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ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS AUDITOR/SEFAZ-DF- 2018 Prof. Manuel Piñon – Aula DEMO 01 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 1 de 147 Aula Demonstrativa 01: Introdução à Economia, Noções de Macroeconomia, Agregados Macroeconômicos e Contas Nacionais SUMÁRIO 1– Introdução à Economia 2– Noções de Macroeconomia 2.1 – Introdução à Macroeconomia 2.2 – Agregados Macroeconômicos e Contabilidade Nacional 3 - Resumo da Aula 4 – Questões que foram comentadas em aula 5 – Questões Propostas 6 – Gabarito

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Aula Demonstrativa 01: Introdução à Economia, Noções de Macroeconomia, Agregados Macroeconômicos e

Contas Nacionais

SUMÁRIO

1– Introdução à Economia

2– Noções de Macroeconomia

2.1 – Introdução à Macroeconomia

2.2 – Agregados Macroeconômicos e Contabilidade Nacional

3 - Resumo da Aula

4 – Questões que foram comentadas em aula

5 – Questões Propostas

6 – Gabarito

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Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

Seja bem-vindo ao Curso Economia e Finanças Públicas voltado

especificamente para o cargo de AUDITOR do concurso da SEFAZ/DF

2018!

Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldade

em suas provas, além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Por

isso, torna-se necessária uma preparação com planejamento e muita

disciplina.

O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja

aprovado em algum certame apenas livrando a nota de corte. É

necessário fazer a diferença em todas as matérias.

E, sem dúvida, a disciplina Economia e Finanças Públicas, tendo em

vista o nível elevado de complexidade, representa um dos diferenciais da

prova.

Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da

matéria, numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser

superficial.

Nosso curso atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou

seja, aqueles que estão vendo a matéria pela primeira vez, como àqueles

mais avançados, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada da

matéria.

Além disso, resolveremos aqui muitas questões de Provas de

concursos anteriores elaboradas pelas principais bancas

potenciais do nosso certame: CESPE, FCC, ESAF e FGV, de tal forma

que você ficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova

com bastante segurança.

Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso,

gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal.

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Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela

Fundação Getúlio Vargas-FGV e Auditor Fiscal da Receita Federal do

Brasil, aprovado no concurso nacional de 2009/2010.

Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária,

passando pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até

chegar à atividade de Fiscalização propriamente dita.

Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido

anteriormente entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de

para Auditor Fiscal da Receita Federal (na época AFTN) de 1998, e, após 2

anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas da Região

Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na

iniciativa privada em minha cidade: Salvador.

Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação

alternados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para

concursos públicos em 2006.

Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser

discreto, já que trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita

bandeira” dessa dupla jornada.

Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que

essa situação é transitória.

No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de

Analista de Finanças e Controle – AFC da Controladoria Geral da União –

CGU no ano de 2008.

Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente

ambiente de trabalho na CGU, eu não me acomodei.

Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor Fiscal

da Receita Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a

aprovação no concurso de 2009/2010.

É isso meu amigo!

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Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha

preparação, pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as

angústias, as expectativas, as dificuldades, mas também os sonhos.

Não se esqueça que são os sonhos que nos movem!

Acredite e se esforce ao máximo.

Esse é o segredo!

Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso, que

será de 12 aulas, divididas da seguinte forma:

1

Introdução à

Economia e Macroeconomia

parte 1

ECONOMIA - Introdução geral aos problemas econômicos:

escassez e escolha; Eficiência econômica; fatores de

produção; remuneração dos fatores de produção; livre

mercado; o papel do governo em uma economia em desenvolvimento. Macroeconomia: as contas nacionais;

conceitos de produto e de renda; os agregados

macroeconômicos.

2

Macroeconomia

parte 2

Comércio exterior: Balanço de Pagamentos – conceito e

estrutura das principais contas; equilíbrio e desequilíbrio do balanço de pagamentos; taxas de câmbio; sistemas de taxas

de câmbio fixas e flexíveis.

3

Macroeconomia

parte 3

Macroeconomia: renda e produto de equilíbrio; consumo,

poupança e investimento;

4

Macroeconomia

parte 4

Moeda e crédito: conceitos e funções da moeda; base

monetária e meios de pagamento; o multiplicador monetário; o Banco Central e os instrumentos de controle

monetário; o sistema financeiro nacional.

5

Microeconomia

parte 1

Microeconomia: lei da oferta e da demanda; as curvas de

demanda e de oferta; elasticidade-preço; fatores que afetam

a elasticidade-preço; elasticidade-renda.

6

Microeconomia

parte 2

Microeconomia: noções de teoria da produção; função de

produção; curva de possibilidades de produção.

Produtividade. Conceitos básicos de custos de produção; preço e produto em concorrência e no monopólio.

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7

Tributação e

Política Econômica

Tributação: tipos de tributos; progressividade,

regressividade e neutralidade; teoria da tributação ótima.

Política fiscal: equilíbrio orçamentário; estabilização da moeda; pleno emprego; desenvolvimento econômico;

redistribuição da renda. Instrumentos e recursos da

economia pública (política fiscal, regulatória e monetária).

Bens públicos e falhas no sistema de mercado. O setor governo e a política fiscal; déficits e dívida pública; políticas

de estabilização.

8

Introdução às Finanças Públicas

FINANÇAS PÚBLICAS – Objetivos, metas, abrangência e

definição. Funções do Estado; evolução das funções do

Governo; o financiamento dos gastos públicos: tributação e

equidade. A função do bem-estar; políticas alocativas, distributivas e de estabilização. Conceito de déficit público;

financiamento do déficit; sustentabilidade da política fiscal.

Crédito público: fonte alternativa de financiamento das despesas públicas; pressão do crédito público sobre o

mercado financeiro e monetário; limites do crédito público.

Reforma Administrativa e Reforma Previdenciária.

9

Orçamento Público

Orçamento público: conceitos e princípios orçamentários, tipos de orçamento, técnicas de elaboração orçamentária.

Ciclo orçamentário. Créditos adicionais: conceitos, tipos,

requisitos para abertura, fontes de recursos, incorporação ao orçamento.

10

Receita Pública

Receita orçamentária: classificação, estágios (etapas) da

receita, regime de execução orçamentária, recursos

orçamentários, deduções da receita orçamentária.

11

Despesa Pública Despesa orçamentária: classificação da despesa orçamentária sob seus diversos enfoques, estágios (fases)

da despesa orçamentária. Ordenador de despesa: conceito;

ordenador primário; delegação de competência.

12

Lei de

Responsabilidade

Fiscal

Tópicos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar

federal 101/00): princípios, objetivos; limites para dívida; “regra de ouro” (Constituição Federal, art. 167, III);

renúncia de receita; geração de despesas; transferências

voluntárias: conceito, requisitos; destinação de recursos

para o setor privado: requisitos, vedações.

Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que

interessa!!!

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Ao final dessa aula quero ver tanto eu quanto você com uma sensação

boa, de que estamos no caminho certo.

Como diria Mahatma Gandhi:

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer

nada, não existirão resultados”.

Então, vamos nessa!

Prof. Manuel Piñon

E-mail: [email protected]

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1 – INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Existem muitas maneiras de conceber a economia como um ramo do

conhecimento.

Mas afinal, o que é isso? O que a economia estuda?

Para os economistas clássicos, que tem como seus expoentes maiores

Adam Smith (e a sua famosa ideia da “mão invisível”), David Ricardo e

John Stuart Mill, a economia é o estudo do processo de produção,

distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços (riqueza).

A ideia principal desse grupo de economistas é que o mercado é auto

ajustável. Assim, automaticamente qualquer desequilíbrio seria

neutralizado pelas forças naturais desse mercado, sem, portanto, haver

necessidade de intervenção do Governo.

Outro aspecto que merece destaque em relação à teoria econômica

clássica é a ideia de que a oferta agregada cria a sua própria demanda

(Lei de Say).

Já para os autores ligados ao pensamento econômico neoclássico, a

economia pode ser definida como a ciência das trocas ou das

escolhas.

Neste caso, a economia lidaria com o comportamento humano

enquanto condicionado pela escassez dos recursos: a economia

trata da relação entre fins e meios (escassos) disponíveis para

atingi-los.

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Deste modo, o foco da ciência econômica consistiria em estudar os

fluxos e meios da alocação de recursos para atingir determinado

fim, qualquer que seja a natureza deste último.

A crise de 1929 e o crack da bolsa de Nova York contrariaram a ideia de

que a oferta agregada cria sua própria demanda. Houve naquela época

um excesso de oferta em relação à demanda agregada e as

consequências foram a recessão e o alto desemprego.

Dessa crise surgiu uma nova escola: a keynesiana cuja ideia principal

ara que a demanda agregada cria sua oferta. Assim, cabia ao Governo,

por meio de políticas fiscais que estimulem o aumento da demanda,

especialmente por meio de obras públicas visando o aumento do emprego

e da renda. Daí surgiu o modelo Keynesiano de determinação da Renda

que será objeto de nosso estudo.

De qualquer modo, seja qual for a teoria econômica ou a escola, o certo é

que a Economia é uma Ciência Social, pois se ocupa do

comportamento humano e estuda como as pessoas e as organizações na

sociedade se empenham na produção, troca e consumo de bens e

serviços.

É isso mesmo galera! A economia não é uma ciência exata!

Apesar de envolver números, a Ciência Econômica é uma ciência social!

Por isso que os economistas erram tanto em suas previsões...

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Outra ideia que você deve logo ficar atento é que a Economia,

especificamente o estudo da Ciência Econômica, para fins didáticos, divide

seu campo de atuação em 2 áreas específicas principais:

A Microeconomia – que estuda o comportamento das unidades

produtivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados

mercados, etc. Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o

estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre

oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os

tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a

concorrência perfeita), etc.;

E a Macroeconomia – que estuda o comportamento dos grandes

agregados econômicos de forma global: Produto Interno Bruto (PIB),

inflação (evolução dos preços), desemprego, etc.

Uma forma simples de melhor definir essas 2 áreas (Microeconomia e

Macroeconomia) é fazendo-se uma comparação entre ambas, caso o

objeto de estudo fosse, por exemplo, a nossa maravilhosa Floresta

Amazônica.

Assim, enquanto a Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de

determinada árvore ou tipo de árvores, a Macroeconomia teria como

objeto de atuação o estudo da floresta como um todo, de uma forma

ampla.

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01) (CESPE/SEFAZ-ES/AFTE/2010) Com relação ao crescimento

econômico, ao consumo e ao investimento, julgue o próximo item.

A macroeconomia estuda as flutuações econômicas e o produto efetivo

em análises de curto prazo. Já em avaliações de longo prazo, ela estuda o

crescimento econômico e produto potencial.

Comentários

É isso mesmo!

Enquanto cabe a Macroeconomia estudar o comportamento dos grandes

agregados econômicos de forma global, como Produto Interno Bruto

(PIB), inflação, desemprego, etc., ou seja, estudar a floresta, cabe à

Microeconomia estudar o comportamento das unidades produtivas

(empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados, etc.

No curto prazo a macroeconomia se ocupa justamente com o estudo das

flutuações dos agregados macroeconômicos, e na visão de longo prazo o

foco é o crescimento da economia e pleno emprego.

O gabarito é C!

02) (ESAF/MPOG/APO/2010-adaptada) Julgue a afirmativa:

A macroeconomia trata os mercados de forma global.

Comentários

Tenho certeza que você marcou certo não é verdade?! Como dito acima a

Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados

econômicos de forma global.

Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu Princípio

basilar, é a chamada lei da escassez que nos diz que os recursos são

escassos, mas as necessidades são ilimitadas.

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Guarde bem esse “mantra”: RECURSOS ESCASSOS,

NECESSIDADES ILIMITADAS!

Ou seja, as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os

recursos necessários à produção dos bens capazes de satisfazer a essas

necessidades são escassos (existem em quantidades limitadas).

A Economia é chamada então por muitos como a ciência da escassez!

As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais como

comida, moradia, etc., até as mais sofisticadas, como assistir a um

concerto de música clássica em Viena, fazer uma cirurgia plástica ou

obter determinado conhecimento especializadíssimo (imagine alguém que

faz um curso que aborda a reprodução das girafas na África Oriental).

Essas necessidades humanas são consideradas infinitas, basicamente,

por dois motivos principais:

a) porque se renovam dia a dia, exigindo contínuo suprimento de bens

para atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário, transporte, etc.);

b) porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia

surgem novos desejos e novas necessidades, motivadas pelas

perspectivas de aumento do padrão de vida da sociedade (por exemplo,

os “smart phones” e seus aplicativos, carros automáticos, roupas da

moda, etc).

Na verdade, a ideia básica aqui é “o homem é um eterno

insatisfeito”.

Para suprir à inúmera quantidade e diversidade de desejos humanos, é

preciso que sejam produzidos certos bens. Entende-se o conceito de bem

de uma forma ampla, sendo tudo aquilo capaz de atender a uma

necessidade humana. Os bens podem ser materiais (quando é possível

atribuir-lhes características físicas, tais como tamanho, forma e cor) e

imateriais (os chamados bens intangíveis como, por exemplo, os diversos

tipos de serviços).

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Como sabemos, a produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo

conjunto de recursos, os chamados fatores de produção, que

usualmente são classificados naqueles três grandes grupos, já vistos por

nós anteriormente:

a) O fator de produção “Terra”, incluindo o solo e as diversas riquezas

naturais: minérios (incluindo o petróleo), florestas, recursos hídricos,

etc);

b) O fator de produção “Trabalho”, representado pela força de trabalho

humano, seja ele físico ou intelectual;

c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas,

equipamentos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens

que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser utilizados

durante algum tempo para a produção de outros bens.

Aqui é importante destacar que, num dado momento, toda sociedade

possui um estoque limitado desses recursos ou fatores de

produção. Isto significa que não é possível produzir uma

quantidade infinita de bens, porque os recursos são limitados.

Assim, surge o problema econômico da escassez: de um lado, as

necessidades humanas são ilimitadas; de outro, os

recursos/fatores de produção que devem ser utilizados para

produzir os bens – que irão atender a essas necessidades - são

limitados.

Conclui-se, meu caro amigo, que não é possível produzir todos os

bens de que a sociedade necessita, mas é possível utilizar os

recursos da melhor maneira possível, para produzir o máximo de

bens e desse modo atender ao maior nível possível de necessidades.

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Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da

eficiência: maximizar a produção de bens e serviços, dadas as

restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de

produção.

Assim, a sociedade como um todo se organiza e faz escolhas de

modo a tentar produzir os bens e serviços de forma eficiente, ou

seja, empregando de forma racional os recursos disponíveis,

visando otimizar (melhorar) seus resultados, maximizando

(aumentando) o nível de bem-estar da população.

Importante destacar que as escolhas que devem ser realizadas, em

termos econômicos, devem responder às seguintes perguntas:

1 - O que produzir?

Se os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas então é preciso

escolher o que produzir dentre as várias alternativas concorrentes. Se eu

sou, por exemplo, um pequeno produtor rural e tenho um pequeno

pedaço de terra, uma questão econômica fundamental para mim é decidir

o que plantar. Planto uvas ou mangas? Ou melhor, crio carneiros ou

planto? Digamos, para fins do nosso exemplo, que eu decida plantar uva.

2 - Como produzir?

É preciso escolher a melhor combinação dos recursos escassos para uma

maior satisfação das necessidades. Assim, voltando ao nosso exemplo,

posso usar irrigação? Quem vai me ajudar na produção? Contratarei

algum empregado ou produzirei sozinho com minha família?

3 - Quando produzir?

É preciso escolher o melhor momento para produzir. Por exemplo,

produzir biquínis antes de chegar o verão para poder vende-los quando

essa estação do ano chegar. No nosso caso, eu preciso saber a se existe a

época para o plantio.

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4 - Onde produzir?

Produzir perto dos consumidores (mercado consumidor) ou junto das

matérias primas (mercado fornecedor)?

Para decidir corretamente é preciso avaliar os custos de transporte dos

produtos finais e das matérias primas para melhor escolher a localização,

por exemplo, de uma fábrica. No nosso exemplo, o ideal é que eu produza

nossas uvas perto do mercado consumidor.

5 - Para quem produzir?

É preciso saber qual é o mercado alvo. No nosso caso, se é para vender

nossas uvas na feira ou para vende-las a um grande produtor de vinho na

região.

Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social

que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos

alternativos e fins competitivos.

03) (CESPE/PF/APF/2004) A questão da escolha em situação de

escassez, abordada pela microeconomia, as interações entre governo e

mercados privados e os problemas macroeconômicos são temas

relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue o item a

seguir:

O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico

correlato, ocorre somente quando, dentro do processo produtivo, não

existe possibilidade de substituição entre insumos.

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Comentários

A afirmativa está errada! Na verdade, o binômio escassez/escolha

permeia todo o processo de decisão, desde o que produzir, passando

por como produzir, quando produzir, onde produzir e para quem

produzir.

Assim a palavra “somente” torna a alternativa errada.

Desconfie em prova de palavras como somente, nunca e

sempre.

O examinador as coloca para induzi-lo ao erro!

04) (CESPE/MPU/Perito/2010) Acerca de economia ambiental,

julgue o item a seguir.

Para os economistas ambientais, não há problema de escassez absoluta

de recursos naturais, e sim de escassez relativa. Portanto, desse ponto de

vista, admite-se que determinados tipos de recursos possam se esgotar

temporariamente.

Comentários

Ainda não falamos em escassez absoluta, muito menos em escassez

relativa. Mas essa é a hora de falarmos!

A ideia é conhecer alguns conceitos no contexto de uma questão de

concurso, assim você verá logo sua aplicação e fixará a ideia na cabeça.

A afirmativa está correta! Os economistas ambientais realmente

diferenciam esses dois conceitos. Vejam:

Escassez absoluta: refere-se ao esgotamento propriamente dito dos

estoques desses recursos.

Escassez Relativa: refere-se aos padrões insustentáveis de produção e

consumo, existindo uma tendência de esgotamento dos recursos por

haver excesso de consumo em relação ao que é produzido.

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Para os ambientalistas, em relação aos recursos naturais existe a

necessidade de redução do seu consumo para evitar o seu esgotamento.

Chegou a hora de conhecer um conceito para “amarrar” toda essa teoria

que envolve a escassez e as escolhas. Trata-se do conceito de Custo de

Oportunidade.

A teoria do “custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo

implícito”, nada mais é do que se atribuir um custo às várias

oportunidades de uso de recursos sempre limitados.

O Custo de Oportunidade, portanto, é um diretamente relacionado com o

princípio que considera que os recursos (capital, mão de obra, recursos da

natureza e tecnologia) sempre são escassos, pois sempre são

insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade como um

todo; de todas as pessoas.

É justamente pela falta de recursos que, por exemplo, as Companhias

optam por direcionar suas disponibilidades para alguns empreendimentos,

abrindo mão de aplica-los em outros, pois a escassez de recursos torna as

alternativas mutuamente excludentes.

Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se deixa de

ganhar por não se ter optado pela melhor alternativa.

Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua

escassez de recursos, escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou

aquele projeto, a optar por uns empreendimentos em detrimento de

outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da

possibilidade de investimentos.

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05) (FGV/SEFAZ-RJ/AFRE RJ/2007) Se uma cidade decide construir

um hospital em um terreno vazio de propriedade pública, o custo de

oportunidade dessa decisão é representado:

a) pelo custo exclusivamente contábil dessa decisão.

b) pela oportunidade custosa, porém essencial, de se construir um

hospital público.

c) pelo benefício social que aquele hospital deve gerar aos cidadãos da

cidade.

d) pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno.

e) pela oportunidade de aproveitar um terreno vazio que, antes,

apenas gerava custos para a cidade.

Comentários

Essa questão é muito boa para vermos um bom exemplo prático de custo

de oportunidade.

Como vimos o custo de oportunidade é sempre uma comparação entre

alternativas para utilização de um recurso, onde “abre-se mão” de uma

aplicação em detrimento de outra.

No caso da questão em tela, o recurso é o terreno público. A alternativa

escolhida para utilização desse terreno foi a construção de um hospital.

Assim alternativa D faz menção justamente à renúncia, ao “abrir-se mão”

de erguer outras construções naquele terreno para poder erguer o

hospital.

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06) (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) O Ministério da Justiça (MJ)

tem um montante fixo para gastar na aquisição de dois bens: mesas e

computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um prédio de sua

propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

O aluguel representa um custo de oportunidade da ocupação do prédio.

Comentários

Veja bem, trata-se um imóvel de propriedade do Ministério da Justiça

(MJ) que está sendo alugado, ou seja, o MJ recebe dinheiro por alugar

esse espaço a terceiros.

Desse modo, a ocupação desse imóvel pelo MJ fará com que esse

rendimento de aluguel deixe de ser auferido.

Existe, portanto, um custo de oportunidade para o MJ em ocupar esse

imóvel que equivale ao valor do aluguel.

07) (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema

da escolha em um ambiente de escassez constitui o cerne da análise

econômica, julgue os itens subsequentes.

Nas economias de mercado, a especialização, fundamentada na divisão do

trabalho, apesar de aumentar o custo de oportunidade dos bens, promove

a alocação eficiente dos recursos.

Comentários

A primeira parte da afirmativa está correta, pois a especialização

fundamentada na divisão do trabalho, numa economia de mercado,

realmente aumenta o custo de oportunidade dos bens (e serviços).

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Imagine você um médico neurologista, extremamente especializado em

cirurgias complexas, que seja muito bem remunerado pelas várias

operações que efetua.

Um dia, quando ele está indo para o hospital fazer uma cirurgia

delicadíssima (e muito bem remunerada) sua esposa liga e diz que o

reator da lâmpada da cozinha precisa ser trocado e ela não sabe fazê-lo.

E então o que ele faz?

Volta para casa e deixa de realizar a cirurgia ou chama um eletricista para

fazer esse serviço?

Claro que chama o eletricista, pois o custo de oportunidade face ao nível

de especialização que ele possui é elevadíssimo para ele.

Até aqui beleza! Mas agora vem o erro da afirmativa ... a alocação

eficiente dos recursos não necessariamente é promovida.

Na verdade, aproveitando o mesmo exemplo, nada garante que a esposa

do médico compre o reator correto e contrate o eletricista mais adequado

a esse serviço.

2. NOÇÕES DE MACROECONOMIA

Voltemos agora a falar um pouco mais de Macroeconomia para

formarmos aquela base conceitual importante tanto para entender os

demais assuntos da aula de hoje e do curso como um todo, quanto para ir

bem no dia da sua prova.3.

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2.1 – INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA

Agora vamos aprofundar um pouco mais no estudo da Macroeconomia.

Como já visto, a Macroeconomia trata do estudo dos agregados

econômicos, de seus comportamentos e das relações que guardam entre

si.

Aqui o objetivo é avaliar o desempenho da economia no sentido de

satisfazer as necessidades da sociedade como um todo (por isso fizemos

aquela introdução da economia como ciência da escassez).

Um dos aspectos fundamentais da Macroeconomia é a avaliação do

desempenho econômico.

Para avaliar qualquer coisa precisamos medir.

E em economia, como é que se mede?

E outra coisa, medir o quê?

Calma!

O objetivo no caso da Macroeconomia é medir a quantidade total de bens

e serviços que estão sendo disponibilizados à sociedade como um todo, e

verificar as relações econômicas que estão na base desse processo

produtivo.

A Macroeconomia nos fornece um conjunto de variáveis que permitem

saber se a economia de um país, por um período ou num certo momento,

está “crescendo” ou está em “recessão”, se existe “desemprego de

fatores” ou “pleno emprego”, como está o “nível geral de preços”, etc.

O ponto de partida é medir o desempenho da economia através de

algum indicador. Normalmente se utilizam os agregados

macroeconômicos denominados Produto, Renda e Despesa para mensurar

o nível de atividade econômica de um país, de uma região ou cidade.

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Como objetivo hoje aqui é adquirir conhecimentos que servirão de base

para todo o nosso curso, não posso deixar de abordar um tema que

entendo ser muito importante nesse sentido: o fluxo circular da Renda na

economia.

A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes

mercados (economia simplificada a 2 setores):

a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda dos

diversos bens produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares, etc.) e

dos diversos serviços (banda larga, planos de saúde, cursos para

concursos, transportes, etc.) para satisfazer aquelas necessidades

humanas (na verdade não só humanas ... o mercado para “pets” é

gigante ...).

Nesse mercado, as firmas (lembram que falamos das unidades

produtivas/empresas, mas aqui também entram os prestadores de serviço

que atuam como autônomos como, por exemplo, o dentista, a manicure,

etc.) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou famílias);

Uma definição bem básica que gosto muito para conceituar o que significa

a palavra mercado em economia é “o lugar onde oferta e procura se

encontram”.

Assim, nesse mercado, as firmas (lembram que falamos das unidades

produtivas/empresas, mas aqui também entram os prestadores de serviço

que atuam como autônomos como, por exemplo, o dentista, a manicure,

etc.) ofertam bens e serviços aos indivíduos/famílias que representam a

procura (também chamada de demanda);

Portanto, nós, consumidores, procuramos bens e serviços para satisfazer

nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é

o primeiro mercado objeto do nosso estudo.

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b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda

daqueles 3 fatores de produção que vimos que são escassos: terra e

recursos naturais, trabalho e capital.

Nesse mercado, os indivíduos ofertam os fatores de produção às firmas.

Ainda hoje falarei mais sobre os fatores de produção. Por enquanto se

preocupe apenas em ter um entendimento geral.

“Mas como assim professor”?

Meu amigo, você quer consumir, não quer?

E o que você faz para poder comprar aqueles bens e serviços e ter suas

necessidades satisfeitas?

Trabalha!

Ou vai trabalhar depois que passar nesse concurso, certo.

Bom esse então é o fator de produção Trabalho!

“E os outros 2 grupos de fatores de produção”?

Calma!

Vamos falar do fator de produção Terra.

Imagine que você acabou de receber de herança uma fazenda produtora

de uvas na cidade de Caxias do Sul – Rio Grande do Sul.

Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será aprovado

em nosso concurso, certo?

E aí, o que fazer com a fazenda?

Aí você lembra de um primo que se mudou para aquela região e hoje é

um grande produtor de vinhos por lá.

Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua fazenda para

a empresa produtora de vinhos do seu primo!

Então você, indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma

firma!

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O terceiro grupo de fatores de produção, o Capital, corresponde às

máquinas, equipamentos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura,

enfim, bens que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser

utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens. Em

suma, são bens usados para produzir outros bens (e não simplesmente

aquela ideia que temos de aplicação financeira ...).

Vamos agora visualizar tudo isso que nós conversamos até agora!

É com prazer que lhes apresento o famoso e não menos importante:

Fluxo Circular da Renda!

Esse esquema representa um Fluxo Circular da Renda Simplificado ao

máximo, elemento fundamental para se compreender o funcionamento

macro de um determinado sistema econômico.

E por falar em sistema econômico, aproveito a oportunidade para “deixar”

mais um conceito para vocês: o Sistema Econômico é o que rege as

atividades econômicas de produção, troca e consumo de bens e serviços.

É composto por todas as regras existentes em uma economia.

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Mas voltemos a análise do nosso sistema econômico simplificado ...

vamos lembrar que de um lado estão os indivíduos/famílias, que são os

proprietários da força de trabalho, da terra, dos recursos naturais, das

máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser utilizados pelas

empresas/firmas no seu processo de produção.

Assim, na parte superior da figura, vemos o que acontece no mercado de

bens e serviços

Por sua vez, do outro lado, as firmas compram o uso dos fatores de

produção dos indivíduos, no mercado de fatores. Na figura, essas

transações são representadas pelas linhas da parte inferior do quadro.

Aí já sei o que você deve estar pensando ...”Professor, até aqui beleza ...

mas cadê a tal da renda”?

Vamos lá!

Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra coisa

e vice-versa, vamos mastigar isso e entender definitivamente, certo?

Imagine agora o seguinte: Quem oferta/produz/vende uma coisa quer o

que em troca?

Isso mesmo, dinheiro!

E quem procura/demanda/compra/consome uma coisa tem que dar o que

em troca?

Dinheiro também!

Vamos combinar uma coisa?

Em prova de concurso não se usa muito o termo dinheiro, mas sim

unidade monetária, $ ou moeda (Reais, Dólares, Euros, etc.).

Então vamos chamar esse fluxo de dinheiro de fluxo monetário, onde

ocorrem as transações monetárias, os pagamentos e recebimentos.

Mas sei que você está louco para visualizar isso na forma de fluxo

monetário, não é?

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Então aí vai o fluxo monetário:

Assim, nessa figura acima, os sentidos das setas indicam para onde o

fluxo monetário segue. Na parte de baixo as famílias recebem dinheiro

das empresas por terem oferecido fatores de produção. E na parte de

cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido bens e serviços,

produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em

troca pagam por esses bens e serviços, gerando a contrapartida

monetária da produção.

08) (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da

economia, julgue o seguinte item.

Os seguintes mercados compõem a estrutura da análise macroeconômica

de uma economia: o mercado de bens e serviços, que reflete o nível de

atividades dessa economia, representada pelos agentes macroeconômicos

— consumidores, empresas e governo —; mercado fiscal, no qual são

relevantes a taxa salarial e a taxa cambial; e o mercado monetário, em

que os agentes econômicos empregam recursos para a produção do

produto interno bruto.

Comentários

A banca CESPE quis pegar os mais afoitos! Como estudamos hoje, em

termos de análise macroeconômica, 2 grandes mercados:

1) mercado de bens e serviços, que reflete o nível de atividades dessa

economia, representada pelos agentes macroeconômicos —

consumidores, empresas e governo, ou seja, que mede o nível de

atividade desses agentes econômicos;

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2) mercado monetário, que está relacionado à demanda e oferta de

moeda, de dinheiro!

O CESPE tentou induzir os candidatos ao erro ao inventar um “mercado

fiscal” que na verdade não existe.

Lembro a você novamente que esse modelo aqui exposto é uma

simplificação, pois ainda não incorpora outros setores importantes tais

como o Governo e o Setor Externo.

Apenas para facilitar o seu entendimento e para que você tenha uma

visão global da economia, demonstramos esse modelo restrito, mas na

prática o que existe de fato é uma Economia Aberta (existem transações

com outros países como, importação e exportação) e com o Governo.

Quero que guarde bem essa ideia da Macroeconomia preocupada com o

todo, com a racionalização no tempo de todo o processo de distribuição

da riqueza (recursos) visando à perpetuidade do sistema econômico com

um todo.

2.2 – Agregados Macroeconômicos e Contabilidade

Nacional

Precisamos agora entrar em mais alguns conceitos que serão

fundamentais para entender a aula de hoje: os Agregados

Macroeconômicos e a Contabilidade Nacional.

Preciso agora fazer com que entendam o primeiro agregado

macroeconômico: O PRODUTO!

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Assim, na nossa economia simplificada, existem apenas o setor “firmas” e

o setor “indivíduos”. Vamos agora nos aprofundar um pouco mais nessa

economia e imaginar como ficam outros componentes econômicos nesse

modelo, seguindo determinadas premissas (também chamadas de

condições).

Tudo tranquilo até aqui?

As premissas iniciais são:

os preços dos diversos bens e serviços são constantes (ou seja, não

existe inflação nem deflação);

a economia é estacionária (ou estagnada), ou seja, sua capacidade

produtiva total (relativa ao máximo de bens e serviços que é

possível produzir) não se expande – não há crescimento econômico,

nem recessão;

não existe, por enquanto, formação de capital, isto é, poupança e

investimento.

Vamos ao que interessa: se somarmos todos os bens e serviços finais

produzidos pelas empresas durante certo período de tempo (normalmente

durante um ano) teremos o valor do Produto:

Produto = Σ(pi.qi)

Produto = Somatório de Preço x Quantidade

Onde “pi” representa o preço do bem ou serviço “i” e

“qi” representa as quantidades do bem ou serviço “i”.

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Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor

monetário da produção dos diversos bens e serviços:

Produto = (preço do Arroz x quantidade do Arroz) + (p açúcar x q

açúcar) + (p livro x q livro) + (p computador x q computadore

+pgeladeira.qgeladeiras +.....

Repare que estamos falando de “Produto” como um agregado, um

somatório de todos os bens e serviços gerados pelo nosso sistema

econômico simplificado num certo período de tempo.

Essa noção é fundamental, pois em Macroeconomia estaremos todo o

tempo falando dos Agregados Macroeconômicos, ou seja, medidas que

correspondem a totais globais, somatórios de toda a economia.

O Produto é um dos principais agregados macroeconômicos, ao

lado da Renda e da Despesa (ou Dispêndio), os quais serão

analisados mais adiante.

Outro ponto que Vale aqui destacar é o sentido do conceito de

agregação de valor. Agregar aqui também tem a ver com a ideia de que

a soma das partes é menor do que o todo. Um bom exemplo é o setor

automobilístico. Nele, certamente, a soma das peças de um carro tem

valor inferior ao valor vendido pelas montadoras, que além do seu lucro

também agregam os próprios serviços/custos de montagem.

Só entram no cálculo do Produto os bens finais, isto é, os bens que

não serão mais transformados em outros bens. Isso para evitar o

problema da dupla contagem.

Vamos explicar!

No cálculo do Produto levamos em consideração todas as vendas de bens

e serviços realizadas pelas empresas durante certo período de tempo.

No entanto, muitas dessas vendas acontecem entre as próprias empresas,

pois alguns bens e serviços se constituem em insumos para outros bens e

serviços.

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Tais insumos são chamados bens intermediários e não podem ser

computados no cálculo do Produto, pois senão causarão o

problema da dupla (ou tripla, ou tetra, etc.) contagem.

Assim, no cálculo do Produto, vamos considerar, por exemplo, o valor da

produção de iogurte de morango, mas não podemos somar novamente o

valor da produção do leite, do açúcar, do morango, da embalagem, etc.,

senão estaríamos somando várias vezes os mesmos valores. O valor da

produção de iogurte de morango (bem final) já contém embutido o valor

dos insumos intermediários e matérias-primas utilizadas em fases

anteriores do processo produtivo.

09) (CESPE/TC-DF/ACE/2012) A respeito de macroeconomia, julgue:

O produto interno bruto de um país hipotético que produza somente

veículos automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos

pneus, dos motores automotivos e de todos os demais componentes

desses veículos.

Comentários:

Mesmo sem saber ainda o conceito de PIB – Produto Interno Bruto, já dá

para acertar a questão.

A afirmativa está errada, pois não leva em consideração que os valores da

produção dos bens intermediários não devem ser somados ao valor final

dos bens finais para evitar a dupla contagem.

Assim, se somarmos ao valor da produção dos veículos os valores das

suas peças, incorreríamos em dupla contagem, pois no valor final do

veículo já foram computados os valores dos pneus, dos motores e de

todos os seus componentes.

Guarde, portanto, que no cálculo do PIB são somados apenas os valores

dos produtos finais. Os chamados bens intermediários, assim como as

matérias-primas e insumos, só devem ser computados uma vez, quando

integrantes de um produto final.

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Voltando à nossa teoria, lembram que para gerar o Produto durante certo

ano, as firmas necessitam adquirir fatores de produção?

E que para usar esses fatores, as empresas necessitam remunerar os

proprietários dos mesmos, que são os indivíduos?

Pois é, chegamos ao nosso segundo Agregado Macroeconômico: A

RENDA!

O total de pagamentos que as firmas fazem aos indivíduos, pelo uso dos

fatores de produção, é o que chamamos de Renda:

Renda = w + j + a + l

Onde:

•w = Salários (remuneração do fator de produção "Trabalho”);

• j = juros (remuneração do fator de produção “Capital” na forma

monetária);

• a = aluguéis (remuneração do fator de produção “Terra”);

• l = lucros (remuneração do fator de produção “Capital”, este na forma

de máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo).

Observe que neste modelo os lucros representam uma espécie de “custo”

para as empresas, na medida em que correspondem a valores que as

mesmas devem pagar aos acionistas (indivíduos ou famílias).

Se as empresas de nosso país hipotético, “simplificadópolis”, durante o

ano de 2015, por exemplo, produziram bens e serviços num total de $

100 milhões (100 milhões de unidades monetárias), isto significa que tais

firmas precisaram, durante todo o ano, utilizar fatores de produção e

(como sabemos) para isso tiveram que remunerar os proprietários de tais

fatores, de forma que a soma de todos os salários, aluguéis, lucros e

juros também totalizaram $ 100 milhões. Temos então uma identidade

macroeconômica como abaixo:

Produto = Renda

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Conclui-se que o valor do Produto (total de bens e serviços finais

produzidos durante certo período de tempo) é igual ao valor da Renda

(total de pagamentos feitos pelas firmas aos proprietários dos fatores de

produção).

E você, se lembra como os indivíduos, por sua vez, utilizam suas rendas?

Aí você me responde: “professor, gastando na compra de bens e serviços

para satisfazer suas necessidades”.

Isso mesmo!

0s indivíduos realizam o Consumo, que nesse modelo representa a

DESPESA (ou Dispêndio), NOSSO TERCEIRO AGREGADO

MACROECONÔMICO.

A Despesa corresponde ao total dos gastos realizados pelos indivíduos nas

compras de bens e serviços.

Assim, temos outra identidade para o nosso modelo simplificado:

Despesa = Consumo (C)

E mais, temos agora a identidade macroeconômica fundamental:

Produto = Renda = Despesa

Portanto, se quisermos medir o desempenho de uma economia durante

certo período de tempo, temos três óticas diferentes, gerando o mesmo

resultado:

Sob a ótica da Produção, usando o total de bens e serviços finais

produzidos/vendido/gerados durante o período;

Sob a ótica da Renda, usando o total de recebimentos dos indivíduos, por

terem vendido/cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital)

às empresas e;

Sob a ótica da Despesa, usando o total de pagamentos que os indivíduos

fizeram durante o ano na aquisição/consumo de bens e serviços diversos.

Agora vamos ter que complicar um pouco. Mas não se assuste!

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Você vai continuar entendendo tudo! Esse é o meu objetivo agora.

Avançar um pouco mais na matéria, mas fazer com que você termine a

aula com zero de dúvida!

Lembra que o nosso modelo simplificado é de uma economia estagnada

(estacionária), ou seja, o nível anual de produção não cresce: todo ano é

gerado um Produto no mesmo valor?

É galera, só que agora a economia vai crescer ou decrescer!

Agora nós temos que mudar essa premissa para poder avançar mais na

matéria, de modo a avançar nos assuntos do edital.

Uma verdade é que para haver crescimento econômico (crescimento do

Produto de um ano em relação ao ano anterior) é necessário ampliar a

capacidade produtiva da economia, através do Investimento.

A capacidade produtiva refere-se ao quantitativo de produção

potencial, ou seja, quanto as empresas podem produzir, considerado o

total das suas instalações. Em macroeconomia é o conjunto das

empresas da nossa economia operando em capacidade máxima.

O investimento, que é a ampliação dessa capacidade produtiva, está

muito relacionado às expectativas das empresas em relação ao futuro.

Assim, se os empresários estão otimistas quanto ao ritmo dos negócios

no futuro, eles tendem a realizar gastos com a aquisição de novas

máquinas, equipamentos e instalações, para ampliar seu parque industrial

e dessa forma aumentar a produção de bens e serviços. Por isso, algumas

empresas se dedicarão a produzir tais bens: máquinas, equipamentos,

ferramentas, instrumentos, etc.

Já vou lhes adiantando que esses bens são chamados de bens de

capital ou bens de investimento).

Meu amigo ou minha amiga, não fique desatento agora!

Aí vem uma novidade!

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Agora passamos a considerar que a Produção (o Produto Agregado) é

composta de dois tipos de bens:

Bens de Consumo, destinados a satisfazer as necessidades dos indivíduos,

como alimentação, transporte, vestuário, etc.

Bens de Investimento (ou Bens de Capital), destinados a aumentar a

capacidade de produção das unidades produtivas: máquinas,

equipamentos, instalações, etc.

Os Bens de Investimento são utilizados pelas empresas no seu processo

produtivo ao longo de muito tempo, portanto a cada ano o estoque

acumulado desses bens na economia vai aumentando. Assim, um

aumento nesse estoque de capital leva a um aumento da capacidade

produtiva total da economia.

Observe que é possível definir “Investimento” de duas maneiras:

Investimento como gasto (despesa) com bens para aumentar a

capacidade produtiva da economia (os chamados bens de capital

ou bens de investimento que acabamos de estudar);

Investimento como gasto (despesa) com bens que foram

produzidos, mas que não foram consumidos no período (serão

usados em consumo futuro), ou seja: I = Produto – C

“Espera aí professor”!

Você deve estar pensando ...

“Você falou que toda a renda das famílias era destinada ao consumo e

que o consumo, ou melhor, as quantidades consumidas, era igual a

produção, era igual ao produto! Eu até tinha compreendido aquela

identidade fundamental Produto = Renda = Despesa.“

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Eu lhes digo, você estaria certo se ainda estivéssemos no modelo

passado, em que não existia a formação de capital. Mas agora estamos

numa economia COM FORMAÇÃO DE CAPITAL?

Pois é, essa é uma novidade: alguns bens que foram produzidos, mas não

foram consumidos no presente, ficaram estocados. Foram produzidos

pelas empresas, mas as famílias não compraram, geraram uma variação

positiva nos estoques das empresas.

Assim, os 2 tipos de bens têm impacto no investimento, quais sejam:

1) Os bens de investimento ou bens de capital: Máquinas,

equipamentos, instalações, infraestrutura, imóveis, etc. – Correspondem

à Formação Bruta de Capital Fixo (FBk), também conhecido como

“investimento planejado”; e

2) Variação de Estoques (ΔE), que representa um “investimento

não-planejado” pelas empresas. São quantidades que foram

produzidas, mas não foram vendidas.

Mas agora sei que você deve estar se perguntando:

“Professor, o que é isso? Por que a variação de Estoques é considerada

também como investimento”?

Caro (a) aluno (a), imagine a seguinte situação hipotética: o setor

produtivo da economia (as empresas) gerou uma produção total igual a

$100.

Como já sabemos, pelo que já estudamos antes, isso significa que foi

gerada também uma renda para os indivíduos no total de $100,

correspondente ao total de salários, aluguéis, lucros e juros.

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Aqui entra a novidade. Suponha que os indivíduos resolveram comprar

mercadorias somente num total de $80. Isto significa que $20

correspondem a mercadorias que foram produzidas, mas não foram

consumidas.

Do ponto de vista das empresas, esse aumento nos seus estoques é uma

espécie de investimento, pois será possível vender mais num período

futuro. Afinal de contas, as empresas tiveram que adquirir os fatores de

produção correspondentes, junto aos indivíduos, portanto as empresas

realizaram a despesa para produzir e vender os $100.

Mas, se só venderam, e consequentemente, só receberam $80 como as

empresas puderam financiar estes estoques parados de $20?

E aí amigo (a), tem alguma ideia?

De onde vieram os $20 restantes?

Estes recursos vêm da Poupança gerada pelos mesmos indivíduos, no

valor de $20, equivalente à renda obtida pelos mesmos $100, menos o

valor gasto em consumo de $80. Se as famílias (da economia como um

todo) tiveram renda de $100, mas só consumiram $80, conclui-se que

pouparam $20.

Tranquilo?

Espero que sim!

Então vamos continuar!

Aqui os indivíduos pouparam (ou seja, não gastaram parte de sua renda)

num valor de $20, e deixaram estes recursos aplicados no mercado

financeiro. Tais recursos foram disponibilizados pelos bancos, na forma de

empréstimos, às empresas (da economia como um todo). É o que ocorre

na prática.

Chegamos agora a uma importante relação entre os conceitos de

Investimento e Poupança.

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Essas duas variáveis econômicas estão inter-relacionadas e correspondem

aos dois “lados” do processo de acumulação de capital: o Investimento

representa as aplicações de recursos, por parte das empresas, e a

Poupança representa as origens desses mesmos recursos, que foram

gerados pelas famílias. Voltaremos a examinar tal relação depois.

Chegamos a seguinte relação para identificar o valor do investimento:

I = Fbk + ΔE

Algumas observações importantes para entender bem os conceitos:

1. A variação de estoques (ΔE) representa a diferença entre o Estoque

no fim do período (normalmente ano) atual e o Estoque no fim do período

(normalmente ano) passado;

2. Investimento no sentido econômico representa gasto, despesa,

com a compra de bens de capital.

10) (CESPE/PF/Agente/2000) A mensuração da produção agregada,

o desenho de políticas macroeconômicas, a análise dos desequilíbrios

externos e o processo de desenvolvimento econômico podem ser mais

bem compreendidos com a ajuda da moderna teoria econômica.

Utilizando os conceitos essenciais dessa teoria, julgue o item abaixo.

Quando um investidor brasileiro compra um lote de ações de empresa

estrangeira no mercado acionário norte-americano, em termos das contas

nacionais, isso representa um aumento do investimento nacional.

Comentários

Quando estamos trabalhando com a contabilidade nacional, o

Investimento é a soma entre formação bruta de capital fixo e a variação

positiva dos estoques.

Esse é o AGREGADO MACROECONÔMICO denominado Investimento!

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Na situação apresentada na assertiva não houve investimento na

atividade produtiva, ou seja, não houve formação bruta de capital fixo

nem variação positiva dos estoques.

11) (CESPE/MJ/Economista/2013) Em relação ao sistema de contas

nacionais e à atual metodologia de balanço de pagamentos, julgue o item

a seguir, considerando que PIB, sempre que usado, refere-se a produto

interno bruto.

Os estoques acumulados no ano de 2012 devem ser contabilizados como

investimento em 2012 e contribuirão para o PIB do ano em que forem

comercializados.

Comentários

O valor do PIB, em uma economia aberta e com governo (a 4 setores) é

medido por meio da seguinte identidade macroeconômica:

Y = C + I + G + (X – M), ou seja:

Produto = Consumo + Investimento + G Governo + Import - Export

Sabemos que os Investimentos - I, por sua vez

I = FBKF + VARIAÇÃO DOS ESTOQUES

Hum .. a variação dos estoques integram o valor dos investimentos!

Sim!

Nessa toada, podemos concluir que os estoques acumulados no ano de

2012 devem ser contabilizados como investimento em 2012 e

contribuirão para o PIB do ano de 2012!

No nosso dia a dia e nos noticiários da TV utilizamos a palavra

investimento como sinônimo de aplicação financeira, compra de ações,

etc., mas, na linguagem da Ciência Econômica, e para fins de prova de

concursos públicos que é o que nos interessa, no que se refere

especificamente à contabilização dos agregados macroeconômicos, as

aplicações financeiras, em ações, títulos, etc., não constituem

“investimento”, mas sim mera “poupança”.

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Cuidado com isso!

Já foi pegadinha de prova e pode pegar os desatentos!

12) (CESPE/TCU/AUFC) A teoria macroeconômica analisa o

desempenho da economia a partir do estudo dos grandes agregados

econômicos. À luz dos conceitos básicos dessa teoria, julgue: se um

agente econômico investir R$ 10.000,00 em ações da TELEBRÁS, o

investimento doméstico privado eleva-se, implicando um aumento

equivalente no produto interno bruto (PIB).

Comentários:

Como dito, a compra de ações de empresas não afeta o Investimento,

portanto a resposta é: Errado!

Voltando a nossa teoria ...

3. O total do investimento num certo ano corresponde à compra de

bens, equipamentos, máquinas, etc., novos, fabricados naquele

ano. Isso significa que a compra de ativos usados, de segunda mão,

não representa investimento, pois não está aumentando a capacidade

produtiva da economia.

13) (ESAF/MDIC/ACE) Identifique a transação ou atividade abaixo que

não seria computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto

Interno Bruto.

a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal

b) o salário de um deputado federal

c) a compra de um novo aparelho de televisão

d) a compra de um pedaço de terra

e) um decréscimo nos estoques do comércio

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Comentários:

Também ainda não falamos de contas nacionais (mas vamos falar ainda

hoje), mas de novo o bom entendimento dos conceitos macroeconômicos

básicos nos permitiria responder.

A resposta é a letra d), pois a compra de um pedaço de terra seria na

verdade a compra de um ativo usado, não aumentaria a capacidade da

economia.

A terra não foi produzida, nem foi construída. Essa terra já era um fator

de produção que já havia sido computada anteriormente.

Concordam?

Em relação às demais alternativas, temos o seguinte:

a) produção/construção de um bem de capital novo que deve ser

computado no cálculo do Produto, já que agregou valor ao Produto (a

soma das partes é maior que a soma do todo);

b) mesmo que o Deputado em questão não contribua em nada com seu

trabalho para a Sociedade, do ponto de vista da economia seu salário

integra o cálculo do Produto (é gasto/despesa com custeio);

c) a produção de um bem de consumo também deve fazer parte do

Produto;

e) a Variação de estoque negativa é considerada no cálculo do

Investimento, reduzindo o seu valor, também integrando o cálculo do

Produto.

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14) (CESPE/PF/Perito) A macroeconomia analisa o comportamento

dos grandes agregados econômicos, tratando, assim, de questões

relacionadas à inflação, ao desemprego, aos desequilíbrios externos e ao

crescimento econômico. Com base nessa teoria, julgue o item a seguir.

O dinheiro foi depositado por uma família, em uma caderneta de

poupança junto a um banco comercial. Quando utilizado para comprar um

apartamento usado é computado, simultaneamente, como poupança e

como investimento.

Comentários

Em termos de contabilidade nacional, uma família, basicamente, destina

sua renda de duas formas: consome ou poupa.

No caso da assertiva, sendo o dinheiro depositado na caderneta de

poupança, ele não foi consumido, logo ele realmente foi destinado à

poupança, sendo computado como poupança na contabilidade nacional.

Até aqui, beleza!

O erro da assertiva está na segunda parte.

De novo, quando estamos trabalhando com a contabilidade nacional, o

Investimento é a soma entre formação bruta de capital fixo e a variação

positiva dos estoques.

Esse é o AGREGADO MACROECONÔMICO denominado Investimento!

Na situação apresentada na assertiva, compra de apartamento usado,

não houve investimento na atividade produtiva, ou seja, não houve

formação bruta de capital fixo nem variação positiva dos estoques.

Mas você deve me perguntar:

“Professor, onde é contabilizada, na contabilidade nacional, a compra do

imóvel usado, já que o dinheiro saiu da caderneta de poupança”?

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A compra do imóvel usado será registrada como consumo das famílias na

contabilidade nacional.

Tranquilo até aqui?

Percebem que os conceitos aprendidos até aqui já têm bastante utilidade?

Então vamos continuar!

Quem aqui já estudou contabilidade?

Já ouviu falar de depreciação?

Aqui esse conhecimento ajuda também. Mas quem não tem, vamos

explicar, não se preocupe. Entender o conceito de Depreciação é muito

importante agora nesse ponto da matéria.

A depreciação corresponde ao desgaste gradativo do capital físico

(máquinas, equipamentos, veículos, etc.), em função do uso ou do

simples desgaste de um bem. Um trator, que é um exemplo de bem de

capital, vai se desgastando seja pelo uso nas lavouras ou pela simples

exposição ao tempo. Chegará um dia que ele simplesmente deixará de

ser usado, e um novo trator terá que ser adquirido para que essa unidade

produtiva não deixe de produzir.

Anualmente, as empresas necessitam fazer uma reposição de parte dos

seus bens de capital desgastados. Dessa forma, uma parte do

Investimento feito na economia se destina a repor as perdas

correspondentes à depreciação, o que nos leva à diferenciação entre

Investimento Bruto e Investimento Líquido:

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IL = IB – d

Onde:

• IL = Investimento Líquido (aumento efetivo da capacidade produtiva da

economia)

• IB = Investimento Bruto (Formação Bruta de Capital + Variação de

Estoques)

• d = Depreciação no período.

Como já sabemos que IB = Fbk + ΔE (até então só tínhamos tratado de

investimento bruto), temos então a expressão completa para definir o

Investimento Líquido na economia é:

IL = Fbk + ΔE – d

ATENÇÃO

A depreciação nos leva também a alterar o conceito de Produto,

criando a distinção entre Produto Líquido (PL) e Produto Bruto

(PB):

PL = PB – d

Vamos agora completar nosso modelo, considerando também o conceito

de Poupança: aquela parcela da renda que os indivíduos não consomem.

Assim, o ato de poupar representa abrir mão do consumo atual para

desfrutar de um consumo maior no futuro.

Podemos representar essa ideia da seguinte maneira:

S = R – C

Em que:

S = Poupança (do inglês “Saving”)

R = Renda

C = Consumo

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Traduzindo então temos:

ATENÇÃO

POUPANÇA = RENDA - CONSUMO

Nosso modelo agora se apresenta do seguinte modo:

Ótica da Produção: Produto = Somatório pi.qi (preço x quantidade)

Ótica da Renda: Renda = C + S

Ótica da Despesa: Despesa = C + I

Como Produto = Renda = Despesa, temos que:

C + S = C + I

Logo:

S=I

Conclusão:

POUPANÇA = INVESTIMENTO

POUPANÇA BRUTA = INVESTIMENTO BRUTO

POUPANÇA LÍQUIDA = INVESTIMENTO LÍQUIDO

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15) (ESAF/RFB/AUDITOR) Considere os seguintes dados:

Poupança líquida =100;

Depreciação = 5;

Variação de estoques = 50.

Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e

sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total

são, respectivamente:

a) 100 e 105

b) 55 e 105

c) 50 e 100

d) 50 e 105

e) 50 e 50

Comentários:

Questão meramente numérica, mas se tivermos entendido os conceitos

dá para resolver.

Vamos começar pela segunda pergunta: vamos calcular a poupança bruta

(SB).

Primeira coisa a fazer é vermos os dados o que temos e os dados que

precisamos.

Nós temos:

A Poupança Líquida (SL) e a depreciação (d)

Opa!

De cara podemos ver que temos tudo que precisamos calcular a Poupança

Bruta (SB)!

Nós sabemos que a Poupança Líquida é a diferença entre a Poupança

Bruta e a depreciação não é mesmo?

Então temos:

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SL= SB - d

Se SL (poupança líquida) é 100 e d (depreciação) é 5, então temos:

100 = SB – 5

Então SB = 105

Bom, as alternativas c) e e) já foram eliminadas.

Agora podemos calcular a formação bruta de capital fixo. Mas o que é

mesmo a formação bruta de capital fixo?

É a compra daqueles bens de capital! Lembra que o investimento é igual

a soma da formação bruta de capital fixo mais a variação dos estoques?

Lembra daquela identidade em que a poupança (bruta) é igual ao

investimento?

Ah, então agora podemos resolver:

I = Fbk + ΔE

Se I = SB, temos:

SB= Fbk + ΔE

Ora, nós sabemos que:

SB = 105

ΔE = 50

Logo:

105 = FBK + 50

FBK = 55

Amigo(a)s, com isso já vimos e compreendemos o significado dos

principais agregados macroeconômicos de uma economia simplificada

com formação de capital: Produto, Renda, Consumo (Despesa), Poupança

e Investimento. Mas ainda não vimos como o governo e o resto do mundo

influenciam essa economia.

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Vamos começar pela influência do GOVERNO!

Nosso sistema econômico, portanto, será de uma economia com

formação e de capital e com governo, mas ainda fechada, ou seja,

sem transações com o resto do mundo!

O Setor Público corresponde à presença o Governo nas três esferas: a

União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios, bem como os

três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

O Governo interfere na economia por meio da Tributação (T), onde nós

Auditores Fiscais temos atuação determinante, e dos Gastos Públicos (G).

A Tributação (T) compreende:

Impostos Indiretos: aqueles que incidem sobre as transações econômicas

com bens e serviços, a exemplo do ICMS (que certamente será o objeto

principal do nosso trabalho), do IPI e o ISS;

Impostos Diretos: os quais incidem sobre o patrimônio e a renda das

pessoas, físicas e jurídicas, como o Imposto de Renda, o IPTU, o IPVA

(aqui também objeto de trabalho do Auditor Fiscal Estadual);

Contribuições à Previdência Social: aqui devem ser computadas tanto a

parte do empregador quanto a do empregado.

Outras receitas de governo: aqui entrariam, por exemplo, receitas com

taxas e multas diversas.

Por sua vez, os Gastos Públicos (G) compreendem:

Despesas Correntes (ou de Custeio): aqui temos os gastos gerais dos

ministérios, secretarias e autarquias, referentes a despesas correntes (ou

custeio) como: os salários do funcionalismo (somos nós Auditores aqui de

novo), compras de materiais como o “famoso cafezinho” do serviço

público que sempre é ameaçado em épocas de “vacas magras”;

Despesas de Capital (ou de Investimento): aqui temos, por exemplo, os

gastos com a construção de portos, estradas, hospitais, escolas, etc.

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Gastos com Transferências e Subsídios: como exemplo de Transferências

temos o bolsa família, os próprios benefícios previdenciários e o seguro-

desemprego. Já os Subsídios, por exemplo, são para baixar o preço de

certos produtos agrícolas.

ATENÇÃO

Galera, aqui muita atenção: os gastos realizados pelas empresas

públicas e sociedades de economia mista são computados no setor

“firmas”, isto é, são considerados gastos do setor privado. Desse modo já

estavam presentes no modelo anterior – sem governo. A razão disso é

que estas estatais desempenham atividades ligadas ao mercado,

produzindo de bens e serviços para as famílias consumirem.

Outro destaque que não posso deixar passar é que não estamos

considerando aqui gastos com pagamento de juros ou correção

monetária. Aqui somente os gastos “não-financeiros”, ou seja, gastos com

a compra de bens e serviços são considerados.

Fazendo-se um encontro de contas, ou seja, considerando o que o

Governo cobra da sociedade por meio da Tributação (T) em comparação

com o seu retorno por meio dos Gastos Públicos (G) podemos verificar

que o Governo poderá apresentar, durante um determinado período de

tempo, as seguintes situações:

1 - Se os Gastos Públicos forem superiores à Tributação (G > T) teremos

o temido déficit fiscal;

2 – Por sua vez, se os Gastos Públicos forem no mesmo montante da

Tributação (G = T) teremos o equilíbrio no orçamento público (é o

famoso zero a zero);

3 – Mas se os Gastos Públicos forem inferiores à Tributação (G < T)

teremos tão desejado superávit fiscal.

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16) (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/CONSULTOR-LEG/2014) Com

referência a aspectos macroeconômicos, julgue o item subsecutivo.

As informações referentes a recursos financeiros, institucionais e legais do

governo são irrelevantes e, portanto, dispensáveis em termos de extração

de dados agregados para a análise macroeconômica de um país.

Comentários

Na extração de dados agregados para análise macroeconômica, os dados

do governo devem ser considerados, especialmente por ser o setor

público responsável por parte relevante da composição do produto e das

contas nacionais.

Aqui no Brasil, a carga tributária já é superior a mais de 1/3 do PIB.

ATENÇÃO

Quando introduzimos o Governo no nosso modelo

macroeconômico, veremos que o valor do Produto será alterado.

Lembra que sem a presença do Governo, o valor do Produto é igual à

Renda:

Produto = Renda

Lembraram dessa identidade fundamental?

Então beleza! E como é mesmo que encontramos a Renda?

Isso mesmo, a Renda é a soma da remuneração dos fatores de produção!

Renda = w + j + a + l

Tenho certeza que lembram de cada “letrinha” dessa: W (trabalho –

work), J (juros), a (aluguel) e l (lucros).

Então podemos afirmar também que:

Produto = w + j + a + l

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É o que chamamos em macroeconomia de Produto “a Custo de

Fatores”. Podemos entendê-lo como sendo o Produto mensurado

“a preços de fábrica”.

Então temos:

Pcf = w + j + a + l

“Epa, Professor, é simples assim ”?

Até o modelo anterior, sem Governo, era!

ATENÇÃO

Mas agora, com o Governo entrando em campo, tenho que

destacar que antes de chegar ao consumidor final, os bens e

serviços terão seu preço alterado, sendo tributados, por exemplo,

pelo ICMS, pelo IPI, pelos dois, pelo ISS, etc.

Em suma, como regra geral, os bens vão chegar ao consumidor

por um preço mais elevado. Esse é um dos efeitos da Tributação

(T): elevar os preços dos bens e serviços que compramos!

Por outro lado, algumas empresas receberão subsídios do Governo para

venderem seus bens a um preço mais baixo. Também nesse caso o preço

do bem ao consumidor final vai se alterar, ficando menor. Imagine, por

exemplo, que o Governo resolveu subsidiar a gasolina, dando R$ 1,00 de

subsídio à Petrobrás por litro do produto. Já pensou a gasolina custando

nas bombas algo em torno de R$ 2,? Mas pessoal, “não existe almoço

grátis”! Depois veremos que essa conta um dia chega. Notaram que a

Sociedade de Economia Mista Petrobrás aqui teve tratamento de empresa

normal?

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ATENÇÃO

Com isso chegamos a uma Conclusão Importante: o Produto “a

preços de mercado”, ou o Produto medido através do preço final

praticado para o consumidor será diferente daquele que

calculamos anteriormente (o Produto “a custo de fatores”),

conforme a seguir:

Ppm = Pcf + tributos indiretos -subsídios

17) (CESPE/MJ/Economista/2013) Em relação ao sistema de contas

nacionais e à atual metodologia de balanço de pagamentos, julgue o item

a seguir, considerando que PIB, sempre que usado, refere-se a produto

interno bruto.

O PIB a preço de mercado é equivalente ao PIB a custo de fatores

adicionado dos impostos indiretos e deduzido dos subsídios.

Comentários

Vamos relembrar que para distinguir o Produto a Custo de Fatores de

Produção e o Produto a Preços de Mercado, temos que considerar os

tributos indiretos (ICMS, ISS, IPI, PIS, COFINS – aqueles que incidem

sobre o consumo).

Logo, podemos dizer que entre Custo de Fatores (cf) X Preços de

Mercado (pm), o modificador é a diferença entre Tributos

Indiretos e Subsídios.

Em termos de equação, temos:

PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub

OU

PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub

Repare que a assertiva descreve corretamente a segunda equação

acima.

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18) (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Em relação aos conceitos básicos

de macroeconomia, julgue o item a seguir.

No sistema de contas nacionais para uma economia fechada com

governo, a destinação da renda das unidades familiares restringe-se ao

consumo e à poupança.

Comentários

Na verdade, o destino da renda das famílias aparentemente é o consumo

ou a poupança/investimento.

Mas isso só vale para uma economia fechada e SEM GOVERNO.

Quando o governo está presente, por meio dos tributos incidentes sobre

o consumo, parte da renda das famílias vai para o governo via

pagamento de tributos.

Tecnicamente falando, numa economia a 3 setores, temos:

Y = C + S + G

ATENÇÃO

Aqui vale uma menção aos tributos diretos, aqueles que incidem sobre o

patrimônio e a renda dos indivíduos e das próprias empresas. Como eles

não são incidem sobre o valor das transações econômicas, não interferem

no valor do Produto de um país como um todo. Portanto os tributos

diretos nada têm a ver com a diferença entre o custo dos fatores e os

preços praticados no mercado.

Cuidado, pode ser uma pegadinha em sua prova! Se ligue!

Com a entrada em campo do Governo temos também ampliar

nosso conhecimento conceitual de economia. Preste atenção nos

seguintes conceitos:

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Carga Tributária Bruta: Total da arrecadação fiscal do Governo.

Carga Tributária Líquida: Diferença entre a arrecadação fiscal do Governo

e as transferências e subsídios ao setor privado.

Observação: como parâmetro de avaliação da carga tributária é utilizado

o Produto Interno Bruto - PIB a preços de mercado. Calma! Vamos

estudar e explicar exatamente o que é PIB ainda hoje. Por enquanto

visualize PIB simplesmente como o nosso velho conhecido Produto.

Beleza?

Comparando-se a carga tributária com o PIB podemos ter dois índices:

Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) e Índice de Carga

Tributária Líquida (ICTL)!

Você desconfia como calculamos e qual o diferencial entre ambos?

Calculamos da seguinte forma:

ICTB = Tributos Indiretos + Tributos Diretos x 100

PIBpm

ICTL =Trib Ind + Trib Diretos – Transf. - Subsídios x 100

PIBpm

Como pode-se perceber, a diferença está na consideração ou não de 2

tipos de Gastos Públicos: as Transferências e os Subsídios.

Esses 2 tipos de Gastos Públicos devem der diminuídos do cálculo do

índice da Carga Tributária Líquida pois são verdade “tributos negativos”.

Em termos de influência do Governo ficamos por aqui. Na verdade, em

momento oportuno vamos nos aprofundar um pouco mais nesse tema.

Até agora estamos numa economia fechada, isto é, o nosso sistema

econômico não tinha transações com o resto do mundo. Éramos quase

uma Coréia do Norte ...

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ATENÇÃO

Agora, finalmente, vamos ver como os demais países influenciam

em nossa economia! Vamos ver como funciona uma economia

aberta!

Agora teremos que considerar as transações feitas com empresas e

pessoas não-residentes, ou seja, residentes em outros países. Aqui o que

vale não é nacionalidade da pessoa (física ou jurídica) mas o local

definido como de sua residência. Assim, um brasileiro que resida na China

e uma multinacional Holandesa serão tratados como não-residentes.

Usualmente se chama o conjunto dos “outros países” como “resto do

mundo” ou “setor externo”. As variáveis a serem incorporados agora ao

nosso modelo são a seguir conceituadas:

Exportações (X): representam as compras de nossos bens e serviços

pelos estrangeiros, ou seja, são gastos do setor externo com as nossas

empresas.

Importações (M): representam nossas compras relativas a bens e

serviços produzidos por empresas de outros países, ou seja, do setor

externo.

ATENÇÃO!

As Exportações e as Importações se referem à compra e venda de

bens e “serviços não-fatores”, ou seja, serviços que não

representam “remuneração”.

Complicou?

Explico melhor: estamos na verdade falando de fretes, seguros, turismo,

etc., que são pagamentos (ou recebimentos) feitos a firmas pela compra

(ou venda) de serviços não-fatores.

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Outros pagamentos de serviços, tais como assistência técnica,

consultorias, honorários, lucros, são feitos das empresas aos indivíduos, a

título de remuneração, e nesse caso são chamados de “serviços de

fatores”, sendo considerados nas seguintes variáveis:

Renda Enviada ao Exterior (REE): representa uma parcela da renda

gerada internamente, nos limites territoriais do nosso país, mas que não

pertence aos nacionais. Como exemplo, temos a remessa de lucros de

uma empresa estrangeira para sua matriz no exterior, o pagamento de

uma consultoria internacional, o pagamento de assistência técnica, etc.

Renda Recebida do Exterior (RRE): representa exatamente o fluxo

contrário, ou seja, trata-se de uma parcela da renda gerada em outro

país, que se agrega à renda nas mãos dos nacionais. Por exemplo,

recebimento de lucros obtidos por filiais de uma empresa nacional situada

em outro país.

Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): constitui-se na diferença

entre a Renda Recebida do Exterior e a Renda Enviada ao Exterior:

RLFE = RRE -REE

Quando um país recebe mais renda do exterior do que envia, a Renda

Líquida de Fatores Externos é positiva.

Em situação inversa, ou seja, se um país recebe menos renda do exterior

do que envia, a Renda Líquida de Fatores Externos é negativa.

Na situação de Renda Líquida de Fatores Externos negativa, é muito

comum se usar a expressão “Renda Líquida Enviada ao Exterior”:

RLEE = REE – RRE

Fique ligado que se a Renda Líquida Enviada ao Exterior é positiva, isso

significa que REE > RRE, quer dizer, o país envia mais renda para o

exterior do que recebe.

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Por outro lado, quando a RLEE é negativa, acontece exatamente o oposto,

ou seja, o país na verdade recebeu de fora mais “unidades monetárias”

do que mandou.

Essas remessas e recebimentos de renda vão provocar um ajuste no

conceito de Produto.

Lembra que eu anteriormente falei que íamos explicar o significado de

PIB?

É chegada a hora!

ATENÇÃO

Começaremos pela diferenciação do Produto Nacional do Produto

Interno.

Vamos aos conceitos:

Produto Interno: corresponde de fato ao total de bens e serviços finais

produzidos por um determinado país, num certo período de tempo, dentro

de suas fronteiras territoriais.

Um dos conceitos mais utilizados na Macroeconomia é exatamente o do

PIB - ou Produto Interno Bruto, que corresponde à Renda Interna Bruta,

originada na produção de bens e serviços que se deu dentro dos limites

territoriais de um país.

Porém, parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai remunerar

indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros, pagamentos de

assistência técnica, royalties, etc. Isto significa que nem toda a renda

gerada internamente vai de fato pertencer aos residentes no país.

E aí, galera?

“Agora temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”!

Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem

remuneração por serviços prestados em outros países. Assim, devemos

somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior.

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Portanto, teremos a seguinte situação:

PIB – REE + RRE = PNB

“O que é esse tal de PNB, professor?

Calma que vou explicar.

Vamos então a mais um conceito?

Produto Nacional Bruto – PNB: corresponde à renda que pertence

efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida por nossas

empresas no exterior e excluindo a renda enviada por nossas empresas

para o exterior.

19) (CESPE/MTE/ECONOMISTA/2008) A teoria macroeconômica

analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos. Utilizando

os conceitos básicos dessa teoria, julgue item que se segue.

A renda auferida pelos brasileiros que trabalham no Japão é contabilizada

no PIB e na renda nacional bruta.

Comentários

Lembre-se que, enquanto o PIB registra tudo que produzido dentro do

país, o PNB registra tudo que é produzido por brasileiros.

Bem, seguindo essa linha de raciocínio, podemos concluir que a renda

auferida pelos brasileiros que trabalham no Japão é contabilizada apenas

no PNB, ou seja, na renda nacional bruta.

Como é gerada e auferida fora do país não integra o PIB.

Vamos então ver uma forma diferente de visualizar a relação entre PNB e

PIB:

PIB – (REE – RRE) = PNB

PIB – RLEE = PNB

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Agora já temos o nosso modelo completo!

Vamos ver como fica uma das principais equações vistas anteriormente: a

da Despesa Interna Bruta – DIB:

DIB = C + I + G + X – M = PIB

Onde:

C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços

finais;

I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar

máquinas/equipamentos, etc.

G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de

consumo ou bens de investimento;

X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao

exterior através das exportações;

M = as importações entram com o sinal negativo porque representam

deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando

realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios

produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto

gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do

outro país).

20) (CESPE/PF/Agente/2000) A mensuração da produção agregada,

o desenho de políticas macroeconômicas, a análise dos desequilíbrios

externos e o processo de desenvolvimento econômico podem ser mais

bem compreendidos com a ajuda da moderna teoria econômica.

Utilizando os conceitos essenciais dessa teoria, julgue o item abaixo.

Ao se mensurar o produto interno bruto (PIB) a partir da óptica da

despesa, devem-se excluir as exportações porque elas não representam

gastos dos agentes econômicos domésticos.

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Comentários

Importante ter em mente que quando falamos em despesa agregada,

estamos na verdade falando do destino dado ao produto de uma

economia, ou seja, onde é gasto o dinheiro gerado pela produção.

Estamos falando da Despesa Interna Bruta – DIB:

DIB = C + I + G + X – M = PIB

Onde:

C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços

finais;

I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar

máquinas/equipamentos, etc.

G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de

consumo ou bens de investimento;

X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao

exterior através das exportações;

M = as importações entram com o sinal negativo porque representam

deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando

realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios

produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto

gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do

outro país).

Como demonstrado acima, as exportações não devem ser excluídas,

integrando o cálculo do PIB pela ótica da despesa.

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O quadro a seguir resume as diferenças entre os vários conceitos de

Produto:

Critério de Diferenciação e variáveis:

Bruto (B) X Líquido (L): o diferenciador é a depreciação (d), veja:

PNL = PNB – d

IL = IB -d

Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) : o modificador é a

diferença entre Tributos Indiretos e Subsídios

PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub

PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub

Interno (I) X Nacional (N): o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao

Exterior (REE – RRE)

PIB – RLEE = PNB

PIL – RLEE = PNL

21) (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2009) Considerando a contabilidade

do balanço de pagamentos do Brasil e das contas nacionais, julgue (C ou

E) o item seguinte.

A diferença entre a renda nacional bruta e a renda interna bruta é obtida

por meio do somatório dos saldos da conta de renda e da conta de

transferências unilaterais.

Comentários

Temos uma boa questão para revisarmos os conceitos de interno e

nacional! Vamos aproveitar então e revisar aquele quadro que resume as

diferenças entre os vários conceitos de Produto:

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Critério de Diferenciação e variáveis:

Bruto (B) X Líquido (L): o diferenciador é a depreciação (d), veja:

PNL = PNB – d

IL = IB -d

Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) : o modificador é a

diferença entre Tributos Indiretos e Subsídios

PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub

PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub

Interno (I) X Nacional (N): o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao

Exterior (REE – RRE)

PIB – RLEE = PNB

PIL – RLEE = PNL

Sim, o diferencial entre NACIONAL e INTERNO é RENDA LÍQUIDA

ENVIADA AO EXTERIOR!

Com as informações que temos até aqui já podemos avançar no estudo

da Contabilidade Nacional propriamente dita. Mas preciso lhes dizer que

muito do que já vimos já pode ser considerado por muitos também como

parte do estudo da Contabilidade Nacional.

O estudo da Macroeconomia, ou seja, o estudo dos agregados

macroeconômicos é apoiado em dados estatísticos dos principais fluxos da

produção e da renda de um país. Este registro estatístico dos dados

macroeconômicos de uma nação é chamado Contabilidade Nacional.

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Os sistemas de Contabilidade Nacional (também chamada de

Contabilidade Social ou Pública) têm como objetivo não somente revelar o

total dos agregados macroeconômicos, mas também proceder ao registro

sistemático das diversas relações entre os setores que compõe a

economia de um país.

Essa Contabilidade Nacional segue normas e princípios definidos, cada vez

mais uniformizados em escala internacional. A partir do ganho de

importância adquirido com o reconhecimento da sua importância pela

teoria keynesiana, os países desenvolvidos e, a seguir, todos os países

que se empenhavam na busca do desenvolvimento econômico em moldes

capitalistas, passaram a sistematizar esses registros de modo cada vez

mais uniformizado, com a função principal de permitir a comparação dos

dados entre os países.

Na verdade, já conceituamos e já estudamos os principais agregados

macroeconômicos que são objeto da contabilidade nacional, suas

derivações e as identidades fundamentais, quais sejam: Produto, Renda,

Consumo (Despesa), Investimento, Poupança, Gastos do Governo,

Tributação, Exportações e Importações.

Por meio do Sistema de Contas Nacionais pode-se ter uma boa noção da

realidade econômica de um país em um determinado período de tempo.

É por meio da análise das suas contas, que podemos “visualizar” a forma

como um setor institucional, como por exemplo a indústria ou a

agropecuária, participa da geração, apropriação, distribuição e uso da

renda nacional e da acumulação de ativos não-financeiros.

Outra utilização muito importante do Sistema de Contas Nacionais, é a

evidenciação das relações entre a economia nacional e o resto do mundo.

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O famoso Balanço de Pagamentos, entendido como o registro sistemático

das transações entre residentes e não residentes de um país durante

determinado período de tempo, é um belo exemplo.

Por meio dos Sistemas de Contas Nacionais podemos comparar, por

exemplo, o PIB do Brasil com o PIB dos Estados Unidos. Como sabemos,

na verdade estamos comparando a produção de bens e serviços que se

deu dentro dos limites territoriais de cada um desses países.

Mas esse na verdade é ponto de partida para a análise propriamente dita

das contas nacionais de um país. Somente com essas informações iniciais

sobre os agregados macroeconômicos e das formas de medição do

produto e da renda nacionais é que estamos aptos à analisar

efetivamente as contas nacionais, ou melhor, o Sistema de Contas

Nacionais de um país.

No Brasil o órgão responsável pelas Contas Nacionais é o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Vamos ver como o próprio

IBGE define o funcionamento do nosso Sistema de Contas Nacionais

(http://www.ibge.com.br/home):

“O Sistema de Contas Nacionais apresenta informações sobre a geração,

distribuição e uso da renda no País. Há também dados sobre a

acumulação de ativos não financeiros e sobre as relações entre a

economia nacional e o resto do mundo.

O IBGE traz a público o Sistema de Contas Nacionais cujas

informações estão apresentadas na Tabela de Recursos e Usos,

em Contas Econômicas Integradas e em um conjunto de tabelas

sinóticas adicionais.

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A Tabela de Recursos e Usos contém os resultados a preços correntes

e a preços constantes do ano anterior, e mostra os fluxos de oferta e

demanda dos bens e serviços e, também, a geração da renda e do

emprego em cada atividade econômica.

As Contas Econômicas Integradas, núcleo central do Sistema,

oferecem uma visão do conjunto da economia, descrevendo, para cada

setor institucional, seus fenômenos essenciais – produção, consumo e

acumulação – e suas inter-relações no período considerado.

As tabelas sinóticas reúnem as principais grandezas calculadas no

Sistema de Contas Nacionais permitem identificar, para cada ano, o

Produto Interno Bruto - PIB; composição da oferta e da demanda

agregada; geração, distribuição e uso da renda nacional; acumulação de

capital; capacidade ou necessidade de financiamento; transações

correntes com o resto do mundo; renda per capita; e evolução da carga

tributária, entre outros agregados da economia brasileira.”

Amigo(a), sugiro que, após o final da aula, ou no dia seguinte, você de

uma navegada no site do IBGE http://www.ibge.com.br/home/.

Certamente isso vai contribuir para a fixação dos conceitos estudados e

para o enriquecimento dos seus conhecimentos.

Mas agora temos que estudar as 4 contas que compõem o Sistema de

Contas Nacionais do Brasil:

1 – Conta de Produção;

2 – Conta de Apropriação;

3 – Conta das transações correntes com o resto do mundo;

4 – Conta de Acumulação.

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1 – Conta de Produção

Essa conta também é chamada de conta Produto Interno Bruto e

identifica as transações das atividades produtivas das empresas.

DÉBITO CRÉDITO

1.1 PIB a custo de fatores 1.4 consumo final das famílias

1.1.1 remuneração

empregados

1.5 consumo final das APUs

1.1.2 excedente operacional

bruto

1.6 Formação bruta de cap. fixo

1.1.3 rendimento misto 1.7 Variação de estoques

1.2 Impostos Indiretos 1.8 Exportações de b/s não

fatores

1.3 Menos Subsídios 1.9 Menos Importação b/s não

fatores

PIB a preços de mercado Despesa interna bruta a preços

de mercado

Essa conta apresenta do lado do débito os pagamentos das empresas

relativos ao fator de produção trabalho (remuneração empregados) e aos

demais fatores de produção (excedente operacional bruto). Também

computa no lado do débito os Impostos Indiretos deduzindo aí os valores

subsidiados pelo Governo. Seu resultado é o PIB a preços de mercado.

Já do lado do crédito, por exemplo, temos os valores que as empresas

receberam pelas vendas de seus bens e serviços às família e ao Governo

(APUs = Administrações Públicas – Federal, Estaduais e Municipais e do

DF também!).

O total dos créditos representa a Despesa Interna Bruta, também a

preços de mercados e é igual ao o PIB a preços de mercado (a nossa

velha conhecida identidade fundamental).

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2 – Conta de Apropriação

Essa conta também é chamada de conta Renda Nacional Disponível Bruta

e identifica o resultado da apropriação e da utilização da renda pelas

famílias e pelo Governo.

DÉBITO CRÉDITO

2.1 consumo final das famílias 2.4 PIB a custo de fatores

2.2 consumo final das APUs 2.5 Impostos Indiretos

2.3 Saldo: Poupança Bruta 2.6 Menos Subsídios

Subtotal: PIB a preços de

mercado

2.7 Menos renda enviada ao

exterior

2.8 Renda recebida do exterior

Utilização da renda nacional

disponível

Apropriação da renda nacional

disponível

Essa conta demonstra, do lado do débito, como foram aplicadas as

remunerações recebidas seja em consumo (despesa) ou em poupança.

Em suma, podemos ver como foi usada a renda nacional disponível.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra a apropriação das

remunerações recebidas pelas famílias e pelo Governo (Impostos menos

Subsídios) somada às compensações dos movimentos de

remessa/recebimento de renda entre o Brasil e o resto do mundo.

3 – Conta das Transações com o resto do mundo

Essa conta revela os valores das transações de um país com os demais

países e inclui as transações realizadas entre os residentes e os não

residentes de um país.

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DÉBITO CRÉDITO

3.1 Exportação de bens e serviços 3.4 Importação de bens e

serviços

3.2 Renda Recebida do Exterior 3.5 Renda Enviada para o

Exterior

3.3 Saldo: Poupança Externa 3.6 Saldo das transações

correntes com o resto do mundo

Total de recebimentos Utilização dos recebimentos

Essa conta demonstra, do lado do débito, os gastos dos não residentes

com a compra de bens, serviços e ativos nacionais (exportações do

Brasil), bem como os valores recebidos do setor externo.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra as compras feitas pelos

residentes na forma de importações de bens e serviços e os valores

enviados para o exterior pelos agentes domésticos. Aqui também é

lançado o saldo do balanço de pagamentos em conta corrente.

4 – Conta de Acumulação

Essa conta também é chamada de conta consolidada de capital e

identifica o resultado da formação da poupança bruta interna e de como

essa formação da poupança bruta interna foi financiada.

DÉBITO CRÉDITO

4.1 Formação Bruta de Capital

Fixo

4.3 Poupança Interna

4.2 Variação dos estoques 4.4 Poupança Externa

Acumulação Bruta Interna Financiamento Acumulação Bruta

Interna

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Essa conta demonstra, do lado do débito, as aplicações (usos) de recursos

na formação bruta de capital fixo (investimento bruto) e nas variações de

estoques.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra as fontes de financiamento

das mencionadas aplicações de recursos, sendo segregada a poupança

interna da poupança externa.

Vale destacar que a poupança interna é a soma da poupança bruta do

setor privado com a poupança do governo em conta corrente. Já a

poupança externa é o valor que o país recebe do exterior para financiar

seus gastos a maior.

QUESTÕES DE CONCURSOS

22) (CESPE/TCU/Auditor/2007) Considerando-se que o problema da

escolha em um ambiente de escassez constitui o cerne da análise

econômica, julgue o item subsequente.

A redução do consumo corrente constitui um dos custos de oportunidade

associados ao crescimento econômico.

Comentários

Em outras palavras, a questão perguntou o seguinte: para que uma

economia cresça, é necessário fazer uma escolha entre consumir e

poupar. Ou melhor, para que o crescimento econômico ocorra, o custo de

oportunidade de crescer é diminuir o consumo.

Vamos entender o motivo?

Para que uma economia cresça é preciso haver investimento. Para haver

investimento tem que haver poupança. E para haver poupança, parte da

renda deve deixar de ser usada para o consumo e ser canalizada para a

poupança.

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Logo consumir é concorrente de poupar/investir já que a renda é escassa

e não dá para ambos, sendo uma situação o custo de oportunidade da

outra e vice-versa.

23) (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da

economia, julgue o seguinte item.

A macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto

especificamente, mas, sim, do comportamento das unidades econômicas

individuais e de mercados específicos.

Comentários

A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados

econômicos de forma global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação,

desemprego, etc., ou seja, estudar a floresta.

Quem estuda as árvores é a Microeconomia que estuda o

comportamento das unidades produtivas (empresas ou firmas), dos

indivíduos, de determinados mercados, etc.

24) (CESPE/SEFAZ-ES/Consultor/2010) Acerca dos conceitos de

macroeconomia, julgue o item que se segue.

A macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação

da renda nacional, também se ocupa do estudo de como é gerado e de

como é possível um aumento no nível agregado de recursos da economia.

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Comentários

Sem dúvida, os objetos de estudo da macroeconomia são os agregados e

as variáveis macroeconômicas, ou seja, o produto, a renda, a inflação, o

emprego, juros, dentre outros.

A assertiva fala em índice geral de preços, ou seja, cita um indicador da

variação da inflação, e o aumento agregado no nível agregado de

recursos da economia, que sem dúvida pertencem ao campo de estudo

macroeconômico.

25) (ESAF/MPOG/APO/2015) Os seguintes dados foram extraídos do

Sistema de Contas Nacionais do Brasil, em unidades monetárias:

Rendimento misto bruto: 260.424

Excedente operacional bruto: 1.075.844

Remuneração dos empregados: 1.414.217

Impostos sobre a produção e a importação: 495.944

Subsídios à produção: 5.807

Rendas de propriedade enviadas ao resto do mundo: 83.459

Rendas de propriedade recebidas do resto do mundo: 18.165

Com base nestes dados, a Renda Nacional Bruta será de:

a) 2.312.112

b) 2.477.406

c) 3.175.328

d) 3.533.209

e) 3.357.823

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Comentários

Questão com um pouco de cálculo! Vamos a ela! Usando os dados da

questão, nosso primeiro passo é calcular o PIB (ou a RIB) usando a

fórmula do Excedente Operacional Bruto:

EOB + RMB = RIB – RE – Imp + Sub

RIB = 3.240.622

Em seguida vamos converter RIB em RNB:

RIB = RNB + RLEE (onde RLEE = REE – RRE)

RNB = 3.175.328

26) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considere:

A = Produto Interno Bruto

B= Remuneração dos empregados

C = Impostos sobre a produção e a importação

D = Subsídios à produção

E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto

É correto, então, afirmar que:

a) A = B + C – E

b) A = B + C – D

c) A = B – E

d) A – B + C – D = 0

e) A = B + C – D + E

Comentários

Galera, vamos usar a mesma fórmula que usamos na questão anterior, a

fórmula do EOB:

EOB + RMB = RIB – RE – Imp + Sub

E = A – B – C + D

A = E + B + C – D

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27) (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/Consultor-Leg/2014) Com

referência a aspectos macroeconômicos, julgue o item subsecutivo.

A diferença básica entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto

Nacional Bruto (PNB) é que o PIB mede o produto gerado dentro das

fronteiras do país tanto por cidadãos quanto por estrangeiros, ao passo

que o PNB mede o produto gerado pelos cidadãos do país,

independentemente de sua localização no mundo.

Comentários

Vamos relembrar esse trecho de nossa aula?

Começaremos pela diferenciação do Produto Nacional do Produto Interno.

Produto Interno: corresponde de fato ao total de bens e serviços finais

produzidos por um determinado país, num certo período de tempo, dentro

de suas fronteiras territoriais.

Um dos conceitos mais utilizados na Macroeconomia é exatamente o do

PIB - ou Produto Interno Bruto, que corresponde à Renda Interna Bruta,

originada na produção de bens e serviços que se deu dentro dos limites

territoriais de um país.

Porém, parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai remunerar

indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros, pagamentos de

assistência técnica, royalties, etc. Isto significa que nem toda a renda

gerada internamente vai de fato pertencer aos residentes no país.

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E aí?

“Agora temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”!

Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem

remuneração por serviços prestados em outros países. Assim, devemos

somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior.

Portanto, teremos a seguinte situação:

PIB – REE + RRE = PNB

“O que é esse tal de PNB, professor?

Calma que vou explicar. Vamos então a mais um conceito?

Produto Nacional Bruto – PNB: corresponde à renda que pertence

efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida por nossas

empresas no exterior e excluindo a renda enviada por nossas empresas

para o exterior.

Vamos então ver uma forma diferente de visualizar a relação entre PNB e

PIB:

PIB – (REE – RRE) = PNB

PIB – RLEE = PNB

E aí?

Depois dessa revisão podemos afirmar sem pestanejar que a definição

dada pela assertiva está correta e foi bem didática!

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28) (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes

siglas:

PIB = Produto Interno Bruto, PNB = Produto Nacional Bruto,

PIL = Produto Interno Líquido e PNL = Produto Nacional Líquido.

Se o governo impedir o envio ou recebimento de rendimentos do exterior

e zerar os impostos indiretos e os subsídios, pelas identidades

macroeconômicas básicas teremos:

a) PIB a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

b) PIB a preços de mercado = PNL a custo de fatores.

c) PIL a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

d) PIL a preços de mercado > PNL a custo de fatores.

e) PIB a preços de mercado > PIB a custo de fatores.

Comentários

Nesse tipo de questão temos que ter muito cuidado com o joguete de

palavras!

Para começar, devemos nos lembrar que o Produto Líquido é igual ao

Produto Bruto deduzido da depreciação.

Mas e agora?

A questão não fala nada sobre depreciação ...

Hum ....

Vamos ver depois se essa falta de informação sobre a depreciação vai nos

fazer falta.

Mas antes temos que diferenciar o Interno – I do Nacional – N!

O Produto Nacional é o Produto Interno deduzido dos rendimentos

enviados ao exterior e somado dos rendimentos recebidos do exterior.

Como no caso em tela o governo impediu os envios e recebimentos do

exterior, para fins de resolução desta questão temos que Nacional =

Interno!

Bem, mas ainda falta um aspecto!

Temos que diferenciar Produto a preços de mercado – Ppm do Produto a

custo dos fatores – Pcf.

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Lembre-se que o Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios!

Nessa questão temos a terceira “colher de chá”!

O Governo zerou os impostos indiretos e subsídios!

Portanto temos que PIB = PNB seja a custo dos fatores, seja a preços de

mercado.

Agora ficou fácil!

É só dar uma olhada e escolher a alternativa que não contradiz a

sequência apresentada.

Logo na alternativa a temos PIB pm = PNB cf

Assim, o GABARITO é A! Repare que as demais alternativas apresentam

erros seja no sinal (>) ou ao comprar Bruto com Líquido.

29) (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Um aumento do PIB

(Produto Interno Bruto) a custo de fatores, mantido constante o PIB a

preços de mercado, deve ser compensado por:

a) redução da depreciação;

b) aumento dos subsídios e redução dos impostos indiretos;

c) redução dos impostos diretos;

d) redução da renda líquida enviada ao exterior e aumento dos impostos

diretos e indiretos;

e) redução do Produto Nacional Bruto a custo de fatores.

Comentários

Para resolver essa questão temos que diferenciar Produto a preços de

mercado – Ppm do Produto a custo dos fatores – Pcf.

Lembre-se que o Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios!

Agora já podemos ver com clareza que para que haja um aumento no PIB

a custo dos fatores, considerando o PIB a preços de mercado constante,

precisamos apenas que um aumento dos subsídios/redução dos impostos

indiretos.

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30) (FGV/TCM-SP/Agente-Fiscal/2015) Considere as seguintes

informações:

Poupança do setor privado = 50

Subsídios = 10

Impostos Indiretos = 10

Impostos Diretos = 30

Exportações = 50

Importações = 25

Saldo da Balança de Serviços = 0

Saldo da Conta de Rendas = 0

Transferências Unilaterais = 0

Variação dos estoques = 5

Formação Bruta de Capital Fixo = 5

Transferências do governo = Outras Receitas Líquidas

A partir dessas informações (medidas em bilhões de reais) e dos

conceitos de contas nacionais, o gasto do governo é igual a:

a) 35;

b) 40;

c) 45;

d) 50;

e) 60.

Comentários

Vamos começar lembrando da identidade fundamental em que o

Investimento é igual à poupança!

Lembremos também que a poupança na verdade é a soma da poupança

interna com a externa e que a poupança interna é obtida pela soma da

poupança privada com a poupança pública.

Assim temos:

I = S privada + S pública + S externa

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Por sua vez, o investimento é a soma da formação bruta de capital fixo

com a variação dos estoques.

Logo, temos:

I = FBKF + Var estoques

Vamos agora dar números às identidades apresentadas.

I = FBKF + Var estoques

I = 5 + 5 = 10

Bem, já sabemos o valor do Investimento e já temos o valor da poupança

privada, ou seja, já sabemos até aqui que:

10 = 5 + S pública + S externa

Sabemos que a poupança externa ne verdade corresponde ao saldo de

transações correntes com o sinal invertido. Nesta questão só integra esse

saldo o valor da balança comercial.

Então temos:

S externa = Importações – Exportações

S externa = 25 – 50 = - 25

Agora já podemos calcular a poupança pública!

10 = 50 + S pública – 25

S pública = -15

Amigo(a), a questão nos deu a receita do governo, logo já podemos

calcular seus gastos.

S pública = receita pública – gasto público

S pública = Impostos Diretos + Impostos Indiretos - subsídios – gasto

público

- 15 = 30 + 10 – 10 + gasto público

Gasto Público = 45

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31) (FGV/TCM-SP/Agente-Fiscal/2015) Considere o Sistema de

Contas Nacionais, baseado em quatro contas: produção, utilização da

renda, formação de capital e das operações da economia com o resto do

mundo. A estática comparativa de acordo com tal sistema é:

a) um aumento da renda nacional líquida a preços de mercado pode ser

compensado por uma redução do consumo do governo;

b) um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do

aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores;

c) uma redução dos recebimentos correntes pode levar a um aumento da

renda recebida do exterior;

d) um aumento do investimento em bens de capital, com aumento da

depreciação, leva à elevação do total da formação de capital;

e) um aumento dos impostos indiretos e redução dos subsídios leva a

uma redução da apropriação da renda nacional disponível líquida.

Comentários

A correta é letra B e vamos logo comentá-la.

Como sabemos, o Produto pode ser mensurado pelas óticas da demanda,

renda ou produção, e renda é a remuneração dos fatores de produção, ou

seja, é composta pelos juros, os aluguéis, os lucros e os salários.

Nessa toada, temos que o chamado excedente operacional bruto é a

remuneração desses fatores de produção, mas excluídos os salários.

Ora, um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do

aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores, já que pode

gerar um aumento no produto e na renda, desde que não seja

compensado totalmente por aumento de salários.

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32) (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Considere uma

economia aberta em que o governo recolha impostos e efetue gastos.

A Contabilidade Nacional pode ser sucintamente representada pela

seguinte relação: Y = C + I + G + X − M, em que as variáveis

representam, respectivamente, a renda interna bruta, o consumo

agregado, o investimento, os gastos do governo, as exportações e as

importações. Essa equação

a) indica o produto interno líquido, pois os impostos não estão

contabilizados, isto é, já foram deduzidos dos valores brutos.

b) denota o produto nacional bruto, uma vez que desconta o valor das

importações.

c) representa o equilíbrio macroeconômico fundamental, em que a

diferença entre o valor dos investimentos e do consumo sinaliza a

remessa de rendas de residentes estrangeiros para suas famílias no

exterior.

d) revela a necessidade de poupança externa como o diferencial entre os

valores das importações e exportações, indicado pela relação, após algum

rearranjo algébrico, S − I = X − M, em que S contempla tanto a

poupança pública quanto a privada.

e) exprime a mensuração do PIB pela ótica da renda, uma vez que o

consumo apenas pode existir se houver renda.

Comentários

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta, sempre tendo em

mente a equação PIB = C + I + G + X – M.

a) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da

Despesa Agregada.

b) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da

Despesa Agregada.

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c) errada, sendo falsa a afirmação de que a diferença entre o valor dos

investimentos e do consumo sinaliza a remessa de rendas de residentes

estrangeiros para suas famílias no exterior. Nada impede um indivíduo,

ou mesmo todos eles, consumir, poupar e ainda mandar renda para o

exterior.

d) correta!

e) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da

Despesa Agregada. Pela ótica da Renda é Y = Salários + Lucros + Juros +

Aluguéis.

33) (CESPE/TCU/Auditor/2015) Acerca das relações teóricas

estabelecidas pelas contas nacionais e do balanço de pagamentos, julgue

o item.

A renda agregada é sempre igual ao produto agregado.

Comentários

Apesar da palavrinha “sempre” aparecer na assertiva, causando arrepios,

e de merecer SEMPRE uma atenção especial do concurseiro, a assertiva

está correta.

Em termos de identidades macroeconômicas é isso mesmo!

Renda e produto são sempre iguais!

Um é o avesso do outro, um não vive sem o outro! São 2 lados da mesma

moeda!

Não há renda sem despesa correspondente e não há despesa sem renda

correspondente, quando falamos em agregados macroeconômicos.

Guarde que a renda agregada (ótica da renda) é sempre igual à despesa

agregada (ótica da despesa) e ao produto agregado (ótica do produto)!

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34) (FGV/TCM-SP/AGENTE FISCAL/2015) A situação a seguir

que NÃO descreve corretamente uma estática comparativa envolvendo a

identidade macroeconômica correspondente é:

a) um aumento da remessa de dinheiro de residentes fora do Brasil para

residentes de dentro do Brasil eleva a Renda Nacional Bruta;

b) um aumento da produção de bens e serviços feitos a partir de fatores

de produção nacionais eleva o Produto Nacional Bruto;

c) um aumento da soma dos salários com o excedente operacional bruto

eleva o Produto Interno Líquido a custo de fatores;

d) um aumento dos impostos indiretos conjuntamente com uma redução

dos subsídios eleva o Produto Interno Bruto a preços de mercado e a

custo de fatores;

e) um aumento da depreciação reduz a Renda Nacional Líquida e o

Produto Nacional Líquido a custo de fatores.

Comentários

Atente que a banca quer a ERRADA! A única errada é a letra D, pois,

como sabemos, o objetivo do Produto medido a custo dos fatores é

eliminar os efeitos diretos do governo na economia na medição Produto,

ou seja, exclui-se os impostos indiretos e os subsídios.

Dessa forma, o mencionado aumento da alternativa não traria efeito no

PIB a custo de fatores.

35) (CESPE/MJ/Economista/2013) Em relação ao sistema de contas

nacionais e à atual metodologia de balanço de pagamentos, julgue o item

a seguir, considerando que PIB, sempre que usado, refere-se a produto

interno bruto.

O país que, em determinado ano, envie liquidamente rendas ao exterior

terá o produto nacional bruto maior que o PIB no período

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Comentários

O diferencial entre Produto NACIONAL e Produto INTERNO é RENDA

LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR.

O Produto Interno Bruto diminuído da Renda Líquida enviada ao exterior é

igual ao Produto Nacional Bruto.

Em termos de equação de identidade macroeconômica temos:

PIB – RLEE = PNB

Ou

PIB = PNB + RLE

Assim, caso o país envie Renda Líquida ao exterior (RLEE positiva),

teremos o PIB será maior que o PNB.

36) (CESPE/MDIC/ACE/2008) A teoria macroeconômica analisa o

comportamento dos grandes agregados econômicos. Com base nessa

teoria, julgue o item a seguir.

Os lucros auferidos pelas empresas estrangeiras instaladas no Brasil,

assim como a importação de matérias-primas industriais dessas

empresas, são computados no PIB brasileiro.

Comentários

É bom sempre ter em mente que, enquanto o PIB registra tudo que

produzido dentro do país, o PNB registra tudo que é produzido por

brasileiros.

Partindo desse raciocínio básico, a primeira parte da assertiva está

correta, pois os lucros auferidos pelas empresas estrangeiras instaladas

no Brasil realmente integram o PIB, embora não integrem o PNB.

Até aqui beleza!

Mas na parte final a assertiva comete um erro!

E qual o erro?

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A importação de matérias-primas são insumos de produção, só sendo

contabilizada no PIB por meio dos bens e serviços finais gerados com a

sua utilização.

37) (FCC/TCM-AM/Auditor/2015) Em macroeconomia, sabendo que:

Y é o Produto Interno Bruto (PIB), C é o consumo das famílias, I é

investimento privado, G são os gastos do governo, X são as exportações

e M são as importações, a identidade macroeconômica básica, também

conhecida como equação do PIB pelo lado da demanda, é dada por:

a) Y=C+G+I

b) Y=C+G+I−(X−M)

c) Y=C+G+I+(X−M)

d) Y=C+G+I+(M−X)

e) Y=C+X+I−(G−M)

Comentários

Agora vamos a uma questão da FCC sobre identidades fundamentais da

macroeconomia. Essa questão é para acertar!

É só lembrar da equação da demanda agregada Y=C+G+I+(X−M)

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38) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) De acordo com a teoria da

ciência econômica, referem-se a conceitos econômicos, levados em conta

nas decisões individuais:

I. O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha

conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de

determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros problemas.

II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de

recompensa para abrir mão de algum consumo.

III. A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um

plano de ação não revestido de racionalidade econômica.

IV. O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a

perspectiva de uma punição ou recompensa.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) III e IV, apenas.

Comentários

Vamos lá, matar mais uma da FCC!

Vamos começar pelas erradas e comentar os erros!

Saiba que a proposição II está equivocada, já que custo de oportunidade

é o que se perde (ou o que se deixa de ganhar) em função da escolha

realizada.

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Nessa toada, nada a ver com recompensa tem o custo de oportunidade,

mas sim uma perda, ou melhor, algo que se deixa de ganhar.

Outra equivocada é a afirmativa III! Ela erra já que a mudança marginal é

um ajuste incremental em um plano de ação racional do ponto de vista

econômico, um princípio sempre levado em conta.

Guarde a ideia de que sempre partimos da premissa que os indivíduos são

racionais, caso contrário, não seria possível sistematizar os

comportamentos dos agentes econômicos.

39) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) O Produto Interno Bruto − PIB a

preços de mercado mede o total dos bens e serviços produzidos pelas

unidades residentes que têm como destino um uso final (exclui consumo

intermediário).

Considerando-se a ótica de mensuração do PIB pela demanda, é

correto afirmar que o seu cômputo é dado

(A) pela despesa de consumo final mais o total de impostos, líquidos de

subsídios sobre a produção e a importação, mais a formação bruta de

capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e

serviços, menos as importações de bens e serviços.

(B) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção.

(C) pela remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos

de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto

bruto, mais o excedente operacional bruto.

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(D) pela despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo,

mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços,

menos as importações de bens e serviços.

(E) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações

de bens e serviços.

Comentários

Vamos começar analisando a correta, que é a letra D!

De acordo com a ótica da demanda/despesa, temos:

PIBpm = C + G + I + X – M

Por sua vez, sabendo que: Cfinal = C + G; e que: I = FBKF + varE, então

temos:

PIBpm = Cfinal + FBKF + varE + X – M

Vamos agora ver os erros das outras assertivas:

A) O erro foi ter feito menção aos impostos líquidos dos subsídios.

B) O erro foi apresentar o PIB pela ótica do produto, em detrimento da

ótica da despesa. Para concertá-la teríamos ainda que somar os impostos

sobre produtos incluídos no valor da produção.

C) Errou ao mostrar o PIB pela ótica da renda (e não pela ótica da

despesa).

E) Erra ao misturar as óticas do produto e da despesa, fazendo uma

bagunça danada nas fórmulas!

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40) (FCC /MPU/ANALISTA/2007) Instruções: Utilize as seguintes

informações, e somente elas, para responder à questão.

Importações de bens e serviços não fatores ............. 1.700

Consumo Final...................................................... 6.900

Variação de estoques................................................ 900

Formação bruta de capital fixo................................. 2.800

Renda líquida recebida do exterior ............................. 100

Déficit do balanço de pagamentos em transações c....... 300

O Produto Interno Bruto dessa economia é

a) 9.900

b) 10.000

c) 10.100

d) 10.200

e) 10.300

Comentários

Galera, vamos usar a fórmula pela ótica da despesa.

DIB = C + I + G + X – M = PIB

Onde:

C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços

finais;

I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar

máquinas/equipamentos, etc.

G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de

consumo ou bens de investimento;

X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao

exterior através das exportações;

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M = as importações entram com o sinal negativo porque representam

deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando

realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios

produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto

gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do

outro país).

Temos, portanto:

PIB = 6.900 + 900 + 2.800 + 0 + 1.300 – 1.700

PIB = 10.200

41) (FCC/SEFIN-RO/AFTE/2010) É correto afirmar que

a) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de

capital físico da economia.

b) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua

carga tributária líquida.

c) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a

preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a

renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos

subsídios.

d) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu

PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e

sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta.

e) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional,

deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras

receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas

empresas.

Comentários

Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta.

a) está errada já que o PNL corresponde ao PNB menos a depreciação.

b) também errada, já que a mencionada diferença é depreciação.

c) correta definição de Renda Nacional. É O GABARITO!

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d) errada, visto que a renda pessoal disponível é obtida a partir do PIB a

preços de mercado.

e) errada, pois a renda pessoal logicamente depende daqueles lucros que

efetivamente foram distribuídos pelas empresas.

42) (FCC/PREFEITURA DE SP/AFTM/2012) Foram extraídos os

seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do

Brasil em um determinado ano-calendário:

Consumo Final................................................... 2.666.752

Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653

Consumo Intermediário....................................... 2.686.362

Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317

Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471)

Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404

O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse

mesmo ano, correspondeu a

a) 351.479.

b) 353.376.

c) 380.457.

d) 375.789.

e) 360.847.

Comentários

Em primeiro lugar é fundamental termos em mente que o chamado

Consumo Intermediário não deve ser computado no cálculo do PIB, já que

em seu cálculo somente devem ser somados os bens e serviços finais.

Tranquilo?

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Pronto, agora vamos usar a equação básica do PIB a preços de mercado:

PIBpm = C + I + G + X – M

No caso da questão em tela, o examinador juntou o consumo das famílias

ao consumo do governo numa linha denominada consumo final, ou seja,

C + G = 2.666.752.

Em relação aos investimentos, temos:

I = FBCfixo + Variação dos estoques

I = 585.317 – 7.471

I = 577.846

Além desses dados, o examinador nos deu de bandeja o valor das

exportações e do PIBpm, e nos pediu o valor das importações.

Substituindo os valores temos:

3.239.404 = 2.666.752 + 577.846 + 355.653 – M

M = 3.600.251 - 3.239.404

M = 360.847

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43) (FCC/TCE-PR/ACE/2011) Os seguintes dados foram extraídos das

Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias):

Importação de bens e serviços não fatores ........... 1.750

Variação de estoques ..................................................... 250

Formação bruta de capital fixo............................................. 2.300

Produto Interno Bruto, a preços de mercado ....................... 14.700

Exportação de bens e serviços não fatores .....................2.500

Impostos indiretos.............................................................. 2.900

Subsídios ........... ............................................................ 380

O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública)

nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a

a) 11.020.

b) 11.400.

c) 11.650.

d) 14.300.

e) 13.920.

Comentários

O examinador nos dá algumas variáveis e nos pede a soma do Consumo

das famílias (C) com os Gastos do Governo (G), ou seja, o valor de C +

G!

É só usar nossa velha e boa equação da renda!

Vamos lá!

Y = C + I + G + X – M

Dando nome aos bois, ou seja, usando os dados do enunciado, temos:

14.700 = C + 250 + 2.300 + G + 2.500 – 1750

14.700 = C + G + 3.300

C+G = 11.400

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44) (FCC/SEFAZ-SP/APO/2010) Os impostos indiretos líquidos de

subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que

diferenciam os conceitos de

a) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores.

b) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado.

c) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado.

d) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível.

e) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado.

Comentários

Vamos revisar a parte da aula que estudamos esse assunto.

Lembre-se que o Produto “a preços de mercado - Ppm”, ou o Produto

medido através do preço final praticado para o consumidor será diferente

daquele chamado de “a custo de fatores - Pcf”.

Vamos ver o que os diferencia:

Ppm = Pcf + tributos indiretos -subsídios

Sim, enquanto na medição à preços de mercado os efeitos dos tributos

INDIRETOS e dos SUBSÍDIOS são considerados, eles não são computados

na medição a custo de fatores.

Lembre-se que os tributos INDIRETOS incidem sobre bens e serviços,

enquanto os tributos DIRETOS são aqueles que incidem sobre o

patrimônio e a renda dos indivíduos e das próprias empresas.

Nessa toada, como os tributos DIRETOS não são incidem sobre o valor

das transações econômicas, não interferem no valor do Produto de um

país como um todo.

Cuidado! Pode ser uma pegadinha em sua prova! Se ligue!

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45) (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) Em uma economia, a renda

líquida recebida do exterior é superior, em valor absoluto, ao montante

da depreciação do estoque de capital da economia. Portanto, o Produto

a) Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto.

b) Nacional Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido.

c) medido a preços de mercado é menor que o Produto medido a custo de

fatores.

d) Interno Líquido é maior que o Produto Nacional Bruto.

e) Nacional Líquido é maior que o Produto Interno Bruto.

Comentários

Excelente oportunidade de revisar a diferenciação do Produto Nacional do

Produto Interno.

Vimos que o Produto Interno corresponde de fato ao total de bens e

serviços finais produzidos por um determinado país, num certo período de

tempo, dentro de suas fronteiras territoriais.

Mas tem um detalhe: parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai

remunerar indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros,

pagamentos de assistência técnica, royalties, etc.

Isto significa que nem toda a renda gerada internamente vai de fato

pertencer aos residentes no país.

Logo, temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”!

Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem

remuneração por serviços prestados em outros países.

Logo também devemos somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior.

Portanto, teremos a seguinte situação:

PIB – REE + RRE = PNB

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“E o Produto Nacional”?

Ahhh sim, já ia me esquecendo de conceituar ..

O Produto Nacional corresponde à renda que pertence efetivamente aos

nacionais, incluindo a renda recebida por nossas empresas no exterior e

excluindo a renda enviada por nossas empresas para o exterior.

Assim, temos:

PIB – RLEE = PNB

A questão também exige que estejamos lembrados que a diferença entre

o Produto Bruto e o Produto Líquido decorre da Depreciação.

Como a questão nos informou que a RLRE – Renda Líquida Recebida do

Exterior é maior que a depreciação, podemos concluir que o PNL é maior

que o PIB.

46) (FCC/TCE-CE/ACE/2008) O Produto Interno Bruto de uma

economia é igual ao somatório dos valores de produção de bens e

serviços

a) dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

b) finais dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

c) dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

d) finais dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

e) finais dessa economia, acrescido do valor das importações, em uma

determinada unidade de tempo.

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Comentários

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta, ou melhor, a mais

correta.

a) faltou a palavra finais logo após bens e serviços, já que não soma os

intermediários.

b) o PIB é uma variável “tipo fluxo”, ou seja, é medido em um

determinado período, ou seja, um ano, um mês, etc. Se fosse uma

variável do tipo estoque, aí sim seria numa data.

c) o PIB é uma variável “tipo fluxo”, ou seja, é medido em um

determinado período. Se fosse uma variável do tipo estoque, aí sim seria

numa data.

d) é a melhor opção.

e) as importações são excluídas. Veja a fórmula!

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47) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Suponha uma economia hipotética sem

governo, na qual tenham ocorrido as seguintes transações:

I. A empresa A adquire insumos da empresa C no valor de 100 e produz

bens no valor de 300, sendo 70% da produção vendida para a

empresa B e o restante para consumidores finais.

II. A empresa B, com os insumos adquiridos da empresa A, fabrica bens

no valor de 400, dos quais 20% são vendidos como insumos para a

empresa C e o restante para consumidores finais.

III. A empresa C, com os insumos adquiridos da empresa B, fabrica bens

no valor de 200, dos quais 50% são vendidos para a empresa A e o

restante para consumidores finais.

Considerando essas informações, é correto concluir que o valor agregado

por essa economia é

a) maior que a renda.

b) 900.

c) 760.

d) 530.

e) 510.

Comentários

Vamos calcular os valores agregados de cada uma das três situações e

somá-los.

I) se A comprou 100 e produziu 300, logo agregou 200.

II) se B comprou 210 e fabricou 400, logo agregou 190.

III) se C comprou 80 e fabricou 200, logo agregou 120.

Assim temos o valor agregado = 200+190+120 = 510

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48) (FCC/TCE-CE/ACE/2008) Considere as definições das siglas a

seguir:

C = Consumo privado

I = Investimento privado

G = Gastos totais do Governo

X = Exportação de bens e serviços

M = Importação de bens e serviços

A demanda agregada da economia, supondo-se que a oferta agregada

seja infinitamente elástica, é representada pela seguinte expressão:

a) C + I + G (–) X + M

b) C + I + G + X (−) M

c) C + I (−) G (–) X + M

d) C + I + G + X + M

e) (C + I + G) (–) (X + M)

Comentários

Galera, para fins de FCC está fórmula básica tem que estar em mente:

PIB = C + I + G + X – M

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49) (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) No que tange ao cômputo dos

agregados macroeconômicos e ao registro das contas nacionais de um

país, é correto afirmar:

a) O valor de impostos indiretos líquidos de subsídios é o que diferencia a

mensuração do produto em seus conceitos “a preços de mercado” e “a

custo de fatores”.

b) Na conta destinada a registrar as transações com o resto do mundo,

as importações de bens são lançadas a débito e as exportações de bens

são lançadas a crédito.

c) O Produto Interno Bruto será inferior ao Produto Nacional Bruto

quando a Renda Líquida de Fatores de Produção enviada para o exterior

for positiva.

d) Não é possível aferir o valor do Produto Interno Bruto a partir da

análise das contas nacionais, qualquer que seja o modelo de

contabilização adotado.

e) Produto Nacional Bruto e Produto Interno Líquido diferem pelo valor da

depreciação do estoque de capital da economia.

Comentários

Vamos analisar cada uma das opções e escolher a correta.

a) correta, lembre-se que: Ppm = Pcf + tributos indiretos –subsídios.

Logo, enquanto na medição à preços de mercado os efeitos dos tributos

INDIRETOS e dos SUBSÍDIOS são considerados, eles não são computados

na medição a custo de fatores.

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b) errada, já que as exportações são registradas à débito e as

importações são registradas à crédito na conta de transações correntes.

c) errada, é o contrário ...

d) errada, claro que é possível ... vimos hoje ...

e) errada, misturou os conceitos de bruto e líquido, além de interno e

nacional, logo são 2 fatores de diferenciação: depreciação e RLEE – Renda

Líquida Enviada ao Exterior.

50) (FCC/METRO-SP/ADV-JR/2014) O total das remunerações pagas

aos proprietários dos fatores de produção que são residentes no país

corresponde ao agregado macroeconômico denominado:

a) Renda Nacional Líquida a custo de fatores.

b) Produto Nacional Bruto a preços de mercado.

c) Produto Interno Bruto a custo de fatores.

d) Renda Interna Líquida a preços de mercado.

e) Renda Interna Bruta a preços de mercado.

Comentários

A primeira expressão do enunciado que temos que “grifar” é “residentes

no país”. Isso significa que os proprietários são

Fique atento ao fato de que o que vale não é nacionalidade da pessoa

(física ou jurídica) mas o local definido como de sua residência. Assim,

como o enunciado falou em residente, estamos falando de NACIONAL.

Assim, já eliminamos as letras C, D e E.

Ficamos então entra a A que se refere a ótica da Renda e a letra B do

Produto.

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Ora, como o enunciado fala em “remuneração dos proprietários dos

fatores de produção”, estamos falando de RENDA, ou seja, salários, juros,

aluguéis e lucros.

51) (FCC/METRO-SP/ADV-JR/2014) Um estudo divulgado pela

Receita Federal do Brasil informou que a Carga Tributária Bruta brasileira

passou de 35,31% do PIB em 2011 para 35,85% do PIB em 2012.

Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga Tributária

Líquida, é correto afirmar:

a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a

arrecadação tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado

como proporção do PIB.

b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB,

pois neste conceito não são computados os impostos indiretos como o

Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária das três esferas

de governo e o PIB medido a preços de mercado, ambos em termos

nominais.

d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é

suficiente para concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo

período.

e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB

medido a custo de fatores, ambos em termos nominais.

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Comentários

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.

a) errada, não existe essa condição. O que vale é o total.

b) errada, já que os impostos indiretos são computados.

c) correta. Isso, como contempla impostos indiretos e subsídios, é a

preços de mercado.

d) errada, já que a carga tributária pode subir e o PIB cair, e vice-versa.

e) errada, o certo é o dito na alternativa C.

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3. RESUMO

A Economia é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento

humano e estuda como as pessoas e as organizações na sociedade se

empenham na produção, troca e consumo de bens e serviços

O estudo da Ciência Econômica, para fins didáticos, divide seu campo de

atuação em 2 áreas específicas principais:

A Microeconomia – que estuda o comportamento das unidades

produtivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados

mercados, etc. Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o

estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre

oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os

tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a

concorrência perfeita), etc.;

E a Macroeconomia – que estuda o comportamento dos grandes

agregados econômicos de forma global: Produto Interno Bruto (PIB),

inflação, desemprego, etc.

Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu Princípio

basilar, é a chamada lei da escassez que nos diz que os recursos são

escassos, mas as necessidades são ilimitadas. Isso nos leva a uma

das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência:

maximizar a produção de bens e serviços, dadas as restrições

colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção.

O “custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo

implícito”, nada mais é do que se atribuir um custo às várias

oportunidades de uso de recursos sempre limitados.

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O Custo de Oportunidade, portanto, é diretamente relacionado com o

princípio que considera que os recursos (capital, mão de obra, recursos da

natureza e tecnologia) sempre são escassos, pois sempre são

insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade como um

todo; de todas as pessoas.

Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se

deixa de ganhar por não se ter optado pela melhor alternativa.

Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua

escassez de recursos, escassez que a obriga a fazer escolha por

esse ou aquele projeto, a optar por uns empreendimentos em

detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos

disponíveis é o limite da possibilidade de investimentos.

A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes

mercados (economia simplificada a 2 setores):

a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda dos

diversos bens produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares, etc.) e

dos diversos serviços (banda larga, planos de saúde, cursos para

concursos, transportes, etc.) para satisfazer aquelas necessidades

humanas (na verdade não só humanas ... o mercado para “pets” é

gigante ...).

b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda

daqueles 3 fatores (escassos) de produção: terra e recursos naturais,

trabalho e capital.

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AGREGADOS MACROECONÔMICOS

PRODUTO = Σ(pi.qi) = Somatório de Preço x Quantidade

No cálculo do Produto temos que somar o valor monetário da produção

dos diversos bens e serviços.

RENDA = O total de pagamentos que as firmas fazem aos indivíduos,

pelo uso dos fatores de produção, é o que chamamos de Renda:

Renda = w + j + a + l

DESPESA: 0s indivíduos realizam o Consumo, que nesse modelo

representa a DESPESA (ou Dispêndio). A Despesa corresponde ao total

dos gastos realizados pelos indivíduos nas compras de bens e serviços.

Assim, temos outra identidade para o nosso modelo simplificado:

Despesa = Consumo (C)

Identidade macroeconômica fundamental

Produto = Renda = Despesa

Se quisermos medir o desempenho de uma economia durante certo

período de tempo, temos três óticas diferentes, gerando o mesmo

resultado:

Sob a ótica da Produção, usando o total de bens e serviços finais

produzidos/vendido/gerados durante o período;

Sob a ótica da Renda, usando o total de recebimentos dos indivíduos, por

terem vendido/cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital)

às empresas e;

Sob a ótica da Despesa, usando o total de pagamentos que os indivíduos

fizeram durante o ano na aquisição/consumo de bens e serviços diversos

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POUPANÇA = RENDA - CONSUMO

Nosso modelo agora se apresenta do seguinte modo:

Ótica da Produção: Produto = Somatório pi.qi (preço x quantidade)

Ótica da Renda: Renda = C + S = Consumo + Poupança

Ótica da Despesa: Despesa = C + I = Consumo + Investimento

Como Produto = Renda = Despesa, temos que:

C + S = C + I

Logo:

S=I Conclusão: POUPANÇA = INVESTIMENTO

Critério de Diferenciação e variáveis:

Bruto (B) X Líquido (L): o diferenciador é a depreciação (d), veja:

PNL = PNB – d

IL = IB -d

Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) : o modificador é a

diferença entre Tributos Indiretos e Subsídios

PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub

PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub

Interno (I) X Nacional (N): o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao

Exterior (REE – RRE)

PIB – RLEE = PNB

PIL – RLEE = PNL

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Espero que você tenha gostado dessa aula inicial.

Sei que foram muitos conceitos novos, muita informação mesmo.

Mas é para todo mundo!

Quem se esforçar, consegue!

Como diria, Thomas Jefferson:

“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro

eu trabalho, mais sorte eu tenho”.

Espero você na aula 02!

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4. Questões comentadas durante a aula.

01) (CESPE/SEFAZ-ES/AFTE/2010) Com relação ao crescimento

econômico, ao consumo e ao investimento, julgue o próximo item.

A macroeconomia estuda as flutuações econômicas e o produto efetivo

em análises de curto prazo. Já em avaliações de longo prazo, ela estuda o

crescimento econômico e produto potencial.

02) (ESAF/MPOG/APO/2010-adaptada) Julgue a afirmativa:

A macroeconomia trata os mercados de forma global.

03) (CESPE/PF/APF/2004) A questão da escolha em situação de

escassez, abordada pela microeconomia, as interações entre governo e

mercados privados e os problemas macroeconômicos são temas

relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue o item a

seguir:

O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico

correlato, ocorre somente quando, dentro do processo produtivo, não

existe possibilidade de substituição entre insumos.

04) (CESPE/MPU/Perito/2010) Acerca de economia ambiental,

julgue o item a seguir.

Para os economistas ambientais, não há problema de escassez absoluta

de recursos naturais, e sim de escassez relativa. Portanto, desse ponto de

vista, admite-se que determinados tipos de recursos possam se esgotar

temporariamente.

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05) (FGV/SEFAZ-RJ/AFRE RJ/2007) Se uma cidade decide construir

um hospital em um terreno vazio de propriedade pública, o custo de

oportunidade dessa decisão é representado:

a) pelo custo exclusivamente contábil dessa decisão.

b) pela oportunidade custosa, porém essencial, de se construir um

hospital público.

c) pelo benefício social que aquele hospital deve gerar aos cidadãos da

cidade.

d) pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno.

e) pela oportunidade de aproveitar um terreno vazio que, antes,

apenas gerava custos para a cidade.

06) (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) O Ministério da Justiça (MJ)

tem um montante fixo para gastar na aquisição de dois bens: mesas e

computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um prédio de sua

propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

O aluguel representa um custo de oportunidade da ocupação do prédio.

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07) (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema

da escolha em um ambiente de escassez constitui o cerne da análise

econômica, julgue os itens subsequentes.

Nas economias de mercado, a especialização, fundamentada na divisão do

trabalho, apesar de aumentar o custo de oportunidade dos bens, promove

a alocação eficiente dos recursos.

08) (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da

economia, julgue o seguinte item.

Os seguintes mercados compõem a estrutura da análise macroeconômica

de uma economia: o mercado de bens e serviços, que reflete o nível de

atividades dessa economia, representada pelos agentes macroeconômicos

— consumidores, empresas e governo —; mercado fiscal, no qual são

relevantes a taxa salarial e a taxa cambial; e o mercado monetário, em

que os agentes econômicos empregam recursos para a produção do

produto interno bruto.

09) (CESPE/TC-DF/ACE/2012) A respeito de macroeconomia, julgue:

O produto interno bruto de um país hipotético que produza somente

veículos automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos

pneus, dos motores automotivos e de todos os demais componentes

desses veículos.

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10) (CESPE/PF/Agente/2000) A mensuração da produção agregada,

o desenho de políticas macroeconômicas, a análise dos desequilíbrios

externos e o processo de desenvolvimento econômico podem ser mais

bem compreendidos com a ajuda da moderna teoria econômica.

Utilizando os conceitos essenciais dessa teoria, julgue o item abaixo.

Quando um investidor brasileiro compra um lote de ações de empresa

estrangeira no mercado acionário norte-americano, em termos das contas

nacionais, isso representa um aumento do investimento nacional.

11) (CESPE/MJ/Economista/2013) Em relação ao sistema de contas

nacionais e à atual metodologia de balanço de pagamentos, julgue o item

a seguir, considerando que PIB, sempre que usado, refere-se a produto

interno bruto.

Os estoques acumulados no ano de 2012 devem ser contabilizados como

investimento em 2012 e contribuirão para o PIB do ano em que forem

comercializados.

12) (CESPE/TCU/AUFC) A teoria macroeconômica analisa o

desempenho da economia a partir do estudo dos grandes agregados

econômicos. À luz dos conceitos básicos dessa teoria, julgue: se um

agente econômico investir R$ 10.000,00 em ações da TELEBRÁS, o

investimento doméstico privado eleva-se, implicando um aumento

equivalente no produto interno bruto (PIB).

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13) (ESAF/MDIC/ACE) Identifique a transação ou atividade abaixo que

não seria computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto

Interno Bruto.

a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal

b) o salário de um deputado federal

c) a compra de um novo aparelho de televisão

d) a compra de um pedaço de terra

e) um decréscimo nos estoques do comércio

14) (CESPE/PF/Perito) A macroeconomia analisa o comportamento

dos grandes agregados econômicos, tratando, assim, de questões

relacionadas à inflação, ao desemprego, aos desequilíbrios externos e ao

crescimento econômico. Com base nessa teoria, julgue o item a seguir.

O dinheiro foi depositado por uma família, em uma caderneta de

poupança junto a um banco comercial. Quando utilizado para comprar um

apartamento usado é computado, simultaneamente, como poupança e

como investimento.

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15) (ESAF/RFB/AUDITOR) Considere os seguintes dados:

Poupança líquida =100;

Depreciação = 5;

Variação de estoques = 50.

Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e

sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total

são, respectivamente:

a) 100 e 105

b) 55 e 105

c) 50 e 100

d) 50 e 105

e) 50 e 50

16) (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/CONSULTOR-LEG/2014) Com

referência a aspectos macroeconômicos, julgue o item subsecutivo.

As informações referentes a recursos financeiros, institucionais e legais do

governo são irrelevantes e, portanto, dispensáveis em termos de extração

de dados agregados para a análise macroeconômica de um país.

17) (CESPE/MJ/Economista/2013) Em relação ao sistema de contas

nacionais e à atual metodologia de balanço de pagamentos, julgue o item

a seguir, considerando que PIB, sempre que usado, refere-se a produto

interno bruto.

O PIB a preço de mercado é equivalente ao PIB a custo de fatores

adicionado dos impostos indiretos e deduzido dos subsídios.

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18) (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Em relação aos conceitos básicos

de macroeconomia, julgue o item a seguir.

No sistema de contas nacionais para uma economia fechada com

governo, a destinação da renda das unidades familiares restringe-se ao

consumo e à poupança.

19) (CESPE/MTE/ECONOMISTA/2008) A teoria macroeconômica

analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos. Utilizando

os conceitos básicos dessa teoria, julgue item que se segue.

A renda auferida pelos brasileiros que trabalham no Japão é contabilizada

no PIB e na renda nacional bruta.

20) (CESPE/PF/Agente/2000) A mensuração da produção agregada,

o desenho de políticas macroeconômicas, a análise dos desequilíbrios

externos e o processo de desenvolvimento econômico podem ser mais

bem compreendidos com a ajuda da moderna teoria econômica.

Utilizando os conceitos essenciais dessa teoria, julgue o item abaixo.

Ao se mensurar o produto interno bruto (PIB) a partir da óptica da

despesa, devem-se excluir as exportações porque elas não representam

gastos dos agentes econômicos domésticos.

21) (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2009) Considerando a contabilidade

do balanço de pagamentos do Brasil e das contas nacionais, julgue (C ou

E) o item seguinte.

A diferença entre a renda nacional bruta e a renda interna bruta é obtida

por meio do somatório dos saldos da conta de renda e da conta de

transferências unilaterais.

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22) (CESPE/TCU/Auditor/2007) Considerando-se que o problema da

escolha em um ambiente de escassez constitui o cerne da análise

econômica, julgue o item subsequente.

A redução do consumo corrente constitui um dos custos de oportunidade

associados ao crescimento econômico.

23) (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da

economia, julgue o seguinte item.

A macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto

especificamente, mas, sim, do comportamento das unidades econômicas

individuais e de mercados específicos.

24) (CESPE/SEFAZ-ES/Consultor/2010) Acerca dos conceitos de

macroeconomia, julgue o item que se segue.

A macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação

da renda nacional, também se ocupa do estudo de como é gerado e de

como é possível um aumento no nível agregado de recursos da economia.

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25) (ESAF/MPOG/APO/2015) Os seguintes dados foram extraídos do

Sistema de Contas Nacionais do Brasil, em unidades monetárias:

Rendimento misto bruto: 260.424

Excedente operacional bruto: 1.075.844

Remuneração dos empregados: 1.414.217

Impostos sobre a produção e a importação: 495.944

Subsídios à produção: 5.807

Rendas de propriedade enviadas ao resto do mundo: 83.459

Rendas de propriedade recebidas do resto do mundo: 18.165

Com base nestes dados, a Renda Nacional Bruta será de:

a) 2.312.112

b) 2.477.406

c) 3.175.328

d) 3.533.209

e) 3.357.823

26) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considere:

A = Produto Interno Bruto

B= Remuneração dos empregados

C = Impostos sobre a produção e a importação

D = Subsídios à produção

E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto

É correto, então, afirmar que:

a) A = B + C – E

b) A = B + C – D

c) A = B – E

d) A – B + C – D = 0

e) A = B + C – D + E

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27) (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/Consultor-Leg/2014) Com

referência a aspectos macroeconômicos, julgue o item subsecutivo.

A diferença básica entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto

Nacional Bruto (PNB) é que o PIB mede o produto gerado dentro das

fronteiras do país tanto por cidadãos quanto por estrangeiros, ao passo

que o PNB mede o produto gerado pelos cidadãos do país,

independentemente de sua localização no mundo.

28) (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes

siglas:

PIB = Produto Interno Bruto, PNB = Produto Nacional Bruto,

PIL = Produto Interno Líquido e PNL = Produto Nacional Líquido.

Se o governo impedir o envio ou recebimento de rendimentos do exterior

e zerar os impostos indiretos e os subsídios, pelas identidades

macroeconômicas básicas teremos:

a) PIB a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

b) PIB a preços de mercado = PNL a custo de fatores.

c) PIL a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

d) PIL a preços de mercado > PNL a custo de fatores.

e) PIB a preços de mercado > PIB a custo de fatores.

29) (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Um aumento do PIB

(Produto Interno Bruto) a custo de fatores, mantido constante o PIB a

preços de mercado, deve ser compensado por:

a) redução da depreciação;

b) aumento dos subsídios e redução dos impostos indiretos;

c) redução dos impostos diretos;

d) redução da renda líquida enviada ao exterior e aumento dos impostos

diretos e indiretos;

e) redução do Produto Nacional Bruto a custo de fatores.

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30) (FGV/TCM-SP/Agente-Fiscal/2015) Considere as seguintes

informações:

Poupança do setor privado = 50

Subsídios = 10

Impostos Indiretos = 10

Impostos Diretos = 30

Exportações = 50

Importações = 25

Saldo da Balança de Serviços = 0

Saldo da Conta de Rendas = 0

Transferências Unilaterais = 0

Variação dos estoques = 5

Formação Bruta de Capital Fixo = 5

Transferências do governo = Outras Receitas Líquidas

A partir dessas informações (medidas em bilhões de reais) e dos

conceitos de contas nacionais, o gasto do governo é igual a:

a) 35;

b) 40;

c) 45;

d) 50;

e) 60.

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31) (FGV/TCM-SP/Agente-Fiscal/2015) Considere o Sistema de

Contas Nacionais, baseado em quatro contas: produção, utilização da

renda, formação de capital e das operações da economia com o resto do

mundo. A estática comparativa de acordo com tal sistema é:

a) um aumento da renda nacional líquida a preços de mercado pode ser

compensado por uma redução do consumo do governo;

b) um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do

aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores;

c) uma redução dos recebimentos correntes pode levar a um aumento da

renda recebida do exterior;

d) um aumento do investimento em bens de capital, com aumento da

depreciação, leva à elevação do total da formação de capital;

e) um aumento dos impostos indiretos e redução dos subsídios leva a

uma redução da apropriação da renda nacional disponível líquida.

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32) (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Considere uma

economia aberta em que o governo recolha impostos e efetue gastos.

A Contabilidade Nacional pode ser sucintamente representada pela

seguinte relação: Y = C + I + G + X − M, em que as variáveis

representam, respectivamente, a renda interna bruta, o consumo

agregado, o investimento, os gastos do governo, as exportações e as

importações. Essa equação

a) indica o produto interno líquido, pois os impostos não estão

contabilizados, isto é, já foram deduzidos dos valores brutos.

b) denota o produto nacional bruto, uma vez que desconta o valor das

importações.

c) representa o equilíbrio macroeconômico fundamental, em que a

diferença entre o valor dos investimentos e do consumo sinaliza a

remessa de rendas de residentes estrangeiros para suas famílias no

exterior.

d) revela a necessidade de poupança externa como o diferencial entre os

valores das importações e exportações, indicado pela relação, após algum

rearranjo algébrico, S − I = X − M, em que S contempla tanto a

poupança pública quanto a privada.

e) exprime a mensuração do PIB pela ótica da renda, uma vez que o

consumo apenas pode existir se houver renda.

33) (CESPE/TCU/Auditor/2015) Acerca das relações teóricas

estabelecidas pelas contas nacionais e do balanço de pagamentos, julgue

o item.

A renda agregada é sempre igual ao produto agregado.

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34) (FGV/TCM-SP/AGENTE FISCAL/2015) A situação a seguir

que NÃO descreve corretamente uma estática comparativa envolvendo a

identidade macroeconômica correspondente é:

a) um aumento da remessa de dinheiro de residentes fora do Brasil para

residentes de dentro do Brasil eleva a Renda Nacional Bruta;

b) um aumento da produção de bens e serviços feitos a partir de fatores

de produção nacionais eleva o Produto Nacional Bruto;

c) um aumento da soma dos salários com o excedente operacional bruto

eleva o Produto Interno Líquido a custo de fatores;

d) um aumento dos impostos indiretos conjuntamente com uma redução

dos subsídios eleva o Produto Interno Bruto a preços de mercado e a

custo de fatores;

e) um aumento da depreciação reduz a Renda Nacional Líquida e o

Produto Nacional Líquido a custo de fatores.

35) (CESPE/MJ/Economista/2013) Em relação ao sistema de contas

nacionais e à atual metodologia de balanço de pagamentos, julgue o item

a seguir, considerando que PIB, sempre que usado, refere-se a produto

interno bruto.

O país que, em determinado ano, envie liquidamente rendas ao exterior

terá o produto nacional bruto maior que o PIB no período

36) (CESPE/MDIC/ACE/2008) A teoria macroeconômica analisa o

comportamento dos grandes agregados econômicos. Com base nessa

teoria, julgue o item a seguir.

Os lucros auferidos pelas empresas estrangeiras instaladas no Brasil,

assim como a importação de matérias-primas industriais dessas

empresas, são computados no PIB brasileiro.

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37) (FCC/TCM-AM/Auditor/2015) Em macroeconomia, sabendo que:

Y é o Produto Interno Bruto (PIB), C é o consumo das famílias, I é

investimento privado, G são os gastos do governo, X são as exportações

e M são as importações, a identidade macroeconômica básica, também

conhecida como equação do PIB pelo lado da demanda, é dada por:

a) Y=C+G+I

b) Y=C+G+I−(X−M)

c) Y=C+G+I+(X−M)

d) Y=C+G+I+(M−X)

e) Y=C+X+I−(G−M)

38) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) De acordo com a teoria da

ciência econômica, referem-se a conceitos econômicos, levados em conta

nas decisões individuais:

I. O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha

conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de

determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros problemas.

II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de

recompensa para abrir mão de algum consumo.

III. A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um

plano de ação não revestido de racionalidade econômica.

IV. O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a

perspectiva de uma punição ou recompensa.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) III e IV, apenas.

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39) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) O Produto Interno Bruto − PIB

a preços de mercado mede o total dos bens e serviços produzidos pelas

unidades residentes que têm como destino um uso final (exclui consumo

intermediário).

Considerando-se a ótica de mensuração do PIB pela demanda, é

correto afirmar que o seu cômputo é dado

(A) pela despesa de consumo final mais o total de impostos, líquidos de

subsídios sobre a produção e a importação, mais a formação bruta de

capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e

serviços, menos as importações de bens e serviços.

(B) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção.

(C) pela remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos

de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto

bruto, mais o excedente operacional bruto.

(D) pela despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo,

mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços,

menos as importações de bens e serviços.

(E) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações

de bens e serviços.

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40) (FCC /MPU/ANALISTA/2007) Instruções: Utilize as seguintes

informações, e somente elas, para responder à questão.

Importações de bens e serviços não fatores ............. 1.700

Consumo Final...................................................... 6.900

Variação de estoques................................................ 900

Formação bruta de capital fixo................................. 2.800

Renda líquida recebida do exterior ............................. 100

Déficit do balanço de pagamentos em transações c....... 300

O Produto Interno Bruto dessa economia é

a) 9.900

b) 10.000

c) 10.100

d) 10.200

e) 10.300

41) (FCC/SEFIN-RO/AFTE/2010) É correto afirmar que

a) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de

capital físico da economia.

b) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua

carga tributária líquida.

c) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a

preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a

renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos

subsídios.

d) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu

PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e

sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta.

e) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional,

deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras

receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas

empresas.

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42) (FCC/PREFEITURA DE SP/AFTM/2012) Foram extraídos os

seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do

Brasil em um determinado ano-calendário:

Consumo Final................................................... 2.666.752

Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653

Consumo Intermediário....................................... 2.686.362

Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317

Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471)

Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404

O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse

mesmo ano, correspondeu a

a) 351.479.

b) 353.376.

c) 380.457.

d) 375.789.

e) 360.847.

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43) (FCC/TCE-PR/ACE/2011) Os seguintes dados foram extraídos das

Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias):

Importação de bens e serviços não fatores ........... 1.750

Variação de estoques ..................................................... 250

Formação bruta de capital fixo............................................. 2.300

Produto Interno Bruto, a preços de mercado ....................... 14.700

Exportação de bens e serviços não fatores .....................2.500

Impostos indiretos.............................................................. 2.900

Subsídios ........... ............................................................ 380

O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública)

nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a

a) 11.020.

b) 11.400.

c) 11.650.

d) 14.300.

e) 13.920.

44) (FCC/SEFAZ-SP/APO/2010) Os impostos indiretos líquidos de

subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que

diferenciam os conceitos de

a) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores.

b) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado.

c) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado.

d) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível.

e) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado.

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45) (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) Em uma economia, a renda

líquida recebida do exterior é superior, em valor absoluto, ao montante

da depreciação do estoque de capital da economia. Portanto, o Produto

a) Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto.

b) Nacional Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido.

c) medido a preços de mercado é menor que o Produto medido a custo de

fatores.

d) Interno Líquido é maior que o Produto Nacional Bruto.

e) Nacional Líquido é maior que o Produto Interno Bruto.

46) (FCC/TCE-CE/ACE/2008) O Produto Interno Bruto de uma

economia é igual ao somatório dos valores de produção de bens e

serviços

a) dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

b) finais dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

c) dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

d) finais dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

e) finais dessa economia, acrescido do valor das importações, em uma

determinada unidade de tempo.

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47) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Suponha uma economia hipotética sem

governo, na qual tenham ocorrido as seguintes transações:

I. A empresa A adquire insumos da empresa C no valor de 100 e produz

bens no valor de 300, sendo 70% da produção vendida para a

empresa B e o restante para consumidores finais.

II. A empresa B, com os insumos adquiridos da empresa A, fabrica bens

no valor de 400, dos quais 20% são vendidos como insumos para a

empresa C e o restante para consumidores finais.

III. A empresa C, com os insumos adquiridos da empresa B, fabrica bens

no valor de 200, dos quais 50% são vendidos para a empresa A e o

restante para consumidores finais.

Considerando essas informações, é correto concluir que o valor agregado

por essa economia é

a) maior que a renda.

b) 900.

c) 760.

d) 530.

e) 510.

48) (FCC/TCE-CE/ACE/2008) Considere as definições das siglas a

seguir:

C = Consumo privado

I = Investimento privado

G = Gastos totais do Governo

X = Exportação de bens e serviços

M = Importação de bens e serviços

A demanda agregada da economia, supondo-se que a oferta agregada

seja infinitamente elástica, é representada pela seguinte expressão:

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a) C + I + G (–) X + M

b) C + I + G + X (−) M

c) C + I (−) G (–) X + M

d) C + I + G + X + M

e) (C + I + G) (–) (X + M)

49) (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) No que tange ao cômputo dos

agregados macroeconômicos e ao registro das contas nacionais de um

país, é correto afirmar:

a) O valor de impostos indiretos líquidos de subsídios é o que diferencia a

mensuração do produto em seus conceitos “a preços de mercado” e “a

custo de fatores”.

b) Na conta destinada a registrar as transações com o resto do mundo,

as importações de bens são lançadas a débito e as exportações de bens

são lançadas a crédito.

c) O Produto Interno Bruto será inferior ao Produto Nacional Bruto

quando a Renda Líquida de Fatores de Produção enviada para o exterior

for positiva.

d) Não é possível aferir o valor do Produto Interno Bruto a partir da

análise das contas nacionais, qualquer que seja o modelo de

contabilização adotado.

e) Produto Nacional Bruto e Produto Interno Líquido diferem pelo valor da

depreciação do estoque de capital da economia.

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50) (FCC/METRO-SP/ADV-JR/2014) O total das remunerações pagas

aos proprietários dos fatores de produção que são residentes no país

corresponde ao agregado macroeconômico denominado:

a) Renda Nacional Líquida a custo de fatores.

b) Produto Nacional Bruto a preços de mercado.

c) Produto Interno Bruto a custo de fatores.

d) Renda Interna Líquida a preços de mercado.

e) Renda Interna Bruta a preços de mercado.

51) (FCC/METRO-SP/ADV-JR/2014) Um estudo divulgado pela

Receita Federal do Brasil informou que a Carga Tributária Bruta brasileira

passou de 35,31% do PIB em 2011 para 35,85% do PIB em 2012.

Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga Tributária

Líquida, é correto afirmar:

a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a

arrecadação tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado

como proporção do PIB.

b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB,

pois neste conceito não são computados os impostos indiretos como o

Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária das três esferas

de governo e o PIB medido a preços de mercado, ambos em termos

nominais.

d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é

suficiente para concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo

período.

e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB

medido a custo de fatores, ambos em termos nominais.

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5. QUESTÕES PROPOSTAS

52) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos

fundamentais de microeconomia, julgue o item a seguir.

A economia é a ciência social na qual se estuda como os indivíduos

tomam decisões sob a hipótese de que os recursos, se produzidos e

distribuídos com eficiência, serão suficientes para suprir todas as

necessidades da coletividade.

53) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos

fundamentais de microeconomia, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Um funcionário que atua como gerente na filial de

determinada organização comercial foi convidado a ocupar um cargo na

diretoria dessa organização. Para tanto, ele teria de se mudar da pacata

cidade onde a filial está localizada para a capital do estado, onde fica a

sede da organização. Mesmo ciente de que essa transferência demandaria

um processo de adaptação às condições de deslocamento e de segurança

típicas de uma metrópole, bem como implicaria maiores custos de

moradia, o funcionário aceitou o convite.

Assertiva: Nesse caso, o custo de oportunidade do funcionário foi

ampliado, uma vez que teve de se mudar de uma cidade pacata para uma

metrópole.

54) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos

fundamentais de microeconomia, julgue o item a seguir.

O custo de oportunidade será o mesmo para qualquer pessoa que opte

por participar do programa de trainee de uma grande empresa em vez de

trabalhar em uma empresa de menor porte que ofereça melhor

remuneração.

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55) (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) A respeito da teoria

econômica relacionada às contas nacionais, julgue o item a seguir.

O cálculo da formação bruta de capital fixo inclui o valor da produção de

máquinas e equipamentos.

56) (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) A respeito da teoria

econômica relacionada às contas nacionais, julgue o item a seguir.

A instalação de bens de capital e o gasto com a transmissão de

propriedade de terreno são calculados, no PIB, como consumo das

famílias.

57) (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) A respeito da teoria

econômica relacionada às contas nacionais, julgue o item a seguir.

O valor gasto com despesa médica em hospital público faz parte do

consumo das famílias.

58) (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando as identidades

macroeconômicas básicas e os conceitos relacionados ao balanço de

pagamentos, julgue o item a seguir.

A diferença entre produto interno bruto (PIB) a preços de mercado e PIB

a custo de fatores é igual à soma dos impostos diretos menos o total dos

subsídios à produção.

59) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Considerando as identidades

macroeconômicas básicas e os conceitos relacionados ao balanço de

pagamentos, julgue o item a seguir.

No sistema de contas nacionais, o produto interno bruto a preço de

mercado é igual à despesa interna bruta.

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60) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de agregados

macroeconômicos, das contas nacionais e de balanço de pagamentos,

julgue o item subsequente.

Em uma economia simples, em que o fluxo circular da renda ocorre

somente entre as unidades produtoras e consumidoras, o produto

agregado é diferente da renda agregada, ainda que toda a renda obtida

pelas famílias seja destinada ao consumo.

61) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de macroeconomia,

julgue o item subsequente.

Considerando-se a perspectiva da renda, o produto interno bruto a preços

de mercado pode ser decomposto em renda pessoal disponível, renda

bruta disponível das empresas, renda líquida do governo e renda líquida

enviada ao exterior.

62) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de macroeconomia,

julgue o item subsequente.

Produto agregado consiste na soma de todos os bens e serviços finais

produzidos na economia durante determinado período de tempo.

63) (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de macroeconomia,

julgue o item subsequente.

As famílias destinam ao consumo e à poupança a renda disponível, e não

a renda total, ainda que o governo não participe da economia.

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64) (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) A respeito da teoria

econômica relacionada às contas nacionais, julgue o item a seguir.

No cálculo do PIB, produtos importados usados são considerados como

investimentos

65) (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) A respeito da teoria

econômica relacionada às contas nacionais, julgue o item a seguir.

A produção agropecuária com ciclo de produção de trinta e seis meses é

computada no cálculo do produto interno bruto (PIB) apenas no momento

do abate dos animais.

66) (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando as identidades

macroeconômicas básicas e os conceitos relacionados ao balanço de

pagamentos, julgue o item a seguir.

Na ótica da produção, os serviços domésticos remunerados entram no

cálculo do produto interno bruto brasileiro.

67) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere os seguintes

problemas básicos da Economia:

I. O que produzir.

II. Como produzir.

III. Quanto produzir.

IV. Para quem produzir.

A existência ilimitada de recursos utilizáveis tornaria frágil o caráter

“econômico” dos problemas contidos em

a) I e IV, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) II e III, apenas.

e) III e IV, apenas.

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68) (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) Segundo Gilles-

Gaston Granger, a economia é, “simultaneamente e confusamente,

ciência das coisas, ciência das ações e ciência das estruturas sociais”.

(GRANGER, G. G. Méthodologie économique. 1955, p.2). A citação acima

é explicada por:

a) o economista realiza experimentos perfeitamente controlados,

atingindo, em suas previsões, a precisão das ciências da natureza.

b) o conceito de economia exclui a noção de que esta é uma ciência que

trata dos produtos da atividade humana.

c) o conteúdo da economia pode variar segundo o enfoque de cada autor

ou escola: apresenta-se, por exemplo, como amplo sistema contábil que

descreve o circuito dos produtos, em estrita ligação com o funcionamento

de uma sociedade.

d) a economia propõe uma abordagem cujas relações são essencialmente

determinadas por elementos objetivos, externos ao ser humano.

e) a economia não possui caráter científico.

69) (FGV/CODEBA/ANALISTA-ECONOMISTA/2016) João deve

decidir se estuda para a prova do dia seguinte ou se sai com os amigos.

João decide estudar. Sobre o custo de oportunidade dessa decisão,

analise as afirmativas a seguir.

I. Está relacionado ao valor monetário inferido pela satisfação que teria

ao sair com os amigos.

II. Está relacionado ao valor monetário que deixou de gastar na saída

com os amigos.

III. Está relacionado ao valor monetário correspondente ao tempo

dedicado aos estudos.

Está correto o que se afirma em:

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a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e III, apenas.

e) II e III, apenas.

70) (FGV/IBGE/TECNOLOGISTA/2016) A renda total recebida pelos

brasileiros, tanto no Brasil como no exterior, mas excluindo a parcela

ganha por estrangeiros residentes no Brasil, é definida como:

a) Produto Interno Bruto;

b) Produto Nacional Bruto;

c) Produto Interno Líquido;

d) Produto Nacional Líquido;

e) Renda Nacional.

71) (FGV/IBGE/TECNOLOGISTA/2016) Considere a seguinte

nomenclatura:

RNB = Renda Nacional Bruta

RPD = Renda Privada Disponível

TUR = Transferências Correntes Líquidas Recebidas

C = Consumo Final (gastos correntes das famílias e administrações

públicas)

SD = total da poupança doméstica

RLG = Renda Líquida do Governo

RLEE = Renda Líquida Enviada ao Exterior

A Renda Nacional Disponível Bruta (RDB) pode ser calculada como:

a) C + SD + TUR;

b) RNB + RPD + TUR;

c) RLG + RPD;

d) RLEE – TUR;

e) RNB – RPD.

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72) (FCC/ELETROSUL/ECONOMISTA/2016) Com relação às Contas

Nacionais, considere as seguintes afirmações:

I. O Produto Interno Bruto caracteriza o volume de valor adicionado pelos

residentes no país.

II. A Renda Nacional Bruta define a produção realizada no território

nacional, sem considerar a origem dos fatores de produção.

III. O Produto Interno Líquido é calculado somando-se a depreciação ao

Produto Interno Bruto.

IV. O Investimento Bruto se decompõe em Formação Bruta de Capital

Fixo e Variação de Estoques.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) IV, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

73) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Uma forma de

compreendermos o funcionamento de uma economia se dá por meio do

chamado “fluxo circular da renda”, onde

a) os bens e serviços finais são fornecidos pelas famílias às empresas.

b) o fluxo monetário fica restrito no sentido das famílias para as

empresas.

c) os agentes da sociedade se organizam como produtores e como

consumidores.

d) o processo de produção que cria bens e serviços é organizado pelas

famílias.

e) o fluxo material depende das famílias e não depende das empresas.

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74) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Nas contas nacionais, ao

considerarmos a conta de capital em uma economia fechada e sem

governo,

a) a poupança bruta é definida como a poupança líquida menos a

depreciação.

b) a poupança bruta é somada ao resultado das contas externas.

c) a formação bruta de capital fixo é igual à poupança líquida.

d) a variação de estoques é igual à depreciação.

e) a poupança bruta se apresenta como contrapartida das variações

ativas dadas pela formação bruta de capital fixo mais a variação de

estoques.

75) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Um critério utilizado nas

contas nacionais, no Brasil, é a aplicação do conceito de “preços de

consumidor”, que são iguais aos preços básicos

a) menos impostos sobre produtos e importação e mais margens de

comércio e transporte.

b) mais impostos sobre produtos e importação e mais margens de

comércio e transporte.

c) mais impostos sobre produtos e importação e menos margens de

comércio e transporte.

d) menos impostos sobre produtos e importação.

e) mais margens de comércio e transporte.

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76) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere os resultados

relativos às contas nacionais de 2015, do Brasil, fornecidos pelo IBGE

(valores em R$ 1.000.000.000,00):

Ordenados e salários (líquidos recebidos do exterior) 1

Renda nacional disponível bruta 5.783

Rendas de propriedade (líquidas recebidas do exterior) −130

Produto Interno Bruto − PIB 5.904

Renda nacional bruta 5.775

Despesa de consumo final 4.934

Outras transferências correntes (líquidas recebidas do exterior) 8

O valor da poupança bruta formada no ano foi de (em R$

1.000.000.000,00):

a) 970.

b) 849.

c) 841.

d) 857.

e) 859.

77) (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Nas contas nacionais, o valor

do Produto Interno Bruto − PIB pode ser visto sob as óticas da produção,

da demanda e da renda. Quando expressa a produção, o valor é igual

a) à despesa de consumo das famílias, mais o consumo do governo.

b) ao consumo das famílias menos o consumo do governo, mais o

consumo intermediário, a preços de consumidor.

c) ao valor bruto da produção, a preços básicos, menos o consumo

intermediário, a preços de consumidor, mais os impostos, líquidos de

subsídios, sobre produtos.

d) ao total da renda das empresas, menos o total dos impostos.

e) à remuneração dos empregados, mais o total dos impostos, líquidos de

subsídios, sobre a produção e a importação.

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78) (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Considere as seguintes

conceituações na metodologia das contas nacionais:

I. Renda de propriedade é a renda recebida pelo proprietário e paga pelo

utilizador de um ativo.

II. Unidade residente é a unidade que mantém o centro de interesse

econômico predominante no território econômico, realizando, sem caráter

temporário, atividades econômicas nesse território.

III. Transferências de capital são transferências de recursos, sem

contrapartida de bens e serviços, destinadas a gastos correntes.

IV. Renda disponível bruta é igual ao produto interno bruto mais as

transferências de capital ao resto do mundo.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) III e IV.

b) I e II.

c) II e III.

d) I e IV.

e) II e IV.

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79) (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) As contas nacionais do Brasil

relativas ao primeiro trimestre de 2016, conforme dados divulgados pelo

IBGE (valores em R$ milhões), apresentaram os seguintes números:

Ordenados e salários (líquidos recebidos do exterior) .............. 234

Despesa de consumo final ............................... ........................... 1.229.402

Rendas de propriedade (líquidas recebidas do exterior) ......... −35.921

Poupança bruta ............................................................................... 211.430

Renda nacional bruta .................................................................... 1.438.150

Considerando essas informações, o valor do Produto Interno Bruto – PIB

do período, em R$ milhões, foi de

a) 1.473.837.

b) 1.262.407.

c) 2.420.435.

d) 1.018.206.

e) 1.685.267.

80) (FCC/PGE-MT/ECONOMISTA/2016) O conceito de produto

interno bruto

a) incorpora a produção de bens e serviços realizada por residentes, que

são somados aos bens e serviços produzidos pelos não residentes.

b) é dado pelos bens e serviços de consumo intermediário somados aos

bens e serviços produzidos pelos residentes.

c) deduz os impostos sobre o total dos bens e serviços produzidos para o

consumo intermediário.

d) considera, como unidade residente, aquela que mantém o centro de

interesse econômico predominante no território econômico, realizando,

sem caráter temporário, atividades econômicas nesse território.

e) é definido como os bens e serviços produzidos para o consumo final,

deduzida a depreciação.

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81) (FCC/PGE-MT/ECONOMISTA/2016) Ao considerar a igualdade “I

= S + (T – G) + (M – X)”, a expressão “(M − X)” representa

a) o esforço de investimento que é somado à poupança interna.

b) o resultado da balança de bens.

c) uma contribuição positiva ao volume de investimentos quando as

exportações são maiores que as importações.

d) uma transferência de poupança da economia local para o resto do

mundo.

e) uma poupança interna pública menor que a poupança interna privada.

82) (FGV/CODEBA/ANALISTA-ECONOMISTA/2016) Considere as

seguintes nomenclaturas:

PIB = Produto Interno Bruto

PIL = Produto Interno Líquido.

Quando o valor dos impostos indiretos é igual ao valor dos subsídios, a

seguinte relação é válida:

a) o PIB a preços de mercado é igual ao PIL a custo de fatores.

b) o investimento líquido é igual ao investimento bruto.

c) a renda nacional disponível líquida é igual à soma de salários,

excedente operacional bruto e renda líquida recebida do exterior.

d) o PIB a preços de mercado iguala a soma de salários com o excedente

operacional bruto.

e) a receita corrente da administração pública é igual a soma dos

impostos diretos e outras receitas correntes líquidas do governo.

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83) (FGV/IBGE/ANALISTA-CENSITÁRIO/2017) Considere os

principais agregados macroeconômicos e suas identidades.

O impacto inicial de um aumento da alíquota do Imposto Sobre Serviços

(ISS) é de:

a) elevação do PIB a preços de mercado;

b) elevação do PIB a custo de fatores;

c) elevação da renda nacional disponível líquida;

d) redução dos impostos diretos;

e) redução da renda líquida enviada ao exterior.

84) (ESAF/STN/ANALISTA-AFC/2008) Selecione o único item que

deve ser considerado como componente do custo econômico ou custo de

oportunidade de uma empresa associado à sua decisão de

produzir q unidades de seu produto.

a) A recuperação de gastos com publicidade realizados há um ano.

b) O custo histórico de aquisição das matérias-primas em estoque na

empresa que foram adquiridas há um ano, cujos preços de mercado não

se mantiveram constantes e que serão empregadas no processo

produtivo.

c) O valor de mercado do aluguel do terreno no qual será realizado o

processo produtivo, terreno esse de propriedade da empresa.

d) Uma margem destinada à recuperação dos gastos com pesquisa e

desenvolvimento incorridos no desenvolvimento, já concluído, do produto.

e) Uma parcela dos salários da equipe administrativa da empresa que

seria mantida contratada mesmo que as q unidades referidas acima não

fossem produzidas.

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85) (ESAF/TCU/AUFC/2000) O que difere Produto Interno Bruto de

Produto Nacional Bruto:

a) a depreciação dos Investimentos estrangeiros realizados no país

b) o saldo do Balanço de Pagamentos

c) o saldo da Balança Comercial

d) as Importações

e) a renda líquida enviada ou recebida do exterior

86) (ESAF/RFB/AFRFB/2009) Considere as seguintes informações

extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias:

Poupança privada: 300

Investimento privado: 200

Poupança externa: 100

Investimento público: 300

Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do

governo foi:

a) de 200 e o superávit público foi de 100.

b) de 100 e o déficit público foi de 200.

c) negativa e o déficit público foi nulo.

d) de 100 e o superávit público foi de 200.

e) igual ao déficit público.

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87) (ESAF/RFB/AFRFB/2009) Considere a seguinte identidade

macroeconômica básica:

Y = C + I + G + (X - M)

Onde:

C = consumo agregado;

I = investimento agregado; e

G = gastos do governo.

Para que Y represente a Renda Nacional, (X - M) deverá representar o

saldo:

a) da balança comercial.

b) total do balanço de pagamentos.

c) da balança comercial mais o saldo da conta de turismo.

d) da balança comercial mais o saldo da conta de serviços.

e) do balanço de pagamentos em transações correntes.

88) (ESAF/MDIC/ACE/2012) Considere os seguintes dados presentes

na "Conta de Alocação da Renda" do Sistema de Contas Nacionais, em

unidades monetárias:

Renda Nacional Bruta: 3.175

Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto (total): 1.336

Remuneração dos Empregados: 1.414

Impostos sobre a Produção e a Importação: 496

Subsídios à Produção: 6

Rendas de Propriedades Enviadas ao Resto do Mundo: 83

Com base nessas informações, é correto afirmar que, em unidades

monetárias, as "Rendas de Propriedade Recebidas do Resto do Mundo"

foram iguais a:

a) 101.

b) 24.

c) 18.

d) 65.

e) 97.

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89) (ESAF/MDIC/ACE/2012) Considere os seguintes dados presentes

no Sistema de Contas Nacionais em unidades monetárias:

Salários: 681

Contribuições Sociais Diversas: 141

Contribuições Sociais Imputadas: 38

Rendimento Misto Bruto: 201

Rendimento Operacional Bruto: 755

Imposto sobre a Produção e Importação: 335

Para que, em unidades monetárias, o Produto Interno Bruto da Economia

seja de 2.147, os "subsídios à produção e importação" e a "remuneração

dos empregados" deverão ser (em unidades monetárias)

respectivamente:

a) 38 e 822.

b) 4 e 860.

c) 8 e 681.

d) zero e 681.

e) 22 e 898.

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90) (ESAF/ANA/ANALISTA/2009) Considerando os conceitos básicos

e as identidades fundamentais utilizados na análise macroeconômica,

é incorreto afirmar que:

a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não

nulo, a poupança interna pode ser maior ou menor do que os

investimentos totais da economia.

b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao

exterior, então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto

Nacional Bruto.

c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país.

d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em

um aumento na renda real da economia.

e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de

sua arrecadação tributária.

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6 - GABARITO

1 – C 31 – B 61 – C

2 – C 32 – D 62 – C

3 – E 33 – C 63 – E

4 – C 34 – D 64 – C

5 – D 35 – E 65 – E

6 – C 36 – E 66 – E

7 – E 37 – C 67 – C

8 – E 38 – D 68 – C

9 – E 39 – D 69 – A

10 –E 40 – D 70 – B

11 – E 41 – C 71 – C

12 – E 42 – E 72 – D

13 – D 43 – B 73 – C

14 – E 44 – A 74 – E

15 – B 45 – E 75 – B

16 – E 46 – D 76 – B

17 – C 47 – E 77 – C

18 – E 48 – B 78 – B

19 – E 49 – A 79 – A

20 – E 50 – A 80 – C

21 – E 51 – C 81 – A

22 – C 52 – E 82 – D

23 – E 53 – C 83 – A

24 – C 54 – E 84 – C

25 – C 55 – C 85 – E

26 – E 56 – E 86 – B

27 – C 57 – E 87 – E

28 – A 58 – E 88 – C

29 – B 59 – C 89 – B

30 – C 60 – E 90 – E

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Caro aluno,

Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.

Além de apresentar os conceitos iniciais da matéria, esta aula serve,

também, para dar uma ideia de como será o nosso curso.

Até a próxima aula.

Para mim será um prazer acompanhá-lo ao longo do curso.

Um grande abraço e bons estudos!

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais

(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida

a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

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