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No chão de fábrica não existe sexo frágil. Mas, segundo as trabalhadoras, realizar as mesmas funções dos homens ainda é talento desvalorizado pela diferença salarial. Mulheres culpam os patrões. Eles culpam a História. E as pesquisas estão do lado mais forte

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A festa e os novos desafios do Caxias

29Fotos: 6, 14 e 18: Paulo Pasa/O Caxiense | 11: Andrei Andrade/O Caxiense

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A guerra do PSDB com Daniel Guerra

Onde está a diferença entre homens e mulheres no chão de fábrica

arquiteturaA melhor luz para cada lugar

Mato Sartorilonge das expectativas

Os Brasis preferidos de Nivaldo e Giacomin

Um centímetro de raízes brancas e outros sinais de juventude

O que todos os meninos querem ser

Quando Caxias foi Capital da Dança

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Não sou exceção. Como a maioria das pessoas, acredito que o pior não vai me atingir. Estou protegida. Assim como os motoristas que infringem as normas de conduta segura ao beber antes de dirigir um automóvel, por exemplo, e têm certeza de que nada vai ocorrer, também me sinto segura. Sem infringir normas, é claro. Aliás, sobre essa imprudência o antropólo-go Roberto DaMatta escreveu um livro, Fé em Deus e pé na tabua – ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil. O carro torna-se um símbolo de poder e coloca o motorista no alto da hierarquia do trânsi-to, onde o pedestre é fragilizado. Herança cultural do nosso tenebroso passado escra-vocrata que dependia da hierarquia para funcionar. Pode reparar, é muito difícil ser igual no Brasil, em Caxias do Sul. Há uma incessante busca por ser melhor e, de forma generalizante, além de acentuar as diferenças, gera um comportamento que subjuga os mais fracos ou pobres. E o po-der, junto com a fé tipicamente brasileira, garante a sensação de ser inatingível. Na última semana, de diferentes formas, re-fleti sobre o assunto. Uma das mascotes da família adoeceu e morreu, lembrando do quanto a vida é imprevisível e passageira. A morte, seja de um animal de estimação ou de um membro da família, atinge todos – milionários ou dependentes do salário mínimo. Nesse quesito, somos iguais, por mais que o esforço seja contrário, para reforçar as diferenças através do status.

Outra diferença fez com que eu refletisse sobre a minha própria condição. Enquanto trabalhava, ao verificar a carta de reivin-dicações do Sindicato dos Metalúrgicos, deparei com o tópico da luta por salários iguais para mulheres. Mas as mulheres recebem menos do que os homens? Não parece óbvio, mas ao mesmo tempo tão estranho, já que eu sempre tive as mesmas oportunidades de estudo e trabalho e sem-pre fui tratada como igual? Minha convic-ção de que as mulheres estão em igualdade com os homens ruiu. Jornalismo é muito mais do que a realidade individual de quem exerce a profissão. A reportagem de capa contextualiza o cenário do emprego e salários das mulheres em Caxias, que ga-nham apenas 54% do salário dos homens. Seguindo a lógica do antropólogo DaMat-

ta, de que nossa sociedade não consegue ser igual, avanço dizendo que não é só no quesito de status, no trânsito, em relação às leis, mas as diferenças são reforçadas também entre os sexos, sim. E aqui mudei meu discurso. Sempre acreditei na igual-dade, mas os fatos provam o contrário. Veja a fotografia da página 14. Você sabe dizer se é homem ou mulher? “Não é justo que se equipare ao dos homens o salário das mulheres”. Quem é o autor da citação? Leia toda a reportagem, descubra e reflita.

Na edição passada, contamos como é sair à noite em buscar do amor para quem tem mais de 30. Veja o que alguns leitores acharam:

Obrigada pela leitura e até semana que vem.

Paula Sperb, diretora de Redação

DiGa!Por que não somos iguais? | a diferença culturalizada | Jornalismo além do umbigo

Diretor executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula SperbDiretor administrativo

Luiz Antônio Boff

editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei AndradeFabiana SeferinRafael MachadoRobin Siteneski

Dimas Dal RossoGesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Designer

Luciana Lain

COMerCiaL

executivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

aSSiNaturaS

atendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30

Assinatura semestral: R$ 60

Assinatura anual: R$ 120

FOtO De CaPa

Paulo Pasa/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) [email protected]

“Adorei a matéria sobre a galera frequentadora de bares. Parabéns!” Vanessa Kukul

“Boa reportagem de capa, mas confesso que me senti velho, sendo comparado com “baladei-ros” dos 40.”Ricardo Brisotto

Fotos: 6, 14 e 18: Paulo Pasa/O Caxiense | 11: Andrei Andrade/O Caxiense

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Em comemoração aos seus dois anos de inauguração, o Mato Sartori sediou uma série de atividades educativas para 200 crianças da rede pública de ensino, no dia do aniversário, 8 de maio. Entre as oficinas realizadas está a Cultivando Histórias, uma roda de leitura promovi-da pela Biblioteca Municipal. O projeto é apenas um rastro das expectativas anunciadas em 2010, quando finalmente o município conseguiu inaugurar o par-que. Além do vandalismo – que cessou depois da abertura oficial e do monitora-mento por 20 câmeras espalhadas pelos 6,8 hectares –, as falhas técnicas detec-tadas durante a construção atrasaram o que deveria ser a proposta perfeita de aula sobre consciência ambiental ao ar livre.

Assim como o Cultivando Histórias, o Projeto Tela Verde também foi anuncia-do como uma das atrações do parque

durante a semana do Meio Ambiente de 2010, e seria executado na sala de audiovisual do pórtico, com capacidade para 50 pessoas. Problemas no envio de filmes, que partiam do Governo Federal, reduziram a execução desse projeto. Atualmente, a única exibição da sala é um curta institucional, assistido antes do início das trilhas, única atividade perma-nente do parque de preservação. Segun-do a diretora de educação ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), Elemara Borghetti dos Reis, é realizada uma média de 10 visitações por semana, o que torna inviável outras atividades. “Hoje não tem necessidade e não teríamos suporte”, afirma Elemara, sem querer “inventar muito”.

As trilhas são guiadas por estagiá-rios da Semma, estudantes de Biologia e Engenharia Ambiental. Hoje eles se revezam e fazem outras atividades na

secretaria, mas já foram exclusivos do Mato Sartori. Nos primeiros 5 meses, os estudantes se dedicavam integralmente ao parque – a estrutura física, inclusi-ve, foi montada para servir de base de trabalho diário –, fazendo a classificação de espécies e elaborando aulas específi-cas para cada nível de ensino. À época, a secretaria destacava a presença deles no mato como parte fundamental do proje-to de educação que estaria em constante aperfeiçoamento. O secretário do Meio Ambiente, Nestor Pistorello, observa que a intenção é transmitir consciência ambiental e que a ausência de estagiários fixos não compromete esse propósito. “Um pinheiro não vai ser diferente para uma criança e para um adulto. O que muda é a forma de abordar”, argumen-ta. Mudanças são necessárias e sempre bem-vindas, desde que sejam para melhor.

BaStiDOreS“ai se eu te Pego” Para senhoras | esPírito voluntário | o melhor do brasil | os escolhidos do Peñarol

Mato Sartori em nova trilha

Mato Sartori | Paulo Pasa/O Caxiense

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por Andrei Andrade

É provável que o galeto, o macarrão e o strogonoff tenham sido os motivos menos importantes para reunir tanta gente. Fala-se em mais de 600 pessoas, mas o garçom conta que foram 574 pratos recolhidos durante a bênção do Frei Jaime Bettega no 7º Abração, evento que reúne os velhinhos e não tão velhinhos do Projeto Conviver para passar o dia simplesmente convivendo. A farra gastronômica no restaurante dos Pavilhões da Festa da Uva é só um aperitivo para uma programação que inclui desde falação de autoridades até baile de música gaúcha e Ai se eu te pego devidamente coreografada.

As mulheres predominam. Dos poucos homens presentes, a maioria parece estar só pelo prazer de acompa-nhar a esposa. Apesar da impessoalida-de da camiseta branca com a estampa do projeto da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, as senhoras capri-charam na escolha dos óculos mais diversos que o leitor possa imaginar. Armações arrojadas, de uma ou muitas cores, geralmente grossas (dessas que parecem realçar o intelecto) e com as marcas na parte externa. Se há luta de classes aqui, a culpa certamente é dos óculos. Também são maioria os cabelos castanhos com um, talvez dois centímetros de raízes brancas. Os inteiramente grisalhos ficam mesmo com os maridos.

Entre as mulheres modernas do evento está Lilia Cignor, que frequenta o grupo da igreja Jesus de Nazaré, um

Diversão que cabe num abraço

7° Abração do Projeto Conviver reuniu 574 pessoas | Cristofer Giacomet, Divulgação/O Caxiense

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dos 72 espalhados pelo município. Para chegar ao local dos encontros semanais, ela encara 3 subidas desde a Rua Garibaldi, onde mora. Lilia gosta dos encontros do grupo porque lá rola “muuuuita conversa, que a professora às vezes tem que mandar parar”. Aos 80 anos, de tênis Nike Shox e echarpe roxa, dona Lilia é puro estilo.

Por volta das 14:00, já devidamente alimentados, agora no máximo comen-do os cáquis que enfeitavam as mesas, senhoras e senhores ouviam com atenção aos discursos do palco. Algum membro da organização agradece as presenças. Quando a voz de locutor de rádio pergunta quem já passou dos 60, praticamente todos erguem os braços. É a deixa para se exaltar a “luta” da prefeitura pelo passe livre no ônibus, benefício que fora tirado dos ingres-santes na terceira idade há alguns dias. Aplauso geral.

Terminado o papo, após o prefeito Sartori ler um texto de Cora Coralina encaminhado por sua senhora, Maria Helena, finalmente chega a hora das mais desinibidas mostrarem as core-ografias que ensaiaram durante toda a manhã. A primeira era uma versão remixada de algum ritmo latino. A se-gunda, o megasucesso de Michel Teló. Os movimentos eram ditados por um grupo de dançarinas, professoras do projeto, vestidas de Carmem Miranda,

e repetidos com entusiasmo e até uma boa sincronia pelas alunas. As mais tí-midas permaneceram em seus lugares à mesa, porém de pé e dançando com a mesma empolgação aquela coreografia improvável para velhinhas.

“Já viu que só dança mulher com mulher lá na frente?”, comenta o inco-modado Gilberto Vanzin, de 57 anos. Ele estava certo. Na pista de dança improvisada em fente ao palco na hora do baile, os poucos homens deviam estar sendo requisitados como talvez nem no auge da juventude tivessem sido. Gilberto frequenta o grupo Espe-rança, com sede no antigo Enxutão, es-pecífico para pessoas com deficiência. Ele tem problemas para falar devido a um acidente de carro, e é difícil enten-dê-lo com sua voz concorrendo com o som alto do conjunto, que dá início ao baile. Sua esposa, Eloá dos Santos, “10 anos mais velha que eu”, como faz questão de salientar, tem dificuldades motoras nas pernas e caminha com o auxílio de muletas. Ela está na segunda taça de vinho e ele na terceira cerveja – são dos poucos participantes bebendo algo alcoólico. A maioria ficou na água e no guaraná. Quando pergunto como é estar em meio a um público tão femi-nino, ele narra um drama comovente. “As mulheres estão invadindo o nosso banheiro, porque o delas está sempre cheio. Enquanto uma ocupa a cabine,

as outras não deixam ninguém passar”. Segue o baile. Um homem entra

e cumprimenta a todos que vê pela frente. Até o repórter recebe um aperto de mão. Ele para em uma mesa e pede para que as 6 mulheres que conversam alheias à música se levantem para uma foto com ele ao centro. Aproveitando que já tinha entrevistado uma delas, o repórter espera ele sair e pergunta quem era, já se desculpando por ser morador recente da cidade. “É o verea-dor Vinicius”, responde Tânia Terezi-nha, mais feliz com a atenção dispen-sada pelo político do que incomodada por ter a conversa interrompida. Aos 52 anos, ela se diz a pessoa mais co-nhecida do bairro Centenário II. Sobre o evento do dia, ela já tinha dito antes que estava achando “mara!”.

Mais do que as atividades físicas, o que faz sucesso entre os 3 mil partici-pantes do Conviver – que é aberto a todos, mas frequentado principalmen-te pela terceira idade – é a possibili-dade das pessoas se encontrarem com uma nova vida social, principalmente em uma idade na qual a aposentadoria é um convite a passar os dias em casa, longe de tudo que o portão separa. Com boa companhia, e se possível boa comida e alguns ritmos dançantes, está provado que não é nada difícil se divertir com a juventude que sobra depois dos 60.

Ritmos dançantes, incluindo o hit de Michel Teló, abriram o baile | Cristofer Giacomet, Divulgação/O Caxiense

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BOAGENTE

Fé no voluntariado

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O trabalho social sempre motivou a caxiense Flávia Scariot, de 67 anos. E ela ten-tou abraçar o mundo. Há 19 anos prestando assistência social, ela encontra empeci-lhos para atender à deman-da. Flávia é uma das coorde-nadoras da Associação SOS Vida. Ela aposta no volunta-riado para ampliar o atendi-mento a cerca de 50 crianças dos bairros São Vicente, Jar-dim América e 1° de Maio. Em parceria com o progra-ma Caxias Olímpico, da Se-cretaria do Esporte e Lazer (SMEL), as crianças têm aulas semanais de atletismo. Flávia quer ir mais longe e busca voluntários para atuar no atendimento psicológico, social, espiritual e familiar. “Eles podem ser ótimos atle-tas, mas precisam de outras oportunidades, que envol-vam raciocínio, disciplina, que podem ser encontrados no xadrez, por exemplo”, ex-plica. A associação ainda aju-

da pacientes e familiares que buscam Caxias para aten-dimentos médicos. Oferece hospedagem e alimentação. Além disso, o local abriga a SOS Oração, uma central te-lefônica disponível para pes-soas que buscam conforto na espiritualidade. Segundo Flávia, todos os dias a central recebe telefonemas de pes-soas emocionalmente aba-ladas, a ponto de pensar em suicídio. “O nosso trabalho é manter uma relação com essas pessoas que faça com que elas reflitam melhor”, ex-plica. O serviço funciona até as 18:00, o que deixa Flávia insatisfeita. “Queria que o SOS Oração funcionasse 24 horas, mas é um grande de-safio conseguir voluntários capacitados para fazer esse tipo de auxílio”, diz. Para co-nhecer mais os projetos, en-tre em contato pelo telefone 3027-5750. Segundo Flávia, o requisito para ser voluntá-rio é “ter muita fé”.

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Cidades brasileiras

Nivaldo Pereira, jornalista Antonio Giacomin, artista plástico

Belém (PA)A Ilha do Combú, famosa por seus restaurantes que ser-vem pratos típicos da região, encantou o baiano-caxiense Nivaldo. Isso porque a culinária e as belezas naturais do

local se misturam. Conforme o jornalista, os pratos são servidos ao som do empolgante tecnobrega. Digestivo.

Belo Horizonte (MG)Nivaldo destaca o Mercado Central de Belo Horizonte pelo valor cultural. É um lugar onde se pode conhecer o Estado inteiro. “É um papo aqui, outro lá, as pessoas vão

comprando, se conhecendo... E é o melhor lugar para se provar o famoso pão de queijo dos mineiros”, indica.

Brasília (DF)Às margens do Lago Paranoá, a pequena capela em forma de pirâmide tem uma história curiosa. E Nivaldo conta a lenda que o atrai no lugar. “O local surgiu após

um sonho do padre italiano João Bosco: nos paralelos 15° e 20° sul, se formaria um lago.”

Caruaru (PE)Festa. Essa é a característica mais marcante da Feira de Caruaru, uma das maiores ao ar livre do mundo. “Luiz Gonzaga estava certo quando disse que na ‘Feira de

Caruaru, faz gosto a gente vê. De tudo que há no mundo, nela tem pra vendê’”.

Bagé (RS)Entre tantas caminhadas Brasil afora, Nivaldo gosta mais de uma que fez em Bagé. “Andar a pé pelo Centro trouxe um conhecimento enorme sobre o passado dessa

cidade”, diz. É porque Bagé, “ao contrário de Caxias, que derru-bou alguns de seus prédios históricos”, preserva sua história.

Um jornalista baiano radicado em Caxias e um aquarelista caxiense percorreram a imensidão do Brasil para montar um guia poé-tico, não turístico. Com os textos e aquarelas que trouxeram na bagagem, Nivaldo Pereira e Antonio Giacomin lançaram o livro Jeitos de Ser Brasil (Editora Belas-Letras). Realizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal, o projeto foi executado entre 2010 e 2011. Eles visitaram 42 cidades. Para O CAXIENSE, citaram e justificaram suas preferidas no roteiro.

Alto Paraíso de Goiás (GO)Foi em uma cidade do interior de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, “hábitat da fauna e flora brasileira”, que Giaco-min descobriu uma maravilha gastronômica: a matula,

uma marmita da região Centro-Oeste. O atrativo que conquistou o artista pelo estômago convenceu pela simplicidade.

Curitiba (PR)“O transporte coletivo de Curitiba é um exemplo de organização municipal”, diz Giacomin. Mesmo deslum-brado pela funcionalidade do serviço público, o que o

artista levou para as aquarelas mostra muito mais do que uma cidade alinhadinha.

Olinda (PE)Entre o colorido das casas nas famosas ladeiras da cida-de, o caxiense foi atraído pelos tons desbotados. “A arqui-tetura de algumas casas pernambucanas lembrou muito

a Caxias dos anos 60 e 70”, conta o artista, que gosta de pintar o desgaste. Olinda seria “maravilhosa para morar”, acrescenta.

Campo Grande (MT)“Quando pousamos em Mato Grosso, sentimos como se estivéssemos em uma sauna”, relata Giacomin, sobre o clima constante de mormaço, 40º C naquele dia. “Tínha-

mos que caminhar cerca de 16 quilômetros e estávamos sempre suados”, diz o artista, apreciando (!) a situação.

Xapuri (AC)O legado de Chico Mendes ainda está presente na antiga Capital da Borracha, a pequena Xapuri, no Acre. Além do valor histórico, o artista destaca a simplicidade do

povo e uma curiosidade. “Nós não encontramos nenhuma pedra no Acre. As pessoas desconhecem o que é pedra”, brinca.

TOP5

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Antonio Giacomin, artista plástico

“Hoje em dia, é mais difícil ser atleta do que entrar pra faculda-de.” Foi com frases como esta, pronunciadas à beira do campo do Estádio Municipal, que o uru-guaio Dorotéo Silva, ex-jogador e ídolo do Peñarol e do Juventude nos anos 80, tentou amenizar a tristeza dos 13 meninos reprova-dos na seleção do clube uruguaio, realizada no domingo (13).

A peneira foi a primeira reali-zada pelo Peñarol, um dos mais tradicionais do futebol sul-ame-ricano, no Brasil. O número de inscritos ficou abaixo do espe-rado, foram apenas 15, nascidos entre 1993 e 1998. Só foi possível dar início à pelada depois de al-guns membros da organização saírem em busca de “reforços” de fora, que naquela manhã treina-vam pelo time de uma instituição para meninos carentes.

Com os 22 necessários reuni-dos, a bola rolou para dois tem-pos de 40 minutos. No intervalo, o olheiro reuniu todos para uma palestra, a primeira do dia. Ao final da partida, o placar de 2x2 pouco importava aos avaliadores, atentos às performances indivi-duais. Como os meninos já esta-vam exaustos, Dorotéo reforçou a importância do preparo físico para enfrentar uma competição. Em outras palavras, mandou a turma maneirar nos excessos da adolescência.

Sentados na grama, os garotos ouviram resignados que apenas dois seriam selecionados para uma pré-entrevista para integrar as categorias de base do clube de

Montevidéu, que ostenta 3 taças de Campeão Mundial e 5 Liber-tadores da América. Apenas um dos garotos teve coragem de per-guntar, na frente de todos, como fora seu desempenho. Ouviu que precisava melhorar bastante para poder ter uma chance. O técnico sugeriu que ele procurasse uma “escola formativa”.

Cassiano Camilotti, de 16 anos, veio de Passo Fundo tentar a sor-tel. Triste, mas conformado com a reprovação no teste, ele agora se prepara para uma nova tentativa, desta vez no Caxias. “A gente cria uma expectativa e às vezes ela atrapalha na hora de jogar. Acho que não fui tão bem hoje, pode-ria ter jogado melhor”, justificou, após deixar o vestiário junto com outros que não tiveram sucesso no vestibular da bola.

Alheios ao clima de decepção, os dois selecionados, os caxien-ses Lucas Gomes e Ezequiel Pi-nha, de 14 e 15 anos, recebiam instruções de Dorotéo sobre os próximos passos, já no Uruguai, previstos para o mês de junho ou julho. Lucas estava acompanhado pela mãe. Ezequiel, pelo irmão mais velho.

A mãe de Lucas, que tirou a manhã do Dia das Mães para torcer pelo filho, conversou com Dorotéo na saída para saber mais sobre o novo caminho a ser tri-lhado pelo menino e comemorou o sucesso na peneira. “É bom para ele ter uma oportunidade que muitos queriam e não tive-ram a chance. Qual é o pai ou mãe que vai impedir?”

Só dois aprovados no vestibular do futebol

CaMPuS

Voltado aos estudantes e profis-sionais do jornalismo econômico, o Diálogos da Comunicação recebe o jornalista e correspondente do jor-nal Valor Econômico Sérgio Bueno. Com o tema O desafio da precisão e da profundidade no jornalismo econômico em alta velocidade, a pa-lestra ocorre na próxima terça-feira (22), às 19:30, no miniauditório da CIC. O valor da inscrição é de R$ 12,50 e os participantes recebem certificados de presença. As inscri-ções podem ser feitas pelo telefone 3218-8042.

O sono, o sonho e seus mistérios são pauta do Programa de Atua-lização do Diretório Acadêmico da FSG. Serão dois encontros e o primeiro ocorre neste sábado (19), com os psicólogos Dornelis Bena-to e Cláudia Tessari, com a pales-tra Psicologia Junguiana e Gestalt, que ocorre na sala 217, prédio B, às 14:00. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.fsg.br ou pelo fone 2101-6000. O even-to é aberto à comunidade.

Jornalismo de finanças

Palestra para (não) dormir

CIC: ÍTALO VICTOR BERSANI, 1134. 3228-2786 | FSG: OS 18 DO FORTE, 2366. 2101-6000 | UCS: FRANCISO GETÚLIO VARGAS, 1.130. 3218-2800 | FACULDADE AMÉRI-CA LATINA: MARECHAL FLORIANO, 889. 3022-8600 | FACULDADE INOVAÇÃO: SINIMBU 1.670. 3028-7007 | FACULDA-DE FÁTIMA: AVENIDA RIO BRANCO, 209. 2108-8344

+ VESTIBULARUniversidade de Caxias do SulInscrições até o dia 10 de junho. R$ 40. Pro-va: 24 de junho, 13:30.

Faculdade da Serra GaúchaInscrições até 21 de junho. R$ 40. Prova: 26 de junho, 18:30.

Faculdade FátimaInscrições até dia 19 de junho. R$ 20. Prova: 20 de junho, 19:30.

Faculdade InovaçãoInscrições até o dia 18 de junho. R$ 20. Pro-va: 19 de junho, às 20:00.

Ezequiel Pinha e Lucas Gomes |Andrei Andrade/O Caxiense

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A expansão da Caixa é puxada pelo financiamento habitacional. Lara es-pera volume financeiro entre R$ 550 milhões e R$ 600 milhões na área em 2012. O ano anterior movimentou R$ 493 milhões na cidade. “É de brilhar os olhos. A demanda está efetivamen-te muito boa, as pessoas estão acredi-tando que podem alcançar o sonho da casa própria”, diz o superintendente.

é o potencial de consumo dos caxienses em 2012, segundo es-tudo da IPC Marketing Editora. Marcos Pazzini, diretor da IPC, explica que isso representa um aumento de R$ 163 milhões em relação a 2011 – e Caxias man-tém o 2º lugar no ranking gaúcho. Os brasileiros deverão consumir R$ 2,7 trilhões neste ano.

Até o final do ano, a Caixa Econômica Federal deve pas-sar de 8 para 13 agências em Caxias. Duas serão inaugu-radas neste mês. A Jardim do Shopping, na Rua Guerino Sanvitto, 857, no dia 21, e a Av. São Leopoldo, no prédio onde funcionava a Lojas Arno, no dia 28. Segundo o su-perintendente regional, Elcio Lara, uma agência junto à Ceasa, na Rua Marechal Floriano, e uma no Santa Catari-na, ainda sem local definido, devem funcionar a partir de outubro. Lara ainda tem autorização para abrir mais uma agência na cidade em 2012.

A União doou terreno de 3,5 mil m² no Bela Vista, na Rua Amâncio Pereira Santos, para construção de moradias para a faixa de renda mais pobre atendida pelo Minha Casa Minha Vida – de zero a 3 salários mínimos. Até o final do ano, 800 moradias para essa faixa devem ser contratadas em Caxias, se-gundo a Caixa, totalizando R$ 46,5 milhões.

Em 2011, 240 apartamentos foram en-tregues. As regras do programa beneficiam muito a população que mais precisa. Famílias pagam 10% da renda durante 10 anos. De-pois disso, mesmo que não atinjam o valor do apartamento, a dívida é quitada.

Assistência para Paese

Guerra sem partido?

Ou partido sem Guerra?

De brilhar os olhos

Casa para os mais pobres

Mais agências

Na argumenta-ção do processo que convenceu a Justiça a suspen-der a votação que poderia cassar os direitos políticos de Harty Moisés Paese (PDT) na Câmara, o ex-vereador também pediu assistência jurídica gratuita. A juíza Maria Ali-ne Vieira Fonseca, da 2ª Vara Cível caxiense, deter-minou que Paese comprove, em 10 dias, insuficiência de recursos para custear o proces-so.

As rusgas entre Daniel Guerra e seus correligioná-rios ressurgiram na reunião que definiu o apoio do PSDB a Alceu Barbosa Velho (PDT) na corrida à pre-feitura. Membros do diretório falaram, inclusive, em não homologar a candidatura de Guerra a vereador.

Um dos motivos seria a ausência do vereador às reuniões mensais do diretório, que ocorrem desde ju-nho do ano passado – ele só teria ido a uma. Outro é a independência de Guerra nas votações. “Ele não está acima do partido. Só é vereador por causa do nome do partido”, ataca o presidente da sigla, Egídio Basso.

“Não sou pautado por ninguém”, é o que responde o vereador Daniel Guerra ao PSDB sobre sua inde-pendência nas votações. A justifi-cativa dele para não comparecer às reuniões partidárias é que não pode desmarcar compromissos com a comunidade. O tucano não comen-ta a possibilidade de o partido não homologar sua candidatura –“Eu nunca trato de conjecturas” –, mas

os dois lados já devem estar fazen-do as contas. Em 2008, Guerra foi o parlamentar eleito com o menor número de votos – 2.829, 647 a me-nos do que Francisco Spiandorello.

Depois da grande exposição em discussões polêmicas, Guerra cer-tamente espera uma votação mais alta. Já o cálculo do partido é outro: se vale a pena eleger um vereador “independente”.

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HOMEMOU MULHER?Elas ganham menos. Não dispostas a esperar que o tempo corrija a histórica desvantagem de uma entrada tardia no mercado de trabalho, as mulheres contrariam a opinião dos empresários e as pesquisas: reclamam que no chão de fábrica são equivalentes aos homens, mas recebem salários menores

por Andrei Andrade

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declaração foi dada por Luis Veronese ao repórter do jornal caxiense A Época, em 1939. Ela ainda dá conta de um pro-blema muito atual, assim como a res-posta do proprietário de uma empresa de produtos químicos. Afinal, por que as mulheres ganham menos?

Ainda que pouca gente saiba, desde 2010 um grupo de pesquisadores do Observatório do Trabalho, vinculado à Universidade de Caxias do Sul, publica um estudo anual recheado de números e tabelas que apontam a discrepância da remuneração obtida pelas mulheres em relação aos homens em diversos setores do mercado. No ano passado, o salário das trabalhadoras em Caxias do Sul cor-respondeu a pouco mais que metade do salário dos homens. Exatos 54%. Bem menos do que a média nacional, que é de 70% da remuneração masculina, conforme o IBGE (2011).

Divulgada em março, a terceira edi-ção do Boletim Anual Mulheres e Mer-cado de Trabalho serviu de base para as mais recentes manifestações do Sindica-to dos Metalúrgicos do município, que durante a última assembleia incluiu a igualdade de salários entre as 70 não tão novas reivindicações da classe. Porém, os dados evidenciados pelos professo-res da UCS parecem não corresponder exatamente ao que dizem os metalúrgi-cos. O sindicato alega que a mulher que faz o mesmo trabalho que o homem no “chão de fábrica” ganha menos. Invaria-velmente.

Para os pesquisadores, e também para o Sistema Nacional de Emprego (Sine), elas podem até ganhar menos, mas só quando ocupam vagas que oferecem menor remuneração, normalmente mais leves, ou quando a comparação é com colegas homens que tenham mais tempo de experiência, seja de profissão ou dentro da empresa. “A desvantagem

que a mulher sofre não está no salário pago para fazer o mesmo que o homem faz, mas sim em não ocupar tanto quan-to ele as vagas que oferecem melhores salários”, argumenta a professora Nata-lia Méndez, uma das autoras do estudo. Como exemplos, ela cita dados da pró-pria publicação, que ilustram o quan-to as trabalhadoras estão ausentes nos cargos mais bem pagos da indústria. Nestes, com remuneração média de 12 salários mínimos, elas não ultrapassam os 30% do total de vínculos. Nos mais mal pagos – média pouco superior a 2 salários – elas não baixam de 70%.

A guerra entre as entidades repre-sentativas de funcionários e os órgãos que representam os patrões  parece in-terminável. O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul, Getulio Fonseca, considera exagerada a queixa dos metalúrgicos. Segundo ele, há motivos que justificam o fato de as mulheres ganharem menos em de-terminados casos. “A entrada delas no mercado ainda é muito recente. Não dá pra querer comparar o salário justo para um soldador com 10, 20 anos de expe-riência, por exemplo, com o de uma mulher que esteja recém começando. É normal que entrem ganhando menos. Mas os planos de carreira são oferecidos igualmente para ambos os sexos”, argu-menta Getulio, que também é diretor da Perfilline, empresa em que as mulheres consultadas pela reportagem não acusa-ram diferenças de salários entre cargos semelhantes.

Mas nem o empresário é categórico ao negar a desigualdade salarial entre os sexos no mercado . Ao mesmo tempo em que afirma desconhecer casos assim, reconhece que a grande quantidade de empresas de médio e pequeno porte di-ficulta esse controle.

Para o coordenador do Sine de Caxias do Sul, Antônio Carlos Pescador, é difí-cil monitorar as práticas das empresas em oferecer salários desiguais de acordo com o sexo dos contratados. “Nos for-mulários que as empresas preenchem, há vagas para homens, vagas para mu-lheres e vagas para ambos. Mas estas não apresentam salários diferenciados”, comenta, observando também que os homens ainda preenchem as vagas mais cobiçadas nas fábricas.

Em uma visita à sede do Sindicato dos Metalúrgicos, ouvimos mulheres que afirmam sentir na pele a desigual-dade salarial. Há 8 anos, Cristiane Du-tra trabalha como lixadora. Ela diz ter certeza de que os colegas homens ga-nham mais do que ela. E tem a prova na família. O irmão, que trabalha na mesma função em uma empresa con-corrente, ganha cerca de R$ 200 a mais. Há 11 anos, Diana Lúcia Souza é auxi-liar de verificação. Segundo ela, os cole-gas estão sempre comemorando algum aumento, enquanto ela, não. Talvez por serem militantes (ambas exercem car-gos no sindicato), Diana e Cristiane são das poucas trabalhadoras do setor in-dustrial que assumem os riscos de falar sobre os problemas do contracheque.

Para Diana, que trabalha na Mundial, as mulheres estão fragilizadas dentro das empresas, e se sentem intimidadas na hora de reclamar seus direitos. Ela denuncia que o assédio moral é um dos principais problemas. “Os patrões sa-bem que a mulher tem menos chance de conseguir outro emprego e, por isso, é mais dependente da vaga que ocupa. Dizem que ela tem filho para criar, que não pode perder o emprego. É uma pressão psicológica constante”, queixa-se. Após ouvir a colega, Cristiane cor-robora o protesto:  “As mulheres aca-bam ficando submissas a essa situação,

“Deve a mulher ganhar tanto quanto o homem?”, pergunta o repórter, provocando embaraço no entrevistado. “Tenho essa parte como o problema mais difícil do salá-rio mínimo”, responde o empresário, que em seguida cogita a hipótese de substituir o quanto pudesse de suas funcionárias por máquinas. Poderia ter sido hoje, mas a

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porque para elas é mais difícil arrumar outro emprego. Enquanto o homem in-satisfeito sai e logo encontra outro tra-balho, a mulher acaba tendo que aguen-tar a desvalorização”, aponta.

O problema que mais incomoda Cris-tiane, além de receber menos, é a difi-culdade enfrentada para ter acesso a vagas que paguem mais. Segundo ela, a mulher pena mais para chegar ao nível de qualificação exigido pelas empresas e nem sempre consegue. “Nós pegamos no pesado tanto quanto os homens, mas enfrentamos jornada dupla, somos mães, cuidamos da casa. Assim ficamos em desvantagem para poder crescer na empresa”, ressalta.

São argumentos de quem sente o dia-a-dia das empresas. Se há números que comprovem, o sindicato não fornece nem sob a maior insistência. Prefere recorrer ao já citado estudo da UCS, mesmo que ele tenha dados insuficien-tes para provar a injustiça. Para os mili-tantes, mulher ganha menos para fazer

o mesmo trabalho feito pelo homem. Para os pesquisadores, mulher ganha menos porque não faz o mesmo traba-lho que o homem.

Quem se debruça sobre as 13 páginas do boletim percebe que há algo de po-dre no mercado de trabalho em Caxias do Sul, que vai além do setor industrial. No comércio, na construção civil, na agropecuária e na administração pú-blica, por exemplo, o sexo feminino ainda recebe as fatias menos saborosas do bolo trabalhista. Se é verdade que as mulheres participam cada vez mais do mercado, também está provado que elas exercem menos cargos de chefia. Se não há dúvidas que algumas vagas ainda são destinadas exclusivamente aos homens, também é visível que esses exemplos começam a minguar. E enquanto os pa-trões consideram uma injustiça históri-ca que se corrige com o tempo, as fun-cionárias querem aumento e promoções pra já.

“Além dos salários iguais, as empresas ainda não estão preparadas para ofere-cer condições rigorosamente iguais de trabalho. Algumas deixam de contratar mulheres por não ter vestiários femini-nos. É preciso que os patrões reflitam, e por isso buscamos fazer com que nossas pesquisas cheguem até eles”, argumenta a professora Natalia, que tem apresenta-do a pesquisa a diretores de empresas e autoridades municipais.

A consciência dos chefes sobre os problemas enfrentados pelo ex-sexo frágil parece estar mudando. Dizer que “a eficiência do trabalho da mulher fica aquém da do homem, ressalvados al-guns casos de especializações em deter-minados serviços”, e que por isso “não é justo que se equipare ao dos homens o salário das mulheres” é coisa do passa-do. Afinal, essas são frases ditas há mais de 70 anos, por Abramo Eberle – dono da histórica metalúrgica, semente do polo metalmecânico de Caxias – ao bra-vo repórter de A Época.

Diana Souza |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Era mulher: uma trabalhadora na linha de produção da Perfilline |

Cristiane Dutra |

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A RAIZ DA DANÇASigrid Nora está eternamente ligada à época de ouro da dança caxiense.

Talento no palco e perfil visionário foram determinantes para que ela erguesse, com outras 7 bailarinas do clássico, o primeiro grupo de dança contemporânea

do Estado – um sucesso que não coube em Caxias

Na noite de 16 de dezembro de 1990 a plateia lotou o Teatro Municipal para ver na dança a história de palhaços tristes. E eles cumpriram o dever de entreter o pú-blico, apesar da melancolia, a protagonis-ta nos bastidores. O governo Collor havia cortado os financiamentos culturais e o único grupo de dança profissional do Rio Grande do Sul morria por asfixia. No cen-tro da polêmica, o grupo Raízes, criado a partir do sonho de 8 bailarinas, encerrou as atividades com o mesmo compromis-so com que havia começado. Sigrid Nora, que dirigia o espetáculo Palhaços e teve papel fundamental para a criação do gru-po, sabia que não poderia fazer nada para adiar o fim. Foi ela quem fechou as corti-nas naquela noite. Para sempre.

Sigrid dedicou mais de 50 de seus 58 anos à dança. O interesse pelo balé clás-

sico surgiu aos 6 anos e fez com que a professora Dora de Rezende Fabião lhe oferecesse uma bolsa em sua escola – na-quela época, um luxo maior do que estu-dar em colégio particular. A renda do pai como contador e da mãe como operária já eram consideravelmente comprome-tidas com as mensalidades do São José, onde, além de Sigrid, estudava sua única irmã, Ingrid Busellato – que também se tornou bailarina mais tarde. Era graças à boa vontade de uma tia, que costurava os figurinos, que ela e a prima Margô Bru-sa – do Ballet Margô – podiam participar das apresentações de fim de ano da escola. Mesmo em um período em que a dança era totalmente ignorada como profissão, a família apoiou a escolha Sigrid quando, aos 14 anos, decidiu que viveria de dança. “Não importa o que você escolher para

ser, procure ser o melhor”, era o que ela ouvia dos pais. Um ano depois de definir a vida profissional, a bailarina conheceu Vasco Nora em uma excursão do Carmo a Torres. Ele, estudante do São Carlos, conseguiu ir no mesmo ônibus de Sigrid e transformou a amizade em namoro. Casaram-se em 1973, 3 anos depois da-quela viagem. Estão juntos há 38. Paula, de 32 anos, a única filha do casal, convi-veu com a dança desde a gestação. Sigrid deu aula na Dora Ballet e em outros dois colégios até o 8° mês de gestação. “A Pau-la nunca me deu problema. Nunca foi empecilho pra nada.” Menos de 3 meses depois do parto, Sigrid estava de volta às aulas como professora e aluna. Ainda dividia o tempo com a graduação de En-fermagem e Obstetrícia na UCS. Queria aprender mais sobre anatomia.

por Gesiele Lordes

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Bailarinas fundadoras do Grupo Raízes. Sigrid, em pé (à direita) |Fotos: Reprodução do livro Raízes: dança e cultura/O Caxiense

Magda Carpeggiani e Sigrid Nora no Teatro de Lona |

Os anos de aprendizagem na Dora renderam amizades e sede de ir além do balé clássico. O contato de Sigrid com profissionais do Rio Janeiro e de São Paulo reforçaram a vontade que ela ti-nha de fazer avançar a prática da dança na cidade. Era 1983, hora de implantar a dança contemporânea. O mesmo desejo também inquietava sua irmã e outras 6 colegas – Cinara Viégas, Cláudia Bongio-lo, Jaqueline Tiellet, Magda Bellini, Ma-ria Antonieta Spadari e Valéria Gazzolla. Dora, é claro, não ficou tão contente ao receber a notícia de que perderia 8 de suas melhores alunas. “Com o passar do tempo acredito que ela ficou orgulhosa por ter ‘produzido’ estas pessoas”, deduz Sigrid. Foi no último espetáculo que dançou pela escola, no fim de 1982, que a bailarina fez contato com o então en-saiador do Balé Teatro Guaíra, de Curi-tiba, Jair Moraes. No ano seguinte, Sigrid foi a Curitiba e apresentou sua proposta para o coreógrafo e o trouxe para Caxias, todos fins de semana, para ensaiar com o grupo em uma sala na UCS.

Depois de 8 meses de ensaio, o grupo fez sua primeira apresentação: Raízes ou Retratos de um Álbum da Família de um Imigrante – de onde surgiu o nome Raí-zes., aliás. O roteiro, que contava a histó-ria dos imigrantes italianos, foi feito por Jair e pelo coreógrafo Carlos Trincheira. Nas duas noites de apresentação, em de-zembro de 1983, o Teatro Municipal lo-tou. “Não sei se foi estratégia ou coinci-dência”, diz Sigrid, sobre o tema que tinha tudo para agradar os caxienses. A boa re-percussão do espetáculo entusiasmou o elenco e, em sociedade com Magda Belli-

ni – de quem é amiga até hoje –, Sigrid fundou, no ano seguinte, a escola Dança – Centro de Estudos. “Eu a admiro como profissional, como família e como pessoa. E isso me inspirou em todos os sentidos”, diz Magda. O empreendimento ficava em uma sala de dois andares na Rua Alfredo Chaves e chegou a ter 450 alunos – um fenômeno até para os dias de hoje. Foi desta experiência que saíram 22 bailari-nos para dançar com o Raízes o segundo espetáculo, Ana Terra, baseado na consa-grada trilogia O Tempo e o Vento, de Eri-co Verissimo. E o sucesso do Raízes lotou a agenda dos bailarinos. Eles escolheram o Raízes. A escola Dança – Centro de Es-tudos fechou.

Tamanho empenho foi reconhecido pelo diretor-presidente do Grupo Tri-ches, Paulo Triches, durante uma apre-sentação elaborada para a abertura da XVª Taça Brasil de Futsal, no Enxutão. Dias depois do evento, Triches chamou Sigrid para pagar-lhe cachê. O empresá-rio, entretanto, acabou ganhando um bô-nus com segundas intenções. “Aí eu tive a brilhante ideia de que não iria cobrar, mas disse que precisaríamos do patrocí-nio”, lembra Sigrid. Com o investimento da empresa via Lei Sarney – a primeira lei federal de incentivo à arte –, o Raízes pas-sou a viver época de vacas gordas. Além dos benefícios, os homens do grupo ain-da recebiam a oferta de emprego nas em-presas da holding de Triches. O teatro de lona da Enxuta passou a ser usado como local de ensaio. Com o apoio financeiro que precisava, o Raízes tinha tudo para continuar fazendo sucesso. Mas o plano Collor eliminou a Lei Sarney. Triches, as-

sim como os demais empresários do Bra-sil, entrou em desespero. E teve que sus-pender o patrocínio. Sigrid sabia, porém, que o fim do Raízes era apenas “uma pau-sa para o cafezinho”, momento em que ela poderia descansar, pensar e voltar à ação.

Era 1996, ano de eleições municipais. Pepe Vargas e Germano Rigotto dispu-tavam a prefeitura de Caxias. Sigrid foi procurada por Rigotto com a proposta de retomar o Raízes. Pepe venceu. E a vi-tória petista também foi favorável. Sigrid foi convidada para assumir um cargo de confiança na recém criada Secretaria Municipal da Cultura, onde criou a Com-panhia Municipal de Dança.

Depois de 8 anos, mais uma vez Si-grid teve que fazer uma pausa em seus projetos. Com o fim do mandato do PT em Caxias do Sul, ela foi afastada da Cia. Logo após sair da companhia foi convi-dada para dar aula na Universidade de Caxias do Sul, onde, em 2008, criou o ArticulAÇÕES – programa que estuda os movimentos do corpo humano a partir da dança, ligado à Educação Física. Pa-ralelamente, em 2005, foi convidada para dirigir uma peça no Balé da Cidade de São Paulo.

Atualmente, Sigrid intercala estadias em Caxias e Santa Catarina, onde atua como pesquisadora no Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina. Quase nem sobra tempo para visitar a chácara em Feliz, onde Si-grid já sonhou criar galinhas com unhas pintadas. A extravagância deve esperar. Ao que parece, ela está longe de pendurar as sapatilhas.

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PLateiasilene seagal ainda mais bonita |graforréia volta em formação original |banquete à beira do inferno | caPelinhas da história

Quando alguém inscreve uma proposta no Finan-ciarte, da Secretaria Municipal da Cultura, um dos critérios utilizados para a escolha é a contrapartida. Para a população, que financia os projetos, é o item que mais interessa.

No ano passado, o Financiarte contemplou 32 projetos, 5 de literatura, 5 de dança, 2 de teatro, 3 de arte, 4 de cinema e vídeo e 13 de música. Entre os beneficiados, 7 já quitaram as suas contraparti-das e 5 as cumpriram parcialmente. No total, Caxias terá de receber 37 apresentações de música, teatro ou dança, das quais 9 já tiveram sessões gratuitas. Quem gravou CDs, DVD´s ou lançou livros acumu-lou uma dívida de 1.290 exemplares com as biblio-tecas públicas, escolas e centros culturais da cidade. Dos livros, 350 já foram entregues.

A Secretaria da Cultura realiza o agendamento das apresentações, algumas vezes junto com outros eventos, conforme a necessidade. Parte dos projetos ainda está em fase de produção e não pode comple-tar a contrapartida. O prazo máximo é de um ano para que a Secretaria agende e receba o benefício. Confira o número de atrações nas contrapartidas devidas pelos aprovados no Financiarte 2011.

AGENDA PENDENTE

Dança: 5 apresentações1 mesa redonda1 oficina1 exibição de vídeo

Teatro:4 apresentações3 oficinas4 workshops

Cinema e vídeo:80 DVDs2 sessões

Música:19 apresentações650 CDs10 DVDs4 palestras2 workshops

Literatura:200 livros

Arte:2 exposições2 telas para Amarp200 camisetas para Amarp

Literatura:350 livros3 palestras

Dança:3 apresentações

Música:6 apresentações

AGENDA REALIZADA

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O quanto os artistas devem para a comunidade

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CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

JOVENS ADULTOSA escritora infantil Mavis Gary, vivida por

Charlize Theron, volta para a sua cidade na-tal, no interior dos Estados Unidos para re-conquistar o namorado dos tempos de esco-la, Buddy (Patrick Wilson). Dois problemas: o ex-namorado é um pai de família casado e ela, uma megera na juventude, é odiada por toda a cidade. Estreia.

CINÉPOLIS 13:30-16:30-19:30-22:20 12 1:34

PLANO DE FUGAÉ a volta de Mel Gibson para os filmes de ação

depois de uma breve passagem em produções mais dramáticas. No longa ele faz o papel de um motorista que entra ilegalmente no México com dinheiro roubado para salvar a vida. No novo país, é preso e perde a sua valiosa mercadoria. Ele acaba ajudando uma humilde família local. Estreia.

CINÉPOLIS 15:30-18:00-20:20-22:30 16 1:36

EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOSBaseado no romance homônimo de Marçal Aquino, o longa narra um triângulo amoroso com

o belo, porém tenso, território do interior do Pará como paisagem. Os envolvidos: o fotógrafo Cauby, que perdeu a crença no amor e passou a venerar a beleza; o pastor Ernani, que acredita que as contradições do mundo têm conserto – talvez a trama o coloque em dúvida – e Lavínia, que faz mistério sobre o que acredita, venera o marido pastor mas cai, com Cauby, na tentação da carne. Guarde esse título para os jogos de mímica com nomes de filmes.

GNC 14:15-16:30-18:30-21:00 16 1:40

Camila PITANGA. Gustavo MACHADO. De Beto BRANT e Renato CIASCA

Charlize THERON, Patton OSwALT. De Jason REITMAN Mel GIBSON, Peter STORMARE. De Adrian GRuNBERG

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BATTLESHIPO filme é a estreia da cantora pop Rihanna no cinema que, além

da beleza física, não impressiona em nada. Mesmo assim, a história de um tenente da marinha que tem a missão de expulsar uma inva-são alienígena no Pacífico – baseado no jogo de tabuleiro batalha naval – está em 2° lugar nas bilheterias brasileiras do fim de semana. Já arrecadou mais de R$ 2,7 milhões. 2ª semana.

CINÉPOLIS 19:10-22:10 14:30-18:30-21:30GNC 13:40-16:20-19:10 19:20-21:50 10 2:15

OS VINGADORESCom uma arrecadação de US$ 1,3 bilhão, a aventura do grupo de

super-heróis que tem a missão de combater o vilão Loki já entrou para a lista das 10 maiores bilheterias da história do cinema. Con-forme o site The Hollywood Reporter, Robert Downey Jr., o Homem de Ferro, também está entre os heróis com o melhor cachê: US$ 50 milhões. Cogita-se que os demais do filme devam ter recebido entre US$ 2 e US$ 6 milhões, uma ninharia para quem precisa salvar o mundo. 4ª semana.

CINÉPOLIS 3D 14:00-17:30-21:00 | 3D 13:00-16:00-19:00-22:00IGuATEMI 3D 19:00-22:00 | 13:30-16:10-18:50-21:40 | 3D 13:00-16:00 | 13:10-15:50-18:40-21:30 12 2:16

PIRATAS PIRADOSUm bando de piratas feitos de massinha de modelar, liderado

pelo Capitão Pirata, tem o objetivo de tornar o seu chefe o fora-da-lei mais perigoso e temido do mundo. Gravados em stop motion pelos mesmos diretores de A Fuga das Galinhas, os marujos têm que derrotar os bloqueios da rainha Vitória para completar o objetivo. 2ª semana.

CINÉPOLIS 12:50-14:50-17:00GNC 13:50-15:40-17:30 L 1:28

O ARTISTAO vencedor do Oscar de Melhor Filme e um dos mais premia-

dos do ano conta a história da carreira do astro de cinema mudo George Valentin, que vê o seu sucesso despencar com a chegada do cinema falado. O filme foi tão bem sucedido que quase todos atores ganharam destaque, até o cachorrinho Uggie, um Jack Russel Terrier, melhor amigo do protagonista, ganhou a Palma de Melhor Cachorro no cinema.

ORDOVÁS SEX (19) 19:30 SÁB (19) DOM (20). 20:00. QuI (24) 19:30 12 1:40

SANEAMENTO BÁSICO - O FILMEPara sanar um problema de esgoto na pequena Linha Cristal, aqui

na Serra Gaúcha, os moradores buscam a administração pública, só que a prefeitura não pode financiar a obra. Contudo, eles descobrem que a cidade recebeu R$ 10 mil do governo federal para a produção de um filme. Dividem os gastos da produção com o investimento na obra. O resultado das filmagens – hits como Silene? Que Silene??? Silene Seagal... – valeria o Oscar. A sessão tem entrada gratuita.

ORDOVÁS. QuI. (24). 15:00 L 1:52

UM HOMEM DE SORTEUm soldado americano volta da guerra no Iraque e procura pela

desconhecida que viu em uma foto entre os escombros e guardou como amuleto. A história de Nicholas Sparks tem tudo para agradar as românticas: um homem brutalizado pela guerra mas de coração sensível, uma mulher machucada pelos tombos amorosos, crianças fofas e até cachorros. 3ª semana.

GNC 22:10 12 1:41

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Quarteto de Saxofones da Orquestra de Sopros de Caxias do Sul DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Mahabharata DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Marcelo Armani SEX (18). 17:30. Praça Dante Alighieri e DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Roger Canal SEX (18). 17:30. Circui-to Pontos de Ônibus e DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Coletivo Shanghai SEX (18). 17:30. Ca-

melódromo e DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Quinteto de Metais da Orquestra Municipal de Caxias do Sul SEX (18). 17:30. Av. Júlio de Castilhos

Medialunas SEX (18). 17:30. Praça João Pessoa e DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Camareta Brasileira SÁB (19). 10:00. Pra-ça Dante Alighieri

Pindorália SÁB (19). 16:00. Praça Dante Alighieri e DOM. (20). 15:00. Parque

dos Macaquinhos

Chicabon Blues Trio SÁB (19). 16:00. Visa-te e DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Poetas Divilas DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Massari Project DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Ciclo Natural DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Bluegrass Porto-Alegrense DOM (20). 15:00. Parque dos Macaquinhos

A etapa caxiense do Festival Brasileiro de Música de Rua continua neste final de semana. O evento terá oficinas, debates e shows nas paradas de ônibus, parques e outros pontos da cidade. Veja a programação.

Camareta Brasileira

Mahabharata

+ SHOWS

Mais som nas ruas

MUSICA

SEXTA-FEIRA (18)

Rafa Gubert & Tita Sachett 22:00: R$ 12 e R$ 18. MississippiSai Dessa 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13Lenon Z & The Sickboys 22:00. R$ 10. Bier HausNoite da Perdição II 23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão ClassicCamisa 10 23:00. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingConstelação 23:00. R$ 20 e R$ 25. Havana

SÁBADO (19)

Black Havana SÁB. (19) 23:00. R$ 25 e R$ 40. HavanaHenrique Abero e Grupo Barbaquá 21:00. R$ 10. Paiol Fer Costa Trio 22:00: R$ 12 e R$ 18. MississippiPuracazuah 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13Vinny Lacerda 23:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

DOMINGO (20)

Mateus e Fabiano 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingCantici Italiani 20:00. R$ 5. Teatro Municipal

Sarau dos loucosPara encerrar em grande estilo a Semana de Luta Antimanicomial, movimento

nacional que deseja melhores condições na saúde mental, haverá um sarau com Marcelinho Silva, See A Rasta, Fran Duarte, Pindorália e DJ Ana Langone. Os artistas sobem ao palco para mostrar que, no fundo, todo mundo é meio louco. A festa ainda contará com declamações de poesias, intervenções artísticas e ex-posição de pinturas.

SEX (18) 23:00. R$ 12 e R$ 15. Level

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TERÇA-FEIRA (22)

Flávio Ozelame Trio 22:00: R$ 12 e R$ 18. Mississippi

QUARTA-FEIRA (23)

Rafa Gubert & Tita Sachett 22:00: R$ 12 e R$ 18. Mississippi

QUINTA-FEIRA (24)

Delta Jam Blues Band 22:00: R$ 12 e R$ 18. MississippiHector D’Marco 23:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

+ SHOWS

A festa We Are Golden vem de Porto Alegre para literalmente banhar a noite caxiense com muito ouro. Além das bebidas em tom dourado – espumantes e ener-géticos –, o público terá colares, acessórios e tintas para entrar no tom da balada. Na trilha sonora, selecionada por Tarciso Bressan, Brian Mello e Julia Franz, muito electropop.

SÁB (19). 23:00. R$ 20. Level

Noite dourada

Canto para a ItáliaEm homenagem ao dia da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, ocorrerá

o espetáculo Cantici Italiani Della Nostra Imigrazzioni. Os convidados da noite são grupos e cantores da região, entre eles Fernando Lusa, Felice Persone, Ismael Maggi, que interpretarão canções-tema da música ítalo-brasileira, como La Cam-pagnola, Gira L’amore, In Mezzo il Mare e Ciao Itália.

DOM (20). 20:00. R$ 5. Teatro Municipal

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Do grupo dos representantes máximos dos primórdios do rock gaúcho, a Gra-forréia Xilarmônica reúne sua formação original para comemorar o aniversário de 25 anos de carreira. No repertório de Frank Jorge, Marcelo Birck, Carlo Pianta e Alexandre Birck, os sucessos mais clássicos da banda como Amigo Punk, e as novís-simas Chacundum Brega e Tantas tendências.

SÁB (19). 23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão Classic

O retorno da Graforréia

Jazz e blues instrumentalPara quem curte jazz e blues e prefere uma noite mais calma – um bom papo

ao sabor de uma Zarapizza, quem sabe – , a pedida é o show da Instrumental Best Dream. A banda, formada por Luciano Nazar (guitarra), Rodrigo Rockers (baixo), Alvaro de Borba (bateria) e Alex Bessa (teclado), apresentará as faixas de seu pri-meiro álbum, Instrumental Radio.

SEX (18). 20:00. Entrada Franca. Zarabatana

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A peça O Fauno mostra o perso-nagem da mitologia romana, metade homem e metade bode, no momen-to pós-morte. Em seu caminho para a terra dos mortos, a figura mística tenta prever o seu destino – o paraíso, o inferno ou o limbo – ao lembrar de suas ações em vida, as consequências delas e o que representaram para os outros. O Fauno, a melhor atuação de Márcio Ramos, tem direção e roteiro de Ana Fuchs. O público também é convidado a julgar, mas não está livre do inferno.

★ ★ ★ ★ ★SEX (18). SÁB (19). DOM (20).

20:00. R$ 15. Ordovás 16 1:00

PALCO Criatividade infantil

A morte do fauno

Reinvenções contemporâneas

A história dos bugres

Dou

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gaçã

o/O

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Quando os filhos de dona Sancha são presos pelo gigante Jó, 4 crianças, interpretadas pelos adultos Fábio Cuelli, Filipe Mello, Carine Panigaz e Priscila Webber Massairo, criam uma aventura para salvá-los. Para o desafio se concretizar, eles usam um multifuncional lençol para enfrentar os inimigos já conhecidos das cantigas e histórias infantis, como o Soldadinho de Chumbo, o Sapo Cururu e o Zé Pereira. A peça, que tem direção de Zica Stockmans, foi contemplada com o Prêmio Anual de Incentivo à Montagem Teatral 2011, da prefeitura.

SÁB (19). DOM (20). SEG. (21). 16:00. R$ 20. Casa de Teatro L 0:50

A Cia. Matheus Brusa prepara a 5ª apresentação cênica baseada nos seus próprios arqui-vos. Desta vez o espetáculo é a readaptação das coreografias, figurino e trilha de Léxico, Manteiga, Outro Nascimento e Electrões. E também há a estreia de Superfacial. Arquivo – Instância 5 marca o aniversário de 6 anos da companhia.

SEX (18). 20:30. R$ 10. Teatro Municipal 10 0:40

Para homenagear a trajetória do CTG Campo dos Bugres, o grupo preparou o espetá-culo de dança Passos e Compassos da História. Nele, avô e neto entram em um livro para contar a história. Cada momento marcante é representado com uma dança. A coreografia do espetáculo é de Robson Terres e a direção é de Márcia Teixeira Scariot.

SEX (18). SÁB (19). 20:30. R$ 10 L 1:10

EXTRAVIO/ROUBO DE NOTAS FISCAIS DE PRODUTOR

MARCILIO JOÃO CAVALLI, INSCRITO NO CGC/TE SOB Nº 029/1116736, RESIDENTE EM FAZENDA DO RAPOSO, VILA OLIVA EM CAXIAS DO SUL – RS, COMUNICO A QUEIMA DE 1 TALÃO DE NOTAS FISCAIS DE PRODUTOR DE Nº P 115872191 À P 115 872200.

E O MESMO NÃO SE RESPONSABILIZA PELO USO DOS MESMOS.CAXIAS DO SUL (RS), 11 DE MAIO DE 2012.

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ARTE

Mostrar a função das capelinhas na comunidade católica é a premissa da exposição Capelinhas – Memória e Fé. As 40 capeli-nhas à mostra foram disponibilizadas por doações de paróquias de Caxias e outras cidades do Estado, e são datadas de 1940 até os dias de hoje. Além dos santos, também há terços e outros ar-tefatos religiosos. Outro ponto interessante são depoimentos de algumas das 550 zeladoras de capelinhas da cidade. As mulheres comentam fatos marcantes e curiosidades sobre o assunto.

Capelinhas – Memória e Fé TER-SEX. 8:30-17:30. Museu dos Capuchinhos

História e costumes da fé

CAMARIM

Um ótimo texto e um grande ator, devem ser estes os principais ingredientes para uma peça de alto nível. O Fauno, um monólogo escrito por Ana Fuchs para atua-ção de Márcio Ramos – com duas sessões nesta semana –, é uma das melhores combinações dos últi-mos tempos no teatro caxiense. A peça revela o peso da dedica-ção ao processo criativo, sem o qual o talento seria desperdiçado da receita. A pesquisa, o estudo aprofundado, os testes... boa parte disso é colocada fora na finaliza-ção da montagem. E o quanto se dispensa de material é proporcio-nal à qualidade do que sobra, o sumo da peça. O Fauno, propício ao improviso, foi discutido, estu-dado, reconstruído e ensaiado à exaustão. É de exageros que se faz o melhor teatro.

As inscrições para o Prêmio Anual de Incentivo à Montagem Teatral seguem até o dia 24. Os interessados devem entrar em contato com a Secretaria da Cul-tura pelo fone 3901-1316. Os ins-critos disputam uma verba de R$ 60 mil, com a qual geralmente são contemplados dois espetáculos. A última edição premiou 3 peças entre 11 inscritas. Escravos de Jó, da Tem Gente Teatrando, recebeu R$ 22,5 mil e estreou na última semana. Marilu, um infantil de Odelta Simonetti (Núcleo Trom-pas de Falópio), e o teatro de rua A Mãe dos Monstros, de Juliana Demori (Ueba Produtos Notá-veis), receberam R$ 27 mil e R$ 10 mil cada e devem estrear até dezembro deste ano.

Exagerosfundamentais

Criatividade premiada

Marcelo araMis

Jeitos de Ser Brasil Antonio Giacomin. SEG-SEX. 8:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Corpo em Fuga Lucas Auller. SEG-SEX. 9:00-19:00 SÁB. 9:00-12:00. Farmácia do Ipam

O Melhor dos Mundos Possíveis Nara Amelia Melo. SEG-SEX. 8:00-22:30. Campus 8

Os Desenhos do Arco da Velha Lipe Albuquerque. SEG-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Recorte Étnico Coletiva. SEG-SEX. 8:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal

Videoarte BR Diana Domingues. SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Monumentos de uma Trajetória Bruno Segalla. SEG-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

Faces Marina Venâncio. SEG-SEX. 8:00-22:30. Galeria Universitária

Neuza Andreazza SEG-SÁB. 8:00-22:20. Faculdade Inovação

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CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARENA: BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARISTOS. AV. JÚLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13: DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | CATHEDRAL BISTRÔ: FEIJó JUNIOR, 1023. ESPAÇO 03. SÃO PELEGRINO. 3419-0015 | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLO-RES, 789. 3536-3499. | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX VERSUS: DARCy ZAPAROLI, 111. VILAG-GIO IGUATEMI. 8401-5673 | PAVILHõES DA FESTA DA UVA: LUDOVICO CAVINAT-TO, 1431. 3021-2137 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PLACE DES SENS: 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | PORTAL BOwLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | TAHA’A BAR. MATHEO GIANELLA, 1444. SANTA CATARINA. 3536-7999. | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

TEATROS:CASA DE TEATRO: RUA OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130 | TE-ATRO MUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | SALA DE TEATRO DO ORDOVÁS: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316 | TEATRO DO SESC: MOREIRA CÉSAR, 2462. CENTRO. 3221-5233 |

GALERIAS:CAMPUS 8: ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | GALERIA UNIVERSITÁRIA: FRANCIS-CO GETÚLIO VARGAS, 1130. PETRóPOLIS. 3218-2100 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | MUSEU MUNICIPAL. VIS-CONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | PRATAVIERA SHOPPING: AV. JÚLIO DE CASTILHOS, 2030. 3028-2029 | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ-ZOLO. 3901-1316 |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Indie Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica

DançaClássico Contemporânea Flamenco Forró Folclore Jazz Dança do Ventre Hip hop Salão

ArtesArtesanato Desenho Diversas Escultura Fotografia Grafite Gravura Acervo Pintura Vídeo

ENdERECOS A

carol De BarBa A partir da próxima quinta-

feira (24), começa mais uma edi-ção do Vitrine Requinte Noivas & Festas, o maior evento do setor na Serra, no hotel InterCity. Serão 4 dias de mostra, com apresenta-ções culturais, mostra fotográfica e desfiles de moda noiva, damas de honra e pajens, acessórios, moda masculina e lingerie. A en-trada para o evento é um quilo de alimento não perecível por pes-soa. Mais informações no vitrine-requintenoivas.blogspot.com.

Já está disponível online a pri-meira edição da revista digital da grife Miss Mano, a Miss Mano Style. Para a estreia, a marca pre-parou um editorial especial com a coleção de inverno 2012, inspi-rada nas propostas Vintage Lady, Boho Chic, e com a linha infantil Coleção Petit. A publicação tam-bém tem vídeos, dicas de acessó-rios e tendências das temporadas de moda, gastronomia, etiqueta e decoração. O aplicativo da revista também está disponível para iPad, iPhone e Android. A loja da Miss Mano fica no San Pelegrino.

Para comemorar o mês das noivas, o San Pelegrino Shopping Mall será palco da exposição Foto-grafando Momentos, Registrando Sonhos, do fotógrafo Alex Milesi. A mostra, que fica em cartaz até o dia 31, terá 12 fotos de noivas nos momentos mais marcantes do matrimônio.

Noivas

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Miss Mano Style

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FUTEBOLCampeonato Municipal de Futebol – Séries Ouro e PrataDOM. (20). 13:15. Enxutão, Campo do Sagrada da Família,Complexo Esportivo da Zona Norte, Campo do Madrid e Campo do Fátima.

Festival de Futebol do programa Caxias OlímpicoDOM. (20). 9:00 às 17:30. Estádio Municipal

FUTEBOL SETE MASTERFinal do Campeonato de Futebol Sete Master Jogos do Sesi.Marcopolo x AgraleSÁB. (19). 10:00. Centro Esportivo do Sesi.

Final do Campeonato de Futebol Sete Livre Série A Jogos do Sesi.Voges x Marcopolo SÁB. (19). 15:00. Centro Esportivo do Sesi.

BOLÃOJogos Abertos de Bolão Masculino – Série ASEX. (18). 19:30. Gratuito. Salão da Igreja dos Capuchinhos e Clube União Forquetense

Jogos Abertos de Bolão Masculino – Série BSEX. (18). 19:30. Gratuito. Salões das igrejas São Francisco (bairro Kayser) e São Pelegrino

VÔLEIJogos Abertos – MasculinoSÁB. (19) e DOM. (20). 9:00. Ginásio Clube Juvenil

Campeonato AbertoDOM. (20). 9:00. Ginásio da UCS

SQUASHJogos Abertos de SquashSEX. (18) e SÁB. (19). 19:00. Kviva.

CICLISMOPedalando no ParqueDOM. (20). 10:00. Parque dos Macaquinhos

SALÃO PAROQUIAL CAPUCHINHOS: GENERAL SAMPAIO, 161. SÃO PELEGRINO | CLUBE UNIÃO FORQUETENSE: AVE-NIDA ARTHUR PEROTONI, 1403. FORQUETA | SALÃO PARO-QUIAL DA IGREJA SÃO FRANCISCO: ANTÔNIO FANTINEL, 177. kAySER | SESI: RUA CyRO DE LAVRA PINTO,S/N°, FÁTI-MA | ACADEMIA KVIVA: RUA TENENTE ALVARENGA SOUTO MAyOR, 680. PIONEIRO | ESTÁDIO MUNICIPAL: JÚLIO DE CASTILHOS, S/N°. CINQUENTENÁRIO | ENXUTÃO: LUIZ CO-VOLAN, 1.560. MARECHAL FLORIANO | UCS: RUA FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1.130. PETROPOLIS | GINÁSIO CLUBE JU-VENIL: RUA MARQUÊS DO HERVAL, 197. CENTRO | CENTRO ESPORTIVO DA ZONA NORTE: RUA DOS APICULTORES, S/N°. SANTA FÉ | CAMPO DO MADRID: ELOy FARDO, S/N°. PLANAL-TO RIO BRANCO | CAMPO DO FÁTIMA: AVELINO ANTÔNIO DE SOUZA, S/N°. FÁTIMA | CAMPO DO SAGRADA FAMÍLIA: CÂN-DIDO JOÃO CALCAGNOTTO, S/N° SAGRADA FAMÍLIA

arquiBaNCaDaatletismo na escola | uma corrida até ali em caravaggio | 191 atletas no do taekwondo

Os Jogos Abertos de Taekwondo terão 191 competidores, nas categorias infantil (8 a 13 anos), juvenil (14 a 17) e maiores de 18 anos. Entre os participantes estão os alunos do projeto Talentos do Futuro, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.

DOM. (20). 8:30. Gratuito. Ginásio do Enxutão

As provas de atletismo dos Jogos Escolares do Sesi 2012 en-cerram nesta sexta-feira (18). Ao todo, mais de mil alunos de escolas da cidade participaram das provas. Na quarta-feira (17), foi a vez dos atletas da categoria Mirim. Na quinta-feira par-ticiparam os atletas da categoria Infantil e na sexta-feira (18), encerrando a programação, competem os estudantes da cate-goria Juvenil.

SEX. (18). 8:00. Gratuito. Centro Esportivo do Sesi

A Secretaria do Esporte e Lazer (SMEL) promove a 3ª Cami-nhada e Corrida da Fé em direção ao Santuário de Caravaggio. A largada será em frente ao Posto Di Trento, na RS-122, na sa-ída para Farroupilha. Os participantes que optarem por fazer o trajeto a pé sairão às 7:00 e percorrerão 15 km pela estrada ve-lha até o ponto de chegada. Já a largada para os corredores, que percorrerão 21 km pela RS 122, será às 8:00. Não é necessário fazer inscrição. O evento é de integração e não haverá prêmios.

SÁB. (19). 7:00 e 8:00. Gratuito. Posto Di Trento

Corrida pela fé

Talentos da luta

Jovens atletas

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As lições do Gauchão 2012

Ão, ão, ão, Caxias é seleção

Segura, grená...

Bora subir

Veio a calhar

Cara de time

No final das contas, valeu a pena. Essa era a opinião da torcida grená após a derrota em Porto Alegre, na final do Gauchão contra o Interna-cional. A frustração por ter sofrido a virada no placar foi substituída aos poucos por um otimismo antecipado quanto ao desempenho do Caxias na Série C. “Vamos subir, grená”, profetizavam os torcedores enquanto aguar-davam a abertura dos por-tões do Beira-Rio depois do

jogo. Que a resignação com o vice-campeonato – que tem, sim, seu valor – se transfor-me em aprendizado. A troca de treinador em meio ao campeonato foi uma deci-são correta? A equipe atin-giu o padrão de jogo ideal? Quem sai? Quem fica? São questões que devem ser analisadas a partir de agora e que podem confirmar ou não a previsão dos torcedo-res. Por enquanto, o hori-zonte é belo para o Caxias.

Não se trata de uma exal-tação ao grupo de atletas grenás, mas resultado da opinião de cronistas espor-tivos gaúchos. Eles foram os responsáveis pela vota-ção que definiu a seleção do Campeonato Gaúcho 2012. E o time grená foi premia-do em peso. O zagueiro La-cerda, o lateral Fabinho e o atacante Vanderlei (juntos

na foto) e o goleiro Paulo Sérgio integram o grupo ao lado de jogadores do Inter, Grêmio e Veranópolis. Pau-lo Porto, que levou o Caxias ao título da Taça Pirati-ni, foi escolhido o melhor treinador. O volante grená Wangler foi eleito a revela-ção da competição. E mais: Voges foi considerado o melhor dirigente.

O orgulho dos torcedores do Caxias em ver os joga-dores e dirigentes do seu time entre os melhores do Gauchão precede uma pre-ocupação que só deve au-mentar nos próximos dias:

como segurar no clube os craques do time? Vem tra-balho duro por aí. O mais difícil vai ser repor a quali-dade de quem sair do time em um momento impor-tante como esse.

Sem perder tempo, o Ju-ventude está garantindo a

montagem do grupo para a Série D. Com calma e inte-ligência. Ape-sar das perdas de Evaldo e Gleidson, os pratas da casa

como o goleiro Folmann e os contratados como o goleiro Paulo Musse, o meia Francis-co Alex e o atacante João Hen-rique, com boas atuações por seus ex-clubes nos estaduais, dão boas perspectivas para o time na competição. Raulen e Marcel (foto), que já defende-ram o Ju nos tempos de Série A, também são fundamentais para retomar a ascensão es-meraldina no cenário nacio-nal. A hora é essa.

O anúncio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de auxílio financeiro aos partici-pantes da Série D chegou em boa hora. Mais do que aliviar o bolso dos clubes, a medida ajuda a valorizar a compe-tição, que ainda tem pouca visibilidade. A lista inclui a cobertura de despesas com hospedagem, alimentação e transporte (de avião acima de 700 quilômetros e ônibus para distâncias menores). Bom para o Juventude, que poderá investir mais na montagem de uma equipe competitiva. Ruim para Veranópolis, Novo Hamburgo, São José, Pelotas e Lajeadense, que abdicaram da competição. O Cerâmica foi esperto e abocanhou a vaga.

Neste sábado (19), o Juven-tude fará jogo-treino contra o Cerâmica no Estádio Ho-mero Soldatelli, em Flores da Cunha, às 10:30. Oportunida-de para conhecer um esboço de como será a equipe de Luiz Carlos Martins na Série D.

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Francisco Noveletto, presidente da Federa-ção Gaúcha de Futebol (FGF), que dizia torcer por um Gre-Nal na fi-nal, afirmou que a deci-são entre dois times do interior na Taça Piratini engrandeceu o Gauchão 2012. Senta lá.

O reconhecimento da União das Associações de Bairros (UAB) a Vanderlei Bersaghi, o Pé, ex-dirigente grená morto no ano passado, dando seu nome ao 18º Campeonato Interbair-ros de Futsal Série Ouro. Justa homenagem.

A péssima estrutura para a torcida visitante no Beira-Rio e a recep-ção nada amigável da Brigada Militar à torcida do Caxias.

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A feira e a xepa II

Museu a céu aberto

Não faz muitos anos que iluminar um ambiente significava apenas ir ao mercado mais próximo e, no olhô-metro, comprar o tipo de lâmpada (às vezes mais de uma) que parecesse mais adequado ao tamanho do espa-ço e, principalmente, ao bolso. Hoje, o conceito de light design, muito conhe-cido para quem é do mundo do teatro e dos espetáculos de dança, já foi in-corporado à arquitetura do dia a dia. “O projeto luminotécnico procura dar destaque às formas concebidas pelo arquiteto e valorizar cores, texturas e detalhes dos ambientes”, explica a pro-fissional Fernanda Tissot, vencedo-ra de 4 prêmios Abilux e especialista convidada para apresentar seu projeto nesta edição da coluna. Segundo Fer-nanda, é importantíssimo adequar o tipo de iluminação à atividade desen-

volvida no ambiente. Em casa, onde se quer descontração, relaxamento e clima mais intimista, podem ser usa-das lâmpadas com temperatura de cor mais amarelada. “No trabalho, onde o usuário precisa se manter atento, a fonte de luz deve ter uma temperatura de cor mais branca”, completa.

Para desenvolver o projeto lumi-notécnico do Centro de Memória Dr. José Brugger, no Hospital Pompéia (o projeto arquitetônico é de Dérbora Mensch e Gabriela Gava), Fernanda seguiu uma linha mais cênica, mistu-rando dois tipos de iluminação. Para a geral, utilizou uma fonte de luz maior, mais potente, difusa e indireta (posi-cionada na parede). No teto, colocou a luz de destaque, criando focos pon-tuais para ressaltar determinados ob-jetos no ambiente.

Procurar nas raízes da cultu-ra elementos que resgatem as origens de quem ocupa um am-biente é uma ótima opção para personalizar e criar um clima intimista nos espaços. Mas não é qualquer produto que o con-sumidor aprova só porque foi feito à mão. Apesar de terem atraído 65 mil pessoas aos pa-vilhões, a Feira Mãos da Terra e 4ª Mostra do Artesão Caxien-se não receberam boas críticas do público. Quem procura um produto artesanal quer, com toda a razão, que ele mostre ter sido feito com um cuidado es-pecial. Rústico não é sinônimo de mal feito. Portanto, quem vende não deve menosprezar o significado de valor agregado e qualidade para o cliente.

Dentro da programação ca-xiense na Semana Nacional de Museus, merece destaque o início das obras de restauro das edificações de Hércules Galló, em Galópolis, tombadas em 2010. O desafio é liderado pelo Instituto Cultural Hércules Gal-ló. O projeto e a execução são da Uana Projetos, gerenciados pelo arquiteto Renato Sólio. A inspiração vem dos valores pa-radigmáticos do empreendedo-rismo, do trabalho e da família.

A luz faz toda a diferença

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SOS Dicas

Galeria Arte Quadros | Lindonês Silveira | R$ 500 Deccor e Arte | Cristiane Marcante | R$ 550

MuSICALO blues, associado à tristeza e à cor azul, ganha clima

de aconchego no vermelho da obra de Lindonês. O traço despojado do artista é uma alternativa para dar leveza e personalidade aos espaços de lazer da casa.

NATuREZAA obra é uma excessão no trabalho de Cristiane Marcan-

te, que não costume economizar nas cores. A árvore da vida transmite tranquilidade e combina com ambientes de sala de estar ou jantar.

Já imaginou ir ao shopping para, em vez de com-prar um sapato novo, garimpar uma dica para a re-forma da sua casa? Pois o SOS Dicas tornou isso pos-sível. O serviço acaba de inaugurar um quiosque no Iguatemi onde fornece, além de dicas de arquitetos, informações sobre como contratar um serviço ágil e acessível para reformular ou criar o espaço desejado. O SOS Dicas faz parte do grupo Casa e Cozinha, que atua há 30 anos no mercado caxiense.

“As minhas sacolas de feira, que a gente chama de ecochiques, porque já está até cafona ir no mercado e sair com um monte de sacolas plás-ticas. É algo não só útil mas necessário, e que fica mais divertido cus-tomizado”.

“A escultura de Nossa Senhora de Cara-vaggio em papel machê da artista Fabíola Cornutti. Ela é bonita de se ver e represen-ta a religiosidade, para quem tem fé. Além disso, a artista tem um estilo único. Para mim, a menina Joaneta é um dos elemen-tos que mais tem esse olhar autoral.”

por Leandra Pedroso, artista plástica e designer de moda, proprietária da galeria/ateliê/loja bacana Dona Nicoletta.

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