura só por milagre chegará ao fim dos quatro anos. E se tal acontecer, então iremos viver uma outra experiência, que será a de voltarmos a ter vários governos durante este espaço de tempo. Por isso, com ou sem eleições pelo meio, ninguém acredita na estabilidade governativa, em face destes indicadores.

2 – Para já, é prematuro dizer se a legislatura arrancará com um Governo liderado por Pedro Passos Coelho, ou por António Costa. Qualquer destas hipóteses será sempre instável. Ainda que a coligação PSD/CDS chegue a um acordo com o próprio PS, é mais que provável que um tal acordo será sempre transitório. Porventura apenas para assegurar a aprovação do orçamento de estado para o próximo ano, e pouco mais.

Mas se tal acontecer, o mais certo é que logo no início do próximo verão comecem as escaramuças, em torno dos preparativos para o Orçamento de Estado de 2017. É por demais expectável que a cobrança das faturas partidárias se faça sentir bem antes. Ou seja, só com muita benevolência é que o Governo que nascer agora poderá ultrapassar incólume o outono do próximo ano.

3 – É verdade que ninguém esperava que António Costa, derrotado nas urnas, fosse tão longe nas suas reviravoltas, e tão generoso para com os partidos à sua esquerda. Ninguém percebe como bloquistas e comunistas possam agora acomodar as opções programáticas “austeritárias” – como costumam dizer – que Bruxelas continuará a impor aos membros do grande clube. Mas a política é isto mesmo. Ou seja, o que ontem era verdade hoje deixa de o ser, e as certezas de hoje são incertezas amanhã…

Perante tudo isto, a grande dúvida é exatamente saber como irá reagir a economia portuguesa no meio deste vendaval, nos próximos tempos. Iguais dúvidas, ainda que com menor incerteza, persistem sobre como se comportará a União Europeia se os indicadores do défice público e do endividamento derem sintomas de agravamento. E mesmo que, por instantes, alguém pareça sair beneficiado, no final do dia a cobrança há-de chegar. Caso para perguntar: está o país a caminho de se meter num labirinto sem saída?

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ACIG homenageouempresários de GondomarA Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG) homenageou a 18 de outubro os empresários do concelho com nova edição do Dia do Empresário.

A ACIG comemora, desde 2007, o Dia do Empresário de Gondomar. Este ano não foi exceção numa iniciativa que teve início pelas 17h15 e que se prolongou até bem perto das 22h. A iniciativa contou com exibições da Fanfarra de Gondomar na Rua Augusto Maia a que se seguiu o hastear das bandeiras. Ao final da tarde foram ainda apresentados os programas que a ACIG tem ao dispor dos empresários gondomarenses.

No período de intervenções, Graciano Martinho, presidente da direção da ACIG, destacou

a importância da iniciativa e da atividade diária dos empreendedores do concelho. “O espírito que move a ACIG ao promover e ao celebrar este dia, deve-se ao facto de sentir que nada mais faz do que a sua obrigação ao prestar, muito justamente, esta singela mas muito merecida homenagem aos empresários de Gondomar resistentes às contrariedades”, começou por dizer o dirigente associativo, após recordar momentos da história centenária da ACIG.

Já Carlos Brás, vereador do Empreendedorismo da Câmara de Gondomar, sublinhou o trabalho desenvolvido pela associação e o sucesso do Dia do Empresário de Gondomar. “É importante que existam estes momentos entre os empresários porque deles nascem relações importantes”, afirmou o autarca que revelou ainda a intenção de organizar, no próximo ano, uma exposição das principais atividades económicas de Gondomar. ■

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OPINIÃO

No passado dia 31 de outubro comemorou--se o Dia Mundial da Poupança. Mesmo com uma gestão cuidadosa e um endividamento controlado, podem sempre surgir im-previstos que podem levar à perda de rendimentos ou ao aumento das despesas e, desta forma, ao desequilíbrio das nossas finanças pessoais, pelo que, a Poupança deve ser uma prioridade.

A elaboração do orçamento familiar permite o controlo das despesas correntes e a tomada de decisões financeiras importantes, como a preparação da reforma ou a compra de uma casa. Para isso, na gestão responsável das finanças pessoais, uma parte dos rendimentos devem ser destinados à poupança das famílias.

Todos os meses, ou sempre que possível e com regularidade, as famílias devem retirar uma parte do seu rendimento para uma poupança. O ideal seriam 10% do rendimento, no entanto esta avaliação terá que ser feita, caso a caso. As famílias devem ter constituído um fundo de emergência (pelo menos, 5 a 6 vezes o rendimento mensal da família) para acautelar o impacto financeiro de alguma situação imprevista, tal como o desemprego ou uma despesa inesperada.

A constituição de uma poupança pode também ter como objetivo mais específico a compra de alguns bens ou serviços, como seja fazer uma viagem, sem que seja necessário um recurso ao crédito.

Atualmente, poupar deve ser uma prioridade para acautelar o futuro. E tão importante como definir a quantia a poupar é conhecer as regras para um investimento responsável. Uma informação errada ou insuficiente pode originar perdas significativas e riscos elevados.

Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado da DECO

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO e presta apoio gratuito aos munícipes.

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Slimmy falou sobre música na Casa da Juventudede Rio Tinto

Cemitério de S. Pedro da Cova com obras dereordenamento

O músico riotintenses Paulo Fer-nandes, conhecido por Slimmy, pas-sou pela Casa da Juventude de Rio Tinto, a 1 de outubro, para falar de música com um grupo de jovens.

O cemitério da Covilhã, em S. Pe-dro da Cova, está a sofrer uma in-tervenção de reordenamento das sepulturas. O investimento da Jun-ta da UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova está avaliado em 30 mil euros.

A Casa da Juventude de Rio Tinto promoveu mais uma sessão inserida na rúbrica “(Dez)conversando com...” no âmbito das iniciativas de comemoração do 10.º aniversário do espaço riotintense.

Slimmy, músico e autor dos temas “Beatsound Loverboy” e “Um Anjo Como Tu”, foi o convidado de honra da sessão e falou sobre vários temas

As obras que estão a decorrer no cemitério da Covilhã estão a despertar a curiosidade da população que visita o espaço de São Pedro da Cova. A empreitada iniciada pela União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova representa um investimento avaliado em cerca de 30 mil euros e visa corrigir o ordenamento das sepulturas situadas

relacionados com a indústria musical, no Dia Mundial da Música.

O músico falou sobre o início dos 15 anos de carreira, a experiência em Londres, os êxitos musicais nas séries e novelas televisivas e nas dificuldades para singrar na música em Portugal. “Os músicos do Porto têm mais dificuldades porque é em Lisboa que estão as rádios e as editoras. Isso obriga-nos [bandas do Porto] a ser melhores e a trabalhar mais”, referiu Slimmy.

No período de questões abertas ao público o músico falou sobre as diferenças de tratamento aos músicos nacionais e internacionais, das receitas atribuídas aos músicos pelas rádios e programas de streaming e da certeza de voltar a cantar em inglês após um período a cantar em português. ■

na 2ª secção do cemitério. A situação causava vários transtornos à população, nomeadamente na época de chuvas. “Esta é uma obra profunda de reestruturação do cemitério da Covilhã que tem zonas bastante desorganizadas. O espaço foi sendo ocupado sem grandes preocupações de organização e isso originou alguns problemas de acesso a sepulturas e também causou complicações em alguns funerais”, explica Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias.

Segundo Fernando Santos, arquiteto responsável pelo projeto, a obra estará pronta a tempo do Dia dos Fiéis Defuntos “para que as pessoas possam velar convenientemente os seus entes queridos”. Recorde-se que a autarquia já procedeu também à pintura de manutenção do cemitério de Fânzeres. ■

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Entrevista Ana Paris:“Temos consciência que estamos deslocados emGondomar”

Quatro rapazes de S. Pedro da Cova juntaram-se em 2011 para formar a banda Ana Paris. O nome pode enganar o público mas o som não dei-xa margem para dúvidas, há rock neste projeto gondoma-rense e não existem músicas calmas para este quarteto. Em entrevista ao Vivacidade, Miguel Vieira, vocalista, Pe-dro Martins, baterista, Bruno Oliveira, guitarrista, e Tiago Rocha, baixista, falam sobre o primeiro EP da banda, inti-tulado “A Stoned Psychadelic Punk Rock Mord Thing”.

Como é que surgiram os Ana Paris?Pedro Martins (PM): Já nos conhecíamos

há algum tempo e quando decidimos juntar-nos tivemos material de bandas que eram de S. Pedro da Cova. Em 2011 começamos a tocar de forma mais séria.

Bruno Oliveira (BO): Nessa altura começamos a gravar alguns temas e levamos o projeto mais a sério, sobretudo com os concertos. Sentimos que os concertos ao vivo foram importantes para crescermos.

Porque é que decidiram chamar-se Ana Paris?

Tiago Rocha (TR): O nome simboliza um encontro com uma pessoa que conhecemos num dia e perdemos o contacto.

MV: O Bruno foi abordado por uma miúda num concerto que lhe perguntou o nome da banda e ele nem tinha nome para dar.

BO: Foi uma pessoa que só existiu naquele momento. Chamava-se Ana Paris e decidimos adotar esse nome.

PM: A história verdadeira é que eles queriam chamar à banda Fiasco e eu achava que as pessoas iam dizer o nome em português até que falaram em chamar Ana Paris e achei que soava melhor.

Vocês são autodidatas?Miguel Vieira (MV): Sim, juntamo-nos

para aprendermos a tocar em conjunto.

Quais são as vossas referências musicais?PM: Tudo o que nós ouvimos e misturamos

nos ensaios.BO: As nossas referências são muito

dispersas.

Como é que caracterizam o vosso estilo musical?

BO: Tocamos rock e variamos os estilos sempre dentro do rock. Todos ouvimos músicas diferentes e quando chegamos aos ensaios acabamos por misturar vários estilos, mas sempre dentro do rock. Músicas calmas não existem.

Quando foi o vosso primeiro concerto?MV: Foi em abril de 2011.

Fazem questão de dizer que são de S. Pedro da Cova?

PM: Sempre, nunca dizemos que somos do Porto à primeira, só depois de dizermos que somos de S. Pedro da Cova. Se as pessoas não souberem depois explicamos que fica em Gondomar [risos].

Gostavam de ter mais concertos em Gondomar?

PM: Tocamos agora no Festival da Juventude de S. Pedro da Cova.

MV: Temos consciência que estamos deslocados em Gondomar.

Vão lançar agora um EP, o que esperam alcançar com este trabalho?

MV: Esperamos dominar o mundo [risos] e ter um formato para dar às pessoas. Este trabalho está a ser feito há dois anos.

BO: Gravamos na Adega Records, em Rio Tinto, e como não tínhamos experiência de gravação demoramos algum tempo a gravar. Só aparecíamos na editora de vez em quando e isso atrasou o processo.

MV: Por um lado foi mau mas por outro permitiu-nos ter músicas mais coesas. O EP é importante para apresentarmos aos promotores.

O EP vai ser vendido?PM: Vamos tentar vender o mais barato

possível.

Onde esperam estar daqui a um ano?BO: Esperamos estar a gravar um novo

trabalho. PM: Desta vez queremos gravar à nossa

maneira. ■

> Tiago Rocha, Bruno Oliveira, Miguel Vieira e Pedro Martins

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Festival de Teatro Amador de Gondomar até final de outubro

Museu Mineiro expõe coleção de fósseis de Firmino Jesus

Festival de Teatro daCidade de Rio Tintoregressa a 7 de novembro

Está a decorrer o 1.º Festival de Teatro de Gondomar. No dia 24 de outubro sobe ao pal-co da Escola Dramática e Mu-sical Valboense a peça “Can-tigas de Uma Noite de Verão”, interpretada pelo In Skené – Grupo de Teatro de Amadores de Gondomar.

No dia 24 de outubro é apre-sentada ao público a exposi-ção de fósseis de Firmino Jesus, colecionador natural de São Pedro da Cova.

Em novembro o teatro regres-sa a Rio Tinto. O Grupo Dra-mático e Beneficente de Rio Tinto volta a organizar o Fes-tival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, em parceria com a Junta de Freguesia.

A União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, com o apoio da Escola Dramática e Musical Valboense e da Paróquia de Santa Cruz de Jovim, está a promover o 1.º Festival de Teatro Amador de Gondomar. O evento arrancou a 17 de outubro com a apresentação da peça “O Conto da Ilha Desconhecida”, adaptada do livro

O Museu Mineiro vai ter em exposição, a partir do dia 24 de outubro, uma coleção de fósseis composta por trilobites, amonites, peixes e ouriços de vários pontos do mundo. A coleção da autoria de Firmino Jesus, colecionador natural do Lugar do Passa, São Pedro da Cova, reúne fósseis recolhidos nos últimos 30 anos, agora doados ao Museu Mineiro de São Pedro da Cova.

“A coleção é bastante rica e abrangente. Esperamos que esta exposição fique permanentemente no Museu porque temos uma série de programas previstos para trabalharmos com estes fósseis”, refere Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. A inauguração da exposição

O Grupo Teatro “Renascer” inaugura, a 7 de novembro, pelas 21h30, o 16.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto com a revista à portuguesa “Mãos à Obra Porto, encenada por Francisco Nogueira.

A 14 de novembro sobem ao palco o Grupo Cena Jovem para apresentar as peças “Simplesmente Shirley”, de Cláudio

de José Saramago, com encenação de Sónia Correia e interpretada pela Associação Cultural Independente de Trabalhadores Amadores e Recreativa – Acgitar, no auditório da Universidade Sénior de Gondomar.

No dia 24 sobem ao palco da Sala Gil Vicente da Escola Dramática e Musical Valboense os In Skené – Grupo de Teatro de Amadores de Gondomar. Os In Skené vão interpretar a peça “Cantigas de Uma Noite de Verão”, de David Greig, com encenação de Joana Sousa.

O encerramento do festival de teatro fica a cargo do Grupo de Teatro da Universidade Sénior de Gondomar com a apresentação da peça “A Bisbilhoteira”, de Eduardo Schwalbach, com encenação de Luís Gonzaga. O espetáculo está marcado para 31 de outubro no Salão Paroquial de Jovim. ■

está agendada para as 16h30 do dia 24 de outubro.

Exposição “Anne Frank: uma his-tória para hoje” inaugurada em novembro

A 16 de novembro, o Museu Mineiro de São Pedro da Cova vai receber a exposição educativa “Anne Frank: uma história para hoje” que, este ano, já esteve patente em mais de 200 lugares em todo o mundo.

Trata-se de uma exposição composta por 34 painéis educativos e mais de 200 fotografias que retratam a vida de Anne Frank, colocando-a em paralelo com os acontecimentos históricos ligados à 2ª Guerra Mundial e ao Holocausto.

“Esta exposição, pela dimensão internacional que tem, promete um número significativo de visitantes que nos vai afirmar no contexto regional e esse é o nosso objetivo”, explica Daniel Vieira ao Vivacidade.

A exposição estará patente até 9 de janeiro de 2016. ■

Simões, e “No Fundo do Poço”, Luan Coelho.

Uma semana depois, a 21 de novembro, o Grupo Dramático do Campo leva ao palco da sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto a peça “O Rico Morto”.

A encerrar o 16.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto o Grupo de Teatro de Novelas apresenta a peça “A Falecida deixou Ficar a Coisa Feia”, de Fernando Leal.

Recorde-se que os espetáculos são de entrada gratuita e realizam-se todos os sábados, pelas 21h30, na sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto.

A iniciativa é organizada em parceria com a Junta de Freguesia de Rio Tinto. ■

Cultura

Foto Arquivo Vivacidade

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Destaque

O presidente da Re-pública concluiu, a 21 de outubro, as audiências aos par-tidos políticos com assento parlamentar sobre a nomeação do primeiro-ministro. Contudo, Cavaco Sil-va ainda não anun-ciou ao país quem irá indigitar para liderar Portugal nos próximos quatro anos. O presidente da República garan-tiu, no entanto, que só daria posse a um Governo que garan-tisse a estabilidade política. O Vivacida-de consultou os pre-sidentes das Juntas e Uniões de Freguesias de Gondomar e con-frontou os autarcas locais com o cenário pós-eleitoral.

1- O impacto do resultado eleitoral para o País, não foi nada que não se estivesse à espera. Na minha modesta opinião quem ganha as eleições é que deve governar. Em Gondomar, entendo que este resultado eleitoral não mexe em nada. Porque em 2013 quando o Dr. Marco Martins e a sua respetiva equipa ganharam as eleições o Governo era formado pela coligação PSD/CDS-PP, por isso tudo continuará como até aqui.

2- O Governo que vier a ser formado só terá condições políticas para governar se os partidos envolvidos nas negociações assim entenderem. No meu ponto de vista até teria a sua piada o nosso país ser governado por um governo tripartidário. Os portugueses estão num sofrimento terrível por causa do nosso futuro. É preciso ter determinação nas decisões e preocupação com os mais desfavorecidos . É preciso sair deste impasse.

3- Não acompanhei as declarações do nosso presidente da República após as eleições. Mas numa situação destas o que se deve colocar em primeiro lugar é o bem estar dos portugueses e não quezílias políticas. ■

Sou a informar que neste momento qualquer resposta dada às perguntas endereçadas, antes mesmo do Sr. Presidente da República se pronunciar sobre o assunto, associado ao facto dos próprios partidos ainda estarem em negociações, qualquer comentário da minha parte poderia ser extemporâneo e mal interpretado quer pelos cidadãos quer por qualquer uma das forças politicas.

Sendo assim, sou da opinião que devemos deixar que este assunto em particular seja decidido pelas partes intervenientes na negociação e sob a égide do Sr. Presidente da República, prevalecendo na minha opinião os interesses de Portugal.

Entendo pois, ser esta a melhor forma de contribuir para as questões que me levantou. ■

1 - Os resultados eleitorais das últimas Eleições Legislativas e o quadro político que daí se formou têm 3 interpretações diretas:1) Uma maioria esmagadora dos eleitores pronunciou-se frontalmente contra a continuação deste tipo de governação da coligação PSD/CDS, onde a austeridade é o centro de todas as medidas tomadas nos últimos 4 anos. Nenhuma das promessas eleitoriais feitas por esta coligação em 2011 foi cumprida! E o país está francamente pior depois de tanta austeridade.2) A abstenção aumentou relativamente às últimas Eleições Legislativas, tendo atingido um nível histórico. Daqui se pode retirar a conclusão de que a distância entre a política e a população aumentou também e uma parte do eleitorado não se sentiu motivado em participar ativamente na vida pública do país e não se sentiu motivado para eleger os seus representantes. 3) Caiu o mito da existência dum “centrão político”, uma espécie de bolsa de votos que circulam entre o PS e o PSD. Daí que todos os partidos ou coligações de esquerda tenham subido em número de votos efetivos, comparativamente a 2011.

O impacto que estes resultados têm para Portugal será medido pelo tipo de Governo que será formado na base destes mesmos resultados. Mas uma coisa é certa, não haverá mais a continuidade do tipo de governação autoritária, baseada na austeridade, que temos vindo a ter desde 2011. Os portugueses vão poder respirar de alívio desde agora. Em Gondomar, os resultados eleitorais não têm nenhum impacto em particular, a não ser a obrigatória interpretação dos mesmos por parte dos partidos políticos locais. O povo português sabe distinguir bem para o que vota e para quem vota. Aproveito desde já e agradeço muito a todos quantos se juntaram a nós e fizeram campanha eleitoral pelo PS, tendo vencido em Gondomar.

2 - Os resultados eleitorais saídos do escrutínio

do passado dia 4 de Outubro obriga, obviamente, a uma interpretação mais atenta ao novo quadro político da Assembleia da República. O Presidente da República sempre veio dizendo, antes das Eleições, que só daria posse a um Governo com estabilidade partidária e suportado por uma maioria parlamentar. E isso é possível. Se o Partido Socialista viabilizar um governo da Coligação, contrariando tudo o que disse em campanha eleitoral, ou se o Partido Socialista assumir a liderança dum governo de união da Esquerda portuguesa. Tenho a minha opinião quanto a uma solução de Governo estável, mas devemos aguardar serenamente o resultado das conversações que estão em curso e agrada-me que o António Costa esteja a ser o mediador deste processo pois é de todos os envolvidos o único com provas dadas de que é possível governar com várias forças políticas diferentes durante 4 anos, tendo por base compromissos políticos.

3 - As declarações do Presidente da República após as Eleições são idênticas ao tipo de presidência que tem vindo a ser implementada nos últimos 9 anos, ou seja, um vazio de ideias e acções. Infelizmente, aquele que deveria ser o “garante” da estabilidade em Portugal não tem estado à altura dos acontecimentos.

Quando fala, cria mais confusão e baralha o pensamento dos portugueses. Mas também não se pode esperar mais de alguém que se deixa “apagar” na história, quando está ausente no dia que foi criado para comemorar a sua existência, nomeadamente o dia da República. ■

Texto: Pedro Santos Ferreira

Autarcas gondomarenses comentam

1 - Os resultados são mais que conhecidos. Há, no entanto, uma ideia que resulta de todo o processo pós-eleitoral, que reside no facto de que não elegemos um primeiro-ministro ou um Governo, mas sim 230 deputados. Ao contrário do que acontece, por exemplo, com a eleição de um presidente de Junta ou de um Executivo Camarário, o que determina a constituição do Governo é a composição da Assembleia da República. Tal situação permitiu-nos até conhecer a realidade política noutros países que são tantas vezes utilizados como exemplo. Penso que a situação pós-eleitoral fez também “estalar o verniz democrático” em alguns comentadores e políticos para quem, a possibilidade de uma solução com a participação da CDU- e também do BE -, não é considerada sequer como uma solução democrática. Algumas dessas personalidades são mesmo responsáveis pelas politicas mais desastrosas dos últimos 40 anos, mas insistem na política do medo com uma possível influência das propostas da CDU. Mas de que têm medo afinal? Só se for de perder os seus privilégios. No nosso entendimento, Gondomar, tal como o país, ganhará com a derrota da política de direita e com a inversão do rumo de desastre que tem vindo a ser seguido. Veremos agora, nos próximos dias, as opções de cada força política e, alguns, terão mesmo de fazer opções de fundo no seu caminho. No concreto, penso que algumas das reivindicações e problemas dos gondomarenses terão um outro desfecho com uma outra orientação política.

2 - Penso que o fundamental é perceber se

o próximo Governo será capaz de responder aos problemas das populações, ou seja, se o próximo governo seguirá a orientação política dos anteriores governos de empobrecimento da esmagadora maioria da população e da prossecução desta política de austeridade ou se, pelo contrário, abrirá caminho a uma nova política de desenvolvimento económico, emprego, produção nacional, justiça social, defesa dos serviços públicos, taxação das grandes fortunas e da especulação bolsista, etc. Nós preferimos e privilegiamos a estabilidade da vida e do trabalho das pessoas a uma falsa estabilidade política que só serve para dar benesses aos mesmos de sempre.

3 - O Presidente da República tem sido o

suporte da política de direita. É provavelmente dos políticos que mais anos acumula de elevadas responsabilidades na gestão do país. Num quadro de profundo desgaste pessoal e político, o Presidente da República tudo fará para salvar quem nos trouxe até aqui. Tudo fará para defender esta política de austeridade e os seus responsáveis. Tudo fará para que este processo de destruição dos serviços públicos e liquidação do Estado social se concretize. Tudo fará para que Portugal continue a ser um país subalterno, dependente e não soberano. Tudo fará para que a Constituição que jurou não se cumpra, tal como tem acontecido. Cabe-nos tudo fazer para impedi-lo. ■

Nuno CoelhoPresidente da Junta de Freguesia

de Baguim do Monte

Isidro SousaPresidente da União das Freguesias

de Covelo e Foz do Sousa

Daniel VieiraPresidente da União das Freguesias

de Fânzeres e S. Pedro da Cova

José António MacedoPresidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e

Jovim

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Destaque

1 - Este país, Portugal mas pouco, tem sociologicamente e normalmente mais pena das vítimas e ou dos coitados. Será a capacidade de ser ou se tornar vítima que vencerá as bem próximas eleições legislativas.

Parece-me claro que os poucos eleitores, que votaram a 4 de outubro, deram um sinal claro de que o “irrevogável” parceiro do PSD já não faz sentido na formação de qualquer Governo de maioria. O PSD também tem de perceber que não venderá mais este país a qualquer baixo custo ao contrário de José Sócrates que ainda hoje é acusado de comprar a qualquer custo. O Bloco, mais da Catarina e da Mortágua do que de esquerda, só continuará a brilhar se a direita for próspera e por fim já ninguém distingue o “parque jurássico” da CDU com o do PS, porque estes cristalizaram. Os portugueses deixaram claro que a melhor oposição de Portugal durante a última legislatura ocorreu no interior do Partido Socialista com um brilhante golpe perpetrado pelos senhores da “capital do império”. O Partido Socialista terá que “matar o pai” para se renovar e oferecer uma alternativa séria ao país, país este que continua a ser governado por uma elite que vive numa “cloud” onde não cabe Portugal. Se Gondomar e os seus autarcas não foram ouvidos por qualquer partido ou seu candidato a deputado, antes ou durante as eleições legislativas, será pouco provável que possa ser ouvido ou lembrado durante a próxima legislatura. Gondomar cumpriu com distinção o seu desiderato que foi escolher mais uma vez o Partido Socialista e ratificar assim a gestão dos seus atuais autarcas que se empenham todos os dias em construir um Gondomar D’Ouro.

2 - Não sabendo nem pretendendo adivinhar que Governo será formado, reitero que brevemente qualquer composição cairá para dar lugar à vítima que o senhor Presidente da República ratificar ou escolher.

3 - Para quem acha, que é fundamental formar um Governo estável e duradouro, não compreendo porque é que chamou apenas o Dr. Pedro Passos Coelho, para formar esse mesmo Governo, agora impossível, sem a colaboração do Partido Socialista. Este senhor Presidente da República recusa-se a aceitar os resultados que estes eleitores produziram nas suas escolhas lembrando sempre o nosso Camões que escreveu que “fraco rei faz fraca a forte gente”. ■

1 - Dado que até ao momento ainda não sabemos a composição do Governo, vários cenários estão em aberto. No entanto, como foi a PàF que ganhou as eleições é previsível que venha a formar Governo. Posto este cenário, sabemos com o que podemos contar no futuro: mais austeridade e sofrimento para os portugueses. Continuaremos com a economia estagnada, obedecendo às ordens da Comunidade Europeia, manipulando os valores do desemprego com medidas que produzem resultados fictícios e momentâneos.

Não acreditamos num governo de esquerda porque entendemos que o Dr. António Costa não tem legitimidade política para continuar a representar o Partido Socialista, devido à derrota obtida nas últimas eleições. No passado recente o Dr. António Costa tomou de assalto o PS e agora quer com a esquerda radical assumir o Governo custe o que custar.

Pensamos que se o PS a continuar com este registo está a preparar-se para dar uma maioria absoluta ao PSD, nas próximas eleições, o que é lamentável.

É urgente o PS parar e eleger um novo secretário-geral, que reúna consenso entre os socialistas para que possamos fazer as pazes com os portugueses.

A nível do concelho, os resultados eleitorais não têm impacto direto, no entanto entendemos que o Partido Socialista deve refletir rapidamente e tomar medidas porque a vitória obtida foi por poucochinho.

2 - Dado que ainda não existe Governo

formado e que existem pelos vistos várias opções, não posso responder a esta questão.

3 - Pensamos que o Sr. Presidente esteve

muito bem. Pediu estabilidade e legitimou o partido com maior votação para tentar chegar a um acordo que possa garantir a governabilidade do País.

Entendemos que não poderia ser de outra forma. Respeitou a vontade dos portugueses. ■

1 - Temos aqui diversas questões a ponderar, mas resumidamente para mim, o resultado das últimas eleições, terá para Gondomar e para o País todo um impacto muito negativo. A pobreza, a perda de direitos sociais e de trabalho, nunca foram o único caminho possível e o homem desde que vive em sociedade, luta para melhorar este estado e esta forma de pensamento, muito dogmático e ideológico de uma minoria da sociedade.

2 - Se for um Governo com estabilidade

política, terá todas as condições para governar durante quatro anos, mas da pergunta não entendo a qual Governo se refere, porque conforme já foi visto, temos em cima da mesa várias opções constitucionais e poderemos ter um governo minoritário formado pelo PSD/CDS ou um maioritário formado pelos outros partidos do Parlamento. Mas tudo volta ao mesmo, se for para manter estas políticas, espero mesmo que nenhum governo consiga governar quatro anos, pois os portugueses não vão aguentar mais quatro anos destas políticas, sob pena de retrocedermos irremediavelmente muitas décadas e perderem-se para sempre conquistas e valores que nos distinguiam como sociedade e como país.

3 - Infelizmente as declarações do Sr.

Presidente da República são sempre de uma enorme infelicidade, mostrando que na altura em que o país precisava de um presidente forte e que fosse o garante da Constituição não o tem sido. Não tem estado à altura das suas responsabilidades e tenho a certeza que a grande maioria dos portugueses concorda comigo. Estamos todos à espera do novo presidente porque este não tem tido um mandato nada positivo. Mas neste momento em especial, o Sr. Presidente deve cumprir o que lhe diz a lei e a Constituição, zelar pela estabilidade do país e deixar de lado, se é que é possível, as suas convicções políticas e ideológicas e pugnar pelo interesse do país. ■

cenário político que tem agitado o país

1Que impacto tem para o país, em

geral, e Gondomar, em particular, o

resultado eleitoral?

2Na sua opinião, o Governo que vier a ser formado tem condições políticas

para governar durante quatro

anos?

3Como é que

interpreta as declarações do Presidente da

República após as eleições?

José AndradePresidente da União das

Freguesias de Melres e Medas

Rui VicentePresidente da Junta de Freguesia

da Lomba

Nuno FonsecaPresidente da Junta de Freguesia

de Rio Tinto

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Política

Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, é responsável pela ges-tão diária da freguesia que representa cerca de um terço do território de Gondomar, por isso o autarca não tem mãos a medir para servir os riotintenses. O Vivacidade acompanhou um dia na vida do político.

O relógio marca 8h30 e Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, já está sentado no gabinete presidencial do edifício da Junta rio-tintense, ritual diário que o autarca gosta de cumprir enquanto lê as no-tícias do dia, responde a e-mails e despacha documentos dos serviços técnicos e operacionais. Por norma, terça-feira - dia em que foi feita esta reportagem – é dia de audiências com os habitantes da freguesia que expõem ao presidente os seus proble-mas. Contudo, não estavam marcadas audiências para este dia.

“Hoje estaria aqui a manhã toda mas como não temos audiências mar-cadas vou optar por visitar algumas obras que estão a decorrer na fregue-sia. Porque temos várias equipas na rua. Sou muito interventivo nessa área e gosto de acompanhar os meus homens”, começa por dizer ao Viva-cidade.

A primeira paragem é junto à es-tação de metro da Campainha onde

Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

Nuno Fonseca:

“Uma Junta com este tipo que estar noutro patamar”

está a ser pintada a sinalização hori-zontal de entrada e saída de uma ro-tunda. “Temos que estar sempre na vanguarda e em Rio Tinto gostamos de desbravar caminho. No caso das pinturas de estrada somos pioneiros porque formamos uma equipa pró-pria para o efeito”, refere o presiden-te enquanto assiste os funcionários na fluidez do trânsito.

Concluída a obra o autarca segue para o estádio do Atlético de Rio Tinto, onde estão quase concluídas as obras de remodelação do equi-pamento desportivo. A empreitada está a receber apoio da Junta de Fre-guesia. “Estamos a pintar o estádio todo e a fazer um jardim junto às áreas técnicas que não estava pen-sado inicialmente”, explica Nuno Fonseca.

Junto ao estádio, os funcioná-rios da Junta limpavam as margens do rio Tinto, operação realizada to-dos os anos para retirar a vegetação acumulada no leito do rio. “Todos os anos, e sempre que é necessário, temos esta preocupação”, aponta o presidente da Junta.

De regresso ao edifício da autar-quia local, por volta das 12h, é tem-po de sentar à mesa com os funcio-nários da Junta. O hábito enraizado de comer uma sopa com a equipa que trabalha diariamente nas obras da freguesia tem “grande importân-cia e até serve para aguentar melhor a fome até à hora de almoço”, diz o presidente.

Universidade Sénior de Rio Tinto é “motivo de orgulho”

A tarde tem início no Centro Cul-

tural de Rio Tinto, onde estava agen-dada uma reunião da Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT) com a diretora da instituição, Conceição Loureiro. O projeto é “motivo de or-gulho” para a Junta de Rio Tinto e ar-ranca o segundo ano letivo com mais de 350 alunos inscritos em várias disciplinas. “A entrada deste número de pessoas vai servir para manter e solidificar o projeto. A USRT é caso inédito e tem um crescimento muito assinalável. Sabíamos que iríamos ser uma Universidade grande mas não imaginávamos crescer tanto no espa-ço de um ano”, confessa o autarca.

A Junta investiu na USRT cerca de 70 mil euros. O projeto englobou também a criação de novas valências como uma rampa de acesso exterior e interior ao edifício para pessoas com mobilidade reduzida, um espaço de convívio para os alunos e a aposta em equipamentos de informática e um laboratório de fotografia.

“Está aqui um esforço financei-ro significativo para o orçamento da Junta mas é essencial para a qualida-de que queremos implementar”, afir-ma o presidente.

Segundo Nuno Fonseca, as disci-plinas mais requisitadas são informá-tica, inglês, espanhol e fotografia.

Visita ao Centro Escolarda Venda Nova

Ainda durante a tarde, o autar-ca deslocou-se ao Centro Escolar da Venda Nova. No local, Nuno Fonseca idealizou uma das próximas emprei-tadas a realizar pela Junta, a criação de um coberto com 2,5 metros de al-tura com o objetivo de proteger pais

> O dia tem início no gabinete

> A caminho de mais uma obra

> Pintura na zona da Campainha

> Jardim em construção no Atlético de Rio Tinto

> O autarca ao telefone > À mesa com os funcionários da junta > Em contacto com a população > Centro Escolar da Venda

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Política

de intervenção tem

e alunos dos períodos de chuva. “A obra será feita pela Junta e a compra do material fica à responsabilidade de um esforço conjunto da Associa-ção de Pais e do Agrupamento de Es-colas”, explica ao Vivacidade.

Cemitério n.º 1 vai termais ossários

De visita ao cemitério n.º 1 da fre-guesia, situado nas traseiras da Igreja Matriz, Nuno Fonseca pondera já a próxima expansão de ossários. “No primeiro ano de mandato resolvemos um problema de falta de espaço com a limitação das remissões. Por um lado todos têm lugar nos cemitérios de Rio Tinto, por outro isso está a criar-nos problemas de falta de ossá-rios em relação ao número de solici-tações que temos”, diz Nuno Fonseca. Assim, o cemitério n.º 1 de Rio Tinto deverá ter brevemente mais ossários à disposição dos riotintenses.

Dia termina na Quinta das Frei-ras

Ao final da tarde, ainda há tempo para uma visita à Quinta das Freiras, espaço que o autarca gostaria de ver cedido à Junta de Rio Tinto. “A passa-gem deste equipamento para a Junta sempre se justificou. Existe esse com-promisso mas julgo que está na hora de começarmos a falar seriamente so-bre isso”, reitera o autarca.

Caso aconteça, Nuno Fonseca promete uma gestão “mais pensada e dinamizada” da Quinta das Freiras, espaço que, na opinião do presiden-te da Junta, “está degradado e precisa de uma manutenção mais séria” para bem da comunidade.

O dia do presidente terminou per-to das 22h com a entrega de prémios do Concurso de Fotografia da VI Me-dieval de Rio Tinto. Os trabalhos es-tão em exposição no piso 1 do Parque Nascente.

“A minha maior dor de cabeça é não ter mais funcionários”

Sobre a delegação de com-petências e acordos de exe-cução com a Câmara Mu-nicipal de Gondomar, Nuno Fonseca não tem dúvidas, “a minha maior dor de cabe-ça é não ter mais fun-c i on ár i o s para fazer-mos mais obras”, ad-mite o au-tarca.

O pre-sidente da Junta de Rio Tinto considera que “tem existido um inves-timento do Município em Rio Tinto”, mas lamenta o “grande esforço finan-ceiro” imposto pelos contratos com a autarquia. “Nesse aspeto julgo que ficamos a perder”, conclui.

Para melhorar a qualidade das empreitadas realizadas pela Junta, Nuno Fonseca contratou um enge-nheiro e uma arquiteta responsáveis pelas obras. “Uma Junta com este tipo de intervenção tem que estar noutro patamar”, reivindica o político. ■

Nova > Cemitério nº 1 de Rio Tinto

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Política

Município assinou contratos decooperação com o movimento associativoA Câmara de Gondomar as-sinou, a 14 de outubro, os contratos de cooperação com 167 instituições do concelho no âmbito do Programa de Apoio ao Movimento Associa-tivo do concelho.

As 167 instituições sociais, culturais, desportivas e socioeducativas do concelho receberam da Câmara Municipal de Gondomar um apoio total de 750 mil euros, entregue na cerimónia realizada a 14 de outubro no Auditório Municipal de Gondomar.

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, e o restante executivo municipal, acompanhado por Manuel Pinto, presidente da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, entregaram individualmente os contratos de cooperação aos dirigentes associativos e institucionais de Gondomar.

“Queremos agradecer-vos pelo que fazem diariamente pela cultura, pelo desporto e pelo recreio e apoio social em Gondomar. Sem vocês o concelho não

seria o que é hoje e estamos aqui para assinalar isso”, começou por dizer o edil gondomarense.

Ao movimento associativo, Marco Martins deixou ainda a promessa de pagar a totalidade dos apoios financeiros até ao final do ano, “apesar das dificuldades

financeiras que o Município atravessa”.O autarca prometeu também

disponibilizar, no próximo ano, duas viagens por ano a cada associação de Gondomar, “com recursos da autarquia ou recorrendo ao serviço de aluguer” e recordou a existência de um gabinete

municipal “ao dispor do movimento associativo”.

“Queremos realizar um trabalho em rede e sem vocês o concelho não seria o que é hoje. Estamos aqui para assinalar isso”, conclui o presidente da Câmara de Gondomar. ■

Fotos PSFFoto Arquivo Vivacidade

Foto DR

Marco Martins quer “levar o metro ao centro do concelho”

Gondomar indisponívelpara projeto alternativo àÁguas do Norte

O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, admitiu em reunião pública, realizada a 14 de outubro, em São Pedro da Cova, a impor-tância de prolongar a linha de metro de Fânzeres até ao cen-tro de Gondomar.

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gon-domar, admitiu “não estar disponível” para permitir a construção de 30 quilómetros de condutas no concelho para viabilizar proposta alternati-va à Águas do Norte.

Em causa está uma extensão de 900 metros da atual linha “Laranja” do metro do Porto que liga a estação da Senhora da Hora, em Matosinhos, a Fânzeres. Para isso, Gondomar colocou em Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) mais uma estação, aceitando abdicar das verbas para outros projetos em função deste.

“É prematuro dizer se vai avançar ou

Apesar de ter admitido desconhecer o estudo apresentado a 13 de outubro pelos autarcas do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos - projeto da Frente Atlântica alternativo à Águas do Norte – Marco Martins afirmou “não estar disponível” para permitir a construção de 30 quilómetros de condutas no concelho, peça necessária para viabilizar a solução apresentada pelos três municípios vizinhos.

“Gondomar não estará disponível para construir uma infraestrutura desta dimensão no seu território”, afirmou o autarca à margem da reunião pública realizada em São Pedro da Cova.

O presidente da Câmara de Gondomar mostrou-se também descontente com

não, mas o sinal que Gondomar deu, assim como a Maia e a Trofa deram, é de que abdicarão de parte da verba que lhe caberá no PEDU para fazer esta extensão. Isto em nada implica ou deve dificultar o outro projeto e a nossa reivindicação pela ligação até ao centro do concelho”, disse Marco Martins.

Para o autarca gondomarense, a medida possibilitaria aos gondomarenses ganhar “melhor mobilidade” num projeto que deverá envolver cerca de seis a sete milhões de euros. A Gondomar caberá abdicar de 15%, ou seja, disse o autarca, “cerca ou muito perto de um milhão de euros”.

A possível criação da estação da Carvalha terminaria com a necessidade dos utilizadores do metro percorrerem “mais de 15 minutos a pé” para fazer transbordo para outros transportes. No entanto, Marco Martins promete não abdicar da “batalha de levar o metro até ao centro do concelho”. ■

a possibilidade de reativar uma estação elevatória sediada em Gondomar. “Não fomos consultados neste projeto”, referiu Marco Martins.

Segundo o estudo apresentado pela Frente Atlântica, a instalação dos 30 quilómetros de condutas seria essencial para ligar uma nova Estação de Tratamento de Água, prevista para Zebreiros, aos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos. ■

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Política

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Aniversário da Junta de Baguimdistinguiu personalidades da freguesiaA Junta de Freguesia de Ba-guim do Monte realizou, a 10 de outubro, a sessão solene do 30.º aniversário da autarquia local. Durante a cerimónia foram distinguidos os bagui-nenses Paulo Rocha, Alcino Branco, Casaca Guedes e Da-másio Gonçalves.

O músico baguinense Ricardo Gonçalves inaugurou a cerimónia comemorativa do 30.º aniversário da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, realizada no Centro Social e Paroquial da freguesia, com um momento musical que marcou os 20 anos de carreira do artista local.

O ponto alto da cerimónia coincidiu com a habitual entrega das medalhas de mérito da freguesia. Alcino Branco, Damásio Gonçalves e Casaca Guedes foram os baguinenses distinguidos pela Junta de Freguesia, além do voto de louvor entregue ao missionário Paulo Rocha, também natural de Baguim do Monte.

Antes da entrega das medalhas de mérito tiveram lugar os discursos das entidades políticas representadas

na Assembleia de Freguesia de Baguim do Monte. Nuno Coelho, presidente da Junta, realçou a luta da população local pela conquista do estatuto de freguesia. “Valeu a pena há 30 anos atrás a população lutar. Saúdo também a Assembleia realizada, na altura, pelos autarcas de Rio Tinto que compreenderam a necessidade de criar a freguesia de Baguim”, afirmou o autarca que não deixou de destacar o trabalho desenvolvido pelo homenageado Paulo Rocha e a importância da construção da Unidade de Saúde Familiar na freguesia, agendada para o início do próximo ano.

Carlos Brás, vereador da Câmara de Gondomar que marcou presença na sessão solene, sublinhou as intervenções do Município em Baguim e recordou a cedência em regime de comodato da Escola Básica de Torregim, as obras na Rua António Castro Meireles e a rotunda de Vale Ferreiros, como “importantes medidas para o desenvolvimento da freguesia”.

As centenas de pessoas que assistiram à sessão solene não abandonaram o Centro Social e Paroquial de Baguim do Monte sem assistir a um segundo momento musical de Ricardo Gonçalves. ■

Chamados a intervir as forças políticas da oposição representadas na Assembleia de Freguesia de Baguim do Monte recordaram ao executivo da Junta o que falta fazer na freguesia. O representante da CDU enumerou a “luta pela construção do Centro de Saúde, a criação de mais serviços de infantário e apoio a idosos e a luta por uma linha de metro que sirva melhor Baguim”, já a representante do PSD/CDS-PP salientou a “importância do trabalho desenvolvido pelo Governo para a construção da USF de Baguim”.

Oposição lembrou o que falta fazer na freguesia:

Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

> A sessão solene decorreu no Centro Social e Paroquial de Baguim

> Paulo Rocha e Nuno Coelho > Nuno Coelho, Damásio Gonçalves e Mário Tavares > Casaca Guedes a ser agraciado > Nuno Coelho, Alcino Branco e Nuno Fonseca

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31VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Política

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PS perde no país mas ganha emGondomar

FONTE: CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR

Com um total de 33,3% dos votos obtidos, o Partido So-cialista foi o mais votado no concelho, seguido da coliga-ção Portugal à Frente (PàF) que obteve 32,7% dos votos

O Partido Socialista foi o mais votado pelos gondomarenses nas eleições Legislativas 2015. No ato eleitoral realizado a 4 de outubro, 33,3% dos eleitores gondomarenses que votaram deram a vitória ao PS no concelho.

A PàF ficou em segundo lugar com 32,7% dos votos, seguida do Bloco de Esquerda (BE), com 13%, e da CDU, com 11%.

O concelho de Gondomar foi

exceção à regra verificada no distrito do Porto, onde 16 de 18 concelhos deram vitória à coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP), tendo sido eleitos 17 deputados pela PàF, 14 pelo PS, cinco pelo BE e três pela Coligação Democrática Unitária (CDU).

A abstenção ficou nos 40,3%, um total de 58.359 eleitores gondomarenses, que optaram por não deslocar-se às urnas.

Em 2011, o PSD foi vencedor no concelho e obteve uma percentagem de 35,2% dos votos. Já o PS tinha registado 32% dos votos dos eleitores gondomarenses, a CDU ficou pelos 9,3%, o CDS registou 8,9% dos votos e o BE obteve 6,1% dos votos gondomarenses.

Nesse ato eleitoral a abstenção ficou-se pelos 37,3%. ■

ELEITORES = 144.829ABSTENÇÃO = 40.30%

PCP-PEV - 10.47% / 9.052 VOTOS

PNR - 0.49% / 426 VOTOS

PS - 33.27% / 28.769 VOTOS

BE - 12.99% / 11.231 VOTOS

NC - 0.29% / 254 VOTOS

L/TDA - 0.43% / 375 VOTOS

PURP - 0.19% / 164 VOTOS

PPM - 0.22% 190 / VOTOS

PàF (PPD/PSD - CDS/PP)32.67% / 28.246 VOTOS

PCTP/MRPP - 1.52% / 1.313 VOTOS

PDR - 1.09% / 943 VOTOS

JPP - 0.16% / 139 VOTOS

MPT - 0.42% / 362 VOTOS

PTP-MAS - 0.28% / 241 VOTOS

PAN - 1.84% / 1590 VOTOS

Page 32: Edição de outubro de 2015

32 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

* Diretor Clínico da CLINICA RIO TINTO + Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Saúde o bem mais precioso

Sei que este tema pode não despertar a vossa atenção, pelo que de vago em si encerra e por indiciar uma reflexão banal e até despropositada. No entanto, após lidar com muitos problemas de muitos doentes, parece-me que muitas pessoas continuam adormecidas e preocupadas com factos e modos de vida sem objetivos. Ou, pior ainda, como não estão bem consigo próprias, preocupam-se em importunar a vida dos outros, numa atitude fanática e egocentrista. Como dizia Fernando Pessoa: “Com as pedras que nos atiram, um dia construiremos um castelo”. Tudo na vida se resolve por mais difícil que pareça. O que não tem muitas vezes solução será uma doença terminal ou uma doença aguda e fatal. Acreditem que para um médico ou outro profissional de saúde, é uma enorme frustração, não sermos capazes de evitar um final mau, como é a morte prematura de alguém que nos procura. Por isso tantas vezes, aqui e noutras iniciativas públicas, nos preocupamos por chamar atenção dos leitores para fazerem exames médicos e consultas de rotina essenciais para a prevenção de patologias graves, que numa fase inicial podem ser tratadas ou prevenidas.

Nem sempre a morte constitui um problema, mas sim o sofrimento crónico provocado por determinadas doenças, que uma vez estabelecidas, alteram de modo definitivo a nossa qualidade de vida. Que poderemos dizer a um paciente que está perante nós sabendo que lhe resta pouco tempo de vida, com um final anunciado e muitas vezes, com perfeita consciência da sua situação? Acreditem que é um enorme desafio para um médico, que gosta de ser útil aos seus pacientes, muitas vezes uma frustração, não poder resolver aquele verdadeiro problema. Como será possível que as pessoas que não têm estes problemas, procuram criar outros problemas, artificias, viverem num ambiente de conflito, de intriga, de inveja e tantos outros adjetivos que se reúnem em alguém, que acima de tudo não está bem consigo próprio, logo como poderá estar bem com os outros? Sim esse é o cerne da questão, é não encontrarmos o nosso equilíbrio, a nossa paz, os nossos objetivos na vida, que não seja, procurarmos nós próprios o caminho, sozinhos ou acompanhados, mas sempre numa paz interior, salutar e saudável.

Construirmos nós próprios o nosso “castelo” sem que seja à custa dos outros, com o esforço dos outros, seja esse castelo rico ou pobre, o que importa é ser construído com as “nossas mãos”. Aproveitem a vida nos bons e maus momentos, porque esses podem não voltar um dia. Mesmo quando as dificuldades da vida, nos atravessam á frente, tentem tirar partido e privilegiar o que há de positivo nesses momentos. Lembro bem palavras como estas, que dizia o Carlos Manuel, na altura treinador do Salgueiros na 1ª divisão de futebol, aos jogadores, antes de um jogo difícil, com o risco de serem humilhados e insultados pelo público, perante um jogo, cujo resultado se previa ser negativo. Sim, mesmo no futebol aprende-se muito da vida, pois numa equipa vive-se em comunidade, com alegria e sofrimento, todos a chutar para a mesma baliza, num verdadeiro espírito de interajuda, numa verdadeira amizade. Esse é um sentimento dos mais nobres da vida, a amizade, que é difícil de descobrir em muitos e outros, perante agressividades e maus momentos, mostram que afinal eram falsos amigos. Meus caros, quem não quer jogar na nossa equipa, apenas tem de se afastar, com cordialidade pois não terá de nós a perseguição, mostrando que aceitamos essa opção. Bem já vai longa esta reflexão, esperando eu que faça despertar em alguns, o sentimento da vida, porque para estarmos bem com a vida, temos mesmo de estar bem com nós mesmos...

Como diria o saudoso Raul Solnado, “façam o favor de serem felizes”.

Até breve, estimados leitores... ■

VIVA SAÚDEPaulo Amado*Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Desporto

II Trail das Nozesespera 800 participantes a 1 de novembro

Após o sucesso da 1ª edição o Trail das Nozes está de regresso a Gondo-mar, a 1 de novembro. A prova de trail volta a desafiar os participan-tes a percorrerem 23 ou 12 quilóme-tros traçados entre a serra do Casti-çal e a serra das Flores.

Adiada para o início de novembro, a 2ª edição do Trail das Nozes volta a realizar-se em Gondomar e será constituída por quatro eventos. A 31 de outubro realiza-se o Trail dos Pequeninos, prova que desafia os mais novos, dos sete aos 13 anos, a experimentarem o desafio do trail running. No dia 1 de novembro, entram em cena os participantes no II Trail das Nozes. À disposição dos atletas estão três provas com partida e chegada no Multiusos de Gondomar: Trail Longo (23 quilómetros), Trail Curto (12 quilómetros) e Caminhada (12 quilómetros).

“A prova é semelhante à 1ª edição mas tentamos alterar algumas coisas. Estamos a limpar novos trilhos e convém apostar em novidades porque os atletas gostam de conhecer coisas novas”, começa

Até à semana anterior ao evento estão abertas as inscrições no site oficial da prova.

INSCRIÇÕES DISPONÍVEIS NO SITE DA PROVA:

por dizer o responsável pelo Trail das Nozes.Uma das principais alterações é o percurso da

caminhada. “No ano passado os caminheiros foram de autocarro até meio do percurso e depois fizeram o regresso. Este ano fazem os 12 quilómetros sem interrupções”, explica Luís Pereira.

Segundo o ultramaratonista, as principais atrações da prova são o trajeto “indicado para quem se quer iniciar” e as paisagens de Gondomar “que os atletas gostam de percorrer”.

Luís Pereira espera receber 800 participantes no II Trail das Nozes, marca atingida na primeira edição. “Nesta edição gostávamos de ter 800 ou mais atletas em prova. Contudo, sabemos que existe uma maratona na semana seguinte e isso pode influenciar a escolha dos atletas. Neste momento temos 500 inscritos”, conclui o organizador.

A 2ª edição do Trail das Nozes, organizado pela Associação Desportiva UTRadical, com o apoio e colaboração de Luís Pereira, tem início às 10h do dia 1 de novembro. ■

Foto PSFFoto Arquivo Vivacidade

> Luís Pereira é responsável pela organização da prova

> O II Trail das Nozes tem partida e chegada no Multiusos de Gondomar

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33VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Desporto

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Basquetebolistas do FC Portodebateram alta competição

Gondomar e Rio Tinto eliminados da Taça de Portugal

Os basquetebolistas André Bessa e Miguel Queiroz do FC Porto foram os convidados da Casa da Juventude de Rio Tinto para a iniciativa “(Dez)conversando com...”. A 6 de outubro o tema escolhido foi “Alta Competição”.

As equipas gondomarenses foram eliminadas na 3ª elimi-natória da Taça de Portugal, disputada a 18 de outubro. O Gondomar perdeu por 0-1 com o Estoril Praia e o Farense derrotou o Rio Tinto por 1-0.

Os atletas André Bessa, base, e Miguel Queiroz, poste, da equipa de basquetebol do FC Porto passaram pela iniciativa “(Dez)conversando com...” da Casa da Juventude de Rio Tinto para falar sobre “Alta Competição”. André Bessa disse estar a cumprir “o sonho de uma vida” ao competir pelo FC Porto “equipa de coração” do atleta.

O Gondomar SC foi afastado da Taça de Portugal aos 96 minutos da partida, após uma grande penalidade assinalada por Manuel Mota e convertida por Léo Bonatini. Ao Vivacidade, Álvaro Cerqueira, presidente do Gondomar, apresenta queixas da arbitragem e lamenta a saída do clube da prova rainha.

Já Miguel Queiroz, internacional português, admitiu que a “motivação aumenta nas competições europeias e no principal escalão do basquetebol português”.

Os basquetebolistas fizeram parte do projeto Dragon Force do FC Porto que afastou a equipa da 1ª divisão nacional de basquetebol durante três anos.

“Podíamos ter tido um percurso mais feliz mas a eliminatória foi feita pelo árbitro. Faltavam ainda 20 minutos para terminar o prolongamento e foi marcada uma grande penalidade contra nós e ainda expulsaram o jogador nosso”, refere o dirigente desportivo.

Contudo, Álvaro Cerqueira prefere destacar a prestação positiva dos gondomarenses na Taça de Portugal e promete “lutar para subir de divisão” no Campeonato Nacional de Seniores.

Rio Tinto intimidou FarenseA jogar fora o SC Rio Tinto levou

mais de cem adeptos a Faro para apoiarem o clube. Os riotintenses até entraram melhor mas o penálti

Quanto às exigências de serem atletas de alta competição, ambos consideraram necessária a “capacidade de sacrifício e escolha pessoal” para serem profissionais.

A conversa contou ainda com um grupo de jovens da Escola Básica Infanta D. Mafalda que colocou várias questões aos atletas. ■

TABELACLASSIFICATIVADE FUTEBOL

CNS - Fase Regular- Série C

Próximos jogos:Cinfães - Gondomar (25/10)FC Pedras Rubras - Sousense (25/10)

P.123456789

10

EquipaFC Pedras RubrasCinfãesGondomarSC CoimbrõesAmaranteSousenseVila RealSobradoSC SalgueirosTirsense

Pontos1211109887744

ÙÙ

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos jogos:SC Rio Tinto - Pedrouços (25/10)Baião - S. Pedro da Cova (25/10)

P.123456789

1011121314151617181920

EquipaAliança de GandraRebordosaAD GrijóPadroenseCandalParedesPedrouçosOliv. DouroBarrosasAliados LordeloLeçaValadares GaiaLixaSC Rio TintoFC VilarinhoVila MeãBaiãoPerafitaSerzedoS. Pedro da Cova

Pontos141313131313111010109998654444

ÙÙ

Ù

convertido por Ubay Luzardo, ainda na primeira parte, acabaria por decidir o jogo a favor dos algarvios, apesar da boa réplica dos jogadores do Rio Tinto.

Jorge Pina, presidente do clube riotintense, destaca a boa prestação da equipa e lamenta não ter conseguido aproveitar as receitas dos jogos no estádio Cidade de Rio Tinto. “O Rio Tinto agigantou-se e não foi inferior à equipa do Farense. Os jogadores deram tudo na Taça e agora vamos concentrar-nos no campeonato.

Contudo, acabamos por ter azar porque nunca apanhamos um jogo em casa e teria sido importante para as finanças do clube”, afirma o dirigente em entrevista ao Vivacidade. ■

Foto DR

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34 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Desporto

A Câmara Municipal de Gondomar escolheu o pavi-lhão Multiusos para distin-guir as conquistas dos atle-tas gondomarenses na época 2014/2015. O evento foi con-duzido por Jorge Gabriel.

O Município de Gondomar distinguiu os feitos desportivos dos atletas e clubes gondomarenses na I Gala do Desporto do concelho. O evento realizou-se a 17 de outubro, no Multiusos de Gondomar, e contou com a assistência de milhares de pessoas.

I Gala do Desporto premiouméritos desportivos dos atletasgondomarenses

ASSOCIAÇÃO/CLUBEDESPORTIVO DO ANO:Clube Naval Infante D. HenriqueClube com cerca de 200 atletas, pentacampeão nacional de clubes, campeão nacional em masculinos e femininos, vencedor da Taça de Portugal em femininos, com 53 atletas com títulos individuais de campeões nacionais e vários atletas ao serviço das seleções, além de organizador de regatas internacionais;

EQUIPA DO ANO:Ala Nun’Álvares de Gondomar - Vice-campeã nacional da I Divisão de ténis de mesa;

DIRIGENTE DO ANO:Álvaro Cerqueira - Presidente do Gondomar Sport Clube;

ATLETA DO ANO FEMININO:Shao Jieni - Vencedora do World Tour Nigéria e do World Tour Áustria de ténis de mesa, 3.ª classificada no World Tour Espanha sub-21, vice-campeã nacional de equipas e 25.ª no “ranking” mundial de sub-21;

ATLETA DO ANO MASCULINO:Ricardo Braga (Ricardinho) - Melhor jogador do Mundo em 2014, eleito pelos portugueses e pela Federação Portuguesa de Futebol como o melhor jogador do centenário da entidade máxima do futsal em Portugal, vencedor do “Quinas de Ouro”, da Liga Nacional e da Copa del Rey;

TREINADOR DO ANO:Anabela Costa - Treinadora de patinagem artística da Escola Dramática e Musical Valboense;

ATLETA REVELAÇÃO DO ANO:Diogo Jota - Com 18 anos estreou-se

AGENTES DESPORTIVOS DISTINGUIDOS NA I GALA DO DESPORTO:

no I Liga de futebol, atleta internacional sub-19. Atleta do FC Paços de Ferreira;

DESPORTO ADAPTADO:Armando Costa - Medalha de ouro do Boccia World Open, na Polónia, e medalha de prata no Campeonato Nacional de Boccia;

DESPORTO ESCOLAR:Pedro Ferreira - Vice-campeão mundial de Desporto Escolar, em 3000 metros; vice-campeão nacional de corta-mato escolar;

DEDICAÇÃO:Albino Oliveira - Diretor do Clube Naval Infante D. Henrique;

HOMENAGEM CARREIRA/FIGURA DESPORTIVA:João Ferreira - Ao serviço do associativismo desde 1974. Iniciou a sua atividade como secretário da direção, passou para a Mesa de Assembleia Geral em 1986 e desde 1987 até hoje mantém-se como Presidente da Ala Nun’Álvares de Gondomar. É o Presidente do Conselho Fiscal da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar desde 1994. Entre 1998 e 2008 desempenhou funções na Federação Internacional de Voleibol. Presidente do Conselho Fiscal da Federação das Coletividades do Distrito do Porto entre 2004 e 2010. Fundador e presidente do Conselho Fiscal da Associação para o Desenvolvimento Social de Gondomar.

Foram ainda distinguidas várias equipas das seguintes modalidades: andebol, atletismo, canoagem, ciclismo, BTT e downhill, equitação, damas, futebol, ginástica, hóquei em patins, patinagem artística, ornitologia, pólo aquático, remo, ténis, tiro, trail e ténis de mesa.

Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, inaugurou a cerimónia e dedicou a gala aos mais de 8000 atletas que praticam desporto em Gondomar.

“Percebemos que era necessário organizar esta gala porque em Gondomar há muitos campeões e muitos títulos para homenagear. Todos vocês merecem o nosso reconhecimento porque praticam desporto neste concelho, alcançam títulos nacionais e internacionais e levam o nome de Gondomar além fronteiras”, disse o edil gondomarense, em discurso.

A cerimónia conduzida pelo apresentador Jorge Gabriel contou ainda com as atuações musicais de Renata Gonçalves, ex-concorrente do programa “The Voice Portugal”, e Slimmy. ■

> Jorge Gabriel apresentou o evento > Prémio Associação/Clube Desportivo do Ano

> Prémio Equipa do Ano > Prémio Dirigente do Ano

> Prémio Treinadora do Ano > Prémio Atleta Revelação do Ano

> Prémio Desporto Adaptado > Prémio Desporto Escolar

> Prémio Dedicação > Prémio Homenagem Carreira/Figura Desportiva

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35VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Desporto

O Gondomar SC é o atual 3.º classificado na Série C do Campeonato Nacional de Se-niores. Ao Vivacidade, diri-gentes, técnicos e jogadores do clube admitem a aposta na conquista da fase de ma-nutenção e consequente luta pela fase de subida.

Na época passada o Gondomar SC não conseguiu o apuramento para a fase de subida da Série C do Campeonato Nacional de Seniores (CNS), contudo, este ano, o objetivo dos atletas e dirigentes da equipa sénior do clube gondomarense passa pela presença nesta fase da competição.

Ao Vivacidade, Álvaro Cerqueira, presidente da direção do clube, admite a aposta na “luta pela fase de subida” e mostra-se convicto no alcance desse objetivo com base no desempenho do clube em anos anteriores. “A avaliar pela equipa que temos vamos apostar em ganhar esta fase para lutarmos pela fase de subida. Depois não sabemos até onde podemos ir porque ainda não sabemos as equipas que pode calhar no nosso grupo, mas nessa altura poderemos reforçar o plantel e avaliar se apostamos na subida de divisão”, diz o dirigente do clube gondomarense. O dirigente do Gondomar SC aponta como principais vantagens para esta época o plantel jovem e as poucas saídas verificadas no estádio S. Miguel. A “facilidade em construir a equipa” poderá, segundo Álvaro Cerqueira, dar resultados “sobretudo na 2ª volta do CNS”.

Com seis jornadas já decorridas o dirigente desportivo considera positiva a prestação da equipa, apesar da eliminação na Taça de Portugal, após derrota por 1-0, em Gondomar, frente ao Estoril.

“Sabemos que não é fácilchegar à fase de subida”

José Alberto, treinador principal do Gondomar SC, não esquece o desfecho da época passada e lamenta que “tenham tirado o sonho ao clube” de disputar a fase de subida do CNS. Contudo, o técnico não desarma e confirma a ambição de estar presente nessa fase da competição.

“Queremos estar na fase de subida mas sabemos que não é fácil chegar lá. No entanto, sabemos que este campeonato é muito competitivo, basta observar as

Gondomar SC: Equipa quer disputar fase de subida do CampeonatoNacional de Seniores

equipas que integram a nossa série”, afirma José Alberto.

O técnico destaca a “estrutura mais alargada com jogadores que permaneceram no clube” e considera ter melhor plantel em relação à época passada.

Sobre o desempenho conseguido na Taça de Portugal, em que o Gondomar foi eliminado na 3ª eliminatória, José Alberto admite que o grupo “já ficou na história do clube” e espera que a equipa se mantenha

> O Gondomar SC é o atual 3.º classificado da Série C

> A equipa quer chegar à fase de subida > O plantel treina diariamente no Estádio S. Miguel

> O grupo exibe confiança > Álvaro Cerqueira, presidente do clube

unida e motivada para enfrentar o resto da época.

Plantel jovem esperasurpreender adversários

Adílson Vaz, defesa de 26 anos, e Tiago Ferreira, médio de 22 anos, são os porta-vozes do grupo. “O melhor ainda está para vir e podemos dar mais ao clube e aos adeptos”, começa por dizer Adílson

Vaz, capitão do Gondomar SC. O jogador acredita que o plantel 2015/2016 está reforçado e é capaz de atacar a fase de subida do CNS. Já Tiago Ferreira, jogador do Gondomar há quatro anos, admite que os níveis de confiança “têm subido com os jogos”. O jovem jogador espera contar com o apoio dos adeptos para “surpreender os adversários da Série C e conseguir marcar presença na fase de subida”. ■

Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

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36 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Desporto

Taça de Portugal, uma festa que faz bem ao futebol

VIVA DESPORTOTiago NogueiraJornalista / estudante de psicologia

Um fim-de-semana presenteado com a mítica Taça de Portugal é sempre bem especial para todos os adeptos do futebol. Nesta eliminatória os três grandes cumpriram e eliminaram os seus respetivos adversários, sendo que o SL Benfica foi a equipa que teve maiores dificuldades, conseguindo o golo da vitória por Jardel apenas no minuto 90. Pelo meio existiram dois golaços, um com a assinatura do marroquino Carcela e o outro por intermédio de Coulibaly.

O FC Porto derrotou o Varzim por 2-0, Tello e André André foram os marcadores. Já o Sporting eliminou o Vilafranquense por 4-0 com golos de três jovens leões, Mateus Pereira fez o gosto ao pé por duas vezes, Bruno Paulista marcou o terceiro e Gelson Martins colocou um ponto final no resultado.

Devo também destacar os fantásticos resultados do Desportivo das Aves e do Penafiel, que eliminaram da Taça de Portugal clubes de primeira divisão, Moreirense e Vitória de Guimarães, respetivamente. A equipa de Sérgio Conceição está numa série de péssimos resultados, não obstante o facto de já ter realizado exibições de nível desde que o novo técnico chegou ao clube vimaranense.

O Gondomar conseguiu aguentar-se até ao prolongamento contra o Estoril Praia num sempre caloroso Estádio São Miguel, sendo que existem várias queixas de uma suposta grande penalidade que ficou por assinalar em favor da equipa da casa, quando o marcador ainda estava a zero. Por outro lado, em dois jogos bastante desequilibrados, o Paços de Ferreira derrotou facilmente a Naval por 7-1 e a Académica impôs-se com um 5-1 diante da Sanjoanense. Num outro encontro bastante familiar, o Rio Tinto deslocou-se até ao Algarve para a festa da Taça, onde perdeu por 1-0 contra o mítico Farense.

O Boavista e o Arouca tinham deslocações bastante complicadas, pois pese embora o facto de Loures e Leixões serem de divisões inferiores, quando jogam perante o seu público e nestes jogos de carácter especial tudo fica diferente e os atletas transcendem-se, jogando a um nível competitivo brutal. E assim aconteceu, os jogos foram decididos apenas no prolongamento e o triunfo caiu para o lado das equipas do principal escalão.

No próximo fim-de-semana haverá também um derby que promete ser escaldante, Benfica e Sporting defrontam-se numa partida que trará consigo um conjunto de reencontros bastante peculiares. Jorge Jesus regressa ao Estádio onde tantas vezes ousou festejar, sendo que já afirmou esperar uma recepção natural por parte da nação benfiquista. Algo que, de facto, me soa a demasiado optimismo tendo em conta todo o processo. Carrillo deverá estar também de regresso e todos os verdadeiros amantes do desporto rei ficarão contentes. Este futebolista, juntamente com Nico Gaitán, serão, certamente, os principais desequilibradores num jogo que primará pelo equilíbrio. ■

Foto DR

“Gondomar tem mostrado vontade de receber o ténis de mesa”Em entrevista ao Vivacidade, Pedro Moura, presidente da Fe-deração Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM), destaca a aposta do Município na modalidade que já valeu a Portugal a organização de duas provas europeias no Mul-tiusos de Gondomar.

Em visita a Gondomar, para uma vistoria técnica ao Multiusos de Gondomar, que se prepara para receber a Taça da Europa de 2016 e o Campeonato da Europa de Jovens de 2017, dois eventos ao mais alto nível internacional de ténis de mesa, Pedro Moura, presidente da FPTM, destacou, em declarações exclusivas ao Vivacidade, o empenho da autarquia na aposta na modalidade.

“O nosso relacionamento com o Município de Gondomar tem crescido e o concelho tem mostrado vontade de receber o ténis de mesa com grandes competições e grandes atletas. Além disso, existe uma grande valência para nós, o Multiusos de Gondomar”, diz Pedro Moura.

Para o presidente da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, o crescimento da modalidade deve-se à qualidade dos jogadores nacionais “que permitem sonhar com um bom desempenho nos Jogos Olímpicos de 2016”.

Em Gondomar, a prática da modalidade está representada por três clubes - Ala Nun´Álvares de Gondomar, Ginásio de

Valbom e Dragões Valboenses - que merecem elogios do dirigente desportivo. “Os clubes são impulsionadores das modalidades e neste concelho temos equipas de referência com atletas de grande nível”, afirmou Pedro Moura.

União Europeia de Ténis de Mesasatisfeita com Multiusos de Gondomar

A acompanhar a vistoria técnica do equipamento gondomarense, Ronald Kramer, presidente da União Europeia de Ténis de Mesa (UETM), mostrou-se satisfeito com a decisão de organizar as provas europeias em Portugal.

Segundo Ronald Kramer, o pavilhão gondomarense “é um excelente local para receber uma competição deste nível e tem todas as condições para acolher as provas de 2016 e 2017”.

Sobre o Campeonato da Europa do próximo ano, o presidente da UETM não tem dúvidas: “Vamos ter os 16 melhores jogadores europeus masculinos e femininos em competição num torneio com grande prestígio em que todos querem cá estar representados”.

Município aposta na afirmaçãodo desporto

Ao Vivacidade, Sandra Almeida, vereadora do Desporto do Município, sublinha a intenção de apostar na afirmação “nacional e internacional da prática desportiva”.

“A Taça de Portugal de ténis de mesa foi a afirmação nacional e agora, com estes dois eventos europeus, teremos a afirmação internacional”, conclui a autarca. ■

> Pedro Moura, Sandra Almeida, Ronald Kramer e Didier Leroy

Foto PSF

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37VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Desporto

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II Corrida da República unetrês freguesias pelo desportoA 2ª edição da Corrida da Re-pública volta a percorrer um percurso de 10km entre as fre-guesias de Rio Tinto, Fânzeres e Gondomar (S. Cosme), a 25 de outubro. Carlos Ferreira, responsável pela prova, espera repetir o sucesso da 1ª edição.

A Corrida da República, prova organizada pela EventSport e as Juntas de Freguesia de Rio Tinto, Fânzeres e S. Cosme, está de regresso a Gondomar. A prova tem partida e chegada junto ao Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, e será composta por um traçado de 10 quilómetros para a corrida e cinco quilómetros para os adeptos da caminhada.

Carlos Ferreira, responsável pela organização da prova, considera que a prova volta a impor-se apesar da “promoção tardia do evento”.

“Este ano o atraso da realização da prova existiu por diversos motivos. Ainda assim, estamos a realizar a prova em outubro que é o nosso objetivo, porque é o mês que se enquadra melhor neste evento e que simboliza a

implantação da República”, afirma o organizador.

Segundo Carlos Ferreira, o “ambiente citadino” da Corrida da República e a “manutenção do preço das inscrições até ao dia 23 de outubro”, dois dias antes da prova, são os principais atrativos para esta 2ª edição.

Já sobre a aposta na continuidade do percurso percorrido na 1ª edição, o

organizador da prova admite que nas próximas edições poderá existir uma

alternância dos percursos traçados entre as freguesias.

“Em edições futuras da prova podemos vir a alternar o percurso e os locais de partida e chegada dos atletas. No entanto, este ano vamos manter o percurso porque em Rio Tinto temos as condições ideais para montarmos a nossa estrutura de forma a criar um constrangimento mínimo à população”, refere Carlos Ferreira.

A II Corrida da República tem início às 10h, do dia 25 de outubro, e conta já com mais de 400 atletas inscritos na prova. ■

RETORNOCAMINHADA

As inscrições na prova deverão ser efetuadas até ao dia 23 de outubro via online no site da prova e na Junta de Freguesia de Rio Tinto.Após o dia 23 de outubro as inscrições só serão aceites no local do levantamento dos kits.

INSCRIÇÕES ABERTASATÉ 23 DE OUTUBRO:

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38 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Opinião: Vozes da Assembleia da República

Fora do quadradoIsabel Santos | PS

Escrevo este artigo de opinião

num momento em que, face ao resultado das eleições e à nova composição da Assembleia da República por ele ditada, o desfecho do processo de formação do próximo Governo ainda é uma incógnita.

Contudo, independentemente do que resultar das conversações em curso para esse fim, há já algumas certezas que não podemos ignorar. Os portugueses rejeitaram a política de sobre-austeridade seguida pelo Governo PPD-PSD/CDS-PP e isso redundou na perda de mais de setecentos mil votos, em relação à soma da votação nesses dois partidos em 2011 e à perda da maioria absoluta.

A expressão da vontade popular e a atitude de abertura ao diálogo do PS, PCP e BE, abriu um quadro político nunca antes experimentado, abalando velhos conceitos e trazendo a política “pura e dura” para o centro do debate. Está definitivamente em causa o velho conceito de “arco da governação” fechado ao PPD-PSD e PS, com o CDS no papel de fiel da balança.

Pela primeira vez, em Portugal, a dependência do suporte de uma maioria parlamentar para a construção de uma solução governativa estável pode fazer com que a formação de Governo não seja liderada pelo partido ou, neste caso, pela coligação que recolheu o maior número de votos, mas sim por quem

conseguir lançar pontes de diálogo que permitam construir uma plataforma de convergência mais alargada. Algo que não é novo no contexto europeu e, por isso, não se percebe a estranheza expressa por alguns diante de tal possibilidade, sobretudo por aqueles que passam a vida a usar comparações com outros países para justificar as suas opções.

Ao votar desta forma, os portugueses romperam com a ideia de “bloco central”, destruída pela deriva ultraliberal dos partidos da coligação, sobretudo PSD, e ditaram a procura de uma solução fora do quadrado do xadrez político tradicional. Recordo que na campanha para as primárias disse apoiar António Costa porque ele representava o regresso

do primado da política e porque entendia que a complexidade do contexto nacional, europeu e mundial exigia lideranças capazes de pensar fora do quadrado e dotadas da visão estratégica que ele tinha demonstrado em vários momentos do seu percurso político. Se é verdade que é nos momentos críticos que as capacidades de cada um melhor se revelam, nos últimos dias António Costa tem sido o retrato de tudo o que disse dele nessa altura, podendo vir a produzir um virar de página na história da democracia portuguesa. Tudo o mais é espuma do tempo.

Àqueles que se entretêm a colocar em causa as evidências, resta-me perguntar: qual foi a parte que não entenderam? ■

Tempos espantosos!Michael Seufert | CDS-PP

Os ingleses, para fazer notar o seu

espanto com as realidades que o mundo nos impõe exclamam por vezes “What A Time To Be Alive!” - qualquer coisa “que tempo este, para estar vivo!”. Politicamente, vivemos dias que parecem merecer esse epíteto. Mas se calhar poderíamos passar com só um bocadinho menos de emoção – é do país que falamos. Recapitulemos: as eleições do dia 4 deram a vitória à coligação Portugal à Frente quando o Partido Socialista, nas palavras do seu Secretário-Geral, prometia “a maior derrota de sempre da direita”. A direita perdeu, isso é certo, a maioria absoluta mas recebeu um inequívoco

mandato para governar. O PS não só não obteve maioria – muito menos absoluta – como acabou com menos deputados que os do PSD não cumprindo nenhum dos seus objectivos eleitorais. E se não posso recomendar a António Costa que se demita – na vida dos outros partidos não me meto – o mínimo que se esperaria era alguma humildade depois do PS ter tido uma derrota tão profunda quando tantos viam a vitória como garantida.

O que aconteceu foi vermo-nos arrastados para uma telenovela de gosto duvidoso em que PS anuncia que se calhar consegue à sua esquerda uma maioria para pelo menos tolerar um governo liderado pelo derrotado das eleições. À data da

escrita destas palavras nada é claro, nem que o PS o consiga nem o contrário, mas já se podem fazer algumas considerações. É que se não há nada à partida a impedir que, constitucionalmente, PS formasse governo com a participação de Bloco e PC, a legitimidade democrática desse governo já é outra conversa. Afinal PS, BE e PC passaram a campanha a degladiar-se apontando cada um ao outro o dedo como traidor. A deputada Isabel Moreira, do PS, até chegou a escrever que um voto na esquerda radical equivaleria a um voto na direita. Nada mal.

Mas há mais: o PS está mais próximo do arco do governo, dos partidos atlantistas, europeístas e demo-liberais, ou de

partidos estalinistas e trotzkistas aliás com uma visão algo duvidosa da democracia? Creio que ainda nos recordamos bem do que PCP fez da única vez que esteve no governo. Dizem que os tempos mudam e que com esta aproximação cai finalmente o Muro de Berlim da democracia portuguesa, mas a verdade é que não vai um ano que no Avante se chamava “alegada” à queda desse mesmo muro.

Escrevi nestas páginas durante uns bons anos. Com a minha saída do Parlamento entrego também este desafio. Em tempos interessantes, é certo, mas que espero terminem a favor de Portugal. Obrigado ao Miguel Almeida e a toda a equipa do Vivacidade! ■

A Evolução da despesa do estado entre 2010 e 2015Margarida Almeida | PSD

Portugal realizou nos últimos anos o

mais profundo ajustamento orçamental da sua história democrática. O sucesso obtido permitiu recuperar a credibilidade internacional, que, tendo sido gravemente comprometida, levou o país à necessidade de recorrer à ajuda externa. Durante os anos de ajustamento, devido à situação de pré-bancarrota provocada pelo Governo anterior, Portugal teve a necessidade de atuar perante o descontrolo das contas públicas e corrigir as assimetrias que afetavam Portugal.

Não foram anos fáceis. Mas os Portugueses tiveram a capacidade de sacrifício e o mérito de conseguir ultrapassar as dificuldades. Os resultados estão à vista: a economia está a crescer, o desemprego, ainda muito elevado,

a baixar e a consolidação orçamental é uma realidade. Portugal está no caminho correto. Os sacrifícios ainda não terminaram e vamos continuar a lutar para manter a nossa Administração Pública sustentável e ao serviço dos cidadãos, fazendo crescer a economia e continuar a baixar o desemprego, gerando mais empregos e melhores salários. Estamos a trabalhar para assegurar o futuro das atuais gerações e com melhor qualidade de vida, preservando o Estado Social. Com os dados já conhecidos do Orçamento de Estado para 2015, é importante dar a conhecer os números e os factos que permitem esclarecer algumas confusões que por vezes surgem no espaço público. Os anos recentes foram de um extraordinário esforço do Estado e dos Portugueses. Por exemplo, em termos gerais,

entre 2010 e 2015 o contributo da despesa para a redução do défice é praticamente o mesmo que o da receita.

Os números estão à vista de todos. O saldo global reduzir-se-á em 2015 para -2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o que traduzirá uma redução de 8,5 pontos percentuais do PIB face a 2010, cerca de 15 mil milhões de euros em termos nominais, face 2010 ano que antecede o resgate. Será o primeiro saldo que respeita a norma dos défices do Pacto de Estabilidade e Crescimento desde que Portugal participa na moeda única. De facto, é o primeiro défice abaixo de -3% desde 1989, ou seja, desde há 26 anos. Em 2015, será o terceiro ano consecutivo de excedente primário. O saldo primário ascenderá a 2,2% do PIB, sendo já um factor de peso na redução do

nível de endividamento público. A correção, acumulada ao longo de quatro anos, ao saldo primário, em termos nominais, ascenderá a quase 19 mil milhões de euros em 2015, depois de ter sido de mais de 15 mil milhões, em 2014

É o menor défice das últimas quatro décadas. Portugal está no bom caminho e os Portuguese assim o entenderam, no passado dia 4 de Outubro, nas Eleições Legislativas, na medida em que deram a vitoria a quem trabalhou e colocou Portugal à frente, à Coligação PSD/CDS Porém, os episódios de “esquizofrenia e vedetismo político” do Dr. António Costa, tem provocado uma grande estabilidade no nosso País e nos Portugueses… Este é o exemplo de políticos que os portugueses não querem e Portugal merece MELHOR… ■

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39VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Opinião: Vozes da Assembleia da República

Por uma política que defenda os trabalhadores e o PovoDiana Ferreira | PCP

À data da escrita deste artigo passam duas semanas das eleições Legislativas – das quais a CDU saiu mantendo o progresso eleitoral verificado nas quatro últimas eleições Legislativas, subindo de votos, percentagem e mandatos e elegendo mais um deputado pelo Círculo do Porto (agora com três eleitos da CDU), naquele que é o melhor resultado desde 1999, traduzido na eleição de 17 deputados.

Sendo conhecidos os resultados obtidos e os deputados eleitos, importa sinalizar o seguinte:

A maioria PSD/CDS sofreu uma grande derrota: ficou sem maioria absoluta, desceu 12 pontos percentuais (para 36,8%), perdeu mais de 700 mil votos e

mais de 20 deputados – hoje, PSD e CDS têm, juntos, menos votos do que PSD sozinho, nas Legislativas de 2011;

Quase 64% dos votantes portugueses recusaram a política de austeridade e desastre nacional imposta por PSD/CDS, que perderam, à luz dos atuais resultados, legitimidade política para formarem Governo;

No quadro da Constituição da República, e tendo presente a correlação de forças existente na Assembleia da República, o PS só não forma governo se não quiser.

Importa ainda referir que a realidade política saída destas eleições veio confirmar o que o PCP sempre afirmou

– são eleições para eleger 230 deputados, não para eleger um primeiro-ministro, e o Governo deve ser encontrado no quadro do sistema partidário e parlamentar, como determina a Constituição.

Da parte do PCP, o compromisso assumido com os trabalhadores e as populações terá também expressão nos votos dos seus deputados, que contribuirão sempre para todas as medidas que forem úteis e favoráveis aos trabalhadores, ao povo e ao País. E opor-se-ão à política de direita, a tudo o que signifique mais exploração, empobrecimento, injustiças sociais e declínio nacional. A solução dos problemas do País exige a construção de uma política alternativa, patriótica e de

esquerda, assente no crescimento económico e no emprego, na valorização dos trabalhadores e dos seus rendimentos, na recuperação para o País dos seus recursos e setores estratégicos, e na afirmação do direito de Portugal a um desenvolvimento soberano.

Os deputados do PCP, haja o que houver, venha o que vier, cumprirão sempre com o compromisso assumido junto dos trabalhadores e das populações, honrando a palavra dada e respeitando o voto que lhes foi confiado, e estarão sempre disponíveis para políticas que defendam os interesses dos trabalhadores, do povo e do país. ■

Julgo inconstitucionalLuís Monteiro | BE

O Tribunal Constitucional divulgou na passada sexta-feira a inconstitucionalidade da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) dos docentes — prova obrigatória para os que têm menos de cinco anos de serviço e queiram candidatar-se a dar aulas. Diz esse acórdão, entre outras coisas, que “julga inconstitucional” a medida e não confere ao Governo “base competencial” para implementar uma avaliação desta natureza e nestes moldes.

Mesmo assim, Nuno Crato ignora o acórdão do Tribunal Constitucional e desdobra-se em malabarismos verbais para justificar toda uma linha de atuação contra a Constituição, que semeia a desconfiança

entre os professores e a Escola Pública, persegue quem trabalhou como docente e agora se vê obrigado pelo Governo a prestar contas que têm como único objetivo retirar professores dos quadros, atirando-os para o desemprego.

O Ministério da Educação cheira a bafio, hoje. A presença de Nuno Crato como ministro tornaram os últimos 4 anos em 40. 40 Anos de retrocesso nas políticas de Ensino, que se pautaram por descredibilizar o esforço de todos os profissionais com que a Escola Pública conta todos os dias.

Após a decisão, é agora tempo de devolver o que foi roubado. Devolver a dignidade aos professores, aos funcionários que diariamente abrem as portas e fazem

funcionar as escolas por todo o país, aos estudantes que querem estudar e formar-se no seu país, no sítio onde cresceram. As eleições trouxeram uma mensagem muito evidente: recusar a política de austeridade sobre a Escola Pública, pilar fundamental da Democracia e da Constituição, recusando juntamente Nuno Crato e a sua equipa no novo Ministério da Educação.

No debate sobre a governação que o país vive hoje é, em grande aspeto, em torno da Constituição. Ou se mantém o caminho já traçado pela Direita nos últimos 4 anos de governar contra a Constituição ou, ao invés, combater o desinvestimento público, criar políticas de emprego, defender as pensões e ter a capacidade de, frontalmente, pôr

em cima da mesa os assuntos que a Europa não tem coragem de discutir abertamente: a dívida, os desvarios da banca privada, as borlas fiscais para as grandes multinacionais.

Nos últimos anos, as decisões têm sido tomadas além da Democracia, num género de offshore do Direito Constitucional. Este acórdão é uma vitória para a democracia, uma resposta à Direita que governa contra a Constituição que prometeu cumprir. Que os resultados das eleições do passado dia 4 de Outubro sirvam para abrir uma janela de esperança numa governação que se quer dentro da Constituição. ■

Chegou o tempo da mudança de políticas?José Luís Ferreira | PEV

As eleições legislativas do passado dia 4 de outubro potenciaram uma verdadeira reviravolta no nosso quadro político. Se à direita parece reinar o desconforto e o pânico, à esquerda renasce a esperança de quebrar este já longo ciclo de políticas que conduziram o País á triste situação que hoje vive.

No meio do conjunto das leituras e das opiniões que todos os dias nos vão chegando, não podemos fugir de dois elementos que nos parecem evidentes. Por um lado que os Portugueses condenaram de forma muito clara as políticas de austeridade e de empobrecimento levadas a cabo pela coligação PSD/CDS, que perdeu 700 mil votos, e por outro lado, que

esta censura materializa uma vontade de mudança por parte dos Portugueses.

Ora, considerando o novo quadro saído das eleições e a atual composição da A.R. torna-se claro que os partidos que se comprometeram com uma mudança de políticas, detêm no seu conjunto, a maioria dos deputados. Seria assim, irresponsável, não atender a este novo quadro parlamentar, como se não tivesse havido eleições e como se tudo se mantivesse igual.

Bem sabemos que os partidos que se comprometeram com as políticas de mudança assentam em propostas políticas diferentes, têm programas eleitorais diferenciados e avançam de pontos de

partida também diferentes. Ainda assim, e face à emergência de pôr fim às políticas de austeridade, Os Verdes manifestaram desde a primeira hora a sua disponibilidade para discutir um programa de Governo sustentado em políticas alternativas, capaz de quebrar o ciclo de empobrecimento e de travão ao desenvolvimento ambiental, social e económico do país.

Com esse propósito Os Verdes, não só, apresentaram ao Partido Socialista, um conjunto de matérias que consideram necessário colocar em cima da mesa, com vista à discussão de um programa de governo que garanta uma política diferente, sem que essas matérias constituam qualquer condição da nossa parte,

como também m a n i f e s t a r a m a sua disponibilidade para continuar a dialogar e a procurar soluções que garantam futuro ao País e aos Portugueses.

Assim e face à disponibilidade dos Verdes, bem como dos outros partidos à esquerda, o tempo da mudança de políticas só não chega agora se o Partido Socialista não estiver para aí virado, porque se estiver, e simultaneamente não faltar bom senso à Presidência da República, já que do ponto de vista constitucional não há sequer qualquer debate sobre a legitimidade de uma opção pela esquerda, poderá ter chegado o tempo de mudar de políticas. ■

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40 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Os trabalhadores da autarquia têm direito às 35 horas semanais – a ingerência do Governo é inconstitucionalAntónio Valpaços | CDU

Como é do conhecimento público,

a CDU tem defendido desde a primeira hora a aplicação das 35 horas semanais para os trabalhadores da autarquia, desde que o Governo PSD/CDS-PP aprovou a afamada Lei das 40 horas semanais para todos os trabalhadores do setor público. Infelizmente, todas as propostas de recomendação apresentadas pela CDU na Assembleia Municipal para que a Câmara encetasse negociações com os sindicatos esbarraram na intransigência do presidente da Câmara sob o argumento que o Governo tinha uma palavra a dizer se as autarquias podiam ou não celebrar um

acordo com os sindicatos para a aplicação das 35 horas semanais. Esta posição mereceu o profundo desacordo da CDU pois foi uma demonstração clara de que o PS aceitou de braços cruzados que o Governo desrespeitasse a autonomia do Poder Local Democrático.

Contudo, o Tribunal Constitucional (TC), no seu acórdão n.º 494/2015 de 7 de outubro, declarou a inconstitucionalidade da ingerência do Governo na celebração de acordos coletivos de empregador público (ACEP) com as autarquias locais. O TC conclui que a intervenção do Governo traduz uma ingerência abusiva e injustificada na autonomia do poder local e proibiu-o de exercer qualquer tipo de

interferência nos processos de contratação coletiva da Administração Local.

No referido acórdão o TC declara, ainda, como inconstitucionais «as normas que conferem aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Pública legitimidade para celebrar e assinar acordos coletivos de empregador público, no âmbito da administração autárquica», pois tais normas violam «o princípio da autonomia local», consagrado na Constituição.

Esta decisão do TC vem dar razão à luta dos trabalhadores pela reposição das 35 horas semanais ao mesmo tempo que marca por um lado, uma clara derrota da política de direita deste Governo

(ainda) em funções que destruiu muitos direitos dos trabalhadores e, por outro, castiga a subserviência a este Governo de muitas autarquias do país que não souberam respeitar nem a Constituição, nem a autonomia do Poder Local Democrático nem os seus trabalhadores.

É, assim, urgente que o Executivo Municipal inicie o diálogo com os sindicatos com vista à celebração de um ACEP que garanta aos trabalhadores do Município aquilo que é seu por direito, um horário de trabalho de 35 horas semanais e sete horas diárias sem recurso a subterfúgios de regimes de adaptabilidade e de banco de horas. A CDU tudo fará para que esta realidade se concretize. ■

As eleições do passado dia quatro de outubro

deram de forma inequívoca a vitória aos partidos de Esquerda.

Com destaque para o BE que passou para terceira força política a nível Nacional, com 549.878 votos, e 19 Deputados eleitos dos quais cinco foram no Distrito do Porto, também em Gondomar fomos a terceira força política ao obter 11.231 votos. Em Gondomar, se juntarmos os votos do PS, do BE mais os da CDU, temos um total de 49.052 contra os 28.246 da coligação de Direita.

Não restam dúvidas, Gondomar disse de forma muito clara que não quer mais no governo aqueles

que nos últimos quatro anos governaram contra as pessoas.

Assistimos a uma polémica alimentada por uma certa comunicação social, há muito conhecida por estar ao serviço da direita e dos grandes interesses económicos e financeiros, que nos quer fazer engolir que a coligação de Direita, porque teve mais votos que o PS, tem direito a governar e isso é mentira. Antes das eleições, essa mesma comunicação social dizia que o partido que tivesse mais votos não significava que fosse governar pois nessa altura o que importava era ter mais deputados. Como lhes saiu o tiro pela culatra, agora dizem o contrário sem um pingo de vergonha e pensam que fazem de nós

estúpidos. O governo emana do parlamento e para se formar governo, caso não se tenha maioria dos deputados, só é possível através de apoio parlamentar e isso é o que acontece com os partidos da coligação. Para que o país tenha um governo que nos garanta estabilidade, basta que o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e a CDU se entendam para formar um governo de centro-esquerda que, ao contrário da coligação de direita, conta com o apoio parlamentar.

A maioria absoluta dos portugueses não votou pela continuação de um governo de direita. Elegeram um parlamento de maioria de esquerda. O que a Constituição da República Portuguesa diz é que cabe à maioria dos seus deputados escolher

o governo da república. É claro que para partidos como o PSD/CDS, que governaram nos últimos quatro anos contra a Constituição da República, isso não conta para nada, mas para a maioria dos portugueses conta e muito. E é por isso que, pela primeira vez desde o 25 de Abril, estamos unidos para impedir que aqueles que nos últimos quatro anos tão mal nos fizeram não continuem no governo.

Os resultados finais das eleições para a Assembleia da República são os seguintes: em 230 deputados eleitos 123 pertencem ao PS/BE/CDU/PAN contra, 107 do PSD/CDS. Será que perante estes resultados restam algumas dúvidas?! ■

Gondomar votou pela mudançaRui Nóvoa | BE

O ImbróglioPedro Oliveira | CDS-PP

Os resultados eleitorais deixaram o país à beira de

um ataque de nervos. Não pelo resultado em si, mas porque a nova esquerda parlamentar decidiu num inusitado processo de fuga para frente, abrir todos os gavetões da sua convicção e lá guardar, rapidamente e à toa, todos os seus grandes princípios com que se apresentaram às urnas. Chegaram atabalhoadamente à conclusão de que muito mais importante do que respeitar o sentido dos resultados e a existência inequívoca de uma força vencedora das eleições, haveria que explorar a matemática parlamentar e conspirar no sentido da inversão

daqueles resultados potenciando o que jamais foi possível acontecer desde a revolução de Abril. Tal alteração de postura deixou todos atónitos, mesmo muitos dos seus próprios eleitores e apaniguados, porque chegou só depois dos resultados eleitorais, sem aviso sério, à laia de solução de última hora portanto, sem sustentabilidade e sem credibilidade.

Paradoxal é a disponibilidade do Partido Socialista em participar desta interesseira estratégia, desresponsabilizando-se dos parcos resultados que obteve no processo e apresentando-se como se fosse o garante dos princípios, da democracia e do futuro dos portugueses. Pois o PS foi, com toda a certeza, o

grande derrotado destas eleições, não logrando atrair para si o voto dos muitos descontentes por quatro anos de crise, de austeridade, de sofrimento.

Estamos, de facto, a viver um novo paradigma na política portuguesa em que a esquerda mais radical, aquela que sempre questionou os suportes do nosso desenvolvimento, das nossas opções nas últimas décadas, e que, por isso, se têm mantido unicamente como força de protesto arredada dos areópagos da governação efetiva, alterou o rol das suas prioridades, abandonando os seus princípios em prol de uma influência mais interventiva no desenho dessa governação. Posicionou-se no

caminho da suscetibilidade de fazer o poder, e disse que sim ao PS, apenas porque sim, garantindo que só não é Governo se não quiser. Agarrou-se às contas de somar deputados como se fosse o único efeito dos resultados eleitorais, relativizando maiorias, quitando algumas promessas e simplesmente anulando outras, fazendo crer ser o bastante para garantir a tão necessária estabilidade que o país precisa. Ora, felizmente temos ainda um Presidente da República, que enquanto garante dos princípios, da constituição e da seriedade politicas, saberá claramente restituir o decoro e o bom senso à prática política em Portugal. ■

Em Gondomar, PS saiu novamente vencedorJoana Resende | PS

Sejamos francos. Sejamos sinceros. Os

resultados das eleições Legislativas do passado dia 4 de outubro não foram o que o Partido Socialista desejava. A austeridade a que o país foi sujeito nos últimos 4 anos, bem como a crescente desigualdade social e o empobrecimento daí resultantes, são motivos de muita preocupação por parte do PS. Por um lado, porque não nos revemos nas soluções encontradas para a crise que o país atravessa, e por outro, porque nos deixam assustados as decisões que não podem ser revertidas. O Partido Socialista esperava ter

oportunidade de oferecer um caminho de mudança, de políticas humanizadas e próximas ao cidadão. Pretendia acabar com a descrença, o desânimo e a desmotivação que tomou conta do país. Mas no distrito do Porto, em que a coligação Portugal à Frente também ganhou, Gondomar quis mostrar que não está convencido nem conivente com este Governo. Ao lado de Baião e Matosinhos, o nosso concelho elegeu o Partido Socialista e mostrou que a intensa austeridade e as políticas de crescente esquecimento autárquico, não são bem recebidas e nem aceites pelos gondomarenses.

Da leitura dos resultados, não pode ser descurado ou esquecido o resultado também das últimas eleições autárquicas, que deram poder inequívoco ao Partido Socialista. O facto de o mesmo partido ter tido o maior número de votos também nestas legislativas, demonstra ainda que o trabalho deste executivo está a ser reconhecido e valorizado.

Depois de 20 anos de políticas errantes, Gondomar finalmente virou a página e elevou-se. Colocou-se no trilho da modernização e da transparência. E isto revela que os gondomarenses sentem confiança nas opções e decisões do PS para o concelho, e também

por isso, estou convencida que gostariam de ter visto esta vontade projetada nos resultados legislativos. O futuro continua incerto. Encontra-se em suspenso enquanto não se define qual o Governo que este país terá nos próximos 4 anos. Mas independentemente do desfecho das próximas semanas, o que os gondomarenses pretendem é uma política sustentável para a sua economia, que pare o desemprego e recapitalize as empresas portuguesas. Anseiam por um Portugal revitalizado, modernizado e de costas para o obscurantismo. Não querem mais uma sociedade fraturada e um empobrecimento preocupante. ■

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42 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Empresas & Negócios

A Century 21 Arquitectos é a mais recente aposta da Cen-tury 21 Portugal em Gondo-mar. O espaço sob a direção dos arquitetos Nuno Bernar-do e Joana Resende foi inau-gurado a 16 de outubro e está localizado na rua Dr. José Luís Araújo, em Rio Tinto.

A loja Century 21 Arquitectos, situada junto à zona da Venda Nova e próxima da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada a 16 de outubro. O espaço dirigido por Joana Resende e Nuno Bernardo apresenta-se ao público com um conceito diferenciador e com uma oferta de serviços para compra, venda, arrendamento, projeto e construção de imóveis.

Na equipa estão consultores imobiliários com “vasta experiência profissional e com capacidade para prestar o mais elevado nível de serviço para quem procura vender, comprar, arrendar, projetar ou construir um imóvel em Gondomar”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa.

“A mediação imobiliária é um projeto com vários anos. Desde o início da nossa empresa, em 2007, que o nosso projeto consistia em assegurar ao cliente todo o leque de serviços relacionados com a nossa área. Por isso começámos com a arquitetura e a engenharia, depois a construção, e agora a mediação. O ciclo fecha-se, sendo que connosco, o cliente pode comprar (ou vender e arrendar), projetar, construir e até decorar. Para além de ser economicamente mais interessante, tem apenas um interlocutor. Perde menos tempo e ganha em profissionalismo. A ART3 cresceu ao longo destes últimos oito anos, efetivando-se como uma empresa de

sucesso do concelho. Mas não quis parar

Century 21 abre nova loja em Gondomar

de crescer, e por isso nos reinventámos e nos projetamos a pensar no futuro”, refere Joana Resende, sócia gerente da Century 21 Arquitectos, em entrevista ao Vivacidade.

Sendo a Century 21 a maior rede imobiliária do mundo, a arquiteta admite “uma escolha estratégica desta rede em relação às outras, tendo em vista o projeto de internacionalização previsto para 2016”.

Já Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, considera positiva a mais recente aposta da marca em

Gondomar.

“O concelho regista atualmente uma enorme dinâmica na área imobiliária, por isso a integração desta nova loja em Gondomar vem reforçar o posicionamento de mercado da Century 21 no Norte do País, bem como maximizar as sinergias operacionais da nossa rede, nesta região. Este é mais um passo na estratégia de expansão da marca que, em 2015, conta já com mais de 80 lojas em operação, no mercado nacional”, afirmou o responsável.

Também presente na inauguração da Century 21 Arquitectos, Marco

Martins, presidente da Câmara Municipal

de Gondomar, sublinhou a importância do projeto para o concelho.

“A Câmara de Gondomar tem estabelecido uma relação de parceria com as empresas de mediação mobiliária. Houve tempos em que a autarquia era concorrente mas este executivo quer mudar essa mentalidade. Queremos que promovam Gondomar, que é o único concelho do país com duas taxas de IMI diferenciadas e descriminadas de forma positiva para o Alto Concelho”, concluiu o edil gondomarense, em discurso.

A inauguração da loja gondomarense contou com a presença de ilustres convidados e de toda a equipa Century 21

Arquitectos. ■

> Marco Martins, Joana Resende e Nuno Bernardo descerraram a placa alusiva à inauguração

> Equipa de colaboradores da Century 21 Arquitectos

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44 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Lazer

Ingredientes:. 330g de farinha. 140ml de leite. 70ml de azeite. 1 colher de sobremesa de fermento em pó. 1 colher de sobremesa de maizena . 5 ovos . 1 chouriço de colorau. 1 chouriço de vinho. 1 morcela. 200g de bacon fumado. 1 Cebola. 1 Pimento vermelho

Preparação:Colocar a cozer todos os enchidos em água fervente. Depois de co-zidos cortar em cubos pequenos.Num recipiente colocar a farinha, leite, azeite, fermento em pó, mai-zena e as gemas. Bater tudo na batedeira.À parte bater claras em castelo.Numa frigideira colocar um pou-co de azeite a cebola e o pimento cortado aos cubos.Deixar cozer um pouco.Juntar as claras à massa anterior. Numa forma de chaminé untar com manteiga e polvilhar com fa-rinha.Colocar uma camada de massa e uma de enchidos. Fazer esta ope-ração até terminar a massa.Colocar no forno a cozer a 180ºC, durante +/- 40 minutos.Desenformar e servir.

Chef João Paulo Rodrigues* docente na Actual Gest

SOLUÇÕES:

Amor: Aja de acordo com as indicações do seu coração. Seja audaz no que diz respeito à conquista da sua felicidade.Saúde: É possível que uma doença do passado volte a surgir, prejudicando o seu sistema imunitário. Esteja alerta e tudo cor-rerá pelo melhor.Dinheiro: Apesar de ser um mês positivo, poderá estar sujeito a alguns gastos inesperados.

Amor: Durante algum tempo tem feito progressos nesta área, mas não se iluda com alguém que conhece mal.Saúde: Neste período, poderá sentir o seu sistema imunitário mais fragilizado. Reduza o ritmo de trabalho.Dinheiro: Evite colocar em risco a sua reputação. Seja respon-sável e dedicado ao trabalho.

Amor: As relações amorosas estão na ordem do dia, mas previ-na-se contra as falsas amizades. Saúde: Liberte-se um pouco do trabalho e da rotina diária e dê especial importância ao seu bem-estar.Dinheiro: O seu trabalho refletir-se-á na sua saúde e no modo como organiza a sua rotina diária.

Amor: : Dê especial atenção aos seus amigos, pois eles neces-sitarão da sua ajuda.Saúde: Afaste-se um pouco da sua rotina diária, tire uns dias de folga e restabeleça as suas energias.Dinheiro: Possibilidade de abraçar novos projetos profissionais que permitirão uma entrada extra de dinheiro.

Amor: Acredite que o seu amor apenas tem olhos para si e fomente a cumplicidade entre ambos.Saúde: Tenha alguns cuidados e mentalize-se que a sua saúde não é de ferro.Dinheiro: As suas finanças denunciam alguns problemas. Esteja atento às suas fragilidades.

Amor: É uma boa altura para os nativos solteiros iniciarem um relacionamento estável.Saúde: O descanso e o exercício físico são fundamentais para conseguir aguentar a pressão exercida sobre si durante este mês. Dinheiro: Planifique a sua vida profissional para que possa ser mais organizado e rentabilizar o seu trabalho.

Amor: Tente não se desentender com uma pessoa querida por meros boatos. Opte pelo diálogo e aja com sentido de justiça.Saúde: Apesar de as suas preocupações estarem voltadas para outros aspetos da sua vida, a saúde é algo que não poderá descurar durante este mês.Dinheiro: Poderá ter de ajudar alguém de quem gosta muito, através de um empréstimo financeiro.

Amor: Esforce-se por basear a sua relação em atitudes de diá-logo e compreensão.Saúde: O desequilíbrio em que se encontra pode estar associa-do ao cansaço e à falta de exercício.Dinheiro: Desenvolva alguns dos seus projetos, pois esta é a melhor altura para os colocar em prática.

Amor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sacrifícios para manter o bem-estar familiar.Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indisposição que o conduzirá à redução do seu ritmo diário.Dinheiro: Poderá ter as condições necessárias para se dedicar a um projeto deixado na gaveta.

Amor: Dê a si mesmo a oportunidade de a emoção estar mais presente na sua vida.Saúde: É um período excelente para melhorar a sua atividade física.Dinheiro: Aprimore o sentido de responsabilidade e competên-cia e o seu reconhecimento será feito

Amor: Será alvo de muita atenção por parte de quem o rodeia.Saúde: Boa saúde e bem-estar serão as palavras-chave que o acompanharão ao longo de todo o mês. Dinheiro: A obtenção de dinheiro em áreas distintas daquela em que trabalha revelar-se-á uma boa opção que lhe possibili-tará aumentar os seus rendimentos.

Amor: Altura ideal para efetuar a mudança que tanto necessita de fazer.Saúde: Canalize a sua energia para atividades de lazer. Faça apenas aquilo que realmente gosta.Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dos seus rendimen-tos, para conseguir melhorar a sua situação económica.

O cancro do intestino é um problema de saúde frequente e com grande impacto na população portuguesa. Quando dete-tado numa forma precoce pode ser curado. As recomendações atuais indicam que se deve fazer o rastreio dos 50 aos 74 anos de idade. Esse rastreio pode ser realizado através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, com a recolha de três amostras, no caso de serem utilizadas as técnicas de laboratório mais ade-quadas.

Se a pesquisa detetar pequenas quantidades de sangue que não são visíveis, está indicado efetuar uma colonoscopia. Esta permite observar o interior do intestino com a intenção de pro-curar identificar o problema responsável pela perda de sangue. Além disso, pode permitir retirar pequenos pólipos benignos, impedindo que mais tarde evoluam para cancro, ou pode de-

tetar o cancro. É possível que pela história pessoal e familiar, a colonoscopia seja proposta como primeiro exame, assim como algumas pessoas podem ter necessidade de realizar este exame numa idade mais jovem.

A colonoscopia é um exame invasivo, associado a possíveis complicações. Inerente à sua realização, está a necessidade de se fazer uma preparação prévia, que envolve cuidados de dieta e ingestão de grande quantidade de líquidos. Algumas pessoas poderão ainda optar por realizar este exame sob uma anestesia de curta duração, no entanto deverão ser informadas que tam-bém esta opção não se encontra isenta de riscos.

Para avaliar qual o exame de rastreio indicado e para escla-recimentos adicionais é importante abordar este tema com o seu médico de família. ■

HORÓSCOPO

Maria HelenaSocióloga, taróloga e apresentadora

Bolo de EnchidosRECEITA CULINÁRIA

210 929 [email protected]

VIVA PREVENIDOSónia MoreiraMédica Interna 3º ano Medicina Geral e Familiar da Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

Rastreio do Cancro do Intestino

Estavam dois malucos pendurados numa árvore. De repenteum cai e o outro pergunta: - Então, escorregaste? - Não, caí de maduro!

O marido chega a casa todo armado em machão e diz:- Eu quero que tu faças um jantar digno dos deuses, quero uma sobremesa divinal. Depois do jantar tu vais trazer-me um whisky, vais preparar-me um banho porque eu preciso de relaxar. E mais: Quando eu terminar o banho, adivinha quem vai vestir-me e pentear?- O homem da funerária.... Respondeu placidamente a esposa...

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45VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Lazer

LELO e ZEZINHA

Rui Duarte Silva, Fotojornalista no Jornal Expresso - www.ruiduartesilva.com

Avenida Escritor Costa Barreto (EN 108), em ValbomVIVA FOTO | Rui Duarte Silva

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

Próxima Edição - 19 de novembro

EXPOSIÇÕES16h30, 24 de outubroColeção de Fósseis de Firmino Jesus, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

Até 24 de outubro“A Casa em Fotografia”, na Casa da Juventude de Rio Tinto

Até 31 de outubro“Gondomar Estampado” e “As Festas em Cartaz”, no Auditório Municipal de Gondomar

Até 22 de novembro“Douro em Sais de Prata”, fotografia de Duarte Belo, na Casa Branca de Gramido

TEATROSábados às 21h30, até 31 de outubroFestival de Teatro de Fânzeres, no salão paroquial de Fânzeres

Sábados às 21h30, até 31 de outubro1.º Festival de Teatro Amador de Gondomar

Sábados às 21h30, até 28 de novembro16.º Festival de Teatro de Rio Tinto, na sala de espetáculos do Grupo Dra-mático e Beneficente de Rio Tinto

24 e 25 de outubroIberanime OPO2015, no Multiusos de Gondomar

9h às 12h30, 24 e 25 de outubro Colheita de Sangue, na Escola EB 2,3 de Jovim

21h30, 31 de outubroII Desfile Baguim Fashion, no Largo S. Brás, Baguim do Monte

13 a 15 de novembroOrnishow 2015, no Multiusos de Gondomar

DIVERSOS

A Microsoft apresentou em setembro o Office 2016, a nova versão de uma das suites mais usadas pelos uti-lizadores informáticos. Nesta versão a aposta centra-se na segurança e no trabalho corporativo proporcionado por este software de produtividade. Novidades? Desde logo a nova interface redesenhada pelos programadores da Microsoft sem causar estranheza aos utilizadores da versão 2013. O Office 2016 apresenta-se na linha co-lorida do Windows 10. Um dos principais destaques da nova versão é a aposta na partilha de documentos com edição em tempo real e com possibilidade de continuar a edição dos documentos em diferentes dispositivos. O modo colaboração está disponível para Word e Power Point e depende dos serviços de armazenamento cloud da Microsoft, o OneDrive ou SharePoint do Office 365.

No Outlook surgem duas novas funcionalidades: a listagem dos ficheiros mais recentes a aparecer na se-leção dos anexos e a aprendizagem do tratamento que damos aos nossos e-mails para facilitar o tratamento do correio recepcionado.

A nova versão apresenta uma evolução positiva e uma inovação da Microsoft ao interligar os serviços de produtividade com os serviços cloud que dispõe para uma melhor utilização de todas as funcionalidades do Office.

Office 2016: provavelmente a suite mais usada no mundoVIVA TEC | Pedro Ferreira

10h, 25 de outubroII Corrida da República, Rio Tinto

10h, 25 de outubroII Corrida da República, Rio Tinto

10h, 1 de novembroII Trail das Nozes, Multiusos de Gondomar

DESPORTO

ERRATAPor lapso do jornal Vivacidade na edição 110, neste espaço, foi anunciado o “Concerto Banda S. Cristóvão de Rio Tinto e Banda Musical de Paço de Sousa no Largo do Souto”. O concerto em questão foi exclusivamente da responsabilidade da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto, pelo que a Banda Musical de Paço de Sousa não esteve presente.

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46 VIVACIDADE OUTUBRO 2015

Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Padeiro

588602976

Tempo completo. Contrato a termo.

S. Cosme

Preferencialmente com conhecimentos de pastelaria.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Chefe de Sala

588600736

Tempo completo. Contrato a termo.

Melres

Com experiência.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Cabeleiro (a)

588603767

Tempo completo. Contrato a termo.

Rio Tinto

Experiência mínima de 2 anos. Medida Estí-mulo Emprego.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Pedreiros / Trolhas

588604606

Tempo completo. Contrato a termo incerto.

Gondomar

Com experiência. Preferencialmente, candi-datos de Melres e Medas.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motosserrista

588600956

Tempo completo. Contrato a termo incerto.

S. Cosme

Preferencialmente com experiência em mo-toserra e motorroçadora.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Técnico Comercial

588601363

Tempo completo. Contrato a termo incerto.

S. Cosme

Com experiência na área de ourivesaria.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Engenheiro Civil

588606365

Tempo completo. Contrato a termo incerto.

Gondomar

Fiscalização de obra, preparação, planea-mento. Gestão e distribuição de tarefas.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador de Corte de Acrílico

588588394

Tempo completo. Contrato sem termo.

Foz Sousa

C/ experiência em corte, dobra, polimento, colagem e montagem de acrílicos. Medida Estímulo Emprego.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Soldador

588592325

Tempo completo. Contrato a termo incerto.

Fânzeres

Experiência em soldadura semi-automática, MIG e TIG.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Técnico Telecomunicações

588606924

Tempo completo. Contrato sem termo.

Medas

Conhecimentos de rede cliente ATA, FIFH, FTTN, ITED e ADSC.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista Pesados

588601670

Tempo completo. Contrato sem termo.

Jovim

Território nacional/internacional.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Empregado de Mesa

588600727

Tempo completo. Contrato a termo.

Melres

Com experiência.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

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