edição de março 2013

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Mensário da Junta de Freguesia fevereiro#2013 Ano VIII Edição N.º 94 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte DISTRIBUIÇÃO GRATUITA noticiasdafreguesia.blogspot.com noticiasdafreguesia@gmail.com Autoridade Tributária Novas regras na emissão do Número de Identificação Fiscal P.3 Estremadouro Roubo de 2000 euros em residência e em plena luz do dia P.4 Moita da Roda Meninos “clonados” e com projectos amigos do ambiente P.7 Associativismo solidário P.4 DIREITOS RESERVADOS “Estrelas” do andebol no Souto da Carpalhosa para o I Torneio Internacional de Leiria Alimentação Cantina Social no Souto da Carpalhosa Últ. DR

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Edição de março do mensário NOTÍCIAS DA FREGUESIA - SOUTO DA CARPALHOSA

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Page 1: Edição de março 2013

Mensário da Junta de Freguesia fevereiro#2013 Ano VIII Edição N.º 94Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected]

Autoridade TributáriaNovas regras na emissão do Número de Identificação Fiscal P.3

EstremadouroRoubo de 2000 euros em residência e em plena luz do dia P.4

Moita da RodaMeninos “clonados” e com projectos amigos do ambiente P.7

Associativismo solidário P.4

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“Estrelas” do andebol no Souto da Carpalhosa para o I Torneio Internacional de Leiria

Alimentação Cantina Social no Souto da Carpalhosa Últ.

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opiniãomarçode20132

Abertura

José Carlos Gomes

As palavras do senhor prior

Padre José Baptista

Espaço Saúde

EnfermeiroMárcio Santos

Dar de comer paga imposto

Um sonho que, na passada noite, me atormentou, porque foi tormento mesmo, fez-me pensar um pouco mais sobre o que andava a congeminar escrever neste espaço em que me é dado artilhar convosco algumas ideias.

A noite trouxe-me à men-te, num cenário quase surreal, uma pessoa a entrar, inadver-tidamente, rio adentro. Voltei para trás, com o pensamento: “vou chamar os bombeiros, porque uma pessoa a afogar-se esbraceja muito, eu não sei nadar, e ainda ficamos lá os dois, assim sempre me safo eu”. A memória guardou do sonho, este e mais alguns factos. Sonhos são sempre sonhos, mas deixam de existir com o acordar.

A manhã recuperou a noi-te no seu sonho para pensar numa notícia que li há dias e que me deixou meio es-tarrecido, por um lado, mas tranquilo, por outro, sobretudo ao tomar consciência de que se trata exatamente daquilo que venho pensando acerca da sociedade que estamos a construir, que embora não sen-do bom, pelo menos não surge como grande novidade.

Em situação de perigo, qualquer ser vivo luta deses-peradamente por um pouco de fôlego que lhe permita continuar a viver. As plan-tas, enraizadas na terra não

podem mais que deixar-se morrer, ali mesmo, de pé. Os animais servem-se de tudo o que podem para se agarrar a alguma coisa que possa dar-lhes ainda um pedaço de esperança mais. Esperneiam até ao último suspiro.

Olhando o estado do nosso país recai sobre nós uma quase certeza de que estamos em es-tado de agonia, a afogar-nos nos erros que, cometidos no passado, crescem irreme-diavelmente no presente. Enquanto uns se agarram às rações dos pobres, que lhes vão engordando as contas bancárias, o resto, a grande maioria agarra-se ao quase nada que tem, como semente para sobrevivência.

A agravar o estado das coisas recebemos do resto das gentes deste mundo a certeza de que o mal não está a crescer só para nós, mas para a generalidade dos povos, precariamente agar-rados ao dinheiro do mun-do. Esbracejam as nações, esperneiam os cidadãos por algo que lhes dê firmeza num mundo de reais incertezas e onde ou nos aproximamos uns aos outros e nos mantemos à tona, ou continuamos a lutar e morreremos de desesperado cansaço, porque a vida não “chega” para todos.

Onde o homem se impõe por si mesmo, ocupa o espa-ço que lhe pertence e aquele que não é doutro, senão do

Criador. Num convite ao amor que se concretize na justiça, na equidade e no respeito por toda e qualquer criatura diz-nos que a vida depende disso e que ninguém pode ser-vir em simultâneo a vida e a morte, Deus e o dinheiro. Para crescer desmesuradamente, esticámo-nos e atámos bem alto o laço com que brincámos e que agora não conseguimos desapertar.

Digam-me, se souberem, onde é que vamos parar, quando isto acontecer em mais lados, porque acredito que continuamos a caminhar para lá: “El ayuntamiento de Miami amenaza con multar a las Misioneras de la Caridad por atender a los pobres” Leia-se: “A cidade de Miami ame-aça multar as Missionárias da Caridade (da Madre Teresa de Calcutá) por cuidarem dos pobres”. Segundo a notícia, a multa, de cerca de 100 dóla-res por dia deve-se ao facto de “exercerem um negócio sem licença”. O negócio des-ta instituição e, alimentar e cuidar, gratuitamente, leia a palavra anterior novamente, dos que vivem a morrer pelas ruas do mundo inteiro. Têm e é esse o espírito destas missio-nárias, que têm 710 centros de apoio, em 133 países. Quando perguntaram a Madre Teresa porque é que se ocupava de uma criança que encontrou a morrer na rua, e que não tinha qualquer hipótese de sobre-

viver, ela respondeu dizendo que se a não deixaram viver a vida com dignidade, que ao menos na morte, pudesse sentir amada. Gestos destes já estão a ser multados e a pagar imposto.

Onde para a dignidade do mundo e das pessoas? Quanto tempo esta sociedade aguentará o peso de leis que esmagam e sufocam, exigindo licenças para que se possa dar um prato de sopa a quem está a morrer, porque os desespe-rados por dinheiro, lhe rouba-ram o mais básico da vida? A notícia refere-se a Miami, uma das cidades americanas onde vivem, ou passam férias, os milionários, uma das cidades onde os pobres nada mais são que escória a eliminar, porque o poder económico dos que a percorrem não se compadece com gente que não tem nada, nem mesmo a “dignidade” de ser humano.

Falamos de casos em gran-de escala, mas que se refletem naquilo que vivemos nas nossas terras, comunidades e mesmo famílias. Regemo-nos por leis e princípio tidos por bons não em função do que defendem, mas do número de pessoas que acham que o são. Porque se legisla pelo que achamos e não pelas coisas em si, isen-tamo-nos da realidade e do bem das criaturas, para nos fixarmos em ideias e correntes de moda.

A importância da água no corpo humano

A água é o principal cons-tituinte do nosso organismo e está presente em todos os processos fisiológicos e bioquí-micos que ocorrem no nosso corpo. A água é responsável pela eliminação de toxinas (através da urina e do suor) e representa cerca de 95% do plasma sanguíneo que trans-porta oxigénio e nutrientes até às células.

Cada célula é constituída por 70 a 85% de água, sobre-vivendo num meio também aquoso. E, sendo os diferentes tecidos e órgãos conjuntos de células, estes também são compostos por água. Além de ser o principal constituinte do corpo, a água desempenha ainda uma série de funções: permite-nos movimentar, lu-brificando as articulações e tonificando os músculos; re-gula a temperatura corporal e, durante uma gravidez, é o principal constituinte do líquido amniótico que protege e nutre o bebé. Quando não há água ou quando esta é escassa, o transporte vital de energia e de outros elementos indispen-sáveis ao funcionamento das células fica imediatamente comprometido. Sem energia nem nutrientes, as células, os órgãos e todos os sistemas do corpo deixariam de fun-cionar.

Os alimentos que ingerimos

diariamente contribuem para a produção de toxinas que circulam no sangue. Quando não são eliminadas, estas substâncias vão intoxicando o organismo, contribuindo para o envelhecimento e podendo levar à doença.

Os rins são os responsá-veis pela eliminação destas substâncias nocivas. Filtram o sangue e neles é formada a urina, que vai para a bexiga até ser excretada para o ex-terior. Os rins são responsáveis por separar as substâncias que devem ser reabsorvidas das que devem ser eliminadas pelo organismo e gerir a quan-tidade de água disponível, de modo a manter o equilíbrio hí-drico e o bom funcionamento de todas as células.

Se bebermos a quantida-de de água recomendada (cerca de 1,5l por dia), não sobrecarregamos este órgão. Facilitaremos, assim, o trabalho dos rins, uma vez que a água

contribui para a dissolução das toxinas, o que permite uma eli-minação mais fácil.

A água desempenha assim um importante papel, no que respeita à prevenção de doenças e à promoção de bem-estar geral:

- hidrata o corpo, contri-buindo para que a pele se mantenha saudável;

- evita perturbações do trânsito intestinal, como a pri-são de ventre;

- ajuda a fortalecer as de-fesas naturais;

- ajuda a prevenir a for-mação de pedras nos rins e contribui para a redução do risco de infeções urinárias;

- ajuda a melhorar a capa-cidade de concentração, de raciocínio… e até favorece o bom humor!

Sendo assim, beba água pela boa saúde do seu cor-po!.

SolidariedadeA solidariedade manifes-

ta-se e pratica-se nas mais variadas formas, com mais ou menos intensidade, mas com uma única certeza, a de fazer o bem ao próximo.

Em tempos de crise, que vem agudizar as dificuldades das famílias e das instituições, a palavra solidariedade reveste-se de maior importância, ficando as pessoas mais despertas e sensibilizadas para acudir às dificuldades dos mais carenciados.

Recentemente assistimos a uma iniciativa solidária, não muito comum entre nós, pelo menos que eu me lembre e seja do meu conhecimento, foi inédita na nossa freguesia. Por isso mesmo, acho que a devo realçar pelo exemplo que nos foi dado por uma asso-ciação ao promover uma iniciativa de angariação de fundos, disponibilizando as suas instalações para a realização de um almoço, para ajudar na repara-ção dos danos causados pela tempestade de 19 de janeiro na sede da ACD Santa Bárbara, da Chã da Laranjeira. Está portanto de parabéns a ACDR Várzeas por esta brilhante iniciativa. Um exemplo a seguir.

Daqui também retiro a ilação de que tal só foi possível, devido ao clima saudável que existe hoje entre as coletividades da freguesia e no qual a Junta de Freguesia se tem empe-nhado ao longo dos últimos anos.

(...) devo realçar pelo exemplo que nos foi dado por uma associa-ção ao promover uma iniciativa de angariação de fundos, disponibili-zando as suas instala-ções para a realização de um almoço, para ajudar na reparação dos danos causados pela tempestade de 19 de janeiro na sede da ACD Santa Bárbara, da Chã da Laranjeira. Está portanto de parabéns a ACDR Várzeas por esta brilhante iniciativa. Um exemplo a seguir.

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social, opinião & necrologiamarçode2013 3

necrologia

Trabalhosda Junta

Habitualmente deixa-mos a indicação de alguns trabalhos levados a cabo pela Junta de Freguesia. Aqui ficam os do mês de março:

- Tapamento de bura-cos por vários lugares da freguesia;

- Serração de madeira (instalações da Junta de Freguesia);

- Levantamento de campas e execução de pilar no cemitério do Souto para colocação de portão;

- Vários trabalhos na escola da Chã da Laran-jeira;

- Abertura do caminho da fonte, colocação de tu-bos, tout-venant e execu-ção de valeta (Várzeas);

- Trabalhos de auxílio ao calceteiro, por vários locais da freguesia;

- Vários trabalhos de limpeza, nomeadamente no ajardinamento junto ao Pavilhão Desportivo Municipal do Souto da Carpalhosa;

- Colocação de placas de sinalização e limpeza junto ao recinto da Igreja do Souto da Carpalhosa;

- Espalhamento de tout-venant nas Várzeas.

No passado dia 27 de fevereiro entrou em vigor o Decreto-Lei 14/2013, de 28/01, que introduziu alterações e inovações no regime de atri-buição do número de identifi-cação fiscal com a introdução das figuras do cancelamento e suspensão do registo fiscal.

De acordo com as novas regras, os contribuintes dis-põem agora de apenas 15 dias

para informar a Autoridade Tributária (AT) quanto a al-terações ao seu registo fiscal, como por exemplo a mudança de morada. Quem ultrapassar o prazo arrisca multas entre 75 e 375 euros.

Até à entrada em vigor da referida lei, os contribuintes ti-nham o prazo de um mês para informar a AT quando houves-se alguma alteração das infor-

mações constantes no número de identificação fiscal (NIF), como a relativa ao domicílio fiscal. Ou seja, “a falta de apresentação ou apresentação fora de prazo legal das decla-rações ou fichas para inscrição ou atualização de elementos do número fiscal de contribuinte das pessoas singulares é puní-vel com coima de 75 euros a 375 euros”.

Refira-se que o cancela-mento do registo ocorre por decisão do diretor-geral em caso de multiplicidade de inscrições relativas à mesma pessoa ou de decisão judicial que assim o determine e im-plica sempre a perda definitiva do direito ao uso do número de identificação fiscal. Enviado por J. Domingues

Lino Calixto, 81 anos, faleceu no dia 03 de março. Residia nas Várzeas e era casado com Aldina Perei-ra Alves Cabouco. Foi a sepultar no cemitério das Várzeas.

José da Relva Crespo, 75 anos, faleceu no dia 26 de março. Residia nas Várzeas e era casado com Eulália André Rodrigues Lavos Crespo. Foi a sepultar no cemitério do Souto da Car-palhosa.

Joaquim Gaspar Júnior, 95 anos, faleceu no dia 29 de março. Residia na Moita da Roda e era casado com Maria Emília Santos. Foi a sepultar no cemitério da Moita da Roda.

Autoridade Tributária Número de Identificação Fiscal tem novas regras

As memórias da minha aldeia

Luiz Ginja

O brejo grande

Junto à ribeira do Brejo Grande, que alimenta a ribei-ra da Assenha, existia um vale muito fértil, hoje transformado em grande matagal, onde se cultivava o milho, o feijão, abóboras, as abóboras-me-ninas para a sopa e muitas “curjidades”(i) que eram ba-fejadas pela quantidade de água disponível da ribeira e de fácil acesso. A palha dos milheirais era aproveitada para o sustento das vacas e as camisas das espigas para além de alimentar os animais também serviam para encher os colchões com que se faziam as camas da pequenada. O milharal, cortado em finais

de agosto, era transportado nos carros das vacas por caminhos exíguos e bastante ingreme, os adultos auxiliavam as vacas empurrando o carro, lançavam impropérios, cha-mavam aos pobres animais os nomes mais corriqueiros e excêntricos. Sendo os acessos difíceis, o milho era transporta-do em pequenas quantidades para uma zona mais plana e aí se completava a carrada que era depois conduzida para junto do barraco. As espigas eram partidas do milharal, co-locadas em poceiros de verga e transportadas para baixo do referido barraco, onde mais tarde se faria a escamisada. Era um trabalho normalmente feito no período da sesta, sen-tados em pequenos mochos, rodeava-se o monte do milha-ral que em pouco tempo era devorado.

Para regar o milho, era feito um pequeno açude na frente da propriedade, instalavam um palanque em madeira e uma picota(ii) com um balde. Este mergulhava na represa e

despejava-se num tabuleiro que alimentava um rego por onde deslizava a água. Para manter um caudal razoável que permitisse chegar com al-guma quantidade à ponta da terra, era preciso manter um ritmo bastante acelerado.

A época da rega era a mais entusiasmante. Com o calor a apertar era agradável a frescura da ribeira e qual-quer poça de água servia para tomar banho ou chapi-nhar. Num desses dias como não encontrávamos melhor sitio para o inevitável banho, aproximamo-nos do açude pois ali havia quantidade de água suficiente para refres-car. Depois de inúmeros avisos para sair daquele espaço, que devido ao entusiasmo, à sen-sação de liberdade, fazíamos por ignorar, o pai vendo que não nos conseguia mover dali, pensou num estratagema. Um dos baldes de água em vez de cair no tabuleiro foi despe-jado do alto do palanque para cima das nossas cabeças, mas o efeito foi contrário ao dese-

jado e começamos a desafiar a paciência deste para levar com mais umas baldadas em cima.

Espigas amontoadasEm ajuntamento circularEram depois desfraldadasNum ambiente familiar.

Atiradas pro poceiroAs espigas alouradasNa eira, qual sequeiroEram estas espalhadas.

Ao sol, expostas na eiraDepois de secas, debulharTarefa dura de canseiraQue era preciso executar.

Trabalho duro e braçalEm cadência ritmadaEspancada com mangualEra a espiga desbagada.

(i) Nome que era utilizado para designar pequenos canteiros de pepino, alface e couve de horto.

(ii) A picota era uma pequena estrutura formada por um pilar em forma de V, uma haste comprima que trabalhava nesse V e uma vara alongada com um gancho onde se ligava o balde de madeira.

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No passado dia 10 de março decorreu um almoço-convívio na ACDR Várzeas, numa iniciativa solidária que teve por base ajudar outra as-sociação, a da Chã da Laran-jeira, bastante fustigada pelo temporal de 19 de janeiro.

Do programa fez parte um jogo de futebol amigável (Amigos da Chã da Laranjei-ra x Amigos das Várzeas), no

período da manhã, seguindo-se o almoço-convívio com a finalidade de angariar fundos para a reparação de graves es-tragos na cobertura da nova sede da ACD Santa Bárbara provocados pela tempestade que, segundo o presidente desta associação, Laurindo Guerreiro, ascendem os três mil euros.

A iniciativa partiu da

ACDR Várzeas, que, tendo condições para ajudar a ACD Santa Bárbara e também com a colaboração de amigos de outras associações e coleti-vidades, procuraram criar uma iniciativa que ajudasse a realizar algum capital para ajudar a custear as reparações da nova sede na Chã da La-ranjeira, contou Pedro João. A forte adesão “veio demons-

trar o bom relacionamento que existe entre as várias associações e coletividades, e o espírito associativo que existe”, afirmou.

Também surpreendido com a forte adesão ficou Laurindo Guerreiro. “Fiquei muito contente com a forte adesão. Foram 166 pessoas a comparecer no almoço e muitas outras a comparticipar

para estes arranjos”, disse, frisando o forte espírito de camaradagem.

“A ACD Santa Bárbara quer deixar um agradecimen-to muito especial à ACDR das Várzeas, e a todos os que, de algum modo, se associaram e colaboraram nesta inicia-tiva”.

No passado dia 28 de março, quinta-feira Santa, a casa de José Pereira Domin-gues, na Rua Principal no Estremadouro, foi assaltada. “Penso que foi entre as duas e as quatro da tarde”, disse ao NF o lesado, septuagenário, relatando ainda que estaria

sempre gente por perto. “A minha mulher estaria nas traseiras da casa quando foi o assalto”. Indo diretamente ao quarto da casa, levaram cerca de 900 euros em dinhei-ro, que José tinha levantado dias antes no banco, e todo o ouro que estava à mão. “O

que mais me custa, é o ouro que foi roubado… tinha uma grande estima”, conta José, lembrando que entre as peças roubadas estava uma libra num anel, uma pulseira, um segundo anel e a sua aliança. Ao todo, entre dinheiro e outro, o prejuízo ficou acima

dos dois mil euros. Apesar de nada revirado na casa, a queixa foi formalizada nas autoridades. No fim, fica o sentimento de medo. “Sabe-mos lá se numa próxima não nos fazem mal… uma pessoa fica é com medo”, desabafou José.

Os assaltos e roubos co-meçam a não ser novidade ou motivo de notícia, dada a frequência com que têm ocorrido. Importa sim re-cordar que não deve facilitar minimamente… e todo o cui-dado, é pouco.

Várzeas Associativismo solidário ajuda a minimizar os estragos do temporal

Estremadouro Assalto em plena luz do dia

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O I Torneio Internacional de Leiria – Andebol Femi-nino realizou-se de 22 a 24 de março e contou com o Pavilhão Desportivo Muni-cipal do Souto da Carpalhosa como um dos três palcos onde decorram os jogos.

Considerada a capital do andebol feminino, a cidade de Leiria pode contar com três seleções nacionais a com-petir, Noruega, Eslováquia, Portugal, e a equipa espa-nhola Balonmano Porriño, em substituição da seleção da Rússia, em jogos distribu-ídos pelo Centro Desportivo Juve Lis, o Pavilhão Despor-tivo dos Pousos e o da nossa freguesia.

Depois do primeiro dia de torneio e onde Portugal dizimou a equipa espanhola, foi a vez de o nosso pavilhão receber a competição. Aqui, a

seleção portuguesa já não teve tanta sorte, perdendo com a Eslováquia. Aqui, e apesar de as bancadas não estarem lotadas, o apoio à seleção nem por um minuto se deixou de ouvir.

No domingo, dia 24, seleção portuguesa feminina de andebol perdeu com a No-ruega, por 26-21, e terminou no terceiro lugar o Torneio Internacional de Leiria, ganho pela Eslováquia.

Esta foi a segunda vez que o Pavilhão Desportivo do Souto da Carpalhosa recebeu uma competição de andebol feminino, tendo sido a primei-ra aquando a inauguração da infraestrutura desportiva. As condições oferecidas pelo pavilhão têm sido decisivas nas escolhas para estas com-petições.

Eslováquia vence I Torneio Internacional de LeiriaAndebol traz “estrelas” internacionais ao Souto da Carpalhosa

Resultados22.03.13 - Centro Desportivo Juve LisNoruega : Eslováquia, 23-28 (11-15)PORTUGAL : Porriño, 42-24 (17-14)

23.03.13 - Pavilhão do Souto da CarpalhosaPorriño : Noruega, 17-33 (3-18)Eslováquia : PORTUGAL, 23-20 (13-8)

24.03.13 - Pavilhão dos PousosPORTUGAL : Noruega, 21-26 (11-16)Eslováquia : Porriño, 39-22 (17-14)

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Opinião

Gastão Crespo

Uma crónica de vez em quando...

Orlando Cardoso

Opinião

Luiz Ginja

Tenha cuidado, você está viciado!

Todos nós comentamos que é preciso ter cuidado, mas também todos continuamos a facilitar. As crianças são repre-endidas, mas lá continuam, horas a fio, até porque nos dá imenso jeito e descanso. Estão sossegadinhas… não se su-jam… enfim.

Os adolescentes perdem-

se outras tantas horas, dias, noites… até perderem o ruma da vida que deveriam seguir, chumbando até o ano escolar, e nós continuamos nos facilitismos. Assim se vão perdendo com o facebook, jogos, filmes… e expondo-se demasiado ao mundo.

Os adultos, desgraça total. Não escolhe idade. Este alerta é para todos. Mas, particular-mente, para quem se viu ou vê obrigado a emigrar com os efeitos que se vivem hoje: crise. Se o desespero o levou a emigrar, leve o cônjuge consi-go. Lembre-se que casou, não continua mais solteiro.

Dizem facilitar-lhes a vida no orçamento, porque é um meio de comunicação mais económico e presente. Cuidado. Esse facilitismo não serve só para si, também serve para os outros. Não es-queça que há muita mulher e homem solteiro, divorciado, viúvo e em tremenda solidão. Contudo, normalmente as re-lações não acontecem com essas pessoas. Os alvos são sempre casados ou casadas, pessoas comprometidas. Logo, você pensa que foi tentar uma vida melhor e já estragou a de quatro pessoas. Ou mais, com os filhos.

Começam as redes sociais, o facebook, a seguir as mensa-gens de telemóvel… até que chegam os encontros e aí já to-dos perderam. Você é o último a saber e fica a pensar: “nunca mais houve tempo para mim… Agora tenho de aguentar mais esta crise?!”.

Lembre-se sempre que fun-ciona como qualquer droga, é uma dependência que arrasta multidões e destrói outras tan-tas. Não exponha a sua vida demasiado e olhe pela sua família. Sejam felizes.

Leitor identificado

As professorasEntre as pessoas marcan-

tes de uma comunidade rural, como era a nossa, avultavam o pároco e os professores pri-mários. Eles dispunham de uma aura de respeitabilidade e de dignidade devida à importân-cia das funções que exerciam na sociedade, relacionadas com a religião e com a cultura. O respeito de que gozavam foi-se transformando e diminuindo por razões diversas, que um destes dias abordaremos.

A memória do Souto, para mim, é a ideia que tenho do que aí vivi até aos 17 anos, acrescentadas as descrições que a família e os amigos fo-ram transmitindo ao longo do tempo. Daí que seja possível recordar o que nos aconteceu, por experiência própria e pelo conhecimento dos outros. Por isso cada um tem a sua me-mória que pode não coincidir com a coletiva. Mas, como em tudo, cada um é livre de cons-truir as suas recordações e a sua própria vida. Posso dar um exemplo pessoal: eramos três irmãos; o mais velho foi para a engenharia, eu para huma-nidades e a minha irmã para secretariado. Contudo, fomos criados da mesma maneira e com as mesmas possibilidades e tornámo-nos diferentes.

Hoje escrevo sobre as pro-fessoras que me ensinaram a ler e me encaminharam para os caminhos em que construí a minha vida. Sobre os párocos da minha infância escreverei em próxima oportunidade que o “NF”, generosamente, me dê.

Eram quatro as professo-ras que nos ensinavam. A D. Berta Palhas, a D. Maria José Fernandes, a D. Amélia Sousa e a D. Luzia Crespo. A última exercia a sua atividade na Escola Católica e as restantes na Escola Pública. Só posso falar por experiência própria da D. Maria José, minha tia, cuja aula frequentei três anos e da D. Amélia, recém-saída do Magistério, de uma ternu-ra e apoio desmedidos pelos seus alunos. A D. Luzia foi uma pessoa de grande eficácia, deixando importantes marcas nos seus discentes, havendo um busto perpetuando o seu magistério.

A este assunto voltarei. Penso que o Souto ainda não prestou uma homenagem bem devida a quem nos ensinou as primeiras letras, abrindo-nos as janelas por onde espreitamos a vida.

[email protected]

Segurança na Internet

O uso da Internet encontra-se generalizado entre as crian-ças, os jovens, os adultos e os idosos. Porém quando a con-fiança aumenta as preocupa-ções de segurança diminuem. Imagina-se a sair de casa sem se prevenir contra os assaltos e a deixar a porta de casa aberta? Estou certo que não. Na Internet esses cuidados devem ser tidos em conta. Por isso, é importante por em prá-tica alguns procedimentos de segurança, porque as fraudes, a espionagem e o roubo de ar-quivos ou senhas são apenas alguns dos problemas que as pessoas podem enfrentar.

O artigo deste mês vai no sentido de fornecer algumas dicas simples, mas que fazem todo o sentido para que se sin-ta seguro quando navega na Internet e no computador.

1 – Para sair clik sempre em “Logout”, “Sair” ou equivalen-

te; quando acedemos ao nos-so email ou ao Facebook ou ao banco, como nos pedem o nome do usuário e a senha, devemos clicar no botão/link de nome Logout, Logoff, Sair, Desconectar ou equivalente para sair do site. Pode parecer óbvio, mas muitos fazem-no simplesmente fechando a ja-nela do site, assim outra pessoa poderá reabrir a página em questão logo em seguida e aceder às suas informações.

2 - Crie senhas difíceis de serem descobertas e mude-as periodicamente. Não utilize senhas fáceis, como o nome de familiares, datas de ani-versários, matriculas, etc. Dê preferência às sequências que misturam letras, números e até mesmo símbolos espe-ciais. Além disso, não use como senha uma combinação que tenha menos de 6 caracteres. Também é importante não guardar as suas senhas em ar-quivos do Word ou de qualquer outro programa. Se necessitar anotar uma senha use o papel (em casos extremos) e destrua-o assim que a decorar. Além disso, evite usar a mesma se-nha para vários serviços.

3 - Use navegadores atu-ais (Internet Explorer 7, Google Chrome 15.0, Mozilla Firefox 15.0, Opera 10, etc.). Usar na-

vegadores de Internet atuais garante duas coisas muito im-portantes: a utilização de tec-nologias novas para a Internet, e ainda recursos de segurança capazes de combater os peri-gos mais recentes.

4 - Atualize o antivírus. É importante instalar softwares de segurança no seu compu-tador, como um antivírus, no entanto é necessário certifi-car-se de que o programa é atualizado constantemente.

5 - Cuidado com emails falsos. Se recebeu um email, por exemplo, a dizer que tem uma dívida com uma empre-sa de telefones ou afirmar que um dos seus documentos está ilegal. É muito provável que se trate de um de um email falso, portanto ignore.

6 - Evite aceder a sites duvidosos. Muitos sites contêm páginas capazes de explo-rar falhas do navegador de Internet. É relativamente fácil identificar esses sites: os temas apelativos como conteúdos eróticos, hackers ou jogos de apostas.

7 - Cuidado com os ane-xos de email. Esta é uma das instruções mais antigas, mesmo assim, o email ainda é uma das principais formas de propaga-ção de malewares. Tome cuidado ao receber mensa-

gens que pedem para abrir o arquivo anexo (alegando que se trata de uma foto com-prometedora, por exemplo), mesmo se o email tiver vindo de alguém que conhece.

8 - Cuidado ao fazer com-pras na Internet ou usar sites de bancos; fazer compras pela Internet é sinónimo de como-didade, mas somente o faça em sites de compras com boa reputação. Caso esteja inte-ressado num produto vendido num site desconhecido, faça uma pesquisa na Internet para descobrir se existem reclama-ções contra a empresa.

9 - Ao aceder à sua conta bancária pela Internet tenha cuidado. Evite fazê-lo em computadores públicos, veri-fique sempre se o endereço do site pertence mesmo ao serviço bancário e siga todas as normas de segurança reco-mendadas pelo banco.

Para terminar, para se proteger no “mundo virtual” pode até dar um pouco de trabalho, mas é importante ter esta postura para evitar possíveis problemas. A maio-ria dos infortúnios via on-line podem ser evitados se estiver mantiver atento.

Seja feliz! Faça alguém feliz e já agora proteja-se quando navega na Internet.

Fragmentos de História (VII)

Com a implantação da República, viveu-se um perío-do difícil nas relações entre o Estado e a Igreja. Como referi no último apontamento, tam-bém no Souto da Carpalhosa se fizeram sentir alguns factos um pouco perversos, nome-adamente no que se refere aos terrenos anexos à igreja, entre esta, o cemitério e o

caminho do vale, incluindo o sítio onde se encontra o jardim-de-infância e o lar Pe. Jacinto António Lopes. Em fevereiro de 1882, juntamente com o confinante Manuel Ferreira do Pinhal e D. Rosa, viúva de José Pereira Sebastião que foi do lugar de São Miguel, foram colocados marcos a delimitar aqueles terrenos. Toda essa área de terreno conhecido por passal foi confiscada à igreja do Souto em 1910. Em 1912 esses terrenos estavam a ser vendidos em hasta pública em Lisboa. Sabendo disso o pá-roco Pe. Jacinto António Lopes incumbiu o seu irmão Manuel António Lopes de se deslocar a Lisboa com o objetivo de

adquirir o referido terreno.Não sendo possível registar

o mesmo em nome da igreja foi este dividido em quatro parcelas e averbadas, por es-critura que consta do livro 221 de 25 de setembro de 1922, em nome do Pe. Jacinto António Lopes, Emília da Silva, Maria da Costa Soares e Teresa da Silva, estas solteiras e residen-tes no lugar da Lameira. Nessa mesma data toda aquela área foi vendida ao Bispo de Leiria D. José Alves Correia da Silva que por sua morte, conforme desejo expresso em testamen-to, doou à paróquia do Souto da Carpalhosa.

Um outro facto que se fez sentir um pouco por todo o

país foi o encerramento de muitos conventos e extinções de ordens religiosas. Na paró-quia do Souto da Carpalhosa, existiam várias religiosas que es-tavam no convento de Santo Estêvão em Leiria. De acordo com o diário da professora Luzia Silva Crespo, o seu avô paterno tinha uma irmã que se chamava Ângela, religiosa nesse convento e nessa épo-ca veio viver para a Moita da Roda. Numa tarde do mês de setembro foi visitar uma outra religiosa ao lugar das Várzeas e no regresso à Moita da Roda, veio a falecer na subida do “cantujado”, no limite do Souto com Moita da Roda.

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opinião & escolasmarçode2013 7

Opinião

David da Piedade

Ferreira

O regresso do mal

Quando tive conhecimen-to do regresso do..., a frase que me surgiu foi a que escolhi para título deste artigo. Pensei: tenho de ver a entrevista, de-pois algo me distraiu, e não vi. Se calhar não tem assim tanta importância. Fui agora ler os títulos e parece que todos salientam o ataque contra Cavaco. Como o tempo faz esquecer, regressou também o animal feroz.

Passei os olhos por al-guns blogues, e encontrei no ionline.pt as seguintes previ-sões:

Henrique Neto: “É evidente que as intervenções do enge-nheiro Sócrates, conhecendo como se conhece a sua ma-neira de fazer política vão introduzir no debate político ainda mais agressividade, mais mentira e mais oportunismo.”

Maria Filomena Mónica: “Este regresso de um

delinquente político só vem mais uma vez mostrar que quando se entra na carreira do crime é difícil sair. Custa-me que isto seja na RTP e pago pelo meu dinheiro – apesar de ele ter dito que vem em regi-me pro-bono – e por isso vou mandar desligar o contador da luz para deixar de pagar a taxa audiovisual. Vou comprar velas.”

Tinham razão, e eu, para memória futura, deixo estes comentários que tinha escrito no sábado: “É legítimo que a RTP contrate um antigo primei-ro-ministro para um programa de comentário político, que certamente aumentará a au-diência do canal, e com isso aumentará a rentabilidade da empresa. É legítimo que o Sr. Eng. José Sócrates, a quem reconheço capacidades de análise e de trabalho, queira voltar e queira aproveitar para se defender de tudo o que dele continuam a dizer em Portugal. É até legítimo que seja remune-rado por esse trabalho. O que não compreendo é que seja afirmado que não será remu-nerado por esse trabalho. A ser verdade, só comprovava que toda a anterior atividade política tinha servido para en-riquecer (de forma ilegítima).Existe quem considere que um

ex-primeiro ministro devia ser remunerado para nunca mais ter de trabalhar. Eu penso o contrário. Conforme já diversas vezes referi, só poderia exercer um cargo político quem antes tivesse uma profissão, um trabalho em que fosse reco-nhecido como competente e responsável. Quando termi-nasse as funções políticas seria um desempregado (a receber o respetivo subsídio), e decer-to conseguiria rapidamente novo emprego. Se analisar, todos conseguiram um gran-de tacho: Guterres, Durão, Santana, Sampaio. Mas este, não... ninguém o quer!

Se não servir para mais nada, esta novidade compro-va até o que antes referi: Um ex-político, mesmo com pou-co valor, encontra sempre um novo trabalho. Assim, deviam ser cortadas de imediato todas as subvenções vitalícias para os antigos titulares de cargos públicos, e remeter todas es-sas pessoas para atribuição de reforma se tiver idade para tal, ou para atribuição de subsídio de desemprego nos termos e prazos aplicá-veis aos outros trabalhadores.A bem da nação.”http://aterra.blogs.sapo.pt

Moita da Roda Os “clones” dos meninos e os seus projetos com a reciclagem

As crianças do Jardim de Infância da Moita da Roda, em conjunto com as suas educadoras, pais e encarregados de educação, têm desenvolvido vários trabalhos inspira-dos na reciclagem.

O projeto “Eu e o meu corpo” foi um dos desenvolvi-dos pelo grupo de crianças, dos 3 aos 5 anos, com a co-laboração dos encarregados de educação e pais. Trata-se da criação de um “clone” de cada menino com materiais reciclados. Os objetivos passam por promover o conhe-cimento do seu corpo, identificar as partes constituintes do corpo humano e sensibilizar para a sustentabilidade (reciclagem). Após a exposição na sede do agrupamento de escolas Rainha Santa Isabel, os onze “clones” estão agora em exposição na sede da Junta de Freguesia de Souto da Carpalhosa.

A “árvore da reciclagem” é outro projeto realizado por estes alunos. “Cuida do teu planeta”, é a mensa-gem que se lê por cima de uma árvore construída pelas crianças. “Cada vez que conseguimos alguma coisa para reciclar, colocámos uma folha na nossa “árvore da reciclagem”. No dia 4 de janeiro completamos com sucesso a nossa árvore. Ganhámos como prémio uma laranjeira para plantar na nossa escola. Fomos ótimos recicladores”. É esta a mensagem de sensibilização para a reciclagem que os meninos do Jardim de Infância da Moita da Roda já aprenderam e querem passar ao mundo dos mais crescidos.

Depois de ter recebido o convite para participar neste jornal, decidi iniciar o meu contributo, em novembro passado, com um texto onde critiquei claramente os ex-go-vernantes (dos vários partidos) que levaram o nosso país à classificação internacional de “lixo”. Atualmente, e através de tempo de antena na te-levisão, estariam capazes de apontar soluções sobre como tapar os buracos que fizeram ou deixaram fazer.

Estava longe de imaginar que aquele que represen-ta, no meu entender, o pior que alguma vez passou pela liderança do Governo teria exclusivamente um tempo de antena, como comentador. Na sua entrevista de regresso, José Sócrates volta em gran-de. Sempre foi e continua um excelente comunicador, bem-falante, muito bem preparado, muito combativo e arrogante, mas ao contrário do que diz, vem claramente fazer oposi-ção política.

José Sócrates voltou, e tem obviamente direito a dar a sua opinião. Passou metade da entrevista a reclamar o possível sucesso do PEC IV, mas ninguém racionalmente acre-dita que, mesmo com o PEC IV aprovado, Portugal tivesse

escapado ao resgate. Acusa o atual Governo de ter ido para além da Troika, mas foi ele que lançou o primeiro PEC, o segundo, o terceiro e o quar-to, que como já percebemos não seriam suficientes. Deturpa claramente os números sobre as Parcerias Público Privadas, e por fim acusou o Presidente da República e os restantes parti-dos de terem conspirado para o tirar do Governo, quando foi ele propositadamente que o provocou. Não podemos esquecer que estamos a falar daquele quis lançar a constru-ção de um novo aeroporto, de uma nova ponte sobre o rio Tejo bem como o projeto do TGV, poucos meses antes de declarar não ter dinheiro suficiente para pagar os salá-rios aos funcionários públicos e as pensões aos reformados. Sócrates agarrou-se a estas ideias como alguém, que não sabendo nadar, cai à água e agarra-se a única tábua velha que encontra.

Portugal já está em 2013, mas ele ainda continua em 2011, deturpando e distorcen-do aquilo que foi a realidade, joga com números e ideias alimentando as saudades dos seus seguidores políticos.

À semelhança do curso de engenharia, a filosofia france-sa, com ou sem exames ao do-mingo, não lhe ensinou nada:

não mudou rigorosamente nada no seu estilo e não trouxe nada de novo no seu discurso. O ex-Primeiro Ministro encar-na pessoalmente a imagem humana do despesismo, do clientelismo e da má gestão. Julgo que aqueles que ainda o consideram inocente do es-tado atual do país são poucos, no entanto ele ainda acredita que todos estavam errados à exceção dele próprio, e que existem muitos culpados, não sendo ele um deles.

Estamos num período muito complicado politicamente, o Orçamento de Estado aguar-da o veredito do Tribunal Constitucional, e caso este chumbe alguma das atuais propostas, o Governo terá de decidir se consegue outras receitas ou se simplesmente decide que não é possível castigar mais os portugueses, abrindo-se uma crise política. O cenário de eleições anteci-padas é o pior dos cenários, só se consegue governar num cenário de grande crise com maioria na Assembleia da República, entraremos num processo eleitoral como o da Grécia ou de Itália, onde se perdem meses fundamentais para a retoma do país.

[email protected]

De Governante a Conselheiro (II)

DaTerra

Carlos Duarte

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Page 8: Edição de março 2013

A falta de amor é a maior de todas as pobrezas. Madre Teresa de Calcutá, religiosa albanesa (1910-1997)MAR.13

FICHA TÉCNICA | Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa Depósito Legal 282840/08 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José Baptista (Pe.), Luís Manuel, Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia Propriedade Junta de Freguesia, Largo Santíssimo Salvador, nº 448, 2425-522 Souto da Carpalhosa Telefone 244 613 198 Fax 244 613 751 E-mail [email protected] Website noticiasdafreguesia.blogspot.com Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Mensal Distribuição Gratuita Projecto gráfico 3do3.blogspot.com Impressão OFFSETLIS, Marrazes, Leiria (244 859 900, www.offsetlis.pt)

Assembleia de Freguesia

No próximo dia 20 de abril, pelas 20h30, realiza-se mais uma Assembleia de Freguesia. A mesma conta com a seguinte ordem de trabalhos:

-Tomada de posse de novo membro da Assembleia de Freguesia;

- Ata da reunião ordinária de Assem-bleia, datada de 21 de dezembro de 2012 (leitura e votação);

- Ata da reunião extraordinária de Assembleia, datada de 16 de fevereiro de 2013 (leitura e votação);

- Relatório de atividades e situação financeira da Junta de Freguesia, no pe-ríodo de 1 de dezembro de 2012 a 31 de março de 2013 (apreciação);

- Relatório de contas de 2012 (dis-cussão, votação e aprovação);

- Providência cautelar de oposição à agregação de freguesias (discussão e votação);

- Mudança de caminho público, no lugar de Marinha (discussão e vo-tação).

Num protocolo estabelecido entre o Centro Social e o Instituto da Segurança Social, e em parceria com a Junta de Freguesia, está já a funcionar a Cantina Social no Souto da Carpalhosa. Um serviço que pretende ajudar na alimentação de pessoas, residentes na fregue-sia, e que estejam em dificuldade.

Podem beneficiar deste serviço, depois do estudo de cada caso: idosos com baixos rendimentos; famílias desempregadas; famílias com filhos a cargo; pessoas por-tadoras de deficiência; pessoas com dificuldade em ingressar no mercado de trabalho e pessoas com baixos recursos económicos. Para

cada caso se fará uma análise da situação, sendo exigidas alguma documentação e provas. As pessoas que estejam em alguma destas situ-ações, querendo, podem dirigir-se ao Centro Social (no lar) ou à Junta de Freguesia. O Centro Social pode servir até ao limite máximo de 100 refeições diárias.

Alimentação Cantina Social no Souto da Carpalhosa

O mês de abril trouxe con-sigo o aumento dos serviços de CTT. Os preços dos ser-viços dos CTT aumentaram, em média, 2,9% no dia 1 de abril, sendo esta a primeira atualização das tarifas desde 2010. Por exemplo, o preço do selo do correio azul, até 20 gramas no formato norma-lizado, passou dos 47 para os 50 cêntimos, ao passo que o selo do correio normal, até 20 gramas normalizado, passou dos 32 para os 36 cêntimos.

Os registos simples sobem de 1,62 para 1,70 euros, en-quanto os aumentos no cor-

reio verde oscilam entre cinco e 15 cêntimos.

“A atualização traduz-se num aumento médio anual de 2,9% (dado que o tarifá-rio se aplica apenas a nove meses de 2013, equivalente a uma variação de 3,7%, em termos pontuais), sendo esta a primeira mexida nos preços dos CTT desde 2010”, expli-caram os CTT - Correios de Portugal, em fevereiro, quan-do a decisão foi conhecida.

“Tendo em conta que o consumo de produtos de cor-reio é, na sua maioria (mais de 95%) efetuado pelas em-

presas, a atualização tem um impacto negligenciável na economia das famílias, uma vez que o gasto médio anual em selos das famílias portu-guesas ronda os três euros”, consideraram os CTT.

Os Correios adiantaram ainda que os expedidores nacionais de correio passam a beneficiar de uma diferen-ciação do preço por zonas, sendo que “com esta oferta, muito flexível, os Correios terão sempre a solução mais adequada a cada um dos seus clientes”.

Com RR

Sociedade civil Enviar uma carta é mais caro

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