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CEMITOUR LAKEWOOD ESPECIAL 6 ATITUDES QUE MATAM SUA CRIATIVIDADE GOBBO VELÓRIO DO LUQUINHA FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER ANO VII - 37 - ABRIL - MAIO DE 2013 M A R K E T I N G C.U.L.T.U.R.A.L A RESVISTA DO EMPRESÁRIO DO SETOR FUNERÁRIO ESSÊNCIA DO SABOR BOLINHO COUNTRY

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Revista 37

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CEMITOUR LakEwOOd

ESPECIaL6 aTITUdES QUE MaTaM

SUa CRIaTIVIdadE

GOBBOVELÓRIO dO LUQUINHa

FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER

ANO VII - 37 - ABRIL - MAIO DE 2013

M A R K E T I N G

C.U.L.T.U.R.A.L

a RESVISTa dO EMPRESÁRIO dO SETOR FUNERÁRIO

ESSÊNCIa dO SaBORBOLINHO COUNTRY

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A seguradora diferente.

(14) 3815-4057 ou(14) 3814-8007

Defensor do Segurado, Assistência 24 Horas,

Indenização Garantida em 5 Dias Úteis.

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Seguro MAPFRE AutoMaisÉ diferente porque é feito por motoristas como você.Por isso, ele é totalmente flexível e oferece as melhores condições de franquias e coberturas. Com ele, você conta com Indenização Garantida em 5 Dias Úteis, Defensor do Segurado, Assistência 24 Horas e condições exclusivas para o setor funerário.Resumindo: quando o seguro é feito por pessoas que se preocupam com você, não tem como não gostar.

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EdITORIaL |

A seguradora diferente.

(14) 3815-4057 ou(14) 3814-8007

Segundo Edward Tylor, cultura é “todo complexo que

inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei,

os costumes e todos os outros hábitos e capacidades

adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.

E para expandir nossa cultura, utilizamos de diversos

meios, entre eles a arte, pintura, música, teatro e muitos

outros.

Já no meio empresarial, temos como ferramenta o

marketing cultural, ou seja, toda ação de marketing que

usa a cultura como meio de comunicação para difundir

o nome, produto ou fi xar a imagem de uma empresa

patrocinadora. E não é por acaso que o marketing

cultural vem ganhado força. Ele apresenta soluções

relativamente baratas para as exigências de mercado

como a necessidade de diferenciação das marcas,

diversifi cação do mix de comunicação das empresas e

a necessidade das organizações se posicionarem como

socialmente responsáveis. Confi ra em nossa matéria de

capa mais informações sobre o Marketing Cultural.

decole para Punta del Leste e descobra o porquê esse

lugar tem todos os elementos para um balneário de

sucesso. Na Essência do Sabor, teste uma receita simples

e prática da culinária caipira. aproveite e fi que sabendo

da origem dos carros funerários.

No Cemitour visite o Lakewood em Mineapolis, um

cemitério sofi sticado em todos os sentidos. E não se

esqueça de conferir se suas atitudes estão matando a sua

ciratividade.

Boa leitura,

Roberto Márcio

diretor

Page 4: Edição 37

diretor geral

ROBERTO MÁRCIO dE CaRVaLHO

direção de Marketing

ROSa CaRVaLHO

administração Financeira

SaBRINa COSTa

aTENdIMENTO aO aSSINaNTE

a revista In Memorian é uma publicação da arte-Final Comunicação em parceria com o

SINdINEF.

VaLOR da aSSINaTURa MENSaL - R$15,00

E X P E d I E N T E

INMEMORIaN

www.revistainmemorian.blogspot.com

twitter: inmemorian

[email protected]

tel. (31)3241 6069

SINdINEF

av. augusto de Lima, 479 sala 604

Bairro: Centro | CEP.: 30190-000

Belo Horizonte | MG | Tel. : (31)3273.8502 (31)3273.8503 www.sindinef.com.br

aRTE FINaL COMUNICaçãO

R. dr. Plínio de Moraes, 464

Loja 13 I Cidade Nova | CEP.: 31170-170

Belo Horizonte | MG

Telefax: (31)3241.6069

[email protected] | www.artfinal.com.br

CEMITOUR

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CaPa

FIQUE SaBENdO

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MaIO02 Geraldo Ferreira Guimarães Pax do Brasil administração LTda ME

05 Carlos alberto (Carlinhos) Bom destino Serviços Póstumos

05 Carlinhos Funerária São Cristóvão

05 Ricardo Borges Funerária Pax de minas

07 daniela (Gerente) Funerária São Francisco

07 Roberto Márcio Funerária Pax de Minas

10 Osvaldo F. de Souza Bom Pastor Convênios e Planos Sociais

11 Elidia Ferreira Bom Pastor Convênios e Planos Sociais

11 Mauricio Londe assist. Pax Family Invest Vida

15 dr. alceu Parque da Colina

15 daniele (Gerente) Funerária Metropax

15 Paulo Cezar Nogueira Neves

15 daniel Funerária Metropax

18 Fernando Organização Familiar Santa Rita

22 Carlos Helmar de Faria Funerária Queiroz

25 Nilza Maria T. Santana Funerária Santana abaete

25 Monica Carvalho Funerária Coração de Jesus

27 Taérida Salgueiro Rodrigues Funerária Carvalho - SP

29 Regina Saouza Pickup & Cia

30 Magno Vila Grupo Vila

30 Gizele P. Zampieri Indústria de Urnas Bilac Ltda

31 Marcos Viola Modial

JUNHO07 alisson Lima Funerária Santo antônio

08 alvimar Ferreira Funerária Bom Fim

16 Talita Eliana de Oliveira Funerária Nossa Senhora das Candeias

18 Sr. Oliveira Serviços Soc. e Funer. Nossa Sra. aparecida

18 João Emirtra

20 wanderley Pax Gameleira

20 wanderley Funerária assistencial Santa Rita Ltda

20 Edmilson Emirtra

22 Gilberto Carlos de Miranda Funerária Guanhães

23 João Batista Plano Social Familiar Em Vida

24 João Carlos Funerária Teófilo Otono

29 Pedro Medina Funerária São José

29 daniel Emirtra

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a origem dos Carros Funerários

a palavra “carro funerário” vem do Inglês Médio

“herse”, que se refere a um tipo de candelabro muitas

vezes colocados em cima de um caixão.Não se sabe a

data exata, mas em determinado momento do século

XVII, as pessoas começaram à usar esta palavra para

se referir às carruagens puxadas por cavalos que

transportavam os caixões com os corpos dos falecidos

até o local de seu sepultamento durante um cortejo

fúnebre.

Os carros funerários permaneceram puxados por

cavalos até a primeira década do século XX, época

em que surgiram os primeiros carros funerários

motorizados, sendo que ninguém sabe ao certo a data

exata do início do seu uso, mas cogitá-se que foi entre

os anos de 1901 e 1907.

Sua história nos Estados Unidos (USa):

Existe uma curiosidade muito interessante com

relação aos primeiros carros funerários que entraram

em uso; seus motores eram elétricos, sendo que

o primeiro carro funerário movido com motor à

combustão surgiu em 1909.

O responsável por sua criação foi H. d. Ludlow, um

proprietário de casa funerária, o qual encomendou a

construção de um veículo para transporte fúnebre em

um chassis de ônibus.

Este novo tipo de carro funerário foi bastante popular

entre os clientes mais ricos da época, sendo que a

funerária e Ludlow o utilizou para 13 funerais e em

seguida o substituíu por um modelo maior.

a inovação do transporte fúnebre inventado por

Ludlow foi uma inovação na época, mas a maioria dos

donos de funerárias acharam esse tipo de transporte

muito caro, cerca de US $ 6000 por carro funerário,

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A origem dos mortcarros funerários

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contra o custo de US $ 1,500 dos carros fúnebres antigos

puxados por cavalos.

Mas em pouco tempo, com a produção de maior quantidade

de motores à combustão, seu preço se reduziu, em conjunto

com o aumento de potência e desempenho devido aos

avanços tecnológicos que aconteciam de forma acelerada

no início do século XX.

devido à este fato, os mesmos donos de funerárias, os quais

antes criticavam os novos carros fúnebres movidos com

motores à combustão devido ao seu alto preço, perceberam

que eram vantajosos para seus negócios, pois eram mais

rápidos, e com eles poderiam ser realizados mais funerais

por dia.

desta forma os carros funerários movidos com motor à

combustão se tornaram padrão a partir da década de 1920.

No mesmo ano em que começaram à ser utilizados os

primeiros carros funerários movidos com motor à combustão

(1909), a empresa “Crane and Breed Company” de Cincinnati,

Ohio (USa) , tornou-se o primeiro fabricante oficial de carros

funerários.

Estes primeiros carros funerários movidos à gasolina imitavam

o desenho quadradão dos carros funerários antigos puxados

por cavalos, mas em 1930 o mais longo carro funerário, um

estilo Landau foi introduzido por Sayers e Scovill, e sua forma

elegante de limousine permanece popular até hoje.

Não era incomum no início e em meados do século XX,

os carros funerários, além de servirem para funerais,

também funcionassem como ambulâncias, dependendo

da necessidade imediata da comunidade, sendo que os

regulamentos para as ambulâncias se tornaram mais rigorosa

após a década de 1970, sendo divididas as finalidades de

uso, com um tipo de veículo para serviços fúnebres e outro

para servir como ambulância.

Sua História no Brasil:

O transporte dos mortos passou por várias fases, de acordo

com a evolução dos recursos existentes.

diversos tipos de transportes foram utilizados, tais como:

Em redes:

Em locais mais afastados e sem recursos de transportes,

os mortos eram transportados enrolados em lençois, e

carregados em uma espécie de “rede” até o cemitério;Em

Carros de Boi:

Este tipo de transporte também foi muito utilizados, o qual

levava o corpo falecido em um “Carro de Boi”, que era um

transporte típico utilizado em vários locais do Brasil todo;

Em Carroças:

da mesma forma empregado pelos “Carros de Boi”, os mortos

eram transportados em “Carroças” até o seu destino final;

a pé:

Mesmo nos dias de hoje, o transporte do morto, ainda é

feito “a Pé”, com os amigos e falimialres segurando o caixão

através de alças até o cemitério.

Esse tipo de funeral é utilizado de acordo com a preferência

da família, tendo como um último ato de amor e dedicação

ao felecido, transportando-se pessoalmente até o seu

descanso final;

Em Carruagens:

“Carruagens” luxuosas foram utilizadas para o transporte

fúnebre de em enterros mais luxuosos de parentes ou

amigos de famílias com maior poder aquisitivo;

Vagão Ferroviário:

Na “Ferrovia Paulista”, existiu um “Vagão Funerário”, o qual

foi reformado e está exposto no “Museu Ferroviário de

Paranapiacaba”.

Este vagão era utilizado para transportar os corpos de

falecidos do litoral de São Paulo para o planalto, permitindo

que pudesse ser realizado em seu interior o “Velório”, pois

o caixão ficava no meio do “Carro Salão”, com velas ao seu

redor, e os familiares e amigos poderiam acompanhar seu

translado fazendo orações ao seu redor, ou sentados em

poltronas em um outro vagão acoplado.

Com a chegada no Brasil dos primeiros carros no início do

século XX, ocorreu a adaptação de alguns modelos para

serem utilizados como “Carros Funerários”, substituindo os

meios de transporte mais rústicos que eram empregados

anteriormente.

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ESSÊNCIa dO SaBOR |

Inspirados pelo outono e pelos sabores e pela cultura

do sul dos Estados Unidos, ensinamos a receita desse

clássico da culinária “caipira” .

RECEITa dE BOLINHOS dE MILHO

Ingredientes:

2 milhos verdes cozidos

1 ovo

1 colher de sopa de farinha com fermento

½ colher de sobremesa de páprica

sal

1 clara

manteiga

Modo de preparo:

Cozinhar o milho e retirar os grãos do sabugo. Misturar

em uma tigela com o ovo e a farinha, temperando com a

páprica e o sal à gosto. Em outra tigela pequena, bater a

clara em neve e misturar com cuidado à massa.

Pincelar uma frigideira bem quente com manteiga e dispor

pequenos discos da massa. deixar cozinhar por um minuto

de cada lado. Para que não esfriem, colocar em forno bem

baixinho até que todos estejam prontos. Servir em uma

travessa com a salsa de tomate em um potinho.

RECEITa dE SaLSa dE TOMaTE

Ingredientes:

2 tomates italianos

1 pimenta dedo de moça

1 colher de café de cominho moído

1 colher de café de sal

1 limão

1 maço de salsinha

Modo de preparo:

Cortar o tomate em cubinhos. Retirar as sementes da

pimenta e picar bem pequeno. Colocar em uma tigela e

temperar cominho, sal e o suco do limão. Picar o maço de

salsinha e adicionar à tigela, misturando bem.

Fonte: Gastronomismo

com salsa de tomateBolinho de milho

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PREENCHA, RECORTE E ENVIE POR CARTA OU VIA FAX OU ENTRE EM CONTATO CONOSCO.

Data de nascimento:

CPF: RG:

End.: Bairro:

Tel./Fax: Cel.:

Email:

Empresa:

CNPJ: Inscrição Estadual:

Responsávelpelo pagamento: Assinatura:

Nome:

INSCREVA-SE PARA A PRÓXIMA TURMA:

12 A 17 DE AGOSTO DE 2013 - BH/MG

TANATOPRAXIA - TANATOPRAXIA AVANÇADA - RESTAURAÇÃO FACIAL E

TÉCNICAS DE VENDA DE TANATOPRAXIA.

Av.Augusto de Lima,479 Sala 604– CentroCEP: 30.190-000 – Belo Horizonte – MG

Tel: (31) 3273.8502 – Fax; (31) 3273.8503

Email: [email protected]

FICHA DE INSCRIÇÃO I 4 EM 1 I AGOSTO 2013

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com salsa de tomateBolinho de milho

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PREENCHA, RECORTE E ENVIE POR CARTA OU VIA FAX OU ENTRE EM CONTATO CONOSCO.

Data de nascimento:

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Email:

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CNPJ: Inscrição Estadual:

Responsávelpelo pagamento: Assinatura:

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INSCREVA-SE PARA A PRÓXIMA TURMA:

12 A 17 DE AGOSTO DE 2013 - BH/MG

TANATOPRAXIA - TANATOPRAXIA AVANÇADA - RESTAURAÇÃO FACIAL E

TÉCNICAS DE VENDA DE TANATOPRAXIA.

Av.Augusto de Lima,479 Sala 604– CentroCEP: 30.190-000 – Belo Horizonte – MG

Tel: (31) 3273.8502 – Fax; (31) 3273.8503

Email: [email protected]

FICHA DE INSCRIÇÃO I 4 EM 1 I AGOSTO 2013

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CEMITOUR | MINNEaPOLIS

lakewood desde sua fundação em 1871, o Cemitério Lakewood em Mineapolis tem

servido de descanso póstumo para os cidadãos mais notáveis de Mine-

sota. Nomes de famílias como Humphrey, wellstone, Pillsbury e walker

se encontram por lá, dentre uma longa lista de pioneiros locais, heróis,

líderes cívicos, industriais e mecenas de arte. O cemitério privado e não-

setorizado abrange 250 acres de paisagens planas ao lado do histórico

sistema de alamedas Grand Round. a importância histórica e o cuidado

impecável com o solo fazem do cemitério Lakewood um marco na paisa-

gem e um bem da comunidade do bairro Uptown.

administrado como um imóvel não lucrativo desde seus primórdios, a as-

sociação do Cemitério Lakewood reconhece a necessidade de um plane-

jamento prudente para garantir sua vitalidade para um futuro indefinido.

apesar da enorme extensão das terras do cemitério, apenas 25 acres con-

tinuam disponíveis para desenvolvimentos futuros. Com um mausoléu de

1967 chegando quase à sua capacidade máxima (devido ao maior aceite e

interesse em enterros acima do solo e cremação) o Conselho de Curadores

do Cemitério encomendou Plano diretor abrangente em 2003.

O eixo do plano é a proposta de um novo Mausoléu para expandir as op-

ções de criptas acima do solo e cremações e acomodar rituais e práticas

comemorativas contemporâneas. O projeto, um novo “Jardim Mausoléu”

contará com criptas para mais de dez mil pessoas, uma capela, um espaço

de recepção que se faz muito necessário para encontros de pós-atendi-

mento e novo paisagismo para o terreno adjacente de quatro acres.

ao entrar no cemitério pelos portões principais, os visitantes se aproxi-

mam do novo Jardim Mausoléu através de um dos principais caminhos

dentro do cemitério. Contornando uma massa de pinheiros altíssimos

e carvalhos nodosos, o caminho gentilmente se volta para a entrada

do Mausoléu. Uma simples massa de placas de granito cinza, as janelas

gradeadas da entrada e as reentrâncias insinuam as funções e a complexi-

dade do interior do edifício, ao mesmo tempo que reduzem visualmente

o peso da estrutura.

À leste da entrada, uma cobertura verde sobre o nível

inferior do jardim estende sutilmente a grama bem cui-

dada do cemitério. Guarda-corpo, pisos, grama e arbus-

tos minuciosamente detalhados asseguram as visuais

ininterruptas para pontos cruciais, como a Capela e os

icônicos monumentos Fridley e Pence. Embora o grama-

do seja essencialmente liso, montes de grama angulares

pontilham a relva nova como

a entrada do Jardim Mausoléu ao nível da rua represen-

ta apenas uma pequena fração da massa total do edifí-

cio e inclui uma recepção, um lounge, um pequeno es-

critório e instalações. dois terços do edifício permanece

abaixo, enterrado em uma colina voltada para sul, com

vista para o jardim inferior.

Na entrada principal, um par de portas de bronze, in-

trincados padrões de mosaico branco traçam arcos e

voltas infinitas por todas as ondulantes superfícies or-

denadamente inscritas na massa de granito escura. O

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contraste de texturas – claro e escuro, áspero e suave, rústico e refinado – in-

vocam tanto o sentido visual quanto o tátil. as grandes portas de vidro, ador-

nadas com grades de bronze que repetem as voltas e os motivos circulares

do mosaico, recebem os visitantes em um espaço sereno com paredes reves-

tidas de mogno, feixes abundantes de luz natural e vistas distantes através

do novo jardim inferior.

Uma escada de proporções generosas leva os visitantes da entrada para o

nível inferior do jardim. a oeste, uma parede de gesso veneziano direciona

os familiares em luto para a cerimônia na capela. atenuando a exposição da

capela ao sol do sul, altas reentrâncias são recortadas em ângulos agudos na

espessa parede exterior – uma estratégia que diminui a incidência de luz que

entra neste espaço contemplativo e assegura um nível de privacidade para

os familiares em luto.

Retornando ao hall, um simples quadrado recortado na áspera parede de

granito marca o limite entre os espaços comuns do mausoléu e os locais para

enterros, recordações e contemplação individual. Estendendo-se para leste,

um único e longo corredor reúne baías de columbária (para os restos crema-

dos) e salas de criptas (para os caixões). ao norte, as câmaras são construídas

inteiramente sob o solo, iluminadas apenas por uma única claraboia; retan-

gular para as salas de criptas, e circular para a columbária. aqui, feixes de luz

do sol traçam arcos sobre as paredes de mármore branco. ao sul, as salas de

criptas e a columbária formam uma série de pátios de escala íntima, com

cada espaço ligado ao jardim através de grandes janelas.

apesar de geometricamente similares, cada câmara interna se distingue por

sutis variações de projeto que dão a cada espaço uma personalidade e um

clima distinto. Pisos brilhantes de ônix se alternam entre amarelo, verde jade

e rosa coral. a orientação das janelas e das claraboias rotaciona e se altera,

variando as vistas para horizontes próximos ou distantes, para a copa das

árvores ou para o céu azul. O projeto reconhece que na morte – assim como

em vida – as pessoas possuem diversas perspectivas e desejam exclusivi-

dade. Respeita-se que, ao se desenhar o local de descanso final para dez mil

pessoas, a individualidade, a escala humana e a conectividade sensorial com

o mundo natural são primordiais.

a seleção de materiais transita pelos caminhos da arquitetura de memoriais

assim como pela história de Lakewood. Materiais funerários convencionais,

como granito, mármore e bronze, são reinterpretados segundo uma ex-

pressão arquitetônica do século XXI. O mosaico policromático da capela, por

exemplo, servem como trampolim para o padrão de már-

more branco e vidro que está tão ligado ao estilo bizantino

e aos rendilhados orgânicos da Escola de Chicago, quanto a

algoritmos geométricos e simbolismo funerário.

Uma característica importante do Jardim Mausoléu, o re-

desenho do terreno de quatro acres fortalece a conexão

entre a arquitetura distinta de Lakewood, ao mesmo tempo

que oferece um local sereno tanto para pequenas famílias

quanto para grandes eventos comunitários. as relações for-

mais entre a capela, o Mausoléu existente e o novo Jardim

Mausoléu são reforçadas pela dupla coluna de árvores de

bordo, pela simples combinação de calçadas e canteiros, e

por uma grande e reflexiva piscina. além disso, um bosque

de árvores espinheiros melhora as paredes externas da

cripta existente a leste, enquanto diversas escadas externas

melhoram o acesso entre o jardim inferior e os históricos lo-

cais para enterros adjacentes.

Fonte: archdaily

Page 14: Edição 37

dECOLE | PUNTa dEL ESTE

P é r o l a do Uruguai com.uy) e Cot (www.cot.com.uy). a terceira maneira é de barco,

que pode sair dos portos de Buenos aires, Montevidéu e Colonia

del Sacramento.

COMO CIRCULaR

Esqueça os ônibus, raros e infrequentes, e os táxis, bem caros.

Para quem não quer circular muito o ideal é pegar uma bicicle-

ta e encarar os trajetos com disposição. Já para os que querem

se aventurar pelas praias e estâncias mais distantes nada como

alugar um carro. Há várias locadoras operando no aeroporto.

ONdE FICaR

Pousadas, hotéis-butique, resorts chiquetosos com spa, cavalos e

cassino: há de tudo e para (quase) todos em Punta del Este. O ide-

al é escolher sua hospedagem junto à praia que tem o seu per-

fil. Para quem deseja passar uma curta temporada por lá vale a

pena checar as ofertas de aluguel de casas e apartamentos, uma

opção diferenciada, bacana e, muitas vezes, bastante econômica.

Entre os serviços que oferecem oportunidades estão Solanas Va-

cation Club (www.solanasvacation.com.ar), Estar en Punta (www.

estarenpunta.com) e alquilar Punta del Este (www.alquilarpunt-

adeleste.com).

PRaIaS

José ignacio - praias sossegadas, algumas quase desertas, no

maior estilo hippie-chique. Para os que querem relaxar, namorar

e, realmente, descansar. Recomendado para famílias e casais.

Localizada em um estreita faixa de areia entre o atlântico e o Rio

da Prata, a uma hora e meia de Montevidéu, Punta del Este reúne

em um mesmo lugar todos os elementos necessários a um bal-

neário de sucesso. Tem praias para todos os estilos (desde as de

águas calmas ideais para crianças até as mais agitadas), oferece

ampla variedade de lojas de grifes e galerias para os visitantes

de bolsos mais folgados (a principal clientela do destino). Conta,

também, com calçadões e vias de pedestres para serem desfru-

tadas pelos jovens e cinquentões que desfilam por esse destino

conhecido como “a Pérola do Uruguai”. Isso sem falar em uma in-

fraestrutura de primeira, com pousadas charmosas, hotéis com

serviço e acomodações impecáveis e restaurantes que, dos mais

simples aos estrelados, agradam aos mais variados paladares.

Prepare a carteira, pois os preços por aqui durante o verão sul-

americano seguem o mesmo nível dos ricos e famosos que vêm

dos países vizinhos. COMO CHEGaR

São três as formas de se chegar a Punta del Este. a primeira é

de avião, desembarcando no aeroporto Internacional de Punta

del Este (www.puntadeleste.aero), a 25 quilômetros do Centro. a

TaM (www.tam.com.br) tem voos diários entre São Paulo e Mon-

tevidéu e faz o trajeto até Punta com conexão em Buenos aires.

Outra forma de chegar a Punta, já a partir de Montevidéu, é pegar

um ônibus no Terminal

Tres Cruces, pelas companhias rodoviárias Copsa (www.copsa.

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La Barra - Surfe, azaração e baladas sem fim é o que os visitantes encon-

trarão nas praias do balneário, como Bikini e Montoya. Para surfistas, jo-

vens, solteiros.

La Brava - É aqui que estão os famosos dedos que brotam da areia. É muito

bem estruturada, com serviços de praia. Como o próprio nome diz, as on-

das batem forte por aqui.

La Mansa - Muita gente só aparece por aqui por conta da ferveção das

boates. de dia, a moçada dá lugar para as famílias em busca da águas

calmas para as crianças. a faixa de areia plana é ótima para caminhadas

ONdE COMER

Punta del Este tem uma excelente oferta de restaurantes, cafés e bares.

algumas das mesas mais disputadas estão em praias mais distantes, daí

a necessidade de ter um bom transporte. aqui você também pode até

encontrar excelentes carnes, asados e empanadas, mas não deixe de ex-

plorar outras especialidades. Pescados, franceses e italianos estão entre os

melhores. Tudo, é claro, acompanhado por um bom vinho uruguaio.

COMPRaS

Na alta estação, boa parte do PIB uruguaio (e dos países vizinhos) está

passeando pelas ruas de Punta del Este. É fácil imaginar então quão bem

sintonizadas as vitrines locais com as últimas tendências. a avenida Gor-

lero é o epicentro deste movimento, principalmente entre a Calle 30 e a

Plaza artigas. Muitas lanchonetes, restaurantes e galerias pelo caminho,

oferecendo grifes como Louis Vuitton, Versace e Valentino.

Já na própria Plaza artigas é montada uma feirinha de artesanatos que

acontece todos os dias.

Fonte: viajeaqui.abril.com.br

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FIQUE POR dENTRO |

Projetos de Leis e Outras Proposições

Ementa

dispõe sobre planos de assistência funerária, sua normatização, fiscalização e comercialização, e dá outras

providências.

PL-07888/2010

- 03/04/2013 discutiram a Matéria: dep. Valdivino de Oliveira (PSdB-GO) e dep. Renato Molling (PP-RS).

- 03/04/2013 aprovado por Unanimidade o Parecer

Ver todo o teror da lei aprovada no link:

www.camara.gov.br/proposicoes

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INFORME | SINdINEF

Polícia Civil de Minas abre licitação para terceirização de rabecões

O SINdINEF informa que está aberto o edital de licitação para terceirização de

rabecões na Polícia Civil de Minas Gerais. as empresas interessadas em oferecer

o serviço deverão se apresentar para o credenciamento em sessão pública

marcada para o dia 7 de maio, às 10h, na sala 6 do 4º andar do Edifício Minas,

conforme edital publicado no diário Oficial do Estado.

as empresas credenciadas serão remuneradas pelas remoções/transportes

efetivamente efetuados.

as cidades que deverão ser atendidas foram separadas em quatro lotes

conforme a seguir:

as especificações e demais condições do credenciamento, bem como o valor

que será pago por cada remoção, constam no edital e em seus anexos.

Confira o edital na integra, acessando o link:

http://compras.mg.gov.br/licitacoes-em-destaque/527-credenciamento-de-empresas-

para-a-prestacao-de-servicos-de-remocao-e-transporte-de-cadaveres-pcmg

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Marketing cultural é toda ação de marketing que usa a cultura como meio de comunicação para difundir o nome, produto ou fixar a imagem de uma empresa patrocinadora. Para fazer marketing cultural na existe uma formula fechada, ou seja, há variáveis que, se juntas, podem resultar em uma ótima ação de marketing. Para atingir o público alvo o idealizador do projeto tem que ser criativo, ou seja, tem que administrar adequadamente os recursos disponíveis de forma a atender os objetivos de comunicação da empresa.

O marketing cultural vem ganhando força no meio empresarial

por que apresenta soluções relativamente baratas a três novas

exigências do mercado:

Necessidade de diferenciação das marcas;

diversificação do mix de comunicação das empresas;

Necessidade das empresas se posicionarem como socialmente

responsáveis;

ao patrocinar um projeto cultural a empresa se diferencia das

demais a partir do momento em que toma pra si determinados

valores relativos ao projeto patrocinado. Também amplia

a forma como se comunica com seu publico alvo e mostra

para a sociedade que não está encastelada em torno da sua

lucratividade e de seus negócios.

a partir do momento em que uma empresa empreende uma

ação de marketing usando como ferramenta a cultural, ela

está fazendo marketing cultural. Mas nem sempre o patrocínio

vem em forma de dinheiro, pode ser uma troca por passagens

aéreas, estadias, refeições. O importante é que a ação de

marketing deve se encaixar perfeitamente ao perfil da empresa,

ao público alvo e ao objetivo buscado. No inicio as empresas

investiam em marketing cultural visando às leis de incentivo, que

financeiramente era um bom negócio. depois compreenderam

que essas ações solidificavam a imagem institucional da empresa

e davam visibilidade para a marca. Muitos acham que só as

grandes empresas investem em marketing cultural, mas não

são apenas as grandes que investem, mas é a maioria por vários

motivos e o principal é o desconhecimento das leis de incentivo

e dos benefícios que uma ação de marketing cultural pode

trazer para a empresa. Os empresários acham que com o volume

pequeno de dinheiro que as pequenas e medias empresas

movimentam não poderia arcar com os custos de um projeto

cultural. No entanto, existem projetos para todos os bolsos.

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do ponto de vista financeiro, dependendo do marketing cultural

escolhido pela empresa, podendo adquirir até em 100% do

valor investido; já do ponto de vista mercadológico a aceitação

e a imagem institucional dessa empresa vai ter uma afirmação

maior junto ao seu publico alvo, garantindo assim a empresa a

sua solidificação e sua perenização no mercado. Se a empresa

aplicar algumas outras ações de marketing seus benefícios serão

ampliados.

a diferença do marketing cultural para o mecenato, é que no

marketing cultural (ou patrocínio cultural) a empresa não faz por

caridade e sim para obter retorno; já no mecenato a empresa

geralmente representada pelo seu presidente se identificar com

alguma área e nela investe sem buscar retornos.

as empresas geralmente preferem patrocinar projetos culturais

ligados a alguém famosa, para ter a imagem da empresa ligada

ao artista assim aumentando a credibilidade do projeto e da

própria empresa.

autor: Francirley Faustino

Fonte: administradores.com

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Confira as leis de incentivo

Leis Federais:

Lei nº 8.313 ou lei Rouanet é uma lei federal que permite que

uma pessoa física ou jurídica patrocine um projeto cultural e

deduza parte do valor investido do seu Imposto de Renda (IR).

Pessoa jurídica - IR com base no Lucro Real, no limite de 4% do

IR devido,

Pessoa Física - declaração Completa do IR, no limite de 6% do

IR devido.

Lei n°8685/93 É uma lei federal de incentivo fiscal para a

produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de

produção independente, por meio de patrocínio.

Os contribuintes poderão deduzir do imposto de renda devido

as quantias referentes ao patrocínio a produção das obras

cinematográficas, cujos projetos devem ser previamente

aprovados pela ancine.

PROaC Lei n°12.268 Esta é uma lei do governo do estado de

São Paulo, cujo objetivo é disponibilizar recursos financeiros

advindos da Secretaria de Cultura e do patrocínio de empresas

beneficiadas pela renúncia fiscal do ICMS.

ICMS RJ Lei nº 1.954 Lei de incentivo que estimula a produção

artística e desportiva no estado do Rio de Janeiro, intensificando

e democratizando o acesso da população à cultura e ao esporte.

a lei ICMS do Rio de Janeiro permite que uma pessoa jurídica,

com estabelecimento situado no Rio de Janeiro, intensifique a

produção cultural, através de doação ou patrocínio deduzindo

esse o valor no recolhimento do tributo.

MendonçaLei n°10.923/90 Lei municipal que permite que uma

pessoa física ou jurídica patrocine um projeto cultural e deduza

parte do valor investido do seu Imposto Sobre Serviços (ISS) ou

Imposto Predial Territorial Urbana (IPTU) a pagar, desde que a

dedução fique dentro do limite de 20% do imposto a ser pago.

Esta é uma lei do município de São Paulo de incentivo fiscal para

realização de projetos culturais, a ser concedido à pessoa física

ou jurídica domiciliada no município, disponibilizando recursos

financeiros advindos do patrocínio de empresas beneficiadas

pela renúncia fiscal do IPTU e do ISS.

Curitiba Lei nº 15/1997 a Lei Municipal de Incentivo à Cultura é

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uma importante ferramenta para a produção cultural na cidade.

O incentivo baseia-se na renúncia fiscal da empresa sediada

em Curitiba de até 2O% da arrecadação de Imposto Predial e

Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços (ISS).

Confira mais informações no site:

http://allegrocultural.com.br/leis_cultura.asp

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ESPECIaL |

Ficar preso à rotina, sem buscar novas referências, é o que mais aniquila o seu potencial

Camila Pati, de EXaME.COM 16h13 25/03/2013

Em um mercado em que a competitividade é palavra de ordem, a

criatividade desponta como diferencial de peso para quem quer

subir alguns degraus na carreira.

E, se muitos mitos ainda rondam o tema é certo também que há

atitudes que neutralizam ou até mesmo aniquilam qualquer ca-

pacidade criativa no ambiente de trabalho. Veja quais são elas, na

opinião de dois especialistas consultados:

1- Ficar preso à rotina

“É muito difícil ter uma vida totalmente igual e gerar ideias ao

mesmo tempo”, diz Conrado Schlochauer, sócio-diretor do LaB

SSJ, consultoria de educação corporativa. Buscar novas referên-

cias, conhecer pessoas novas, visitar lugares diferentes estimu-

lam a criatividade, daí o problema de fi car preso ao hábito.

“a rotina é importante para adquirir a excelência, um jogador de

basquete precisa treinar várias vezes até aprender uma jogada,

mas, se ele faz sempre os mesmos lances, vai fi car previsível”, ex-

plica Silvio Celestino, da alliance Coaching. Uma pessoa que faz

da sua rotina o seu modo de vida torna-se anacrônica, na opinião

de Celestino. “É alguém que vive no passado”, diz.

a busca de referências é a regra de ouro para os criativos. “Fa-

lar para abrir a cabeça pode parecer clichês, mas funciona”, diz

Schlochauer.

2- Ter medo de errar

Se a educação escolar sempre reforçou a ideia de que existe ape-

nas uma resposta certa, basta deixar os bancos da sala de aula

para perceber que não existe verdade absoluta. “a vida não é as-

sim. Não existe um único caminho correto”, lembra Schlochauer.

O medo de errar, diz ele, é péssimo na medida em que faz você

convergir para uma solução rápida demais. “Sem dedicar tempo

para buscar alternativas”, explica o sócio-diretor do LaB SSJ.

Geralmente esse pavor do erro acomete os mais perfeccionistas,

diz Celestino. “São aqueles profi ssionais que já querem fazer cer-

to logo da primeira vez, e, por isso, só fazem aquilo do qual têm

certeza”, diz.

O risco é fazer pouco, não sair do protocolo. “É um medo paral-

isante e uma limitação enorme para a criatividade”, explica Ce-

lestino.

3- Sofrer da “síndrome do apego à primeira ideia”

Você se propõe a pensar em novas ideias e trazer um pouco de

inovação para o expediente. Mas, assim que aparece a primeira,

você para e já começa a traçar um plano de implementação. Para

Schlochauer, isto é um erro. “Para ter boas ideias é preciso listar

muitas ideias”, diz.

Ele se apoia também em uma das premissas do método do brain-

storming, inventado pelo publicitário alex Osborn, no fi m da

década de 1940. “Uma das regras ofi ciais é que a quantidade de

ideias é mais importante do que a qualidade”, diz o especialista.

Celestino vai além. Para ele, além do apego à primeira ideia, fi car

restrito ao primeiro conhecimento adquirido sobre determinado

assunto também prejudica a capacidade criativa. “É preciso saber

6 atitudes que matam a criatividade

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que há linhas pensamento e o ideal é conhecer o máximo pos-

sível destas linhas para só então decidir qual é mais adequada

para aquele momento”, diz. de acordo com ele, é frequente a

estagnação na primeira ideia ou no primeiro conhecimento. “as

pessoas acreditam que aquilo é a única verdade”, diz.

4- Manter o foco na realização

a demanda surge você executa, novas tarefas aparecem e você

realiza. “É o ‘fazedor’, aquele que pega a tarefa do jeito que ela

vem e já começa a estruturar, sem pensar em alternativa”, de-

screve Schlochauer.

Isso acontece porque muitas vezes as pessoas não acham que

criatividade tenha a ver com elas, ou por não serem criativas ou

porque não estão alocadas na área de criação de uma empresa.

“Isso é um erro. Criatividade tem relação direta com a capacidade

de resolver problemas, ou seja, buscar alternativas para solucio-

nar questões”, explica.

“O risco de manter o pensamento focado na execução é que você

só responde à pergunta ‘o que fazer’. E não sabe qual o propósito

daquilo”, diz Celestino.

5- Ficar à espera da ideia genial

ao decidir apostar na sua capacidade criativa, o pior que você

pode fazer é censurar ideias só porque você não as considera ge-

niais. “É mais importante ter boas e constantes ideias do que fi car

esperando pela ideia de gênio”, diz Schlochauer.

a viabilidade prática de uma ideia é, muitas vezes, o quesito mais

importante do processo criativo. “É importante pensar em qual a

melhor ideia possível em um prazo determinado”, diz Celestino.

Para ele, ser criativo dentro de uma empresa é ser criativo dentro

das limitações existentes. “Se a ideia genial não será implemen-

tada dentro do prazo, parta para a segunda melhor ideia e, se não

der, aposte na terceira melhor ideia”, recomenda Celestino.

6- Nunca ter tempo

a correria do dia a dia pode ser uma das maiores inimigas da

sua capacidade criativa. “a busca pela efi ciência é fundamental,

mas é também necessário deixar espaço para as boas ideias”, diz

Schlochauer. O tempo de refl exão é precioso para quem quer ter

boas ideias. “Essa coisa frenética não deixa espaço para criação”,

explica.

“É preciso ser uma pessoa de ação, mas entre uma ação e outra

precisa haver refl exão”, concorda Celestino. O problema do tempo

enxuto para desenvolver projetos no trabalho é justamente esse:

agir sem pensar. “Quando você não refl ete, não acha soluções

novas, isso acaba destruindo o potencial criativo”, diz Celestino.

Conteúdo EXaME

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VaLE aSSISTIR |

BOa LEITURa |

a ideia e a realização são do diretor Pedro Serrano, um dos fun-

dadores do movimento “Viva Vitão”, que surgiu logo após o aci-

dente que matou o amigo Vitor Gurman aos 24 anos, atropelado

na Rua Natingui, na capital.

LUTa é seu primeiro longa-metragem.

O filme da Produtora Like Filmes expõe através de depoimentos

de vítimas, familiares e imagens de acidentes, a tragédia diária

do trânsito de São Paulo, que chega a matar todos os anos mais

do que guerras e desastres naturais.

Serrano ouviu especialistas em trânsito, médicos, psicanalistas,

jornalistas, juristas, políticos e cidadãos comuns.

destacam-se Ricardo Young, Gilberto dimenstein, Heródoto

Barbeiro, Horácio augusto Figueira, José Gregori, Floriano Pesa-

ro e Rafael Baltresca, que perdeu a mãe e a irmã atropeladas e

hoje segue na luta com o movimento “Não Foi acidente”.

“PERda SEM NOME- Como superar a ausência de pessoas queri-

das”, um trabalho inspirado nos relatos dos pais que frequentam

os Grupos de apoio. Organizado pelas psicólogas voluntárias

que acompanham os grupos, a publicação foi chancelada pela

OPaS (Organização Pan-americana da Saúde) e tem como ob-

jetivo auxiliar no processo de entendimento da perda e propor

formas possíveis de convivência nessa nova realidade.

Neste momento em que nos faltam palavras, onde a emoção

toma conta de todos os corações, oferecemos nosso apoio e

compartilhamos a experiência destes pais e mães que, genero-

samente, abrem seus corações, expõem seus sentimentos, dão

e buscam forças uns nos outros e nos ensinam a viver com mais

verdade e simplicidade. Não há receita para enfrentar a dor, não

há mágica; os depoimentos que compõem a publicação nos en-

sinam que o laço entre pais e filhos nunca será um laço comum,

por isso, deverá ser tratado e cuidado, como o grande potencial

de transformação de sentimentos e de atitudes.

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Cerca de oito meses após a regulamentação dos microsseguros,

quatro produtos estão autorizados pela Susep (Superintendência

de Seguros Privados) para comercialização e devem chegar ao

mercado em breve.

Os microsseguros são uma espécie de seguro mais barato volta-

do à população de baixo poder aquisitivo. Foram regularizados

em junho pela superintendência.

as companhias que já têm produtos autorizados para a venda

são a Bradesco (auto/RE e Vida e Previdência), a aliança do Brasil

e a Vida Seguradora S.a. -as duas do grupo BB Mapfre- e a Pan-

americana de Seguros.

Segundo Luciano Portal, superintendente da Susep, há uma ex-

pectativa positiva para o segmento, mas só a partir do ano que

vem deve haver uma avaliação madura a respeito dos impactos

da regulamentação no setor.

COMPETIçãO

“Haverá acesso das camadas menos favorecidas pelos novos me-

canismos para contratar o seguro e também maior competição

nesse mercado”, disse.

O Microsseguro Bradesco Proteção em dobro, desenvolvido

pelas duas empresas do grupo, terá formato “combo”, com cober-

tura residencial, de acidentes pessoais e assistência funeral.

a instituição não informou, porém, a data em que vai começar a

oferecer o produto no mercado.

Ele será vendido em três faixas de preço: R$ 4,50, R$ 5,50 e R$

7,50 ao mês, para coberturas de R$ 10 mil, R$ 15 mil e R$ 24 mil,

respectivamente.

a Panamericana de Seguros também já tem um produto for-

matado e autorizado pela superintendência, mas não divulgou o

nome do plano nem os valores.

de acordo com Ricardo Pólito, diretor técnico operacional, serão

oferecidas coberturas de morte por qualquer causa e assistência

funeral, mas não foram informados os preços e os prêmios.

a comercialização deve começar no segundo semestre deste

ano.

O grupo BB Mapfre tem dois produtos aprovados: um deve cobrir

auxílio funeral e o outro deve ter, além dessa, coberturas adicio-

nais como morte e invalidez por acidente.

O nome e o valor não foram informados, mas devem ser lançados

ainda neste mês.

Fonte: mundofunerario.com.br

Primeiros produtos de MICRossEGuRojá podem ser vendidosPlanos a partir de R$ 4,50 cobrem residência e acidentes pessoais e dão assistência funeral

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HUMORTO |

Dieta da PizzaMuito abatido, o sujeito chega ao médico resmungando:

— ai, doutor! Eu tenho um caso agudo de herpes genital, sífilis,

peste bubônica, meningite, asma e HIV positivo e operante!

O que o senhor pode fazer por mim?

— Não se preocupe que nós lhe internaremos em um quarto

particular, com tudo que o senhor precisa e lhe indicaremos a

dieta da pizza!

— Pizza? — pergunta o paciente, assustado — Mas isso vai me

curar, doutor?

— Curar não vai, mas é a única coisa que nós podemos passar por

debaixo da porta!

Conversa Post Mortemduas mortas conversam:

- Morri congelada.

- ai que horror! deve ter sido horrível! Como é morrer congelada?

- Bom, no começo é muito ruim: primeiro são os arrepios, depois

as dores nos dedos das mãos e dos pés, tudo congelando... Mas,

depois veio um sono muito forte e eu perdi a consciência. E você,

como morreu?

- Eu? Morri de ataque cardíaco. Eu estava desconfiada que meu

marido estivesse me traindo. Então, um dia cheguei em casa mais

cedo, corri até ao quarto e ele estava na cama, calmamente

assistindo televisão. ainda desconfiada, corri até o porão para

ver se encontrava alguma mulher escondida, mas não encontrei

ninguém. depois, corri até o segundo andar, mas também não vi

ninguém. Subi até o sótão e, ao subir as escadas, esbaforida, tive

um ataque cardíaco e caí morta.

- Puxa que pena... Se você tivesse procurado no freezer, nós duas

estaríamos vivas.

Pane aéreaUm avião voava dentro da sua rota normal, quando, de repente,

começou a sacolejar com violência. Nessa hora, o comandante,

com aquela voz fria de profissional do ramo, fala pelo sistema

interno de som da aeronave:

Caros senhores passageiros, aqui quem fala e o comandante

Martins. Informamos que estamos passando por uma terrível

zona de turbulência, e pedimos aos nossos passageiros que se

coloquem em posição fetal, ou seja, coloquem a cabeça entre os

joelhos e abracem as próprias pernas.

de repente, o avião dá uma chacoalhada incrível e o piloto

continua:

Solicitamos também que, gentilmente, segurem a identidade

entre os dentes para melhor identificação dos corpos.

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MaRkETING | ELIMaR MELO

Everaldo, a questão que você propõe é muito interessante e nos obriga a fazer algumas reflexões sobre alguns princípios de Mercado.

ao pensarmos em mídias sociais temos que delinear quais delas e, em assim fazendo, identificar quem são os públicos envolvidos com essas

mídias.

Por exemplo, se falarmos em mídias sociais para atingir os públicos de escolas e faculdades identificaremos muitos como nativos digitais;

pessoas que já nasceram com acesso às mídias sociais e conhecem muito poucas outras formas de relacionamentos em que elas não este-

jam, de alguma forma, envolvidas. São pessoas do final da geração Z e da geração alfa, nascidos depois de 1991 (mais ou menos).

Os integrantes da Geração X, pós 1964 até 1978 são menos suscetíveis às mídias sociais, pois os meio se comunicação que têm e tiveram

acesso, aos quais atribuem credibilidade, são outros.

Veja a tabela abaixo que caracteriza as gerações:

Nela (na tabela) não estão incluídas as gerações Z e alfa, das quais fiz menção mais acima. Porém, podemos destacar que a tecnologia de

conexão começa a fazer parte definitiva da vida dos nascidos na Geração Y para frente; mesmo que os de gerações anteriores façam uso e

se interessem por ela.

O princípio fundamental do P de Promoção (Comunicação) em marketing é a adequação do meio de comunicação ao seu público destina-

tário. assim, temos que verificar se os destinatários naturais da comunicação das funerárias são os que atribuem credibilidade e “frequentam”

as mídias sociais.

ao avaliarmos pelas datas de nascimento, podemos perceber que os principais destinatários ainda estão em gerações anteriores à Geração

Y e às posteriores a ela, certo?!

Bem, em assim sendo, é importante refletir sobre a distribuição do orçamento para mídia para que a mensagem sem o mais certeira possível

na direção do seu público, percebe?!

Estar presente em mídias sociais gratuitas é importante, porém aINda não é essencial, tendo em vista o público. Em alguns anos as procuras

por serviços funerários deverá ocupar boa parte das mídias sociais, inclusive através de manifestações para as famílias dos falecidos por

meio delas, uma espécie de “velório virtual”. afinal, o que parece completamente “ridículo” para uma geração, pode ser “comum” para outra

e temos muitos exemplos disto ao longo da história.

Penso que muitas das mudanças sociais e culturais no âmbito do negócio das funerárias estão por acontecer. assim como vem funcionando

no mercado ao longo dos tempos.

Ou seja, é uma questão de tempo para vermos as mídias sociais com maior força para este Mercado.

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“As marcas estão cada vez mais ligadas às redes sociais, promovendo ações e interagindo com seus consumidores. Isso é ótimo, tanto para as marcas quanto para os consumidores. Como trabalhar o setor funerário no relacionamento com as mídias sociais?”

Everaldo José Silveira - Matosinhos/MG

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MILISTÓRIaS | GOBBO

O VELÓRIO DO luquinha

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O VELÓRIO DO luquinha

O celular tocou e atendi. a voz de dona Vitorina chegou, era

só angústia.

— dona Laura, pelo amor de deus, vem me ajudar! Meu Luquinha

morreu!

Era a manhã da segunda feira de carnaval e eu desejava passar

todos os feriados no sitio.

desejava...

Olhei para o relógio do celular: 10:20’

— Foi atropelado? —perguntei, à primeira ideia que ocorreu.

—Não, dona Laura. Foi ataque do coração. Morreu na folia, entre

os amigos. Não sei o que fazer!

— Tá bom, dona Vitorina, já tou indo.

Um pedido de uma mãe angustiada com a morte do único

filho, eu não podia deixar de atender. Vitorina era empregada

domestica e trabalhara a vida inteira para nossa família. Lucas

tinha sido criado em casa de meus pais, era quase que nosso

irmão. Não terminara o curso básico, faltava muito às aulas e

nos últimos anos enturmara-se com outros jovens de sua idade,

usuários de drogas — maconha, crack, sabe-se lá o que mais.

Cheguei a tempo de acompanhar dona Vitorina até o Instituto

Médico Legal a fim de proceder a identificação do falecido.

— O corpo será levado para o velório no Cemitério Municipal

na parte da tarde. — informou o funcionário do IML. — Lá pelas

dezessete horas, o mais tardar.

O Cemitério de aracilândia, pequena cidade que era como um

bairro da capital, tinha uma única sala de velório abafada e mal

cheirosa. Eu, meu marido Silas e dona Vitorina chegamos antes

do corpo e ficamos conversando.

— Ele morreu no meio dos amigos. — a mãe explicava mais uma

vez. — Estava brincado o carnaval, eram quatro da madrugada,

Luquinha teve um ataque do coração, veio a ambulância, levou

ele pro pronto-socorro, mas ele morreu no caminho.

— ataque do coração? — Incrédulo, Silas queria

detalhes. — Mas com apenas dezesseis anos?

— É, o senhor sabe, as drogas...

Silas cochichou-me:

— Overdose, isso sim. —.

O corpo chegou. Chegaram também alguns parentes de dona

Vilma, moradores das redondezas. O enterro foi marcado para as

sete da manhã seguinte.

—Vamos ter de passar a noite aqui. — falei com Silas, que

concordou.

depois das nove da noite, começaram aparecer os companheiros

de Luquinha, amigos de droga e de farra. Chegavam aos bandos

de cinco ou mais. Era evidente o despreparo dos rapazes (e

algumas mocinhas) para o respeito ao morto e aos presentes.

Um deitou-se sobre o caixão, abraçou o corpo, chorou

copiosamente, tirou uma pulseira de tecido e fitinhas do punho:

— Toma, Luquinha, leva com tu prá onde tu for. Vai te dar sorte.

Como o cadáver já estava hirto, duro, ele pegou a mão cruzada

no peito, trouxe para cima, num gesto quase que obsceno, a fim

de colocar a prenda no punho do morto.

Uma garota, talvez com quinze anos ou menos, tanto esfregou

a mão e o rosto no rosto de Luquinha, que o arranjo floral foi se

desfazendo. Um mulato alto, magro, de olhos vermelhos, tirou

um anel de seu dedo e tentou colocá-lo no dedo de Luquinha.

as mãos cruzadas sobre o peito, duras pelo rigor mortis, foram

descruzadas e o dedo quase quebrado, no esforço do moreno em

colocar o anel.

a movimentação dos jovens era tanta ao redor do caixão, que

num momento Silas levantou-se e foi segurar a peça, com medo

de que caísse ou fosse virada e tombada. O cheiro dos corpos

tornou o ar da sala irrespirável. Lá pelas tantas (talvez uma da

madrugada) os jovens, tendo saído da sala e se reunido numa

área defronte, começaram uma discussão. altas vozes, gritos.

Chegou até nós o cheiro da maconha, doce e envolvente.

dona Vilma ficou aborrecida com o barulho, o desrespeito. Saiu do

velório e dirigiu-se para o meio da moçada, sua voz sobrepondo-

se às dos que estavam discutindo ou brigando.

Foi quando se ouviu um grito mais alto:

— Segura ele! Tá com um revolver!

Silas saiu correndo, gritando:

—dona Vitorina, vem prá dentro.

Ela voltou com meu marido puxando-a pelo braço.

Ouvi um estampido.

Silas e um irmão de dona Vitorina fecharam a porta da sala do

velório.

Eu disse para os poucos presentes:

— Gente, vamos rezar. — e puxei uma ave-Maria, seguida do

Padre-Nosso e Salve Rainha. E outras orações, respondidas por

todos.

as coisas se acalmaram, não ouvimos mais nenhum barulho lá

fora. Silas olhou por uma fresta da porta.

— a moçada foi embora.

Rezamos durante algum tempo. depois, todos acalmados e

sentados, foi um cochilo geral até o raiar do dia.

O que Silas não vira pela fresta da porta nos foi revelado quando

saímos para tomar a aragem fresca da manhã.

alguém disse, apontando para um arbusto:

— Olha ali embaixo. Tem um cara dormindo ali.

Fomos lá ver. O rapaz não estava dormindo, não.

de um pequeno orifício na testa escorria um filete vermelho.

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