edição 134

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1 22.JUN.2012

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A vida real dos novos médicos é bem menos divertida do que nos seriados de TV. Depois da faculdade, eles precisam aprender a ganhar pouco - para depois ganhar muito -, lidar com os dramas humanos e carregar a responsabilidade de um trabalho desgastantes em que o erro pode ser mortal

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Domingo (24), a estreia do Juventudena Série D

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Fotos: 9: Luciana Lain/O Caxiense | 16: sxc.hu, Divulgação/O Caxiense. | 17: Paulo Pasa/O Caxiense

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As certezas e as incógnitas sobre os vices à prefeitura

CARROS E MOTOSUm adesivo que mudaa cara do seu carro

O que fizeram os deputadosque querem ser prefeitos

Festa para a família inteiracom a bênção de São João

Chula paraportuguêsver

Patrões eempregadosdiante da crise metalúrgica

Residência, a fase mais humilde – e mais rica – da carreira do médico especialista

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Uma noite perfeita sem diversão, TV ou sexo

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Na edição 133 da revista O CAXIENSE, a reportagem de capa mostrou pessoas que amam – ou não – nossa cidade e usam o recurso da reclamação para vê-la melhorar – ou não. Como previsto, a matéria tocou em um ponto sensível e repercutiu com comentários em todas as nossas redes sociais e no site, que tam-bém publicou um vídeo com a lista das reclamações mais ouvidas pelo repórter Andrei Andrade.

O vídeo, que pode ser assistido em www.ocaxiense.com.br, também gerou comentários. Abaixo, alguns deles, que

entenderam a brincadeira – ou nem tanto.

Nesta semana, a edição 134 que você tem em mãos não merece nem apre-sentação. Nossa equipe trabalhou dias para fazer esse jornalismo que dispensa comentários... o que será que está por trás da nossa máscara? Quais são as intenções e os planos em publicar o conteúdo das páginas a seguir?

Boa leitura!

Paula Sperb, diretora de Redação

DIGA!A cidAde dos descontentes | XingAndo muito nAs redes sociAis | mAniA de reclAmAr

Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula SperbDiretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

Editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei AndradeRafael MachadoRobin Siteneski

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Designer

Luciana Lain

COMERCIAL

Executivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

ASSINATURAS

Atendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30

Assinatura semestral: R$ 60

Assinatura anual: R$ 120

FOTO DE CAPA

Paulo Pasa/O Caxiense

Agradecemos Jorge Alexandre Amaro, modelo da foto de capa.

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro

Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

[email protected]

www.ocaxiense.com.br

Acho muito boasas matérias de vocês, mas no caso dos “reclamões” eu me incluo, vocês foram PARCIAIS e jogaram pra torcida. Cristiano Dias

Perfeito, grande capa, vou até assinar. Rafael Artico

Que ótima a matéria de capa! Mania que as pessoas têm de reclamar detudo e de todos. Taís Cervelin

Achei que a reportagem toca exatamente no ponto mais frágil da população caxiense, o ego. Retratou exatamente o que se vê nas ruas! Sara Oliveira

Incrível uma cidade horrível – como a do vídeo – atrair tanta gente de fora. Os descontentes, que se retirem. Denise C. Rossa

‘’Nossa odiável Caxias do Sul”. Que baita P O R C A R I A de vídeo. Repito, P O R C A R I A. Leonardo Tomazzoni

Lixão esse vídeo sobre Caxias! Baita lixão! Rafael Pereira

O vídeo ficou ruim, mas Caxias é essa ***** mesmo, então ambos estão em conformidade. Karina Aurora

A ideia é boa, mas o vídeo é muito mal executado, chato e sem graça. Marcos Souto

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BASTIDORESgAúchos em PortugAl | dicAs PArA umA boA noite | A crise metAlúrgicA, nAs versões dos PAtrões e dos emPregAdos

Eles comemoraram a vitória há dois anos, mas já estão se preparando para mais um pleito. Dos 5 pré-candidatos a prefeito de Caxias, 3 têm cargos eleti-vos. O CAXIENSE fez um levantamen-

to nos sites de transparência da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legis-lativa para descobrir como Assis Melo (PC do B), Alceu Barbosa Velho (PDT) e Marisa Formolo (PT) vêm exercendo

o mandato que eles esperam ser curto. Para os dados da Câmara, a última atu-alização disponível era do dia 13. Para os da Assembleia, era do mês de maio. Veja como eles ocuparam seus cargos.

PROJeTOS De Lei: 18Aprovados: 0

● Trabalhador: 8● Educação/Cuidado à criança: 3● Sistema Tributário: 3● Comunicações: 1● Segurança: 1● Previdência: 1● Congratulações: 1

Pareceres: 16Substitutivos: 7Iniciativas: 1Emendas: 39Requerimentos: 50Projetos de resolução: 1Propostas de Emenda à Constituição: 3

PROJeTOS De Lei: 5Aprovados: 1

● Trânsito: 2● Educação: 2● Saúde: 1

Proposta de Emenda à Constituição: 1Requerimentos: 3Emendas: 2Pareceres: 5

PROJeTOS De Lei: 3Aprovados: 0

● Saúde: 2● Denominação de rodovia: 1

Proposições: 1Requerimentos: 5Projetos de resolu-ção: 1Substitutivos: 1Pareceres: 1

Antes de pedir (novamente) o seu votoG

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Assis Melo (PC do B) deputado federal

Alceu Barbosa Velho (PDT) deputado estadual

Marisa Formolo (PT)deputada estadual

COMiSSõeS: Trabalho, Administração e Serviço Público; grupo de trabalho Câmara de Negociação e Desenvolvimento Econômico e Social; CPI do Trabalho Escravo; subcomissão Criação de Postos de Trabalhos Permanentes através da Copa 2014; subcomissão para avaliar a Saúde do Trabalhador; Suplente: Constituição, Justiça e Cidadania; e repre-sentação brasileira no Parlamento do Mercosul.

PARTiCiPAçãO eM PLenáRiO: Sessões deliberativas: 156Presença: 126Faltas justificadas: 28Faltas não justificadas: 2

COMiSSõeS: Agricultura, Pecuária e Cooperativismo; Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (presidente); Suplente: Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle; Merco-sul e Assuntos Internacionais; e Constituição e Justiça.

PARTiCiPAçãO eM PLenáRiO:Sessões até o final de maio: 171Presenças: 141Faltas justificadas: 13Licenças: 12Faltas não justificadas: 5

PARTiCiPAçãO eM ReUniõeS De COMiSSãO:Total de reuniões: 107Presenças: 87Faltas justificadas: 20Faltas não justificadas: 0

COMiSSõeS: Saúde e Meio Ambiente (presidente); Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia. Suplente: Agricultura, Pecuária e Co-operativismo, Cidadania e Direitos Humanos; Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle e na do Mercosul e Assuntos Internacionais.

enTenDA O PROCeSSO LegiSLATiVO: projetos de lei devem passar, obrigatoriamente, pela Comissão de Constituição e Justiça e por comissões temáticas. Os grupos discutem as propostas, entre os deputados e representantes de entidades interessadas no assunto, e emitem pareceres a favor ou contra a aprovação da lei. Cada matéria tem um relator, que vai resumir os prós e contras das propostas e indicar voto. Somente depois da discussão do parecer o projeto vai a plenário. Substitutivos são projetos readequados aos pareceres ou a anseios de entidades. Indicação é uma sugestão do parlamentar a um órgão do Executivo, por exemplo. Emendas são adições ao texto original de uma lei. Pedidos sobre o processo legislativo são requerimentos – eles podem demandar, por exemplo, o adiamento ou a votação de uma proposta, audiência pública ou homenagens. Projetos de resolução regram procedimentos internos, como a abertura de uma CPI. Projetos de Emenda à Constituição podem alterar a regra máxima do país ou do estado.

PARTiCiPAçãO eM PLenáRiO:Sessões até o final de maio: 171Presenças: 142Faltas justificadas: 25Licenças: 0Faltas não justificadas: 4

PARTiCiPAçãO eM ReUniõeS De COMiSSãO:Total de reuniões: 103Presenças: 77Faltas justificadas: 25Faltas não justificadas: 0

PARTiCiPAçãO eM ReUniõeS De COMiSSãO: Total de reuniões: 221Presenças: 172Faltas justificadas: 13Faltas não justificadas: 36

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CAMPUS

BOAGENTE

gaudério em Portugal

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Ele cresceu em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG). “Meus avós eram caseiros do CTG Rincão da Lealdade. Na infância, quando ia visitá-los, comecei a conhecer a cultu-ra do gaúcho e gostei. Depois não parei mais”, conta Rodrigo Pasquali, de 36 anos. Instru-tor do CTG, Rodrigo assumiu a responsabilidade de condu-zir o Rincão da Lealdade, pela primeira vez, em 60 anos de história, para um evento in-ternacional. “Será de encher nossos olhos”, espera. De 12 a 18 de agosto, ele e mais 35 in-tegrantes farão 6 apresentações no XXVIII Festival Internacio-nal de Folclore dos Açores, em Portugal. “Nós já fomos para a Bahia e para Brasília, mas fora do país será a primeira vez.

Portugal conhece o Brasil, mas não conhece a cultura do Rio Grande do Sul. E é isso que va-mos levar para lá”, diz. Rodrigo ainda contribui para relações entre os gaúchos daqui e os gaúchos que adotaram a Bahia. “No ano passado, fomos conhe-cer a Semana Farroupilha dos gaúchos que moram na Bahia. Neste ano, será a vez deles vol-tarem pra cá e alguns irão até conhecer o Estado pela primei-ra vez”, conta. Almoços e janta-res devem auxiliar a coletar me-tade do valor das passagens, já que a estadia em Portugal será paga pelo evento. “Envolve toda a organização dos passaportes e a burocracia de entrar em um outro país. Mas tudo isso não atrapalhou a nossa organização e o espírito de equipe.”

Estão abertas as inscrições para curso de extensão na Faculdade Anglo America-no. Neste sábado (23) e no próximo (30), das 8:30 às 12:00 e das 13:30 às 17:30, o publicitário e especialista em Marketing Alessandro Zadinello comanda o curso de Criatividade. A inscrição custa R$ 25 e pode ser feita pelo telefone 3536-4404.

Faculdade da Serra gaúchaInscrições até 25 de junho. R$ 40. Prova: 26 de junho, 18:30.

Anglo AmericanoAgendamento até 17 de agosto. R$ 35. Prova geral: 30 de junho, às 14:00. De-mais datas podem ser agendadas, às sex-tas-feiras, às 19:00, até o dia 17 de agosto.

La Salle Business SchoolInscrições até 22 de junho. R$ 20. Prova: 23 de julho.

Faculdade MurialdoInscrições até 25 de junho. R$ 25. Prova: 25 de junho, às 19:00.

+ VESTIBULAR

ApareçaOs alunos da FSG terão a

oportunidade de participar do novo vídeo institucional da faculdade. Para se inscre-ver, os acadêmicos voluntá-rios devem acessar o site da FSG e preencher cadastro com nome, matrícula, telefo-ne e e-mail.

SistemasEm parceria com a DB-

Server, a FTSG promove o workshop Modernização e migração automatizadas de sistemas legados, evento que vai tratar a sobre moderniza-ção e migração de sistemas. O evento terá a participação da empresa portuguesa ATX Software. O workshop acon-tece na quinta-feira (28), às 17:00, na sede da instituição. Os interessados devem se ins-crever até terça (26) pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 3022-8700.

educar na pautaO teólogo e professor Leonardo

Boff chega a Caxias do Sul para o Seminário de Educação Popular - “Educar, Compromisso com a Vida”, evento que acontece na quinta (28) e sexta (29), no Teatro Murialdo. As inscrições para a palestra, que contará também com o professor e doutor em Educação Gaudêncio Frigotto, podem ser feitas pelo site www.cicassessoria.com.br até segun-da (25) e custam R$ 30.

Fisioterapia No dias 29 e 30 de junho, a FSG

organiza a IV Jornada Científica – Fisioterapia Ortopédica e Trauma-tologia. O cronograma do evento (veja mais em www.ocaxiense.com.br) inclui palestras, debates e apre-sentação de trabalhos científicos. O evento é aberto à comunidade e as inscrições seguem até a próxima quarta (27) pelo site da instituição. Para alunos da FSG, o ingresso cus-ta 1 quilo de alimento. Fisioterapeu-tas e comunidade em geral pagam R$ 55.

WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 0800-6060606 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.LASALLE.EDU.BR/BU-SINESS. 3220. 3535 | WWW.FACUL-DADEMURIALDO.COM.BR. 3039.0245 | WWW.FTSG.EDU.BR. 3022-8700 | WWW.UCS.BR. 3218-2800 |

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+ VESTIBULAR

Hora de ir para camaFaça como os britânicos.

Seja pontual na hora de ir dormir. “Se as pessoas pudessem dormir todos os dias no mesmo horário, a noite seria tranquila e todos acordariam sempre no mesmo horário”, garante o especialista.

Janta sim, ceia nãoCafé, chá-preto, chocolates e alimen-tos gordurosos são

os vilões do sono e podem causar desconforto e agita-ção. O especialista adverte que deve-se evitar comer 3 horas antes de ir dormir. Difícil? “Se o estômago pedir, tome um leite morno, como faziam nossos avós”, sugere Eduardo.

Cigarro, bebidas e sexoRespiração é a mais prejudicada

quando se fuma pouco antes de ir dormir. “O cigarro e o consumo de bebidas alcoólicas acabam favorecendo a insônia”, diz Eduardo. Sobre relações sexuais, ele diz que a atividade agita o sono, mas abre uma exceção para as funções da cama, que foi feita para dormir. Faça sexo pela manhã. “É um exercício físico”, compara o psicoterapeuta. E já que se enquadra na categoria dos exercícios, o sexo também é permitido 5 horas antes de dormir.

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Menos tecnologia e mais livrosNão há dúvida

de que os melhores programas de TV são os noturnos e que o Twitter fica mais movimentado após as 21:00. Segundo Eduardo, o uso de aparelhos eletrônicos durante a noite, como TV e computador, desconcentram o cérebro e adeus sono. E tem outra: Acordou? Levante-se. “Cama foi feita para dormir. Não é legal estudar

e nem trabalhar na cama”, diz. A exceção é ler, mas Eduardo sugere que os ótimos livros fiquem para o dia. Prefira os que dão sono. Durma bem

TOP5Para que você siga lendo os passos

deste TOP 5, alertamos: será necessário fazer o máximo de esforço para ajudar o seu cérebro. Afinal, é ele que dita o seu sono e dá garantias de noites tranquilas na cama. Para que não ocorram problemas na sagrada hora do sono, O CAXIENSE conversou com o psicoterapeuta Eduardo Garcia, da clínica Sonoclin.

Colchão e travesseiroSeus melhores amigos na hora do descanso merecem atenção. Sobre o colchão, Eduardo diz

que varia de cada pessoa, e de acordo com a idade. Quanto aos travessei-ros, que sejam macios e não tão altos, afinal, o pescoço é o que mais sofre com travesseiros gigantes.

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A queda de 9% no faturamento da indústria metalúrgica caxiense ainda não é considerada crise, tanto para empresários quanto para trabalhadores do setor. No entanto, o início da era Euro 5 – que fez com a indústria automobilística trocasse os motores antigos por equipamentos aptos ao consumo de diesel mais limpo – abalou o ritmo da cidade. O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Getulio Fonseca, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Leandro Velho, deram seus pareceres sobre a questão e indicam históricas divergências entre as duas categorias.

O sindicato confirma a afirmativa do Simecs que diz que 2/3 do total de demitidos correspondem a demissões espontâneas?

Na última reunião, ele (Getulio Fonseca, presidente do Simecs) levou estes números, mas quando se fala em números não sabemos se é verdade ou não, não perguntamos para os traba-lhadores. Claro, não podemos negar que no ano passado muitos trabalha-dores mudaram de empresas e pediram para sair, mas não temos números exatos.

O Simecs projeta um reajuste me-nor de 10%. Até quanto o sindicato estaria disposto a negociar?

O sindicato negocia até o limite que a categoria aceitar. Não teve nenhuma contraproposta (prevista para quinta-feira (21) após o fechamento desta edição). Quando tiver, nós vamos ouvir e levar para a categoria (em assembleia marcada para sábado (23)).

Quais medidas as empresas estão tomando para manter seus funcioná-rios nos cargos?

Através do sindicato, nenhuma. As demissões continuam. Eles vêm com este papo de não dar aumento para manter emprego, mas é uma inverdade. Quem está sacrificando seu salário é o trabalhador.

Se não houver acordo, quais seriam as consequências?

Queremos fazer o acordo, mas no trabalho há ferramentas como a greve, que não está distante de nós. Mas que-remos resolver tudo na mesa.

Existe realmente uma crise?Não, não existe crise. O Brasil está

crescendo. Aqui em Caxias tem o pro-blema da troca de motores dos ônibus e caminhões que afeta as duas maiores empresas. Houve uma desaceleração da economia: ainda se ganha, só que menos. Crise tem na Europa, lá sim.

A crise de interesses sobre a crise econômica

Leandro Velho | Paulo Pasa/O Caxiense

Leandro Velho

“Queremos fazer o acordo, mas no

trabalho há ferramentas como

a greve, que não está distante de

nós. Mas queremos resolver tudo na

mesa”

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A campanha do Simecs mostra a importância do emprego, mas qual é o custo de gerar empregos?

Hoje o custo é grande, mas o maior custo é mantê-los. As empresas daqui estão investindo. A Marcopolo e a Randon estão investindo: a Randon vai gerar 2 mil em-pregos com R$ 1,1 bilhão nos próximos 5 anos; a Marcopolo vai investir 330 milhões. Hoje o custo maior é modernizar o processo. As empresas estão se preocupando com isso.

O que tem afetado negati-vamente o resultado econô-mico da indústria?

Diversos fatores. O princi-pal é esta fase do Euro 5, que encarece os caminhões. No ano passado se vendia muitos caminhões no processo anti-go. Este ano teve uma queda e a crise na Europa também ajudou. Há países que estão bem, como Alemanha e Holanda, que estão vendendo aqui dentro. Atrás disso temos a carga tributária e os juros altos. A valorização do dólar nos ajuda na exportação, mas o mercado não é consumidor por causa da crise interna-cional. Isso deve mudar no próximo ano. Este ano já está fechado.

As empresas mostram nos seus balanços a redução de lucros, mas os lucros ainda existem. Por que demitir?

Na verdade não está aconte-

cendo demissão, mas solicita-ção de demissão, a chamada demissão espontânea, quando há acordo. Alguns pedem pra serem demitidos em função da inadimplência, que é gran-de. As empresas se veem obri-gadas a manter a mão de obra qualificada, ninguém quer demitir, mas um momento de crise é propício para liberar aquele funcionário que não agrega, não tem interesse. Um estudo mostra que só 1/3 dos demitidos são dispensados pelas empresas.

A reivindicação de reajuste de 10% dos metalúrgicos é coerente com a realidade?

Não, hoje não. Se nós já perdemos 9% este ano, 10% de reajuste ajuda a empurrar mais ainda. O trabalhador não tem culpa, mas faz parte do processo, por isso estes acordos de férias coletivas. Vai se negociar alguma coisa, mas não vai ser 10%.

Afinal, a economia está aquecida ou uma crise se aproxima?

Há segmentos extremamen-te aquecidos, como a cons-trução civil. Mas o forte de Caxias é ônibus e caminhão. Esta fase é momentânea e a situação deve melhorar no ano que vem. Isso é um alerta, mas não tem nada a ver com desindustrialização, porque está havendo investimentos. Quando tem desindustrializa-ção, as empresas migram.

Getulio Fonseca | Gilmar Gomes, Divulgação/O Caxiense

getulio Fonseca

“Ninguém quer demitir, mas um momento de crise

é propício para liberar aquele funcionário que não

agrega, não tem interesse. Um estudo mostra que só 1/3

dos demitidos são dispensados pelas empresas”

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O Democratas escolheu a professora Jussara Bolson para acompanhar Milton Corlatti na cha-pa, sem alianças, que disputa a prefeitura. Jussara é formada em História, com pós-graduação em Filosofia e Marketing Político. “Diante da recusa do Corlatti de oferecer cargos, não conseguimos nos aliar a outro partido”, explica Elvio Gonçal-ves, coordenador de marketing da campanha.

A primeira confirmação foi de Alceu Barbo-sa Velho (PDT), que terá Antonio Feldmann (PMDB) de vice. Assis Melo (PCdoB) terá vice do PPS, sem nome confirmado. O candidato a vice de Marisa Formolo (PT) fica entre 4 possi-bilidades: o vereador Renato de Oliveira Nunes (PRB), o presidente do PV, Joelso Loch – ambos se colocaram como alternativas –, o PR – que mostra aproximação maior com Alceu – e o PSC – que deve definir candidato até sexta (22). “O que vai definir é a representatividade popular”, afirma o presidente local da sigla, Alfredo Tatto. Com esse pensamento, é quase certo que o vice será o vereador Nunes. O PSOL sai com Luis Fer-nando Possamai e Anaí de Souza, como vice.

O cenário para a dis-puta do dissídio dos me-talúrgicos é de batalha, como pode ser visto nas entrevistas dos presiden-tes dos sindicatos, tanto dos trabalhadores como o patronal (páginas 10 e 11).

Ano eleitoral e situa-ção econômica desfavo-

rável contribuem para uma negociação compli-cada. Em 2009, quando os reflexos da crise eco-nômica impactaram a negociação, o percentual foi de 6%. Metalúrgicos pediram 10%, mesmo índice requisitado neste ano. O recuo, em 2012, é certo.

A Câmara de Vereadores deve suspender pela 5ª vez a transmissão ao vivo das sessões plená-rias em período eleitoral. A regra deve passar a valer a partir de 1° de julho. Essa postura foi adotada depois que a Casa foi multada em R$ 21.282, em 2002, porque cinco vereadores tro-caram opiniões em plenário sobre candidatos.

Moção de louvor para a idosa que matou um assaltante, proposta por Spiandorello (PSDB), será refeita para esclarecer o objetivo: legítima defesa não deve ir a júri popular.

A foto do prefeito José Ivo Sartori (PMDB) montado em uma placa de trânsito (veja em www.ocaxiense.com.br) na inauguração de uma rotatória no sábado (16) será uma das últimas desse tipo. A partir do dia 7, Sartori não poderá mais inaugurar obras.

Caxias na Rio+20

Tipo exportação

Sem sessões ao vivo

Polêmica

Últimas inaugurações

A busca pelos vices

guerra pelo dissídio

Ao menos duas repre-sentações empresariais locais marcam presen-ça na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sus-tentável Rio+20, que termina no dia 22. A Ne-obus cedeu 6 ônibus ca-racterizados para movi-

mentar participantes do encontro no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão. E o ca-xiense Oskar Metsavaht idealizou o Prêmio-E para reconhecer inicia-tivas sustentáveis que se destacaram desde a Rio 92.

O Aurora Varietal Pinot Noir 2012 está a caminho do Reino Unido. O vinho foi um dos vencedores de um con-curso promovido pela Clink Wines, na London Wine Tra-de Fair. A competição teve 20 finalistas, o representante da Aurora foi o único nacional. A bebida deve ser vendida en-tre 6,99£-7,99£ (R$22-R$26) na Inglaterra. Aqui custa em torno de R$ 16.

é quando a tecnologia 4G chega aos ce-lulares de Caxias. A determinação é da Anatel. O Brasil atingiu 254,95 milhões de linhas móveis ativas. O 4G permitirá baixar o filme Avatar, por exemplo, em 4 horas ao invés de em 29 dias com 3G, se-gundo levantamento da Folha de S. Paulo.

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De CARnee OSSOO que se passa na cabeça de quem tem a vida nas mãos

por Andrei Andrade

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também mais propícias para o chopp no fim da tarde. E não podem falhar. A avaliação dos supervisores e as queixas de colegas e pacientes vão direto para a sala do diretor, em uma gaveta que contém o histórico de cada um. Como se não bastasse, a expectativa dos pais de ver transformado em doutor o me-nino que entregaram à universidade é um fantasma que não deixa voltar atrás.

Pós-graduação do curso de Medicina, a residência é o caminho mais comum para o médico que busca se especializar em áreas específicas, como dermatolo-gia, geriatria, pneumologia, oncologia, só para citar algumas. São mais de 50 áreas de especialização reconhecidas no país, que em sua maioria duram entre dois e 3 anos. Para entrar em um hospital público ou privado como resi-dente, o profissional precisa passar por um processo seletivo que inclui prova teórica, entrevista e análise de currícu-lo. A prova tem 90% do peso.

É durante a residência que os novos médicos travam o primeiro contato com dramas comuns à profissão. O ex-cesso de trabalho e a consequente falta de tempo para a família, as reclamações dos pacientes que esperam pelo impos-sível e o medo de confrontar as próprias limitações são alguns dos mais comuns. Em sua grande maioria, são jovens oriundos de famílias de classe média alta, que não trabalharam durante a fa-culdade, e que precisam se acostumar a um padrão de vida mais baixo no início da carreira. Esse pacote faz com

que o residente seja um profissional frequentemente vitimado pelo estresse físico e mental. A literatura médica dá a isso o nome de Síndrome de Estresse do Médico Residente. Para descobrir o drama e a glória de atravessar a porta de entrada da medicina, atravessamos a catraca eletrônica do hospital e fomos ver como vivem e trabalham os novos médicos.

Em Caxias do Sul, um dos principais destinos dos novos médicos é o Hospi-tal Geral da UCS – outros 3 também oferecem residência, o Pompéia, o Fáti-ma e o Saúde. Atualmente, a instituição conta com 11 programas de especiali-zação, que recebem cerca de 30 novos médicos por ano. A última seleção teve cerca de 600 inscritos. As áreas mais concorridas são as de Cirurgia Geral e Clínica Médica, muito em função de serem pré-requisitos para outros seg-mentos. A menos procurada é a pedia-tria – que por não ser uma área tão ren-tável quanto as demais, é considerada a prima pobre entre as especializações.

O mineiro de Poços de Caldas Alex Cândido Dias, de 32 anos, concluiu a graduação em Medicina em 2009, na Ulbra, em Canoas. Formado, traba-lhou durante 3 anos como plantonista em postos de saúde para acumular o dinheiro necessário para o sustento du-rante o período de “recessão financei-ra”, como se refere à residência em obs-tetrícia e ginecologia no Hospital Geral (o salário bruto do residente é de R$

2.384, em todo o Brasil). Atualmente no segundo ano, ele ainda tenta apren-der a conviver com os principais con-flitos éticos da profissão. Intermediar a relação entre familiares e pacientes é um dos mais complicados, segundo ele. “Tão delicado quanto ser verdadei-ro com o paciente em estado grave, é dividir isso com a família. Muitas ve-zes, os parentes pedem para que a gente esconda de seu ente querido a situação real, mas não podemos proceder dessa forma”, observa Alex, conversando com a reportagem logo depois de ter parti-cipado de uma cirurgia oncológica de 8 horas.

O envolvimento em casos em que os pacientes têm poucas chances de recu-peração é um dos principais dilemas enfrentados pelos médicos, dos jovens aos mais experientes. Na residência, Alex se depara com situações em que a resignação se impõe. “Uma das situ-ações mais difíceis tem sido atender a um menino de 22 anos, mais jovem que eu, que é portador de câncer em estado avançado. A ânsia é de salvá-lo a qual-quer preço, mas, infelizmente, não há muito o que fazer além de prolongar a vida dele com medicamentos paliati-vos. E é difícil conviver com isso “, de-sabafa Alex.

A compensação para a proximidade visceral com o drama humano, Alex en-contra no que mais gosta de fazer: reali-zar partos. A cada vida que ajuda a nas-cer, sente que venceu mais uma disputa contra a morte, que em sua infância lhe

Se fosse fácil, a vida de médico residente não teria graça. E certamente não teria inspirado tantos seriados de TV. Ainda que sem viver exatamente o romantismo de Grey’s Anatomy, os desastres de Combat Hospital, nem a farra de Scrubs, no Bra-sil, os novos médicos trabalham 60 horas semanais, enfrentam plantões desgastan-tes e normalmente ganham menos que os amigos que escolheram outras carreiras,

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deu um duro golpe: levou sua irmã, de apenas 12 anos, vítima de lúpus, uma doença pouco comum em que o pró-prio sistema imunológico causa danos ao organismo. Foi quando decidiu que queria ser médico. Quase duas décadas depois, não se arrepende. “É uma sen-sação impossível de traduzir em pala-vras, mas por um momento tu te sentes como o intermediário entre uma vida e outra. Compensa todo o sacrifício”, jus-tifica o futuro ginecologista.

Em um artigo publicado em 1987, o pesquisador norte-americano Donald Girard classificou em sete etapas o que chamou de História Natural Psicológi-ca do Residente. De acordo com o es-tudo, é comum o novo médico passar por fases que vão da excitação do iní-cio à insegurança ao deparar com suas próprias limitações, da depressão cau-sada pela impressão do trabalho inter-minável ao excesso de confiança após as primeiras conquistas. “Uma ampla gama de sensações positivas, gratifican-tes, negativas e frustrantes acompanha

todos os momentos do treinamento”, afirma o pesquisador, destacando que só ao final do último ano o residente se sente recompensado, de fato, pela pro-fissão que escolheu.

Na tarde em que estivemos à pro-cura dos residentes do Hospital Geral, foi por pura coincidência que encon-tramos as duas especializações do Dr. House, do famoso seriado homônimo, divididas em duas jovens médicas: a futura infectologista Denise Nodari, e a futura nefrologista Cláudia Zeni. Am-bas estão no segundo ano de residên-cia (Cláudia está na de Clínica Médica, pré-requisito para a especialização que almeja). Em um raro intervalo em suas rotinas no hospital, elas atrasaram em alguns minutos a ida até o ambulatório para contar à reportagem como lidam com a etapa mais difícil da carreira do médico. Para ambas, o mais importante é ter em mente que o trabalho aparente-mente interminável é só uma fase, que um dia acaba. “Claro que é difícil, mas é o divisor de águas da profissão, fun-

damental para que a gente saiba para onde quer seguir. Por mais que trabalhe bastante e a remuneração seja baixa, a gente entra sabendo que vai ser assim, mas que no final vai valer a pena”, ob-serva Cláudia. A vida social não chega a ir para o ralo. Otimizar os horários é só um desafio a mais. “Mesmo com plantões nos finais de semana, a gente dá um jeito de adaptar a vida pessoal e consegue aproveitar com os amigos e com a família os poucos momentos que sobram”, comenta Denise.

O Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão do Hospital Geral da Uni-versidade de Caxias do Sul, Petrônio Fagundes Filho, é um dos responsáveis pelas glórias e dramas dos novos espe-cialistas formados pela instituição. Na UCS, é professor da área de pediatria, epidemiologia e bioestatística. No hos-pital, acumula ainda a função de Coor-denador do Ambulatório Central. No contato diário com os novatos, Petrô-nio observa que, por serem jovens –

As residentes Cláudia Zeni (clínica médica) e Denise Nodari (infectologia), com o professor Petrônio Fagundes Filho |Paulo PAsa/O Caxiense

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com média de idade entre 25 e 27 anos –, muitos se assustam com as res-ponsabilidades inerentes à profissão, que por mais que a faculdade tente en-sinar, na prática são sempre um cho-que de realidade. “Eles chegam com medo de encarar a mudança da condi-ção de estudante para a de profissional. Parece que um dia foram dormir ‘gu-rizões’, no outro acordaram doutores, com uma série de responsabilidades que passa a ser deles, e não do profes-sor”, observa Petrônio.

Poucas profissões exigem tantos anos de estudo e têm formação tão cara (num cálculo rápido, Petrônio es-tima em R$ 400 mil o preço para for-mar um médico). Dependendo da área em que quiser atuar, pode-se passar 10 anos ou mais envolvido com faculdade e especialização. No mesmo período, um historiador, um psicólogo e um publicitário, por exemplo, podem con-cluir a faculdade, ingressar e concluir o mestrado e também o doutorado. Tempo sufuciente para adquirir uma boa condição financeira. Além da in-

segurança comum ao jovem profissio-nal, estão entre os fatores mais comuns que levam o residente a situações de estresse e ansiedade a dificuldade em administrar o tempo, o convívio com pacientes terminais, a interação com outros profissionais, o medo de con-trair infecções e a acusação de um erro profissional. Ainda que sejam acom-panhados por preceptores – profissio-nais designados para supervisão do trabalho dos residentes, a quem eles podem e devem recorrer em casos de dúvida – esse último parece ser o mais grave. Mas, segundo Petrônio, o medo é natural conforme a responsabilidade aumenta. A tensão por estar lidando “com a vida humana, e não com abó-boras”, como afirma o professor, não é empecilho. “Ter medo de causar danos ao outro é normal. Pelo menos é o que se espera de um bom ser humano”.

Mesmo preocupado com a sobre-carga de trabalho dos novos médicos, que muitas vezes recorrem a trabalhos paralelos para incrementar a renda,

Petrônio se empolga quando fala da-quilo que considera os dois potes de ouro que aguardam os residentes no fim do arco-íris: o mercado favorável e a remuneração muito acima da mé-dia. “Não existe médico desempregado e isso é, sim, uma motivação. Outra é a parte financeira. Eu sempre digo pra eles: ‘no primeiro mês de trabalho após a residência, vocês irão ganhar 3 vezes mais do que a maioria dos profissionais de outras áreas”, vibra o professor. Para alcançar uma boa posição profissional e a garantia de boa remuneração por consultas, que são mais caras quanto mais rara é a especialização, é preciso boa dose de sacrifício. Recompensa maior ainda parece ser a vivência de sensações que não têm preço. Como conta Alex Dias, o futuro ginecologis-ta e obstetra do início da reportagem. “Não há o que pague a gratidão de uma mãe que teve o filho pelas suas mãos ou do paciente que tu salvou a vida. É indescritível”. Seriam as sensações in-descrítiveis a experiência mais rica da medicina?

Alex Dias, residente de ginecologia e obstetrícia |Paulo PAsa/O Caxiense

“Eles chegam com medo de encarar a

mudança da condição de estudante para a de profissional. Parece que

um dia foram dormir ‘gurizões’, no outro

acordaram doutores, com uma série de

responsabilidades que passa a ser deles, e não

do professor”, conta Petrônio

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por Marcelo Aramis

Uma família de São Luiz da 6ª Légua apelou para São João, o festeiro, para operar o milagre de divertir 3 gerações no mesmo baile. No formato tradicional, a

Festa Junina dos Demore inverte os papéis. Agora, os jovens organizam o evento e encenam o casamento caipira e os velhos comparecem para dançar kuduro

gURiZADAÀ MODA AnTigA

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O pai decidiu: naquela noite ninguém sairia de casa. Os 7 filhos, dois meninos e 5 meninas, teriam que perder a espera-da Festa Junina, uma das ocasiões mais importantes no calendário da comuni-dade. O evento consistia basicamente em comida barata, gente simples trajada a rigor, baile de gaita e uma grande fo-gueira, como aquela que Isabel fez para avisar a prima Maria, mãe de Jesus, que o filho João havia nascido. Era uma épo-ca em que bons amigos bastavam para se divertir e um olhar atravessado era sufi-ciente para entender um não. Dessa vez, no entanto, ninguém ficou triste com a proibição do pai, mas burlaram outra. “Lembro como se fosse hoje. O pai disse para a gente ir dormir. Fecharam o quar-to, mas ficamos ouvindo atrás da porta. ‘Empurra, empurra... Força!’. Ninguém dormiu”, conta Isolda Demore Tregan-sin, de 64 anos, sobre a primeira Festa Junina que perdeu e a última irmã que ganhou, no Dia de São João.

No último sábado (18), Isolda vestiu-se com a mesma meninice daquele do-mingo de 1961. Vestido petit-pois, casa-co floreado, maria chiquinha no cabelo, meia colorida até os joelhos... E uma Melissa – emprestada da filha – que, por algum momento, era a única peça que denunciava que meio século havia pas-sado. Na V Festa Junina da Família De-more, realizada em Nossa Senhora das Graças, um lugar que o Google Maps não conhece pelo nome, não há conflito de gerações. “Era bem assim”, repete a geração mais antiga da família quando compara as festas daquele tempo com esta. Na pista, misturados aos jovens, ninguém repara quando o DJ – qualquer convidado – troca bruscamente a qua-drilha por kuduro.

Mantém-se a simplicidade das festas antigas. No casamento caipira, sabia-se apenas quem seriam os noivos. “Tu vai ser o pai da noiva”, diz Camila Tregan-sin, 28 anos, ao entregar a espingarda para o irmão. “Daí tu tenta fugir – ex-plica ao noivo – E tu – volta ao irmão – não deixa. É só isso”, dirige. Ajeitam em uma mesa uma toalha branca das re-feições sagradas, flores de plástico e uma vela. Um pedaço de TNT sobre as costas identifica o padre. O texto fica por conta do improviso e qualquer um pode inter-romper a encenação. “Alguém tem algo a dizer...”, pergunta o vigário, apropria-damente tchuco, como dizem os Demo-re. “Sim, vamos com isso que a bateria tá acabando”, manifesta-se Henrique

Volnei Tregansin, o pai | Tiago Martini e Juliane Schiavo, os noivos |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

André Tregansin, o padre |

O baile |

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Isolda ,64 anos | Tiago, 24 anos |As 3 gerações dos Demore |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Tregansin, 35 anos, o cinegrafista e con-tra-regra do espetáculo. O casal comun-ga com hóstias de batata frita e encena o beijo que sela o compromisso. Todos gritam. Ininterruptamente. Enquanto a fogueira lá fora permanece em brasa sob a chuva fina, a festa no salão segue com brincadeiras e distribuição de brindes. Tudo ganhado, emprestado, comprado com dinheiro de vaquinha.

Felipe e Iana Tregansin, 26 e 27 anos, exibiram um vídeo que retrata o ver-dadeiro motivo do evento. A cada foto de família – nenhum convidado extra é permitido na festa –, segue um alvoro-ço. “Agostinho, tu era magro! Pelamor...”, “Ma olha por quem eu fui me apaixo-nar... Olha bem. Parece uma vassoura de guanxuma”, “Êêêêê, Família Trapo!”. Gritam durante a sessão, apontando os defeitos uns dos outros, um jeito bem humorado de mostrar que amam.

A Festa Junina é o único evento fixo da família além de Ano Novo e Natal. O tema é só um pretexto para fixar no ca-

lendário o momento de celebrar a união. “O meu marido disse, ‘se eu não te levar tu fica doente’. Se tu não me leva eu vou de ônibus, disse eu”, conta Edite Demore Schiavo, de 61 anos, uma das 6 insepará-veis irmãs. Há dois anos, ela e o marido mudaram-se para Arroio do Sal, onde têm um mercado. Edite perdeu os ca-fés da tarde de todos os sábados com as irmãs. Perdeu também a canastra. Eles vêm a Caxias quinzenalmente. Tinham programado vir no próximo domingo (21), para o aniversário da irmã mais nova, mas anteciparam. “Não perco por nada essa festa. Viemos hoje e vamos voltar amanhã.” Deslocamento justo. No último aniversário de Edite, as irmãs de Caxias lotaram um carro, foram a Ar-roio do Sal, tomaram café e voltaram.

Há 3 anos, a Festa Junina dos Demo-re foi interrompida pelo falecimento de Reinaldo, o patriarca da família, aos 92 anos. Perderam a graça, achavam que não havia mais motivos para festejar. As irmãs mantiveram os encontros aos

finais de semana mas deixaram de pla-nejar e preparar a Festa Junina que acre-ditavam ser mais interessante ao pai do que aos filhos e sobrinhos. Foi quando a ala jovem da família teve o estalo. “Até então, a gente só participava. Os mais velhos deixavam tudo pronto. Ficamos 3 anos sem realizar a festa. Então, quando vimos que eles perderam a empolgação percebemos que era a nossa vez de fazer isso pelos nossos pais”, conta Iana, inte-grante da comissão dos 6 casais jovens que organizam o evento.

“Somos muito unidos entre irmãos, e acho que passamos isso aos filhos. Vá-rias vezes já conversamos: o que vai ser quando uma morrer? Todas querem ir primeiro”, diz Salete Demore Bertin, 50 anos, cujo nascimento atrapalhou a Fes-ta Junina de 61. “Hoje tive festa no colé-gio também. Foi legal. Mas não tinha fo-gueira nem adultos brincando”, compara Nicole de Brito, de 5 anos, da 3ª geração dos Demore. Até lá, Salete, Nicole e os primos saberão tocar o baile.

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PLATEIASombraS de Tim burTon | a volTa do olhar 43 | CaxiaS urbana pinTada a óleo

O costureiro Clodovil Hernandes – como se dizia na época em que ele e De-ner Pamplona de Abreu er-gueram os primeiros pilares da moda de ateliê brasileira – costumava dizer que ti-nha orgulho de poder com-partilhar sua finesse com o povão. Clô faleceu em 2009 dedicando-se mais à política do que aos vestidos, mas seu elegante legado será compar-tilhado, a partir da próxima terça (26), com a população caxiense. A exposição Cortes e Recortes de Clodovil entra em cartaz no Acervo Docu-menta Costumes, na abertu-ra da 10ª Maratona de Moda do Campus 8 (que vai de 26 a 28 de junho), e permanece até o dia 11 de julho.

A mostra contará com uma série de croquis do estilista – incluindo material inédito e os 2 últimos desenhos fei-tos por ele, em dezembro de 2008 –, 5 ternos confecciona-dos e vestidos por Clodovil durante seu mandato como deputado federal, uma fan-tasia de Marajá usada em um evento no Uruguai, figurinos de teatro e balé, releituras de roupas feitas para artistas – entre elas Cacilda Becker e Elis Regina –, um traje que pertenceu à caxiense Yonara Andreazza, um vestido de noiva e diversas outras peças emprestadas por clientes do centro do país.

Esta é a primeira vez que um acervo tão considerável do estilista deixa o Institu-to Clodovil Hernandes, que

preserva a memória do cria-dor, em São Paulo, e também a estreia do Acervo Docu-menta na rota de grandes exposições. “A Documenta foi colocada em um patamar não só de responsabilidade ,mas de capacidade de rece-ber algo nesse porte”, diz a pesquisadora Vera Záttera, responsável pelo espaço.

Para a coordenadora do curso de Design de Moda – o antigo Moda e Estilo –, Adriana Conte, a exposição é a abertura perfeita para as comemorações de 20 anos do curso, um dos pioneiros na área em todo o país. “O Clodovil foi um marco na moda brasileira, uma refe-rência, como o curso sempre construiu sua carreira aca-demica e como é o perfil do profissional que formamos: de manga arregaçada, pro-pondo novidades”, comenta.

Segundo o artista plástico Valdir dos Santos, que era grande amigo de Clodovil e é autor de um texto que com-plementará a mostra, o esti-lista tinha verdadeira paixão por Caxias do Sul. “Ele gosta-va muito daqui. Dizia que era o único lugar do país onde se podia usar perfume, porque perfume mesmo só se usa no inverno. Para o resto do país, água-de-colônia”, lembra.

A Documenta fica no Campus 8 e funciona de se-gunda a sexta, das 9:00 às 17:00. A entrada custa R$ 5 para o público em geral, R$ 3 para idosos e R$ 2 para es-tudantes.

Clodovil Hernandes |Jairo Marques, Divulgação/O Caxiense

O elegante legado de Clô em Caxiaspor Carol de Barba

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2122.JUN.2012

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Bruno MAzzEO. Marcos PAlMEiRA. De Felipe JOffily

Johnny DEPP. Michelle PfEiffER. Helena BONHAM CARtER. Eva GREEN. De Tim BuRtON

Thomas DOREt. De Jean-Pierre e Luc DARDENNEe Aí, COMeU?

A mesa de bar é o ponto de encontro para as mais divertidas discussões sobre as relações humanas. Fernando (Bruno Mazzeo) é um arquiteto talentoso que acaba de ser deixado por Vitória (Tainá Muller), quando conhece Gabi (Laura Neiva), uma linda ado-lescente. Honório (Marcos Palmeira), jornalista, é o machão à moda antiga. Casado com a linda e in-dependente Leila (Dira Paes), ele suspeita que está sendo traído. Fonsinho (Emilio Orciollo Netto) é um escritor conquistador de mulheres. Solteiro convicto, nunca se casou e nunca conseguiu terminar um livro. Sua maior crítica é a garota de programa Alana (Ju-liana Schalch), por quem ele acaba se apaixonando. Reunidos no Bar Harmonia, espécie de QG da turma, eles tentam resolver seus dilemas. Estreia.

CiNÉPOliS 13:30-15:50-18:50-21:15GNC 13:45-16:00-18:50-21:00 14 1:42

SOMBRAS DA nOiTeVersão para o cinema da série de TV homônima. Em 1752, Joshua, Naomi Collins e seu filho

Barnabas deixam a Inglaterra para começar uma nova vida na América. Duas décadas se pas-saram e Barnabas, rico e poderoso, comete o erro grave de quebrar o coração da bruxa Angeli-que. Ela o condena a ser um vampiro e o enterra vivo. Dois séculos mais tarde, nos anos 1970, Barnabas é libertado de seu túmulo, e, com a ajuda de sua família, busca se reerguer do trauma. Estreia.

CiNÉPOliS 14:10-16:45-19:20-22:00GNC 14:15-16:40-19:10-21:40 14 1:53

O gAROTO DA BiCiCLeTA O elogiado drama apresenta a his-

tória de Cyril, um garoto de 12 anos capaz de tudo para encontrar seu pai. Para isso, ele conta com a ajuda de Sa-mantha, uma mulher que administra um salão de cabeleireiros. No entanto, a rejeição sofrida pelo abandono do pai torna o garoto raivoso, com dificulda-des para aceitar o amor e o carinho que pessoas como Samantha lhe dão. Após a exibição de domingo (24), haverá um debate sobre o filme com a jornalista Thais Helena Baldasso e a advogada e escritora Mônica Montanari.

ORDOVÁS SEX. (22) 19:30, SÁB. (23) eDOM. (24) 20:00

10 1:27

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BRAnCA De neVe e O CAçADORCom destaque para a elogiada atuação de Charli-

ze Theron na pele da rainha Ravena, o conto de fa-das ganha uma versão sombria e aventuresca, com referência à série Harry Potter e foco no triângulo amoroso entre a Branca de Neve, o Príncipe e o Ca-çador. 4ª semana.

★ ★ ★ ★ ★CiNÉPOliS 14:50-17:50-20:50 3D 21:40GNC 21:30 10 2:05

Noomi RAPACE. Michael fASSBENDER. De Ridley SCOtt

Kristen StEwARt, Charlize tHERON. De Rupert SANDERS

PROMeTheUSO diretor Ridley Scott retorna ao gênero que é seu porto seguro

para criar um épico de ficção-científica. O filme une uma equipe de cientistas e exploradores em uma jornada por um mundo distante, onde eles descobrirão as respostas para a origem dos seres humanos. 3ª semana.

GNC 16:10-18:10-21:15 | 3D 14:00 | 3D 16:30-19:20-22:00CiNÉPOliS 3D 19:10-21:30 | 3D 13:10-16:00 16 2:06

hOMenS De PReTO 3Considerado o mais divertido da série, o terceiro Homens de Preto é o pri-

meiro filme de Will Smith em 4 anos. Ele encarna novamente o agente J, que viaja no tempo para salvar o agente K (Tommy Lee Jones) de um alienígena vingativo que, obviamente, quer destruir o mundo. 5ª semana.

GNC 3D 21:50 10 1:46

OS VingADOReSO Homem de Ferro, o Capitão América, Thor, Hulk, o Gavião Arqueiro e a

Viúva Negra são recrutados para combater um inimigo inesperado que ame-aça a segurança global. Baseado na popular série de revistas em quadrinhos da Marvel The Avengers, publicada pela primeira vez em 1963, o pretensioso filme ostenta a terceira maior bilheteria de todos os tempos. 9ª semana.

GNC 13:20 12 2:16

MADAgASCAR 3O leão Alex, a zebra Marty, a girafa Melman e a hi-

popótama Gloria tentam mais uma vez regressar a Nova York. Sequência de uma das animações preferidos da ga-rotada e dos adultos, é diversão garantida. 4ª semana.

CiNÉPOliS 3D 13:00-14:30-15:30-17:00-18:30-19:30-20:40 GNC 3D 13:10-15:20-17:40-19:50 | 13:30-15:30-17:30-19:30 L 1:33

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2322.JUN.2012

+ SHOWS

MUSICA

SeXTA-FeiRA

Lonely hearts Club Band 22:30. R$ 18 e 12 MississipppiDisco 22:00. R$ 10. Bier HausCorrente Sanguínea e Trio Wine Stock 23:00. R$ 12 e 8. AristosJhonatan e Carlos 22:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolLéo Lima 23:30. R$ 20 e R$ 40. ArenaDeclarasamba 22:00. R$ 20 e R$ 10. Portal BowlingMercenários inglórios 00:15 R$ 15 e R$ 12 VagãoLucas Berton e Banda 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

SáBADO

Franciele Duarte & Banda 22:30. R$18 e R$12 MississippiBanda izzi Louise 22:00. R$ 10. Bier Hausgrupo Paiol 22:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolDJ Rodrigo Dias 23:00. R$ 25. Nox VersusFat Duo e Bem Demais 23:00. R$ 40 e R$ 20. Place des SensFator 80 23:00. R$ 12 e 8.00. AristosLooks Like 00:30. R$ 20 e R$ 15. Vagão

Disco novo do velho RPM

Revelação do rap

Uma das bandas mais “ame ou odeie” do rock nacional, o RPM vem a Caxias com sua formação original – Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Paulo P.A. e Fernan-do Deluqui – para apresentar as músicas do novo disco, Elektra, lançado no final de 2011. Mas para levantar mesmo a galera, não deverão faltar hits que marca-ram a cena roqueira dos anos 80, como Rádio Pirata e Olhar 43.

SEX. (22). 23:30 R$ 30 (pista) R$ 60 (mezanino). All Need Master Hall

Com apenas 23 anos, a brasiliense Flora Matos ainda nem lançou seu primei-ro álbum – prometido para este ano – , mas já é umas das principais cantoras da nova geração do rap nacional. Isso porque, ao longo dos últimos anos, tem participado de shows e gravações com músicos como Emicida, Mano Brown e até a banda NxZero. Suas músicas mais conhecidas são Pretin, Esperar o sol e Tem quem queira.

SEX. (22). 23:00. R$ 20 e R$ 25. Havana

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DOMingO

Mateus e Fabiano 22:00. R$ 20 e R$ 10. Portal Bowling

QUARTA-FeiRA

hardrockers 22:00. R$15 e R$10 MississippiAlexon Mendes e Robledo 22:00. R$10. Bier HausMaurício e Daniel 22:00. Gratuito. Paiol

QUinTA-FeiRA

Acústico Banda Disco, após Fabricio Beck Trio 22:00. R$ 10. Bier HausRafa gubert e Tita Sachet 22:00 R$ 15 e R$ 10. Mississippi Cristiano gomes e grupo Pátria e Querência 22:00. R$ 15 e R$ 5. PaiolVictor hugo e Samuel + Dj gilson 22:00. R$ 20 e R$ 10. Portal BowlingRe Dupre 23:00. R$ 20 e R$ 15. Havana

Div

ulga

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+ SHOWS Para a alegria dos geeks e dos orientais

Forró e tal

Mistura de ritmos

A festa a fantasia temática Geek U está de volta, desta vez com super-heróis saídos diretamente dos animes e mangás japoneses. A discotecagem é da dupla DJ’s and Dragons, que além de misturar de sons que vão do Indietronic/rock ao Electropop prometem tocar clássicos dos games.

SEX. (22) 23:00. R$ 10. level

Os matogrossenses da banda Ases do Forró misturam em seu repertório rit-mos como a lambada, o xote, a cúmbia e o inconfundível raqueado cuiabano. Só não dança quem não sabe – só que ao contrário.

SÁB. (23). 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Desde que lançou, em 2008, o CD Muito Prazer, Vinny Lacerda já passou por mais de 120 cidades em diversos estados do Brasil mostrando sua mistura de ska, pop rock, reggae e black music. O álbum já vendeu mais de 10 mil cópias.

SÁB. (23) 23:30. R$ 20 e R$ 10. Portal Bowling

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação de Interessados, Ausentes, Incertos e Desconhecidos - Usucapião

5ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 30 dias. Natureza: Usucapião Processo:010/1.10.0029619-9 (CNJ:.0296191-88.2010.8.21.0010). Autor: Roberto José Basso e outros. Objeto: DECLARAÇÃO de domínio sobre o imóvel a seguir descrito. IMÓVEL: “Um terreno, constituído pelo lote número 14, da quadra 816, setor 22, Zona 36, numeração administrativas do Bairro São José, nesta cidade de Caxias do Sul localizado na esquina formada pelas ruas Fortunato mosele, ao Sul lado impar, e rua Frei Pacífico, ao Oeste, no quarteirão formado pelas citadas vias, mais rua Eva-risto de Antoni e Pio XII, contendo um pavilhão em alvenaria, número 25, com dois Pisos, suas dependências e benfeitorias, instalações e demais acessórios, com a área dito terreno de 990m2 medindo e confrontando, ao norte, por 30m com terras de Indústria de Plásticos Wilson Ltda, anteriormente Lautério Peccini; ao Sul pela mesma medida com a rua Fortu-nato Mosele, ao Leste, por 33m com terras de Heitor Ferreira de Morais e parte com Décio Luiz Schio, e ao Oeste, pela mesma medida com a rua Frei Pacífico”. Prazo de quinze(15) dias para contestar, querendo, a contar do término do presente Edital (Art. 232, IV, CPC),sob pena de serem presumidos como verdadeiros os fatos alegados pelo(s) autor(es).

Caxias do Sul, 17 de maio de 2012. SERVIDOR: Rozane Zattera Freitas. JUIZ: Zenaide Pozenato Menegat.

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2522.JUN.2012

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Domingo harmônicoNo Sunday Harp, os alunos de harmônica da escola de mú-

sica Teclas e Cordas mostram o que aprendem nas aulas do professor Ricardo Biga. Serão 19 gaitistas, tocando tanto gai-tas diatônicas quanto cromáticas, mais as participações espe-ciais de Toyo Bagoso João Andrighetti.

DOM. (24) 19:30. R$ 10. Mississippi

homenagem a elisA 16ª edição do Canta Caxias é dedicada aos 30 anos da

morte de Elis Regina. O evento inicia na sexta-feira (22) com o espetáculo Ricordi D’Itália, protagonizado pelo Coro de Câmara Cant’Arte e pela banda Hardrockers. No sábado, 5 coros se apresentam: Grupo de Câmara do Coral Municipal , Coro do Samae, Coro Infanto-Juvenil Murialdo, Coral Stella Alpina e Coral Radize D’Itália. A programação segue até o dia 7 de julho, com encontros de coros que terão em seus repertórios clássicos da intér-prete gaúcha. Veja a programação completa no site www.ocaxiense.com.br.

SEX. (22) R$ 10. SÁB. (23). 20h30. Gratuito. teatro Municipal

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ARTE

Uma semana depois do aniversário de 122 anos de Caxias do Sul, o Ordovás traz de volta uma exposição que homenageia a cidade. Exibida originalmente durante a Festa da Uva 2008, as pinturas a óleo de Esquinas, Encruzilhadas e Cruzamentos foram feitas a partir de uma pesquisa de Lindonês Silveira. Ele pergun-tou para moradores o que há de mais importante na cidade. As respostas viraram telas. Os Pavilhões da Festa da Uva, Parque dos Macaquinhos e o terminal de ônibus da Cidade Universitária es-tão entre as paisagens urbanas preferidas conforme a pesquisa.

esquinas, encruzilhadas e Cruzamentos Lindonês Silveira. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

O melhor de Caxias

CAMARIM

O artista plástico Sérgio Rodri-guez, que está com a exposição Mutatis, Mutandis no Sesc, vai ministrar uma oficina gratuita de stencil nesta sexta (29), das 14:00 às 17:00, no Sesc. Interessados em participar podem se inscre-ver pelo telefone 3221-5233. Na oficina, Sérgio ensina a desenvol-ver identidade com a técnica e a relacioná-la com outras formas de expressão.

Até a metade de julho, Caxias deve ganhar mais um espaço para os hits da moda. Serão 520 metros quadrados com cara de country para comportar até 1.200 pessoas ao som do sertanejo universitário. Mas com requinte, garante a fa-chada. Comandado pelo empre-sário Airton Totti Martins, o Bulls promoverá shows, às sextas-fei-ras, no prédio que abrigava a Vi-nícola Aliança, no Largo da Esta-ção Férrea. E o conceito sertanejo, a princípio, não agrediu as carac-terísticas originais da vinícola.

Este é um detalhe do painel com mais de 40 metros quadra-dos que o caxiense Fábio Panone Lopes pintou para mostrar o gra-fite do Brasil para o mundo. Na última semana, Fábio voltou de Atenas, na Grécia, onde partici-pou do Meeting of Styles, o maior evento do gênero. De lá, trouxe a satisfação de ser reconhecido por grandes artistas e a vontade, ainda que distante de ser realizada, de trazer o evento que ocorre men-salmente em diversas partes do mundo para Caxias do Sul.

identidade hip hop

marCelo aramiS

Capelinhas – Memória e Fé A partir de TER (15). TER-SEX. 08:30-17:30. Museu dos Capuchinhos

Dia do Vinho Coletiva. SEG-SEX. 08:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal

Duo Frei Celso Bordignon e Valéria Rheis. A partir de sábado (23). SEG.-SÁB. 10:00-19:00. Catna Café

Faces Marina Venâncio. SEG-SEX. 08:00-22:30. Galeria Universitária

este é o meu papel Cho Dorneles. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Monumentos de umaTrajetória Bruno Segalla. SEG-SEX. 09:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

Trabalhos dos alunos de moda Coletiva. SEG.-SEX. 8:30-22:30. Campus 8 UCS

Sertanejo chique

Cores do Brasil

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2722.JUN.2012

CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARENA: BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARISTOS. AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13: DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | CATHEDRAL BISTRÔ: FEIJÓ JUNIOR, 1023. ESPAÇO 03. SÃO PELEGRINO. 3419-0015 | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLO-RES, 789. 3536-3499. | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX VERSUS: DARCy ZAPAROLI, 111. VILAG-GIO IGUATEMI. 8401-5673 | PAVILHõES DA FESTA DA UVA: LUDOVICO CAVINAT-TO, 1431. 3021-2137 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PLACE DES SENS: 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | PORTAL BOWLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | TAHA’A BAR. MATHEO GIANELLA, 1444. SANTA CATARINA. 3536-7999. | VAGÃO CLASSIC. JúLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

TEATROS:CASA DE TEATRO: RUA OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130 | TEA-TRO MUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | ORDOVÁS: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316 | TEATRO DO SESC: MOREIRA CÉ-SAR, 2462. CENTRO. 3221-5233 |

GALERIAS:CAMPUS 8: ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | GALERIA UNIVERSITÁRIA: FRANCIS-CO GETúLIO VARGAS, 1130. PETRÓPOLIS. 3218-2100 | IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | MURIALDO. MARQUÊS DO HERVAL, 701. 3221.2890 | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ ZOLO. 3901-1316 |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Indie Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica Punk

DançaClássico Contemporânea Flamenco Forró Folclore Jazz Dança do Ventre Hip hop Salão

ArtesDiversas Escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite Desenho Acervo Vídeo

ENdERECOS A

Carol de barba

A ModaLeti Concept, o Estúdio Jefferson Hoffman e o fotógra-fo Christiano Oliveira produzi-ram um editorial poderoso para ilustrar as tendências do inverno 2012. Levaram a elegância e o luxo de marcas como Gloria Co-elho, Pedro Lourenço, Tufi Duek, Carlos Miele e Mara Mac às (por enquanto) ruínas da antiga casa do patronato agrícola, palecete projetado na década de 1930 pelo arquiteto italiano Luis Gastaldi Valiera. O tema foi o conceito Um mundo, infinitas perspectivas, da WGSN – líder mundial em pes-quisa de tendências de moda e estilo –, que evoca ideias de eco-hedonismo, ausência, protestos silenciosos, amizades modernas, entre outros. O stylist é de Débo-ra Bregolin e os sapatos da Ateliê do Sapato (leia-se Esdra, Schutz e Capodarte).

O Prêmio UCS Sultextil com-pleta bodas de prata nesta 10ª Ma-ratona de Moda do Campus 8. O desfile do concurso está marcado para o dia 27, às 19:00, no Espaço Alternativo da Cidade das Artes. O tema é Trégua, retirado das pesquisas do Bureau Nelly Rodi. A Sultextil ainda não divulgou quais tecidos forneceu para os 17 formandos executarem suas cria-ções, mas a coluna tem pistas so-bre a cartela de cores: tons pasteis. Que a calmaria fique só nas cores e passe longe da criatividade dos acadêmicos. O vencedor ganha viagem para Paris e visita à Pre-miére Vision.

Calmaria

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Luxo e história

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RÚSTiCARústica Cidade de CaxiasDOM (24). 9:00. Esquina da A. Rubem Bento Alves com a rua Moreira César

FUTSALFestival de Futsal Feminino do Programa Talentos do FuturoSÁB (23). 9:00. Ginásio do Bairro Serrano

DOMinóJogos do SesiSÁB (23). 13:00. Sesi

BASQUeTeJogos Abertos de Basquete MasculinoSÁB (23). 14:00. Enxutão

Campeonato de Basquete dos Jogos do SesiSÁB (23). 11:00. Sesi

BOChAJogos Abertos de Bocha Ponto SÁB (23) e DOM. (24). 10:00 e 9:00. Canchas Medianeira, Carmo Campo Clube, Santa Lúcia, Gianella e Az de Ouro

Jogos Abertos de Bocha Ponto DOM (24). 9:00. Canchas do Medianeira, Carmo Campo Clube, Santa Lúcia, Gianella e Az de Ouro

Campeonato de Bocha dos Jogos do SesiSÁB (23). 9:00 e 13:00. Sesi

FUTeBOLCampeonato Municipal de FutebolSÁB (23). 15:15 e DOM (24). 13:15 Estádio Municipal e Enxutão

Campeonato de Futebol do SesiSÁB (23). 14:30. Randon e MarcopoloCampo do Sesi

GINÁSIO DO SERRANO: TRAVESSÃO LEO-POLDINA, S/Nº. SERRANO | ESTÁDIO MU-NICIPAL: JúLIO DE CASTILHOS, S/Nº. CIN-QUENTENÁRIO | ENXUTÃO: LUIZ COVOLAN, 1.560. MARECHAL FLORIANO | CARMO CAM-PO CLUBE: ABRAMO PEZZI, 285. CINQUEN-TENÁRIO | CANCHA SANTA LÚCIA: JUAREZ ENIO RECH, S/Nº. SANTA LúCIA | GIANELLA: MATHEO GIANELLA, 1.512. BAIRRO SANTA CATARINA | AZ DE OURO: GENERAL MAL-LET, 255. BAIRRO RIO BRANCO | RANDON: ESTRADA DO IMIGRANTE, S/Nº. TERCEIRA LÉGUA | MARCOPOLO: ESTRADA VALENTIN VENTURIN, S/Nº. MONTE BÉRICO |

ARQUIBANCADAJogos do sesi | Ju em cAmPo, finAlmente | não vAle AtolAr

+ ESPORTE

No sábado (23) ocorre a 4ª Etapa da temporada 2012 do Campeonato Gaú-cho de Rally 4x2. A etapa faz parte do 7º Rally Cidade de Caxias do Sul e os competidores vão percorrer, em duas baterias, cerca de 180 quilômetros. A primeira parte da prova ocorre entre Caxias do Sul e Farroupilha, com larga-da às 10:30. O segundo percurso, com saída às 14h, será feito pelo interior de Carlos Barbosa e Pinto Bandeira, com trechos de serra e estradas estreitas. A chegada está prevista para as 17:30 e a premiação para as 20:30.

SÁB (23). 10:30. Martcenter Shopping

Depois de semanas de espera, o Juventude vai estrear na Série D do Cam-peonato Brasileiro. O período em que o campeonato ficou paralisado serviu para o técnico Luiz Carlos Martins observar as opções de formação e realizar alguns amistosos. Agora, o time está pronto para a estreia, que será contra o Metropolitano, em Blumenau (SC). Entre os titulares, o único desfalque é o volante Cléber Monteiro, que está com uma lesão muscular. Rafael Pereira entra em seu lugar.

DOM (24). 16:00. Estádio do Sesi, Blumenau (SC)

Ronco dos motores

Enfim, Ju estreia na Série D

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2922.JUN.2012

rafaelmaChado

ARENA

Ansiedade grená continua

e quem vai pagar?

Late mas não morde

Teimosia de Zagallo Ansiedade alviverde termina

A interminável espe-ra pelo começo da Sé-rie C do Brasileiro foi desgastante para todos no Estádio Centenário. De positivo mesmo, só os amistosos e os jogos da Copa Pantanal, con-quistada pelo Caxias. As partidas mostraram os pontos fracos e fortes do time de Mauro Ove-lha que, com tempo de sobra, conseguiu testar diferentes formações e dar oportunidade a to-dos os atletas do grupo. Durante essas semanas, surgiram boas notícias

como as saudáveis brigas por posições no meio e no ataque, e a confirma-ção do talento e da com-petência de Paulo Sérgio no gol. Ninguém escon-dia a ansiedade, prin-cipalmente na última semana, quando a Con-federação Brasileira de Futebol prometia anun-ciar a qualquer momen-to o começo da terceira divisão. A confirmação de início da Série D veio, mas da Série C não (até o fechamento desta edi-ção). Por enquanto, se-gue a ansiedade grená.

O Brasil (Pelotas) anunciou que pretende pedir na justiça comum uma indenização da CBF pelos pre-juízos que teve com esse período de brigas nos tribunais e campeo-natos paralisados. Mas, e quem vai pagar as despesas de todos os clu-bes atingidos pelo próprio Brasil e seus companheiros de brincadeira? Clubes com a estrutura de Caxias e Juventude amargam perdas incal-culáveis. São jogadores e funcioná-rios pagos para trabalhar por um período em que não há entrada de dinheiro no caixa. Só quem visita diariamente o Centenário e o Jaco-ni conhece a insegurança que to-mou conta dos dois times da cidade durante esses dias. Esses sim é que devem ser indenizados. Alguém acredita que a CBF está preocupada com isso? Eu não.

Irritante o modus operandi da CBF na condução das questões en-volvendo a terceira e a quarta divi-sões nacionais. Enquanto 55 clubes (excluem-se aqui aqueles peraltas dos tribunais) arrepiavam os ca-belos com os prejuízos, os respon-sáveis por resolver os problemas passeavam nos Estados Unidos, fa-zendo turismo e se divertindo com uma insossa e duvidosa Seleção Brasileira. Na volta ao país, usaram a tática da ameaça. Aos clubes que mantinham ações na justiça, emper-rando os campeonatos, prometeram punição “exemplar”, desfiliação e tudo mais. E nada. Só serviu para provar que a credibilidade da enti-dade está tão baixa que já não inti-mida ninguém.

Não é a toa que o empecilho maior para a realização da Série C se cha-ma Treze. O clube paraibano faz jus à teimosia de Zagallo, ex-jogador e treinador da Seleção Brasileira, que insistia em creditar tudo de bom e de ruim na vida ao número 13. To-dos clubes envolvidos com ações na Justiça Comum acabaram recuando, menos o Treze. Até a Federação Pa-raibana de Futebol insistiu para que o clube parasse de incomodar, mas os dirigentes seguem batendo o pé.

Treinos e mais treinos preencheram a agenda do Juventude enquanto o anúncio oficial do come-ço da Série D do Brasilei-ro não vinha. Ao longo de todo o período de es-pera, comissão técnica e atletas transpareciam an-siedade e inconformida-de com a situação. Toda essa confusão dificultou demais a programação do clube, que poderia ter feito mais amistosos. De

qualquer forma, os testes realizados mostraram uma boa evolução da equipe. Enfim, na tarde de quarta (20), veio o anúncio oficial do come-ço da competição. E che-gou em um momento em que o time já tem uma cara e traz esperanças à papada. Os problemas como a dificuldade de toque e criação no meio foram superados. Agora é só entrar em campo.

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Na Eurocopa, jogadores que mostram patrocínios pessoais nos jogos estão sofrendo multas mais al-tas do que as aplicadas em casos de racismo. A ordem das coisas está in-vertida por lá, definitiva-mente.

Rodada do sábado (23) pode garantir clássico CA-JU na final do Gau-chão Sub-20. Tomara.

O presidente da Federa-ção Gaúcha de Fute-bol (FGF), Francisco Noveletto, ora defende o Brasil (Pelotas), ora defende a dupla CA-JU. Esse gosta de ficar em cima do muro.

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CARROS E MOTOS

Mudar o visual do seu carro ou moto é mais fácil do que parece. A novida-de do momento, que pode substituir um complexo (e caro) procedimento de pintura é o envelopamento automotivo.

A técnica consiste basicamente na aplicação de adesivos que imitam pin-turas diferenciadas, como a fosca, por exemplo. Além de proteger a lataria original do carro, o envelopamento não requer aplicação de cera e é fácil de remover – caso o dono queira vender o veículo ou simplesmente enjoe do vi-sual. Os adesivos também podem ser colocados apenas em partes pequenas, como retrovisores, maçanetas e aerofólios, para um efeito mais discreto.

A loja Baggio, que fica localizada na rua Balduíno D’Arrigo, 165, no bairro Pio X, utiliza dois tipos de adesivos: Primax e 3M. Os valores variam con-forme o veículo, a partir de R$ 800. De acordo com a loja, o cliente deverá esperar em torno de 2 dias para que o processo seja finalizado.

A concessionária Eiffel Citroën será premiada na categoria Comércio da 5ª edição do Troféu Ítalo Vic-tor Bersani. O troféu será entregue durante a reunião-almoço da Câmara de In-dústria, Comércio e Servi-ços de Caxias do Sul (CIC) do dia 2 de julho, quando a entidade comemora seus 111 anos de fundação. A honraria homenageia empresas que se destacaram por sua atuação no mercado e na comunidade, de acordo com a escolha das empresas associadas à CIC e Sindica-tos Patronais.

A lei 245/07, que determi-na a instalação de equi-pamentos anti-furto nos veículos saídos de fábrica, sejam eles nacionais ou estrangeiros, foi aprovada e entra em vigor a partir do dia 15 de agosto. O equipa-mento deverá ser dotado de sistema que possibilite o rastreamento e o monitora-mento do veículo. Acredita-se que até 2014 toda a frota nacional automotora será rastreada.

Segundo a polícia, o rastreamento de veículos auxilia nas investigações de vários crimes, princi-palmente no roubo dos próprios veículos. As infor-mações serão preservadas nos termos da Constituição Federal, assim como ocorre com os sigilos telefônico e bancário, por exemplo.

Recauchutada na lataria

Homenagem

RastreamentoFo

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3122.JUN.2012

A montadora Nissan, patrocinadora dos Jogos Olímpicos de Londres e do Time Brasil na competição, lançou uma promoção que vai levar dois blogueiros para cobrir a competição em Londres. Cinco blogs já foram pré-selecionados. A votação está disponível na página oficial da Nissan no Facebook, e vai até 6 de julho.

“Economia é o item principal na hora de comprar um carro básico. O Celta acaba li-vrando o motorista de gastos desnecessários com combustível e manutenção.”

“A tecnologia do Cruze é o grande atrativo. Bas-tante confortável, é moderno e potente. Tudo que há de adjetivos pode-se utilizar para defini-lo ”

Quem disse que mulher perde o charme sobre duas rodas?

Prático, o item se des-taca pela pela circulação de ar, com aberturas no queixo e na testa.

Se no guarda-roupas os homens costumam ser mais discretos, na escolha do capacete é o contrário. Aqui, o preto e o prata básicos já ficaram demodê.

Com design inovador, deixa o motoqueiro com um visual moderno.

fEMiNiliDADE

fuNçãO

EStÉtiCA

fORMA

Homenagem

Nissan levará blogueiros às Olimpíadas

Rastreamento

GARAGEM

PILOTAR

Capacete Shoei XR1000 Voyager tC-6 | Over 2 | R$ 2.390,00

Capacete Shark RSX foret | Over 2 | R$ 1.980,00

Capacete Norisk ff316 Mono Gloss | Over 2 | R$ 329,00

por Julio Camargo, diretor da DG SulFo

tos:

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Cruze Sport6

Capacete Norisk ff391 femme | Over 2 | R$ 269,00

DIRIGIR

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