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Junho - 2015 Talentos

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Revista Digital desenvolvida pela Empresa de RH Dorsey Rocha & Associados. || Talento, nosso tema do mês, já foi uma moeda antiga da Grécia antiga e de Roma. Hoje as empresas preocupam-se em identificar, atrair e engajar pessoas que as levem à perenidade. . Elizabeth Rodrigues aborda a importância de potencializar as competências diferenciadoras que trazem a vantagem competitiva das empresas. Juliana Kiefer diz que dialogar com a liderança favorece a construção de equipes diferenciadas. Carlos Carvalho escreve sobre a importância de investir tempo para planejar o desenvolvimento das pessoas. Aprecie a leitura.

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Junho - 2015Talentos

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EditorialTalento, nosso tema do mês, já foi uma moeda da Grécia antiga e de Roma. Hoje, é um elemento disputado nas or-ganizações. Entretanto, elas não sabem como resolver a equação de como diferenciar a contribuição das pessoas sem ferir as suas políticas e criar uma competitividade acirrada. Trata-se de um paradoxo, pois os talentos podem promover a perenidade da empresa, mas, a depender da forma como são liderados, podem conduzi-la igualmente ao rápido fracasso.

Conjugar as pessoas em uma dança leve e prazerosa, em que cada um imprima seu ritmo e sua marca sem ofuscar o outro e com o objetivo maior de agradar à plateia, parece um ousado desafio. Ter líderes preparados para harmoniza-rem o espetáculo, é outro capítulo à parte.

Conectar e engajar pessoas, desenvolver líderes, e contar com uma estrutura de trabalho e de grupo que favoreça a tão desejada alta performance parece ser o mais desejado e distante sonho das empresas.

Apenas para pensarmos em algumas pistas que podem clarear o caminho, Juliana Kiefer pondera que empreender o diálogo e o compartilhamento de experiências entre os lí-deres pode colocar luz à atuação de verdadeiros líderes que transformam pessoas e equipes. Carlos Carvalho chama a atenção para a importância de as organizações investirem no desenvolvimento das pessoas. Elizabeth Rodrigues, Diretora da DHL, aborda a importância de potencializar as competências diferenciadoras que trazem a vantagem com-petitiva das empresas.

Talentos, liderança, desenvolvimento, perenidade... Vamos conjugar essas temáticas?

Aprecie a leitura e [email protected]

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Talentos no momento de CRISE ECONÔMICA

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ugar comum é ouvirmos nas organizações “Nosso maior patrimônio são nossos colabo-radores”. “Nosso diferencial é nossa gente”! “Pessoas fazem a diferença”. “Nosso capital humano é nossa força” etc. No dia a dia poucos dirigentes dedicam tempo e energia para realmente planejar “gente”: sua evolução e crescimento. Entretanto, as instituições possuem

um efetivo planejamento financeiro, orçamentário, comercial e de crescimento. Essa dicotomia entre discurso e prática acaba sendo um desafio a mais para as empresas, que querem identificar e engajar seus talentos, e para seus profissionais - que diariamente procuram ser percebidos como diferenciados.

O profissional deve ser medido, além do grau de conhecimento que possui, por sua capacidade de gerar valor e de adaptação frente às situações de crise, usando assim o seu melhor potencial demonstrando sua competitividade e liderança ajudando a empresa a superar situações difíceis.

SE GERENCIARMOS CORRETAMENTE OS TALENTOS EM DIAS TURBULENTOS, ESTAREMOS EM MELHORES CONDIÇÕES PARA ENFRENTAR QUALQUER CRISE.

Usualmente, para ser “classificado” como talento a pessoa deve estar totalmente alinhada à cultura e ao valor da organização e apresentar alta performance, ou seja: bom resultado no cumprimento de metas e na avaliação de competências comportamentais. Portanto, ser um talento envolve a sua capacidade de entregar seus resultados em um ambiente que combina com suas atitudes.

Nos últimos tempos, demissão e desemprego se tornaram sinônimos de crise. Di-ante de tantas incertezas e lucros negativos, muitas empresas não tiveram dúvida em sacar a tesoura e cortar a folha de pessoal sem levar em conta que, na maior parte das vezes, tal atitude não resolve os problemas de fundo, traduzindo-se na deterioração do ambiente de trabalho e da motivação. E a alta direção acaba esquecendo, nesse momento, que o bom profissional é fruto de um ambiente empresarial que favorece a aprendizagem, promovendo a interação entre os em-pregados para que o conhecimento seja compartilhado.

O principal erro que cometem algumas empresas é o de fazer ajustes sem uma análise prévia da área escolhida e sem questionar a escolha feita. Busca-se muito mais o ajuste quantitativo sem se preocupar com aqueles aspectos que poderiam ser melhorados. O curto prazo e o plano mais imediato exercem forte influência sobre os profissionais da área de recursos humanos.

Os talentos são os indivíduos que a organização quer preservar. Em situações nor-mais isso ocorre mediante a oferta de condições de trabalho competitivas em termos de desenvolvimento pessoal e salarial. Mas e nesses momentos de crise?

Uma abordagem é a de avaliar nessas situações a competência de adaptação dessas pessoas. Esse é um fator prático extremamente importante em épocas de crises como estamos vivendo.

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04Carlos CarvalhoConsultor Dorsey Rocha Consulting

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O amanhã das ORGANIZAÇÕES

ma empresa é tão boa quanto as pessoas que fazem parte dela. E é nesse contexto que um posicionamento bem planejado para Desenvolvimento de Talentos pode definir o futuro de uma organização. É necessário conhecer quais competências a diferenciarão de seus concorrentes e fortalecê-las internamente.

Hoje, movemos de um antigo levantamento de necessidades de treinamento baseado em eliminação de gaps e passamos para uma análise de competências diferenciadoras, sustentadas no modelo de vantagem competitiva. A clareza de onde se precisa chegar e quais as capabilidades levarão lá é um dos principais direcionadores da área de Desenvolvimento de Talentos .

Toda empresa precisa, adicionalmente, ter mapeado quais são seus talentos e, nesse contexto, defino como talento as pessoas que possuem as competências necessárias e diferenciadas.

Dentro de um processo de distribuição normal temos diferentes tipos de talentos que exigem táticas diferentes para maximizar o potencial de cada grupo: os contribuintes sólidos (pessoas bem posicionadas na posição) e indivíduos de alto potencial . Precisamos manter os contribuintes sólidos altamente engaja-dos e criar condições para que os indivíduos de alto potencial sigam crescendo e exercendo seu potencial.

A maioria das empresas utiliza um modelo chamado 9Box , numa matriz que combina performance e potencial, para fazer o ma-peamento de seus Talentos. O desafio é ter ações de desenvolvi-mento apropriadas para cada um desses grupos, ou mesmo pessoas.

O amanhã das

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Pesquisadores falam que 70% do aprendiza-do ocorre em ambiente informal, por meio de projetos, atividades desafiadoras e coaching . As empresas precisam fomentar o ambiente correto que propicie esse aprendizado.

Falamos, cada vez mais, de ações individualiza-das em vez de ações massificadas. Desen-há-las e acompanhá-las, passou a ser um dos focos principais da área de Desenvolvimento de Talentos. Precisamos desenvolver “líderes coaches” que atuem diretamente em maxi-mizar o potencial de cada um.

Desenvolvimento de Lideranças ainda é, e provavelmente sempre será, um forte tema nessa área. As pessoas, em sua maioria, pre-cisam de direção, de orquestração, propósito e de “cuidado” e aí reside o papel do líder em fazê-lo. Líderes, ainda que tenham algu-ma predisposição, não nascem prontos, pre-cisam ser lapidados. Um programa robusto para lideranças pode transformar significati-vamente os resultados de uma organização. Líderes dão “o tom” e modelam a cultura. A formação, de modo geral, ao longo da vida, faz-se através de modelos e referências. Den-tro da organização, é o líder que ocupa esse lugar.

Sob a perspectiva individual, falamos que cada talento é responsável pelo desenvolvimen-to de sua carreira. Eu, particularmente, não acredito que ele possa fazer sozinho, mas que deve assumir a responsabilidade por procurar pessoas e recursos (a partir de um processo de autoconhecimento) que o permitam de-senvolver ou fortalecer suas principais com-petências.

Sabemos hoje que disponibilidade, capaci-dade e velocidade de aprendizado são as prin-cipais características de pessoas de alto po-tencial.

Falamos até agora de empresas que precisam reconhecer indivíduos como fonte de van-tagem competitiva e maximizá-las, de talentos que precisam ser mapeados e tratados de for-ma personalizada, de líderes que modelam a organização e inspiram o crescimento e de indivíduos que precisam gerenciar suas car-reiras e manter-se em constante processo de aprendizado. Nada disso vale se não houver um “porque” (propósito maior) para a organização e , pr inc ipa lmente, para o indiv íduo.

Todos nós queremos ser pessoas melhores e construir um “lugar” melhor. Queremos, sim, atingir nosso potencial máximo. Queremos sentir o “frio na barriga” . Queremos sentir o sabor da conquista. Cabe a todos nós propi-ciar espaços para que cada um possa exercer seu melhor!

Falamos, cada vez mais, de ações individualizadas em vez de ações massificadas...

Elizabeth Aparecida Sousa RodriguesDiretora de Organizational Change da DHL e Diretora da ABRH-SP Regional Campinas.

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C onheço jovens executivos sonhando com a liderança desde o primeiro emprego. Um deles me marcou muito ao dizer que queria ser líder porque acreditava que assim teria poder de decisão, poderia pensar sozinho e ser respeitado. Ao reencontrá-lo anos depois, ocupando um cargo de liderança no primeiro step de uma grande empresa, logo me veio em mente a

cena de vários liderados insatisfeitos por falta de autonomia. Ele se aproximou de mim espontanea-mente, com uma fala que interpretei como um desabafo: “passo o dia me preocupando com a estratégia da alta direção e seus desdobramentos, com meus pares e suas demandas, e, mais ainda, com minha equipe, tentando equilibrar suas necessidades com as da empresa, sem perder de vista meus resultados. Não fazia a mínima ideia de que ser líder era tão complexo.” E terminou com um apelo: “Estou sozinho e não sei se estou no caminho certo”.

Por um momento, vesti seus problemas e senti suas dores e angústias. Fiquei pesando como estão aquém as soluções comumente apre-sentadas para a liderança. Porque cada uma delas traz luz para apenas uma das arestas, mas nenhuma conjuga todas elas, tratando do prisma inteiro. O resultado é que cada líder atua privilegiando um aspecto, seja cuidando de atuar estrategicamente e com o foco no resultado, ou articulando relacionamento com outras áreas, ou engajando e desenvolvendo a equipe. Sem conseguir ver o todo não e sem saber quando priorizar uma ou outra ação sem abandonar o cenário geral.

Sempre acreditei que a melhor forma de aprender algo complexo é compartilhar ex-periências com outros que já vivenciaram de-safios semelhantes, porque esses sabem o que lhes tirou o sono e como articularam teoria e prática em determinados contextos.

Entretanto, o que mais me marcou no relato de meu colega, foi o quão solitário ele se sentia, sem poder trocar com outros, a lidar com um campo minado de vaidades e ambições.

COMO PODEREMOS APOIAR OS PRECOCES LÍDERES NESTE DESAFIO? QUAL SERÁ A SAÍDA PARA FORMAR GESTORES MELHORES EM UM MERCADO CARENTE DE EMPRESAS MAIS EFETIVAS?

Desconfio que a resposta não está em propostas mi-rabolantes ou em cursos para a liderança no exterior. Está na simplicidade de empreender o diálogo e o compartilhamento de experiências, frustrações e ex-pectativas. Porque ninguém se torna líder da noite para o dia, e nem tampouco sozinho. E um líder não se sustenta se não for capaz de aprender e se rein-ventar diariamente. Mas apenas desconfio...

Juliana KieferNova Consultora Dorsey Rocha Consulting

Seja bem-vinda à equipe!

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Indica

Quem indica: Ely Bisso / Sócio-Diretor Dorsey Rocha Consulting

Por que indicou: O filme aborda de uma maneira leve e objetiva a questão do choque das gerações X e Y, a competição x cooperação para criar soluções. Deixa evidente que o talento se relaciona com a ca-pacidade das pessoas em reconhecerem, compreenderem e darem respostas aos desafios oferecidos pela realidade do mundo dos negócios nesta Era de grandes transformações.

Sinopse: A história de dois vendedores de relógios de pulso, já “quarentões”, que são demitidos pelo dono da empresa que decide fechar a empresa, pois ninguém mais usa relógio. Meio desesperados os dois decidem se candidatar ao estágio no Google e são escolhidos porque um dos selecionadores lembra aos demais que a empresa valoriza a diversidade. Se envolvem no processo de competição entre equipes e acabam fazendo importantes contribuições exatamente por usarem seus talentos e experiências para provocar diferentes formas de pensamento e soluções.

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Abraham Maslow (1908-1970)

“O homem criativo não é um homem comum ao qual se acrescentou algo. Criativo é o homem comum do qual nada se tirou.”

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PONTO DE

VISTA

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O MIRANTE É UM PROJETO DORSEY ROCHA & ASSOCIADOS

Conselho Editorial:

Rodolpho RochaMarta Castilho

Ádrice Fernanda

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